Temas em História da Arte
Temas em História da Arte, privilegiando aspectos socioculturais; a arte na pré-história; a arte medieval; a arte no período renascentista. O maneirismo, o barroco e o rococó e suas influências na arte colonial brasileira; os movimentos artísticos do período moderno e pós-moderno; arte e indústria cultural: a arte na era da globalização; as expressões das artes na era contemporânea.
Temas em História da Arte, privilegiando aspectos socioculturais; a arte na pré-história; a arte medieval; a arte no período renascentista. O maneirismo, o barroco e o rococó e suas influências na arte colonial brasileira; os movimentos artísticos do período moderno e pós-moderno; arte e indústria cultural: a arte na era da globalização; as expressões das artes na era contemporânea.
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O Conceito de Arte Medieval
ornamentação de seus recintos e fachadas. A
possibilidade de concentrar as partes estruturais do
edifício em pontos racionalmente definidos permitiu
que a obra se abrisse para receber o maior número
de vitrais e permitir que a luz solar penetrasse
no ambiente em múltiplas cores. Como Suger a
entenderia, uma realização só possível pela Luz
Divina. Com essa intenção, Suger contratou artistas
de diversos lugares para executar cada detalhe na
sua obra de reconstrução da abadia (fig. 1)
Para Panofsky, a leitura particular de Suger dos
escritos sagrados acabou por estabelecer uma
estética fundada em três verdades:
1. o rei seria um vigário de Deus e, por isso,
deveria ser o administrador das riquezas terrenas;
2. todo rei tinha o direito de exterminar
as forças opositoras, o que justificava a luta por
territórios;
3. a Abadia de Saint Denis era vista como
o símbolo da unidade do novo reino, por já ter servido aos reis havia alguns
séculos.
De acordo com Panofsky:
Suger afirmava sua personalidade centrifugamente: projetava seu ego no
mundo que o rodeava até que todo este eu fosse absorvido por seu meio
ambiente. (p. 181)
Considerações Finais
Com esta exposição foi possível indicar como uma formação religiosa se
transformou em uma estética. Nesse sentido, Panofsky tem razão ao declarar
que a Abadia sob o comando de Suger era então “superesplendorosa”.
Segundo o historiador Nikolaus Pevsner, essa obra – a Abadia de Saint Denis – é
representativa de uma das maiores revoluções no pensamento estético de todos
os tempos (cf. PEVSNER, 1982, p. 89).
Exercício Prático
Em um momento em que as corporações de ofícios dominavam a produção
de todo tipo de artefato, as artes medievais ficaram submetidas a esse modo de
produção. Por outro lado, a interpretação dos produtos artísticos estava atrelada
às disposições estabelecidas pela Igreja e pelos senhores feudais, parceiros no
regime político daquela organização social do trabalho. Explique por que o
autor Paulo Roberto Soares de Deus (2006) afirma que “ao entendermos o objeto
iconográfico como sintoma de uma época, devemos interpretar este sintoma
em seu contexto” (p. 226) já que o imaginário é coletivo”.
Referências Bibliográficas:
(fig.1) Abadia de Saint Denis,
França; nave central e coro.
(Fonte: GRANDE Enciclopédia
Larousse Cultural, 1998,
p. ).
ARGAN, G.C.; FAGIOLO, M. Guia de História da Arte. Lisboa: Estampa, 1994.
Col. Teoria da Arte, v. 8.
GOMBRICH, E. H. A História da Arte. 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, c1999.
PANOFSKY, E. O Abade Suger de Saint Denis. In: —. Significado nas Artes
Visuais. Trad. de Maria Clara F. Kneese e J. Guinsburg. 3.ed. São Paulo: Perspectiva,
1991. Col. Debates, v. 99.
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