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modelo de planejamento e controle da produção - Abepro

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XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO<br />

A integração <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ias produtivas com a abor<strong>da</strong>gem <strong>da</strong> manufatura sustentável.<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2008<br />

UM MODELO DE PLANEJAMENTO E<br />

CONTROLE DA PRODUÇÃO EM UMA<br />

EMPRESA DE MINERAÇÃO EM SANTA<br />

CATARINA<br />

andréa cristina trierweiller (UFSC)<br />

andreatri@gmail.com<br />

Beatriz Marcon<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Azevedo (UFSC)<br />

biabizzy@uniplac.net<br />

Roberto luis <strong>de</strong> Figueiredo dos Santos Júnior (UFSC)<br />

figueiredo@back.com.br<br />

Wal<strong>de</strong>mar Pacheco Júnior (UFSC)<br />

wallpj@pop.com.br<br />

Lizandra <strong>da</strong> Silva Silveira (UFSC)<br />

lizandrafisio@yahoo.com.br<br />

O Planejamento e Controle <strong>da</strong> Produção (PCP) po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido<br />

como a coor<strong>de</strong>nação dos <strong>de</strong>partamentos <strong>de</strong> uma organização com foco<br />

voltado ao atendimento <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s ou programação <strong>da</strong><br />

<strong>produção</strong>, <strong>de</strong> modo que as mesmas sejam atendi<strong>da</strong>s noss prazos e<br />

quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s exigi<strong>da</strong>s. Sob essa perspectiva, o presente artigo tem como<br />

objetivo a elaboração <strong>de</strong> um Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Planejamento e Controle <strong>da</strong><br />

Produção para que os conceitos básicos <strong>da</strong> Engenharia <strong>de</strong> Produção<br />

possam ser aplicados numa situação real. Quanto aos aspectos<br />

metodológicos, trata-se <strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong> caso <strong>de</strong> natureza exploratória<strong>de</strong>scritiva.<br />

A empresa estu<strong>da</strong><strong>da</strong> é uma mineradora caracteriza<strong>da</strong> por<br />

um sistema <strong>de</strong> <strong>produção</strong> contínua, uma vez que, produz os mesmos<br />

produtos (britas) por longo período <strong>de</strong> tempo, com pouca variação e<br />

volumes <strong>de</strong> <strong>produção</strong> gran<strong>de</strong>s, com processos sem alterações<br />

substanciais. A <strong>de</strong>stinação imediata dos produtos finais, ocorre sempre<br />

no término <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> dia, aten<strong>de</strong>ndo às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s organizacionais e<br />

pedidos dos clientes, evitando a formação <strong>de</strong> estoques <strong>de</strong> produtos. A<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> produtiva do sistema é <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> em função do recurso<br />

gargalo, que nesse caso é o caminhão, por seu limite <strong>de</strong> carga, por isso<br />

opta-se em utilizar o lote padrão como forma <strong>de</strong> programação. A<br />

projeção <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> é feita pelo exame <strong>de</strong> tendências históricas. Com<br />

base no caso apresentado, infere-se que a elaboração <strong>de</strong> um Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

Planejamento e Controle <strong>da</strong> Produção serve como um elemento<br />

<strong>de</strong>cisivo na estratégia <strong>da</strong>s organizações para enfrentar as crescentes<br />

exigências do mercado, em que estão inseri<strong>da</strong>s.<br />

Palavras-chaves: Planejamento e Controle <strong>da</strong> Produção, Projeto do<br />

Produto e Projeto do Processo


1 Introdução<br />

XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO<br />

A integração <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ias produtivas com a abor<strong>da</strong>gem <strong>da</strong> manufatura sustentável.<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2008<br />

O presente artigo tem por finali<strong>da</strong><strong>de</strong> a elaboração <strong>de</strong> um Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Planejamento e Controle<br />

<strong>da</strong> Produção para que os conceitos básicos <strong>da</strong> Engenharia <strong>de</strong> Produção possam ser aplicados<br />

numa situação real. Parte-se do pressuposto <strong>de</strong> que a utilização <strong>de</strong> tal <strong>mo<strong>de</strong>lo</strong> possibilita a<br />

maximização do <strong>de</strong>sempenho organizacional.<br />

Monks (1987) ratifica tal idéia, ao assinalar que uma organização que se preocupa com a<br />

gestão <strong>da</strong> <strong>produção</strong> se torna capaz <strong>de</strong> reunir seus insumos em um plano <strong>de</strong> <strong>produção</strong> aceitável<br />

que realmente utilize os materiais, a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> e o conhecimento disponíveis em suas<br />

instalações e, assim, <strong>da</strong><strong>da</strong> uma <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> do sistema, o trabalho é programado e<br />

controlado para produzir seus bens.<br />

Segundo Russomano (2000) e Zacarelli (1986), as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>produção</strong> menciona<strong>da</strong>s por<br />

Monks (1987), incluem o <strong>planejamento</strong>, programação e <strong>controle</strong> (PCP). Desse modo, os<br />

autores enten<strong>de</strong>m que o PCP po<strong>de</strong> ser compreendido como uma coor<strong>de</strong>nação dos<br />

<strong>de</strong>partamentos <strong>de</strong> uma organização com foco voltado ao atendimento <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s<br />

ou programação <strong>da</strong> <strong>produção</strong>, <strong>de</strong> modo que as mesmas sejam atendi<strong>da</strong>s nos prazos e<br />

quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s exigi<strong>da</strong>s.<br />

Ao tomar como base a visão holística <strong>da</strong> organização, inicialmente, será apresentado o<br />

histórico <strong>da</strong> empresa, perfil do negócio, características, principais serviços e produtos,<br />

perspectivas futuras e peculiari<strong>da</strong><strong>de</strong>s do mercado no qual, a empresa em questão está inseri<strong>da</strong>.<br />

Depois <strong>de</strong> <strong>de</strong>scrito o Sistema Produtivo, será abor<strong>da</strong><strong>de</strong>o o Planejamento e Controle <strong>da</strong><br />

Produção (PCP) <strong>de</strong> britas, já que a empresa estu<strong>da</strong><strong>da</strong> é uma mineradora.<br />

Em termos metodológicos, trata-se <strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong> caso <strong>de</strong> natureza exploratória-<strong>de</strong>scritiva,<br />

pois segundo Gil (2002), esse é caracterizado por uma investigação profun<strong>da</strong> <strong>de</strong> maneira que<br />

permita um amplo e <strong>de</strong>talhado conhecimento <strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>-caso estu<strong>da</strong><strong>da</strong>. Barros e Lehfeld<br />

(2000) apontam que essa mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> estudo, volta-se à coleta e ao registro <strong>de</strong> informações<br />

sobre um caso particularizado, elaborando relatórios críticos organizados e avaliados, <strong>da</strong>ndo<br />

margem a <strong>de</strong>cisões e intervenções sobre o objeto escolhido para a investigação.<br />

Para a elaboração do PCP, utilizou-se o Projeto do Produto e o Projeto do Processo, conforme<br />

especificações <strong>de</strong>scritas por Mayer (1986), Slack (2002) e Erdmann (2000). A<strong>de</strong>mais, a<br />

<strong>de</strong>terminação <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> a ser produzi<strong>da</strong> foi basea<strong>da</strong> na capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> produtiva e na<br />

<strong>de</strong>man<strong>da</strong> do produto em questão (BURBIDGE, 1981).<br />

2 Histórico <strong>da</strong> empresa<br />

2.1 Perfil do negócio<br />

Com o objetivo <strong>de</strong> suprir em vários ramos <strong>da</strong> Engenharia nasce, em 1982, a Sulcatarinense.<br />

Des<strong>de</strong> então, a empresa investiu no <strong>de</strong>senvolvendo e criação <strong>de</strong> tecnologias próprias,<br />

imprimindo um toque personalizado em to<strong>da</strong>s as obras, com vistas à melhoria contínua <strong>de</strong><br />

seus processos.<br />

Inicialmente, suas áreas <strong>de</strong> atuação foram: construção pesa<strong>da</strong>, <strong>produção</strong> e comercialização <strong>de</strong><br />

pedra brita<strong>da</strong>. Posteriormente, passou a atuar no setor <strong>da</strong> construção civil. Assim, a<br />

Sulcatarinense atinge atualmente, o status <strong>de</strong> uma <strong>da</strong>s maiores empresas <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong><br />

Santa Catarina, atuando na área <strong>de</strong> obras urbanas, rodovias, aeroportos, saneamento,<br />

loteamento e, inclusive, na construção civil.<br />

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XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO<br />

A integração <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ias produtivas com a abor<strong>da</strong>gem <strong>da</strong> manufatura sustentável.<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2008<br />

A Sulcatarinense possui mo<strong>de</strong>rnos equipamentos e está habilita<strong>da</strong> a executar as mais varia<strong>da</strong>s<br />

obras. Seu sistema <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos permite agilizar os processos técnicos <strong>de</strong><br />

trabalho, visando os mais altos níveis <strong>de</strong> precisão. Tudo isso, sem esquecer <strong>de</strong> investir no<br />

aprimoramento profissional, além <strong>de</strong> criar um plano <strong>de</strong> benefícios, que procura manter a<br />

estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e a <strong>de</strong>dicação <strong>de</strong> seu quadro funcional. Quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, respeito ao meio ambiente e<br />

eficiência são valores fortemente presentes em sua cultura organizacional.<br />

2.2 A Organização<br />

A Sulcatarinense é um ramo <strong>de</strong> empresa familiar, cria<strong>da</strong> pela necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ampliação <strong>da</strong><br />

empresa: Sultepa – fun<strong>da</strong><strong>da</strong> pela família Portella, no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul há mais <strong>de</strong> 50 anos.<br />

No início <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 80, a organização resolveu diversificar suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e ampliar sua<br />

atuação para o estado <strong>de</strong> Santa Catarina. Com a ampliação é cria<strong>da</strong> a Sulcatarinense,<br />

localiza<strong>da</strong> na Gran<strong>de</strong> Florianópolis, mais especificamente, em Biguaçu.<br />

Os objetivos organizacionais <strong>da</strong> Sulcatarinense, inicialmente, foram o <strong>da</strong> construção pesa<strong>da</strong> e<br />

o <strong>da</strong> <strong>produção</strong> e comercialização <strong>da</strong> pedra brita<strong>da</strong>. O segundo passo foi o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

para o setor <strong>da</strong> construção civil.<br />

Com o êxito <strong>de</strong> seu trabalho e através <strong>de</strong> seu corpo técnico, a empresa se tornou competitiva,<br />

<strong>de</strong>stacando-se no ramo <strong>de</strong> engenharia <strong>de</strong> Santa Catarina, com atuação nas seguintes áreas: 1)<br />

transportes urbanos; 2) rodovias; 3) portos; 4) aeroportos; 5) ferrovias; 6) saneamento;<br />

7) barragens; 8) loteamentos; 9) construção civil; 10) pontes; 11) viadutos.<br />

A Sulcatarinense também atua na área <strong>de</strong> comércio <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> construção e oferece<br />

vários tipos <strong>de</strong> brita: Pedra Pulmão, Pedrisco, Brita Corri<strong>da</strong>, Pó <strong>de</strong> Pedra, Brita 1, Areia, Brita<br />

2, Base <strong>de</strong> Brita Gradua<strong>da</strong>, Brita ¾, CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente ), como<br />

por exemplo:<br />

Figura 1 – Exemplos <strong>de</strong> produtos <strong>da</strong> Sulcatarinense, respectivamente: Pedra Pulmão e Pedrisco<br />

Dessa forma, po<strong>de</strong>-se afirmar que a Sulcatarinense atua hoje na construção civil e fabricação<br />

<strong>de</strong> produtos afins. Essa gama <strong>de</strong> produtos e serviços contempla, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> obras públicas, tais<br />

como: ferrovias, túneis, pontes, estra<strong>da</strong>s e obras <strong>de</strong> saneamento e as obras priva<strong>da</strong>s, tais como:<br />

loteamentos, pavimentações até a construção do pátio <strong>da</strong> Coca-Cola e do Planeta Atlânti<strong>da</strong>,<br />

ambos localizados na gran<strong>de</strong> Florianópolis. Entretanto, um dos empreendimentos mais<br />

significativos <strong>da</strong> empresa foi a colaboração na duplicação <strong>da</strong> BR-101, trecho do município <strong>de</strong><br />

Biguaçu até a Ponte do Rio Tijucas.<br />

Quanto a outros produtos, são fabricados para consumo próprio e para comercialização,<br />

material pétreo em geral, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> blocos <strong>de</strong> granito até pedriscos e areia industrial. Seus<br />

consumidores estão localizados em lojas <strong>de</strong> material <strong>de</strong> construção, concreteiras e<br />

construtoras.<br />

Visando atingir um melhor <strong>de</strong>sempenho em relação aos produtos e serviços prestados, po<strong>de</strong>se<br />

afirmar que a Sulcatarinense possui uma linha <strong>de</strong> trabalho volta<strong>da</strong> para a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

transparência <strong>de</strong> suas ações, bem como a preocupação constante com a otimização <strong>de</strong> prazos e<br />

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XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO<br />

A integração <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ias produtivas com a abor<strong>da</strong>gem <strong>da</strong> manufatura sustentável.<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2008<br />

<strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> recursos financeiros. Esta é uma filosofia que está presente na execução <strong>de</strong><br />

suas pequenas e gran<strong>de</strong>s empreita<strong>da</strong>s.<br />

2.3 Perspectivas futuras<br />

Em relação às perspectivas futuras, o principal objetivo organizacional <strong>de</strong> curto prazo é o<br />

aumento <strong>de</strong> suas ven<strong>da</strong>s. Para tanto, sugere-se um maior aproveitamento <strong>da</strong> home page<br />

(www.sulcatarinense.com.br) <strong>da</strong> empresa para a ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> brita, tendo como premissa básica<br />

apontar o diferencial do produto junto ao mercado como, por exemplo, mostrar que a areia<br />

industrial tem um excelente rendimento na fabricação <strong>de</strong> concreto, bem melhor que a areia<br />

comum do rio e mostrar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> ambiental, através <strong>da</strong> <strong>produção</strong> do produto limpo<br />

(<strong>de</strong>nominação compatível com as políticas <strong>de</strong> reflorestamento).<br />

Tais ações estratégicas são justifica<strong>da</strong>s pela crença <strong>de</strong> que existe uma <strong>de</strong>man<strong>da</strong> no setor em<br />

relação à absorção dos produtos acabados, a qual po<strong>de</strong> ser confirma<strong>da</strong> através <strong>de</strong> uma<br />

pesquisa <strong>de</strong> mercado ou <strong>de</strong> análise <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong>.<br />

Sendo assim, as estratégias pretendi<strong>da</strong>s, segundo Kottler (2000) e Cobra (2003), referem-se ao<br />

pós-ven<strong>da</strong> e ao investimento em esforços para a busca <strong>de</strong> novos clientes, além <strong>de</strong> diferenciais<br />

para a manutenção dos existentes.<br />

2.4 Mercado<br />

A Sulcatarinense segmentou suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, primeiramente, no setor público, porém após<br />

1985, surgiu a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> migrar para a iniciativa priva<strong>da</strong> como uma forma <strong>de</strong> não<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r <strong>da</strong>s variações do ambiente externo, tais como: política, economia e <strong>de</strong>terminações<br />

governamentais.<br />

Por consi<strong>de</strong>rar o Estado um “mau pagador” <strong>de</strong>vido seus constantes atrasos <strong>de</strong> pagamento e<br />

encargos excessivos, a opção por angariar clientes junto à iniciativa priva<strong>da</strong> foi uma forma<br />

encontra<strong>da</strong> <strong>de</strong> manter seu capital <strong>de</strong> giro, bem como sua liqui<strong>de</strong>z.<br />

Quanto aos seus concorrentes, infere-se que não é significativo o número <strong>de</strong> empresas <strong>da</strong><br />

região que prestam tais serviços e/ou fabricam os mesmos produtos.<br />

O gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio a ser enfrentado é o alcance <strong>de</strong> um <strong>de</strong> seus objetivos <strong>de</strong> longo prazo, a saber:<br />

conquistar e fi<strong>de</strong>lizar a iniciativa priva<strong>da</strong>. Para tanto, faz-se necessário o investimento em<br />

qualificação <strong>de</strong> pessoas e processos, negociação <strong>de</strong> prazos <strong>de</strong> pagamento e entrega <strong>de</strong><br />

produtos, bem como a manutenção dos prazos e a busca constante pela conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos<br />

produtos. Tem-se como meta, conseguir fornecê-los com redução <strong>de</strong> custos, aproveitamento<br />

<strong>de</strong> recursos e a<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s em função <strong>de</strong> ajustes <strong>da</strong>s contas a receber e a<br />

pagar.<br />

Em relação aos seus pontos fortes, um <strong>de</strong>les se refere à sua localização, pois a empresa po<strong>de</strong><br />

contar com a presença <strong>de</strong> jazi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> on<strong>de</strong> são extraí<strong>da</strong>s as matérias-primas e a proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> do<br />

Rio Biguaçu pela oferta <strong>de</strong> água, uma vez que tal insumo está presente em seu processo<br />

produtivo. No entanto, em termos <strong>de</strong> manter seu crescimento, porém <strong>de</strong> forma sustentável,<br />

mecanismos <strong>de</strong> <strong>produção</strong> mais limpa e eficiência energética são preocupações <strong>da</strong> empresa,<br />

que <strong>de</strong>ve direcionar recursos para tal.<br />

Além disso, a Sulcatarinense possui consi<strong>de</strong>rável experiência na área, mo<strong>de</strong>rnos<br />

equipamentos, uma imagem positiva no mercado e um corpo técnico <strong>de</strong> funcionários<br />

diversificado e capacitado.<br />

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XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO<br />

A integração <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ias produtivas com a abor<strong>da</strong>gem <strong>da</strong> manufatura sustentável.<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2008<br />

Os principais pontos fracos estão relacionados a um elevado índice <strong>de</strong> turn-over <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>obra<br />

direta e sua forte <strong>de</strong>pendência do governo, uma vez que possui créditos junto ao po<strong>de</strong>r<br />

público que não foram pagos e uma eleva<strong>da</strong> carga tributária.<br />

Em relação à questão <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> social, po<strong>de</strong>-se dizer que <strong>de</strong>vido às mu<strong>da</strong>nças<br />

ocorri<strong>da</strong>s <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1982 até os dias <strong>de</strong> hoje, tais como a globalização que afeta os diversos<br />

segmentos <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>; a questão ecológica se transforma em área <strong>de</strong> investimento e<br />

melhoria <strong>de</strong> processos, com vistas à diminuição dos impactos pela ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> empresarial, bem<br />

como em termos do bem-estar <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> que é afeta<strong>da</strong> pela atuação <strong>da</strong> empresa. E ain<strong>da</strong>,<br />

as relações <strong>de</strong> trabalho se tornam mais flexíveis e comprometi<strong>da</strong>s; a expectativa <strong>da</strong> população<br />

em relação à quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos produtos e serviços adquiridos gera um consumo mais responsável<br />

e consciente, <strong>de</strong>ssa forma, a Sulcatarinense cresceu acompanhando tais tendências.<br />

Cabe <strong>de</strong>stacar que a Sulcatarinense tem em sua se<strong>de</strong>, um horto florestal on<strong>de</strong> cultiva sementes<br />

e mu<strong>da</strong>s <strong>da</strong> flora <strong>da</strong> mata atlântica, com as quais mantém seu programa <strong>de</strong> mineração<br />

sustentável, reflorestamento <strong>de</strong> suas pedreiras e obras, bem como doa o exce<strong>de</strong>nte para as<br />

mais diversas campanhas <strong>de</strong> ecologia cria<strong>da</strong>s por enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s públicas e priva<strong>da</strong>s.<br />

3 O sistema produtivo<br />

Quanto ao Sistema Produtivo <strong>da</strong> Sulcatarinense, po<strong>de</strong>-se inferir que o mesmo é do tipo<br />

<strong>produção</strong> contínua que, segundo Erdmann (2000) e Pereira (2003), é caracterizado por<br />

produzir os mesmos produtos por longo período <strong>de</strong> tempo, com pouca variação e volumes <strong>de</strong><br />

<strong>produção</strong> gran<strong>de</strong>s, com processos sem alterações substanciais.<br />

Com base em Beuamont (2005), este tipo <strong>de</strong> <strong>produção</strong> foi selecionado como o mais a<strong>de</strong>quado,<br />

pois a empresa funciona sem nenhuma variação no processo produtivo. A <strong>de</strong>stinação imediata<br />

dos produtos finais (pedras), acontece sempre no término <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> dia, aten<strong>de</strong>ndo às<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s organizacionais e pedidos dos clientes, evitando a formação <strong>de</strong> estoques <strong>de</strong><br />

produtos finais.<br />

Na Sulcatarinense, todo processo e equipamentos estão dispostos em um mesmo espaço<br />

físico, caracterizando assim, o que Mayer (1996) <strong>de</strong>nomina como arranjo funcional ou por<br />

processo.<br />

4 Planejamento <strong>da</strong> <strong>produção</strong><br />

4.1 Projeto do produto<br />

4.1.1 nome<br />

Brita ¾<br />

4.1.2 especificações<br />

a) Forma: sóli<strong>da</strong> e angulosa, ten<strong>de</strong>ndo a travar quando compacta<strong>da</strong>s.<br />

b) Cor: cinza intermediário (entre claro e escuro).<br />

c) Processo <strong>de</strong> <strong>produção</strong>: a matéria-prima (rachão) é um mineral extraído <strong>da</strong> jazi<strong>da</strong> e<br />

processado por equipamentos <strong>de</strong> britagem/trituração até alcançar a granulometria<br />

<strong>de</strong>seja<strong>da</strong>.<br />

d) Granulometria: a brita ¾ é um fragmento <strong>de</strong> rocha brita<strong>da</strong>, com a dimensão dos grãos<br />

variando entre 25 a 38 mm.<br />

e) Conteúdo <strong>de</strong> umi<strong>da</strong><strong>de</strong>: não <strong>de</strong>ve absorver quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s excessivas <strong>de</strong> água.<br />

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A integração <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ias produtivas com a abor<strong>da</strong>gem <strong>da</strong> manufatura sustentável.<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2008<br />

f) Densi<strong>da</strong><strong>de</strong>: não é crítica em termos <strong>de</strong> engenharia, mas po<strong>de</strong> afetar a economici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

uma operação. Sua <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> varia <strong>de</strong> 2.900kg/m3 a 2.600 kg/m3, consi<strong>de</strong>rando-se a<br />

rocha na forma bruta e 1.500 kg/m3 quando na forma <strong>de</strong> brita, <strong>de</strong>vido aos espaços vazios<br />

entre as pedras.<br />

g) Resistência: é suficientemente forte para agüentar as tensões produzi<strong>da</strong>s por veículos em<br />

movimento. O índice <strong>de</strong> resistência ao choque é equivalente a 20% ou menos. Além disso,<br />

a brita ¾ é resistente à abrasão pelo atrito, com índices menores que 50. Com a utilização<br />

contínua, po<strong>de</strong> ocorrer polimento, comprometendo a boa a<strong>de</strong>são.<br />

h) Manuseio e armazenamento:<br />

− É necessário colocá-la sobre uma cama<strong>da</strong> <strong>de</strong> areia para evitar contato direto com o solo;<br />

− O estoque <strong>de</strong>ve ser feito em baias com três laterais localiza<strong>da</strong>s o mais próximo possível do<br />

local <strong>de</strong> uso, ou então <strong>de</strong>ve ter uma barreira feita com tábuas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira ou tijolos para<br />

evitar que o material se espalhe ou se misture com outros;<br />

− Deve ser protegi<strong>da</strong> <strong>da</strong> umi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> chuva com plásticos ou lona;<br />

− O transporte po<strong>de</strong>rá ser feito com carrinhos <strong>de</strong> mão ou padiolas.<br />

i) Comercialização: a brita ¾ é comercializa<strong>da</strong> a granel.<br />

j) Aplicações: a brita ¾, assim como as outras britas, é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> o agregado mais<br />

importante para a construção e pavimentação <strong>de</strong> rodovias, pois a principal finali<strong>da</strong><strong>de</strong> é<br />

manter a estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> mecânica dos revestimentos, suportar o peso <strong>de</strong> tráfego e, ao mesmo<br />

tempo, transmiti-lo às cama<strong>da</strong>s inferiores com uma pressão unitária reduzi<strong>da</strong>. Este<br />

produto também é utilizado nas <strong>de</strong>mais obras <strong>da</strong> construção civil.<br />

4.1.3 ficha do produto<br />

Nome do produto: brita ¾ Código: B003<br />

Descrição do produto: Fragmento <strong>de</strong> rocha brita<strong>da</strong>, com dimensão variando entre 25 a 38 mm, com<br />

forma sóli<strong>da</strong> e angular, cor cinza intermediário, utilizado como agregado na construção e pavimentação<br />

<strong>de</strong> rodovias e <strong>de</strong>mais construções civis.<br />

Tamanho do lote Matéria-prima utiliza<strong>da</strong> Custo MP<br />

10 m 3 rachão R$22,00 / m 3<br />

Custo total aproximado <strong>da</strong> matéria prima por lote : R$ 220,00<br />

Obs: no custo <strong>da</strong> MP está embutido o custo do TNT e <strong>da</strong> água utilizados em sua obtenção<br />

Tempo limite para estocagem: in<strong>de</strong>terminado<br />

4.2. Projeto do processo<br />

A partir <strong>de</strong> um Plano <strong>de</strong> Aproveitamento Econômico, on<strong>de</strong> se estabelecem a forma <strong>de</strong><br />

exploração <strong>da</strong> jazi<strong>da</strong>, o volume a ser extraído e a recuperação <strong>da</strong> área, proce<strong>de</strong>-se à<br />

exploração em forma <strong>de</strong> banca<strong>da</strong>s (<strong>de</strong>graus), que possuem uma altura média <strong>de</strong> 12 metros. O<br />

processo se inicia com o levantamento topográfico para estabelecer o volume a ser<br />

<strong>de</strong>smontado. Com base neste levantamento, <strong>de</strong>termina-se um plano <strong>de</strong> fogo, on<strong>de</strong> serão<br />

<strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> e forma <strong>da</strong> furação, como: inclinação, profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> e espessura.<br />

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A integração <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ias produtivas com a abor<strong>da</strong>gem <strong>da</strong> manufatura sustentável.<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2008<br />

Por se tratar <strong>de</strong> lavra em paredão, utilizam-se perfuratrizes manuais e explosivos <strong>de</strong> menor<br />

ação, resultando assim, em menor homogenei<strong>da</strong><strong>de</strong> do material extraído e, consequentemente,<br />

que<strong>da</strong> <strong>de</strong> eficiência <strong>da</strong> britagem primária, <strong>de</strong>vido à maior irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong> do material na<br />

alimentação. Segundo Cales, Amaral e Piquet (2002), o resultado <strong>de</strong>sse processo é a maior<br />

freqüência <strong>de</strong> fogo secundário, com maiores riscos <strong>de</strong> lançamento <strong>de</strong> fragmentos.<br />

Efetua<strong>da</strong> a perfuração, todos os furos são carregados conforme o plano <strong>de</strong> fogo e interligados<br />

por cordéis <strong>de</strong>tonantes, semelhantes a um pavio, para que se tenha uma <strong>de</strong>tonação em ca<strong>de</strong>ia.<br />

Após o <strong>de</strong>smonte, obtém-se um volume <strong>de</strong> rocha quebra<strong>da</strong> em diversos tamanhos, on<strong>de</strong> o<br />

resultado será mais efetivo, quanto menor for o tamanho <strong>da</strong>s rochas.<br />

Pelo fato <strong>da</strong> britagem possuir um limite máximo <strong>de</strong> tamanho <strong>da</strong>s rochas, em torno <strong>de</strong> 40<br />

polega<strong>da</strong>s, estas <strong>de</strong>vem ser classifica<strong>da</strong>s. As maiores, e que provavelmente não caberão no<br />

britador, serão separa<strong>da</strong>s e, novamente, sofrerão um processo <strong>de</strong> quebra, que utiliza um<br />

rompedor hidráulico acoplado a uma escava<strong>de</strong>ira. O passo seguinte é o transporte do material<br />

<strong>da</strong> pedreira até a britagem, que é feito por meio <strong>de</strong> carrega<strong>de</strong>iras, escava<strong>de</strong>iras e caminhões<br />

basculantes.<br />

O conjunto <strong>de</strong> britagem é composto por cinco elementos distintos: 1) alimentador vibratório,<br />

2) britador primário, 3) britador secundário, 4) conjunto <strong>de</strong> peneiras e 5) correias<br />

transportadoras.<br />

Os caminhões <strong>de</strong>scarregam o material no alimentador vibratório, uma espécie <strong>de</strong> silo, que por<br />

sua vez, como o próprio nome diz, alimenta o britador primário. A britagem primária é<br />

inicia<strong>da</strong> com a pedra marroa<strong>da</strong> que vem <strong>da</strong> pedreira, em pedra pulmão com tamanho<br />

aproximado <strong>de</strong> 12 polega<strong>da</strong>s. Este britador é do tipo britador <strong>de</strong> mandíbula que quebra a rocha<br />

com o impacto <strong>de</strong> duas gran<strong>de</strong>s chapas <strong>de</strong> aço manganês.<br />

O processo seguinte é feito em um britador girosférico somados a um conjunto <strong>de</strong> peneiras e<br />

correias transportadoras, on<strong>de</strong> a pedra pulmão é converti<strong>da</strong> em brita <strong>de</strong> diversos tamanhos<br />

diferentes. Esta brita é transferi<strong>da</strong> dos britadores para as peneiras que as separam conforme o<br />

tamanho. As correias transportadoras levam a brita <strong>da</strong>s peneiras até o local <strong>de</strong><br />

armazenamento.<br />

Destaca-se que, o produto final po<strong>de</strong> sofrer variações <strong>de</strong> acordo com as regulagens dos<br />

britadores e peneiras para aten<strong>de</strong>r as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do mercado.<br />

A figura 2 <strong>de</strong>monstra as etapas <strong>de</strong> <strong>produção</strong> <strong>da</strong> brita ¾.<br />

7


Alimentador vibratório<br />

Conjunto <strong>de</strong> peneiras<br />

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Britador primário<br />

Correias transportadoras<br />

Britador secundário<br />

Figura 2 – Exemplos <strong>de</strong> produtos <strong>da</strong> Sulcatarinense, respectivamente: Pedra Pulmão e Pedrisco<br />

Para ilustrar melhor, a figura 3 sintetiza os elementos presentes no processo <strong>de</strong> britagem,<br />

através <strong>da</strong> ferramenta gráfica do fluxograma do processo.<br />

Figura 3 – Fluxograma do processo<br />

O fluxograma do processo ilustrado na figura 3 po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>talhado em várias ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s,<br />

conforme exemplificado na ficha do processo a seguir.<br />

4.2.1. ficha do processo<br />

Ficha do Processo – Brita ¾<br />

Lote estu<strong>da</strong>do: 10 m 3<br />

8


Densi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> pedra = 1,5 ton/m 3<br />

Cód.<br />

Opera<br />

ção<br />

Descrição Máquina ou<br />

operador<br />

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Ferramenta Insumos<br />

necessários<br />

Tempo <strong>de</strong><br />

preparação<br />

[min]<br />

Tempo<br />

operação<br />

[min]<br />

1 Levantamento Topográfico (o tempo é <strong>de</strong>dicado para conseguir o equivalente a 10 lotes, o que<br />

correspon<strong>de</strong> à uma <strong>de</strong>tonação mínima. Na prática vários, produtos são obtidos em ca<strong>da</strong> <strong>de</strong>tonação,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> areia industrial até rachão).<br />

1.1 Ação em Campo teodolito,<br />

topógrafo,<br />

aju<strong>da</strong>nte<br />

Trena estacas 20 120<br />

1.2 Plano <strong>de</strong> Fogo topógrafo computador 10 60<br />

1.3 Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> pedido topógrafo ficha 1 20<br />

2 Detonação<br />

2.1 Furação perfuratriz Broca água 15 240<br />

2.2 Instalação Vara TNT, pavio 10 120<br />

2.3 Detonação sirene, <strong>de</strong>tonador 0 1<br />

3 Seleção do Produto (<strong>da</strong>qui em diante consi<strong>de</strong>ram-se o tempo para um lote)<br />

3.1 Separação do material retroescava<strong>de</strong>ira marreta, 2 operadores 10 60<br />

pétreo > 40<br />

picareta<br />

3.2 Quebra adicional rompedor<br />

hidráulico<br />

Punção 1 operador 10 30<br />

3.3 Inspeção inspetor Trena 0 15<br />

4 Recolhimento do retroescava<strong>de</strong>ira,<br />

2 operadores 10 15<br />

material pétreo caminhão<br />

basculante<br />

5 Alimentação do<br />

primeiro britador<br />

retroescava<strong>de</strong>ira 1 operador 0 60<br />

6 Primeira Britagem primeiro britador 0 30<br />

7 Alimentação do correia<br />

1 operador 0 60<br />

segundo britador transportadora<br />

8 Segun<strong>da</strong> Britagem segundo britador 0 30<br />

9 Separação peneiras<br />

vibratórias<br />

1 operador 0 30<br />

10 Pesagem para <strong>controle</strong><br />

do processo<br />

balança 2 operadores 5 55<br />

11 Depósito no estoque caminhão<br />

basculante<br />

Pá 2 operadores 0 60<br />

A partir <strong>da</strong>s informações apresenta<strong>da</strong>s nas figuras, fichas <strong>de</strong> produto e processo, torna-se<br />

possível discorrer sobre a <strong>de</strong>finição <strong>da</strong>s quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s a serem produzi<strong>da</strong>s (capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

produtiva, <strong>de</strong>finição <strong>da</strong>s quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s, projeção <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong>) Planejamento e Controle <strong>da</strong><br />

Produção.<br />

4.3 Definição <strong>da</strong>s quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s a serem produzi<strong>da</strong>s<br />

4.3.1 Capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> Produtiva<br />

A capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> produtiva do sistema é <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> em função <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> carga do<br />

caminhão que pega o material pétreo na pedreira e alimenta o britador, iniciando-se assim, o<br />

processo produtivo.<br />

Segundo Erdmann (2000) e Monks (1987), a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>produção</strong> <strong>de</strong> uma empresa é<br />

<strong>de</strong>corrente <strong>da</strong> sincronia entre os recursos disponíveis e a eficiência <strong>da</strong> sua utilização. Neste<br />

9


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sentido, infere-se que a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> produtiva <strong>da</strong> Sulcatarinense é <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> em função do<br />

limite do recurso gargalo, que neste caso é o caminhão. Sabendo então, que o gargalo <strong>da</strong><br />

<strong>produção</strong> se concentra no caminhão, acredita-se ser pertinente <strong>de</strong>finir um lote padrão<br />

equivalente à capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>sse veículo. Com isso, <strong>de</strong>fine-se o lote padrão <strong>de</strong> 10 m³.<br />

4.3.2 Definição <strong>da</strong>s quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

Segundo Tubino (1997), para a <strong>de</strong>finição <strong>da</strong>s quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> brita ¾ que serão produzi<strong>da</strong>s é<br />

preciso compreen<strong>de</strong>r algumas peculiari<strong>da</strong><strong>de</strong>s do processo.<br />

A Sulcatarinense consi<strong>de</strong>ra a brita ¾ um subproduto, ou seja, uma mesma matéria-prima<br />

(rachão) dá origem a diversas pedras que, conforme a <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> e a granulometria, recebem<br />

uma <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> <strong>de</strong>nominação, como por exemplo: pedra pulmão, brita 1, brita 2, brita ¾,<br />

pedrisco, <strong>de</strong>ntre outros. Dessa forma, a empresa não fabrica, exclusivamente, a brita ¾, pois<br />

tudo que é fabricado ao longo do processo, a Sulcatarinense utiliza na execução <strong>de</strong> suas obras<br />

e, o que é <strong>de</strong>stinado à comercialização, o mercado absorve.<br />

4.3.3 Projeção <strong>da</strong> Deman<strong>da</strong><br />

A projeção <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> é feita pelo exame <strong>de</strong> tendências históricas. Segundo informações<br />

obti<strong>da</strong>s junto à empresa são produzidos em torno <strong>de</strong> 21.000 m³ <strong>de</strong> diferentes tipos <strong>de</strong> pedras,<br />

sendo que a brita ¾ equivale a algo em torno <strong>de</strong> 1/3 <strong>de</strong>ste valor, ou seja, 7000 m³.<br />

5 Programação e <strong>controle</strong> <strong>da</strong> <strong>produção</strong><br />

A <strong>de</strong>finição <strong>da</strong>s quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s a serem produzi<strong>da</strong>s leva em consi<strong>de</strong>ração a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

disponível, sendo assim, opta-se por utilizar o lote padrão como forma <strong>de</strong> programação.<br />

Segundo Erdmann (2000), quando a orientação ocorre em função do lote, o número <strong>de</strong><br />

produtos finais já estará <strong>de</strong>terminado e as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> materiais serão <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes do<br />

lote, bem como as <strong>da</strong>tas serão condiciona<strong>da</strong>s aos tempos <strong>de</strong> processo e disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

recurso.<br />

A programação e o <strong>controle</strong> <strong>da</strong> <strong>produção</strong> <strong>da</strong> Sulcatarinense são auxiliados pelo gráfico <strong>de</strong><br />

Gantt, no qual é feita a distribuição dos trabalhos programados (KREMER e KOVALESKI,<br />

2006). Além <strong>de</strong>sse gráfico, é utiliza<strong>da</strong> a técnica do lote padrão em função <strong>de</strong> imposições do<br />

processo e também a técnica do MRP, sugeri<strong>da</strong> por Correa et al (2001) e Correa e Gianesi<br />

(1996), que para ilustrá-la, utilizar-se-á a simulação <strong>de</strong> um pedido.<br />

'A opção pelo lote padrão está a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> a esta reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, uma vez que a <strong>produção</strong> por lotes<br />

suporta variação <strong>de</strong> mix e quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s, justamente porque os recursos alocados são<br />

consumidos pelo lote específico. O tamanho <strong>de</strong>ste, conforme mencionado, é <strong>de</strong>terminado pela<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> carregamento do caminhão.<br />

5.1 Procedimento <strong>da</strong> <strong>produção</strong><br />

a) Definição <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> britas ¾;<br />

b) Lote padrão 10 m³, pois esta é a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> do caminhão;<br />

c) Cálculo dos tempos, <strong>da</strong>ta <strong>de</strong> término em ca<strong>da</strong> etapa do processo está explicitado no<br />

gráfico <strong>de</strong> Gantt. Consi<strong>de</strong>ra-se que o processo <strong>de</strong> fabricação <strong>de</strong>more <strong>de</strong> dois dias.<br />

Dessa forma, apresenta-se o esquema do procedimento <strong>da</strong> <strong>produção</strong> na tabela 1:<br />

Sulcatarinense Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Pedido nº 2155/03<br />

10


CLIENTE: EMPRESA X<br />

Produto Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> Total<br />

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Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2008<br />

Brita ¾ 10 100 m³<br />

-x- -x- -x-<br />

-x- -x- -x-<br />

Data para entrega: 14/11/2003 Data <strong>de</strong> início <strong>da</strong> <strong>produção</strong>: 13/11/2003<br />

lotes-padrão Autorizado por<br />

10 m³<br />

Tabela 1 – Procedimento <strong>da</strong> <strong>produção</strong><br />

As tabelas 2, 3 e 4 ilustram a técnica do MRP e do gráfico <strong>de</strong> Gantt.<br />

Etapas do processo Tempo [h] Pedido<br />

Estoque<br />

Necessário<br />

Disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> Total<br />

horário Dia m 3 m3 m3<br />

Brita 3/4 0,0 16,5 14/11/03 10,0 10,00 20,00<br />

Pesagem e Estoque -2,0 14,5 14/11/03 10,0 10,00 20,00<br />

Britagem -4,0 10,5 14/11/03 11,0 11,00 22,00<br />

Detonação -6,5 14,0 13/11/03 100,0 100,00 200,00<br />

Levantamento<br />

Topográfico -14,5 8,0 13/11/03 100,0 100,00 200,00<br />

Brita 3/4<br />

TER QUA QUI SEX SEG TER QUA<br />

Dia do mês 11 12 13 14 17 18 19<br />

Data -3 -2 -1 0 1 2 3<br />

Necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s Brutas<br />

Recebimentos<br />

0 0 0 20<br />

Programados<br />

Estoque<br />

0 0 0 0<br />

projetado/Disponível 0 0 0 10<br />

Or<strong>de</strong>ns Libera<strong>da</strong>s 10<br />

Pesagem e Estoque<br />

TER QUA QUI SEX SEG TER QUA<br />

Dia do mês 11 12 13 14 17 18 19<br />

Data -3 -2 -1 0 1 2 3<br />

Necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s Brutas<br />

Recebimentos<br />

Programados<br />

20<br />

Estoque projetado/Disponível 10<br />

Or<strong>de</strong>ns Libera<strong>da</strong>s 10<br />

Britagem<br />

TER QUA QUI SEX SEG TER QUA<br />

Dia do mês 11 12 13 14 17 18 19<br />

11


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A integração <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ias produtivas com a abor<strong>da</strong>gem <strong>da</strong> manufatura sustentável.<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2008<br />

Data -3 -2 -1 0 1 2 3<br />

Necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s Brutas 100<br />

Recebimentos<br />

Programados<br />

Estoque projetado/Disponível 10<br />

Or<strong>de</strong>ns Libera<strong>da</strong>s 10<br />

Detonação<br />

TER QUA QUI SEX SEG TER QUA<br />

Dia do mês 11 12 13 14 17 18 19<br />

Data -3 -2 -1 0 1 2 3<br />

Necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s Brutas<br />

Recebimentos<br />

Programados<br />

200<br />

Estoque projetado/Disponível 10<br />

Or<strong>de</strong>ns Libera<strong>da</strong>s 10<br />

Levantamento<br />

Topográfico<br />

TER QUA QUI SEX SEG TER QUA<br />

Dia do mês 11 12 13 14 17 18 19<br />

Data -3 -2 -1 0 1 2 3<br />

Necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s Brutas<br />

Recebimentos<br />

Programados<br />

200<br />

Estoque projetado/Disponível 10<br />

Or<strong>de</strong>ns Libera<strong>da</strong>s 10<br />

Código Operação<br />

1<br />

Descrição<br />

Levantamento<br />

Topográfico<br />

Tempo<br />

<strong>de</strong><br />

prepara<br />

ção<br />

[min]<br />

Tempo<br />

<strong>de</strong><br />

Operação<br />

[min]<br />

1.1 Ação em Campo 20 120<br />

1.2 Plano <strong>de</strong> Fogo 10 60<br />

1.3 Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> pedido 1 20<br />

2 Detonação<br />

2.1 Furação 15 240<br />

2.2 Instalação 10 120<br />

2.3 Detonação<br />

Seleção do Produto<br />

(<strong>da</strong>qui em diante<br />

consi<strong>de</strong>ram-se o tempo<br />

0 1<br />

3 para um lote)<br />

Separação do material<br />

3.1 pétreo > 40 “ 10 60<br />

3.2 Quebra adicional 10 30<br />

3.3 Inspeção 0 15<br />

4 Recolhimento do 10 15<br />

08:00<br />

08:30<br />

Tabela 2 – Técnica do MRP<br />

09:00<br />

09:30<br />

10:00<br />

10:30<br />

11:00<br />

11:30<br />

segun<strong>da</strong> feira<br />

almoço<br />

14:00<br />

14:30<br />

15:00<br />

15:30<br />

16:00<br />

16:30<br />

17:00<br />

17:30<br />

12<br />

fim<br />

expediente


5<br />

material pétreo<br />

Alimentação do<br />

primeiro britador 0 60<br />

6 Primeira Britagem<br />

Alimentação do<br />

0 30<br />

7 segundo britador 0 60<br />

8 Segun<strong>da</strong> Britagem 0 30<br />

9 Separação<br />

Pesagem para <strong>controle</strong><br />

0 30<br />

10 do processo 5 55<br />

11 Depósito no estoque 0 60<br />

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Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2008<br />

Tabela 3 – Gráfico <strong>de</strong> Gantt explicativo para o produto brita 3/4<br />

Dessa forma, percebe-se que a utilização do gráfico <strong>de</strong> Gantt possibilita a <strong>de</strong>terminação eficaz<br />

<strong>da</strong> operacionalização <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> britagem, o tempo <strong>de</strong> execução, os custos e as metas,<br />

servindo como uma po<strong>de</strong>rosa ferramenta do Planejamento e Controle <strong>da</strong> Produção. Tanto o<br />

gráfico <strong>de</strong> Gantt, quanto o MRP e outras técnicas utiliza<strong>da</strong>s para esse fim po<strong>de</strong>m aju<strong>da</strong>r no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos, melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, diminuição dos custos e dos<br />

prazos <strong>de</strong> entrega, aumento <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, enfim, em um melhor <strong>de</strong>sempenho operacional<br />

<strong>da</strong>s organizações.<br />

6 Consi<strong>de</strong>rações finais<br />

Com base no estudo <strong>de</strong> caso apresentado, argumenta-se que a elaboração <strong>de</strong> um Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

Planejamento e Controle <strong>da</strong> Produção po<strong>de</strong> ser compreendi<strong>da</strong> como um elemento <strong>de</strong>cisivo na<br />

estratégia <strong>da</strong>s organizações para enfrentar as crescentes exigências do mercado, em que estão<br />

inseri<strong>da</strong>s. Na situação investiga<strong>da</strong>, percebe-se que seu uso po<strong>de</strong> assegurar o suprimento <strong>de</strong><br />

britas e maximizar o <strong>de</strong>sempenho competitivo, uma vez que permite conciliar a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

produtiva com o meio ambiente, com o processo <strong>de</strong> uso e ocupação do solo.<br />

Nesse sentido, as informações advin<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Engenharia <strong>de</strong> Produção contribuem para o<br />

fornecimento <strong>de</strong> subsídios e assim, os responsáveis pelo <strong>planejamento</strong> estratégico e tático <strong>da</strong><br />

organização conseguem melhor planejar e realizar a <strong>produção</strong>, fornecendo seus bens sob<br />

condições controla<strong>da</strong>s, evolutivamente. Para tanto, faz-se necessário representar graficamente<br />

seu processo produtivo, tendo como parâmetros condições controla<strong>da</strong>s que incluam: a<br />

disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> informações que <strong>de</strong>screvam as características do produto; a disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> instruções <strong>de</strong> trabalho, quando necessária; o uso <strong>de</strong> equipamento a<strong>de</strong>quado e a<br />

implementação <strong>da</strong> liberação e entrega do produto.<br />

No que diz respeito ao <strong>planejamento</strong> <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> produtiva, verifica-se a disponibilização<br />

<strong>de</strong> informações que facilitem: a viabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>planejamento</strong> <strong>de</strong> materiais; obtenção <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos<br />

para futuros <strong>planejamento</strong>s <strong>de</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> mais precisos; i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> gargalos;<br />

estabelecimento <strong>da</strong> programação <strong>de</strong> curto prazo; conhecimento <strong>da</strong> disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

equipamentos, matérias-primas, operários, processo <strong>de</strong> <strong>produção</strong>, tempos <strong>de</strong> processamento,<br />

prazos e priori<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> fabricação.<br />

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A integração <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ias produtivas com a abor<strong>da</strong>gem <strong>da</strong> manufatura sustentável.<br />

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