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Texto para as questões de 1 a 5 O conceito de verdade tem ... - ALUB

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<strong>Texto</strong> <strong>para</strong> <strong>as</strong> <strong>questões</strong> <strong>de</strong> 1 a 5<br />

O <strong>conceito</strong> <strong>de</strong> verda<strong>de</strong> <strong>tem</strong> sido<br />

abordado e compreendido <strong>de</strong><br />

diferentes form<strong>as</strong> por diversos<br />

pensadores e por divers<strong>as</strong> escol<strong>as</strong><br />

filosófic<strong>as</strong>. Os filósofos gregos<br />

começaram a buscar a verda<strong>de</strong> em<br />

relação ou oposição à falsida<strong>de</strong>, ilusão,<br />

aparência. De acordo com essa<br />

concepção, a verda<strong>de</strong> estaria inscrita<br />

na essência, sendo idêntica à realida<strong>de</strong><br />

e acessível apen<strong>as</strong> ao pensamento, e<br />

vedada aos sentidos. Assim, um<br />

elemento necessário à verda<strong>de</strong> era a<br />

“visão inteligível”; em outr<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong>,<br />

o ato <strong>de</strong> revelar, o próprio<br />

<strong>de</strong>svelamento.<br />

Já <strong>para</strong> os romanos, a verda<strong>de</strong><br />

era Verit<strong>as</strong>, a veracida<strong>de</strong>. O <strong>conceito</strong><br />

era sempre aplicado, isto é, remetia a<br />

uma história vivida que pu<strong>de</strong>sse ou não<br />

ser comprovada. Essa concepção <strong>de</strong><br />

verda<strong>de</strong> subordinava-a, portanto, à<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma verificação. A<br />

formulação do problema do “critério<br />

<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>” ocupou os a<strong>de</strong>ptos da<br />

gnosiologia, aqueles que se <strong>de</strong>dicavam<br />

ao estudo d<strong>as</strong> relações do pensamento,<br />

e <strong>de</strong> seu enunciado, sua forma <strong>de</strong><br />

tradução na comunicação humana com<br />

o objeto ou fato real, em que se<br />

buscava uma relação <strong>de</strong><br />

correspondência. Para a lógica, o<br />

interesse circunscrevia-se na correção<br />

e(ou) coerência semântica do discurso,<br />

da enunciação, <strong>de</strong>scartando a reflexão<br />

sobre o mundo objetivo.<br />

Para o filósofo Hei<strong>de</strong>gger, <strong>as</strong><br />

verda<strong>de</strong>s são respost<strong>as</strong> que o homem<br />

dá ao mundo. Ressalte-se a utilização<br />

do termo no plural, quando o <strong>conceito</strong><br />

<strong>de</strong> verda<strong>de</strong> per<strong>de</strong> o critério do<br />

absoluto e(ou) do indivisível. Portanto,<br />

não haveria mais uma verda<strong>de</strong><br />

filosófica, m<strong>as</strong> vári<strong>as</strong> verda<strong>de</strong>s. Esse<br />

sentido mais pluralista também é<br />

<strong>de</strong>fendido por Foucault, <strong>para</strong> quem o<br />

significado <strong>de</strong> verda<strong>de</strong> seria o <strong>de</strong><br />

expressão <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada época, cada<br />

qual com sua verda<strong>de</strong> e seu discurso.<br />

Iluska Coutinho. O <strong>conceito</strong> <strong>de</strong> verda<strong>de</strong> e sua utilização no jornalismo.<br />

Internet: (com adaptações).<br />

QUESTÃO 01<br />

Assinale a opção correspon<strong>de</strong>nte à<br />

fr<strong>as</strong>e do texto que representa a síntese<br />

<strong>de</strong> su<strong>as</strong> i<strong>de</strong>i<strong>as</strong>.<br />

A) “A formulação do problema do<br />

‘critério <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>’ ocupou os<br />

a<strong>de</strong>ptos da gnosiologia”<br />

B) “O <strong>conceito</strong> <strong>de</strong> verda<strong>de</strong> <strong>tem</strong><br />

sido abordado e compreendido<br />

<strong>de</strong> diferentes form<strong>as</strong> por<br />

diversos pensadores e por<br />

divers<strong>as</strong> escol<strong>as</strong> filosófic<strong>as</strong>.”<br />

C) “Os filósofos gregos<br />

começaram a buscar a verda<strong>de</strong><br />

em relação ou oposição à<br />

falsida<strong>de</strong>, ilusão, aparência.”<br />

D) “Assim, um elemento<br />

necessário à verda<strong>de</strong> era a<br />

‘visão inteligível’; em outr<strong>as</strong><br />

palavr<strong>as</strong>, o ato <strong>de</strong> revelar, o<br />

próprio <strong>de</strong>svelamento.”<br />

QUESTÃO 02<br />

No texto, um fato ou estado<br />

consi<strong>de</strong>rado em sua realida<strong>de</strong> está<br />

expresso pelo verbo sublinhado em:<br />

A) “o significado <strong>de</strong> verda<strong>de</strong> seria o <strong>de</strong><br />

expressão”.<br />

B) “a verda<strong>de</strong> estaria inscrita”.<br />

C) “o interesse circunscrevia-se”.<br />

D) “não haveria mais uma verda<strong>de</strong><br />

filosófica”.<br />

QUESTÃO 03<br />

A respeito do texto, julgue os itens<br />

seguintes.<br />

I - Tanto <strong>para</strong> os gregos como <strong>para</strong> os<br />

lógicos, a verda<strong>de</strong> constituía uma<br />

reflexão, acessível aos sentidos, não<br />

ilusória sobre o mundo.<br />

II - Em latim, o <strong>conceito</strong> <strong>de</strong> verda<strong>de</strong><br />

estava <strong>as</strong>sociado à experiência e<br />

<strong>de</strong>pendia <strong>de</strong> verificação.<br />

III - Para filósofos mais mo<strong>de</strong>rnos, a<br />

verda<strong>de</strong> relaciona homem e mundo e<br />

varia n<strong>as</strong> diferentes époc<strong>as</strong> e<br />

discursos.


Assinale a opção correta.<br />

A) Apen<strong>as</strong> o i<strong>tem</strong> I está certo.<br />

B) Apen<strong>as</strong> o i<strong>tem</strong> III está certo.<br />

C) Apen<strong>as</strong> os itens I e II estão certos.<br />

D) Apen<strong>as</strong> os itens II e III estão certos.<br />

QUESTÃO 04<br />

Assinale a opção correta a respeito do<br />

emprego da cr<strong>as</strong>e n<strong>as</strong> estrutur<strong>as</strong><br />

linguístic<strong>as</strong> do texto.<br />

A) A retirada do sinal indicativo <strong>de</strong><br />

cr<strong>as</strong>e em “à possibilida<strong>de</strong>” provocaria<br />

erro gramatical e incoerência n<strong>as</strong><br />

i<strong>de</strong>i<strong>as</strong> do texto, por transformar objeto<br />

indireto em objeto direto na oração.<br />

B) No segundo período do texto,<br />

mantêm-se <strong>as</strong> relações semântic<strong>as</strong>,<br />

bem como a correção gramatical, ao<br />

se inserir à antes <strong>de</strong> “ilusão” e antes<br />

<strong>de</strong> “aparência”.<br />

C) Tanto o uso da cr<strong>as</strong>e em “à<br />

realida<strong>de</strong>” como da contração em “ao<br />

pensamento” justificam-se pel<strong>as</strong><br />

relações <strong>de</strong> regência <strong>de</strong> “idêntica”.<br />

D) N<strong>as</strong> linh<strong>as</strong> 12 e 13, preservam-se <strong>as</strong><br />

relações <strong>de</strong> regência <strong>de</strong><br />

“remetia”, bem como a correção<br />

gramatical do texto, ao se inserir um<br />

sinal indicativo <strong>de</strong> cr<strong>as</strong>e em “a uma<br />

história”.<br />

QUESTÃO 05<br />

Assinale a opção incorreta a respeito<br />

da função textual d<strong>as</strong> estrutur<strong>as</strong><br />

linguístic<strong>as</strong> do texto.<br />

A) Na organização da coesão textual,<br />

<strong>as</strong> du<strong>as</strong> ocorrênci<strong>as</strong> do vocábulo<br />

“mais” <strong>as</strong>sociam <strong>as</strong> i<strong>de</strong>i<strong>as</strong> d<strong>as</strong> orações<br />

em que ocorrem às dos parágrafos<br />

anteriores, m<strong>as</strong> sua omissão não<br />

prejudicaria a correção ou a coerência<br />

textuais.<br />

B) No enca<strong>de</strong>amento dos argumentos<br />

do texto, a expressão “essa<br />

concepção” remete à i<strong>de</strong>ia anterior,<br />

<strong>de</strong> “verda<strong>de</strong> em relação ou oposição à<br />

falsida<strong>de</strong>, ilusão, aparência”.<br />

C) A expressão “em outr<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong>”<br />

<strong>tem</strong> a função <strong>de</strong> introduzir uma<br />

explicação ou um esclarecimento sobre<br />

como o <strong>conceito</strong> <strong>de</strong> ‘visão inteligível’<br />

<strong>de</strong>ve ser compreendido.<br />

D)O <strong>de</strong>senvolvimento d<strong>as</strong> i<strong>de</strong>i<strong>as</strong> do<br />

texto mostra que a expressão<br />

“gnosiologia” <strong>de</strong>ve ser interpretada<br />

como sinônimo <strong>de</strong> ‘critério <strong>de</strong><br />

verda<strong>de</strong>’.<br />

<strong>Texto</strong> <strong>para</strong> <strong>as</strong> <strong>questões</strong> <strong>de</strong> 6 a 8<br />

A ciência mo<strong>de</strong>rna teve <strong>de</strong> lutar<br />

com um inimigo po<strong>de</strong>roso: os<br />

monopólios <strong>de</strong> interpretação, fossem<br />

eles a religião, o estado, a família ou o<br />

partido. Foi uma luta travada com<br />

enorme êxito e cujos resultados<br />

positivos vão ser indispensáveis <strong>para</strong><br />

criar um conhecimento emancipatório<br />

pós-mo<strong>de</strong>rno. O fim dos monopólios <strong>de</strong><br />

interpretação é um bem absoluto da<br />

humanida<strong>de</strong>.<br />

No entanto, como a ciência<br />

mo<strong>de</strong>rna colonizou <strong>as</strong> outr<strong>as</strong> form<strong>as</strong> <strong>de</strong><br />

racionalida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>struindo, <strong>as</strong>sim, o<br />

equilíbrio dinâmico entre regulação e<br />

emancipação, em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong>sta, o<br />

êxito da luta contra os monopólios <strong>de</strong><br />

interpretação acabou por dar lugar a<br />

um novo inimigo, tão <strong>tem</strong>ível quanto o<br />

anterior, e que a ciência mo<strong>de</strong>rna não<br />

podia senão ignorar: a renúncia à<br />

interpretação, <strong>para</strong>digmaticamente<br />

patente no utopismo automático da<br />

tecnologia e também na i<strong>de</strong>ologia e na<br />

prática consumist<strong>as</strong>.<br />

QUESTÃO 06<br />

Boaventura <strong>de</strong> Sousa Santos. A crítica da razão<br />

indolente. São Paulo: Cortez, 2007, p. 95 (com adaptações).<br />

Depreen<strong>de</strong>-se da argumentação do<br />

texto que:<br />

A) o fim dos monopólios <strong>de</strong><br />

interpretação teve como uma <strong>de</strong><br />

su<strong>as</strong> consequênci<strong>as</strong> o enfraquecimento<br />

da religião, do Estado, da família e dos<br />

partidos.<br />

B) a criação <strong>de</strong> um conhecimento pósmo<strong>de</strong>rno<br />

apoia-se na utopia da<br />

i<strong>de</strong>ologia e da prática consumista.<br />

C) tanto uma interpretação<br />

monopolizada quanto a falta <strong>de</strong>


interpretação são prejudiciais à<br />

humanida<strong>de</strong>.<br />

D) tanto a ciência mo<strong>de</strong>rna quanto<br />

outr<strong>as</strong> form<strong>as</strong> <strong>de</strong> racionalida<strong>de</strong><br />

prejudicaram a luta contra os<br />

monopólios <strong>de</strong> interpretação.<br />

QUESTÃO 07<br />

Assinale a opção correspon<strong>de</strong>nte à<br />

proposta <strong>de</strong> substituição <strong>para</strong> o texto<br />

que provoca erro ou incoerência<br />

textual.<br />

A) <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> em lugar <strong>de</strong> “senão”<br />

B) fosse em lugar <strong>de</strong> “fossem<br />

eles”<br />

C) seus em lugar <strong>de</strong> “cujos”<br />

D) Acabarem os monopólios <strong>de</strong><br />

interpretação em lugar <strong>de</strong> “O<br />

fim dos monopólios <strong>de</strong><br />

interpretação”.<br />

QUESTÃO 08<br />

No <strong>de</strong>senvolvimento d<strong>as</strong> i<strong>de</strong>i<strong>as</strong> do<br />

texto, introduz-se uma i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> causa<br />

com o uso:<br />

A) do sinal <strong>de</strong> dois-pontos <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

“ignorar”.<br />

B) <strong>de</strong> “<strong>para</strong>”.<br />

C) <strong>de</strong> “como”.<br />

D) <strong>de</strong> “<strong>de</strong>struindo”.<br />

<strong>Texto</strong> <strong>para</strong> <strong>as</strong> <strong>questões</strong> <strong>de</strong> 9 a 11<br />

Por muitos anos, pensávamos<br />

compreen<strong>de</strong>r o que era interpretado, o<br />

que era uma interpretação;<br />

inquietávamo-nos, eventualmente, a<br />

propósito <strong>de</strong> uma dificulda<strong>de</strong> em<br />

particular, ocorrida no trabalho <strong>de</strong><br />

interpretação. Nada mais. Atualmente,<br />

não <strong>tem</strong>os certeza, já não estamos tão<br />

certos. O conflito <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ologi<strong>as</strong> fez<br />

com que indagássemos sobre o que<br />

quer dizer uma interpretação e<br />

duvidássemos sobre o que estávamos<br />

fazendo ou teríamos <strong>de</strong> fazer.<br />

Em vez <strong>de</strong>sse tratamento que era dado<br />

à questão da interpretação, a Teoria<br />

Crítica ou o Criticismo insiste em<br />

trabalhar com <strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> que estão<br />

inscrit<strong>as</strong> em <strong>de</strong>terminada página.<br />

Célio Garcia. Graç<strong>as</strong> à letra “soft”, a estrutura “hard” dura.<br />

In: Hugo Mari et al. (Org.). Estruturalismo, memória e repercussõeBelo<br />

Horizonte: UFMG/Diadorim, p. 192 (com adaptações). _<br />

QUESTÃO 09<br />

Assinale a opção correspon<strong>de</strong>nte ao<br />

<strong>de</strong>sdobramento <strong>para</strong> a fr<strong>as</strong>e “Nada<br />

mais.” (R.4) que está gramaticalmente<br />

correto e coerente <strong>para</strong> o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da argumentação do<br />

texto.<br />

A) Nada mais havia em um trabalho <strong>de</strong><br />

interpretação.<br />

B) Nada mais nos inquietava.<br />

C) Nada mais tínhamos <strong>para</strong><br />

interpretar.<br />

D) Nada mais pensávamos<br />

compreen<strong>de</strong>rmos.<br />

QUESTÃO 10<br />

Assinale a opção incorreta a respeito<br />

do uso dos sinais <strong>de</strong> pontuação no<br />

texto.<br />

A) Na linha 9, a inserção <strong>de</strong> uma<br />

vírgula <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> “tratamento”<br />

preservaria a correção do texto, m<strong>as</strong><br />

<strong>de</strong>ixaria <strong>de</strong> marcar o caráter restritivo<br />

da oração iniciada por “que era”.<br />

B) Na conexão <strong>de</strong> i<strong>de</strong>i<strong>as</strong>, a conjunção e<br />

<strong>de</strong>sempenharia a mesma função da<br />

vírgula <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> “interpretado” (R.2)<br />

e po<strong>de</strong>ria substituí-la sem prejudicar a<br />

correção do texto.<br />

C) A substituição d<strong>as</strong> du<strong>as</strong> vírgul<strong>as</strong> que<br />

<strong>de</strong>marcam a explicação “a propósito<br />

<strong>de</strong> uma dificulda<strong>de</strong> em particular”<br />

(R.3) pelo duplo travessão preservaria<br />

a correção gramatical e a coerência<br />

textual.<br />

D) Respeita-se a relação entre <strong>as</strong><br />

i<strong>de</strong>i<strong>as</strong> do texto e mantém-se sua<br />

correção gramatical com a substituição<br />

do ponto <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> “certos” (R.5) pelo<br />

sinal <strong>de</strong> dois-pontos, fazendo os<br />

necessários ajustes na inicial<br />

maiúscula.


QUESTÃO 11<br />

Preserva-se a correção gramatical e a<br />

coerência d<strong>as</strong> i<strong>de</strong>i<strong>as</strong> do texto:<br />

A) ao se retirar “que era” (R.9).<br />

B) ao se <strong>de</strong>slocar o pronome átono em<br />

“inquietávamo-nos” (R.2) <strong>para</strong> antes<br />

do verbo, escrevendo nos inquietava.<br />

C) ao se inserir que tenha sido antes<br />

<strong>de</strong> “ocorrida” (R.4).<br />

D) ao se substituir “fez com que<br />

indagássemos” (R.6) por fez-nos<br />

indagarem.<br />

QUESTÃO 12<br />

Tribunal Regional Eleitoral <strong>de</strong> Goiás<br />

Portaria n.o 443, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> se<strong>tem</strong>bro <strong>de</strong><br />

2008 – TRE/GO<br />

O Excelentíssimo Senhor<br />

Desembargador-Presi<strong>de</strong>nte do Tribunal<br />

Regional Eleitoral <strong>de</strong> Goiás, no uso <strong>de</strong><br />

su<strong>as</strong> atribuições e Consi<strong>de</strong>rando o<br />

disposto no art. 10, parágrafo único,<br />

inciso II, da Lei n.º XXXX, <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong><br />

se<strong>tem</strong>bro <strong>de</strong> 1998, e no art. 8.º,<br />

parágrafo 3.º, da Resolução n.º YYYY,<br />

<strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1999, do colendo<br />

Tribunal Superior Eleitoral;<br />

Consi<strong>de</strong>rando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />

promover a padronização dos<br />

procedimentos relativos à anotação<br />

dos órgãos <strong>de</strong> direção partidária<br />

regionais; Consi<strong>de</strong>rando que <strong>as</strong><br />

solicitações <strong>de</strong> anotações feit<strong>as</strong> pelos<br />

partidos políticos <strong>de</strong>vem seguir <strong>as</strong><br />

regr<strong>as</strong> dos estatutos partidários;<br />

RESOLVE:<br />

__ Art. 1.º Os pedidos <strong>de</strong>ver-se-ão ser<br />

requeridos nos exatos termos dos<br />

partidos.<br />

Art. 2.º Só se dará prosseguimento aos<br />

pedidos <strong>de</strong> prorrogação quando em<br />

conformida<strong>de</strong> com a lei.<br />

__<br />

Para que o trecho <strong>de</strong> documento acima<br />

atenda às norm<strong>as</strong> <strong>de</strong> redação <strong>de</strong><br />

documentos oficiais, é necessário:<br />

A) que se substitua “dará” por darão,<br />

<strong>para</strong> aten<strong>de</strong>r às regr<strong>as</strong> gramaticais da<br />

norma <strong>de</strong> padrão culto.<br />

B) que a data da portaria seja retirada<br />

da i<strong>de</strong>ntificação, juntamente com a<br />

vírgula que a prece<strong>de</strong>, escrevendo-se<br />

Goiás, 30 <strong>de</strong> se<strong>tem</strong>bro <strong>de</strong> 2008 no final<br />

do documento, imediatamente antes<br />

da <strong>as</strong>sinatura e da i<strong>de</strong>ntificação do<br />

signatário.<br />

C) que se escreva com letr<strong>as</strong> iniciais<br />

maiúscul<strong>as</strong> “parágrafo único”,<br />

“colendo” (R.5) e “art. 10” (R.3),<br />

sendo o último por extenso; com<br />

iniciais minúscul<strong>as</strong> o segundo termo <strong>de</strong><br />

“Desembargador-Presi<strong>de</strong>nte” (R.1) e <strong>as</strong><br />

ocorrênci<strong>as</strong> <strong>de</strong> “Consi<strong>de</strong>rando”, exceto<br />

a primeira.<br />

E)que se retire o pronome átono <strong>de</strong><br />

“<strong>de</strong>ver-se-ão” (R.13), grafando-se<br />

<strong>de</strong>verão.<br />

<strong>Texto</strong> <strong>para</strong> <strong>as</strong> <strong>questões</strong> <strong>de</strong> 13 a 15<br />

Censurar, proibir e reprimir são<br />

atitu<strong>de</strong>s antipátic<strong>as</strong>, porque<br />

geralmente são vist<strong>as</strong> pela socieda<strong>de</strong><br />

como inimig<strong>as</strong> da liberda<strong>de</strong> individual,<br />

da criativida<strong>de</strong> e da verda<strong>de</strong>. A<br />

censura escon<strong>de</strong> dilem<strong>as</strong> e armadilh<strong>as</strong><br />

sutis que po<strong>de</strong>m causar mais confusão<br />

do que esclarecer os problem<strong>as</strong><br />

relacionados a ela, até porque nem<br />

todo tipo <strong>de</strong> censura representa uma<br />

interferência odiosa na vida da<br />

população. Um exemplo simples <strong>de</strong><br />

censura socialmente aceitável — ou<br />

até consi<strong>de</strong>rada necessária <strong>para</strong> o bom<br />

andamento da vida social — é a<br />

tentativa <strong>de</strong> proteger crianç<strong>as</strong> contra<br />

filmes, livros e outr<strong>as</strong> manifestações<br />

do pensamento que possam incitar à<br />

violência ou a outr<strong>as</strong> situações<br />

consi<strong>de</strong>rad<strong>as</strong> prejudiciais à formação<br />

dos jovens.<br />

Por outro lado, exis<strong>tem</strong> form<strong>as</strong><br />

<strong>de</strong> censura que, apesar <strong>de</strong> serem, em<br />

princípio, tão odios<strong>as</strong> quanto a<br />

censura política, tornam-se<br />

praticamente invisíveis no interior do<br />

corpo social. El<strong>as</strong> agem sem que os<br />

responsáveis sequer se <strong>de</strong>em conta do<br />

que estão fazendo. É o c<strong>as</strong>o, entre<br />

outros, dos pre<strong>conceito</strong>s, que são, por<br />

<strong>de</strong>finição, verda<strong>de</strong>s fals<strong>as</strong> que, quando<br />

se disseminam <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um grupo ou<br />

comunida<strong>de</strong>, ten<strong>de</strong>m a hostilizar


form<strong>as</strong> <strong>de</strong> pensamento e <strong>de</strong><br />

comportamento que, <strong>de</strong> alguma forma,<br />

não se conformam àquela “verda<strong>de</strong>”.<br />

QUESTÃO 13<br />

Flávio Dieguez. Ver, ouvir e calar. Discutindo a<br />

língua portuguesa, ano 2, n.º 12, p. 34-6 (com adaptações)<br />

Julgue se <strong>as</strong> seguintes estrutur<strong>as</strong> do<br />

texto explicitam uma relação textual<br />

<strong>de</strong> com<strong>para</strong>ção.<br />

I “causar mais confusão do que<br />

esclarecer”<br />

II “nem todo tipo <strong>de</strong> censura<br />

representa uma interferência”<br />

III “até consi<strong>de</strong>rada necessária” (R.9)<br />

IV “tão odios<strong>as</strong> quanto a censura<br />

política”<br />

Estão certos apen<strong>as</strong> os itens<br />

A) I e III.<br />

B) I e IV.<br />

C) II e III.<br />

D) II e IV.<br />

QUESTÃO 14<br />

Assinale a opção correta a respeito d<strong>as</strong><br />

estrutur<strong>as</strong> linguístic<strong>as</strong> do texto.<br />

A) Na linha 24, justifica-se o sinal<br />

indicativo <strong>de</strong> cr<strong>as</strong>e em “àquela” pela<br />

exigência <strong>de</strong> iniciar o complemento <strong>de</strong><br />

“se conformam” com a preposição a.<br />

B) A expressão, na voz p<strong>as</strong>siva, “são<br />

vist<strong>as</strong> pela socieda<strong>de</strong>” correspon<strong>de</strong> à<br />

voz ativa a socieda<strong>de</strong> vê-l<strong>as</strong>, que a<br />

po<strong>de</strong> substituir sem prejudicar a<br />

correção e a coerência do texto.<br />

C) O verbo que se segue ao pronome<br />

“que” (R.12) está no plural porque<br />

esse pronome <strong>tem</strong> como referente<br />

“filmes, livros” (R.11).<br />

D) N<strong>as</strong> linh<strong>as</strong> 12 e 13, os sinais <strong>de</strong><br />

cr<strong>as</strong>e em “à violência” e “à formação”<br />

mostram que se trata <strong>de</strong> dois termos<br />

que servem <strong>de</strong> complemento ao verbo<br />

“incitar”.<br />

QUESTÃO 15<br />

Julgue <strong>as</strong> seguintes propost<strong>as</strong> <strong>de</strong><br />

continuida<strong>de</strong> <strong>para</strong> o texto.<br />

I - Por isso, a hostilida<strong>de</strong> às form<strong>as</strong> <strong>de</strong><br />

linguagem <strong>de</strong> grupos minoritários<br />

constitui uma forma <strong>de</strong> pre<strong>conceito</strong>.<br />

II - Assim, qualquer “verda<strong>de</strong>”<br />

reprimida representa uma armadilha<br />

<strong>de</strong> pre<strong>conceito</strong>s e censur<strong>as</strong>.<br />

III - Portanto, são verda<strong>de</strong>s fals<strong>as</strong><br />

porque são invisíveis.<br />

Há continuida<strong>de</strong> gramaticalmente<br />

correta e argumentativamente<br />

coerente <strong>para</strong> o texto apen<strong>as</strong><br />

A) no i<strong>tem</strong> I.<br />

B) no i<strong>tem</strong> III.<br />

C) nos itens I e II.<br />

D) nos itens II e III.<br />

GABARITO<br />

1 – A 2 – B 3 – D 4 – A 5 – C 6 – B<br />

7 – D 8 – B 9 – A 10 – B 11 – D 12 – C<br />

13 – B 14 - D 15 – A

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