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DIGITALIZADO POR:
PRESBÍTERO
(TEÓLOGO APOLOGISTA)
PROJETO SEMEADORES DA PALAVRA
A
Epístola G eral aos
H ebreus
Hebreus, capítulo um (1)
Tipos, tipologia e manifestação de Cristo no Antigo
Testamento. Dispensação do Mistério (Ef 3:9; Cl 1:16).
Deus falou por meio dos modelos de comunicação
de sua Palavra: (1) os pais, (2) os patriarcas, (3) os
sacerdotes, (4) os profetas, (5) os juizes e (6) os reis.
Nos últimos dias do pacto, falou por homens que tinham
a bênção tríplice: sacerdotes, profetas e juizes, como
Samuel. Mas Israel rejeitou o modelo governamental de
Deus e exigiu o modelo das nações. Seria como se a tribo
de Levi não quisesse mais ser uma tribo sacerdotal,
e reivindicasse os mesmos direitos das outras tribos,
rejeitando o seu dever. Vivendo como as outras nações,
Israel perdeu a sua incumbência sacerdotal. Tornavase
necessário uma nova elite para o Reino de Deus,
a eclésia, isto é, a Igreja. Por ela, o Pai reunia a unção
dos pais, dos patriarcas, dos sacerdotes, dos profetas,
dos juizes e dos reis em um só povo. Para isso, ele
necessitava enviar o seu Filho, a fim de estabelecer
este modelo apostólico
Hebreus 1:1: Deus, em outro tempo, havendo
falado aos nossos pais, muitas vezes,
e sob diferentes formas, por meio dos
profetas, nestes últimos dias nos falou por
meio do Filho,
O Verbo se fez carne e foi revelado na
Dispensação da Graça (Ef 3:2)
Hebreus 1:2: a quem constituiu herdeiro
de tudo, por meio de quem fez os mundos.
(Jo 15:15;Mt 17:5; Gl4:4;Hb2:3;Sl2:8;Jo 1:3; 1 Co 8:6)
Ele assumiu a imagem previamente
preparada para ele (Gn 1:26; Cl 1:15)
Hebreus 1:3:0 qual é o resplendor da sua
glória e a fiel imagem da sua pessoa, e que a
tudo sustenta com a Palavra do seu poder;
depois de ter feito a purificação dos nossos
pecados por si mesmo, assentou-se à mão
direita da Majestade nas alturas, (Gn 1:20,27;
Jo 1:14; Cl 1:17; Hb 7:27; 8:1)
Hebreus 1:4: e não somente se tornou
tão superior aos anjos quanto herdou um
Nome mais excelente do que eles. (Fp2:9-n;
Sl 2:7,8; Hb 1:9; 2:9; Cl 1:18; 2:10; 1 Pe3:22;Ap5:l 1,12;Ef
l:21;Fp2:9,10)
A encarnação do Unigênito (Jo 3:16)
Hebreus 1:5: Porque, a qual dos anjos,
alguma vez, Deus falou: “Tu és o meu Filho,
eu hoje te gerei?”. E ainda: “Eu serei
para ele Pai, e ele será para mim Filho? ”.
(Sl 2:7; 2 Sm 7:14)
Aressurreição do Primogênito (Jo20:17;Zc 12:10). A
primeira vez que ele foi introduzido no mundo: pela
instrumentalidade de Maria; a segunda vez, por sua
ressurreição. Da segunda entrada triunfal ao Pentecostes.
Apocalipse 5 e Hebreus 1 e 2 encaixam-se perfeitamente.
Quarenta etrêsdiasapósasuamorte,comoseu corpo,
agora, celestial-humano (2 Co 5:1 -5), jáadaptado ao
mundo físico e à combustão, deu novas ordens aos seus
discípulos, ensinando-lhes a nova missão do evangelismo,
em suas quatro facetas. Deviam pregar tanto na cidade
domiciliar, como na região, no pais e, também, além das
fronteiras: vencendo hostes, dominadores, as potestades e
os principados, conseqüentemente. Havia aparecido a
muitos, pelo menos a quinhentos. Havia ceado com eles,
orado por eles (Jo 17) .Já havia estado, em alma, na hora de
sua morte, no Santuário celestial, como Sumo Sacerdote
dos bens futuros. Depois disso, ao ressuscitar,
rapidamente voltou à terra, de onde foi ao Céu trasladando
os santos justos do Hadese, depois de seu regresso, já
estava completando os seus quarenta dias com os seus
discípulos (Sl 68:18-24; Jo 20:17; At 1:3). Muitas coisas
preciosas aconteceram, e já havia chegado a hora de
regressar à glória (Jo 17:4,5). O seu corpo ainda era
simplesmente imortal, sem pecado, ressurreto, e cabia
numa roupa comum. Quando voltasse ao Pai,
definitivamente, então receberia a glorificação e, naquele
momento, o Espírito Santo, que estava no meio das rodas
diante do trono (Ap 1:4;Jo 7:39), deveria ser enviado à
Igreja. Pois o Espirito Santo não poderia ser enviado à
Igreja sem que, primeiramente, Jesus fosse glorificado. Os
anjos desceram e prepararam-se. Milhares de milhares o
conduziriam à passagem de Basã, às Regiões Celestes (Sl
68:15-17). O caminho estava limpo, pois os demônios
invej osos haviam sido retirados durante aquela grande
batalha (Cl 2:15). Os demônios não passam por ali até hoje
(Hb 10:19). Rastros do Pai ainda eram vistos na região,
quando, há quarenta e três dias, havia visitado a terra sob
as asas do Querubim (Sl 68:14; 18:10). Colocaram-se em
ordem de recebimento diante de seu grande General (Sl
68:17:25). Assim, eles o conheciam. A grande surpresa
ainda seria revelada para muitos deles, na sua maioria.
Todos estavam em silêncio. A maior celebração de toda a
eternidade estava para começar: a segunda entrada em
glória, ocasião em que o Filho seria declarado
publicamente Deus. Os anjos ainda não haviam entendido
bem, pois ele já havia entrado ali com os santos do Hades,
:
883
1:6 H e b r e u s 1:6
porém havia regressado (Jo 20:17; Ef 4:9,10). Agora, pela
segunda vez, em corpo imortal, com nova fisionomia, tinha
outra missão. Mas tem consciência de que será recebido
em Glória (1 Tm 3:16). O testemunho que dele se ouvia era
um só: “O Vencedor! ”. Os anjos principais instalavam o
novo trono (Dn 7:9). Duas oliveiras decoravam os tronos
(Zc4:3): uma ao lado esquerdo e outra ao lado direito. O rio
da vida deveria nascer entre os dois tronos (Ap 22:1). Os
vinte e quatro tronos continuariam ao redor (Ap 4). À
frente, puseram os sete candeeiros (Ap 1:20). As oliveiras
permaneceriam com a forma dos candeeiros, mesmo
sendo oliveiras. Diante do trono, e agora ainda mais perto,
puseram o altar de incenso (Ap 8:1 -3). O véu que lembrava
a separação de Deus da sua criatura foi tirado, e a profecia
de Hebreus 9:1-3 foi cumprida. Puseram o altar de incenso
no seu lugar original, pois havia ficado muito tempo
separado da arca. Os serafins, portanto, continuariam
ocupando o espaço acima com o seu constante clamor à
santidade (Is 6:1,2). O incenso que os anjos trarão da terra
deverá ser depositado nas taças dos vinte e quatro
sacerdotes reais, representantes danação santa, a Igreja
(Ap 5:6-8); eles deveriam permanecer ali, ao redor,
assentados com Cristo. Breve a esposa do Leão da tribo de
Judá também chegará vitoriosa (Ap3:21). O arco celestial
do pacto com Noé permaneceria por trás. A árvore da vida
permaneceria ali, bem na frente. Ela é o calendário
equivalente ao mundo doshomens,eos vinte e quatro
sacerdotes funcionariam bem como marcadores do tempo
dos homens (Ap 22:2). Não deveriam confundir a
arrumação do trono atual com a ornamentação que seria
dedicada ao estado Eterno. Ele referia-se ao “tudo em
todos ”, quando o trono receberá nova arrumação, e o Pai
habitará no corpo do Filho para sempre (Cl 1:19). Anjos
trabalhavam, locomoviam-se, e o trono chegou, enfim, ao
seu lugar (Dn 7:9). Aplataforma que estava acostumada ao
trono do Pai e os demais vinte e quatro tronos dedicados
aos anciãos, os sacerdotes reais, agora receberia mais um
trono, sendo que este era de marfim (SI 45:1 -15),
resplandecia com retoques em ouro puro. Os anjos
guardiões das roupas divinas estavam preparados
esperando que o Cordeiro entrasse. Eles levavam
perfumes de aloés, cássia e mirra. Os anjos gostariam de
saber asua vontade. O anjo segurava vários trajes. Mas o
Pai escolheu a mesma veste revelada a Daniel (Dn 10:5).
Era especial. Aquela, a salpicada, era para o grande Dia. Ele
a retira dali. Os sapatos de bronze foram trazidos.
Deveriam reluzir. Estavam prontos, e tudo o mais estava
preparado. Os anjos assessores estavam por perto. A
orquestra, formada de harpas e órgãos, entoava ritmos
jamais conhecidos, e estava pronta. Novos instrumentos
seriam introduzidos com o corpo da ressurreição. O Céu
esperava, com grande expectativa, aquela que foi eleita
para louvor da sua glória. Abaixo do trono, os querubins
lamentavam. O Espírito Santo estava se preparando para
deixá-los; depois de assistir à entrada do Filho em glória,
seria levado pelo trono (Ez4:l-3;At2:l-4)aJerusalém,a
fim de estar para sempre com a Igreja. Foi um pedido
especial do Filho (Jol4:16).Era chegada a hora. Todas as
hostes celestiais estavam presentes. Os guardiães eram
como milhões de milhares, em fileira. Esperavam o aviso.
Lá embaixo, na simplicidade de Betânia, o Messias
ressurreto caminha devagar, e pára. Suas últimas palavras
884
na terra foram em resposta a uma dúvida dos discípulos:
“Os tempos e as estações que o Pai preparou por seu
eterno poder não vos interessa. Ficai em Jerusalém, até
que do alto sejais revestidos de poder”. Quando acabava
de falar, foi elevado a dma no meio das nuvens que não
eram dali (Is 14:14). Os “varões galileus”, pois era como
deveriam seravisados, segundo a vontade de Deus, que
determinava que algrejafosse estabelecida na Galiléia dos
gentios, foram surpreendidos com a presença de dois
anjos, os mesmos que se apresentaram no sepulcro.
Jerusalém seria destruída em menos de quarenta anos. Os
anjos disseram: “Que fazem aqui, olhando para cima,
varões galileus? Este mesmo Jesus que vistes subir, e que
foi recebido em glória, também descerá nas nuvens, com
podere grande glória. Ide e esperai a promessa do Pai”.
Eles ajoelharam-se. Aapoteosecelestialjáhavia
acontecido, pois os anjos disseram: “Foi recebido em
cima”. Quando ele chegou, os discípulos ainda olhavam
para cima. Não caiu nenhuma capa, como a de Elias,
desceram anjos; e agora o próprio Espírito Santo haveria
de vir. Os querubins perguntavam se o Espírito Santo não
viria com eles à adoração, como antes (Ez 1:19-21). Eles
sabiam que era difícil ficar sem ele”, diziam os querubins.
O Espírito Santo sabia que deveria regressar à terra, outra
vez, e agora em definitivo. O que viria fazer aqui? Mover-se
outra vez? Não. Viria trabalhar com alguns dos profetas
concentradamente? Não. O que haveria de fazer no meio
dos homens? Não o haviam rejeitado, no princípio? (Gn
6:3). Não haviam contendido com ele? Não o haviam
rejeitado? (Is 63:10). Os querubins ofereciam todos os
elementos para um grande adorador, com o objetivo de
mantê-lo ali, junto a eles: oito olhos vivos moviam-se como
raios para cumprir, entender e obedecer com rapidez.
Quatro rostos para manifestar se. Isso não seria o bastante
para um bom adorador? O Espírito Santo sabia que sim,
mas certamente faria com que os irmãos de Jesus
adquirissem todas aquelas características sem oito olhos,
sem asas. sem raios. Sabia como fazer deles labaredas de
fogo; certamente dar-lhes-ia o seu discernimento e
habitaria neles, dentro deles; não em rodas, mas em seus
corações. Seria derramado dentro deles e ficaria neles para
sempre. E isto era maravilhoso a seus olhos. O Espírito
Santo sabia que se ele não viesse, o Cordeiro não poderia
estar no trono com eles. Convinha ao Cordeiro que o
Espírito Santo viesse, e quando ele viesse faria muitas
outras coisas maravilhosas. Mas quando isto aconteceria
de fato? Quando o Cordeiro fosse glorificado (Jo 7:38,39).
Quando ele fosse glorificado, o Espírito Santo teria que vir.
E daqui organizaria o louvor láno trono. Certamente, o
trono teria novas canções, novos hinos e novos cânticos
espirituais; e os vinte e quatro anciãos teriam outros
motivos para tocar e adorar. Tocariam o que a Igreja e o
Espírito produzissem. Então, ouviu-se um grande clamor:
“Levantai, ó portas, as vossas cabeças”. Era a segunda vez
(SI 24:7-9). Por duas vezes, eles ouviram a mesma ordem.
“ Levantai-vos, óentradasetemas”.Asportas levantaramse.
As pérolas são lindas, cremes e rosadas! Gigantes!
Começaram a subir. As doze portas se abriram, de par em
par. Foi maravilhoso quando a luz gloriosa da presença do
Pai irradiou luz penetrante e a tudo deixava visivelmente
transparente, pois ela não fazia sombra nem permitia
variação alguma. Era dia, muito claro,tiem claro,
i :u
transparente pela força da luz. Uma manhã contínua. Algo
nunca visto antes. Ele tinha o direito de entrar na cidade
pelas portas de pérola, pois recebeu o seu corpo eterno
ressurreto. Algum dos anjos atalaias perguntou, em voz
alta, antes de abrir a porta: “ Quem é este Rei da Glória?”.
Um deles respondeu: “O mesmo Capitão dos Exércitos,
com quem estavam acostumados a sair em batalha;
lembra-se de Josué? (Jo 5:13-15). Eles não sabiam quem
ele era realmente, mas tinham em mente que era um
grande mistério escondido. Conheceram as suas obras,
viram, testemunharam e o ajudaram no seu ministério.
Mas, ele continuava sendo o mistério escondido pelo Pai.
Quarenta dias antes, ele havia entrado pelas portas, mas
trazia os dois grupos justos do Hades (SI 68:18). Apenas
um deles entrou pelas portas, o outro saiu pelo caminho do
mar de cristal, e foi conduzido para a dimensão futura do
“que será”, um lugaronde ficam somente aqueles que
ainda estão com suas almas nuas, sem o corpo (2 Co 5:1 -5).
Ali, deveriam aguardar a ressurreição e o arrebatamento
da Igreja. De Betânia, ele vinha marchando glorioso na sua
força. Nada se parecia àquela alma cambaleante que
entrara no Tabemáculo celestial para deixaro seu sangue,
que falava melhordoqueo sangue de Abel, o primeiro
sangue inocente humano derramado (Hb 12:22-24). Mas,
agora, quando as portas haviam-se levantado novamente,
ele entra na sua própria casa, onde teria a resposta à sua
oração (Hb 3:6): “Pai, glorifica-me junto de ti com aquela
glória que tinha contigo antes que o mundo existisse” (Jo
15:5). Ouviu-se umavozde boas-vindas: “Tens chegado ao
Monte Sião, e à cidade do Deus vivo, ajerusalém celestial,
às miríades de anjos, à universal assembléia e igreja dos
primogênitos inscritos os céus, e aojuiz de todos, e aos
espíritos dos justos aperfeiçoados”. Era tão maravilhosa a
visão, e os anjos cantavam. Agora, o Cordeiro estava ali, e
receberia um nome que ninguém poderia entendê-lo
antes do tempo. Erao Cristo Jesus, o mediador do Novo
Pacto, e detinha o sangue da aspersão, que falava melhor.
O Pai fez ouvir a sua voz e disse: “Este é o meu Filho. A ele,
adorem” (Hb 1:6). Eles se curvaram e adoraram no meio
das músicas que se mantinham no ar. Mesmo não sendo
focadas, podiam ser ouvidas. Um tipo de som jamais
ouvido, que vinha de toda criatura de Deus, de todos os
lados. Os anjos não compreendiam. Mas, ainda assim, eles
prostravam-se e adoravam. Vieram e cantaram,
declarando sete tributos, com grandes honras:“Dignoés
de tomar o livro, e de abrir os sete selos; porque foste
morto, e com teu sangue compraste para Deus homens de
toda tribo, e língua, e povo e nação; e para nosso Deus os
fizeste reino, e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra. E
olhei, e vi a voz de muitos anjos ao redor do trono e dos
seres viventes e dos anciãos; e o número deles era
miríades de miríades, e milhares de milhares, que com
grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de
receber o “ (1) poder, e (2) riquezas, e (3) sabedoria, e (4)
força, e (5) honra, e (6) glória, e (7) louvor” (Ap 5:11-13).
Mas algo estava errado. Eles estavam acostumados a
exaltar o Pai com três tributos de honras, ao cantar. Agora,
a adoração estava ampliada e confusa. Deveriam aprender
como honrar duas pessoas divinas. Qual deles merecia
mais e qual deles merecia menos? Eis a questão. Eles não
estavam acostumados. “Havia, também, ao redor do
trono, vinte e quatro tronos; e sobre os tronos vi assentado
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vinte e quatro anciãos, vestidos de branco, que tinham nas
suas cabeças coroas de ouro. E do trono saíam relâmpagos,
e vozes, e trovões; e diante do trono ardiam sete lâmpadas
de fogo, às quais são os sete espíritos de Deus; e, sempre os
seres viventes davam (1) glória e (2) honra (3) ações de
graça ao que estava assentado sobre o trono, ao que vive
pelos séculos dos séculos” (Ap 4:11-13). Assim, adoravam
quando havia apenas um trono, e um estava assentado
sobre ele. Agora, um novo trono foi introduzido, e o
mesmo foi revelado a Daniel (Dn 7:9,10,13). Foi quando,
então, o Pai fez sinal para a criatura entrar. Ela o conhecia, e
havia tido grande experiência com ele, na ocasião de seu
sepultamento. Ela entendia, de forma sobrenatural, aquilo
que os próprios anjos não sabiam: que ele tinha o mesmo
poder do Pai, que era digno da mesma glória do Pai. Por
isso, estava corrigindo aquele culto. Não eram sete tributos
de glória, mas quatro; agora, nem três, nem sete: “Ouvi
também a toda criatura que está no céu, e na terra, e
debaixo da terra, e no mar, e a todas as coisas que neles há,
dizerem: (1) Ao que está assentado sobre o trono, e ao (2)
Cordeiro, sej a o (1) louvor, e a (2) honra, ea(3)glória,eo
(4) domínio pelos séculos dos séculos: e os quatro
querubins viventes diziam: Amém. E os anciãos
prostravam-se e adoravam” (Ap 5:13,14). Os anjos o
escoltaram até encontrar-se diante do Pai. “ E eis que vinha
com anuvem do céu um como filho de homem; e dirigiu-se
ao ancião de dias, e foi apresentado diante dele. E foi-lhe
dado domínio, e glória, e um reino, para que todos os
povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um
domínio eterno, que jamais será destruído” (Dn 7:13,14).
O Pai se dirige à assembléia angelical e a todos os anjos, em
todas as dimensões: é, era e será. Eles os ouviram,
simultaneamente. “Sabeis que antigamente estive
falando, muita vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos
profetas, mas que, a partir de agora, falarei pelo Filho, a
quem constituo herdeiro de todas as coisas, e por quem fiz
também o mundo; sendo ele o resplendor da minha glória
eaexpressa imagem de meu ser, sustentando todas as
coisas pelas palavras do seu poder, e tendo, ele mesmo,
feito a purificação dos pecados, agora, assentar-se-á à
direita da Majestade nas alturas, pois alcançou por herança
um Nome mais excelente do que os anjos. (Dirigiu-se aos
anjos) Pois a qual dos anjos, eu disse: Tu és meu Filho, hoje
te gerei? E ainda prometi: Eu lhe serei por Pai, e tu me serás
por Filho?” (Hb 1:1-6). Então, clamaram em grande coro,
estremecidos: “Jamais!”
Hebreus 1:6: E, de novo, quando introduz
o Primogênito no mundo, diz: “Adorem-no
todos os anjos de Deus”. (i Tm3:ió;
Hb 10:5; D132:43)
Testemunho do Pai: dos anjos e dos ministros
Hebreus 1:7: E, concernente aos anjos,
diz: “Ele faz dos seus anjos espíritos, e dos
seus ministros, labareda de fogo” (Sii04:4)
Testemunho do Pai sobre a divindade e a realeza do Filho
Hebreus 1:8: mas, concernente ao
Filho, ele diz: “O teu Trono, ó Deus,
1:9 H e b r e u s 2:7
permanece para todo o sempre, e cetro
de justiça é o cetro do teu Reino, isi2:6-9;
145:13; Is 9:7; 1 Co 15:25; SI 45:6,7)
A consagração do Filho
H ebreus 1:9: Porque amaste a justiça e
odiaste a iniqüidade, Deus, o teu Deus,
te consagrou com o óleo de alegria, muito
mais do que a teus companheiros”. (si45:6,7;
Is 61:1,.2; Fp2:9)
O senhorio do Filho como Criador
H ebreus 1:10: E acrescenta: “Tu, Senhor,
no princípio fundaste a terra, e os céus são
obra das tuas mãos. fs/8:3; 102:25-27;pv8:27-29;
Is44:24; 64:8)
A eternidade do Filho
H ebreu s 1:11: Eles perecerão, mas
tu és permanente; e, como um vestido,
envelhecerão; (Is34:4;65:17;Mt24:35;Hb 12:27;
2 Pe 3:7-10; Is 51:6)
H ebreus 1:12: e, como um manto, os
enrolarás, e serão postos de lado, como um
vestuário, para serem mudados; mas tu
és sempre o mesmo, e os teus anos jamais
acabarão”. (S190:2;Is51:6-8;Hb 13:8)
Aposição do Filho (Rm 16:20) até o tudo em todos
Hebreus 1:13: Pois a qual dos anjos Deus
falou, alguma vez: “Assenta-te à minha direita,
até que eu transforme os teus inimigos em
estrado para os teus pés?” (si i02-.i;is 63:3-6,-Mt
22:14; At2:34-36; Ap 19:1 l-21;Sll 10:1; Hb 10:13)
A inferioridade e o serviço dos anjos diante do Filho
Hebreus 1:14: Não são todos os anjos espíritos
ministradores, enviados para o serviço
daqueles que hão de herdar a salvação? n rs
22:19;J61:6; Sl 103:20,21; Is6:1; Dn7:10; Hb5:9)
Hebreus, capítulo dois (2)
A superioridade da mensagem (Cl 3:19). A continuidade
da salvação de um homem depende de sua diligência e de
sua fidelidade no caminho deDeus(Jó31:5,6)
H ebreus 2:1: Por esta causa, devemos
empregar a mais atenta diligência à mensagem
que temos ouvido, para que não nos
desviemos dela, em nenhuma ocasião.
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A comparação da fidelidade das palavras dos
anjos com as palavras de Deus
Hebreus 2:2: Se, de fato, a palavra dita
pelo ministério dos anjos permaneceu firme,
e toda transgressão e desobediência
recebeu o justo galardão, (êx32:27; lv io:i;si
68:17; At 7:53; At 7:53; Hb 1:1; 10:28,35; 11:26)
A salvação proclamada, confirmada e testemunhada:
os sinais e os dons do Espírito Santo, com poder,
repartidos à Igreja
Hebreus 2:3: então, como escaparemos
nós, se desprezarmos esta tão grande Salvação?
A qual, tendo sido inicialmente
proclamada pelo Senhor, foi-nos depois
confirmada pelos que a testemunharam,
(1 Pe 1:10-1 l;Hb 10:29;Lc 1:2)
Hebreus 2:4: e foi testificada por Deus na
presença deles, por meio de sinais e prodígios,
e com diversas maravilhas de poder
e com distribuições de dons do Espírito
Santo, repartidos entre eles segundo a sua
vontade. (Mc 16:20;Jo 4:48; 1 Co 12:4;Ef 1:5)
A encarnação de Cristo (Sl 8; 22:9,10)
Hebreus 2:5: Porque o mundo futuro,
do qual falamos, Deus não o sujeitou aos
anjOS. (Hbó:5)
Hebreus 2:6: Alguém testificou em certo
lugar, dizendo: “Que é o homem, para que
dele te lembres? Ou o Filho do homem,
para que o visites? (st8:4-6/
Jesus assume a natureza humana, elevando-a
ao trono, vencendo Satanás. “De meus anjos, meu
Filho, apontando para os próprios, faço ministros
labaredas de fogo. Mas de ti, ó Filho, eu digo, apontando
ao novo trono: o teu trono subsiste pelos séculos dos
séculos, e cetro de eqüidade é o cetro do teu reino,
pois és Deus. Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade;
por isso, eu, o teu Deus, te ungi com o óleo de alegria,
mais do que ateus companheiros”. Nesse momento,
o Filho o intercala, dizendo: “Tu, Senhor, no princípio
fundaste a terra, e os céus são obra de tuas mãos; eles
perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles, como
roupa, envelhecerão, e como a um manto o enrolarás,
e como roupas serão mudadas; mas tu és o mesmo, e os
teus anos não terão fim” (Hb 1:7-12)
Hebreus 2:7: Tu o fizeste um pouco menor
que os anjos, e o coroaste de honra e de
glória, e o estabeleceste sobre as obras de
tuas mãos;
HEBREUS <£;11
Vendo-o pela fé
Hebreus 2:8: e a tudo sujeitaste sob os seus
pés”. Ora, quanto a submeter-lhe tudo, quer
dizer que nada deixou que não lhe estivesse
sujeito. Mas ainda não vemos que todas as
coisas lhe estejam sujeitas. (Ap5:i-7;ico 15:25-28;
Efl:22;Mt28:l 8]
Vendo-o no trono. Um glorificava o outro. Os raios
registravam todas as frases, e os anjos as liam. Eles
podem ler o que os trovões e os raios dizem. Os
trovões são como a voz e os raios, o escrito. A oração
feita ainda na terra foi lembrada: “Glorifica-me junto
de ti mesmo”. Agora, com a sua entrada em glória,
a humanidade estava representada no seu corpo
vitorioso. Havia esperança. Então, ele relembra a
pergunta que agora já tinha resposta: “Quem é o
homem, para que dele te lembres? Ou filho do homem,
para que o visites? Fizeste-o um pouco menor que
os anjos, de glória e de honra o coroaste”. Nesse
momento, o Pai olha para os anjos e diz: “Vemos
que aquele que foi feito um pouco menor doí]ue os
anjos agora está coroado de Glória e honra por causa
da paixão da morte, para que, pela graça, provasse
a morte por todos” (Hb 2:9). Então, o próprio Pai
o coroa, dizendo: “Estás aperfeiçoado, meu Filho,
porque me era conveniente, pois todas as coisas
são minhas, e por meio de quem tudo existe, que
trouxesse muitos filhos à glória, e te santificasse e
te aperfeiçoasse, pelo sofrimento, como autor da
salvação deles” (Hb2:6-10)
Hebreus 2:9: Mas vemos Jesus, coroado
de glória e de honra, o qual foi feito um
pouco menor que os anjos; e, por causa da
paixão de sua morte, sofreu, a fim de que,
pela graça de Deus, experimentasse a morte
por todos. fpp2:7,9;At2:3.3;Jo3:16; !Jo2:2)
A exigência satisfeita. A satisfação de Cristo (Jo 17:19)
Hebreus 2:10: Porque convinha Àquele,
por meio de quem existem todas as coisas
e para quem as mesmas se destinam, santificar
o Autor da salvação deles, trazendo
muitos filhos à glória, por seus sofrimentos.
(Rm 1 l:36;Lc24:46;At3:15;5:31;Lc 13:32]
Jesus, o depósito de santificação (Jo 17:19). Depois
da ressurreição, fomos feitos irmãos de Cristo (Jo
20:17). O Pai estava satisfeito pelo trabalho do Filho.
Agora, estava coroado, em glória. Que momento
lindo, glorioso e poderoso foi a sua entrada em alma,
quarenta e três dias antes. Então, depois de reunidos,
os anjos começaram a cantar as palavras do Pai:
“Aquele que foi manifestado na carne, justificado em
Espírito, visto dos anjos, pregado entre os gentios,
crido no mundo e recebido acima, na glória” (1 Tm
887
3:16). Sem dúvida, foi o ato eterno da santificação que
trouxe efeitos extraordinários. Por isso, o Pai estava
dando o veredicto final: “Pois tanto o que santifica
como os que são santificados vêm todos de um só” (Hb
2:11). Então, o Filho apresenta ao Pai os frutos de sua
obra, os quais acabara de resgatá-los do Hades; ele os
apresentou como seus irmãos: “Razão pelo qual ele
não se envergonha de lhes chamar irmãos” (Hb 2:11).
No estender das mãos paternas, foi-lhe indicado o
lugar por onde passou em direção ao trono. Sentouse
devagar e o Céu explodiu em glórias. Trovões
e relâmpagos escrevem frases, a voz de Deu era
ouvida e escrita (Ap 5:5-7). Os anjos se alegravam
Hebreus 2:11: Porque, tanto o que santifica
como os que são santificados são todos
de um; razão pela qual ele não se envergonha
de lhes chamar Irmãos,/si 22:22,-m io.-io;
At 17:26;Jo 20:17)
A apresentação da Igreja no Céu. O Filho, em voz de
trombeta, respondia naquele corpo humano ressurreto
e glorificado, anunciando o seu prazer de estar ali
como Sumo Sacerdote, declarando o que iriafazer; mas
estava com saudades dos seus discípulos. Olhou para
os candeeiros, e o Pai percebeu. O Filho entendeu que
aqueles candeeiros eram instrumentos memoriais,
para caminhar entre eles, quando sentisse falta de sua
amada esposa, a Igreja; de fato, era grande a falta que ela
fazia. E pensava nos seus fiéis, em cada um deles, pois
havia orado por eles: “Anunciarei o teu Nome a meus
irmãos, cantar-te-ei louvores no meio da congregação ”.
(Hb 2:12). E outra vez, dirigindo-se ao Pai: “Porei em ti
a minha confiança”. E ainda: “Eis-me aqui, e os filhos
que tu me deste. Portanto, visto como os filhos são
participantes comuns da carne e do sangue, eu também,
semelhantemente, participei das mesmas coisas, para
que, pela morte, derrotasse aquele que tinha o poder
da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos aqueles que,
com medo da morte, estavam, por toda a vida, sujeitos
à escravidão” (Hb 2:12-15). Então, ele assentou-se. O
som, a imagem e o movimento! Indescritíveis. Imagens
de todos os tempos, dos profetas, da eleição dos anjos,
do Mar Vermelho, das vitórias de Davi, da morte no
Calvário, dos tipos tabernaculares. Tudo foi visto;
mesclavam-se nos sons e nos movimentos do culto. Os
mesmos anjos faziam o jogral. Lembraram-se de cada
detalhe. O Pai olha para o Filho e diz: “Assenta-te aí,
até que eu ponha os teus inimigos debaixo de teus pés.
Depois, eu mesmo estarei em ti e tu e mim” (Jo 14:20;
Hb 1:13). Ele assentia que sim. Assim, seriam vistos
como um só, no seu corpo glorificado (1 Co 15:16-18).
O silêncio foi total. Todos os escutavam. Lembrouse
de Davi: “Assenta-te à minha direita, até que eu
ponha os teus inimigos por escabelo dos meus pés”
(Hb 1:13). E o Filho completava: “Foi do teu agrado
que em ti habitasse toda a plenitude da divindade”
(Cl 1:19). Então, o Pai beijou a face do Filho (Sl 2:12).
Foi emocionante. Havia um novo Sacerdote na casa
de Deus. O Pai conversava com ele, já assentado no
trono, e dizia-lhe: “Pelo que convinha que, em tudo,
fosse semelhante aos irmãos, para ser um Sumo
2:12 H e b r e u s 3:1
888
Sacerdote misericordioso e fiel nas coisas concernentes
à divindade, a fim de fazer apresentação do sangue da
santificação pelos pecados do povo. Porque naquilo que
tu mesmo, sendo tentado, padeceste, poderás, agora,
socorrer aos que são tentados” (Hb 2:17,18)
Hebreus 2:12: dizendo: “Anunciarei a
meus irmãos o teu Nome, no meio da congregação
te louvarei”; (si22:221
Hebreus 2:13: e ainda outra vez: “Eu
confiarei nele”; e ainda: “Eis aqui, eu e os
filhos que Deus me deu”. (is8:i7,i8;jo io.-29)
O preço da redenção: participar, destruir e libertar
Hebreus 2:14: Porque, assim como os filhos
participam comumente da carne e do
sangue, ele também participou do mesmo,
com 0 fim de destruir, pela sua morte, aquele
que tinha 0 império da morte, isto é, 0
diabo, (Os 13:14; Mt 16:17;Jo 1:14; 1 Co 15:54 57;
1 Jo 3:8)
Hebreus 2:15: e libertar a todos aqueles
que, assombrados pela morte, passavam toda
a vida sujeitos à escravidão. (Rm8:i5;2Tm U7)
O Pai usou a humanidade (Gn 3:15). Ele não quis usar os
anjos na purificação da iniqüidade (Is 6:6,7)
Hebreus 2:16: Pois ele não utilizou para
isso os anjos, mas a semente de Abraão.
O Pai se fez humano (Jo 1:13,14; Fp 2:5-8). O Jesus
homem (Fp 2:5-7). O seu “si mesmo” era a sua
personalidade, e nele residiam atributos de alma
divina. Ele estava pronto a despojar-se de si mesmo.
Aprendeu anão usar, para proveito próprio, os seus
atributos como Deus. Não usou aquilo que era seu
por direito, mas o depositou no altar do Pai. O que
significa “não ter por usurpação o ser igual a Deus”?
Foi humilde e não aproveitou-se disso, na condição de
homem. Não usar a sua capacidade divina significava
não usar nenhum atributo para seu proveito próprio
ou para proveito de outro. Por que era difícil para
ele obedecer? Porque sempre foi Deus, pois nunca,
jamais, obedeceu a ninguém como homem. Agora,
teria que aprender a obedecer como homem, sendo
Deus, para identificar-se com a humanidade em
tudo. Ele não dependia de seus atributos como Deus,
nos dias em que atuou em seu ministério (Jo 5:19).
Ele sempre atuou cheio do Espírito Santo. Isto é
era uma notoriedade, pois nenhum homem havia
experimentado aquilo que ele estava vivendo já desde
criança. Alguns dizem que ele não poderia completar
a obra redentora sendo somente homem, mas os tais
estudiosos se esquecem de um detalhe fundamental:
a obra do Espírito Santo nele. Ele foi humilde para
aceitar a sua obra no lugar de seu próprio “eu” divino
Hebreus 2:17: Por isso, ele deveria assemelhar-se
em tudo a seus irmãos, para ser
um Sumo sacerdote fiel e misericordioso,
segundo a exigência de Deus, e poder, assim,
expiar OS peCadOS dO pOVO. (Fp2:7;Hb4:15;
5:1,2; 1 Jo 2:2; 4:10)
O sacerdote é homem (Fp 2:5-8). Dez dias havia
passado naqueles minutos equivalentes da eternidade
(Hb 2:13). O Pai dá sinal com as mãos e ordena,
rapidamente, como é o seu jeito, pedindo aos
querubins que assumam o controle dos movimentos
do trono. O Céu estava inaugurando um novo sistema
de controle. Em lugar das pedras afogueadas, o trono
receberia incenso fabricado pelo Espírito Santo e pela
Igreja, na terra. Os anjos deveriam ir buscá-lo nas
casas de oração onde ambos se reuniam para louvor da
glória de Deus. Os vinte e quatro anciãos receberam
instruções de que, em cada fuso horário, as orações
dos santos chegariam ali em forma de incenso (Ap
5:8), e que eles deveriam mantê-las consigo, nas
suas respectivas taças, até a passagem do assistente,
a fim de levá-las ao altar de incenso. Sabiam que, em
cada hora, deveriam juntar o incenso no incensário
e trazê-lo para lançá-lo no altar. Dali, o Pai saberia o
que fazer, ao responder às orações (Ap 5:6-8; 8:1-3).
Escreveriapelos raios e os anjos o obedeceriam. O
acesso ali seria restrito (2 Co 12:1 -3). O Pai os avisou
que se comunicaria com eles por meio dos trovões e
pelos raios e, à medida que o incenso fosse queimado,
saberiam o que fazer (Ap 10:3,4). Deveriam estar
atentos. Enquanto o trono descia, os cento e vinte
discípulos oravam no Cenáculo do hotel, onde a
igreja começava os seus primeiros movimentos. Som,
imagem e movimento. Este era o dia de Pentecostes.
O Filho os viu de longe. O trono chegou ajerusalém,
deu a volta e regressou para o seu lugar, e o Espírito
Santo saltou das rodas. Sabia que estaria ali para
glorificar o Filho (Jo 7:39; 16:14; Hb 5:5). Acenaramse
entre si. “Até o arrebatamento! ”. O Espírito Santo
desceu sobre os discípulos. Nenhuma espécie de voz
neste mundo é sem significado (1 Co 14:10).
O Espírito Santo já estava na Igrej a
Hebreus 2:18: Porque, precisamente
naquilo em que ele mesmo sofreu e foi tentado,
pode socorrer aos que também são
tentados, (m 4:15,16)
Hebreus, capítulo três (3)
Apóstolo do Novo Testamento e sumo sacerdote
daNova Aliança
Hebreus 3:1: Portanto, santos irmãos,
participantes de uma vocação celeste, considerai
a Jesus como 0 Apóstolo e 0 Sumo
Sacerdote da nossa confissão, (jo20:21 ;Rmís.-s,-
Ef3:6; Cl 1:12; 1 Pe l:4;Hb2:l l;Fp3:14;HtM0:21)
3:2 H e b r e u s 4:2
Maior do que Moisés. Comparação entre Jesus e Moisés
Hebreus 3:2: Ele foi fiel ao que o designou,
assim como Moisés foi fiel em toda a
casa de Deus. (Nml2:7;Mt24:45;Lc 16:10-12)
O construtor da casa tem mais honra do
que o edifício (Mt 16:16-18)
Hebreus 3:3: E ele foi considerado muito
mais digno de glória do que Moisés, assim
como o construtor da casa tem mais honra
do que a própria casa, que por ele foi estabelecida.
(Zc 6:12,13; Mt 16:18; 1 Pe 2:5-7; 2 Co3:7-l 1)
Hebreus 3:4: Porque toda casa é edificada
por alguém, mas Deus é quem fez todas as
coisas. I<Ef2:10;Hb 1:2)
A casa é a Igreja e a grande característica do profeta
Hebreus 3:5: Verdadeiramente, Moisés
foi fiel em toda a casa de Deus, conwservo,
para dar testemunho das coisas que deveriam
ser ditas. (Nm 12:7;Êxl4:31;Dt 18:18,19)
Hebreus 3:6: Mas Cristo foi fiel, como
Filho, sobre a sua casa; e esta casa somos
nós, que nos gloriamos enquanto conservamos
firmes a confiança e a esperança
até 0 fim. (lPe2:5;Hb 1:2; 1 Co3:16;Rm5:2;Cl 1:23)
O apelo do Espírito Santo
Hebreus 3:7: Por isso, segundo nos diz o
Espírito Santo: “Se hoje escutardes a sua voz,
(Sl 94:8-11;SI 95:7-1 l;Hb 9:8; Sl 95:7)
Hebreus 3:8: não endureçais o vosso coração,
como no tempo da provocação, no dia
da tentação no deserto, (Êxi7:7;si78:i8; ioó:14)
Deus não é tentado pelo mal (Tg 1:13)
Hebreus 3:9: quando vossos pais me tentaram,
pondo-me à prova, e viram as minhas
obras, durante quarenta anos. (At7:36)
A geração do deserto
Hebreus 3:10: Por esta causa me indignei
contra esta geração e disse: Sempre se deixam
seduzir no seu coração, e não conheceram
os meus caminhos.
Hebreus 3:11: Assim, pois, jurei na minha
ira: Não entrarão no meu repouso”.
(Sl 95:7-1 l;Hb 4:3,5)
889
Hebreus 3:12: Vede, irmãos, que não
haja em nenhum de vós um coração incrédulo
e infiel para apartar-se do Deus vivo.
(Hb 12:25; 9:14)
O pecado nos rouba o primeiro amor
Hebreus 3:13: Antes, exortai-vos uns aos
outros, cada dia, enquanto dura o dia que
se chama hoje, para que nenhum de vós
seja amortecido, enganado pelo pecado.
(Hb 10:24,25; Ef4:22)
Hebreus 3:14: Porque já fomos feitos participantes
de Cristo, desde que conservemos
firmes, até o fim, o princípio de nossa
confiança inicial. (Hb3.-6j
A voz pode ser ouvida ou rejeitada: o Evangelho
Hebreus 3:15: Entretanto, a exortação
é: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais
o vosso coração, como no dia da
provocação. (Hb3.-7)
Hebreus 3:16: Porque alguns daqueles
que haviam saído da terra do Egito com
Moisés, depois de a terem ouvido, provocaram-me;
ainda que não todos”. (Nm 14.-2)
Hebreus 3:17: Mas, contra quem Deus
esteve indignado durante quarenta anos?
Não foi contra os que pecaram, cujos cadáveres
caíram no deserto? (Nmi4:29;suo6:26)
O repouso é a graça da vida eterna (Sl 95:1 -11)
Hebreus 3:18: E para quem jurou que não
entrariam no seu repouso, senão àqueles
que desobedeceram? (Hb4.-6,9;Nm 14:23)
Hebreus 3:19: E vemos que não puderam
entrar por causa da sua incredulidade.
(Jo3:36)
Hebreus, capítulo quatro (4)
O outro repouso da Graça (Êx23:10-12):
(1) Cristo (Mt 11:28,29)
Hebreus 4:1: Portanto, temamos que,
depois da promessa de adentrarmos no seu
repouso, pareça que algum de vós tenha
ficado fora, sem tê-la alcançado. (Hb i2.-i5)
O primeiro anúncio do Evangelho a Israel
Hebreus 4:2: Porque, tanto a nós como
13H33H snaaaaH snaaaaH snaaaaH snaaaaH sm
4:3 H e b r e u s 4:15
a eles, foi anunciado o Evangelho; porém,
a Palavra que eles ouviram não lhes
valeu de nada, pois não a misturaram
com a fé, a qual é peculiar àqueles que a
OUVem. (1 Ts2:13)
O primeiro repouso da criação (Gn 2:1 -3)
e o segundo repouso após a nova criação (Hb 4.8)
Hebreus 4:3: Quanto a nós, os que cremos,
entraremos no repouso, tal como
ele disse: “Na minha ira jurei: Não entrarão
no meu repouso”; embora as suas
obras estivessem concluídas desde a fundação
do mundo, (siqs.-hj
Hebreus 4:4: Pois, em certo texto, se
diz a propósito do sétimo dia: “E Deus
repousou no sétimo dia, de todas as suas
obras”; (Gn2:4;2:2;Êx20:l 1)
Quem ouvir a voz, e não endurecer o seu coração,
entrará no novo repouso. O povo de Israel entrou na
terra, mas não entrou no repouso. Qual era o repouso
de Deus? Cristo. O trabalho de Cristo, efetuado com
precisão na sua morte, sepultamento e ressurreição,
provia o grande repouso de Deus para os seus filhos,
mas Israel o rejeitou. Todavia, os gentios o receberam.
Os filhos de Israel guardavam o Sábado, mas não
conheciam o seu verdadeiro significado: confiarno
trabalho de Deus e não nas próprias obras; descansar
nele e viver para ele, confiando nele
Hebreus 4:5: e outra vez, na m esm a passagem,
acrescenta-se: “Não entrarão no
meUrepOUSO”. (Sl95:ll;Hb3:lí)
Hebreus 4:6: Assim, vemos que é necessário
que alguns entrem nesse repouso,
pois aqueles que primeiro receberam as
boas-novas não entraram nele por causa
da sua desobediência. im3:i8,i9)
A “voz” era o evangelho
Hebreus 4:7: Para isto, Deus fixa, de
novo, um dia: “Hoje”. Dizendo por meio
de Davi, depois de muito tempo, como havia
dito antes: “Hoje, se ouvirdes a sua voz,
não endureçais o vosso coração”, (si95:7,8;
Hb 3:7,8)
Canaã não era o repouso, mas uma figura dele.
Quando Israel entrou na terra, não conheceu o
repouso. O repouso de Josué é o mesmo repouso
do sábado, o qual deveria ser guardado uma
vez por semana, e em certo tempo, em sete dias
890
consecutivos. Depois, em todos os dias do ano, de
sete em sete anos. Mas esse repouso foi retirado de
Israel e dado à Igreja: o qual é Cristo, uma pessoa
Hebreus 4:8: Se Josué lhes houvesse dado
repouso, Deus não falaria de outro dia de
repouso. (Js22:4;Hbl:l)
Qual é o outro repouso? Confiar na obra de Deus,
por meio de Cristo, por nós. Crer na obra de Cristo
realizada em favor de todos os homens
Hebreus 4:9: Portanto, ainda há outro repouso
para o povo de Deus. iHb4.-8/
Hebreus 4:10: E, aquele que entra nesse
repouso, descansa também das suas obras, tal
COmO DeUS deSCanSOU das SUaS. (Gn2:3;Hb4:4)
Hebreus 4:11: Procuremos entrar, então,
nesse repouso, para que ninguém caia no
mesmo tipo de desobediência. (Hb3.-i8)
Essa é a palavra do Evangelho que anuncia esse repouso
Hebreus 4:12: Pois a Palavra de Deus é
viva e eficaz, e mais penetrante do que uma
espada de dois gumes; e penetra até à divisão
da alma e do espírito, das articulações
e das medulas, e é apta para discernir os
pensamentos e as intenções do coração.
(Dt 17:10; Sl 139:2; 1 Co 14:25; Ef5:13; 1 Pe 1:23; Jr23:29;
Efò:17; 1 Co 14:24,25)
É uma revelação (1 Sm 16:7; Sl 7:9; 90:8; 139:12)
Hebreus 4:13: Não há nenhuma coisa
criada que permaneça oculta diante dele;
antes, todas as coisas estão descobertas e
abertas diante dos olhos Daquele a quem
devemos prestar contas. (Si33:i3-i5;jó2ò:ò)
Porque temos um sacerdote no trono. A fé deve ser
conservada (Mc 16:19; Hb 12:2; 9:12).
(2) A arca teve repouso (1 Cr 6:31)
Hebreus 4:14: Portanto, visto que temos um
grande Sumo Sacerdote que transcendeu os
Céus, Jesus, o Filho de Deus, conservemos,
então, firmeanossa confissão. (Hb3.-i;7:26;i0:33)
Temos um sacerdote compreensivo
Hebreus 4:15: Porque não temos um
Sumo Sacerdote que não possa compadecerse
das nossas fraquezas, pois ele em tudo foi
tentado, como nós, mas sem cometer pecado.
(2Col2:8-10;Fp4:6;Hb2:18;2Co5:21;lPe2:22)
4:16 H e b r e u s 5:7
O véu foi rasgado. E a Arca está no Trono. Três motivos
para entrar no santíssimo lugar
Hebreus 4:16: Por isso, aproximemo-nos
com confiança ao Trono da graça, para alcançarmos
misericórdia e acharmos graça,
afim de recebermos ajuda oportuna. (is 55:6,7;
Rm 8:15-17;Ef3:12;2:18;Hb 10:19-23]
Hebreus, capítulo cinco (5)
Qualidades e limitações do sacerdote humano
Hebreus 5:1: Porque todo sumo sacerdote,
tomado dentre os homens, é constituído
em favor dos homens, nas coisas
referentes a Deus, para oferecer dons e
sacrifícios pelos pecados. (Êx28:l-14;Lv8:2;Nm
16:46-48; Hb 8:3,4; 7:27]
Hebreus 5:2: E possa compadecer-se
dos ignorantes e daqueles que erram,
pois também ele está sujeito às fraquezas;
(Hb2:18; Tg5:19;Hb7:28)
Hebreus 5:3: por isso, é obrigado a oferecer
sacrifícios, tanto pelos seus próprios
pecados como pelos pecados do
POVO. (Hb 9:7;7:27)
O chamado do sacerdote
Hebreus 5:4: Ninguém toma esta honra
para si mesmo, a não ser quando for chamado
por Deus, assim como Arão. (Nm3:3;
16:5,46-48; 1 Cr 23:13)
Hebreus 5:5: Da mesma forma, Cristo
não se glorificou a si mesmo, para tornarse
Sumo Sacerdote, mas esta glória lhe foi
concedida por meio daquele que lhe disse:
“Tu és meu Filho, hoje te gerei”. (Nm3.-3; i6:5,
46-48; 1 Cr23:13;Êx28:l;2 Cr26:18)
Cristo, homem; sacerdote aprovado. Qual era o
propósito de Deus, quando Israel foi chamado? Segundo
o chamado de Abraão e a promessa de Deus, registrada
em Êxodo 19:5,6, Israel foi chamado para executar um
propósito: ser bênção para as famílias da terra, por meio
do sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque.
Da mesma forma, fazia parte do propósito de Deus
que as nações lhe fossem tributárias, assim como as
doze tribos traziam os seus tributos aos levitas. Este
plano universal não se cumpriu cabalmente no Antigo
Testamento, nem durante o Novo Testamento, mas
certamente cumprir-se-á no Reino milenar de Cristo.
891
É plano de Deus que as nações, por seus príncipes,
tragam suas primícias para Deus, no templo, as quais
serão distribuídas entre os levitas durante o Reino
milenar inicial de Cristo. Nesse tempo, as nações trarão
a Deus o seu melhor, o que será administrado por Israel,
mediante seu serviço sacerdotal às nações (Nm 18, Ef
4:11,12; Hb 13:10). Mas Israel, porsuavez, trará os
dízimos dos dízimos à Igreja.
Hebreus 5:6: E como se diz noutra passagem:
“Tu és sacerdote para sempre, segundo
a ordem de Melquisedeque”. isi2.-7;■
Sl 110:4; Hb 7:17)
O exercício da oração sacerdotal (Jo 17)
Hebreus 5:7:0 qual, nos dias da sua vida
terrena, ofereceu orações e súplicas com
grande clamor e lágrimas Àquele que podia
livrá-lo da morte, e foi atendido quanto ao
seu temor. (S122:1-21;Is53:3;Mt26:28-44;27:46;Jo 17:1;
Hb 2:14;Mt26:39,53; Mc 14:36; 15:34)
O aprendizado. A dependência de Cristo como homem:
(1) Ele não dependia de sua imortalidade. Assim,
nesta condição, ele podia dizer que o Pai era maior que
Ele (Jo 14:6; Fp 2:6). Ele assim falou por causa de sua
humilhação. Hoje, já não poderia dizer o mesmo. (2) Não
dependia de sua onisciência: “O Pai me ensina todas as
coisas” (Jo 5:20). No momento de sua encarnação, ele
estava limitado. Deveria atuar assim, pois o sucesso de
seu ministério terreno dependia de sua humilhação.
Ele deveria ser o exemplo para sua Igreja que, depois
dele, ministraria na terra. Por esta razão, na ocasião da
tentação, Satanás disse-lhe: “Se és Filho de Deus...”,
porque, esperava que Jesus mostrasse o poder da sua
divindade; mas Jesus foi sábio ao responder: “Sou
homem, vim à terra como homem”. Quando ele disse
que nem ele nem os anjos do Céu sabiam o dia de sua
vinda, não queria dizer que não era Deus, porque,
naquele momento, ele estava em humilhação (Fp
2:5-8), e não poderia usar a sua divindade para proveito
próprio; mas confiava plenamente no Espírito Santo
que estava nele para realizar as obras de Deus (Is 61:1;
M t4:1 -5; 24:36). Ele conheceu Natanael pelo Espírito
Santo. Utilizou os dons do Espírito. Atuou usando o dom
da palavra de conhecimento. Da mesma forma que o
Espírito Santo atuou em Eliseu, também atuou em Cristo.
Eliseu não era Deus, mas estava atuando pelo poder do
Espírito Santo. (3) Ele podia fazer descer fogo do Céu,
mas sabia de que Espírito era. Todo o poder que possuía,
antes no Céu, somente foi-lhe entregue livremente para
o seu uso e potestade, após a sua ressurreição, quando
anunciou a seus discípulos: “Todo o poder me foi dado
nos Céus e na terra”. Isso não queria dizer que ele não
possuía nenhum poder (Jo 17:4,5), porque era Deus,
antes e depois; mas ele permitiu que o Espírito Santo
utilizasse o seu poder por intermédio dele, abdicando
do seu próprio poder. Por si mesmo, nada podia fazer (Jo
5:19), porque estava na sua humilhação. Tudo o que ele
fez foi pelo poder do Espírito Santo. Pois, se não, onde
5:8 H e b r e u s 6:1
estaria a sua humilhação? (At 10:38) .Jesus, durante a sua
encarnação, foi totalmente dependente do Pai. Ele não
veio para fazer a sua vontade na terra, mas a vontade de
seu Pai. Por isso, somos capazes de realizar as obras que
ele fez, pelo poder do Espírito Santo (At 10:38)
Hebreus 5:8: Embora fosse Filho, aprendeu
a obediência por aquilo que padeceu,
(Is 50:5,6; Mt3:15;Jo4:34; 6:38; 15:10; Fp2:8; Hb3:6; Fp2:8)
Aaprovação
Hebreus 5:9: e, tendo sido aperfeiçoado,
tornou-se a fonte da salvação eterna para todos
aqueles que lhe obedecem; /is45:22;At3:i5
4:12; 2 Tm2:10;Hb 12:2; 1 Jo5:20;Hb2:10)
A sua ordem sacerdotal
Hebreus 5:10: tendo sido aclamado por
Deus como Sumo Sacerdote, segundo a
ordem de Melquisedeque. m 5:5,6)
Qualidades exigidas para compreender
o sacerdócio de Cristo
Hebreus 5:11: Do qual temos muitas
coisas que dizer, coisas difíceis de interpretar,
porque sois lentos para compreender.
(1 Rs 10:1-5; Is 6:10;Jô 6:6; 2 Pe 3:16)
Hebreus 5:12: Porque, quando, há muito
tempo, já devíeis ser mestres de outros,
ainda necessitais de alguém que vos ensine
quais sejam os primeiros rudimentos das
palavras de Deus; e vos tornastes necessitados
de leite e não de comida sólida. (Ed
7:10; Is 28:9; At 7:38; Fp 3:1; 1 Co3:2; Gl 4:3; Hb 6:1; At 7:38;
1 Co 3:2)
Hebreus 5:13: Porque qualquer um que
ainda alimentar-se de leite é incapaz de
entender a Palavra da justiça, pois ainda é
menino. (Et 4:14; 2 Tm3:16; 1 Co 13:11;3:1)
Características dos obreiros maduros
Hebreus 5:14: A comida sólida é para os
maduros, para aqueles que têm os sentidos
exercitados pela prática, no discernimento
do bem e do mal. (Cn3:5;Jó34:43;Mt5:48;Rm 14:1;
Fp 1:9; 1 Rs 3:9; Is 7:15)
Hebreus, capítulo seis (6)
Os seis rudimentos da fé, após o novo nascimento.
As seis peças do primeiro tabernáculo são tipos dos
seis rudimentos: (1 )0 arrependimento de obras
892
mortas é o primeiro sinal de nossa fé na mensagem
do Evangelho; arrepender-se das obras iníquas como
mundanos; de todas as obras da carne (Gl 5:19-21).
O arrependimento produz um desejo de conversão,
mediante a fé. (2) A fé é a substituição de todos os
subterfúgios naturais e espirituais que eliminam a
nossa confiança completa e absoluta em Deus
Hebreus 6:1: Portanto, tendo estabelecido
os ensinamentos elementares de Cristo,
avancemos até a perfeição, sem lançar de
novo o fundamento do arrependimento
das obras mortas, e da fé em Deus, (FP3:i2 i4;
Hb 5:12; 9:14)
(3) A doutrina dos batismos nos lembra os diferentes
tipos do batismo para um só elemento, o qual é o
crente, e em um só Deus, em três pessoas. O batismo
em Cristo, o batismo no Espírito Santo e o batismo
no Pai. (a) O batismo em Cristo eqüivale ao batismo
simbolizado nas águas, o qual fala da obra do Espírito
Santo em nos introduzir no corpo de Cristo, isto é,
somos imersos juntamente com Cristo na sua morte,
mediante a nossa confissão de fé, e somos sepultados
e ressuscitados juntamente com o seu corpo; quem
opera este batismo é o Espírito Santo, (b) O batismo
no Espírito Santo é feito por Jesus Cristo, ao nos
introduzir na pessoa do Espírito Santo, mediante a
fé na sua promessa; este batismo nos libera diversos
dons, ministérios e operações, e nos reveste de
poder para pregarmos com ousadia a Palavra de Deus
com sinais e prodígios manifestados, e nos capacita
para cultuarmos a Deus sem nenhuma vergonha
dos homens, (c) O batismo com fogo é o batismo
lento do corpo de Cristo, a fim de que tenhamos o
mesmo caráter do Pai, mediante a obra do Espírito
Santo em nós, pela Palavra, pela disciplina e pelas
correções que envolvem a perda temporária ou
contínua daquilo que amamos negligentemente no
lugar de Deus. Em Efésios, Paulo nos diz haver um
só batismo. Por quê? Porque um só é o elemento, e
um só é o recipiente: o crente e Deus. (4) A doutrina
da imposição de mãos fala da autoridade de nossa
ministração evangelística na operação de milagres
e prodígios, curas e transferência de autoridade
ministerial ou concessão de poder, ministração do
batismo com o Espírito Santo e libertação de vidas
do poder de Satanás; também refere-se à concessão
de bênção. (5) A ressurreição dos mortos é uma das
mais raras manifestações no corpo de Cristo, mas
também refere-se à morte espiritual. A ressurreição
dos mortos requer concordância plena do corpo, e
é considerada como rudimento da doutrina. (6 )0
juízo eterno é um poder da liderança, uma decisão
espiritual que convém ao corpo. Como podemos
observar, todos os seis atos são ministrados pelos
obreiros da igreja, desde a pregação, que produz
arrependimento, até a declaração de um juízo
eterno, como aconteceu com Ananias e Safira.
Cada um dos seis princípios elem entares de
nossa fé eqüivale a uma peça ddTabernáculo
0:Z HEBREUS u:io
Hebreus 6:2: e da doutrina dos batismos,
e da imposição de mãos, e da ressurreição
dos mortos, e do juízo eterno. (At i 9:3,4; 6:6;
17:31,32)
Hebreus 6:3: E isto faremos, se Deus o
permitir. (Ati8.-2i)
A apostasia e as cinco experiências do apóstata.
A apostasia será um pecado comum entre os
crentes nestes últimos dias que antecedem ao
arrebatamento da Igreja. Apostasia não é um
pecado dos incrédulos, mas dos crentes
Hebreus 6:4: Porque é impossível que
aqueles que uma vez foram iluminados,
que provaram o dom celestial, e se fizeram
participantes do Espírito Santo; (Hb
10:26,32; Ef2:8; Gl 3:2,5)
Hebreus 6:5: e, ainda, provaram a boa
Palavra de Deus e as virtudes do mundo
vindouro, /m2:5j
A dificuldade do apóstata
Hebreus 6:6: mas recaíram, sejam renovados
outra vez para arrependimento,
porque, desta forma, crucificam de novo,
para si mesmos, o Filho de Deus, e o expõem
ao vitupério. (Gn24:6;Êx 17:6;N m 20:ll;
Ap 11:8-l 2; Hb 10:26-29)
O prêmio do discipulador. A mesma terra produz
dois tipos de resultados (Mt 13:1-8)
Hebreus 6:7: Porque a terra que absorve
a chuva que cai muitas vezes sobre ela
e germina sementes úteis para aqueles
que a cultivam, recebe a bênção de Deus;
(S165:10)
Profecia sobre o futuro da terra (Gn 3:18)
Hebreus 6:8: mas, se produz espinhos e
abrolhos, é reprovada, e está próxima da
maldição; o seu fim será o fogo. (Mi4:i;Mt3:io;
Jo 15:6; Ap 20:15; Gn3:17,18)
Obras pertinentes à salvação,
aos dons e às recompensas
Hebreus 6:9: Mas, quanto avós, ó amados,
ainda que falamos desta maneira, esperamos
coisas superiores, coisas que vêm junto
com a salvação. (Gl5:6;Fp l:6;Hb2:3; 10:39)
Amor de ontem, hoje: Ele não se esquece
893
Hebreus 6:10: Porque Deus não é injusto
para se esquecer das vossas obras e do
trabalho de amor que haveis demonstrado
ao seu Nome, pois tendes ajudado no serviço
dos santos até agora. (Pvi4:3i;Mti0:42;jo
j 13:20; M t25:40; 2 Ts 1:6,7; 1 Ts 1:3; Rm 15:25)
Hebreus 6:11: Desejamos que cada um
de vós mostre a mesma solicitude até o fim,
para que haja plena realização da vossa esperança.
(Is 32:17; Rm 12:8; 1 Co 15:58; Gl6:9;Hb3:l 9;
\ Cl 2:2; Hb 3:6,14)
Hebreus 6:12: A fim de que não sejais
preguiçosos, senão imitadores daqueles
que, pela fé e pela perseverança, herdam
as promessas. (Hbio:36)
Deus e a garantia de si mesmo
Hebreus 6:13: Porque, quando Deus
fez a promessa a Abraão, não tendo outro
maior por quem jurasse, jurou por si mesmo,
(Gn22:16,17;Sll05:9;Lc 1:73)
Hebreus 6:14: dizendo: “Na verdade, eu
te abençoarei, abençoando, e te multiplicarei,
multiplicando”. (Gn48:4;Êx32:13;Gn22:17)
O poder do “ânimo longo”
Hebreus 6:15: E, assim, Abraão, tendo
esperado com longanimidade, alcançou a
promessa. (Gn21:12-17;Hc2:2;Rm4:17-25)
O juramento: fim da controvérsia
Hebreus 6:16: Ora, os filhos dos homens
juram por alguém maior do que
eles, e o fim de todas as suas controvérsias
é o juramento feito como garantia.
^ (Gn 14:22; Ez 17:16-20; M t23:20-22; Gl 3:15; Êx 22:11)
Hebreus 6:17: Por isso, querendo Deus
mostrar abundantemente aos herdeiros da
promessa que o seu conselho era imutável,
garantiu-se com juramento, (si33.-ii;Rmii:29;
'■ Hbll:9;Sl 110:4)
Promessa e juramento: duas coisas imutáveis
Hebreus 6:18: pois temos duas coisas
imutáveis: a promessa e o juramento, e
através destas duas ações imutáveis é impossível
que Deus minta; e, por elas, deve
H ebreus H ebreus H ebreus H ebreus H ebreus H ebreus h e b r e u s
r
6:19 H e b r e u s 7:7
ríamos encontrar um grande estímulo, nós,
os que procuramos refúgio nele, apegandonos
à esperança proposta, m i:2;Hb7:i 0/
Aesperança: a âncora que nos leva ao santíssimo
Hebreus 6:19: Esta é a esperança que
temos como uma âncora segura e firme da
alma, que penetra mais profundamente
no Lugar Santíssimo, além do véu, (jri7:7;
Rm 8:28-39; Lvl 6:32; Hb 9:7)
Hebreus 6:20: ali, onde Jesus, o nosso
precursor, entrou, abrindo-nos o caminho
como nosso Sumo Sacerdote para sempre,
à semelhança da ordem de Melquisedeque
. (Rm 8:34; Ef1:20-23; Hb 4:14; 5:6)
Hebreus, capítulo sete (7)
A ordem do sacerdócio superior de Cristo transmitida
por um sacerdote superior. (1). O sacerdócio de Levi
era apenas um modelo nacional daquilo que poderia ser
executado por um sacerdócio universal. Porque Israel
não quis obedecer às prerrogativas divinas, a fim de ser
uma bênção para todas as famílias da terra, o sacerdócio
universal, porum tempo, foi posto de lado. Deus
necessitou tratar inicialmente com a nação de Israel
e organizá-la, a fim de que assumisse a posição à qual
havia sido profetizada. O propósito estava estabelecido
quando Israel saiu do Egito, pois Deus já o havia avisado
(Êx 19:5,6). Devemos observar que, como nação
sacerdotal, Israel não deveria vangloriar-se de uma
herança própria, como uma tribo sacerdotal. O sustento
da nação sacerdotal eqüivalia ao sustento de Deus, pois
ele é o possuidor de tudo! Para ser nação sacerdotal,
deveria também ser santa, um exemplo internacional.
Isto requereria obediência aos mandamentos de Deus.
Isto implicaria em oficiar a expiação e cumprir as leis
do sacerdócio, cuidar dos móveis do Tabemáculo, zelar
pelo cumprimento dos deveres das nações, administrar
os dízimos das nações, desempenhar o sacerdócio
em santificação, à semelhança do sacerdócio interno
levítico (Nm 3:5-10). Somente nos dias de Ezequiel,
vemos que este objetivo será cumprido
Hebreus 7:1: Porque este Melquisedeque,
rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo
( “E lE lio n que saiu ao encontro de
Abraão, quando este voltava da matança
imposta aos reis, o abençoou; (Gn i4.-i8-20)
(2) Homens honrados recebem o
dízimo e as bênçãos vindouras
Hebreus 7:2: a quem Abraão deu o dízimo
de todos os despojos; e o seu nome significa,
por interpretação, “rei de justiça”,
894
e depois, “rei de Salém”, que quer dizer,
“rei de paz”;
(3) Homens honrados recebem dízimo sem qualquer
tipo de vínculo emocional ou carnal. Ele aparece aqui
sem pai e sem mãe, porque era da descendência de Cam
e não de Sem. Mas ele foi um homem normal, sendo
tipo de Cristo, o nosso sumo sacerdote. Ao apresentar
os elementos do sacerdócio de Melquisedeque,
foi confirmado como sacerdote: tenda, pão, vinho,
cordeiro, altar e dízimo. Dali, surge o estabelecimento
do pão e do vinho na Ceia do Senhor, o que também
foi experimentado nas Escolas de Profetas, nos
dias de Samuel. Ao abençoar Abrão, sendo de uma
descendência amaldiçoada, Melquisedeque comprova
que Deus dera um escape para os filhos de Cam
retirarem de sobre si a maldição de Noé, mas somente
ele aproveitou a chance, ao abençoar Abrão (Gn 12:2,3)
Hebreus 7:3: sem pai, sem mãe, sem genealogia,
sem princípio de dias nem fim
de vida, mas feito semelhante ao Filho de
Deus, permanece como sacerdote para
sempre. (Hb7.-6,28)
(4) Dizimistas importantes reconhecem os princípios
de Deus. A quem reconhecemos ser maior do que nós?
Hebreus 7:4: Considerai quão importante
era ele, aquele a quem o patriarca Abraão deu
o dízimo dos despojos. (Gn i4.-20)
Quatro gerações depois receberam a bênção da
fidelidade do patriarca
Hebreus 7:5: E, na verdade, os filhos de
Levi que receberam o ofício do sacerdócio
têm direito, segundo a Lei, de receber o dízimo
do povo, isto é, de seus irmãos, embora
eles também tenham saído dos lombos
de Abraão. /Nmi8:21,201
Melquisedeque recebeu a bênção ao abençoar o
abençoador
Hebreus 7:6: Mas, aquele cuja genealogia
não é registrada entre eles, recebeu 0
dízimo de Abraão e abençoou aquele que
detinha as promessas. (Gn i4:i9;Rm4:i3)
Hebreus 7:7: Indiscutivelmente, e fora
de toda contradição, 0 menor é abençoado
pelo maior.
Equivalência da apresentação dos
dízimos, na terra e no céu. A Origem do Sacerdócio
Universal: Mas a realização do propósito divino,
que era o sacerdócio universal, não estava em
Levi. Inicialmente, estava em Melquisedeque.
Melquisedeque o transmitiu a Abraão, e cada
primogênito seria incumbido de ser úm propagador
7:8 HEBREUS /;io
desse sacerdócio. Em toda a nação haveria
primogênitos, em toda família, em toda tribo.
A bênção patriarcal passaria a todos eles. A todos
alcançaria a bênção dos direitos de herança, de
propriedade dobrada, de liderança espiritual, de
autoridade moral e de posteridade; especialmente
o sacerdócio. Este sacerdócio foi manifestado em
tempos remotos, desde Enos, Noé, Enoque, Jó ejetro.
O último sacerdote desta ordem foi Moisés, o qual
instituiu o sacerdócio arônico. Por outro lado, Jó foi
um grande patriarca durante os seus dias. Foi juiz, e foi
um sacerdote universal. Sabemos que Melquisedeque
não era da linhagem de Sem, mas de Cão, por isso
não era contado na genealogia dos hebreus; por isso,
o seu Pai, a sua mãe e os seus irmãos não constam
na genealogia de Adão. Ele foi um rei e parte de sua
dinastia foi conhecida (Is 10:1). Melquisedeque
era cananeu. Melquisedeque era rei em Salém.
Melquisedeque era sacerdote. Melquisedeque
foi um homem. Melquisedeque era primogênito.
Melquisedeque conhecia o Deus Altíssimo, o Deus de
Noé. Melquisedeque conhecia a lei desse sacerdócio,
os elementos de seu sacerdócio: pão e vinho; o corpo
do Cordeiro e o seu sangue. Melquisedeque não era
extremista, nem preconceituoso. Sabia da maldição
que pesava sobre os cananeus, conhecia a respeito
da bênção que estava sobre os semitas e jafeítas. Os
primogênitos sabiam disso, pois todos os primogênitos
pertenciam ao Senhor. Eram as primícias dele (Gn 9;
Nm 3), até que, na ira de Deus, ele os substituiu pelos
filhos de Arão. Foi nesse momento que Deus resolveu
mudar o sacerdócio internacional para um sacerdócio
nacional, quando escolheu os levitas em lugar de todos
os primogênitos de Israel
Hebreus 7:8: Aqui, vemos que homens
mortais são os que cobram dízimos, mas
ali, recebe-os Aquele de quem se dá testemunho
de que vive. (Hb5:6;6:20)
Levi desfrutou de um ato de fé semeado pelo seu bisavô.
Efeitos da fidelidade no tempo
Hebreus 7:9: E, por assim dizer, também
Levi, que hoje recebe o dízimo, pagou o
dízimo na pessoa de Abraão,
Hebreus 7:10: pois aquele ainda estava
nas entranhas do seu bisavô, quando Melquisedeque
saiu para encontrá-lo.
A necessidade do sacerdócio dejudá
Hebreus 7:11: Porque, se a perfeição tivesse
de ser alcançada por meio do sacerdócio
levítico, sob o qual o povo recebeu a Lei, que
necessidade haveria do surgimento de outro
sacerdócio, segundo a ordem de Melquisedeque,
no lugar do sacerdócio segundo a
ordem de Arão? (m z.-iz, 18,iq,-8:7; io-.i)
895
(1) Necessidade de mudança na Lei
Hebreus 7:12: Nesse caso, sabemos que
quando se muda o sacerdócio, faz-se necessário
a mudança da Lei.
(2) Judá no altar celestial, em Cristo
Hebreus 7:13: Porque Aquele de quem
se diz essas coisas pertence a outra tribo,
da qual ninguém serviu no altar de sacrifício;
(Hb 7:14,11)
O sacerdócio no templo futuro de Ezequiel: Aquilo
que Israel deixou de ser, Deus o realizou através da
pessoa de Cristo, e continua mantendo este sacerdócio
através da verdadeira igreja: A igreja não tem herança
nesta terra, como Levi, pois é uma nação sacerdotal
(Ap 1:4,5). A igreja tem sido bênção para todos os
povos, mas Israel ainda espera o cumprimento da
antiga promessa (Êx 19:5,6). Hoje, em Cristo, toda
a igreja é um reino de sacerdotes que ministra às
nações, sendo odiada pelo mundo. Não há e nem
haverá diferenças entre ambos os sacerdócios. Mas
Levi, certamente, será salvo e aperfeiçoado pela
descendência de Zadoque. Sabemos que Levi não é
uma tribo real, mas Judá sim. Judá é uma tribo real;
pois dela vem o reino. Dejudá vem o sacerdócio de
Melquisedeque, porque em seu território estava a
capital do sacerdócio de Melquisedeque: Jerusalém,
que tomou-se capital dejudá. Jesus não veio de Levi,
mas dejudá, mas sabemos que ele foi sacerdote. Não se
falava dejudá como sendo tribo real e sacerdotal, porque
o propósito do sacerdócio universal estava esquecido, o
qual Jesus reviveu. Por isso, Davi pôde entrar no templo
e ministrar no altar (Sl 42; 43); por isso, ele comeu o
pão do templo, vestiu-se com o éfode e ministrou como
sacerdote. Ali Davi uniu o ministério de Levi ajudá. Dessa
forma, Davi experimentou o reino, o sacerdócio, e foi
profeta. A importância da Escola de profetas de Samuel
foi determinante para a realização desse sonho divino
Hebreus 7:14: porque é notório que o nosso
Senhor procedeu da tribo dejudá, acerca
da qual Moisés nada disse no tocante ao sacerdócio.
(Is 11:1 ;Mt l:3;Lc3:33;Rm l:3;Ap5:5)
Este sacerdote é Cristo, da família de Davi e dejudá
Hebreus 7:15: E isto é ainda mais evidente
quando surge outro sacerdote, à semelhança
de Melquisedeque,
Hebreus 7:16: que chegou a ser instituído
segundo o poder de uma vida indestrutível
e não segundo um requisito legal de linhagem
carnal, m q.-io, 14)
Cristo reúne em si mesmo todos os povos, e edifica a
sua Igreja no meio de todas as nações. A sua Igreja é a
unidade em fé entre gentios e judeus. A Igreja é o terceiro
elemento do Reino. Nela não há acepção de nação, pois é
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7:17 H e b r e u s 8:1
um sacerdócio universal dentre todas as famílias da terra.
Como sacerdócio universal, não tem herança na terra,
assim como aconteceu com Levi; dessaforma, não possui
herança entre as nações, como Levi não tinha herança
entre as tribos. Sua herança era a herança do Senhor (Nm
18). Assim, aNova Jerusalém é aherança dalgreja
Hebreus 7:17: Pois assim Deus dá testemunho
dele: “Tu és sacerdote para
sempre, segundo a ordem de Melquisedeque
”. (Sl 110:4; HbS:6; 6:20; 7:21)
Hebreus 7:18: Assim, a abolição do mandamento
sacerdotal anterior foi feita devido
à sua fraqueza e inutilidade: (Rm 8:3;
G14.-Ç)
O único benefício da Lei
Hebreus 7:19: porque a Lei nada aperfeiçoou,
mas fez a introdução de uma
melhor esperança, mediante a qual nos
aproximamos de Deus. (Ati3:39;Rm3:2o;Gi
2:16; Hb 4:16; 6:18; 8:6; 9:9)
A Igreja: sacerdócio, fruto de um único juramento
Hebreus 7:20:0 primeiro sacerdócio não
foi feito sem juramento. No entanto, outros
se tornaram sacerdotes sem juramento,
Hebreus 7:21: mas este já tinha um juramento,
daquele que disse: “O Senhor jurou
e não se arrependerá: Tu és sacerdote para
sempre segundo a ordem de Melquisedeque”;
(Sll 10:4)
Hebreus 7:22: por isso, Jesus se tornou
a garantia de um Testamento Superior.
(Hb 8:6; 9:15; 12:24)
Hebreus 7:23: Além disso, aqueles sacerdotes
foram muitos, porque a morte
impedia a cada um de continuar;
A garantia do sacerdócio de Melquisedeque:
a imortalidade
Hebreus 7:24: mas este Sacerdote permanece
eternamente, porque possui um
sacerdócio intransferível. (Hb7-.28y
Hebreus 7:25: Pelo qual, ele pode salvar
eternamente os que, por meio dele, se aproximam
de Deus, já que vive eternamente
para interceder por eles. (Rm8:34; Hb 9:24y
O sacerdócio maior que o templo
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Hebreus 7:26: Porque este é o Sumo Sacerdote
que nos convinha: Santo, Inocente,
Imaculado, Separado dos pecadores e feito
mais sublime do que os Céus, (Hb4.-i5;8:i)
O sacerdócio único e eterno, no qual o Cordeiro é o
próprio sacerdote (Jo 17:19)
Hebreus 7:27: que não tem necessidade
de oferecer sacrifícios todos os dias, primeiramente,
pelos seus próprios pecados
e, depois, pelos pecados do povo, como
os outros sacerdotes; porque isso ele fez
de uma vez por todas, oferecendo-se a si
mesmo. (Hb5:l,3;9:12,28;Ef5:2;Hb9:14,28)
A palavra do juramento dita no Monte Sião (Mt 3:17)
Hebreus 7:28: Porque a Lei constitui
sumos sacerdotes a homens sujeitos a
debilidades; mas a Palavra do juramento,
posterior à Lei, constitui ao Filho perfeito
Sacerdote para sempre. (Hb5:2; i.-2;2:io)
Hebreus, capítulo oito (8)
A posição do sacerdote superior
(Jó 37:22; Sl 21:5; Is 24:14; Mq 5:4)
Hebreus 8:1: O ponto principal do que
estamos dizendo é que temos um Sumo
Sacerdote que se assentou nos Céus à mão
direita do Trono da Majestade,(Hb2.-i7; i.-3)
Tabemáculo celestial: o local da ministração
sacerdotal (Hb 9:1 l,23-24;Ap 15:5).Quandoele
entregou o seu espírito ao Pai, sua alma saiu do seu corpo,
sofrida e cambaleante, e dali dirigiu-se ao Tabemáculo
celestial, onde apresentou o seu sangue (Ap 11:19; 9:24).
Passou pelos querubins do Éden original e enfrentou a
espada flamejante que o feriu (Sl 22:20; Gn 3; Is 63:1 -3).
Diretamente da cruz, sem o seu corpo, o Cordeiro
subiu gloriosamente à presença do Pai. Ele estava só,
como convinha ao sumo sacerdote. Ele foi passando
triunfante até a presença do Pai, no verdadeiro e mais
perfeito Tabemáculo, sem átrio, sem lugar santo. Tudo
era santíssimo! Da porta dejudá até o propiciatório, em
fila indiana, miríades de miríades, no mesmo formato da
rua de ouro como cristal, se posicionaram. No seu peito
havia um peitoral de juízo diferente. A estola sacerdotal
tinha as suas pedras. Era um sumo sacerdote da mesma
ordem de Melquisedeque. Estava exercendo um melhor
e universal sacerdócio em favor de todos os homens.
Aproximou-se. Entrou. Levava uma taça. Que continha
sangue. Ao entrar, dirigiu-se a um dos assistentes, olhou
para uma antiga taça que ali estava. A taça continha
sangue, que clamava: “Salvação!". Erao sangue de Abel.
Ele pediu para retirá-la. O sangue substituto já estava ali
8:Z ttEBREUS
(Hb 12:24). Quando depositou o sangue, ele mesmo falou
pelo sangue: “Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo
me preparaste; holocausto e oblações pelo pecado não
te agradaram. Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, atua
vontade. Tira o primeiro, para estabelecer o segundo”
(Hb 10:5-9). Aspergiu-o diante do trono. Todos os anjos
ouviram: “ Este sangue fala melhordoqueodeAbel”.0
Pai respondeu-lhes: “Esta é a aliança que farei com eles:
Depois daqueles dias, diz o Senhor, porei as minhas leis
em seus corações, e as escreverei em seus entendimentos;
jamais me lembrarei de seus pecados e de suas
iniqüidades. Filho, onde há remissão, não hámais oferta
pelo pecado”. O Filho rogou-lhe (Jo 14:1 -14): “Pai, quero
que os que me deste sejam recebidos diante de ti como
eu sou recebido". O Pai assegurou-lhe que todos os seus
irmãos com ousadia, a partir de agora, poderiam entrar
na sua presença, por causa do sangue de Jesus. “Agora,
tu acabas de inaugurar um caminho novo e vivo na minha
presença, que tu consagraste pelo véu rasgado entre mim e
o homem, que foi atua carne, o teu corpo”. Mas oCordeiro
teriaque voltare completar a obrano Calvário e, depois,
voltar trazendo cativo o Cativeiro; depois disso, deveria
regressar, após quarenta dias, para tomar o seu lugar à
direita do Pai, pois a Novajerusalém receberia o grande
sacerdote sobre a sua casa. “Todos os que, com verdadeiro
coração, se achegarem, com inteira certeza de fé, tendo os
corações purificados da má consciência, e o corpo lavado
pela palavra, terão acesso livre à minha presença! De
maior castigo será julgado merecedor aquele que pisar o
Filho de Deus ”, disse o Espírito Santo, “ e tiver profanado
o sangue da aliança com que foi santificado, e fizer agravo
ao Espírito da graça!” (Hb 10:29). Dali, voltaàcena do
Calvário. Vem para descer até o Hades
Hebreus 8:2: e que agora é ministro do
Santuário no Verdadeiro Tabemáculo,
que o Senhor edificou, e não o homem.
(Hb 9:11,24)
O que ele tem a oferecer? (Hb 9:14). Por causa dos
pecados da nação e do sacerdócio levítico, Israel
testemunhou a mudança dos propósitos universais
para propósitos nacionais contidos no antigo pacto. No
antigo pacto, não houve submissão das nações, somente
das tribos. Assim, longe do objetivo inicial (Êx 19:5,6),
o sacerdócio que deveria ser de alcance internacional,
agora, com grandes dificuldades, cumpriu o seu
propósito nacional. Deixou de servir às nações para
servir somente às tribos de Israel
Hebreus 8:3: Todo sumo sacerdote é
constituído para oferecer dons e sacrifícios;
daí haver a necessidade desse sacerdote ter
algo para oferecer, m s .-i; 9-.14)
O sacerdócio arõnico foi uma porta de emergência. O
tipo de sacerdócio que Deus tinha em mente para o povo
eleito era o sacerdócio de Melquisedeque. Com ele, toda a
nação, sem distinção, poderia ser um corpo de ministros,
isto é, umanação literalmente santa. Eram grandes as
diferenças entre o sacerdócio arõnico, cumprido pela
tribo de Levi e o sacerdócio de Melquisedeque. Se Deus
897
quisesse instituir um novo sacerdócio, teria que mudar as
leis e isso causava uma mudança radical na manifestação í 1
e no cumprimento de seu propósito universal. Em Êxodo
19:5e 6, Deus coloca uma condição: “Se diligentemente
ouvires a minha voz, e guardares a minha aliança, então
sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os
povos e vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa”
(Êxl 9:5,6). O objetivo do Senhor Jeová era escolher Israel
como nação abençoadora de todas as outras nações; não
era o propósito de Deus que Israel se proclamasse o único
privilegiado nessa escolha. Ao contrário, esta nação foi
escolhida para abençoar outras nações. Mas Israel sentiu
orgulho por seu chamado, sem entendê-lo. Esqueceu de
sua incumbência e do dever daquela escolha, apegandose
somente aos privilégios, e cometendo muitos erros.
O mesmo que acontece, hoje, com as denominações,
aconteceu com Israel. Assim, logo apareceram os
preconceitos exclusivistas, e com isso, veio o afastamento
dos propósitos divinos. Deus escolheu uma nação para
cumprir uma grande missão, mas ela se fez ociosa por
causa dos privilégios desse encargo, e esqueceu-se do
seu serviço. O propósito da escolha de Israel não foi para
conceder-lhe a glória de uma potência político-social ou
o título de potência econômica com objetivos de destruir
e suplantar todos os povos da terra. O propósito da
escolha de Israel seria que os privilégios suplantassem a
grande missão que lhe fora dada. O propósito da escolha
de Israel não era para que Israel se julgasse protegido
incondicionalmente por Deus, como se fosse a sua nação
favorita, nem para menosprezar os demais povos que
não pertenciam à nação eleita. O propósito da escolha
de Israel, bem como o da escolha de um ser humano
para o ministério, implicava em tribulações e sacrifícios
em favor de todos (Jo 3:16). O propósito da escolha de
Israel não foi o favoritismo, a grandeza política, social
e econômica; o obj etivo não era um reino teocrático
nacional, porque se este fosse o alvo, Deus teria falhado
em toda a História. Pelo contrário, como pôde desprezar
a um povo que escolheu? Como pôde permitir a sua
divisão e humilhação na maior parte de sua história? Mas
o fracasso político, social e o protecionismo deste povo
nos leva à compreensão de que não foi este o propósito
de Deus. O propósito de Deus para Israel foi conceder à
humanidade um sacerdócio pelo qual as nações da terra
mantivessem contínua comunhão com Deus. Embora
Israel tenha falhado, a Semente não falhou (Ap 12:3-5;
Gn 3:15). Assim, o homem eleito substituiu a nação
eleita, mas nem por isso o propósito de Deus deixou de
ser cumprido através dejesus Cristo (Jo 5:19). Esse judeu
humilde não tomou-se ocioso pelo privilégio de poder ser
o Primogênito dos mortos, o Crucificado, ou o Unigênito
de Deus. Ele simplesmente esvaziou o seu coração de toda
ausurpação (F12:5-8) e apegou-se ao seu dever sacerdotal.
Ele estava interessado em chegar ao Calvário, como Paulo
queria chegar a Roma. Assim, Jesus restituiu o sacerdócio
universal abandonado por Israel, a ser restaurado agora,
segundo as profecias de Ezequiel
Hebreus 8:4: E se Cristo estivesse na terra,
naqueles dias, nem sequer seria sacerdote,
pois já existiam outros que ofereciam
os dons segundo a Lei; /ms.-i)
8:5 H e b r e u s 8:9
Alimitação do primeiro sacerdócio (Hb 7:11 -15)
Hebreus 8:5: os quais prestavam um culto
que era uma figura e sombra das coisas
celestes, conforme foi revelado por Deus
a Moisés, quando estava para concluir o
tabemáculo e lhe foi dito: “Faças tudo conforme
o modelo que te foi mostrado no
monte”. (Êx25:40; 26:30; 27:8; Cl2:17;Hb 9:23; 10:1;
11:7; 12:25)
Hebreus 8:6: Mas, agora, alcançou muito
melhor e muito mais elevado ministério,
porque é Mediador de uma Aliança
superior, que foi estabelecida sobre melhores
promessas. (Hb 9:15; 1 Tm2:5;Hb7:25)
O sacerdócio Real celestial a ser ministrado pela
IgrejanaNovaJerusalém(Ap 1:6; 1 Pd2:9):(l)Os
membros do corpo de Cristo assumirão este sacerdócio
inconformados com este século (Rm 12:2; Mt25:23; At
16:15; 1 Co 4:2; 1 Tm 4; 16). (2) Os membros do corpo
de Cristo assumirão este sacerdócio e serão parte do
próprio santuário (Ap 21:9-11). (3) Os membros do
corpo de Cristo assumirão este sacerdócio e estarão de
contínuo à sua mesa (Ct 2:4; Ap 19:9; 3:20; Mt26:29).
(4) Os membros do corpo de Cristo que assumirão este
sacerdócio terão vestes sacerdotais (Ap 1:6; 4:4; 7:13-
15). (5) Os membros do corpo de Cristo assumirão este
sacerdócioehabitarãonaNovaJerusalém(Hb 11:22-24;
14:l-3;Jo 17:24;Hb 11:10).(6)Osmembros do corpo de
Cristo terão o perfume de Cristo (2 Co 2:14-17). (7) Os
membros do corpo de Cristo entrarão e sairão da cidade
e serão vistos pelos homens (Is 60:8). (8) Os membros
do corpo de Cristo assumirão este sacerdócio e não
desonrarão o varão perfeito que está neles (1 Co 11:14).
(9) Os membros do corpo de Cristo serão sacerdotes
reais, e celestiais, os quais não ajuntar-se-ão a qualquer
jugo desigual que os contaminem (2 Co 6:14; Ag2:10-14).
(10) Os membros do corpo de Cristo assumirão este
sacerdócio e ensinarão a justiça; resplandecerão como
estrelas no firmamento (Dn 12:3). (11) Os membros do
corpo de Cristo assumirão este sacerdócio e farão o juízo
escrito, pois esta honra a terão todos os sacerdotes reais,
o celestial e os terrenos (Sl 149:9). (12) Os membros do
corpo de Cristo assumirão este sacerdócio oficialmente
na Novajerusalém, quando as suas portas serão abertas
de contínuo sobre Jerusalém terrena (Ap 21:24,25).
(13) Os membros do corpo de Cristo assumirão este
sacerdócio e serão incorruptíveis (1 Co 15:42) e
imortais (1 Co 15:53). (14) Os membros do corpo de
Cristo assumirão este sacerdócio e saberão que nada
imundo entrará na Novajerusalém (Ap 21:27). Haverá
um caminho para a Novajerusalém que somente eles
conhecerão (Is35:8-10). (15) Os membros do corpo de
Cristo assumirão este sacerdócio e terão uma herança
celestial (Hb 11:8-16; 12:22-24; Gl4:25-30). (16) Os
membros do corpo de Cristo assumirão este sacerdócio
como uma herança do Senhor (Ap 4:30). (17) Os
ROR
membros do corpo de Cristo assumirão este sacerdócio
com o direito de comer das ofertas (1 Co 11:24-26;
Jo 6:51 -54). (18) Os membros do corpo de Cristo
assumirão este sacerdócio e a glória, das nações serlhes-á
trazida (Ap 21:24,25; Is 60.3,12,14). No reino
de Cristo os reis trarão a sua glória, como aconteceu no
reino de Salomão (2 Cr 9:13-27)
Hebreus 8:7: Porque, se aquele primeiro
pacto fosse perfeito, não haveria lugar para
0 SegU n d O . (Hb7: l l , 18)
ANova Aliança (Isaías 61:4-11): Isaías está profetizando
a respeito do Reino milenar de Cristo sobre a Terra,
quando teremos o cumprimento de Êxodo 19:5,6 e
Isaías 61:6.0 reino Milenar de Cristo tipificado pelo
Reino de Salomão. Os filhos dos servos de Salomão
são considerados benditos, como os filhos do reino
de Cristo (2 Cr 9:5-8; Is 61:9;Ef 3:11-19). Nos dias do
governo de Salomão houve paz. Nos dias do governo
de Cristo a paz será a alegria dos povos (Is 32:15,20), e
Cristo será o príncipe da paz (Is 9:6,7).
Hebreus 8:8: Porque, como repreensão,
disse-lhes: “Eis que vêm dias, diz o Senhor,
em que estabelecerei com a casa de
Israel, e com a casa de Judá, uma Nova
Aliança, (jr3i.-3i-34)
Hebreus 8:9: não como a aliança que fiz
com os seus pais no dia em que os tomei pela
mão, para tirá-los do Egito: Porque eles não
permaneceram no meu pacto, eu também
não atentei para eles, diz o Senhor.
A nova aliança: nas divisões do homem,
mente e coração (Hb 4:12). Ezequiel 44; Números 25:6-
13; 1 Crônicas 5:50: As exigências para ministração do
sacerdócio: (1) A família sacerdotal oficial será a família
de Zadoque (Ez 44:15-16). Deus fez esta promessa
em Números 25:6-13, e ele cumprirá a sua promessa.
A linhagem de Zadoque terá um privilégio especial
perante o Senhor nos dias do reino milenar (Nm 25:11;
1 Cr6:50-53;Ed7:2; 1 Sm 17:5). Zadoque recebeu esta
incumbência após ter permanecido ao lado de Davi
durante a perseguição de Absalão. (2) Naquele tempo,
somente sacerdotes morarão em Jerusalém (Ez45:l-17),
pois Deus há de mudar o sacerdócio (Hb 7:12). Sabemos
que quando ocorre alguma mudança no sacerdócio,
há mudança na lei que o rege. (3) Qualquer pessoa
poderá ser um “ sacerdote ”, se o Senhor quiser chamá-lo
dentre as nações (Is 61:20-21), mas o sumo sacerdócio
serádafamüia de Zadoque. O nome “Levi” não será
conhecido como a elite sacerdotal naqueles dias,
porque toda a nação será um sacerdócio. O sacerdócio
de Levi perderá este protecionismo, mas os membros
da família de Zadoque terão a primazia, como Arão teve
entre os levitas. O sentido da palavra “levita” perderá a
sua fama natural, pois o levita assumirá nova posição, já
que qualquer pessoa da nação de Israel poderá dedicarse
ao sacerdócio, como também o Senhor poderá
o:lü HEBREUS y:o
escolher do meio das nações pessoas para ministrarem,
como os narizeus. Naquele tempo, o nazireado voltará
a existir, pois, por meio do Nazireado, qualquer pessoa
poderia consagrar-se ao sacerdócio (Nm 6:11): Homem
ou mulher. Também uma pessoa podia dedicar-se
temporariamente à missão desejada: como profeta,
como sacerdote ou como juiz. Não devemos esquecer
que por meio da eleição da igreja, o Senhor escolheu os
gentios para executarem um ministério que a nação de
Israel havia recusado (Êx 19:6; 1 Pe 2:9; Ap 1:6). Assim
como o sacerdócio real não possuiu o teor exclusivista,
também o sacerdócio levi tico não o possuirá. Por isso,
enquanto Israel estiver ministrando o seu sacerdócio
sobre a terra, a Igreja, tal como Moisés, será a
representante de Deus sobre todas as nações
Hebreus 8:10: Este é o Pacto que estabelecerei
com a casa de Israel, depois daqueles
dias, diz o Senhor: Porei as minhas
leis na sua mente e as escreverei em seu
coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o
meu povo. (Hb 10:16;2 Co3:3;Zc8:8) *
Isaías 60; Ezequiel 45: Mas, sobre a tribo de Levi há
algumas considerações a fazer. No antigo pacto, a família
de Arão foi a família do sacerdócio. No futuro, a família
de sacerdotes será a família de Jeosadaque, de Eliezer
(Ez 45). Toda a nação será conhecida como nação de
sacerdotes (Is 60), assim como toda a tribo de Levi era
conhecida como tribo sacerdotal. Mas isto não quer
dizer que todos poderiam ministrar no sacerdócio, mas
que poderiam ser consagrados ao sacerdócio. No reino
messiânico, todas as nações hão de considerar Israel
como nação sacerdotal (Is 60)
Hebreus 8:11: E nenhum deles ensinará
a seu concidadão, nem a nenhum de seus
irmãos, dizendo: Conhece ao Senhor; porque
todos me conhecerão, do menor até ao
maior. (Hb 10:1ó;Is54:13;Jo6:45; 1Jo2:27)
A nova aliança tira os pecados
(Jr 50:20; Mq 7:19; At 3:38,39; Rm 11:27)
Hebreus 8:12: Porque serei propício às
suas iniqüidades e nunca mais me lembrarei
dos seus pecados e das suas iniqüidades”.
(Hb 10:17)
Hebreus 8:13: Ao falar de uma Nova Aliança,
Deus declara antiquada a primeira; e,
aquilo que se torna antiquado e envelhece,
está próximo a desaparecer. (2Co5.-i7j
Hebreus, capítulo nove (9)
O Tabemáculo terreno, profético, já mudado. Os
tabernáculos anteriores, com exceção do tabemáculo
de Davi, das tendas patriarcais, da tenda da
899
congregação, que eram comuns, sobre as quais Deus
se manifestava através da nuvem, eram divididos em
átrio, lugar santo e lugar santíssimo. Eles faziam parte
da antiga aliança, enquanto as tendas patriarcais,
o Tabemáculo de Davi, e o templo de Ezequiel
anunciavam a vinda do Reino de Deus. O templo
construído por Zorobabel não foi tocado por Herodes.
Ao seu redor foi levantada uma grande construção. O
autor aos Hebreus mostra a condição deste templo,
pois ele não tinha arca, e no seu lugar estava o altar de
incenso. Nos dias de Cristo, não havia arca no templo.
Ele era a Arca de Deus original, sem véu, revelada aos
homens. Mas os homens não o reconheceram
Hebreus 9:1: Assim, a primeira aliança continha
prescrições para a realização do culto
celestial, em santuário terrestre. (êx25.-8)
Lugar santo e lugar santíssimo, sem o átrio, depois da
morte de Cristo. (1) Duas peças no lugar santo. Lugar
santo e santíssimo, sem o átrio, depois da morte de
Cristo. (1) Duas peças no lugar santo. O autor aos
Hebreus começa a descrever o Tabemáculo a partir do
lugar santo, sem considerar o átrio, onde estavam o altar
de sacrifícios e a bacia de bronze. Ele nos adverte que
consideremos amorte de Cristo e o batismo como atos
que já não se repetem em nossa caminhada, pois estão
fundamentados mediante a fé, uma vez
Hebreus 9:2: Porque havia um tabernáculo,
disposto na primeira parte, chamado
Lugar Santo, no qual encontrava-se o
Candeeiro e a Mesa dos pães da apresentação.
(Êx 25:8,9;23:39)
Hebreus 9:3: Depois do segundo véu, estava
a tenda chamada Lugar Santíssimo,
26:31,33)
(2) Duas peças no lugar santíssimo - Tipo do trono atual
Hebreus 9:4: onde encontrava-se o Altar
de ouro para o incenso e a Arca da Aliança,
recoberta de ouro, contendo uma urna de
ouro com o maná, a vara de Arão que tinha
florescido, e as Tábuas da Aliança; (êx3o-a 5-,
25:10; 16:32,33; Nm 17:10)
A tampa da arca (Êx 25:17): tipo do trono atual
Hebreus 9:5: e sobre a Arca estavam os
querubins de glória, que sombreavam o
propiciatório; disso não há como falar agora
parte por parte, (êx25.-i7)
A entrada dos sacerdotes: santo lugar
Hebreus 9:6: Quando essas peças estavam
bem ordenadas, os sacerdotes entravam
continuamente na primeira parte do
9:7 H e b r e u s 9:21
Tabemáculo para celebrar os ofícios do
culto; (Nm28:3J
Mas no santíssimo somente Cristo poderia permanecer
Hebreus 9:7: mas, na segunda, somente
entrava o sumo sacerdote, uma vez por
ano, mas não sem sangue, que oferecia por
si mesmo e, depois, pelos pecados do povo,
cometidos em ignorância;/r&3a70;Zv'9.-;í i6-.ii;
5:2,3)
O impedimento da revelação dos bens futuros
advindos do lugar santíssimo celestial
Hebreus 9:8: querendo o Espírito Santo
dar a entender que o caminho do Lugar
Santíssimo ainda não poderia estar aberto,
se o primeiro, o Lugar Santo, ainda estivesse
de pé, (Hb 9:3; 10:19,20;Jo 14:6)
Hebreus 9:9: o que se constitui em figura
para o tempo presente, em que se oferecem
dons e sacrifícios que não podem aperfeiçoar
a consciência daquele que, pela prática,
OS oferece, (S140:6; 1 Pe l:ll;H b 1 U19;5:1; G13.-21)
O tempo de validade das figuras do primeiro
Tabemáculo (de Arão)
Hebreus 9:10: porque consistem somente
de comidas, bebidas e diversas oblações
(“ofertas em peso ”), ofertas de prescrições
carnais, impostas até ao tempo da correção.
(Ez4:14;AtlO:13-15;Lv 11:2; C12:16;Hb7:ló)
A superioridade do sacerdócio de Melquisedeque
Hebreus 9:11: Mas, estando presente o
Cristo, o Sumo Sacerdote dos bens futuros,
através de um tabemáculo superior
e mais perfeito, que não foi feito por mão
humana, isto é, que não pertence a esta
C򉂋O, (Mt 11:3;4:25; ljo 5:20;Hb2:17; 10:1; 8:2)
O sangue como preço da redenção
Hebreus 9:12: ele entrou uma única vez no
santíssimo Lugar, não com o sangue de carneiros
ou de bezerros, mas com o seu próprio
sangue, consumando, por todos nós, uma
etema redenção. (At20:28; Cl 1:14; Tt2:14;2Pe 1:19;
Ap 5:5; Hb 7:27; 10:4)
Santificação como depósito
Hebreus 9:13: Se, de fato, o sangue de
900
carneiros e o sangue de touros, quando
aspergidos, e a cinza da bezerra, limpam os
impuros segundo a carne, /Nmi9:9,i7,i8)
Hebreus 9:14: quanto mais o sangue de
Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu
a si mesmo sem mácula a Deus, purificará a
vossa consciência das obras mortas, para que
sirvais ao Deus vivo! (íjo U7; iPe3:is;■nz-wy
Os dois sacerdócios comparados:
o Antigo e o Novo Testamento
Hebreus 9:15: Por isso, ele é o Mediador
de um Novo Testamento; para que, por
meio de sua morte, houvesse remissão das
transgressões cometidas sob o primeiro
Testamento,e todos quantos foram chamados
recebam a realização da promessa
da herança eterna. (í Tm2:5;Hb3:i;7:22)
O poderdam orteeopoderdo sangue testador
Hebreus 9:16: Porque se há um Testamento,
o mesmo deverá ser comprovado
com a morte do seu testador;
Hebreus 9:17: porque tal Testamento
somente entrará em vigor depois da morte,
e não terá efeito enquanto viver o testador.
(G13:15)
Hebreus 9:18: Pois nem sequer o primeiro
pacto foi inaugurado sem sangue; (êx24.-6)
Moisés prefigurou no sangue posto nas bacias e no
sangue que aspergiu sobre o povo, o Antigo e o Novo
Testamento (Êx 24:6)
Hebreus 9:19: porque, quando Moisés
terminou de promulgar todas as prescrições
dos mandamentos perante o povo, segundo
a Lei, tomou o sangue dos bezerros e
dos bodes, com água, lã escarlate e um hissope,
e o aspergiu sobre a própria Escritura
e SO bre tOdO O pOVO, (Êx24:ó;Lvl4:4,7)
Hebreus 9:20: dizendo: “Este é o sangue
do Testamento que Deus ordenou a vós”.
(Êx24:8;Mt26:28)
Hebreus 9:21: E, além disso, aspergiu o
sangue sobre a tenda e sobre todos os vasos
do ministério. ílv8:15)
O sangue inocente, o preço do resgate eterno
y ; ^
JLXJÜUIVUV7U
Hebreus 9:22: Segundo a Lei, quase tudo
é purificado com sangue; e, sem derramamento
de sangue, não há remissão. (LvS:i2;
14:14; 17:11)
As figuras celestiais e as figuras terrenas
Hebreus 9:23: Portanto, era necessário
que as figuras das coisas que projetavam
realidades celestes assim fossem purificadas,
mas as realidades do Céu deveriam
ser consagradas com sacrifícios melhores
do que esses, /ms.s)
A santificação, o depósito da própria pessoa do sacerdote
(Jo 17:19,20). A base da santificação como figura da
santificação efetuada por Cristo: A santificação, suas leis
e seus detalhes (Lv27:2-27). (1) Avaliação da santificação
de pessoas: “Fala aos filhos de Israel: Se um homem fizer
um voto ou promessa ao Senhor Jeová, as pessoas serão
santificadas ao Senhor segundo a tua estimativa” (Lv
27:2): (a) Aestimativapara a santificação, em prata, do
homem entre vinte a cinqüenta anos: Cinqüenta siclos de
prata, segundo o siclo do Santuário (Lv27:3): “E tua
estimativa para o homem, de vinte a sessenta anos de
idade, será de cinqüenta siclos sagrados, segundo o siclo
do Santuário”. A estimativa para a santificação, em prata,
da mulher entre vinte a cinqüenta anos: Trinta siclos de
prata, segundo o siclo do Santuário (Lv27:4): “E se for
mulher, atua estimativa será de trinta siclos”. (b) A
estimativa para a santificação, em prata, do homem e da
mulher entre cinco a vinte anos: Trinta siclos de prata
para o homem e vinte siclos para a mulher, segundo o
siclo do Santuário (Lv27:5): “E se for varão e tiver de
cinco a vinte anos de idade, tua estimativa será de vinte
siclos, e se for fêmea, será de dez siclos”. (c) A estimativa
para a santificação, em prata, da criança (macho e fêmea)
de um mês a cinco anos: Cinco siclos de prata para o varão
e três siclos para a fêmea, segundo o siclo do Santuário
(Lv27:6): “E quando se tratar de uma criança de um mês
a cinco anos, a tua avaliação será de cinco siclos de prata
para o varão e de três siclos, para a mulher”. (d) A
estimativa para a santificação, em prata, do homem e da
mulher de sessenta e cinco anos para cima: Quinze siclos
de prata para o homem e dez siclos para a mulher,
segundo o siclo do Santuário (Lv27:7): “E quando for de
sessenta anos para cima, será de quinze siclos para o
varão, e de dez para a mulher”. (e) A estimativa para a
santificação, em prata, do necessitado: Seja calculado
segundo os seus meios (Lv27:8): “Mas quando se tratar
do voto feito por um pobre, o sacerdote calculará a
doação conforme os meios que ele dispõe”. (2) Se a oferta
do pobre, em lugar de prata, for um animal - O animal
limpo será aceito em lugar do pobre e necessitado como
oferta de santificação. Exatamente o que Cristo fez por
nós: Entrou como oferta para nos santificar (Jol7:19;Hb
10:12,14). Este é o versículo-chave deste capitulo, pois
projeta a pessoa de Cristo, como santificação, em lugar do
homem necessitado (Lv27:9): “E se aquilo que ele
oferecer ao Senhor for um animal limpo, daqueles que se
oferecem ao Senhor Jeová, tudo o que qualquer homem
901
der, desse tipo, será coisa santa”. A oferta do pobre não
será trocada. Depois que ele foi aceito com a sua oferta
substitutiva, que é Cristo, não poderá mudar por outro
senhorio, por outro sacrifício, pois não há outro melhor
do que este, que é Cristo (Is 53:2; Lv27:10): “Não será
trocado, nem será substituído, um bom por um mau, nem
um mau por um bom; e se permutar um animal por
animal, ambos serão considerados santos”. Se o animal
for impuro, será avaliado, e será avaliado em siclos de
prata, e o animal será estimado em siclos de prata pelo
sacerdote. Mas, por que a oferta do animal impuro está
aqui? Por que Deus não evitou sua menção? Porque era
esta a condição da oferta dos homens até que o Cordeiro
de Deus, puro e imaculado, foi oferecido em favor dos
homens pobres e necessitados, os quais não tinham
condições de pagar a sua santificação: As ofertas da
maioria dos homens eram consideradas impuras, cheias
de impurezas; embora os homens trouxessem como
ofertas animais limpos, elas eram impuras nas suas
motivações, eram produtos de roubo, de engano, dadas
em meio a intrigas. Deus estava revelando aqui, como
seriam vistas, na maioria das vezes, as ofertas dos
homens, a tal ponto de Deus não mais aceitá-las. Lendo
Malaquias, observamos com mais clareza este modismo,
até que o Cordeiro foi oferecido em lugar dos pobres e
necessitados homens (v. 9; Lv27:11): “Se o animal for
impuro, ou seja, dos que não se podem sacrificar ao
Senhorjeová, aquele que fez o voto o apresentará diante
do sacerdote”. Os siclos de prata eram aceitos em lugar
do animal, e o animal era negociado para levantar-se o
valor em favor da pessoa. Mas o seu resgate tinha prazo
determinado, pois não poderia ficar no Tabemáculo (Lv
27:12): “O qual o avaliará, sejabom ou mau: conforme a
sua avaliação, assim será”. No resgate, acrescentava-se à
prata oferecida segundo a avaliação sacerdotal vinte por
cento a mais. O animal voltava para o acampamento. Se
não fosse resgatado, o sacerdote o negociava pelo valor
avaliado com quem quisesse pagar aquele preço (Lv
27:13): “Mas se o que fez o voto quisesse resgatá-lo,
deveria acrescentar um quinto (“vinte por cento ”/ao
montante da dita avaliação". (3) Aestimativa da casa a ser
santificada (Lv27:14): “E quando um homem santificar
sua casa para ser santa ao Senhorjeová, o sacerdote fará a
estimativa, se for boa ou se for má; conforme o sacerdote
avaliar, assim será”. A santificação era diferente da
consagração (ou dedicação), porque a santificação era
feita depois que um valor estimativo era dado pelo
sacerdote; o dono da casa oferecia em prata os valores no
Santuário, dados ao sacerdote, declarando a casa
santificada com este valor. Se ele quisesse resgatar a sua
santificação para negociar esta casa, deveria oferecer
vinte por cento a mais sobre o seu valor de santificação
oferecido; para ter este direito, ele resgatava o valor
depositado, mas este valor (20%) ficaria como doação ao
Santuário. Esta seria uma forma de forçar o homem a
permanecer no seu endereço e no seu domicílio, sob
santificação. Mas uma prova de que ao santificar uma
casa ou propriedade, o israelita passava a contar com uma
proteção divina sobre aquele bem, entregando o poder
daquela propriedade nas mãos de Deus, quando
santificada. Alguns confundem este ato com consagração
(por causa dos erros de tradução), mas aquilo que se
consagranão pode ser resgatado (Lv27:28-34; 27:15): “E
9:24 H e b r e u s 9:25
se quiser resgatar a sua casa deverá agregar a quinta parte
do montante da dita avaliação, e voltará aseupoder”.(4)
ASantificação do Campo (Lv27:16): “E se um homem
santificar o seu campo ou parte dele ao Senhorjeová, a
sua avaliação será de acordo com o seu rendimento na
colheita: assim, um ômer (“duzentos evintee dois
litros”)de cevada será avaliado em cinqüenta siclos de
prata”. Contava-se a partir do ano seguinte ao ano do
Jubileu. O campo era santificado por tempo e segundo a
sua produção. Não era uma santificação única (Lv27:17):
“Se ele santificar o seu campo desde o ano do Jubileu,
será conforme a tua avaliação, não se modificará”. Por
exemplo, se a pessoa santificou o seu campo no ano 25
depois do Jubileu, a avaliação será feita subtraindo-se os
anos que já passaram (Lv27:18): “Mas se santificar o
campo, em qualquer tempo depois do ano do Jubileu, o
sacerdote deverá fazer o cômputo do valor de acordo com
os anos que faltam para o próximo ano do Jubileu, para
efetuar a redução proporcional à sua avaliação”. Mas
uma prova de que ao santificar a propriedade, o israelita
passava a contar com uma proteção divina sobre aquele
bem, entregando o poder daquela propriedade nas mãos
de Deus, quando a santificava (Lv27:19): “Mas se aquele
que santificou o campo quiser resgatá-lo, o sacerdote
acrescentará um quinto sobre a sua avaliação original, e o
bem voltará ao seu poder”. Observe aonde leva o pecado
da avareza: Retirando-se de volta (ou resgatando) a
santificação, o bem poderia ser negociado, depois. Isto
deveria ser feito antes de negociá-lo, pois se qualquer
negócio fosse feito com o campo, antes do resgate de sua
santificação, o direito do proprietário de resgatar o valor
dado como santificação, anteriormente, era perdido. O
valor original dado pela santificação era devolvido, mas a
quinta parte de seu valor ficaria no Santuário. Sendo que
há um detalhe muito importante: Se a pessoa vendesse o
campo à alguém de outra família, ele estava ciente de que
teria de devolver livre este campo no ano do Jubileu -
mas, como não pode ser resgatado pelo seu proprietário
-, a quem o devolverá? Não poderá devolvê-lo a seu
antigo dono - pois não tem mais o direito de resgate.
Então o bem seria devolvido ao sacerdote, e passaria a ser
sua propriedade. Quando um bem santificado se tomava
consagrado? Vejamos Levítico 27:20 “Mas se não quiser
resgatar o campo ou vendê-lo a outra pessoa, não poderá
mais ser resgatado ”. Isto acontecia porque nenhuma
propriedade ou campo poderia ser vendido para sempre
(Lv25:23,24). Qualquer campo ou propriedade deveria
ser resgatado (Lv25:25-27) ou deveria ser devolvido
livremente no ano dojubileu por aquele que o
comprasse. Mas, neste caso (visto aqui), a pessoa perdia
o direito de resgate porque não resgatara o seu campo
antes de vendê-lo, nem pagou a sua quinta parte para
tê-lo em seu poder novamente. Assim, por causa de sua
avareza, ela perdia o direito de resgate. E no ano do
Jubileu, o campo era entregue como voto de consagração
ao sacerdote (v. 21; Lv27:21): “E quando chegar o ano do
Jubileu, e o campo ficar liberado pelo posseiro, será
consagrado ao Senhorjeová como campo de voto, e
passará a ser propriedade do sacerdote". Outro caso: Se a
pessoa que comprou o campo do herdeiro original (no
caso descrito no verso vinte), e vier para santificá-lo, o
campo será tratado como possessão e não como herdade
902
(Lv25:23,24). O sacerdote saberá se ele é propriedade
por herança ou por arrendamento. Se for por
arrendamento, ele deverá ser devolvido a seu dono no
ano do Jubileu, como resgate legal por direito, segundo a
lei. Se aquele que o vendeu veio antes ao Santuário e
resgatou a sua santificação e devolveu ao templo o quinto
do valor santificado, ora resgatado, o bem voltará a seu
proprietário no Jubileu; mas se a santificação não foi
resgatada, o bem será consagrado ao Senhor (sem volta,
sem resgate). A base da avaliação do campo está no verso
dezesseis. Deve-se levar em contao ano dojubileu, pois
ele era a referência dos anos de compra e venda de uma
propriedade. Lembrar que este caso é ímpar, pois trata-se
de uma santificação efetuada pelo posseiro que o
comprou, e não pelo herdeiro (v. 22) que o vendeu (Lv
27:22-23): “Se alguém santificar ao Senhor Jeová um
campo que comprou, o sacerdote calculará o valor,
segundo a avaliação, tendo em conta os anos que faltam
para o Jubileu; e o homem efetuará o pagamento fixado
nesse mesmo dia, como coisa santificada ao Senhor
Jeová”. Caso o proprietário original tivesse resgatado a
santificação do seu campo e pago a quinta parte do valor
original avaliado de seu campo, o campo voltava a seu
poder no ano dojubileu, mas se não, ficava com o
sacerdote (v. 21; Lv27:24): “No ano dojubileu, o campo
será restituído ao que o havia vendido, ou seja, a seu
proprietário”. Quanto valia um siclo naqueles dias? Entre
onze gramas e três miligramas (Lv27:25). A exceção na
santificação era o primogênito. Aqui está o cerne deste
capítulo que trata da origem da doutrina da santificação
(Lv27:1 -27) e da consagração (Lv27:28-43). Aqui, enfim,
temos a diferença entre consagração e santificação. O
santificado é menor do que o consagrado. O santificado é
santo, o consagrado é santíssimo. O mesmo acontece
com os filhos primogênitos (Êx 22:29), que também
não deveriam, naquele tempo, ser santificados, pois já
pertenciam ao Senhor automaticamente (Lv 27:26):
“Mas o primogênito do animal, por ser primícia do
Senhorjeová, não poderá ser santificado, pois já
pertence ao Senhor, quer seja primogênito de bovino
ou de ovino”. A exceção: O resgate do animal impuro,
como o jumento, que deverá ser substituído pelo
cordeiro (Êx 34:20; Lv 27:27): “E se for de animal
doméstico impuro, o primogênito será resgatado
conforme a tua avaliação; se o seu proprietário o quiser
redimir segundo a tua avaliação, agregará a quinta
parte sobre esse valor; mas se não se redimir, será
vendido conforme a tua avaliação”
Hebreus 9:24: Porque Cristo não entrou
num Santuário feito por mão humana, figura
do verdadeiro Lugar Santíssimo celestial,
mas entrou no próprio Céu, para
apresentar-se a si mesmo, diante de Deus,
em nosso favor; (Hbó:20;8:2;7:25; 1Jo2:I)
Hebreus 9:25: e não entrou para se oferecer
a si mesmo muitas vezes, como o sumo
sacerdote entra no lugar santíssimo, a cada
ano, levando sangue alheio, m w; io.-iq)
y:zo HEBREUS 1U:11
O sacerdote e o Cordeiro
Hebreus 9:26: Ora, nesse caso, deveria
ter sofrido muitas vezes, desde a fundação
do mundo. Mas não foi assim, pois vindo
a plenitude dos tempos, ele apareceu uma
única vez para tirar o pecado através do
SaCrifíCiO d e SÍ m e s m o . (Dn 9:24;Jo 1:29; 17:24; a
4:4; 1 Pe3:18;Ap 13:8b; Hb4:3; 7:27; 1:2)
Hebreus 9:27: E, assim, como está decretado
aos homens morrerem uma só vez e,
d e p o iS diSSO, V e n h a O jUÍZO, (Lv25:29,30;Ecl2:14;
Atl7:31;Rml4:912;2Tm4:l;Ap20:ll;Gn3:19;2Co5:10)
Hebreus 9:28: assim também Cristo,
sem pecado, havendo-se oferecido uma
única vez para tirar os pecados de muitos,
aparecerá pela segunda vez, para a
salvação daqueles que o esperam. (Rmó-.io;
1 Pe2:24; Tt2:13)
Hebreus, capítulo dez (10)
Alei como projeção dos bens vindouros (Hb 6:4)
Hebreus 10:1: A lei, que revela apenas
uma sombra dos bens vindouros e não a
verdadeira imagem das coisas que são, jamais
poderia aperfeiçoar aqueles que se
achegam a Deus, através dos sacrifícios
que continuamente são oferecidos a cada
a n o . (Hb9:9,11,23)
A ineficácia do primeiro sacerdócio
Hebreus 10:2: Se aqueles que prestam
culto, sob a Lei, fossem purificados de uma
vez por todas, e já não tivessem consciência
de pecado, não teriam deixado de
oferecer tais sacrifícios?
Hebreus 10:3: Mas acontece o contrário,
pois com esses sacrifícios, eles acabam se
recordando anualmente dos seus antigos
peC ãdO S, (Hb 9:7)
Hebreus 10:4: porque é impossível que
o sangue de touros e de bodes tire os pecados.
(Mq 6:6,7)
A encarnação do Sacerdote e do Cordeiro
Hebreus 10:5: Por isso, Cristo, ao ser
903
introduzido no mundo, disse: “Nem sacrifício
nem oferta quiseste, porém, tu me
p re p a ra S te Um C o rp o ” , f6n l:26;Sl40:6-8;SI40:6-8;
Hb 1:6; 1 Pe2:24)
Hebreus 10:6: pois nem holocaustos e nem
sacrifícios pelos pecados te agradaram.
A apresentação do Sacerdote da Nova
Aliança e do sangue único
Hebreus 10:7: Então, eu disse: “Aqui
estou, pois eu vim, como está escrito no
princípio do rolo a meu respeito, para fazer,
ó Deus, a tua vontade”. (jr36:2)
Hebreus 10:8: Dizendo, primeiramente:
“Sacrifícios, ofertas e holocaustos pelos
pecados não quiseste; pois não te agradavam”,
mas, ainda assim, são oferecidos
SegUndO a Lei. (Hb 10:5,6;Mc 12:33)
Hebreus 10:9: Então, disse, em seguida:
“Eis que venho, ó Deus, para fazer a tua
vontade. Remova o primeiro, para estabelecer
o segundo”. (Hbio.-7y
A santificação como oferta do corpo de Cristo
Hebreus 10:10: E foi nessa vontade
que fomos santificados, pela oferta do
corpo de Jesus Cristo, feita uma vez para
sempre. (Jo 17:15-19; Hb7:27; 1 Pe2:24)
Hebreus 10:11: Todo sacerdote se apresenta
diariamente para oferecer o culto,
oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios,
que nunca podem tirar os pecados.
(Hb 5:1; 10:4)
A exigência que o Pai fazia paranos livrar do ódio do
mundo e guardar-nos estando no mundo era a
santificação, isto é, o depósito do sangue do nosso
parente remidor no Trono. Sabendo disso, Jesus pede ao
Pai que não nos tire do mundo. Somente o sangue
depositado no propiciatório garantia a nossa
permanência no mundo 0o 17:15): “Não rogo que os tires
do mundo, mas que os guardes do Maligno”. Porquanto,
não sendo do mundo, deveríamos ter sobre nós algum
tipo de segurança que cobria a nossa permanência no
mundo” 0o 17:16): “Eles não são do mundo, assim como
eu não sou do mundo”. Isto é, que fôssemos santificados
segundo averdade datuaPalavra, oumelhor, que
fôssemos santificados. Como poderíamos ser
santificados verdadeiramente? Pelo sangue depositado
de Cristo que seria depositado diante do trono do Pai
(Hb 10:1 l,14,29),em lugardequalquertipodeouroou
prata. Este sangue depositado diante do Pai garante a
10:12 H e b r e u s 10:12
nossa permanência no mundo, sem que o mundo nos
atormente, a fim de que façamos a obra que Deus nos
confiou a fazer, a qual consiste em fazer discípulos por
todas as nações, começando no ambiente de nossa vida
doméstica até os confins da terra. A Palavra de Deus nos
garante que ele nos santificou (João 17:17): “Santifica-os
verdadeiramente, atua palavra é a verdade”.
Santificados, poderíamos entrar no mundo e vivernele,
tendo alegria completa. Mas a santificação pelo sangue de
Cristo opera em nós e ela difere de santidade. A
santificação é de Cristo; mas a santidade é o nosso dever
diário. E por que a santificação nos garante viver neste
mundo para que tenhamos livramento e alegria
completa? 0oão 17:18): assim como tu me enviaste ao
mundo, também eu lhes enviei ao mundo”. Para que
Deus se comunicasse com o seu povo, exigiu santificação
e santidade. A santificação, antes da morte de Cristo era
um ato, uma oferta que gerava grandes bênçãos. A
santificação produz herança: “Agora, pois, vos
recomendo a Deus e à palavra da sua graça, àquele que é
poderoso para vos edificar e dar herança entre todos os
que são santificados” (At 26:32). Entendendo melhora
santificação no Novo Testamento, sabemos que a
igreja de Corinto foi chamada pelo apóstolo Paulo de
“santificada”, mas logo a seguir também foi chamada
de “carnal” (1 Co 3:1). Estava santificada, mas era
carnal (1 Co 1:2; 3:1). O ato de santificar, segundo a
Bíblia, não estava ligado a um ato de limpeza, depois
de um pecado ou de uma transgressão; mas era um
depósito de um determinado valor, segundo uma tabela
de valores equivalentes às pessoas, animais ou bens (Lv
27:1 -27). Jesus santificou-se (Jo 17:19), mas nunca
pecou; Jesus Cristo mesmo investiu a sua própria vida
no depósito da sua santificação (Jo 17:19-20). Ele deu a
sua própria vida para santificar-nos. Aqui vemos dois
extremos, a santificação de Cristo que nunca pecou e a
santificação de um animal imundo, que é animal. Logo a
santificação não é santidade, muito embora possamos
aplicar à palavra outros significados paralelos, mas o seu
sentido original é este: um depósito equivalente ao bem
ou à pessoa no altar. O Cristo que se santificou, não se
santificou por que pecou, mas porque depositou-se a si
mesmo diante de Deus para que pudéssemos viver no
mundo e entrássemos no Reino de Deus, mediante a fé.
Ele pediu ao Pai que não nos tirasse do mundo, mas que
nos guardasse do mal. O Pai, então, estabeleceu o preço:
o seu sangue. O Filho aceitou dizendo: “se é assim, eu me
santifico por eles”. E isto implicava em um depósito, que
era o seu corpo e o seu sangue. Ele depositou-se diante do
Pai para que tivéssemos liberdade para viver neste
mundo sem sermos solapados pelo mal; e o preço de
nossa santificação não foi prata ou ouro, mas o sangue do
Cordeiro imaculado, que é Cristo (1 Pe 1:18-20). Ele
depositouoseu sangue porcada um denós(Hb 10:10,14
e 29). O sentido de santificação, para ele, era o mesmo
que constava na ordenança bíblica, e não o que nos foi
passado até hoje, e que muitas vezes confundimos com o
ato mais sagrado de Cristo, feito em nosso favor, com o
nosso “viver santo” ou com santidade (que não deve
deixar de ser um dos fundamentos denossavidacristã).A
igreja de Corinto foi chamada santificada, mas logo a
seguir foi chamada de carnal. Estava santificada, mas
904
eracam al(l Co l:2;3:l;Lv25:15-17).O bservequea
santificação estava ligada, antes de tudo, à avaliação
sacerdotal; era autenticada com um depósito
equivalente à pessoa, objeto ou bem santificado diante
do sacerdote. Em Levítico, capítulo 27, encontra-se de
duas palavras: santificação (w. 2-27) e consagração
(w. 28-43). Àquilo a que o autor se refere santificação,
chama-o de santo, e àquilo que se refere como
consagrado, chama-o de santíssimo. A diferença básica
entre as duas palavras é o montante do depósito feito.
Santificava-se aquilo que deveria continuar em poder da
pessoano acampamento, que voltava à casa, quando
apenas depositava-se o seu valor equivalente no
santuário; isto é, fazia-se o depósito de um valor
estipulado pelo sacerdote. Quando alguém queria
santificar-se não comparecia ao santuário para lavasse,
jejuar ou consagrar-se. Vinha para depositar uma oferta
equivalente a si mesmo. Havia uma tabela para as
diferentes idades e até uma criança de um mês poderia
ser santificada. Santificação era um depósito equivalente.
Jesus santificou-se a si mesmo em nosso favor, pois não
poderíamos oferecer a nossa própria vida diante de Deus,
pois havíamos pecado. Não fomos santificados com prata
ou outro, mas com o seu sangue puro. Portanto, o mérito
da santificação é dele, e por ele nós procuramos viver uma
vida santa para a sua única glória. Pois ajustiçafoi
efetuada por ele, e ele merece toda glória por fé. Jesus
santificou-se a si mesmo (Jo 17:19) para que nós fôssemos
santificados verdadeiramente. Por isso, entenda:
Santificar é depositar o equivalente. Consagrar é entregar
tudo, cem por cento no altar. Santificar é assinar um
contrato de seguro celestial; não é sociedade nem
barganha com Deus, é assinar um seguro de vida com
Deus, o qual será executado por anjos. Consagrar é
entregar o todo da promessa a Deus. Algumas versões
dissimulam o texto de João 17:19, mas a palavra “na
verdade” é “verdadeiramente”; isto é, não por prata ou
ouro, mas gelo precioso sangue de Cristo. Hoje, jánão se
santifica pessoas por nenhum preço, porque Jesus já fez
isto por nós. Ele depositou o seu sangue no santuário por
nós. Este foi o preço que ele pagou. Ele nos santificou; não
nos santificou porque nos lavou por seu sangue, mas
porque pagou com seu sangue o preço no leilão espiritual
da História da humanidade, a fim de nos resgatar para seu
beneplácito (Lc 4:5,6). Hebreus nos diz que ele ofertou o
seu sangue como oferta que nos santifica; isto quer dizer
que, diante do Pai, está o nosso valor depositado (Hb
10:11,29), o sangue de Jesus Cristo. Mas o texto mais
precioso é este que o autor aos Hebreus escreveu (10:10):
“Énessa vontade dele que temos sido santificados pela
oferta do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez para
sempre”. Veja um dos textos: “Com uma só oferta
aperfeiçoou para sempre os que são santificados”, o que
eqüivale à doutrina de Levítico 27:2-8. Por isso temos um
valor respeitável no mundo espiritual, valemos o sangue
dejesus Cristo! Lemos (1 Pe 1:18-20): “sabendo que não
foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que
fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por
tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso
sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha,
o sangue de Cristo”. Se temos sido santificados então não
precisamos santificar nada mais? Não; nós somente
10:12 HEBREUS 10:20
fomos santificados como pessoas. Nossos bens deveriam
ser santificados por causa da herança. Paulo escreve:
“Que sejais santificados em tudo”. As pessoas que eram
santificadas tinham seus nomes escritos no livro do
templo quando exerciam afé da santificação, quer no
Novo, quer no Antigo Testamento, esta oferta é uma
grande obra, principalmente aquela que Cristo realizou
por nós uma vez para sempre (At 24:17-18), e os seus
resultados são etemos
Hebreus 10:12: Cristo, porém, havendo
oferecido um único sacrifício pelos pecados,
assentou-se para sempre à mão direita
de Deus, mi:3)
Hebreus 10:13: e, assim, espera que os
seus inimigos sejam postos como estrado
dos seus pés. (smo-.uHb ui3)
Hebreus 10:14: E, assim, com uma só
oferta, ele aperfeiçoou para sempre os que
são santificados. (Hb io.-ij
Hebreus 10:15: É disto que o Espírito
Santo dá testemunho. Porque, depois,
disse: (Hb3.-7)
Hebreus 10:16: “Este é o Pacto que estabelecerei
com eles, depois daqueles dias,
diz o Senhor: Porei as minhas leis nos seus
corações e as escreverei nas suas mentes”;
(Jr 31:33,34; Rm11:27; Hb 8:8-12)
Hebreus 10:17: e ainda: “Nuncamaisme
lembrarei dos seus pecados, nem das suas
iniqüidades”. (m>8:i2)
Hebreus 10:18: Ora, onde há remissão
dos pecados, já não há necessidade de oferta
pelo pecado.
Os querubins e a espada do Éden não nos impedem de
entrar no santíssimo (Gn 3:24; Sl 22:20; Lc 2;35)
Hebreus 10:19: Tendo, pois, irmãos,
toda liberdade para entrar no Santíssimo
Lugar, por meio do sangue de Jesus, (Rm5-.2;
Gl4:7;Ef2:18;2 Tm1:17; Hb 9:8,12; 1Jo2:1)
Atitudes da nossa fé: (1) Entrando no caminho do novo
tabemáculo celestial (Is 63:1 -3). O véu se rasgou. Quando
depositou o sangue, Jesus mesmo falou a respeito de seu
sangue depositado diante do Pai: “Sacrifício e oferta não
quiseste, mas corpo me preparaste; holocausto e oblações
pelo pecado não te agradaram. Eis aqui, venho para fazer,
ó Deus, a tua vontade. Ura o primeiro, para estabelecer o
segundo” (Hb 10:5-9). Aspergiu-o diante do trono. Todos
os anjos ouviram: “Este sangue fala melhor do que o de
Abel ”. O Pai respondeu-lhes: “ Esta é a aliança que farei
905
com eles: Depois daqueles dias, diz o Senhor, porei as
minhas leis em seus corações, e as escreverei
em seus entendimentos; jamais me lembrarei
de seus pecados e de suas iniqüidade; onde há
remissão, não há mais oferta pelo pecado”
Hebreus 10:20: pelo caminho novo
e vivo que ele abriu, inaugurando-o ao
romper o véu, através do sacrifício da sua
carne, im 9:8,3)
Hebreus 10:21: e sabendo que temos
um Sumo Sacerdote sobre a casa de Deus,
i (Hb2:17; 1 Tm3:15)
(2) Devemos nos batizar nas águas (Jo 13:8-10)
Hebreus 10:22: aproximemo-nos dele,
com um coração sincero, e com a plena
certeza da fé, com o coração purificado
da má consciência e o corpo lavado com
água pura. (Êx29:4;Lv8:6; Ez 16:9;36:35;Zc 13:1;
j M t3:l l;Jo 8:9; 13:8-10; 1 Pe l:2;Hb4:16;Ef.3:12;Hb 9:14;
j
Ez36:25)
(3) Devemos conservar a nossa confissão de fé
Hebreus 10:23: Mantenhamos firmemente,
sem duvidar, a confissão da nossa
esperança, pois fiel é aquele que fez a promessa.
(1 Ts5:24;2 Ts3:3;Hb3:6;3:14;4:14;Ap3:l 1)
(4) Devemos estimular os outros membros
Hebreus 10:24: Estando atentos uns aos
outros, para nos estimularmos no amor e
nas boas obras, (1 Co 10:13;Hb3:14; 13:1; Tt3:8)
(5) Devemos nos congregar (Mt 18:20; Jo 20:19-29;
At 1:14; 2:1; 20:7; 1 Co 11:20)
Hebreus 10:25: sem abandonarmos
a nossa congregação, como é costume
de alguns; antes, exortando-nos mutuamente;
ainda mais agora quando vedes
que o Dia está mais próximo. (Rm 15.-2,-1 ts i:3;
I Hb 6:10; A12:42; Hb 3:13; Fp 4:5)
(6) Devemos crer no único Salvador. Esse benefício não
vem por obras: só Jesus salva.
O preço está pago pelo único sacrifício de Cristo:
arrependa-se e seja salvo
Hebreus 10:26: Porque se pecarmos voluntariamente,
depois de termos recebido
o conhecimento da Verdade, nenhum outro
tipo de sacrifício pelos pecados restará,
| (Nm 15:30; 2 Pe 2:20)
10:27 H e b r e u s 10:39
(7) Devemos crer que Cristo nos salva do fogo eterno
(Lc 12:10; 1 Jo5:16;2Pe2:20-22)
Hebreus 10:27: senão, uma terrível expectação
de julgamento e o ardor de um
fogo que se prepara para devorar os rebeldes.
IAp20:15;Hb9:27;Is26:ll)
Hebreus 10:28: Se aquele que transgride
a Lei de Moisés é condenado à morte, irremissivelmente,
com base em duas ou três
testemunhas, (Dti 7:2-6; m 2:2/
(8) Não devemos profanar o sangue que
nos santifica diante de Deus (Is 63:10; Lc 12:10;
1 Co 11:27,29; Hb 13:20)
Hebreus 10:29: de quanto maior não
será o castigo que há de merecer aquele
que tiver pisoteado o Filho de Deus, e tiver
considerado imundo o sangue do Novo
Pacto, pelo qual foi santificado, e tiver ultrajado
OEspírito da graça? (Hb2:3; 6:6; 13:20;
Ef4:30;Hb6:4)
(9) Deus julgará o seu povo (Dt32:36;S150:4)
Hebreus 10:30: Conhecemos, de fato,
aquele que disse: “Minha é a vingança; eu
retribuirei”. E ainda: “O Senhor julgará o
SeUpOVO, diZ O Senhor”. (Dt32:35,36;Sll35:14t
Hebreus 10:31: Horrenda coisa é cair nas
mãos do Deus vivo.
(10) Devemos nos lembrar dos primórdios
de nossa fé (Gl 3:3; Ap 2:5; 3:3): as três atitudes a
pós a iluminação espiritual
Hebreus 10:32: Lembrai-vos dos dias
passados, nos quais, depois de serdes iluminados,
suportastes um grande e doloroso
combate em tribulações; iHb6.-4,-Fp 1 .-29,30/
Hebreus 10:33: por uma parte, fostes
expostos a espetáculo público, a insultos
e tribulações; e, por outra parte, fostes solidários
com os que foram tratados assim.
(1 Co 4:9; 1 Ts2:14j
(11) Devemos sempre considerar os bens
melhores, quando formos forçados a ceder
(Mt 6:19; 19:21; Lc 10:42; Cl 3:32)
Hebreus 10:34: E também vos compadecestes
dos presos, e sofrestes com gozo
o confisco de vossos bens, sabendo, em
906
vós mesmos, que tendes bens muito melhores
e perduráveis nos Céus. tm & is i
(12) Devemos crer que haverá uma recompensa eterna
(Mt 10:42; 1 Co 15:58; Gl 6:8-10; Hb 3:6; 11:26)
Hebreus 10:35: Não percais, pois, esta
vossa confiança, que traz consigo uma
grande recompensa. (Hb2.-2i
(13) Devemos perseverar: requer-se perseverança para
se obter a promessa (Sl 40: l;M t 10:22; Hb 12:1)
Hebreus 10:36: Com efeito, tendes necessidade
de perseverança, para que, depois
de haverdes cumprido a vontade de
Deus, obtenhais a promessa. (U 2i:i9; ci3:24)
(14) Devemos entender que Cristo vem todos os dias.
Todos os dias ele vem para cada justo
(Is 26:20; Hc 2:3; Tg 5:7-9)
Hebreus 10:37: “Pois dentro de muito
pouco tempo, o que há de vir, virá, e não
tardará. (Hc 2.3,4; Lei 8:8/
(15)0 justo jamais deve voltar aos caminhos da
perdição (Nm 35:27; Is 2:17-20; 6:17,25; Ez 18:29; Hc
2:4; Mt 12:43; Mc 16:16; Jo 3:15; 5:24; 6:40; At 16:31;
Rm 1:17; 10:9,10;2Ts2:12-14; 1 Pe 1:5)
Hebreus 10:38: Mas o justo, viverá pela
fé, mas, se ele retroceder, a minha alma não
se agradará dele”. /Rmi.-i7,-ci3:iij
Hebreus 10:39: Porém, nós não somos
daqueles que retrocedem para a perdição,
mas daqueles que têm fé, para a preservação
da alma. (2Pe2:20;Atl6:30)
Hebreus, capítulo onze (11)
A fé criativa: exemplos de fé. A segunda e a terceira
mentira de Satanás(Gn 3): Seus olhos seriam abertos,
independentemente de Deus, assim como são abertos,
hoje em dia, pela feitiçaria, pela bruxaria e por meio de
falsos profetas. “E sereis como Deus, conhecendo o bem
e o mal”. Esta foi a terceira mentira de Satanás. Todo o
bem que alcançarmos, independentemente de Deus, é
maldição, embora este bem pareça ser verdadeiro, será
falso, e nos conduzirá à desgraça eterna. Necessitamos
ter conhecimento a respeito dos olhos da alma, pois
Adão não foi criado caído, como os homens de hoje.
Antes do pecado (Gn 3:1 -7), Adão tinha semelhanças
com o Cristo do Novo Testamento, o filho gerado em
Maria pelo Espírito Santo de Deus. Cristo não se sentia
um homem sobrenatural; ele era um homem normal.
Adão, no Éden, era como Cristo, com uma diferença:
ele precisava confirmar a sua existência para sempre,
antes que fosse liberado para conquistar o lado exterior
do Éden, sem ser incomodado pelo poder das trevas.
O ser completo, Adão, consistia em eápírito, alma e
11:1 H e b r e u s 11:5
corpo. (1 )0 seu espírito foi capacitado por Deus para
operar em dimensões espirituais especiais, mas tinha
necessidade de discernimento. Esse discernimento
somente lhe seria dado depois que passasse pela
prova de sua escolha, ou seja, deveria escolher entre
a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem
e do mal. Tudo dependia disso. (2) A sua alma podia
ter sido capacitada com a visão do mundo espiritual,
mas estava bloqueada até a sua escolha entre a árvore
do conhecimento do bem e do mal e a árvore da vida.
Depois de sua escolha correta pela árvore da vida,
seus olhos seriam abertos e o homem poderia ver os
dois mundos de uma vez. (3)Somente os seus olhos
físicos foram abertos, até a sua escolha. Os olhos da
alma deveriam ser abertos depois da decisão entre
a obediência e a desobediência, entre a árvore da
vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal:
Gênesis 3:5: “Porque Deus sabe que no dia em que
comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão e sereis
como Deus, conhecendo o bem e o mal”. O resultado
da queda: tudo aconteceu independentemente de
Deus. Todos caíram. Dois terços dos anjos optaram em
permanecer com Deus, mas nenhuma parte dos homens
ficou com Deus! A revelação da nudez, após o pecado, é
a primeira demonstração de que o homem está fora de
comunhão com a luz da glória de Deus (Rm 3:23). Esses
olhos que foram abertos após o ato de desobediência
eram os olhos da alma, que não deveriam ser abertos
independentemente de Deus, nem anteriormente à sua
eleição, pela escolha da árvore da vida. Concluímos,
então, perguntando: O que Deus colocou em lugar dos
olhos da alma que estavam bloqueados? A fé. Afé foi dada
ao homem em lugar dos olhos da alma. Devemos crer na
Palavra de Deus, sem a intervenção satânica (Gn 3:3).
O conhecimento falso por meio de Satanás desagrada a
Deus. Ele queria que o homem usasse a fé em lugar dos
olhos da alma. Sabemos que o justo viveria pela fé, pois
sem fé seriaimpossível agradar a Deus. Quando o diabo
entendeu que o homem tinha a capacidade de usar a fé
para agradar aDeus e dominar no universo criado, armou
o seu plano para destruí-lo. Observe como Satanás usa
essas falsas doutrinas para abrir os olhos do homem: Pela
astrologia: a tentação de substituir Deus pelo destino
falso, transmitido através do estudo manipulado dos
astros. Pela bruxaria: mediante os demônios vestidos
de falsa luz, ele procura enganar o homem a respeito
do seu destino, de seus objetivos sentimentais ou de
vingança. Pela feitiçaria: ele sempre tenta demonstrá-la
benéfica para o homem; e é por isso que, geralmente,
na literatura e no teatro, quando o “bem ” vence o
mal, independentemente de Deus, sempre o faz por
intermédio da feitiçaria ou de alguma obra de engano:
Gênesis 3:7: “E abriram-se os olhos de ambos, e
conheceram que estavam nus; pelo que coseram folhas
de figueira, e fizeram para si aventais”
Hebreus 11:1: Ora, a fé é a certeza das
coisas que se esperam e a convicção daquelas
que se não vêem. (Rm 8:24; 2 Co 4:18; 5:7)
O que é a fé? O que pode a fé? A fé é uma certeza, se
houver qualquer dúvida, não é fé. Afé é uma convicção,
portanto é um doutrina, se houver dúvida, ainda não
907
há fundamento na fé. Por ela, espera-se o que não se
conhece esevê o invisível (Hb 1 l:l).Aféaprovao
testemunho, pois é o instrumento mais antigo pelo qual
somos aprovados em nosso testemunho terreno, a fim de
entrarmos no Reino de Deus (Hb 11:2)
Hebreus 11:2: Foi pela fé que os antigos
foram aprovados no seu testemunho.
(Hb 11:4,39)
Hebreus 11:3: Pela fé, compreendemos
que os mundos foram feitos pela Palavra
de Deus, de modo que o visível foi feito de
coisas invisíveis. (Gn 1:1,-Jo l:3;Hbó:5(
Abel e Enoque: a fé eterniza as nossas obras.
O que é e o que pode afé? Afééoelementopeloqual
podemos compreenderacriaçãodosmundosapartir do
invisível, do nada (Hb 11:3): Afé eterniza as obras do
homem (Hb 1 l:4).Porela,recebemosoprêmio da justiça;
pela fé, recebemos testemunho de nossas ações, epelafé,
nossos sacrifícios falam por nós, mesmo depois de nossa
morte. Pela fé, podemos vencer a morte, pela fé, podemos
sertrasladados,pelafépodemosagradaraDeus(Hb 11:5).
Pela fé, nos aproximamos de Deus e o agradamos;
pelafé, cremos que Deus existe; pela fé, somos
galardoados por Deus (Hb 11 :ó). Pelafé, construímos
sem a perspectiva dos outros, salvamos a nossa família,
condenamos o mundo incrédulo e nos fazemos herdeiros
da justiça (Hb 11:7): Pela fé, obedecemos, partimos e
saímos sem saber para onde vamos. Pela fé, podemos
tomar posse de uma herança eterna (Hb 11:8)
Hebreus 11:4: Pela fé, Abel ofereceu
a Deus mais excelente sacrifício do que
Caim; e, com base nele, alcançou testemunho
de que era justo, e Deus deu testemunho
da sua oferta; e, por meio de sua
fé, depois de morto, ainda fala. (Gn4:4,io; íjo
3:12;Hbl2;24)
Hebreus 11:5: Pela fé, Enoque foi arrebatado
para não ver a morte, e não foi
encontrado, porque Deus o havia trasladado.
Porém, antes de ser trasladado, obteve
testemunho de que havia agradado a
Deus. (Gn5:22-24)
O que é e o que pode a fé? Pela fé, peregrinamos em nossa
própria terra, a fim de que a nossa geração tome posse
de uma herança firme; pelafé, escolhemos, esperamos
o superior, vivendo no inferior (Hb 11:9). Pelafé, cremos
que poderemos viver em uma cidade melhor (Hb 11:10;
Is 14:32;Jo 14:2; 2 Co 5:1; Fp 3:20; Hb 12:22-28). Pela
fé, fecundamos o incontável e o inumerável; pela fé,
reputamos a Deus como fiel à sua promessa (Hb 11:11).
Pela fé, sabemos de que apenas uma fonte pode sair uma
multidão incontável (Hb 11:12)
Hebreus 11:6: Mas, sem fé, é impossível
agradar a Deus; e aquele que se
aproxima dele, antes, deve crer que ele
existe e que sabe galardoar aqueles que o
bUSCam. (Hb7:19)
Noé: construiu, salvou, condenou e se fez herdeiro
Hebreus 11:7: Pela fé, Noé foi avisado
divinamente acerca de coisas que ainda
não se viam, e, cheio de temor, construiu
uma Arca para a salvação de sua família;
por meio da qual condenou o mundo e,
segundo a fé, tornou-se herdeiro da justiça.
(Gn 6:13-22)
2. Os antigos nacionais: o patriarcado
(1) Partiu para o local
Hebreus 11:8: Pela fé, Abraão, sendo chamado,
obedeceu, e partiu para um lugar
que havia de receber como herança, e saiu
sem saber para onde ia. (Gn 12:í -4;A t7=2-4)
(2) Avizinhou-se do local
Hebreus 11:9: Pela fé, peregrinou na
Terra da Promessa, como em terra alheia,
habitando em tendas com Isaque ejacó,
co-herdeiros da mesma promessa. (Gn 12:8;
18:l,9:Hb6:17)
Hebreus 11:10: Pois esperava a Cidade
que tem fundamentos, cujo arquiteto e
construtor é o próprio Deus. (is i4.-32;jo 14.-2,-
2 Co 5:1; Fp 3:2 0; Hb 12:22-28; 13:14; Ap21:2)
Sara: fé para fecundar o incontável e o inumerável
Hebreus 11:11: Pela fé, também Sara,
apesar da sua idade já avançada, recebeu a
virtude para conceber e dar à luz a um filho,
porque reputou como fiel ao que lhe havia
prometido. (Gn21:2; 10:23; 17:19; 18:11-14;21:2)
Hebreus 11:12: Por isso, de um só progenitor,
já amortecido, saíram tantos, em
multidão incontável como as estrelas do
céu e inumerável como a areia da praia do
mar. (Gn22:17;Rm4:19;Gn32:12)
O que é e o que pode a fé? Pela fé, escolhemos,
esperamos o superior, vivendo no inferior. Pela fé,
podemos morrer conhecendo a realidade futura,
mesmo sem tê-la apalpado; pela fé, vive-se como
hóspede na sua própria terra (Hb 11:13). Pela fé,
H e b r e u s 11:16
abdica-se de um mundo terreno por um eterno, isto
é, de um inferior visível por um superior invisível (Hb
11:14). Pela fé, despede-se do passado, esquecendo-o,
e marchando para o invisível (Hb 11:15). Pelafé,
aspira-se pelo melhor e ganha-se o testemunho do
agrado previamente preparado por Deus (Hb 11:16).
Pela fé, oferece-se o único meio, a única fonte, a ponte,
0 ninho, o casulo, a causa, a semente (Hb 11:17).
Pela fé, oferecemos o nosso único, filho Àquele que
tem poderparafazerviver(Hb 11:18; Gn 21:18; 1
Pe 1:19,20). Pela fé, recupera-se o que se perde (Hb
11:19). Pela fé, abençoamos os nossos filhos com
bênçãos vindouras (Hb 11:20). Pelafé, estabelecemos
destinos proféticos sobre a nossa descendência;
pela fé, nos apoiamos na nossa experiência com
Deus representada pelo bastão da peregrinação
(Hb 11:21). Pela fé, declaramos palavras que serão
cumpridas mesmo depois de nossa morte (Hb 11:22).
Pela fé, concebemos no tempo em que ninguém pode
conceber (Hb 11:23; Mt 2:7,13-18; Jo 1:14). Pela fé,
recusamos o racional e nos apegamos ao espiritual;
pela fé alcançamos a cidadania celestial (Hb 11:24).
Pela fé, elegemos a eleição e evitamos o pecado (Hb
11:25). Pela fé, estimamos a humilhação do Messias
como uma riqueza maior do que os tesouros do Egito;
pela fé, fixamos os nossos olhos na recompensa (Hb
1 l:26;Jo 13:33-35). Pelafé, abandonamos o mundo
sem temor às ameaças (Hb 11:27). Pelafé, obedecemos
as ordenanças de Deus; pela fé, cremos na eficácia do
sangue; pela fé, evitamos o anj o exterminador de nossos
filhos (Hb 11:28;Jo 13:4). Pela fé, nos batizamos sem
temor através das águas, observando que os demais,
sem fé, morrem, ao tentar acompanhawios (Hb 11:29).
Pela fé, derrubamos impedimentos intransponíveis (Hb
11:30). Pela fé, escolhemos uma nova cidadania, mesmo
sendo desprezados pelos homens, por causa de um ato de
hospitalidade; pela fé, a nossa eleição, como a de Raabe, foi
estabelecida ao esperar -nos em casa (Hb 11:31)
Hebreus 11:13: Conforme a fé, todos
eles morreram, sem ter recebido as promessas;
mas, vendo-as de longe e crendoas,
e abraçando-as, saudavam-nas como
estrangeiros e peregrinos sobre a terra. /Gn
23:4;S139:12)
Hebreus 11:14: Pois aqueles que assim
diziam, mostravam, com isso, que tipo de
pátria estavam procurando.
Hebreus 11:15: Porque, se eles tivessem
se lembrado daquela pátria, da qual haviam
saído, não lhes faltaria o tempo oportuno
para lá regressar.
O prêmio: receberam o melhor
Hebreus 11:16: Mas, agora, eles aspiravam
por uma pátria melhor, isto é, à Pátria
Celeste. Por isso, Deus não se efivergonha
Oftft
11:17 H e b r e u s 11:34
deles, de ser chamado o “Deus deles”, e já
lhes preparou uma Cidade. (Êx3:6,i5;Fp3:2o;
Hb 13:14)
Revivendo o que o Pai celestial fez (Jo 3:16)
Hebreus 11:17: Pela fé, Abraão, quando
foi provado, ofereceu a Isaque, o seu unigênito
filho; ele, o que havia recebido as
prO m eSSaS, (Gn22:l-10;Tg2:21)
Hebreus 11:18: a quem havia sido dito:
“Por meio de Isaque será chamada a tua
descendência”. Ele considerava que Deus
tinha poder para o ressuscitar dos mortos.
(Gn21:12,18;Rm 9:7)
Tipo do Cordeiro imolado antes da fundação
do mundo {1 Pe 1:19,20)
Hebreus 11:19: E, por uma preflguração,
ele o recuperou. (Rm4:2i)
A fé que abençoa os menores.
(1) A hora da bênção (Jó 29:13)
Hebreus 11:20: Pela fé, Isaque abençoou
a Jacó e a Esaú, a respeito das coisas vindouras.
A importância do destino profético
Hebreus 11:21: Pelafé, Jacó, estando
para morrer, abençoou a cada um dos filhos
de José e adorou, apoiando-se na ponta do
SeU b o r d ã o . (Gn48:5,16,20)
Na vida, tipo de Cristo; na morte, tipo do Espírito Santo
Hebreus 11:22: Pela fé, José, já morrendo,
lembrou-se do êxodo dos filhos de Israel,
e deu mandamentos acerca dos seus
OSSOS. (Gn 50:24,25;Êx 13:19)
Moisés: as nove atitudes de fé
semelhantes à de Cristo (Jo 13:19)
Hebreus 11:23: Pela fé, Moisés, tendo
nascido, foi escondido durante um trimestre
por seus pais, pois viram que o menino
era formoso; e não temeram o decreto do
rei. (Mt2:7,13-18;Jo l:14;Êx2:2;At7:20;Êx 1:16)
Hebreus 11:24: Pela fé, Moisés, já homem
feito, recusou ser chamado filho da
filha do Faraó, íêx2:ioi
Hebreus 11:25: mas, elegendo ser maltratado
com o povo de Deus, não quis desfrutar
abreviadamente o gozo do pecado;
i (Hb 11:37)
Hebreus 11:26: estimando a humilhação
de Cristo como uma riqueza maior do que
os tesouros do Egito; porque tinha fixado
os seus olhos na recompensa, (jo i3:33-35;2.-2)
Hebreus 11:27: Pela fé, abandonou o Egito,
sem temer a ira do rei; mas se sustentou,
como quem contempla o Invisível, (jo 14:3-6;
| Êxl2:50,51;Hb 11:13)
Hebreus 11:28: Pela fé, celebrou a Páscoa
e fez a aspersão do sangue, a fim de que
o anjo Exterminador não tocasse nos seus
primogênitos .(joi3.-4)
Hebreus 11:29: Pelafé, cruzaram o mar
Vermelho como quem passa por terra seca;
e, tentando triunfar pela mesma experiência,
os egípcios foram devorados, (jow.-iz, is;
I Êx 14:21-31)
Hebreus 11:30: Pela fé, as muralhas de
Jericó ruíram, depois de terem sido envolvidas
durante sete dias. (js 6:12-21)
Raabe, uma escolha, uma eleição
Hebreus 11:31: Pela fé, Raabe, a prostituta,
não pereceu juntamente com os incrédulos,
por ter acolhido os espias com paz.
I (Js2:9; 6:23; Tg2:25)
O grupo da fé militante. Alcançou a promessa;
que não aceita morrer facilmente
Hebreus 11:32: Que mais direi? Porque
me faltaria tempo se quisesse falar acerca
de Gideão, e de Baraque, e de Sansão, e de
Jefté, e de Davi, e de Samuel e dos profetas,
Esta é a diferença entre o primeiro grupo e o segundo grupo:
O primeiro grupo alcançou a promessa ao perseverar, e
o segundo não alcançou a promessa em vida porque não
perseverou, entregando-se à morte
Hebreus 11:33: os quais, pela fé, conquistaram
reinos, praticaram a justiça, alcançaram
as promessas e taparam a boca
de leões, (2Sm7:l 1;J114:5; 1 Sm 17:34;Dn 6:22)
Hebreus 11:34: extinguiram o poder
do fogo impetuoso, escaparam ao fio da
espada, recobraram a força na fraqueza,
11:35 H e b r e u s 12:7
fizeram-se fortes na guerra, e puseram em
fuga o acampamento de exércitos estrangeiros.
(2 Rs20:78;Jl 15:8)
As mulheres estão no primeiro grupo. Não há mulheres
no segundo grupo. As mulheres são fortes
e perseverantes, pois mesmo diante da morte,
ainda crêem na ressurreição
Hebreus 11:35: Suas mulheres recuperaram
os seus mortos, por meio da
ressurreição. E, se alguns deles foram
torturados, não quiseram aceitar resgate
algum, com o fim de obterem uma melhor
reSSUrreiçãO. (1 Rs 17:22;At22:25)
O grupo da fé triunfante. Aceitaram morrer antes
de nós. Não alcançou a promessa
Hebreus 11:36: Enquanto outros experimentaram
vitupérios e flagelos, e ainda
mais do que isto: cadeias e prisões. (jr20:2)
Hebreus 11:37: Foram apedrejados,
serrados ao meio, tentados, mortos ao fio
da espada; andaram errantes, cobertos de
peles de ovelhas e de cabras, necessitados,
angustiados e maltratados; [At7:58; i4:io;Mt
14:10; At 12:2; 1 Rs 21:13; 2 Rs 1:8)
Hebreus 11:38: dos quais o mundo não
era digno; pois andaram vagueando pelos
desertos, pelos montes, pelas cavernas e
pelos lugares perigosos da terra, urs 18.-4)
Os triunfantes
Hebreus 11:39: E todos estes, apesar de terem
recebido bom testemunho de suafé, não
alcançaram a consumação da promessa,
Porque, agora, juntos vamos experimentar a plena
realização, os militantes e os triunfantes
Hebreus 11:40: porque Deus previa algo
superior para nós, de modo que eles não
poderiam alcançar a plena realização sem
nÓS. (Hb5:9)
Hebreus, capítulo doze (12)
As oito atitudes que devemos tomar até chegarmos
diante do trono, combatendo contra o pecado. Nesta
grande carreira, devemos desprezar toda a carga preciosa
que impede o nosso desempenho, pois estamos diante
de uma grande nuvem de testemunhas celestiais, que
são os anjos. A carreira que nos foi proposta tem um
contrato, no qual declaramos que a nossa força era a
010
nossa perseverança e o alvo que nos foi proposto: o trono.
Assentar-se no trono com Cristo
Hebreus 12:1: Portanto, nós também,
cercados como estamos de uma tão grande
nuvem de testemunhas, despojemo-nos de
toda carga e o pecado que de perto nos rodeia,
corramos com perseverança a carreira
que nos foi proposta, (i co 9:24;Hb io.-3ó)
Como correr? (1) Fixando os olhos em Jesus, o Autor
e Consumador da fé, (2) esperando o gozo que nos foi
proposto, (3) suportando a cruz, (4) desprezando a afronta,
(5) chegando ao alvo que havíamos proposto: Assentar-se à
mão direita do Trono de Deus.
Hebreus 12:2: fixando os olhos em Jesus,
o Autor e Consumador da fé, o qual, esperando
o gozo que lhe havia sido proposto,
suportou a cruz, desprezando a afronta,
e assentou-se à mão direita do Trono de
Deus. (Fp2:8,9;Hb 1:3,13; 1 Pe3:22)
Como esperar a premiação? (1) Considerar aquele que
suportou tal hostilidade por parte dos pecadores contra si
mesmo, (2) não enfraquecer, relaxando em nossa mente.
(3) Resistindo até o sangue, combatendo contrao pecado
Hebreus 12:3: Considerai, pois, aquele
que suportou tal hostilidade por parte dos
pecadores contra si mesmo, para que não
enfraqueçais, relaxando em vosso ânimo.
(Mt 10:24; Gl 6:9)
Hebreus 12:4: Ainda não haveis resistido
até ao sangue, combatendo contra o pecado.
(Hb 10:32-34; 1 Co 10:13)
Os cinco benefícios da paternidade corretora: amor do
Pai, reconhecimento de adoção, confirmação pública,
vida eterna e participação na santidade de Deus
H ebreusl2:5:Jávos esquecestes da exortação
que vos é dirigida, como a filhos?
“Meu filho, não desprezes a correção do
Senhor, e nem te desanimes ao ser repreendido
por ele, (Pv3.-i 1, 12)
Hebreus 12:6: porque 0 Senhor disciplina
àquele que ama e castiga a todo 0 que reconhece
como filho”. (Ap3:19;Sl94:12;Tg 1:12)
Hebreus 12:7: E se sofreis esta disciplina,
Deus vos apresentará como seus filhos;
pois que benefício há para aquele filho que
o pai não corrige? ms-.s)
lZ:o HEBREUS 12:21
Hebreus 12:8: Mas, se estais isentos da
correção, da qual todos são feitos participantes,
então não sois filhos, mas bastardos.
(lPe5:9)
Hebreus 12:9: Além disso, tivemos os
nossos pais terrenos, que nos corrigiam
e nós os reverenciávamos; e por que não
obedecemos, muito mais, ao Pai dos espíritos,
para que tenhamos vida? (Lc i8:2;Nm
16:22; Is 38:16)
Hebreus 12:10: Pois aqueles, por um
pouco tempo, nos corrigiam como bem
entendiam; mas Deus nos corrige para o
que for proveitoso, fazendo-nos participantes
da sua santidade. (2Pe i:4)
Hebreus 12:11: No presente,^toda correção
aplicada não parece ser motivo de
gozo, mas de tristeza; porém, mais tarde,
produz, através daqueles que foram por ela
adestrados, fruto de paz e de justiça. (ipe i:6;
Tg3:17,18j
Mãos, joelhos e pés: atitudes de confirmação em santidade
Hebreus 12:12: Por isso, tornai a levantar
as vossas mãos já debilitadas, e os vossos
joelhos paralisados pela fraqueza; (is35.-3)
Hebreus 12:13: e fazei caminhos retos
para os vossos pés, para que o claudicante
não se desconjunte ainda mais, porém seja
curado. (Pv4:26;Gl6:l)
Não haja entre vós: no caminho, e no convívio...
vigiai a raiz de amargura
Hebreus 12:14: Procurai seguir a paz com
todos, e a santificação, sem a qual ninguém
verá OSenhor. (1 Ts4:3;Rm 14:19;6:22;Mt5:8)
Hebreus 12:15: Vigiai, para que ninguém
esteja privado da graça de Deus, e que nenhuma
raiz amarga, crescendo, vos perturbe,
e, por meio dela, muitos venham a ser
contaminados. (Gl5:4;Dt29:18;Hb3:12)
As cinco características de um apóstata.
A apostasia é o desprezo das coisas eternas com
a falta de oportunidade de arrependimento
Hebreus 12:16: Que não haja, entre
vós, nenhum fornicário, ou profano,
911
como Esaú, que por um prato de manjar,
vendeu o seu direito de primogenitura.
(Gn 25:29-33,34)
Hebreus 12:17: Porque vós sabeis que
ele depois desejou herdar a bênção, mas foi
rejeitado, porque não encontrou ocasião
de arrependimento, apesar de ter implorado
com lágrimas. (Gn27.-3o-4oi
Os dois montes: o da lei e o da graça. Sinai e Sião celestial
(1)0 monte da lei (Êx 19:12-19; 20:18; 24:17;
Dt 5:22-26; Rm 8:15). Moisés está lembrando o dia
emqueDeus transformou o monte Sinai em um grande
Tabemáculo, onde o átrio era um dia de espera, o lugar
santo eram dois dias e o lugar santíssimo eram três dias de
espera; quando somente no terceiro dia o povo deveria
avançar e subir no monte para ser consagrado em uma
nação sacerdotal, de acordo com o plano de Deus (Êx
19:5,6). Mas o povo, ao contemplar o fogo sobre o monte,
os trovões e o grande tremor, assombrado não quis subir;
então Moisés foi eleito pelo povo para subir em seu lugar.
A atitude do povo irou o Senhor (Êx 19:10-22). Agora,
Moisés está explicando que a igreja não está diante do
monte Sinai, mas diante do monte Sião celestial
Hebreus 12:18: Porque não haveis chegado
a um monte palpável, de fogo ardente,
de trevas, de obscuridade, de tempestade,
(Êx 19:12-22; Dt 4:11)
Hebreus 12:19: nem ao som do shofar,
nem à voz da Palavra, cujos ouvintes
rogaram que não se lhes falasse mais;
(Êx20:l 9; Dt 5:5)
Hebreus 12:20: porque eles não podiam
suportar o mandamento: “Se ainda um
animal tocar no monte, será apedrejado”, j
(Êx 19:12,13)
Hebreus 12:21: E o espetáculo era tão
terrível, que Moisés disse: “Estou apavo- ;
rado e tremendo”, (êxw.-ió)
2.0 monte da graça (Sl 48:2; 87:3; Hb 13:14;
Ap 21:2,9,10; 22:19). Quando o seu corpo foi colocado
na sepultura, a morte, covardemente, começou a rondar
a sepultura. Ela fez o seu exame, procurando, dos pés à
cabeça, uma evidência, uma mancha, uma marca. Seus
pés somente andaram na luz, suas mãos estavam aptas
para subir no monte do Senhor. Era puro de mãos e de
coração. Nunca entregou sua alma àleviandade. Seus
olhos estavam acostumados a contemplar a beleza do
Senhor no seu santuário. Seus ouvidos estavam sempre
prontos a ouvir e a obedecer aos mandamentos de seu
Pai celeste. Então, ela grita que ele não tem nenhuma
evidência de pecado em seu corpo. Nenhuma. Terá de
devolvê-lo. Não podia autorizar que a corrupção o tocasse! i
c n a M f l J L i c n a u a g u c n a u a j u c n a u a a i j c n a u o a o .
12:22 H e b r e u s 12:25
Teria que devolvê-lo. No laudo deveria ser dito: Morreu
por amor. Morreu inocente. Jamais vimos algo assim
entre os homens. Sua alma não poderia permanecer no
Hades, nem poderia ser detida. Ele havia cumprido a
lei e o seu prêmio era a ressurreição (Lv 18:5). Durante
todo o tempo, Jó esteve ali nas portas. Ele lembrava os
rápidos momentos em que Moisés esteve por ali, logo
depois de sua morte, antes de sua ressurreição, quando
ele havia dito que, no dia em que o Sumo sacerdote
morresse, eles poderiam voltar para casa (Nm 35.28). O
Sumo sacerdote havia morrido e, agora, somente havia
uma coisa a fazer: preparar-se para sair com os anjos e
inaugurar aNovaJerusalém. O lugar estava preparado
(Jo 14.1 -3). Ali, no Hades, os amigos aproximavam-se e
tinham mais interesse. Todos sabiam que iriam sair dali.
Os anjos chegavam em companhias. Era incrível o número
de anjos vestidos em trajes de gala. Era um apoteótico
translado do Hades à Novajerusalém. O corredor de anjos
era incomparável. Era uma espécie de arrebatamento.
Assim como a Igreja espera hoje o seu translado da terra à
Novajerusalém, a Igreja dos primogênitos, que estava no
Hades, também esperava o seu arrebatamento. Abraão
era o seu profeta. Ele explicava como era a cidade. Deus
não fica sem testemunho. Lembravam como Abraão havia
dito: “Vi a cidade sendo construída. É quadrada, tem doze
grandes círculos nos quatro lados. Não sei o que ia ser
posto ali, se as portas seriam ovais, mais ou menos as vi
assim. É, eu sei que era assim; vi perfeitamente quando
o Criador estava desenhando as portas com anjos. Hoje,
esse lugar é chamado pelo meu nome porque fui o único
que viu essa cidade ser construída. Todos os demais
creram por minha causa. É misericórdia de meu Deus.
Todos os mortos, justos ou ímpios, estão condenados a vir
para cá. Estão presos sob as cadeias da morte e somente
o Messias poderá rompê-las”. Falavam como crianças.
Era para nós que profetizavam da graça. Que maravilha
ter diante dos nossos olhos a revelação e seu significado!
Emociona-me o fato de saber que eles, como bebês, viviam
com antecipação os sofrimentos que hoje são traduzidos
em glória nestes dias da graça. Que seria deles se tivessem
a idéia de que o Hades estava sendo tipificado pela cidade
de refúgio e que, com a morte do sumo sacerdote, que
era Cristo, eles poderiam voltar para casa? Que seria
deles se soubessem que a casa era aNovaJerusalém
eterna? Que representaria para eles se soubessem,
ali no Hades, que Moisés e Elias haviam aparecido no
monte da transfiguração já com o corpo em glória? Que
significaria para eles o fato de Moisés ter sido considerado
um tipo daqueles que morreram e ressuscitariam em
Cristo? Um tipo da Igreja, contra quem as portas do Hades
não prevaleceriam? Que pareceria a cada um deles se
entendessem que Enoque e Elias seriam um tipo da
Igreja, que seria arrebatada em vida? Algum tipo deveria
ficar para tornar-se em base de sua fé. Mas eles indagavam
sobre isso e não obtinham resposta satisfatória. “ Que
profundidade das tuas sabedorias, Senhor! ” (1 Pe 1:10-12).
Enfim, eles sabiam que iriam sair dali. Havia chegado a hora.
Aluz resplandeceu nas trevas. Naregião da sombra e das
trevas nasceu a luz. Todos ficaram de pé e, a uma só voz, o
reconheceram. A unção conhece todas as coisas de Deus.
Não havia necessidade de que ninguém lhes ensinasse. A
unção, incrivelmente, os enchia. Naturalmente, eles foram
912
avisados que estaria ali. Jó foi um dos que lhes avisaram:
“Por fim, minha esperança descerá até os ferrolhos do
Hades? Eu sabia que o meu Redentorvivia eque,porfim,se
levantaria sobre a terra!”. Os anjos tinham invadido o Hades
e os transportaram para a Novajerusalém
Hebreus 12:22: Mas vós tendes chegado
ao monte Sião, e à Cidade do Deus vivo, à
Jerusalém Celestial, à companhia de miríades
e miríades de anjos, e à assembléia j
U n iv e rs a l (Fp 3:20; Gl 4:26)
Esta igreja dos primogênitos é formada por todos
aqueles que foram justificados mediante a fé, antes da
morte de Cristo. O espírito dos justos aperfeiçoados é
aquele espírito humano que recebeu em vida, na carne,
a habitação do Espírito Santo nele; isto é, o espírito
humano daquele que nasceu de novo durante a sua vida
na terra. Por causa da habitação do Espírito Santo no
homem, o seu espírito foi aperfeiçoado, o que não
ocorre com o espírito do ímpio
Hebreus 12:23: e igreja dos primogênitos
inscritos nos Céus, ao juiz e Deus de j
todos, e aos espíritos dos justos aperfei- j
çoados, (Lc 10:20;Fp3:12)
Na hora da morte e da entrada de Cristo no
Tabemáculo celestial, os sepulcros se abriram e
muitos dos santos que haviam morrido se levantaram.
Era o grupo dos primogênitos da fé que creram no
Cordeiro Imolado desde a fundação do mundo, o
mesmo que, simbolicamente, vestiu Adão e Eva.
Não saíram dos sepulcros, mas ficaram ali esperando
a hora da ressurreição. Faziam parte da igreja dos
primogênitos, e eram parte das primícias, com o corpo
de Cristo. Uma pessoa ressurreta recebe a capacidade
de ver os'dois mundos, o espiritual e o físico. Eles
foram testemunhas de todo aquele acontecimento.
O mais interessante de tudo isso é que eles foram
arrancados do Hades na hora da morte de Jesus. No
desaparecimento deles dali, cumpriu-se a profecia de
que os refugiados do Hades somente ficariam lá até a
morte do sumo sacerdote! (Nm 35.28)
Hebreus 12:24: e a Jesus, o Mediador da
Nova Aliança, e ao sangue da aspersão, que :
fala melhor do que o de Abel. (Hbs.-ó,- 1 Tm2:s; |
Gn 4:10; Hb 11:4)
A diferença entre Moisés e Cristo
Hebreus 12:25: Tende cuidado de não
recusar ouvir ao que vos fala. Porque, se i
aqueles não escaparam do castigo, quando
recusaram ouvir ao que lhes admoestava
na terra, muito menos escaparemos nós, se
nos desviarmos daquele que nos admoesta
dos Céus, (Hb2:2,3;8:5; 11:7)
1Z:Z0 H e b r e u s 12:26
Como será a mudança do novo céu e da nova terra? Na
ocasião de sua morte, Jesus estava na dimensão das
regiões celestes, porque havia sido levantado na cruz. Foi
neste cenário que a sua alma foi saindo lentamente para
uma grande missão sacerdotal e depois para a sua grande
batalha contra os principados e potestades ali mesmo, no
cenário da crucificação. De volta do Tabemáculo
celestial, a sua alma estava ferida pela espada flamejante
do Éden. Estava ferida (Gn 3:24; Lc 2:35). Senüa-se livre,
enfim! Sua missão estava cumprida. Já no cenário do
Calvário começaram aparecer os mais terríveis
demônios trazendo correntes e vestidos de guerra.
Vinham com ordem de levá-lo preso. Entre eles, a morte.
Ele olhou para o seu corpo. Sabia que não podia chorar.
Estava fora dele. E, quando os algozes do Hades
chegaram, começou a sentir algo entre a alegria e o medo;
mas, agora, a alegria vencia o medo. Tentava saltar dos
bois de Basã, fortes demônios com caras de cães bravos
que vinham sobre ele. Ele foi atacado. Estava livre, mas
fraco (Sl 22). Como feras aproximavam-se, com dentes
de leões e caudas de escorpiões. Vinham cheios de fúria
no meio das trevas. Era um barulho ensurdecedor. Então
houve uma luta apoteótica (Cl 2:14-15). Os demônios
com cordas de morte o cercaram, e torrentes de perdição
tentaram amedrontá-lo, pois davam voltas e riam, e ele
apenas resistia e cambaleava, pois quis saltar, mas o seu
calcanhar estava ferido. No seu lado direito, uma espada
espiritual que não saía (Lc2:35). Lutava com ela. Ela
esteve guardando o Éden, e agora, o havia traspassado.
Era a espada do Éden, da qual havia profetizado Simeão.
Os anjos de longe gritavam (Lc2:35; Sl 22:20). O véu do
templo foi rasgado. O caminho do Éden estava livre.
Nesse instante, com grande medo, os demônios do
Hades vieram para atá-lo; laços de morte o
surpreenderam. No meio daquela cena, em meio a
grande angústia, a sua alma invocou ao Senhor e clamou a
Deus.Jáforado seu corpo: “Deus meu! Deus meu!” Sem
testemunha, ninguém parecia escutá-lo! Lá em cima, o
Pai, que virara o rosto para não ver tamanha humilhação,
levanta-se. Aquela hora crucial fez o Céu parar. Os anjos
entreolhavam-se e perguntavam entre si, “até quando,
Senhor?” Foi então que do seu templo o Pai ouviu a sua
voz; o clamor da alma do Filho chegou aos seus ouvidos.
O pai começou a mover-se. Então, deu ordens aos anjos.
Mas eles, atordoados, demoram-se. Os anjos estavam
surpresos. O Pai bradou a sua voz e raios relâmpagos se
fizeram ouvir. Os anjos tomaram nota e saíram. Chegara a
hora final. “Então a terra se abalou e tremeu, e os
fundamentos dos montes também se moveram e se
abalaram, porquanto o Pai estava indignado”. O Ancião
de Dias chama os querubins e pede que o trono se mova
rapidamente em direção à Terra. As rodas começaram a
mover-se. Os querubins se preparavam. Mas no meio
daquela apoteose, percebeu que estava ficando tarde
demais. Nunca os anjos haviam visto o Pai tão aborrecido
e irado. “Das suas narinas subia fumaça, e da sua boca
saiu fogo devorador; dele saíram brasas ardentes. Então
acenou com as mãos, e os anjos esperavam que subisse
no trono móvel. Mas ele decidiu montar num querubim
(pois eram quatro), e voou; voou sobre as asas do vento.
Ele abaixou os céus e desceu; trevas espessas havia
debaixo de seus pés”. Ele queria que tudo fosse um
913
segredo. Ele estava vendo o que simultaneamente
acontecia no Calvário. Exigiu que tudo acontecesse ali
nas trevas do Calvário, era o seu retiro secreto; como uma
cobertura invisível, mas sólida, no mundo espiritual, ele
montou um pavilhão que o cercava, era a escuridão das
águas e as espessas nuvens do céu. Quando ele chegou,
os demônios riam e chacoalhavam a cruz, blasfemavam
rondando a sua alma recém-saída do corpo. Criam que
iriam prendê-lo no Hades, para sempre. Foi neste
momento que chegou o Ancião de Dias, o mesmo a quem
hoje chamamos de Pai. “Do resplendor da sua presença
saíram, pelas suas espessas nuvens, saraiva e brasas de
fogo. O Senhor trovejou a sua voz; e havia saraiva e brasas
de fogo. Da sua boca saíram setas, e as espalhou;
multiplicou raios, e os perturbou”. Os demônios o
reconheceram elembraramdesuafúrianodiadaqueda
do grande Luzeiro. Com a sua chegada nas asas do vento,
foram vistos os leitos das águas, e foram descobertos os
fundamentos do mundo, e os demônios foram tomados
de surpresa. Eles não esperavam por isso, e ouviram a
repreensão do Senhor, e testemunharam o sopro do
vento das suas narinas. Ali, num refúgio do monte, no
ermo do mundo espiritual do Calvário, trêmulo e frágil de
tanto sofrimento psicológico e espiritual, a alma de Jesus
cambaleava, enquanto alguns demônios aproveitavam
para atormentá-lo. Quando o Pai chegou, depois de
limpar a área com a sua presença lançando setas de fogo,
do alto, estendeu o seu braço e tomou o Filho, tirando-o
do meio deles. Ali, como uma entrada no mundo
espiritual, as Regiões Celestes estavam sendo tomadas
de vez. Era conhecida como monte de Basã, onde os anjos
caídos farreavam. Eles transformavam-se em cães, bois,
leões, hienas. O Pai veio tomar de volta o que lhe
pertencia. Enquanto isso, Satanás, assustado, quis retirarse
dali. O Ancião de Dias livrou o Cordeiro do inimigo
forte e daqueles que o odiavam; pois eram mais
poderosos do que ele naquelas circunstâncias antes de
sua ressurreição e glorificação. Quando o Ancião de Dias
o toma, estava morto como homem. O seu calcanhar
havia sido ferido pela Serpente quando os guardas
prendiam os seus pés na cruz. Sua alma estava triste e se
sentia muito abatida. Havia sofrido muito. O Ancião de
Dias toma aquela alma divina do Filho, olha ao seu lado e
se fixa na espada do Éden que havia sido encravada nele.
Com grande força ele a arranca, a alma do Filho se choca
com a natureza espiritual, o lugar treme e a espada foi
arrancada. Assim, cura-o e o abraça, fortalece-o e o leva
para um lugar espaçoso; livra-o, porque tinha prazer nele,
depois regressa (Salmos 18:11 -18). O segundo Adão
começa a vislumbrar a sua esposa, a igreja. O vento
passou, quando já fortalecida, chegam os anjos de Deus.
O Pai ordena que salte! Ele salta. De cima do lugar forte,
sente os artelhos: eles se firmaram. Seu corpo foi curado
e cicatrizado, mas ninguém percebeu; quando
ressuscitar, sentirá a diferença. Ele se alegra. Olha para os
lados! Seus olhos de fogo, por minutos, querem regressar,
e o fogo cintila e se esvai. Ainda não era a hora da
glorificação. Preparava-se. Havia algo a fazer antes.
Chegam os anjos. O Pai se assenta no querubim e espera.
Entreolham-se, e o Pai conhece o coração do Filho. Vai à
luta, ó Vingador! Enquanto percorre os olhos no Monte
de Basã, as regiões celestes, onde escolheu por sua
12:26 H e b r e u s 13:1
habitação. Os anjos ainda o chamam “Capitão” (Js
5:13-15). Mas ele é surpreendido com a chegada dos
anjos. Mesmo assim, os anjos assistentes não entendiam
bem quem ele era, pois nunca o haviam visto assim. Para
eles ainda era um mistério a história de que Deus tinha
um Filho. Suas mãos seguravam peças de armadura.
Vestiu-se. O vento soprava forte e os anjos vigiavam tudo.
Imediatamente ele termina de vestir-se, e todos os anjos
se lembram dele. Assustam-se, entreolham-se com
aquela mirada que parece lembrar cenas nos dias da
Dispensação do Mistério. Em frações de tempo começam
arecordar. Estava igual como antes (Js 5:13-14). Do seu
peito saía uma luz. Glória era vista sobre a sua cabeça.
Levantou os braços e gritou. O rugir do leão dejudá se
deu a conhecer. Encheu-se de valor. O rugido do leão se
ouve em toda região celestial, e um vento forte sopra na
escuridão espiritual. Sabia para onde ir, para o Hades,
para baixo se dirigia. Ninguém via nada, tudo acontecia
do outro lado, no mundo espiritual. Mas havia algumas
coisas a fazer. Sua alma transportava-se diferentemente
da maneira como se moviam os demônios, aqueles
terríveis espíritos malignos. Alguns tinham limites de
atuação e não podiam ir longe. Na terra tudo estava
negro. Agora os acontecimentos se davam em outra
dimensão. Ele, resplandecente, revestido de glória, ao
passar, lançava os demônios pelo ar, os quais se chocavam
nos seus limites espirituais, como barras de diamantes
invisíveis que não os deixavam passar. Ele olhava
firmemente os principados. Os principados foram os
primeiros a ser feridos (Cl 2:15). Ele começou a perseguir
os seus inimigos e os alcançou. Aos seus pés começaram
a cair. Chegaram a pedir ajuda ao Ancião de Dias, mas ele
não os atendeu (Sl 18:41). Golpeava-os com força, os
transtornava. Os anjos se alegravam, cantavam e
exaltavam ao Todo-Poderoso. Era uma apoteose
particular e angelical
Hebreus 12:26: cuja voz estremeceu a
terra e, agora, faz esta promessa: “Ainda
uma vez mais, estremecerei não só a terra,
mas também o Céu”. /Ag2:ó;Êxi9:i8y
Vestido de sumo sacerdote, saiu com todos os santos
e foram para a cidade. Reuniram-se perto do monte
das Oliveiras e se preparam para sertransportados. As
milícias os escoltavam. Subiram como mergulhadores
que voltam em direção à luz da superfície, em dia de
sol bem claro. Anjos batedores abriam, em forma de
corredor quase interminável, o caminho para que eles
passassem. Lá em cima, a cidade celestial irradiava
luz pelas portas de pérola. Ali, já estavam os espíritos
dos justos aperfeiçoados. Tanto o espírito dos justos
como o espírito dos ímpios são devolvidos a Deus, na
hora da morte. O espírito dos ímpios fica guardado até
o julgamento do trono branco, como livros que contêm
toda informação de sua vida (Sl 139.16). Agora, aigreja
dos primogênitos (Hb 12.22-24) iria entrar na cidade de
Deus. A Igreja dos primogênitos era composta de todos
os justos que saíram do Hades com Jesus em dois grupos
e, agora, transportados por ele, entrariam na cidade.
A cidade se preparou para eles. As portas de pérola se
abrem para cima, como bolas que se levantavam. Do
914
lado de fora e de dentro era entoado um único hino: o
Salmo 24, que diz: “Levantai-vos, ó portas,as vossas
cabeças; levantai, ó entradas eternas, e entrará o Rei da
glória”. Ele entrou à frente, pelas portas, e, também,
alguns ressurretos. Os demais se viram transportados
e apareceram de pé em cima do mar de cristal, em
outra dimensão e, desde aquela época, esperariam o
rapto da Igreja para voltar aos seus corpos. O diferente
destino de ambos os grupos é por causa da ressurreição.
Quem não está vestido do corpo não pode estar na
dispensação do “é” da eternidade (2Co 5.1 -5; Ap 1.8).
Para os transportados sem corpo ressurreto, que se
levantaram com ele, na ocasião da sua morte, ainda não
era a hora de entrarem na cidade pelas portas. Este é
um direito dos ressuscitados. Há pouco, na eternidade,
o Pai havia mudadoparaa cidade e o seu trono havia
sido estabelecido na Novajerusalém. O Espírito Santo,
que esteve trabalhando no meio dos querubins todo o
tempo do Antigo Testamento, estava ali. Os anjos, que
trabalhavam temporariamente na Novajerusalém,
começaram a se mover para receber o sumo sacerdote.
O trono estava acostumado com os querubins e o Espírito
Santo. O Espirito esteve nas rodas do trono (Ez 1:19-21).
Ali, ensinou os querubins sobre a adoração, um movimento
diante do trono. Até a encarnação de Cristo, sua obra foi
concentrada temporariamente na vida dos profetas.
Depois da encarnação de Cristo, o Espírito Santo passou
a se ocupar plenamente com o ministério de Cristo. Sua
obra foi até o Calvário, enquanto foi entregue ao Pai e
voltou ao trono. Passaram poucos minutos
Hebreus 12:27: E esta expressão: “uma
vez mais ”, indica a remoção das coisas mó- ;
veis, tais como as coisas criadas; isto ocorrerá
para que as coisas inabaláveis tomem o ;
seu lugar, e permaneçam, a co7:3i;2Pe3:io)
A necessidade de cultuarmos
Hebreus 12:28: E porque temos recebido
um Reino inabalável, demonstremos gratidão,
prestando a Deus um culto aceitável
com temor e reverência; /Dn2:44;m i3-.i5)
Hebreus 12:29: porque o nosso Deus é
fOgO COnSUmidOr. (Dt4:24; 9:3)
Hebreus, capítulo treze (13)
A prática do amor comunitário, e o grande amor
exclusivo e imaculado do matrimônio. Nos dias do fim, o
amor fraternal será substituído pela ganância, mas ainda
há esperança no corpo de Cristo
Hebreus 13:1: Permaneça o amor fraternal.
(Rm 12:10; 1 Ts4:9; 1 Pe 1:22)
A hospitalidade é o primeiro ato da humanidade, desde
que o homem nasce até ao seu sepultamento; pois o
homem sempre necessitará da hospitalidade, pois
todos os homens são estrangeiros e peregrinos neste
mundo. É a grande virtude de acomodar as pessoas,
13:2 H e b r e u s 13:9
semelhante a quem semeia uma semente, certo de que
haverá uma colheita. O Céu é o Reino hospitaleiro que
convida os benditos que souberam ser hospitaleiros
na terra (1 Pe 4:9). Quem aprende ser hospitaleiro
não teme a misérianem a pobreza. Na hospitalidade
nasceram todas as virtudes, e infeliz é o homem que
não sabe dedicar um dia para receber um peregrino. O
homem hospitaleiro se revela como aquele que nasceu
com o coração de Deus. O homem é mortal quando vive
só, e imortal quando é hospitaleiro. A hospitalidade
é a virtude dos pais, mas a generosidade é o fruto que
manifestar-se-á nos filhos. Não há hospitalidade sem
o amor fraterno do verso um. Quando Deus quer
saber a qualidade da hospitalidade de um de seus
servos, ele envia primeiramente os anjos. Na verdade,
o hospitaleiro teve grandes experiências com a
humanidade, e através de suas experiências sabe que,
geralmente, o homem hospitaleiro morre em casa
Hebreus 13:2: Não vos esqueçais da
hospitalidade, pois isto foi ocultado de
alguns, os quais hospedaram anjos, não o
sabendo. (Rml2:13;lPe4:9;Gnl8:3} '
Quandojesus teve fome? Quando clamava por justiça
nos fóruns, pela boca dos injustiçados diante dos juizes
corruptos. Quandojesus teve sede?Nacruz. Quando
oferecia asuaprópria vida em favor dos homens e estes
lhe davam fel a beber, rejeitando a sua vida. Quandojesus
esteve nu? Quando enriquecia os homens, depositando
a sua riqueza nos seus bolsos, crendo que eles fariam
beneficência para a sua glória (2 Co 9:9-13), mas eles
continuavam a sua corrida avarenta, sem considerar que
nada, verdadeiramente, lhes pertencia. Ele esteve nu na
cruz e os homens disputaram as suas roupas. Quando
Jesus foi um estrangeiro? Quando queria entrar nas
nações para introduzir a sua Palavra, mas a sua entrada
e a sua permanência lhe eram negadas. Quando esteve
preso? Quando, por motivos injustos, era encarcerado no
justo; e quando, depois de vários anos após a sua pena ser
paga, o prisioneiro era libertado sob ameaças. Ele mora
neste tempo de graça em asilos, em prisões, em frente às
embaixadas, nos orfanatos, nos hospitais e nas portas das
mansões e nas encruzilhadas. Ali, os homens mostram
quem verdadeiramente são
Hebreus 13:3: Lembrai-vos dos presos,
como se estivésseis presos com eles, e dos
aflitos, como se fósseis vós mesmos em carne
e OSSO. IMt25:36;Cl4:18)
A prática do amor exclusivo. O casamento será uma das
instituições mais atacadas nos dias do fim. Os homens
perversos tentarão tirar a autoridade dos pais, tocarão
nas formas honestas de disciplina, destruindo as
gerações vindouras. O casamento será vituperado nas
novelas, servirá de escárnio nos teatros e nos meios de
comunicação. Os homens perversos pagarão para que
a perversidade pouco a pouco seja aceita pelos meios
de comunicação, e os seus parceiros políticos serão
infiltrados nos poderes das nações para legalizar o mal e
rejeitar o bem. O processo da destruição do casamento
915
começa na destituição dos pais da vida disciplinar
dos filhos, e isto acontece quando os pais já não são
considerados os tutores de seus próprios filhos, os quais
caem nas mãos de professores humanistas e libertinos,
inimigos de Deus. Na destruição do matrimônio entre
homem e mulher, uma sociedade entra para o estágio da
destruição silenciosa, como acontece agora, na Europa.
O leito nupcial tem sido atacado por espíritos malignos
de prostituição, como nos dias das pragas do Egito (Êx
8:3). Quando estes espíritos estão no leito, o imaculado
passa a ser apenas lembrança. Raposas e rãs fazem mal ao
matrimônio. Todos os leitos manchados serão destruídos e
todos aqueles que o mancham serão julgados por Deus. Os
filhos de Eli ainda estão ministrando no Tabemáculo, e se
aproveitam de sua fama para fomicar com as mulheres (1
Sm 2:12-22), e transformam o seu leito imaculado em um
ninhodedemônios.O matrimônio é a carta aberta diante
da sociedade; o matrimônio está sempre sendo vistoriado
pelo mestre-sala, isto é, o mundo tem o poder de provar
o bom vinho do amor que não falta no santo matrimônio,
onde, antes de tudo, tem o seu leito imaculado
Hebreus 13:4: Honorável seja o matrimônio
entre todos, e imaculado seja o leito
nupcial, pois Deus julgará os impuros e os
adÚlterOS. ll Co6:9;Ap22:15J
A prática da libertação do amor ao dinheiro
Hebreus 13:5: Vivei desinteressados
pela avareza, contentando-vos com o que
possuis no presente; pois ele próprio disse:
“Não te deixarei nem te abandonarei”.
(Dt31:6,8;Js l:5;Fp4:ll)
Hebreus 13:6: Assim, digamos, confiantemente:
“O Senhor é para mim o meu
Ajudador e não temerei; o que me poderá
fazer 0 homem? ” (S156:4; 118:6;ls31:6)
A prática do amor para com os pais espirituais
Hebreus 13:7: Lembrai-vos dos vossos pastores,
aqueles que vos pregavam a Palavra
de Deus; e a fé dos tais imitai, considerando
a sua maneira de viver. iHb6.-i2/
A maior razão do amor
Hebreus 13:8: Jesus Cristo é o mesmo,
ontem, hoje e para todo o sempre, im ui2)
O amor à doutrina
Hebreus 13:9: Não vos deixeis enredar
por diversas e estranhas doutrinas; porque
é bom que o coração seja afirmado na graça;
não em alimentos, que jamais trouxeram
algum proveito aos que insistem em ocuparse
deles. (Ef4:14; C12:7,16)
13:10 H e b r e u s 13:12
A mesa do Senhor é o altar da igreja, e os sacerdotes
levitas não têm o direito de comer dela
Hebreus 13:10: Nós temos um altar do
qual, aqueles que servem no Tabemáculo,
não têm o direito de comer. [i co Q:i3; io.-is)
Hebreus 13:11: Porque os corpos dos
animais, cujo sangue é levado pelo sumo
sacerdote, como oferta pelo pecado, ao
Lugar Santíssimo, para a expiação dos
pecados, são queimados fora do arraial.
(Êx29:14;Lv 16:27)
Asantificação efetuada por Cristo, através de seu sangue.
Ao sofrer fora da porta, no Calvário, ele consumou a sua
obra perfeita em nosso favor, depositando o seu sangue
diante do trono, para a nossa santificação, com o fim de
garantir a nossa permanência na terra (Jo 17:15-19) O
altar fora da porta: Êx29:10: “Então apresentará o novilho
diante do Tabemáculo do Testemunho, e Arão e seus filhos
porão as suas mãos sobre a cabeça do novilho”. Observe
que somente as gorduras foram queimadas no altar de
sacrifícios, o restante foi queimado em um altar fora do
acampamento. Cristo foi imolado naporta do Tabemáculo,
mas como holocausto foi queimado fora da porta -no
lugar chamado Caveira (Hb 13:10-14). Êxodo 29:11: “E
degolarás o novilho diante do Senhorjeová, na porta do
Tabemáculo do Testemunho ”. Observe que as gorduras
foram queimadas no altar de holocausto, e o sangue foi
derramado em volta do altar, mas a carne, os excrementos
(que representam os nossos pecados), o seu couro (o corpo
da encarnação) foram queimados fora do acampamento.
O altar que queima a gordura erecebeosangue eqüivale
àquilo que Deus recebeu do sacrifício pessoal de seu Filho
em favor do homem: A gordura e o sangue. Mas a carne,
o couro e os excrementos representam aquilo que Deus
retirou para sempre da sua presença para ser queimado
fora da porta do Tabemáculo do Testemunho, longe da
sua presença. Havia dois altares - um para a gordura e o
sangue, e o outro para exterminação do poder do pecado:
Levítico 8:16: “E Moisés tomou toda a gordura que estava
sobre as entranhas dos intestinos, o redenho que estava
sobre o fígado, os dois rins e a gordura que os circundava,
e os queimou sobre o altar”. Um tipo do sacrifício único de
Cristo, envolvendo dois altares, um celestial e um terreno;
dois templos, um celestial e um terreno. No terreno
exterminou o poder do pecado que corrompia a carne da
humanidade condenada; no celestial, depositou o preço
desta redenção, onde entregou o seu Espírito (a gordura)
e o seu sangue (tipo da sua vida derramada) para cumprir
a obra da redenção do homem. O novilho é começo do
tratamento de Deus com o sacerdote. Antes de beneficiar o
povo, a quem o sacerdote ministra, Deus purifica primeiro
os seus ministros. Por isso, a responsabilidade que lhe
foi dada será de acordo com os benefícios que recebe. O
sacerdote tem que apresentar o seu novilho particular
antes de ministrar coletivamente. Ao colocar as suas mãos
sobre o novilho está transferindo a culpa, dele primeiro, e
depois do povo: Levítico 8:17: “ E tomou também o novilho
com o seu couro, a sua carne e o seu excremento, e o
queimou em fogo fora do acampamento, tal como o Senhor
Jeová havia ordenado aMoisés”.
Hebreus 13:12: Por isso, também Jesus,
para santificar o povo com o seu próprio
sangue, sofreu fora da porta da Cidade, j
[Jo 17:19; 19:17/
O altar de holocausto. Na cruz, as potestades foram
interrogadas aos trancos (Cl 2:15). O Senhor dos
Exércitos os tomou pelos braços etemos e os levantou
pela mão direita e os lançou por terra. Procurava por
Satanás. Mas o Senhor sabia onde ele estava. Estava
perto, cercado de seus principados. O corpo de Judas já
estava ali, jogado ao chão. Ele se escondia com os seus
demônios. Disfarçava o seu medo e escarnecia com
eles. Logo foi encontrado. Jesus chegou. A radiação de
luz que emanava de Cristo era maravilhosa. Deixava
marcas no espaço por onde ia passando. Quando o
Senhor se aproximou, Satanás não pôde triunfar frente
ao poder da luz que dele saía. Satanás, com aquela cara
caveirosa, cabeluda e ferida (Sl 68:21), lançou-se sobre
ele, e os dois se digladiaram por momentos. Blasfemava,
mas o Capitão dizia: “Pergunta se sou Rei! Mostra-me
os teus reinos roubados”. Em seguida, lança Satanás
por terra. Em suas mãos, mostra-lhe o sangue inocente.
Satanás cobre o rosto com as duas mãos. Esse foi o grande
momento. Ali, por instantes, começaram a passar em sua
mente os episódios que, durante todo o tempo, a antiga
Profecia relacionava àquele momento de redenção: os
vasos de barro onde Jeremias guardou as Escrituras.
Os gritos de Abel, o primeiro a morrer sob as mãos de
Caim, que ruiu sob a tentação do Luzeiro e, com medo
da Semente da mulher, incitou o malvado a tombar
sob a morte o seu irmão. Mas nunca pôde imaginar
queoseusanguenão podia ser calado. Satanás virava
o rosto, para não ver as marcas de sangue que estavam
nas pedtas, de onde saía, como um cheiro, uma voz,
a voz do sangue de Abel. As imagens eram gloriosas.
Os sacerdotes, em diversos tempos, com roupas que
qualificavam as suas épocas, todos falavam a mesma
coisa: “Sem derramamento de sangue não há remissão
de pecados”. As cenas passavam sobre a tela de sua
mente. Os cordeiros berrando, enquanto os homens
se banqueteavam. Os cordeiros morriam. A cena dos
sacerdotes, que os imolavam. Satanás arrastava-se aos
gritos e pedia que ele parasse. Mas elas continuavam: O
sangue era colocado no propiciatório. Foram imagens
chocantes, até a cruz, a cuspida no rosto do Cordeiro.
As cenas dos homens que zombavam. Tudo em poucos
instantes. Satanás avança em direção e salta. Ele recolhe I
seu braço Salvador e o deixa passar, cheio de ódio. E, com :
o seu poderoso braço forte, levanta-o e lança-o ao solo.
Então, ele não suporta e cai, se desbarata, se arrasta, se
transforma em serpente por segundos e, por outros, se
manifesta como um dragão e solta fogo pela boca, mas
o escudo do Capitão o livra. Sua cauda lança o último
golpe, ele sobe acima dos seus ataques e o prende sob
os seus pés curados. Satanás se assusta com a cicatriz de
seu calcanhar e seus olhos se desprendem. O medo e o
pavor tomam conta dos principados e potestades, que
iam caindo à medida que a luz gloriosa de Cristo irradiava
13:13 H e b r e u s 13:Z5
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sobre o lugar por onde ele passava. Os demônios saíram
de perto do corpo dejudas e Satanás, cabisbaixo,
levitando, começou a dizer: “Que tenho eu contigo,
ó Filho do Altíssimo?” Mas aquela era a sua desculpa.
Este é o seu tempo. Mas a cruz estava ali, enterrada na
grande Caveira. Ele esperava por este momento há trinta
e três anos. Ele não podia tocá-lo, porque o seu corpo
humano o limitava. Mas, agora, estava fora dele. Estavam
cara a cara. Foi uma batalha dura. A cada golpe, Cristo
adentrava no interior da terra e voltava. O Hades tremia.
A região da sombra e da morte passava maus momentos
lá embaixo. As cadeias de morte se romperam e os
demônios do Hades corriam para recuperar a segurança.
Era tarde. Muitos dos santos desapareceram dali e
permaneceram nos sepulcros. Em seguida, Jesus pisou
a cabeça de Satanás, deixando-o rendido no chão. Os
principados e potestades que ali lutavam se renderam,
puseram as mãos na cabeça e fecharam os olhos. Os
demônios se escondiam por trás das nuvens negras. Mas
raios de luz os revelavam. Eram os últimos minutos de
Satanás como carcereiro do Hades. Agora, o controle
passaria às mãos de Cristo. Até que um governador das
regiões chegou com as chaves. Lá em baixo, no lado
inferior esquerdo, se podia ver, ao longe, â cena do
Calvário, mas não muito longe. Quando ele gritou: “A
dívida está paga”, os anjos vieram para comemorar. O Pai
se ausentou no querubim e avisou que o esperaria lá, e
apontou para a Novajerusalém. De peito erguido, ele saiu
de volta, muito bem acompanhado. Na cruz, estava o seu
corpo pendurado e, longe dali, José de Arimatéia estava
discutindo com Pilatos a respeito do seu sepultamento.
A morte estava por perto, rondando, para fazer a perícia.
Precisava dar o seu laudo. Ela foi vista de longe. O Senhor
olhou para o seu corpo e baixou a cabeça, tentando
respirar. Sentiu falta do corpo. Levantou o Escrito de
Dívida sobre a sua cabeça. Um anjo trouxe uma espada e
a cravou sobre o escrito na cruz!
Hebreus 13:13: Portanto, saiamos ao seu
encontro, fora do acampamento, levando
o seuvitupério. im u .-26)
Hebreus 13:14: Porque não temos aqui
cidade permanente, mas procuramos a Cidade
vindoura. (Fp3:20;Hb 10:34; 12:22)
Hebreus 13:15: Portanto, devemos sempre
oferecer a Deus, por ele, um sacrifício de
louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam
0 seu N ome. (1 Pe2:5;Is57:9; Os 14:2)
A oferta de sacrifício
Hebreus 13:16: Não vos esqueçais da beneficência
e de compartilhar com os outros
o que tiverdes, porque com tais sacrifícios
Deus se agrada.
Obediência, prova de amor que não gera queixa
Hebreus 13:17: Obedecei a vossos pastores
e submetei-vos a eles, pois eles velam
por vossas almas, e são os que prestarão
contas delas diante de Deus. Obedeceilhes,
para que possam cumprir a sua tarefa
com alegria e não com gemidos, porque a
queixa deles não vos traria qualquer proveito.
(Is 62:6; At20:28)
Amor missionário
Hebreus 13:18: Orai por nós, pois estamos
convencidos de uma boa consciência, e queremos
continuar comportando-nos honradamente
em tudO. (At23:l; 1 Ts5:25;At24:16)
Hebreus 13:19: E vos exorto, com maior
insistência, que façais isto, para que eu vos
seja restituído prontamente. (Fm 22)
A bênção e a exaltação final
Hebreus 13:20: E 0 Deus da paz, que ressuscitou
dentre os mortos 0 Grande Pastor
das ovelhas, 0 nosso Senhor Jesus, pelo sangue
do Testamento Eterno, (Rm i5:33;zc9:ii)
Hebreus 13:21: vos aperfeiçoe em toda
a boa obra, para que façais a sua vontade.
E que realize em vós 0 que é agradável
diante dele, por meio de Jesus Cristo, a
quem seja a glória para todo 0 sempre.
Amém. (lPe5:10;Fp2:13)
A exortação aos irmãos de sangue, os hebreus
Hebreus 13:22: Rogo-vos, irmãos, que suporteis
com paciência esta palavra de exortação;
e foi por isso que vos escrevi brevemente.
A importância do cordão de duas dobras
Hebreus 13:23: Sabei que 0 nosso irmão
Timóteo foi posto em liberdade. Se
ele vier depressa, certamente, com ele,
irei vê-los. n Ts3.-2; i mó.-12)
A honra à liderança internacional e aos seus liderados
Hebreus 13:24: Saudai a todos os vossos
líderes e a todos os santos. Os irmãos
da Itália vos saúdam, (m 13.-7)
A graça eclesiástica
Hebreus 13:25: A graça seja com todos
VÓS. A m é m . (C14:18; Tt3:15)
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