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Ficha Técnica<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

Outubro 2010<br />

Equipa <strong>de</strong> Elaboração<br />

Logframe – Consultoria e Formação, Lda. e Núcleo Executivo do CLASA<br />

Consultores Externos<br />

Paulo Teixeira, Pedro Antunes e Susana Monteiro<br />

Logframe – Consultoria e Formação, Lda.<br />

Rua Almeida e Sousa, 23 6.º B 1350-006 Lisboa<br />

www.logframe.pt<br />

Colaboraram na elaboração <strong>de</strong>ste documento<br />

Cláudia Familiar – Técnica da Re<strong>de</strong> Social <strong>Aveiro</strong><br />

Núcleo Executivo do CLASA (representantes)<br />

Alda Cipriano | Segurança Social | Centro Distrital <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> do ISS, IP<br />

Ana Paula Marques |Autarquia | Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

Carlos Magalhães | Educação | Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

Cristina Mame<strong>de</strong> |Entida<strong>de</strong>s sem Fins Lucrativos | REAPN - Re<strong>de</strong> Europeia Anti-Pobreza, Núcleo <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

Jaime Homem | IPSS | Santa Casa da Misericórdia <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

João Carlos Amaral |Justiça | Direcção Geral Reinserção Social – Equipa do Baixo Vouga<br />

Sónia Félix |IPSS | Centro Social <strong>de</strong> Azurva<br />

Edição, proprieda<strong>de</strong> e reprodução<br />

Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

Cais da Fonte Nova, 3811-904 <strong>Aveiro</strong><br />

Telef. 234 406300<br />

re<strong>de</strong>social@cm-aveiro.pt<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

ii


Prefácio<br />

Este diagnóstico caracteriza-se pela dimensão participativa <strong>de</strong> todos os agentes <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento local, quer sejam entida<strong>de</strong>s públicas ou privadas, <strong>de</strong> cariz associativo<br />

ou outras. Destacamos <strong>de</strong> entre as entida<strong>de</strong>s envolvidas a participação singular dos<br />

autarcas locais, tidos como mediadores privilegiados das populações e interlocutores<br />

activos das necessida<strong>de</strong>s e anseios <strong>de</strong>stas.<br />

Esta metodologia ancorou-se em momentos <strong>de</strong> trabalho presencial, workshops/oficinas<br />

temáticas, que motivaram um diálogo mais dinâmico e crítico, contribuindo para colocar<br />

em confronto problemáticas sociais multidisciplinares, bem como para evi<strong>de</strong>nciar os<br />

recursos, a escassez e/ou a inexistência das respostas às referidas problemáticas.<br />

Deste trabalho em progressivo <strong>de</strong>senvolvimento foi i<strong>de</strong>ntificado um conjunto <strong>de</strong><br />

necessida<strong>de</strong>s que permitirão numa fase subsequente tecer, <strong>de</strong> modo articulado,<br />

participado e evi<strong>de</strong>nte, linhas <strong>de</strong> actuação. Estas <strong>de</strong>verão respon<strong>de</strong>r às principais<br />

carências do concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, por forma a minimizar os problemas sociais mais<br />

imediatos e, simultaneamente, perspectivar a intervenção atempada nos problemas<br />

sociais emergentes. Constatamos que dia-a-dia se cruzam novas questões que envolvem<br />

novos actores, diferentes stakeol<strong>de</strong>rs, e que implicam novas e diferenciadas respostas;<br />

neste <strong>de</strong>safio resi<strong>de</strong> a nossa intervenção, a do CLASA no seu todo, a par com as <strong>de</strong>mais<br />

entida<strong>de</strong>s já integradas no processo. Novas oportunida<strong>de</strong>s se abrem com base neste<br />

diagnóstico social, enquanto instrumento <strong>de</strong> verificação, <strong>de</strong> registo e <strong>de</strong> análise do<br />

território social do concelho.<br />

De igual modo, novas responsabilida<strong>de</strong>s nos serão exigidas.<br />

Assim, com o novo plano <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento social que agora se inicia, apontamos como<br />

pontos fortes <strong>de</strong> actuação a motivação das equipas envolvidas, bem como uma clara<br />

<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> intervenção.<br />

Maria da Luz Nolasco<br />

Presi<strong>de</strong>nte do Conselho Local <strong>de</strong> Acção Social <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

Vereadora do Pelouro dos Assuntos Sociais e Família da Câmara Municipal <strong>Aveiro</strong><br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

iii


Glossário <strong>de</strong> conceitos<br />

Actor<br />

Causa<br />

Consequência<br />

Diagnóstico<br />

Qualquer pessoa, grupo ou organização cujas acções influenciem, directa ou<br />

indirectamente, o projecto. Por vezes também se <strong>de</strong>signa por “interveniente” ou<br />

“agente”.<br />

O que produz um efeito ou consequência.<br />

Aquilo que é <strong>de</strong>spoletado ou provocado por uma <strong>de</strong>terminada causa.<br />

Processo <strong>de</strong> analisar a situação, o problema, o grupo ou a organização que o<br />

projecto terá como objecto. Trata-se <strong>de</strong> um instrumento que permite a<br />

caracterização <strong>de</strong> uma situação, a <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s, a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong><br />

problemas, a inventariação <strong>de</strong> recursos e a <strong>de</strong>terminação dos pontos fortes,<br />

pontos fracos, oportunida<strong>de</strong>s e ameaças <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> análise<br />

(situação, problema, grupo ou organização). Existem muitas formas <strong>de</strong><br />

diagnóstico que po<strong>de</strong>m ser utilizadas alternativa ou complementarmente.<br />

Empowerment Condição emancipadora expressa através <strong>de</strong> auto-afirmação individual,<br />

mobilização colectiva, resistência e/ou protesto, <strong>de</strong>safiando as relações <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r<br />

existentes. Envolve um processo <strong>de</strong>stinado a mudar a natureza e, por<br />

consequência, a distribuição <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r.<br />

Indicador<br />

Necessida<strong>de</strong><br />

Parceria<br />

Recursos<br />

Stakehol<strong>de</strong>r<br />

Elemento observável e objectivo que fornece informação sobre aspectos<br />

específicos da realida<strong>de</strong>. Dados, qualitativos ou quantitativos, que fornecem<br />

informações sobre contextos, organizações, grupos, pessoas, dinâmicas ou<br />

activida<strong>de</strong>s. Quando um indicador resulta da síntese ou da agregação <strong>de</strong> vários<br />

indicadores singulares, <strong>de</strong>signa-se por “índice”.<br />

Aquilo que um grupo-alvo necessita <strong>de</strong> acordo com as suas próprias perspectivas<br />

ou segundo uma apreciação dos seus interesses feita por terceiros.<br />

Acordo <strong>de</strong> colaboração entre duas ou mais organizações <strong>de</strong> modo a articular as<br />

suas intervenções. Envolve, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da sua profundida<strong>de</strong>, a partilha <strong>de</strong><br />

informação, recursos humanos, materiais e financeiros. As parcerias po<strong>de</strong>m ser<br />

mais ou menos formais. Por vezes é utilizado, alternativamente, o termo<br />

“partenariado”. Porém, alguns autores distinguem entre os dois termos<br />

utilizando a <strong>de</strong>signação “parceria” para acordos <strong>de</strong> parceria informais e<br />

“partenariado” para acordos <strong>de</strong> parceria formais.<br />

Meios – humanos, materiais ou financeiros – disponíveis e mobilizáveis para a<br />

concretização <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas activida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>terminados objectivos ou<br />

objectivos gerais.<br />

Qualquer grupo ou indivíduo que é, directa ou indirectamente, afectado pelo<br />

projecto ou pelos resultados <strong>de</strong> uma dada intervenção. Qualquer agente que<br />

possui um interesse no projecto: o grupo-alvo, a comunida<strong>de</strong> local, os<br />

beneficiários indirectos, os gestores <strong>de</strong> projecto, as organizações financiadoras,<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

iv


entre outros. Por vezes, é também <strong>de</strong>signado por “interessado” ou “<strong>de</strong>tentor <strong>de</strong><br />

interesses”.<br />

Workshop<br />

Evento, sob a forma <strong>de</strong> sessão ou reunião <strong>de</strong> trabalho, em que um grupo <strong>de</strong><br />

pessoas se reúne com o propósito, por exemplo, <strong>de</strong> analisar um assunto, <strong>de</strong>bater<br />

um tema ou elaborar um documento. Tradicionalmente, o termo workshop é<br />

utilizado quando se recorre a métodos e técnicas participativos ou activos e o<br />

número <strong>de</strong> pessoas envolvidas no evento é relativamente reduzido.<br />

FONTE: Schiefer e al (2006) MAPA - Manual <strong>de</strong> Planeamento e Avaliação <strong>de</strong> Projectos, São João do Estoril: Principia<br />

(pp.233-270).<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

v


Índice Geral<br />

Ficha Técnica<br />

Prefácio<br />

Glossário <strong>de</strong> conceitos<br />

Índice Geral<br />

Índice <strong>de</strong> quadros e gráficos<br />

ii<br />

iii<br />

iv<br />

vi<br />

vii<br />

Introdução 1<br />

Enquadramento programático 2<br />

Metodologia 12<br />

Caracterização socio<strong>de</strong>mográfica do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 14<br />

Os principais problemas e necessida<strong>de</strong>s em matéria <strong>de</strong> intervenção social 37<br />

Crianças e Jovens 39<br />

Idosos 57<br />

Deficiência 66<br />

Imigração e Minorias Étnicas 72<br />

Pessoas sem-abrigo 78<br />

Educação e Formação 83<br />

A perspectiva das freguesias 98<br />

Síntese conclusiva 100<br />

Indicadores <strong>de</strong> monitorização e metainformação 106<br />

Recursos Bibliográficos e Electrónicos 114<br />

Anexos e Apêndices 115<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

vi


Índice <strong>de</strong> quadros e gráficos<br />

Quadro 1<br />

População Resi<strong>de</strong>nte no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> (2001-2009)<br />

Quadro 2<br />

Densida<strong>de</strong> Populacional no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> (2001 - 2008)<br />

Quadro 3<br />

Relação <strong>de</strong> Masculinida<strong>de</strong> no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> (2001-2009)<br />

Quadro 4<br />

Estrutura etária da população resi<strong>de</strong>nte no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> (2009)<br />

Quadro 5<br />

Índices <strong>de</strong>mográficos <strong>de</strong> envelhecimento, <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> idosos e <strong>de</strong> longevida<strong>de</strong> (2001 - 2009)<br />

Quadro 6<br />

Taxa Bruta <strong>de</strong> Natalida<strong>de</strong> (2001 - 2009)<br />

Quadro 7<br />

Taxa <strong>de</strong> Fecundida<strong>de</strong> Geral (2001 - 2009)<br />

Quadro 8<br />

Famílias clássicas segundo o tipo <strong>de</strong> família (2001)<br />

Quadro 9<br />

Proporção <strong>de</strong> famílias clássicas unipessoais (2001)<br />

Quadro 10<br />

Proporção <strong>de</strong> núcleos familiares monoparentais (2001)<br />

Quadro 11<br />

Casamentos celebrados por forma <strong>de</strong> celebração (2001 - 2008)<br />

Quadro 12<br />

Casamentos celebrados por nacionalida<strong>de</strong> dos cônjuges (2002 - 2008)<br />

Quadro 13<br />

Casamentos dissolvidos por causa <strong>de</strong> dissolução (2001 - 2008)<br />

Quadro 14<br />

Taxa <strong>de</strong> analfabetismo (1991 e 2001)<br />

Quadro 15<br />

Proporção da população resi<strong>de</strong>nte com pelo menos a escolarida<strong>de</strong> obrigatória (1991 e 2001)<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

vii


Quadro 16<br />

Proporção da população resi<strong>de</strong>nte com ensino superior completo (1991 e 2001)<br />

Quadro 17<br />

Taxa <strong>de</strong> Retenção e Desistência no ensino básico regular (2004/2005 – 2007/2008)<br />

Quadro 18<br />

Taxa <strong>de</strong> transição/conclusão no ensino secundário regular (2004/2005 – 2007/2008)<br />

Quadro 19<br />

Taxa bruta <strong>de</strong> pré-escolarização (2004/2005 – 2007/2008)<br />

Quadro 20<br />

Taxa <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong> e Taxa <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong> Feminina da população resi<strong>de</strong>nte (2001)<br />

Quadro 21<br />

População empregada por sector <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> económica (2001)<br />

Quadro 22<br />

População empregada por profissão (2001)<br />

Quadro 23<br />

Ganho médio mensal (2004 - 2007)<br />

Quadro 24<br />

Po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Compra per capita (2000 - 2007)<br />

Quadro 25<br />

População resi<strong>de</strong>nte com ida<strong>de</strong> igual ou inferior a 14 anos (2001 - 2009)<br />

Quadro 26<br />

Índice <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> jovens (2001-2008)<br />

Quadro 27<br />

Respostas sociais Creche e CATL (2010)<br />

Quadro 28<br />

Estabelecimentos e alunos no ensino pré-escolar (2009/2010)<br />

Quadro 29<br />

Estabelecimentos e alunos no 1.º Ciclo do Ensino Básico – re<strong>de</strong> pública (2009/2010)<br />

Quadro 30<br />

Crianças e jovens sinalizadas pela CPCJ segundo a problemática e o grupo etário (2009)<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

viii


Quadro 31<br />

Rendimento Social <strong>de</strong> Inserção<br />

Quadro 32<br />

Acção Social Comunitária<br />

Quadro 33<br />

População resi<strong>de</strong>nte com 65 e mais anos (2001 - 2009)<br />

Quadro 34<br />

Relação <strong>de</strong> masculinida<strong>de</strong> da população com 65 e mais anos (2001 - 2009)<br />

Quadro 35<br />

Respostas sociais para idosos<br />

Quadro 36<br />

Taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência (2001)<br />

Quadro 37<br />

Grau <strong>de</strong> incapacida<strong>de</strong> atribuído à população com <strong>de</strong>ficiência (2001)<br />

Quadro 38<br />

Taxa <strong>de</strong> emprego da população da população resi<strong>de</strong>nte com <strong>de</strong>ficiência activa (2001)<br />

Quadro 39<br />

Proporção da população resi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> nacionalida<strong>de</strong> estrangeira (1991 e 2001)<br />

Quadro 40<br />

Pedidos <strong>de</strong> estatuto <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>nte por continente <strong>de</strong> origem (2001 - 2006)<br />

Quadro 41<br />

Relação <strong>de</strong> masculinida<strong>de</strong> dos estrangeiros que solicitaram estatuto <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>nte (2001-2006)<br />

Quadro 42<br />

População resi<strong>de</strong>nte segundo a qualificação académica (2001)<br />

Quadro 43<br />

Taxa bruta <strong>de</strong> pré-escolarização (2004/2005 – 2007/2008)<br />

Quadro 44<br />

Taxa bruta <strong>de</strong> escolarização no ensino básico (2004/2005 – 2007/2008)<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

ix


Quadro 45<br />

Taxa bruta <strong>de</strong> escolarização no ensino secundário (2004/2005 – 2007/2008)<br />

Quadro 46<br />

Taxa bruta <strong>de</strong> escolarização no ensino superior (2004/2005 – 2008/2009)<br />

Quadro 47<br />

Taxa <strong>de</strong> retenção e <strong>de</strong>sistência no ensino básico regular (2004/2005 – 2007/2008)<br />

Quadro 48<br />

Taxa <strong>de</strong> transição/ conclusão no ensino secundário regular (2004/2005 – 2007/2008)<br />

Quadro 49<br />

Taxa <strong>de</strong> participação em cursos profissionais no ensino secundário regular<br />

(2004/2005 – 2007/2008)<br />

Quadro 50<br />

Estabelecimentos e alunos no 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico – re<strong>de</strong> pública (2009/2010)<br />

Quadro 51<br />

Estabelecimentos e alunos no Ensino Secundário (2009/2010)<br />

Quadro 52<br />

Alunos a frequentar a Escola Profissional <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> por ano escolar (2009/2010)<br />

Quadro 53<br />

Oferta educativa e formativa (2009/2010)<br />

Quadro 54<br />

A perspectiva das freguesias (2010)<br />

Gráfico 1<br />

Taxas <strong>de</strong> Crescimento Efectivo, Natural e Migratório no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> (2001 – 2009)<br />

Gráfico 2<br />

Famílias Clássicas por dimensão (2001)<br />

Gráfico 3<br />

Índice <strong>de</strong> renovação da população em ida<strong>de</strong> activa (2001 – 2009)<br />

Gráfico 4<br />

Desemprego registado (2006 – 2010)<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

x


Gráfico 5<br />

Desemprego registado segundo o sexo dos <strong>de</strong>sempregados (2006 – 2010)<br />

Gráfico 6<br />

Desemprego registado segundo o tempo <strong>de</strong> inscrição (2006 – 2010)<br />

Gráfico 7<br />

Desemprego registado segundo a situação face à procura <strong>de</strong> emprego (2006 – 2010)<br />

Gráfico 8<br />

Desemprego registado segundo o grupo etário (2006 – 2010)<br />

Gráfico 9<br />

Desemprego registado segundo o nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> (2006 – 2010)<br />

Gráfico 10<br />

CPCJ - evolução processual (1999 a 2009)<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

xi


Introdução<br />

O presente documento, intitulado Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, resulta <strong>de</strong> uma dinâmica <strong>de</strong><br />

colaboração entre a empresa Logframe – Consultoria e Formação, Lda. e a Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, coor<strong>de</strong>nada<br />

pela Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>.<br />

O documento que agora se apresenta encerra em si mesmo uma natureza inacabada, dinâmica e <strong>de</strong><br />

permanente actualização com novos inputs, oriundos das constantes diligências levadas a cabo pelos<br />

stakehol<strong>de</strong>rs locais no sentido <strong>de</strong> melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida das pessoas e famílias resi<strong>de</strong>ntes e<br />

trabalhadoras no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>. Não obstante esta natureza dinâmica, existem produtos e momentos <strong>de</strong><br />

registo que traduzem marcos importantes no processo <strong>de</strong> planeamento da intervenção social local,<br />

constituindo este documento um <strong>de</strong>sses produtos <strong>de</strong> referência.<br />

O Diagnóstico Social <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> é, essencialmente, um documento <strong>de</strong> trabalho que <strong>de</strong>ve fundamentar a<br />

intervenção social futura da Re<strong>de</strong> Social e dos seus parceiros e que estará, certamente, na origem no Plano<br />

<strong>de</strong> Desenvolvimento Social, que será elaborado durante o segundo semestre <strong>de</strong> 2010. Simultaneamente,<br />

importa salientar o facto <strong>de</strong>ste documento estar em consonância com outros documentos <strong>de</strong> natureza<br />

semelhante (diagnóstico) que estão a ser gizados no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> e dos quais se <strong>de</strong>stacam, pela<br />

inequívoca importância e centralida<strong>de</strong>, os estudos que fundamentam o PECA – Plano Estratégico do<br />

Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>. Em termos processuais, o Diagnóstico Social é produto <strong>de</strong> uma triangulação <strong>de</strong><br />

informação resultante, por um lado e em primeira mão, dos contributos dos diversos stakehol<strong>de</strong>rs locais que<br />

foram mobilizados para este processo e, por outro lado, <strong>de</strong> um conjunto alargado <strong>de</strong> indicadores que foram<br />

recolhidos junto dos parceiros do CLAS <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, bem como junto <strong>de</strong> diversas fontes estatísticas oficiais. A<br />

abordagem implementada foi eminentemente participativa, valorizando a experiência dos profissionais que<br />

mais próximo estão das pessoas, dos seus problemas e das instituições e organismos locais (públicos e<br />

privados) que <strong>de</strong>senvolvem trabalho directo com os principais <strong>de</strong>stinatários das intervenções sociais no<br />

concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>. Este princípio <strong>de</strong> participação e envolvimento dos stakehol<strong>de</strong>rs locais teve tradução<br />

directa nos diferentes momentos <strong>de</strong>ste processo <strong>de</strong> diagnóstico em que foram convidados a participar. Neste<br />

contexto, foram dinamizados diversos workshops temáticos <strong>de</strong> âmbito concelhio, que procuraram mobilizar o<br />

maior número <strong>de</strong> actores locais e recolher o máximo <strong>de</strong> perspectivas e leituras da realida<strong>de</strong> social do<br />

concelho. E, nesse sentido, po<strong>de</strong> assumir-se este processo, como <strong>de</strong> inegável sucesso.<br />

Sabendo que este é um processo sempre em construção, e que nenhum documento ou procedimento está<br />

isento <strong>de</strong> lacunas, estamos convictos que a auscultação <strong>de</strong> um leque muito diversificado <strong>de</strong> actores locais<br />

nos dá o conforto <strong>de</strong> saber que tudo foi feito para conseguir uma perspectiva multidisciplinar e o mais<br />

próxima da realida<strong>de</strong> local. Neste sentido, estamos em crer que este é um instrumento capaz <strong>de</strong> sustentar<br />

um planeamento eficaz para a intervenção social, a curto e médio prazo no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 1


Enquadramento programático<br />

O conceito <strong>de</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> organizações<br />

O conceito <strong>de</strong> re<strong>de</strong>, não sendo um termo novo no léxico político e científico, surgiu no final do século XX<br />

como um conceito bastante atractivo, quer para políticos quer para cientistas sociais (geógrafos, sociólogos,<br />

politólogos, economistas, entre outros).<br />

De facto, vivemos numa fase <strong>de</strong> profunda alteração do papel do Estado e da própria Socieda<strong>de</strong> Civil, na forma<br />

como estes dois componentes do binómio Estado-Socieda<strong>de</strong> se relacionam entre si.<br />

A emergência <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s inter-organizacionais <strong>de</strong> base local está associada a um conjunto <strong>de</strong> fenómenos<br />

sociais, dos quais se <strong>de</strong>stacam o <strong>de</strong>clínio das capacida<strong>de</strong>s do Estado, nomeadamente no que se pren<strong>de</strong> com<br />

os seus recursos financeiros, durante as últimas décadas do século XX. Aliado a esta realida<strong>de</strong>, surge ainda<br />

um novo contexto <strong>de</strong>mográfico, <strong>de</strong> envelhecimento populacional e não reposição das gerações, o que acarreta<br />

em si mesmo, implicações financeiras <strong>de</strong>sconhecidas para o Estado até então.<br />

Também a globalização, enquanto processo e resultado, acarretou <strong>de</strong>safios claros aos Estados apelando,<br />

mais uma vez, à sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação a novos contextos externos, fortemente voláteis e incertos. Os<br />

instrumentos tradicionais <strong>de</strong> gestão e controlo parecem apresentar dificulda<strong>de</strong>s evi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> ajuste a este<br />

novo contexto, on<strong>de</strong> o tempo e o espaço são fortemente relativizados pelas Tecnologias <strong>de</strong> Informação (TI),<br />

pelos novos meios <strong>de</strong> comunicação e transporte, pelos mercados únicos, pela abertura <strong>de</strong> fronteiras, entre<br />

outros factores.<br />

Paralelamente a estes fenómenos outros irromperam, <strong>de</strong>signadamente:<br />

• A crescente preocupação com as questões ambientais, e que teve como consequência o aumento da<br />

pressão sobre o Estado no sentido <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar o impacte ambiental da legislação produzida, das<br />

políticas <strong>de</strong>senhadas e dos projectos implementados (sobretudo os projectos <strong>de</strong> investimento);<br />

• As mudanças tecnológicas potenciadoras <strong>de</strong> formas inovadoras <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho e implementação <strong>de</strong><br />

políticas públicas mais interactivas e <strong>de</strong> novos métodos <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços (como por exemplo<br />

o governo electrónico);<br />

• O crescente po<strong>de</strong>r dos media, traduzido em novas formas <strong>de</strong> escrutínio e validação <strong>de</strong> políticas<br />

públicas e novas formas <strong>de</strong> mobilização social;<br />

• As percepções mais exigentes sobre os mínimos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida humana, com especial<br />

enfoque nos grupos mais vulneráveis ou temáticas mais sensíveis (pobreza infantil, violência<br />

doméstica, processos <strong>de</strong> envelhecimento, direitos das pessoas com mobilida<strong>de</strong>, orientação e<br />

comunicação condicionadas, etc.);<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 2


• A perda <strong>de</strong> influência das fontes tradicionais <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong> e controlo social, e a mudança <strong>de</strong><br />

significado e <strong>de</strong> forma das instituições até então centrais na Socieda<strong>de</strong>, como a família e a classe<br />

social;<br />

• A insistência na necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> novos níveis <strong>de</strong> accountability (obrigação <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r pelas<br />

acções e resultados correspon<strong>de</strong>ntes) e transparência públicas;<br />

• A mudança <strong>de</strong> expectativas sobre a qualida<strong>de</strong> e adaptabilida<strong>de</strong> dos serviços públicos, potenciada<br />

pelos já mencionados processos <strong>de</strong> globalização, que facilitaram o contacto com outras realida<strong>de</strong>s<br />

sociais proporcionando, por essa via, novas possibilida<strong>de</strong>s e termos <strong>de</strong> comparação.<br />

Os <strong>de</strong>safios surgem também ao nível da crescente complexida<strong>de</strong> dos fenómenos sociais, a qual exige novas<br />

formas <strong>de</strong> conhecimento especializado, tornando o Estado mais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> fontes externas <strong>de</strong><br />

informação. Na fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento societal imediatamente anterior, o Estado estava essencialmente<br />

preocupado com questões associadas à distribuição e redistribuição; actualmente, vê-se forçado a <strong>de</strong>bater<br />

outro tipo <strong>de</strong> assuntos, ditos “pós-materiais”, dos quais são exemplo a protecção da natureza, a eficiência<br />

energética, a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s ou a temática da multiculturalida<strong>de</strong>, para os quais necessita <strong>de</strong><br />

contratualizar conhecimento externo sendo, mais uma vez, forçado a intensificar as suas relações com os<br />

sectores privado e social.<br />

Da conjugação <strong>de</strong> todos estes factores, resulta uma clara necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> novas i<strong>de</strong>ias sobre o envolvimento<br />

da Socieda<strong>de</strong> e do sector privado nos processos <strong>de</strong> governação. A resposta a esta necessida<strong>de</strong> tem-se<br />

traduzido numa mudança das relações entre estes actores e o Estado, no crescimento <strong>de</strong> instrumentos<br />

políticos menos coercivos, numa maior articulação <strong>de</strong> interesses colectivos e na coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> novos<br />

actores sociais (contexto multi-stakehol<strong>de</strong>r).<br />

A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> novas formas <strong>de</strong> governança pública advém, ainda, <strong>de</strong> um outro conjunto <strong>de</strong> factores, estes<br />

marcadamente políticos, cuja importância e complexida<strong>de</strong>, justifica que sejam mencionados isoladamente<br />

nesta reflexão: a crítica ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> governança baseado numa <strong>de</strong>mocracia representativa. Esta crítica<br />

assenta em diversas variáveis, <strong>de</strong>signadamente:<br />

• Dimensão e consequente peso, inércia e ineficiência <strong>de</strong> muitas das estruturas da <strong>de</strong>mocracia<br />

representativa;<br />

• Afastamento das estruturas dos cidadãos que representam e servem, motivado, em gran<strong>de</strong> parte,<br />

pelas suas dimensões que, para alguns críticos, são insustentáveis. Neste contexto, argumenta-se<br />

que os cidadãos encontram claras dificulda<strong>de</strong>s em influenciar as políticas ou colocar <strong>de</strong>terminados<br />

assuntos na agenda. Aliada a esta dificulda<strong>de</strong>, surge um sentimento <strong>de</strong> não-representativida<strong>de</strong>, ou<br />

seja, os cidadãos ten<strong>de</strong>m a não se rever nas soluções políticas propostas por aqueles que elegeram.<br />

Resultante dos problemas gerados no seio do sistema representativo, emergem três gran<strong>de</strong>s mudanças no<br />

po<strong>de</strong>r político e que marcam, também elas, in<strong>de</strong>levelmente os novos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> governança pública. Por um<br />

lado, tem-se assistido a uma significativa <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competências e responsabilida<strong>de</strong>s da Administração<br />

Central para a Administração Local, tornando esta última potencialmente mais atractiva para outros<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 3


stakehol<strong>de</strong>rs da Socieda<strong>de</strong> Civil; por outro lado, tem-se assistido a uma transferência <strong>de</strong> diversos po<strong>de</strong>res<br />

nacionais para organizações supranacionais, das quais a União Europeia é o exemplo mais “próximo” <strong>de</strong> nós.<br />

Por fim, uma última alteração, já não ao nível da transferência <strong>de</strong> competências no sentido vertical, mas no<br />

sentido horizontal, <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro para fora, isto é, com organizações não estatais o que tem favorecido a<br />

emergência <strong>de</strong> um conjunto muito significativo <strong>de</strong> novas organizações da socieda<strong>de</strong> civil (ONG, IPSS, etc.) e<br />

<strong>de</strong> novos movimentos sociais. Todas estas transformações no po<strong>de</strong>r político e na estrutura organizacional do<br />

Estado, têm vindo a facilitar novos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> governança pública, dos quais as re<strong>de</strong>s inter-organizacionais<br />

são exemplos paradigmáticos.<br />

Estes processos <strong>de</strong> mutação social têm uma tradução directa nos processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento local.<br />

Os contextos locais assumem hoje um papel fundamental nos processos macro-económicos, na medida em<br />

que se apresentam como os locais on<strong>de</strong> os fluxos económicos se con<strong>de</strong>nsam, <strong>de</strong>scodificam e intensificam e<br />

on<strong>de</strong> é possível associar actores e problemáticas.<br />

De facto, o papel estratégico que os contextos locais <strong>de</strong>sempenham no ambiente económico é indiscutível,<br />

afirmando-se cada vez mais como o lugar da globalização. Torna-se interessante verificar que o espectro da<br />

sua atractivida<strong>de</strong> ten<strong>de</strong> a ampliar-se, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo o <strong>de</strong>senvolvimento económico das comunida<strong>de</strong>s locais<br />

cada vez mais dos seus capitais institucional, social e humano da paisagem organizacional (e a forma como<br />

eles se complementam e se articulam entre si), não <strong>de</strong>scurando no entanto, as questões infra-estruturais.<br />

Esta ampliação <strong>de</strong> enfoque é, ainda, corroborada pela forma como os governos locais enten<strong>de</strong>m a gestão das<br />

suas instituições, apostando progressivamente numa abordagem <strong>de</strong> inovação (<strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir e introduzir<br />

novas activida<strong>de</strong>s), a par da tradicional abordagem racionalista.<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento local <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>, não apenas do <strong>de</strong>sempenho económico-financeiro <strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong>,<br />

mas também da sua capacida<strong>de</strong> em manter elevados níveis <strong>de</strong> eficiência sem pôr em causa os seus sistemas<br />

ambiental e social, segundo uma perspectiva <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong> inter-geracional e <strong>de</strong> justiça social. Estes<br />

sistemas encerram em si <strong>de</strong>safios importantes ao nível da biodiversida<strong>de</strong>, da redução da pegada ecológica <strong>de</strong><br />

cada comunida<strong>de</strong>, da regeneração urbana em termos do edificado, dos transportes, da segurança <strong>de</strong> pessoas<br />

e bens, da multiculturalida<strong>de</strong>, da integração social das minorias, da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s, etc.<br />

A gestão <strong>de</strong>ste triângulo do <strong>de</strong>senvolvimento local (eficiência económica, sustentabilida<strong>de</strong> ambiental e coesão<br />

social) encerra em si <strong>de</strong>safios concretos ao sistema político local e às <strong>de</strong>mocracias representativas que o<br />

suportam, fazendo repensar a participação dos cidadãos (organizada em grupos ou a título individual), nos<br />

processos <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão sobre os temas <strong>de</strong> interesse público.<br />

Estes três pilares do <strong>de</strong>senvolvimento urbano representam toda a complexida<strong>de</strong> e dinâmica dos sistemas<br />

sociais contemporâneos, e colocam a tónica na necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> repensar os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> governança urbana,<br />

entendida “… não só como o mero governo da cida<strong>de</strong>, mas como um sistema <strong>de</strong> relações entre instituições,<br />

organizações e indivíduos, que assegura as escolhas colectivas e a sua concretização.” (Ascher, 1998: 103),<br />

sistema este que facilite a criação <strong>de</strong> energia social e institucional, bem como uma diferente gestão dos<br />

processos <strong>de</strong> exercício do po<strong>de</strong>r local.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 4


Todavia, estas mudanças <strong>de</strong> enfoque não exigem necessariamente que se pensem novas estruturas<br />

governativas. Exigem, acima <strong>de</strong> tudo, que se repensem as relações entre as já existentes e se reconheça a<br />

fragmentação do governo dos territórios locais. Esta i<strong>de</strong>ia traduz a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma tripla capacida<strong>de</strong>: (i)<br />

a <strong>de</strong> integrar e dar forma às autorida<strong>de</strong>s locais na base da sua relação com a socieda<strong>de</strong> civil; (ii) a <strong>de</strong><br />

formular (planear) estratégias concertadas e co-responsabilizadas com o Estado, outras cida<strong>de</strong>s, outros<br />

níveis <strong>de</strong> governo e outros actores públicos e privados; (iii) a <strong>de</strong> adoptar novos métodos que complementem<br />

e/ou potenciem os tradicionais mecanismos <strong>de</strong> acção, tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e negociação, mais interactivos e<br />

flexíveis, e menos coercivos.<br />

Na nova governança dos territórios, as re<strong>de</strong>s inter-organizacionais ten<strong>de</strong>m a solucionar/minimizar os<br />

problemas <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação entre os elementos do trinómio, esbatendo fronteiras, optimizando recursos e, por<br />

essa via, contribuir activamente para a eficácia e eficiências das políticas públicas.<br />

A mais-valia das re<strong>de</strong>s inter-organizacionais é indiscutível. Não obstante, existem alguns limites ou, se<br />

quisermos, <strong>de</strong>safios que importam recensear. O primeiro diz respeito ao processo <strong>de</strong> adaptação, isto é, ao<br />

processo <strong>de</strong> integração <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r e tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão ten<strong>de</strong>ncialmente horizontais, em<br />

estruturas governativas tradicionalmente verticais e burocráticas. O segundo <strong>de</strong>safio pren<strong>de</strong>-se com a<br />

capacida<strong>de</strong> institucional das próprias estruturas da Administração: se a tradicional autorida<strong>de</strong> hierárquica<br />

obteve os seus resultados no passado, actualmente, e tendo em conta a natureza transversal dos problemas<br />

aos quais os governos locais preten<strong>de</strong>m dar resposta, há que encontrar novas formas <strong>de</strong> gestão da coisa<br />

pública que garantam significativos níveis <strong>de</strong> eficácia e eficiência. Ou seja, existe um claro <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> reforço<br />

da capacida<strong>de</strong> institucional dos governos locais que passa, entre outras estratégias, pela captação <strong>de</strong><br />

recursos (tangíveis e simbólicos) exógenos à sua própria organização.<br />

O conceito <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> institucional importa ser discutido não apenas à luz da estrutura administrativa,<br />

mas também à luz da paisagem organizacional <strong>de</strong> uma dada comunida<strong>de</strong>. De facto, quando se aborda o<br />

tema das re<strong>de</strong>s inter-organizacionais, não se <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>scurar a capacida<strong>de</strong> institucional instalada, bem como a<br />

capacida<strong>de</strong> para a acção dos diferentes actores sociais.<br />

Decorrente do <strong>de</strong>scrito, surge o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> capacitar, por via do empowerment institucional, as comunida<strong>de</strong>s<br />

locais para a acção, para o pensamento estratégico e para a colaboração/cooperação entre si. Se é<br />

necessida<strong>de</strong> e objectivo encontrar novas formas <strong>de</strong> gerir as relações entre estado e socieda<strong>de</strong> e assim<br />

potenciar o <strong>de</strong>senvolvimento dos territórios e das suas comunida<strong>de</strong>s, é então incontornável que a paisagem<br />

organizacional seja dinâmica, <strong>de</strong>nsa e capaz <strong>de</strong> agir.<br />

Uma outra questão que importa salientar diz respeito à transparência, credibilida<strong>de</strong> e, mais uma vez,<br />

accountability do processo <strong>de</strong> governança dos territórios. Já foi referido que este <strong>de</strong>safio se coloca <strong>de</strong> forma<br />

bastante acutilante aos governos locais, mas não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> se colocar, igualmente, aos <strong>de</strong>mais actores sociais,<br />

os quais <strong>de</strong>vem trabalhar estas questões, do ponto <strong>de</strong> vista interno da sua cultura organizacional, <strong>de</strong> forma a<br />

potenciar a sua participação nos processos <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão sobre assuntos do foro colectivo. Remete,<br />

ainda, para um outro aspecto, o da inovação organizacional, no sentido <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver novos métodos e<br />

procedimentos operacionais <strong>de</strong> forma a respon<strong>de</strong>r e potenciar problemas e oportunida<strong>de</strong>s que são<br />

complexos, dinâmicos e transversais.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 5


Associado a esta questão está um outro <strong>de</strong>safio que se pren<strong>de</strong> com a <strong>de</strong>scentralização <strong>de</strong> competências e <strong>de</strong><br />

recursos da Administração Central para a Local, segundo uma perspectiva <strong>de</strong> subsidiarieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> reforço do<br />

papel da Administração Local no <strong>de</strong>senvolvimento urbano.<br />

Neste contexto <strong>de</strong> complexos e dinâmicos <strong>de</strong>safios, o estabelecimento <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s inter-organizacionais entre<br />

governos locais, e entre estes e actores da socieda<strong>de</strong> civil e do tecido empresarial, afigura-se como<br />

extremamente interessante e apelativo, na medida em que promove e facilita:<br />

• A inovação na gestão pública (procedimentos, produtos e serviços);<br />

• A flexibilida<strong>de</strong> das intervenções;<br />

• A co-responsabilização sobre os resultados.<br />

A emergência <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s inter-organizacionais é algo incontornável no sistema político contemporâneo,<br />

constituindo oportunida<strong>de</strong>s reais <strong>de</strong> colaboração (formal ou informal) entre diversos actores envolvidos nos<br />

processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento dos territórios e <strong>de</strong> governança dos mesmos.<br />

Esta realida<strong>de</strong>, que se prevê reforçada no futuro, advém <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> vantagens oriundas da utilização<br />

<strong>de</strong>stes instrumentos <strong>de</strong> governança pública:<br />

• Especialização: já que permite que cada organização envolvida se focalize na sua missão, <strong>de</strong>ixando<br />

aos <strong>de</strong>mais o cumprimento das suas;<br />

• Inovação: pelo facto <strong>de</strong> as parcerias permitirem aos governos locais a exploração <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong><br />

alternativas <strong>de</strong> política e intervenção, baseadas na varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> parceiros envolvidos. As parcerias<br />

facilitam, igualmente, processos <strong>de</strong> experimentação <strong>de</strong> novas soluções, imprescindíveis à inovação;<br />

• Rapi<strong>de</strong>z e flexibilida<strong>de</strong>: pois é possível ultrapassar constrangimentos processuais <strong>de</strong> cariz<br />

burocrático, nomeadamente ao nível do tempo <strong>de</strong> resposta e da gestão <strong>de</strong> recursos (humanos,<br />

financeiros, etc.);<br />

• Alargamento do alcance da intervenção: facilitando a cooperação interterritorial, ultrapassando<br />

fronteiras político-administrativas.<br />

Este futuro auspicioso da estrutura <strong>de</strong> re<strong>de</strong>, em termos abstractos, <strong>de</strong>corre do facto <strong>de</strong> esta se assumir como<br />

um verda<strong>de</strong>iro instrumento <strong>de</strong> política, quer para governos nacionais quer para governos locais. As re<strong>de</strong>s<br />

inter-organizacionais são o garante, em muitos casos, <strong>de</strong> melhores processos <strong>de</strong> planeamento (estratégico e<br />

operacional), bem como <strong>de</strong> implementações mais eficazes das políticas públicas locais.<br />

O Programa Re<strong>de</strong> Social<br />

O Programa Re<strong>de</strong> Social foi concebido pelo governo português à data <strong>de</strong> 1997, formalizado através da<br />

Resolução <strong>de</strong> Conselho <strong>de</strong> Ministros (RCM) 197/97 <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Novembro, e enquadra os conceitos <strong>de</strong> re<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>scritos no ponto anterior. Mais, o Programa assume um contexto societal pós-mo<strong>de</strong>rno, marcado por um<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 6


novo entendimento dos processos <strong>de</strong> mudança e <strong>de</strong>senvolvimento social (<strong>de</strong>scrito no ponto anterior),<br />

traduzido no conceito <strong>de</strong> “socieda<strong>de</strong> em re<strong>de</strong>” <strong>de</strong> Manuel Castells, e tendo por base o teorema gid<strong>de</strong>nesiano<br />

da dualida<strong>de</strong> da estrutura.<br />

Esta RCM <strong>de</strong>signa por Re<strong>de</strong> Social “… o conjunto das diferentes formas <strong>de</strong> entreajuda, bem como das<br />

entida<strong>de</strong>s particulares sem fins lucrativos e dos organismos públicos que trabalham no domínio da acção<br />

social e articulam entre si e com o governo a respectiva actuação, com vista à erradicação ou atenuação da<br />

pobreza e exclusão social e à promoção do <strong>de</strong>senvolvimento social”, alicerçando o conceito na “… tradição<br />

secular <strong>de</strong> entreajuda familiar e <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> mais alargada” do país.<br />

Tendo por base a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong>scrita, o Programa procura estimular a manifestação <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s locais <strong>de</strong> cooperação<br />

(<strong>de</strong> base concelhia ou intraconcelhia e supra concelhia 1 ), que reconheçam a multidimensionalida<strong>de</strong> dos<br />

fenómenos, a complementarida<strong>de</strong> entre os sectores público e privado, e promovam a participação activa das<br />

populações e seus representantes nos processos <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão sobre o <strong>de</strong>senvolvimento local. Deste<br />

modo, estas re<strong>de</strong>s locais <strong>de</strong>vem estar aptas a:<br />

• Unir os esforços das diversas organizações com intervenção na esfera social, <strong>de</strong> modo a obter ganhos<br />

sinergéticos;<br />

• Alinhar meios, procedimentos e agentes <strong>de</strong> resposta a nível local;<br />

• Rentabilizar os recursos endógenos aos territórios e, por conseguinte, às organizações que neles<br />

operam e às populações que neles habitam (ou trabalham);<br />

• Promover inovações na concretização das políticas sociais;<br />

• Fomentar relações <strong>de</strong> confiança e partilha com proveitos e mais-valias para todas as partes.<br />

Estes objectivos traduzem o reconhecimento da impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar <strong>de</strong> forma fragmentada, não<br />

coor<strong>de</strong>nada e, acima <strong>de</strong> tudo, não participada e o <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> reforços, recursos e sinergias dos actores<br />

sociais quando se <strong>de</strong>senvolvem acções isoladas. De modo a dar cumprimento a estes objectivos, o Programa<br />

privilegia um conjunto <strong>de</strong> princípios orientadores, a saber:<br />

Princípio da Integração<br />

Este princípio chama a atenção para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma actuação conjunta entre as diferentes<br />

organizações que operam num dado território, bem como entre os três gran<strong>de</strong>s pilares do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento territorial (economia, ambiente e social).<br />

“O <strong>de</strong>safio que se coloca à Re<strong>de</strong> Social é o <strong>de</strong> se ser capaz <strong>de</strong> integrar as várias medidas <strong>de</strong> política e os<br />

instrumentos existentes ao nível dos vários sectores numa acção concertada e coerente <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento local.” (www.seg-social.pt/re<strong>de</strong>social)<br />

1<br />

A este propósito, ver Decreto-Lei 115/2006, <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> Junho.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 7


Princípio da Articulação<br />

Este princípio <strong>de</strong>corre do primeiro e concretiza a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> articular a intervenção dos diferentes<br />

actores locais que operam num mesmo território, <strong>de</strong> forma horizontal, simplificada, participada e coresponsável.<br />

“Em consonância com este princípio, a Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong>ve constituir um suporte da acção, permitir criar<br />

sinergias entre os recursos e as competências existentes na comunida<strong>de</strong>, fornecer uma logística comum<br />

aos diferentes parceiros e contribuir para a promoção <strong>de</strong> projectos.” (www.seg-social.pt/re<strong>de</strong>social)<br />

Princípio da Subsidiarieda<strong>de</strong><br />

O princípio da subsidiarieda<strong>de</strong> traduz uma i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> proximida<strong>de</strong> às populações, aos seus problemas,<br />

aos seus recursos e às suas capacida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> modo a envolver os <strong>de</strong>stinatários das intervenções na<br />

<strong>de</strong>finição do seu próprio processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, <strong>de</strong> modo a obter ganhos efectivos em termos <strong>de</strong><br />

eficácia, eficiência e impacte das medidas.<br />

“A aplicação <strong>de</strong>ste princípio implica que só <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> serem explorados os recursos e competências<br />

locais, é que se <strong>de</strong>verá apelar para outros níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão sucessivamente superiores <strong>de</strong> resolução dos<br />

problemas.” (www.seg-social.pt/re<strong>de</strong>social)<br />

Princípio da Inovação<br />

Este princípio representa o reconhecimento do tipo <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong> actual, caracterizada pela volatilida<strong>de</strong> e<br />

por um ritmo <strong>de</strong> mudança sem prece<strong>de</strong>ntes na história da Humanida<strong>de</strong>, o que acarreta novas<br />

exigências às organizações e aos indivíduos, no sentido <strong>de</strong> se adaptarem e criarem repostas<br />

organizacionais inovadoras, e em conformida<strong>de</strong> com estas exigências.<br />

“Ao apostar na <strong>de</strong>scentralização da intervenção social e na responsabilização conjunta dos agentes<br />

locais, no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma nova forma <strong>de</strong> parceria estratégica baseada numa ampla <strong>de</strong>mocracia<br />

participativa e no planeamento intersectorial da intervenção social local, a Re<strong>de</strong> Social coloca-se na<br />

vanguarda do processo <strong>de</strong> inovação da intervenção social e da transformação <strong>de</strong> mentalida<strong>de</strong>s.”<br />

(www.seg-social.pt/re<strong>de</strong>social)<br />

Princípio da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género<br />

O planeamento e a intervenção integram a dimensão <strong>de</strong> género quer nas medidas e acções, quer na<br />

avaliação do impacte. O Decreto-Lei 115/2006, <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> Junho, refere explicitamente a introdução da<br />

dimensão <strong>de</strong> género no Programa da Re<strong>de</strong> Social, enquanto princípio orientador da intervenção e factor<br />

<strong>de</strong>terminante do <strong>de</strong>senvolvimento local. Ainda segundo o mesmo texto, é recomendado que as Re<strong>de</strong>s<br />

Sociais <strong>de</strong>senvolvam, no seu processo <strong>de</strong> planeamento estratégico <strong>de</strong> base concelhia, uma articulação<br />

estreita com o Plano Nacional para a Igualda<strong>de</strong> (PNI), traduzindo a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pensar que a<br />

socieda<strong>de</strong> portuguesa é constituída por homens e mulheres, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente dos grupos sociais <strong>de</strong><br />

pertença.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 8


No plano metodológico, o Programa situa-se no quadro <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas formas <strong>de</strong> pensar a<br />

intervenção social, ten<strong>de</strong>ndo à superação <strong>de</strong>finitiva do paradigma assistencialista, com as suas lógicas <strong>de</strong><br />

intervenção centradas em situações pontuais e individualizadas.<br />

Correspon<strong>de</strong>ndo ao reconhecimento do carácter multidimensional das situações <strong>de</strong> pobreza e exclusão<br />

social, algumas i<strong>de</strong>ias têm vindo progressivamente a impor-se, <strong>de</strong>signadamente a co-responsabilização do<br />

Estado e da Socieda<strong>de</strong> Civil no combate dos fenómenos <strong>de</strong> pobreza e exclusão, traduzida no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> culturas <strong>de</strong> parceria e <strong>de</strong> trabalho em re<strong>de</strong> e <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social.<br />

É com base nesta perspectiva que é proposto aos concelhos que implementam o Programa que concretizem<br />

os seguintes produtos:<br />

• Formalização das estruturas <strong>de</strong> parcerias: Conselhos Locais <strong>de</strong> Acção Social (CLAS) e Comissões<br />

Sociais <strong>de</strong> Freguesia (CSF) ou Comissões Sociais Inter Freguesias (CSIF)<br />

Os CLAS e as CSF/CSIF são as formas organizativas que materializam a Re<strong>de</strong> Social, enquanto plataformas<br />

<strong>de</strong> planeamento e coor<strong>de</strong>nação da intervenção social, respectivamente, a nível concelhio e a nível <strong>de</strong><br />

freguesia. Estas estruturas <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são livre (remete para o aspecto funcional das re<strong>de</strong>s no que se refere à<br />

vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são e permanência), são formalizadas através <strong>de</strong> Regulamentos Internos próprios e<br />

autónomos, que <strong>de</strong>vem no entanto contemplar os princípios e orientações gerais do Programa. Quanto à sua<br />

natureza, ambos os órgãos não possuem personalida<strong>de</strong> jurídica, assumindo a figura <strong>de</strong> órgãos <strong>de</strong><br />

concertação entre os seus membros.<br />

• Diagnóstico Social e Sistema <strong>de</strong> Informação Local<br />

A elaboração do diagnóstico concorre para um maior conhecimento dos recursos existentes (endógenos e<br />

exógenos) e das capacida<strong>de</strong>s dos territórios, para o recenseamento dos problemas, o esclarecimento das<br />

carências, a <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s e as estratégias a adoptar.<br />

O <strong>de</strong>senho e implementação <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> informação local apoia-se no trabalho <strong>de</strong>senvolvido para<br />

elaborar o diagnóstico social. Trata-se <strong>de</strong> construir um sistema <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> informação permanente que<br />

permita a actualização periódica do conhecimento da realida<strong>de</strong> social nas freguesias e no concelho, servindo<br />

<strong>de</strong> base à actualização e aprofundamento do diagnóstico social.<br />

• Plano <strong>de</strong> Desenvolvimento Social (PDS)<br />

Estes planos <strong>de</strong>senvolvem-se a partir dos diagnósticos elaborados e da consequente <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s<br />

e linhas estratégicas para a intervenção local. Devem apoiar-se nas forças e recursos endógenos existentes,<br />

<strong>de</strong>vendo focalizar-se na utilização <strong>de</strong>sses mesmos recursos.<br />

A elaboração do PDS <strong>de</strong>ve ser um processo participado, negociado e contratualizado entre os parceiros,<br />

assim como o processo <strong>de</strong> elaboração do diagnóstico social. Desta forma, garante-se a representação <strong>de</strong><br />

sensibilida<strong>de</strong>s diversificadas quanto aos problemas e objectivos em presença e, por outro lado, assegura-se a<br />

viabilida<strong>de</strong> e concretização do plano.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 9


É, <strong>de</strong>sta forma, possível aumentar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação e resolução <strong>de</strong> problemas, gerando<br />

respostas concretas, incrementar o número <strong>de</strong> projectos locais com base na reunião <strong>de</strong> recursos e<br />

capacida<strong>de</strong>s das organizações, melhorar os níveis <strong>de</strong> participação dos <strong>de</strong>stinatários dos programas e<br />

projectos <strong>de</strong> intervenção social que lhes dizem respeito, numa lógica <strong>de</strong> empowerment (individual, colectivo e<br />

organizacional).<br />

• Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> articulação entre as parcerias existentes no território concelhio<br />

Este mo<strong>de</strong>lo tem por objectivo equacionar propostas locais <strong>de</strong> articulação entre as parcerias que já existem<br />

no terreno, assumindo a Re<strong>de</strong> Social o papel <strong>de</strong> parceria-chapéu. Este <strong>de</strong>safio preten<strong>de</strong> dar resposta ao<br />

problema da multiplicação <strong>de</strong> parcerias <strong>de</strong> diversos âmbitos no plano local, as quais por vezes contribuem<br />

para a multiplicação <strong>de</strong> reuniões e para a dispersão <strong>de</strong> esforços dos técnicos das várias entida<strong>de</strong>s. Este<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>verá ter como impactes: (i) rentabilização da acção dos agentes locais pertencentes às diferentes<br />

entida<strong>de</strong>s locais com intervenção social; (ii) transformação da cultura e práticas dos serviços e instituições<br />

locais, no sentido <strong>de</strong> uma maior transparência e da abertura às outras entida<strong>de</strong>s e às populações. Esta<br />

articulação <strong>de</strong>verá traduzir-se, ainda, numa simbiose entre instrumentos <strong>de</strong> planeamento local (PDM, Plano<br />

Estratégico, etc.) e nacional (PNAI, PNI, Plano Nacional <strong>de</strong> Emprego, Plano Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, etc.), com<br />

vista à promoção das dinâmicas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento local.<br />

A Estratégia Nacional <strong>de</strong> Protecção Social e Inclusão Social (ENPSIS) e o Plano Nacional <strong>de</strong> Acção para<br />

a Inclusão (PNAI)<br />

O Plano Nacional <strong>de</strong> Acção para a Inclusão (PNAI), inserido na Estratégia Nacional para a Protecção Social e<br />

Inclusão Social 2008-2010, apresenta uma estratégia global assente na análise do contexto socioeconómico e<br />

dos seus reflexos sobre a pobreza e a exclusão social, o que conduziu à <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s políticas <strong>de</strong><br />

intervenção, com vista à concretização <strong>de</strong> objectivos comuns europeus. Esta <strong>de</strong>finição teve por base um<br />

diagnóstico nacional que salienta seis gran<strong>de</strong>s riscos que afectam fortemente a inclusão em Portugal:<br />

• Pobreza infantil e pobreza dos idosos;<br />

• Insucesso escolar e abandono escolar precoce;<br />

• Baixos níveis <strong>de</strong> qualificação;<br />

• Participação diminuta em acções <strong>de</strong> aprendizagem ao longo da vida;<br />

• Info-exclusão;<br />

• Desigualda<strong>de</strong>s e discriminação no acesso aos direitos das pessoas com <strong>de</strong>ficiência e dos imigrantes.<br />

Decorrente <strong>de</strong>stes riscos, foram consagradas três priorida<strong>de</strong>s nacionais <strong>de</strong> política:<br />

<br />

Combate à pobreza dos idosos e das crianças, através <strong>de</strong> medidas que assegurem os seus direitos<br />

básicos sociais <strong>de</strong> cidadania;<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 10


Correcção das <strong>de</strong>svantagens na educação, formação e qualificação;<br />

Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ultrapassar as discriminações, reforçando a integração das pessoas com <strong>de</strong>ficiência e<br />

dos imigrantes.<br />

Sendo a Re<strong>de</strong> Social consi<strong>de</strong>rada como o instrumento por excelência da operacionalização do PNAI, por<br />

congregar as diferentes políticas sociais que visam a promoção do <strong>de</strong>senvolvimento social, preten<strong>de</strong>u-se na<br />

elaboração do Diagnóstico Social, conhecer as priorida<strong>de</strong>s do PNAI ao nível do concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>.<br />

Por conseguinte, <strong>de</strong>finiram-se como áreas temáticas a incluir no Diagnostico Social <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>:<br />

• Crianças e Jovens • Imigração e Minorias Étnicas<br />

• Idosos • Pessoas sem-abrigo<br />

• Deficiência • Educação e Formação<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 11


Metodologia<br />

A metodologia seleccionada e <strong>de</strong>senvolvida para o processo <strong>de</strong> Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

procurou articular objectivos claros <strong>de</strong> rigor e exactidão da informação, com objectivos <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> e<br />

participação alargada por parte dos vários stakehol<strong>de</strong>rs envolvidos nos processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento social<br />

local.<br />

A escolha <strong>de</strong> métodos e técnicas, articulados e consequentes, que permitam cumprir os referidos objectivos<br />

foi um <strong>de</strong>safio, que foi possível superar através <strong>de</strong> uma colaboração estreita entre a equipa técnica <strong>de</strong><br />

diagnóstico da Logframe e o Núcleo Executivo (NE) do CLASA (Conselho Local <strong>de</strong> Acção Social <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>).<br />

Assim sendo, a opção metodológica assumida e que conduziu aos resultados constantes neste documento,<br />

teve por gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sígnios assegurar que o CLAS <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> no seu conjunto, mas também cada entida<strong>de</strong><br />

parceira a título particular, pu<strong>de</strong>sse contar com:<br />

• Um documento <strong>de</strong> planeamento coerente com as políticas e estratégias nacionais na área da<br />

intervenção social;<br />

• Um diagnóstico resultante da reflexão conjunta dos stakehol<strong>de</strong>rs locais, no qual todos se<br />

revejam e que traduza as diferentes sensibilida<strong>de</strong>s locais;<br />

• Um instrumento útil e utilizável em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> candidaturas a programas e medidas <strong>de</strong><br />

financiamento na área <strong>de</strong> intervenção em causa, nomeadamente em matéria <strong>de</strong> fundos<br />

comunitários (com especial enfoque para o Fundo Social Europeu – FSE e para o Fundo<br />

Europeu <strong>de</strong> Desenvolvimento Regional – FEDER).<br />

A opção recaiu, então, sobre um conjunto <strong>de</strong> métodos <strong>de</strong> cariz essencialmente qualitativos, que apelaram ao<br />

envolvimento real das pessoas com responsabilida<strong>de</strong>s directas ou indirectas no <strong>de</strong>senvolvimento social do<br />

concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>. Não obstante, existiu uma preocupação <strong>de</strong> completar a informação disponibilizada pelos<br />

stakehol<strong>de</strong>rs locais, com a informação quantitativa necessária (e disponível) para objectivar as percepções<br />

recolhidas.<br />

Por conseguinte, os instrumentos concretos <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> informação accionados foram os que se seguem:<br />

• 6 Workshops temáticos subordinados aos temas da: <strong>de</strong>ficiência, imigração e minorias<br />

étnicas, crianças e jovens, idosos e educação e formação;<br />

• 1 Workshop territorial com os presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Junta <strong>de</strong> Freguesia;<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 12


• Recolha, análise e síntese <strong>de</strong> informação quantitativa, obtida a partir <strong>de</strong> fontes nacionais<br />

oficiais (Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística, Instituto <strong>de</strong> Emprego e Formação Profissional,<br />

Ministérios diversos, etc.) e fontes locais;<br />

• Recolha, análise e síntese <strong>de</strong> informação quantitativa e qualitativa constante em vários<br />

documentos locais.<br />

A recolha <strong>de</strong> informação teve por base o seguinte enquadramento lógico:<br />

Área <strong>de</strong> intervenção – Problemas – Causas – Incidência territorial – Recursos<br />

A aplicação dos referidos instrumentos permitiu, num período <strong>de</strong> tempo relativamente reduzido, registar um<br />

conjunto alargado <strong>de</strong> informação sobre a realida<strong>de</strong> do concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> em matéria <strong>de</strong> intervenção social,<br />

<strong>de</strong> natureza diversa e oriunda <strong>de</strong> fontes também elas diversificadas, garantindo assim uma representação<br />

a<strong>de</strong>quada das sensibilida<strong>de</strong>s e posições em questão.<br />

Sendo certo que não existe uma solução única, nem a melhor solução, em processos reais <strong>de</strong>sta natureza,<br />

esta abordagem metodológica cumpre com os requisitos e recomendações do Programa Re<strong>de</strong> Social, teve em<br />

linha <strong>de</strong> conta os constrangimentos <strong>de</strong> tempo e recursos disponíveis, e assenta numa perspectiva dinâmica e<br />

progressiva <strong>de</strong> aprofundamento do conhecimento sobre a realida<strong>de</strong> local.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 13


Caracterização socio<strong>de</strong>mográfica<br />

do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

Dinâmica e distribuição populacionais<br />

O concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, se<strong>de</strong> do distrito <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> e parte integrante região do Baixo Vouga, registava em 2009<br />

um total <strong>de</strong> população resi<strong>de</strong>nte estimada <strong>de</strong> 72 919 indivíduos. Este valor representa um <strong>de</strong>créscimo<br />

populacional face ao momento censitário 2001 <strong>de</strong> -0,10%, traduzindo uma possível tendência <strong>de</strong> perda <strong>de</strong><br />

população resi<strong>de</strong>nte iniciada em 2006. Esta tendência é contrária à da região do Baixo Vouga, que cresceu<br />

no mesmo período 4,34 pontos percentuais (p.p.), à da região Centro que cresceu 1,77 p.p. e à do próprio<br />

país que cresceu 2,99%.<br />

Quadro 1 – População Resi<strong>de</strong>nte (2001 – 2009)<br />

População resi<strong>de</strong>nte<br />

Local <strong>de</strong> residência<br />

Período <strong>de</strong><br />

referência dos<br />

dados<br />

2009<br />

2008<br />

2007<br />

2006<br />

2005<br />

2004<br />

2003<br />

2002<br />

2001<br />

N.º<br />

Portugal Centro Baixo Vouga <strong>Aveiro</strong><br />

Variação<br />

face ao ano<br />

anterior<br />

(%)<br />

N.º<br />

Variação<br />

face ao ano<br />

anterior (%)<br />

N.º<br />

Variação<br />

face ao ano<br />

anterior (%)<br />

N.º<br />

Variação face<br />

ao ano anterior<br />

(%)<br />

10637713 0,10 2381068 -0,09 401114 0,17 72919 -0,25<br />

10627250 0,09 2383284 -0,11 400423 0,20 73100 -0,34<br />

10617575 0,17 2385911 0,00 399607 0,29 73347 -0,29<br />

10599095 0,28 2385891 0,14 398467 0,44 73559 -0,13<br />

10569592 0,38 2382448 0,25 396704 0,59 73657 0,04<br />

10529255 0,52 2376609 0,42 394393 0,69 73626 0,14<br />

10474685 0,65 2366691 0,52 391708 0,91 73521 0,26<br />

10407465 0,76 2354552 0,64 388174 0,98 73332 0,46<br />

10329340 - 2339561 - 384419 - 72995 -<br />

Fonte: INE, Estimativas Anuais da População Resi<strong>de</strong>nte, w w w .ine.pt (informação extraída em 15.06.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 31 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2010.<br />

Tal tendência teve influência directa num outro dado importante <strong>de</strong> caracterização <strong>de</strong>mográfica do concelho,<br />

e que se pren<strong>de</strong> com a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional do território: <strong>de</strong> 365,20 hab/Km 2 em 2001 passou para<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 14


370,20 hab/Km 2 em 2008 2 . Apesar do <strong>de</strong>créscimo registado para este indicador, a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional<br />

<strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> é claramente superior à das regiões on<strong>de</strong> o concelho se insere (Baixo Vouga e Centro), bem como à<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional do país que, em 2008, não ultrapassava os 115,40 hab/Km 2 .<br />

Quadro 2 – Densida<strong>de</strong> Populacional no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> (2001 – 2008)<br />

Densida<strong>de</strong> populacional<br />

Local <strong>de</strong> residência<br />

Portugal<br />

Centro<br />

Baixo Vouga<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001<br />

N.º/ km² N.º/ km² N.º/ km² N.º/ km² N.º/ km² N.º/ km² N.º/ km² N.º/ km²<br />

115,40 115,30 115,10 114,80 114,30 113,90 113,20 112,30<br />

84,50 84,60 84,60 84,50 84,30 84,00 83,60 83,00<br />

221,90 221,50 221,10 220,10 218,80 217,40 215,40 213,30<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

370,20 371,40 372,50 368,50 368,40 367,80 366,90 365,20<br />

Fonte: INE, Estimativas Anuais da População Resi<strong>de</strong>nte, w w w .ine.pt (informação extraída em 15.06.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 07 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2009.<br />

A análise <strong>de</strong> três indicadores chave da dinâmica <strong>de</strong>mográfica – crescimento efectivo, crescimento natural<br />

e crescimento migratório – permite aprofundar a reflexão, <strong>de</strong> modo a compreen<strong>de</strong>r que dinâmicas estão na<br />

base <strong>de</strong>sta relativa estabilização do número <strong>de</strong> população resi<strong>de</strong>nte nos últimos anos.<br />

Da análise do gráfico seguinte, é possível concluir que o ano <strong>de</strong> 2006 representa, no período em apreço, um<br />

ano <strong>de</strong> viragem, on<strong>de</strong> o crescimento populacional efectivo passa a ser negativo. Do gráfico n.º 1 é ainda<br />

possível compreen<strong>de</strong>r:<br />

• Valores persistentemente negativos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2004, da taxa <strong>de</strong> crescimento migratório;<br />

• Valores constantemente positivos da taxa <strong>de</strong> crescimento natural, que parece ter iniciado uma<br />

trajectória <strong>de</strong> crescimento a partir <strong>de</strong> 2007.<br />

2<br />

Para este indicador não existe informação disponível para 2009.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 15


Gráfico 1 – Taxas <strong>de</strong> Crescimento Efectivo, Natural e Migratório no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> (2001 – 2009)<br />

1,00<br />

0,80<br />

0,60<br />

0,40<br />

%<br />

0,20<br />

0,00<br />

-0,20<br />

-0,40<br />

-0,60<br />

Fonte: INE<br />

2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001<br />

Taxa <strong>de</strong> crescimento efectivo -0,25 -0,34 -0,29 -0,13 0,11 0,14 0,26 0,46 0,77<br />

Taxa <strong>de</strong> crescimento natural 0,21 0,17 0,13 0,19 0,25 0,26 0,22 0,24 0,26<br />

Taxa <strong>de</strong> crescimento migratório -0,46 -0,51 -0,42 -0,32 -0,14 -0,12 0,03 0,23 0,51<br />

Estrutura <strong>de</strong>mográfica<br />

A análise da estrutura da população resi<strong>de</strong>nte no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> em função da variável sexo, <strong>de</strong>ixa<br />

antever um “organização <strong>de</strong>mográfica” algo <strong>de</strong>sequilibrada, como é possível <strong>de</strong> aferir através do estudo das<br />

relações <strong>de</strong> masculinida<strong>de</strong>.<br />

Quadro 3 – Relação <strong>de</strong> Masculinida<strong>de</strong> no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> (2001 – 2009)<br />

Relação <strong>de</strong> masculinida<strong>de</strong><br />

Local <strong>de</strong> residência<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001<br />

N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º<br />

Portugal<br />

93,80 93,80 93,80 93,80 93,80 93,70 93,70 93,50 93,40<br />

Centro<br />

93,60 93,60 93,60 93,60 93,60 93,50 93,40 93,30 93,10<br />

Baixo Vouga<br />

94,40 94,40 94,40 94,30 94,30 94,20 94 93,90 93,70<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

92,70 92,50 92,60 92,70 92,70 92,70 92,60 92,50 92,60<br />

Fonte: INE, Estimativas Anuais da População Resi<strong>de</strong>nte, w w w .ine.pt (informação extraída em 15.06.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 31 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2010.<br />

De facto, a relação <strong>de</strong> masculinida<strong>de</strong> apresenta sistematicamente valores abaixo <strong>de</strong> 100 (92,70, ou seja, por<br />

cada 100 mulheres existiam, em 2009, 92,70 homens), o que traduz uma tendência cronológica estável da<br />

proporcionalida<strong>de</strong> entre homens e mulheres. Apenas a título <strong>de</strong> curiosida<strong>de</strong>, refira-se que esta relação é a<br />

mais <strong>de</strong>sigual (ainda que com uma distância reduzida) quando comparados os territórios “<strong>Aveiro</strong>”, “Baixo<br />

Vouga”, “Centro” e “Portugal”.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 16


Quando se procura analisar a estrutura <strong>de</strong>mográfica da população resi<strong>de</strong>nte no concelho em função da<br />

variável ida<strong>de</strong>, é evi<strong>de</strong>nte que existe um peso muito forte da população em ida<strong>de</strong> activa – 68,1%. Torna-se,<br />

também, evi<strong>de</strong>nte que o peso da população mais jovem (até aos 14 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>) – 15,7% - é superior ao<br />

peso <strong>de</strong>sta mesma população em qualquer dos outros territórios sob análise comparativa; e por oposição, o<br />

peso da população mais idosa (65 e mais anos) – 16,3% - não é ainda tão significativo em <strong>Aveiro</strong> como nos<br />

referidos territórios.<br />

Quadro 4 – Estrutura etária da população resi<strong>de</strong>nte no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> (2009)<br />

População resi<strong>de</strong>nte<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

Grupo etário<br />

2009<br />

Local <strong>de</strong> residência<br />

Portugal Centro Baixo Vouga <strong>Aveiro</strong><br />

N.º N.º N.º N.º<br />

Total<br />

10637713 2381068 401114 72919<br />

0 - 4 anos<br />

519768 101647 18140 3743<br />

5 - 9 anos<br />

554644 112124 20300 3843<br />

10 - 14 anos<br />

542205 114768 21260 3860<br />

15 - 19 anos<br />

566702 122386 22079 3969<br />

20 - 24 anos<br />

614733 136280 23621 4135<br />

25 - 29 anos<br />

742761 166859 28373 4971<br />

30 - 34 anos<br />

836117 180062 30668 5525<br />

35 - 39 anos<br />

825737 173581 30914 5624<br />

40 - 44 anos<br />

780348 168690 30372 5408<br />

45 - 49 anos<br />

776878 171277 30225 5659<br />

50 - 54 anos<br />

710089 159010 27399 5560<br />

55 - 59 anos<br />

661584 147009 24845 4544<br />

60 - 64 anos<br />

604994 135683 22597 4228<br />

65 - 69 anos<br />

517874 123444 19042 3400<br />

70 - 74 anos<br />

492671 125439 18418 3068<br />

75 - 79 anos<br />

415324 110241 15704 2669<br />

80 - 84 anos<br />

279501 76673 10167 1691<br />

85 e mais anos<br />

195783 55895 6990 1022<br />

Fonte: INE, Estimativas Anuais da População Resi<strong>de</strong>nte, w w w .ine.pt (informação extraída em 15.06.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 31 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2010.<br />

Não obstante este posicionamento algo favorável face à estrutura etária da população resi<strong>de</strong>nte, importa<br />

estar atento a alguns indicadores que reflectem dinâmicas/tendências <strong>de</strong> envelhecimento da população,<br />

ainda que ligeiras: índice <strong>de</strong> envelhecimento, índice <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> idosos e o índice <strong>de</strong><br />

longevida<strong>de</strong>. Se analisarmos cada um per si, constatamos que:<br />

• O quociente entre o número <strong>de</strong> pessoas com 65 ou mais anos e o número <strong>de</strong> pessoas com ida<strong>de</strong>s<br />

compreendidas entre os 0 e os 14 anos tem registado uma tendência <strong>de</strong> crescimento, fixando-se em<br />

2009 nos 103,5, ou seja, nesta data já existiam em <strong>Aveiro</strong> mais idosos que jovens (ainda que esta<br />

diferença seja relativamente ténue);<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 17


• O quociente entre o número <strong>de</strong> pessoas com 65 ou mais anos e o número <strong>de</strong> pessoas com ida<strong>de</strong>s<br />

compreendidas entre os 15 e os 64 anos regista tendência semelhante, com uma variação positiva<br />

para o período 2001-2009 <strong>de</strong> 2,6 p.p.;<br />

• O quociente entre o número <strong>de</strong> pessoas com 75 ou mais anos e o número <strong>de</strong> pessoas com 65 ou<br />

mais anos também cresceu, com uma variação <strong>de</strong> 6,1 p.p. entre 2001 e 2009, tendo-se fixado neste<br />

último ano nos 45,4%, ou seja, o peso das pessoas mais idosas também está a crescer.<br />

Quadro 5 – Índices <strong>de</strong>mográficos <strong>de</strong> envelhecimento, <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> idosos e <strong>de</strong> longevida<strong>de</strong><br />

(2001 – 2009)<br />

Período <strong>de</strong> referência dos<br />

dados<br />

2009<br />

2008<br />

2007<br />

2006<br />

2005<br />

2004<br />

2003<br />

2002<br />

Índice <strong>de</strong><br />

envelhecimento<br />

Índice <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência<br />

<strong>de</strong> idosos<br />

Índice <strong>de</strong> longevida<strong>de</strong><br />

N.º N.º %<br />

103,50 23,90 45,40<br />

102,00 23,40 45,00<br />

99,70 22,90 44,20<br />

96,60 22,60 43,20<br />

94,20 22,20 42,20<br />

92,40 21,80 40,80<br />

91,20 21,70 40,40<br />

90,80 21,50 39,90<br />

2001<br />

89,50 21,30 39,30<br />

Fonte: INE, Estimativas Anuais da População Resi<strong>de</strong>nte, w w w .ine.pt (informação extraída em 15.06.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 31 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2010.<br />

Esta dinâmica <strong>de</strong> envelhecimento populacional, fica a <strong>de</strong>ver-se, ainda, ao facto <strong>de</strong> a taxa bruta <strong>de</strong><br />

natalida<strong>de</strong> estar a diminuir, tendo atingido o valor mais baixo no ano estatístico <strong>de</strong> 2007 – 9,50‰. Salientase<br />

uma ligeira subida <strong>de</strong>ste indicador a partir <strong>de</strong> 2007, não sendo no entanto possível afirmar, nesta fase,<br />

qualquer inversão da tendência até então registada. Ainda assim, são valores acima dos registados para o<br />

Baixo Vouga (8,60‰), para a região Centro (7,90‰) e para o país (9,40‰), no ano <strong>de</strong> 2009.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 18


Quadro 6 – Taxa Bruta <strong>de</strong> Natalida<strong>de</strong> (2001 – 2009)<br />

Taxa Bruta <strong>de</strong> Natalida<strong>de</strong><br />

Local <strong>de</strong> residência<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001<br />

‰ ‰ ‰ ‰ ‰ ‰ ‰ ‰ ‰<br />

Portugal<br />

Centro<br />

Baixo Vouga<br />

9,40 9,80 9,70 10,00 10,40 10,40 10,80 11,00 11,00<br />

7,90 8,50 8,40 8,70 9,10 9,20 9,50 9,70 9,60<br />

8,60 9,20 8,80 9,10 9,80 9,60 10,30 10,70 10,70<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

11,20 10,40 9,50 10,30 10,70 10,60 11,20 11,20 11,30<br />

Fonte: INE, Indicadores Demográficos, w w w .ine.pt (informação extraída em 16.06.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 30 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2010.<br />

A análise da taxa <strong>de</strong> fecundida<strong>de</strong> geral (número <strong>de</strong> nados vivos, referido ao efectivo médio <strong>de</strong> mulheres em<br />

ida<strong>de</strong> fértil) permite reforçar esta análise, já que regista uma tendência <strong>de</strong> crescimento a partir <strong>de</strong> 2007.<br />

Quando comparada com as taxas <strong>de</strong> fecundida<strong>de</strong> geral do Baixo Vouga (34,9‰), do Centro (34,00‰) e do<br />

país (38,70‰), verifica-se que <strong>Aveiro</strong> surge positivamente <strong>de</strong>stacado no ano <strong>de</strong> 2009, com 45,30‰.<br />

Quadro 7 – Taxa <strong>de</strong> Fecundida<strong>de</strong> Geral (2001 – 2009)<br />

Taxa <strong>de</strong> Fecundida<strong>de</strong> Geral<br />

Local <strong>de</strong> residência<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001<br />

‰ ‰ ‰ ‰ ‰ ‰ ‰ ‰ ‰<br />

Portugal<br />

38,70 40,40 39,40 40,40 41,80 41,70 42,90 43,70 43,20<br />

Centro<br />

34,00 35,90 35,40 36,80 38,30 38,50 39,50 40,30 39,90<br />

Baixo Vouga<br />

34,90 37,40 35,50 36,30 38,80 37,70 40,50 41,90 41,60<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

45,30 41,60 37,70 40,50 41,60 40,80 42,50 42,00 42,40<br />

Fonte: INE, Estimativas Anuais da População Resi<strong>de</strong>nte, w w w .ine.pt (informação extraída em 15.06.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 31 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2010.<br />

Famílias 3<br />

No que diz respeito às famílias, e tendo em conta o conceito <strong>de</strong> família clássica <strong>de</strong>finido pelo INE (pessoa<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte ou conjunto <strong>de</strong> pessoas que resi<strong>de</strong>m no mesmo alojamento e que têm relações <strong>de</strong> parentesco<br />

(<strong>de</strong> direito ou <strong>de</strong> facto) entre si, po<strong>de</strong>ndo ocupar a totalida<strong>de</strong> ou parte do alojamento), <strong>Aveiro</strong> contava em<br />

2001 com um total <strong>de</strong> 26 040 famílias (por oposição às 21 457 famílias contabilizadas em 1991), a maioria<br />

das quais apenas com 2 ou 3 pessoas.<br />

3<br />

Para esta dimensão da análise socio<strong>de</strong>mográfica, os dados mais recentes disponíveis reportam-se ao ano <strong>de</strong> 2001.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 19


Gráfico 2 – Famílias Clássicas por dimensão (2001)<br />

10 ou mais pessoas<br />

9 pessoa<br />

8 pessoa<br />

7 pessoa<br />

6 pessoa<br />

13<br />

21<br />

51<br />

160<br />

511<br />

5 pessoa<br />

1 621<br />

4 pessoa<br />

5 184<br />

3 pessoa<br />

2 pessoa<br />

6 714<br />

7 169<br />

1 pessoa<br />

4 596<br />

Fonte: INE<br />

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000<br />

Da análise do tipo <strong>de</strong> família que regista maior peso no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, constata-se que para o ano <strong>de</strong><br />

2001, eram os “casais <strong>de</strong> “direito” com, pelo menos, 1 filho solteiro com menos <strong>de</strong> 25 anos, sem outras<br />

pessoas” e os “ casais <strong>de</strong> “direito” sem filhos solteiros, sem outras pessoas” que registavam os valores mais<br />

elevados, 8 797e 5 096 respectivamente. As famílias com uma só pessoa também apresentavam um valor<br />

significativo – 4 596, traduzido num peso no total das famílias clássicas <strong>de</strong> 17,65 p.p. Trata-se <strong>de</strong> um valor<br />

acima do verificado para o Baixo Vouga (13,80%) e para o país (17,30%), mas abaixo do registado para a<br />

região Centro (17,90%).<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 20


Quadro 8 – Famílias clássicas segundo o tipo <strong>de</strong> família (2001)<br />

Famílias clássicas<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

Tipo <strong>de</strong> família clássica<br />

2001<br />

Local <strong>de</strong> residência<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

N.º %<br />

Total<br />

26040 100,00<br />

Família com uma só pessoa<br />

4596 17,65<br />

Família só com pessoas aparentadas<br />

225 0,86<br />

Outros tipos <strong>de</strong> família sem núcleos<br />

149 0,57<br />

Casal <strong>de</strong> "direito" sem filhos solteiros, sem outras pessoas<br />

5096 19,57<br />

Casal <strong>de</strong> "direito" sem filhos solteiros, com outras pessoas<br />

367 1,41<br />

Casal <strong>de</strong> "direito" com, pelo menos, 1 filho solteiro com menos <strong>de</strong> 25 anos, sem outras pessoas<br />

8797 33,78<br />

Casal <strong>de</strong> "direito" com, pelo menos, 1 filho solteiro com menos <strong>de</strong> 25 anos, com outras pessoas<br />

863 3,31<br />

Casal <strong>de</strong> "direito" com filhos solteiros tendo o mais novo 25 ou mais anos, sem outras pessoas<br />

1313 5,04<br />

Casal <strong>de</strong> "direito" com filhos solteiros tendo o mais novo 25 ou mais anos, com outras pessoas<br />

132 0,51<br />

Casal <strong>de</strong> "facto" sem filhos sem outras pessoas<br />

444 1,71<br />

Casal <strong>de</strong> "facto" sem filhos com outras pessoas<br />

31 0,12<br />

Casal <strong>de</strong> "facto" com, pelo menos, 1 filho solteiro com menos <strong>de</strong> 25 anos, sem outras pessoas<br />

659 2,53<br />

Casal <strong>de</strong> "facto" com, pelo menos, 1 filho solteiro com menos <strong>de</strong> 25 anos, com outras pessoas<br />

96 0,37<br />

Casal <strong>de</strong> "facto" com filhos solteiros tendo o mais novo 25 ou mais anos, sem outras pessoas<br />

27 0,10<br />

Casal <strong>de</strong> "facto" com filhos solteiros tendo o mais novo 25 ou mais anos, com outras pessoas<br />

5 0,02<br />

Pai com, pelo menos, 1 filho solteiro com menos <strong>de</strong> 25 anos, sem outras pessoas<br />

131 0,50<br />

Pai com, pelo menos, 1 filho solteiro com menos <strong>de</strong> 25 anos, com outras pessoas<br />

32 0,12<br />

Pai com filhos solteiros, tendo o mais novo 25 ou mais anos, sem outras pessoas<br />

109 0,42<br />

Pai com filhos solteiros, tendo o mais novo 25 ou mais anos, com outras pessoas<br />

9 0,03<br />

Mãe com, pelo menos, 1 filho solteiro com menos <strong>de</strong> 25 anos, sem outras pessoas 1022 3,92<br />

Mãe com, pelo menos, 1 filho solteiro com menos <strong>de</strong> 25 anos, com outras pessoas<br />

206 0,79<br />

Mãe com filhos solteiros tendo o mais novo 25 ou mais anos, sem outras pessoas<br />

593 2,28<br />

Mãe com filhos solteiros tendo o mais novo 25 ou mais anos, com outras pessoas<br />

65 0,25<br />

Avós com, pelo menos, 1 neto solteiro com menos <strong>de</strong> 25 anos, sem outras pessoas<br />

70 0,27<br />

Avós com, pelo menos, 1 neto solteiro com menos <strong>de</strong> 25 anos, com outras pessoas<br />

5 0,02<br />

Avós com netos solteiros tendo o mais novo 25 ou mais anos, sem outras pessoas<br />

11 0,04<br />

Avós com netos solteiros tendo o mais novo 25 ou mais anos, com outras pessoas<br />

0 0,00<br />

Avô com, pelo menos, 1 neto solteiro com menos <strong>de</strong> 25 anos, sem outras pessoas<br />

3 0,01<br />

Avô com, pelo menos, 1 neto solteiro com menos <strong>de</strong> 25 anos, com outras pessoas<br />

0 0,00<br />

Avô com netos solteiros tendo o mais novo 25 ou mais anos, sem outras pessoas<br />

1 0,00<br />

Avô com netos solteiros tendo o mais novo 25 ou mais anos, com outras pessoas<br />

0 0,00<br />

Avó com, pelo menos, 1 neto solteiro com menos <strong>de</strong> 25 anos, sem outras pessoas<br />

53 0,20<br />

Avó com, pelo menos, 1 neto solteiro com menos <strong>de</strong> 25 anos, com outras pessoas<br />

3 0,01<br />

Avó com netos solteiros tendo o mais novo 25 ou mais anos, sem outras pessoas<br />

13 0,05<br />

Avó com netos solteiros tendo o mais novo 25 ou mais anos, com outras pessoas<br />

2 0,01<br />

Familias com dois nucleos sem filhos nos dois nucleos sem outras pessoas<br />

89 0,34<br />

Familias com dois nucleos sem filhos nos dois nucleos com outras pessoas<br />

13 0,05<br />

Familias com dois nucleos com filhos num dos nucleos sem outras pessoas<br />

429 1,65<br />

Familias com dois nucleos com filhos num dos nucleos com outras pessoas<br />

59 0,23<br />

Familias com dois nucleos com filhos em ambos os nucleos sem outras pessoas<br />

245 0,94<br />

Familias com dois nucleos com filhos em ambos os nucleos com outras pessoas<br />

42 0,16<br />

Familias com três nucleos sem outras pessoas<br />

22 0,08<br />

Familias com três nucleos com outras pessoas<br />

13 0,05<br />

Fonte: INE, Censos 2001, w w w .ine.pt (informação extraída em 15.06.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 31 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2007<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 21


Quadro 9 – Proporção <strong>de</strong> famílias clássicas unipessoais (2001)<br />

Famílias clássicas unipessoais<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

Local <strong>de</strong> residência<br />

2001<br />

Dimensão (família clássica)<br />

Total<br />

Com 1 pessoa<br />

N.º N.º %<br />

Portugal<br />

3650757 631762 17,30<br />

Centro<br />

847265 151882 17,93<br />

Baixo Vouga<br />

129654 17924 13,82<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

26040 4596 17,65<br />

Fonte: INE, Censo 2001, w w w .ine.pt (informação extraída em 15.06.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 31 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2007.<br />

A temática da monoparentalida<strong>de</strong> merece, também, aqui uma referência autónoma. Os núcleos familiares<br />

monoparentais (conjunto <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma família clássica, que tem a presença <strong>de</strong> apenas um dos<br />

progenitores, pai, ou mãe com filho(s)) registavam no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, em 2001, uma proporção <strong>de</strong> 8,32%,<br />

percentagem superior à verificada para o país (8,25%) e para as regiões do Centro (7,04%) e do Baixo Vouga<br />

(7,57%). De salientar, ainda nesta matéria, que são as famílias monoparentais em que o progenitor é do sexo<br />

feminino aquelas que registam o maior peso no conjunto das famílias clássicas.<br />

Quadro 10 – Proporção <strong>de</strong> núcleos familiares monoparentais (2001)<br />

Famílias clássicas monoparentais<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

Local <strong>de</strong> residência<br />

2001<br />

Tipo <strong>de</strong> família clássica (Com base nos núcleos familiares)<br />

Portugal<br />

Centro<br />

Baixo Vouga<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

Total<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 31 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2007.<br />

Pai com filho (s)<br />

Fonte: INE, Censo 2001, w w w .ine.pt (informação extraída em 15.06.2010).<br />

Mãe com filho (s)<br />

Total <strong>de</strong> famílias<br />

monoparentais<br />

N.º N.º % N.º % N.º %<br />

3650757 40538 1,11 260779 7,14 301317 8,25<br />

847265 8125 0,96 51500 6,08 59625 7,04<br />

129654 1287 0,99 8522 6,57 9809 7,57<br />

26040 281 1,08 1886 7,24 2167 8,32<br />

Casamentos e divórcios<br />

Em matéria <strong>de</strong> casamentos e divórcios, o concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> registou, para o período compreendido entre<br />

2001 e 2008, um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> casamentos celebrados na or<strong>de</strong>m dos 20,46%. Este <strong>de</strong>créscimo fica a<br />

<strong>de</strong>ver-se à diminuição do número <strong>de</strong> casamentos católicos que se cifrou nos 42,61%, na medida em que os<br />

casamentos pelo civil assim como as outras formas <strong>de</strong> casamento registaram um acréscimo relevante.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 22


Quadro 11 – Casamentos celebrados por forma <strong>de</strong> celebração (2001 – 2008)<br />

Forma <strong>de</strong> celebração<br />

Total<br />

Civil<br />

Católica<br />

Outra<br />

Período <strong>de</strong> referência dos<br />

dados<br />

2008<br />

2007<br />

2006<br />

2005<br />

2004<br />

2003<br />

2002<br />

2001<br />

2008<br />

2007<br />

2006<br />

2005<br />

2004<br />

2003<br />

2002<br />

2001<br />

2008<br />

2007<br />

2006<br />

2005<br />

2004<br />

2003<br />

2002<br />

2001<br />

2008<br />

2007<br />

2006<br />

2005<br />

2004<br />

2003<br />

2002<br />

2001<br />

Portugal<br />

Centro<br />

Baixo<br />

Vouga<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

N.º N.º N.º N.º<br />

43228 9223 1625 381<br />

46329 9914 1613 360<br />

47857 10342 1746 383<br />

48671 10551 1731 348<br />

49178 10847 1827 402<br />

53735 11556 1993 395<br />

56457 12084 2040 428<br />

58390 12794 2112 479<br />

23865 4594 864 203<br />

24317 4719 805 190<br />

22895 4506 840 200<br />

21862 4284 753 154<br />

21084 4259 799 175<br />

21697 4226 761 181<br />

21156 4143 746 185<br />

21881 4492 741 188<br />

19201 4615 750 167<br />

21924 5190 803 165<br />

24950 5834 905 182<br />

26809 6267 978 194<br />

28094 6588 1028 227<br />

32038 7330 1232 214<br />

35301 7941 1294 243<br />

36509 8302 1371 291<br />

162 14 11 11<br />

88 5 5 5<br />

12 2 1 1<br />

Fonte: INE, Indicadores Demográficos, w w w .ine.pt (informação extraída em 16.06.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 02 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2009.<br />

Casamentos celebrados<br />

Local <strong>de</strong> registo<br />

A análise da nacionalida<strong>de</strong> dos cônjuges, revela que na maioria dos casamentos celebrados, ambos os<br />

cônjuges são <strong>de</strong> nacionalida<strong>de</strong> portuguesa (85,83% em 2008). No entanto, a percentagem <strong>de</strong> casamentos<br />

on<strong>de</strong> um dos cônjuges é estrangeiro tem vindo a crescer, <strong>de</strong> 6,54% em 2002 para 11,81% em 2008. Também<br />

o número <strong>de</strong> casamentos com os dois cônjuges com nacionalida<strong>de</strong> estrangeira cresceu, mas apresentando<br />

pesos residuais <strong>de</strong> 1,17% em 2002 e <strong>de</strong> 2,36% em 2008. Esta realida<strong>de</strong> é tradução directa das dinâmicas <strong>de</strong><br />

imigração que se tem registado no concelho, e não só.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 23


Quadro 12 – Casamentos celebrados por nacionalida<strong>de</strong> dos cônjuges (2002 – 2008)<br />

Nacionalida<strong>de</strong> dos cônjuges<br />

Total<br />

Ambos os cônjuges<br />

portugueses<br />

Um cônjuge português e<br />

outro estrangeiro<br />

Ambos os cônjuges<br />

estrangeiros<br />

Período <strong>de</strong> referência dos<br />

dados<br />

2008<br />

2007<br />

2006<br />

2005<br />

2004<br />

2003<br />

2002<br />

2008<br />

2007<br />

2006<br />

2005<br />

2004<br />

2003<br />

2002<br />

2001<br />

2008<br />

2007<br />

2006<br />

2005<br />

2004<br />

2003<br />

2002<br />

2008<br />

2007<br />

2006<br />

2005<br />

2004<br />

2003<br />

Portugal<br />

Centro<br />

Baixo<br />

Vouga<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

N.º N.º N.º N.º<br />

43228 9223 1625 381<br />

46329 9914 1613 360<br />

47857 10342 1746 383<br />

48671 10551 1731 348<br />

49178 10847 1827 402<br />

53735 11556 1993 395<br />

56457 12084 2040 428<br />

36605 8274 1467 327<br />

39648 8862 1444 308<br />

42161 9378 1588 320<br />

44339 9863 1595 316<br />

45234 10193 1689 364<br />

49758 10923 1847 351<br />

53394 11623 1926 395<br />

58390 12794 2112 479<br />

5603 839 145 45<br />

5678 921 159 48<br />

4943 858 142 53<br />

3909 649 126 28<br />

3537 588 120 32<br />

3582 594 134 39<br />

2721 430 106 28<br />

1020 110 13 9<br />

1003 131 10 4<br />

753 106 16 10<br />

423 39 10 4<br />

407 66 18 6<br />

395 39 12 5<br />

2002<br />

342 31 8 5<br />

Fonte: INE, Indicadores Demográficos, w w w .ine.pt (informação extraída em 16.06.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 06 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2009.<br />

Casamentos celebrados<br />

Local <strong>de</strong> registo<br />

No que diz respeito à dissolução <strong>de</strong> casamentos, e tendo em conta o período temporal 2001-2008, verifica-se<br />

um aumento <strong>de</strong> 16,70% do número <strong>de</strong> casamentos dissolvidos, motivado exclusivamente pelo crescimento<br />

dos divórcios, na medida em que a causa <strong>de</strong> dissolução “morte” diminui no período em análise.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 24


Quadro 13 – Casamentos dissolvidos por causa <strong>de</strong> dissolução (2001 – 2008)<br />

Casamentos dissolvidos<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2008<br />

2007<br />

2006<br />

2005<br />

2004<br />

2003<br />

2002<br />

2001<br />

Causa <strong>de</strong> dissolução<br />

Total<br />

Dissolvidos por morte<br />

Dissolvidos por divórcio<br />

Total<br />

Dissolvidos por morte<br />

Dissolvidos por divórcio<br />

Total<br />

Dissolvidos por morte<br />

Dissolvidos por divórcio<br />

Total<br />

Dissolvidos por morte<br />

Dissolvidos por divórcio<br />

Total<br />

Dissolvidos por morte<br />

Dissolvidos por divórcio<br />

Total<br />

Dissolvidos por morte<br />

Dissolvidos por divórcio<br />

Total<br />

Dissolvidos por morte<br />

Dissolvidos por divórcio<br />

Total<br />

Dissolvidos por morte<br />

Portugal<br />

Local <strong>de</strong> residência<br />

Centro<br />

Baixo<br />

Vouga<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

N.º N.º N.º N.º<br />

72859 17593 2759 573<br />

46749 12285 1756 310<br />

26110 5308 1003 263<br />

71160 17208 2611 546<br />

46040 12116 1643 285<br />

25120 5092 968 261<br />

68091 16168 2472 505<br />

45210 11621 1570 296<br />

22881 4547 902 209<br />

69004 16704 2537 511<br />

46428 12055 1599 281<br />

22576 4649 938 230<br />

68194 16739 2635 522<br />

45033 11889 1650 272<br />

23161 4850 985 250<br />

69520 17201 2479 533<br />

46902 12447 1571 300<br />

22618 4754 908 233<br />

73848 18135 2917 622<br />

46140 12496 1734 303<br />

27708 5639 1183 319<br />

64893 15900 2379 491<br />

46042 12211 1648 284<br />

Dissolvidos por divórcio 18851 3689 731 207<br />

Fonte: INE, Indicadores Demográficos, w w w .ine.pt (informação extraída em 16.06.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 20 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2010.<br />

Nível <strong>de</strong> instrução<br />

No que se refere ao nível <strong>de</strong> instrução da população, é <strong>de</strong> salientar antes <strong>de</strong> mais que a taxa <strong>de</strong><br />

analfabetismo, que é essencialmente estrutural, tem verificado o esperado <strong>de</strong>créscimo – se em 1991 os<br />

valores registados eram na or<strong>de</strong>m dos 6,14% (valor bastante abaixo do registado para o Baixo Vouga, para a<br />

região do Centro e para o país), em 2001 o valor era <strong>de</strong> 5,01% (mantendo a mesma “posição” relativa face às<br />

<strong>de</strong>mais regiões sob análise comparativa).<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 25


Quadro 14 – Taxa <strong>de</strong> analfabetismo (1991 e 2001)<br />

Taxa <strong>de</strong> analfabetismo<br />

Local <strong>de</strong> residência<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2001 1991<br />

Portugal<br />

Centro<br />

Baixo Vouga<br />

% %<br />

9,03 11,01<br />

10,91 13,98<br />

7,13 8,91<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

5,01 6,14<br />

Fonte: INE, Censos - séries históricas, w w w .ine.pt (informação extraída em 03.04.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 15 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2007.<br />

Em matéria <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> obrigatória, regista-se um aumento muito significativo da percentagem da<br />

população com pelo menos o 3.º Ciclo do Ensino Básico (CEB) completo. Senão vejamos a variação entre<br />

1991 e 2001, o último período intercensitário – 15,61 p.p. positivos. Os valores registados em qualquer dos<br />

referidos anos estatísticos representam uma posição muito positiva face aos valores verificados para as<br />

regiões do Baixo Vouga e do Centro, bem como para Portugal, na medida em que <strong>Aveiro</strong> se posiciona<br />

sistematicamente à frente <strong>de</strong>stas regiões. No entanto, a maioria da população ainda não era <strong>de</strong>tentora pelo<br />

menos <strong>de</strong>ste nível <strong>de</strong> ensino à data dos últimos censos.<br />

Quadro 15 – Proporção da população resi<strong>de</strong>nte com pelo menos a escolarida<strong>de</strong> obrigatória (1991 e<br />

2001)<br />

Proporção da população resi<strong>de</strong>nte com pelo<br />

menos a escolarida<strong>de</strong> obrigatória<br />

Local <strong>de</strong> residência<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2001 1991<br />

Portugal<br />

Centro<br />

Baixo Vouga<br />

% %<br />

37,95 22,69<br />

32,93 18,03<br />

34,74 19,43<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

45,64 30,03<br />

Fonte: INE, Censos - séries históricas, w w w .ine.pt (informação extraída em 03.04.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 15 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2007.<br />

Analisando agora a população resi<strong>de</strong>nte com ensino superior completo, verificamos que a tendência é<br />

claramente para o crescimento da proporção <strong>de</strong> pessoas com este nível <strong>de</strong> ensino. De 6,79% em 1991, <strong>Aveiro</strong><br />

“<strong>de</strong>u um salto quantitativo” <strong>de</strong> 6,35%, tendo-se fixado nos 13,14 p.p. em 2001. Este valor está, mais uma<br />

vez, claramente acima do registado para todas as regiões sob comparação com <strong>Aveiro</strong> neste estudo <strong>de</strong><br />

diagnóstico.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 26


Quadro 16 – Proporção da população resi<strong>de</strong>nte com ensino superior completo (1991 e 2001)<br />

Proporção da população resi<strong>de</strong>nte com<br />

ensino superior completo<br />

Local <strong>de</strong> residência<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2001 1991<br />

% %<br />

Portugal 8,57 4,11<br />

Centro 6,86 2,80<br />

Baixo Vouga 7,53 3,27<br />

<strong>Aveiro</strong> 13,14 6,79<br />

Fonte: INE, Censos - séries históricas, w w w .ine.pt (informação extraída em 03.04.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 15 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2007<br />

Para esta recuperação no perfil educacional do concelho em muito contribuíram os resultados positivos em<br />

matéria <strong>de</strong> <strong>de</strong>créscimo da taxa <strong>de</strong> retenção e <strong>de</strong>sistência no ensino básico regular, que registou no ano<br />

lectivo 2007/2008 7,60 p.p., por oposição aos 9,50% do ano lectivo 2004/2005. Esta taxa fica, no entanto,<br />

ainda acima dos valores para o Baixo Vouga (7,00%) e a região Centro (6,40%).<br />

Quadro 17 – Taxa <strong>de</strong> Retenção e Desistência no ensino básico regular (2004/2005 – 2007/2008)<br />

Taxa <strong>de</strong> retenção e <strong>de</strong>sistência no ensino básico regular<br />

Localização geográfica<br />

Portugal<br />

Centro<br />

Baixo Vouga<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2007 / 2008 2006 / 2007 2005 / 2006 2004 / 2005<br />

% % % %<br />

7,90 10,10 10,70 11,80<br />

6,40 8,40 9,10 10,10<br />

7,00 9,00 10,50 10,60<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

7,60 8,60 9,10 9,50<br />

Fonte: Gabinete <strong>de</strong> Estatística e Planeamento da Educação, w w w .ine.pt (informação extraída em 01.04.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 10 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2010.<br />

Também os resultados positivos no que diz respeito à taxa <strong>de</strong> transição/conclusão no ensino secundário<br />

regular contribuem para a melhoria do perfil educacional concelhio. Entre os anos lectivos <strong>de</strong> 2004/2005 e<br />

2007/2008, os valores <strong>de</strong>sta taxa em <strong>Aveiro</strong> seguiram a tendência <strong>de</strong> crescimento verificada para o país e<br />

para as regiões em análise, tendo-se fixado nos 74,50% no último ano lectivo para o qual estão disponíveis<br />

os dados. Ainda assim, trata-se <strong>de</strong> um valor que fica manifestamente aquém do registado para o país<br />

(79,00%), para a região Centro (80,40%) e para a região do Baixo Vouga (80,00%).<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 27


Quadro 18 – Taxa <strong>de</strong> transição/conclusão no ensino secundário regular (2004/2005 – 2007/2008)<br />

Taxa <strong>de</strong> transição/ conclusão no ensino secundário regular<br />

Localização geográfica<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2007 / 2008 2006 / 2007 2005 / 2006 2004 / 2005<br />

% % % %<br />

Portugal<br />

79,00 75,20 68,90 67,90<br />

Centro<br />

80,40 76,20 69,50 67,60<br />

Baixo Vouga<br />

80,00 75,90 69,60 67,80<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

74,50 73,70 65,60 65,60<br />

Fonte: Gabinete <strong>de</strong> Estatística e Planeamento da Educação, w w w .ine.pt (informação extraída em 01.04.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 10 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2010.<br />

Uma última nota para o ensino pré-escolar e para a taxa bruta <strong>de</strong> pré-escolarização no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, a<br />

qual regista um <strong>de</strong>sempenho muito positivo no último ano lectivo para o qual estão disponíveis dados<br />

(2007/2008: 94,50%). Este <strong>de</strong>sempenho positivo permite colocar o concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> numa posição <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> protagonismo nesta matéria, face aos <strong>de</strong>mais territórios sob análise comparativa: Portugal (79,80%),<br />

região Centro (92,00%) e Baixo Vouga (89,50%).<br />

Quadro 19 – Taxa bruta <strong>de</strong> pré-escolarização (2004/2005 – 2007/2008)<br />

Taxa bruta <strong>de</strong> pré-escolarização<br />

Localização geográfica<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2007 / 2008 2006 / 2007 2005 / 2006 2004 / 2005<br />

% % % %<br />

Portugal<br />

79,80 78,50 78,60 78,30<br />

Centro<br />

92,00 90,60 90,50 89,50<br />

Baixo Vouga<br />

89,50 86,80 85,50 83,70<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

94,50 91,00 89,50 92,20<br />

Fonte: Gabinete <strong>de</strong> Estatística e Planeamento da Educação, w w w .ine.pt (informação extraída em 01.04.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 10 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2010.<br />

Activida<strong>de</strong>, Emprego e Po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Compra<br />

Em matéria <strong>de</strong> taxa <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> (taxa que permite <strong>de</strong>finir o peso da população activa sobre o total da<br />

população), o concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> registava em 2001 uma taxa <strong>de</strong> 51,60%, superior à registada para o Baixo<br />

Vouga (49,10%), para a região Centro (45,40%) e para Portugal (48,10%). A mesma situação é verificada para<br />

a taxa <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> feminina, ainda que com valores mais mo<strong>de</strong>stos do que para a taxa geral.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 28


Quadro 20 – Taxa <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong> e Taxa <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong> Feminina da população resi<strong>de</strong>nte (2001)<br />

Taxa <strong>de</strong> activida<strong>de</strong><br />

Taxa <strong>de</strong> activida<strong>de</strong><br />

feminina<br />

Local <strong>de</strong> residência<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2001<br />

% %<br />

Portugal<br />

48,10 41,98<br />

Centro<br />

45,40 38,61<br />

Baixo Vouga<br />

49,10 42,57<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

51,60 46,71<br />

Fonte: INE, Censos 2001, w w w .ine.pt (informação extraída em 16.06.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 31 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2007.<br />

Em termos <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> económica propriamente dita, em 2001 a população activa estava<br />

preferencialmente empregada no sector terciário (30,01% no terciário social e 33,37% no terciário<br />

económico). O peso do sector secundário (34,56%) é ainda relevante, ainda que abaixo do registado para<br />

Portugal, para o Centro e para o Baixo Vouga. O sector primário apresenta valores residuais <strong>de</strong> 2,07%.<br />

Quadro 21 – População empregada por sector <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> económica (2001)<br />

População empregada<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

Local <strong>de</strong> residência<br />

2001<br />

Sector <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> económica<br />

Total<br />

Sector primário<br />

Sector secundário<br />

Sector terciário<br />

(social)<br />

Sector terciário<br />

(económico)<br />

N.º N.º % N.º % N.º % N.º %<br />

Portugal<br />

Centro<br />

Baixo Vouga<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

4650947 231646 4,98 1632638 35,10 1187627 25,54 1599036 34,38<br />

1006373 68479 6,80 383536 38,11 251189 24,96 303169 30,12<br />

179619 8325 4,63 83915 46,72 36227 20,17 51152 28,48<br />

35854 741 2,07 12390 34,56 10760 30,01 11963 33,37<br />

Fonte: INE, Censo 2001, w w w .ine.pt (informação extraída em 15.06.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 31 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2007.<br />

No que diz respeito às profissões, em 2001 aquelas que apresentavam maior número <strong>de</strong> registos eram, em<br />

primeiro lugar, os operários, artífices e trabalhadores similares, com 17,42%, logo seguidos pelos<br />

trabalhadores não qualificados, com 14,38% e pelo pessoal dos serviços e ven<strong>de</strong>dores, com 13,86%.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 29


Quadro 22 – População empregada por profissão (2001)<br />

Profissão<br />

População empregada<br />

Local <strong>de</strong> residência<br />

Portugal Centro Baixo Vouga<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

2001<br />

N.º % N.º % N.º % N.º %<br />

Total<br />

Forças armadas<br />

Quadros superiores da administração pública, dirigentes e<br />

quadros superiores <strong>de</strong> empresas<br />

Especialistas das profissões intelectuais e cientificas<br />

Técnicos e profissionais <strong>de</strong> nível intermédio<br />

Pessoal administrativo e similares<br />

Pessoal dos serviços e ven<strong>de</strong>dores<br />

Agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura e<br />

pescas<br />

Operários, artífices e trabalhadores similares<br />

Operadores <strong>de</strong> instalações e máquinas e trabalhadores da<br />

montagem<br />

Trabalhadores não qualificados<br />

4650947 100,00 1006373 100,00 179619 100,00 35854 100,00<br />

32411 0,70 7480 0,74 734 0,41 158 0,44<br />

325268 6,99 69372 6,89 13602 7,57 2781 7,76<br />

395477 8,50 77054 7,66 13136 7,31 4603 12,84<br />

442797 9,52 82773 8,22 16216 9,03 4095 11,42<br />

511589 11,00 93693 9,31 17191 9,57 4285 11,95<br />

658221 14,15 136239 13,54 21175 11,79 4969 13,86<br />

188054 4,04 59444 5,91 6947 3,87 569 1,59<br />

1001568 21,53 226002 22,46 41449 23,08 6245 17,42<br />

398048 8,56 102047 10,14 23625 13,15 2992 8,34<br />

697514 15,00 152269 15,13 25544 14,22 5157 14,38<br />

Fonte: INE, Censo 2001, w w w .ine.pt (informação extraída em 15.06.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 31 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2007.<br />

Se pensarmos na relação entre a população que potencialmente está a entrar e a que está a sair do<br />

mercado <strong>de</strong> trabalho, <strong>de</strong>finida habitualmente como o quociente entre o número <strong>de</strong> pessoas com ida<strong>de</strong><br />

compreendida entre os 20 e os 29 anos e o número <strong>de</strong> pessoas com ida<strong>de</strong>s compreendidas entre os 55 e os<br />

64 anos, salientamos que a relação estabelecida é <strong>de</strong>crescente, ou seja, existem mais pessoas a abandonar o<br />

mercado <strong>de</strong> trabalho do que a entrar. Ainda assim, <strong>Aveiro</strong> regista, em 2009, o valor mais baixo (103,8)<br />

quando comparado com Portugal (107,2), com a região Centro (107,2) e com o Baixo Vouga (109,6).<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 30


Gráfico 3 – Índice <strong>de</strong> renovação da população em ida<strong>de</strong> activa (2001 – 2009)<br />

155<br />

150<br />

145<br />

140<br />

135<br />

N.º<br />

130<br />

125<br />

120<br />

115<br />

110<br />

105<br />

Fonte: INE 100<br />

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />

<strong>Aveiro</strong> 149,3 144,5 138,8 131,4 124,9 119 112,8 107,8 103,8<br />

Baixo Vouga 144,8 142,4 139 134,8 129,2 124 118,6 114 109,6<br />

Centro 128,3 128,9 128,2 126,5 122,7 118,8 114,7 111,1 107,2<br />

Portugal 142,6 140,8 137,4 133 126,9 120,9 115,4 111,2 107,2<br />

Em matéria <strong>de</strong> emprego, e tendo agora como fonte <strong>de</strong> informação os dados disponibilizados pelo Instituto <strong>de</strong><br />

Emprego e Formação Profissional, para o intervalo temporal compreendido entre o primeiro trimestre <strong>de</strong><br />

2006 e o primeiro trimestre <strong>de</strong> 2010, salienta-se o facto <strong>de</strong> no último trimestre em análise (1.º T 2010) se<br />

encontrarem inscritos nos ficheiros daquele instituto 4 213 indivíduos, o que traduz uma tendência <strong>de</strong><br />

crescimento que se tem mantido, com alguns recuos muito pontuais. O <strong>de</strong>semprego no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

afecta, sobretudo, as pessoas do sexo feminino, tendo sido registado em Março <strong>de</strong> 2010 um total <strong>de</strong> 2 169<br />

mulheres e 2 044 homens inscritos.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 31


Gráfico 4 – Desemprego registado (2006 – 2010)<br />

N.º<br />

4300<br />

4200<br />

4100<br />

4000<br />

3900<br />

3800<br />

3700<br />

3600<br />

3500<br />

3400<br />

3300<br />

3200<br />

3100<br />

3000<br />

2900<br />

2800<br />

2700<br />

2600<br />

2500<br />

Fonte: IEFP<br />

1.º T<br />

2006<br />

2.º T<br />

2006<br />

3.º T<br />

2006<br />

4.º T<br />

2006<br />

1.º T<br />

2007<br />

2.º T<br />

2007<br />

3.º T<br />

2007<br />

4.º T<br />

2007<br />

1.º T<br />

2008<br />

2.º T<br />

2008<br />

3.º T<br />

2008<br />

4.º T<br />

2008<br />

1.º T<br />

2009<br />

2.º T<br />

2009<br />

3.º T<br />

2009<br />

4.º T<br />

2009<br />

Total 3023 2906 3120 2957 3055 2679 2915 2790 2815 2730 2992 3104 3573 3628 3850 3743 4213<br />

1.º T<br />

2010<br />

Gráfico 5 – Desemprego registado segundo o sexo dos <strong>de</strong>sempregados (2006 – 2010)<br />

2 200<br />

2 100<br />

2 000<br />

1 900<br />

1 800<br />

1 700<br />

N.º<br />

1 600<br />

1 500<br />

1 400<br />

1 300<br />

1 200<br />

1 100<br />

1 000<br />

Fonte: IEFP<br />

1.º T<br />

2006<br />

2.º T<br />

2006<br />

3.º T<br />

2006<br />

4.º T<br />

2006<br />

1.º T<br />

2007<br />

2.º T<br />

2007<br />

3.º T<br />

2007<br />

4.º T<br />

2007<br />

1.º T<br />

2008<br />

2.º T<br />

2008<br />

3.º T<br />

2008<br />

4.º T<br />

2008<br />

1.º T<br />

2009<br />

2.º T<br />

2009<br />

3.º T<br />

2009<br />

Homens 1 395 1 353 1 379 1 311 1 339 1 138 1 163 1 148 1 135 1 129 1 228 1 413 1 711 1 763 1 852 1 836 2 044<br />

Mulheres 1 628 1 553 1 741 1 646 1 716 1 541 1 752 1 642 1 680 1 601 1 764 1 691 1 862 1 865 1 998 1 907 2 169<br />

4.º T<br />

2009<br />

1.º T<br />

2010<br />

Uma referência positiva para o facto <strong>de</strong>, em matéria <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> inscrição nos ficheiros do IEFP, a maioria<br />

dos inscritos não permanecerem mais <strong>de</strong> 1 ano nos registos <strong>de</strong>ste instituto público. No 1.º trimestre <strong>de</strong> 2010,<br />

a relação era <strong>de</strong> 2 780 indivíduos com tempo <strong>de</strong> inscrição inferior a 1 ano, face a 1 433 pessoas com tempo<br />

<strong>de</strong> inscrição <strong>de</strong> 1 ano ou mais.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 32


Gráfico 6 – Desemprego registado segundo o tempo <strong>de</strong> inscrição (2006 – 2010)<br />

N.º<br />

2900<br />

2800<br />

2700<br />

2600<br />

2500<br />

2400<br />

2300<br />

2200<br />

2100<br />

2000<br />

1900<br />

1800<br />

1700<br />

1600<br />

1500<br />

1400<br />

1300<br />

1200<br />

1100<br />

1000<br />

900<br />

1.º T<br />

2006<br />

2.º T<br />

2006<br />

3.º T<br />

2006<br />

4.º T<br />

2006<br />

1.º T<br />

2007<br />

2.º T<br />

2007<br />

3.º T<br />

2007<br />

4.º T<br />

2007<br />

1.º T<br />

2008<br />

2.º T<br />

2008<br />

3.º T<br />

2008<br />

4.º T<br />

2008<br />

1.º T<br />

2009<br />

2.º T<br />

2009<br />

3.º T<br />

2009<br />

4.º T<br />

2009<br />

1.º T<br />

2010<br />

Fonte: IEFP<br />

< 1 ano 1929 1875 2 052 1900 2079 1738 1 878 1 721 1715 1696 1933 2 056 2527 2559 2746 2 524 2 780<br />

1 ano e + 1 094 1 031 1 068 1 057 976 941 1 037 1 069 1 100 1 034 1 059 1 048 1 046 1 069 1 104 1 219 1 433<br />

Em matéria da situação face à procura <strong>de</strong> emprego, a gran<strong>de</strong> maioria dos inscritos está à procura <strong>de</strong> novo<br />

emprego, numa relação no 1.º trimestre <strong>de</strong> 2010 <strong>de</strong> 3 817 pessoas nesta situação para 396 indivíduos à<br />

procura do 1.º emprego.<br />

Gráfico 7 – Desemprego registado segundo a situação face à procura <strong>de</strong> emprego (2006 – 2010)<br />

1.º T 2010<br />

4.º T 2009<br />

3.º T 2009<br />

2.º T 2009<br />

1.º T 2009<br />

4.º T 2008<br />

3.º T 2008<br />

2.º T 2008<br />

1.º T 2008<br />

4.º T 2007<br />

3.º T 2007<br />

2.º T 2007<br />

1.º T 2007<br />

4.º T 2006<br />

3.º T 2006<br />

2.º T 2006<br />

1.º T 2006<br />

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000<br />

Fonte: IEFP<br />

1.º T<br />

2006<br />

2.º T<br />

2006<br />

3.º T<br />

2006<br />

4.º T<br />

2006<br />

1.º T<br />

2007<br />

2.º T<br />

2007<br />

3.º T<br />

2007<br />

4.º T<br />

2007<br />

1.º T<br />

2008<br />

2.º T<br />

2008<br />

3.º T<br />

2008<br />

4.º T<br />

2008<br />

1.º T<br />

2009<br />

2.º T<br />

2009<br />

3.º T<br />

2009<br />

4.º T<br />

2009<br />

1.º T<br />

2010<br />

Novo emprego 2 817 2 700 2 827 2 706 2 768 2 430 2 601 2 475 2 523 2 489 2 681 2 808 3 256 3 353 3 462 3 389 3 817<br />

1.º emprego 206 206 293 251 287 249 314 315 292 241 311 296 317 275 388 354 396<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 33


O grupo etário que é mais afectado pelo fenómeno do <strong>de</strong>semprego é o dos 35-54 anos, com um total <strong>de</strong><br />

1 807 inscritos em Março <strong>de</strong> 2010, logo seguido pelo grupo etário 25-34 anos com 1 206 pessoas inscritas e<br />

pelo grupo


Gráfico 9 – Desemprego registado segundo o nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> (2006 – 2010)<br />

1000<br />

900<br />

800<br />

700<br />

600<br />

N.º<br />

500<br />

Fonte: IEFP<br />

400<br />

300<br />

200<br />

100<br />

0<br />

1.º T<br />

2006<br />

2.º T<br />

2006<br />

3.º T<br />

2006<br />

4.º T<br />

2006<br />

1.º T<br />

2007<br />

2.º T<br />

2007<br />

3.º T<br />

2007<br />

4.º T<br />

2007<br />

1.º T<br />

2008<br />

2.º T<br />

2008<br />

3.º T<br />

2008<br />

4.º T<br />

2008<br />

1.º T<br />

2009<br />

2.º T<br />

2009<br />

3.º T<br />

2009<br />

4.º T<br />

2009<br />

< 1º CEB 121 128 133 139 156 148 152 151 173 191 200 258 318 344 304 320 367<br />

1.º CEB 803 774 752 744 748 690 699 687 675 643 640 676 752 734 755 778 834<br />

2.º CEB 539 546 551 508 519 510 470 455 482 502 494 498 619 658 657 628 710<br />

3.º CEB 544 512 508 538 558 454 490 466 509 512 559 573 726 750 768 757 887<br />

Secundário 460 447 502 482 508 414 462 504 474 453 525 559 618 628 716 706 828<br />

Superior 556 499 674 546 566 463 642 527 502 429 574 540 540 514 650 554 587<br />

1.º T<br />

2010<br />

No que se refere ao po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra da população resi<strong>de</strong>nte em <strong>Aveiro</strong>, <strong>de</strong> referir, em primeira instância, que<br />

o ganho médio mensal para o ano <strong>de</strong> 2007 era <strong>de</strong> 997,4€, valor superior à média <strong>de</strong> todas as regiões sob<br />

análise comparativa, ou seja, Baixo Vouga (876,3€), Centro (826,8€) e Portugal (963,3€).<br />

Quadro 23 – Ganho médio mensal (2004 – 2007)<br />

Ganho médio mensal<br />

Localização geográfica<br />

Portugal<br />

Centro<br />

Baixo Vouga<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2007 2006 2005 2004<br />

€ € € €<br />

963,3 934,0 907,2 877,5<br />

826,8 805,1 779,1 753,8<br />

876,3 861,6 836,7 802,0<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

997,4 995,1 1000,7 939,6<br />

Fonte: MTSS / Gabinete <strong>de</strong> Estratégia e Planeamento, w w w .ine.pt (informação extraída em 15.06.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 27 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2009.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 35


O índice <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra per capita registou um crescimento no período compreendido entre 2000 e<br />

2007 <strong>de</strong> 6,82 pontos, tendo-se fixado nos 134,02 pontos em 2007. Comparando com diferentes referenciais<br />

territoriais, é um valor que fica muito acima dos registados para o Baixo Vouga (86,81), Centro (83,76) e<br />

Portugal (100,00).<br />

Quadro 24 – Po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Compra per capita (2000 – 2007)<br />

Po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra per capita<br />

Localização geográfica<br />

Portugal<br />

Centro<br />

Baixo Vouga<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2007 2005 2004 2002 2000<br />

- - - - -<br />

100,00 100,00 100,00 100,00 100,00<br />

83,76 83,89 79,01 79,85 77,16<br />

86,81 85,85 83,03 84,89 81,70<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

134,02 125,28 121,53 126,29 127,20<br />

Fonte: INE, Estudo sobre o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra concelhio, w w w .ine.pt (informação extraída em 15.06.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 07 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2009.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 36


Os principais problemas e<br />

necessida<strong>de</strong>s em matéria <strong>de</strong><br />

intervenção social<br />

Portugal tem seguido, ainda que a um ritmo mais lento fruto dos movimentos migratórios externos, o<br />

processo <strong>de</strong> transição <strong>de</strong>mográfica europeu, com uma queda dos níveis <strong>de</strong> natalida<strong>de</strong> e uma evolução<br />

positiva dos níveis da esperança <strong>de</strong> vida.<br />

O envelhecimento <strong>de</strong>mográfico traduz-se num <strong>de</strong>créscimo da população jovem, em percentagem da<br />

população total, <strong>de</strong> 44% em 1980 para 28% em 2005. Por outro lado, a população idosa que representava 14<br />

p.p. do total em 1980, correspon<strong>de</strong> em 2005 a 22 p.p. da população total.<br />

Em matéria <strong>de</strong> natalida<strong>de</strong>, Portugal assinala uma diminuição dos níveis <strong>de</strong> natalida<strong>de</strong> (passando <strong>de</strong> 11,7<br />

nados vivos por mil habitantes em 2000, para 9,7 em 2007), e um <strong>de</strong>clínio acentuado do número médio <strong>de</strong><br />

filhos por mulher em ida<strong>de</strong> fértil.<br />

A tendência crescente da esperança <strong>de</strong> vida, resultado da melhoria das condições <strong>de</strong> vida a que a população<br />

portuguesa tem acesso, reflecte o progressivo envelhecimento populacional. A confirmar este facto, está a<br />

evidência <strong>de</strong> um aumento progressivo tanto da esperança média <strong>de</strong> vida à nascença, como da esperança <strong>de</strong><br />

vida aos 65 anos.<br />

O sistema <strong>de</strong> protecção social constitui um dos principais meios sobre os quais esta realida<strong>de</strong> tem maior<br />

impacto, quer pela influência que o envelhecimento populacional exerce ao nível do seu financiamento, quer<br />

pelo maior esforço que requer no apoio na velhice e nos cuidados <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. A vertente <strong>de</strong>mográfica constitui,<br />

assim, um importante <strong>de</strong>safio com que se confrontam os sistemas <strong>de</strong> protecção social e <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> português.<br />

A pobreza, que continua a constituir uma das maiores fragilida<strong>de</strong>s do tecido social português, mostra sinais<br />

<strong>de</strong> retrocesso nos últimos anos (21% em 2000 face a 19% em 2005). Em 2006, a percentagem da população<br />

que vivia abaixo do limiar <strong>de</strong> pobreza correspon<strong>de</strong> a 18%, confirmando a tendência <strong>de</strong>crescente <strong>de</strong> incidência<br />

do risco <strong>de</strong> pobreza em Portugal.<br />

As situações <strong>de</strong> pobreza continuam a manifestar-se <strong>de</strong> forma mais acentuada em alguns subgrupos<br />

populacionais. Apesar das melhorias significativas no bem-estar das crianças e das suas famílias, as<br />

crianças permanecem um grupo particularmente vulnerável, tendo em conta que a infância surge como uma<br />

fase <strong>de</strong>cisiva nas subsequentes oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vida, e on<strong>de</strong> a múltipla privação po<strong>de</strong> ter um impacto<br />

irreversível na transmissão intergeracional da pobreza. Em 2006, cerca <strong>de</strong> 21% <strong>de</strong> crianças (0-17 anos)<br />

viviam em situação <strong>de</strong> pobreza.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 37


A população idosa, por outro lado, é o subgrupo populacional que vive em maior risco <strong>de</strong> pobreza. Em 2006,<br />

existiam 26% <strong>de</strong> idosos em risco <strong>de</strong> pobreza face aos 18% da população total. Os idosos são também um dos<br />

grupos mais vulneráveis à <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> rendimento.<br />

As pessoas com <strong>de</strong>ficiências ou incapacida<strong>de</strong>s, os imigrantes, as minorias étnicas e as pessoas sem-abrigo<br />

contam-se entre as categorias mais vulneráveis à exclusão social em Portugal. Apesar <strong>de</strong> não reunirem os<br />

maiores contingentes em termos <strong>de</strong> composição da pobreza, a intensida<strong>de</strong> com que a situação é vivida e o<br />

conjunto <strong>de</strong> problemas que se lhes associa, é muito relevante.<br />

Neste quadro é compreensível que o Plano Nacional <strong>de</strong> Acção para a Inclusão e a actual Estratégia Nacional<br />

<strong>de</strong> Protecção Social e Inclusão Social estejam, essencialmente, focalizados nestes grupos, estimulando cada<br />

sub-região portuguesa e cada território <strong>municipal</strong>, a <strong>de</strong>senvolver um diagnóstico e um plano <strong>de</strong> intervenção<br />

sistémico para estas populações.<br />

Por conseguinte, <strong>Aveiro</strong> <strong>de</strong>cidiu aprofundar o conhecimento dos actores locais em relação às realida<strong>de</strong>s<br />

daqueles grupos específicos, dando cumprimento ao <strong>de</strong>sígnio estratégico <strong>de</strong> melhor conhecer para melhor<br />

intervir.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 38


Crianças e Jovens<br />

De acordo com o Plano Nacional <strong>de</strong> Acção para a Inclusão, e como já foi referido no enquadramento <strong>de</strong>ste<br />

capítulo, as crianças constituem um dos grupos mais vulneráveis a situações <strong>de</strong> pobreza e exclusão social,<br />

nomeadamente aquelas que são afectadas por fenómenos <strong>de</strong> abandono, negligência e maus-tratos, <strong>de</strong><br />

exposição a mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> comportamento <strong>de</strong>sviante e <strong>de</strong> trabalho infantil.<br />

O <strong>de</strong>sígnio <strong>de</strong> assegurar o pleno <strong>de</strong>senvolvimento social, psicomotor e emocional das crianças é <strong>de</strong> uma<br />

manifesta actualida<strong>de</strong>, quer ao nível internacional, quer aos níveis nacional e infranacional.<br />

No plano nacional, a Iniciativa para a Infância e Adolescência constitui uma referência <strong>de</strong> política para este<br />

grupo etário. Esta iniciativa tem como objectivo planear, <strong>de</strong> forma articulada e transversal, o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento das crianças nas mais diversas vertentes: saú<strong>de</strong>, educação, cultura, ambiente e segurança,<br />

procurando garantir a todas as crianças, adolescentes e respectivas famílias o respeito pelos seus direitos<br />

fundamentais, sem qualquer discriminação.<br />

A análise daquela iniciativa, assim como das principais referências <strong>de</strong> política para este grupo, permite<br />

sistematizar um conjunto <strong>de</strong> preocupações nacionais:<br />

• Fomentar o conhecimento sobre os direitos e necessida<strong>de</strong>s da infância e da adolescência;<br />

• Potenciar as políticas <strong>de</strong> infância e da adolescência, através da coor<strong>de</strong>nação da acção dos diversos<br />

serviços e entida<strong>de</strong>s envolvidos;<br />

• Conceber e implementar sistemas <strong>de</strong> diagnóstico e informação;<br />

• Promover políticas <strong>de</strong> apoio à família, particularmente no que concerne à conciliação entre a vida<br />

pessoal, familiar e profissional e à superação <strong>de</strong> especiais vulnerabilida<strong>de</strong>s;<br />

• Garantir a todas as crianças e adolescentes a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s no acesso a cuidados <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> e educação <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>;<br />

• Fomentar o <strong>de</strong>senvolvimento da promoção <strong>de</strong> estilos <strong>de</strong> vida saudáveis junto das crianças e<br />

adolescentes;<br />

• Facilitar o acesso das crianças e adolescentes aos bens e ao conhecimento sobre património<br />

cultural;<br />

• Definir e implementar critérios <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> nos espaços, estruturas e serviços utilizados por<br />

crianças e adolescentes;<br />

• Promover a segurança nos espaços físicos e virtuais utilizados pelas crianças e adolescentes, bem<br />

como a salvaguarda do direito à imagem nos meios <strong>de</strong> comunicação social.<br />

A boa implementação <strong>de</strong>stes objectivos <strong>de</strong> política passa, a nível nacional, por duas organizações públicas<br />

centrais nesta matéria: 1) o Instituto <strong>de</strong> Segurança Social, I.P., com uma ampla diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> respostas<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 39


sociais para esta área (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a resposta <strong>de</strong> ama, até à creche e pré-escolar, passando pelos centros <strong>de</strong><br />

activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tempos livres, lares <strong>de</strong> infância e juventu<strong>de</strong>, entre outros); 2) a Comissão Nacional <strong>de</strong><br />

Protecção <strong>de</strong> Crianças e Jovens em Risco e respectivas Comissões <strong>de</strong> Protecção <strong>de</strong> Crianças e Jovens locais.<br />

Também os Ministérios da Educação e da Saú<strong>de</strong> têm uma particular vocação para trabalhar questões<br />

directamente relacionadas com o bem-estar das faixas etárias mais jovens.<br />

Paralelamente ao papel incontornável que aqueles organismos nacionais <strong>de</strong>sempenham, é importante<br />

sublinhar o protagonismo crescente que as organizações locais assumem nesta matéria, com especial<br />

<strong>de</strong>staque para as autarquias, as escolas e as instituições da socieda<strong>de</strong> civil<br />

Neste contexto, o concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> tem <strong>de</strong>monstrado uma preocupação crescente com a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida<br />

dos mais jovens e das suas famílias, preocupação vertida no presente documento.<br />

<strong>Aveiro</strong> é um concelho que tem assistido a um <strong>de</strong>clínio da população com ida<strong>de</strong> igual ou inferior a 14 anos. As<br />

11 963 crianças contabilizadas em 2001, <strong>de</strong>ram lugar a 11 446 crianças registadas em 2009, segundo as<br />

estimativas do Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística. Trata-se <strong>de</strong> um <strong>de</strong>créscimo na or<strong>de</strong>m dos 4,32%. A análise<br />

<strong>de</strong>sta tendência por sexo, permite concluir que é o subgrupo dos rapazes que per<strong>de</strong> mais efectivos face a<br />

2001 – 5,67%, por oposição ao subgrupo das raparigas que apenas per<strong>de</strong> 2,96%.<br />

Quadro 25 – População resi<strong>de</strong>nte com ida<strong>de</strong> igual ou inferior a 14 anos (2001 – 2009)<br />

População resi<strong>de</strong>nte<br />

Local <strong>de</strong> residência<br />

Sexo<br />

Período <strong>de</strong><br />

referência dos<br />

dados<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

Grupo etário<br />

Total da<br />

população<br />

Total da população<br />

com < 14 anos<br />

0 - 4 anos 5 - 9 anos 10 - 14 anos<br />

N.º N.º % N.º % N.º % N.º %<br />

2009 72919 11446 15,70 3743 32,70 3843 33,58 3860 33,72<br />

2008 73100 11469 15,69 3702 32,28 3877 33,80 3890 33,92<br />

2007 73347 11570 15,77 3758 32,48 3847 33,25 3965 34,27<br />

2006 73559 11772 16,00 3875 32,92 3871 32,88 4026 34,20<br />

HM<br />

2005 73657 11901 16,16 3935 33,06 3902 32,79 4064 34,15<br />

2004 73626 11947 16,23 3968 33,21 3952 33,08 4027 33,71<br />

2003 73521 12005 16,33 4000 33,32 3936 32,79 4069 33,89<br />

2002 73332 11972 16,33 3954 33,03 3958 33,06 4060 33,91<br />

2001 72995 11963 16,39 3948 33,00 3974 33,22 4041 33,78<br />

2009 35077 5678 16,19 1896 33,39 1885 33,20 1897 33,41<br />

2008 35127 5651 16,09 1844 32,63 1880 33,27 1927 34,10<br />

2007 35255 5716 16,21 1858 32,51 1889 33,05 1969 34,45<br />

2006 35385 5845 16,52 1916 32,78 1910 32,68 2019 34,54<br />

H<br />

2005 35429 5915 16,70 1941 32,81 1911 32,31 2063 34,88<br />

2004 35419 5965 16,84 1953 32,74 1947 32,64 2065 34,62<br />

2003 35342 6014 17,02 1946 32,36 1951 32,44 2117 35,20<br />

2002 35235 6015 17,07 1944 32,32 1962 32,62 2109 35,06<br />

2001 35087 6019 17,15 1946 32,33 1989 33,05 2084 34,62<br />

2009 37842 5768 15,24 1847 32,02 1958 33,95 1963 34,03<br />

2008 37973 5818 15,32 1858 31,94 1997 34,32 1963 33,74<br />

2007 38092 5854 15,37 1900 32,46 1958 33,45 1996 34,10<br />

2006 38174 5927 15,53 1959 33,05 1961 33,09 2007 33,86<br />

M<br />

2005 38228 5986 15,66 1994 33,31 1991 33,26 2001 33,43<br />

2004 38207 5982 15,66 2015 33,68 2005 33,52 1962 32,80<br />

2003 38179 5991 15,69 2054 34,28 1985 33,13 1952 32,58<br />

2002 38097 5957 15,64 2010 33,74 1996 33,51 1951 32,75<br />

2001 37908 5944 15,68 2002 33,68 1985 33,40 1957 32,92<br />

Fonte: INE, Estimativas Anuais da População Resi<strong>de</strong>nte, w w w .ine.pt (informação extraída em 15.06.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 31 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2010.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 40


A análise por sub-grupos etários permite concluir que todos estão a per<strong>de</strong>r população: dos 0 aos 4 anos<br />

per<strong>de</strong> 5,19%; dos 5-9 anos per<strong>de</strong> 3,30% e; dos 10-14 anos per<strong>de</strong> 4,48%, no período 2001-2009.<br />

A perda <strong>de</strong> efectivos populacionais com 14 ou menos anos tem impacte directo numa outra variável – o<br />

índice <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> jovens – que tem sofrido, também ele ao longo dos últimos anos, uma redução<br />

do seu valor, tendo-se fixado nos 23 indivíduos em 2008. Esta tendência <strong>de</strong> diminuição do índice <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>pendência dos jovens está em linha com as dinâmicas verificadas em todas as regiões sob análise<br />

comparativa com o concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> neste estudo <strong>de</strong> diagnóstico.<br />

Quadro 26 – Índice <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> jovens (2001-2008)<br />

Índice <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> jovens<br />

Local <strong>de</strong> residência<br />

Portugal<br />

Centro<br />

Baixo Vouga<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001<br />

N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º<br />

22,80 22,80 23,00 23,10 23,20 23,30 23,40 23,50<br />

21,20 21,40 21,70 21,90 22,10 22,30 22,40 22,60<br />

22,30 22,60 22,90 23,30 23,50 23,80 24,00 24,10<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

23,00 23,00 23,30 23,50 23,60 23,70 23,70 23,80<br />

Fonte: INE, Estimativas Anuais da População Resi<strong>de</strong>nte, w w w .ine.pt (informação extraída em 15.06.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 23 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2009.<br />

Em matéria <strong>de</strong> equipamentos e respostas sociais e educativas para a infância, a caracterização do concelho<br />

em 2010 é a seguinte:<br />

• 37 Equipamentos enquadram a resposta social <strong>de</strong> creche, a maioria dos quais da re<strong>de</strong> solidária (26,<br />

sendo que 2 <strong>de</strong>las não se encontram ainda em funcionamento, pois resultam <strong>de</strong> candidaturas ao<br />

PARES). A re<strong>de</strong> privada com fins lucrativos conta com 10 estabelecimentos <strong>de</strong> creche e a re<strong>de</strong><br />

pública apenas com um, do Instituto <strong>de</strong> Segurança Social. A capacida<strong>de</strong> instalada para creche no<br />

ano <strong>de</strong> 2010 em <strong>Aveiro</strong> é <strong>de</strong> 1 555 lugares, sendo que no mesmo ano frequentavam esta resposta<br />

social 1 316 crianças. De salientar, ainda nesta matéria, que a maioria das IPSS com a resposta<br />

social <strong>de</strong> Creche apresenta um número <strong>de</strong> utentes igual ou superior ao número <strong>de</strong> lugares; por<br />

oposição, são os privados com fins lucrativos aqueles que mais dificulda<strong>de</strong> têm em ocupar todos os<br />

lugares disponíveis para creche. Neste quadro, importa sublinhar, o trabalho realizado, em 2009, <strong>de</strong><br />

cruzamento das várias listas <strong>de</strong> espera das instituições da re<strong>de</strong> privada sem fins lucrativos, que<br />

permitiu aferir os seguintes dados:<br />

* das 22 creches em funcionamento à data <strong>de</strong>ste cruzamento (finalizado a 31 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong><br />

2009) existia um total <strong>de</strong> 396 crianças em lista <strong>de</strong> espera, sendo 338 provenientes do concelho<br />

<strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, e 58 <strong>de</strong> concelhos limítrofes (Ílhavo, Albergaria-a-Velha, Oliveira do Bairro, Vagos,<br />

Estarreja)<br />

* Aradas, Esgueira, Glória e Vera Cruz são as freguesias <strong>de</strong> residência do maior n.º <strong>de</strong> crianças<br />

em lista <strong>de</strong> espera;<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 41


* o maior n.º <strong>de</strong> crianças em lista <strong>de</strong> espera tem ida<strong>de</strong> igual ou inferior a 1 ano<br />

(aproximadamente 300 crianças);<br />

* dado o escasso n.º <strong>de</strong> lugares disponíveis em creche, os pais inscrevem as crianças mesmo<br />

antes <strong>de</strong> terem nascido (cerca <strong>de</strong> 21).<br />

• 18 Equipamentos enquadram a resposta social <strong>de</strong> CATL, a maioria dos quais (14) da re<strong>de</strong> solidária, e<br />

4 da re<strong>de</strong> privada com fins lucrativos. A capacida<strong>de</strong> instalada para CATL no ano <strong>de</strong> 2010 em <strong>Aveiro</strong> é<br />

<strong>de</strong> 937 lugares, sendo que no mesmo ano frequentavam esta resposta social 877 crianças;<br />

• Em matéria <strong>de</strong> ensino pré-escolar, <strong>Aveiro</strong> conta em 2010 com 61 estabelecimentos, 31 públicos<br />

(inclui 1 JI do Instituto <strong>de</strong> Segurança Social), 18 da re<strong>de</strong> solidária e 12 da re<strong>de</strong> privada com fins<br />

lucrativos, com um total <strong>de</strong> 2 292 alunos.<br />

Em matéria <strong>de</strong> pré-escolar, a lista <strong>de</strong> espera nas instituições da re<strong>de</strong> privada sem fins lucrativos era<br />

à data <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2009, <strong>de</strong> 95 crianças, sendo que <strong>de</strong>stas, 71 tinham residência no<br />

concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>; Nesta data, existiam vagas em 3 pré-escolar.<br />

• O 1.º Ciclo do Ensino Básico é ministrado em 35 estabelecimentos públicos, com um total <strong>de</strong> 3 477<br />

alunos. Existem, ainda, no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 3 estabelecimentos da re<strong>de</strong> privada com fins<br />

lucrativos on<strong>de</strong> também é ministrado o 1.º CEB, a saber: (i) Colégio D. José I, com um total <strong>de</strong> 79<br />

alunos; (ii) Colégio Português, com um total <strong>de</strong> 84 alunos e (iii) Estabelecimento <strong>de</strong> Ensino Santa<br />

Joana, com um total <strong>de</strong> 87 alunos.<br />

Quadro 27 – Respostas sociais Creche e CATL<br />

Respostas sociais para crianças e jovens<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2010 - Outubro<br />

Freguesia<br />

Creche<br />

CATL<br />

Equipamentos<br />

Utilização<br />

Equipamentos<br />

Utilização<br />

TOTAL<br />

Público<br />

Re<strong>de</strong><br />

Solidária<br />

Privado com<br />

fins<br />

lucrativos<br />

Capacida<strong>de</strong><br />

Utentes a<br />

frequentar<br />

TOTAL<br />

Público<br />

Re<strong>de</strong><br />

Solidária<br />

Privado com<br />

fins<br />

lucrativos<br />

Capacida<strong>de</strong><br />

Utentes a<br />

frequentar<br />

Aradas 6 0 3 3 229 172 1 0 1 0 24 24<br />

Cacia 2 0 1 1 60 43 1 0 1 0 40 40<br />

Eirol 1 0 1 0 30 26 0 0 0 0 0 0<br />

Eixo 3 0 2 1 105 91 0 0 0 0 0 0<br />

Esgueira 10 0 5 5 358 294 3 0 1 2 202 160<br />

Glória 4 1 3 0 265 263 2 0 2 0 160 143<br />

Nariz 1 0 1 0 30 30 1 0 1 0 20 20<br />

Nossa Senhora<br />

<strong>de</strong> Fátima<br />

1 0 1 0 30 30 1 0 1 0 25 22<br />

Oliveirinha 1 0 1 0 40 40 1 0 1 0 40 40<br />

Santa Joana 2 0 2 0 111 45 4 0 3 1 83 78<br />

São Bernardo 1 0 1 0 75 75 1 0 1 0 165 165<br />

São Jacinto 1 0 1 0 25 25 1 0 1 0 20 15<br />

Vera Cruz 4 0 4 0 197 182 2 0 1 1 158 170<br />

Total 37 1 26 10 1555 1316 18 0 14 4 937 877<br />

Fonte: Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> / NE em 22.10.2010, validada junto das instituições<br />

ainda não<br />

abriram PARES<br />

Aradas / Creche CSCDA.513 = +33<br />

Santa Joana / Creche ASAS = +66<br />

CATL 1.º e 2.º ciclos<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 42


Quadro 28 – Estabelecimentos e alunos no ensino pré-escolar (2009/2010)<br />

Estabelecimentos <strong>de</strong> ensino do Pré-escolar<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

Freguesia<br />

2010 - Outubro<br />

Estabelecimentos<br />

Alunos<br />

TOTAL Público Re<strong>de</strong> solidária<br />

Privado com<br />

fins lucrativos<br />

TOTAL<br />

Aradas 9 4 2 3 274<br />

Cacia 5 3 1 1 149<br />

Eirol 1 1 0 0 10<br />

Eixo 4 2 2 0 134<br />

Esgueira 14 6 4 4 461<br />

Glória 7 3* 3 1 431<br />

Nariz 2 1 1 0 31<br />

Nossa Senhora <strong>de</strong><br />

Fátima<br />

2 1 1 0 55<br />

Oliveirinha 4 3 1 0 126<br />

Requeixo 1 1 0 0 18<br />

Santa Joana 5 3 1 1 167<br />

São Bernardo 2 1 1 0 135<br />

São Jacinto 2 1 1 0 37<br />

Vera Cruz 4 1 1 2 264<br />

Total 62 31 19 12 2292<br />

Fonte: Ministério da Educação - Roteiro das Escolas, http://w w w .min-edu.pt (informação extraída em 04.04.2010).<br />

Validada e completada pela Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> / NE em 22.10.2010<br />

* inclui o Pré-Escolar do Centro Infantil <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> do ISS<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 43


Quadro 29 – Estabelecimentos e alunos no 1.º Ciclo do Ensino Básico – re<strong>de</strong> pública (2009/2010)<br />

Estabelecimentos públicos <strong>de</strong> Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico<br />

Agrupamento <strong>de</strong><br />

Escolas<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2009/2010<br />

Designação do estabelecimento<br />

Alunos segundo o ano <strong>de</strong> ensino e a existência <strong>de</strong> NEE<br />

1.º ano 2.º ano 3.º ano 4.º ano NEE TOTAL<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Aradas 4 0 0 7 3 14<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Aradas 0 0 30 12 2 44<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Leirinhas <strong>de</strong> Aradas 17 20 0 17 1 55<br />

Aradas<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Ver<strong>de</strong>milho 23 22 20 21 3 89<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo n.º 1 <strong>de</strong> Bonsucesso 1 25 20 20 20 3 88<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo n.º 1 <strong>de</strong> Qt. do Picado 13 14 15 17 7 66<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo António Lopes dos Santos 14 6 0 0 0 20<br />

Sub-Total 96 82 85 94 19 376<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Quintã do Loureiro 20 23 25 19 1 88<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Taboeira 7 10 13 8 2 40<br />

Cacia<br />

Eixo<br />

Esgueira<br />

Oliveirinha<br />

São Bernardo<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Cacia 7 14 13 14 2 50<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Póvoa do Paço 20 19 10 13 2 64<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Sarrazola 13 13 11 12 2 51<br />

Sub-Total 67 79 72 66 9 293<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Azurva 15 31 22 36 2 106<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Eirol 3 3 4 3 0 13<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Requeixo 4 13 13 6 4 40<br />

Escola Básica Integrada <strong>de</strong> Eixo 33 36 34 46 9 158<br />

Sub-Total 55 83 73 91 15 317<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Alumieira 16 18 23 19 5 81<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Esgueira 107 65 93 87 13 365<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Quinta do Simão 7 15 3 10 0 35<br />

Sub-Total 130 98 119 116 18 481<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Costa do Valado 8 9 7 19 3 46<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Mamo<strong>de</strong>iro 8 11 18 13 4 54<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Oliveirinha 28 32 30 24 3 117<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Póvoa Valado 14 13 11 8 1 47<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Quintãs 5 8 8 11 6 38<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Nariz 10 14 10 10 3 47<br />

Sub-Total 73 87 84 85 20 349<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Areais 13 21 23 18 0 75<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Areias <strong>de</strong> Vilar 14 16 14 14 0 58<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Presa 6 12 5 12 0 35<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> São Bernardo 61 53 48 64 0 226<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Solposto 38 33 36 36 0 143<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Vilar 17 24 19 25 0 85<br />

Sub-Total 149 159 145 169 0 622<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Barrocas 64 43 51 70 15 243<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Glória 68 76 100 73 7 324<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> S. Jacinto 11 11 8 8 0 38<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Santiago 24 23 21 48 9 125<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Vera-Cruz 72 93 72 65 7 309<br />

Sub-Total 239 246 252 264 38 1039<br />

Total Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

809 834 830 885 119 3477<br />

Fonte: Ministério da Educação - Roteiro das Escolas, http://w w w .min-edu.pt (informação extraída em 04.04.2010). Validada e completada pela CMA em 23.07.2010.<br />

Uma outra questão que importa sistematizar neste documento e no quadro da intervenção local junto <strong>de</strong><br />

crianças e jovens reporta-se à activida<strong>de</strong> da Comissão <strong>de</strong> Protecção Crianças e Jovens (CPCJ) do concelho <strong>de</strong><br />

<strong>Aveiro</strong>. De Janeiro a Dezembro <strong>de</strong> 2009, foram instaurados 219 processos <strong>de</strong> crianças/jovens e 2 processos<br />

<strong>de</strong> jovens com mais <strong>de</strong> 18 anos, o que está em linha com uma tendência <strong>de</strong> crescimento do número <strong>de</strong><br />

processos instaurados em cada ano civil.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 44


Gráfico 10 – CPCJ - evolução processual (1999 a 2009)<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

116<br />

132<br />

154<br />

150<br />

175<br />

187<br />

139<br />

209<br />

222<br />

226<br />

219<br />

50<br />

0<br />

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />

FONTE: CMA<br />

Tendo em conta este universo po<strong>de</strong>mos afirmar que a CPCJ acompanhou maioritariamente crianças com<br />

ida<strong>de</strong> compreendida entre os 6 e os 10 anos, seguido do grupo etário 15-17 anos.<br />

Os motivos que estiveram na base daquele apoio foram, na maioria dos casos, a negligência (31,22%), a<br />

exposição a mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> comportamento <strong>de</strong>sviante (21,27%), os maus tratos psicológicos/abuso emocional<br />

(14,93%) e o abandono escolar (12,67%).<br />

Quadro 30 – Crianças e jovens sinalizadas pela CPCJ segundo a problemática e o grupo etário (2009)<br />

Crianças e Jovens sinalizadas pela CPCJ<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

Problemática<br />

2009<br />

Grupo etário<br />

TOTAL<br />

0-2 3-5 6-10 11-12 13-14 15-17 > 18<br />

N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º<br />

Abandono<br />

1 0 0 0 0 1 0 2<br />

Abandono escolar<br />

0 0 7 3 8 9 1 28<br />

Abuso sexual<br />

0 1 1 0 1 1 0 4<br />

Corrupção <strong>de</strong> menores<br />

0 0 0 0 0 0 0 0<br />

Exercício Abusivo <strong>de</strong> Autorida<strong>de</strong> 1 0 0 0 0 0 0 1<br />

Exposição a mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> comportamento <strong>de</strong>sviante 9 5 12 3 5 12 1 47<br />

Ingestão <strong>de</strong> bebidas alcoólicas 0 0 0 0 2 1 0 3<br />

Maus tratos físicos 2 2 7 1 2 2 0 16<br />

Maus tratos psicológicos/abuso emocional 4 2 12 3 4 8 0 33<br />

Mendicida<strong>de</strong> 0 0 0 0 0 0 0 0<br />

Negligência 16 18 17 7 9 2 0 69<br />

Prática <strong>de</strong> facto qualificado como crime 0 0 5 1 1 5 0 12<br />

Problemas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 1 0 0 0 0 0 0 1<br />

Uso <strong>de</strong> estupefacientes 0 0 0 0 0 5 0 5<br />

TOTAL 34 28 61 18 32 46 2 221<br />

Fonte: Comissão <strong>de</strong> Protecção <strong>de</strong> Crianças e Jovens <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 45


Problemas e necessida<strong>de</strong>s<br />

A análise qualitativa conjunta <strong>de</strong>senvolvida pelos actores locais em torno <strong>de</strong>ste subgrupo populacional,<br />

permitiu i<strong>de</strong>ntificar uma lista <strong>de</strong> problemas relativamente extensa que inci<strong>de</strong>m nas questões associadas à<br />

educação, formação e emprego; aos processos <strong>de</strong> sociabilização primária e secundária; à saú<strong>de</strong>; aos<br />

equipamentos e infra-estruturas; e ao potencial do movimento associativo.<br />

O primeiro problema i<strong>de</strong>ntificado recai sobre situações <strong>de</strong> negligência parental para com crianças e<br />

jovens, nomeadamente em matéria <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, alimentação, higiene e organização doméstica. Estas<br />

situações <strong>de</strong> negligência têm tradução, não raras vezes, numa gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> acompanhamento dos<br />

filhos por parte dos pais, quer no contexto escolar, quer no contexto doméstico e social, bem como em<br />

situações <strong>de</strong> violência verbal e psicológica.<br />

Trata-se <strong>de</strong> um problema que tem relacionado um amplo leque <strong>de</strong> causas, sobretudo associadas a: (i) um<br />

défice <strong>de</strong> competências pessoais, sociais e parentais nos agregados on<strong>de</strong> estes problemas se fazem sentir; (ii)<br />

dificulda<strong>de</strong>s na gestão da economia doméstica; (iii) uma ina<strong>de</strong>quação das priorida<strong>de</strong>s da estrutura familiar;<br />

(iv) algumas situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência (alcoolismo e toxico<strong>de</strong>pendência); (v) baixas habilitações e iliteracia;<br />

(vi) uma <strong>de</strong>legação da função educativa dos pais nas próprias crianças e em filhos mais velhos; (vii) uma<br />

existência <strong>de</strong> comportamentos discriminatórios perante as famílias mais pobres; (viii) uma ausência <strong>de</strong><br />

estratégias eficazes <strong>de</strong> comunicação entre a escola e a família; (ix) falta <strong>de</strong> tempo dos pais para estarem com<br />

os filhos, <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> obrigações profissionais, o que promove a institucionalização, cada vez mais cedo,<br />

das crianças.<br />

Neste aspecto importa acentuar o facto <strong>de</strong> a <strong>de</strong>missão e <strong>de</strong>sresponsabilização parental e o défice <strong>de</strong><br />

competências pessoais e sociais constituírem causas nucleares <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> problemas. Verifica-se, <strong>de</strong> facto,<br />

que as situações <strong>de</strong> negligência estão muito <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>stas realida<strong>de</strong>s e são fortemente tributárias <strong>de</strong><br />

um fenómeno <strong>de</strong> “<strong>de</strong>legação” das competências <strong>de</strong> educar para a instituição escolar, por parte das famílias.<br />

Trata-se <strong>de</strong> problemas que não apresentam uma territorialização específica e que contam com a existência<br />

<strong>de</strong> alguns recursos locais que têm vindo a ser mobilizados no sentido <strong>de</strong> minimizar as situações sinalizadas e<br />

que po<strong>de</strong>rão, certamente, ser mobilizados para intervenções futuras. Estes recursos são:<br />

• CAFAP - Centro <strong>de</strong> Apoio Familiar e Aconselhamento Parental “Entre Laços”;<br />

• O Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>;<br />

• Equipa <strong>de</strong> intervenção precoce;<br />

• Projecto RIA 4 Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Intervenção <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, através das acções <strong>de</strong> formação parental;<br />

• Projecto Alternativas 5 no âmbito da prevenção do consumo <strong>de</strong> substâncias psico-activas;<br />

• Os parceiros do CLASA com acordos <strong>de</strong> intervenção comunitária;<br />

4 Projecto PROGRIDE, financiado pelo ISS, e que terá o seu terminus em Setembro <strong>de</strong> 2010.<br />

5<br />

Projecto PRI, financiado pelo IDT, e que tem o seu terminus em Agosto <strong>de</strong> 2010.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 46


• A comunida<strong>de</strong> educativa (agrupamentos <strong>de</strong> escolas e associações <strong>de</strong> pais);<br />

• As equipas pluridisciplinares <strong>de</strong> apoio às famílias e que operam, fundamentalmente, no âmbito do<br />

Rendimento Social <strong>de</strong> Inserção (Equipas <strong>de</strong> Protocolo RSI).<br />

No que diz respeito a este último recurso, o concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> conta com a organização sistematizada no<br />

quadro seguinte.<br />

Quadro 31 – Rendimento Social <strong>de</strong> Inserção<br />

Rendimento Social <strong>de</strong> Inserção<br />

Freguesia<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

Designação da entida<strong>de</strong> Designação do técnico Local Dias<br />

Aradas Associação Casa Mãe Aradas Cristina Ferreira Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Aradas 2.ª feira<br />

Cacia Fundação CESDA Jaime Marques Fundação CESDA 3.ª feira<br />

Eirol Santa Casa Misericórdia <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> Sandra Regala Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Oliveirinha 2.ª feira<br />

Eixo Fundação CESDA Jaime Marques Associação Melhoramentos <strong>de</strong> Eixo 5.ª feira<br />

Esgueira Fundação CESDA Jaime Marques Fundação CESDA 3.ª feira<br />

Glória<br />

Associação Casa Mãe Aradas Cristina Ferreira Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Aradas 3.ª feira<br />

Florinhas do Vouga Berta Vieira Bairro <strong>de</strong> Santiago 5.ª feira<br />

Nariz Associação Casa Mãe Aradas Cristina Ferreira e Joana Valente Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Nariz 6.ª feira<br />

Nossa Senhora <strong>de</strong><br />

Fátima<br />

Associação Casa Mãe Aradas<br />

Cristina Ferreira<br />

Sala do ATL do Centro Social Paroquial N.ª Sr.ª<br />

Fátima<br />

Oliveirinha Santa Casa Misericórdia <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> Sandra Regala Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Oliveirinha 2.ª feira<br />

Requeixo Santa Casa Misericórdia <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> Sandra Regala Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Oliveirinha 2.ª feira<br />

2010<br />

5.ª feira<br />

Santa Joana<br />

Santa Casa Misericórdia <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> Sandra Regala Se<strong>de</strong> da Santa Casa da Misericórdia 5.ª feira<br />

ASAS Dina Sarrico Quinta do Griné (Bairros do Griné e Cova do Ouro) 3.ª feira<br />

São Bernardo Associação Casa Mãe Aradas Cristina Ferreira<br />

Situações <strong>de</strong> atendimento são encaminhadas para<br />

Aradas<br />

São Jacinto Santa Casa Misericórdia <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> Sandra Regala Se<strong>de</strong> da Santa Casa da Misericórdia 5.ª feira<br />

Vera Cruz<br />

Santa Casa Misericórdia <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> Sandra Regala Se<strong>de</strong> da Santa Casa da Misericórdia 5.ª feira<br />

Centro Comunitário da Vera Cruz José Eduardo Cortesão Centro Comunitário Vera Cruz 3.ª feira<br />

Fonte: Re<strong>de</strong> Social (informação disponibilizada em 23.07.2010).<br />

-<br />

O segundo problema i<strong>de</strong>ntificado está associado ao consumo <strong>de</strong> substâncias lícitas e ilícitas,<br />

nomeadamente consumos precoces e em contextos nocturnos e <strong>de</strong> lazer. Esta realida<strong>de</strong> tem a sua<br />

origem, entre outros aspectos: (i) na falta <strong>de</strong> suporte familiar; (ii) na <strong>de</strong>smotivação; (iii) no fácil acesso às<br />

substâncias; (iv) em antece<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> consumo nas famílias; (v) em atitu<strong>de</strong>s sociais favoráveis ao consumo;<br />

(vi) em conflitos familiares/violência doméstica; (vii) na influência dos pares com comportamentos<br />

<strong>de</strong>sajustados. Trata-se <strong>de</strong> realida<strong>de</strong>s com particular concentração em territórios como a Praça do Peixe e a<br />

zona do Alboi, situadas nas freguesias da Vera Cruz e Glória, respectivamente.<br />

O combate a estes problemas passa, necessariamente, pelo trabalho que já está no terreno e, naturalmente,<br />

por outras iniciativas que po<strong>de</strong>rão ser planeadas e implementadas:<br />

• CRI <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> (Equipas <strong>de</strong> Tratamento, Reinserção Social, Prevenção, Redução <strong>de</strong> Riscos e<br />

Minimização <strong>de</strong> Danos) ao nível dos cuidados assistenciais do toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e apoio técnico,<br />

acompanhamento e supervisão das intervenções;<br />

• Consulta <strong>de</strong> Prevenção Indicada para Jovens e Famílias em Risco, a funcionar na se<strong>de</strong> do CRI <strong>de</strong><br />

<strong>Aveiro</strong> – Centro <strong>de</strong> Respostas Integradas do IDT;<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 47


• Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, ao nível da consulta <strong>de</strong> Alcoologia e Desabituação Tabágica, apoia as intervenções<br />

<strong>de</strong>senvolvidas pelas escolas no âmbito da Educação para a Saú<strong>de</strong> e do Projecto “Construindo<br />

Famílias” dirigido a grávidas;<br />

• Projectos PRI: “Alternativas”, “Prevenção das Toxico<strong>de</strong>pendências em Meio Escolar” e Giros” (através<br />

do Ponto <strong>de</strong> Contacto) 6 ;<br />

• Equipa <strong>de</strong> Intervenção Directa e ATL “Meninarte” das Florinhas do Vouga;<br />

• CPCJ <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> (sinalização <strong>de</strong> situações);<br />

• Agrupamentos <strong>de</strong> escolas (sinalizações e encaminhamento);<br />

• Centro Distrital da Segurança Social.<br />

No contexto, ainda, do problema do consumo <strong>de</strong> substâncias lícitas e ilícitas, importa sublinhar o trabalho<br />

que tem vindo a ser <strong>de</strong>senvolvido no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> no quadro do Plano Operacional <strong>de</strong> Respostas<br />

Integradas (PORI), quer por via <strong>de</strong> projectos como o PRI, quer por via do Centro <strong>de</strong> Respostas Integradas <strong>de</strong><br />

<strong>Aveiro</strong> (CRI <strong>Aveiro</strong>).<br />

No âmbito do PRI, e tendo em conta terminus dos projectos no mês <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010, foi já <strong>de</strong>senvolvido um<br />

trabalho <strong>de</strong> avaliação dos mesmos, e <strong>de</strong> actualização do diagnóstico da situação concelhia em matéria <strong>de</strong><br />

álcool e drogas. Deste trabalho ressalvam algumas conclusões importantes <strong>de</strong> constar do documento <strong>de</strong><br />

Diagnóstico Social <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, e que se sistematizam na caixa que se segue.<br />

Diagnóstico <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> – Álcool e Drogas<br />

No documento Diagnóstico <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> – Álcool e Drogas conclui-se que, não obstante os “… resultados positivos alcançados<br />

pelo conjunto das intervenções [<strong>de</strong>senvolvidas no âmbito do PRI], durante estes dois anos, a maioria dos problemas<br />

continua presente nalgumas freguesias do Concelho, pelo que se justifica a continuida<strong>de</strong> das intervenções em curso,<br />

não só no anterior território (<strong>Aveiro</strong> 1) mas abrangendo também a generalida<strong>de</strong> do restante território Concelhio e<br />

intervindo sobre os actuais problemas: (i) Consumos em ida<strong>de</strong>s precoces e presença <strong>de</strong> factores <strong>de</strong> risco; (ii) Elevadas<br />

prevalências <strong>de</strong> consumos, sobretudo <strong>de</strong> álcool com particular significado a prevalência <strong>de</strong> consumo nos últimos 30 dias;<br />

(iii) Arrumadores <strong>de</strong> carros e sem-abrigo associados a situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> substâncias psicoactivas; (iv)<br />

Existência <strong>de</strong> famílias <strong>de</strong>sestruturadas com problemas relacionadas com consumo <strong>de</strong> substâncias (lícitas e ilícitas) e on<strong>de</strong><br />

são evi<strong>de</strong>ntes factores <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> vária or<strong>de</strong>m, em diferentes freguesias e com especial incidência nos Bairros Sociais; (v)<br />

Sentimentos <strong>de</strong> insegurança, <strong>de</strong>sacatos e vandalismo; (vi) Tráfico <strong>de</strong> substâncias; (vii) Locais públicos on<strong>de</strong> ocorrem<br />

consumos e on<strong>de</strong> se regista a presença <strong>de</strong> material <strong>de</strong> consumo; (viii) Fácil acessibilida<strong>de</strong> às substâncias; (ix)<br />

Desemprego, baixa escolarida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ficit <strong>de</strong> competências pessoais, sociais e profissionais da população<br />

toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte.”<br />

Uma análise dos problemas neste domínio por freguesia permite salientar o seguinte:<br />

Cacia: Indícios <strong>de</strong> consumos <strong>de</strong> álcool e cannabis por parte da população jovem adulta (Estação CP e Junta Freguesia);<br />

6 Projectos co-financiados pelo IDT, e que têm o seu términus em Agosto <strong>de</strong> 2010, perspectivando-se a eventual continuida<strong>de</strong><br />

dos mesmos. Desenvolvidos em 5 freguesias do concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> – Vera Cruz, Glória e zonas urbanas <strong>de</strong> S. Bernardo,<br />

Aradas e Santa Joana –, têm um financiamento global <strong>de</strong> €319 965.24, e como objectivo apoiar a concretização <strong>de</strong><br />

novas respostas para aqueles territórios, através <strong>de</strong> intervenção sobre três áreas <strong>de</strong> missão: (i) Prevenção (Projecto “Alternativas”<br />

promovido pelo Centro Social e Paroquial da Vera Cruz; Projecto “Prevenção das Toxico<strong>de</strong>pendências em Meio<br />

Escolar” promovido pela Escola Profissional <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>); (ii) Reinserção (Projecto “RIS” promovido pela Delegação <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

da Cruz Vermelha Portuguesa); e (iii) Redução <strong>de</strong> Riscos e Minimização <strong>de</strong> Danos (Projecto “GIROS” promovido pelas Florinhas<br />

do Vouga).<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 48


Prostituição com consumos <strong>de</strong> SPA’s.<br />

Eixo: Indícios <strong>de</strong> consumos e tráfico <strong>de</strong> SPA’s e consumo abusivo no centro da localida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Azurva, Parque dos Montes<br />

<strong>de</strong> Azurva e Parque da Balsa.<br />

Esgueira: Destacam-se as urbanizações do Cabo Luís (Moisés Cabica), Bela Vista e Olho d’Água, pela existência <strong>de</strong><br />

grupos <strong>de</strong> jovens com indícios <strong>de</strong> consumos <strong>de</strong> SPA’s.- Situações <strong>de</strong> abandono e <strong>de</strong> negligência parental (as crianças<br />

passam muito tempo na rua, sem vigilância <strong>de</strong> adultos) e falta <strong>de</strong> alternativas ocupacionais para os grupos <strong>de</strong> jovens<br />

(Urbanização Olho d’Água);<br />

Glória: Sobressaem os seguintes locais on<strong>de</strong> se concentram indivíduos consumidores <strong>de</strong> SPA’s em situação <strong>de</strong> exclusão<br />

social: Rua da Pega; Cinco Bicas; o Moinho; Parque Municipal; e parque <strong>de</strong> estacionamento frente ao Hospital Infante D.<br />

Pedro. Na Urbanização <strong>de</strong> Santiago sublinham-se as seguintes situações: (i) Consumidores <strong>de</strong> SPA’s, com ida<strong>de</strong>s<br />

compreendidas entre os 12 e os 16 anos, <strong>de</strong> ambos os sexos, que se concentram, sobretudo, nos jardins, escadaria, na<br />

entrada dos prédios e noutros locais <strong>de</strong> diversão; (ii) Jovens adultos, que se reúnem em algumas das pracetas durante<br />

longos períodos do dia para consumo e tráfico (integrado neste grupo estão i<strong>de</strong>ntificados alguns menores que colaboram<br />

no tráfico); (iii) Afluência <strong>de</strong> sem-abrigos e arrumadores que ace<strong>de</strong>m aos serviços existentes no bairro; (iv) Tráfico <strong>de</strong><br />

substâncias e consequente afluência <strong>de</strong> estranhos ao bairro; (v) Vandalismo (assaltos pontuais, não <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ados por<br />

grupos resi<strong>de</strong>ntes na urbanização).<br />

Oliveirinha: Indícios <strong>de</strong> consumos <strong>de</strong> SPA’s, por parte da população jovem e adulta.<br />

São Jacinto: Freguesia propícia ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> contextos <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendências (consumo e tráfico) porque se situa<br />

em zona geograficamente isolada, com ligação à Ria <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> e ao mar e on<strong>de</strong> se registam: (i) Indícios <strong>de</strong> consumos <strong>de</strong><br />

SPA’s, por parte da população jovem e adulta; (ii) Registo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sacatos relacionados com consumos abusivos <strong>de</strong> SPA’s.<br />

Santa Joana: Urbanização da Quinta do Griné e Cova do Ouro: (i) Grupo heterogéneo <strong>de</strong> utilizadores <strong>de</strong> SPA’s que se<br />

concentra regularmente, durante o dia, junto a um dos prédios; (ii) Banalização do consumo <strong>de</strong> haxixe entre a camada<br />

mais jovem <strong>de</strong>sta população; (iii) Desemprego, pequeno tráfico, violência doméstica, situações <strong>de</strong> abandono e <strong>de</strong><br />

negligência parental (as crianças passam muito tempo na rua, sem vigilância <strong>de</strong> adultos) e falta <strong>de</strong> alternativas<br />

ocupacionais para os grupos <strong>de</strong> jovens. Urbanização do Caião: (i) Consumo <strong>de</strong> SPA’s que ocorre nos espaços circundantes<br />

ao bairro; (ii) Alcoolismo, mais visível na população adulta, e com consequências ao nível da violência doméstica; (iii)<br />

Negligência parental e factores <strong>de</strong> risco acrescidos para os menores; (iv) Pequeno tráfico e prostituição associada a<br />

consumos.<br />

Vera Cruz: Globalmente persistem os problemas, a sua diversida<strong>de</strong> e complexida<strong>de</strong>: (i) Grupo heterogéneo <strong>de</strong> utilizadores<br />

<strong>de</strong> drogas endovenosas (E.V) e outras SPA’s, indivíduos em situação <strong>de</strong> exclusão social (parque <strong>de</strong> estacionamento “Paula<br />

Dias”; zona envolvente ao centro comercial “Oita”); (ii) Situações <strong>de</strong> tráfico, furtos, consumos <strong>de</strong> SPA’s (zona envolvente à<br />

Escola Profissional <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>; Rossio); (iii) Alcoolismo, (zona envolvente à estação <strong>de</strong> CP; Largo Dr. Jaime Magalhães Lima;<br />

Rossio); (iv) Prostituição feminina e masculina associada a consumos <strong>de</strong> SPA’s (Rossio); (v) Afluência <strong>de</strong> jovens e adultos<br />

na Praça do Peixe e zona envolvente, com consumos <strong>de</strong> SPA’s (contexto recreativo e nocturno).<br />

Em termos <strong>de</strong> informação quantitativa, o documento Diagnóstico <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> – Álcool e Droga apresenta informação<br />

bastante diversificada e abrangente e da qual se <strong>de</strong>stacam os seguintes domínios:<br />

• Relativamente a indivíduos em risco <strong>de</strong> exclusão, sinalizam-se: (i) 69 Indivíduos apoiados pela Equipa <strong>de</strong><br />

Intervenção Directa (EID), quais 81,16% são <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> SPA’s; (ii) 40 Indivíduos apoiados pelo Projecto RIS,<br />

<strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2008 até Maio <strong>de</strong> 2010, sendo que todos são <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> SPA’s; (iii) 106 Indivíduos apoiados<br />

ao nível da Equipa <strong>de</strong> Rua do Projecto GIROS; (iv) 60 Indivíduos em risco <strong>de</strong> exclusão (num universo <strong>de</strong> 127)<br />

com problemas associados ao consumo <strong>de</strong> SPA’s (31 <strong>de</strong> SPA’s ilícitas e 29 Problemas Ligados ao Álcool (PLA))<br />

apoiados, no ano 2009, pela Cáritas Diocesana <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, no âmbito do Apoio a Indivíduos e Famílias em<br />

Situação <strong>de</strong> Emergência; (v) 13 Situações <strong>de</strong> prostituição associadas ao consumo <strong>de</strong> SPA’s lícitas e ilícitas<br />

(Projecto Ria, ano 2009); (vi) 34 Indivíduos (num total <strong>de</strong> 60) em situação sem-abrigo têm consumos <strong>de</strong> SPA’s.<br />

• No que diz respeito ao grupo das crianças e jovens, o documento em apreço sistematiza os seguintes dados: (i)<br />

150 Filhos menores <strong>de</strong> toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes em tratamento na ETR no ano <strong>de</strong> 2009; (ii) -52 Filhos <strong>de</strong> alcoólicos em<br />

tratamento, na Consulta <strong>de</strong> Alcoologia do Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>; (iii) 8 Indivíduos acompanhados na<br />

consulta <strong>de</strong> Prevenção Indicada do CRI <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, no ano <strong>de</strong> 2009; (iv) 219 Crianças e Jovens sinalizadas na<br />

CPCJ local, no ano 2009; (v) 48 Indivíduos com processo aberto na Comissão para Dissuasão para a<br />

Toxico<strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> (CDT), no ano 2009.<br />

• Em matéria <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, e tendo por base os dados da Equipa <strong>de</strong> Tratamento (ET) do CRI <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> verifica-se que,<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 49


no ano <strong>de</strong> 2009, ace<strong>de</strong>ram a este serviço 294 toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes (dos quais 32 pela primeira vez),<br />

maioritariamente oriundos das freguesias urbanas do concelho, do sexo masculino e com ida<strong>de</strong>s superiores a 30<br />

anos. Ao nível das doenças infecto-contagiosas, verifica-se que 32% dos indivíduos em análise se encontra<br />

infectado, sendo que <strong>de</strong>stes, 85% são utentes infectados pela Hepatite C, 15% infectados por VIH Sida. Quanto à<br />

<strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> álcool, tendo por referência os dados fornecidos pela Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alcoologia <strong>de</strong> Coimbra<br />

constata-se que 628 indivíduos oriundos do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> estão inscritos neste serviço. Ainda, sobre a<br />

problemática do álcool, importa referir que, <strong>de</strong> acordo com o cálculo do n.º <strong>de</strong> bebedores excessivos e <strong>de</strong> doentes<br />

alcoólicos, estima-se que existam 8.260 bebedores excessivos e 6140 doentes alcoólicos, resi<strong>de</strong>ntes no concelho<br />

<strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>. De acordo com dados da Consulta <strong>de</strong> Alcoologia do Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> (CSA) e respectivas<br />

extensões e Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Familiares (USF Moliceiro e USF Sta. Joana), verifica-se que no ano 2009 foram<br />

acompanhados um total <strong>de</strong> 96 indivíduos resi<strong>de</strong>ntes no concelho. Ainda, sobre o acompanhamento a indivíduos<br />

alcoólicos, importa referir que o Centro <strong>de</strong> Alcoólicos Recuperados do Distrito <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> (CARDA) em 2009<br />

acompanhou 27 utentes resi<strong>de</strong>ntes no concelho, dos quais 40,74% iniciaram no mesmo ano acompanhamento<br />

naquela instituição. De acordo com os dados do Serviço <strong>de</strong> Urgência do Hospital <strong>de</strong> Infante D. Pedro, no ano <strong>de</strong><br />

2009, registaram-se naquele serviço 97 episódios relacionados com o consumo <strong>de</strong> substâncias psicoactivas;<br />

quanto ao motivo que <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ou tais episódios <strong>de</strong> urgência, o consumo <strong>de</strong> álcool aparece <strong>de</strong>stacado no<br />

número <strong>de</strong> registos, com 78 situações, relevando ainda que 58 <strong>de</strong>stes episódios se referem a abusos episódicos e<br />

intoxicações agudas, sem <strong>de</strong>pendência ou abuso contínuo. Quanto às outras drogas registam-se 13 situações.<br />

Para concluir, <strong>de</strong> referir que o documento em apreço apresenta uma síntese muito bem conseguida da situação<br />

verificada, em termos <strong>de</strong> prevalências <strong>de</strong> consumo, no 3º CEB e ensino secundário.<br />

3º CEB<br />

• Tabaco: Descida acentuada na Prevalência ao Longo da Vida (PLV) e últimos 12 Meses e manutenção nos<br />

últimos 30 Dias (19,1% em 2006);<br />

• Álcool: Descida na Prevalência ao longo da Vida e aumento nos últimos 12 Meses e nos últimos 30 Dias (51,5 e<br />

33% respectivamente em 2006);<br />

• Droga (todas as ilícitas): Descida na Prevalência ao Longo da Vida e nos últimos 12 Meses e ligeiro aumento nos<br />

últimos 30 Dias (8,5% em 2006);<br />

• Cannabis: Descida acentuada na Prevalência ao longo da Vida e nos últimos 12 Meses e ligeiro aumento nos<br />

últimos 30 Dias (7,6% em 2006).<br />

Ensino secundário<br />

• Tabaco: Descida generalizada e acentuada (cerca <strong>de</strong> 20 pontos percentuais) nas 3 prevalências – PLV, últimos<br />

12 M e últimos 30 Dias (19,9% em 2006);<br />

• Álcool: Descida na PLV, manutenção nos últimos 12 M e aumento nos últimos 30 Dias (53,5% em 2006);<br />

• Droga (todas as ilícitas): Descida generalizada nas 3 prevalências – na PLV 16 pontos, 15 pontos nos últimos 12<br />

M e 8 pontos nos últimos 30 Dias (10,6% em 2006);<br />

• Cannabis: Descida generalizada nas 3 prevalências – 15 pontos na PLV, 14 nos últimos 12 M e 8 pontos nos<br />

últimos 30 Dias (10% em 2006).<br />

Um outro problema que foi i<strong>de</strong>ntificado pelos actores locais diz respeito a situações <strong>de</strong> abandono,<br />

absentismo e insucesso escolar. Trata-se <strong>de</strong> situações complexas, na medida em que as exigências em<br />

matéria <strong>de</strong> qualificação da população são cada vez maiores e, certamente, um factor diferenciador e <strong>de</strong><br />

inclusão no mercado <strong>de</strong> trabalho. Estes problemas, que se fazem sentir sobretudo nos 2.º e 3.º Ciclos do<br />

Ensino Básico e no Ensino Secundário, têm como principais causas: (i) a <strong>de</strong>smotivação e <strong>de</strong>svalorização da<br />

escola por parte das crianças e dos jovens; (ii) alguma <strong>de</strong>sa<strong>de</strong>quação da oferta educativa e formativa às<br />

necessida<strong>de</strong>s, características e expectativas dos jovens; (iii) fraco reconhecimento da importância da escola<br />

no contexto familiar e consequente falta <strong>de</strong> envolvimento dos pais; (iv) défice <strong>de</strong> competências parentais; (v)<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 50


<strong>de</strong>sconhecimento da oferta formativa do concelho; (vi) incumprimento das regras estipuladas no regulamento<br />

interno das escolas; (vii) solicitações provenientes do exterior da escola; (viii) dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong>; (ix)<br />

problemas <strong>de</strong> integração <strong>de</strong> crianças <strong>de</strong> famílias problemáticas nas escolas; (x) falta <strong>de</strong> confiança dos pais na<br />

instituição escolar; (xi) políticas educativas excessivamente rígidas e <strong>de</strong>sajustadas da realida<strong>de</strong> social; (xii)<br />

défice <strong>de</strong> estratégias eficazes <strong>de</strong> comunicação entre a escola e a família.<br />

Como é possível aferir através das causas recenseadas, a intervenção junto <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> problemas terá que<br />

ser, necessariamente, transversal e transdisciplinar. <strong>Aveiro</strong> tem, neste momento, um conjunto <strong>de</strong> recursos<br />

locais mobilizados para fazer face a estas situações, que <strong>de</strong>verão ser reforçados, e dos quais se <strong>de</strong>stacam:<br />

• O PIEC – Programa para a Inclusão e Cidadania;<br />

• A AIDA – Associação Industrial <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> (através dos CEF - Cursos Educação Formação);<br />

• Os agrupamentos <strong>de</strong> escolas (através <strong>de</strong> PCA – Percursos Curriculares Alternativos e CEF);<br />

• A Escola Profissional <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> (CEF, Cursos Profissionais e GPA – Gabinete <strong>de</strong> Apoio ao Aluno);<br />

• O Centro <strong>de</strong> Formação Profissional do IEFP;<br />

• Outras entida<strong>de</strong>s formativas;<br />

• Os 4 Centros Novas Oportunida<strong>de</strong>s (AIDA – Associação Industrial <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, Agrupamento <strong>de</strong><br />

Escolas <strong>de</strong> S. Bernardo, Centro <strong>de</strong> Formação Profissional <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, Escola Secundária Dr. Jaime<br />

Magalhães Lima);<br />

• O tecido empresarial local e regional;<br />

• A CPCJ;<br />

• O Projecto RIA;<br />

• Projectos PRI: Alternativas e Prevenção das Toxico<strong>de</strong>pendências em Meio Escolar;<br />

• Consulta <strong>de</strong> Prevenção Indicada para Jovens e Famílias em Risco, a funcionar na se<strong>de</strong> do CRI <strong>de</strong><br />

<strong>Aveiro</strong> – Centro <strong>de</strong> Respostas Integradas do IDT;<br />

• Os protocolos do Rendimento Social <strong>de</strong> Inserção;<br />

• Parceiros da Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, com vocação para trabalhar estes grupos-alvo, e estas<br />

problemáticas.<br />

Um outro grupo <strong>de</strong> situações problemáticas pren<strong>de</strong>-se com questões comportamentais, nomeadamente<br />

em contexto escolar, que traduzem níveis assinaláveis <strong>de</strong> falta <strong>de</strong> cidadania e que têm por base causas<br />

como: (i) fracos recursos económicos das famílias; (ii) baixas expectativas <strong>de</strong> realização escolar e <strong>de</strong> sucesso;<br />

(iii) insucesso escolar; (iv) consumo <strong>de</strong> estupefacientes/substâncias ilícitas; (iv) subsidio<strong>de</strong>pendência; (v) falta<br />

<strong>de</strong> vínculo entre pais e filhos; (vi) exclusão espacial; (vii) competição por um estatuto social; (viii) má gestão<br />

dos recursos domésticos; (ix) inércia/passivida<strong>de</strong> dos pais e preferência por compensações materiais em<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 51


<strong>de</strong>trimento das afectivas; (x) publicida<strong>de</strong> agressiva com alvo nos filhos; (xi) busca incessante da “felicida<strong>de</strong>”;<br />

(xii) fragilida<strong>de</strong> familiar; (xii) inversão <strong>de</strong> valores, imediatismo e consumismo/materialismo; (xiii) falta <strong>de</strong><br />

bons exemplos; (xiv) <strong>de</strong>missão das funções parentais; (xv) respostas educativas algo <strong>de</strong>sajustadas às<br />

características das crianças/jovens.<br />

Os recursos locais i<strong>de</strong>ntificados pelos parceiros da Re<strong>de</strong> Social para minimizar este tipo <strong>de</strong> problemas e que<br />

estão no terreno são:<br />

• O Projecto RIA;<br />

• O Projecto Alternativas;<br />

• A Casa Municipal da Juventu<strong>de</strong> (Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>);<br />

• O Instituto Português da Juventu<strong>de</strong>;<br />

• Consulta <strong>de</strong> Prevenção Indicada para Jovens e Famílias em Risco, a funcionar na se<strong>de</strong> do CRI <strong>de</strong><br />

<strong>Aveiro</strong> – Centro <strong>de</strong> Respostas Integradas do IDT;<br />

• As associações juvenis;<br />

• CAFAP - Centro <strong>de</strong> Apoio Familiar e Aconselhamento Parental “Entre Laços”.<br />

Uma nota para o papel que o movimento associativo po<strong>de</strong>rá vir a assumir na resolução <strong>de</strong>stes e outros<br />

problemas. No entanto, este movimento encontra-se numa situação <strong>de</strong> alguma vulnerabilida<strong>de</strong>, exigindo<br />

uma revitalização urgente. Tal situação fica a <strong>de</strong>ver-se a: (i) um défice <strong>de</strong> li<strong>de</strong>ranças locais; (ii) um fraco<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma cultura <strong>de</strong> cidadania; (iii) uma <strong>de</strong>sa<strong>de</strong>quação dos espaços existentes relativamente<br />

às necessida<strong>de</strong>s das pessoas e às exigências <strong>de</strong> crescente qualificação <strong>de</strong>ste movimento; (iv) um défice <strong>de</strong><br />

apoios financeiros. Neste quadro, o trabalho <strong>de</strong>senvolvido e as competências do Conselho Municipal <strong>de</strong><br />

Juventu<strong>de</strong> 7 são fundamentais, assim como o é, o das associações juvenis mais dinâmicas, e do próprio<br />

tecido empresarial (no sentido do apoio, nomeadamente, financeiro).<br />

De certo modo associado a estes fenómenos comportamentais, estão problemas ainda mais amplos <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sa<strong>de</strong>quação das práticas educativas ao nível das normas, regras e limites. Neste quadro, enten<strong>de</strong>-se<br />

por práticas educativas aquelas que acontecem nos contextos escolares, familiar e comunitário. Esta<br />

<strong>de</strong>sa<strong>de</strong>quação tem origem: (i) no défice <strong>de</strong> resistência à frustração por parte dos educadores; (ii) em<br />

dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conciliação entre a vida familiar e profissional; (iii) em dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação entre<br />

educadores e crianças/jovens; (iv) no défice <strong>de</strong> comunicação entre as estruturas educativas. De modo a dar<br />

uma resposta mais satisfatória e consequente a estes problemas, torna-se fundamental optimizar recursos<br />

como: (i) as associações <strong>de</strong> pais; (ii) as re<strong>de</strong>s sociais informais; (iii) as respostas sociais <strong>de</strong> apoio à família e à<br />

comunida<strong>de</strong>; (iv) as iniciativas <strong>de</strong> formação em competências parentais.<br />

Os problemas associados à obesida<strong>de</strong> infantil e ao se<strong>de</strong>ntarismo das crianças e jovens constituem<br />

preocupações reais no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>. Estes problemas <strong>de</strong>correm, essencialmente, <strong>de</strong>: (i) um défice <strong>de</strong><br />

7<br />

Existe em <strong>Aveiro</strong>, um Conselho Consultivo na área da juventu<strong>de</strong>, dinamizado pela Casa Municipal da Juventu<strong>de</strong>.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 52


infra-estruturas <strong>de</strong> utilização gratuita por parte das comunida<strong>de</strong>s; (ii) um défice <strong>de</strong> iniciativas culturais e<br />

<strong>de</strong>sportivas, nomeadamente ao ar livre; (iii) uma falta <strong>de</strong> manutenção e dinamização <strong>de</strong> muitas infraestruturas<br />

existentes; (iv) uma <strong>de</strong>sresponsabilização das famílias em incutir hábitos alimentares saudáveis;<br />

(v) um défice <strong>de</strong> sensibilização das crianças para os problemas associados à obesida<strong>de</strong>; (vi) uma margem <strong>de</strong><br />

progresso no trabalho <strong>de</strong>senvolvido pelas escolas a este nível (cantinas e bares escolares); (vii) uma falta <strong>de</strong><br />

“energia social” que promova activida<strong>de</strong>s não se<strong>de</strong>ntárias – socieda<strong>de</strong> civil fraca; (viii) pouco investimento em<br />

campanhas <strong>de</strong> educação alimentar nas escolas, que promovam a participação conjunta <strong>de</strong> pais e filhos, e a<br />

consequente alteração <strong>de</strong> hábitos.<br />

A <strong>de</strong>linquência juvenil (vandalismo, tráfico, assaltos) constitui uma outra preocupação em matéria <strong>de</strong><br />

crianças e jovens, tratando-se <strong>de</strong> um fenómeno complexo cuja raiz está: (i) na exposição a comportamentos<br />

<strong>de</strong>sviantes; (ii) no insucesso/abandono escolar; (iii) no consumo <strong>de</strong> substâncias; (iv) na influência dos pares<br />

com comportamentos <strong>de</strong>sviantes; (v) na privação económica e social, entre muitos outros aspectos. Neste<br />

âmbito, é fundamental o trabalho <strong>de</strong>senvolvido pelas autorida<strong>de</strong>s policiais – PSP e GNR – através da Escola<br />

Segura.<br />

A existência <strong>de</strong> crianças e jovens com problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mental sem resposta a<strong>de</strong>quada é também um<br />

problema i<strong>de</strong>ntificado, sobre o qual importa intervir, no sentido <strong>de</strong> minimizar e/ou alertar para questões<br />

como: (i) a <strong>de</strong>sresponsabilização familiar; (ii) a falta <strong>de</strong> apoio do Estado na criação <strong>de</strong> respostas; (iii) a<br />

dificulda<strong>de</strong> por parte das famílias em i<strong>de</strong>ntificar os problemas e saber on<strong>de</strong> se dirigir; (iv) as poucas vagas<br />

nas respostas existentes para as pessoas com <strong>de</strong>ficiência e ausência <strong>de</strong> um levantamento <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s<br />

concretas sobre esta problemática. Neste contexto, os recursos locais existentes e que necessitam<br />

obviamente <strong>de</strong> reforço, no sentido <strong>de</strong> qualificar e alargar a resposta a esta problemática são:<br />

• O Centro <strong>de</strong> Apoio Familiar e Aconselhamento Parental “Entre Laços”;<br />

• A Equipa <strong>de</strong> Desenvolvimento do Hospital Infante D. Pedro;<br />

• A Consulta <strong>de</strong> psicologia na Casa Municipal da Juventu<strong>de</strong> (acompanhamento/encaminhamento);<br />

• As respostas <strong>de</strong> Atendimento/Acompanhamento social existentes no concelho.<br />

Em matéria <strong>de</strong> atendimento e acompanhamento social, o concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> conta com diversas respostas<br />

sistematizadas no quadro seguinte, resultantes do trabalho <strong>de</strong> 8 técnicos superiores/serviço social (3 afectos<br />

à Segurança Social e 5 quadros das IPSS).<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 53


Quadro 32 – Acção Social Comunitária<br />

Acção Social Comunitária<br />

Freguesia<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

Designação da entida<strong>de</strong> Designação do técnico Local Dias<br />

Aradas Segurança Social Cláudia Balcão Centro Distrital <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> do ISS 5.ª feira<br />

Cacia Segurança Social Cláudia Balcão Centro Distrital <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> do ISS 5.ª feira<br />

Eirol Segurança Social Adriana Costa Centro Distrital <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> do ISS 3.ª feira<br />

Eixo Associação Melhoramentos Eixo (AME) Anabela Coelho AME 3.ª feira<br />

Esgueira Segurança Social Adriana Costa Centro Distrital <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> do ISS 3.ª feira<br />

Glória<br />

Florinhas do Vouga Berta Vieira Florinhas do Vouga (Bairro Santiago) 5.ª feira<br />

Segurança Social Cláudia Balcão Centro Distrital <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> do ISS 5.ª feira<br />

Nariz Segurança Social Adriana Costa Centro Distrital <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> do ISS 3.ª feira<br />

Nossa Senhora <strong>de</strong><br />

Fátima<br />

Segurança Social Cláudia Balcão Centro Distrital <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> do ISS 5.ª feira<br />

Oliveirinha Segurança Social Alda Cipriano Centro Distrital <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> do ISS 2.ª feira<br />

2010<br />

Requeixo Segurança Social Adriana Costa Centro Distrital <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> do ISS 3.ª feira<br />

Santa Joana<br />

ASAS Dina Sarrico Bairro do Griné (Bairros Griné / Cova do Ouro) 3.ª feira<br />

Segurança Social Adriana Costa Centro Distrital <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> do ISS 3.ª feira<br />

São Bernardo Fundação Padre Félix Paula Soares Fundação Padre Félix 3.ª feira<br />

São Jacinto Segurança Social Cláudia Balcão Centro Distrital <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> do ISS 5.ª feira<br />

Vera Cruz Centro Comunitário Vera Cruz José Eduardo Cortesão Centro Comunitário Vera Cruz 3.ª feira<br />

Fonte: Re<strong>de</strong> Social (informação disponibilizada em Setembro <strong>de</strong> 2010).<br />

O défice <strong>de</strong> alguns equipamentos e infra-estruturas <strong>de</strong>stinados especificamente a estes grupos mais<br />

jovens, constitui um problema sério nesta área <strong>de</strong> intervenção. Se por um lado se consi<strong>de</strong>ra que o número <strong>de</strong><br />

lugares em respostas sociais como a creche e o pré-escolar é ainda reduzido, situação agravada: (i) pelos<br />

movimentos pendulares (casa-trabalho-casa) que colocam uma pressão <strong>de</strong>mográfica sobre concelho por<br />

parte <strong>de</strong> não resi<strong>de</strong>ntes; (ii) pela <strong>de</strong>sa<strong>de</strong>quação das instalações face ao normativo legal em vigor; (iii) pela<br />

<strong>de</strong>sactualização/<strong>de</strong>sajuste <strong>de</strong> alguns critérios <strong>de</strong> admissão das IPSS.<br />

Por outro lado, também se regista um défice <strong>de</strong> equipamentos que cumpram funções <strong>de</strong> ocupação <strong>de</strong> tempos<br />

livres, <strong>de</strong> forma estruturada e organizada, com activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sociabilida<strong>de</strong> e lazer, o que por sua vez se <strong>de</strong>ve<br />

a: (i) uma insuficiência da resposta das re<strong>de</strong>s privada e pública; (ii) ao fecho dos CATL – Centros <strong>de</strong><br />

Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tempos Livres das IPSS (5 no total e previsão <strong>de</strong> encerramento <strong>de</strong> mais um), e não renovação<br />

dos protocolos <strong>de</strong> cooperação com a Segurança Social, o que se fica a <strong>de</strong>ver a uma recente política do<br />

Ministério da Educação <strong>de</strong> promoção da escola a tempo inteiro e <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, neste contexto, <strong>de</strong><br />

activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> enriquecimento curricular na re<strong>de</strong> pública; (iii) um défice <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação dos jovens com as<br />

respostas existentes; (iv) não se ter consi<strong>de</strong>rado, até ao momento, esta como sendo uma priorida<strong>de</strong> da<br />

intervenção pública e privada; (v) ao facto <strong>de</strong> os jovens não participarem no <strong>de</strong>senho das intervenções; e (vi)<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 54


dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transporte das crianças e jovens para os locais on<strong>de</strong> ainda existem algumas<br />

respostas/iniciativas.<br />

Nesta matéria, importa sublinhar o facto <strong>de</strong> o concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> apresentar uma lista <strong>de</strong> espera para a<br />

resposta social creche bastante significativa – 348 crianças inscritas sem resposta (dados resultantes do<br />

cruzamento das listas <strong>de</strong> espera <strong>de</strong> todas as creches da re<strong>de</strong> privada sem fins lucrativos – Outubro 2009).<br />

Este défice <strong>de</strong> resposta manter-se-á no futuro, apesar do investimento <strong>de</strong>senvolvido ao nível do PARES, on<strong>de</strong><br />

foi possível apoiar 5 novas creches, num total <strong>de</strong> 173 novos lugares (33 lugares na freguesia <strong>de</strong> Aradas, 33<br />

na freguesia <strong>de</strong> Eirol, 41 em Esgueira e 66 na freguesia <strong>de</strong> Santa Joana).<br />

Já no que diz respeito ao ensino pré-escolar, e apesar <strong>de</strong> também neste contexto se registarem listas <strong>de</strong><br />

espera (72 inscritos sem resposta), a realida<strong>de</strong> é diversa daquela registada para a resposta social creche.<br />

Esta diferença regista-se tanto no número <strong>de</strong> crianças inscritas em lista <strong>de</strong> espera, como no facto <strong>de</strong> no préescolar<br />

existirem equipamentos com vagas, o que po<strong>de</strong>rá remeter para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma maior reflexão<br />

sobre a gestão dos equipamentos e a sua optimização, como para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pon<strong>de</strong>rar o sistema <strong>de</strong><br />

acesso aos equipamentos (transporte, por exemplo).<br />

A lista <strong>de</strong> espera para CATL não é expressiva; registando-se uma lista <strong>de</strong> espera em 3 dos 15 equipamentos<br />

da re<strong>de</strong> privada sem fins lucrativos (ATL Extensões: 6/ ATL 2.º ciclo: 6) e vagas em outros 3 (Centro Social<br />

Paroquial N. Sr.ª Fátima (5), Centro Social Santa Joana Princesa (7) e Centro Social Paroquial S. Jacinto (2))<br />

(dados Outubro 2009).<br />

Neste quadro foi ainda realçada a falta <strong>de</strong> infra-estruturas <strong>de</strong> acesso livre e informal, como parques infantis,<br />

parques <strong>de</strong>sportivos <strong>de</strong> acesso livre e espaços ver<strong>de</strong>s on<strong>de</strong> se possam organizar activida<strong>de</strong>s para grupos <strong>de</strong><br />

crianças, o que é justificado por alguma falta <strong>de</strong> investimento público nesta matéria, e pela <strong>de</strong>gradação <strong>de</strong><br />

alguns equipamentos.<br />

Ainda ao nível dos equipamentos, é importante sublinhar o papel fundamental que as respostas sociais para<br />

a infância e juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenham em termos da conciliação entre as vidas familiar e profissional dos<br />

pais. Neste quadro, é importante repensar os horários <strong>de</strong> funcionamento das várias respostas que estão no<br />

terreno, no sentido <strong>de</strong> as a<strong>de</strong>quar aos horários laborais dos pais (tanto quanto possível). Neste aspecto não é<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>scurar o papel que as amas e babysitters particulares <strong>de</strong>sempenham, mas a uma escala diminuta.<br />

Em matéria <strong>de</strong> recursos para respon<strong>de</strong>r a estas necessida<strong>de</strong>s, há a salientar que, apesar <strong>de</strong> a solução <strong>de</strong>stes<br />

problemas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r, em muito, da disponibilida<strong>de</strong> financeira das entida<strong>de</strong>s promotoras, existe outro tipo <strong>de</strong><br />

recursos endógenos que importa ressalvar:<br />

• As creches, pré-escolares e CATL já existentes, e que asseguram um trabalho fundamental <strong>de</strong><br />

resposta às crianças e jovens que estão enquadrados nestas respostas sociais;<br />

• Os campos <strong>de</strong> férias dinamizados por diversas entida<strong>de</strong>s;<br />

• O Projecto RIA;<br />

• O Projecto Alternativas;<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 55


• A Casa Municipal da Juventu<strong>de</strong> (Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>);<br />

• As associações culturais e <strong>de</strong>sportivas do concelho;<br />

• O Instituto Português da Juventu<strong>de</strong>;<br />

• As associações e grupos juvenis;<br />

• Os espaços ver<strong>de</strong>s, campos <strong>de</strong>sportivos e parques infantis existentes.<br />

Por fim, uma última questão preocupante reporta-se ao fenómeno do <strong>de</strong>semprego na população jovem, que<br />

tem como principais causas: (i) a frágil conjuntura económica; (ii) o <strong>de</strong>sajustamento entre a oferta e a<br />

procura <strong>de</strong> emprego; (iii) a pouca visibilida<strong>de</strong> no terreno dos GIP. A solução <strong>de</strong>ste fenómeno é complexa e, em<br />

larga medida, não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> das estruturas locais. No entanto, existe alguma margem <strong>de</strong> manobra para a<br />

intervenção por parte dos actores locais, nomeadamente ao nível do:<br />

• IEFP;<br />

• Protocolos <strong>de</strong> RSI;<br />

• Gabinetes <strong>de</strong> Inserção Profissional (GIP da Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, GIP UNIVERA do Centro<br />

Social Paroquial da Vera Cruz e GIP da AIDA – Associação Industrial <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>);<br />

• Projecto RIS – Projecto Individual <strong>de</strong> Reinserção Social (Cruz Vermelha Portuguesa).<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 56


Idosos<br />

A Organização Mundial da Saú<strong>de</strong> (OMS) consolidou, no início da década <strong>de</strong> 70, um conceito <strong>de</strong> velhice que<br />

tem sido internacionalmente aceite como “o período da vida durante o qual o grau <strong>de</strong> enfraquecimento das<br />

funções mentais e físicas se faz sentir cada vez com mais intensida<strong>de</strong> do que em períodos anteriores da<br />

vida”. Proce<strong>de</strong>r a uma correspondência cronológica entre este conceito e a ida<strong>de</strong> dos indivíduos, não foi<br />

tarefa fácil. No entanto, é hoje comummente aceite o limiar dos 65 anos como aquele a partir do qual se é<br />

consi<strong>de</strong>rado idoso.<br />

Por conseguinte, o envelhecimento não correspon<strong>de</strong> apenas a uma ida<strong>de</strong> concreta; correspon<strong>de</strong>, antes <strong>de</strong><br />

mais, a um conjunto <strong>de</strong> características sociais e humanas que <strong>de</strong>finem os indivíduos.<br />

Tendo em conta o fenómeno <strong>de</strong> envelhecimento dos países oci<strong>de</strong>ntais, e todas as dimensões que a ele estão<br />

associadas, a comunida<strong>de</strong> internacional, através das Nações Unidas <strong>de</strong>cidiu no final do ano <strong>de</strong> 1991 <strong>de</strong>finir<br />

os Princípios das Nações Unidas para o Idoso, on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> explicitamente que a “… família, a socieda<strong>de</strong><br />

e o Estado têm o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> amparar o idoso, garantindo-lhe o direito à vida, mas também, o direito ao acesso<br />

aos bens culturais, participação e integração na comunida<strong>de</strong>”.<br />

No plano nacional, Portugal <strong>de</strong>cidiu incluir esta temática no seu mais recente Plano Nacional <strong>de</strong> Acção para<br />

a Inclusão, on<strong>de</strong> se assume que a população idosa é o grupo populacional que vive em maior risco <strong>de</strong><br />

pobreza. De facto, em Portugal os riscos advêm <strong>de</strong> muitas situações, com particular <strong>de</strong>staque para as baixas<br />

reformas que colocam muitos idosos em situações <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> precarieda<strong>de</strong> económica e para a <strong>de</strong>sertificação<br />

<strong>de</strong> muitas zonas do interior do país, rurais, on<strong>de</strong> a redução <strong>de</strong> população e <strong>de</strong> serviços (alguns <strong>de</strong>les básicos)<br />

constitui um factor <strong>de</strong> risco incontornável.<br />

Assim como foi referido para o subponto anterior relativo às crianças e jovens, em matéria institucional, o<br />

Instituto <strong>de</strong> Segurança Social promove a criação <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> respostas sociais <strong>de</strong> apoio, neste caso,<br />

aos idosos, das quais se <strong>de</strong>stacam os centros <strong>de</strong> dia, os lares, os centros <strong>de</strong> convívio e os serviços <strong>de</strong> apoio<br />

domiciliário. O pagamento <strong>de</strong> pensões, a disponibilização do Complemento Solidário para Idosos, o<br />

Rendimento Social <strong>de</strong> Inserção e os apoios da acção social, constituem outro conjunto <strong>de</strong> respostas<br />

disponibilizadas por aquele instituto. Uma outra iniciativa importante nesta área promovida a nível nacional<br />

(mas com uma vertente operacional regional e local), é a Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cuidados Continuados Integrados (Decreto-<br />

Lei n.º 101/2006, <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> Junho) on<strong>de</strong> se prevê uma efectiva articulação entre entida<strong>de</strong>s do serviço nacional<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, da segurança social, da re<strong>de</strong> solidária e das autarquias locais, no sentido <strong>de</strong> promover a<br />

continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuidados <strong>de</strong> forma integrada a pessoas em situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência e com perda <strong>de</strong><br />

autonomia.<br />

São objectivos da RNCCI a prestação <strong>de</strong> cuidados <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong> apoio social <strong>de</strong> forma continuada e integrada<br />

a pessoas que, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da ida<strong>de</strong>, se encontrem em situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência. Os Cuidados<br />

Continuados Integrados estão centrados na recuperação global da pessoa, promovendo a sua autonomia e<br />

melhorando a sua funcionalida<strong>de</strong>, no âmbito da situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência em que se encontra.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 57


Ao nível local, o papel <strong>de</strong>sempenhado pelas organizações do terceiro sector, nomeadamente IPSS, bem como<br />

pelas entida<strong>de</strong>s do Serviço Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e da Segurança Social é fundamental para a promoção da<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da população idosa.<br />

No concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, o número <strong>de</strong> indivíduos com ida<strong>de</strong> igual ou superior a 65 anos tem vindo a<br />

crescer <strong>de</strong> forma sistemática, tendo esta faixa etária contado, segundo o Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística,<br />

com um total <strong>de</strong> 11 850 indivíduos em 2009, a maioria dos quais do sexo feminino (6 760 – 57,05%).<br />

Quadro 33 – População resi<strong>de</strong>nte com 65 e mais anos (2001 – 2009)<br />

População resi<strong>de</strong>nte<br />

Local <strong>de</strong> residência<br />

Sexo<br />

Período <strong>de</strong><br />

referência dos<br />

dados<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

Grupo etário<br />

Total<br />

Total <strong>de</strong> população<br />

com 65 e mais anos<br />

65 - 69 anos 70 - 74 anos 75 - 79 anos 80 - 84 anos 85 e mais anos<br />

N.º N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %<br />

2009 72919 11850 16,25 3400 28,69 3068 25,89 2669 22,52 1691 14,27 1022 8,62<br />

2008 73100 11693 16,00 3358 28,72 3073 26,28 2615 22,36 1657 14,17 990 8,47<br />

2007 73347 11530 15,72 3316 28,76 3117 27,03 2568 22,27 1550 13,44 979 8,49<br />

2006 73559 11370 15,46 3334 29,32 3122 27,46 2473 21,75 1519 13,36 922 8,11<br />

HM<br />

2005 73657 11214 15,22 3378 30,12 3107 27,71 2388 21,29 1503 13,40 838 7,47<br />

2004 73626 11035 14,99 3391 30,73 3140 28,45 2267 20,54 1441 13,06 796 7,21<br />

2003 73521 10952 14,90 3420 31,23 3103 28,33 2237 20,43 1365 12,46 827 7,55<br />

2002 73332 10859 14,81 3459 31,85 3074 28,31 2178 20,06 1293 11,91 855 7,87<br />

2001 72995 10704 14,66 3494 32,64 3010 28,12 2113 19,74 1250 11,68 837 7,82<br />

2009 35077 5090 14,51 1549 30,43 1398 27,47 1170 22,99 642 12,61 331 6,50<br />

2008 35127 5029 14,32 1547 30,76 1395 27,74 1162 23,11 602 11,97 323 6,42<br />

2007 35255 4970 14,10 1537 30,93 1424 28,65 1125 22,64 549 11,05 335 6,74<br />

2006 35385 4901 13,85 1537 31,36 1437 29,32 1054 21,51 572 11,67 301 6,14<br />

H<br />

2005 35429 4838 13,66 1572 32,49 1413 29,21 1014 20,96 571 11,80 268 5,54<br />

2004 35419 4757 13,43 1574 33,09 1434 30,15 927 19,49 578 12,15 244 5,13<br />

2003 35342 4713 13,34 1591 33,76 1424 30,21 898 19,05 544 11,54 256 5,43<br />

2002 35235 4656 13,21 1607 34,51 1402 30,11 863 18,54 525 11,28 259 5,56<br />

2001 35087 4612 13,14 1637 35,49 1356 29,40 860 18,65 500 10,84 259 5,62<br />

2009 37842 6760 17,86 1851 27,38 1670 24,70 1499 22,17 1049 15,52 691 10,22<br />

2008 37973 6664 17,55 1811 27,18 1678 25,18 1453 21,80 1055 15,83 667 10,01<br />

2007 38092 6560 17,22 1779 27,12 1693 25,81 1443 22,00 1001 15,26 644 9,82<br />

2006 38174 6469 16,95 1797 27,78 1685 26,05 1419 21,94 947 14,64 621 9,60<br />

M<br />

2005 38228 6376 16,68 1806 28,32 1694 26,57 1374 21,55 932 14,62 570 8,94<br />

2004 38207 6278 16,43 1817 28,94 1706 27,17 1340 21,34 863 13,75 552 8,79<br />

2003 38179 6239 16,34 1829 29,32 1679 26,91 1339 21,46 821 13,16 571 9,15<br />

2002 38097 6203 16,28 1852 29,86 1672 26,95 1315 21,20 768 12,38 596 9,61<br />

2001 37908 6092 16,07 1857 30,48 1654 27,15 1253 20,57 750 12,31 578 9,49<br />

Fonte: INE, Estimativas Anuais da População Resi<strong>de</strong>nte, w w w .ine.pt (informação extraída em 15.06.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 31 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2010.<br />

A análise das relações <strong>de</strong> masculinida<strong>de</strong> na população idosa vem corroborar este maior peso <strong>de</strong> população<br />

feminina. De facto, existe no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> um peso superior, no período temporal compreendido entre<br />

2001 e 2009, <strong>de</strong> mulheres no total da população idosa resi<strong>de</strong>nte. Esta tendência também se verifica nos<br />

territórios que enquadram o concelho: o Baixo Vouga (75,1), o Centro (72,3) e Portugal (71,6). No entanto,<br />

<strong>Aveiro</strong> continua a ter mais homens por cada 100 mulheres (75,3), do que qualquer outro dos territórios sob<br />

análise comparativa.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 58


Quadro 34 – Relação <strong>de</strong> masculinida<strong>de</strong> da população com 65 e mais anos (2001 – 2009)<br />

Relação <strong>de</strong> masculinida<strong>de</strong> da população com 65 e mais anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong><br />

Local <strong>de</strong> residência<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001<br />

N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º<br />

Portugal<br />

71,6 71,7 71,7 71,7 71,9 71,9 71,9 71,8 71,9<br />

Centro<br />

72,3 72,6 72,8 73,0 73,6 73,7 73,9 73,9 73,9<br />

Baixo Vouga<br />

75,1 75,2 75,0 74,7 74,8 74,5 74,3 73,9 73,9<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

75,3 75,5 75,8 75,8 75,9 75,8 75,5 75,1 75,7<br />

Fonte: INE, Indicadores Demográficos, w w w .ine.pt (informação extraída em 15.06.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 31 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2010.<br />

Recuperando a análise <strong>de</strong>senvolvida em função da variável ida<strong>de</strong>, é interessante registar que no grupo<br />

populacional em questão, a proporção das pessoas mais idosas, ou seja, com 85 e mais anos tem vindo a<br />

aumentar, situação que po<strong>de</strong> ser concretizada através da análise do índice <strong>de</strong> longevida<strong>de</strong> (quociente entre<br />

o número <strong>de</strong> pessoas com 75 ou mais anos e o número <strong>de</strong> pessoas com 65 ou mais anos) do concelho. De<br />

facto, se em 2001 esse índice se fixava nos 39,30%, no ano <strong>de</strong> 2009 ele ultrapassou a barreira dos 45,0%,<br />

tendo-se fixado nos 45,40 pontos percentuais.<br />

O índice <strong>de</strong> envelhecimento (quociente entre o número <strong>de</strong> pessoas com 65 ou mais anos e o número <strong>de</strong><br />

pessoas com ida<strong>de</strong>s compreendidas entre os 0 e os 14 anos) da população também tem vindo a aumentar,<br />

tendo ultrapassado, em 2008, a barreira dos 100 pontos, ou seja, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então o número <strong>de</strong> população idosa<br />

é superior ao número da população mais jovem.<br />

O último dos índices <strong>de</strong>mográficos que po<strong>de</strong> ser analisado para esta faixa etária é o índice <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência<br />

<strong>de</strong> idosos (quociente entre o número <strong>de</strong> pessoas com 65 ou mais anos e o número <strong>de</strong> pessoas com ida<strong>de</strong>s<br />

compreendidas entre os 15 e os 64 anos), o qual, e <strong>de</strong> forma nada surpreen<strong>de</strong>nte, também tem vindo a<br />

crescer, registando, em 2009, um valor <strong>de</strong> 23,90 pontos face aos 21,3 pontos registados em 2001.<br />

[Quadro 5] – Índices <strong>de</strong>mográficos <strong>de</strong> envelhecimento, <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong><br />

idosos e <strong>de</strong> longevida<strong>de</strong> (2001 – 2009)<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2009<br />

2008<br />

2007<br />

2006<br />

2005<br />

2004<br />

2003<br />

2002<br />

2001<br />

Índice <strong>de</strong><br />

envelhecimento<br />

Índice <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>pendência <strong>de</strong><br />

idosos<br />

Índice <strong>de</strong><br />

longevida<strong>de</strong><br />

N.º N.º %<br />

103,5 23,9 45,4<br />

102,0 23,4 45,0<br />

99,7 22,9 44,2<br />

96,6 22,6 43,2<br />

94,2 22,2 42,2<br />

92,4 21,8 40,8<br />

91,2 21,7 40,4<br />

90,8 21,5 39,9<br />

89,5 21,3 39,3<br />

Fonte: INE, Estimativas Anuais da População Resi<strong>de</strong>nte, w w w .ine.pt (informação extraída em 15.06.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 31 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2010.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 59


Em matéria <strong>de</strong> instituições que disponibilizam respostas sociais para idosos – centro <strong>de</strong> dia, centro <strong>de</strong><br />

convívio, lar e serviço <strong>de</strong> apoio domiciliário – o concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> conta, em 2010, com um total <strong>de</strong> 26<br />

equipamentos, a gran<strong>de</strong> maioria dos quais da re<strong>de</strong> solidária (21).<br />

Na sua totalida<strong>de</strong>, estes equipamentos apresentam uma capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1 767 lugares, com 1 112 utentes.<br />

Discriminada esta análise segundo o tipo <strong>de</strong> resposta social, obtém-se o seguinte quadro:<br />

• Centro <strong>de</strong> dia – capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 529 lugares e 290 utentes;<br />

• Lar <strong>de</strong> idosos – capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 486 lugares, 315 utentes e lista <strong>de</strong> espera <strong>de</strong> 227 pessoas;<br />

• Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário – capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 692 lugares, 462 utentes e lista <strong>de</strong> espera <strong>de</strong> 22<br />

pessoas;<br />

• Centro <strong>de</strong> convívio – capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 60 lugares e 45 utentes.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 60


Quadro 35 – Respostas sociais para idosos<br />

Respostas sociais para idosos<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

Freguesia<br />

2010 - Outubro<br />

Equipamentos<br />

Utilização<br />

TOTAL<br />

Re<strong>de</strong> Solidária<br />

Privado c/ fins<br />

lucrativos<br />

Respostas sociais<br />

Capacida<strong>de</strong><br />

Utentes a<br />

frequentar<br />

Centro <strong>de</strong> Dia (1.ª fase PARES) 60 0<br />

Aradas 2 1 1<br />

Lar <strong>de</strong> Idosos (1.ª fase PARES) 60 0<br />

Serviço Apoio Domiciliário 40 8<br />

Cacia 1 1 0<br />

Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário 15 22<br />

Centro <strong>de</strong> Dia 15 11<br />

1 1 0 Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário 34 34<br />

Eirol<br />

Centro <strong>de</strong> Dia 30 30<br />

Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário 95 81<br />

Centro <strong>de</strong> Convívio 25 10<br />

Eixo<br />

4 2 2<br />

Centro <strong>de</strong> Dia 70 25<br />

Lar Idosos 89 42<br />

Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário 45 45<br />

Esgueira 2<br />

2<br />

0<br />

Centro <strong>de</strong> Dia 30 27<br />

Lar <strong>de</strong> Idosos 45 40<br />

Centro <strong>de</strong> Dia 50 46<br />

Glória<br />

4 4<br />

0<br />

Lar <strong>de</strong> Idosos 37 36<br />

Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário 65 58<br />

Nariz 1 1 0 Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário 25 27<br />

Nossa Senhora <strong>de</strong><br />

Fátima<br />

1 1 0 Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário 18 16<br />

Oliveirinha 2 2 0<br />

Santa Joana<br />

São Bernardo 2 1 1<br />

Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário 50 50<br />

Centro <strong>de</strong> Dia 70 66<br />

Lar <strong>de</strong> Idosos 152 152<br />

Centro <strong>de</strong> Dia 84 18<br />

Lar <strong>de</strong> Idosos (1.ª fase PARES) 55 29<br />

Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário (1.ª fase PARES) 56 8<br />

Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário 69 52<br />

Centro <strong>de</strong> Dia 20 25<br />

Lar <strong>de</strong> Idosos 12 16<br />

São Jacinto 1 1 0 Centro <strong>de</strong> Dia 20 17<br />

Vera Cruz<br />

Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário 180 61<br />

Centro <strong>de</strong> Convívio 35 35<br />

Lar <strong>de</strong> Idosos 36 0<br />

Centro <strong>de</strong> Dia 80 25<br />

Total 26 21 5 1767 1112<br />

ainda não abriram<br />

PARES<br />

2 2 0<br />

3 2 1<br />

Fonte: Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> / NE em 22.10.2010, validada junto das instituições<br />

Aradas / CSCDA.513 = Lar Idosos +60 / Centro Dia +60<br />

Santa Joana / ASAS = Lar Idosos +26 / Centro Dia +54 / SAD +36<br />

Vera Cruz / Centro Comunitário Vera Cruz = Lar Idosos +36 / Centro Dia +25 / SAD +36<br />

Vera Cruz / Santa Casa Misericórdia <strong>Aveiro</strong> = Centro Dia +30 / SAD +60<br />

POPH / 6,12 Eixo / Centro Social Azurva = Lar Idosos +40 / Centro Dia +40 / SAD +30<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 61


Problemas e necessida<strong>de</strong>s<br />

Em termos qualitativos, foi possível i<strong>de</strong>ntificar um total <strong>de</strong> 6 problemas-chave que afectam directamente a<br />

população idosa resi<strong>de</strong>nte no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, que incidiram sobre questões associadas a fenómenos <strong>de</strong><br />

violência e/ou negligência em contexto familiar, situações <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> física e psicológica, baixos<br />

rendimentos, fracas condições habitacionais e inexistência <strong>de</strong> número suficiente <strong>de</strong> respostas sociais<br />

a<strong>de</strong>quadas. Esta listagem não traduzirá, certamente, o leque <strong>de</strong> problemas que afectam os idosos resi<strong>de</strong>ntes<br />

no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, mas traduz o que é consi<strong>de</strong>rado pelos agentes locais com acção directa nesta matéria,<br />

como premente e <strong>de</strong> resolução prioritária.<br />

O primeiro dos problemas i<strong>de</strong>ntificados reporta-se a fenómenos <strong>de</strong> violência e/ou negligência em<br />

contexto familiar, fenómenos estes que têm como principais causas: (i) a conjuntura económica; (ii) a<br />

inexistência <strong>de</strong> apoio económico às famílias; (iii) os conflitos intergeracionais e interfamiliares; (iv) a<br />

<strong>de</strong>pendência, nas mais diversas formas, dos idosos. Sendo estas situações transversais a todo o território<br />

concelhio, sem que se possa i<strong>de</strong>ntificar uma (ou mais) zona territorial on<strong>de</strong> a sua incidência seja<br />

particularmente gravosa, todos os recursos endógenos vocacionados para este faixa etária são<br />

imprescindíveis. Foi, neste quadro, possível i<strong>de</strong>ntificar como recursos locais que estão no terreno e que<br />

po<strong>de</strong>rão ser optimizados:<br />

• A equipa da PSP e o “Programa Idosos e Segurança”;<br />

• As <strong>de</strong>mais entida<strong>de</strong>s oficiais com competências na área.<br />

Um segundo problema i<strong>de</strong>ntificado pelos parceiros locais diz respeito a situações <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> física<br />

e psicológica em que muitos idosos vivem, fruto: (i) <strong>de</strong> patologias clínicas; (ii) do aumento da esperança <strong>de</strong><br />

vida e da perda <strong>de</strong> faculda<strong>de</strong>s físicas a ela associadas; (iii) do afastamento dos familiares, por motivos<br />

profissionais e outros. Neste contexto, e mais uma vez sem qualquer tipo <strong>de</strong> especificida<strong>de</strong> territorial, o<br />

trabalho <strong>de</strong> proximida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvido pelas IPSS locais é fundamental, assim como o papel dos médicos <strong>de</strong><br />

família, que po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem ser sensibilizados para sinalizarem as situações que necessitam <strong>de</strong> apoio às<br />

IPSS.<br />

Esta vulnerabilida<strong>de</strong> é tão mais grave quanto se consi<strong>de</strong>ra que muitos dos cuidadores informais<br />

apresentam uma ida<strong>de</strong> avançada (com a consequente perda das capacida<strong>de</strong>s para prestar apoio ao outro)<br />

ou, em alguns casos, não existe, <strong>de</strong> todo, cuidadores informais. Estas situações <strong>de</strong>correm, por um lado, do<br />

aumento da esperança média <strong>de</strong> vida (o que é em si um factor positivo) e, por outro lado, da não constituição<br />

<strong>de</strong> família ou da ausência <strong>de</strong> laços familiares. Nestes casos, os serviços existentes na comunida<strong>de</strong>, bem como<br />

as re<strong>de</strong>s informais e <strong>de</strong> vizinhança são recursos fundamentais a consi<strong>de</strong>rar.<br />

Também os baixos rendimentos <strong>de</strong> muitos idosos a residir no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> constitui um forte<br />

constrangimento à qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong>stas pessoas, o que se fica a <strong>de</strong>ver a situações <strong>de</strong>: (i) redução dos<br />

rendimentos individuais fruto da passagem à condição <strong>de</strong> não activos; (ii) pensões baixas; (iii) <strong>de</strong>spesas<br />

elevadas com medicação e ajudas técnicas; (iv) ausência <strong>de</strong> um gabinete <strong>de</strong> apoio e esclarecimento ao idoso<br />

no concelho. Neste contexto, as prestações sociais complementares, o cartão do idoso, o passe social e os<br />

apoios para aquisição <strong>de</strong> ajudas técnicas po<strong>de</strong>m, certamente, fazer a diferença enquanto recursos a accionar<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 62


para a solução <strong>de</strong>ste problema. Ainda numa perspectiva mais material, surgem os problemas associados às<br />

fracas condições habitacionais <strong>de</strong> vários alojamentos ocupados por idosos, que <strong>de</strong>rivam do facto <strong>de</strong>stas<br />

serem casas muito envelhecidas, com rendas antigas e com idosos sem rendimentos para fazer obras. Nesta<br />

matéria é possível contar com recursos como:<br />

• O serviço <strong>de</strong> apoio habitacional da autarquia (Divisão Habitação Social da CMA);<br />

• As Juntas <strong>de</strong> Freguesia;<br />

• O projecto “<strong>Aveiro</strong> Amigo” (Divisão <strong>de</strong> Habitação Social da CMA).<br />

A questão da habitação é para este sub-grupo populacional <strong>de</strong>terminante na <strong>de</strong>finição da sua qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vida. É neste contexto que importa sublinhar a existência no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> <strong>de</strong> um Programa Local <strong>de</strong><br />

Habitação para o Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, da responsabilida<strong>de</strong> do Município (Divisão <strong>de</strong> Habitação Social) e<br />

cujos objectivos e eixos <strong>de</strong> intervenção procuram contribuir para a superação dos problemas habitacionais<br />

não apenas <strong>de</strong>ste sub-grupo populacional, mas da população em geral, com natural enfoque para as pessoas<br />

mais <strong>de</strong>sfavorecidas.<br />

Programa Local <strong>de</strong> Habitação para o Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

No documento Programa Local <strong>de</strong> Habitação para o Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> são <strong>de</strong>finidos um conjunto <strong>de</strong> objectivos e eixos<br />

prioritários <strong>de</strong> intervenção, que visam no seu todo contribuir para o <strong>de</strong>senvolvimento sustentável do concelho,<br />

privilegiando o bem-estar da população <strong>de</strong> médio e longo prazo, através da satisfação das suas necessida<strong>de</strong>s económicas,<br />

culturais, sociais e ambientais.<br />

Diagnóstico local<br />

Com base no ficheiro existente na Divisão <strong>de</strong> Habitação Social, nas situações i<strong>de</strong>ntificadas pelas Juntas <strong>de</strong> Freguesia do<br />

Concelho e Instituições <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social, nas solicitações formalizadas, através <strong>de</strong> requerimento, pelos munícipes,<br />

e nas visitas in loco, foi possível traçar o diagnóstico das carenciais habitacionais locais. As principais características<br />

<strong>de</strong>sse diagnóstico são: (i) 485 situações <strong>de</strong> carência habitacional; (ii) das 485 situações <strong>de</strong> carência habitacional, 176<br />

situações são <strong>de</strong> grave precarieda<strong>de</strong> habitacional; (iii) no que se refere às tipologias e para fazer face às 176 situações<br />

i<strong>de</strong>ntificadas será necessário proce<strong>de</strong>r à construção <strong>de</strong>: (80) T1, (52) T2, (33) T3, (11) T4; (iv) no que se refere às tipologias<br />

e, para fazer face às restantes 309 situações <strong>de</strong> menor gravida<strong>de</strong> será necessário proce<strong>de</strong>r à construção <strong>de</strong>: (101) T1,<br />

(136) T2, (48) T3, (24) T4.<br />

Em matéria <strong>de</strong> habitação social ou a custos controlados, estima-se que a procura <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> habitação seja cada vez<br />

maior, pelo que <strong>de</strong>verão ser encontradas respostas que possam minimizar os constrangimentos que advêm da falta <strong>de</strong><br />

habitação ou da ocupação <strong>de</strong> alojamentos sem o mínimo <strong>de</strong> condições <strong>de</strong> habitabilida<strong>de</strong>. Assim, para a resolução das<br />

situações já i<strong>de</strong>ntificadas propõe-se no PLH a construção <strong>de</strong> 1010 fogos <strong>de</strong> modo a aumentar <strong>de</strong> habitação a custos<br />

controlados para situações mistas – arrendamento e aquisição, nomeadamente, 410 fogos em Regime <strong>de</strong> Renda Apoiada e<br />

600 fogos em regime <strong>de</strong> CDH – aquisição.<br />

A dinamização do mercado <strong>de</strong> arrendamento do concelho constitui um outro ponto <strong>de</strong> diagnóstico, tendo sido<br />

reconhecida a pouca informação existente sobre este mercado. No entanto, consi<strong>de</strong>ra-se no PLH que esta po<strong>de</strong>rá ser uma<br />

resposta para famílias <strong>de</strong> baixos recursos económicos e com graves dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> solvência para resolução do problema<br />

habitacional pelos seus próprios meios, sendo visível na actual conjuntura o acréscimo <strong>de</strong> famílias vulneráveis e, por<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 63


conseguinte, mais expostas à pobreza e exclusão social, <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> situação <strong>de</strong>: <strong>de</strong>semprego ou emprego precário;<br />

divórcio e consequente aumento <strong>de</strong> famílias monoparentais; famílias constituídas por casais jovens ou por idosos.<br />

No que diz respeito ao parque habitacional <strong>municipal</strong>, a CMA é proprietária <strong>de</strong> 602 fogos <strong>de</strong> Habitação Social, para além<br />

dos 558 fogos, proprieda<strong>de</strong> do IHRU – Instituto <strong>de</strong> Habitação e Reabilitação Urbana, implantados no Município <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>,<br />

<strong>de</strong>signadamente no Bairro do Griné, Caião e PIAS – Santiago. Tendo em conta as datas <strong>de</strong> construção <strong>de</strong>stes fogos<br />

habitacionais, as características do edificado mais antigo e a própria natureza dos materiais <strong>de</strong> construção utilizados, o<br />

PLH <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a urgência da sua reabilitação ou a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pensar outras formas <strong>de</strong> realojamento das famílias aí<br />

resi<strong>de</strong>ntes.<br />

Objectivos do PLH<br />

• Apoiar o acesso ao mercado habitacional a valores mais baixos que os <strong>de</strong> mercado<br />

• Regular as dinâmicas <strong>de</strong> carências habitacionais do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

• Conhecer dinâmicas do mercado <strong>de</strong> arrendamento<br />

• Reabilitar o Parque Habitacional Municipal<br />

• I<strong>de</strong>ntificar priorida<strong>de</strong>s ao nível da regeneração urbana<br />

• Gerir com eficiência e eficácia o Parque Habitacional Municipal<br />

• I<strong>de</strong>ntificar e mobilizar parcerias público-privadas<br />

• Articular a política <strong>de</strong> habitação <strong>municipal</strong> com as políticas sociais e <strong>de</strong> cida<strong>de</strong><br />

• Envolver Juntas <strong>de</strong> Freguesia e agentes locais privilegiados na área da habitação<br />

Eixos <strong>de</strong> intervenção do PLH<br />

• Dinamização <strong>de</strong> Habitação a Custos Controlados em regime <strong>de</strong> CDH<br />

• Dinamização do Mercado <strong>de</strong> Arrendamento<br />

• Reabilitação do Parque Habitacional Público e Privado<br />

• Gestão Económica do Parque <strong>de</strong> Habitação Social<br />

• Plano Integrado <strong>de</strong> Desenvolvimento Social<br />

Por último, foi i<strong>de</strong>ntificado pelos parceiros locais o problema do défice <strong>de</strong> respostas sociais a<strong>de</strong>quadas para<br />

utentes com <strong>de</strong>mências. Trata-se <strong>de</strong> um problema que está associado ou que <strong>de</strong>corre <strong>de</strong>: (i) falta <strong>de</strong> lares;<br />

(ii) impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algumas famílias para apoiar os seus idosos; (iii) fracos recursos financeiros que<br />

condicionam as admissões; (iv) falta <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong> dos organismos que actuam na área. Neste aspecto o<br />

trabalho <strong>de</strong>senvolvido nos contextos que se enumeram <strong>de</strong> seguida é crucial para fazer face ao problema e às<br />

suas causas:<br />

• Banco <strong>de</strong> Voluntariado;<br />

• Núcleo Distrital da Associação Portuguesa <strong>de</strong> Alzheimer (Santa Casa Misericórdia <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>);<br />

• Entida<strong>de</strong>s oficiais com competências na área.<br />

De sublinhar, em matéria <strong>de</strong> respostas sociais, a importância <strong>de</strong> assegurar a formação pessoal e<br />

profissional dos cuidadores formais, o que parece constituir uma preocupação para os actores locais. Este<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 64


factor torna-se tão mais relevante quanto se regista alguma falta <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong> por parte <strong>de</strong>stes<br />

cuidadores, <strong>de</strong> alguma inconsistência na escolha dos cursos <strong>de</strong> formação a que têm acesso e <strong>de</strong> uma<br />

avaliação <strong>de</strong>ficiente das competências pessoais e profissionais nas entrevistas <strong>de</strong> selecção para trabalhar<br />

com a 3ª ida<strong>de</strong>. Neste contexto, é fundamental consi<strong>de</strong>rar recursos como a formação profissional, e a<br />

existência <strong>de</strong> profissionais especializados em recrutamento e selecção <strong>de</strong> recursos humanos.<br />

A questão do envelhecimento activo, preocupação em diversos documentos nacionais e internacionais<br />

associados, nomeadamente, às áreas da saú<strong>de</strong> e da intervenção social, constitui uma preocupação <strong>de</strong> muitas<br />

entida<strong>de</strong>s públicas e privadas do concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>. Apesar <strong>de</strong> não ter constituído ponto <strong>de</strong> reflexão em<br />

matéria <strong>de</strong> workshops <strong>de</strong> diagnóstico, consi<strong>de</strong>ra-se relevante sistematizar neste documento alguns recursos<br />

existentes na comunida<strong>de</strong>, nomeadamente os projectos cuja promoção é da responsabilida<strong>de</strong> da Câmara<br />

Municipal <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>: (i) Viver a Ida<strong>de</strong> (Divisão <strong>de</strong> Cultura: passeios, comemoração <strong>de</strong> datas especiais,<br />

iniciativas culturais, etc.; (ii) Feliz Ida<strong>de</strong> (Divisão <strong>de</strong> Desporto : activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sportivas); e outros, como a (iii)<br />

Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Saberes (associação cultural, social e recreativa, que promove formação em diversas áreas e<br />

ocupação tempos livres dos idosos).<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 65


Deficiência<br />

Na generalida<strong>de</strong> dos países da União Europeia tem-se verificado uma preocupação crescente com a<br />

problemática da exclusão social, não constituindo Portugal excepção. Neste sentido, diversos grupos <strong>de</strong><br />

trabalho têm-se empenhado em <strong>de</strong>terminar quais as condições <strong>de</strong> vida particularmente <strong>de</strong>sfavoráveis que<br />

exigem medidas <strong>de</strong> protecção social activas, quer ao nível da protecção financeira, quer ao nível da<br />

disponibilização <strong>de</strong> apoios sociais que promovam o empowerment, qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e autonomia das<br />

pessoas alvo <strong>de</strong> exclusão, a saber:<br />

• Perda <strong>de</strong> rendimentos;<br />

• Situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência ou <strong>de</strong> incapacida<strong>de</strong>;<br />

• Marginalização face aos serviços e activida<strong>de</strong>s colectivas.<br />

Tendo por base estas preocupações, emergiram no virar <strong>de</strong> século um conjunto <strong>de</strong> iniciativas internacionais<br />

orientadoras do trabalho junto da população com <strong>de</strong>ficiência, e das quais se <strong>de</strong>stacam aqui a e-Europe e a e-<br />

Acessibility, a proclamação do ano <strong>de</strong> 2003 como o Ano Europeu das Pessoas com Deficiência e o Plano <strong>de</strong><br />

Acção Europeu para a Deficiência.<br />

No contexto nacional, e reconhecendo a crescente importância social <strong>de</strong>sta temática específica, foi aprovada<br />

em 2004 a Lei n.º 38/2004, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Agosto, enquanto Lei <strong>de</strong> Bases da Prevenção, Habilitação, Reabilitação<br />

e Participação das Pessoas com Deficiência. Trata-se <strong>de</strong> um instrumento legal que enquadra as políticas <strong>de</strong><br />

promoção da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s respeitantes às pessoas com <strong>de</strong>ficiência ou incapacida<strong>de</strong> em<br />

Portugal, nomeadamente em matéria <strong>de</strong> : (i) acessibilida<strong>de</strong>s; (ii) comunicação; (iii) cultura; (iv) <strong>de</strong>sporto e<br />

lazer; (v) educação e formação; (vi) trabalho; (vii) participação cívica.<br />

Em termos <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> política pública e planeamento estratégico, foi gizado e aprovado o 1.º Plano<br />

<strong>de</strong> Acção para a Integração das Pessoas com Deficiências ou Incapacida<strong>de</strong>, cujos principais objectivos se<br />

centram na:<br />

• Promoção dos direitos humanos e do exercício da cidadania;<br />

• Integração das questões da <strong>de</strong>ficiência e da incapacida<strong>de</strong> nas políticas sectoriais;<br />

• Acessibilida<strong>de</strong> a serviços, equipamentos e produtos;<br />

• Qualificação, formação e emprego das pessoas com <strong>de</strong>ficiência ou incapacida<strong>de</strong>;<br />

• Qualificação dos recursos humanos/formação dos profissionais e conhecimento estratégico.<br />

Tendo em conta as taxas <strong>de</strong> urbanização do país, e a proporção <strong>de</strong> população resi<strong>de</strong>nte em zonas urbanas ou<br />

semi-urbanas, a questão das acessibilida<strong>de</strong>s em contextos urbanos surge com particular acutilância nesta<br />

área <strong>de</strong> intervenção. Reconhecendo tal facto, o governo português promoveu a elaboração do Plano Nacional<br />

<strong>de</strong> Promoção da Acessibilida<strong>de</strong>, que constitui um instrumento estruturante <strong>de</strong> medidas que visam a<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 66


construção <strong>de</strong> uma malha global, coerente e consequente, em matéria <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> modo a<br />

proporcionar às pessoas com mobilida<strong>de</strong>, orientação e comunicação condicionadas, uma utilização plena <strong>de</strong><br />

todos os espaços públicos, mas também dos transportes e das TIC, eliminado por esta via muitas das<br />

actuais formas <strong>de</strong> exclusão social.<br />

Reconhecendo que as pessoas com <strong>de</strong>ficiência ou incapacida<strong>de</strong> não são um grupo homogéneo, é inegável que<br />

no todo, são dos grupos populacionais que mais tem sofrido os efeitos da exclusão. Por esta questão, foi<br />

consi<strong>de</strong>rado no Plano Nacional <strong>de</strong> Acção para a Inclusão como um grupo prioritário <strong>de</strong> intervenção.<br />

Também o Quadro <strong>de</strong> Referência Estratégico Nacional (QREN), através dos seus programas operacionais,<br />

nomeadamente o Programa Operacional do Potencial Humano, procura canalizar os fundos estruturais da<br />

fase <strong>de</strong> programação 2007-2013 para a minimização/resolução das situações que mais directamente<br />

penalizam a população com <strong>de</strong>ficiência, apoiando acções <strong>de</strong>: (i) formação; (ii) qualificação das pessoas com<br />

<strong>de</strong>ficiência e incapacida<strong>de</strong>s; (iii) apoio à mediação e integração das pessoas com <strong>de</strong>ficiência e incapacida<strong>de</strong>.<br />

No que se refere ao concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, não existem dados estatísticos actuais referentes à população<br />

resi<strong>de</strong>nte com <strong>de</strong>ficiência ou incapacida<strong>de</strong>. No entanto, é possível recensear neste documento alguma<br />

informação disponibilizada quer pelo Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística, reportada ao ano <strong>de</strong> 2001, data do<br />

último Recenseamento da População e Habitação, quer pela própria Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, através do<br />

documento Contributos para a Caracterização da Deficiência no Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, Novembro 09 – Janeiro<br />

10.<br />

À data dos Censos 2001, existiam no concelho 4 335 pessoas com <strong>de</strong>ficiência (perda ou alteração <strong>de</strong> uma<br />

estrutura ou <strong>de</strong> uma função psicológica, fisiológica ou anatómica), o que se traduzia numa taxa <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ficiência, em 2001, <strong>de</strong> 5,90%, inferior às taxas <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência registadas para o Baixo Vouga (6,20%), para<br />

o Centro (6,60%) e para o país (6,10%).<br />

Quadro 36 – Taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência (2001)<br />

Portugal<br />

Centro<br />

Local <strong>de</strong> residência<br />

Baixo Vouga<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

Taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência<br />

Período <strong>de</strong> referência dos<br />

dados<br />

2001<br />

%<br />

6,10<br />

6,60<br />

6,20<br />

5,90<br />

Fonte: INE, Recenseamento da População e Habitação, w w w .ine.pt<br />

(informação extraída em 03.04.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 31 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2007.<br />

A maioria das pessoas resi<strong>de</strong>ntes no concelho com <strong>de</strong>ficiência não tem qualquer grau <strong>de</strong> incapacida<strong>de</strong><br />

atribuído (53,59%). Ainda assim, 17,72% apresentam um grau <strong>de</strong> incapacida<strong>de</strong> entre 60% e 80%; 11,16%<br />

uma incapacida<strong>de</strong> superior a 80%; 9,16% com um grau <strong>de</strong> incapacida<strong>de</strong> entre 30% e 59% e; por fim, 8,37%<br />

com um grau <strong>de</strong> incapacida<strong>de</strong> inferior a 30%.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 67


Quadro 37 – Grau <strong>de</strong> incapacida<strong>de</strong> atribuído à população com <strong>de</strong>ficiência (2001)<br />

Grau <strong>de</strong> incapacida<strong>de</strong> atribuído à população resi<strong>de</strong>nte com <strong>de</strong>ficiência<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2001<br />

Local <strong>de</strong> residência<br />

Escalão dos graus <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência<br />

Total<br />

Sem grau <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ficiência atribuído<br />

Tem grau <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ficiência atribuido<br />

inferior a 30%<br />

Tem grau <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ficiência atribuido<br />

entre 30% e 59%<br />

Tem grau <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ficiência atribuido<br />

entre 60% e 80%<br />

Tem grau <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ficiência atribuido<br />

superior a 80%<br />

N.º N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %<br />

Portugal<br />

636059 341133 53,63 56103 8,82 63461 9,98 101518 15,96 73844 11,61<br />

Centro<br />

156133 85020 54,45 13620 8,72 16289 10,43 22945 14,70 18259 11,69<br />

Baixo Vouga<br />

24011 13859 57,72 1960 8,16 2172 9,05 3245 13,51 2775 11,56<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

4335 2323 53,59 363 8,37 397 9,16 768 17,72 484 11,16<br />

Fonte: INE, Censos 2001, w w w .ine.pt (informação extraída em 15.06.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 31 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2007.<br />

Uma referência para a situação face ao emprego da população resi<strong>de</strong>nte no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> activa com<br />

<strong>de</strong>ficiência. Segundo o Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística, em 2001, aquela população apresentava uma taxa<br />

<strong>de</strong> emprego <strong>de</strong> 92,20 p.p., o que traduz uma situação relativamente favorável, quando comparada com a taxa<br />

<strong>de</strong> emprego <strong>de</strong>sta população no país (90,40%) e na região Centro (91,80%).<br />

Quadro 38 – Taxa <strong>de</strong> emprego da população da população resi<strong>de</strong>nte com<br />

<strong>de</strong>ficiência activa (2001)<br />

Taxa <strong>de</strong> emprego da<br />

população resi<strong>de</strong>nte com<br />

<strong>de</strong>ficiência activa<br />

Local <strong>de</strong> residência<br />

Período <strong>de</strong> referência dos<br />

dados<br />

2001<br />

%<br />

Portugal<br />

Centro<br />

Baixo Vouga<br />

90,40<br />

91,80<br />

92,60<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

92,20<br />

Fonte: INE, Censos 2001, w w w .ine.pt (informação extraída em 15.06.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 31 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2007.<br />

Em matéria <strong>de</strong> respostas sociais para a <strong>de</strong>ficiência, <strong>Aveiro</strong> conta com:<br />

• A resposta social “Intervenção precoce” com capacida<strong>de</strong> para 180 crianças e com 180 utentes;<br />

• Quatro “Centro <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s Ocupacionais” com capacida<strong>de</strong> para 90 jovens e adultos, com 90<br />

utentes e 24 pessoas em lista <strong>de</strong> espera;<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 68


• Três “Lares Resi<strong>de</strong>nciais” com capacida<strong>de</strong> para 40 pessoas, com 38 utentes e 12 pessoas em lista <strong>de</strong><br />

espera;<br />

• SIM-PD: Serviço <strong>de</strong> Informação e Mediação para Pessoas com Deficiência (Câmara Municipal <strong>Aveiro</strong>);<br />

• Atendimento para Pessoas com Necessida<strong>de</strong>s Especiais (Centro Distrital <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> do Instituto<br />

Segurança Social).<br />

O concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> conta, nesta matéria, com o trabalho <strong>de</strong>senvolvido por diversas entida<strong>de</strong>s 8 , das quais<br />

se <strong>de</strong>stacam a Associação Portuguesa <strong>de</strong> Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) e a<br />

Cooperativa para a Educação e Reabilitação dos Cidadãos Inadaptados <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> (CERCIAV). Ambas as<br />

instituições, <strong>de</strong> cariz social, apoiavam em 2009, 251 pessoas (66 na APPACDM e 185 na CERCIAV).<br />

Relativamente aos principais serviços disponibilizados, a APPACDM dispõe três unida<strong>de</strong>s resi<strong>de</strong>nciais,<br />

Centros <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s Ocupacionais (CAO), oficinas, ateliês, ginásio, activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vida diária, cozinha,<br />

lavandaria e jardins. A CERCIAV tem um Centro <strong>de</strong> Recursos, dois Centros <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s Ocupacionais (um<br />

em Aradas e outro na Gafanha da Nazaré) e um Centro <strong>de</strong> Reabilitação Profissional.<br />

Ao nível das respostas sociais propriamente ditas, verifica-se que a resposta social em Centro <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s<br />

Ocupacionais regista uma lotação esgotada em ambas as instituições registando-se ainda uma estimativa <strong>de</strong><br />

44 pessoas em lista <strong>de</strong> espera. A mesma tendência ocorre no que se refere a resposta em Lar Resi<strong>de</strong>ncial e ao<br />

Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário registando-se uma lista <strong>de</strong> espera <strong>de</strong> 26 e <strong>de</strong> 18 pessoas respectivamente.<br />

Com o objectivo <strong>de</strong> colmatar as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apoio à população com <strong>de</strong>ficiências, algumas instituições<br />

locais apresentaram candidaturas à tipologia 6.12 do Programa Operacional Potencial Humano – Apoio ao<br />

Investimento em Respostas Integradas <strong>de</strong> Apoio Social – estando previsto o alargamento da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

resposta <strong>de</strong> algumas valências:<br />

• Na valência <strong>de</strong> CAO serão criadas mais 40 vagas (16 na APPACDM e 24 na Cáritas Diocesana <strong>de</strong><br />

<strong>Aveiro</strong>) pelo que a taxa <strong>de</strong> cobertura passa <strong>de</strong> 5,7% a 8,3%;<br />

• Em Lar Resi<strong>de</strong>ncial serão criadas 40 vagas (18 vagas na APPACDM e 22 na Cáritas Diocesana <strong>de</strong><br />

<strong>Aveiro</strong>) o que correspon<strong>de</strong> a uma alargamento <strong>de</strong> 2,5% da taxa <strong>de</strong> cobertura que passa a 5,1% (face<br />

aos actuais 2,6%);<br />

• Em Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário (15 na Cáritas Diocesana <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>) o que perfaz uma taxa <strong>de</strong><br />

cobertura é <strong>de</strong> 1%.<br />

No que se refere à temática das Necessida<strong>de</strong>s Educativas Especiais, estima-se que existissem em 2009, 433<br />

pessoas com NEE integradas no sistema <strong>de</strong> ensino. O Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> é o que reúne<br />

8 Para além das duas entida<strong>de</strong>s enumeradas, <strong>de</strong>stacam-se, ainda, os Agrupamentos <strong>de</strong> Escolas (Aradas, <strong>Aveiro</strong>, Cacia, Eixo, Esgueira, Oliveirinha e<br />

São Bernardo), as Escolas Secundárias (Dr. Jaime <strong>de</strong> Magalhães Lima, José Estêvão, Dr. Mário Sacramento e Homem Cristo), o Gabinete <strong>de</strong> Apoio<br />

Pedagógico da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, a Associação <strong>de</strong> Turismo Acessível – um acesso para todos (APTTA), a Associação <strong>de</strong> Pais e Amigos do<br />

Portador <strong>de</strong> Trissomia 21 <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> (APAPT21A) e a Associação dos Cegos e Amblíopes <strong>de</strong> Portugal (ACAPO).<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 69


maior número <strong>de</strong> alunos com NEE (77 jovens), seguindo-se o Agrupamento <strong>de</strong> São Bernardo com 56 alunos<br />

e a Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> com 55 alunos. Os restantes Agrupamentos registam uma média <strong>de</strong> 45 alunos, à<br />

excepção <strong>de</strong> Cacia que apresenta 25. O registo <strong>de</strong> Agrupamentos <strong>de</strong> Escolas com maior número <strong>de</strong><br />

estudantes po<strong>de</strong>rá estar relacionado com a existência <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Referência para a Educação <strong>de</strong> Alunos<br />

Cegos e com Baixa Visão (EB 2,3 João Afonso do AE <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> e a ES José Estêvão), <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Apoio<br />

Especializado para a Educação a Alunos com Multi<strong>de</strong>ficiência e Surdocegueira Congénita (EB 1 das Barrocas<br />

do AE <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> e a EB 1 <strong>de</strong> Eixo do AE <strong>de</strong> Eixo) e <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Ensino Estruturado para a Educação <strong>de</strong><br />

Alunos com Perturbações do Espectro do Autismo (EB 1 e EB 2,3 <strong>de</strong> Esgueira do AE <strong>de</strong> Esgueira). Ao nível<br />

do tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência que se regista nesta população, regista-se um peso significativo <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência mental<br />

(229 pessoas).<br />

Problemas e necessida<strong>de</strong>s<br />

Em termos qualitativos, e no que diz respeito à i<strong>de</strong>ntificação dos principais problemas e necessida<strong>de</strong>s que<br />

afectam a população resi<strong>de</strong>nte no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> com <strong>de</strong>ficiência, <strong>de</strong> referir que foram i<strong>de</strong>ntificados 5<br />

problemas centrais, o primeiro dos quais se pren<strong>de</strong> com questões associadas à mobilida<strong>de</strong> e acessibilida<strong>de</strong>.<br />

Para os parceiros locais existem situações a resolver a este nível, nomeadamente em termos <strong>de</strong> sinalética e<br />

<strong>de</strong> transportes, as quais se ficam a <strong>de</strong>ver a uma: (i) falta <strong>de</strong> investimento nesta área; (ii) falta <strong>de</strong><br />

sensibilização; (iii) falta <strong>de</strong> aplicação da legislação, por parte das entida<strong>de</strong>s com responsabilida<strong>de</strong>s ao nível<br />

da mobilida<strong>de</strong> dos cidadãos.<br />

Um outro tema sinalizado pelos parceiros diz respeito à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma maior intervenção precoce e<br />

divulgação dos serviços existentes a este nível, necessida<strong>de</strong> que tem como principais causas a falta <strong>de</strong><br />

informação, <strong>de</strong> sensibilização e <strong>de</strong> articulação entre os serviços. Os recursos locais nesta matéria não são<br />

muitos, cingindo-se à intervenção precoce já no terreno, e à consulta <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento no hospital <strong>de</strong><br />

<strong>Aveiro</strong>. Neste quadro é ainda <strong>de</strong> sublinhar a existência <strong>de</strong> escolas <strong>de</strong> referência e unida<strong>de</strong>s especializadas no<br />

concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 9 .<br />

As questões associadas à educação e formação dos indivíduos com <strong>de</strong>ficiência constituem um outro<br />

problema central para esta população, nomeadamente no que se refere ao facto <strong>de</strong> a nova política <strong>de</strong><br />

formação profissional ter aumentado os problemas <strong>de</strong> formação e integração das pessoas com<br />

<strong>de</strong>ficiência, o que <strong>de</strong>corre <strong>de</strong> um <strong>de</strong>sconhecimento da realida<strong>de</strong>, e o que se traduz no <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> medidas<br />

<strong>de</strong> política pública algo <strong>de</strong>sajustadas.<br />

No que diz respeito a recursos locais para fazer face a este problema, <strong>Aveiro</strong> conta com:<br />

• O Instituto <strong>de</strong> Emprego e Formação Profissional;<br />

9 Escolas <strong>de</strong> Referência para a Educação <strong>de</strong> Alunos Cegos e com Baixa Visão: (i) AE <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> – EB 2,3 João Afonso; (ii)<br />

Escola Secundária José Estêvão – <strong>Aveiro</strong>.<br />

Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Apoio Especializado para a Educação a Alunos com Multi<strong>de</strong>ficiência e Surdocegueira Congénita: (i) AE <strong>de</strong><br />

<strong>Aveiro</strong> – EB1 das Barrocas; (ii) AE <strong>de</strong> Eixo – EBI <strong>de</strong> Eixo.<br />

Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Ensino Estruturado para a Educação <strong>de</strong> Alunos com Perturbações do Espectro do Autismo: AE Esgueira -<br />

EB1 <strong>de</strong> Esgueira e EB 2,3 <strong>de</strong> Esgueira.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 70


• A CERCIAV;<br />

• A APPACDM;<br />

• A Escola Profissional <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>.<br />

Em termos <strong>de</strong> educação (sentido estrito) foram i<strong>de</strong>ntificados problemas ao nível da falta <strong>de</strong> estruturas e<br />

equipamentos nas escolas para formação até ao 9.º ano <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> e ao nível da ina<strong>de</strong>quação dos<br />

currículos escolares (problema acentuado com a nova escolarida<strong>de</strong> obrigatória) às necessida<strong>de</strong>s e<br />

características <strong>de</strong>sta população. Estes problemas <strong>de</strong>correm, sobretudo e na opinião dos parceiros do CLASA,<br />

<strong>de</strong>: (i) necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma maior autonomia das escolas; (ii) défice <strong>de</strong> investimento público nesta área em<br />

concreto; (iii) a algum défice <strong>de</strong> articulação e comunicação entre o sistema <strong>de</strong> ensino e a socieda<strong>de</strong> em geral.<br />

O último grupo <strong>de</strong> problemas sinalizado pelos parceiros diz respeito ao défice <strong>de</strong> respostas infraestruturais<br />

e sociais para esta população, nomeadamente:<br />

• Falta <strong>de</strong> respostas específicas para apoio às famílias (férias, interrupções, prolongamento escolar);<br />

• Falta <strong>de</strong> técnicos especializados para apoio a esta população, no contexto escolar e familiar (apoio<br />

aos familiares);<br />

• Falta <strong>de</strong> respostas pós-escola (e durante o percurso escolar) para encaminhamento.<br />

Todos os problemas têm causas essencialmente externas, <strong>de</strong> <strong>de</strong>sa<strong>de</strong>quação legislativa, <strong>de</strong> falta <strong>de</strong> apoio<br />

financeiro, <strong>de</strong> mudança <strong>de</strong> políticas sociais e <strong>de</strong> fim das medidas <strong>de</strong> apoio às empresas que integram pessoas<br />

com <strong>de</strong>ficiência.<br />

A falta <strong>de</strong> respostas pós-escola tem ainda causas <strong>de</strong> índole interna, muito associadas ao défice <strong>de</strong><br />

instituições e à sobrelotação das instituições existentes.<br />

A resposta a estes problemas passará, certamente, pela canalização <strong>de</strong> mais recursos. No entanto, é já<br />

possível contar com o trabalho <strong>de</strong>senvolvido no âmbito <strong>de</strong>:<br />

• Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> multi-<strong>de</strong>ficiência e educação especial nos agrupamentos <strong>de</strong> escolas (até ao 9º ano <strong>de</strong><br />

escolarida<strong>de</strong>)<br />

• CERCIAV;<br />

• Protocolos específicos entre escolas e associações;<br />

• APPACDM;<br />

• SIM-PD: Serviço <strong>de</strong> Informação e Mediação para Pessoas com Deficiência (Câmara Municipal <strong>Aveiro</strong>).<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 71


Imigração e minorias étnicas<br />

Portugal foi, durante décadas, um país <strong>de</strong> emigração. Um número elevado da população portuguesa viu-se<br />

impelida a emigrar <strong>de</strong> forma a conseguir melhores condições <strong>de</strong> vida, tendo para o efeito optado por diversos<br />

países <strong>de</strong>ntro e fora do espaço europeu: França, Venezuela, Estados Unidos da América, entre outros. A<br />

manifestação <strong>de</strong>ste fenómeno prolongou-se até aos nossos dias, mas com configurações e <strong>de</strong>stinos distintos.<br />

Actualmente, são os países africanos <strong>de</strong> língua oficial portuguesa que parecem produzir um forte po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

atracção para a mão-<strong>de</strong>-obra portuguesa, nomeadamente mão-<strong>de</strong>-obra altamente qualificada. E portanto,<br />

este fenómeno está sobejamente estudado, e é conhecido com um nível <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong> bastante<br />

significativo.<br />

O inverso já não é verda<strong>de</strong>, ou seja, o fenómeno da imigração (entrada <strong>de</strong> pessoas com propósito permanente<br />

ou temporário <strong>de</strong> trabalho e/ou residência) constitui, hoje em dia, uma realida<strong>de</strong> relativamente recente, pelo<br />

menos no que diz respeito ao volume e proveniências dos imigrantes. Portugal assume-se, hoje, no contexto<br />

europeu e internacional como um país <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino para pessoas oriundas dos mais diversos países, com<br />

especial enfoque nos países da Europa <strong>de</strong> Leste, Ásia e Brasil.<br />

Muitos <strong>de</strong>stes “novos” imigrantes registam uma dificulda<strong>de</strong> real <strong>de</strong> inserção social no país <strong>de</strong> acolhimento<br />

que é Portugal, nomeadamente <strong>de</strong>vido a factores associados à ausência <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s familiares <strong>de</strong> suporte (pois<br />

constituem a primeira geração a estar presente no país), à dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso a habitação (própria ou em<br />

regime <strong>de</strong> arrendamento), às dificulda<strong>de</strong>s na aprendizagem da língua portuguesa (ainda que este seja um<br />

obstáculo que não afecta todos os imigrantes) e às baixas qualificações ou dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> reconhecimento das<br />

qualificações para efeitos <strong>de</strong> acesso a <strong>de</strong>terminadas profissões.<br />

Reconhecendo estes factores, e a consequência directa da sua conjugação, optou o governo português, e em<br />

conformida<strong>de</strong> com as recomendações europeias, por assumir esta como uma das principais priorida<strong>de</strong>s das<br />

políticas sociais nacionais. É neste enquadramento que o Plano Nacional <strong>de</strong> Acção para a Inclusão elege este<br />

grupo populacional como um dos que merece uma especial atenção ao nível do planeamento e<br />

operacionalização <strong>de</strong> medidas sociais <strong>de</strong> cariz preventivo e/ou reparador que garantam a plena inserção<br />

<strong>de</strong>ste grupo. Em termos institucionais, o organismo público responsável por garantir a execução das<br />

referidas políticas é o Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI) que através <strong>de</strong><br />

intervenção directa ou dos Centros Nacionais <strong>de</strong> Apoio ao Imigrante que são da sua responsabilida<strong>de</strong>,<br />

procura prosseguir os objectivos públicos gizados para a área <strong>de</strong> intervenção em questão. Ainda ao nível<br />

institucional, mas com competências distintas do Alto Comissariado, existe o Serviço <strong>de</strong> Estrangeiros e<br />

Fronteiras cujos principais objectivos se pren<strong>de</strong>m, entre outros, com o controlo da circulação <strong>de</strong> pessoas nas<br />

fronteiras, e da permanência legal <strong>de</strong> estrangeiros em território nacional.<br />

No que diz respeito ao concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, a proporção <strong>de</strong> população estrangeira a residir no concelho era, à<br />

data do último Recenseamento da População e Habitação, <strong>de</strong> 1,99%, valor superior àquele que foi registado<br />

para a mesma data na região do Baixo Vouga (1,61%) e na região Centro (1,25%), mas inferior ao registado<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 72


para o país (2,24%). Aquela proporção resulta <strong>de</strong> um crescimento da proporção da população estrangeira<br />

resi<strong>de</strong>nte em <strong>Aveiro</strong> no último período intercensitário <strong>de</strong> 0,64 p.p..<br />

Quadro 39 – Proporção da população resi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> nacionalida<strong>de</strong><br />

estrangeira (1991 e 2001)<br />

Proporção da população resi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />

nacionalida<strong>de</strong> estrangeira<br />

Local <strong>de</strong> residência<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2001 1991<br />

% %<br />

Portugal<br />

2,24 1,09<br />

Centro<br />

1,25 0,79<br />

Baixo Vouga<br />

1,61 1,43<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

1,99 1,35<br />

Fonte: INE, Censos 2001, w w w .ine.pt (informação extraída em 16.06.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 15 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2007.<br />

A análise dos dados publicados pelo Serviço <strong>de</strong> Estrangeiros e Fronteiras sobre o pedido <strong>de</strong> estatuto <strong>de</strong><br />

resi<strong>de</strong>nte no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, permite aferir o perfil dos imigrantes no concelho em matéria <strong>de</strong><br />

nacionalida<strong>de</strong>. Em primeira instância, é possível concluir por um crescimento muito significativo, no período<br />

temporal compreendido entre 2001 e 2006, do número <strong>de</strong> pessoas a solicitar estatuto <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>nte – <strong>de</strong> 65<br />

pedidos em 2001 para 770 em 2006. Em segundo lugar, é possível concluir que estes pedidos são feitos por<br />

pessoas oriundas preferencialmente <strong>de</strong> países europeus – inclui o leste europeu, naturalmente (54,42%),<br />

seguidos pelos países da América Central e do Sul (23,90%), países africanos (12,73%) e por último países<br />

asiáticos (8,83%) (referência para 2006).<br />

Uma análise dos pedidos <strong>de</strong> estatuto <strong>de</strong> residência em função da variável sexo, permite concluir, tal como<br />

<strong>de</strong>monstram os quadros 40 e 41, por uma maior representativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas do sexo masculino, em todos<br />

os anos sob análise, seguindo a mesma tendência registada para o país e para as sub-regiões sob<br />

comparação.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 73


Quadro 40 – Pedidos <strong>de</strong> estatuto <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>nte por continente <strong>de</strong> origem (2001-2006)<br />

População estrangeira que solicitou estatuto <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>nte<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

Nacionalida<strong>de</strong><br />

Sexo<br />

2006 2005 2004 2003 2002 2001<br />

Local <strong>de</strong> residência<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

Total<br />

Europa<br />

África<br />

América<br />

América do Norte<br />

América Central e do Sul<br />

Ásia<br />

Ocêania<br />

HM<br />

HM<br />

HM<br />

HM<br />

N.º N.º N.º N.º N.º N.º<br />

770 154 175 155 86 65<br />

435 62 82 69 49 33<br />

335 92 93 86 37 32<br />

419 57 72 54 28 17<br />

248 20 33 30 17 10<br />

171 37 39 24 11 7<br />

98 39 31 30 14 17<br />

63 14 17 11 9 11<br />

35 25 14 19 5 6<br />

185 51 61 60 38 26<br />

85 24 26 23 21 9<br />

100 27 35 37 17 17<br />

1 2 0 3 2 6<br />

0 1 0 1 2 3<br />

1 1 0 2 0 3<br />

184 49 61 57 36 20<br />

85 23 26 22 19 6<br />

99 26 35 35 17 14<br />

68 7 11 11 5 5<br />

39 4 6 5 2 3<br />

29 3 5 6 3 2<br />

0 0 0 0 1 0<br />

0 0 0 0 0 0<br />

M<br />

0 0 0 0 1 0<br />

Fonte: SEF, w w w .ine.pt (informação extraída em 16.06.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 07 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2008.<br />

H<br />

M<br />

HM<br />

H<br />

M<br />

H<br />

M<br />

HM<br />

H<br />

M<br />

H<br />

M<br />

HM<br />

H<br />

M<br />

H<br />

M<br />

HM<br />

H<br />

Quadro 41 – Relação <strong>de</strong> masculinida<strong>de</strong> dos estrangeiros que solicitaram estatuto <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>nte (2001-<br />

2006)<br />

Relação <strong>de</strong> masculinida<strong>de</strong> dos estrangeiros que solicitaram estatuto<br />

<strong>de</strong> resi<strong>de</strong>nte<br />

Local <strong>de</strong> residência<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2006 2005 2004 2003 2002 2001<br />

N.º N.º N.º N.º N.º N.º<br />

Portugal<br />

Centro<br />

Baixo Vouga<br />

144,30 78,00 82,90 88,80 88,00 91,90<br />

156,10 72,80 79,10 80,50 79,40 77,40<br />

144,10 73,70 74,90 83,30 109,00 87,20<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

129,90 67,40 88,20 80,20 132,40 103,10<br />

Fonte: SEF, w w w .ine.pt (informação extraída em 16.06.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 07 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2008.<br />

Problemas e necessida<strong>de</strong>s<br />

Em matéria <strong>de</strong> informação qualitativa, os parceiros do CLAS <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> i<strong>de</strong>ntificaram 7 problemas na área da<br />

imigração e minorias étnicas, que requerem uma intervenção directa.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 74


Um dos problemas i<strong>de</strong>ntificados diz respeito à dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> integração das comunida<strong>de</strong>s imigrantes e<br />

minorias étnicas no mercado <strong>de</strong> trabalho. Trata-se <strong>de</strong> um problema com consequências certamente<br />

gravosas para a população que o sente, e que tem como principais causas: (i) as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

comunicação (e.g. ao nível da língua); (ii) as dificulda<strong>de</strong>s no reconhecimento das habilitações escolares; (iii) a<br />

baixa escolarida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algumas comunida<strong>de</strong>s; (iv) a existência <strong>de</strong> fenómenos <strong>de</strong> xenofobia e racismo; (v) a<br />

situação <strong>de</strong> ilegalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algumas comunida<strong>de</strong>s; (vi) a <strong>de</strong>sconfiança da comunida<strong>de</strong> maioritária em relação<br />

às minorias étnicas; (vii) a ausência <strong>de</strong> respostas formativas a<strong>de</strong>quadas às características dos grupos,<br />

nomeadamente para a promoção da aprendizagem do português e da certificação profissional. De modo a dar<br />

resposta a este problema, <strong>Aveiro</strong> conta com o trabalho <strong>de</strong>senvolvido por estruturas como:<br />

• O CLAII – <strong>Aveiro</strong> (Centro Local <strong>de</strong> Apoio à Integração <strong>de</strong> Imigrantes);<br />

• O GIP UNIVERA do Centro Social Paroquial da Vera Cruz);<br />

• O Instituto <strong>de</strong> Emprego e Formação Profissional;<br />

• As Associações <strong>de</strong> Apoio a Imigrantes (Associação <strong>de</strong> Apoio ao Imigrante <strong>de</strong> S.Bernardo, Os Parceiros<br />

da Amiza<strong>de</strong>, Associação Mon Na Mon);<br />

• Os 4 Centros Novas Oportunida<strong>de</strong>s (AIDA – Associação Industrial <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, Agrupamento <strong>de</strong><br />

Escolas <strong>de</strong> S. Bernardo, Centro <strong>de</strong> Formação Profissional <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, Escola Secundária Dr. Jaime<br />

Magalhães Lima).<br />

O segundo problema i<strong>de</strong>ntificado pelos actores locais pren<strong>de</strong>-se com a existência <strong>de</strong> alguma exploração da<br />

mão-<strong>de</strong>-obra imigrante associada à prática criminal e prostituição, o que se fica a <strong>de</strong>ver fundamentalmente,<br />

a: (i) situações <strong>de</strong> ilegalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algumas comunida<strong>de</strong>s; (ii) um <strong>de</strong>sconhecimento dos direitos dos<br />

trabalhadores; (iii) uma existência <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> dominação. A resposta a este problema <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>, em muito, da<br />

acção <strong>de</strong>senvolvida por entida<strong>de</strong>s como:<br />

• A Polícia <strong>de</strong> Segurança Pública;<br />

• O Serviço <strong>de</strong> Estrangeiros e Fronteiras;<br />

• A Autorida<strong>de</strong> para as Condições do Trabalho;<br />

• A Unida<strong>de</strong> Móvel do projecto “RIA”.<br />

Como é possível constatar através da análise das causas dos dois problemas i<strong>de</strong>ntificados em matéria <strong>de</strong><br />

imigração e minorias étnicas nos parágrafos anteriores, a questão da ilegalida<strong>de</strong> é crucial em matéria <strong>de</strong><br />

diagnóstico, <strong>de</strong>vendo ela própria ser consi<strong>de</strong>rada como um problema que exige uma solução urgente. Por<br />

conseguinte, e tendo <strong>de</strong> facto os parceiros locais registado a existência <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> ilegalida<strong>de</strong> em<br />

algumas comunida<strong>de</strong>s, reconhece-se que é imperativo actuar nas seguintes causas: (i) <strong>de</strong>sconhecimento dos<br />

direitos sociais e cívicos; (ii) dificulda<strong>de</strong>s ao nível da legalização; (iii) falta <strong>de</strong> informação e/ou informação<br />

errada no país <strong>de</strong> origem; (iv) existência <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s criminais. Neste momento, o trabalho <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s como o<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 75


Serviço <strong>de</strong> Estrangeiros e Fronteiras, o Centro Local <strong>de</strong> Apoio à Integração <strong>de</strong> Imigrantes, a Policia <strong>de</strong><br />

Segurança Pública e as Associações <strong>de</strong> Apoio a Imigrantes torna-se fundamental para respon<strong>de</strong>r a este<br />

problema.<br />

Em <strong>Aveiro</strong>, os actores locais i<strong>de</strong>ntificaram também como problemático o facto <strong>de</strong> existirem activida<strong>de</strong>s<br />

ilegais praticadas por estrangeiros, essencialmente romenos (arrumadores <strong>de</strong> automóveis), para as quais<br />

não existem respostas eficazes. Trata-se <strong>de</strong> uma situação essencialmente urbana que tem como principais<br />

causas: (i) a inexistência <strong>de</strong> um diagnóstico relativo a esta comunida<strong>de</strong>; (ii) a ausência <strong>de</strong> mediadores sociais<br />

que apoiem a intervenção nesta comunida<strong>de</strong>; (iii) as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> integração no mercado <strong>de</strong> trabalho; (iv) o<br />

não licenciamento da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> arrumador por parte da Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>; (v) a não existência<br />

<strong>de</strong> residência fixa (impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> notificação). Estruturas como as que se seguem são fundamentais no<br />

combate a estas activida<strong>de</strong>s ilegais:<br />

• Polícia <strong>de</strong> Segurança Pública;<br />

• CLAII – <strong>Aveiro</strong> (Centro Local <strong>de</strong> Apoio à Integração <strong>de</strong> Imigrantes);<br />

• Associações <strong>de</strong> Apoio a Imigrantes;<br />

• Projecto “Giros” (PRI) – IPSS Florinhas do Vouga.<br />

O isolamento/fechamento <strong>de</strong> algumas famílias <strong>de</strong> imigrantes e <strong>de</strong> minorias étnicas (nomeadamente etnia<br />

cigana, on<strong>de</strong> este fechamento se torna um mecanismo <strong>de</strong> garante da manutenção da sua cultura) constitui<br />

uma outra preocupação dos parceiros da Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, na medida em que se consi<strong>de</strong>ra fundamental<br />

atenuar situações negativas associadas a: (i) diferenças culturais e não-aceitação das mesmas; (ii)<br />

<strong>de</strong>sconhecimento dos direitos sociais e cívicos; (iii) <strong>de</strong>sconhecimento dos recursos existentes; (iv) ilegalida<strong>de</strong>;<br />

(v) constrangimentos culturais. A intervenção <strong>de</strong>senvolvida no contexto dos projectos junto da etnia cigana<br />

pela Cáritas Diocesana <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, com o projecto Multisendas (Programa Escolhas) (e com os projectos<br />

anteriores “Senda Gitana” e “Novas Sendas” (POEFDS)), pelo Centro Local <strong>de</strong> Apoio à Integração <strong>de</strong><br />

Imigrantes, pela Polícia <strong>de</strong> Segurança Pública, pelas Associações <strong>de</strong> Apoio a Imigrantes e pela autarquia<br />

(através do Projecto Mediadores Municipais), é fundamental.<br />

Por fim, os parceiros consi<strong>de</strong>raram ainda importante <strong>de</strong>votar alguma atenção à questão da saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong><br />

problemas específicos nesta matéria que afectam a população imigrante e as minorias étnicas. Neste<br />

contexto, importa acautelar intervenções junto <strong>de</strong> causas como: (i) <strong>de</strong>svalorização da dimensão da saú<strong>de</strong>; (ii)<br />

não recorrência aos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>; (iii) vivência em condições <strong>de</strong> insalubrida<strong>de</strong>; (iv) situação <strong>de</strong><br />

ilegalida<strong>de</strong>; (v) falta <strong>de</strong> confiança nos serviços; (vi) consanguinida<strong>de</strong> como forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa e garantia do<br />

sucesso dos casamentos, o que leva à manifestação <strong>de</strong> muitas doenças congénitas; (vii) casamentos e<br />

maternida<strong>de</strong> precoce. Neste aspecto reconhecem-se como fundamentais os seguintes recursos:<br />

• Serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>;<br />

• Associações <strong>de</strong> Apoio a Imigrantes;<br />

• Projecto “Medicina” (exclusivo da Associação <strong>de</strong> Apoio aos Imigrantes <strong>de</strong> S. Bernardo);<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 76


• CLAII – <strong>Aveiro</strong> (Centro Local <strong>de</strong> Apoio à Integração <strong>de</strong> Imigrantes);<br />

• Médicos oriundos das comunida<strong>de</strong>s imigrantes.<br />

Na perspectiva do CLAII – <strong>Aveiro</strong> (Centro Local <strong>de</strong> Apoio à Integração <strong>de</strong> Imigrantes), entida<strong>de</strong> central no<br />

apoio a esta população no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, e tendo em conta as informações partilhadas pelos imigrantes<br />

nos atendimentos realizados nas suas instalações, existem no concelho alguns fenómenos <strong>de</strong> xenofobia e<br />

racismo, que se ficam a <strong>de</strong>ver, essencialmente, à falta <strong>de</strong> educação/formação para a interculturalida<strong>de</strong>.<br />

Como recursos fundamentais no combate a estas situações, o CLAII i<strong>de</strong>ntificou as Associações <strong>de</strong> Apoio a<br />

Imigrantes, a Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, os Agrupamentos <strong>de</strong> Escolas e o próprio CLAII, através do<br />

Projecto <strong>Aveiro</strong> + InterCool, bem como as <strong>de</strong>mais instituições do Concelho.<br />

No contexto específico da comunida<strong>de</strong> cigana, sublinha-se o trabalho <strong>de</strong>senvolvido ao nível do Projecto<br />

Mediadores Municipais 10 , promovido pela Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> entida<strong>de</strong><br />

interlocutora junto do Alto-Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI). Este projecto está<br />

sustentado por um diagnóstico que i<strong>de</strong>ntificou 101 famílias ciganas a residir no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> (58 em<br />

acampamento, 28 em bairros municipais e 15 em bairros IHRU), num total <strong>de</strong> 411 indivíduos, com<br />

problemáticas associadas à escolarização e formação, ao emprego, <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> apoios económicos e<br />

serviços, habitação, saú<strong>de</strong> e justiça.<br />

Com base neste diagnóstico, o Projecto Mediadores Municipais assume o compromisso <strong>de</strong>: (i) Promover o<br />

diálogo intercultural; (ii) Estreitar relações <strong>de</strong> proximida<strong>de</strong> entre a comunida<strong>de</strong>, técnicos e serviços; (iii) Dotar<br />

as famílias <strong>de</strong> competências facilitadoras à sua autonomia e integração; (iv) Promover boas práticas <strong>de</strong><br />

trabalho com a comunida<strong>de</strong> cigana; (v) Prevenir conflitos no seio das comunida<strong>de</strong>s; (vi) Sensibilizar a<br />

comunida<strong>de</strong> geral para a cultura cigana; (vii) Actualizar dados que integram o estudo “Retrato Social da<br />

Comunida<strong>de</strong> Cigana no Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>”; (viii) Elaborar um estudo acerca dos núcleos habitacionais que<br />

integram os bairros clan<strong>de</strong>stinos do Concelho.<br />

Neste quadro, os resultados esperados são: melhorar as condições <strong>de</strong> habitabilida<strong>de</strong> das famílias (habitação);<br />

aumentar taxas <strong>de</strong> frequência e sucesso escolar (escolarização/formação); a<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> conteúdos<br />

programáticos <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> formação profissional (emprego/profissionalização); aumentar a taxa <strong>de</strong><br />

execução <strong>de</strong> consultas, tratamentos; Plano Nacional <strong>de</strong> Vacinação e cuidados <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> infantil; Planeamento<br />

Familiar e aumentar os índices <strong>de</strong> rastreio (saú<strong>de</strong>).<br />

10 Projecto aprovado pelo ADICI, cuja entida<strong>de</strong> gestora é a Cáritas Diocesana <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> e que tem por duração 1 ano (1 Outubro <strong>de</strong> 2009 a 30 <strong>de</strong><br />

Setembro <strong>de</strong> 2010).<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 77


Pessoas sem-abrigo<br />

Em Portugal, <strong>de</strong>sconhece-se o número global <strong>de</strong> pessoas sem-abrigo. Sabe-se, no entanto, que são<br />

particularmente homens em ida<strong>de</strong> activa (30 aos 49 anos), solteiros e divorciados, <strong>de</strong> nacionalida<strong>de</strong><br />

portuguesa, com escolarida<strong>de</strong> básica, distribuídos essencialmente pelas gran<strong>de</strong>s áreas metropolitanas<br />

(Lisboa e Porto). Já não são somente os marginalizados clássicos, sendo visível a emergência <strong>de</strong> uma nova<br />

geração <strong>de</strong> pessoas, com peso crescente <strong>de</strong> doentes mentais, toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, alcoólicos, ex-reclusos e<br />

outras <strong>de</strong> pessoas que se encontram em situação <strong>de</strong> ruptura com as normas e instituições vigentes – quebra<br />

<strong>de</strong> laços sócio-familiares, instabilida<strong>de</strong> profissional, dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> acesso à habitação, e ao emprego, baixos<br />

rendimentos, ausência <strong>de</strong> regras e rotinas, auto-marginalização, diluição <strong>de</strong> hábitos <strong>de</strong> trabalho, regressão<br />

nas capacida<strong>de</strong>s cognitivas – e sem qualquer tipo <strong>de</strong> suporte social, psicológico e económico. (FONTE:<br />

Estratégia Nacional para a Protecção Social e Inclusão Social, Portugal 2008-2010)<br />

Os principais factores que contribuem para a situação dos sem-abrigo que pernoitam nos equipamentos são<br />

essencialmente o <strong>de</strong>semprego, a perda <strong>de</strong> alojamento e a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter uma habitação, por ausência<br />

<strong>de</strong> rendimentos, as doenças (toxico<strong>de</strong>pendência, doença crónica e mental) e as rupturas conjugais e<br />

familiares. Aí se encontram indivíduos <strong>de</strong> perfis diferenciados como:<br />

(i) consumidores <strong>de</strong> substâncias aditivas, nomeadamente álcool e drogas;<br />

(ii) ex-toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e ex-alcoólicos que após tratamentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sintoxicação, viveram períodos <strong>de</strong><br />

autonomia financeira e habitacional, mas novas rupturas fizeram com que regressassem à situação<br />

<strong>de</strong> sem-abrigo;<br />

(iii) ex-reclusos que não tiveram qualquer apoio e encaminhamento após a saída dos estabelecimentos<br />

prisionais;<br />

(iv) indivíduos que, <strong>de</strong>vido a fragilida<strong>de</strong>s físicas e/ou psicológicas não po<strong>de</strong>m exercer activida<strong>de</strong><br />

profissional regular e não têm suporte familiar;<br />

(v) pessoas com diagnóstico <strong>de</strong> doença mental, portadores <strong>de</strong> doenças infecto-contagiosas e doenças<br />

crónicas;<br />

(vi) imigrantes em situação <strong>de</strong> clan<strong>de</strong>stinida<strong>de</strong>;<br />

(vii) indivíduos que trabalharam por conta <strong>de</strong> outrem, sem carreira contributiva, que <strong>de</strong>vido a<br />

<strong>de</strong>spedimento ficaram em situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego prolongado, ou ainda indivíduos que sofreram<br />

aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho e que ficaram sem qualquer mecanismo <strong>de</strong> protecção social;<br />

(viii)<br />

indivíduos que exercem activida<strong>de</strong> profissional contínua ou sazonal, mas que auferem<br />

rendimentos insuficientes para ace<strong>de</strong>r a uma habitação.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 78


Em termos <strong>de</strong> planeamento e <strong>de</strong> política pública nacional, o governo português aprovou a Estratégia<br />

Nacional para a Integração <strong>de</strong> Pessoas Sem-abrigo (ENIPSA), <strong>de</strong>senvolvida por um Grupo Interinstucional,<br />

com o objectivo <strong>de</strong> concretizar e aprofundar a reflexão contida na ENPSIS e no PNAI sobre a realida<strong>de</strong> dos<br />

Sem-abrigo em Portugal. Na ENIPSA reconhece-se a fragilida<strong>de</strong> da intervenção pública neste domínio,<br />

nomeadamente ao nível da tomada <strong>de</strong> consciência sobre problema, da existência <strong>de</strong> informação<br />

sistematizada sobre o mesmo e da promoção <strong>de</strong> respostas articuladas.<br />

No concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> foi <strong>de</strong>senvolvido um estudo <strong>de</strong> diagnóstico da situação das pessoas sem-abrigo,<br />

enquadrado pela ENIPSA, <strong>de</strong> acordo com o conceito <strong>de</strong> sem-abrigo proposto naquela estratégia nacional 11 , e<br />

que implicou a colaboração das entida<strong>de</strong>s representadas no Núcleo Territorial dos Programas <strong>de</strong> Respostas<br />

Integradas (PRI) <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> que intervêm nas áreas da prevenção, tratamento, redução <strong>de</strong> riscos e<br />

minimização <strong>de</strong> danos, a reinserção social, bem como com as instituições com respostas sociais (Centros <strong>de</strong><br />

Alojamento Temporário, Equipa <strong>de</strong> Intervenção Directa) e autarquia.<br />

Neste diagnóstico, realizado em Setembro <strong>de</strong> 2009, foram sinalizadas 60 pessoas sem-abrigo no concelho <strong>de</strong><br />

<strong>Aveiro</strong>, maioritariamente com ida<strong>de</strong>s compreendidas entre os 25 e os 34 anos (33,3%), do sexo masculino,<br />

portugueses (83,3%) e naturais da região do Baixo Vouga (apenas os indivíduos <strong>de</strong> nacionalida<strong>de</strong><br />

portuguesa). Segundo o estudo <strong>de</strong> diagnóstico em referência, “No que concerne às re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sociabilida<strong>de</strong> dos<br />

sem-abrigo verificou-se que os técnicos e os amigos, são as pessoas com quem esta população se i<strong>de</strong>ntifica<br />

como estabelecendo mais relações sociais. As instituições também são bastante referenciadas pelos semabrigo,<br />

assumindo uma posição igualmente importante no apoio a esta população. Por sua vez, a família e os<br />

vizinhos são as re<strong>de</strong>s que surgem menos indicadas por esta população.” (pp. 6 e 7) Em matéria <strong>de</strong><br />

alojamento, a maioria dos 60 indivíduos sem-abrigo sinalizados ocupava alojamentos não convencionais<br />

(66,6%), logo seguidos dos alojamentos temporários (23,3%) e das situações sem tecto (6,6%).<br />

No que diz respeito às razões pelas quais estas 60 pessoas i<strong>de</strong>ntificadas no estudo <strong>de</strong> diagnóstico se<br />

encontram em situação <strong>de</strong> sem-abrigo, as respostas foram bastante diversificadas, o que traduz<br />

naturalmente a complexida<strong>de</strong> do fenómeno em questão. No entanto, é possível i<strong>de</strong>ntificar as causas<br />

associadas a problemas/situações familiares (ruptura, conflito ou morte) como sendo a principal justificação<br />

para se encontrarem na actual situação <strong>de</strong> sem-abrigo, logo seguida da perda <strong>de</strong> emprego. De facto, a perda<br />

<strong>de</strong> emprego parece constituir um facto explicativo importante: 78,3% das pessoas incluídas no estudo estão<br />

em situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego. Em matéria <strong>de</strong> fonte <strong>de</strong> rendimento, 45% dos inquiridos no estudo não tinham<br />

qualquer fonte <strong>de</strong> rendimento, seguidos por aqueles que beneficiam do Rendimento Social <strong>de</strong> Inserção<br />

(18,3%).<br />

A situação em matéria <strong>de</strong> habilitações literárias também não é favorável, na medida em que 71,7% dos<br />

inquiridos não <strong>de</strong>tém mais do que o 3º CEB.<br />

11 Consi<strong>de</strong>ra-se pessoa sem-abrigo aquela que, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da sua nacionalida<strong>de</strong>, ida<strong>de</strong>, sexo, condição socioeconómica<br />

e condição <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> física e mental, se encontre:<br />

• Sem tecto, vivendo no espaço público alojada em abrigo <strong>de</strong> emergência, ou com para<strong>de</strong>iro em local precário;<br />

• Sem casa, encontrando-se em alojamento temporário <strong>de</strong>stinado para o efeito.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 79


De sublinhar, igualmente, que este estudo i<strong>de</strong>ntificou, ainda, um conjunto <strong>de</strong> problemas e necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

apoio junto da população inquirida, nomeadamente: (i) “… das pessoas em situação <strong>de</strong> sem-abrigo 6 têm<br />

problemas físicos, e 11 têm doenças mentais diagnosticadas …”; (ii) “… 8 estão associadas a consumo <strong>de</strong><br />

substâncias psico-activas (sem especificar que tipo <strong>de</strong> SPA), 15 a álcool e 11 a drogas …”; (iii) “… os<br />

indivíduos que apresentam problemas com o jogo são 2, e <strong>de</strong> dívidas são 4 …”; (iv) “… no que concerne à<br />

ocupação constata-se que 35 sujeitos têm falta <strong>de</strong> ocupação/formação …”; e (v) “… quanto à experiência <strong>de</strong><br />

abuso doméstico <strong>de</strong>notou-se que 4 indivíduos tinham sido vítimas <strong>de</strong> violência, sendo que este indicador<br />

está associado a pessoas do sexo feminino” (p. 12).<br />

Para finalizar, refira-se que as instituições que intervêm com a população sem-abrigo em <strong>Aveiro</strong> são: as<br />

Florinhas do Vouga com a Equipa <strong>de</strong> Intervenção Directa e com o Projecto Giros (PRI na área redução <strong>de</strong><br />

riscos e minimização <strong>de</strong> danos), a Fundação CESDA e a Cáritas Diocesana <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> (CAT – Centros <strong>de</strong><br />

Alojamento Temporário), a Cruz Vermelha Portuguesa com o Projecto RIS (PRI na área da reinserção social),<br />

o Centro <strong>de</strong> Respostas Integradas <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> do IDT, e a Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>/Divisão Acção Social e<br />

Saú<strong>de</strong> Pública.<br />

Problemas e necessida<strong>de</strong>s<br />

Os parceiros da Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, quando questionados sobre os principais problemas que afectam a<br />

população sem-abrigo no concelho, consi<strong>de</strong>raram que o <strong>de</strong>semprego constitui um dos principais problemas<br />

que afectam esta população e que tem como principais causas: (i) a conjuntura económica frágil; (ii) o<br />

<strong>de</strong>sajustamento entre a oferta e a procura <strong>de</strong> emprego; (iii) o baixo nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> formação <strong>de</strong>sta<br />

população; (iv) a falta <strong>de</strong> hábitos <strong>de</strong> trabalho; (v) os vínculos precários; (vi) o consumo <strong>de</strong> substâncias lícitas e<br />

ilícitas. Os recursos locais que já estão no terreno, e que po<strong>de</strong>rão ser optimizados no sentido <strong>de</strong> facilitar a<br />

minimização <strong>de</strong>ste problema são:<br />

• O Instituto <strong>de</strong> Emprego e Formação Profissional;<br />

• Os protocolos <strong>de</strong> Rendimento Social <strong>de</strong> Inserção;<br />

• Os Gabinetes <strong>de</strong> Inserção Profissional;<br />

• O projecto “RIS”;<br />

• O tecido empresarial local.<br />

De salientar que para os parceiros do CLAS <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> que se pronunciaram sobre esta problemática, o baixo<br />

nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> formação constitui um problema em si mesmo, que <strong>de</strong>corre <strong>de</strong>: (i) uma ausência<br />

<strong>de</strong> recursos financeiros; (ii) uma inexistência <strong>de</strong> estrutura familiar; (iii) um abandono escolar precoce e um<br />

insucesso escolar; (iv) problemas <strong>de</strong> integração. Os recursos locais que já estão no terreno são:<br />

• O Centro <strong>de</strong> Formação do Instituto <strong>de</strong> Emprego e Formação Profissional;<br />

• A Escola Profissional <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>;<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 80


• Os 4 Centros Novas Oportunida<strong>de</strong>s (AIDA – Associação Industrial <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, Agrupamento <strong>de</strong><br />

Escolas <strong>de</strong> S. Bernardo, Centro <strong>de</strong> Formação Profissional <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, Escola Secundária Dr. Jaime<br />

Magalhães Lima);<br />

• As iniciativas <strong>de</strong> formação profissional, em geral.<br />

Um outro problema que se afigura como particularmente complexo diz respeito a situações <strong>de</strong> doença<br />

mental que afectam esta população e que <strong>de</strong>correm, especialmente, <strong>de</strong>: (i) uma insuficiência e ausência <strong>de</strong><br />

respostas na área da saú<strong>de</strong> mental; (ii) baixas pensões sociais; (iii) um défice <strong>de</strong> apoios financeiros para a<br />

intervenção pública nesta área; (iv) <strong>de</strong>sinstitucionalização; (v) consumos <strong>de</strong> substâncias psicoactivas; (vi)<br />

doenças genéticas. Os recursos locais são, <strong>de</strong> facto, escassos para a solução <strong>de</strong>ste problema centrando-se no<br />

Hospital Infante D. Pedro, APPACDM e CERCIAV.<br />

Um outro problema que surge como incontornável neste contexto pren<strong>de</strong>-se com a<br />

disfuncionalida<strong>de</strong>/ruptura familiar que a história <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> muitos sem-abrigo <strong>de</strong>ixa antever, fruto <strong>de</strong>: (i)<br />

situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>linquência; (ii) uma falta <strong>de</strong> recursos financeiros; (iii) uma conjuntura económica frágil; (iv)<br />

fragilida<strong>de</strong>s nos vínculos parentais e familiares em geral. A Segurança Social, a Comissão <strong>de</strong> Protecção <strong>de</strong><br />

Crianças e Jovens, os projectos “RIA” e “Alternativas” e o CAFAP – Recurso para formação parental,<br />

constituem recursos fundamentais para intervir nesta área em concreto.<br />

O consumo <strong>de</strong> substâncias psicoactivas, lícitas e ilícitas, surge como outra questão preocupante que<br />

afecta a população sem-abrigo do concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, situação esta que se fica a <strong>de</strong>ver, essencialmente, a<br />

causas como: (i) a falta <strong>de</strong> suporte familiar; (ii) os conflitos e <strong>de</strong>sestruturação familiares; (iii) o <strong>de</strong>semprego;<br />

(iv) a <strong>de</strong>smotivação; (v) a fácil acessibilida<strong>de</strong> às substâncias; (vi) percursos <strong>de</strong>linquentes/criminais; (vii) a<br />

inexistência ou débil retaguarda familiar; (viii) os baixos níveis <strong>de</strong> qualificação; (ix) as características<br />

individuais do consumidor; (x) os antece<strong>de</strong>ntes familiares <strong>de</strong> consumos; (xi) uma cultura social tolerante ao<br />

alcoolismo. Nesta matéria, os recursos locais que po<strong>de</strong>rão ser optimizados são:<br />

• Os projectos PRI: GIROS e o RIS;<br />

• O Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>;<br />

• A Equipa <strong>de</strong> Intervenção Directa das Florinhas do Vouga;<br />

• Os Centros <strong>de</strong> Alojamento Temporário (Cáritas Diocesana <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> e Fundação CESDA).<br />

Um outro problema diz respeito à marginalida<strong>de</strong> e miséria em que esta população vive. As causas são<br />

diversas, passando: (i) pela ruptura <strong>de</strong> importantes laços familiares e sociais; (ii) pelo isolamento e<br />

<strong>de</strong>svinculação social; (iii) pelo consumo <strong>de</strong> álcool ou estupefacientes; (iv) pelo sentimento <strong>de</strong> perda e <strong>de</strong><br />

frustração; (v) por uma rejeição por parte da comunida<strong>de</strong>; (vi) por problemas neurológicos; (vii) pelo<br />

<strong>de</strong>semprego; (viii) pela falta <strong>de</strong> hábitos <strong>de</strong> trabalho; (ix) pela ausência <strong>de</strong> uma habitação fixa e <strong>de</strong> um<br />

sentimento <strong>de</strong> pertença; (x) pela falta <strong>de</strong> reconhecimento social (e consequências em termos psicológicos,<br />

afectivos e sociais); (xi) pelo evitamento, ansieda<strong>de</strong> antecipatória ou medo <strong>de</strong> avaliação social; (xii) por um<br />

comportamento auto-<strong>de</strong>strutivo. Como recursos a manter e potenciar, sublinham-se:<br />

• As IPSS do concelho;<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 81


• As entida<strong>de</strong>s públicas (Autarquia, Segurança Social, Saú<strong>de</strong>).<br />

Um último problema diz respeito ao défice <strong>de</strong> respostas sociais <strong>de</strong> apoio a esta população no concelho<br />

<strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, lacuna que se <strong>de</strong>ve, essencialmente, à: (i) falta <strong>de</strong> recursos financeiros; (ii) não priorização <strong>de</strong>sta<br />

necessida<strong>de</strong> em matéria <strong>de</strong> políticas públicas sociais; (iii) <strong>de</strong>sa<strong>de</strong>quação das regras e funcionamento das<br />

estruturas/equipamentos existentes face às problemáticas da população sem-abrigo; (iv) falta <strong>de</strong> pessoal<br />

qualificado e especializado para o diagnóstico e intervenção nas situações sinalizadas. Em termos <strong>de</strong><br />

recursos, <strong>Aveiro</strong> conta actualmente com:<br />

• Os Centros <strong>de</strong> Alojamento Temporário;<br />

• A Cozinha Social;<br />

• O projecto “RIS”.<br />

Ainda em matéria <strong>de</strong> população sem-abrigo, importa sublinhar que existem problemas associados à<br />

manutenção <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s económicas sérias, à existência <strong>de</strong> conflitos familiares, à falta/não<br />

actualização <strong>de</strong> documentação, ao estigma social <strong>de</strong> que são alvo (pela sua condição <strong>de</strong> sem-abrigo,<br />

associada ao facto <strong>de</strong> alguns serem ex-reclusos, (ex) toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, consumidores <strong>de</strong> álcool, etc.) e à<br />

<strong>de</strong>pendência sistemática <strong>de</strong> subsídios públicos, que tornam a resolução <strong>de</strong>ste fenómeno social ainda mais<br />

complexa.<br />

De ressaltar, igualmente, problemas sérios <strong>de</strong> acesso à habitação, on<strong>de</strong> os elevados preços praticados no<br />

mercado habitacional privado, as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> acesso ao crédito, o <strong>de</strong>semprego/emprego precário e as<br />

rupturas familiares constituem constrangimentos <strong>de</strong> fundo à resolução da situação <strong>de</strong> sem-abrigo. Os 2<br />

centros <strong>de</strong> alojamento temporário constituem os recursos existentes no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, <strong>de</strong> modo a fazer<br />

face a este problema.<br />

Esta população, nomeadamente arrumadores <strong>de</strong> automóveis, é geradora <strong>de</strong> algum clima <strong>de</strong> insegurança<br />

(receio <strong>de</strong> concretização <strong>de</strong> ameaças <strong>de</strong> danos nas viaturas, caso não seja dada retribuição monetária), sendo<br />

também associada a um aumento do n.º <strong>de</strong> roubos e furtos nos automóveis.<br />

O facto <strong>de</strong> muitos serviços públicos não estarem preparados para lidar com estas situações é um facto<br />

inibidor da intervenção, na medida em que apresentam requisitos e procedimentos regulamentares e<br />

processuais que inviabilizam o apoio a esta população.<br />

A complexida<strong>de</strong> também é agravada quando se tratam <strong>de</strong> sem-abrigo imigrantes, grupo on<strong>de</strong> se fazem<br />

sentir, com particular acuida<strong>de</strong>, causas associadas: (i) ao <strong>de</strong>semprego; (ii) a situações <strong>de</strong> ilegalida<strong>de</strong>; (iii) a<br />

uma ausência <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s familiares <strong>de</strong> apoio; (iv) a <strong>de</strong>pendências (álcool); (v) à não existência <strong>de</strong> perspectivas<br />

<strong>de</strong> regresso “digno” ao país <strong>de</strong> origem; (vi) a uma ausência <strong>de</strong> ligação ao país <strong>de</strong> origem; (vii) a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

enquadramento legal facilitador da inserção no mercado <strong>de</strong> trabalho e do acesso a apoios sociais.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 82


Educação e Formação<br />

Um dos factores essenciais para a inclusão plena numa socieda<strong>de</strong> é o acesso à educação e à participação no<br />

mercado <strong>de</strong> trabalho. A educação escolar constitui um dos pilares estruturantes da vida dos indivíduos em<br />

socieda<strong>de</strong> e uma condição básica para a sua inclusão social. Nesta perspectiva, a escola constitui um espaço<br />

único, a partir do qual se po<strong>de</strong>m assinalar precocemente, prevenir e combater as situações <strong>de</strong> pobreza e <strong>de</strong><br />

exclusão social. Porém, a escola ten<strong>de</strong> a reproduzir no seu funcionamento regular as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s<br />

económicas e sociais que a envolvem, sendo reflexo tradicional da incidência <strong>de</strong> níveis mais elevados <strong>de</strong><br />

insucesso e abandono escolar precoce junto das crianças e jovens originárias <strong>de</strong> grupos sociais mais<br />

<strong>de</strong>sfavorecidos. Nos últimos três anos tem-se vindo a assistir à implementação <strong>de</strong> medidas para aumentar a<br />

<strong>de</strong>mocratização do ensino e diminuir as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s. Entre essas medidas salientam-se os processos <strong>de</strong><br />

Reconhecimento, Validação e Certificação <strong>de</strong> Competências, os cursos <strong>de</strong> Formação e Educação <strong>de</strong> Adultos e<br />

Formações Modulares. Acresce ainda o investimento feito junto <strong>de</strong> jovens em risco <strong>de</strong> abandono escolar, bem<br />

como os apoios <strong>de</strong>stinados a famílias e alunos através da Acção Social Escolar.<br />

A par da educação básica, a componente <strong>de</strong> educação/formação consubstanciada na aquisição <strong>de</strong><br />

qualificações profissionais iniciais reveste-se <strong>de</strong> um valor acrescido <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trajectórias<br />

inclusivas, <strong>de</strong> acesso e permanência no mercado <strong>de</strong> trabalho, com todas as consequências que esse facto<br />

acarreta em termos <strong>de</strong> melhoria <strong>de</strong> condições <strong>de</strong> vida das pessoas. A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> participação em acções<br />

<strong>de</strong> educação e formação ao longo da vida constitui, <strong>de</strong> igual modo, um factor chave essencial para os<br />

indivíduos com baixas qualificações, que estão inseridos no mercado <strong>de</strong> trabalho, ou que se encontram<br />

afastados por diversas razões.<br />

Contudo, mesmo constituindo uma priorida<strong>de</strong>, os níveis <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> da população portuguesa são<br />

significativamente baixos. A esta situação estão associados dois principais factores, por um lado, a elevada<br />

incidência <strong>de</strong> insucesso e abandono escolar e, por outro, a fraca participação dos trabalhadores <strong>de</strong> baixas<br />

qualificações em acções <strong>de</strong> formação profissional.<br />

Neste quadro, as medidas <strong>de</strong> política pública mais relevantes são: (i) Formação para a Inclusão (Tipologia 6.1<br />

POPH/QREN); (ii) Acção Social Escolar; (iii) Programa <strong>de</strong> Generalização do Fornecimento <strong>de</strong> Refeições no 1.º<br />

CEB; (iv) Passe escolar; (v) Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> equipamentos pré-escolar; (vi) Gabinetes <strong>de</strong> apoio ao aluno; (vii)<br />

Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Enriquecimento Curricular; (viii) Percursos Curriculares Alternativos; (ix) Dinamização da<br />

oferta <strong>de</strong> Cursos <strong>de</strong> Educação e Formação <strong>de</strong> Jovens; (x) Territórios Educativos <strong>de</strong> Intervenção Prioritária; (xi)<br />

Iniciativa Novas Oportunida<strong>de</strong>s; (xii) Sistema <strong>de</strong> empréstimos e alargamento do âmbito <strong>de</strong> atribuição <strong>de</strong><br />

bolsas <strong>de</strong> estudo; (xiii) Novo regime <strong>de</strong> acesso ao Ensino Superior a maiores <strong>de</strong> 23 anos ; (xiv) Manuais<br />

escolares adaptados para pessoas com incapacida<strong>de</strong>/ <strong>de</strong>ficiência visual; (xv) Centros <strong>de</strong> recursos para a<br />

inclusão – CRI; (xvi) Centros Novas Oportunida<strong>de</strong>s inclusivos; (xv) Formação para pessoas com <strong>de</strong>ficiências.<br />

No concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, segundo os dados dos Censos <strong>de</strong> 2001 em matéria <strong>de</strong> qualificação académica,<br />

constata-se que ¼ da população resi<strong>de</strong>nte no território concelhio <strong>de</strong>tinha apenas o 1.º Ciclo do Ensino<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 83


Básico, seguido da população com o 3.º CEB (15,07%) e com o 2.º CEB (14,40%). Sublinha-se, ainda, o facto<br />

<strong>de</strong> 22,07% da população não possuir qualquer grau académico, sendo que <strong>de</strong>ste grupo 11,44% da população<br />

não sabe ler nem escrever.<br />

De facto, em 2001, o concelho registava um número muito elevado <strong>de</strong> pessoas cuja escolarida<strong>de</strong> não ia além<br />

da escolarida<strong>de</strong> mínima obrigatória – 40 098 indivíduos, o que correspon<strong>de</strong> a 54,68%.<br />

No entanto, e do lado oposto, importa referir que 9,94% da população resi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>tinha o nível <strong>de</strong> ensino<br />

superior (<strong>de</strong> bacharelato até doutoramento), valor acima do registado para Portugal (6,51%), para a região<br />

Centro (5,29%) e para a região do Baixo Vouga (5,67%).<br />

Esta tendência geral está, com algumas nuances, em linha com o verificado para o mesmo ano para o país,<br />

bem como para as sub-regiões em análise comparativa.<br />

Quadro 42 – População resi<strong>de</strong>nte segundo a qualificação académica (2001)<br />

População resi<strong>de</strong>nte<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

Qualificação académica<br />

2001<br />

Local <strong>de</strong> residência<br />

Portugal<br />

Centro<br />

Baixo Vouga<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

N.º % N.º % N.º % N.º %<br />

Total<br />

10356117 100,00 2348397 100,00 385724 100,00 73335 100,00<br />

Não sabe ler nem escrever<br />

1548047 14,95 378684 16,13 51977 13,48 8389 11,44<br />

Sabe ler e escrever sem possuir qualquer grau 1184207 11,43 304531 12,97 48038 12,45 7799 10,63<br />

Ensino Básico- 1º Ciclo<br />

2882955 27,84 680936 29,00 112059 29,05 18482 25,20<br />

Ensino Básico- 2º Ciclo<br />

1430146 13,81 325495 13,86 61467 15,94 10563 14,40<br />

Ensino Básico- 3º Ciclo<br />

1426255 13,77 300304 12,79 51500 13,35 11053 15,07<br />

Ensino Secundário<br />

1143448 11,04 222428 9,47 36697 9,51 9103 12,41<br />

Ensino Médio<br />

66965 0,65 11783 0,50 2116 0,55 655 0,89<br />

Bacharelato<br />

168744 1,63 36144 1,54 6307 1,64 1685 2,30<br />

Licenciatura<br />

460553 4,45 81193 3,46 14188 3,68 4845 6,61<br />

Mestrado<br />

31535 0,30 4969 0,21 958 0,25 503 0,69<br />

Doutoramento<br />

13262 0,13 1930 0,08 417 0,11 258 0,35<br />

Não se aplica qualificação académica<br />

0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00<br />

Fonte: INE, Censos 2001, w w w .ine.pt (informação extraída em 01.04.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 31 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2007.<br />

Nos anos mais recentes, é possível registar uma evolução bastante significativa da estrutura populacional <strong>de</strong><br />

<strong>Aveiro</strong> em matéria <strong>de</strong> qualificações. Pese embora a inexistência <strong>de</strong> dados mais recentes sobre as qualificações<br />

académicas, tal como existem para 2001, a análise das diferentes taxas <strong>de</strong> escolarização da população dão<br />

uma i<strong>de</strong>ia bastante concreta sobre a referida evolução, traduzida num aumento <strong>de</strong> todas as taxas <strong>de</strong><br />

escolarização, com a excepção da relativa ao ensino secundário (mas ainda assim, acima dos 100,00%).<br />

Segundo os dados referentes à taxa bruta <strong>de</strong> pré-escolarização, em cada 100 crianças com ida<strong>de</strong>s<br />

compreendidas entre os 3 e os 5 anos, 94,50% estão inscritas no ensino pré-escolar, o que representa um<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 84


valor muito significativo quando comparado com os que foram registados para o país, para a região Centro e<br />

para o Baixo Vouga. Representa, ainda, um caminho <strong>de</strong> recuperação que <strong>Aveiro</strong> está a encetar em matéria <strong>de</strong><br />

ensino pré-escolar, e cobertura <strong>de</strong>ste nível <strong>de</strong> ensino.<br />

Quadro 43 – Taxa bruta <strong>de</strong> pré-escolarização (2004 – 2008)<br />

Taxa bruta <strong>de</strong> pré-escolarização<br />

Localização geográfica<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2007 / 2008 2006 / 2007 2005 / 2006 2004 / 2005<br />

% % % %<br />

Portugal<br />

79,80 78,50 78,60 78,30<br />

Centro<br />

92,00 90,60 90,50 89,50<br />

Baixo Vouga<br />

89,50 86,80 85,50 83,70<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

94,50 91,00 89,50 92,20<br />

Fonte: Gabinete <strong>de</strong> Estatística e Planeamento da Educação, w w w .ine.pt (informação extraída em 01.04.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 10 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2010.<br />

No que diz respeito ao ensino básico, a taxa <strong>de</strong> escolarização, ou seja o número <strong>de</strong> alunos matriculados no<br />

ensino básico face à população com ida<strong>de</strong> entre 6 a 14 anos tem vindo em crescendo (140,00% em 2007/08),<br />

representando o valor mais elevado com comparado com Portugal, a região Centro e o Baixo Vouga.<br />

Quadro 44 – Taxa bruta <strong>de</strong> escolarização no ensino básico (2004/2005 – 2007/2008)<br />

Taxa bruta <strong>de</strong> escolarização no ensino básico<br />

Localização geográfica<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2007 / 2008 2006 / 2007 2005 / 2006 2004 / 2005<br />

% % % %<br />

Portugal<br />

Centro<br />

Baixo Vouga<br />

121,30 118,00 116,60 117,40<br />

119,00 116,40 115,10 116,50<br />

115,70 113,20 113,10 116,00<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

140,00 127,90 125,00 128,10<br />

Fonte: Gabinete <strong>de</strong> Estatística e Planeamento da Educação, w w w .ine.pt (informação extraída em 01.04.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 10 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2010.<br />

A taxa bruta <strong>de</strong> escolarização no ensino secundário tem registado uma tendência <strong>de</strong>crescente, mas ainda<br />

assim com um valor muito acima dos 100,00% para o ano lectivo 2007/08 (136,10%), o qual representa a<br />

taxa mais elevada quando compara com Portugal, a região Centro e a região do Baixo Vouga.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 85


Quadro 45 – Taxa bruta <strong>de</strong> escolarização no ensino secundário (2004 – 2008)<br />

Taxa bruta <strong>de</strong> escolarização no ensino secundário<br />

Localização geográfica<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2007 / 2008 2006 / 2007 2005 / 2006 2004 / 2005<br />

% % % %<br />

Portugal<br />

Centro<br />

Baixo Vouga<br />

101,00 102,30 99,50 107,60<br />

102,20 105,70 104,00 112,20<br />

88,50 94,30 91,70 95,50<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

136,10 142,90 141,60 146,10<br />

Fonte: Gabinete <strong>de</strong> Estatística e Planeamento da Educação, w w w .ine.pt (informação extraída em 01.04.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 10 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2010.<br />

Por fim, no que se refere a taxas <strong>de</strong> escolarização, sublinha-se o facto <strong>de</strong> a taxa referente ao ensino superior<br />

registar uma tendência crescente, com valores manifestamente superiores aos verificados para o país e para<br />

as sub-regiões sob análise comparativa. Veja-se o exemplo do ano lectivo <strong>de</strong> 2008/09: se <strong>Aveiro</strong> registava<br />

uns significativos 139,50%, o Baixo Vouga apenas verificava 26,10%, o Centro apresentava 31,20% e o país<br />

29,70%. Esta situação fica a <strong>de</strong>ver-se, claramente, à localização <strong>de</strong> uma instituição <strong>de</strong> ensino superior no<br />

concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>.<br />

Quadro 46 – Taxa bruta <strong>de</strong> escolarização no ensino superior (2004/2005 – 2008/2009)<br />

Taxa bruta <strong>de</strong> escolarização no ensino superior<br />

Localização geográfica<br />

Portugal<br />

Centro<br />

Baixo Vouga<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2008 / 2009 2007 / 2008 2006 / 2007 2005 / 2006 2004 / 2005<br />

% % % % %<br />

29,70 28,10 27,10 27,20 27,20<br />

31,20 28,70 27,10 27,60 27,20<br />

26,10 22,40 21,00 24,10 23,50<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

139,50 119,50 113,90 128,20 122,60<br />

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, w w w .ine.pt (informação extraída em 01.04.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 23 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2010.<br />

Dados importantes são também aqueles que se pren<strong>de</strong>m com as situações <strong>de</strong> retenção e <strong>de</strong>sistência,<br />

nomeadamente no ensino básico regular. A este nível o <strong>de</strong>sempenho do concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> ten<strong>de</strong> a melhorar,<br />

mas ainda apresenta dados algo preocupantes para o ano lectivo 2007/08, com um valor <strong>de</strong> 7,60%, acima<br />

do registado para a região Centro e para o Baixo Vouga, e ligeiramente abaixo do registado para Portugal.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 86


Quadro 47 – Taxa <strong>de</strong> retenção e <strong>de</strong>sistência no ensino básico regular (2004/2005 – 2007/2008)<br />

Taxa <strong>de</strong> retenção e <strong>de</strong>sistência no ensino básico regular<br />

Localização geográfica<br />

Portugal<br />

Centro<br />

Baixo Vouga<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2007 / 2008 2006 / 2007 2005 / 2006 2004 / 2005<br />

% % % %<br />

7,90 10,10 10,70 11,80<br />

6,40 8,40 9,10 10,10<br />

7,00 9,00 10,50 10,60<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

7,60 8,60 9,10 9,50<br />

Fonte: Gabinete <strong>de</strong> Estatística e Planeamento da Educação, w w w .ine.pt (informação extraída em 01.04.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 10 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2010.<br />

No ensino secundário regular o <strong>de</strong>sempenho do concelho também regista uma tendência <strong>de</strong> melhoria,<br />

nomeadamente em matéria <strong>de</strong> transição/conclusão, on<strong>de</strong> o valor <strong>de</strong> 2007/08 (74,50%), apesar <strong>de</strong> ser o mais<br />

baixo relativamente aos territórios sob comparação, traduz uma tendência <strong>de</strong> crescimento positivo.<br />

Quadro 48 – Taxa <strong>de</strong> transição/conclusão no ensino secundário regular (2004/2005 – 2007/2008)<br />

Taxa <strong>de</strong> transição/ conclusão no ensino secundário regular<br />

Localização geográfica<br />

Portugal<br />

Centro<br />

Baixo Vouga<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2007 / 2008 2006 / 2007 2005 / 2006 2004 / 2005<br />

% % % %<br />

79,00 75,20 68,90 67,90<br />

80,40 76,20 69,50 67,60<br />

80,00 75,90 69,60 67,80<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

74,50 73,70 65,60 65,60<br />

Fonte: Gabinete <strong>de</strong> Estatística e Planeamento da Educação, w w w .ine.pt (informação extraída em 01.04.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 10 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2010.<br />

Ainda no que se refere a este ciclo <strong>de</strong> ensino, uma referência para o facto <strong>de</strong> a percentagem <strong>de</strong> alunos<br />

matriculados em cursos profissionais do ensino secundário regular face ao número <strong>de</strong> alunos matriculados<br />

no ensino secundário regular ter vindo a aumentar, com 12,50% em 2007/08. É ainda um valor que fica<br />

aquém dos 15,00 p.p. verificados para o Baixo Vouga, dos 20,80% da região Centro e os 20,10 p.p. do país,<br />

mas que representa uma clara tendência <strong>de</strong> crescimento.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 87


Quadro 49 – Taxa <strong>de</strong> participação em cursos profissionais no ensino secundário regular (2004/2005 –<br />

2007/2008)<br />

Taxa <strong>de</strong> participação em cursos profissionais no ensino secundário regular<br />

Localização geográfica<br />

Portugal<br />

Centro<br />

Baixo Vouga<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2007 / 2008 2006 / 2007 2005 / 2006 2004 / 2005<br />

% % % %<br />

20,10 13,40 10,60 9,80<br />

20,80 14,30 12,40 11,60<br />

15,00 8,30 7,20 6,80<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

12,50 7,20 5,70 4,60<br />

Fonte: Gabinete <strong>de</strong> Estatística e Planeamento da Educação, w w w .ine.pt (informação extraída em 03.04.2010).<br />

Última actualização <strong>de</strong>stes dados: 10 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2010<br />

Estes diversos indicadores traduzem um investimento infra-estrutural que se tem registado no concelho <strong>de</strong><br />

<strong>Aveiro</strong>.<br />

Em matéria <strong>de</strong> ensino pré-escolar, <strong>Aveiro</strong> conta no ano lectivo 2009/10 com 62 estabelecimentos <strong>de</strong> ensino,<br />

31 da re<strong>de</strong> pública, 19 da re<strong>de</strong> solidária e 12 privados com fins lucrativos, os quais acolhem um total <strong>de</strong><br />

2 292 alunos.<br />

[Quadro 28] – Estabelecimentos e alunos no ensino pré-escolar (2009/2010)<br />

Estabelecimentos <strong>de</strong> ensino do Pré-escolar<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

Freguesia<br />

2010 - Outubro<br />

Estabelecimentos<br />

TOTAL Público Re<strong>de</strong> solidária<br />

Privado com<br />

fins lucrativos<br />

Alunos<br />

TOTAL<br />

Aradas 9 4 2 3 274<br />

Cacia 5 3 1 1 149<br />

Eirol 1 1 0 0 10<br />

Eixo 4 2 2 0 134<br />

Esgueira 14 6 4 4 461<br />

Glória 7 3* 3 1 431<br />

Nariz 2 1 1 0 31<br />

Nossa Senhora <strong>de</strong><br />

Fátima<br />

2 1 1 0 55<br />

Oliveirinha 4 3 1 0 126<br />

Requeixo 1 1 0 0 18<br />

Santa Joana 5 3 1 1 167<br />

São Bernardo 2 1 1 0 135<br />

São Jacinto 2 1 1 0 37<br />

Vera Cruz 4 1 1 2 264<br />

Total 62 31 19 12 2292<br />

Fonte: Ministério da Educação - Roteiro das Escolas, http://w w w .min-edu.pt (informação extraída em 04.04.2010).<br />

Validada e completada pela Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> / NE em 22.10.2010<br />

* inclui o Pré-Escolar do Centro Infantil <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> do ISS<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 88


No que diz respeito ao 1.º Ciclo do Ensino Básico, o concelho regista um total <strong>de</strong> 3 477 alunos, distribuídos<br />

por 36 estabelecimentos <strong>de</strong> ensino públicos. Existem, ainda, no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 3 estabelecimentos da<br />

re<strong>de</strong> privada com fins lucrativos on<strong>de</strong> é ministrado o 1.º CEB, a saber: (i) Colégio D. José I, com um total <strong>de</strong><br />

79 alunos; (ii) Colégio Português, com um total <strong>de</strong> 84 alunos; (iii) Estabelecimento <strong>de</strong> Ensino Santa Joana,<br />

com um total <strong>de</strong> 87 alunos.<br />

[Quadro 29] – Estabelecimentos e alunos no 1.º Ciclo do Ensino Básico – re<strong>de</strong> pública (2009/2010)<br />

Estabelecimentos públicos <strong>de</strong> Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico<br />

Agrupamento <strong>de</strong><br />

Escolas<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2009/2010<br />

Designação do estabelecimento<br />

Alunos segundo o ano <strong>de</strong> ensino e a existência <strong>de</strong> NEE<br />

1.º ano 2.º ano 3.º ano 4.º ano NEE TOTAL<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Aradas 4 0 0 7 3 14<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Aradas 0 0 30 12 2 44<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Leirinhas <strong>de</strong> Aradas 17 20 0 17 1 55<br />

Aradas<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Ver<strong>de</strong>milho 23 22 20 21 3 89<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo n.º 1 <strong>de</strong> Bonsucesso 1 25 20 20 20 3 88<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo n.º 1 <strong>de</strong> Qt. do Picado 13 14 15 17 7 66<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo António Lopes dos Santos 14 6 0 0 0 20<br />

Sub-Total 96 82 85 94 19 376<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Quintã do Loureiro 20 23 25 19 1 88<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Taboeira 7 10 13 8 2 40<br />

Cacia<br />

Eixo<br />

Esgueira<br />

Oliveirinha<br />

São Bernardo<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Cacia 7 14 13 14 2 50<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Póvoa do Paço 20 19 10 13 2 64<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Sarrazola 13 13 11 12 2 51<br />

Sub-Total 67 79 72 66 9 293<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Azurva 15 31 22 36 2 106<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Eirol 3 3 4 3 0 13<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Requeixo 4 13 13 6 4 40<br />

Escola Básica Integrada <strong>de</strong> Eixo 33 36 34 46 9 158<br />

Sub-Total 55 83 73 91 15 317<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Alumieira 16 18 23 19 5 81<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Esgueira 107 65 93 87 13 365<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Quinta do Simão 7 15 3 10 0 35<br />

Sub-Total 130 98 119 116 18 481<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Costa do Valado 8 9 7 19 3 46<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Mamo<strong>de</strong>iro 8 11 18 13 4 54<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Oliveirinha 28 32 30 24 3 117<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Póvoa Valado 14 13 11 8 1 47<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Quintãs 5 8 8 11 6 38<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Nariz 10 14 10 10 3 47<br />

Sub-Total 73 87 84 85 20 349<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Areais 13 21 23 18 0 75<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Areias <strong>de</strong> Vilar 14 16 14 14 0 58<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Presa 6 12 5 12 0 35<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> São Bernardo 61 53 48 64 0 226<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Solposto 38 33 36 36 0 143<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Vilar 17 24 19 25 0 85<br />

Sub-Total 149 159 145 169 0 622<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Barrocas 64 43 51 70 15 243<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Glória 68 76 100 73 7 324<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> S. Jacinto 11 11 8 8 0 38<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Santiago 24 23 21 48 9 125<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Vera-Cruz 72 93 72 65 7 309<br />

Sub-Total 239 246 252 264 38 1039<br />

Total Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

809 834 830 885 119 3477<br />

Fonte: Ministério da Educação - Roteiro das Escolas, http://w w w .min-edu.pt (informação extraída em 04.04.2010). Validada e completada pela CMA em 23.07.2010.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 89


Os 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico acolhem um total <strong>de</strong> 3 430 alunos (1 721 no 2.º CEB, 1 608 no 3.º CEB<br />

e 101 CEF) dispersos por 7 agrupamentos <strong>de</strong> escolas (re<strong>de</strong> pública). A re<strong>de</strong> privada é representada nesta<br />

matéria pelos: (i) Estabelecimento <strong>de</strong> Ensino Santa Joana, com um total <strong>de</strong> 132 alunos (56 no 2.º CEB e 76<br />

no 3.º CEB); (ii) Colégio Português, com 79 alunos (42 no 2.º CEB e 37 no 3.º CEB); (iii) Colégio Dom José I,<br />

com 359 alunos (172 no 2.º CEB e 187 no 3.º CEB).<br />

Quadro 50 – Estabelecimentos e alunos no 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico – re<strong>de</strong> pública<br />

(2009/2010)<br />

Estabelecimentos públicos <strong>de</strong> Ensino dos 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

Agrupamento <strong>de</strong><br />

Escolas<br />

2.º CEB<br />

Alunos segundo o ano <strong>de</strong> ensino e a existência<br />

<strong>de</strong> NEE<br />

2009/2010<br />

5.º ano 6.º ano 7.º ano 8.º ano<br />

Total<br />

3.º CEB<br />

Alunos segundo o ano <strong>de</strong> ensino e a existência <strong>de</strong> NEE<br />

9.º ano<br />

TOTAL NEE TOTAL NEE TOTAL NEE TOTAL NEE TOTAL NEE<br />

Total<br />

CEF<br />

Aradas 85 0 84 0 169 80 0 74 0 73 0 227 0<br />

Cacia 72 0 74 0 146 78 0 87 0 71 0 236 0<br />

Eixo 60 3 66 8 137 55 9 66 4 54 0 188 26<br />

Esgueira 205 8 204 9 426 92 7 47 4 55 2 207 21<br />

Oliveirinha 69 4 88 7 168 82 4 58 4 40 4 192 54<br />

São Bernardo 125 0 120 0 245 112 0 112 0 86 0 310 0<br />

<strong>Aveiro</strong> 216 0 214 0 430 105 0 59 27 57 0 248 0<br />

Total Concelho <strong>de</strong><br />

<strong>Aveiro</strong><br />

832 15 850 24 1721 604 20 503 39 436 6 1608 101<br />

Fonte: Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> (informação recolhida em 23.07.2010).<br />

Em matéria <strong>de</strong> ensino secundário e profissional, <strong>Aveiro</strong> conta com uma oferta diversificada, sistematizada<br />

nos quadros seguintes, o primeiro dos quais traduz essa oferta nas escolas <strong>de</strong> ensino secundário públicas e<br />

privadas. Segundo os dados disponíveis para 2009/10, existiam 2 461 alunos matriculados no ensino<br />

secundário e 1 150 no ensino profissional, dispersos por 4 escolas públicas. O Colégio Dom José I conta com<br />

oferta formativa do tipo CEF (29 alunos), CP (44 alunos) e EFA (17 alunos).<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 90


Quadro 51 – Estabelecimentos e alunos no Ensino Secundário (2009/2010)<br />

Estabelecimentos <strong>de</strong> Ensino do Ensino Secundário<br />

Freguesia<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2009/2010<br />

Designação do estabelecimento<br />

Natureza jurídica<br />

Alunos do ensino secundário<br />

Alunos do ensino profissional<br />

10.º ano 11.º ano 12.º ano 10.º ano 11.º ano 12.º ano<br />

Esgueira<br />

Glória<br />

Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino<br />

Básico Dr. Jaime Magalhães Lima<br />

Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino<br />

Básico <strong>de</strong> José Estevão<br />

Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino<br />

Básico Dr. Mário Sacramento<br />

Entida<strong>de</strong> pública 194 149 165 35 55 27<br />

Entida<strong>de</strong> pública 268 215 139<br />

Entida<strong>de</strong> pública 263 249 273 263 249 273<br />

Escola Secundária <strong>de</strong> Homem Cristo Entida<strong>de</strong> pública 200 155 191 56 58 12<br />

122<br />

Total Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

925 768 768 354 362 312<br />

Fonte: Ministério da Educação - Roteiro das Escolas, http://w w w .min-edu.pt (informação extraída em 04.04.2010).<br />

Uma referência para a Escola Profissional <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> que <strong>de</strong>sempenha, em matéria <strong>de</strong> ensino profissional um<br />

papel fundamental no contexto concelhio e regional. Segundo a informação disponível para o ano lectivo<br />

mais recente (2009/2010), registam-se as seguintes informações.<br />

• Um total <strong>de</strong> 667 alunos, a maioria dos quais a frequentar cursos profissionais;<br />

• Entre os cursos profissionais, aqueles que registam mais alunos são os cursos <strong>de</strong> Informática <strong>de</strong><br />

Gestão, Higiene e Segurança no Trabalho e Ambiente e Animador Sóciocultural;<br />

• Nos Cursos <strong>de</strong> Educação e Formação, aqueles que têm mais a<strong>de</strong>são são os <strong>de</strong> Instalação e Operação<br />

Sistemas Informáticos, Electricida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Instalações e Acção Educativa.<br />

Quadro 52 – Alunos a frequentar a Escola Profissional <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> (2009/2010)<br />

Alunos a frequentar a Escola Profissional <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> por<br />

ano escolar<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2009/2010<br />

Cursos<br />

N.º alunos<br />

CEF - tipo 2 - 1.º ano 130<br />

CEF - tipo 2 - 2.º ano (equivalente ao 9.º ano) 52<br />

CEF - tipo 3 (equivalente ao 9.º ano) 59<br />

Profissionais 1.º ano (10.º) 184<br />

Profissionais 2.º ano (11.º) 139<br />

Profissionais 3.º ano (12.º) 62<br />

EFA NS 41<br />

TOTAL 667<br />

FONTE: EPA. (informação recolhida a 21.Abril.2010)<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 91


Pese embora a centralida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta instituição no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, outras organizações existem, públicas e<br />

privadas, cujo trabalho é fundamental em matéria <strong>de</strong> oferta educativa e formativa, como se po<strong>de</strong> constatar<br />

no quadro seguinte.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 92


Quadro 53 – Oferta educativa e formativa (2009/2010)<br />

Oferta educativa e formativa<br />

Entida<strong>de</strong><br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2010<br />

Cursos<br />

EPA<br />

Escola Profissional <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

Cursos Educação Formação<br />

Acção educativa / Electricida<strong>de</strong> <strong>de</strong> instalações / Instalação e reparação <strong>de</strong> computadores / Instalação e operação<br />

<strong>de</strong> sistemas informáticos / Apoio familiar e à comunida<strong>de</strong> / Práticas técnico comerciais / Logística e armazenagem /<br />

Geriatria<br />

Cursos Profissionais<br />

Informática <strong>de</strong> gestão / Higiene e segurança no trabalho e ambiente / Animador sociocultural / Comunicação,<br />

marketing, relações públicas e publicida<strong>de</strong> / Gestão e programação <strong>de</strong> sistemas informáticos / Apoio à infância /<br />

Organização <strong>de</strong> eventos / Electrónica, automação e comando<br />

Educação Formação <strong>de</strong> Adultos<br />

EFA Topografia / EFA Condução <strong>de</strong> obra / EFA Desenho e projecto <strong>de</strong> construção civil / Formações modulares<br />

certificadas<br />

EFTA<br />

Escola <strong>de</strong> Formação Profissional em<br />

Turismo <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, Lda.<br />

Ensino Regular – Cursos Profissionais<br />

(Regime Diurno / 3 anos / inicio Set. 2010)<br />

Técnico Recepção / Técnico <strong>de</strong> Restauração / Técnico <strong>de</strong> Turismo<br />

Cursos EFA – Educação Formação <strong>de</strong> Adultos<br />

Cozinheiro<br />

Formações Modulares<br />

Especialização Tecnológica<br />

Colégio D. José I<br />

Ensino Regular – Cursos Profissionais<br />

(Regime Diurno / 3 anos / inicio Set. 2010)<br />

Técnico Auxiliar Protésico (Variante Prótese Dentária) / Técnico <strong>de</strong> Manutenção Industrial (Mecatrónica Automóvel)<br />

Cursos Educação Formação Jovens - Tipo 2<br />

(Regime Diurno / 2109H / inicio Set.2010)<br />

Instalação e Operação <strong>de</strong> Sistemas Informáticos / Mecânica <strong>de</strong> Veículos Ligeiros<br />

Cursos EFA – Educação Formação <strong>de</strong> Adultos<br />

(Pós-laboral)<br />

EFA – Escolar (S – Tipo A) (equivalência 12.º ano)<br />

Escola Secundária c / 3.º CEB Dr.<br />

Jaime Magalhães Lima<br />

Ensino Regular (Regime Diurno / 3 anos / inicio Set. 2010)<br />

Cursos Cientifico – Humanísticos / Ciência e Tecnologias / Ciências Socioeconómicas / Línguas e Humanida<strong>de</strong>s<br />

Cursos Profissionais<br />

Técnico <strong>de</strong> Comércio / Técnico <strong>de</strong> Informática <strong>de</strong> Gestão / Técnico <strong>de</strong> Instalações Eléctricas<br />

Cursos Tecnológicos<br />

Desporto<br />

Novas Oportunida<strong>de</strong>s – Cursos Educação Formação Tipo 2<br />

(Regime Diurno / 2109H / inicio Set.2010)<br />

Costura / Electricida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Instalações<br />

Novas Oportunida<strong>de</strong>s – Cursos Educação Formação Tipo 3<br />

(Regime Diurno / 1200H / inicio Set.2010)<br />

Práticas Técnico-Comerciais<br />

Escola Secundária c/ 3.º CEB Dr. Mário<br />

Sacramento<br />

Ensino Regular (Regime Diurno / 3 anos / inicio Set. 2010)<br />

Cursos Cientifico – Humanísticos / Ciência e Tecnologias / Ciências Socioeconómicas / Línguas e Humanida<strong>de</strong>s<br />

Cursos EFA (Pós-laboral)<br />

Operador <strong>de</strong> CAD / Desenho assistido por computador<br />

(Qualificação Profissional B3 nível 2 / 9.º ano) / (Qualificação Profissional nível 3 / 12.º ano)<br />

Técnico <strong>de</strong> Construção Civil / Técnico <strong>de</strong> Obra / Condutor <strong>de</strong> Obra / Técnico <strong>de</strong> Apoio à Gestão /<br />

Técnico <strong>de</strong> Instalações Eléctricas<br />

Escola Secundária Homem Cristo<br />

Ensino Regular (Regime Diurno / 3 anos / inicio Set. 2010)<br />

Cursos Cientifico – Humanísticos / Ciência e Tecnologias / Línguas e Humanida<strong>de</strong>s<br />

Cursos Profissionais<br />

Artes do Espectáculo – Cenografia, Figurinos e A<strong>de</strong>reços / Técnico <strong>de</strong> Análise Laboratorial / Técnico <strong>de</strong> Apoio<br />

Psicossocial<br />

Escola Secundária José Estevão<br />

Ensino Regular (Regime Diurno / 3 anos / inicio Set. 2010)<br />

Cursos Cientifico – Humanísticos / Artes Visuais / Ciência e Tecnologias / Línguas e Humanida<strong>de</strong>s<br />

Cursos Profissionais / nível 3<br />

Técnico <strong>de</strong> Design <strong>de</strong> Equipamento / Técnico <strong>de</strong> Gestão e Programação <strong>de</strong> Sistemas Informáticos /<br />

Técnico <strong>de</strong> Processamento e Controlo <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> Alimentar<br />

Cursos EFA – Educação Formação <strong>de</strong> Adultos<br />

Escolar<br />

Técnico <strong>de</strong> CAD/CAM / Animação Sócio-cultural / Técnicas Administrativas / Técnico <strong>de</strong> Acção Educativa /<br />

Instalação e Manutenção <strong>de</strong> Sistemas Informáticos<br />

Fonte: Re<strong>de</strong> Social (informação disponibilizada em 23.07.2010).<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 93


Problemas e necessida<strong>de</strong>s<br />

Nesta área <strong>de</strong> reflexão foram i<strong>de</strong>ntificados diversos problemas, o primeiro dos quais diz exactamente respeito<br />

às baixas qualificações da população adulta, <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> um <strong>de</strong>sinvestimento escolar associado à<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> rendimentos. Nesta matéria, recursos como a Iniciativa Novas Oportunida<strong>de</strong>s<br />

(CNO), os cursos <strong>de</strong> Educação e Formação <strong>de</strong> Adultos, as Formações Modulares Certificadas e os processos<br />

<strong>de</strong> RVCC constituem oportunida<strong>de</strong>s para minimizar esta situação.<br />

O segundo problema i<strong>de</strong>ntificado pelos actores sociais locais pren<strong>de</strong>-se com fenómenos <strong>de</strong> indisciplina<br />

crescente, associados a uma rejeição das normas, a <strong>de</strong>safios constantes na família e na escola e à falta <strong>de</strong><br />

assiduida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> pontualida<strong>de</strong> na escola. Estas situações têm como principais causas: (i) a perda <strong>de</strong><br />

autorida<strong>de</strong> do professor; (ii) a falta <strong>de</strong> tempo na família; (iii) a <strong>de</strong>sresponsabilização da família na educação<br />

dos mais jovens; (iv) o número crescente <strong>de</strong> jovens institucionalizados; (v) a <strong>de</strong>sestruturação e<br />

disfuncionalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algumas famílias.<br />

Uma outra situação que se revela problemática diz respeito aos jovens com ida<strong>de</strong>s entre os 14 e os 16<br />

anos com ausência <strong>de</strong> pré-requisitos e com dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem (e.g. não domínio da língua,<br />

da matemática básica). Esta ausência <strong>de</strong> bases <strong>de</strong>corre <strong>de</strong>: (i) uma ausência <strong>de</strong> estruturas <strong>de</strong> apoio <strong>de</strong>ntro<br />

das próprias escolas; (ii) uma falta <strong>de</strong> uma visão estratégica directiva; (iii) pressão nos professores para<br />

obtenção <strong>de</strong> sucesso escolar. A minimização/resolução <strong>de</strong>ste problema passa, essencialmente e à<br />

semelhança do problema anterior, pela manutenção/reforço dos recursos especializados nas instâncias<br />

próprias.<br />

Os parceiros da Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> consi<strong>de</strong>raram importante reflectir sobre uma outra dimensão e que diz<br />

respeito ao <strong>de</strong>sajustamento dos currículos em relação à realida<strong>de</strong> e às necessida<strong>de</strong>s das pessoas e do<br />

mercado <strong>de</strong> trabalho, bem como a alguma falta <strong>de</strong> dinâmica no Catálogo Nacional <strong>de</strong> Qualificação. Tal facto<br />

traduz uma: (i) falta <strong>de</strong> uma visão estratégica directiva; (ii) ausência <strong>de</strong> uma proximida<strong>de</strong> territorial por parte<br />

do Ministério da Educação, aquando da elaboração dos currículos.<br />

De alguma forma associado a este último problema surge um outro, que diz respeito a alguma<br />

<strong>de</strong>sa<strong>de</strong>quação da oferta formativa às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> adultos e jovens. Tal situação tem como principais<br />

causas: (i) as formações serem planeadas em função dos recursos já existentes, e não em função das<br />

necessida<strong>de</strong>s; (ii) as escolas não a<strong>de</strong>quarem as necessida<strong>de</strong>s diagnosticadas no público-alvo; (iii) o Programa<br />

Operacional do Potencial Humano não aprovar financiamento para áreas consi<strong>de</strong>radas <strong>de</strong> maior procura e<br />

empregabilida<strong>de</strong>; (iv) a falta <strong>de</strong> articulação entre entida<strong>de</strong>s formativas e instituições que estão no terreno; (v)<br />

o ser uma área on<strong>de</strong> não existe um trabalho <strong>de</strong> re<strong>de</strong> efectivo; (vi) a ausência <strong>de</strong> diagnóstico junto das<br />

instituições; (vii) a não existência <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> formativa responsável pela gestão formativa do concelho.<br />

Como principais recursos a manter/reforçar neste trabalho elencam-se:<br />

• As escolas secundárias;<br />

• A Escola Profissional <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>;<br />

• O Centro <strong>de</strong> Formação Profissional do Instituto <strong>de</strong> Emprego e Formação Profissional;<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 94


• Os 4 Centros Novas Oportunida<strong>de</strong>s (AIDA – Associação Industrial <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, Agrupamento <strong>de</strong><br />

Escolas <strong>de</strong> S. Bernardo, Centro <strong>de</strong> Formação Profissional <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, Escola Secundária Dr. Jaime<br />

Magalhães Lima);<br />

• Os Gabinetes <strong>de</strong> Inserção Profissional;<br />

• Projecto RIA (Bolsa <strong>de</strong> Emprego).<br />

As situações <strong>de</strong> abandono, absentismo e insucesso escolares, com maior incidência a partir do 2.º CEB<br />

são igualmente problemáticas na perspectiva dos actores locais auscultados, tendo como principais causas:<br />

(i) a rotativida<strong>de</strong> do pessoal docente; (ii) o <strong>de</strong>sinteresse pela estrutura "escola"; (iii) a gravi<strong>de</strong>z na<br />

adolescência; (iv) as diferenças culturais associadas a minorias étnicas; (v) a ausência <strong>de</strong> intervenções que<br />

permitam, <strong>de</strong> forma mais precoce, respon<strong>de</strong>r ao insucesso escolar dos jovens; (vi) a falta <strong>de</strong> equipas<br />

pluridisciplinares nas escolas para acompanharem crianças/jovens; (vii) a ausência <strong>de</strong> mecanismos que<br />

permitam fazer mediação entre escola e família; (viii) a ausência <strong>de</strong> participação da família no processo <strong>de</strong><br />

educação dos formandos que, não raras vezes, <strong>de</strong>svalorizam as aprendizagens escolares; (ix) a <strong>de</strong>smotivação<br />

dos alunos; (x) a <strong>de</strong>sagregação social; (xi) a falta <strong>de</strong> articulação entre as várias entida<strong>de</strong>s envolvidas; (xii) a<br />

falta <strong>de</strong> técnicos especializados nas escolas; (xiii) as baixas expectativas relativamente ao futuro escolar e<br />

profissional.<br />

Os recursos comunitários mais a<strong>de</strong>quados para fazer face a esta tipologia <strong>de</strong> problemas são:<br />

• Equipa <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> do PIEC – Programa para a Inclusão e Cidadania do Ministério do Trabalho e da<br />

Solidarieda<strong>de</strong> Social;<br />

• Comissão <strong>de</strong> Protecção <strong>de</strong> Crianças e Jovens;<br />

• Respostas <strong>de</strong> atendimento/acompanhamento social directas do Centro Distrital <strong>de</strong> Segurança Social<br />

<strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> e as protocoladas com as IPSS’s;<br />

• Pais e famílias;<br />

• CAFAP;<br />

• Projecto RIA;<br />

• Agrupamentos <strong>de</strong> Escolas;<br />

• Projecto “Escola Segura” (PSP).<br />

O défice <strong>de</strong> competências sociais e pessoais e a existência <strong>de</strong> comportamentos <strong>de</strong> risco constituem,<br />

igualmente, fonte <strong>de</strong> preocupação dos parceiros do CLAS <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, os quais consi<strong>de</strong>ram que a sua<br />

persistência se fica a <strong>de</strong>ver, essencialmente, a: (i) problemas ao nível das estruturas familiares; (ii) uma falta<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> das relações intrafamiliares; (iii) dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conciliação entre as vidas familiar e<br />

profissional; (iv) fragilida<strong>de</strong>s nas re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> informal.<br />

Como recursos a reforçar para fazer face a este problema, <strong>Aveiro</strong> conta com:<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 95


• Os Cursos <strong>de</strong> Educação e Formação <strong>de</strong> Adultos;<br />

• A medida 6.1 (Formação para a Inclusão) do POPH;<br />

• As Equipas <strong>de</strong> protocolo do Rendimento Social <strong>de</strong> Inserção;<br />

• O CAFAP;<br />

• O projecto “RIA”;<br />

• OS serviços <strong>de</strong> psicologia e orientação das escolas;<br />

• Os projectos <strong>de</strong> Educação para a Saú<strong>de</strong> das diversas entida<strong>de</strong>s relevantes;<br />

• A Consulta <strong>de</strong> Prevenção Indicada para Jovens e Famílias em Risco (CRI <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>/IDT);<br />

• Os 4 projectos PRI (2 projectos na área da prevenção das toxico<strong>de</strong>pendências, 1 na área da redução<br />

<strong>de</strong> riscos e minimização <strong>de</strong> danos e 1 na área da reinserção social);<br />

• O projecto Escola Segura (PSP e GNR)<br />

O problema da ausência <strong>de</strong> respostas formativas para beneficiários do Rendimento Social <strong>de</strong> Inserção e<br />

outros com formação até ao 3.º ano <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> (1.º CEB) é consi<strong>de</strong>rado como extremamente<br />

preocupante por parte dos parceiros da Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, que i<strong>de</strong>ntificam como principais causas <strong>de</strong>sta<br />

situação o facto <strong>de</strong>: (i) as tipologias <strong>de</strong> formação não abrangerem todas as necessida<strong>de</strong>s formativas; (ii) se<br />

verificar uma ausência <strong>de</strong> diagnóstico <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s formativas.<br />

Os recursos nucleares para fazer face a esta situação são:<br />

• As entida<strong>de</strong>s privadas <strong>de</strong> formação;<br />

• Os Agrupamentos <strong>de</strong> Escolas;<br />

• Os 4 Centros Novas Oportunida<strong>de</strong>s (AIDA – Associação Industrial <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, Agrupamento <strong>de</strong><br />

Escolas <strong>de</strong> S. Bernardo, Centro <strong>de</strong> Formação Profissional <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, Escola Secundária Dr. Jaime<br />

Magalhães Lima);<br />

• O Centro <strong>de</strong> Emprego e o Centro <strong>de</strong> Formação Profissional do IEFP.<br />

Outras questões i<strong>de</strong>ntificadas dizem respeito a algumas situações <strong>de</strong> aprovação <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> educação e<br />

formação a entida<strong>de</strong>s cujo objecto social não é a educação, o que se <strong>de</strong>ve, na opinião dos actores locais, a<br />

uma má gestão dos fundos comunitários, e a uma falta <strong>de</strong> controlo das responsabilida<strong>de</strong>s e missões das<br />

organizações.<br />

O prolongamento da escolarida<strong>de</strong> obrigatória (12.º ano) para adultos com necessida<strong>de</strong>s educativas<br />

especiais tem-se revelado mais uma situação problemática, que tem as suas causas: (i) na falta <strong>de</strong> uma<br />

nova <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> obrigatória; (ii) num <strong>de</strong>sajustamento curricular para esta população; (iii) na<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 96


inexistência <strong>de</strong> respostas para encaminhar alunos com multi-<strong>de</strong>ficiência; (iv) na <strong>de</strong>sa<strong>de</strong>quação da oferta<br />

formativa para jovens com <strong>de</strong>ficiência/incapacida<strong>de</strong>.<br />

Neste contexto, os recursos sistematizados seguidamente fazem toda a diferença.<br />

• A APPACDM;<br />

• A CERCIAV;<br />

• O Centro <strong>de</strong> Formação Profissional do IEFP;<br />

• A EAA (Equipa <strong>de</strong> Apoio às Escolas <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>)<br />

• A AIDA;<br />

• As Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> multi-<strong>de</strong>ficiência e educação especial nos agrupamentos <strong>de</strong> escolas (até ao 9º ano <strong>de</strong><br />

escolarida<strong>de</strong>).<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 97


A perspectiva das freguesias<br />

O Diagnóstico Social <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> é um documento que na sua essência procura <strong>de</strong>finir quais os principais<br />

problemas e necessida<strong>de</strong>s do concelho em matéria <strong>de</strong> intervenção social, tendo como referencial o Plano<br />

Nacional <strong>de</strong> Acção para a Inclusão, tal como já foi referenciado neste documento.<br />

Paralelamente, foi possível envolver e auscultar, neste processo <strong>de</strong> diagnóstico, representantes <strong>de</strong> algumas<br />

Juntas <strong>de</strong> Freguesia do concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, numa primeira abordagem dos problemas ao nível da freguesia.<br />

Para o efeito foi dinamizado um workshop territorial on<strong>de</strong> foi possível registar a sensibilida<strong>de</strong> dos<br />

representantes das freguesias, face aos problemas sociais dos seus territórios.<br />

O resultado <strong>de</strong>sse workshop está vertido no quadro que se segue, <strong>de</strong>vendo esta informação ser encarada<br />

meramente do ponto <strong>de</strong> vista exploratório, e constituindo uma base <strong>de</strong> partida para a territorialização da<br />

intervenção, que <strong>de</strong>verá ser gizada, em termos estratégicos, no próximo Plano <strong>de</strong> Desenvolvimento Social do<br />

Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 98


Quadro 54 – A perspectiva das freguesias (2010)<br />

A perspectiva das freguesias face aos problemas e necessida<strong>de</strong>s das comunida<strong>de</strong>s locais<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2010<br />

Problemas Causas Freguesias<br />

Agregados familiares com rendimentos<br />

insuficientes para colmatar necessida<strong>de</strong>s<br />

básicas<br />

Desemprego<br />

Apoio alimentar não é suficiente para as solicitações<br />

Idosos com dificulda<strong>de</strong> em pagar os medicamentos que necessitam<br />

Aradas e Eirol<br />

Ociosida<strong>de</strong> no âmbito dos beneficiários <strong>de</strong><br />

RSI<br />

"Pobreza envergonhada"<br />

Dificulda<strong>de</strong>s na prossecução da<br />

escolarida<strong>de</strong><br />

Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um centro <strong>de</strong> dia para<br />

idosos<br />

Toxico<strong>de</strong>pendência<br />

Fiscalização não é eficaz<br />

População cujos or<strong>de</strong>nados não são suficientes para garantir um<br />

nível <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida mínimo e/ou pagar as contas mensais da<br />

família<br />

Famílias que não valorizam e prejudicam o percurso escolar das<br />

crianças<br />

Idosos que vivem com os filhos e não têm forma <strong>de</strong> ocupar os seus<br />

tempos livres durante o dia<br />

Envolvimento <strong>de</strong> crianças e jovens na venda e consumo <strong>de</strong> drogas<br />

ilícitas<br />

Eixo<br />

Eixo<br />

Eixo<br />

Esgueira<br />

Oliveirinha<br />

Aradas<br />

Esgueira<br />

Criação <strong>de</strong> cantina social ou quintas <strong>de</strong><br />

produção<br />

Problemas ao nível da periodicida<strong>de</strong> dos<br />

transportes<br />

Permitiria ocupar a população <strong>de</strong>sempregada e criar mecanismos <strong>de</strong><br />

apoio a situações crescentes <strong>de</strong> pobreza<br />

-<br />

Oliveirinha<br />

Requeixo e Esgueira<br />

(principalmente nas localida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

Paço e Tabueira)<br />

A localização do transporte das crianças<br />

para a escola não é a<strong>de</strong>quado<br />

A localização da paragem<br />

Requeixo<br />

Desemprego<br />

Fecho <strong>de</strong> estaleiro naval (on<strong>de</strong> trabalhava a maioria da população)<br />

A maioria dos <strong>de</strong>sempregados são jovens com baixas qualificações<br />

A ajuda alimentar disponível já não é suficiente face às situações <strong>de</strong><br />

vulnerabilida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificadas<br />

São Jacinto<br />

Oliveirinha<br />

São Bernardo<br />

Transportes (a <strong>de</strong>slocação para o centro<br />

do concelho implica apanhar lancha +<br />

autocarro e os atrasos sistemáticos <strong>de</strong>stes<br />

- São Jacinto<br />

transportes públicos acabam por ter<br />

influência negativa na empregabilida<strong>de</strong> dos<br />

moradores da freguesia)<br />

Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> casa <strong>de</strong> recursos<br />

imediatos/ casa <strong>de</strong> cuidados paliativos<br />

Local on<strong>de</strong>, por exemplo, po<strong>de</strong>ria ser dada guarida a um sem-abrigo<br />

ou toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

Vera Cruz<br />

Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> jardins <strong>de</strong> infância - Vera Cruz<br />

Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estruturas resi<strong>de</strong>nciais<br />

para idosos<br />

- Vera Cruz<br />

Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> zonas ver<strong>de</strong>s com<br />

parques infantis<br />

- Vera Cruz<br />

FONTE: Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> (informação recolhida a 11.Junho.2010, no workshop com as Juntas <strong>de</strong> Freguesia)<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 99


Síntese conclusiva<br />

O Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, cujos principais resultados se apresentam neste documento,<br />

encerra em si mesmo um processo <strong>de</strong> recolha, análise e sistematização <strong>de</strong> informação fortemente participado<br />

por um leque bastante abrangente <strong>de</strong> actores locais. Neste contexto, e contando <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro momento<br />

com a colaboração da Câmara Municipal, do Núcleo Executivo (NE) e do CLAS <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> (CLASA), foi possível<br />

auscultar entida<strong>de</strong>s públicas e privadas, locais e regionais num curto período <strong>de</strong> tempo e, através <strong>de</strong>les,<br />

recolher informação <strong>de</strong> fundo sobre a realida<strong>de</strong> concelhia em matéria <strong>de</strong>: crianças e jovens, idosos,<br />

<strong>de</strong>ficiência, imigração e minorias étnicas e, ainda, educação e formação.<br />

Procurando, sempre que possível, encontrar um equilíbrio metodológico entre, por um lado, métodos<br />

qualitativos e interactivos, que permitissem aferir sensibilida<strong>de</strong>s, expectativas e opiniões e, por outro lado,<br />

métodos quantitativos que facilitassem a objectivação da informação sobre a realida<strong>de</strong> local, foi possível<br />

concluir pelos pontos que se seguem:<br />

1. Do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong>mográfico, o concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> tem vindo a registar, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006, uma perda<br />

sistemática <strong>de</strong> população resi<strong>de</strong>nte (72 919 indivíduos resi<strong>de</strong>ntes em 2009). Esta é uma população<br />

maioritariamente feminina (por cada 100 mulheres existiam em 2009 92,7 homens) e em ida<strong>de</strong><br />

activa (68,1%). Não obstante este posicionamento algo favorável face à estrutura etária da população<br />

resi<strong>de</strong>nte, importa reter alguns factos importantes: (i) em 2009 existiam em <strong>Aveiro</strong> mais pessoas<br />

idosas do que jovens (o índice <strong>de</strong> envelhecimento cifra-se nesta data nos 103,5 pontos); (ii) o peso da<br />

população idosa na população activa tem vindo a crescer (tendo o índice <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> idosos<br />

registado o valor <strong>de</strong> 23,9 em 2009); (iii) o peso dos mais idosos no total <strong>de</strong>sta população também está<br />

a crescer (o índice <strong>de</strong> longevida<strong>de</strong> da população cifra-se nos 45,4% em 2009).<br />

2. Ainda em matéria <strong>de</strong>mográfica, e no que se reporta ao domínio das famílias, em <strong>Aveiro</strong> existiam no<br />

ano <strong>de</strong> 2001 (não existem dados mais recentes) um total <strong>de</strong> 26 040 famílias (por oposição às 21 457<br />

famílias contabilizadas em 1991), a maioria das quais apenas com 2 ou 3 pessoas. Os tipos <strong>de</strong><br />

família com maior peso relativo no concelho são os “casais <strong>de</strong> “direito” com, pelo menos, 1 filho<br />

solteiro com menos <strong>de</strong> 25 anos, sem outras pessoas” e os “ casais <strong>de</strong> “direito” sem filhos solteiros,<br />

sem outras pessoas”, com 33,8% e 19,6% respectivamente.<br />

3. Relativamente aos níveis <strong>de</strong> instrução da população resi<strong>de</strong>nte, <strong>Aveiro</strong> tem vindo a registar um<br />

<strong>de</strong>créscimo da taxa <strong>de</strong> analfabetismo (5,01% em 2001), um aumento da proporção da população com<br />

pelo menos a escolarida<strong>de</strong> obrigatória (45,64% em 2001) e da proporção da população com ensino<br />

superior completo (13,14% em 2001). O <strong>de</strong>sempenho é, ainda, positivo quer em termos <strong>de</strong><br />

crescimento da taxa bruta <strong>de</strong> pré-escolarização da população (94,5% no ano lectivo 2007/08) e da<br />

taxa <strong>de</strong> transição/conclusão do ensino secundário regular (74,5% no ano lectivo 2007/08), quer em<br />

termos <strong>de</strong> <strong>de</strong>créscimo da taxa <strong>de</strong> retenção e <strong>de</strong>sistência no ensino básico regular (7,6% no ano<br />

lectivo 2007/08).<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 100


4. Do ponto <strong>de</strong> vista económico, a população resi<strong>de</strong>nte no concelho estava, em 2001,<br />

preferencialmente empregada no sector terciário (30,01% no terciário social e 33,37% no terciário<br />

económico). Se pensarmos na relação entre a população que potencialmente está a entrar e a que<br />

está a sair do mercado <strong>de</strong> trabalho, salienta-se que a relação estabelecida é <strong>de</strong>crescente, ou seja,<br />

existem mais pessoas a abandonar o mercado <strong>de</strong> trabalho do que a entrar (em 2009 o índice <strong>de</strong><br />

renovação da população em ida<strong>de</strong> activa era <strong>de</strong> 103,8). No que se refere ao po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra da<br />

população, <strong>de</strong> referir, por um lado, que o ganho médio mensal para o ano <strong>de</strong> 2007 era <strong>de</strong> 997,4€,<br />

valor superior à média nacional e, por outro lado, que o índice <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra per capita, com<br />

134,02 pontos no mesmo ano, constitui um valor que fica muito acima do registado para Portugal.<br />

5. Em matéria <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego, e segundo os dados do IEFP, salienta-se o facto <strong>de</strong> no último trimestre<br />

em análise (1.º T 2010) se encontrarem inscritos nos ficheiros daquele instituto 4 213 indivíduos, o<br />

que traduz uma tendência <strong>de</strong> crescimento que se tem mantido, com alguns recuos muito pontuais.<br />

O <strong>de</strong>semprego no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> afecta, sobretudo, as pessoas do sexo feminino, à procura <strong>de</strong><br />

novo emprego, com ida<strong>de</strong>s compreendidas maioritariamente entre os 35 e os 54 anos e com um nível<br />

<strong>de</strong> instrução correspon<strong>de</strong>nte ao 3.º CEB. Mas esta situação nem sempre foi assim, pois o grupo <strong>de</strong><br />

indivíduos com o 1.º CEB sempre tiveram uma prepon<strong>de</strong>rância relativa nos ficheiros do IEFP, tendo<br />

esta situação sido alterada apenas muito recentemente (alteração verificada entre o 1.º e 2.º<br />

trimestres <strong>de</strong> 2009).<br />

6. No que diz respeito ao subgrupo populacional crianças e jovens, <strong>Aveiro</strong> tem assistido a um <strong>de</strong>clínio<br />

da população com ida<strong>de</strong> igual ou inferior a 14 anos. As 11 963 crianças contabilizadas em 2001,<br />

<strong>de</strong>ram lugar a 11 446 crianças registadas em 2009, sendo o grupo dos rapazes aquele que per<strong>de</strong><br />

mais efectivos face a 2001. Em matéria <strong>de</strong> equipamentos e respostas sociais e educativas para a<br />

infância, o concelho contava em 2009 com: (i) 37 equipamentos para a resposta social <strong>de</strong> creche, a<br />

maioria dos quais da re<strong>de</strong> solidária (26, apesar <strong>de</strong> nem todas estarem ainda em funcionamento, pois<br />

este número já inclui as candidaturas ao PARES). A re<strong>de</strong> privada com fins lucrativos conta com 10<br />

estabelecimentos <strong>de</strong> creche e a re<strong>de</strong> pública apenas com um, do Instituto <strong>de</strong> Segurança Social. A<br />

capacida<strong>de</strong> instalada para creche no ano <strong>de</strong> 2010 em <strong>Aveiro</strong> é <strong>de</strong> 1 555 lugares, sendo que no<br />

mesmo ano frequentavam esta resposta social 1 316 crianças; (ii) 18 equipamentos <strong>de</strong> CATL, a<br />

maioria dos quais (14) da re<strong>de</strong> solidária, e apenas 4 da re<strong>de</strong> privada com fins lucrativos. A<br />

capacida<strong>de</strong> instalada para CATL no ano <strong>de</strong> 2010 em <strong>Aveiro</strong> é <strong>de</strong> 937 lugares, sendo que no mesmo<br />

ano frequentavam esta resposta social 877 crianças; (iii) 61 estabelecimentos <strong>de</strong> pré-escolar, 31<br />

públicos (inclui 1 JI do Instituto <strong>de</strong> Segurança Social), 18 da re<strong>de</strong> solidária e 12 da re<strong>de</strong> privada com<br />

fins lucrativos, com um total <strong>de</strong> 2 292 alunos; (iv) o 1.º CEB é ministrado em 35 estabelecimentos<br />

públicos, com um total <strong>de</strong> 3 477 alunos. Existem, ainda, no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 3 estabelecimentos<br />

da re<strong>de</strong> privada com fins lucrativos on<strong>de</strong> é ministrado o 1.º CEB, a saber: (i) Colégio D. José I, com<br />

um total <strong>de</strong> 79 alunos; (ii) Colégio Português, com um total <strong>de</strong> 84 alunos; (iii) Estabelecimento <strong>de</strong><br />

Ensino Santa Joana, com um total <strong>de</strong> 87 alunos. Ao nível da activida<strong>de</strong> da CPCJ, tem-se vindo a<br />

registar, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1999, um crescimento continuado do número <strong>de</strong> processos instaurados por esta<br />

Comissão (com uma quebra, pontual e ligeira, em 2005), motivados, sobretudo, por situações <strong>de</strong><br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 101


negligência, exposição a mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> comportamento <strong>de</strong>sviante, maus tratos psicológicos/abuso<br />

emocional e abandono escolar.<br />

7. Os principais problemas e necessida<strong>de</strong>s sinalizados pelos parceiros do CLASA com referência a este<br />

subgrupo populacional são: (i) negligência parental para com crianças e jovens, nomeadamente em<br />

matéria <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, alimentação, higiene e organização doméstica; (ii) consumo <strong>de</strong> substâncias lícitas<br />

e ilícitas, nomeadamente consumos precoces e em contextos nocturnos e <strong>de</strong> lazer; (iii) abandono,<br />

absentismo e insucesso escolar; (iv) problemas do foro comportamental, nomeadamente em contexto<br />

escolar, que traduzem níveis assinaláveis <strong>de</strong> falta <strong>de</strong> cidadania; (v) situação <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> do<br />

movimento associativo local, tecido social que po<strong>de</strong>rá constituir um relevante instrumento junto da<br />

população mais jovem do concelho; (vi) <strong>de</strong>sa<strong>de</strong>quação das práticas educativas (em sentido lato) ao<br />

nível das normas, regras e limites; (vii) obesida<strong>de</strong> infantil e se<strong>de</strong>ntarismo das crianças e jovens; (viii)<br />

<strong>de</strong>linquência juvenil; (ix) problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mental; (x) défice <strong>de</strong> alguns equipamentos e infraestruturas;<br />

(xi) <strong>de</strong>semprego na população jovem.<br />

8. Relativamente ao subgrupo populacional idosos, o concelho tem vindo a registar um crescimento<br />

sistemático <strong>de</strong>sta faixa etária contando, segundo o INE, com um total <strong>de</strong> 11 850 indivíduos em 2009,<br />

a maioria dos quais do sexo feminino. Em matéria <strong>de</strong> instituições que disponibilizam respostas<br />

sociais para idosos, <strong>Aveiro</strong> conta, em 2010, com um total <strong>de</strong> 26 equipamentos, a gran<strong>de</strong> maioria dos<br />

quais da re<strong>de</strong> solidária (21). Na sua totalida<strong>de</strong>, estes equipamentos apresentam uma capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

1 767 lugares e 1112 utentes: (i) Centro <strong>de</strong> dia – capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 529 lugares e 290 utentes; (ii) Lar <strong>de</strong><br />

idosos – capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 486 lugares e 315 utentes; (iii) SAD – capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 629 lugares e 462<br />

utentes; (iv) Centro <strong>de</strong> convívio – capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 60 lugares e 45 utentes.<br />

9. Os principais problemas e necessida<strong>de</strong>s sinalizados pelos parceiros do CLASA com referência a este<br />

subgrupo populacional são: (i) fenómenos <strong>de</strong> violência e/ou negligência em contexto familiar; (ii)<br />

muitos cuidadores informais com ida<strong>de</strong> avançada e consequente perda das capacida<strong>de</strong>s para prestar<br />

apoio ao outro; (iii) baixos rendimentos; (iv) fracas condições habitacionais; (v) défice <strong>de</strong> respostas<br />

sociais a<strong>de</strong>quadas para utentes com <strong>de</strong>mências; (vi) formação pessoal e profissional dos cuidadores<br />

formais a necessitar <strong>de</strong> um reforço <strong>de</strong> investimento.<br />

10. As pessoas com <strong>de</strong>ficiências e/ou incapacida<strong>de</strong>s constituem um outro subgrupo populacional<br />

estudado pelos parceiros do CLASA. Neste quadro, foi possível concluir, em primeira instância, pela<br />

falta <strong>de</strong> informação quantitativa actualizada relativamente à estrutura <strong>de</strong>sta população. Tendo em<br />

conta este <strong>de</strong>sfasamento temporal, regista-se que em 2001, <strong>Aveiro</strong> tinha a residir no seu território<br />

4 335 pessoas com <strong>de</strong>ficiência, o que se traduzia numa taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, em 2001, <strong>de</strong> 5,90%. A<br />

maioria das pessoas resi<strong>de</strong>ntes no concelho com <strong>de</strong>ficiência não tem qualquer grau <strong>de</strong> incapacida<strong>de</strong><br />

atribuído. Em matéria <strong>de</strong> emprego, à data <strong>de</strong> 2001, aquela população apresentava uma taxa <strong>de</strong><br />

emprego <strong>de</strong> 92,20 p.p., o que traduz uma situação relativamente favorável, quando comparada com<br />

a taxa <strong>de</strong> emprego <strong>de</strong>sta população no país. No que diz respeito às respostas sociais dirigidas à área<br />

da <strong>de</strong>ficiência, <strong>Aveiro</strong> conta em 2010 com: (i) a resposta social “Intervenção precoce” com capacida<strong>de</strong><br />

para 180 crianças; (ii) 4 “Centros <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s Ocupacionais” com capacida<strong>de</strong> para 90<br />

jovens/adultos e com 90 utentes (está previsto o aumento da capacida<strong>de</strong> em CAO com 40 novos<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 102


lugares); (iii) 3 “Lares Resi<strong>de</strong>nciais” com capacida<strong>de</strong> para 40 pessoas e 38 utentes (está previsto o<br />

aumento da capacida<strong>de</strong> em Lar Resi<strong>de</strong>ncial com 40 novos lugares); (iv) o SIM-PD: Serviço <strong>de</strong><br />

Informação e Mediação para Pessoas com Deficiência (Câmara Municipal <strong>Aveiro</strong>); (v) o Atendimento<br />

para Pessoas com Necessida<strong>de</strong>s Especiais (Centro Distrital <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> do Instituto Segurança Social);<br />

(vi) o Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário a criar brevemente com 15 lugares.<br />

11. Os principais problemas e necessida<strong>de</strong>s sinalizados pelos parceiros do CLASA com referência a este<br />

subgrupo populacional são: (i) dificulda<strong>de</strong>s ao nível da mobilida<strong>de</strong> e da acessibilida<strong>de</strong>; (ii)<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma maior intervenção precoce e divulgação dos serviços existentes; (iii) problemas<br />

<strong>de</strong> formação e integração socioprofissional das pessoas com <strong>de</strong>ficiência; (iv) falta <strong>de</strong> estruturas e<br />

equipamentos nas escolas para formação até ao 9.º ano <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> e alguma ina<strong>de</strong>quação dos<br />

currículos escolares; (v) défice <strong>de</strong> respostas infra-estruturais e sociais para esta população.<br />

12. Também as pessoas imigrantes e as minorias étnicas mereceram, durante este processo <strong>de</strong><br />

diagnóstico social, uma particular atenção por parte do CLASA. Neste contexto sublinha-se o facto<br />

<strong>de</strong> a proporção <strong>de</strong> população estrangeira a residir no concelho ser, à data do último Recenseamento<br />

da População e Habitação, <strong>de</strong> 1,99%, valor inferior ao registado para o país. A análise do perfil dos<br />

imigrantes no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, é possível aferir a partir dos dados do SEF para o período 2001-<br />

2006. Foi um período <strong>de</strong> crescimento muito significativo <strong>de</strong>sta população, com o número <strong>de</strong> pessoas<br />

a solicitar estatuto <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>nte a aumentar <strong>de</strong> 65 em 2001, para 770 em 2006. São pessoas<br />

maioritariamente do sexo masculino, e oriundas preferencialmente <strong>de</strong> países europeus (54,42%),<br />

seguidos pelos países da América Central e do Sul (23,90%), países africanos (12,73%) e, por último,<br />

países asiáticos (8,83%) (referência para 2006).<br />

13. Os principais problemas e necessida<strong>de</strong>s sinalizados pelos parceiros do CLASA com referência a este<br />

subgrupo populacional são: (i) dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> integração no mercado <strong>de</strong> trabalho; (ii) exploração da<br />

mão-<strong>de</strong>-obra imigrante associada à prática criminal e à prostituição; (iii) ilegalida<strong>de</strong>; (iv) activida<strong>de</strong>s<br />

ilegais praticadas por estrangeiros, essencialmente romenos (arrumadores <strong>de</strong> automóveis), para as<br />

quais não existem respostas eficazes; (v) isolamento/fechamento <strong>de</strong> algumas famílias <strong>de</strong> imigrantes e<br />

<strong>de</strong> minorias étnicas (nomeadamente etnia cigana, on<strong>de</strong> este fechamento se torna um mecanismo <strong>de</strong><br />

garante da manutenção da sua cultura); (vi) problemas específicos ao nível da saú<strong>de</strong>; (vii) alguns<br />

fenómenos <strong>de</strong> xenofobia e racismo.<br />

14. No que toca à população sem-abrigo, o concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> conta com um diagnóstico nesta área<br />

(Set. 2009), on<strong>de</strong> estão sistematizados alguns dados sobre esta população e que foram agora<br />

recuperados para o Diagnóstico Social que se apresenta. Naquele documento foram sinalizadas 60<br />

pessoas sem-abrigo no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, maioritariamente com ida<strong>de</strong>s compreendidas entre os 25<br />

e os 34 anos (33,3%), do sexo masculino, com habilitações iguais ou inferiores ao 3.º CEB,<br />

portugueses (83,3%) e naturais da região do Baixo Vouga. Em matéria <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sociabilida<strong>de</strong> são<br />

os técnicos e os amigos, as pessoas com quem aqueles 60 indivíduos estabelecem mais relações<br />

sociais. No que diz respeito às razões pelas quais estas pessoas se encontram em situação <strong>de</strong> semabrigo,<br />

as respostas foram bastante diversificadas, o que traduz naturalmente a complexida<strong>de</strong> do<br />

fenómeno em questão. No entanto, é possível i<strong>de</strong>ntificar as causas associadas a<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 103


problemas/situações familiares (ruptura, conflito ou morte), como sendo a principal justificação para<br />

se encontrarem na actual situação <strong>de</strong> sem-abrigo, logo seguida da perda <strong>de</strong> emprego.<br />

15. Os principais problemas e necessida<strong>de</strong>s sinalizados pelos parceiros do CLASA com referência a este<br />

subgrupo populacional são: (i) o <strong>de</strong>semprego; (ii) o baixo nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> formação; (iii) as<br />

situações <strong>de</strong> doença mental; (iv) a disfuncionalida<strong>de</strong>/ruptura familiar; (v) o consumo <strong>de</strong> substâncias<br />

psicoactivas, lícitas e ilícitas; (vi) a marginalida<strong>de</strong> e miséria; (vii) o défice <strong>de</strong> respostas sociais <strong>de</strong><br />

apoio a esta população no concelho; (viii) dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> acesso à habitação; (ix) falta <strong>de</strong> preparação<br />

<strong>de</strong> muitos serviços públicos para lidar com a condição <strong>de</strong> sem-abrigo; (x) dificulda<strong>de</strong>s económicas e<br />

<strong>de</strong>pendência sistemática <strong>de</strong> subsídios públicos; (xi) falta/não actualização <strong>de</strong> documentação; (xii)<br />

estigma social.<br />

16. Por último, os parceiros do CLASA <strong>de</strong>senvolveram a sua reflexão em torno, não <strong>de</strong> um subgrupo<br />

populacional em concreto, mas ao nível dos problemas e necessida<strong>de</strong>s sentidos em matéria <strong>de</strong><br />

educação e formação da população em geral. Neste contexto, o concelho registava, em 2001,um<br />

número muito elevado <strong>de</strong> pessoas cuja escolarida<strong>de</strong> não ia além da escolarida<strong>de</strong> mínima obrigatória<br />

– 40 098 indivíduos, o que correspon<strong>de</strong> a 54,68%. No entanto, e do lado oposto, importa referir que<br />

9,94% da população resi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>tinha àquela data o nível <strong>de</strong> ensino superior, valor acima do<br />

registado para Portugal. Nos anos mais recentes, é possível registar uma evolução bastante<br />

significativa da estrutura populacional <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> em matéria <strong>de</strong> qualificações, realida<strong>de</strong> corroborada<br />

pelo aumento <strong>de</strong> todas as taxas <strong>de</strong> escolarização, com a excepção da relativa ao ensino secundário<br />

(mas ainda assim, acima dos 100,00%), pela diminuição da taxa <strong>de</strong> retenção e <strong>de</strong>sistência no ensino<br />

básico e pelo crescimento da taxa <strong>de</strong> transição/conclusão do ensino secundário.<br />

17. Os principais problemas e necessida<strong>de</strong>s sinalizados pelos parceiros do CLASA com referência a esta<br />

temática são: (i) baixas qualificações da população adulta; (ii) fenómenos <strong>de</strong> indisciplina crescente;<br />

(iii) jovens com ida<strong>de</strong>s entre os 14 e os 16 anos com ausência <strong>de</strong> pré-requisitos e com dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

aprendizagem; (iv) <strong>de</strong>sajustamento dos currículos em relação à realida<strong>de</strong> e às necessida<strong>de</strong>s das<br />

pessoas e do mercado <strong>de</strong> trabalho; (v) alguma <strong>de</strong>sa<strong>de</strong>quação da oferta formativa às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

adultos e jovens; (vi) abandono, absentismo e insucesso escolares; (vii) défice <strong>de</strong> competências<br />

sociais e pessoais e existência <strong>de</strong> comportamentos <strong>de</strong> risco; (viii) ausência <strong>de</strong> respostas formativas<br />

para beneficiários do Rendimento Social <strong>de</strong> Inserção, e outros com formação até ao 3.º ano <strong>de</strong><br />

escolarida<strong>de</strong> (1.º CEB); (ix) aprovação <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> educação e formação a entida<strong>de</strong>s cujo objecto<br />

social não é a educação; (x) prolongamento da escolarida<strong>de</strong> obrigatória (12.º ano) para adultos com<br />

necessida<strong>de</strong>s educativas especiais tem-se revelado mais uma situação problemática.<br />

As conclusões finais do Diagnóstico Social <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> constituem, não um fim em si mesmo (apesar <strong>de</strong> se<br />

consi<strong>de</strong>rar que estas conclusões encerram em si mesmas um valor acrescentado em matéria <strong>de</strong><br />

conhecimento sistematizado sobre a realida<strong>de</strong> social do concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>), mas um primeiro passo do<br />

processo <strong>de</strong> planeamento da intervenção social local. De facto, a informação sistematizada neste ponto, bem<br />

como toda a que foi disponibilizada ao longo do documento, <strong>de</strong>ve constituir a base para a elaboração do<br />

futuro Plano <strong>de</strong> Desenvolvimento Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, no que diz respeito à <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> objectivos<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 104


estratégicos e específicos, bem como no que se pren<strong>de</strong> com o <strong>de</strong>senho das estratégias <strong>de</strong> intervenção mais<br />

a<strong>de</strong>quadas para a comunida<strong>de</strong> local.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 105


Indicadores <strong>de</strong> monitorização e<br />

metainformação<br />

População resi<strong>de</strong>nte<br />

Periodicida<strong>de</strong>: Anual<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Número (n.º)<br />

Densida<strong>de</strong> populacional<br />

Periodicida<strong>de</strong>: Anual<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Número/ Quilómetro quadrado (N.º/ km²)<br />

Fórmula: Intensida<strong>de</strong> do povoamento expressa pela relação entre o número <strong>de</strong> habitantes <strong>de</strong> uma<br />

área territorial <strong>de</strong>terminada e a superfície <strong>de</strong>sse território (habitualmente expressa em número <strong>de</strong><br />

habitantes por quilómetro quadrado).<br />

[Total <strong>de</strong> indivíduos/ Área (quilómetro quadrado)]*100<br />

Taxa <strong>de</strong> crescimento efectivo<br />

Periodicida<strong>de</strong>: Anual<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Percentagem (%)<br />

Fórmula: Variação populacional observada durante um <strong>de</strong>terminado período <strong>de</strong> tempo, normalmente<br />

um ano civil, referido à população média <strong>de</strong>sse período (habitualmente expressa por 100 (10^2) ou<br />

1000 (10^3) habitantes).<br />

TCE=[[P(t)-P(t-1)]/[P(t)+P(t-1)]/2]*10^n; P(t)=População no momento t; P(t-1)=População no momento<br />

(t-1); n=2 ou 3<br />

Taxa <strong>de</strong> crescimento natural<br />

Periodicida<strong>de</strong>: Anual<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Percentagem (%)<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>


Fórmula: Saldo natural observado durante um <strong>de</strong>terminado período <strong>de</strong> tempo, normalmente um ano<br />

civil, referido à população média <strong>de</strong>sse período (habitualmente expressa por 100 (10^2) ou 1000<br />

(10^3) habitantes).<br />

TCN=[SN(t-1, t)/[P(t)+P(t-1)]/2]*10^n; P(t)=População no momento t; P(t-1)=População no momento<br />

(t-1); SN(t-1,t)=Saldo natural entre os momentos (t-1) e t; n=2 ou 3<br />

Taxa <strong>de</strong> crescimento migratório<br />

Periodicida<strong>de</strong>: Anual<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Percentagem (%)<br />

Fórmula: Saldo migratório observado durante um <strong>de</strong>terminado período <strong>de</strong> tempo, normalmente um<br />

ano civil, referido à população média <strong>de</strong>sse período (habitualmente expressa por 100 (10^2) ou 1000<br />

(10^3) habitantes).<br />

TCM = [SM(t-1,t) / [(P(t-1) + P(t)/2]] * 10^n ; SM(t-1,t) - Saldo migratório entre os momentos (t-1) e t;<br />

P(t-1) - População no momento (t-1); P(t) - População no momento t.<br />

Casamentos celebrados por forma <strong>de</strong> celebração<br />

Periodicida<strong>de</strong>: Anual<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Número (n.º)<br />

Casamentos celebrados por nacionalida<strong>de</strong> dos cônjuges<br />

Periodicida<strong>de</strong>: Anual<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Número (n.º)<br />

Casamentos dissolvidos por causa <strong>de</strong> dissolução<br />

Periodicida<strong>de</strong>: Anual<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Número (n.º)<br />

Índice <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> idosos<br />

Periodicida<strong>de</strong>: Anual<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>


Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Número (n.º)<br />

Fórmula: Quociente entre o número <strong>de</strong> pessoas com 65 ou mais anos e o número <strong>de</strong> pessoas com<br />

ida<strong>de</strong>s compreendidas entre os 15 e os 64 anos (expressa habitualmente por 100 (10^2) pessoas).<br />

Índice <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> jovens<br />

Periodicida<strong>de</strong>: Anual<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Número (n.º)<br />

Fórmula: Quociente entre o número <strong>de</strong> pessoas com ida<strong>de</strong>s compreendidas entre os 0 e os 14 anos e<br />

o número <strong>de</strong> pessoas com ida<strong>de</strong>s compreendidas entre os 15 e os 64 anos (expressa habitualmente<br />

por 100 (10^2 ) pessoas).<br />

Índice <strong>de</strong> envelhecimento<br />

Periodicida<strong>de</strong>: Anual<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Número (n.º)<br />

Fórmula: Quociente entre o número <strong>de</strong> pessoas com 65 ou mais anos e o número <strong>de</strong> pessoas com<br />

ida<strong>de</strong>s compreendidas entre os 0 e os 14 anos (expressa habitualmente por 100 (10^2) pessoas).<br />

Índice <strong>de</strong> longevida<strong>de</strong><br />

Periodicida<strong>de</strong>: Anual<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Percentagem (%)<br />

Fórmula: Quociente entre o número <strong>de</strong> pessoas com 75 ou mais anos e o número <strong>de</strong> pessoas com 65<br />

ou mais anos.<br />

Índice <strong>de</strong> renovação da população em ida<strong>de</strong> activa<br />

Periodicida<strong>de</strong>: Anual<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Número (n.º)<br />

Fórmula: Relação entre a população que potencialmente está a entrar e a que está a sair do mercado<br />

<strong>de</strong> trabalho, <strong>de</strong>finida habitualmente como o quociente entre o número <strong>de</strong> pessoas com ida<strong>de</strong>s<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>


compreendidas entre os 20 e os 29 anos e o número <strong>de</strong> pessoas com ida<strong>de</strong>s compreendidas entre os<br />

55 e os 64 anos (expressa habitualmente por 100 (10^2) pessoas com 55-64 anos).<br />

IRPA = [(P(20,29)/ P(55,64)]*10^n; P(20,29)=População com ida<strong>de</strong> compreendida entre 20 e<br />

29 anos;P(55,64)=População com ida<strong>de</strong> compreendida entre 55 e 64 anos<br />

Relação <strong>de</strong> masculinida<strong>de</strong><br />

Periodicida<strong>de</strong>: Anual<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Número (n.º)<br />

Fórmula: Quociente entre os efectivos populacionais do sexo masculino e os do sexo feminino<br />

(habitualmente expresso por 100 (10^2) mulheres).<br />

Taxa <strong>de</strong> analfabetismo<br />

Periodicida<strong>de</strong>: Decenal<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Percentagem (%)<br />

Fórmula: (População resi<strong>de</strong>nte com 10 e mais anos ('Não sabe ler nem escrever')/ População<br />

resi<strong>de</strong>nte com 10 e mais anos)*100<br />

Taxa <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> da população resi<strong>de</strong>nte<br />

Periodicida<strong>de</strong>: Decenal<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Percentagem (%)<br />

Fórmula: (População activa /População resi<strong>de</strong>nte)*100<br />

População empregada por activida<strong>de</strong> económica<br />

Periodicida<strong>de</strong>: Decenal<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Número (n.º)<br />

População empregada por sector <strong>de</strong> activida<strong>de</strong><br />

Periodicida<strong>de</strong>: Decenal<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>


Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Número (n.º)<br />

Taxa <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> feminina<br />

Periodicida<strong>de</strong>: Decenal<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Percentagem (%)<br />

Fórmula: (População activa feminina/População resi<strong>de</strong>nte feminina)*100<br />

Grau <strong>de</strong> incapacida<strong>de</strong> atribuído à população resi<strong>de</strong>nte com <strong>de</strong>ficiência por freguesia<br />

Periodicida<strong>de</strong>: Decenal<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Número (n.º)<br />

Fórmula: A avaliação da incapacida<strong>de</strong> é calculada <strong>de</strong> acordo com a Tabela Nacional <strong>de</strong><br />

Incapacida<strong>de</strong>s, sendo a atribuição do grau <strong>de</strong> incapacida<strong>de</strong> da responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> juntas médicas<br />

constituídas para esse efeito.<br />

Proporção da população resi<strong>de</strong>nte com pelo menos a escolarida<strong>de</strong> obrigatória<br />

Periodicida<strong>de</strong>: Decenal<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Percentagem (%)<br />

Fórmula: (População resi<strong>de</strong>nte com pelo menos a escolarida<strong>de</strong> obrigatória/ População resi<strong>de</strong>nte com<br />

14 e mais anos)*100<br />

Proporção <strong>de</strong> população resi<strong>de</strong>nte com ensino superior completo<br />

Periodicida<strong>de</strong>: Decenal<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Percentagem (%)<br />

Fórmula: (População resi<strong>de</strong>nte 21 e mais anos com ensino superior concluído/ População resi<strong>de</strong>nte<br />

com 21 e mais anos)*100<br />

Proporção da população resi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> nacionalida<strong>de</strong> estrangeira<br />

Periodicida<strong>de</strong>: Decenal<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>


Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Percentagem (%)<br />

Fórmula: (População resi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> nacionalida<strong>de</strong> estrangeira/ População resi<strong>de</strong>nte)*100<br />

Famílias clássicas por dimensão<br />

Periodicida<strong>de</strong>: Decenal<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Número (n.º)<br />

Proporção <strong>de</strong> famílias clássicas unipessoais<br />

Periodicida<strong>de</strong>: Decenal<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Percentagem (%)<br />

Fórmula: (Famílias clássicas unipessoais/ Famílias clássicas)*100<br />

Proporção <strong>de</strong> núcleos familiares monoparentais<br />

Periodicida<strong>de</strong>: Decenal<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Percentagem (%)<br />

Fórmula: (Núcleos familiares monoparentais/ Núcleos familiares)*100<br />

Taxa <strong>de</strong> fecundida<strong>de</strong> geral<br />

Periodicida<strong>de</strong>: Anual<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Permilagem (‰)<br />

Fórmula: Número <strong>de</strong> nados vivos observado durante um <strong>de</strong>terminado período <strong>de</strong> tempo,<br />

normalmente um ano civil, referido ao efectivo médio <strong>de</strong> mulheres em ida<strong>de</strong> fértil (entre os 15 e os 49<br />

anos) <strong>de</strong>sse período (habitualmente expressa em número <strong>de</strong> nados vivos por 1000 (10^3) mulheres<br />

em ida<strong>de</strong> fértil).<br />

TFG = [NV(t-1,t)/PMm(15,49)]*10^n;NV(t-1,t)=Nados vivos entre os momentos (t-1) e<br />

t;PMm(15,49)=População média resi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> mulheres entre os 15 e os 49 anos;n=2 ou 3.<br />

Taxa bruta <strong>de</strong> natalida<strong>de</strong><br />

Periodicida<strong>de</strong>: Anual<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>


Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Permilagem (‰)<br />

Fórmula: Número <strong>de</strong> nados vivos ocorrido durante um <strong>de</strong>terminado período <strong>de</strong> tempo, normalmente<br />

um ano civil, referido à população média <strong>de</strong>sse período (habitualmente expressa em número <strong>de</strong><br />

nados vivos por 1000 (10^3) habitantes).<br />

TBN=[NV(t-1, t)/[P(t)+P(t-1)]/2]*10^n; P(t)=População no momento t; P(t-1)=População no momento<br />

(t-1); NV(t-1,t)=Nados-vivos entre os momentos (t-1) e t; n=2 ou 3<br />

Ganho médio mensal<br />

Periodicida<strong>de</strong>: Anual<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Euro (€)<br />

Fórmula: Montante ilíquido médio mensal em dinheiro e/ou géneros, pago ao trabalhador, com<br />

carácter regular em relação ao período <strong>de</strong> referência, por tempo trabalhado ou trabalho fornecido no<br />

período normal e extraordinário. Inclui, ainda, o pagamento <strong>de</strong> horas remuneradas mas não<br />

efectuadas (férias, feriados e outras ausências pagas).<br />

População estrangeira que solicitou estatuto <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>nte por nacionalida<strong>de</strong><br />

Periodicida<strong>de</strong>: Anual<br />

Fonte: Serviço <strong>de</strong> Estrangeiros e Fronteiras<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Número (n.º)<br />

Fórmula: Conjunto <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong> nacionalida<strong>de</strong> não portuguesa que num <strong>de</strong>terminado ano<br />

solicitaram um título <strong>de</strong> residência ao abrigo da legislação em vigor, que regula a entrada,<br />

permanência, saída e afastamento <strong>de</strong> estrangeiros em território nacional.<br />

Po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra per capita<br />

Periodicida<strong>de</strong>: Bienal<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Não aplicável (-)<br />

Fórmula: IPC = (1 + CV*Factor1)/(1 + CV*FACT1Pond)*100On<strong>de</strong>: CV = Coeficiente <strong>de</strong><br />

variação escolhido;Factor1 = Valores do 1º factor extraído do mo<strong>de</strong>lo;FACT1Pond = Valor<br />

resultante da soma para todos os concelhos [Soma(Factor1)*(peso populacional)].<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>


Taxa <strong>de</strong> abandono escolar<br />

Periodicida<strong>de</strong>: Decenal<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Percentagem (%)<br />

Fórmula: (População resi<strong>de</strong>nte com ida<strong>de</strong> entre 10 e 15 anos que abandonou a escola sem concluir o<br />

9º ano/ População resi<strong>de</strong>nte com ida<strong>de</strong> entre 10 e 15 anos)*100<br />

Taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência da população resi<strong>de</strong>nte<br />

Periodicida<strong>de</strong>: Decenal<br />

Fonte: Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida: Percentagem (%)<br />

Fórmula: (População resi<strong>de</strong>nte com <strong>de</strong>ficiência/ População resi<strong>de</strong>nte)*100<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>


Recursos Bibliográficos e Electrónicos<br />

Recursos Bibliográficos<br />

• ACIDI e Presidência do Conselho <strong>de</strong> Ministros (s.d.) Plano para a Integração dos Imigrantes<br />

(Resolução do Conselho <strong>de</strong> Ministros n.º 63-A/2007, <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> Maio), Lisboa: ACIDI.<br />

• ASCHER, François (1998) Metapolis. Acerca do futuro da cida<strong>de</strong>, Lisboa: Celta Editora.<br />

• Ministério do Trabalho e da Solidarieda<strong>de</strong> Social (2008) Estratégia Nacional para a Protecção Social e<br />

Inclusão Social (2008-2010), Lisboa: Ministério do Trabalho e da Solidarieda<strong>de</strong> Social.<br />

• SCHIEFER, Ulrich et al. (2006) MAPA - Manual <strong>de</strong> Planeamento e Avaliação <strong>de</strong> Projectos, São João do<br />

Estoril: Principia.<br />

• Secretariado Nacional para a Reabilitação e Integração das Pessoas com Deficiência (s.d.) 1º Plano <strong>de</strong><br />

Acção para a Integração das Pessoas com Deficiências ou Incapacida<strong>de</strong>, Lisboa: IEFP.<br />

• Centro <strong>de</strong> Respostas Integradas <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> (2010) Diagnóstico <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> – Álcool e Drogas, <strong>Aveiro</strong>: CRI.<br />

• Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> (2009) Diagnóstico das situações <strong>de</strong> Sem-Abrigo: 1.ª Fase, <strong>Aveiro</strong>: Re<strong>de</strong> Social<br />

<strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>.<br />

• Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> (2010) Pré-Diagnóstico Contributos para a Caracterização da Deficiência no<br />

Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, Novembro 09 – Janeiro 10, <strong>Aveiro</strong>: Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>.<br />

• CMA – Divisão <strong>de</strong> Habitação Social (s.d.) Programa Local <strong>de</strong> Habitação Para o Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>,<br />

<strong>Aveiro</strong>: CMA.<br />

Recursos Electrónicos<br />

• Segurança Social – Re<strong>de</strong> Social<br />

http://www2.seg-social.pt/left.asp03.06.10<br />

• Segurança Social – Estratégia Nacional para a Integração <strong>de</strong> Pessoas Sem-Abrigo<br />

http://www1.seg-social.pt/left.asp03.06.07.03.02<br />

• DG Employment, Social Affairs and Equal Opportunities<br />

http://ec.europa.eu/social/main.jspcatId=553&langId=en<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>


Anexos e Apêndices<br />

Respostas sociais para idosos<br />

Freguesia<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2010 - Outubro<br />

Designação do equipamento Designação da instituição Natureza jurídica Respostas sociais Capacida<strong>de</strong> Utentes Vagas<br />

Aradas<br />

C.S.C.D.A. 513 (Centro Social Cultural do<br />

C.S.C.D.A. 513 (Centro Social Cultural do Pessoal da<br />

Pessoal da Segurança Social e da Saú<strong>de</strong><br />

Segurança Social e da Saú<strong>de</strong> do Distrito <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>)<br />

do Distrito <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>)<br />

Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong><br />

Social<br />

Centro <strong>de</strong> Dia (1.ªfase PARES) 60 0 0<br />

Lar <strong>de</strong> Idosos (1.ª fase PARES) 60 0 0<br />

SerHogarsystem <strong>Aveiro</strong> Laura e Manuela Apoio Domiciliário, Lda. Entida<strong>de</strong> Lucrativa Serviço Apoio Domiciliário 40 8 0<br />

Cacia Centro Social Paroquial <strong>de</strong> Cacia Centro Social Paroquial <strong>de</strong> Cacia Centro Social Paroquial<br />

Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário 15 22 0<br />

Centro <strong>de</strong> Dia 15 11 4<br />

Eirol<br />

Centro Social e Paroquial <strong>de</strong> Santa<br />

Eulália <strong>de</strong> Eirol<br />

Centro Social e Paroquial <strong>de</strong> Santa Eulália <strong>de</strong> Eirol<br />

Centro Social Paroquial<br />

Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário 16<br />

Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário (2.ª fase PARES) 18<br />

34<br />

0<br />

Centro <strong>de</strong> Dia (2.ª fase PARES) 30 30 0<br />

Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário 30 49 0<br />

Centro Social <strong>de</strong> Azurva<br />

Centro Social <strong>de</strong> Azurva<br />

Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong><br />

Social<br />

Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário (POPH / 6.12) 30 0 0<br />

Lar <strong>de</strong> Idosos (POPH / 6.12) 40 0 0<br />

Centro <strong>de</strong> Dia (POPH / 6.12) 40 0 0<br />

Eixo<br />

Associação <strong>de</strong> Melhoramentos <strong>de</strong> Eixo<br />

Associação <strong>de</strong> Melhoramentos <strong>de</strong> Eixo<br />

Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong><br />

Social<br />

Centro <strong>de</strong> Convívio 25 10 0<br />

Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário 35 32 0<br />

Centro <strong>de</strong> Dia 30 25 0<br />

Pax Domus Pax Domus - Lar <strong>de</strong> Terceira Ida<strong>de</strong> Entida<strong>de</strong> Lucrativa Lar <strong>de</strong> Idosos 19 14 0<br />

Lar Ilda Carvalho Lar Ilda Carvalho, Lda. Entida<strong>de</strong> Lucrativa Lar <strong>de</strong> Idosos 30 28 0<br />

Esgueira<br />

Centro Social e Paroquial <strong>de</strong> Santo André<br />

<strong>de</strong> Esgueira<br />

Lar "Passo Sénior" - Lar <strong>de</strong> 3.ª Ida<strong>de</strong> -<br />

Fundação CESDA<br />

Centro Social e Paroquial <strong>de</strong> Santo André <strong>de</strong> Esgueira<br />

Fundação CESDA (Centro Social do Distrito <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>)<br />

Centro Social Paroquial<br />

Fundação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong><br />

Social<br />

Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário 15 26 0<br />

Centro <strong>de</strong> Dia 30 27 3<br />

Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário 30 19 11<br />

Lar <strong>de</strong> Idosos 45 40 0<br />

Patronato Nossa Senhora <strong>de</strong> Fátima<br />

Patronato Nossa Senhora <strong>de</strong> Fátima<br />

Fundação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong><br />

Social<br />

Centro <strong>de</strong> Dia 30 30 0<br />

Lar <strong>de</strong> Idosos 13 14 0<br />

Glória<br />

Centro <strong>de</strong> Dia Florinhas do Vouga<br />

Florinhas do Vouga<br />

Casa do Professor <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social dos Professores<br />

Organizações Particulares<br />

sem Fins Lucrativos - IPSS<br />

Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong><br />

Social*<br />

Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário 18 18 0<br />

Centro <strong>de</strong> Dia 20 16 4<br />

Lar <strong>de</strong> Idosos 24 22 0<br />

C.S.C.D.A. 513 (Centro Social Cultural do<br />

Pessoal da Segurança Social e da Saú<strong>de</strong><br />

do Distrito <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>)<br />

C.S.C.D.A. 513 (Centro Social Cultural do Pessoal da<br />

Segurança Social e da Saú<strong>de</strong> do Distrito <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>)<br />

Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong><br />

Social<br />

Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário<br />

40 40<br />

0<br />

0<br />

Nariz<br />

Nossa Senhora<br />

<strong>de</strong> Fátima<br />

Centro Social e Paroquial São Pedro <strong>de</strong><br />

Nariz<br />

Centro Social Paroquial Nossa Senhora<br />

<strong>de</strong> Fátima<br />

Centro Social e Paroquial São Pedro <strong>de</strong> Nariz Centro Social Paroquial Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário 25 27 0<br />

Centro Social Paroquial Nossa Senhora <strong>de</strong> Fátima Centro Social Paroquial Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário 18 16 2<br />

Oliveirinha<br />

Complexo Social - Quinta da Moita -<br />

Oliveirinha<br />

Santa Casa da Misericórdia <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

Irmanda<strong>de</strong> da Misericórdia /<br />

SCM<br />

Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário 50 50 0<br />

Centro <strong>de</strong> Dia 40 36 4<br />

Lar <strong>de</strong> Idosos 120 120 0<br />

Centro <strong>de</strong> Formação e Cultura da Costa<br />

do Valado<br />

Centro <strong>de</strong> Formação e Cultura da Costa do Valado<br />

Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong><br />

Social<br />

Centro <strong>de</strong> Dia 30 30 0<br />

Lar <strong>de</strong> Idosos 32 32 0<br />

Centro Social Santa Joana Princesa - 3ª<br />

Ida<strong>de</strong><br />

Centro Social Santa Joana Princesa<br />

Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong><br />

Social<br />

Centro <strong>de</strong> Dia 12<br />

18 12<br />

Centro <strong>de</strong> Dia (1.ªfase PARES) 18<br />

Lar Idosos (1.ª fase PARES) 29 29 0<br />

Santa Joana<br />

Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário (1.ª fase PARES) 20 8 12<br />

ASAS<br />

ASAS<br />

Organizações Particulares<br />

sem Fins Lucrativos - IPSS<br />

Lar <strong>de</strong> Idosos (2.ª fase PARES) 26 0 0<br />

Centro <strong>de</strong> Dia (2.ª fase PARES) 54 0 0<br />

Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário (2.ª fase PARES) 36 0 0<br />

São Bernardo<br />

Centro Paroquial <strong>de</strong> São Bernardo -<br />

Equipamento <strong>de</strong> Apoio à Pessoa Idosa<br />

Centro Paroquial <strong>de</strong> São Bernardo<br />

Centro Social Paroquial<br />

Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário 39 47 0<br />

Centro <strong>de</strong> Dia 20 25 0<br />

Lar <strong>de</strong> Idosos 12 16 0<br />

Zelar - Serviços Apoio Domiciliário Zelar - Serviços Apoio Domiciliário, Lda. Entida<strong>de</strong> Lucrativa Serviço Apoio Domiciliário 30 5 0<br />

São Jacinto Centro Paroquial <strong>de</strong> São Jacinto Centro Paroquial <strong>de</strong> São Jacinto Centro Social Paroquial Centro <strong>de</strong> Dia 20 17 3<br />

Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário 41 45 0<br />

Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário (2.ª fase PARES) 39 0 0<br />

Vera Cruz<br />

Centro Comunitário Vera-Cruz<br />

Centro Comunitário Vera-Cruz<br />

Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong><br />

Social<br />

Centro <strong>de</strong> Convívio 35 35 0<br />

Lar <strong>de</strong> Idosos (2.ª fase PARES) 36 0 0<br />

Centro <strong>de</strong> Dia 25 25 0<br />

Centro <strong>de</strong> Dia (2.ª fase PARES) 25 0 0<br />

Santa Casa da Misericórdia <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

Santa Casa da Misericórdia <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

Irmanda<strong>de</strong> da Misericórdia /<br />

SCM<br />

Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário (2.ª fase PARES) 60 0 0<br />

Centro <strong>de</strong> Dia (2.ª fase PARES) 30 0 0<br />

Activa - Serviço Apoio Domiciliário ** Activa - Serviço Apoio Domiciliário Unipessoal, Lda. Entida<strong>de</strong> Lucrativa Serviço Apoio Domiciliário 40 16 0<br />

Total Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

1760 1112 55<br />

Fonte: Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> / NE em 22.10.2010, validada junto das instituições<br />

* sem acordo <strong>de</strong> cooperação com Segurança Social<br />

** Instituição com Certificação ISO9001:2000<br />

Outras activida<strong>de</strong>s: Cuidados Continuados Integrados / Banco Ajudas Técnicas<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>


Respostas sociais para crianças e jovens<br />

Freguesia<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2010 - Outubro<br />

Designação do equipamento Designação da instituição Natureza jurídica Respostas sociais Capacida<strong>de</strong> Utentes Vagas<br />

Centro Comunitário da Paróquia <strong>de</strong> Aradas<br />

Centro Comunitário da Paróquia <strong>de</strong> São Pedro<br />

Aradas *<br />

Centro Social Paroquial<br />

Creche 70 70 0<br />

Centro <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tempos Livres 24 24 0<br />

Casa Mãe <strong>de</strong> Aradas<br />

Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social Casa Mãe <strong>de</strong><br />

Aradas *<br />

Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social Creche 25 23 2<br />

Aradas<br />

C.S.C.D.A. 513 (Centro Social Cultural do<br />

Pessoal da Segurança Social e da Saú<strong>de</strong> do<br />

Distrito <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>)<br />

C.S.C.D.A. 513 (Centro Social Cultural do Pessoal<br />

da Segurança Social e da Saú<strong>de</strong> do Distrito <strong>de</strong><br />

<strong>Aveiro</strong>)<br />

Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social Creche (1.ª fase PARES) 33 0 0<br />

Escola Pequeno Cidadão Escola Pequeno Cidadão Lda. * Entida<strong>de</strong> Lucrativa Creche 33 26 7<br />

Mini-Vip's Mini-Vip's * Entida<strong>de</strong> Lucrativa Creche 49 24 25<br />

Escolinha Capitão Lebre<br />

Escolinha da Travessa Capitão Lebre -<br />

Activida<strong>de</strong>s Educativas*<br />

Entida<strong>de</strong> Lucrativa Creche 19 5 14<br />

Cacia<br />

Centro Social Paroquial <strong>de</strong> Cacia<br />

Paço dos Pequenitos<br />

Centro Social Paroquial <strong>de</strong> Cacia *<br />

Paço dos Pequenitos - Infantário e Tempos<br />

Livres, Lda. *<br />

Creche 30 29 1<br />

Centro Social Paroquial<br />

Centro <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tempos Livres 40 40 0<br />

Entida<strong>de</strong> Lucrativa Creche 30 14 16<br />

Eirol Centro Social Paroquial Sta. Eulália <strong>de</strong> Eirol Centro Social Paroquial Sta. Eulália <strong>de</strong> Eirol Centro Social Paroquial Creche (2.ª fase PARES) 30 26 4<br />

Centro Social <strong>de</strong> Azurva Centro Social <strong>de</strong> Azurva* Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social Creche 37 37 0<br />

Eixo<br />

O Jardim da Lola - Creche O Jardim da Lola - Creche Entida<strong>de</strong> Lucrativa Creche 33 19 14<br />

Centro Infantil do Eixo Associação <strong>de</strong> Assistência <strong>de</strong> Eixo* Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social Creche 35 35 0<br />

Centro Social <strong>de</strong> Esgueira<br />

Centro Social <strong>de</strong> Esgueira*<br />

Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social<br />

Creche 80 81 0<br />

Centro <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tempos Livres 120 90 30<br />

Lápis <strong>de</strong> Carvão - Creche<br />

Lápis <strong>de</strong> Carvão - Activida<strong>de</strong>s Tempos Livres,<br />

Lda. *<br />

Entida<strong>de</strong> Lucrativa<br />

Centro <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tempos Livres 44 40 4<br />

Creche 22 16 6<br />

Esgueira<br />

Creche<br />

Centro Social e Paroquial <strong>de</strong> Santo André <strong>de</strong> Centro Social e Paroquial <strong>de</strong> Santo André <strong>de</strong><br />

Centro Social Paroquial<br />

66 42<br />

8<br />

Esgueira<br />

Esgueira<br />

Creche (1.ª fase PARES)<br />

Fundação CESDA (Centro Social do Distrito <strong>de</strong><br />

Creche "Pequeno Passo" - Fundação CESDA<br />

Fundação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social Creche 33 28 5<br />

<strong>Aveiro</strong>) *<br />

Centro <strong>de</strong> Acolhimento Infantil Cáritas Diocesana <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> * Organizações Particulares sem Fins Lucrativos - IPSS Creche 35 35 0<br />

"Quinta dos Pequenotes" Creche e Jardim <strong>de</strong> "Quinta dos Pequenotes" Creche e Jardim <strong>de</strong><br />

Entida<strong>de</strong> Lucrativa Creche 39 23 16<br />

Infância, Lda.<br />

Infância, Lda.*<br />

Creche da Santa Casa <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> Santa Casa da Misericórdia <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> * Irmanda<strong>de</strong> da Misericórdia / SCM Creche 39 39 0<br />

Assinaturas<br />

Assinatura Infantil - Activida<strong>de</strong>s Lúdicas e<br />

Educativas, Lda.<br />

Entida<strong>de</strong> Lucrativa Centro <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tempos Livres 38 30 8<br />

Gu-Gu Dá-Dá Marta Cristina Men<strong>de</strong>s Mourão Monteiro * Entida<strong>de</strong> Lucrativa Creche 33 22 11<br />

Colégio Português Colégio Português* Entida<strong>de</strong> Lucrativa Creche 11 8 2<br />

Centro <strong>de</strong> Infância Arte e Qualida<strong>de</strong><br />

Centro <strong>de</strong> Infância Arte e Qualida<strong>de</strong> *<br />

Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social<br />

Creche 84 84 0<br />

Centro <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tempos Livres 100 84 16<br />

Centro Infantil <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> ISS - INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL * Instituto da Segurança Social Creche 50 37 8<br />

Creche Florinhas do Vouga Florinhas do Vouga * Organizações Particulares sem Fins Lucrativos - IPSS Creche 53 53 0<br />

Patronato Nossa Senhora <strong>de</strong> Fátima Patronato Nossa Senhora <strong>de</strong> Fátima * Fundação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social Creche 78 89 0<br />

ATL da Florinhas do Vouga Florinhas do Vouga Organizações Particulares sem Fins Lucrativos - IPSS Centro <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tempos Livres 60 59 0<br />

Nariz<br />

Centro Social e Paroquial São Pedro <strong>de</strong> Nariz<br />

Centro Social e Paroquial São Pedro <strong>de</strong> Nariz *<br />

Centro Social Paroquial<br />

Creche 30 30 0<br />

Centro <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tempos Livres 20 20 0<br />

Nossa Senhora<br />

<strong>de</strong> Fátima<br />

Centro Social Paroquial Nossa Senhora <strong>de</strong><br />

Fátima<br />

Centro Social Paroquial Nossa Senhora <strong>de</strong> Fátima<br />

*<br />

Centro Social Paroquial<br />

Creche 30 30 0<br />

Centro <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tempos Livres 25 22 3<br />

Oliveirinha Casa do Povo <strong>de</strong> Oliveirinha - Centro Infantil Casa do Povo <strong>de</strong> Oliveirinha - Centro Infantil *<br />

Centro Social Santa Joana Princesa Centro Social Santa Joana Princesa *<br />

Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social<br />

Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social<br />

Creche 40 40 0<br />

Centro <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tempos Livres 40 40 0<br />

Creche 45 45 0<br />

Centro <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tempos Livres 20 18 2<br />

ASAS Creche (2.ª fase PARES) 66 0 0<br />

Santa Joana<br />

ATL "Caião" Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> e Acção Social <strong>de</strong><br />

Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social<br />

Centro <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tempos Livres 20 19 1<br />

Santa Joana<br />

Grinelândia Centro <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tempos Livres 20 18 2<br />

Colégio D. José I Colégio D. José I * Entida<strong>de</strong> Lucrativa Centro <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tempos Livres 23 23 0<br />

São Bernardo<br />

Centro Paroquial <strong>de</strong> São Bernardo -<br />

Equipamento <strong>de</strong> Apoio à Infância<br />

Centro Paroquial <strong>de</strong> São Bernardo *<br />

Centro Social Paroquial<br />

Creche 75 75 0<br />

Centro <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tempos Livres 165 165 0<br />

São Jacinto Centro Paroquial <strong>de</strong> São Jacinto Centro Paroquial <strong>de</strong> São Jacinto *<br />

Centro Social Paroquial<br />

Creche 25 25 0<br />

Centro <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tempos Livres 20 15 5<br />

Creche Vera e Cruz Creche (1.ª fase PARES) 66 66 0<br />

Creche Padre Fernan<strong>de</strong>s Creche 66 66 0<br />

Centro Social Paroquial da Vera Cruz *<br />

Centro Social Paroquial<br />

ATL (1.º e 2.º ciclos)<br />

Centro <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tempos Livres<br />

138 135 3<br />

Vera Cruz<br />

Quadro Mágico Quadro Mágico Entida<strong>de</strong> Lucrativa Centro <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tempos Livres 20 35 0<br />

Trá-Lá-Lá - Educação para a Criança, Lda. Trá-Lá-Lá - Educação para a Criança, Lda. * Entida<strong>de</strong> Lucrativa Creche 32 20 8<br />

Creche Eng.º António Pascoal<br />

C.S.C.D.A. - Centro Social e Desportivo do<br />

Pessoal da Segurança Social e Saú<strong>de</strong> do Distrito<br />

<strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social Creche 33 30 3<br />

Total Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

2492 2169 224<br />

* Outras Activida<strong>de</strong>s (Pré-escolar)<br />

Fonte: Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> / NE em 22.10.2010, validada junto das instituições<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>


Estabelecimentos públicos <strong>de</strong> ensino do Pré-escolar<br />

Agrupamento <strong>de</strong><br />

Escolas<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2009/2010<br />

Designação do estabelecimento<br />

Alunos segundo a ida<strong>de</strong> e a existência <strong>de</strong> NEE<br />

3 anos 4 anos 5 anos 6 anos NEE TOTAL<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Aradas 7 11 5 0 23<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Bonsucesso 10 11 15 0 36<br />

Aradas<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Qt. do Picado 5 9 9 1 24<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Ver<strong>de</strong>milho 10 11 11 2 34<br />

Sub-Total 32 42 40 3 2 119<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Quintã do Loureiro 12 14 20 1 47<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Póvoa do Paço 4 10 5 1 20<br />

Cacia<br />

Eixo<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Sarrazola 9 8 8 0 25<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Taboeira 6 5 7 0 18<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Paço 3 5 7 0 15<br />

Sub-Total 34 42 47 2 1 126<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Azurva 8 8 5 0 21<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Eixo 10 12 7 0 29<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Eirol 4 3 3 0 10<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Requeixo 5 6 7 0 18<br />

Esgueira<br />

Oliveirinha<br />

Sub-Total 27 29 22 0 1 79<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Alumieira 5 8 11 1 25<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Cabo Luís 4 5 3 0 12<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Esgueira 11 11 18 0 40<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância Quinta do Simão 8 7 4 0 19<br />

Sub-Total 28 31 36 1 2 98<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Costa do Valado 4 6 5 0 15<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Nariz 1 5 5 0 11<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Oliveirinha 9 11 4 1 25<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Póvoa Valado 6 10 5 0 21<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância Quintãs 8 4 7 0 19<br />

Sub-Total 28 36 26 1 1 92<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância S. Bernardo 8 9 8 0 25<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Preza 3 11 5 1 20<br />

São Bernardo<br />

<strong>Aveiro</strong><br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Solposto 7 18 17 1 43<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Griné 3 5 5 0 13<br />

Sub-Total 21 43 35 2 1 102<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> S. Jacinto 6 2 4 0 12<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Glória 8 17 19 0 44<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> S. Tiago 11 20 14 0 45<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Barrocas 10 29 36 0 75<br />

Sub-Total 35 68 73 0 0 176<br />

Total Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

205 291 279 9 8 792<br />

Fonte: Ministério da Educação - Roteiro das Escolas, http://w w w .min-edu.pt (informação extraída em 04.04.2010). Validada e completada pela Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> / NE em 23.07.2010.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>


Estabelecimentos privados <strong>de</strong> ensino do Pré-escolar<br />

Freguesia<br />

Aradas<br />

Cacia<br />

Eixo<br />

Esgueira<br />

Glória<br />

Designação do estabelecimento<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2010 - Outubro<br />

Capacida<strong>de</strong><br />

Utentes a<br />

frequentar<br />

Arco Íris - Associação Solidarieda<strong>de</strong> Social Casa Mãe Aradas 22 22 0<br />

Centro Comunitário da Paróquia <strong>de</strong> São Pedro <strong>de</strong> Aradas 88 92 0<br />

Escola O Pequeno Cidadão* 48 24 0<br />

Mini Vip's* 20 12 0<br />

Escolinha Capitão Lebre* 50 5 0<br />

Vagas<br />

Sub-Total 228 155 0<br />

Paço dos Pequenitos* 20 10 0<br />

Centro Social e Paroquial <strong>de</strong> Cacia 44 46 0<br />

Sub-Total 64 56 0<br />

Centro Infantil - Associação <strong>de</strong> Assistência <strong>de</strong> Eixo 44 39 5<br />

Centro Social <strong>de</strong> Azurva 44 44 0<br />

Sub-Total 88 83 5<br />

Centro <strong>de</strong> Acolhimento Infantil - Cáritas Diocesana <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 40 35 5<br />

Colégio Português* 75 47 0<br />

Lápis <strong>de</strong> Carvão* 25 16 0<br />

Quinta dos Pequenotes* 20 17 0<br />

Santa Casa da Misericórdia <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> 55 54 1<br />

Centro Social <strong>de</strong> Esgueira 132 123 9<br />

Findação CESDA 22 22 0<br />

Gú-Gú Dá-Dá* 20 16 0<br />

Sub-Total 389 330 15<br />

Centro <strong>de</strong> Infância Arte e Qualida<strong>de</strong> 88 88 0<br />

Externato Infantil O Primeiro Passo* 25 15 0<br />

Florinhas do Vouga 80 80 0<br />

Patronato Nossa Senhora <strong>de</strong> Fátima 110 115 0<br />

Centro Infantil <strong>Aveiro</strong> do ISS** 70 44 2<br />

Sub-Total 373 342 2<br />

Nariz<br />

Nossa Senhora <strong>de</strong><br />

Fátima<br />

Oliveirinha<br />

Santa Joana<br />

São Bernardo<br />

São Jacinto<br />

Vera Cruz<br />

Centro Social e Paroquial <strong>de</strong> São Pedro <strong>de</strong> Nariz 20 20 0<br />

Sub-Total 20 20 0<br />

Centro Social e Paroquial <strong>de</strong> Nossa Senhora <strong>de</strong> Fátima 37 34 3<br />

Sub-Total 37 34 3<br />

Centro Infantil - Casa do Povo <strong>de</strong> Oliveirinha 66 66 0<br />

Sub-Total 66 66 0<br />

Colégio D. José I* 69 31 0<br />

Centro Social Santa Joana Princesa 66 60 6<br />

Sub-Total 135 91 6<br />

Centro Paroquial <strong>de</strong> São Bernardo 108 109 0<br />

Sub-Total 108 109 0<br />

Centro Social e Paroquial São Jacinto 20 25 0<br />

Sub-Total 20 25 0<br />

Trá-Lá-Lá* 21 19 0<br />

Centro Social Paroquial Vera Cruz 148 148 0<br />

O Tagarela* 62 22 0<br />

Sub-Total 231 189 0<br />

Total Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

1759 1500 31<br />

Fonte: Ministério da Educação - Roteiro das Escolas, http://w w w .min-edu.pt (informação extraída em 04.04.2010). Validada e<br />

completada pela Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> / NE em 22.10.2010<br />

* Privado c/ fins lucrativos<br />

** Público<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>


Estabelecimentos públicos <strong>de</strong> Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico<br />

Agrupamento <strong>de</strong><br />

Escolas<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2009/2010<br />

Designação do estabelecimento Designação da entida<strong>de</strong> Natureza jurídica<br />

Alunos segundo o ano <strong>de</strong> ensino e a existência <strong>de</strong> NEE<br />

1.º ano 2.º ano 3.º ano 4.º ano NEE TOTAL<br />

Aradas<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo António Lopes dos Santos Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Aradas Entida<strong>de</strong> pública 14 6 0 0 0 20<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Aradas Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Aradas Entida<strong>de</strong> pública 4 0 30 19 5 58<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Leirinhas <strong>de</strong> Aradas Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Aradas Entida<strong>de</strong> pública 17 20 0 17 1 55<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Ver<strong>de</strong>milho Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Aradas Entida<strong>de</strong> pública 23 22 20 21 3 89<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo n.º 1 <strong>de</strong> Bonsucesso Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Aradas Entida<strong>de</strong> pública 25 20 20 20 3 88<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo n.º 1 <strong>de</strong> Qt. do Picado Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Aradas Entida<strong>de</strong> pública 13 14 15 17 7 66<br />

Cacia<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Quintã do Loureiro Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Cacia Entida<strong>de</strong> pública 20 23 25 19 1 88<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Cacia Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Cacia Entida<strong>de</strong> pública 7 14 13 14 2 50<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Póvoa do Paço Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Cacia Entida<strong>de</strong> pública 20 19 10 13 2 64<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Sarrazola Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Cacia Entida<strong>de</strong> pública 13 13 11 12 2 51<br />

Eirol Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Eirol Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Eixo Entida<strong>de</strong> pública 3 3 4 3 0 13<br />

Eixo<br />

Esgueira<br />

Glória<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Azurva Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Eixo Entida<strong>de</strong> pública 15 31 22 36 2 106<br />

Escola Básica Integrada <strong>de</strong> Eixo Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Eixo Entida<strong>de</strong> pública 33 36 34 46 9 158<br />

Colégio Português<br />

Colégio Português (ENSIGEST)-<br />

Empreendimentos Educativos Lda<br />

Entida<strong>de</strong> privada com fins<br />

lucrativos<br />

18 16 26 24 0 84<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Taboeira Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Cacia Entida<strong>de</strong> pública 7 10 13 8 2 40<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Alumieira Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Esgueira Entida<strong>de</strong> pública 16 18 23 19 5 81<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Esgueira Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Esgueira Entida<strong>de</strong> pública 107 65 93 87 13 365<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Quinta do Simão Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Esgueira Entida<strong>de</strong> pública 7 15 3 10 0 35<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Areias <strong>de</strong> Vilar Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> São Bernardo Entida<strong>de</strong> pública 14 16 14 14 0 58<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Glória Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> Entida<strong>de</strong> pública 68 76 100 73 7 324<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Santiago Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> Entida<strong>de</strong> pública 24 23 21 48 9 125<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Vilar Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> São Bernardo Entida<strong>de</strong> pública 17 24 19 25 0 85<br />

Nariz Escola Básica do 1.º Ciclo n.º 1 <strong>de</strong> Nariz Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Oliveirinha Entida<strong>de</strong> pública 10 14 10 10 3 47<br />

Nossa Senhora <strong>de</strong><br />

Fátima<br />

Oliveirinha<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Mamo<strong>de</strong>iro Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Oliveirinha Entida<strong>de</strong> pública 8 11 18 13 4 54<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Póvoa do Valado Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Oliveirinha Entida<strong>de</strong> pública 14 13 11 8 1 47<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Costa do Valado Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Oliveirinha Entida<strong>de</strong> pública 8 9 7 19 3 46<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Oliveirinha Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Oliveirinha Entida<strong>de</strong> pública 28 32 30 24 3 117<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Quintãs Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Oliveirinha Entida<strong>de</strong> pública 5 8 8 11 6 38<br />

Requeixo Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Requeixo Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Eixo Entida<strong>de</strong> pública 4 13 13 6 4 40<br />

Santa Joana<br />

Colégio D. José I<br />

Colégio D. José I<br />

Entida<strong>de</strong> privada com fins<br />

lucrativos<br />

23 22 16 18 0 79<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Areais Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> São Bernardo Entida<strong>de</strong> pública 13 21 23 18 0 75<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Presa Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> São Bernardo Entida<strong>de</strong> pública 6 12 5 12 0 35<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Solposto Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> São Bernardo Entida<strong>de</strong> pública 38 33 36 36 0 143<br />

São Bernardo Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> São Bernardo Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> São Bernardo Entida<strong>de</strong> pública 61 53 48 64 0 226<br />

São Jacinto Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> S. Jacinto Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> Entida<strong>de</strong> pública 11 11 8 8 0 38<br />

Vera Cruz<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Barrocas Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> Entida<strong>de</strong> pública 64 43 51 70 15 243<br />

Escola Básica do 1.º Ciclo <strong>de</strong> Vera-Cruz Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> Entida<strong>de</strong> pública 72 93 72 65 7 309<br />

Estabelecimento <strong>de</strong> Ensino <strong>de</strong> Santa Joana<br />

Estabelecimento <strong>de</strong> Ensino <strong>de</strong> Santa Joana<br />

Entida<strong>de</strong> privada com fins<br />

lucrativos<br />

22 16 24 25 0 87<br />

Total Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

872 888 896 952 119 3727<br />

Fonte: Ministério da Educação - Roteiro das Escolas, http://w w w .min-edu.pt (informação extraída em 04.04.2010). Validada e completada pela Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> / NE em 09.04.2010.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>


Estabelecimentos públicos <strong>de</strong> Ensino dos 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico<br />

Agrupamento <strong>de</strong><br />

Escolas<br />

2.º CEB<br />

Alunos segundo o ano <strong>de</strong> ensino e a existência<br />

<strong>de</strong> NEE<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2009/2010<br />

5.º ano 6.º ano 7.º ano 8.º ano<br />

Total<br />

3.º CEB<br />

Alunos segundo o ano <strong>de</strong> ensino e a existência <strong>de</strong> NEE<br />

9.º ano<br />

TOTAL NEE TOTAL NEE TOTAL NEE TOTAL NEE TOTAL NEE<br />

Total<br />

CEF<br />

Aradas 85 0 84 0 169 80 0 74 0 73 0 227 0<br />

Cacia 72 0 74 0 146 78 0 87 0 71 0 236 0<br />

Eixo 60 3 66 8 137 55 9 66 4 54 0 188 26<br />

Esgueira 205 8 204 9 426 92 7 47 4 55 2 207 21<br />

Oliveirinha 69 4 88 7 168 82 4 58 4 40 4 192 54<br />

São Bernardo 125 0 120 0 245 112 0 112 0 86 0 310 0<br />

<strong>Aveiro</strong> 216 0 214 0 430 105 0 59 27 57 0 248 0<br />

Total Concelho <strong>de</strong><br />

<strong>Aveiro</strong><br />

832 15 850 24 1721 604 20 503 39 436 6 1608 101<br />

Fonte: Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> / NE (informação recolhida em 23.07.2010).<br />

Estabelecimentos privados <strong>de</strong> Ensino dos 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

Estabelecimento<br />

2.º CEB<br />

Alunos segundo o ano <strong>de</strong><br />

ensino e a existência <strong>de</strong> NEE<br />

2009/2010<br />

3.º CEB<br />

Alunos segundo o ano <strong>de</strong> ensino e a<br />

existência <strong>de</strong> NEE<br />

5.º ano 6.º ano 7.º ano 8.º ano 9.º ano<br />

Total<br />

TOTAL TOTAL TOTAL TOTAL TOTAL<br />

Total<br />

CEF<br />

Estabelecimento<br />

Ensino Santa Joana<br />

28 28 56 28 27 21 76 0<br />

Colégio Português 21 21 42 22 12 3 37 0<br />

Colégio Dom José I 83 89 172 75 54 58 187 29<br />

Total Concelho <strong>de</strong><br />

<strong>Aveiro</strong><br />

132 138 270 125 93 82 300 29<br />

Fonte: Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> / NE (informação recolhida em 16.09.2010).<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>


Estabelecimentos públicos <strong>de</strong> Ensino do Ensino Secundário<br />

Freguesia<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2009/2010<br />

Designação do estabelecimento<br />

Natureza jurídica<br />

Alunos do ensino secundário<br />

Alunos do ensino profissional<br />

10.º ano 11.º ano 12.º ano 10.º ano 11.º ano 12.º ano<br />

Esgueira<br />

Glória<br />

Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino<br />

Básico Dr. Jaime Magalhães Lima<br />

Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino<br />

Básico <strong>de</strong> José Estevão<br />

Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino<br />

Básico Dr. Mário Sacramento<br />

Entida<strong>de</strong> pública 194 149 165 35 55 27<br />

Entida<strong>de</strong> pública 268 215 139<br />

Entida<strong>de</strong> pública 263 249 273 263 249 273<br />

Escola Secundária <strong>de</strong> Homem Cristo Entida<strong>de</strong> pública 200 155 191 56 58 12<br />

122<br />

Total Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

925 768 768 354 362 312<br />

Fonte: Ministério da Educação - Roteiro das Escolas, http://w w w .min-edu.pt (informação extraída em 04.04.2010).<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>


Respostas sociais para a família e comunida<strong>de</strong><br />

Freguesia<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

Designação do equipamento Designação da instituição Natureza jurídica Respostas sociais Capacida<strong>de</strong> Utentes<br />

Eixo Associação <strong>de</strong> Melhoramentos <strong>de</strong> Eixo Associação <strong>de</strong> Melhoramentos <strong>de</strong> Eixo Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social Atendimento/Acompanhamento Social 327 143<br />

Esgueira<br />

Glória<br />

Santa Joana<br />

Banco Alimentar Contra a Fome - <strong>Aveiro</strong> Banco Alimentar Contra a Fome - <strong>Aveiro</strong>* Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social Ajuda Alimentar a Carenciados 187 187<br />

Centro Alcoólicos Recuperados do Distrito<br />

<strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

Equipa <strong>de</strong> Rua das Florinhas do Vouga<br />

Cozinha Social Florinhas do Vouga<br />

Atendimento/Acompanhamento Social -<br />

ASAS Santa Joana<br />

Centro <strong>de</strong> Férias e Lazer 40 40<br />

Centro <strong>de</strong> Alojamento Temporário 16 14<br />

Centro Alcoólicos Recuperados do Distrito <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social Atendimento/Acompanhamento Social 720 742<br />

Florinhas do Vouga<br />

Florinhas do Vouga<br />

"ASAS De Santa Joana" - Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> e<br />

Acção Social<br />

Organizações Particulares sem Fins<br />

Lucrativos - IPSS<br />

Organizações Particulares sem Fins<br />

Lucrativos - IPSS<br />

Equipa <strong>de</strong> Intervenção Directa 112 83<br />

Refeitório/Cantina Social 200 200<br />

Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social Atendimento/Acompanhamento Social 350 271<br />

São Bernardo Gabinete <strong>de</strong> Intervenção Comunitária Fundação Padre Félix Fundação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social Atendimento/Acompanhamento Social 250 171<br />

Vera Cruz<br />

Centro <strong>de</strong> Férias e Centro <strong>de</strong> Alojamento<br />

Temporário - Fundação CESDA<br />

Centro Comunitário Vera-Cruz Centro Comunitário Vera-Cruz Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social Centro Comunitário 371 122<br />

Centro <strong>de</strong> Atendimento/Acompanhamento<br />

Social<br />

Fundação CESDA (Centro Social do Distrito <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>)<br />

Cáritas Diocesana <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

2010<br />

Fundação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social<br />

Organizações Particulares sem Fins<br />

Lucrativos - IPSS<br />

Centro Comunitário 463 492<br />

Centro <strong>de</strong> Atendimento 80 80<br />

Centro <strong>de</strong> Alojamento Temporário 10 10<br />

Total Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

3126 2555<br />

* Outras activida<strong>de</strong>s.<br />

Fonte: Carta Social, w w w .cartasocial.pt (informação extraída em 04.04.2010).<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>


Respostas sociais para crianças e jovens com <strong>de</strong>ficiência<br />

Freguesia<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2010<br />

Designação do equipamento Designação da instituição Natureza jurídica Respostas sociais Capacida<strong>de</strong> Utentes<br />

Vera Cruz<br />

Associação Nacional <strong>de</strong> Intervenção<br />

Precoce<br />

Associação Nacional <strong>de</strong> Intervenção<br />

Precoce<br />

Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social Intervenção Precoce 180 180<br />

Total Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

180 180<br />

Fonte: Carta Social, w w w .cartasocial.pt (informação extraída em 04.04.2010).<br />

Respostas sociais para pessoas adultas com <strong>de</strong>ficiência<br />

Freguesia<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2010<br />

Designação do equipamento Designação da instituição Natureza jurídica Respostas sociais Capacida<strong>de</strong> Utentes<br />

Aradas<br />

CAO <strong>de</strong> Aradas<br />

CERCIAV** - Cooperativa para a Educação e Reabilitação<br />

<strong>de</strong> Cidadãos Inadaptados <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>*<br />

Cooperativa <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social Centro <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s Ocupacionais 30 30<br />

Eixo<br />

APPACDM <strong>Aveiro</strong> - Associação Portuguesa<br />

<strong>de</strong> Pais e Amigos do Cidadão Deficiente<br />

Mental<br />

APPACDM <strong>Aveiro</strong> - Associação Portuguesa <strong>de</strong> Pais e<br />

Amigos do Cidadão Deficiente Mental<br />

Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social<br />

Centro <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s Ocupacionais 18 18<br />

Centro <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s Ocupacionais 30 30<br />

Centro <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s Ocupacionais 12 12<br />

Glória<br />

Lar da APPACDM - Glória<br />

APPACDM <strong>Aveiro</strong> - Associação Portuguesa <strong>de</strong> Pais e<br />

Amigos do Cidadão Deficiente Mental<br />

Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social Lar Resi<strong>de</strong>ncial 12 12<br />

Oliveirinha<br />

Lar da APPACDM - Oliveirinha<br />

APPACDM <strong>Aveiro</strong> - Associação Portuguesa <strong>de</strong> Pais e<br />

Amigos do Cidadão Deficiente Mental<br />

Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social Lar Resi<strong>de</strong>ncial 16 16<br />

São Bernardo<br />

Lar da APPACDM - São Bernardo<br />

APPACDM <strong>Aveiro</strong> - Associação Portuguesa <strong>de</strong> Pais e<br />

Amigos do Cidadão Deficiente Mental<br />

Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social Lar Resi<strong>de</strong>ncial 12 10<br />

Total Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

130 128<br />

* Outras activida<strong>de</strong>s<br />

** A CERCIAV possui, ainda, um outro CAO, localizado no concelho <strong>de</strong> Ílhavo e o qual é frequentado, em 50%, por utentes resi<strong>de</strong>ntes no concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>. Em simultâneo, a instituição possui um SDAF - Serviço Domiciliário <strong>de</strong> Apoio à Família<br />

localizado também em Ílhavo, mas on<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 50% dos utentes são resi<strong>de</strong>ntes em <strong>Aveiro</strong>.<br />

Fonte: Re<strong>de</strong> Social/NE em 22.10.2010.<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>


Respostas sociais para crianças e jovens em situação <strong>de</strong> perigo<br />

Freguesia<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2010<br />

Designação do equipamento Designação da instituição Natureza jurídica Respostas sociais Capacida<strong>de</strong> Utentes<br />

Aradas Casa Alberto Souto Casa Alberto Souto Organizações Particulares sem Fins Lucrativos - IPSS Lar <strong>de</strong> Infância e Juventu<strong>de</strong> 16 16<br />

Esgueira Centro <strong>de</strong> Acolhimento Infantil Cáritas Diocesana <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> Organizações Particulares sem Fins Lucrativos - IPSS Centro <strong>de</strong> Acolhimento Temporário 18 13<br />

São Bernardo<br />

Núcleo Familiar <strong>de</strong> São Bernardo da Obra <strong>de</strong> Nossa Sr.ª das<br />

Can<strong>de</strong>ias<br />

Obra Nossa Senhora das Can<strong>de</strong>ias Fundação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social Lar <strong>de</strong> Infância e Juventu<strong>de</strong> 12 8<br />

Vera Cruz Edif. Pe. Fernan<strong>de</strong>s - Centro Social Paroquial da Vera Cruz Centro Social Paroquial da Vera Cruz Centro Social Paroquial<br />

Fonte: Carta Social, w w w .cartasocial.pt (informação extraída em 04.04.2010).<br />

Centro <strong>de</strong> Apoio Familiar Aconselhamento<br />

Familiar<br />

Total Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

135 135<br />

181 172<br />

Respostas sociais para pessoas adultas em situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência<br />

Freguesia<br />

Período <strong>de</strong> referência dos dados<br />

2010<br />

Designação do equipamento Designação da instituição Natureza jurídica Respostas sociais Capacida<strong>de</strong> Utentes<br />

São Bernardo<br />

Centro Paroquial <strong>de</strong> São Bernardo -<br />

Equipamento <strong>de</strong> Apoio à Pessoa Idosa<br />

Centro Paroquial <strong>de</strong> São Bernardo Centro Social Paroquial Apoio Domiciliário Integrado 5 5<br />

Vera Cruz Centro Comunitário Vera-Cruz Centro Comunitário Vera-Cruz Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social Apoio Domiciliário Integrado 8 8<br />

Total Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

13 13<br />

Fonte: Carta Social, w w w .cartasocial.pt (informação extraída em 04.04.2010).<br />

Diagnóstico Social do Concelho <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>

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