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efeito microscópio do dióxido de carbono na atrofia - Unama

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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA<br />

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE<br />

CURSO DE FISIOTERAPIA<br />

EFEITO MICROSCÓPIO DO DIÓXIDO DE CARBONO NA ATROFIA LINEAR<br />

CUTÂNEA<br />

Belém – Pará<br />

2006<br />

A<strong>na</strong> Claudia da Silva Domingues<br />

Carmem Silvia Araújo Cavaleiro <strong>de</strong> Mace<strong>do</strong>


UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA<br />

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE<br />

CURSO DE FISIOTERAPIA<br />

EFEITO MICROSCÓPIO DO DIÓXIDO DE CARBONO NA ATROFIA LINEAR<br />

CUTÂNEA<br />

A<strong>na</strong> Claudia da Silva Domingues<br />

Carmem Silvia Araújo Cavaleiro <strong>de</strong> Mace<strong>do</strong><br />

Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso apresenta<strong>do</strong> ao<br />

Curso <strong>de</strong> Fisioterapia <strong>do</strong> Centro <strong>de</strong> Ciências<br />

Biológicas e da Saú<strong>de</strong> da UNAMA, como<br />

requisito para obtenção <strong>do</strong> nível <strong>de</strong> graduação,<br />

orienta<strong>do</strong> pela Professora Daniela Teixeira Costa.<br />

Belém – Pará<br />

2006<br />

1


EFEITO MICROSCÓPIO DO DIÓXIDO DE CARBONO NA ATROFIA LINEAR<br />

CUTÂNEA<br />

A<strong>na</strong> Claudia da Silva Domingues<br />

Carmem Silvia Araújo Cavaleiro <strong>de</strong> Mace<strong>do</strong><br />

Avalia<strong>do</strong> por:<br />

Data: _____/_____/_____<br />

Belém – Pará<br />

Universida<strong>de</strong> da Amazônia<br />

2006<br />

_____________________________________<br />

2


A DEUS, pela minha vida e por tu<strong>do</strong> <strong>de</strong> bom que<br />

se realizou nela;<br />

Aos meus queri<strong>do</strong>s pais, em especial, minha mãe,<br />

aos meus irmãos, que sempre me apoiaram nessa<br />

longa trajetória e aos meus gran<strong>de</strong>s amigos, pela<br />

força, <strong>de</strong>dicação e pelo gran<strong>de</strong> incentivo que<br />

recebi durante toda a minha vida;<br />

À minha avó, por to<strong>do</strong> a minha formação moral;<br />

Ao meu mari<strong>do</strong> Augusto Cesar que sempre esteve<br />

ao meu la<strong>do</strong> em to<strong>do</strong>s os momentos da minha<br />

vida e ao meus filhos, Victor e Diogo, pela<br />

paciência e compressão;<br />

À Dra. Celia Mace<strong>do</strong>, pela oportunida<strong>de</strong> e<br />

confiança <strong>de</strong>positadas em minha pessoa;<br />

À minha orienta<strong>do</strong>ra, Daniela Teixeira Costa,<br />

pela paciência e <strong>de</strong>dicação, por sempre acreditar e<br />

nos ajudar a tor<strong>na</strong>r esse trabalho realida<strong>de</strong>;<br />

À minha parceira <strong>de</strong> TCC pela compressão;<br />

Aos nossos pacientes, pela persistência e pela<br />

confiança em nós <strong>de</strong>positada;<br />

A to<strong>do</strong>s que direta ou indiretamente contribuíram<br />

para a realização <strong>de</strong>sse trabalho.<br />

3<br />

A<strong>na</strong> Claudia Domingues


À DEUS por me mostrar sempre o caminho certo<br />

da vitória;<br />

Aos meus pais, por acreditarem e estarem ao meu<br />

la<strong>do</strong> em to<strong>do</strong>s os momentos e nunca me <strong>de</strong>ixarem<br />

<strong>de</strong>sistir <strong>do</strong>s meus sonhos;<br />

As minhas irmãs Fer<strong>na</strong>nda, Flavia e Fabia, que<br />

tanto amo, em especial à Flavia, por me amar<br />

tanto e querer sempre o melhor pra mim;<br />

Ao meu mari<strong>do</strong>, Mauro, pelo amor e paciência<br />

<strong>de</strong>dica<strong>do</strong> e que nunca negou um pedi<strong>do</strong>;<br />

As amigas, Lidia, Daniela e Adélia por serem<br />

minhas companheiras;<br />

A minha mãe Célia Mace<strong>do</strong>, pela oportunida<strong>de</strong>, e<br />

chance que me <strong>de</strong>u <strong>de</strong> crescer profissio<strong>na</strong>lmente;<br />

À minha orienta<strong>do</strong>ra e amiga, Daniela Teixeira<br />

Costa, pelo constante incentivo, sempre indican<strong>do</strong><br />

a direção a ser tomada nos momentos <strong>de</strong> maior<br />

dificulda<strong>de</strong> e principalmente pela confiança<br />

<strong>de</strong>positada, por estar sempre presente em minha<br />

vida, pois só uma pessoa tão maravilhosa po<strong>de</strong>ria<br />

ter esse coração tão grandioso e fraterno.<br />

E a minha parceira <strong>de</strong> TCC pelo companheirismo<br />

e compressão e ao pacientes pela participação.<br />

4<br />

Carmem Mace<strong>do</strong>


EFEITO MICROSCÓPIO DO DIÓXIDO DE CARBONO NA ATROFIA LINEAR<br />

CUTÂNEA. A<strong>na</strong> Claudia da Silva Domingues e Carmem Silvia Araújo Cavaleiro <strong>de</strong><br />

Mace<strong>do</strong>. Universida<strong>de</strong> da Amazônia, Belém – Pará.<br />

RESUMO<br />

INTRODUÇÃO: A carboxiterapia é um méto<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong> para tratamento <strong>de</strong> irregularida<strong>de</strong>s<br />

da pele, geran<strong>do</strong> melhora <strong>na</strong> pressão parcial <strong>de</strong> oxigênio e perfusão tecidual e <strong>de</strong> parâmetros<br />

locais <strong>de</strong> circulação, sen<strong>do</strong> uma terapia eficaz <strong>na</strong> melhora da elasticida<strong>de</strong> cutânea, adiposida<strong>de</strong><br />

localizada e arteriopatias, com gran<strong>de</strong> resulta<strong>do</strong>s no tratamento das estrias. A <strong>atrofia</strong> linear<br />

cutânea é caracterizada microscopicamente por processo inflamatório intenso com alteração<br />

perivascular em torno das fibras elásticas e coláge<strong>na</strong>s. O estu<strong>do</strong> tem como objetivo a<strong>na</strong>lisar os<br />

<strong>efeito</strong>s <strong>microscópio</strong> <strong>do</strong> dioxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>carbono</strong> <strong>na</strong> <strong>atrofia</strong> linear cutânea. METODOLOGIA: O<br />

estu<strong>do</strong> é <strong>do</strong> tipo experimental e prospectivo, com uma amostra <strong>de</strong> 10 mulheres (20 a 28 anos)<br />

que apresentaram <strong>atrofia</strong> linear cutânea branca <strong>na</strong>carada <strong>na</strong> região glútea no quadrante inferior<br />

externo direito, com o tipo <strong>de</strong> pele <strong>de</strong> II a V. O tratamento com carboxiterapia, no quadrante<br />

inferior externo da região glútea direita, foi inicia<strong>do</strong> após a realização <strong>de</strong> biópsia, utilizan<strong>do</strong><br />

um aparelho da marca CARBTEK R CO2 Infusion. RESULTADOS: A amostra foi homogênea<br />

<strong>na</strong> faixa etária, on<strong>de</strong> a maior incidência <strong>de</strong> coloração <strong>de</strong> pele foi clara e pouco more<strong>na</strong>. Entre<br />

as causas para o aparecimento das estrias prevaleceu o aumento <strong>de</strong> peso em relação a<br />

a<strong>do</strong>lescência. Po<strong>de</strong>-se observar, por meio <strong>do</strong>s valores da media aritmética, uma redução da<br />

sensação <strong>de</strong> <strong>do</strong>r percebida ao longo das sessões <strong>de</strong> tratamento, sen<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong><br />

estatisticamente significante (p


EFFECT MICROSCOPE OF THE CARBON DIOXIDE IN THE CUTANEOUS<br />

LINEAR ATROPHY. A<strong>na</strong> Claudia da Silva Domingues e Carmem Silvia Araújo Cavaleiro<br />

<strong>de</strong> Mace<strong>do</strong>. Universida<strong>de</strong> da Amazônia, Belém – Pará.<br />

ABSTRACT<br />

INTRODUCTION: The carbon dioxi<strong>de</strong> therapy is a method used for treatment of<br />

irregularities of the skin, generating improvement in the partial pressure of oxygen and<br />

tecidual perfusion and local parameters of circulation, being an efficient therapy in the<br />

improvement of the cutaneous elasticity, located adiposity, with great resulted in the treatment<br />

of the striae. The cutaneous linear atrophy is characterized by intense inflammatory process<br />

with alteration to perivascular around elastic and staple fibres. The study it has as objective to<br />

a<strong>na</strong>lyze the effect microscope of the carbon dioxi<strong>de</strong> in the cutaneous linear atrophy.<br />

METHODOLOGY: The study it is of the experimental and prospective, with a sample of 10<br />

women (the 20 28 years) that exter<strong>na</strong>l right had presented linear atrophy cutaneous pearly<br />

white in the glúteo region in the inferior quadrant, with the type of skin of II the V. The<br />

treatment with carbon dioxi<strong>de</strong> therapy, in the exter<strong>na</strong>l inferior quadrant of the right glúteo<br />

region, was initiated after the biópsia accomplishment, using a <strong>de</strong>vice of mark CARBTEKR<br />

CO2 Infusion, RESULTS: The sample was homogênea in the band would years, where the<br />

biggest inci<strong>de</strong>nce of skin coloration was clear and little brown. The a<strong>do</strong>lescent enters the<br />

causes for the appearance of the estrias took advantage the increase of weight in relation. It<br />

can be observed, by means of the values of measured aritmet, a reduction of the sensation of<br />

pain perceived throughout the sessions of treatment, being consi<strong>de</strong>red estatistic significant<br />

(p


LISTA DE FIGURAS<br />

FIGURA 1. Padronização e higienização das Terapêutas .....................................................33<br />

FIGURA 2. Aparelho da Carbtek R CO2 infusion ...................................................................34<br />

FIGURA 3. Agulha 30g, equipo <strong>de</strong> soro e filtro epidural 0,3 micras ....................................34<br />

FIGURA 4. Valores quanto a incidência <strong>de</strong> coloração <strong>de</strong> pele <strong>na</strong> amostra............................37<br />

FIGURA 5. Valores quanto a causa <strong>do</strong> aparecimento das estrias ..........................................37<br />

FIGURA 6. Valores da média aritmética quanto a evolução da <strong>do</strong>r <strong>na</strong>s vinte sessões <strong>de</strong><br />

tratamento <strong>do</strong>s pacientes.........................................................................................................39<br />

FIGURA 7. Valores quanto o aspecto da epi<strong>de</strong>rme antes e <strong>de</strong>pois <strong>do</strong> tratamento por meio da<br />

a<strong>na</strong>lise da biopsia....................................................................................................................41<br />

FIGURA 8. Valores quanto o aspecto da <strong>de</strong>rme antes e <strong>de</strong>pois <strong>do</strong> tratamento por meio da<br />

a<strong>na</strong>lise da biopsia....................................................................................................................41<br />

7


LISTA DE TABELAS<br />

TABELA 1. Estatistica <strong>de</strong>scritiva quanto a faixa etaria da amostra.......................................36<br />

TABELA 2. Estatistica <strong>de</strong>scritiva da evolução da <strong>do</strong>r durante as vinte sessões <strong>de</strong><br />

tratamento...............................................................................................................................38<br />

TABELA 3. A<strong>na</strong>lise <strong>de</strong> variância <strong>de</strong> um criterio com índice <strong>de</strong> Tukey para a evolução da <strong>do</strong>r<br />

em cinco momentos................................................................................................................39<br />

TABELA 4. Valores <strong>do</strong> Teste t <strong>de</strong> Stu<strong>de</strong>nt para comparação da sensação subjetiva <strong>de</strong> <strong>do</strong>r <strong>na</strong><br />

primeira e <strong>na</strong> ultima sessão <strong>de</strong> tratamento..............................................................................40<br />

8


SUMÁRIO<br />

1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................10<br />

2. REVISÃO DE LITERATURA ..........................................................................................13<br />

3. MATERIAL E MÉTODO..................................................................................................31<br />

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................................36<br />

5. CONCLUSÃO....................................................................................................................43<br />

REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA........................................................................................44<br />

APÊNDICE 1 .........................................................................................................................47<br />

APÊNDICE 2 .........................................................................................................................48<br />

APÊNDICE 3 .........................................................................................................................49<br />

APÊNDICE 4 .........................................................................................................................51<br />

ANEXO 1 ...............................................................................................................................53<br />

9


1. INTRODUÇÃO<br />

As <strong>atrofia</strong>s lineares cutâneas (estrias) caracterizam-se clinicamente pela morfologia,<br />

em geral, linear, aspecto atrófico e superfície, eventualmente discretamente enrugada, com<br />

peque<strong>na</strong>s rugas transversais ao seu maior eixo que <strong>de</strong>saparecem à tração. A freqüência é<br />

extremamente elevada sobretu<strong>do</strong> em mulheres trazen<strong>do</strong> problemas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m estética e ou<br />

psicológica, são cada vez mais responsáveis pela gran<strong>de</strong> procura <strong>de</strong> tratamento estético o que<br />

justifica a busca <strong>de</strong> terapêuticas cada vez mais eficazes. (LIMA, 1990).<br />

A maior prevalência das estrias ocorre <strong>na</strong> faixa etária <strong>do</strong>s 14 aos 20 anos (55 - 65%<br />

em mulheres e 15 - 20% em homens), ou seja, é cerca <strong>de</strong> três a seis vezes mais freqüente em<br />

mulheres <strong>do</strong> que em homens. Na mulher, as localizações pre<strong>do</strong>mi<strong>na</strong>ntes são ná<strong>de</strong>gas, ab<strong>do</strong>me<br />

e <strong>na</strong>s mamas, nos homens pre<strong>do</strong>mi<strong>na</strong>m no <strong>do</strong>rso, região lombosacra e parte exter<strong>na</strong> das coxas.<br />

Surgem perpendicularmente ao eixo <strong>de</strong> maior tensão da pele e acompanham, as linhas <strong>de</strong><br />

clivagem da pele (linhas <strong>de</strong> Langer), ten<strong>de</strong>m a simetria e a bilateralida<strong>de</strong> (KEDE;<br />

SABATOVICH, 2003).<br />

As estrias são lesões que po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>finidas como uma <strong>atrofia</strong> tegumentar adquirida,<br />

<strong>de</strong> aspecto linear, com trajetória sinuosa atrófica <strong>de</strong> um ou mais milímetros <strong>de</strong> largura, a<br />

princípio avermelhada, posteriormente esbranquiçadas <strong>de</strong> aspecto abrilhantadas (<strong>na</strong>caradas).<br />

Apresenta também uma diminuição <strong>de</strong> espessura da pele, <strong>de</strong>corrente da redução <strong>do</strong> número e<br />

volume <strong>de</strong> seus elementos e é representada por a<strong>de</strong>lgaçamento, pregueamento, secura, menor<br />

elasticida<strong>de</strong>, rarefação <strong>do</strong>s pêlos, caracterizan<strong>do</strong>, portanto uma lesão da pele (GUIRRO;<br />

GUIRRO, 2002).<br />

Inicialmente, <strong>na</strong> estria ocorre um processo inflamatório que po<strong>de</strong> ser intenso,<br />

mononuclear e pre<strong>do</strong>mi<strong>na</strong>nte perivascular, a <strong>de</strong>rme po<strong>de</strong> apresentar-se e<strong>de</strong>matosa. As<br />

alterações iniciais po<strong>de</strong>m se esten<strong>de</strong>r até 3cm além da borda da estria ocorren<strong>do</strong> elastólise e<br />

10


<strong>de</strong>granulação <strong>de</strong> mastócitos, segui<strong>do</strong> <strong>de</strong> afluxo em torno das fibras elásticas fragmentadas. Na<br />

fase mais tardia a epi<strong>de</strong>rme encontra-se atrófica, aplai<strong>na</strong>da e <strong>na</strong> <strong>de</strong>rme as fibras elásticas estão<br />

alteradas e as coláge<strong>na</strong>s apresentam-se sob forma <strong>de</strong> feixes paralelos a superfície <strong>na</strong> direção<br />

da força <strong>de</strong> distensão. Os fibroblastos também ficam <strong>de</strong>stituí<strong>do</strong>s <strong>de</strong> organelas <strong>de</strong> síntese<br />

(Complexo <strong>de</strong> Golgi e Retículo En<strong>do</strong>plasmático Rugoso), enquanto que as cicatrizes ficam<br />

bem <strong>de</strong>senvolvidas (KEDE; SABATOVICH, 2003).<br />

Os méto<strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>s no tratamento da <strong>atrofia</strong> linear cutânea visam melhorar os<br />

aspectos estéticos, estimulan<strong>do</strong> a formação <strong>de</strong> teci<strong>do</strong> colágeno <strong>na</strong>s lesões. Para isso várias<br />

técnicas po<strong>de</strong>m ser empregadas, <strong>de</strong>ntre estas técnicas <strong>de</strong>staca-se a carboxiterapia.<br />

A carboxiterapia é um méto<strong>do</strong>, utiliza<strong>do</strong> para tratamento <strong>de</strong> irregularida<strong>de</strong>s da pele,<br />

estu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s <strong>de</strong>monstram melhora <strong>na</strong> pressão parcial <strong>de</strong> oxigênio tecidual, da perfusão<br />

tecidual, e também, <strong>de</strong> parâmetros locais <strong>de</strong> circulação. Com isso, a carboxiterapia já vem<br />

sen<strong>do</strong> utilizada para o tratamento <strong>de</strong> arteriopatias, psoríase, úlceras, varizes, <strong>na</strong> redução <strong>de</strong><br />

adiposida<strong>de</strong>s localizadas, por seu <strong>efeito</strong> oxidativo sob os lipócitos. Os mesmos estu<strong>do</strong>s fazem<br />

referências aos resulta<strong>do</strong>s positivos obti<strong>do</strong>s com a aplicação <strong>de</strong> gás carbônico sobre a<br />

elasticida<strong>de</strong> cutânea. (BRANDI et al, 2004)<br />

Os <strong>efeito</strong>s obti<strong>do</strong>s pela carboxiterapia são em <strong>de</strong>corrência da ação vasomotora <strong>do</strong> gás<br />

carbônico que atua, sobretu<strong>do</strong>, <strong>na</strong> microcirculação vascular <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> conectivo, promoven<strong>do</strong><br />

uma vasodilatação e um aumento da dre<strong>na</strong>gem veno-linfatica (LÓPEZ, 2003).<br />

A vasodilatação arteriolar <strong>do</strong> tipo ativa (ação direta <strong>do</strong> CO2 no miócito vascular), que<br />

prevalece a nível local e indireto, consiste em uma forte vasodilatação, hipercapnia induzida e<br />

súbito fluxo sangüíneo capilar, aumentan<strong>do</strong> o aporte sangüíneo e a taxa <strong>de</strong> oxigênio no local.<br />

Este <strong>efeito</strong> é senti<strong>do</strong> pelo paciente como uma sensação <strong>de</strong> “rachar a pele” acompanha<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

e<strong>de</strong>ma momentâneo, sem causar qualquer dano estético (BRANDI et al, 2001).<br />

11


Este estu<strong>do</strong> encontra fundamentação no fato <strong>de</strong> ser a <strong>atrofia</strong> linear cutânea<br />

caracterizada microscopicamente por processo inflamatório intenso com alteração<br />

perivascular em torno das fibras elásticas e coláge<strong>na</strong>s. Ten<strong>do</strong> a carboxiterapia sua eficácia<br />

comprovada sobre a melhora da elasticida<strong>de</strong> cutânea, adiposida<strong>de</strong> localizada e as<br />

arteriopatias, através <strong>de</strong> seu <strong>efeito</strong> vaso motor com melhora da circulação local e da perfusão<br />

tecidual e reorganização das fibras elásticas e coláge<strong>na</strong>s, acredita-se que esta terapia possa<br />

favorecer o tratamento das estrias. Durante a realização da pesquisa, questionou-se se o gás<br />

carbônico <strong>de</strong>termi<strong>na</strong> alterações microscópica <strong>na</strong> <strong>atrofia</strong> linear cutânea. Nesse senti<strong>do</strong>,<br />

objetivamente, foram a<strong>na</strong>lisa<strong>do</strong>s os <strong>efeito</strong>s histológicos <strong>de</strong>termi<strong>na</strong><strong>do</strong>s pelo gás carbônico <strong>na</strong><br />

<strong>atrofia</strong> linear cutânea, bem como verificadas as alterações <strong>na</strong> <strong>de</strong>rme e <strong>na</strong> epi<strong>de</strong>rme.<br />

O estu<strong>do</strong> justifica-se por ser a <strong>atrofia</strong> linear cutânea caracterizada microscopicamente<br />

por processo inflamatório intenso com alteração perivascular em torno das fibras elásticas e<br />

coláge<strong>na</strong>s. Ten<strong>do</strong> a carboxiterapia sua eficácia comprovada sobre a melhora da elasticida<strong>de</strong><br />

cutânea, adiposida<strong>de</strong> localizada e as arteriopatias, por meio <strong>de</strong> seu <strong>efeito</strong> vaso motor com<br />

melhora da circulação local e da perfusão tecidual e reorganização das fibras elásticas e<br />

coláge<strong>na</strong>s, acredita-se que esta terapia possa favorecer o tratamento das estrias.<br />

1.1 – Objetivos<br />

1.1.1 - Objetivo Geral<br />

- A<strong>na</strong>lisar os <strong>efeito</strong>s <strong>microscópio</strong>s <strong>do</strong> dioxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>carbono</strong> <strong>na</strong> <strong>atrofia</strong> linear cutânea<br />

1.1.2 - Objetivos Específicos<br />

- Verificar as alterações microscópicas <strong>na</strong> <strong>de</strong>rme<br />

- Verificar as alterações microscópicas <strong>na</strong> epi<strong>de</strong>rme<br />

12


2.1 – Atrofia linear cutânea<br />

2. REVISÃO DE LITERATURA<br />

As <strong>atrofia</strong>s lineares cutâneas, clinicamente, se caracterizam pela morfologia em geral<br />

linear, aspecto atrófico e superfície por vezes discretamente enrugada, com peque<strong>na</strong>s rugas<br />

transversais ao seu eixo que <strong>de</strong>saparecem à tração. Inicialmente, são eritematosas, ou mesmo<br />

violáceas. Nessa fase, po<strong>de</strong>m ser discretamente elevadas <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao e<strong>de</strong>ma gera<strong>do</strong> pelo<br />

processo inflamatório, o que justificaria uma esporádica queixa <strong>de</strong> pruri<strong>do</strong>. Após meses,<br />

adquirem uma to<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> branco-<strong>na</strong>carada. (AZULAY; AZULAY, 2004)<br />

A <strong>atrofia</strong> linear cutânea possui várias <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>ções, <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> diferentes idiomas<br />

prováveis etiologias e aspectos macroscópicos da pele como: Estrias atróficas, Estriae cutis<br />

distensae, Strech marks, Estrias, Vergetures, Víbices, Striae albicantes, Striae gravidarum.<br />

(MIGUEL, 2004 ).<br />

Kang (1998), relata que marcas estiradas ou estrias, são lesões <strong>de</strong> pele comuns que não<br />

têm conseqüências médicas, mas são freqüentemente angustiantes para aqueles que as têm.<br />

Segun<strong>do</strong> o autor, estas marcas <strong>de</strong>sfigurantes, geralmente, são causadas por estiramento<br />

excessivo da pele, que ocorre, por exemplo, <strong>na</strong> gravi<strong>de</strong>z, súbito crescimento <strong>na</strong> a<strong>do</strong>lescência,<br />

obesida<strong>de</strong> e musculação.<br />

Em 1984, Fonseca & Souza, <strong>de</strong>screveram a <strong>atrofia</strong> linear cutânea como sen<strong>do</strong> uma<br />

<strong>atrofia</strong> da pele em linha, que po<strong>de</strong> atingir <strong>de</strong>z ou mais centímetros <strong>de</strong> comprimento, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong><br />

retilíneo, curvilíneo ou sinuoso, ten<strong>do</strong> três a cinco ou pouco mais milímetros <strong>de</strong> largura. É<br />

uma lesão inextinguível, por vezes <strong>de</strong>primida, <strong>de</strong> superfície lisa ou fi<strong>na</strong>mente pregueáveis e<br />

com borda brilhante bem <strong>de</strong>finida.<br />

As <strong>atrofia</strong>s lineares cutâneas dispõem-se paralelamente uma às outras e<br />

perpendicularmente às linhas <strong>de</strong> fenda da pele, indican<strong>do</strong> um <strong>de</strong>sequilíbrio elástico localiza<strong>do</strong>,<br />

13


caracterizan<strong>do</strong> uma lesão da pele. Apresentam um caráter <strong>de</strong> bilateralida<strong>de</strong>, isto é, existe uma<br />

tendência da <strong>atrofia</strong> linear cutânea distribuir-se simetricamente em ambos os la<strong>do</strong>s (GUIRRO;<br />

GUIRRO, 2002).<br />

Para estes mesmo autores são ditas atróficas, por apresentarem uma diminuição <strong>de</strong><br />

espessura da pele, <strong>de</strong>corrente da redução <strong>do</strong> número e volume <strong>de</strong> seus elementos e é<br />

representada por a<strong>de</strong>lgaçamento, pregueamento, secura, menor elasticida<strong>de</strong>, rarefação <strong>do</strong>s<br />

pêlos.<br />

Po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada, como uma <strong>atrofia</strong> tegumentar, <strong>de</strong> aspecto linear, algo sinuosa, a<br />

princípio, avermelhada, <strong>de</strong>pois, esbranquiçada e abrilhantada (<strong>na</strong>carada) (GUIRRO;<br />

GUIRRO, 2002).<br />

Lever & Lever (1991) <strong>de</strong>screve a formação da <strong>atrofia</strong> linear cutânea que acontece<br />

quan<strong>do</strong> o teci<strong>do</strong> lesio<strong>na</strong><strong>do</strong> passa por várias mudanças até a formação <strong>de</strong> cicatrizes que<br />

conhecemos como <strong>atrofia</strong> linear cutânea.<br />

Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Lima (1990) caracterizam as <strong>atrofia</strong>s lineares cutâneas, em geral, linear, <strong>de</strong><br />

aspecto atrófico e superfície, eventualmente, discretamente enrugada, com peque<strong>na</strong>s rugas<br />

transversais ao seu maior eixo que <strong>de</strong>saparecem à tração. A freqüência é extremamente<br />

elevada sobretu<strong>do</strong> em mulheres trazen<strong>do</strong> problemas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m estética e ou psicológica, são<br />

cada vez mais responsáveis pela gran<strong>de</strong> procura <strong>de</strong> tratamento estético o que justifica a busca<br />

<strong>de</strong> terapêuticas cada vez mais eficazes.<br />

Para Junqueira et al (1995), o processo biológico é dividi<strong>do</strong> em fases que serão<br />

<strong>de</strong>scritas a seguir:<br />

A primeira fase começa com a invasão <strong>do</strong>s espaços vazios por parte plasmas, <strong>do</strong>s<br />

granulócitos, <strong>do</strong>s macrófagos e da fibri<strong>na</strong>.<br />

Na segunda fase, a fibri<strong>na</strong> e os fibroblastos se proliferam ativamente, <strong>de</strong> maneira que<br />

formam <strong>de</strong>lga<strong>do</strong>s pontos celulares que se unem aos extremos opostos daquelas zo<strong>na</strong>s <strong>de</strong> on<strong>de</strong>,<br />

14


<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à ruptura da trama conectiva, formaram os espaços vazios <strong>de</strong>limita<strong>do</strong>s por bordas <strong>de</strong><br />

teci<strong>do</strong> intacto.<br />

Na terceira fase, proliferam-se as células en<strong>do</strong>télias e formam-se cordões celulares<br />

resistentes que quan<strong>do</strong> se encontram com os que vêm <strong>do</strong> la<strong>do</strong> oposto, se ca<strong>na</strong>lizam forman<strong>do</strong><br />

uma nova re<strong>de</strong> <strong>de</strong> capilares, o que origi<strong>na</strong> um sistema <strong>de</strong> vasos sangüíneos e linfáticos cuja<br />

missão é favorecer a dre<strong>na</strong>gem <strong>de</strong> uma abundância linfa exudativa.<br />

Quan<strong>do</strong> a regeneração afeta a pele, em cima <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> conectivo recentemente<br />

forma<strong>do</strong>, regenera-se o epitélio cutâneo, o qual formará uma nova capa epidérmica sem que<br />

ocorra a regeneração <strong>do</strong>s elementos diferencia<strong>do</strong>s como o caso das glândulas su<strong>do</strong>ríparas e<br />

<strong>do</strong>s sistemas pilosebáceos. (FONSECA; SOUZA, 1984).<br />

O novo teci<strong>do</strong> se <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong> também granula<strong>do</strong>, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> apresentar uma superfície<br />

rugosa e adquire um <strong>de</strong>senvolvimento exagera<strong>do</strong> como conseqüência <strong>de</strong> um estímulo<br />

excessivo. A princípio se manifesta em cor <strong>de</strong> rosa ou róseo, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à vascularização, que<br />

<strong>de</strong>pois vai modifican<strong>do</strong> conforme a evolução <strong>do</strong> teci<strong>do</strong>. (JUNQUEIRA et al, 1995).<br />

Na última fase, o teci<strong>do</strong> é invadi<strong>do</strong> por colágeno, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> as células e os vasos <strong>de</strong><br />

recente constituição experimentam uma espécie <strong>de</strong> apreensão (compressão). Uma série <strong>de</strong><br />

enzimas proteolítica facilita a hidrolização da fibri<strong>na</strong> e <strong>do</strong>s restos <strong>de</strong> células mortas, os<br />

leucócitos. Á medida que o número <strong>de</strong> células se reduz, <strong>de</strong>saparecem completamente os<br />

leucócitos e os macrófagos, diminuin<strong>do</strong> também os fibroblastos, enquanto que os capilares<br />

sangüíneos experimentam um processo <strong>de</strong> <strong>atrofia</strong> e <strong>de</strong>saparecen<strong>do</strong> em seguida. Após essas<br />

mudanças <strong>de</strong> estruturas, o teci<strong>do</strong> granuloso progressivamente ira ser converti<strong>do</strong> em teci<strong>do</strong><br />

cicatricial (JUNQUEIRA et al, 1995).<br />

Há evidências <strong>de</strong> que o aparecimento da <strong>atrofia</strong> linear cutânea seja multifatorial, como:<br />

fatores en<strong>do</strong>crinológicos, mecânicos, infecciosos, genéticos e familiares (LEVER; LEVER,<br />

1991).<br />

15


Os fatores genéticos estão envolvi<strong>do</strong>s <strong>na</strong> etiologia da <strong>atrofia</strong> linear cutânea, sugerin<strong>do</strong><br />

que os genes <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>ntes para a formação <strong>do</strong> colágeno, da elasti<strong>na</strong> e da fibronecti<strong>na</strong> estejam<br />

diminuí<strong>do</strong>s em pacientes porta<strong>do</strong>res da <strong>atrofia</strong> linear cutânea, ocasio<strong>na</strong>n<strong>do</strong> uma alteração no<br />

metabolismo <strong>do</strong> fibroblasto (LEE et al, 1994).<br />

São também observadas em indivíduos obesos, durante a gravi<strong>de</strong>z, <strong>na</strong>s Síndromes <strong>de</strong><br />

Cushing e <strong>de</strong> Marfan, com o uso <strong>de</strong> tópicos ou esterói<strong>de</strong>s (cortiso<strong>na</strong> ou ACTH), nos tumores<br />

da supra-re<strong>na</strong>l, infeções agudas e <strong>de</strong>bilitantes (AIDS, lúpus, febre reumática), ativida<strong>de</strong> física<br />

vigorosa (musculação), estresse, ou em outras condições (GUIRRO; GUIRRO, 2002).<br />

Para Ke<strong>de</strong> & Sabatovich (2003) a <strong>do</strong>ença <strong>de</strong> Cushing ou síndrome <strong>de</strong> Cushing, é a<br />

expressão maior <strong>de</strong> <strong>do</strong>ença associada ao aparecimento <strong>de</strong> estrias maiores, que se localizam,<br />

mais amiú<strong>de</strong>, no abdômen e nos flancos.<br />

Para estes mesmo autores a corticoterapia tópica também <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ia o surgimento<br />

das estrias, em geral em áreas <strong>de</strong> <strong>do</strong>bras sobretu<strong>do</strong> a ingui<strong>na</strong>l.<br />

Há três teorias que tentam justificar a etiologia da <strong>atrofia</strong> linear cutânea.<br />

Teoria En<strong>do</strong>crinológica: Segun<strong>do</strong> Amazo<strong>na</strong>s e Peres (2004) as estrias foram<br />

associadas com muitas <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong>s, como por exemplo: febre tifói<strong>de</strong>, febre reumática, etc.,<br />

sen<strong>do</strong> que, inicialmente, tais patologias, não eram associação ao aparecimento das estrias.<br />

Com o surgimento <strong>de</strong> hormônios adre<strong>na</strong>is corticais para fins terapêuticos, é que<br />

resultou <strong>na</strong> teoria en<strong>do</strong>crinológica, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao aparecimento das estrias como um <strong>efeito</strong> local<br />

(GUIRRO; GUIRRO, 2002).<br />

O aparecimento da <strong>atrofia</strong> linear cutânea po<strong>de</strong> estar fortemente relacio<strong>na</strong><strong>do</strong> com<br />

alterações hormo<strong>na</strong>is, especificamente com o hormônio corticói<strong>de</strong>. Em sua pesquisa com 102<br />

pacientes que foram avaliadas e tratadas, essas referiram que o aparecimento da <strong>atrofia</strong> linear<br />

cutânea foi <strong>na</strong> a<strong>do</strong>lescência, segui<strong>do</strong> da obesida<strong>de</strong>, gravi<strong>de</strong>z e medicamentos (SILVA et al,<br />

1999).<br />

16


Há também estu<strong>do</strong>s que comprovam, que <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>das pessoas com aumento<br />

corpóreo se vêem afetadas por excesso <strong>de</strong> hormônios esteroi<strong>de</strong>s, particularmente a<br />

hidrocortiso<strong>na</strong> e a hiperprodução <strong>de</strong> corticoesterói<strong>de</strong> é responsável pela aparição da <strong>atrofia</strong><br />

linear cutânea no sexo feminino em <strong>de</strong>termi<strong>na</strong><strong>do</strong>s perío<strong>do</strong>s (HENRY et al, 1980).<br />

Teoria Mecânica: acredita-se que a excessiva <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> gordura no teci<strong>do</strong> adiposo,<br />

especialmente a que ocorre repenti<strong>na</strong>mente, com subseqüente dano às fibras elásticas e<br />

coláge<strong>na</strong>s da pele, seja o principal mecanismo <strong>do</strong> aparecimento das <strong>atrofia</strong>s lineares cutâneas<br />

que também são consi<strong>de</strong>radas como seqüelas <strong>de</strong> perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> rápi<strong>do</strong> crescimento, on<strong>de</strong> há o<br />

estiramento da pele, ocorren<strong>do</strong> ruptura ou perda <strong>de</strong> fibras elásticas dérmicas, que são tidas<br />

como fator básico da origem da <strong>atrofia</strong> linear cutânea (GUIRRO; GUIRRO, 2002).<br />

Após um estu<strong>do</strong> biomecânico da pele durante e após a gravi<strong>de</strong>z, foram observadas<br />

variações <strong>na</strong>s proprieda<strong>de</strong>s biológicas da pele em relação ao perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> gestação, on<strong>de</strong> foram<br />

constatadas modificações das proprieda<strong>de</strong>s biomecânicas da pele com <strong>atrofia</strong> linear cutânea<br />

sen<strong>do</strong> que alguns autores concordam que os fatores <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>antes são múltiplos, ou seja,<br />

uma combi<strong>na</strong>ção <strong>de</strong> fatores como a hereditarieda<strong>de</strong>, alterações mecânicas e en<strong>do</strong>crinológicas<br />

<strong>do</strong> organismo (HENRY et al, 1980).<br />

A causa <strong>do</strong> aparecimento da <strong>atrofia</strong> linear cutânea po<strong>de</strong> ser atribuída ao aumento <strong>de</strong><br />

peso, sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ada por estiramento cutânea e nunca ocorrem espontaneamente<br />

(SHELLEY; COHENW, 1964).<br />

Teoria Infecciosa: Devi<strong>do</strong> a processos infecciosos como hanseníase, tifo, etc., é que<br />

ocorrem danos às fibras elásticas provocan<strong>do</strong> o aparecimento das estrias atróficas. (GUIRRO;<br />

GUIRRO, 2002).<br />

Fatores como hereditarieda<strong>de</strong>, hormônios da a<strong>do</strong>lescência, crescimento rápi<strong>do</strong>,<br />

aumento exagera<strong>do</strong> <strong>de</strong> peso e excesso <strong>de</strong> musculação, são alguns <strong>do</strong>s motivos pelos quais as<br />

estrias surgem (MACEDO, 2006).<br />

17


Quanto à incidência, as <strong>atrofia</strong>s lineares cutâneas são encontradas em ambos os sexos.<br />

O seu perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> surgimento po<strong>de</strong> variar, ocorren<strong>do</strong> principalmente entre as ida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 10 a 16<br />

anos para o sexo feminino e <strong>de</strong> 14 a 20 anos para o sexo masculino, sen<strong>do</strong> que a incidência<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sses grupos etários indica um intervalo <strong>de</strong> 21% a 72% para as meni<strong>na</strong>s e <strong>de</strong> 6% a<br />

40% para os meninos. (GUIRRO; GUIRRO, 2002).<br />

Em 90% das grávidas ocorre a <strong>atrofia</strong> linear, e 4,5% a 16% da população em geral<br />

também registram tal <strong>atrofia</strong> cutânea linear (LUPTON; ALSTER, 2002).<br />

Durante a pesquisa realizada por SILVA et al (1999) em 102 pacientes, foi observa<strong>do</strong><br />

que o aparecimento da <strong>atrofia</strong> linear cutânea <strong>na</strong> a<strong>do</strong>lescência teve incidência <strong>de</strong> 45,5%,<br />

seguida da obesida<strong>de</strong> com 30,5%, gravi<strong>de</strong>z com 19,5% e através <strong>de</strong> medicamentos com 4 5°.<br />

De 5% a 35% da população é afetada, sen<strong>do</strong> que o sexo feminino é mais afeta<strong>do</strong> ten<strong>do</strong><br />

como proporção <strong>de</strong> 4:1 em relação ao sexo masculino, ou seja, 75% das mulheres apresentam<br />

<strong>atrofia</strong> linear cutânea. (PRIBANICH et al, 1994).<br />

Quanto a sua localização, as regiões mais afetadas são normalmente abdômen, a região<br />

glútea, nos seios, <strong>na</strong>s coxas e braços, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> aparecer em outras regiões, como face poplítea<br />

da per<strong>na</strong>. O aparecimento da <strong>atrofia</strong> linear cutânea ocorre através <strong>do</strong> estiramento excessivo e<br />

repentino das fibras elásticas da pele, localizadas <strong>na</strong> <strong>de</strong>rme, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> provocar o seu<br />

rompimento causan<strong>do</strong> a <strong>atrofia</strong> linear cutânea. Esse rompimento sempre se dá<br />

longitudi<strong>na</strong>lmente as fibras da musculatura estriadas subjacentes as áreas afetadas (exceto <strong>na</strong>s<br />

mamas on<strong>de</strong> a <strong>atrofia</strong> linear cutânea não apresenta uma direção bem <strong>de</strong>finida.<br />

(MONTENEGRO; FRANCO, 1999).<br />

A <strong>atrofia</strong> linear cutânea po<strong>de</strong> ser observada uma incidência maior <strong>na</strong>s regiões que<br />

apresentam alterações teciduais como glúteos, seios, abdômen, coxas, região lombossacral<br />

(comuns em homens), po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ocorrer também em regiões pouco comuns como fossa<br />

poplítea, tórax, entre outras (HAR-SHAI et al, 1999).<br />

18


A aparência da <strong>atrofia</strong> linear cutânea po<strong>de</strong> variar, sen<strong>do</strong> que em muitos casos é uma<br />

lesão em <strong>de</strong>pressão, em outros se apresentam mais elevadas em relação ao nível da pele<br />

(HASHIMOTO, 1998).<br />

A aparência da <strong>atrofia</strong> linear cutânea é variada, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ser retilínea, curvilínea, em S<br />

ou ziguezague e a extensão po<strong>de</strong> variar <strong>de</strong> um a <strong>do</strong>is centímetros, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> chegar até uns<br />

cinco centímetros <strong>de</strong> largura. A cor é caracterizada conforme o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> instalação: quanto<br />

mais recente, mais avermelhada e quanto mais antiga, mais esbranquiçada. Em sua fase inicial<br />

as <strong>atrofia</strong>s lineares cutâneas são protusas em relação à superfície cutânea, evoluin<strong>do</strong> mais<br />

tar<strong>de</strong>, para uma forma atrófica, <strong>de</strong>primida ou pla<strong>na</strong>. Em alguns casos, adquirem uma<br />

configuração queloidia<strong>na</strong> e, em outros, se tor<strong>na</strong>m pigmentadas espontaneamente ou durante a<br />

terapêutica. (TSUJI, 1993).<br />

A <strong>atrofia</strong> linear cutânea aparece pelo estiramento repentino das fibras elásticas da pele<br />

provocan<strong>do</strong> seu rompimento. Quan<strong>do</strong> as fibras se rompem, o sangue extravasa <strong>do</strong>s capilares<br />

provocan<strong>do</strong> um pequeno hematoma que se reflete imediatamente <strong>na</strong> pele <strong>na</strong> cor vermelha<br />

claro, e em seguida a reação <strong>do</strong> organismo faz com que a <strong>atrofia</strong> linear cutânea fique mais<br />

larga e escura ganhan<strong>do</strong> um tom arroxea<strong>do</strong>.(GUIRRO; GUIRRO, 2002).<br />

Ao longo <strong>do</strong>s anos as <strong>atrofia</strong>s lineares cutâneas ganham uma coloração esbranquiçada,<br />

on<strong>de</strong> a pele foi substituída por um teci<strong>do</strong> fibroso, apresentan<strong>do</strong> flaci<strong>de</strong>z central recoberta por<br />

epitélio preguea<strong>do</strong>, <strong>de</strong>sprovi<strong>do</strong> <strong>de</strong> pêlo, e secreção su<strong>do</strong>rípara e sebácea. (GUIRRO;<br />

GUIRRO, 2002).<br />

Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Nouri et al (1999) relatam que o tratamento cosméticos em marcas<br />

estriadas tem se mostra<strong>do</strong> insatisfatório. Reportam que, recentemente, os lasers vem sen<strong>do</strong><br />

utiliza<strong>do</strong>s para a melhora <strong>de</strong> marcas estriadas, como o <strong>de</strong> díóxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>carbono</strong>, que será melhor<br />

<strong>de</strong>talha<strong>do</strong> no próximo tópico, como um sistema <strong>de</strong> laser que tem como alvo a água com um<br />

raio <strong>de</strong> luz infra-vermelho a 10.600 nm, causan<strong>do</strong> uma abrasão controlada <strong>na</strong> pele.<br />

19


Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que as marcas estriadas são pensadas serem cicatrizes dérmicas, os autores<br />

levantam a razão que o laser <strong>de</strong> CO2 <strong>de</strong> pulsação curta po<strong>de</strong> ser útil. Estu<strong>do</strong>s piloto têm si<strong>do</strong><br />

reporta<strong>do</strong>s indican<strong>do</strong> a melhora cosmética das marcas estriadas após o tratamento com laser<br />

CO2 <strong>de</strong> pulsação curta, mas não tanto quanto é visto com o laser <strong>de</strong> pulsação corante <strong>de</strong><br />

585nm.<br />

McDaniel et al apud Nouri et al (1999), relataram o uso <strong>de</strong> laser <strong>de</strong> pulsação corante<br />

com lâmpada <strong>de</strong> flash <strong>de</strong> 585 nm para o tratamento <strong>de</strong> marcas estriadas. Esses autores<br />

relataram que esse laser, quan<strong>do</strong> usa<strong>do</strong> em fluência baixa <strong>de</strong> 0,3 J/cm 2 com uma mancha <strong>de</strong><br />

10 mm <strong>de</strong> tamanho, produzia melhoria significante tanto em estrias vermelhas quanto em<br />

estrias brancas. Esse laser foi origi<strong>na</strong>lmente projeta<strong>do</strong> para <strong>de</strong>struir vasos sanguíneos<br />

colocan<strong>do</strong> o alvo da energia <strong>do</strong> laser <strong>de</strong> luz no tratamento <strong>de</strong> marcas estiradas. O laser <strong>de</strong><br />

pulsação corante <strong>de</strong> 585 nm aumenta a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fibroblasto resultan<strong>do</strong> em uma produção<br />

aumentada <strong>de</strong> colágeno e alasti<strong>na</strong>.<br />

2.2 – Terapia com dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>carbono</strong><br />

O dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>carbono</strong> é produzi<strong>do</strong> <strong>na</strong>turalmente pelas células. É transporta<strong>do</strong> no<br />

sangue e expulso através <strong>do</strong>s pulmões. Estu<strong>do</strong>s diversos, como po<strong>de</strong>rá ser i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong> no<br />

<strong>de</strong>correr <strong>de</strong>sta fundamentação, vêm <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> que a terapia com dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>carbono</strong> é<br />

segura e, em função <strong>de</strong> suas proprieda<strong>de</strong>s lipolíticas, possui <strong>efeito</strong> positivo <strong>na</strong> elasticida<strong>de</strong> da<br />

pele e papel útil como complemento à lipoaspiração cirúrgica para o tratamento da<br />

irregularida<strong>de</strong> persistente da pele.<br />

A Carboxiterapia é um termo recente em medici<strong>na</strong>, muito embora a administração<br />

terapêutica <strong>do</strong> anidro carbônico (também <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong><strong>do</strong> gás carbônico ou CO2) tenha se<br />

20


inicia<strong>do</strong> nos anos 30 <strong>na</strong> França. Há publicações cientificas <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> a partir <strong>do</strong>s anos 50,<br />

embora a maior parte concentre-se entre 1985 e 2002.<br />

Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Lopez (2005), revelam que a Carboxiterapia tem sua origem nos anos 30<br />

<strong>na</strong> estação <strong>de</strong> águas termais <strong>do</strong> Spa <strong>de</strong> Royat <strong>na</strong> França. Inicialmente, o gás carbônico foi<br />

usa<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma tópica para o tratamento <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças da circulação. O méto<strong>do</strong> evoluiu e hoje<br />

tem aplicações <strong>na</strong> área da estética com indicações no tratamento da celulite, gordura<br />

localizada, flaci<strong>de</strong>z <strong>de</strong> pele e estrias, para estas o tratamento consiste <strong>na</strong> redução da largura. É<br />

indica<strong>do</strong> também como tratamento complementar das lipoaspirações para reduzir as<br />

irregularida<strong>de</strong>s e diminuir aquele aspecto enruga<strong>do</strong> da pele através da melhora da elasticida<strong>de</strong><br />

cutânea.<br />

Trata-se <strong>de</strong> uma nova técnica que utiliza o gás carbônico (CO2) aplica<strong>do</strong> sob a pele.<br />

Quan<strong>do</strong> trata <strong>de</strong> suas proprieda<strong>de</strong>s, Lopez (2005) elucida que o CO2 é um gás ino<strong>do</strong>ro e não<br />

provoca alergias. Utiliza<strong>do</strong> corretamente é isento <strong>de</strong> complicações e não apresenta toxicida<strong>de</strong>.<br />

A carboxiterapia é efetiva em diversas patologias da área <strong>de</strong> atuação <strong>do</strong> médico esteta:<br />

celulite, flaci<strong>de</strong>z cutânea, estrias e como coadjuvante <strong>na</strong> gordura localizada. Em outras<br />

especialida<strong>de</strong>s é utiliza<strong>do</strong> <strong>na</strong> terapêutica <strong>de</strong> arteriopatias, flebopatias, úlceras vasculares,<br />

psoríase entre outras.<br />

É o único méto<strong>do</strong> cientificamente comprova<strong>do</strong> para o tratamento da Paniculopatia<br />

e<strong>de</strong>matifibroesclerótica (PEFS ou celulite, flaci<strong>de</strong>z e gordura localizada). A PEFS é a<br />

expressão <strong>do</strong> fenômeno distrófico-<strong>de</strong>generativo induzi<strong>do</strong> ao teci<strong>do</strong> subcutâneo por uma<br />

alteração morfo-funcio<strong>na</strong>l da microcirculação, cujo elemento fundamental é a estase capital-<br />

vênula. A carboxiterapia atua diretamente <strong>na</strong> melhora <strong>do</strong> fluxo microvascular, tor<strong>na</strong>n<strong>do</strong>-se<br />

assim méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> escolha no tratamento da celulite. A carboxiterapia atua, principalmente, <strong>na</strong><br />

microcirculação vascular, reverte este processo pela melhora da perfusão e ainda aumento <strong>do</strong><br />

fenômeno <strong>de</strong> Bohr, com conseqüente <strong>efeito</strong> lipolítico oxidativo.<br />

21


Outros estu<strong>do</strong>s, como os <strong>de</strong> Brockow et al (2000), Ke<strong>de</strong>; Sabatovich (2003) e Solá<br />

(2004) revelam que a carboxiterapia é um tratamento rápi<strong>do</strong>, confortável e efetivo. Po<strong>de</strong> ser<br />

utiliza<strong>do</strong> também em tratamentos para rugas ao re<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s olhos, celulite, gordura localizada e<br />

estrias. A Carboxiterapia é o termo popularmente emprega<strong>do</strong> para a terapêutica através da<br />

administração subcutânea (hipodérmica) <strong>do</strong> anidro carbônico - CO2. Vários autores, cita<strong>do</strong>s<br />

por Souza et al (2005), relataram estu<strong>do</strong>s e utilizações clínicas <strong>do</strong> CO2, aplica<strong>do</strong> pela via<br />

subcutânea, <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong>-se:<br />

- Tratamento <strong>de</strong> múltiplas patologias, com <strong>de</strong>staque para arteriopatias periféricas –<br />

Brandi et al (2002) relatam o impressio<strong>na</strong>nte número <strong>de</strong> 20.000 (vinte mil) pacientes<br />

atendi<strong>do</strong>s em Royat to<strong>do</strong>s os anos, para tratamento com CO2, tanto por via subcutânea como<br />

por via percutânea. O autor <strong>de</strong>screve os benefícios <strong>do</strong> tratamento através <strong>de</strong> diversos<br />

parâmetros, incluin<strong>do</strong> o aumento da distância percorrida sem claudicação. Relata ainda o<br />

mecanismo <strong>de</strong> atuação <strong>do</strong> gás estabeleci<strong>do</strong> no consenso <strong>do</strong> Congresso <strong>de</strong> Fribourg Brisgau em<br />

89: diminuição local da afinida<strong>de</strong> da hemoglobi<strong>na</strong> pelo oxigênio, ou seja, potencializarão <strong>do</strong><br />

<strong>efeito</strong> Bohr;<br />

(2003).<br />

- Tratamento <strong>de</strong> arteriopatias periféricas – Brandi et al (2002);<br />

- Tratamentos <strong>de</strong> patologias <strong>do</strong>lorosas em ortopedia e sistema locomotor – Lopez<br />

- Tratamento da lipomatose múltipla simétrica – Aniello; Brandi et al (1999) <strong>do</strong><br />

Departamento <strong>de</strong> Cirurgia Plástica da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sie<strong>na</strong>, Itália.<br />

- Uso complementar a lipoaspiração - Brandi et al (2002) <strong>do</strong> Dep. <strong>de</strong> Cirurgia Plástica<br />

da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sie<strong>na</strong> (a<strong>na</strong>is <strong>do</strong> XVI congresso da ISAPS – Istanbul).<br />

- Tratamento da adiposida<strong>de</strong> localizada - Brandi et al (2001) <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong><br />

Cirurgia Plástica da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sie<strong>na</strong>, fazem um amplo estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> uso por injeção<br />

22


subcutânea <strong>de</strong> CO2, <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> num estu<strong>do</strong> duplo cego controla<strong>do</strong> o aumento da perfusão<br />

tecidual (a Dopplerfluxometria), aumento da pressão parcial <strong>de</strong> oxigênio - PO2 e redução da<br />

circunferência das áreas tratadas (<strong>efeito</strong> lipolítico). Estes autores fizeram estu<strong>do</strong><br />

histopatológico das áreas tratadas, fican<strong>do</strong> evi<strong>de</strong>nte: aumento da espessura da pele, fratura da<br />

membra<strong>na</strong> <strong>do</strong> adipócito e preservação total <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> conectivo, incluin<strong>do</strong>-se estruturas<br />

vasculares e nervosas. Houve significância estatística com o p


Brockow et al (2000), realizaram outra revisão bibliográfica <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> anidro<br />

carbônico por via subcutânea (injeção subcutânea). Encontraram uso bem <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> para o<br />

tratamento <strong>de</strong> arteriopatia periférica obliterante entre outras.<br />

Toriyama et al (2002), <strong>de</strong>monstraram o uso terapêutico <strong>do</strong> CO2 aplica<strong>do</strong> nos membros<br />

inferiores <strong>de</strong> pacientes porta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> arteriopatia periférica com isquemia crítica.<br />

Demonstraram aumento <strong>do</strong> fluxo sangüíneo e <strong>do</strong> volume celular permitin<strong>do</strong> "salvar" da<br />

amputação 83 % <strong>do</strong>s pacientes. Os autores concluem ainda que o mecanismo <strong>de</strong> ação parece<br />

refletir o aumento da ativida<strong>de</strong> parassimpática e a diminuição da ativida<strong>de</strong> simpática nestes<br />

teci<strong>do</strong>s.<br />

Fong et al (1997) avaliaram <strong>de</strong>zesseis pacientes por ultra-sonografia e elastometria<br />

(exame realiza<strong>do</strong> com o elastrômetro, aparelho que i<strong>de</strong>ntifica a elasticida<strong>de</strong> da pele), com<br />

vários graus <strong>de</strong> cicatrizes hipertróficas pós-queimadura. Em alguns pacientes, mais <strong>de</strong> uma<br />

cicatriz foi avaliada. Tais avaliações foram correlacio<strong>na</strong>das com o grau clínico <strong>do</strong> progresso<br />

das cicatrizes e percebi<strong>do</strong> que a ultrasonografia era muito sensível <strong>na</strong> localização <strong>do</strong>s teci<strong>do</strong>s<br />

da cicatriz, distinguin<strong>do</strong> os mesmos da pele normal, avaliação da espessura e também a<br />

<strong>de</strong>lineação da extensão <strong>do</strong>s teci<strong>do</strong>s da cicatriz.<br />

Solá (2004) chega a revelar, referencialmente, que, como to<strong>do</strong> tratamento a<br />

Carboxiterapia apresenta algumas contra indicações, tais quais: Flebite; Gangre<strong>na</strong>; Epilepsia;<br />

Insuficiência cardíaca/respiratória; Insuficiência re<strong>na</strong>l/hepática; Hipertensão arterial severa;<br />

Gestação, e, acrescento, alterações <strong>de</strong> comportamentos psiquiátricos. Especialistas da área<br />

afirmam, portanto que não existem importantes contra-indicações e não existem importantes<br />

reações adversas sistêmicas <strong>de</strong>scritas, o méto<strong>do</strong> é <strong>de</strong> fácil execução e amplamente utiliza<strong>do</strong> <strong>na</strong><br />

Europa.<br />

Brandi et al (2004), estudan<strong>do</strong> a terapia com dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>carbono</strong> no tratamento <strong>de</strong><br />

adiposida<strong>de</strong>s localizadas, relatam suas experiências com quarenta e oito pacientes <strong>do</strong> sexo<br />

24


feminino, apresentan<strong>do</strong> acumulações adiposas, localizadas <strong>na</strong>s coxas, joelhos e/ou abdômen.<br />

Na experiência com o CO2, objetivaram avaliar o <strong>efeito</strong> da carboxiterapia <strong>na</strong>s adiposida<strong>de</strong>s<br />

localizadas, quan<strong>do</strong> foram observa<strong>do</strong>s poucos <strong>efeito</strong>s colaterais e confirmada a eficiência da<br />

terapia com dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>carbono</strong> tanto por da<strong>do</strong>s histológicos quanto pelas variações<br />

consi<strong>de</strong>radas <strong>na</strong> circunferência máxima das áreas submetidas ao tratamento.<br />

Outro estu<strong>do</strong> que revela os <strong>efeito</strong>s da terapia com dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>carbono</strong> sobre<br />

irregularida<strong>de</strong>s <strong>na</strong> pele é o <strong>de</strong> Brandi et al (2004), mostran<strong>do</strong>, em quarenta e <strong>do</strong>is pacientes<br />

(dividi<strong>do</strong>s em <strong>do</strong>is grupos) com acumulações <strong>de</strong> teci<strong>do</strong> adiposo, ser possível a obtenção <strong>de</strong><br />

melhoras <strong>na</strong>s irregularida<strong>de</strong>s da pele e <strong>na</strong> elasticida<strong>de</strong> cutânea com a terapia com CO2, como<br />

um complemento à liposucção. O estu<strong>do</strong> <strong>de</strong>monstrou a resposta positiva ao acúmulo <strong>de</strong><br />

gordura reduzida, o que foi confirma<strong>do</strong> pela análise <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s pela medida <strong>de</strong><br />

uma circunferência maior em um grupo <strong>do</strong> que em outro. Os <strong>efeito</strong>s sobre a elasticida<strong>de</strong> da<br />

pele foram particularmente interessantes, já que alguns <strong>de</strong>les mostraram a melhora nesse<br />

parâmetro, particularmente, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma liposucção superficial. O estu<strong>do</strong> não revelou<br />

nenhum <strong>efeito</strong> colateral importante liga<strong>do</strong> à terapia com CO2.<br />

Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Hartmann et al (1997) revelam que a Carboxiterapia trabalha em duas<br />

maneiras complementares. Primeiramente o dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>carbono</strong> “mata” mecanicamente<br />

células <strong>de</strong> gordura, provocan<strong>do</strong> uma “lise” <strong>do</strong>s adipócitos. Em segun<strong>do</strong> lugar, tem também<br />

um <strong>efeito</strong> vasodilata<strong>do</strong>r forte nos capilares da área injetada levan<strong>do</strong> a fluxo maior e mais forte<br />

<strong>do</strong> sangue à área, que significa mais oxigênio. O resulta<strong>do</strong> fi<strong>na</strong>l é menor quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> células<br />

<strong>de</strong> gordura e teci<strong>do</strong> subcutâneo mais firme.<br />

A Carboxiterapia é uma técnica estética não-cirúrgica, <strong>na</strong> qual gás carbônico é injeta<strong>do</strong><br />

no teci<strong>do</strong> subcutâneo utilizan<strong>do</strong>- se <strong>de</strong> um aparelho com uma agulha muito fi<strong>na</strong>. Isso melhora<br />

a circulação e oxige<strong>na</strong>ção <strong>do</strong>s teci<strong>do</strong>s promoven<strong>do</strong> benefícios estéticos. As aplicações da<br />

carboxiterapia é indicada para o combate da celulite, gordura localizada e flaci<strong>de</strong>z. Uma vez<br />

25


que a carboxiterapia também estimularia a formação <strong>de</strong> colágeno e novas fibras elásticas, ela<br />

também po<strong>de</strong> ser indicada para o tratamento <strong>de</strong> estrias, olheiras, rejuvenescimentos facial e<br />

corporal (HARTMANN et al, 1997).<br />

O tratamento da carboxiterapia utiliza o anidro-carbônico, um gás atóxico, não<br />

embólico e presente normalmente como intermediário <strong>do</strong> metabolismo celular. O CO2 puro<br />

medici<strong>na</strong>l é o mesmo utiliza<strong>do</strong> em cirurgia vi<strong>de</strong>olaparoscopica (para promover<br />

pneumoperitoneo), histeroscopia e como contraste em arteriografias. No Brasil este gás po<strong>de</strong><br />

ser forneci<strong>do</strong> pela A.G.A., Air Liquid e pela White Martins entre outros. O méto<strong>do</strong> é <strong>de</strong> fácil<br />

execução e dramaticamente melhora a aparência da celulite, através da melhora da<br />

microcirculação vascular (responsável pela "cura temporal") e <strong>do</strong> <strong>efeito</strong> lipolítico. É um<br />

tratamento rápi<strong>do</strong>, confortável e efetivo <strong>na</strong> gran<strong>de</strong> maioria <strong>do</strong>s pacientes (LOPEZ, 2005).<br />

A carboxiterapia consiste <strong>na</strong> administração subcutänea, através <strong>de</strong> injeção<br />

hipodérmica, <strong>do</strong> CO2 diretamente <strong>na</strong>s áreas afetadas. Em geral utilizam-se sessões bi-<br />

sema<strong>na</strong>is, num total entre 12 e 20. Novo ciclo terapêutico é normalmente realiza<strong>do</strong> após 6 a<br />

10 meses. Existe ainda <strong>na</strong> literatura aplicações realizadas pela via transcutanea, <strong>na</strong> forma <strong>de</strong><br />

banho seco ou em água carbo<strong>na</strong>da e estas têm maior aplicação em balneareoterapia.<br />

Os resulta<strong>do</strong>s da carboxiterapia são relativamente rápi<strong>do</strong>s. Zwaan et al (1996) revelam<br />

que se po<strong>de</strong> notar os <strong>efeito</strong>s <strong>de</strong>pois da quarta aplicação, sen<strong>do</strong> que é possível fazer <strong>de</strong> duas a<br />

três sessões sema<strong>na</strong>is. O tratamento costuma ser <strong>de</strong> 10 a 14 aplicações, geralmente com<br />

freqüência <strong>de</strong> duas vezes por sema<strong>na</strong>, e o <strong>efeito</strong> dura até seis meses. Além disso, o uso correto<br />

da carboxiterapia não apresenta riscos nem <strong>efeito</strong>s colaterais. É possível aparecerem<br />

peque<strong>na</strong>s manchas. A pessoa po<strong>de</strong> retor<strong>na</strong>r às suas ativida<strong>de</strong>s normais ao fi<strong>na</strong>l <strong>de</strong> cada sessão<br />

<strong>de</strong> carboxiterapia. A execução <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> é não cirúrgico. O dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>carbono</strong> é infiltra<strong>do</strong><br />

no teci<strong>do</strong> subcutâneo através <strong>de</strong> uma agulha 30G minúscula. Do ponto da injeção, o dióxi<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>carbono</strong> se difun<strong>de</strong> facilmente em teci<strong>do</strong>s adjacentes.<br />

26


A ação farmacológica <strong>do</strong> anidro carbônico sobre o teci<strong>do</strong> esta muito bem estabelecida<br />

e envolve vasodilatação local com conseqüente aumento <strong>do</strong> fluxo vascular e o aumento da<br />

pressão parcial <strong>de</strong> oxigênio (pO2) resultante da potencialização <strong>do</strong> <strong>efeito</strong> Bohr, ou seja, há<br />

redução da afinida<strong>de</strong> da hemoglobi<strong>na</strong> pelo oxigênio, resultan<strong>do</strong> em maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste já<br />

disponível para o teci<strong>do</strong> (TORIYAMA et al, 2002). Entre outros, o estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> por<br />

Zchnizer et al (1999), <strong>de</strong>monstrou a ação da terapêutica <strong>do</strong> CO2, administra<strong>do</strong> pela via<br />

subcutânea, sobre a microcirculação vascular. Foi evi<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong> vasodilatação através da<br />

vi<strong>de</strong>ocapilaroscopia.<br />

Atualmente, existem diversas socieda<strong>de</strong>s como; Socieda<strong>de</strong>s Italia<strong>na</strong> e America<strong>na</strong> <strong>de</strong><br />

Carbossiterapia que elaboraram estu<strong>do</strong>s multicentricos, comprovan<strong>do</strong> o méto<strong>do</strong> no tratamento<br />

das arteriopatias periféricas, bem como introduziu a terapêutica em outras patologias.<br />

Parassoni et al (1997) chegam a afirmar que a carboxiterapia se popularizou muito <strong>na</strong><br />

Europa após a introdução <strong>de</strong> aparelhos que, praticamente, acabaram com alguns<br />

inconvenientes da técnica. Na Europa seu uso e aprova<strong>do</strong> para o tratamento <strong>de</strong> patologias <strong>do</strong><br />

sistema circulatório, incluin<strong>do</strong>-se arteriopatias obstrutivas periféricas, úlceras diabéticas e<br />

vasculares assim como lipodistrofia ginói<strong>de</strong>. O equipamento <strong>de</strong>scrito <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>-se Carbomed.<br />

Este aparato permite administrar fluxos <strong>de</strong> CO2 entre 10 e 120 ml por minuto, bem como<br />

calcular o volume total injeta<strong>do</strong>. Segurança <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> terapêutico Atualmente, segun<strong>do</strong><br />

registros <strong>de</strong> Ke<strong>de</strong> & Sabatovich (2003) o usos da aparatologia a<strong>de</strong>quada permite:<br />

- Administração <strong>do</strong> gás com fluxo contante e controla<strong>do</strong>, possibilitan<strong>do</strong> mínimo<br />

<strong>de</strong>sconforto ao paciente.<br />

(esporos).<br />

- Garantia <strong>de</strong> máxima esterilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> gás - sobretu<strong>do</strong> <strong>de</strong> componentes vegetais<br />

- Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> controle <strong>do</strong> volume administra<strong>do</strong>.<br />

27


- Dupla saída que permite o tratamento <strong>de</strong> forma simétrica, reduzin<strong>do</strong> assim o<br />

<strong>de</strong>sconforto <strong>do</strong> paciente <strong>do</strong> paciente e o tempo <strong>de</strong> tratamento.<br />

- Peso reduzi<strong>do</strong> permitin<strong>do</strong> transporte.<br />

O gás atua sobretu<strong>do</strong> <strong>na</strong> microcirculação vascular <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> conectivo, promoven<strong>do</strong><br />

uma vasodilatação e um aumento da dre<strong>na</strong>gem veno-linfática. Outros mecanismos <strong>de</strong> atuação<br />

incluem fratura direta da membra<strong>na</strong> adipocitária e alteração <strong>na</strong> curva <strong>de</strong> dissociação da<br />

hemoglobi<strong>na</strong> com o oxigênio (<strong>efeito</strong> Bohr), promoven<strong>do</strong> assim uma verda<strong>de</strong>ira ação lipolítica<br />

oxidativa (BROCKOW et al, 2000).<br />

Esta ação lipolítica oxidativa atua diretamente <strong>na</strong> etiologia da lipodistrofia ginói<strong>de</strong><br />

(celulite), quebran<strong>do</strong> o círculo vicioso que envolve alteração bioquímica <strong>do</strong> interstício<br />

(aumento <strong>de</strong> viscosida<strong>de</strong>), estase vênulo-capilar com hipo-oxige<strong>na</strong>ção e conseqüente<br />

sofrimento <strong>do</strong> adipócito, levan<strong>do</strong> a lipogênese e hipertrofia (BROCKOW et al, 2000).<br />

A vasodilatação arteriolar <strong>do</strong> tipo ativo (ação direta <strong>do</strong> CO2 sobre o miócito vascular)<br />

prevalece em nível local e indireto media<strong>do</strong> pelo sistema simpático, que po<strong>de</strong> ser registra<strong>do</strong> a<br />

distância. Estas ações sinérgicas po<strong>de</strong>m ser i<strong>de</strong>ntificadas ao exame clínico inconfundível<br />

(visual e táctil), bem como à vi<strong>de</strong>ocapilaroscopia, <strong>do</strong>ppler laser etc. (BROCKOW et al, 2000).<br />

A neoangiogênese (<strong>de</strong>monstrada em da<strong>do</strong>s experimentais) é provavelmente a<br />

responsável pela persistência da melhora clínica ou "cura temporal". O <strong>efeito</strong> lipolítico<br />

parafisiológico, através <strong>do</strong> potenciamento <strong>do</strong> <strong>efeito</strong> para<strong>do</strong>xal <strong>de</strong> Bohr e da ativação <strong>do</strong>s<br />

receptores da lipólise. O <strong>efeito</strong> Bohr 1 - a afinida<strong>de</strong> da hemoglobi<strong>na</strong> pelo oxigênio é<br />

inversamente proporcio<strong>na</strong>l a concentração <strong>de</strong> CO2 e <strong>do</strong> ph portanto, há uma hiperoxige<strong>na</strong>ção<br />

1 gás atua, sobretu<strong>do</strong> <strong>na</strong> micro circulação vascular <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> conectivo, promoven<strong>do</strong> uma vaso dilatação e um<br />

aumento da dre<strong>na</strong>gem veno-linfática. Outros mecanismos <strong>de</strong> atuação incluem fratura direta da membra<strong>na</strong><br />

adipocitária e alteração <strong>na</strong> curva <strong>de</strong> dissociação da hemoglobi<strong>na</strong> com o oxigênio (<strong>efeito</strong> Bohr), promoven<strong>do</strong><br />

assim uma verda<strong>de</strong>ira ação lipolítica oxidativa. Esta ação lipolítica oxidativa atua diretamente <strong>na</strong> etiologia da<br />

lipodistrofia ginói<strong>de</strong> (celulite), quebran<strong>do</strong> o círculo vicioso que envolve alteração bioquímica <strong>do</strong> interstício<br />

(aumento <strong>de</strong> viscosida<strong>de</strong>), êxtase vênulo-capilar com hipo-oxige<strong>na</strong>ção e consequente sofrimento <strong>do</strong> adipócito,<br />

levan<strong>do</strong> a lipogênese e hipertrofia.<br />

28


<strong>do</strong> teci<strong>do</strong> com potenciamento <strong>do</strong> <strong>efeito</strong> fisiológico lipolítico oxidativo (BROCKOW et al,<br />

2000).<br />

Em função da hiperdistensão <strong>do</strong> subcutâneo há estímulo <strong>do</strong>s baroreceptores -<br />

corpúsculos <strong>de</strong> Golgi (sensível as baixas pressões) e <strong>de</strong> Pacini (altas pressões) - e consequente<br />

liberação <strong>de</strong> substâncias "algóge<strong>na</strong>s", quais sejam a bradicini<strong>na</strong>, catecolami<strong>na</strong>, histami<strong>na</strong> e<br />

serotonia. Estas substâncias atuam em receptores beta-adrenérgicos ativan<strong>do</strong> a a<strong>de</strong>nilciclase,<br />

promoven<strong>do</strong> assim aumento <strong>do</strong> AMPc tissular e consequente ação fi<strong>na</strong>l hidrolítica sobre o<br />

triglicéri<strong>de</strong> <strong>do</strong> adipócito (BROCKOW et al, 2000).<br />

O esquema terapêutico po<strong>de</strong> variar bastante <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>do</strong> resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong>seja<strong>do</strong>, da<br />

patologia, <strong>do</strong> local da aplicação e da sensibilida<strong>de</strong> da(o) paciente. Particularmente, no<br />

tratamento da PEFS (celulite), o local <strong>de</strong> injeção será avalia<strong>do</strong> no momento da consulta e<br />

individualiza<strong>do</strong>. Ten<strong>do</strong> em vista a gran<strong>de</strong> difusão <strong>do</strong> gás, em geral, bastam três punições:<br />

região trocantérica, antero-superior da coxa e antero-medial da coxa O volume total injeta<strong>do</strong><br />

po<strong>de</strong> variar entre 200 ml e 1000ml por per<strong>na</strong> e a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> infusão <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá <strong>do</strong> conforto<br />

<strong>do</strong> paciente (TORIYAMA et al., 2002).<br />

A área tratada po<strong>de</strong> ser nitidamente observada pelo médico: apresenta-se levemente<br />

“inchada” e hiperemiada. Após poucos minutos nota-se aumento significativo da temperatura<br />

local. A freqüência <strong>do</strong> tratamento <strong>de</strong>ve ser ao menos 2 vezes por sema<strong>na</strong>, ten<strong>do</strong> em vista a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> darmos um estímulo vasoativo suficientemente intenso para manter uma micro<br />

circulação funcio<strong>na</strong>nte (essencial pra uma terapêutica lipolítica). O número total <strong>de</strong> aplicações<br />

situa-se entre 12 e 20 (TORIYAMA et al., 2002).<br />

Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Zwaan et al (1996) lembram que o gás carbônico é um metabólito normal<br />

no nosso organismo e em situações <strong>de</strong> repouso nosso corpo produz cerca <strong>de</strong> 200 ml/min <strong>do</strong><br />

mesmo, aumentan<strong>do</strong> sua produção em até 10 vezes frente a esforços físicos intensos. O fluxo<br />

e o volume total injeta<strong>do</strong>s durante o tratamento encontram-se entre estes parâmetros, ou seja,<br />

29


habitualmente <strong>na</strong> carboxiterapia utiliza-se fluxos <strong>de</strong> infusão entre 20 e 100 ml/min e volume<br />

totais administra<strong>do</strong>s entre 600 ml e 1 litro.<br />

Destacam Zwaan et al (1997) que o gás é ainda amplamente utiliza<strong>do</strong> em medici<strong>na</strong><br />

para promover pneumoperitonio em cirurgias en<strong>do</strong>scópicas, on<strong>de</strong> fluxos <strong>de</strong> até1000 ml/min<br />

são utiliza<strong>do</strong>s com segurança e os volumes totais freqüentemente ultrapassam 10 litros, sem<br />

que haja <strong>efeito</strong>s sistêmicos significativos.<br />

Outros usos mais recentes <strong>do</strong> CO2, relata<strong>do</strong>s por Zchnizer et al (1999), como contraste<br />

em angiografia, atestam a segurança <strong>de</strong>ste gás, <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> que o mesmo não é passível <strong>de</strong><br />

promover embolia - são usa<strong>do</strong>s nestes procedimentos injeções intra-vasculares em bolus <strong>de</strong><br />

ate 100 ml e fluxos contínuos entre 20 e 30 ml/segun<strong>do</strong>, sem reações adversas.<br />

Também não existem <strong>na</strong> literatura relatos <strong>de</strong> <strong>efeito</strong>s adversos ou complicações, tanto<br />

locais quanto sistêmicas da carboxiterapia. Possíveis <strong>efeito</strong>s colaterais limitam-se a <strong>do</strong>r<br />

durante o tratamento, pequenos hematomas <strong>de</strong>correntes da punção (realizada com agulha 30<br />

G 1/2 - insuli<strong>na</strong>) e sensação <strong>de</strong> crepitação no local. Estu<strong>do</strong>s clínicos e correlações<br />

histopatológicas <strong>de</strong> Brandi et al (2004) no tratamento <strong>de</strong> adiposida<strong>de</strong>s localizadas com<br />

carboxiterapia, relataram a presença <strong>de</strong> uma sensação <strong>de</strong> estalo sob a pele, que era limitada à<br />

primeira hora <strong>do</strong> tratamento; em 30% das pacientes a injeção causou hematomas leves, que<br />

<strong>de</strong>sapareceram, eventualmente, sem causar qualquer dano estético. A <strong>do</strong>r sentida no local da<br />

injeção, embora observada freqüentemente (70% das pacientes), era sempre <strong>de</strong> curta duração<br />

e nunca tão intensa que a administração <strong>do</strong> gás tivesse que ser interrompida.<br />

30


3.1 – Tipo <strong>de</strong> estu<strong>do</strong><br />

3. MATERIAL E MÉTODO<br />

A pesquisa foi realizada após a aprovação <strong>do</strong> orienta<strong>do</strong>r (APÊNDICE 1), <strong>do</strong> local <strong>de</strong><br />

realização <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> (APÊNDICE 2), <strong>do</strong> Comitê <strong>de</strong> Ética e Pesquisa da Universida<strong>de</strong> da<br />

Amazônia (Protocolo n° 0430/06) e das participantes <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> por meio <strong>do</strong> termo <strong>de</strong><br />

consentimento livre e esclareci<strong>do</strong> (APÊNDICE 3).<br />

sorteio.<br />

3.2 – Local<br />

O tipo <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> é experimental e prospectivo, sen<strong>do</strong> as pacientes escolhidas por<br />

A pesquisa teve início com a biopsia realizada pela Dermatologista e Cosmiátra Dr.<br />

Célia Mace<strong>do</strong>, no Centro Dermatológico e Estético. Para a execução fez-se cuida<strong>do</strong>sa anti-<br />

sepsia com povidine, anestesia local utilizan<strong>do</strong>-se li<strong>do</strong>cai<strong>na</strong> a 2% introduzi<strong>do</strong> no hipo<strong>de</strong>rme<br />

circunscreven<strong>do</strong> a lesão.<br />

3.3 – Amostra<br />

As pacientes foram selecio<strong>na</strong>das em três etapas. Na primeira etapa foi publicada nota<br />

no jor<strong>na</strong>l <strong>de</strong> circulação inter<strong>na</strong> da Universida<strong>de</strong> da Amazônia (COMUNICADO), solicitan<strong>do</strong><br />

a convocação das mulheres interessadas. Posteriormente, foram avaliadas <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os<br />

critérios <strong>de</strong> inclusão e exclusão da pesquisa.<br />

31


A casuística foi composta por 10 mulheres. Foram incluídas nesta pesquisa mulheres<br />

que apresentem <strong>atrofia</strong> linear cutânea branca <strong>na</strong>carada <strong>na</strong> região glútea no quadrante inferior<br />

externo direito; <strong>na</strong> faixa etária compreendida entre 20 e 28 anos; com o tipo <strong>de</strong> pele <strong>de</strong> II a V,<br />

segun<strong>do</strong> a classificação <strong>de</strong> Fitzpatrick (ANEXO 1). Foram excluídas da pesquisa mulheres<br />

com implantes metálicos, diabetes, hemofílica, presença <strong>de</strong> transtornos circulatórios e/ou <strong>de</strong><br />

cicatrização, predisposição a quelói<strong>de</strong>s, que estejam fazen<strong>do</strong> uso <strong>de</strong> corticoesterói<strong>de</strong>s e<br />

esterói<strong>de</strong>s tópico e sistêmico, que possuam patologias <strong>de</strong> pele, etilista, fumante e mulheres<br />

grávidas.<br />

3.4 – Coleta <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s<br />

Para realização das biópsias, o fragmento foi retira<strong>do</strong> <strong>do</strong> quadrante inferior externo da<br />

região glúteo direito com punch 4mm em simples movimento <strong>de</strong> rotação pressio<strong>na</strong>n<strong>do</strong> e<br />

introduzi<strong>do</strong> o instrumento até o hipo<strong>de</strong>rme. O material biopsia<strong>do</strong> foi coloca<strong>do</strong> em frasco com<br />

formol a 10% para fixação e encaminha<strong>do</strong> para exame histopatológico, realiza<strong>do</strong> no<br />

Laboratório Amaral Costa sob a responsabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> a<strong>na</strong>tomopatologista Dr. Fer<strong>na</strong>n<strong>do</strong><br />

Antônio Silveira.<br />

O corte foi cora<strong>do</strong> pela Tricrômico <strong>de</strong> Masson. Após procedimentos os cortes foram<br />

exami<strong>na</strong><strong>do</strong>s em <strong>microscópio</strong> <strong>de</strong> luz submeti<strong>do</strong> à análise histológica. A observação <strong>do</strong>s<br />

aspectos histológicos foi realizada através <strong>de</strong> <strong>microscópio</strong> binocular da marca Nikon R , on<strong>de</strong> a<br />

histométria foi realizada com auxílio <strong>de</strong> uma ocular conten<strong>do</strong> no seu interior um retículo <strong>de</strong><br />

WEIBEL com 25 pontos. O retículo foi incidi<strong>do</strong> <strong>na</strong> porção média da lesão e conta<strong>do</strong>s os<br />

pontos que foram incidi<strong>do</strong>s sobre as fibras <strong>de</strong> colágeno e elasti<strong>na</strong> e os vasos sangüineos. Foi<br />

realiza<strong>do</strong> com uma objetiva <strong>de</strong> 40X e para cada paciente serão conta<strong>do</strong>s quatros campos. O<br />

mesmo procedimento da biopsia foi realiza<strong>do</strong> após as 20 sessões <strong>de</strong> carboxiterapia, alteran<strong>do</strong><br />

32


ape<strong>na</strong>s a localização que será ao la<strong>do</strong> da efetuada <strong>na</strong> primeira etapa. Após a análise, as<br />

lâmi<strong>na</strong>s serão fotomicrografadas antes e após o tratamento.<br />

Seguin<strong>do</strong> a seqüência, teve início o tratamento com a carboxiterapia <strong>na</strong>s estrias no<br />

quadrante inferior externo da região glúteo direito. A área foi higienizada com algodão<br />

ume<strong>de</strong>ci<strong>do</strong> em álcool a 70%, para evitar qualquer contami<strong>na</strong>ção, bem como as pesquisa<strong>do</strong>ras<br />

estiveram padronizadas com jaleco, luva <strong>de</strong> procedimento, uso <strong>de</strong> máscara e gorro<br />

<strong>de</strong>scartáveis. Antes e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> qualquer conduta terapêutica foi realizada higienização das<br />

mãos com sabão bactericida. (FIGURA1).<br />

FIGURA 1 - Padronização e higienização das Terapêuticas<br />

FONTE: Pesquisa <strong>de</strong> Campo<br />

Após o procedimento <strong>de</strong> higienização, foi utilizada para o <strong>de</strong>senvolvimento da<br />

pesquisa a técnica da carboxiterapia, utilizan<strong>do</strong> um aparelho da marca CARBTEK R CO2<br />

Infusion (FIGURA 2) que consiste <strong>na</strong> introdução <strong>de</strong> gás carbônico não tóxico por via intra-<br />

dérmica com uma agulha 30g e 1/2 posicio<strong>na</strong>da entre 15 e 30 graus, através <strong>de</strong> aparatologia<br />

específica, que permite <strong>do</strong>sar o fluxo e o volume total injeta<strong>do</strong>, o uso <strong>do</strong> equipo <strong>de</strong> soro<br />

macrogostas <strong>de</strong>scartável e filtro epidural <strong>de</strong> pelo menos 0,3 micras para garantir a máxima<br />

33


esterilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> gás (FIGURA 3). A velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> infusão <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>u <strong>do</strong> conforto da paciente.<br />

Como regra básica iniciou com velocida<strong>de</strong> baixa (20cc/min) e aumentou progressivamente até<br />

50 cc/min. O tempo médio <strong>de</strong> tratamento foi <strong>de</strong> 30 minutos por sessão.<br />

FIGURA 2 - Aparelho da Carbtek R CO2 infusion<br />

FONTE: Centro Dermatológico e Estético<br />

FIGURA 3 - Agulha 30g, Equipo <strong>de</strong> soro e Filtro epidural 0,3 micras<br />

FONTE: Pesquisa <strong>de</strong> Campo<br />

A pesquisa teve a duração <strong>de</strong> três meses. As sessões para to<strong>do</strong>s as participantes foram<br />

realizadas duas vezes <strong>na</strong> sema<strong>na</strong>, nos horários <strong>de</strong> 12:00 ás 14:00h, totalizan<strong>do</strong> 20 sessões. A<br />

coleta <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s foi realizada <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o protocolo da Ficha <strong>de</strong> Avaliação das Atrofias<br />

34


Lineares Cutâneas, segun<strong>do</strong> GUIRRO & GUIRRO (2002) e o protocolo <strong>de</strong> SORIANO et al<br />

(2002), com modificações feitas pelas autoras da pesquisas (APÊNDICE 4), on<strong>de</strong> constaram<br />

os da<strong>do</strong>s pessoais das pacientes e informações relativas ao tratamento para a seleção, com a<br />

fi<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> <strong>de</strong> incluir as pacientes <strong>na</strong> pesquisa.<br />

3.5 – Tratamento <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s<br />

A a<strong>na</strong>lise <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s foi apresentada <strong>na</strong> forma <strong>de</strong> tabelas e figuras, foi realizada por<br />

meio <strong>do</strong> pacote estatístico Bioestat 4.0 Ayres (2005), estatística <strong>de</strong>scritiva para a<br />

caracterização da amostra, teste t <strong>de</strong> Stu<strong>de</strong>nt e a a<strong>na</strong>lise <strong>de</strong> variância <strong>de</strong> um criterio, com o<br />

índice <strong>de</strong> significância α=0,05.<br />

35


4. RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

As estrias são lesões <strong>de</strong> pele comuns e freqüentemente angustiantes para aqueles que<br />

as têm. As marcas <strong>de</strong>sfigurantes, geralmente, são causadas por estiramento excessivo da pele,<br />

que ocorre, por exemplo, <strong>na</strong> gravi<strong>de</strong>z, súbito crescimento <strong>na</strong> a<strong>do</strong>lescência, obesida<strong>de</strong> e<br />

musculação. (KANG, 1998)<br />

Os méto<strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>s no tratamento da <strong>atrofia</strong> linear cutânea visam melhorar os<br />

aspectos estéticos, estimulan<strong>do</strong> a formação <strong>de</strong> teci<strong>do</strong> colágeno <strong>na</strong>s lesões. Para isso várias<br />

técnicas po<strong>de</strong>m ser empregadas, <strong>de</strong>ntre estas técnicas <strong>de</strong>staca-se a carboxiterapia.<br />

Quanto à incidência, as <strong>atrofia</strong>s lineares cutâneas são encontradas em ambos os sexos.<br />

O seu perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> surgimento po<strong>de</strong> variar, ocorren<strong>do</strong> principalmente entre as ida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 10 a 16<br />

anos para o sexo feminino, on<strong>de</strong> a incidência <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sses grupos etários indica um intervalo<br />

<strong>de</strong> 21% a 72% (GUIRRO; GUIRRO, 2002)<br />

TABELA 1 - Estatística <strong>de</strong>scritiva quanto a faixa etária da amostra.<br />

FONTE: Pesquisa <strong>de</strong> campo<br />

Índices<br />

Tamanho da amostra 10<br />

Mínimo 20<br />

Máximo 28<br />

Média Aritmética 23,90<br />

Desvio Padrão 2,77<br />

Por conta <strong>do</strong> <strong>de</strong>svio padrão relativamente baixo, po<strong>de</strong> se consi<strong>de</strong>rar a amostra<br />

homogênea <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista da faixa etária, o que facilita a aplicação das inferências<br />

estatísticas para a amostra. Poucos estu<strong>do</strong>s como os <strong>de</strong> Brandi et al (2004) relatam que a<br />

<strong>de</strong>mografia física <strong>do</strong> paciente, tal como ida<strong>de</strong>, peso e tipo <strong>de</strong> pele são <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> relevância<br />

consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> amostras <strong>de</strong> pacientes com acúmulos localiza<strong>do</strong>s <strong>de</strong> teci<strong>do</strong> adiposo <strong>na</strong>s coxas e<br />

36


joelhos. A maioria consi<strong>de</strong>ra o méto<strong>do</strong> relativo ao sexo ou ao tipo <strong>de</strong> pele, como no caso <strong>de</strong><br />

Nouri (1999).<br />

FIGURA 4 – Valores quanto a incidência <strong>de</strong> coloração <strong>de</strong> pele <strong>na</strong> amostra.<br />

FONTE: Pesquisa <strong>de</strong> campo<br />

Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Nouri (1999), com pacientes apresentan<strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> pele varian<strong>do</strong> entre 4 e<br />

6, apresentou resulta<strong>do</strong>s pouco significante em relação ao tratamento <strong>de</strong> estrias com laser <strong>de</strong><br />

CO2, on<strong>de</strong> nenhuma mudança <strong>de</strong> cor foi evi<strong>de</strong>nte <strong>na</strong> mancha tratada, inferin<strong>do</strong> que, para os<br />

tipos <strong>de</strong> pele 4, 5, e 6, o tratamento <strong>de</strong> marcas estriadas com laser CO2 <strong>de</strong>ve ser evita<strong>do</strong> ou<br />

usa<strong>do</strong> com gran<strong>de</strong> atenção e limita<strong>do</strong> ao uso em peles <strong>do</strong> tipo 1, 2, e 3.<br />

7<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

FIGURA 5 – Valores quanto a causa <strong>do</strong> aparecimento das estrias.<br />

FONTE: Pesquisa <strong>de</strong> campo<br />

1<br />

Extremamente<br />

Clara<br />

Um pouco mais<br />

Escura<br />

Clara e pouco<br />

More<strong>na</strong><br />

More<strong>na</strong> Clara<br />

More<strong>na</strong> Escura<br />

Aumento <strong>de</strong> peso<br />

A<strong>do</strong>lescência<br />

37


Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Brandi et al (2004) <strong>de</strong>stacam que as características físicas negativas<br />

associadas ao acúmulo <strong>de</strong> gordura têm suscita<strong>do</strong> maiores pesquisas para <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>r os<br />

tratamentos mais favoráveis. As causas mais comuns para o aparecimento das estrias são <strong>na</strong><br />

a<strong>do</strong>lescência ou com o aumento <strong>de</strong> peso, ocasio<strong>na</strong><strong>do</strong> com a obesida<strong>de</strong>.<br />

TABELA 2 - Estatística <strong>de</strong>scritiva da evolução da <strong>do</strong>r durante as vinte sessões <strong>de</strong> tratamento.<br />

Tamanho da amostra Mínimo Máximo Desvio Padrão<br />

Sessão 1 10 2,00 5,00 1,10<br />

Sessão 2 10 2,00 5,00 1,10<br />

Sessão 3 10 2,00 5,00 1,10<br />

Sessão 4 10 2,00 5,00 1,10<br />

Sessão 5 10 2,00 5,00 1,10<br />

Sessão 6 10 2,00 5,00 1,10<br />

Sessão 7 10 2,00 5,00 0,97<br />

Sessão 8 10 2,00 5,00 1,06<br />

Sessão 9 10 2,00 5,00 1,08<br />

Sessão 10 10 2,00 5,00 1,08<br />

Sessão 11 10 2,00 4,00 0,79<br />

Sessão 12 10 2,00 4,00 0,67<br />

Sessão 13 10 1,00 4,00 0,97<br />

Sessão 14 10 1,00 4,00 0,97<br />

Sessão 15 10 1,00 4,00 0,97<br />

Sessão 16 10 1,00 4,00 0,88<br />

Sessão 17 10 1,00 4,00 0,94<br />

Sessão 18 10 1,00 3,00 0,63<br />

Sessão 19 10 1,00 3,00 0,63<br />

Sessão 20 10 1,00 3,00 0,63<br />

FONTE: Pesquisa <strong>de</strong> campo<br />

Por meio da magnitu<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong>svio padrão é possível perceber-se que, quanto a<br />

sensação <strong>de</strong> <strong>do</strong>r, a amostra estudada foi heterogênea em to<strong>do</strong>s os momentos da investigação,<br />

ao longo <strong>de</strong> todas as sessões <strong>de</strong> tratamento, com uma mudança significante.<br />

38


5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

FIGURA 6 – Valores da média aritmética quanto a evolução da <strong>do</strong>r <strong>na</strong>s vinte sessões <strong>de</strong><br />

tratamento <strong>do</strong>s paciente.<br />

FONTE: Pesquisa <strong>de</strong> campo<br />

Po<strong>de</strong> observar também a diminuição da sensação <strong>de</strong> <strong>do</strong>r percebida pelas pacientes ao<br />

longo das sessões <strong>de</strong> tratamento, o que se po<strong>de</strong> observar por meio <strong>do</strong>s valores da média<br />

aritmética em cada momento da investigação. On<strong>de</strong> se po<strong>de</strong> confirmar a evolução positiva,<br />

por meio da redução da <strong>do</strong>r ao longo <strong>do</strong> tratamento. Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Zwaan et al (1996) revelam<br />

que o uso correto da carboxiterapia não apresenta riscos nem <strong>efeito</strong>s colaterais. Toriyama et al<br />

(2002) <strong>de</strong>stacam que o esquema terapêutico po<strong>de</strong> variar <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> da sensibilida<strong>de</strong> e <strong>do</strong><br />

conforto <strong>do</strong> paciente.<br />

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19<br />

TABELA 3 - Análise <strong>de</strong> variância <strong>de</strong> um critério com índice <strong>de</strong> Tukey para a evolução da <strong>do</strong>r em cinco<br />

momentos.<br />

1 x 5 1 x 10 1 x 15 1 x 20 5 x 10 5 x 15 5 x 20 10 x 15 10 x 20 15 x 20<br />

F 10,13 10,13 10,13 10,13 10,13 10,13 10,13 10,13 10,13 10,13<br />

p


Ao a<strong>na</strong>lisar a tabela 3, se po<strong>de</strong> perceber que a redução significativa da <strong>do</strong>r somente<br />

começou a ocorrer a partir da décima quinta sessão <strong>de</strong> tratamento, on<strong>de</strong> se verifica uma<br />

redução estatisticamente significativa, com p


12<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

Antes Depois<br />

Usual<br />

Hiperceratose<br />

Ortoceratósica<br />

Algo A<strong>de</strong>lgaçada<br />

FIGURA 7 – Valores quanto o aspecto da epi<strong>de</strong>rme antes e <strong>de</strong>pois <strong>do</strong> tratamento por meio da<br />

a<strong>na</strong>lise da biopsia<br />

FONTE: Pesquisa <strong>de</strong> campo<br />

No figura 7 se observa a evolução <strong>do</strong> aspecto da epi<strong>de</strong>rme <strong>do</strong>s sujeitos investiga<strong>do</strong>s,<br />

por meio <strong>de</strong> biópsia. Brandi et al (2004), utilizan<strong>do</strong> o méto<strong>do</strong> t <strong>de</strong> Stu<strong>de</strong>nt, relatou <strong>efeito</strong>s<br />

colaterais mínimos observa<strong>do</strong>s e rapidamente resolvi<strong>do</strong>s, já que os pacientes mostraram uma<br />

sensação <strong>de</strong> estalo <strong>na</strong> pele, limitada a primeira hora <strong>do</strong> tratamento e outros tiveram equimose<br />

suave, que <strong>de</strong>sapareceu sem causar qualquer dano estético. Brandi et al (2001) relatam que a<br />

efetivida<strong>de</strong> da terapia com dioxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>carbono</strong> é confirmada por da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> a<strong>na</strong>lise histológicas.<br />

12<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

Antes Depois<br />

Fibrose dérmica<br />

Feixes conjuntivo<br />

regular<br />

FIGURA 8 – Valores quanto o aspecto da <strong>de</strong>rme antes e <strong>de</strong>pois <strong>do</strong> tratamento por meio da a<strong>na</strong>lise<br />

da biopsia<br />

FONTE: Pesquisa <strong>de</strong> campo<br />

41


Na figura 8 se observa a evolução <strong>do</strong> aspecto da <strong>de</strong>rme através <strong>de</strong> biópsia, antes e<br />

<strong>de</strong>pois <strong>do</strong> tratamento realiza<strong>do</strong>. Nele se observa que, inicialmente, to<strong>do</strong>s os sujeitos da<br />

amostra apresentavam <strong>de</strong>rme com fibrose dérmica. Haven<strong>do</strong> uma alteração no aspecto da pele<br />

ao fi<strong>na</strong>l <strong>do</strong> tratamento que passaram a apresentar aspecto <strong>de</strong> feixes conjuntivos regulares.<br />

Brandi et al (2004), em seus estu<strong>do</strong>s sobre <strong>efeito</strong>s e irregularida<strong>de</strong>s da pele e o uso <strong>de</strong><br />

dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>carbono</strong>, mostra que é possível obter melhora <strong>na</strong>s irregularida<strong>de</strong>s da pele e <strong>na</strong><br />

elasticida<strong>de</strong> cutânea com a terapia <strong>de</strong> CO2, levan<strong>do</strong> a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar essa terapia<br />

como um complemento à liposucção.<br />

Em estu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s com o sexo masculino, on<strong>de</strong> foram feitas a<strong>na</strong>lises das biópsias,<br />

mostraram um aumento mínimo <strong>na</strong>s fibras elásticas e não po<strong>de</strong>riam ser distingui<strong>do</strong> das<br />

dimensões <strong>de</strong> estrias (HASHIMOTO, 1998)<br />

De acor<strong>do</strong> com Kang (1998), a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida das pacientes po<strong>de</strong> ser aumentada<br />

com o controle eficiente das estrias, on<strong>de</strong> até recentemente, as opções terapêuticas eram<br />

restritas.<br />

Estu<strong>do</strong>s revelam que tem havi<strong>do</strong> muitos méto<strong>do</strong>s propostos para o tratamento das<br />

estrias, mas os resulta<strong>do</strong>s quanto a mudança no aspecto da pele não tem si<strong>do</strong> prova<strong>do</strong>s <strong>na</strong><br />

prática clínica e experimental (BRANDI et al, 2004).<br />

No entanto, o presente estu<strong>do</strong> comprovou por meio da a<strong>na</strong>lise histológicas que a<br />

aplicação <strong>de</strong> dioxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>carbono</strong> para o tratamento das estrias apresentam gran<strong>de</strong> significância<br />

quanto a alteração <strong>do</strong> aspecto da pele, tanto <strong>na</strong> epi<strong>de</strong>rme quanto <strong>na</strong> <strong>de</strong>rme.<br />

42


5. CONCLUSÃO<br />

Portanto, conclui-se, que a carboxiterapia apresenta <strong>efeito</strong> <strong>microscópio</strong> <strong>na</strong> <strong>atrofia</strong><br />

linear cutânea, apresentan<strong>do</strong> alterações <strong>na</strong> <strong>de</strong>rme e <strong>na</strong> epi<strong>de</strong>rme.<br />

43


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45


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alter<strong>na</strong>tiva <strong>de</strong> contraste médio <strong>na</strong> angiografia. Temas <strong>de</strong> Medici<strong>na</strong> Estética. 5ed. Porto<br />

Alegre, 1996<br />

46


APÊNDICE 1<br />

UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA<br />

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE<br />

CURSO DE FISIOTERAPIA<br />

DECLARAÇÃO:<br />

Eu, Daniela Teixeira Costa, aceito orientar o trabalho intitula<strong>do</strong> <strong>de</strong> “Efeito microscópico <strong>do</strong><br />

dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>carbono</strong> <strong>na</strong> <strong>atrofia</strong> linear cutânea”, <strong>de</strong> autoria das alu<strong>na</strong>s A<strong>na</strong> Claudia da Silva<br />

Domingues e Carmem Silvia Araújo Cavaleiro <strong>de</strong> Mace<strong>do</strong>, <strong>de</strong>claran<strong>do</strong> ter total conhecimento<br />

das normas <strong>de</strong> realização <strong>de</strong> Trabalhos Científicos vigentes, estan<strong>do</strong> inclusive ciente da<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> minha participação <strong>na</strong> banca exami<strong>na</strong><strong>do</strong>ra por ocasião da <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> trabalho.<br />

Declaro ainda ter conhecimento <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> anteprojeto ora entregue para o qual <strong>do</strong>u meu<br />

aceite pela rubrica das pagi<strong>na</strong>s.<br />

Belém – Pará, <strong>de</strong> <strong>de</strong> 2006<br />

Assi<strong>na</strong>tura e Carimbo<br />

Rubrica<br />

Daniela Teixeira Costa<br />

47


APÊNDICE 2<br />

DECLARAÇÃO:<br />

Declaro em nome <strong>do</strong> Centro Dermatológico e Estético, ter conhecimento <strong>do</strong> anteprojeto <strong>de</strong><br />

pesquisa <strong>do</strong> Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Fisioterapia intitula<strong>do</strong> ‘Efeito microscópico<br />

<strong>do</strong> dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>carbono</strong> <strong>na</strong> <strong>atrofia</strong> linear cutânea, <strong>de</strong> autoria das alu<strong>na</strong>s A<strong>na</strong> Claudia da<br />

Silva Domingues e Carmem Silvia Araújo Cavaleiro <strong>de</strong> Mace<strong>do</strong>, da Universida<strong>de</strong> da<br />

Amazônia, dan<strong>do</strong>-lhe consentimento para realizar o trabalho nesta instituição e coletar da<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong>s nossos serviços durante o perío<strong>do</strong> pré-estabeleci<strong>do</strong>.<br />

Estamos também cientes da publicação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s encontra<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong><br />

obrigatoriamente cita<strong>do</strong>s <strong>na</strong> publicação <strong>do</strong> Centro Dermatológico e Estético.<br />

Belém – Pará, <strong>de</strong> <strong>de</strong> 2006<br />

________________________________<br />

Dr a Célia Mace<strong>do</strong> –CRM-1073<br />

Dermatologista e Cosmiátra<br />

Proprietária <strong>do</strong> Centro Dermatológico e Estético.<br />

__________________________________<br />

carimbo<br />

48


APÊNDICE 3<br />

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO<br />

Efeito microscópico <strong>do</strong> dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>carbono</strong> <strong>na</strong> <strong>atrofia</strong> linear cutânea<br />

A proposta em estu<strong>do</strong> consiste no acompanhamento com 10 pacientes, que receberão<br />

20 sessões <strong>de</strong> carboxiterapia, sen<strong>do</strong> duas sessões por sema<strong>na</strong>. Estes pacientes serão escolhidas<br />

por sorteio. O tratamento com a carboxiterapia será realiza<strong>do</strong> no quadrante inferior externo da<br />

região glúteo direito a paciente irá realizar a carboxiterapia. Antes e após as 20 sessões será<br />

realiza<strong>do</strong> pela Dr. Célia Mace<strong>do</strong> a biopsia e encaminha<strong>do</strong> o material para o Laboratório<br />

Amaral Costa para o exame histopatológico. Os pacientes receberão informação sobre os<br />

possíveis <strong>efeito</strong>s colaterais da carboxiterapia, sen<strong>do</strong> estes: <strong>do</strong>r, e<strong>de</strong>ma, eritema local<br />

momentâneo sem comprometimento estético. Outrossim, será informa<strong>do</strong> <strong>do</strong>s benefícios <strong>do</strong><br />

tratamento que <strong>de</strong>termi<strong>na</strong> melhora da circulação local, o que favorece a terapêutica da estria.<br />

Deixamos claro que somente ao fi<strong>na</strong>l <strong>do</strong> trabalho é que po<strong>de</strong>remos tirar conclusões a respeito<br />

<strong>do</strong>s benefícios da utilização da carboxiterapia.<br />

Em qualquer momento <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> a paciente terá acesso aos profissio<strong>na</strong>is responsáveis<br />

pela pesquisa, para esclarecimento <strong>de</strong> dúvidas.<br />

A principal investiga<strong>do</strong>ra Prof a Daniela Teixeira Costa, resi<strong>de</strong>nte <strong>na</strong> Tv. Curuzú, 1492,<br />

apartamento 203, telefone 3226-0662 e celular 81590111.<br />

Caso não seja localizada a professora, contatará as alu<strong>na</strong>s A<strong>na</strong> Claudia da Silva<br />

Domingues, Travessa Barão <strong>do</strong> Triunfo,1746 casa 81, telefone 32443771 e 88021227 e<br />

Carmem Silvia Araújo Cavaleiro <strong>de</strong> Mace<strong>do</strong>, Rua João Balby 789, apartamento 602, telefone<br />

32302826 e celular 81111833.<br />

GARANTIAS<br />

É garantida a paciente, a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> participar <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> sem qualquer<br />

prejuízo ou tirar qualquer tipo <strong>de</strong> dúvida.<br />

Em caso <strong>de</strong> dano pessoal, diretamente provoca<strong>do</strong> pelo tratamento proposto, os<br />

participantes terão direitos aos primeiros socorros.<br />

Não há <strong>de</strong>spesas pessoais para o participante em qualquer fase <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>.<br />

Este trabalho será realiza<strong>do</strong> com recursos próprios <strong>do</strong>s alunos, não ten<strong>do</strong><br />

fi<strong>na</strong>nciamento ou co-participação <strong>de</strong> nenhuma instituição <strong>de</strong> pesquisa.<br />

Também não haverá nenhum pagamento por sua participação.<br />

O pesquisa<strong>do</strong>r utilizará os da<strong>do</strong>s e o material coleta<strong>do</strong> somente para esta pesquisa.<br />

49


DECLARAÇÃO<br />

Declaro que compreendi as informações <strong>do</strong> que li ou que me foram explicadas sobre o<br />

trabalho em questão.<br />

Discuti com as acadêmica A<strong>na</strong> Claudia da Silva Domingues e Carmem Silvia Araújo<br />

Cavaleiro <strong>de</strong> Mace<strong>do</strong> sobre minha <strong>de</strong>cisão em participar nesse estu<strong>do</strong>, fican<strong>do</strong> claros para<br />

mim, quais são os propósitos da pesquisa, os procedimentos a serem realiza<strong>do</strong>s, os possíveis<br />

<strong>de</strong>sconfortos e riscos, as garantias <strong>de</strong> confi<strong>de</strong>ncialida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> esclarecimentos permanentes.<br />

Ficou claro também que minha participação não tem <strong>de</strong>spesas e o encaminhamento<br />

para um hospital caso necessário.<br />

Concor<strong>do</strong> voluntariamente em participar <strong>de</strong>sse estu<strong>do</strong> po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> retirar meu<br />

consentimento a qualquer momento sem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> justificar o motivo da <strong>de</strong>sistência,<br />

antes ou durante o mesmo, sem pe<strong>na</strong>lida<strong>de</strong>s, prejuízo ou perda <strong>de</strong> qualquer benefício que<br />

possa ter adquiri<strong>do</strong>.<br />

Belém, ____, <strong>de</strong> ___________________<strong>de</strong> 2006.<br />

__________________________________________<br />

Assi<strong>na</strong>tura da paciente ou <strong>de</strong> seu representante legal<br />

__________________________________________<br />

Assi<strong>na</strong>tura <strong>de</strong> testemunha<br />

______________________________________________<br />

Declaro que obtive <strong>de</strong> forma apropriada e voluntária o consentimento livre e esclareci<strong>do</strong> <strong>de</strong>sta<br />

paciente ou representante legal para participação no presente estu<strong>do</strong>.<br />

Profa. Daniela Teixeira Costa<br />

Orienta<strong>do</strong>ra responsável<br />

50


APÊNDICE 4<br />

FICHA DE AVALIAÇÃO PARA A SELEÇÃO DAS PACIENTES<br />

IDENTIFICAÇÃO<br />

Nome:__________________________________________________<br />

Ida<strong>de</strong>:____________<br />

En<strong>de</strong>reço:_______________________________________________<br />

Bairro:__________________________<br />

Cida<strong>de</strong>:_________________________ CEP:__________________<br />

UF:____________<br />

Fone:__________________________ Profissão:_______________<br />

FICHA CLÍNICA<br />

Cor <strong>de</strong> pele:<br />

( ) 1- Extremamente clara<br />

( ) 2- Pouco mais escura que a 1<br />

( ) 3- Clara e pouco more<strong>na</strong><br />

( ) 4- More clara<br />

( ) 5- More<strong>na</strong> escura<br />

( ) 6- Negra<br />

Alergias:<br />

( ) Corrente elétrica<br />

( ) Produtos<br />

( ) Outros:_________________________________<br />

Tratamentos anteriores:___________________________________________________<br />

Tipo <strong>de</strong> alimentação:<br />

( ) Normal<br />

( ) Vegetaria<strong>na</strong><br />

Ingere quantos copos d’água por dia________________________________________<br />

51


CARACTERIZAÇÃO DO QUADRO<br />

Perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> aparecimento das estrias:<br />

( ) A<strong>do</strong>lescência<br />

( ) Exercício físico<br />

( ) Aumento e peso<br />

( ) Uso <strong>de</strong> medicamento<br />

Coloração da patologia:<br />

( ) Vermelha<br />

( ) Violácea<br />

( ) Branca<br />

Localização:<br />

( ) Ab<strong>do</strong>me<br />

( ) Glúteos<br />

( ) Paravertebrais<br />

SENSIBILIDADE DOLOROSA AO ESTÍMULO<br />

Tipo <strong>de</strong> <strong>do</strong>r ( X ) Data e caracterização da <strong>do</strong>r por pressões ( 0 – 5 )<br />

( ) Pontada ( / ) – ( )<br />

( ) Queima/ar<strong>de</strong> ( / ) – ( )<br />

( ) Irritante ( / ) – ( )<br />

( ) Cruel/ castigante ( / ) – ( )<br />

( ) Latejante ( / ) – ( )<br />

( ) Cortante ( / ) – ( )<br />

( ) Aflitiva ( / ) – ( )<br />

Sem <strong>do</strong>r (0) Dor fraca (1) Desconfortável (2) Angustiante (3) Horrível (4) Torturante (5)<br />

52


ANEXO 1<br />

CLASSIFICAÇÃO DE FITZPATRICK<br />

Tipo <strong>de</strong><br />

Pele<br />

I<br />

II<br />

III<br />

IV<br />

V<br />

Reação Exposição Solar<br />

Descrição Definição Queimadura Bronzea<strong>do</strong><br />

Pele: extremamente clara<br />

Sardas: abundante<br />

Cabelo: ruivo<br />

Olhos: azuis e muito<br />

raramente castanhos<br />

Mamilos: Muito claros<br />

Pele: um pouco mais<br />

escura que I<br />

Sardas: pouco freqüentes<br />

Cabelos:<br />

acastanha<strong>do</strong>s<br />

ruivos<br />

Olhos: azuis, ver<strong>de</strong>s<br />

cinzenta<strong>do</strong>s<br />

Mamilos: claros<br />

Pele: clara e um pouco<br />

more<strong>na</strong><br />

Sardas: nenhuma<br />

Cabelos:<br />

castanho<br />

ruivo escuro-<br />

Olhos:<br />

castanhos<br />

cinzentos,<br />

Mamilos: mais escuros<br />

Pele: more<strong>na</strong> clara, cor <strong>de</strong><br />

azeito<strong>na</strong><br />

Sardas: nenhuma<br />

Cabelos: castanho escuro<br />

Olhos: escuro<br />

Mamilos: escuro<br />

Pele: more<strong>na</strong> escura<br />

Sardas: nenhuma<br />

Cabelos: preto<br />

Olhos: escuro<br />

Mamilos: escuro<br />

Tipo Céltico<br />

(2%)<br />

Europeu <strong>de</strong> pele<br />

clara (12%)<br />

Europeu <strong>de</strong> pele<br />

escura (78%)<br />

Tipo<br />

mediterrânico<br />

(8%)<br />

Tipo<br />

magrebes e<br />

Índios<br />

Muito forte e<br />

<strong>do</strong>lorosa<br />

Sempre forte e<br />

<strong>do</strong>lorosa<br />

Menos Freqüente,<br />

ligeira<br />

Nenhum,<br />

vermelhidão<br />

(escaldão)<br />

Raramente, a pele<br />

cai<br />

Médio<br />

Raramente Rápi<strong>do</strong> e Profun<strong>do</strong><br />

Não Rápi<strong>do</strong> e Profun<strong>do</strong><br />

VI<br />

Pele: negra<br />

Sardas: nenhuma<br />

Cabelos: encaracola<strong>do</strong><br />

Olhos: escuros<br />

Mamilos: escuros<br />

Raça negra Não Rápi<strong>do</strong> e Profun<strong>do</strong><br />

FONTE: Tabela <strong>de</strong> Fitzpatrick (2002)<br />

53

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