RCIA - ED. 86 - SETEMBRO 2012
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homenagem
GARÇOM, AQUI, NESSA MESA DE BAR,
VOCÊ JÁ CANSOU DE ESCUTAR...
Em agosto, os 90 profissionais
sindicalizados, entre eles,
Argemiro de Freitas, em
Araraquara comemoraram o
Dia do Garçom lembrando
fatos que ajudam a escrever
a história da classe.
A música “Garçom”, feita por Reginaldo
Rossi, na década de 60, expressa bem o
papel do garçom para quem rompeu um romance
e busca afogar as mágoas numa garrafa
de conhaque. Assim, o atendimento
quase sempre personalizado, faz com que o
garçom se torne, em alguns casos, um personagem
folclórico de bares, restaurantes e
onde os proprietários os consideram parceiros,
sabendo que sem bons garçons, nenhum
estabelecimento do setor alimentício
conquista o sucesso. Nosso país têm muitas
regiões de níveis economicamente diferentes.
Assim, grande parte da população de regiões
menos favorecidas, desloca-se do lugar
de origem para outros mais ricos, em
busca de emprego.
A profissão de garçom, em São Paulo e
no Rio de Janeiro, certamente é uma das
que mais recebe esses migrantes. Na primeira
metade do século, era muito comum
ter migrantes exercendo essa profissão.
Com a crise econômica atual, a classe média
perdeu renda e empregos, e fugiu dos
restaurantes.
É natural que tenham começado a aparecer
garçons experientes, desempregados,
dificultando a entrada de novatos no
Argemiro de Freitas, início de uma carreira
e a forma com que o garçom se vestia para
trabalhar em eventos sociais
mercado. Além disso, é certo que a situação
melhorou no Nordeste e abriram-se
muitos restaurantes, e a migração diminuiu.
Atualmente, não é fácil encontrar garçons
com um ou dois anos no exercício da
profissão. O enorme contingente de desempregados
pressiona a ocupação das
poucas vagas e os empresários preferem
os que têm experiência.
Zé Cometa e Argemiro, na Fazenda Salto Grande
Argemiro com Dracena e Zé do Tubo, três
dos mais conhecidos garçons da cidade,
em casamento na Estância Uirapuru