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Semana conturbada para os entusiastas do<br />
metal. A começar pela mudança de local e<br />
posteriormente o cancelamento do evento.<br />
Pausa dramática: o clima de derrota reinou por<br />
algumas horas até a confirmação de que o show<br />
aconteceria no dia seguinte, no Cine Jóia, mas sem o<br />
Ratos de Porão, Krisiun e Korzus, infelizmente.<br />
Domingo, bairro da Liberdade, região central de<br />
São Paulo, Praça Carlos Gomes agitada, Cine Jóia<br />
lotado e uma surpresa, uma banda de abertura:<br />
Worst, hardcore/metal de primeira linha, escola Nova<br />
York, com vocais em português.<br />
O quarteto capitaneado pelo experiente batera<br />
Fernando Shaefer (Pavilhão 9/Korzus/Paura/ The<br />
Silence) conta também com o baixista do Musica<br />
Diablo: Ricardo Brigas; o do guitarrista do One True<br />
Reason, Douglas Melchiades e vocais de Thiago<br />
Monstrinho, o mesmo também ocupa a posição de<br />
baterista nas bandas: Chorume, Presto! e Medellin.<br />
Só macaco velho! Representaram, aquecimento em<br />
grande estilo.<br />
Expectativa no ar, marcado para às 22h, o show<br />
do Cavalera Conspiracy começou com 15 minutos<br />
de atraso. “Warlord” do “Blunt Force Trauma” abriu a<br />
14<br />
Cavalera Conspiracy toca clássicos do Sepultura<br />
Cine Joia – São Paulo (18/11/12)<br />
Texto: Paulo Ueno - Foto: Patrícia Laroca<br />
noite, seguido das pedradas: “Torture”,<br />
“Inflikted” o primeiro hit que<br />
curiosamente chegou a ser usado<br />
como nome para banda, “Refuse<br />
Resist” relembrando os bons tempos<br />
de Sepultura; “Sanctuary”…<br />
Comunicativo, um pouco mais<br />
gordo e com alguns dentes a<br />
menos, Max Cavalera comandava<br />
a plateia em uníssono. O público<br />
estava em polvorosa e queria mais;<br />
“Terrorizer” e outro clássico do Sepultura,<br />
“Territory”. Todos foram ao<br />
delírio, a emoção tomou conta do<br />
antigo cinema.<br />
Com excessão ao Iggor, foi à<br />
segunda vez que Max tocou em<br />
São Paulo esse ano com os mesmos<br />
musicos: Marc Rizzo(Guitarra)<br />
“Soulfly” e Tony Campos, (Baixo)<br />
“Asesino”. O Iggor continua com<br />
a mesma pegada rústica e ultra<br />
violenta.<br />
O hit “Killing Inside” e a faixa<br />
título do ultimo disco “Blunt Force<br />
Trauma” vieram como um soco no<br />
estômago, a “Black Ark” puxou os<br />
filhos de Max e Iggor para o palco e a explosão para<br />
os mais saudosistas estava chegando, um revival<br />
dos anos 90: “Arise”, uma do “Nailbomb”, “Desperate<br />
Cry” e “Propaghanda” não deixou um balzaquiano<br />
sossegado e ainda teve mais: “I Speak Hate” e outro<br />
petardo “ATTITUDE” de repente, Max pergunta para<br />
o irmão em que ano eles haviam composto a “Troops<br />
of Doom”, resposta: 1984, “Troops of Doom”!<br />
Bem Humorado, Max chama Brann Dailor, baterista<br />
do Mastodon, banda que dividia o mesmo pacote<br />
com o Slayer e quase tocou aqui para mandar<br />
um cover do Black Flag, “SIX PACK” e ainda disse<br />
que ele vai passar uns dias na casa do Iggor, com<br />
certeza, um dos momentos altos do concerto, na<br />
sequência “Inner Self” e fazendo jus à cabeleira vermelha,<br />
encerrando o baile, de 1996: “Roots”, o Cine<br />
Jóia tremeu!<br />
Acredito que a grande maioria do público, inclusive<br />
esse escriba, gostariam de ter visto as três bandas<br />
citadas no início. Naquele clima de nostalgia, uma<br />
participação do Ratos seria incrível, afinal eles escreveram<br />
juntos vários capítulos do metal nacional.<br />
Mesmo depois de tantos problemas, eles provaram<br />
porque são tão importantes M<br />
Novembro-Dezembro/2012