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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC<br />
CURSO DE FISIOTERAPIA<br />
TAMIRES ZAPELINI DALPONTE<br />
ANÁLISE DOS EFEITOS DA APLICAÇÃO ISOLADA E COMBINADA<br />
DA ENDERMOTERAPIA E DA MICROGALVANOPUNTURA NO<br />
TRATAMENTO DE ESTRIAS ATRÓFICAS ALBAS, NA REGIÃO<br />
GLÚTEA, EM SUJEITOS DO SEXO FEMININO<br />
CRICIÚMA, NOVEMBRO DE 2009
TAMIRES ZAPELINI DALPONTE<br />
ANÁLISE DOS EFEITOS DA APLICAÇÃO ISOLADA E COMBINADA<br />
DA ENDERMOTERAPIA E DA MICROGALVANOPUNTURA NO<br />
TRATAMENTO DE ESTRIAS ATRÓFICAS ALBAS, NA REGIÃO<br />
GLÚTEA, EM SUJEITOS DO SEXO FEMININO<br />
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado<br />
para obtenção do grau de Bacharel no Curso<br />
de Fisioterapia da Universidade do Extr<strong>em</strong>o Sul<br />
Catarinense, UNESC.<br />
Orientadora: Profª MSc. Lisiane Fabris<br />
Chiumento.<br />
CRICIÚMA, NOVEMBRO DE 2009
Dedico este trabalho primeiramente a Deus,<br />
pois s<strong>em</strong> Ele, nada disso seria possível. Aos<br />
meus pais Roberto e Lucimar, pelo esforço,<br />
dedicação e compreensão, <strong>em</strong> todos os<br />
momentos desta e de outras caminhadas.<br />
3
AGRADECIMENTOS<br />
Ele merece s<strong>em</strong>pre o primeiro lugar, por isso, agradeço a Ele, Deus, por<br />
me dar a vida e iluminar meus caminhos e que eu posso retribuir às pessoas tudo<br />
que recebo dele.<br />
Aos meus pais, Roberto e Lucimar, pela sólida formação dada, que me<br />
proporcionou a dar continuidade nos estudos até a minha presente formação, pelo<br />
apoio, compreensão e amor incondicional. Por tudo isso e muito mais, não bastaria<br />
somente um obrigado. Amo vocês.<br />
Ao meu irmão Douglas, que eu amo muito, mesmo distante, s<strong>em</strong>pre<br />
procurava se interessar com o rumo deste trabalho e me dar apoio para que ele<br />
fosse prosseguido com firmeza e força de vontade.<br />
Ao meu amor, por ter paciência nos meus momentos de estresse e ter me<br />
suportado mesmo após os meus ataques histéricos. Obrigada amor, te amo.<br />
Aos amigos que conquistamos durante este percurso, que nos ajudaram<br />
direta e indiretamente para que hoje este trabalho fosse concluído. Vão deixar<br />
saudades, um aperto no peito, os momentos que partilhamos, as festas que<br />
aproveitamos, as danças que requebramos, as fofocas que repassamos, daquelas<br />
bebidinhas que nos alegramos, das piadas que gargalhamos, das sonecas que<br />
tiramos, dos probl<strong>em</strong>as que enfrentamos, do auxílio que precisamos e dos sonhos<br />
que sonhamos. Em especial Jô, a Sarinha, a Poia, a Cacá, a Susi, a Karla, a Ca e a<br />
Ane, amigas que vou levar para s<strong>em</strong>pre <strong>em</strong> meu coração. Amo vocês Divas!<br />
Não poderia deixar de agradecer a uma grande amiga, a Chris, minha<br />
amiga morena, que tive a oportunidade de conhecê-la durante o percurso da nossa<br />
faculdade. Obrigada por tudo, por estar comigo nos momentos bons e naqueles<br />
complicados. Minha parceria para festas, para dançar, para rir e também quando<br />
preciso para desabafar. Vou sentir muitas saudades. Te amo morena!<br />
Ao casal Fran e Luis, por ter<strong>em</strong> me suportado várias vezes na casa deles<br />
e me ajudado imensamente com aquele programinha complicado para mensurar as<br />
estrias. Muito Obrigada!<br />
A uma amiga <strong>em</strong> especial, Vanessa, que teve uma passag<strong>em</strong> breve neste<br />
mundo, mas pelo curto período de t<strong>em</strong>po que esteve conosco, fez por ser l<strong>em</strong>brada,<br />
4
pela pessoa que significou na minha vida e que com certeza está feliz por esta<br />
vitória.<br />
À minha orientadora Lisiane Fabris, a qu<strong>em</strong> devoto a mais sincera<br />
admiração. Obrigada por acreditar neste trabalho e me conduzir firme para que ele<br />
fosse concretizado. Muito agradecida, boneca Barbie!<br />
Às minhas pacientes, pela corag<strong>em</strong> e gentileza de participar<strong>em</strong> desta<br />
pesquisa, proporcionado que este trabalho fosse concretizado.<br />
Por último e não menos importante, aos Mestres. Obrigada professores<br />
por dedicar seu t<strong>em</strong>po e sua sabedoria para que nossa formação fosse um<br />
aprendizado de vida.<br />
5
“Se tens um sonho, sonhe, se tens uma<br />
idéia, idealize, porque por maior que seja a<br />
noite o dia torna a clarear”.<br />
6<br />
Voltaire
RESUMO<br />
A preocupação de indivíduos com a sua imag<strong>em</strong> corporal, pelo padrão de beleza<br />
imposto pela sociedade, está cada vez maior, fazendo com que os mais variados<br />
tratamentos estéticos venham a ser procurados para atingir tal perfeição. As estrias<br />
atróficas são um mal que aflig<strong>em</strong> tanto homens quanto mulheres, fazendo com que<br />
fiqu<strong>em</strong> insatisfeitos <strong>em</strong> relação à sua auto-imag<strong>em</strong>. Elas são uma atrofia tegumentar<br />
adquirida, devido ao rompimento das fibras elásticas presentes na derme. A<br />
Fisioterapia Dermato-Funcional t<strong>em</strong> se tornado uma das áreas mais procuradas com<br />
objetivo de solucionar tais probl<strong>em</strong>as, promovendo não somente a aparência<br />
estética, mas a melhora da saúde, por proporcionar aumento da auto-estima do<br />
indivíduo. Este trabalho objetivou analisar os efeitos da microgalvanopuntura e da<br />
endermoterapia isolada e combinada no tratamento de estrias atróficas albas da<br />
região glútea <strong>em</strong> sujeitos do sexo f<strong>em</strong>inino. Como objetivos específicos têm-se<br />
apontar a fase de desenvolvimento da vida que teve início da ocorrência da lesão;<br />
possível etiologia; caracterizar as estrias de cada paciente selecionada para<br />
amostra, b<strong>em</strong> como o período de transição de estrias rubras à albas e relatar a<br />
relação entre estrias, endermologia e microgalvanopuntura. O estudo foi composto<br />
por seis voluntárias do sexo f<strong>em</strong>inino, com estrias albas na região glútea, com faixa<br />
etária entre 21 a 25 anos de idade, com média de idade de 21,8 anos. As pacientes<br />
foram submetidas a oito sessões de tratamento, sendo que foram separadas <strong>em</strong> três<br />
grupos: o grupo I, submetido ao tratamento com o Striat®, o grupo II, tratado com a<br />
Endermoterapia e o grupo III, com a Endermoterapia o associada ao Striat®. O<br />
tratamento foi realizado na Clínica de Fisioterapia da UNESC, duas vezes por<br />
s<strong>em</strong>ana, com intervalo de quatro dias entre as sessões. Foi no grupo III, com a<br />
endermoterapia e microgalvanopuntura combinadas que houve maiores alterações<br />
das estrias, tanto da coloração tornando-se violáceas, redução do diâmetro e<br />
minimização do aspecto depressivo das estrias. Já nas pacientes do grupo I houve<br />
alteração da coloração das estrias para violáceas, redução do diâmetro destas,<br />
porém <strong>em</strong> menor escala que o grupo I e atenuação de seu aspecto depressivo. E no<br />
grupo II houve somente mudança de coloração da estria para pele sadia e redução<br />
do seu diâmetro, mas <strong>em</strong> menor escala que os outros dois grupos, s<strong>em</strong> minimização<br />
do aspecto depressivo das estrias. Em relação a satisfação pessoal das pacientes,<br />
100% do grupo I referiram completa satisfação, e das pacientes tanto do grupo II e<br />
III, 50% sentiram-se satisfeitas e 50% relataram estar<strong>em</strong> satisfeitas, mas que o<br />
resultado poderia ser ainda mais satisfatório. Isto d<strong>em</strong>ostra que todos os métodos<br />
foram eficientes para a melhora da aparência estética das estrias atróficas.<br />
Palavras-chave: Fisioterapia Dermato-Funcional, Estrias atróficas,<br />
Microgalvanopuntura e Endermoterapia.<br />
7
ABSTRACT<br />
The concern of individuals with their body image, the standard of beauty imposed by<br />
society, is increasing, causing a wide variety of aesthetic treatments will be sought to<br />
achieve such perfection. The stretch marks are an evil that afflicts both men and<br />
women, causing th<strong>em</strong> to become dissatisfied with regard to their self-image. They<br />
are an acquired cutaneous atrophy, due to disruption of elastic fibers in the dermis.<br />
The Physiotherapy Dermatology Functional has become one of the most sought after<br />
in order to solve such probl<strong>em</strong>s, promoting not only the aesthetic appearance, but<br />
the improv<strong>em</strong>ent in health, to provide increased self-este<strong>em</strong> of the individual. This<br />
study aimed to analyze the effects of Microamperage stimulation and Endermologie<br />
alone and combined in the treatment of atrophic striae alba of the buttocks region in<br />
f<strong>em</strong>ale subjects. Specific objectives have been pointing out the development phase<br />
of life that began the occurrence of the injury, possible etiology, characterize the<br />
grooves of each patient selected for the sample, and the period of transition to alba<br />
crimson streaks and report the relationship between striae distensae, endermologie<br />
and microamperage stimulation. The study consisted of six f<strong>em</strong>ale volunteers, striae<br />
alba with the buttocks region, aged between 21 and 25 years old, with a mean age of<br />
21.8 years. The patients were submitted to eight sessions of treatment, and were<br />
separated into three groups: group I, undergoing treatment with Striat ®, group II,<br />
treated with Endermologie and group III, with the associated Endermologie ® Striat.<br />
The treatment was conducted at the Physiotherapy Clinic UNESC twice a week with<br />
an interval of four days between sessions. It was in group III, with Endermologie<br />
microgalvanopuntura combined and that there were greater changes in the grooves,<br />
so the color becomes purple, decreased diameter and minimizing the appearance of<br />
depressive streak. Already in Group I, there was change in color from purple to<br />
stretch, reducing the diameter of these, but to a lesser extent than group I and<br />
mitigation of their looks depressing. Already in Group I, there was change in color<br />
from purple to stretch, reducing the diameter of these, but to a lesser extent than<br />
group I and mitigation of their looks depressing. And in group II there was only color<br />
change of the groove for healthy skin and reducing its diameter, but to a lesser extent<br />
than the other two groups, without minimizing the appearance of depressive streak.<br />
For personal satisfaction of patients, 100% in Group I reported complete satisfaction,<br />
and both patients in group II and III, 50% felt satisfied and 50% reported being<br />
satisfied, but the result could be even more satisfying. This d<strong>em</strong>onstrates that all<br />
methods were effective to improve the aesthetic appearance of striae distensae.<br />
Keywords: Physiotherapy Dermatology Functional, Striae distensae, Microamperage<br />
stimulation and Endermologie.<br />
8
LISTA DE ILUSTRAÇÕES<br />
Figura 1 - Aparelho Striat®........................................................................................45<br />
Figura 2 - D<strong>em</strong>arcação das Estrias no Programa AutoCad 2009..............................47<br />
Figura 3- Aparelho de Endermoterapia (Endosux P/Endermo DGM)........................48<br />
Figura 4 - Ventosa facial de vidro do tipo “luneta”......................................................48<br />
Figura 5- Linhas de Langer........................................................................................56<br />
Figura 6- Paciente 1 – Antes (Glúteo direito).............................................................91<br />
Figura 7- Paciente 1 – Antes (Glúteo esquerdo)........................................................91<br />
Figura 8- Paciente 1 – Depois (Glúteo direito)...........................................................92<br />
Figura 9- Paciente 1 – Depois (Glúteo esquerdo)......................................................92<br />
Figura 10- Paciente 2 – Antes (Glúteo direito)...........................................................93<br />
Figura 11- Paciente 2 – Antes (Glúteo esquerdo)......................................................93<br />
Figura 12- Paciente 2 – Depois (Glúteo direito).........................................................94<br />
Figura 13- Paciente 2 – Depois (Glúteo esquerdo)....................................................94<br />
Figura 14- Paciente 3 – Antes (Glúteo direito)...........................................................95<br />
Figura 15- Paciente 3 – Antes (Glúteo esquerdo)......................................................95<br />
Figura 16- Paciente 3 – Depois (Glúteo direito)........................................................ 96<br />
Figura 17- Paciente 3 – Depois (Glúteo esquerdo)....................................................96<br />
Figura 18- Paciente 4 – Antes (Glúteo direito)...........................................................97<br />
Figura 19- Paciente 4 – Antes (Glúteo esquerdo)......................................................97<br />
Figura 20- Paciente 4 – Depois (Glúteo direito).........................................................98<br />
Figura 21- Paciente 4 – Depois (Glúteo esquerdo)....................................................98<br />
Figura 22- Paciente 5 – Antes (Glúteo direito)...........................................................99<br />
Figura 23- Paciente 5 – Antes (Glúteo esquerdo)......................................................99<br />
Figura 24- Paciente 5 – Depois (Glúteo direito).......................................................100<br />
Figura 25- Paciente 5 – Depois (Glúteo esquerdo)..................................................100<br />
Figura 26- Paciente 6 – Antes (Glúteo direito).........................................................101<br />
Figura 27- Paciente 6 – Antes (Glúteo esquerdo)....................................................101<br />
Figura 28- Paciente 6 – Depois (Glúteo direito).......................................................102<br />
Figura 29- Paciente 6 – Depois (Glúteo esquerdo)..................................................102<br />
9
LISTA DE TABELAS<br />
Tabela 1 - Localização e Disposição das Estrias Atróficas ...................................... 55<br />
10
LISTA DE QUADROS<br />
Quadro 1- Aspecto e Forma das Estrias Atróficas de Cada Paciente........................62<br />
Quadro 2- Coloração das Estrias Pós-Tratamento....................................................63<br />
Quadro 3- Comprimento e Larguras das Estrias pré e pós os tratamentos...............64<br />
11
LISTA DE GRÁFICOS<br />
Gráfico 1: Cor da Pele................................................................................................54<br />
Gráfico 2: Prováveis Etilogias do Surgimento das Estrias Atróficas..........................57<br />
Gráfico 3: Idade da Menarca......................................................................................59<br />
Gráfico 4: T<strong>em</strong>po de Transição de Estrias Rubras à Albas.......................................60<br />
Gráfico 5: Sintomatologia Inicial das Estrias Atróficas Rubras...................................61<br />
12
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS<br />
COFFITO - Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional<br />
IBRAMED - Indústria Brasileira de Equipamentos Médicos LTDA<br />
TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido<br />
UNESC - Universidade do Extr<strong>em</strong>o Sul Catarinense<br />
13
SUMÁRIO<br />
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 16<br />
2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 22<br />
2.1 Sist<strong>em</strong>a Tegumentar ......................................................................................... 22<br />
2.1.1 Pele e suas funções ....................................................................................... 22<br />
2.1.2 Anexos da Pele ............................................................................................... 26<br />
2.2 Histologia ........................................................................................................... 26<br />
2.2.1 Tecido Epitelial ............................................................................................... 27<br />
2.2.2 Tecido Conjuntivo .......................................................................................... 28<br />
2.3 Estrias Atróficas ................................................................................................ 31<br />
2.3.1 Características Clínicas ................................................................................. 31<br />
2.3.2 Incidência ........................................................................................................ 32<br />
2.3.3 Etiologia .......................................................................................................... 33<br />
2.4 Reparo de lesões ............................................................................................... 34<br />
2.4.1 Fase Inflamatória ............................................................................................ 34<br />
2.4.2 Fase Proliferativa ........................................................................................... 35<br />
2.4.3 Fase de R<strong>em</strong>odelamento ............................................................................... 36<br />
2.5 Fisioterapia Dermato-Funcional ...................................................................... 36<br />
2.6 Eletroterapia ...................................................................................................... 38<br />
2.6.1 Corrente Galvânica..........................................................................................38<br />
2.6.2 Striat®- Microcorrente Galvânica..................................................................39<br />
2.7 Endermoterapia..................................................................................................41<br />
2.8 Endermoterapia associado ao Striat®.............................................................42<br />
3 MATERIAIS E MÉTODOS......................................................................................43<br />
3.1 Caracterização do estudo..................................................................................43<br />
3.2 Caracterização da amostra e local do estudo................................................43<br />
3.3 Instrumentos e materiais para a pesquisa.......................................................45<br />
3.4 Procedimentos para coleta................................................................................48<br />
3.5 Procedimentos para análise de dados.............................................................50<br />
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS.......................................................51<br />
4.1 Análise das Características das Estrias de Cada Paciente...........................51<br />
14
4.1.1 Cor da pele.......................................................................................................54<br />
4.1.2 Localização e Disposição das Estrias Atróficas..........................................55<br />
4.1.3 Prováveis Etilogias do Surgimento das Estrias Atróficas..........................57<br />
4.1.4 Idade da Menarca............................................................................................58<br />
4.1.5 T<strong>em</strong>po de Transição de Estrias Atróficas Rubras à Albas da Região<br />
Glútea........................................................................................................................59<br />
4.1.6 Sintomatologia Inicial das Estrias Atróficas Rubras...................................61<br />
4.1.7 Aspecto e Forma das Estrias Atróficas........................................................62<br />
4.2 Alteração na Coloração das Estrias Atróficas Pós Tratamento....................63<br />
4.3 Comprimento e Larguras Pré e Pós-Tratamento das Estrias observado por<br />
meio do Programa de Software AutoCad 2009......................................................64<br />
4.4 Percepção Individual do Tratamento................................................................66<br />
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................68<br />
REFERÊNCIAS..........................................................................................................70<br />
ANEXOS....................................................................................................................76<br />
ANEXO A...................................................................................................................77<br />
ANEXO B...................................................................................................................79<br />
APÊNDICES...............................................................................................................81<br />
APÊNDICE A.............................................................................................................82<br />
APÊNDICE B.............................................................................................................84<br />
APÊNDICE C.............................................................................................................86<br />
APÊNDICE D.............................................................................................................90<br />
15
1 INTRODUÇÃO<br />
A segunda década do século XX foi crucial na formulação de um novo<br />
ideal físico. A preocupação de indivíduos com a sua imag<strong>em</strong> corporal ocupam cada<br />
vez um espaço maior dentre as suas preocupações (CASTRO, 2004). Existe um<br />
grande e crescente culto ao corpo e à beleza, impondo formas padronizadas de um<br />
perfil físico considerado ideal, imposto pela mídia diariamente, sendo assim os<br />
“indivíduos ajustam de algum modo tanto a aparência quanto seu comportamento de<br />
acordo com as exigências do cenário <strong>em</strong> causa” (GIDDENS, 1997, p.93).<br />
A Fisioterapia é definida pelo COFFITO - Conselho Federal de<br />
Fisioterapia e Terapia Ocupacional - como sendo “uma ciência que estuda, previne e<br />
trata os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes <strong>em</strong> órgãos e sist<strong>em</strong>as do corpo<br />
humano”.<br />
A Fisioterapia Dermato-Funcional, uma das áreas de atuação mais<br />
recentes da Fisioterapia, antes chamada de Fisioterapia Estética, v<strong>em</strong> se<br />
destacando por conseguir proporcionar grandes benefícios estéticos, e, sobretudo<br />
qualidade de vida e o b<strong>em</strong>-estar, a esses indivíduos que estão insatisfeitos com algo<br />
<strong>em</strong> seu corpo. Esta nova denominação de Fisioterapia Dermato-Funcional teve o<br />
objetivo de ampliar a área, conferindo-lhe a conotação de restauração da função, e<br />
não somente de melhorar ou restaurar a aparência (MILANI, 2006).<br />
A partir deste conceito, a Fisioterapia Dermato-Funcional visa além da<br />
prevenção, a recuperação físico funcional de alterações dermatológicas, músculo-<br />
esqueléticas e endócrino-metabólicas, sendo o fisioterapeuta, o profissional<br />
capacitado para atuar nestes diversos distúrbios (MONDO, 2004).<br />
As estrias são um mal que aflig<strong>em</strong> tanto homens quanto mulheres,<br />
fazendo com que fiqu<strong>em</strong> insatisfeitos <strong>em</strong> relação à sua auto-imag<strong>em</strong>. Ela é assim<br />
chamada por ser uma atrofia tegumentar adquirida, devido ao rompimento das fibras<br />
elásticas presentes na derme, segunda camada da pele, apresentando uma redução<br />
da sua espessura. T<strong>em</strong> aspecto linear, a princípio avermelhadas, após<br />
esbranquiçadas e abrilhantadas. Exist<strong>em</strong> três teorias que se destacam por explicar a<br />
etiologia das estrias atróficas: a teoria mecânica, endocrinológica e infecciosa, que<br />
posteriormente serão descritas detalhadamente (GUIRRO e GUIRRO, 1992;<br />
MONDO, 2004).<br />
16
A estria é uma lesão da pele, e como qualquer lesão, <strong>em</strong> seguida ao seu<br />
aparecimento, ocorr<strong>em</strong> vários eventos celulares e químicos na tentativa de reparar o<br />
tecido (KITCHEN, 2003).<br />
Todo o processo de reparo pode ser dividido teoricamente <strong>em</strong> três fases,<br />
porém não existe limite distinto entre elas, que são a fase inflamatória, a de<br />
proliferação/formação do tecido de granulação e a de r<strong>em</strong>odelag<strong>em</strong> (KITCHEN,<br />
1998).<br />
Pouca atenção era dada às estrias, <strong>em</strong> relação ao seu tratamento, pois<br />
são consideradas seqüelas irreversíveis. Isso está <strong>em</strong>basado no próprio exame<br />
histológico da estria, onde se pode observar uma redução no volume e número dos<br />
el<strong>em</strong>entos da pele e o rompimento de fibras elásticas, e se sabe que estas fibras<br />
não se regeneram. Porém, estudos recentes abriram uma nova perspectiva no<br />
tratamento das estrias, utilizando corrente contínua filtrada constante (GUIRRO e<br />
GUIRRO, 1992).<br />
Esta corrente é chamada de corrente galvânica, que no tratamento das<br />
estrias t<strong>em</strong> por intuito provocar um processo inflamatório agudo localizado no tecido<br />
acometido pela estria, para que haja uma regeneração deste tecido (MONDO, 2004),<br />
visando restabelecer de forma satisfatória a integridade dos tecidos tratados<br />
(GUIRRO & GUIRRO, 2002).<br />
O equipamento <strong>em</strong>pregado que utiliza a corrente microgalvânica é o<br />
Striat®, que consta de dois eletrodos, um passivo do tipo placa e um ativo especial,<br />
este último consiste de uma agulha fina que é sustentada por uma caneta (GUIRRO,<br />
2007). É um método invasivo, e o processo de regeneração da estria está baseado<br />
nos processos envolvidos na inflamação aguda e nos efeitos intrínsecos da corrente<br />
contínua (GUIRRO e GUIRRO, 1992).<br />
Outro método que também provoca a atenuação das estrias é a<br />
endermoterapia. A endermologia é uma técnica terapêutica que engloba<br />
equipamentos específicos baseados na aspiração (sucção), provocando ainda uma<br />
mobilização profunda da pele e tela subcutânea, permitindo um aumento na<br />
circulação sanguínea superficial (GUIRRO e GUIRRO, 2002), estimulando os<br />
fibroblastos, que contribu<strong>em</strong> para a recuperação da pele e de seu aspecto mais<br />
saudável (TOGNI, 2006). A partir da contextualização do probl<strong>em</strong>a formulou-se a<br />
seguinte questão probl<strong>em</strong>a: De forma comparativa, quais os efeitos isolados e<br />
17
combinados da microgalvanopuntura e da endermoterapia no tratamento das<br />
estrias atróficas albas da região glútea?<br />
Nessa perspectiva, para nortear o estudo, foram elaboradas a partir da<br />
questão probl<strong>em</strong>a, as seguintes questões a investigar:<br />
1- Como ocorreu o aparecimento das estrias?<br />
2- Quais os efeitos apresentados por cada um dos métodos terapêuticos?<br />
3- Há diferença nos resultados dos efeitos da terapia isolada e combinada da<br />
microgalvanopuntura e da endermoterapia?<br />
4- Qual o grau de satisfação das pacientes que realizaram os tratamentos<br />
seriam:<br />
propostos?<br />
Em relação às repostas das questões norteadoras, as prováveis hipóteses<br />
1- O aparecimento das estrias se dá <strong>em</strong> decorrência de estiramento excessivo da<br />
pele, por um crescimento corporal repentino, por deposição excessiva e de forma<br />
rápida de células adipócitas, por algum processo infeccioso ou por alterações na<br />
atividade esteróide, sendo que alguns autores já concordam que estes fatores<br />
pod<strong>em</strong> estar associados (GUIRRO e GUIRRO, 2004; WHITE et al,2008 ).<br />
2- Os efeitos apresentados pelos dois métodos terapêuticos seriam a atenuação<br />
das estrias atróficas, já que ambas técnicas, t<strong>em</strong> sua indicação para tal lesão<br />
cutânea.<br />
3- Sim. Pois, a associação da microgalvanopuntura com a endermoterapia<br />
teoricamente irá produzir um efeito esteticamente melhor, já a endermoterapia irá<br />
auxiliar por aumentar o aporte sanguíneo superficial local, conseqüent<strong>em</strong>ente<br />
melhorando a oxigenação tissular, eliminando as toxinas acumuladas,<br />
melhorando o aporte de substâncias e a nutrição do tecido conjuntivo e a<br />
estimulação dos fibroblastos irá causar uma regeneração do tônus da epiderme,<br />
18
tornando o seu aspecto mais suave (TOGNI, 2006) e o Striat® provocará um<br />
processo inflamatório agudo por meio dos efeitos intrínsecos da corrente<br />
contínua (GUIRRO e GUIRRO, 1992), assim tendo uma melhora reparação<br />
tecidual e retração da estria.<br />
4- Com a utilização dos recursos ocorr<strong>em</strong> sinais de regeneração, com o<br />
nivelamento da estria <strong>em</strong> relação à pele normal, alterando a coloração e<br />
minimizando o aspecto da estria. Pressupõe-se que a satisfação pessoal<br />
dependerá da assiduidade e dos efeitos da resposta tecidual de cada paciente.<br />
Têm-se como objetivo geral deste estudo descrever os efeitos isolados e<br />
combinados da aplicação da microgalvanopuntura e da endermoterapia no<br />
tratamento de estrias atróficas albas na região glútea <strong>em</strong> sujeitos do sexo f<strong>em</strong>inino.<br />
Os objetivos específicos se r<strong>em</strong>et<strong>em</strong> a apontar a fase de desenvolvimento<br />
da vida que teve início da ocorrência da lesão; possível etiologia; caracterizar as<br />
estrias de cada paciente selecionada para amostra, b<strong>em</strong> como o período de<br />
transição de estrias rubras à albas; relatar a relação entre estrias, endermologia e<br />
microgalvanopuntura; comparar o quadro evolutivo pré e pós o tratamento das<br />
estrias atróficas na região glútea dos três grupos: do grupo submetido à aplicação<br />
isolada da microgalvanopuntura; do grupo submetido à aplicação da endermoterapia<br />
também de forma isolada e do grupo submetido à aplicação de endermoterapia<br />
associado à microgalvanopuntura; aplicar o protocolo para coleta de dados e do<br />
programa de tratamento referente ao estudo e contribuir para a fundamentação<br />
científica da endermoterapia e da microgalvanopuntura no tratamento de estrias<br />
atróficas.<br />
O estudo é motivado pelo crescente número de indivíduos que<br />
apresentam estrias atróficas e a grande procura dos mais diversos tratamentos para<br />
tal lesão, que faz com que sujeitos de ambos os sexos, principalmente mulheres,<br />
fiqu<strong>em</strong> insatisfeitos <strong>em</strong> relação à sua auto-imag<strong>em</strong>.<br />
Existe uma grande parcela da população com estrias atróficas. Conforme<br />
Guirro (2002), a maior incidência de estrias ocorre entre doze e quatorze anos <strong>em</strong><br />
meninas, e <strong>em</strong> meninos, de doze a quinze anos. Na mulher adulta saudável, a<br />
incidência de estrias é 2,5 vezes mais freqüente que no hom<strong>em</strong> nas mesmas<br />
condições.<br />
19
A preocupação de indivíduos com a sua imag<strong>em</strong> corporal ocupam cada<br />
vez um espaço maior dentre as suas preocupações (CASTRO, 2004). No entanto,<br />
houve aumento da procura por tratamentos disponíveis.<br />
Como as estrias são consideradas seqüelas irreversíveis, o tratamento<br />
mais conhecido era realizar cirurgia plástica, já que não consideravam outro<br />
tratamento eficaz. Mas, estudos cont<strong>em</strong>porâneos abriram uma nova perspectiva no<br />
tratamento destas lesões. A Fisioterapia Dermato-Funcional v<strong>em</strong> se destacando por<br />
proporcionar o tratamento das estrias atróficas por meio de métodos terapêuticos,<br />
como a microgalvanopuntura (corrente contínua filtrada constante) e a<br />
endermoterapia (GUIRRO e GUIRRO, 1992). Essas novas técnicas têm como<br />
vantag<strong>em</strong> não ser necessário internação hospitalar e n<strong>em</strong> utilização de fármacos,<br />
menor risco de infecção e valor do tratamento b<strong>em</strong> reduzido <strong>em</strong> relação às cirurgias<br />
plásticas.<br />
A microgalvanopuntura é realizada por um equipamento de tecnologia<br />
avançada e de características modernas, que utiliza a corrente microgalvânica, o<br />
Striat®. Não causa efeitos colaterais, n<strong>em</strong> mesmo dependência, podendo ser<br />
utilizado no combate às rugas e estrias (GUIRRO, 2007). Ele produz um processo<br />
inflamatório agudo por meio dos efeitos intrínsecos da corrente contínua, o que<br />
levará a retração da cicatriz, fazendo com que a cicatriz fique o mais s<strong>em</strong>elhante do<br />
tecido original (GUIRRO e GUIRRO, 1992). A eficácia do tratamento, desde que<br />
controlada as variáveis, pode chegar até 100% (GUIRRO, 2007).<br />
A endermoterapia é outro recurso que engloba equipamentos específicos<br />
baseados na sucção (GUIRRO e GUIRRO, 2002), ela contribui para a recuperação<br />
da pele e de seu aspecto mais saudável. Esta recuperação da pele ocorre pela<br />
endermologia promover uma melhora da circulação sanguínea local e conseqüente<br />
maior oxigenação, nutrição e eliminação de toxinas do tecido e ainda estimular<br />
fibroblastos, que causará uma regeneração do tônus da epiderme (TOGNI, 2006).<br />
Ambas as técnicas apresentadas são indicadas para o tratamento de<br />
estrias atróficas, sendo que não foram encontrados estudos publicados sobre os<br />
efeitos da associação das duas técnicas, a microgalvanopuntura com a<br />
endermoterapia, n<strong>em</strong> da endermoterapia no tratamento de estrias, somente foi<br />
encontrado sobre a microgalvanopuntura. Já que poucas são as literaturas que<br />
abordam o t<strong>em</strong>a, este estudo irá contribuir na fundamentação científica das estrias<br />
20
atróficas e seus possíveis tratamentos com a endermoterapia e a<br />
microgalvanopuntura.<br />
Além da melhora da estética, o tratamento das estrias proporciona<br />
benefícios psicológicos pela melhora da auto-imag<strong>em</strong>, do equilíbrio <strong>em</strong>ocional, da<br />
satisfação pessoal e da aparência estética (GURGACZ, 2005).<br />
A escolha do t<strong>em</strong>a se deu pela afinidade e familiaridade com a área de<br />
Dermato-Funcional, após ter estagiado no ano de 2006, <strong>em</strong> uma clínica que atendia<br />
nesta área, por apresentar experiência com os equipamentos a ser<strong>em</strong> utilizados na<br />
pesquisa e ainda para obter um maior conhecimento sobre o t<strong>em</strong>a pelo interesse <strong>em</strong><br />
realizar uma especialização na área.<br />
21
2 Referencial Teórico<br />
2.1 Sist<strong>em</strong>a Tegumentar<br />
A pele, tela subcutânea e os anexos cutâneos faz<strong>em</strong> parte de um sist<strong>em</strong>a<br />
chamado tegumentar. Este sist<strong>em</strong>a t<strong>em</strong> diferentes funções tais como proteção,<br />
excreção, termorregulação, sensibilidade tátil e produção de vitamina D (GALDINO,<br />
2006, GUIRRO & GUIRRO, 1992; CORMACK, 1996).<br />
O tegumento compreende a pele, juntamente com órgãos acessórios<br />
derivados desta, os anexos cutâneos, tais como unhas, pêlos e glândulas de<br />
diversos tipos (BAILEY, 1973).<br />
2.1.1 Pele e suas funções<br />
A pele é o maior órgão do corpo, é o manto de revestimento, que constitui<br />
16% do peso corporal (GARTNER, 1999; JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2004).<br />
A pele é o órgão que possui maior recepção sensorial do corpo, de<br />
estímulos táteis, térmicos e dolorosos. Apresenta espessura situada entre 0,5 e 4<br />
milímetros e um teor de água de aproximadamente 70% do peso da pele livre de<br />
tecido adiposo, contendo cerca de 20% do conteúdo total de água do organismo<br />
(GUIRRO e GUIRRO, 2002). Ela não é um órgão isolado, pois se encontra<br />
associada a vários sist<strong>em</strong>as, tais como, músculo-esquelético, neurológico,<br />
circulatório, endócrino e imunitário (SIMÕES, 2001).<br />
O tegumento têm função protetora por criar uma barreira contra,<br />
microorganismos, agentes tóxicos e organismos estranhos, ser fonte imunológica de<br />
hormônios para diferenciação de células protetoras, protege contra os efeitos da<br />
radiação e perda hídrica, traumas mecânicos e elétricos e ainda por ser um<br />
obstáculo entre o organismo e o ambiente. Sua função sensitiva se dá por ser base<br />
dos receptores sensoriais do tato e mediadora de sensações. Além disso, é fonte<br />
organizadora e processadora de informações, regula a pressão, o fluxo sanguíneo e<br />
22
a t<strong>em</strong>peratura corporal, participa do metabolismo e armazenamento de gordura, é<br />
reservatório de alimento e água, forma compostos importantes como a vitamina D,<br />
ainda é essencial na respiração (GUIRRO & GUIRRO, 1992; JUNQUEIRA e<br />
CARNEIRO, 2004).<br />
A pele é composta por duas camadas: a epiderme e a derme. A epiderme<br />
é constituída por uma porção epitelial de orig<strong>em</strong> ectodérmica, a derme por uma<br />
porção conjuntiva de orig<strong>em</strong> mesodérmica e logo abaixo a hipoderme, que têm a<br />
mesma orig<strong>em</strong> e morfologia da derme, não sendo considerada uma camada da pele<br />
e sim uma continuidade da derme, ela serve de suporte e une a derme aos órgãos<br />
subjacentes, e ainda permite à pele uma significativa amplitude de movimento<br />
(CORMACK, 1996; GUIRRO & GUIRRO, 1992; GUIRRO e GUIRRO, 2002;<br />
JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2004; SOUZA, 2004).<br />
A epiderme é a camada mais superficial da pele, constituída de um<br />
epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, sendo sua porção mais profunda<br />
constituída de células epiteliais que se proliferam continuamente para que seja<br />
mantido seu número. Apresenta três tipos de células: os melanócitos, as células de<br />
Langerhans e de Merkel. Têm espessura fina na maior parte do corpo, sendo menor<br />
que 0,12 milímetros, mas <strong>em</strong> outras regiões corporais como na região volar da mão<br />
e plantar do pé têm espessura mais espessa, podendo atingir até 1,5 milímetros<br />
(GUIRRO e GUIRRO, 2002; JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2004). Ela é descrita como<br />
sendo constituída por quatro estratos ou camadas, podendo se observar da derme<br />
até a superfície as seguintes camadas: camada germinativa (basal), camada<br />
espinhosa, camada granulosa, camada lúcida e camada córnea. Foram citados<br />
cinco estratos, porém, a camada lúcida não é considerada um estrato, pelo fato de<br />
estar ou não incluída, sendo somente observada <strong>em</strong> determinadas amostras de pele<br />
espessa (CORMACK, 1996; GALDINO, 2006; GUIRRO e GUIRRO, 2002;<br />
JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2004).<br />
A Camada Germinativa (Basal) é a mais profunda, tendo esta<br />
denominação por produzir células novas, fazendo uma renovação constante da<br />
epiderme, pela intensa atividade mitótica. Esta renovação de células ocorre para<br />
substituir aquelas células que são perdidas na camada córnea. Este processo ocorre<br />
<strong>em</strong> torno de 21 a 28 dias, isto é, neste período essas novas células são deslocadas<br />
da camada germinativa até a camada córnea, a mais superficial (GUIRRO e<br />
GUIRRO, 2002; JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2004).<br />
23
A Camada Espinhosa ou camada malpighiana. É constituída por células<br />
de Malpighi, ou células espinhosas, sendo assim denominada pelo seu aspecto<br />
espinhoso, pelo fato de ser constituída de células poligonais cubóides ou<br />
ligeiramente achatadas, de núcleo central com expansões citoplasmáticas que<br />
contêm tonofibrilas saindo de cada uma das células adjacentes e essas expansões<br />
se aproximam e se un<strong>em</strong> por meio dos desmossomos, o que confere à célula esse<br />
aspecto espinhoso. As células desta camada têm como função manter a coesão das<br />
células da epiderme, mantendo assim a resistência ao atrito (AZULAY e AZULAY,<br />
1999; GUIRRO e GUIRRO, 2002; JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2004).<br />
A Camada Granulosa é assim chamada por conter grânulos de querato-<br />
hialina no citoplasma das células que formam esta camada, que parec<strong>em</strong> estar<br />
associados com o processo de queratinização dos epitélios. Com o aumento do<br />
tamanho destes grânulos, o núcleo do citoplasma se desintegra, resultando na morte<br />
destas células mais externas da camada granulosa (GUIRRO e GUIRRO, 2002;<br />
JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2004).<br />
A Camada Lúcida não é fácil de ser observada, e quando visível t<strong>em</strong><br />
aspecto de uma linha clara, brilhante e homogênea, por isso a sua denominação. É<br />
formada por inúmeras camadas de células, que têm aspecto achatado e fort<strong>em</strong>ente<br />
unidas. Esta camada é mais pro<strong>em</strong>inente <strong>em</strong> áreas de pele espessa, podendo não<br />
ser encontradas <strong>em</strong> outros locais (GUIRRO e GUIRRO, 2002; JUNQUEIRA e<br />
CARNEIRO, 2004).<br />
A Camada Córnea é a mais superficial das camadas da epiderme, t<strong>em</strong><br />
espessura muito variável, é formada de vários planos de células mortas e<br />
intimamente unidas. Quando o citoplasma das células for substituído pela queratina,<br />
as células mortas são denominadas corneificadas. Estas células formam uma<br />
cobertura sobre a superfície corporal, protegendo o organismo contra invasores do<br />
meio externo e de reter perda de água do organismo. Estas células mortas mais<br />
superficiais são eliminadas constant<strong>em</strong>ente como resultado de um atrito, como o<br />
atrito com a roupa. A renovação do estrato córneo ocorre <strong>em</strong> cerca de 14 dias<br />
(GUIRRO e GUIRRO, 2002; JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2004).<br />
A derme é uma espessa camada que se comunica com a hipoderme,<br />
tecido conjuntivo frouxo, unindo-a com a fáscia dos músculos adjacentes é de tecido<br />
conjuntivo a qual se apóia a epiderme. Nela situam-se algumas fibras elásticas,<br />
reticulares e muitas fibras colágenas, sendo suprida por vasos sangüíneos, vasos<br />
24
linfáticos e nervos. Sua espessura média é de 2 milímetros e no máximo de 3<br />
milímetros na região plantar do pé . Ela é constituída de duas camadas: a camada<br />
papilar, mais superficial, e a camada reticular, a mais profunda (GUIRRO e GUIRRO,<br />
2002; JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2004).<br />
A Camada Papilar é fina, formada por tecido conjuntivo frouxo,<br />
apresentando saliências que acompanham as reentrâncias correspondentes da<br />
epiderme, as papilas dérmicas, sua parte mais importante, por isso levando a<br />
camada esta denominação. As papilas dérmicas traz<strong>em</strong> maior resistência à pele, por<br />
aumentar a zona de contato entre a derme e a epiderme (GUIRRO e GUIRRO,<br />
2002; JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2004).<br />
A Camada Reticular é mais espessa, formada por tecido conjuntivo<br />
denso, apresentando feixes de fibras colágenas que se entrelaçam <strong>em</strong> um arranjo<br />
s<strong>em</strong>elhante a uma rede, por isso levando a camada esta denominação (GUIRRO e<br />
GUIRRO, 2002; JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2004).<br />
Estas duas camadas da derme contêm grande quantidade de fibras<br />
elásticas, que são responsáveis, <strong>em</strong> parte, pelas características de elasticidade da<br />
pele. O que difere significativamente as duas camadas é o conteúdo de seus<br />
capilares, já que na camada papilar o suprimento sangüíneo é abundante e na<br />
camada reticular é raro (GUIRRO e GUIRRO, 2002; JUNQUEIRA e CARNEIRO,<br />
2004).<br />
A hipoderme é a continuidade da derme, também conhecida como tela<br />
subcutânea. Ela não faz parte da pele, é formada por tecido conjuntivo que varia do<br />
tipo frouxo ou adiposo ao denso, nas várias localizações e nos diferentes sujeitos, é<br />
o tecido sobre o qual a pele repousa. Além de depósito nutritivo de reserva, a<br />
hipoderme também participa no isolamento térmico e na proteção mecânica do<br />
organismo às pressões e traumatismos externos. A hipoderme constitui-se <strong>em</strong> três<br />
camadas, das quais a mais superficial é a areolar e a mais profunda é a lamelar<br />
(GUIRRO e GUIRRO, 2002; GARTNER e HIATT, 1999; SAMPAIO, CASTRO e<br />
RIVITTI, 1992).<br />
25
2.1.2 Anexos da Pele<br />
Estão incluídos nos anexos da pele as glândulas sudoríparas, as<br />
glândulas sebáceas, os pêlos e as unhas, que representam apenas 0,1% da<br />
superfície total da pele (SIMÕES, 2001).<br />
As glândulas sudoríparas estão localizadas na derme ou hipoderme, e<br />
estão <strong>em</strong> quase todo corpo, mas diminu<strong>em</strong> com o avanço da idade. Têm importante<br />
função reguladora da t<strong>em</strong>peratura corporal, sendo encontrados <strong>em</strong> abundância na<br />
região plantar e palmar (DÂNGELO E FATTINI, 2004; GUIRRO e GUIRRO, 2002).<br />
As glândulas sebáceas localizam-se na derme, mas não se encontram na<br />
região palmar e plantar. Produz<strong>em</strong> uma secreção, conhecida como sebo, que têm<br />
como função lubrificar a cútis e os pêlos (DÂNGELO E FATTINI, 2004).<br />
Os pêlos estão situados <strong>em</strong> invaginações profundas da epiderme, são<br />
constituídos por células queratinizadas produzidas pelos folículos pilosos.<br />
Apresentam uma parte livre, a haste, e uma parte intradérmica, a raiz. Na haste<br />
encontram-se três camadas, a cutícula externa, o córtex e a medula (PORTO, 2001).<br />
As unhas são formadas pela união de dois folhetos epidérmicos externos,<br />
na camada córnea e na camada lúcida. Encontram-se localizadas na falange distal<br />
dos dedos e dos artelhos, são formadas por placas de células epiteliais, que têm<br />
muita queratina (GARTNER, 2003; GUIRRO e GUIRRO, 2002).<br />
2.2 Histologia<br />
Os tecidos são constituídos de células e pelo material extracelular, este<br />
material é formado e secretado por estas células, chamado de matriz extracelular. A<br />
histologia estuda estes tecidos do organismo, b<strong>em</strong> como os fluidos orgânicos que<br />
contêm células (MORISCOT, 2004).<br />
26
Os estudos histológicos esclarec<strong>em</strong> a relação entre estrutura e função<br />
microscópica por meio da exploração do significado das diferentes características de<br />
células e tecidos (CORMACK, 1996).<br />
Existe uma variedade de tecidos no corpo humano e mesmo pela<br />
complexidade do organismo do mamífero, são divididos didaticamente <strong>em</strong> apenas<br />
quatro grupos básicos de tecidos: tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido muscular<br />
e tecido nervoso. Os tecidos epitelial e conjuntivos são os principais tecidos<br />
encontrados na pele, nas camadas epiderme e derme (JUNQUEIRA e CARNEIRO,<br />
2004; MORISCOT, 2004).<br />
2.2.1 Tecido Epitelial<br />
O tecido epitelial se caracteriza por ser constituídos de células unidas<br />
umas as outras com escasso material extracelular. Exist<strong>em</strong> dois tipos fundamentais<br />
de epitélio, que se distingu<strong>em</strong> de acordo com a estrutura e funções exercidas, o<br />
epitélio de revestimento e o epitélio glandular. Mas ainda existe um outro epitélio<br />
chamado neuroepitélio, que é responsável pela captação de estímulos proveniente<br />
do ambiente como olfatórios e gustativos (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2004;<br />
MORISCOT, 2004).<br />
O tecido epitelial de revestimento recobre cavidades internas e externas<br />
do corpo, revestindo internamente a cavidade oral, fossas nasais, estômago e<br />
intestinos, e externamente, constituindo a epiderme, camada mais superficial da<br />
pele.<br />
Os epitélios de revestimento são classificados de acordo com o número<br />
de camadas de células constituintes e a forma das células na camada mais<br />
superficial. Este tecido pode ser classificado como epitélio simples ou estratificado,<br />
sendo diferenciados pelo simples apresentar uma única camada de células e o<br />
estratificado por mais de uma camada celular. Os epitélios simples subdivid<strong>em</strong>-se de<br />
acordo com a forma da suas células <strong>em</strong> pavimentoso (plano), cúbicos e prismáticos.<br />
O epitélio estratificado é designado tendo <strong>em</strong> vista a forma da camada celular mais<br />
superficial. A pele é classificada como sendo epitélio estratificado pavimentoso, pois,<br />
27
<strong>em</strong>bora a maioria de suas células tenha forma cúbica, as células da camada mais<br />
superficial são planas (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2004; MORISCOT, 2004).<br />
A resposta regenerativa do epitélio t<strong>em</strong> sido estudada na epiderme mais<br />
que <strong>em</strong> qualquer outro tipo de epitélio, durante o processo de reparação de<br />
ferimentos <strong>em</strong> mamíferos. Tanto o epitélio como o tecido conjuntivo subjacente são<br />
traumatizados na maioria dos ferimentos, mas estes tecidos têm a capacidade de<br />
divisão celular e regeneração, diferente de outros tecidos, tais como células<br />
nervosas e fibras musculares esqueléticas (BAILEY, 1973).<br />
2.2.2 Tecido Conjuntivo<br />
Este tecido apresenta diferentes tipos de células, que são separadas por<br />
um abundante material extracelular que é formado por elas. Este material é<br />
representado pelas fibras do conjuntivo e pela matriz extracelular ou substância<br />
fundamental, que se un<strong>em</strong> as fibras e receptores celulares denominados integrinas<br />
(GUIRRO e GUIRRO, 2002; JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2004).<br />
Eles pod<strong>em</strong> ser classificados como tecido conjuntivo frouxo, denso e de<br />
propriedades especiais. O tecido conjuntivo frouxo é encontrado na pele, nas<br />
mucosas e nas glândulas. O tecido conjuntivo denso é encontrado nos tendões<br />
musculares e se enquadram no tecido conjuntivo de propriedades especiais os<br />
tecidos adiposo, elástico, reticular e mucoso (GUIRRO e GUIRRO, 2002).<br />
As principais células do tecido conjuntivo são: o fibroblasto, macrófago,<br />
linfócito, plasmócito, mastócito, célula adiposa e leucócito. Os fibroblastos são os<br />
responsáveis pela síntese e manutenção da matriz extracelular, já as outras células,<br />
estão envolvidas no processo de defesa contra agentes agressores (MORISCOT,<br />
2004; JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2004).<br />
As cicatrizes são de tecido conjuntivo, <strong>em</strong> condições normais os<br />
fibroblastos não se divid<strong>em</strong>, mas na cicatrização de lesões os fibroblastos entram<br />
<strong>em</strong> mitose para reparação tecidual (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2004).<br />
Exist<strong>em</strong> três principais fibras do conjuntivo: colágenas, reticulares e<br />
elásticas. Estas fibras distribu<strong>em</strong>-se desigualmente conforme as variedades de<br />
28
tecido conjuntivo (GUIRRO e GUIRRO, 2002; JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2004;<br />
MORISCOT, 2004).<br />
As fibras colágenas compreend<strong>em</strong> 95% do tecido conectivo da derme.<br />
Em direção da superfície para a profundidade os feixes colágenos espessam-se,<br />
sendo mais delgados na derme papilar e, espessos, entrelaçados e paralelos à<br />
superfície, na derme reticular. O colágeno t<strong>em</strong> como função fornecer resistência e<br />
integridade estrutural a diferentes tecidos e órgãos (GUIRRO e GUIRRO, 2002;<br />
SAMPAIO, CASTRO e RIVITTI, 1992).<br />
O colágeno é uma proteína fibrosa de maior abundância no corpo<br />
humano, representando 30% do total das proteínas do organismo. É formada a partir<br />
da polimerização do tropocolágeno, substância excretada pelos fibroblastos. A parte<br />
mais interna da derme contém colágeno num estado de compactamento alto,<br />
enquanto que a parte mais externa da derme contém colágeno numa forma mais<br />
laxa (GUIRRO e GUIRRO, 2002; JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2004; SIMÕES, 2001).<br />
De acordo com sua estrutura e função o colágeno pode ser classificado<br />
<strong>em</strong> grupos: colágenos que formam fibrilas, colágenos associados a fibrilas, colágeno<br />
que forma rede e colágeno de ancorag<strong>em</strong>.<br />
As moléculas desses colágenos que formam as fibrilas se un<strong>em</strong> para<br />
sintetizar essas fibrilas, e pertenc<strong>em</strong> a esse grupo os colágenos I, II, III, V e XI. O de<br />
maior abundância no corpo é o colágeno tipo I, presente <strong>em</strong> ossos, dentina,<br />
tendões, cápsulas de diversos órgãos, derme e dentre outros. As moléculas dos<br />
colágenos associados à fibrila são estruturas pequenas que un<strong>em</strong> as fibras<br />
colágenas umas as outras e aos componentes da matriz extracelular, pertenc<strong>em</strong> a<br />
esse grupo os colágenos tipo IX e XII. O colágeno que forma a rede é o tipo IV, um<br />
dos principais componentes da lâmina basais e o colágeno de ancorag<strong>em</strong> é do tipo<br />
VII, encontrado nas fibrilas de ancorag<strong>em</strong> que un<strong>em</strong> as fibras colágenas tipo I às<br />
lâminas basais (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2004).<br />
As fibras colágenas proporcionam força tênsil dos ferimentos na fase de<br />
cicatrização. Nos tecido normais, o metabolismo consiste <strong>em</strong> homeostase entre<br />
biossíntese e degradação. São reabsorvidas durante o crescimento, r<strong>em</strong>odelação,<br />
involução, inflamação e reparo dos tecidos (GUIRRO e GUIRRO, 2002).<br />
As fibras reticulares têm características s<strong>em</strong>elhantes às fibras<br />
colágenas, como formação de fibrilas com aspecto estriado e compostas de<br />
moléculas de colágeno III, mas diferenciam-se por ser<strong>em</strong> mais delgadas, não<br />
29
formando fibras espessas, sendo classificadas como fibras reticulares pelos<br />
histologistas por apresentar<strong>em</strong> forma de rede (GUIRRO e GUIRRO, 2002;<br />
MORISCOT, 2004).<br />
Essas fibras são encontradas no tecido conjuntivo frouxo associado aos<br />
epitélios, pequenos vasos sangüíneos, nervos e células musculares e têm como<br />
características ser<strong>em</strong> curtas, finas e inelásticas (GUIRRO e GUIRRO, 2002;<br />
MORISCOT, 2004). Apresentam grandes diferenças das fibras elásticas, por ter<strong>em</strong><br />
aspecto mais delgado e não apresentar<strong>em</strong> estriação longitudinal (JUNQUEIRA e<br />
CARNEIRO, 2004).<br />
As fibras elásticas são delgadas, de cor amarelada que têm como<br />
principal componente a elastina, sendo esta muito mais resistente que o colágeno e<br />
a microfibrila elástica. Estas fibras consegu<strong>em</strong> ceder a trações mínimas, retornando<br />
facilmente a sua forma original (GUIRRO e GUIRRO, 2002).<br />
A elastina é produzida por um precursor secretado pelos fibroblastos,<br />
assim como o colágeno. Organiza-se <strong>em</strong> fibras curtas e sobrepostas, sendo<br />
responsável pela elasticidade da pele (SIMÕES, 2001). Mas ela é encontrada <strong>em</strong><br />
pouca quantidade na pele, sendo responsável pela elasticidade das fibras do tecido<br />
elástico, possuindo distensibilidade de 100 a 140%. Anormalidades de fibras<br />
elásticas pod<strong>em</strong> ser encontradas na pele de indivíduos idosos, de jovens diabéticos<br />
ou portadores de estrias atróficas (GUIRRO e GUIRRO, 2002).<br />
Exist<strong>em</strong> três tipos de lesões dérmicas que apresentam diferentes<br />
alterações nas fibras elásticas e colágenas, na substância fundamental amorfa e nos<br />
fibroblastos que são: as estrias atróficas, a lesão senil papilar, a lesão senil reticular<br />
e a cicatriz.<br />
As estrias são atrofias lineares adquiridas, <strong>em</strong> que as fibras elásticas são<br />
escassas e se encontram <strong>em</strong> maior quantidade na região periférica da estria, não<br />
sendo encontrada muitas fibras na região central (BONETTI, 2007; GUIRRO e<br />
GUIRRO, 2002).<br />
30
2.3 Estrias atróficas<br />
A estria foi descrita pela primeira vez por Troiser & Menetrier; entretanto,<br />
Lacharriére aponta Roereder como percursor, por ter descrito a presença de estrias<br />
<strong>em</strong> gestantes <strong>em</strong> 1773. Ela é uma lesão, que começou a ser pesquisada após<br />
estudos de determinados assuntos como obesidade, terapias por corticosteróides,<br />
afecções da pele, excreção de estreróides, onde se observou a presença de estrias<br />
atróficas (BONETTI, 2007; GUIRRO & GUIRRO, 2002; MISTICONE, 2007).<br />
A estria atrófica é assim chamada por ser uma atrofia tegumentar<br />
adquirida, devido ao rompimento das fibras elásticas presentes na derme,<br />
apresentando uma redução da sua espessura. Apresentam caráter de bilateralidade,<br />
e dispõ<strong>em</strong>-se paralelamente umas as outras e perpendicular às linhas de fenda da<br />
pele (BONETTI, 2007; GUIRRO & GUIRRO, 1992; GUIRRO e GUIRRO, 2002;<br />
KEDE; SABATOVICH, 2003; MONDO, 2004; SILVA, 2005; TOSCHI, 2004).<br />
Quando a tensão do tecido provoca uma lesão do conectivo dérmico,<br />
causando uma dilaceração das malhas, o desequilíbrio elástico localizado<br />
ocasionará uma lesão cutânea, isto é, a estria atrófica. A pele que têm estrias<br />
atróficas apresenta modificações nas fibras colágenas, na substância fundamental<br />
amorfa e nos fibroblastos (KARIME, 2006).<br />
As estrias quando surg<strong>em</strong> são avermelhadas e quando o processo de<br />
formação já está praticamente estabelecido, as lesões tornam-se esbranquiçadas<br />
(GUIRRO e GUIRRO, 2002; MISTICONE, 2007; TSUJI, 1993).<br />
2.3.1 Características Clínicas<br />
As regiões mais afetadas pelo aparecimento de estrias atróficas são na<br />
região glútea, coxas, mamas e abdômen. Por vezes pode haver o envolvimento das<br />
virilhas e articulação dos cotovelos, especialmente <strong>em</strong> atletas. No estágio inicial,<br />
muitas vezes há um componente inflamatório, mas logo depois surge a fase atrófica<br />
(GUIRRO E GUIRRO, 2002; LIMA, 2005).<br />
31
As estrias atróficas geralmente são assintomáticas, porém alguns sujeitos<br />
pod<strong>em</strong> apresentar uma leve coceira na região quando está no estágio inflamatório<br />
(BONDI, JEGASOTHY e LAZARUS,1993).<br />
Há indivíduos <strong>em</strong> que ocorr<strong>em</strong> sintomas ao aparecimento das estrias, os<br />
sintomas por estes apresentados inicialmente ao aparecimento delas são: prurido,<br />
dor, erupção papilar plana e lev<strong>em</strong>ente erit<strong>em</strong>atosa (rosada). Nesta fase a estria é<br />
chamada de rubra (striae rubrae), esta coloração se deve ao rompimento de vasos<br />
sanguíneos. Em seguida, as estrias ficam com aspecto esbranquiçado, nacaradas,<br />
denominada estria alba (striae albae), apresentam esta aparência por ser<strong>em</strong> estrias<br />
antigas, onde já ocorreu a formação de fibrose (ALAITI,2009; BITENCOURT, 2007;<br />
GUIRRO E GUIRRO, 2002).<br />
As estrias têm formas variadas, podendo ser retilíneas, curvilíneas, <strong>em</strong><br />
forma de “S” ou <strong>em</strong> ziguezague e <strong>em</strong> relação a sua extensão pode variar de um a<br />
dois centímetros, podendo chegar até uns cinco centímetros de largura. Pod<strong>em</strong> ter<br />
aspecto deprimido, de superfície lisa ou finamente pregueáveis. A cor, normalmente,<br />
é caracterizada de acordo com o período de instauração: quanto mais próximas da<br />
cor vermelha, mais recentes as estrias e quanto mais esbranquiçadas, mais antigas.<br />
(BONETTI, 2007; DOMINGUES, 2006; FONSECA; SOUZA, 1984.)<br />
2.3.2 Incidência<br />
Há diferenças entre autores quanto a sua incidência, porém todos entram<br />
<strong>em</strong> consenso ao relatar que as estrias atróficas são encontradas <strong>em</strong> ambos os<br />
sexos, mas com predominância no f<strong>em</strong>inino, principalmente a partir da adolescência.<br />
Conforme Guirro e Guirro (2002), a maior incidência de estrias <strong>em</strong> meninas ocorre<br />
entre doze e quatorze, e nos meninos, de doze a quinze anos. Entretanto, as estrias<br />
são notadas <strong>em</strong> todos os grupos etários. Na mulher adulta saudável, a incidência de<br />
estrias é 2,5 vezes mais freqüente que no hom<strong>em</strong> nas mesmas condições.<br />
Já Azulay e Azulay (1999), afirma que a maior prevalência de estrias<br />
ocorre na faixa etária dos 14 aos 20 anos (55-65% nas mulheres e 15-20% nos<br />
homens), ou seja, aproximadamente de 3 a 6 vezes mais freqüentes no sexo<br />
f<strong>em</strong>inino que no masculino.<br />
32
Quanto à localização das estrias, pode-se observar uma incidência maior<br />
nas regiões que apresentam alterações teciduais como glúteos, seios, abdômen,<br />
coxas, região lombossacral (comum <strong>em</strong> homens), podendo ocorrer também <strong>em</strong><br />
regiões não muito comuns, como fossa poplítea, tórax, região ilíaca, antebraço,<br />
porção anterior do cotovelo (BONETTI, 2007; GUIRRO E GUIRRO, 2004).<br />
2.3.3 Etiologia<br />
Exist<strong>em</strong> três teorias para tentar justificar o aparecimento das estrias: a<br />
teoria mecânica, teoria endócrina e teoria infecciosa, que ainda há muitas<br />
controvérsias (GUIRRO e GUIRRO, 2002; WHITE, 2008).<br />
A teoria mecânica explica que por meio da deposição excessiva de<br />
gordura no tecido adiposo, ocorre dano as fibras elásticas e colágenas da pele,<br />
também aparecendo como seqüelas de rápidos períodos de crescimento, onde<br />
ocorre a ruptura ou perda das fibras elásticas dérmicas, como por ex<strong>em</strong>plo, na<br />
gestante, no estirão do crescimento e <strong>em</strong> obesos (BONETTI, 2007; GUIRRO e<br />
GUIRRO, 2002; LIMA, 2005).<br />
Na teoria endócrina a etiologia da estria parece estar intimamente<br />
relacionada com as alterações hormonais, especificamente com os hormônios<br />
corticóides. Esta teoria postula que o hormônio esteróide está presente de forma<br />
atuante <strong>em</strong> todos os quadros <strong>em</strong> que as estrias surg<strong>em</strong> como na obesidade,<br />
adolescência e gravidez, explicando o fato da ocorrência de estrias ser raríssima <strong>em</strong><br />
crianças abaixo de cinco anos, ou até nove anos, mesmo que obesas, pois a<br />
secreção desse hormônio só se inicia na puberdade (BONETTI, 2007; GUIRRO e<br />
GUIRRO, 2002; LIMA, 2005).<br />
Na teoria infecciosa sugere que processos infecciosos acarretam danos<br />
às fibras elásticas, provocando as estrias. Foi observada <strong>em</strong> adolescentes a<br />
presença de estrias púrpuras após febre tifóide, tifo, febre reumática, hanseníase e<br />
outras infecções (GUIRRO e GUIRRO, 2004; LIMA, 2005).<br />
Acredita-se ainda que as estrias possam ocorrer <strong>em</strong> indivíduos que têm<br />
predisposição genética. Acredita-se que os genes determinantes para a formação do<br />
colágeno, da elastina e da fibronectina estejam reduzidos <strong>em</strong> sujeitos portadores de<br />
33
estrias atróficas, ocasionando uma alteração no metabolismo do fibroblasto (ALAITI,<br />
2009; DOMINGUES, 2006; LEE et al., 1994; GUIRRO e GUIRRO, 2004).<br />
Já que a estria atrófica é uma lesão cutânea, após o aparecimento<br />
destas, como <strong>em</strong> toda lesão, ocorr<strong>em</strong> diversos processos na tentativa de reparar a<br />
lesão.<br />
2.4 Reparo de lesões<br />
A regeneração é um processo complexo e essencial, se ela não ocorresse<br />
seria incompatível com a vida. É um mecanismo homeostático para restaurar o<br />
equilíbrio fisiológico e pode ser iniciada como resultado da perda de comunicação<br />
entre células adjacentes, entre células e seu suporte ou por morte celular. Nela<br />
ocorr<strong>em</strong> ações integradas das células, matriz e mensageiros químicos, visando<br />
restaurar a integridade tecidual o mais rápido possível. Ocorre uma diversidade de<br />
eventos complexos, que envolv<strong>em</strong> a migração das células originárias do tecido<br />
vascular e conjuntivo para a região da lesão. Esse processo é governado por<br />
substâncias quimiotáticas liberadas no local da lesão (KITCHEN, 2003).<br />
Este processo é dividido <strong>em</strong> três fases: fase inflamatória, fase proliferativa<br />
e fase de r<strong>em</strong>odelamento.<br />
2.4.1 Fase Inflamatória<br />
Esta fase ocorre imediatamente após a lesão, tendo duração de<br />
aproximadamente 24 a 48 horas, mas se a irritação local persistir esse processo<br />
pode se prolongar por mais 12 horas. Estão presentes os seguintes sinais: calor,<br />
rubor, ed<strong>em</strong>a e dor, podendo ainda ter perda de função. Esta é a fase de limpeza e<br />
defesa da área da lesão. Com a alteração do conteúdo de fosfolipídeo nas paredes<br />
celulares, como <strong>em</strong> quase todas lesões, ocorre a produção de prostaglandina, sendo<br />
que estas t<strong>em</strong> ações pró-inflamatórias, responsáveis pelo aumento da<br />
34
permeabilidade vascular, assim atraindo os leucócitos para região lesada (LIMA,<br />
2005; PEREIRA, 2003).<br />
Os primeiros leucócitos a chegar<strong>em</strong> ao local da lesão são os leucócitos<br />
polimorfos nucleares negativos. Esses neutrófilos ultrapassam as paredes dos vasos<br />
por ação amebóide, atuando na fagocitose dos corpos estranhos e débris, células<br />
mortas, limpando a área lesada. Esta fase t<strong>em</strong> duração de 2 a 3 dias, iniciando,<br />
após a fase proliferativa (LIMA, 2005; MANDELBAUM, 2003).<br />
2.4.2 Fase Proliferativa<br />
É dividida <strong>em</strong> três subfases: fibroplasia, angiogênese e reepitelização. Ela<br />
é a fase responsável pelo fechamento da lesão. Na fibroplasia ocorre a formação de<br />
matriz e de tecido de granulação, sendo o responsável os fibroblastos, que<br />
produz<strong>em</strong> o colágeno, a elastina e outras substâncias. Na angiogênese ocorre a<br />
formação de novos vasos sanguíneos, sendo responsável pela nutrição e<br />
suprimento de oxigênio para cicatrização. Na reepitelização ocorre o fechamento da<br />
pele. Nela também ocorre a contração centrípeta da ferida, reduzindo seu diâmetro e<br />
assim facilitando a cicatrização. Neste período, o tecido colágeno t<strong>em</strong> pouca<br />
resistência tênsil, já que é imaturo (CÔRTES, 2008; LIMA, 2005; MANDELBAUM,<br />
2003, PEREIRA, 2003).<br />
As fibras reorientam-se ao longo das linhas de tensão, resultando <strong>em</strong><br />
maior resistência tênsil. A resistência das fibras à ruptura aumenta gradativamente à<br />
medida que aumenta a deposição de colágeno, atingindo 20% do normal. Depois de<br />
21 dias algumas substâncias como o cobre, ferro, vitamina C, B6, magnésio, zinco<br />
têm função essencial na produção de colágeno de qualidade e de boa resistência<br />
tênsil ou mecânica. Este processo têm duração de 3 dias a 3 s<strong>em</strong>anas (LIMA, 2005).<br />
35
2.4.3 Fase de R<strong>em</strong>odelamento<br />
Esta fase é a posterior, ocorrendo o processo de maturação da cura,<br />
sendo este a longo prazo. Esta fase é caracterizada pelo realinhamento das fibras<br />
de colágeno que compõ<strong>em</strong> o tecido cicatricial, este r<strong>em</strong>odelamento ocorre de acordo<br />
com as forças de tensão às quais a cicatriz é submetida. Há um constante aumento<br />
da resistência à tração na matriz cicatricial com a ocorrência da queda e da síntese<br />
de colágeno. Estando a tensão e a tração aumentadas, as fibras de colágeno serão<br />
realinhadas <strong>em</strong> uma posição de eficiência máxima, paralelamente às linhas de<br />
tensão. Aos poucos o tecido assume aparência e função normal, <strong>em</strong>bora a cicatriz<br />
seja poucas vezes tão forte quanto o tecido normal lesado. Geralmente, próximo de<br />
três s<strong>em</strong>anas, já se têm uma cicatriz firme, forte e resistente e não vascularizada. A<br />
fase de maturação regenerativa pode ser completada totalmente após muitos anos<br />
(PRENTICE, 2004; LIMA, 2005).<br />
Todas estas fases ocorrerão na tentativa de reparo das estrias atróficas.<br />
O Fisioterapeuta é um profissional que deve ter um amplo conhecimento sobre elas<br />
para o tratamento correto na lesão. No caso desta lesão, a estria, a área da<br />
Fisioterapia que atua no seu tratamento é a Dermato-Funcional.<br />
A Fisioterapia Dermato-Funcional proporciona além de benefícios<br />
estéticos, qualidade de vida e o b<strong>em</strong>-estar a esses indivíduos que estão insatisfeitos<br />
com algo <strong>em</strong> seu corpo, como por ex<strong>em</strong>plo, com as indesejáveis estrias (MILANI,<br />
2006).<br />
2.5 Fisioterapia Dermato-Funcional<br />
A Fisioterapia é definida pelo COFFITO - Conselho Federal de<br />
Fisioterapia e Terapia Ocupacional - como sendo “uma ciência que estuda, previne e<br />
trata os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes <strong>em</strong> órgãos e sist<strong>em</strong>as do corpo<br />
humano” (2009).<br />
A partir deste conceito, a Fisioterapia Dermato-Funcional visa além da<br />
prevenção, a recuperação físico funcional de alterações dermatológicas, músculo-<br />
36
esqueléticas e endócrino-metabólicas, sendo o fisioterapeuta, o profissional<br />
capacitado para atuar nestes diversos distúrbios (MONDO, 2004).<br />
A Fisioterapia Dermato-Funcional trata essa lesão cutânea de diferentes<br />
formas, podendo ser utilizados vários recursos como: a massoterapia, o laser,<br />
dermoabrasão, a escarificação, a endermoterapia e a corrente microgalvânica<br />
(Striat®).<br />
A massoterapia t<strong>em</strong> como objetivo melhorar a nutrição tissular, o<br />
metabolismo local e a reabsorção do tecido adiposo, melhorando assim o aspecto da<br />
estria (GUIRRO E GUIRRO, 2002).<br />
O laser é outro método terapêutico, que age elevando o número de fibras<br />
de colágeno e a tensão epidérmica. O tratamento t<strong>em</strong> efeito mais significativo<br />
quando aplicado o laser <strong>em</strong> seguida ao aparecimento da lesão, melhorando o<br />
metabolismo local e por conseqüência uma maior lentidão no estabelecimento da<br />
estria. Em 1996 Mc Daniel e colaboradores observaram que usando o laser 585-nm<br />
PDL, teve melhoria não somente da aparência da estria, como também teve<br />
aumento da elastina. Somente duas sessões de tratamento já são necessárias para<br />
obter resultados (GUIRRO E GURRO, 2002; NOURI, 2008).<br />
A dermoabrasão consiste na raspag<strong>em</strong> da pele com intuito de eliminar<br />
lesões superficiais, promovendo uma esfoliação da pele, atenuando as estrias. Este<br />
tratamento é realizado por um sist<strong>em</strong>a que lança microcristais na pele por meio de<br />
um vácuo controlado (BITENCOURT, 2007; GUIRRO E GUIRRO, 2002).<br />
A escarificação produz uma lesão da pele com diversos artefatos. O<br />
procedimento pode ser realizado com qualquer instrumento perfurante que seja<br />
devidamente esterilizado. Pode também ser utilizado a terapia medicamentosa por<br />
meio da utilização de ácidos para o tratamento de lesões da pele (GUIRRO E<br />
GUIRRO, 2002).<br />
A endermoterapia é outro método raramente utilizado, por ter outras<br />
finalidades. A endermologia é uma técnica terapêutica que engloba equipamentos<br />
específicos baseados na aspiração (sucção), provocando ainda uma mobilização<br />
profunda da pele e tela subcutânea, permitindo um aumento na circulação<br />
sanguínea superficial (GUIRRO & GUIRRO, 2002), estimulando os fibroblastos, que<br />
contribu<strong>em</strong> para a recuperação da pele e de seu aspecto mais saudável (ADCOCK,<br />
1998; TOGNI, 2006).<br />
37
A corrente microgalvânica é o método mais utilizado para o tratamento<br />
de estrias, utilizando a corrente elétrica como agente terapêutico, com a corrente<br />
contínua filtrada, sendo o Striat® o aparelho <strong>em</strong>pregado.<br />
A utilização da corrente galvânica no tratamento das estrias t<strong>em</strong> como<br />
objetivo provocar um processo inflamatório agudo no tecido acometido pela estria,<br />
para que haja uma regeneração do mesmo. O trauma provocado aumenta a<br />
atividade metabólica local, levando a formação de tecido colágeno, preenchendo a<br />
área degenerada. A inflamação provocada pela corrente não produz efeito sistêmico,<br />
sendo absorvido <strong>em</strong> aproximadamente uma s<strong>em</strong>ana (MONDO, 2004).<br />
2.6 Eletroterapia<br />
Desde os t<strong>em</strong>pos mais r<strong>em</strong>otos, a aplicação da corrente elétrica com fins<br />
terapêuticos geralmente era para o alívio de algias (LIMA, 2005; NAKANO E<br />
YAMAMURA, 2005), e no século XVIII foi observado <strong>em</strong> animais a explicação para<br />
os fenômenos elétricos que Plínio, Aristóteles e Platão, já sabiam que existia <strong>em</strong><br />
enguias elétricas, raios e no peixe elétrico, mas não tinham a explicação para tal<br />
fenômeno. A partir desses estudos com animais, esses cientistas deduziram a<br />
hipótese de que os tecidos humanos são dotados de uma eletricidade intrínseca, e<br />
que estão envolvidos <strong>em</strong> processos fisiológicos fundamentais como a condução<br />
nervosa e a contração muscular (GUIRRO e GUIRRO, 2004).<br />
Já no final do século XIX, a medicina física começou a utilizar a corrente<br />
galvânica ou contínua para a introdução de fármacos para o tratamento de<br />
processos inflamatórios e reumáticos (SILVA, 1997).<br />
2.6.1 Corrente Galvânica<br />
A corrente galvânica é uma corrente com fluxo constante de elétrons <strong>em</strong><br />
uma única direção, sendo uma corrente dita polar, pois mantém definida a<br />
polaridade durante o t<strong>em</strong>po da aplicação, com ação a nível mais superficial.<br />
Também é chamada de corrente contínua, corrente direta, unidirecional ou corrente<br />
38
constante. O estimulador de corrente direta contínua não t<strong>em</strong> pulsos, assim, não têm<br />
formas de onda ou parâmetros de pulso (AGNE, 2004).<br />
Considerando sua evolução histórica, dentre todos os estímulos elétricos,<br />
pode-se dizer que a corrente galvânica é a mais antiga a ser <strong>em</strong>pregada como forma<br />
terapêutica (AGNE, 2004).<br />
No começo da terceira década do século XX, na área de estética, iniciou-<br />
se a utilização da iontoforese para mobilização de íons de ação cosmética, chamada<br />
ionização cosmeto-dinâmica (SILVA, 1997).<br />
Em 1983, Alvarez e colegas pesquisaram os efeitos da corrente contínua<br />
de baixa amperag<strong>em</strong> nas feridas induzidas <strong>em</strong> porcos e encontraram taxas elevadas<br />
de formação de colágeno. Dunn e colegas utilizaram a corrente contínua na matriz<br />
de colágeno implantadas dentro de feridas dérmicas de um porquinho-da-índia e foi<br />
verificado que a corrente contínua de baixa amperag<strong>em</strong> (cátodo sobre a ferida)<br />
aumentou a migração de fibroblasto e o alinhamento de colágeno, enquanto que o<br />
ânodo colocado sobre a ferida atraiu as células inflamatórias (LIMA, 2005).<br />
Isto mostra que a corrente contínua filtrada (Striat®), sendo uma<br />
microcorrente galvânica, produz os efeitos acima citados e consequent<strong>em</strong>ente<br />
ocorrendo estes processos, irão melhorar o aspecto da estrias.<br />
2.6.2 Striat ® - Microcorrente Galvânica<br />
Pouca atenção era dada às estrias, <strong>em</strong> relação ao seu tratamento, já que<br />
são consideradas seqüelas irreversíveis. Isso está <strong>em</strong>basado no próprio exame<br />
histológico da estria, onde se pode observar uma redução no volume e número dos<br />
el<strong>em</strong>entos da pele e o rompimento de fibras elásticas, e se sabe que estas fibras<br />
não se regeneram. Porém, estudos recentes abriram uma nova perspectiva no<br />
tratamento das estrias, utilizando corrente contínua filtrada constante (Striat®)<br />
(GUIRRO & GUIRRO, 1992).<br />
O Striat® trata-se de um aparelho eletroestimulador, um equipamento de<br />
corrente contínua (galvânica <strong>em</strong> miliamperes) e microcorrente contínua (galvânica<br />
<strong>em</strong> microampéres), com a finalidade de fazer ionização e prestar apoio no<br />
tratamento de estrias (GUIRRO, 2007).<br />
39
Este equipamento consta de dois eletrodos, um passivo do tipo placa e<br />
um ativo especial, este último consiste de uma agulha fina que é sustentada por uma<br />
caneta (GUIRRO, 2007). É um método invasivo, já que a introdução da agulha deve<br />
ser subepidérmica (GUIRRO & GUIRRO, 1992).<br />
A faixa considerada ideal para o tratamento concentra-se entre 70 a 100<br />
micro ampéres, podendo variar conforme a sensibilidade de cada indivíduo<br />
(GUIRRO, 2007).<br />
A corrente microgalvânica ao ser aplicada no tecido produz inicialmente<br />
uma sensação de cócega ou comichão; conforme a intensidade é elevada a<br />
sensação passa para um leve formigamento, que reduz à medida que aumenta-se a<br />
intensidade, transmitindo uma sensação de agulhada, ardência e dor (BAENA,2003).<br />
O estímulo físico da agulha associado ao estímulo da corrente ocasiona<br />
um processo de inflamação aguda localizada, com aparecimento de hiper<strong>em</strong>ia e<br />
ed<strong>em</strong>a, poucos minutos após a lesão, que não ocorr<strong>em</strong> de imediato após a<br />
aplicação, e são motivadas por substâncias locais liberadas pela lesão, responsáveis<br />
pela vasodilatação e aumento de permeabilidade dos vasos. Os estímulos<br />
provocados na derme ocasionam uma elevação na quantidade de fibroblastos<br />
jovens, uma neovascularização e um retorno da sensibilidade dolorosa, tendo como<br />
conseqüência um processo de reparação tecidual e o fechamento das estrias,<br />
causando uma grande melhora no aspecto da pele, por meio de um processo de<br />
reparação. Este processo inflamatório será absorvido <strong>em</strong> um período de t<strong>em</strong>po<br />
variável, ocorrendo na média de 2 a 7 dias, estando a paciente apta a realizar uma<br />
nova sessão após esse período (KARIME, 2006; BITENCOURT, 2007; WHITE et al,<br />
2008).<br />
Exist<strong>em</strong> as contra-indicações para utilização do método tais como:<br />
cardíacos portadores de marcapasso ou cardiopatias congênitas, portadores de<br />
neoplasia, patologias circulatórias como flebite, trombose, pacientes renais crônicos,<br />
com dermatites ou dermatoses na região a ser aplicada, gestantes, processos<br />
inflamatórios e pacientes com epilepsia ou patologias neurológicas que contra<br />
indiqu<strong>em</strong> a aplicação de corrente elétrica (LIMA, 2003; VENTURA, 2009). E ainda<br />
t<strong>em</strong>os que ter como precaução evitar realizar tratamento durante a puberdade, por<br />
se tratar de um período de grandes alterações hormonais, que acreditam alguns<br />
autores, ser a causa do aparecimento (WHITE et al, 2008).<br />
40
2.7 Endermoterapia<br />
É uma técnica terapêutica de orig<strong>em</strong> francesa, que engloba equipamentos<br />
específicos, baseados na aspiração (sucção), utilizando-se a pressoterapia por<br />
pressão negativa, provocando ainda uma mobilização profunda da pele e tela<br />
subcutânea, permitindo um aumento na circulação sanguínea superficial. Também é<br />
denominada como um método palper-roler (palpar-rolar) (DALSASSO, 2007;<br />
GUIRRO & GUIRRO, 2002; TOGNI, 2006).<br />
Dentre os benefícios da endermologia está a nutrição tecidual, eliminação<br />
de toxinas, melhora a circulação sanguínea e linfática, da oxigenação e do tônus da<br />
pele (ADOCOCK, 1998 DALSASSO, 2007; GUIRRO & GUIRRO, 2002; TOGNI,<br />
2006).<br />
Já que nas estrias as fibras elásticas encontram <strong>em</strong> maior quantidade na<br />
periferia das estrias e escassez na região central e as fibras colágenas encontram-<br />
se separadas entre si (BONETTI, 2007; OSÓRIO, 2005; TSUJI, 1988; WHITE et al.,<br />
2008) acredita-se que se iniciando a sucção da borda da estria para direção<br />
centrípeta aproximaria as fibras de colágeno e carregaria as fibras elásticas para o<br />
centro da estria, melhorando a regeneração tecidual da região. Além disso, a<br />
endermoterapia também produz a estimulação de fibroblastos, que aumentarão a<br />
produção dessas duas proteínas, a elastina e o colágeno, contribuindo para a<br />
recuperação da pele e de seu aspecto mais saudável (TOGNI, 2006).<br />
Ao submeter os fibroblastos a uma força de tração, a produção de<br />
colágeno e elastina são aumentadas quando comparado a um fibroblasto <strong>em</strong><br />
repouso, este aspecto torna-se fundamental para uma melhor mobilidade, adesão,<br />
elasticidade e tonicidade da pele (GUITAY, 1996; TOGNI, 2006).<br />
A endermologia é contra-indicada para pacientes hipertensos, com<br />
afecções na pele, com câncer, hérnia, veias varicosas, flebites, trombos, gravidez,<br />
que faz<strong>em</strong> o uso de anticoagulantes, com pseudoatrofia, diabetes e marcapasso<br />
cardíaco. Ainda <strong>em</strong> alguns casos os pacientes pod<strong>em</strong> ser sensíveis a endermologia,<br />
apresentando h<strong>em</strong>atomas com facilidade, devendo assim o terapeuta ficar atento a<br />
este sinal no início do tratamento, não devendo ser tratados com endermologia<br />
(GUITAY, 1996; TOGNI, 2006).<br />
41
2.8 Endermoterapia associado Striat ®<br />
A endermoterapia irá aumentar o número de fibroblastos, elevando a<br />
produção de colágeno e elastina, além de aproximar as fibras elásticas que estão<br />
agrupadas na periferia da estria e aproximar as fibras colágenas entre si,<br />
contribuindo para recuperação da pele (BONETTI, 2007; GUITAY, 1996; TOGNI,<br />
2006).<br />
O Striat® provocará uma inflamação local, aumentando a atividade<br />
metabólica, fazendo com que se forme tecido colágeno, preenchendo a área<br />
degenerada (MONDO, 2004).<br />
A associação da endermoterapia com a microgalvanopuntura<br />
teoricamente irá produzir um efeito esteticamente melhor, já que a endermoterapia<br />
além de estimular fibroblastos, irá auxiliar por aumentar o aporte sanguíneo<br />
superficial local, conseqüent<strong>em</strong>ente melhorando a oxigenação tissular, eliminando<br />
as toxinas acumuladas, melhorando o aporte de substâncias e a nutrição do tecido<br />
conjuntivo e assim irá causar uma regeneração do tônus da epiderme, tornando o<br />
seu aspecto mais suave (TOGNI, 2006) e o Striat® provocará esse processo<br />
inflamatório agudo por meio dos efeitos intrínsecos da corrente contínua (GUIRRO &<br />
GUIRRO, 1992), consequent<strong>em</strong>ente ocorrerá um processo de reparação tecidual e o<br />
fechamento das estrias ainda mais eficaz.<br />
42
3 MATERIAIS E MÉTODOS<br />
3.1 Caracterização do estudo<br />
Com referência aos conceitos de Luciano (2001) a pesquisa classifica-se<br />
como aplicada, no que diz respeito à natureza. Em relação ao probl<strong>em</strong>a é<br />
classificada como quanti-qualitativa. No que se refere aos objetivos é descritiva e<br />
exploratória, e por fim <strong>em</strong> relação aos procedimentos é caracterizado como estudo<br />
de caso, bibliográfica e levantamento de dados.<br />
3.2 Caracterização da amostra e local do estudo<br />
O estudo foi realizado, nos períodos do 1º s<strong>em</strong>estre de 2009 ao 2°<br />
s<strong>em</strong>estre de 2009, sendo que o período para a coleta de dados compreendeu o 2 o<br />
s<strong>em</strong>estre de 2009, nos meses de agosto à outubro. A Clínica de Fisioterapia da<br />
UNESC foi o local onde foi realizada a aplicação da técnica, conforme autorização<br />
para o uso da mesma (ANEXO A) sendo um local acessível à população pertinente a<br />
esta pesquisa, já que são acadêmicas do Curso de Fisioterapia da UNESC.<br />
A partir da obtenção de documentação cedida pelo Departamento de<br />
Fisioterapia, foi constatado que do total de 214 acadêmicos do Curso de<br />
Fisioterapia, 180 são do sexo f<strong>em</strong>inino. A amostra foi selecionada a partir deste<br />
resultado.<br />
Para realizar o cálculo do tamanho da amostra, foi feito o cálculo de<br />
Costill (Barbetta, 2007) sendo esta a fórmula utilizada: , onde N é o número<br />
de el<strong>em</strong>entos da população, o n é o tamanho da amostra e o n0 é o número amostral<br />
com erro amostral tolerável para o estudo que será realizado. Das 180 acadêmicas,<br />
o número de acadêmicas do Curso de Fisioterapia da UNESC que d<strong>em</strong>onstraram<br />
interesse <strong>em</strong> participar da pesquisa foram 12, isto é o N (tamanho da população). E<br />
o n0 (número amostral) é de 400. No entanto, ao realizar o cálculo, o tamanho da<br />
43
amostra seria de 11,6 sujeitos. Contudo, a partir deste cálculo identificou-se o<br />
tamanho da amostra de 12 (doze) pacientes, isto é, 4 (quatro) pacientes para cada<br />
grupo, porém, das 12 pacientes, 5 desistiram antes mesmo de iniciar o tratamento<br />
pelo fato de não conseguir conciliar horário e 1 foi excluída por ter propensão a<br />
quelóides. Totalizando 6 pacientes, isto é, 2 (duas) pacientes para cada grupo,<br />
sendo que foram divididos 3 grupos: grupo I, submetido ao tratamento com o Striat®,<br />
o grupo II, tratado com a Endermoterapia e o grupo III, com a Endermoterapia o<br />
associada ao Striat®.<br />
A amostra incluiu:<br />
• Sujeitos do sexo f<strong>em</strong>inino;<br />
• Faixa etária entre 18 a 25 anos;<br />
• Que estejam cursando Fisioterapia na UNESC;<br />
• Que sejam nulíparas;<br />
• Que apresent<strong>em</strong> estrias albas na região glútea;<br />
• Que nunca tenham se submetido a tratamento para estrias;<br />
• Não estar utilizando quaisquer produtos de fins comésticos que possam vir a<br />
interferir nos resultados;<br />
Foram utilizados como critérios de exclusão do estudo:<br />
• Mulheres com estrias rubras;<br />
• Não comparecer a pelo menos uma sessão;<br />
• Que tenham propensão à quelóides ou cicatrizes hipertróficas;<br />
• Que estejam administrando fármacos antiinflamatórios; corticóides, anti-<br />
histamínicos ou esteróides;<br />
• Que tenham alergia à agulha e/ou corrente elétrica;<br />
• Pacientes cardiopatas; portadores de marcapasso; portadores de neoplasia;<br />
patologias circulatórias; pacientes renais crônicos; diabéticos; h<strong>em</strong>ofílicos;<br />
com dermatites ou dermatoses na região a ser aplicada e gestantes.<br />
44
3.3 Instrumentos e materiais para a pesquisa<br />
Foram utilizados os seguintes aparelhos para o estudo: o equipamento<br />
gerador de Microcorrente Contínua Galvânica, com intensidade de 70 a 100 micro-<br />
ampéres, comercialmente conhecido como Striat®, sendo este da marca IBRAMED<br />
e o aparelho de Endermologia, da marca Endosux P/Endermo DGM, ambos para<br />
realização do tratamento das estrias atróficas.<br />
O Striat® contém dois eletrodos, sendo um ativo e outro passivo. No<br />
eletrodo ativo é utilizada uma caneta, onde é conectada uma agulha descartável,<br />
que mantém contato direto sobre a estria, que ao final da sessão foi devidamente<br />
esterilizada com álcool a 70%. O eletrodo passivo fica <strong>em</strong> contato com a pele da<br />
paciente e é colocado o mais próximo possível da área a ser tratada, t<strong>em</strong> ainda <strong>em</strong><br />
seu terminal uma placa de silicone <strong>em</strong>bebida <strong>em</strong> gel inócuo. Durante a aplicação da<br />
técnica foram utilizadas luvas descartáveis, para proteção de possível contaminação<br />
tanto da paciente quanto do terapeuta. A introdução da agulha foi de forma<br />
subepidérmica <strong>em</strong> toda a extensão da estria, sendo a aplicação da técnica de forma<br />
linear, <strong>em</strong> que a agulha é inserida na pele de forma oblíqua, com levantamento da<br />
pele permanecendo por aproximadamente 2 segundos, pois aumenta a resposta<br />
desejada (BRAVIM, 2007; VENTURA, 2003; WHITE, 2008), com a paciente <strong>em</strong><br />
decúbito ventral e com o eletrodo passivo acoplado a coxa, região próxima ao glúteo<br />
(Figuras 1).<br />
Figura 1- Aparelho Striat®<br />
FONTE: Da pesquisadora<br />
45
As pacientes foram devidamente orientadas quanto a não se expor<strong>em</strong> ao<br />
sol, assim evitando as manchas da pele; como também não utilizar<strong>em</strong> medicações<br />
com intuito de resolver o processo inflamatório ou hidratante com agentes<br />
calmantes, pois, para se obter um resultado benéfico é necessário manter a resposta<br />
inflamatória após a estimulação.<br />
A endermoterapia baseia-se <strong>em</strong> um procedimento eletrônico que utiliza<br />
dois rolos monitorizados, situados na máquina e unidos a uma aspiração constante.<br />
O aparelho contém um vacuômetro para monitorar a pressão de sucção e um<br />
t<strong>em</strong>porizador digital para controlar o t<strong>em</strong>po de tratamento. Contém ainda um<br />
cabeçote rolete pequeno; cabeçote tipo pá para depressodrenag<strong>em</strong>; jogo com<br />
quatro ventosas faciais, mangueira espiralada e conexão para ventosas faciais<br />
(Figura 2). Para o tratamento das estrias foi utilizado a mangueira flexível e uma<br />
ventosa para uso facial, sendo a ventosa de vidro utilizada a do tipo “luneta” (Figura<br />
3), onde foi realizada uma sucção sobre a estria de forma perpendicular a esta,<br />
sendo que esta sucção foi controlada de acordo com a sensibilidade de cada<br />
paciente.<br />
Utilizou-se uma câmera digital para obtenção de registros fotográficos das<br />
estrias atróficas na região glútea, da marca Nikon D300 (12.5 mega pixel), com a<br />
lente de 50 mm, que não distorce a imag<strong>em</strong> <strong>em</strong> proporções, replicando a visão<br />
humana e dando noções reais de tamanho. As imagens foram capturadas com a<br />
distância de 50 centímetros entre a lente e o glúteo das pacientes. Foi fotografado<br />
<strong>em</strong> RAW, formato de arquivo que substitui o jpeg e possui a melhor qualidade do<br />
mercado profissional, neste é impossível realizar quaisquer modificações nas fotos,<br />
para melhor fidelidade do resultado final. A coleta de imagens foi realizada no pré e<br />
pós-tratamento de cada grupo, para posteriormente verificar<strong>em</strong>-se os efeitos obtidos<br />
com a terapêutica.<br />
Antes de iniciar as sessões e realizar a captura das imagens foi feita uma<br />
esfoliação na região estriada com gel esfoliante Planet Spa, para provocar uma<br />
hiper<strong>em</strong>ia nas estrias, já que gera um leve processo inflamatório local, d<strong>em</strong>arcando<br />
mais nitidamente cada estria, melhorando a visualização tanto para realizar o<br />
tratamento, quanto para observar as imagens. Este gel esfoliante têm <strong>em</strong> sua<br />
composição: Aqua; Sódium C14-16; Olefin, Polyethylene; Glycerin; Cocamidropropyl,<br />
Hidroxysultaine; Triethanolamine; Cocamide; Parfum; Mipa e Lauramide Mea. Estes<br />
46
são el<strong>em</strong>entos naturais que t<strong>em</strong> o intuito de proporcionar hidratação da pele,<br />
portanto não alteram no resultado final do tratamento.<br />
Para mensurar o comprimento e a largura da estria antes e após o<br />
tratamento, foi utilizado um programa de sofware, AutoCad 2009, originalmente<br />
desenvolvido para ciências exatas e, atualmente, também utilizado como<br />
instrumento de medida na área de saúde (RIBEIRO, 2006) com objetivo de futura<br />
comparação dos efeitos. Para obtenção da área exata da região estriada foi<br />
necessário verificar a abertura do foco da câmera, para que assim as medidas das<br />
estrias d<strong>em</strong>arcadas foss<strong>em</strong> fidedignas (Figura 2).<br />
Figura 2 – D<strong>em</strong>arcação das Estrias no Programa AutoCad 2009<br />
FONTE: Da pesquisadora<br />
Além dos equipamentos acima citados, para realizar uma avaliação<br />
dermato-funcional das pacientes no pré-tratamento foi utilizado o Questionário<br />
Aplicado e Modificado de LEITE, 2007 (APÊNDICE A). No pós-tratamento foi<br />
utilizado um novo questionário para reavaliar as pacientes, constando de um<br />
Questionário de Percepção Individual Modificado de LEITE, 2007 (APÊNDICE B)<br />
para avaliar a satisfação pessoal de cada sujeito selecionado para pesquisa, com<br />
relação ao tratamento.<br />
47
Figura 3 - Aparelho de Endermoterapia (Endosux P/Endermo DGM)<br />
FONTE: Da pesquisadora<br />
Figura 4 – Ventosa Facial de vidro do tipo “luneta”<br />
3.4 Procedimentos para coleta<br />
FONTE: Da pesquisadora<br />
Os procedimentos de coleta de dados foram devidamente divididos <strong>em</strong><br />
etapas para o melhor esclarecimento dos mesmos. A primeira etapa realizada foi o<br />
encaminhamento do projeto para avaliação do Comitê de Ética. Após a aprovação<br />
do mesmo, conforme parecer 54/2009, foram iniciadas a próximas etapas do estudo<br />
(ANEXO B).<br />
Inicialmente as acadêmicas do Curso de Fisioterapia foram contatadas<br />
por correspondência eletrônica, na qual foram comunicadas sobre o estudo e<br />
convidadas a participar<strong>em</strong> deste, informando a data e o horário para uma reunião<br />
onde a pesquisa foi melhor esclarecida. Àquelas que d<strong>em</strong>onstraram interesse foi<br />
48
apresentado o projeto de pesquisa. Em seguida, foi aplicado o questionário que<br />
avaliou quais mulheres atenderiam aos critérios de inclusão (APÊNDICE A) e a<br />
coleta de assinaturas dos termos de consentimento livre e esclarecido – TCLE<br />
(APÊNDICE C).<br />
Após estes procedimentos, foi iniciada a fase de preparação da coleta,<br />
realizada na sala de Eletroterapia da Clínica de Fisioterapia da UNESC.<br />
Após a preparação da coleta foi dado início a fase de coleta dos dados<br />
propriamente dita. Primeiramente foram divididos os três grupos: o grupo I,<br />
submetido ao tratamento com o Striat®, o grupo II, tratado isoladamente com a<br />
Endermoterapia (Endosux P/Endermo DGM) e o grupo III, com a Endermoterapia<br />
associada ao Striat®. Neste último grupo foi inicialmente realizada a endermoterapia<br />
e <strong>em</strong> seguida aplicado o Striat®. A distribuição dos m<strong>em</strong>bros da amostra dos grupos<br />
citados foi realizada por meio de sorteio aleatório, <strong>em</strong> que cada voluntária retirou de<br />
um recipiente uma etiqueta indicando o grupo ao qual pertenceria.<br />
Em seguida a divisão dos grupos, foram agendados os dias da s<strong>em</strong>ana e<br />
os horários com cada paciente e depois foi dado início as sessões na s<strong>em</strong>ana<br />
seguinte.<br />
As sessões foram realizadas na Clínica de Fisioterapia na UNESC, sendo<br />
duas (2) sessões s<strong>em</strong>anais para cada grupo, no período vespertino, totalizando oito<br />
(8) sessões, com intervalo de 4 dias a cada sessão. Este intervalo entre as sessões<br />
foi proposto, pois, o processo inflamatório será absorvido <strong>em</strong> um período de t<strong>em</strong>po<br />
variável, ocorrendo na média de 2 a 7 dias, estando a paciente apta a realizar uma<br />
nova sessão após esse período (KARIME, 2006; BITENCOURT, 2007; WHITE et al,<br />
2008).<br />
As sessões tiveram duração de 50 minutos, porém, as pacientes tiveram<br />
que ter disponibilidade de t<strong>em</strong>po de aproximadamente uma (1) hora do horário de<br />
início da sessão. Na primeira sessão foi realizada a coleta de imagens das estrias na<br />
região glútea, sendo capturada a imag<strong>em</strong> da região estriada após a realização de<br />
uma esfoliação na região da área estriada, pela leve hiper<strong>em</strong>ia que ocorre nas<br />
estrias, com conseqüente melhor visualização destas, sendo elas nomeadas como<br />
estrias 1, 2, 3 e 4; com uma marcação de um ponto no início da estria e outro ao seu<br />
final, para mensuração do comprimento e largura da estria por meio do programa de<br />
software AutoCad 2009. Os registros fotográficos ocorreram s<strong>em</strong>pre no mesmo<br />
local, com a mesma intensidade luminosa, com uma distância fixa entre a pele e o<br />
49
foco da câmera (50 centímetros). As imagens foram capturadas pela fotógrafa<br />
profissional Marina Bitten, para se obter uma melhor imag<strong>em</strong> da área estriada.<br />
As voluntárias foram atendidas individualmente, sendo todas as estrias da<br />
região glútea tratadas, mas foi feito a marcação de somente quatro (4) estrias, duas<br />
<strong>em</strong> cada glúteo, para futura comparação do comprimento e da largura das estrias<br />
após os tratamentos. Cada paciente do grupo I teve sua própria agulha, sendo feita<br />
à assepsia com álcool 70% ao final de cada sessão e guardada para as d<strong>em</strong>ais<br />
sessões. Para realização do tratamento do grupo III, foi realizado inicialmente o<br />
tratamento com a Endermoterapia e após a aplicação do Striat® na mesma região.<br />
Ao final de todo tratamento foi aplicado um Questionário de Percepção<br />
Individual de LEITE, 2007 (ANEXO C) para avaliar a satisfação pessoal de cada<br />
sujeito selecionado para pesquisa, com relação ao tratamento. Ainda, duas s<strong>em</strong>ana<br />
após o término de todo tratamento, foram coletados os registros fotográficos finais<br />
das estrias atróficas tratadas, utilizando a mesma câmera digital e os mesmos<br />
paramêtros dos primeiros registros fotográficos tiradas ao início do tratamento,<br />
sendo utilizado a mesma distância fixa entre a pele e a câmera.<br />
3.5 Procedimentos Para Análise de Dados<br />
Ao final da coleta de dados, foi realizado a análise dos resultados<br />
encontrados, onde os mesmos foram agrupados e apresentados <strong>em</strong> forma de<br />
tabelas, imagens, para melhor visualização, e gráficos. Além disso, foram analisados<br />
e discutidos com base na literatura pesquisada.<br />
50
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS<br />
4.1 Análise das Características das Estrias de Cada Paciente<br />
As pacientes participantes do estudo foram divididas <strong>em</strong> três grupos: o<br />
grupo I, submetido ao tratamento com microgalvanopuntura (Striat®), o grupo II,<br />
tratado com a Endermoterapia (Endosux P/Endermo DGM), com a Endermoterapia o<br />
associada ao Striat®, cujas características das estrias de cada paciente são<br />
descritas a seguir.<br />
Grupo I – Microgalvanopuntura (Striat®)<br />
Paciente 1<br />
Paciente A.M.S, 21 anos, pele branca, com estrias atróficas albas na<br />
região glútea, sendo estas delgadas, de aspecto plano, forma curvilívea, <strong>em</strong> S e<br />
retilínea, dispostas tanto vertical como horizontalmente, localizando-se <strong>em</strong> todos os<br />
quadrantes da região glútea. Teve seu aparecimento após a ocorrência da menarca,<br />
com 13 anos de idade, no entanto, a provável etilogia das estrias está enquadrada<br />
na teoria endocrinológica, isto é, pelos distúrbios hormonais. As estrias rubras<br />
tornaram-se albas <strong>em</strong> um t<strong>em</strong>po superior à 12 meses. A paciente teve como<br />
sintomais iniciais ao surgimento das estrias, a presença de prurido ou coceira na<br />
região estriada.<br />
Paciente 2<br />
Paciente S.T.K, 21 anos, pele branca, com estrias albas dispostas<br />
verticalmente, <strong>em</strong> quadrante superior lateral e inferior lateral e medial, delgadas,<br />
51
aspecto plano e de forma retilínea e com grande distância entre elas. Seu<br />
aparecimento se deu após a menarca, aos 14 anos de idade, sendo provável<br />
etiologia a endocrinológica, porém, apareceram ainda algumas estrias após uma<br />
infeçcão pela febre reumática, com 20 anos de idade, sendo a provável etilogia que<br />
se enquadra no surgimento destas novas estrias, a teoria infecciosa. As estrias de<br />
início eram rubras e tornaram-se brancas <strong>em</strong> um período inferior a 6 meses. Estas<br />
estrias rubras surgiram s<strong>em</strong> sintomas.<br />
Grupo II – Endermoterapia<br />
Paciente 3<br />
Paciente R.M.S, 21 anos, pele branca, apresentando estrias albas na<br />
região glútea bilateralmente, <strong>em</strong> quadrante superior e inferior lateral, dispostas<br />
horizontalmente. As estrias são delgadas, com aspecto <strong>em</strong> depressão e com forma<br />
curvilínea, com aparecimento no período da puberdade após a ocorrência da<br />
menarca, com 12 anos de idade com conseqüente crescimento corporal repentino,<br />
no entanto, as prováveis etilogias das estrias está enquadrada na teoria<br />
endocrinológica e mecânica respectivamente. As estrias de início eram rubras e<br />
tornaram-se albas entre 6 e 12 meses. Quando estas surgiram foram<br />
assintomáticas.<br />
Paciente 4<br />
Paciente J.E, 25 anos, pele branca, apresenta estrias albas na região<br />
glútea bilateralmente, com aspecto depressivo, largas e de forma curvilínea,<br />
dispostas horizontalmente, <strong>em</strong> maior quantidade <strong>em</strong> quadrante superior lateral e<br />
medial, sendo raras e delgadas no quadrante inferior lateral. O período de<br />
aparecimento das estrias atróficas se deu logo após a menarca, com 13 anos de<br />
52
idade, seguida de aumento de peso e altura de forma rápida, no entanto, as<br />
prováveis etilogias das estrias está enquadrada na teoria endocrinológica e<br />
mecânica. As estrias de início eram rubras e tornaram-se albas aproximadamente<br />
após 12 meses do seu surgimento, quando surgiram teve como sintoma coceira na<br />
região estriada.<br />
Grupo III – Endermoterapia e Microgalvanopuntura Combinados<br />
Paciente 5<br />
Paciente P.S.S, 23 anos, cor branca, com estrias albas bilaterais <strong>em</strong><br />
quadrante superior e inferior laterais da região glútea, têm aspecto depressivo e de<br />
bordas largas e com forma retilínea. As estrias ocorreram após a menarca, com 12<br />
anos de idade, associada ao crescimento corporal rápido, no entanto, as prováveis<br />
etilogias das estrias está enquadrada nas teorias endocrinológica e mecânica. As<br />
estrias rubras tornaram-se albas <strong>em</strong> torno de 6 a 12 meses. Paciente não recorda se<br />
apresentou algum sintoma ao surgimento das estrias rubras.<br />
Paciente 6<br />
Paciente H.S.F, 20 anos, cor parda, apresentando estrias albas <strong>em</strong><br />
quadrante superior e inferior lateral sendo estas com bordas largas e horizontais,<br />
outras poucas no quadrante superior medial, sendo estas mais delgadas e<br />
horizontais, todas de forma curvilínea e aspecto <strong>em</strong> depressão. As estrias ocorreram<br />
após a menarca, com 13 anos de idade, no entanto, a provável etilogia das estrias<br />
está enquadrada na teoria endocrinológica. As estrias de início rubras tornaram-se<br />
albas <strong>em</strong> um período entre 6 a 12 meses, sendo o único sintoma apresentado no<br />
seu aparecimento a coceira na região estriada.<br />
53
A média de idade das pacientes é de 21,8 com desvio padrão de +- 1,83.<br />
Por conta do desvio padrão relativamente baixo, pode se considerar a amostra<br />
homogênea do ponto de vista da faixa etária, o que facilita a aplicação das<br />
inferências estatísticas para a amostra.<br />
4.1.1 Cor da Pele<br />
Das seis (6) participantes da amostra, duas (2) do grupo I, duas (2) do<br />
grupo II e uma (1) do grupo III apresentam cor da pele branca, sendo apenas uma<br />
(1) participante apresenta cor da pele parda, sendo esta do grupo III. Assim, 83,33%<br />
da amostra apresentam pele branca e 16,67% pele parda, conforme observado no<br />
gráfico 1.<br />
.<br />
Gráfico 1 – Cor da Pele<br />
Pessoas de pele clara já possu<strong>em</strong> algum grau de desestruturação<br />
provocado pelos efeitos da radiação ultravioleta, assim tendo menor quantidade de<br />
colágeno e fibras elásticas, contudo, a pele branca é mais sucetível à estrias<br />
54
atróficas, porém pod<strong>em</strong> estar presentes <strong>em</strong> quaisquer tipos de pele (ALVES, 2005;<br />
BONAMIGO, 1999; GUIRRO E GUIRRO, 2002).<br />
4.1.2 Localização e Disposição das Estrias Atróficas<br />
As estrias das pacientes foram analisadas conforme sua localização e<br />
disposição na região glútea. O glúteo é dividido <strong>em</strong> quatro quadrantes: superior<br />
medial e lateral e inferior medial e lateral (LEITE, 2007). Em relação a localização<br />
das estrias foi observado <strong>em</strong> que quadrantes se encontravam e <strong>em</strong> relação a<br />
disposição se eram horizontais, verticais ou ambas.<br />
Tabela 1 – Localização e Disposição (n=6)<br />
PACIENTES Localização das estrias Disposição das<br />
estrias<br />
Paciente 1 Em todos os quadrantes Vertical e Horizontal<br />
associados <strong>em</strong> todos<br />
os quadrantes<br />
Paciente 2 Quadrante superior lateral/<br />
inferior lateral e medial<br />
Paciente 3 Quadrante superior e inferior<br />
lateral<br />
Paciente 4 Quadrante superior lateral e<br />
medial / inferior lateral<br />
Horizontal/ Vertical<br />
Horizontal<br />
Horizontal<br />
Paciente 5 Todos os quadrantes Horizontal<br />
Paciente 6 Quadrante superior e inferior<br />
lateral<br />
FONTE: Dados da pesquisadora<br />
Horizontal<br />
As estrias pod<strong>em</strong> ser raras ou numerosas, com disposição paralela umas<br />
às outras e perpendiculares às linhas de fenda pele (BONETTI, 2007; DOMINGUES,<br />
2006; GUIRRO e GUIRRO, 2004). A orientação das fibras colágenas da derme<br />
segue as linhas de Langer ou linhas de fenda da pele, cuja direção varia nas<br />
diferentes áreas do corpo, como pode ser observado na Figura 04 (BAENA, 2003;<br />
CLAY,2003).<br />
55
Como pode se observar na figura a seguir, as linhas de fenda da pele da<br />
região glútea se estend<strong>em</strong> horizontalmente nos quadrantes superiores laterais e de<br />
forma mais verticalizada nos quadrantes superior medial e inferiores lateral e medial.<br />
A partir do conceito de que as estrias ocorr<strong>em</strong> perpendicularmente a estas linhas de<br />
fenda da pele, as estrias deveriam ocorrer mais verticalmente nos quadrantes<br />
superiores laterais e horizontalmente nos quadrantes superior medial e inferiores<br />
lateral e medial. Portanto, correlacionando com a disposição encontrada nas nos<br />
sujeitos da amostra, pode-se observar que as estrias atróficas de todas as pacientes<br />
não estão de acordo com as linhas de fenda da pele, porém, quando as estrias<br />
atróficas são originárias de crescimento repentino e desproporcional dos m<strong>em</strong>bros<br />
inferiores e glúteos, presume-se que as estrias ocorr<strong>em</strong> <strong>em</strong> disposição horizontal<br />
(GALIMARD, 1983).<br />
Figura 05- Linhas de Langer<br />
Fonte: Clay, 2003<br />
Portanto, acredita-se que as estrias das pacientes dispostas<br />
horizontalmente, que deveriam ser dispostas mais verticalmente conforme as linhas<br />
de fenda da pele, são assim dispostas por estar<strong>em</strong> associadas ao crescimento<br />
rápido dos m<strong>em</strong>bros inferiores e glúteos.<br />
56
4.1.3 Prováveis Etilogias do Surgimento das Estrias Atróficas<br />
Exist<strong>em</strong> três teorias que tentam justificar o surgimento das estrias<br />
atróficas: a teoria mecânica, teoria endócrina e teoria infecciosa, porém, <strong>em</strong> relação<br />
a este assunto, a literatura é divergente e inconclusiva (GUIRRO e GUIRRO, 2002;<br />
WHITE, 2008).<br />
Das seis (6) participantes da amostra, quatro (2) relataram que o<br />
aparecimento das estrias se deu após a menarca, período de distúrbios hormonais,<br />
assim se enquadrando na etiologia endocrinológica; duas (3) afirmaram que as<br />
estrias surgiram após a menarca associado ao crescimento repentino, sendo as<br />
prováveis etilogias a endocrinológica associado a teoria mecânica e uma (1) das<br />
pacientes que as estrias apareceram após a menarca e depois de uma infecção por<br />
febre reumática, sendo provável a etilogia do surgimento dessas estrias a teoria<br />
endocrinológica por ser após a menarca e a teoria infecciosa por ter surgido após<br />
uma infecção. No entanto, 33,3% da amostra teve como provável etiologia do<br />
aparecimento das estrias atróficas a teoria endocrinológica, 50% da teoria<br />
endocrinológica e a teoria mecânica e 16,7 % a teoria infecciosa e endocrinológica,<br />
conforme o gráfico 2 a seguir.<br />
Gráfico 2- Etiologias do Surgimento das Estrias Atróficas<br />
57
Como visto, 33,3% da amostra apresenta a etiologia mais aceita<br />
atualmente, a teoria endocrinológica, que explica que as estrias atróficas aparec<strong>em</strong><br />
pela ação específica dos hormônios esteróides sobre os fibroblastos, que são os<br />
produtores de colágeno e elastina, no entanto, com a escassez destas substâncias a<br />
pele fica suscetível a lesão da pele, formando as estrias atróficas. Este hormônios<br />
estão presentes na adolescência, obesidade e gravidez (BRAVIM, 2007; WHITE et<br />
al, 2008),<br />
Como prováveis etiologias, a teoria endocrinológica e mecânica<br />
associadas, representam 50% da amostra. As causas mais comuns para o<br />
aparecimento das estrias são na adolescência, onde se inicia a produção do<br />
hormônio esteróide, aumento de peso e crescimento muito rápido, assim se<br />
enquadrando tanto na teoria endocrinológica e mecânica (BONETTI, 2007; BRAVIM,<br />
2007; DOMINGUES, 2006, GUIRRO E GUIRRO, 2004). Alguns autores já<br />
concordam, após um estudo biomecânico da pele, que os fatores desencadeantes<br />
das estrias são múltiplos, ou seja, uma combinação de fatores como a<br />
hereditariedade, alterações mecânicas e endocrinológicas do organismo<br />
(DOMINGUES, 2006; CONSULIN, 2007, KUMAR, 2005).<br />
A teoria infecciosa como sendo uma provável etiologia é aceita por<br />
poucos autores, mas como observado, uma (1) paciente, 16,7% da amostra, relata o<br />
aparecimento de estrias na adolescência, após a menarca e mais estrias surgiram<br />
após infecção por febre reumática. O autor Wiener (1947) apud Guirro e Guirro<br />
(2004) sugere que processos infecciosos provocam danos às fibras elásticas,<br />
provocando estrias. Foi observado <strong>em</strong> adolescentes estrias rubras após febre<br />
reumática, febre tifóide, tifo, hanseníase, dentre outras infecções.<br />
4.1.4 Idade da Menarca<br />
Menarca é o nome dado ao primeiro ciclo menstrual da mulher, e marca o<br />
início da fase da puberdade (COUTINHO, 2001; TAKADA, 2004). Das seis (6)<br />
pacientes, duas (2) tiveram menarca com 12 anos de idade, três (3) com 13 anos e<br />
58
uma (1) com 14 anos de idade. No entanto, 33,3% da amostra tiveram sua primeira<br />
menstruação com 12 anos de idade; 50% com 13 anos de idade e 16,7% com 14<br />
anos de idade, como pode ser visto no gráfico 4. A média de idade da menarca foi<br />
de 12,71.<br />
60%<br />
50%<br />
40%<br />
30%<br />
20%<br />
10%<br />
0%<br />
33%<br />
Gráfico 3 - Idade da Menarca<br />
50%<br />
16,7%<br />
12 anos 13 anos 14 anos<br />
No Brasil, a média da menarca é de aproximadamente 12,2 anos de idade<br />
e a média das pacientes da amostra foi de 12,71 anos de idade, estando dentre a<br />
média das meninas brasileiras (KLUG, 2006; LEITE, 2007). É essencial sabermos a<br />
data da menarca e do surgimento das estrias, pois é na menarca que ocorr<strong>em</strong> à<br />
síntese de alguns hormônios que acarretam o aumento de altura e de peso e<br />
também de hormônios como o esteróide que atua sobre os fibroblastos, reduzindo a<br />
produção de colágeno e elastina, facilitando o aparecimento das estrias (BONETTI,<br />
2007; SPRINTHALL, 2003 apud LEITE, 2007).<br />
4.1.5 T<strong>em</strong>po de Transição de Estrias Atróficas Rubras à Albas da Região<br />
Glútea<br />
A coloração da estria é caracterizada de acordo com o período de<br />
instauração, quando as estrias estão avermelhadas significa que a lesão cutânea<br />
ocorreu recent<strong>em</strong>ente e após certo período de t<strong>em</strong>po estas vão perdendo sua<br />
59
coloração tornando-se mais esbranquiçadas, na qual chamamos de estrias albas<br />
(GUIRRO e GUIRRO, 2002; MISTICONE, 2007; TSUJI, 1993). Das seis (6)<br />
pacientes, uma (1) paciente relatou que as estrias tornaram-se albas <strong>em</strong> um período<br />
inferior a 6 meses, quatro (4) afirmaram que o t<strong>em</strong>po de transição de estria rubra<br />
para alba se deu entre 6 à 12 meses, uma (1) paciente relata que d<strong>em</strong>orou mais que<br />
12 meses para esta mudança de coloração. No entanto, o t<strong>em</strong>po de transição das<br />
estrias atróficas rubras à albas foi inferior a 6 meses <strong>em</strong> 16,7% da amostra, de 6 a<br />
12 meses <strong>em</strong> 66,6% e 16,7% superior à 12 meses, conforme observado no seguinte<br />
gráfico.<br />
Gráfico 4 – T<strong>em</strong>po de Transição de Estrias Rubras à Albas<br />
A evolução natural deste processo de estria rubra à alba dura de 6 a 12<br />
meses, neste período as estrias naturalmente esmaec<strong>em</strong> <strong>em</strong> coloração, o que dá<br />
uma impressão de melhora (BONETTI, 2007; GUIRRO & GUIRRO, 2002;<br />
MAIO,2004; TSUJI, 1993). A maior parte da amostra 66,6%, afirmaram que foi neste<br />
período que as estrias rubras tornaram-se albas. Contudo, uma única paciente<br />
referiu a transição de coloração após um ano, tal fato, acredita-se, que pod<strong>em</strong> ser<br />
decorrente de cicatrização tardia, por distúrbios hormonais, como do hormônio<br />
esteróide, alterando a ação dos fibroblastos, produtor de colágeno e elastina,<br />
substâncias importantes para ocorrer o mecanismo normal de cicatrização. Outra<br />
paciente, também referiu a transição na cor <strong>em</strong> um período inferior a seis meses, tal<br />
60
fato pode estar correlacionado à característica da pele que, provavelmente,<br />
apresenta um bom mecanismo de cicatrização.<br />
4.1.6 Sintomatologia Inicial das Estrias Atróficas Rubras<br />
Quando as estrias atróficas surg<strong>em</strong> pod<strong>em</strong> aparecer alguns sintomas.<br />
Das seis (6) pacientes, duas (2) apresentaram como sintoma coceira na região<br />
estriada, três (3) não apresentaram sintomas ao surgimento das estrias e duas (2)<br />
não recordam se tiveram algum sintoma quando as estrias apareceram. No entanto,<br />
28,57% da amostra apresentaram como sintoma a coceira na região estriada,<br />
42,86% da amostra relata que o surgimento das estrias atróficas foi assintomático e<br />
28,57% diz não recordar se houve algum sintoma, conforme observado no gráfico 5.<br />
Gráfico 5- Sintomas Iniciais das Estrias<br />
Como representando no gráfico, 42,86% da amostra relatam que as<br />
estrias atróficas foram assintomáticas. As estrias atróficas geralmente são<br />
assintomáticas, porém alguns sujeitos pod<strong>em</strong> apresentar uma leve coceira na região<br />
quando está no estágio inflamatório (BONDI, JEGASOTHY e LAZARUS,1993). Este<br />
sintoma, coceira na área estriada, foi relatado por 28,57% da amostra. Há indivíduos<br />
<strong>em</strong> que ocorr<strong>em</strong> sintomas ao aparecimento das estrias rubras, os sintomas por estes<br />
61
apresentados inicialmente ao aparecimento delas são: prurido ou coceira, dor,<br />
erupção papilar plana e lev<strong>em</strong>ente erit<strong>em</strong>atosa (rosada). Nesta fase a estria é<br />
chamada de rubra (striae rubrae), esta coloração se deve ao rompimento de vasos<br />
sanguíneos (ALAITI, 2009; GUIRRO E GUIRRO, 2002).<br />
4.1.7 Aspecto e Forma das Estrias Atróficas<br />
Em relação ao aspecto das estrias, das seis (6) pacientes, quatro (4) têm<br />
estrias com aspecto depressivo, 66,7% da amostra, e duas (2) de aspecto plano, isto<br />
é, 33,3% da amostra. Em relação à forma das estrias, três (3) pacientes apresentam<br />
somente forma curvilínea, representando, 50% da amostra, 2 (duas) pacientes forma<br />
retilínea, sendo 33,3% da amostra e uma (1) paciente com forma curvilínea, retilínea<br />
e <strong>em</strong> “S” concomitant<strong>em</strong>ente, isto é, 16,7% da amostra, como representado no<br />
quadro a seguir.<br />
Quadro 1- Aspecto e Forma das Estrias Atróficas de Cada Paciente<br />
Pacientes Aspecto Formas<br />
Paciente 1 Plano curvilínea,retilínea e<br />
<strong>em</strong> “S”<br />
Paciente 2 Plano retilínea<br />
Paciente 3 Depressão curvilínea<br />
Paciente 4 Depressão curvilínea<br />
Paciente 5 Depressão curvilínea<br />
Paciente 6 Depressão retilínea<br />
A aparência da estria atrófica pode variar, sendo que <strong>em</strong> muitos casos é<br />
uma lesão <strong>em</strong> depressão, outros se apresentam planas ou mais elevadas <strong>em</strong><br />
relação ao nível da pele (HASHIMOTO, 1998). As estrias têm formas variadas,<br />
podendo ser retilíneas, curvilíneas, <strong>em</strong> forma de “S” ou <strong>em</strong> ziguezague. (BONETTI,<br />
2007).<br />
62
4.2 Alteração na Coloração das Estrias Atróficas Pós- Tratamento<br />
As estrias pod<strong>em</strong> alterar sua coloração após os tratamentos, podendo<br />
ficar vermelhas, violáceas e cor de pele sadia (GUIRRO e GUIRRO, 2002). Todas as<br />
seis (6) pacientes notaram diferença quanto a coloração das estrias após os<br />
tratamentos, como observado no quadro a seguir.<br />
Quadro 2- Coloração das Estrias Pós-Tratamento<br />
Pacientes Coloração das Estrias<br />
Paciente 1 Violácea<br />
Paciente 2 Violácea<br />
Paciente 3 Cor de pele sadia<br />
Paciente 4 Cor de pele sadia<br />
Paciente 5 Violácea<br />
Paciente 6 Violácea<br />
As estrias de todas pacientes eram de coloração branca. Pode-se<br />
observar nos resultados encontrados quanto a mudança de coloração das estrias<br />
que as pacientes do grupo I, tratadas somente com microgalvanopuntura, tiveram<br />
uma modificação na coloração das estrias, tornando-se violáceas. Já as do grupo II,<br />
somente realizado a endermoterapia, as estrias mudaram de brancas à cor de pele<br />
sadia. O grupo III, tratadas com endermoterapia e microgalvanopuntura combinados,<br />
também teve modificação para a cor violácea. Contudo, nos grupos onde foi<br />
aplicado o Striat®, isto é, no grupo I e III, as estrias tornaram-se violáceas,<br />
apresentando-se de acordo com a literatura, pois quando a estria rubra torna-se com<br />
coloração esbranquiçada é devido à redução da quantidade de capilares regionais,<br />
assim, quando realizado o estímulo físico provocado pela agulha associado à<br />
corrente galvânica na estria alba leva à alteração da coloração da estria, podendo<br />
ficar violácea pelo aumento de capilares sanguíneos regionais (KARIME, 2006;<br />
GUIRRO E GUIRRO, 2002). Em um trabalho realizado por Azevedo, Pita e Schütz<br />
(2003) no qual foi aplicada a microgalvanopuntura no tratamento de estrias, foram<br />
verificadas, após oito sessões de tratamento, elevação de fibroblastos na região e<br />
novos vasos sanguíneos.<br />
63
Já o grupo II, onde foi realizado endermoterapia isolada, a estria ficou de<br />
coloração de pele sadia, acredita-se que como a endermoterapia não provoca um<br />
processo inflamatório mas recruta fibroblastos para formação de colágeno e elastina,<br />
substâncias essenciais para recuperação da pele, tornam a coloração da estria mais<br />
próxima do tecido original, fazendo com que a estria fique da coloração da pele<br />
sadia (DALSOSSO, 2007; GUIRRO E GUIRRO, 2002; TOGNI, 2006).<br />
4.3 Comprimento e Larguras das Estrias Pré e Pós-Tratamento Observado Por<br />
Meio do Programa de Software AutoCad 2009<br />
O programa de sofware, AutoCad 2009, foi originalmente desenvolvido<br />
para ciências exatas e, atualmente, também utilizado como instrumento de medida<br />
na área de saúde (RIBEIRO, 2006). Este programa foi <strong>em</strong>pregado para analisar o<br />
comprimento e a largura das estrias antes e após a aplicação dos protocolos<br />
propostos, sendo que foram mensuradas <strong>em</strong> pixels. A distância entre a lente da<br />
câmera e da pele das pacientes foi de exatamente 50 centímetros. Foram marcadas<br />
quatro (4) estrias, porém somente foram mensuradas duas (2) estrias marcadas,<br />
uma 1 (uma) de cada glúteo e obteve-se os seguintes resultados (Quadro 3).<br />
Quadro 3 - Comprimento e Larguras das Estrias Pré e Pós os Tratamentos<br />
Pctes Comprimento e<br />
Largura (Antes)<br />
Pcte 1<br />
(Grupo I)<br />
Pcte 2<br />
(Grupo I)<br />
Pcte 3<br />
(Grupo II)<br />
Pcte 4<br />
(Grupo II)<br />
Pcte 5<br />
(Grupo III)<br />
Pcte 6<br />
(Grupo III)<br />
Comprimento e<br />
Largura (Depois)<br />
Redução (%)<br />
Comprimento x<br />
Largura<br />
Estria 1 Estria 2 Estria 1 Estria 2 Estria 1 Estria 2<br />
411,2 x<br />
11,2<br />
209,2 x<br />
11,6<br />
232,5 x<br />
12,1<br />
361,3 x<br />
19,4<br />
320,1 x<br />
6,2<br />
207,6 x<br />
8,5<br />
195,2 x<br />
7,5<br />
309,1 x<br />
12,9<br />
22,15% x<br />
44,64%<br />
0,76% x<br />
26,72%<br />
16, 04% x<br />
38,01%<br />
14,44% x<br />
33,04%<br />
----------- ------------- ------------ ------------ ----------- -----------<br />
320,7 x<br />
13,6<br />
322,5 x<br />
16,3<br />
570,5 x<br />
31,2<br />
273,9 x<br />
12,4<br />
374,2 x<br />
20,1<br />
546,2 x<br />
37,9<br />
318,6 x<br />
10,1<br />
199,2 x<br />
5,7<br />
420,6 x<br />
19,2<br />
272,1 x<br />
9,8<br />
310,2 x<br />
6,9<br />
460,2 x<br />
25<br />
0,65% x<br />
25,73%<br />
38,23% x<br />
65,03 %<br />
26,2% x<br />
38,46%<br />
0,65% x<br />
20,96%<br />
17,10% x<br />
65,67%<br />
15,74% x<br />
34,03%<br />
64
Não foi possível realizar a marcação daquelas quatro estrias que foram<br />
marcadas antes do tratamento da paciente 3, do grupo II (endermoterapia isolada),<br />
pois, as estrias ficaram b<strong>em</strong> próximas á cor da pele original, ficando difícil a sua<br />
visualização.<br />
As estrias possu<strong>em</strong> comprimento e largura variáveis (GUIRRO E<br />
GUIRRO, 2002). A redução do comprimento e da largura das estrias marcadas foi<br />
maior no grupo III, onde houve uma média de redução de 50,79% da largura das<br />
estrias e 24,3% do comprimento destas, pois, a endermoterapia além de aproximar<br />
as fibras elásticas que estão agrupadas na periferia da estria e aproximar as fibras<br />
colágenas entre si, estimulam os fibroblastos a produzir novo colágeno, substância<br />
fundamental para reparação tecidual. Assim a Microgalvanopuntura após a<br />
Endermoterapia irá produzir um processo inflamatório, neovascularização e a<br />
elevação na quantidade de fibroblastos jovens, que irão produzir colágeno, este<br />
colágeno circundante irá comprimir a arcada capilar na região, sendo isso<br />
responsável pela parte da contração da cicatriz, com conseqüente fechamento das<br />
estrias. No entanto, acredita-se que os dois métodos associados produz<strong>em</strong> uma<br />
cicatrização melhor e mais acelerada (BITENCOURT, 2007; KNIGHT, 2000;<br />
OSÓRIO, 2005; WHITE et al, 2008).<br />
Somente a microgalvanopuntura de forma isolada (grupo I) também<br />
apresenta bons resultados no tratamento das estrias, onde houve redução de 35,6%<br />
da largura e 13,34% do comprimento, pois, após a fase de inflamação local que<br />
ocorre pela aplicação do Striat, se têm a fase proliferativa, sendo que nesta fase<br />
existe uma subfase, a reepitelização, onde há aumento na quantidade de<br />
fibroblastos e ocorre o fechamento da pele (CÔRTES, 2008; LIMA, 2005;<br />
MANDELBAUM, 2003, PEREIRA, 2003).<br />
Acredita-se que a Endermoterapia utilizada para o tratamento das estrias<br />
atróficas de forma isolada (grupo II) apresentou menor redução de comprimento e<br />
largura destas estrias comparada aos outros grupos, onde houve apenas 0,65% de<br />
redução do comprimento e 23,34% da largura, pois, a endermoterapia não provoca<br />
um processo inflamatório local. Para contração da ferida, isto é, redução eficaz do<br />
comprimento e largura da cicatriz é necessário um processo inflamatório para<br />
ocorrer a reepitelização (fase proliferativa da cicatrização), já que é nesta subfase<br />
que ocorre o fechamento da cicatriz, porém, como a endermoterapia irá aumentar o<br />
número de fibroblastos, elevando a produção de colágeno e elastina, além de<br />
65
aproximar as fibras elásticas que estão agrupadas na periferia da estria e aproximar<br />
as fibras colágenas entre si, assim contribuindo para recuperação da pele<br />
(BONETTI, 2007; GUITAY, 1996; MANDELBAUM, 2003; TOGNI, 2006).<br />
4.4 Percepção Individual do Tratamento<br />
A satisfação pessoal do paciente é de extr<strong>em</strong>a importância como medida<br />
da qualidade de atenção, por proporcionar satisfação sobre o êxito do provedor <strong>em</strong><br />
alcançar os valores e expectativa ao paciente (MENDONÇA, 2004). Todas as<br />
pacientes notaram alguma alteração estética das estrias ao final do tratamento. Por<br />
meio do Questionário de Percepção Individual de LEITE, 2007 (ANEXO C), as<br />
pacientes responderam sua satisfação <strong>em</strong> relação ao tratamento, tendo como<br />
respostas: Satisfeita, Insatisfeita ou Satisfeita, mas poderia ser melhor. O nível de<br />
satisfação das pacientes foram separadas pelos grupos I, II e III.<br />
Pôde-se verificar que 100% das pacientes do grupo I (2 pacientes)<br />
ficaram satisfeitas com o resultado. Já nas pacientes do grupo II e III foi verificado<br />
que 50% das pacientes, apresentaram-se satisfeitas (2 pacientes) e 50% (2<br />
pacientes) relataram estar<strong>em</strong> satisfeitas, mas que o resultado poderia ter sido<br />
melhor. Todas as pacientes da amostra (100%) notaram alguma alteração na<br />
estética da estria no final do tratamento. Em relação a esta alteração na estética das<br />
estrias foi <strong>em</strong> relação à mudança de coloração, minimização do aspecto depressivo<br />
e redução da largura e comprimento das estrias. Contudo, foram verificados que as<br />
pacientes do grupo I e III quando questionadas se tinham observado outra alteração<br />
relevante das estrias tratadas (APÊNDICE B), relataram que houve minimização da<br />
depressão da pele na região estriada, apresentando-se mais aplainadas <strong>em</strong> relação<br />
à pele. Enquanto as pacientes do grupo II não perceberam este nivelamento da pele.<br />
Neste mesmo questionamento, que foi aberto, todas as duas (2) pacientes do grupo<br />
III relataram que houve uma redução do comprimento e da largura das estrias que<br />
pôde ser observado nitidamente. Todas as pacientes (100%) notaram mudança na<br />
coloração das estrias, sendo devidamente orientadas que a estria poderia ficar com<br />
a coloração avermelhada, violácea ou de cor de pele sadia, e que se as estrias se<br />
66
tornass<strong>em</strong> vermelhas ou violáceas era um sinal positivo de que houve uma<br />
neovascularização e estas estrias irão tornar-se de 6 a 12 meses mais próximas da<br />
cor da pele, o que determinou a satisfação destas. No entanto, a satisfação das<br />
pacientes após as 8 (oito) sessões de tratamento foram decorrente da notável<br />
modificação no aspecto visual das estrias, minimização da depressão cutânea,<br />
redução do comprimento e largura das estrias e da modificação de sua coloração.<br />
67
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />
Há uma grande preocupação atual <strong>em</strong> atingir o padrão de beleza ideal, o<br />
que faz com que sujeitos fiqu<strong>em</strong> insatisfeitos com seu corpo por acreditar<strong>em</strong> que<br />
não está de acordo com os padrões pré-estabelecidos. Uma das preocupações<br />
atuais, que não estão dentro dos padrões de beleza impostos pela sociedade, são<br />
as estrias atróficas. A Fisioterapia Dermato-Funcional abre as portas para o<br />
tratamento destas t<strong>em</strong>idas estrias, proporcionando grandes benefícios estéticos, e,<br />
sobretudo qualidade de vida e o b<strong>em</strong>-estar, a esses indivíduos que estão<br />
insatisfeitos com algo <strong>em</strong> seu corpo. O presente estudo teve como objetivo analisar<br />
os efeitos da microgalvanopuntura e da endermoterapia de forma isolada e<br />
combinada no tratamento de estrias atróficas albas.<br />
No que se refere ao surgimento das estrias atróficas, identificando assim<br />
as prováveis etiologias, pôde se verificar que 33,3% (duas pacientes) da amostra<br />
relataram que o aparecimento das estrias se deu após a menarca, no entanto, <strong>em</strong><br />
decorrência de alterações na atividade esteróide (teoria endocrinológica). Já 50%<br />
(três pacientes) da amostra tiveram o aparecimento das estrias por alteração na<br />
atividade esteróide associada ao crescimento corporal repentino, com conseqüente<br />
estiramento excessivo da pele e rompimento das fibras elásticas (teoria<br />
endocrinológica e mecânica associadas). Apenas 16,7% (uma paciente) da amostra<br />
teve o surgimento das estrias decorrente da atividade esteróide na puberdade e<br />
após alguns anos devido a um processo infeccioso por febre reumática mais estrias<br />
surgiram (teoria endocrinológica e infecciosa).<br />
Em relação da contextualização do probl<strong>em</strong>a pôde- se verificar que os<br />
efeitos isolados da microgalvanopuntura (grupo I) sobre as estrias albas foram a<br />
alteração da coloração da estrias albas para violácea, redução do diâmetro destas,<br />
assim tornando-as mais próximas do nível da pele. Em relação aos efeitos da<br />
endermoterapia isolada (grupo II) foi verificado que houve alteração da coloração da<br />
estria para cor de pele sadia e redução do diâmetro, <strong>em</strong>bora <strong>em</strong> menor escala que<br />
os outros dois grupos, porém não houve redução do aspecto depressivo da estria. A<br />
microgalvanopuntura e a endermoterapia combinadas (grupo III) produziu um efeito<br />
de alteração da coloração das estrias de albas a violáceas, uma maior redução do<br />
diâmetro das estrias <strong>em</strong> relação aos outros grupos e com aspecto mais plano <strong>em</strong><br />
68
elação à pele. Isso comprova que houve diferença nos resultados dos efeitos da<br />
terapia isolada e combinada <strong>em</strong> relação à coloração das estrias, do diâmetro e<br />
minimização do aspecto depressivo das mesmas.<br />
No entanto, é relevante ressaltar que foi no grupo III, com a<br />
endermoterapia e microgalvanopuntura combinadas que houve maiores alterações<br />
das estrias, tanto da coloração, redução do comprimento e largura, que foi <strong>em</strong> maior<br />
escala que os outros gupos e minimização do aspecto depressivo das estrias. Já nas<br />
pacientes do grupo I (microgalvanopuntura isolada) houve alteração da coloração<br />
das estrias, redução do diâmetro e atenuação do apecto depressivo destas. E por<br />
fim, foi no grupo II (endermoterapia isolada) que foi somente observado mudança de<br />
coloração da estria para pele sadia e redução do diâmetro, porém <strong>em</strong> menor escala<br />
que os outros dois grupos.<br />
Em relação a satisfação pessoal das pacientes, 100% do grupo I referiram<br />
completa satisfação e das pacientes tanto do grupo II e III, 50% sentiram-se<br />
satisfeitas e 50% relataram estar<strong>em</strong> satisfeitas mas que o resultado poderia ser<br />
ainda mais satisfatório.<br />
Portanto, após as oito (8) sessões de tratamento com os três métodos<br />
realizados, foi observado que todos os métodos apresentaram a atenuação das<br />
estrias, sendo possível observar alterações significativas na pele estriada, com<br />
conseqüente melhora do aspecto da estria. Porém, mais estudos dev<strong>em</strong> ser<br />
incentivados com casuística maior para confirmação dos resultados obtidos. Espera-<br />
se que esta pesquisa tenha colaborado para o aperfeiçoamento dos conhecimentos<br />
e técnicas utilizadas na área da Fisioterapia para a melhora do aspecto da pele<br />
estriada.<br />
69
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2008.<br />
75
ANEXOS<br />
76
ANEXO A – Termo de Autorização para o Uso do Local do Estudo<br />
77
ANEXO B – Aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa<br />
79
APÊNDICES<br />
81
APÊNDICE A – Instrumento de pesquisa (Avaliação Dermato-Funcional –<br />
Questionário Aplicado)<br />
82
Dados da paciente<br />
Questionário Aplicado 1<br />
Nome:_____________________ Idade: ____ Profissão: ___________________<br />
Endereço: ______________________________ Fone: ______________<br />
Cidade: _____________ UF:____<br />
FICHA CLÍNICA<br />
Cor da pele: ( ) Branca ( ) Parda ( ) Negra ( ) Amarela<br />
Já foi gestante: ( ) Sim ( ) Não<br />
Idade da Menarca: ______<br />
Faz uso de medicamentos à base de: ( ) Corticóides ( ) Anti-histamínicos<br />
( ) Esteróides ( ) Antiinflamatórios ( ) Outros<br />
Apresenta algum tipo de disfunção hormonal:<br />
Possui Diabetes: ( ) Sim ( ) Não<br />
Possui H<strong>em</strong>ofilia: ( ) Sim ( ) Não<br />
Possui Marcapasso: ( ) Sim ( ) Não<br />
Possui alguma cardiopatia: ( ) Sim ( ) Não<br />
Possui algum risco de estar ou ficar grávida: ( ) Sim ( ) Não<br />
Propensão a quelóides ou cicatrização do tipo hipertrófica: ( ) Sim ( ) Não<br />
Patologias dérmicas na região glútea ( ) Sim ( ) Não<br />
Alergia a: ( ) Corrente elétrica ( ) Agulha<br />
Tratamentos atuais e anteriores <strong>em</strong> relação à estria: Sim ( ) Não ( )<br />
CARACTERÍSTICAS DO QUADRO<br />
Período do aparecimento das estrias: ( ) Infância ( ) Adolescência ( ) Adulta<br />
Coloração inicial: ( ) Vermelha ( ) Violácea ( ) Branca<br />
T<strong>em</strong>po de Transição de Estria Rubra à Alba: até 6 meses ( ) de 6 a 12 meses ( )<br />
superior a 12 meses ( )<br />
Sintomas iniciais das estrias: ( ) Dor ( ) Coceira ( ) Erupção papilar ( ) Assintomática<br />
Aspecto macroscópico: ( ) Depressão ( ) Elevação ( ) Plana<br />
Localização das estrias <strong>em</strong> relação à região glútea: ( ) Quadrante superior ( )<br />
Quadrante inferior<br />
As estrias aparec<strong>em</strong> dispostas na pele de forma: ( ) Horizontal ( )Vertical ( ) Ambas<br />
1 LEITE, Carla. Efeitos da corrente microgalvânica no tratamento de estrias atróficas na região glútea (Monografia de<br />
graduação). Curso de Fisioterapia – UNESC. Criciúma, 2008.<br />
83
APÊNDICE B – Instrumento de pesquisa (Avaliação Dermato-Funcional –<br />
Questionário de percepção individual)<br />
84
Dados da paciente<br />
Nome: Idade:<br />
Profissão:<br />
Questionário de Percepção Individual 2<br />
Endereço: Fone:<br />
Cidade: UF: CEP:<br />
1. Você notou alguma alteração na estética da estria no final do tratamento?<br />
( ) Sim ( ) Não<br />
2. Você percebeu alguma alteração <strong>em</strong> relação à coloração da estria após o<br />
tratamento?<br />
( ) Nenhuma.<br />
( ) Mudou para a cor vermelha.<br />
( ) Mudou para a cor violácea.<br />
( ) Mudou, ficando da cor da pele sadia.<br />
3. Que outra alteração você pode observar?<br />
4. Você sentiu-se satisfeita com o tratamento?<br />
( ) Sim, me sinto satisfeita.<br />
( ) Sim, porém poderia ser melhor.<br />
( ) Não me sinto satisfeita.<br />
2 LEITE, Carla. Efeitos da corrente microgalvânica no tratamento de estrias atróficas na região glútea (Monografia de<br />
graduação). Curso de Fisioterapia – UNESC. Criciúma, 2008.<br />
85
APÊNDICE C - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e Para<br />
Registro e Uso de Imagens<br />
86
Universidade do Extr<strong>em</strong>o Sul Catarinense – UNESC<br />
Trabalho de Conclusão do Curso de Fisioterapia<br />
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO E PARA REGISTRO E<br />
USO DE IMAGENS<br />
Você está sendo convidado (a) para participar, como voluntário (a) <strong>em</strong> uma<br />
pesquisa. Após ser esclarecido (a) sobre as informações a seguir, no caso<br />
de aceitar fazer parte do estudo, assine ao final deste documento, que está<br />
<strong>em</strong> duas vias. Uma delas é sua e a outra do pesquisador responsável.<br />
Caso não aceite, você não será penalizado (a) de forma alguma.<br />
INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA<br />
Título: “Análise dos efeitos da aplicação isolada e combinada da<br />
microgalvanopuntura e da endermoterapia no tratamento de estrias atróficas albas<br />
na região glútea <strong>em</strong> sujeitos do sexo f<strong>em</strong>inino”.<br />
Acadêmica responsável: Tamires Zapelini Dalponte<br />
Orientador Técnico: Profª Msc Lisiane Fabris Chiumento<br />
Telefones para contato: 9611-3878<br />
Os avanços na área da saúde ocorr<strong>em</strong> por meio de estudos como este, por<br />
isso a sua participação é importante. O objetivo deste estudo é verificar os efeitos da<br />
aplicação da microgalvanopuntura (aparelho Striat®) e da endermoterapia (Endosux<br />
P/Endermo DGM) feitos de forma isolada e combinada nas estrias encontradas na<br />
região glútea. Ao participar deste estudo você permitirá que a pesquisadora lhe<br />
aplique um questionário para levantar os dados que incluam ou excluam você da<br />
pesquisa. Os benefícios que este trabalho pode trazer são: diminuir a espessura e<br />
profundidade das estrias após a aplicação do protocolo de tratamento, melhorar a<br />
estética da pele quanto à cor da estria, consequent<strong>em</strong>ente proporcionando uma<br />
melhor estética e da auto-estima.<br />
Como critérios de inclusão deste estudo, definiu-se ter faixa etária entre 18 a<br />
25 anos; raça branca; com estrias albas (brancas) na região glútea; que nunca<br />
tenham se submetido a tratamento para estrias; que não estejam utilizando<br />
quaisquer produtos de fins cosméticos para estrias que possam vir a interferir nos<br />
resultados e ter estado cognitivo normal. Se você estiver dentro dos os critérios de<br />
inclusão deste estudo, você participará de um sorteio aleatório, <strong>em</strong> que cada<br />
voluntária retirará de um recipiente uma etiqueta indicando o grupo ao qual<br />
pertencerá. Existirá três grupos: o grupo I, que será submetido ao tratamento com o<br />
87
Striat®, o grupo II, que será tratado com a Endermoterapia (Endosux P/Endermo<br />
DGM) e o grupo III, com o Striat® associado à Endermoterapia (Endosux P/Endermo<br />
DGM). Uma s<strong>em</strong>ana após o sorteio o tratamento já será iniciado.<br />
Para realizar as sessões será necessário você permitir que a área tratada,<br />
isto é, a região glútea, fique desnuda, sendo necessário, no entanto, a retirada<br />
somente da vestimenta de baixo (calça ou saia) podendo permanecer com calcinha<br />
ou biquíni, sendo a escolha de sua preferência. As sessões serão realizadas na<br />
Clínica de Fisioterapia na UNESC, sendo 2 (duas) sessões s<strong>em</strong>anais para cada<br />
grupo, no período vespertino, totalizando 10 (dez) sessões. Os atendimentos terão<br />
duração de 30 minutos, porém, as pacientes deverão ter disponibilidade de t<strong>em</strong>po<br />
de aproximadamente 50 minutos do horário de início da sessão. Na primeira sessão,<br />
serão capturadas imagens (fotos) da estrias da região glútea, no decorrer das<br />
sessões outras fotos serão tiradas da região para observar sua evolução, e ao final<br />
de todo tratamento uma última foto será tirada para verificar o resultado final. Você<br />
terá garantido o sigilo total dos seus dados de identificação, e <strong>em</strong> nenhum momento<br />
haverá identificação de identidade das donas das suas respectivas fotos. As únicas<br />
que saberão a identidade das fotos tiradas serão somente eu Acadêmica Tamires<br />
Zapelini Dalponte, e minha Orientadora Lisiane Fabris Chiumento. Pela participação<br />
no estudo você não receberá r<strong>em</strong>uneração, b<strong>em</strong> como não pagará qualquer quantia.<br />
Não será realizado nenhum procedimento que traga riscos a sua saúde. Ao término<br />
de todos os 10 (dez) atendimentos lhe será aplicado um questionário sobre a sua<br />
percepção dos resultados do tratamento.<br />
88
Consentimento da participação da pessoa como sujeito<br />
Eu, _____________________________________,RG/CPF nº__________________<br />
abaixo assinado, concordo <strong>em</strong> participar do estudo “Análise dos efeitos da aplicação<br />
isolada e combinada da microgalvanopuntura e da endermoterapia no tratamento<br />
de estrias atróficas albas, na região glútea <strong>em</strong> sujeitos do sexo f<strong>em</strong>inino”, como<br />
sujeito. Também reconheço e autorizo o registro de imagens fotográficas da minha<br />
pessoa. Fui devidamente informada e esclarecida pela acadêmica Tamires Zapelini<br />
Dalponte, sobre a pesquisa, os procedimentos nela envolvidos, assim como riscos e<br />
benefícios decorrentes da participação. Foi-me garantido que posso retirar meu<br />
consentimento a qualquer momento, s<strong>em</strong> que isso leve a qualquer penalidade ou<br />
interrupção do meu tratamento.<br />
Criciúma, ___/___/_____<br />
________________________________________________________<br />
Nome e assinatura do paciente<br />
_____________________________________<br />
Acadêmico (a)<br />
__________________________________<br />
Professor Orientador<br />
89
APÊNDICE D – Imagens das Pacientes Antes e Depois do Tratamento<br />
90
Grupo I – Microgalvanopuntura Isolada<br />
Figura 06: Paciente 1 – Antes (Glúteo direito)<br />
Figura 07: Paciente 1 – Antes (Glúteo esquerdo)<br />
91
Figura 08: Paciente 1 – Depois (Glúteo direito)<br />
Figura 09: Paciente 1 – Depois (Glúteo esquerdo)<br />
92
Figura 10: Paciente 2 – Antes (Glúteo direito)<br />
Figura 11: Paciente 2 – Antes (Glúteo esquerdo)<br />
93
Figura 12: Paciente 2 – Depois (Glúteo direito)<br />
Figura 13: Paciente 2 – Depois (Glúteo esquerdo)<br />
94
Grupo II – Endermoterapia Isolada<br />
Figura 14: Paciente 3 – Antes (Glúteo direito)<br />
Figura 15: Paciente 3 – Antes (Glúteo esquerdo)<br />
95
Figura 16: Paciente 3 – Depois (Glúteo direito)<br />
Figura 17: Paciente 3 – Depois (Glúteo esquerdo)<br />
96
Figura 18: Paciente 4 – Antes (Glúteo direito)<br />
Figura 19: Paciente 4 – Antes (Glúteo esquerdo)<br />
97
Figura 20: Paciente 4 – Depois (Glúteo direito)<br />
Figura 21: Paciente 4 – Depois (Glúteo esquerdo)<br />
98
Grupo III – Microgalvanopuntura e Endermoterapia Combinados<br />
Figura 22: Paciente 5 – Antes (Glúteo direito)<br />
Figura 23: Paciente 5 – Antes (Glúteo esquerdo)<br />
99
Figura 24: Paciente 5 – Depois (Glúteo direito)<br />
Figura 25: Paciente 5 – Depois (Glúteo esquerdo)<br />
100
Figura 26: Paciente 6 – Antes (Glúteo direito)<br />
Figura 27: Paciente 6 – Antes (Glúteo esquerdo)<br />
101
Figura 28: Paciente 6 – Depois (Glúteo direito)<br />
Figura 29: Paciente 6 – Depois (Glúteo esquerdo)<br />
102
103