12.07.2015 Views

Syngas - Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas

Syngas - Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas

Syngas - Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Po<strong>de</strong>r-se-ia argumentar que, como aconteceu com o álcool, a produtivida<strong>de</strong> viesse a crescer significativamente com otempo. E isso é muito provavelmente verda<strong>de</strong> para outros cultivares, tais como o <strong>de</strong>ndê e a mamona, mas certamentenão para a soja. Contrariamente ao que muitos acreditam, o glorioso aumento <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> na produção <strong>de</strong> álcoolnão <strong>de</strong>correu principalmente da tecnologia empregue no segmento industrial, mas antes da melhoria genética e logística.E estes últimos fatores já estão incluídos na produção <strong>de</strong> óleo <strong>de</strong> soja, mas ainda não nos casos do <strong>de</strong>ndê e da mamona.A produção <strong>de</strong> biodiesel <strong>de</strong> soja só se sustenta por causa <strong>de</strong> subsídio. E, além do mais, ocupando terras <strong>de</strong>z vezes maisextensas do que ocupariam outros cultivares energéticos para o mesmo volume <strong>de</strong> produção, logo será umconstrangimento econômico e social insuportável.O pior, entretanto, é quando o besteirol é macaqueado. A retórica é sempre a mesma. Se é bom para os americanos, ébom para nós, brasileiros. Eles têm uma matriz energética diversificada. Então a nossa, que baseia sua produção <strong>de</strong>eletricida<strong>de</strong> quase que exclusivamente em potenciais hídricos, só po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>feituosa. Esse é um argumento pereneque serviu para justificar tanto o <strong>de</strong>sventurado acordo nuclear com a Alemanha como o <strong>de</strong>sastroso programa <strong>de</strong>termonucleares a gás da dupla Cardoso-Parente. Esse argumento também serviu para ajudar a sufocar o Proálcool.Pois bem, nessa mesma esteira simiesca eclo<strong>de</strong> agora o besteirol supremo, a badalada "economia do hidrogênio". NoBrasil e no mundo, o hidrogênio já vem sendo consi<strong>de</strong>rado há muitas décadas um energético secundário para certasaplicações restritas. Na Unicamp, para dar um exemplo, esse combustível vem sendo estudado há mais <strong>de</strong> 30 anos.Como não é poluente, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> o usar em meios urbanos <strong>de</strong>nsamente povoados parece atraente. Todavia osinúmeros esquemas <strong>de</strong>senvolvidos para produzir hidrogênio diretamente da energia solar têm sido <strong>de</strong>cepcionantes, comrendimentos ínfimos. Produzi-lo, por outro lado, a partir <strong>de</strong> outros energéticos não faz tanto sentido no que concerne aocombate ao aquecimento global. Pois ou usamos como combustível primário um dos fósseis, e somos obrigados arecorrer a um dos insólitos e dispendiosos esquemas <strong>de</strong> seqüestro <strong>de</strong> carbono, ou usamos eletricida<strong>de</strong> <strong>de</strong> origemhídrica, e com isso esgotamos nosso potencial.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!