Os Fundamentos Experimentais e Históricos da ... - Unicamp
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ComosversóriosdeDuFaypodemserobtidostambémmapeamentosanálogos<br />
aos <strong>da</strong>s Experiências 4.23 e 4.24.<br />
4.11 Hauksbee e o Mapeamento <strong>da</strong> Força Elétrica<br />
Provavelmente o primeiro a fazer mapeamentos <strong>da</strong> força elétrica tenha sido<br />
Hauksbee em 1706. 27 Ele utilizou a máquina elétrica descrita na Seção 4.2,<br />
Figura 4.8. Substituiu o globo de vidro por um cilindro de vidro apoiado na<br />
horizontal ou na vertical e que podia girar ao redor de seu eixo. O vidro era<br />
girado rapi<strong>da</strong>mente, sendo então atritado contra um papel ou contra sua mão<br />
raspando nele. Vamos à descrição <strong>da</strong> sua experiência:<br />
Uma continuação <strong>da</strong>s experiências sobre o atrito do vidro.<br />
Obtive um vidro aproxima<strong>da</strong>mente cilíndrico, tendo comprimento<br />
e diâmetro ao redor de sete polega<strong>da</strong>s [18 cm] ca<strong>da</strong> um, cujo movimento<br />
[rotatório ao redor do eixo de simetria] foi fornecido por<br />
uma máquinaque tinha um novodispositivo; seu eixopermanecendo<br />
paralelo ao horizonte, o qual nas experiências feitas anteriormente,<br />
estava diametralmente oposto a ele. [...]<br />
Agora o que tenho além disto a adicionar, ocorreu ao observar que<br />
os corpos leves sempre se aproximavam de qualquer parte do cilindro<br />
friccionado, sendo aparentemente igualmente atraídos, ou [parecendo]<br />
gravitar. Assim obtive um fio semi-circular, o qual podia<br />
prender a uma distância constante [do eixo do cilindro], envolvendo<br />
a superfície superior do vidro a 4 ou 5 polega<strong>da</strong>s dele [10 ou 13<br />
cm]. Este fio tinha uma cor<strong>da</strong> de saco enrola<strong>da</strong> nele, por meio <strong>da</strong><br />
qual podia facilmente dependurar as linhas [de linho, de algodão ou<br />
de lã] a distâncias aproxima<strong>da</strong>mente iguais [entre si]; as extremi<strong>da</strong>des<br />
inferiores <strong>da</strong>s linhas chegavam a menos de uma polega<strong>da</strong> [2,54<br />
cm] do vidro, quando manti<strong>da</strong>s aproximando-se de seu centro, mas<br />
apareciam, quando livres, como na Figura 1 [<strong>da</strong> Figura 4.37].<br />
E quando o cilindro girava rapi<strong>da</strong>mente ao redor de seu eixo, estas<br />
linhas ficavam como na Figura 2 devido à agitação do ar [isto é,<br />
devido ao vento produzido pela rotação do cilindro não atritado].<br />
Mas quando minha mão era aplica<strong>da</strong> na parte inferior do vidro [em<br />
rotação, carregando eletricamente o vidro por atrito], as linhas representariam<br />
então a forma <strong>da</strong> Figura 3. E pareciam gravitar de<br />
to<strong>da</strong>s as partes, ou eram atraí<strong>da</strong>s em linha reta ao centro do corpo<br />
em movimento [em direção ao cilindro girante], não sofrendo inconveniência<br />
ou desordem de posição devi<strong>da</strong>s ao vento ocasionado pela<br />
rapidez do movimento; e podia alterando [a posição] do atrito [para<br />
27 [Haua].<br />
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