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modelagem da sensibilidade de amostras gmi ... - puc-rio metrologia

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clusive a assimetria induzi<strong>da</strong> pelo nível CC <strong>da</strong> corrente <strong>de</strong>excitação, capaz <strong>de</strong> guiar os procedimentos experimentais <strong>de</strong>caracterização <strong>da</strong>s <strong>amostras</strong> GMI. Assim, este artigo propõe,apresenta e discute a utilização <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo computacionalbaseado em Re<strong>de</strong>s Neurais feedforward Multilayer Perceptronna <strong>mo<strong>de</strong>lagem</strong> <strong>da</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> módulo e fase<strong>da</strong> impedância do efeito GMI em função do campo magnético,para ligas ferromagnéticas amorfas <strong>de</strong> composiçãoCo 70 Fe 5 Si 15 B 10 . O mo<strong>de</strong>lo proposto permite a obtenção <strong>da</strong>sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> a partir <strong>de</strong> alguns dos principais parâmetros quea afetam: comprimento <strong>da</strong>s <strong>amostras</strong>, nível CC e frequência<strong>da</strong> corrente <strong>de</strong> excitação e campo magnético externo.PALAVRAS-CHAVE: Re<strong>de</strong>s Neurais, MagnetoimpedânciaGigante, Mo<strong>de</strong>lagem, Sensor Magnético.1 INTRODUÇÃOO efeito <strong>da</strong> Magnetoimpedância Gigante começou a ser estu<strong>da</strong>dointensamente na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1990, e caracteriza-sepela variação <strong>da</strong> impedância <strong>de</strong> uma amostra <strong>de</strong> materialamorfo <strong>de</strong> acordo com o campo magnético que o atravessa.Excitando-se a amostra com uma corrente elétrica alterna<strong>da</strong>e, por exemplo, medindo-se a envoltória <strong>da</strong> tensão elétricaalterna<strong>da</strong> resultante por meio <strong>de</strong> um <strong>de</strong>tector AM, obtémseentão um transdutor <strong>de</strong> campo magnético em tensão elétrica(magnetômetro). A gran<strong>de</strong> vantagem dos magnetômetrosGMI em comparação às <strong>de</strong>mais alternativas é o seu baixocusto para produção em escala, aliado à boa sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> eà gran<strong>de</strong> faixa <strong>de</strong> frequências <strong>de</strong> operação (Cavalcanti, 2005;Gonçalves, 2006; Mahdi et alii, 2003; Men<strong>de</strong>s, 2000; Phan ePeng, 2008).A importância <strong>da</strong> Magnetoimpedância Gigante (GMI – GiantMagnetoimpe<strong>da</strong>nce) no cená<strong>rio</strong> científico mundial tem aumentadoe diversos laborató<strong>rio</strong>s estão empreen<strong>de</strong>ndo pesquisaspromissoras em várias áreas <strong>de</strong> aplicação. Um exemplorecente foi a concessão do Prêmio Nobel em Física em 2007para os pesquisadores Albert Fert e Peter Grünberg que <strong>de</strong>scobrirama Magnetoresistência Gigante (GMR) (Fert, 2007;Grünberg, 2007).O efeito GMI po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado, sob certos aspectos, umanálogo em altas frequências do efeito GMR (Mahdi et alii,2003). No entanto, enquanto o GMR tem seu princípio <strong>de</strong>funcionamento atrelado à física quântica, o GMI po<strong>de</strong> ser explicadoutilizando-se conceitos do eletromagnetismo clássico(Cavalcanti, 2005; Gonçalves, 2006; Mahdi et alii, 2003;Men<strong>de</strong>s, 2000; Phan e Peng, 2008).Apesar <strong>de</strong> a Magnetoimpedância consistir em um fenômenorelativamente recente, magnetômetros GMI já foram <strong>de</strong>senvolvidospara diversas aplicações – <strong>de</strong>ntre as quais se <strong>de</strong>stacam:<strong>de</strong>tectores <strong>de</strong> presença (Valensuela et alii, 1996),controle <strong>de</strong> processos industriais (Hauser et alii, 2000), pesquisaespacial e aplicações aeroespaciais (Lenz, 1990; Lenze E<strong>de</strong>lstein, 2006; Mahdi et alii, 2003; Ripka, 2001), sistemas<strong>de</strong> navegação (Honkura, 2002), memórias <strong>de</strong> alta <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>e HD’s (Delooze et alii, 2004), controle <strong>de</strong> tráfego(Uchiyawa et alii, 2000), <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> fissuras em materiais(Kim et alii, 2002), e aplicações biológicas e biomédicas(Cavalcanti, 2005; Chiriac et alii, 2005; Kurlyandskaya etalii, 2003; Louza<strong>da</strong> et alii, 2007; Phan e Peng, 2008; Pompéiaet alii, 2006; Pompéia et alii, 2008; Silva et alii, 2008;Silva et alii, 2009a; Silva et alii, 2010; Silva et alii, 2011).Há cerca <strong>de</strong> 5 anos vêm sendo <strong>de</strong>senvolvidos no Laborató<strong>rio</strong><strong>de</strong> Bio<strong>metrologia</strong> (LaBioMet) <strong>da</strong> PUC-Rio, em colaboraçãocom o Departamento <strong>de</strong> Física <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<strong>de</strong> Pernambuco (DF-UFPE), transdutores baseados nofenômeno <strong>da</strong> magnetoimpedância gigante (GMI), <strong>de</strong>stinadosa aplicações biomédicas (Cavalcanti, 2005; Louza<strong>da</strong> et alii,2007; Pompéia et alii, 2006; Pompéia et alii, 2008; Silva etalii, 2008; Silva et alii, 2009a; Silva et alii, 2010; Silva etalii, 2011). Esses equipamentos vão ao encontro dos preceitosbiometrológicos, que requerem eleva<strong>da</strong> exatidão, nãoinvasivi<strong>da</strong><strong>de</strong>,inocui<strong>da</strong><strong>de</strong>, baixo custo <strong>de</strong> fabricação e operação,além <strong>de</strong> baixa complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> operação (Monteiro eLessa, 2005; Monteiro, 2007).A sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos transdutores magnéticos está diretamenteassocia<strong>da</strong> à sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> seus elementos sensores.Dessa forma, a otimização <strong>da</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos elementossensores é fun<strong>da</strong>mental. No caso <strong>de</strong> <strong>amostras</strong> GMI, a sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>é afeta<strong>da</strong> por diversos parâmetros, e essa <strong>de</strong>pendênciaain<strong>da</strong> não é bem mo<strong>de</strong>la<strong>da</strong> quantitativamente <strong>de</strong> formasuficientemente abrangente, sendo que a busca do condicionamentoótimo é, usualmente, empírica.Assim, neste trabalho, estabeleceu-se uma colaboração entreo LaBioMet e o Laborató<strong>rio</strong> <strong>de</strong> Inteligência ComputacionalAplica<strong>da</strong> (ICA), também <strong>da</strong> PUC-Rio, objetivando o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo computacional capaz <strong>de</strong> auxiliaros procedimentos experimentais adotados no intuito <strong>de</strong> <strong>de</strong>finirqual a combinação ótima dos parâmetros <strong>de</strong> condicionamentoresponsável por maximizar a sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s <strong>amostras</strong>GMI. O mo<strong>de</strong>lo baseia-se em duas Re<strong>de</strong>s Neurais, umapara mo<strong>de</strong>lar a sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do módulo <strong>da</strong> impedância doefeito GMI e outra para mo<strong>de</strong>lar a sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> fase <strong>da</strong>impedância. Ambas as re<strong>de</strong>s implementa<strong>da</strong>s possuem quatrovariáveis <strong>de</strong> entra<strong>da</strong>: comprimento <strong>da</strong>s <strong>amostras</strong>, nível CC(indutor <strong>de</strong> assimetria - AGMI), frequência <strong>da</strong> corrente <strong>de</strong>excitação e campo magnético externo.1.1 O fenômeno GMIFitas e fios <strong>de</strong> ligas ferromagnéticas moles têm atraído consi<strong>de</strong>rávelatenção <strong>de</strong>vido a suas proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s físicas e apli-Revista Controle & Automação/Vol.23 no.5/Setembro e Outubro 2012 637


No entanto, usualmente, como forma <strong>de</strong> simplificação,assume-se que a relação entre a <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> fluxo magnético(B) e o campo magnético (H) é linear e <strong>da</strong><strong>da</strong> por B =µH, on<strong>de</strong> µ é a permeabili<strong>da</strong><strong>de</strong> magnética, ao invés do casogeral em que B = µ(H+M). Assim, po<strong>de</strong>-se resolver diretamentea equação (3) <strong>de</strong>sprezando-se a equação (4) , a qual éresponsável pela <strong>de</strong>finição <strong>da</strong> magnetização M. Destaca-seque esta simplificação é satisfatória para frequências intermediárias<strong>da</strong> corrente <strong>de</strong> excitação <strong>da</strong>s <strong>amostras</strong> GMI, sendoque para altas frequências (a partir <strong>de</strong> <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> MHz) <strong>de</strong>veseconsi<strong>de</strong>rar a equação (4) , pois as características dinâmicaspassam a influenciar significativamente o efeito GMI (Kraus,1999; Menard et alii, 1998; Panina e Mohri, 1994; Phan ePeng, 2008).Como foi dito ante<strong>rio</strong>rmente, o efeito GMI está relacionadoà <strong>de</strong>pendência <strong>da</strong> profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> penetração <strong>de</strong> corrente(δ) com a permeabili<strong>da</strong><strong>de</strong> magnética transversal (µ t ), a qualé função do campo magnético externo (H), ou seja, µ t =µ t (H). Assim, a impedância (Z) <strong>de</strong> uma amostra GMI emforma <strong>de</strong> fita, tendo em vista as equações (2) e (3) e, por simplificação,<strong>de</strong>sprezando-se a equação <strong>de</strong> Lan<strong>da</strong>u-Lifshitz (4), <strong>de</strong> acordo com a literatura (Panina, L. V. et alii, 1995; Phane Peng, 2008), é <strong>da</strong><strong>da</strong> por:On<strong>de</strong>:Z = R ccjkt2coth{k =(1+j)δδ =√2ωµ tσ( ) jkt2on<strong>de</strong> R cc é a resistência elétrica CC, j é a componente imaginária,t a espessura <strong>da</strong> fita, σ a condutivi<strong>da</strong><strong>de</strong> do material eω é a frequência angular <strong>da</strong> corrente.1.1.2 GMI Assimétrica (AGMI)(5)(6)As curvas <strong>de</strong> GMI, indicando a variação <strong>da</strong> impedância como campo magnético externo H, são geralmente simétricas emrelação a este campo. Contudo, <strong>de</strong>ve-se <strong>de</strong>stacar que certascondições favorecem o aparecimento <strong>de</strong> uma assimetria nascurvas GMI, <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> Magnetoimpedância Gigante Assimétrica(AGMI). Apesar <strong>de</strong> nem to<strong>da</strong>s as causas <strong>da</strong> AGMIserem conheci<strong>da</strong>s, três fatores se <strong>de</strong>stacam na literatura: (a)corrente CC, (b) campos magnéticos CA e (c) “Exchangebias”, a qual utiliza-se <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> recozimento (annealing)sob condições especiais <strong>de</strong> modo a induzir <strong>de</strong> formaintrínseca um comportamento assimétrico às <strong>amostras</strong> GMI(Gonçalves et alii, 2006; Kim et alii, 1999; Machado et alii,1999; Makhnovskiy et alii, 2000, Phan e Peng, 2008). Deveseressaltar que atualmente esses efeitos são explicados qualitativamente,sendo que muitos grupos <strong>de</strong> pesquisa têm trabalhadona tentativa <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver mo<strong>de</strong>los que permitam<strong>de</strong>screvê-los quantitativamente.Por meio <strong>da</strong> AGMI, consegue-se aumentar tanto a sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> módulo (d|Z|/dH) quanto a <strong>de</strong> fase (dθ/dH). Essaassimetria é caracteriza<strong>da</strong> pelo incremento <strong>de</strong> um dos picos(ou vales) <strong>da</strong> curva GMI em <strong>de</strong>trimento do outro (Gonçalveset alii, 2006; Kim et alii, 1999; Machado et alii, 1999; Phane Peng, 2008; Silva et alii, 2008; Silva et alii, 2009a; Silva etalii, 2010; Silva et alii, 2011).No presente trabalho, buscou-se induzir AGMI apenas porcorrente CC, ou seja, superpondo a corrente CA (necessáriapara o efeito GMI) a níveis arbitrá<strong>rio</strong>s <strong>de</strong> corrente CC(necessária para o efeito AGMI). Desse modo, consegue-sealterar significativamente a forma <strong>da</strong>s curvas GMI em funçãodo campo magnético e, escolhendo-se a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente onível CC <strong>da</strong> corrente <strong>de</strong> excitação, elevar a sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s<strong>amostras</strong> GMI (Silva et alii, 2008; Silva et alii, 2009a; Silvaet alii, 2010; Silva et alii, 2011).2 METODOLOGIA PROPOSTAA otimização <strong>da</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos elementos sensores GMI éfun<strong>da</strong>mental para a maximização <strong>da</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos transdutoresmagnéticos GMI. Por sua vez, a sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> doselementos sensores é afeta<strong>da</strong> por uma série <strong>de</strong> parâmetros<strong>de</strong> condicionamento, sendo que a combinação ótima <strong>de</strong>ssesparâmetros é, usualmente, pesquisa<strong>da</strong> empiricamente. Assim,<strong>de</strong> forma a auxiliar (“guiar”) a busca <strong>da</strong> maximização<strong>da</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, neste trabalho, foram <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s re<strong>de</strong>sneurais capazes <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lar a sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>amostras</strong> GMIem função <strong>de</strong> alguns dos parâmetros que a afetam.2.1 Coleta dos <strong>da</strong>dos experimentaisTendo em vista o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um transdutor magnéticoGMI <strong>de</strong> eleva<strong>da</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>tectar camposultra fracos, e sabendo-se que este transdutor utiliza as fitasGMI como seus elementos sensores, <strong>de</strong>seja-se otimizar(maximizar) a sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> (d|Z|/dH e/ou dθ/dH) <strong>de</strong>stes.Por sua vez, a sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> é tipicamente afeta<strong>da</strong> por umasérie <strong>de</strong> parâmetros, como amplitu<strong>de</strong>, frequência e nível CC<strong>da</strong> corrente <strong>de</strong> excitação; dimensões (comprimento, largura,espessura) <strong>da</strong>s <strong>amostras</strong> GMI; campo magnético <strong>de</strong> polarização(gerado por uma fonte externa a fim <strong>de</strong> garantir que osensor opere em sua faixa mais sensível); entre outros. Assim,as <strong>amostras</strong> GMI foram experimentalmente caracteriza<strong>da</strong>s<strong>de</strong> forma a se verificar qual é o conjunto <strong>de</strong> parâmetrosque gera as sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s ótimas <strong>de</strong> módulo e fase.Revista Controle & Automação/Vol.23 no.5/Setembro e Outubro 2012 639


No procedimento <strong>de</strong> caracterização, to<strong>da</strong>s as medições foramrealiza<strong>da</strong>s com <strong>amostras</strong> GMI (Co 70 Fe 5 Si 15 B 10 ) em forma<strong>de</strong> fita, com espessura média <strong>de</strong> 60 µm e largura <strong>de</strong> 1,5 mm.Realizaram-se análises para correntes CC variando entre 0mA e 100 mA e para frequências <strong>de</strong> 75 kHz a 30 MHz.Foi também estu<strong>da</strong><strong>da</strong> a influência do comprimento <strong>da</strong> fita,analisando-se <strong>amostras</strong> com 1 cm, 3 cm, 5 cm e 15 cm.Percebeu-se que variações na amplitu<strong>de</strong> <strong>da</strong> corrente CA <strong>de</strong>excitação pouco afetam o comportamento <strong>da</strong> fase. Assim,manteve-se esse parâmetro fixo em 15 mA (Silva et alii,2008; Silva et alii, 2009a; Silva et alii, 2010; Silva et alii,2011).A técnica <strong>de</strong> sol<strong>da</strong>gem emprega<strong>da</strong> objetivando a conexão <strong>da</strong>sextremi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>s fitas GMI aos terminais elétricos - estiletes<strong>de</strong> metal amarelo (p. ex. latão) - foi a sol<strong>da</strong> <strong>de</strong> ponto. Por suavez, os fios condutores são sol<strong>da</strong>dos aos terminais elétricospor sol<strong>da</strong> <strong>de</strong> Estanho-Chumbo.A corrente i C utiliza<strong>da</strong> para condicionar as <strong>amostras</strong> GMIé expressa <strong>de</strong> acordo com a equação (7) . A corrente i C é<strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> corrente <strong>de</strong> condicionamento ou <strong>de</strong> excitação.i C = I CC + I ca .sen(2π.f.t) (7)on<strong>de</strong> I CC é o nível CC <strong>da</strong> corrente i C , e I ca é a amplitu<strong>de</strong> ef é a frequência <strong>da</strong> componente alterna<strong>da</strong> (CA) <strong>de</strong> i C .Durante os procedimentos <strong>de</strong> caracterização, as fitas GMIsão coloca<strong>da</strong>s no centro <strong>de</strong> uma Bobina <strong>de</strong> Helmholtz, comoindicado na Figura 2, <strong>de</strong> forma que o campo gerado pela Bobinaseja longitudinal ao comprimento <strong>da</strong>s fitas. Ain<strong>da</strong>, oconjunto fita-bobina é posicionado <strong>de</strong> forma a garantir que adireção do campo magnético <strong>da</strong> Terra seja perpendicular aocomprimento <strong>da</strong>s fitas e esteja “entrando” no plano do papel(Figura 2). Assim, minimiza-se a influência <strong>de</strong>ste nas medições(as fitas GMI utiliza<strong>da</strong>s são do tipo LMI, ou seja, asensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> a campos perpendiculares às mesmas é muitobaixa) (Silva et alii, 2009a; Silva et alii, 2011).A fim <strong>de</strong> minimizar a interferência eletromagnética ambiental,os ensaios <strong>de</strong> caracterização <strong>da</strong>s <strong>amostras</strong> GMI po<strong>de</strong>mser realizados no inte<strong>rio</strong>r <strong>de</strong> câmaras magneticamente blin<strong>da</strong><strong>da</strong>s.Como a caracterização é feita utilizando campos CC,a câmara utiliza<strong>da</strong> <strong>de</strong>ve ser capaz <strong>de</strong> atenuar significativamentecampos com baixas frequências, o que não se verificapara as blin<strong>da</strong>gens convencionais (p.ex. alumínio ou gaiolas<strong>de</strong> Fara<strong>da</strong>y), as quais atenuam satisfatoriamente apenasfrequências acima <strong>de</strong> centenas <strong>de</strong> hertz. Dessa forma, faz-senecessá<strong>rio</strong> o uso <strong>de</strong> câmaras blin<strong>da</strong><strong>da</strong>s feitas com materiaisque possuam altíssimas permeabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s magnéticas em baixasfrequências (p.ex. mumetal), as quais possuem custoselevados (Andrä e Nowak, 2007; Clarke e Braginski, 2006).Figura 2: Diagrama <strong>de</strong> Blocos do sistema utilizado na caracterização<strong>da</strong>s fitas GMI.Destaca-se que os resultados aqui obtidos são provenientes<strong>de</strong> medições realiza<strong>da</strong>s em ambiente <strong>de</strong>sprovido <strong>de</strong> blin<strong>da</strong>gem,pois a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za <strong>da</strong> interferência eletromagnéticaambiental é significativamente infe<strong>rio</strong>r aos valores doscampos magnéticos gerados para efetuar a caracterização <strong>da</strong>s<strong>amostras</strong> GMI. Contudo, a realização <strong>de</strong> medições no inte<strong>rio</strong>r<strong>de</strong> câmara blin<strong>da</strong><strong>da</strong> é pretendi<strong>da</strong>, a fim <strong>de</strong> melhorar a relaçãosinal/ruído, após a montagem do transdutor magnético utilizandoelementos sensores GMI com sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s ótimas.As medições <strong>de</strong> módulo e fase foram realiza<strong>da</strong>s com auxílio<strong>de</strong> um Medidor RLC (Agilent – 4285A), o qual tambémfoi o responsável pelo condicionamento (CC e CA) <strong>da</strong>s fitas.Por sua vez, as variações do campo magnético geradopela bobina <strong>de</strong> Helmholtz foram controla<strong>da</strong>s por uma fonte<strong>de</strong> corrente CC, <strong>de</strong> acordo com a equação (8) .H = 8NI5 √ 5Ron<strong>de</strong> H é a magnitu<strong>de</strong> do campo magnético no centro <strong>da</strong>sbobinas, Ié a corrente CC que percorre as espiras, N é onúmero total <strong>de</strong> espiras em ca<strong>da</strong> bobina e R é o raio <strong>da</strong>s bobinas.A Bobina <strong>de</strong> Helmholtz disponível no LaBioMet (PUC-Rio)possui 48 espiras em ca<strong>da</strong> bobina e um raio <strong>de</strong> 15 cm. Logo,o campo magnético em oersteds, H[Oe] , no centro <strong>da</strong> bobina<strong>de</strong> Helmholtz em função <strong>da</strong> corrente em ampères, I[A] , queatravessa a bobina é <strong>da</strong>do por:(8)H[Oe] = 2,87.I[A] (9)640 Revista Controle & Automação/Vol.23 no.5/Setembro e Outubro 2012


A Figura 3 apresenta a Bobina <strong>de</strong> Helmholtz utiliza<strong>da</strong> no processo<strong>de</strong> caracterização <strong>da</strong>s <strong>amostras</strong>, com uma fita GMI emseu centro.Figura 5: Fase <strong>da</strong> impedância em função do campo magnético,para uma fita GMI <strong>de</strong> 3 cm submeti<strong>da</strong> a uma corrente i C= [80 + 15 sen(2π.100kHz.t)] mA.Figura 3: Bobina <strong>de</strong> Helmholtz com a fita GMI posiciona<strong>da</strong>em seu centro.2.2 Caracterização <strong>da</strong> amostra GMIAs Figuras 4 e 5 retratam, respectivamente, os valores experimentaisobtidos do módulo e <strong>da</strong> fase <strong>de</strong> <strong>amostras</strong> GMIem função do campo magnético externo aplicado longitudinalmenteao comprimento <strong>da</strong>s <strong>amostras</strong>. Ambas as figurasreferem-se a um caso particular, <strong>de</strong>ntre as diversas combinações<strong>de</strong> parâmetros experimentalmente analisa<strong>da</strong>s, no qualuma amostra com 3 cm <strong>de</strong> comprimento foi condiciona<strong>da</strong> poruma corrente i C = [80 + 15 sen(2π.100kHz.t)] mA.Variando-se os parâmetros <strong>de</strong> condicionamento <strong>da</strong>s <strong>amostras</strong>GMI, os comportamentos <strong>da</strong>s curvas <strong>de</strong> módulo (Figura 4) efase (Figura 5) em função do campo magnético são alterados.Dessa forma, objetivando-se a maximização <strong>da</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>da</strong>s <strong>amostras</strong> GMI, foram analisa<strong>da</strong>s experimentalmente diversascombinações dos parâmetros: comprimento <strong>da</strong>s <strong>amostras</strong>,nível CC, frequência <strong>da</strong> corrente <strong>de</strong> excitação e campomagnético externo, <strong>de</strong> modo a se observar suas respectivasinfluências sobre o comportamento <strong>da</strong>s <strong>amostras</strong> GMI (Silvaet alii, 2008; Silva et alii, 2009a; Silva et alii, 2010; Silva etalii, 2011).Neste trabalho é apresentado o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um sistemacomputacional, baseado em re<strong>de</strong>s neurais, capaz <strong>de</strong> inferira sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>amostras</strong> GMI em função dos parâmetrosque a influenciam. O intuito <strong>de</strong>ste sistema é auxiliaros procedimentos experimentais em busca <strong>da</strong> maximização<strong>da</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>amostras</strong> GMI.2.2.1 Sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s <strong>amostras</strong> GMIDeseja-se que o sistema baseado em Re<strong>de</strong>s Neurais mo<strong>de</strong>lea sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> módulo (S mod ) e fase (S fas ) <strong>da</strong>s <strong>amostras</strong>GMI em forma <strong>de</strong> fita. Essas sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s são <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>scomo:Figura 4: Módulo <strong>da</strong> impedância em função do campo magnético,para uma fita GMI <strong>de</strong> 3 cm submeti<strong>da</strong> a uma correntei C = [80 + 15 sen(2π.100kHz.t)] mA.S mod = dZ(H)dHS fas = dθ(H)dH(10)(11)Revista Controle & Automação/Vol.23 no.5/Setembro e Outubro 2012 641


Por exemplo, <strong>de</strong> forma aproxima<strong>da</strong>, a sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> móduloS mod máxima obti<strong>da</strong> a partir <strong>da</strong> curva <strong>de</strong> caracterizaçãoapresenta<strong>da</strong> na Figura 4 é <strong>da</strong><strong>da</strong> por:|S mod max| =∣ ∆Z(H)∣∆H∣max=∣1, 144 − 1, 121−1 − (−0, 9)∣ = 0, 23Ω.Oe−1(12)consequentemente, as respectivas sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> módulo(S mod ) e fase (S fas ) – as quais serão as saí<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s re<strong>de</strong>sneurais <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s. A Figura 7 explicita os polinômios<strong>de</strong> ajuste referentes aos pontos experimentalmente obtidos –Z(H) e θ(H) – para uma fita GMI <strong>de</strong> 15 cm submeti<strong>da</strong> a umacorrente i C = [100 + 15 sen(2π.10MHz.t)] mA. Nesta mesmaFigura apresentam-se as respectivas sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s S mod eS fas calcula<strong>da</strong>s a partir dos polinômios obtidos.De forma equivalente, a sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> fase S fas máximaobti<strong>da</strong> a partir <strong>da</strong> curva <strong>de</strong> caracterização apresenta<strong>da</strong> na Figura5 é <strong>da</strong><strong>da</strong> por:|S fasmax | =∣ ∆θ(H)∣∆H∣max=27, 45 − 26, 52∣ −1, 2 − (−1, 1) ∣ = 9, 3o .Oe −1(13)No entanto, não se têm as expressões analíticas do módulo<strong>da</strong> impedância em função do campo magnético, Z(H), e <strong>da</strong>fase <strong>da</strong> impedância em função do campo magnético, θ(H).Assim, traçou-se um polinômio <strong>de</strong> ajuste para ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>sdiversas curvas experimentalmente obti<strong>da</strong>s <strong>de</strong> Z(H) e θ(H),em função <strong>da</strong> variação do nível CC e frequência <strong>da</strong> corrente<strong>de</strong> condicionamento e do comprimento <strong>da</strong>s <strong>amostras</strong> – comop. ex. as apresenta<strong>da</strong>s nas Figuras 4 e 5.Por sua vez, os polinômios <strong>de</strong> ajuste foram <strong>de</strong>finidos porum programa MATLAB ante<strong>rio</strong>rmente <strong>de</strong>senvolvido (Silvaet alii, 2009b). O mesmo permite o ajuste polinomial automáticoa um conjunto <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos experimentais e baseia-se nametodologia apresenta<strong>da</strong> na Figura 6.Figura 7: Fita GMI <strong>de</strong> 15 cm submeti<strong>da</strong> a uma corrente i C =[100 + 15 sen(2π.10MHz.t)] mA - (a) Polinômio <strong>de</strong> ajuste Zx H, (b) Sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> módulo S mod x H, (c) Polinômio <strong>de</strong>ajuste θ x H, (d) Sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> fase S fas x H.Observando-se a Figura 7, percebe-se que os polinômios <strong>de</strong>ajuste mo<strong>de</strong>lam satisfatoriamente os conjuntos <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos experimentais,tanto no caso do módulo <strong>da</strong> impedância (Figura7 (a)), Z(H), quanto <strong>da</strong> fase <strong>da</strong> impedância (Figura 7 (c)),θ(H).No cálculo <strong>da</strong>s sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> módulo (Figura 7 (b)),S mod , e <strong>de</strong> fase (Figura 7 (d)), S fas , recomen<strong>da</strong>-se que ospontos limítrofes – infe<strong>rio</strong>r e supe<strong>rio</strong>r – do conjunto <strong>de</strong> <strong>da</strong>dosexperimentais não sejam utilizados, a fim <strong>de</strong> se evitar aocorrência <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontinui<strong>da</strong><strong>de</strong>s (Silva et alii, 2009b).Assim, percebe-se que o método <strong>de</strong> ajuste proposto permitea obtenção <strong>da</strong>s expressões analíticas polinomiais do móduloe fase dos sensores GMI em função do campo magnéticoe, consequentemente, <strong>da</strong>s respectivas sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s S mod eS fas , as quais serão as saí<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s re<strong>de</strong>s neurais <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>se apresenta<strong>da</strong>s na seção subsequente.Figura 6: Diagrama esquemático do método computacional<strong>de</strong> ajuste proposto.Dessa forma, pô<strong>de</strong>-se obter as expressões analíticas <strong>de</strong> Z(H)e θ(H) para todos os casos experimentalmente analisados e,Por sua vez, as re<strong>de</strong>s neurais generalizam o problema, permitindoa obtenção <strong>da</strong>s sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> módulo e fase (saí<strong>da</strong>s<strong>da</strong>s re<strong>de</strong>s) <strong>da</strong>s <strong>amostras</strong> GMI em função <strong>de</strong> quatro variáveis<strong>de</strong> interesse (entra<strong>da</strong>s <strong>da</strong> re<strong>de</strong>): comprimento <strong>da</strong>s <strong>amostras</strong>,nível CC e frequência <strong>da</strong> corrente <strong>de</strong> excitação, além642 Revista Controle & Automação/Vol.23 no.5/Setembro e Outubro 2012


do campo magnético externo. Dessa forma, as re<strong>de</strong>s neuraispossibilitam inferir sobre a sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> situações ain<strong>da</strong>não verifica<strong>da</strong>s experimentalmente, fornecendo indícios queauxiliarão os procedimentos experimentais em busca do condicionamentoótimo <strong>da</strong>s <strong>amostras</strong> GMI.3 DESENVOLVIMENTO DAS REDES NEU-RAIS3.1 NormalizaçãoTendo calculado os valores <strong>da</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> módulo(S mod ) e fase (S fas ) dos sensores GMI para ca<strong>da</strong> ponto doconjunto experimental, pelo método proposto na subseção2.2.1, foram implementa<strong>da</strong>s duas re<strong>de</strong>s neurais feedforwardMultilayer Perceptron, uma para análise <strong>de</strong> S mod e outra paraanálise <strong>de</strong> S fas , sendo estas as respectivas saí<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s re<strong>de</strong>s.Por sua vez, ambas as re<strong>de</strong>s neurais possuem as mesmas 4variáveis <strong>de</strong> entra<strong>da</strong>: comprimento <strong>da</strong>s <strong>amostras</strong> GMI, nívelCC e frequência <strong>da</strong> corrente e campo magnético aplicado.Os <strong>da</strong>dos experimentais obtidos permitiram 1970 diferentescombinações <strong>de</strong> padrões entra<strong>da</strong>-saí<strong>da</strong>. A Figura 8 apresentaa representação esquemática <strong>da</strong>s Re<strong>de</strong>s Neurais <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s.Tabela 1: Normalização dos parâmetros <strong>de</strong> interesse.Entra<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s Re<strong>de</strong>s NeuraisParâmetroLimites experimentais Valoresmínimo máximo NormalizadosComprimento 1 cm 15 cm [0,1]Nível CC 0 mA 100 mA [0,1]Frequência 75 kHz 30 MHz [0,1]CampoMagnético-2 Oe 2 Oe [-1,1]Parâmetro:Sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> MóduloParâmetro:Sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> FaseSaí<strong>da</strong> <strong>da</strong> Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> MóduloLimites experimentais Valoresmínimo máximo Normalizados-12,45 12,65 Ω/Oe [-1,1]Ω/OeSaí<strong>da</strong> <strong>da</strong> Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> FaseLimites experimentais Valoresmínimo máximo Normalizados-12,69 o /Oe 15,75 o /Oe [-1,1]3.2 Consi<strong>de</strong>rações sobre a TopologiaA função <strong>de</strong> ativação para os neurônios <strong>da</strong>(s) cama<strong>da</strong>(s) escondi<strong>da</strong>(s)foi a tangente hiperbólica (tansig no MATLAB).Porém, optou-se pela função linear (purelin no MATLAB)como a função <strong>de</strong> ativação do neurônio <strong>da</strong> cama<strong>da</strong> <strong>de</strong> saí<strong>da</strong><strong>de</strong> ambas as re<strong>de</strong>s, pois esta função não satura e consequentementepossibilita que a re<strong>de</strong> gere saí<strong>da</strong>s fora <strong>da</strong> região [-1,+1]. Deseja-se que a re<strong>de</strong> seja capaz <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lar combinações<strong>de</strong> parâmetros <strong>de</strong> entra<strong>da</strong> que gerem saí<strong>da</strong>s fora <strong>da</strong>região [-1,+1], visto que as sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s máximas obti<strong>da</strong>s apartir do conjunto experimental não são necessariamente asmáximas sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s possíveis.Durante o estágio <strong>de</strong> treinamento utilizou-se a técnica <strong>de</strong>“vali<strong>da</strong>ção cruza<strong>da</strong>” com para<strong>da</strong> antecipa<strong>da</strong> (early stopping)(Haykin, 1998), basea<strong>da</strong> na métrica <strong>de</strong> erro (função <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho)MSE (Mean Squared Error – Erro Médio Quadrático).O conjunto <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos experimentais foi dividido em:1. Treinamento (70% ou seja, 1379 padrões)Figura 8: Diagrama <strong>de</strong> blocos <strong>da</strong>s duas Re<strong>de</strong>s Neurais <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s- (a) Módulo e (b) Fase.Tanto as entra<strong>da</strong>s quanto as saí<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s Re<strong>de</strong>s foram trata<strong>da</strong>scomo <strong>da</strong>dos contínuos e submeti<strong>da</strong>s à normalização linearpela respectiva faixa <strong>de</strong> variação dos valores. A tabela 1 indicaa faixa <strong>de</strong> valores <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> parâmetro antes e <strong>de</strong>pois <strong>da</strong>normalização.2. Vali<strong>da</strong>ção (20% ou seja, 394 padrões)3. Teste (10% ou seja, 197 padrões)Utilizou-se o algoritmo <strong>de</strong> treinamento Levenberg-Marquardt backpropagation (Hagan e Menhaj, 1994),o qual é a função <strong>de</strong> treinamento padrão do MATLAB(trainlm) para re<strong>de</strong>s neurais feedforward.O número máximo <strong>de</strong> épocas <strong>de</strong> treinamento foi arbitradocomo 1000 e o maior número <strong>de</strong> falhas sucessivas na vali<strong>da</strong>-Revista Controle & Automação/Vol.23 no.5/Setembro e Outubro 2012 643


ção – early stopping – foi <strong>de</strong>finido (net.trainParam.max_failno MATLAB) como 50. Escolheu-se um número <strong>de</strong> épocasrazoavelmente gran<strong>de</strong>, pois <strong>de</strong>seja-se que, em geral, o treinamentoseja interrompido pelo crescimento do erro em relaçãoao conjunto <strong>de</strong> vali<strong>da</strong>ção antes do número máximo <strong>de</strong> épocasser atingido. Ain<strong>da</strong>, o número máximo <strong>de</strong> falhas sucessivasna vali<strong>da</strong>ção também é relativamente elevado, pois só <strong>de</strong>sejaseinterromper o treinamento quando o erro em relação aoconjunto <strong>de</strong> vali<strong>da</strong>ção crescer por diversas épocas segui<strong>da</strong>s(no caso tratado, 50), visto que esse erro po<strong>de</strong> crescer poralgumas épocas e <strong>de</strong>pois voltar a <strong>de</strong>crescer.Finalmente, o número <strong>de</strong> neurônios na(s) cama<strong>da</strong>(s) escondi<strong>da</strong>(s),bem como a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> cama<strong>da</strong>s escondi<strong>da</strong>s, foram<strong>de</strong>terminados através <strong>de</strong> sucessivos testes, objetivandoa minimização do erro em relação ao conjunto <strong>de</strong> vali<strong>da</strong>ção.As métricas <strong>de</strong> avaliação do erro utiliza<strong>da</strong>s foram o MAPE(Mean Absolute Percentage Error) e o RMSE (Root MeanSquared Error), as quais são expressas abaixo:MAPE = 1 NRMSE = √ 1 N∣ N∑P j − T j ∣∣∣∣(14)T jj=1N∑(P j − T j ) 2 (15)j=1on<strong>de</strong> P j é o valor previsto pela re<strong>de</strong> para o ponto j do conjunto<strong>de</strong> teste, T j é o valor experimental (alvo) do ponto jdoconjunto <strong>de</strong> teste e N é quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> pontos do conjunto <strong>de</strong>teste.4 RESULTADOS E ANÁLISESForam analisa<strong>da</strong>s re<strong>de</strong>s com 5, 10, 15 e 20 neurônios em ca<strong>da</strong>cama<strong>da</strong> escondi<strong>da</strong>, sendo que foram testa<strong>da</strong>s configuraçõescom uma e com duas cama<strong>da</strong>s escondi<strong>da</strong>s. Ca<strong>da</strong> topologiaanalisa<strong>da</strong> foi simula<strong>da</strong> 10 vezes, sendo que em ca<strong>da</strong> repetiçãoos pesos eram reinicializados com valores aleató<strong>rio</strong>s.A Figura 9 permite observar os valores médios e ótimos doMAPE e do RMSE para ca<strong>da</strong> topologia verifica<strong>da</strong> <strong>da</strong> re<strong>de</strong>neural, cuja saí<strong>da</strong> é a sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> módulo (S mod ).Já a Figura 10 permite observar os valores médios e ótimosdo MAPE e do RMSE para ca<strong>da</strong> topologia verifica<strong>da</strong> <strong>da</strong> re<strong>de</strong>neural cuja saí<strong>da</strong> é a sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> fase (S fas ).Observando-se as Figuras 9 e 10, percebe-se que o MAPEassume valores elevados, tanto para a re<strong>de</strong> que mo<strong>de</strong>la S modquanto para a que mo<strong>de</strong>la S fas . No entanto, <strong>de</strong>ve-se ressaltarque ambos os conjuntos <strong>de</strong> teste apresentam um gran<strong>de</strong> número<strong>de</strong> pontos (sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s) com valores extremamenteFigura 9: Análise do <strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong> re<strong>de</strong>, que mo<strong>de</strong>la asensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> módulo do efeito GMI, em relação aos pontosdo conjunto <strong>de</strong> teste - (a) RMSE ótimo, (b) MAPE ótimo,(c) RMSE Médio e (d) MAPE Médio.pequenos, o que ten<strong>de</strong> a aumentar o MAPE. Por exemplo,no caso do módulo, o valor mínimo <strong>da</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> S mod écerca <strong>de</strong> 9,8.10 −6 Ω.Oe −1 , e no caso <strong>da</strong> fase o valor mínimo<strong>da</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> S fas é aproxima<strong>da</strong>mente 2,9.10 −4 o .Oe −1 .Nota-se também que, em geral, os valores do MAPE obtidospara a re<strong>de</strong> que mo<strong>de</strong>la S fas são supe<strong>rio</strong>res aos <strong>da</strong> re<strong>de</strong>que mo<strong>de</strong>la S mod . Este fato está relacionado ao conjunto<strong>de</strong> <strong>da</strong>dos (treinamento+vali<strong>da</strong>ção+teste) referente a S mod , oqual possui 1970 elementos, ter apenas 422 valores, em módulo,supe<strong>rio</strong>res a 1 Ω.Oe −1 . Por outro lado, no conjunto<strong>de</strong> <strong>da</strong>dos (treinamento+vali<strong>da</strong>ção+teste) referente a S fas , oqual também possui 1970 elementos, existem 1248 valores,em módulo, supe<strong>rio</strong>res a 1 o .Oe −1 . Ou seja, a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>valores pequenos (menores que 1) presente no conjunto <strong>de</strong><strong>da</strong>dos referente a S mod é maior do que a presente em S fas e,conseqüentemente, o MAPE relacionado a S fas ten<strong>de</strong> a sermenor do que o relacionado a S mod .A fim <strong>de</strong> se utilizar uma métrica <strong>de</strong> erro menos influencia<strong>da</strong>pela presença <strong>de</strong> valores pequenos no conjunto <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos,utilizou-se o RMSE – também apresentado nas Figuras 9 e10.Tendo em vista um compromisso entre os resultados doMAPE e do RMSE, concluiu-se que ambas as re<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>mser satisfatoriamente implementa<strong>da</strong>s com duas cama<strong>da</strong>s escondi<strong>da</strong>stendo 10 neurônios em ca<strong>da</strong>. A Figura 11 representaa topologia adota<strong>da</strong>.A configuração ótima para a topologia seleciona<strong>da</strong> <strong>da</strong> re<strong>de</strong>que mo<strong>de</strong>la S mod apresentou um RMSE <strong>de</strong> 0,5164 Ω.Oe −1e um MAPE <strong>de</strong> 247%. A Figura 12 apresenta a comparaçãoentre a saí<strong>da</strong> <strong>da</strong> re<strong>de</strong> neural, que mo<strong>de</strong>la a sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>644 Revista Controle & Automação/Vol.23 no.5/Setembro e Outubro 2012


Figura 10: Análise do <strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong> re<strong>de</strong>, que mo<strong>de</strong>la asensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> fase do efeito GMI, em relação aos pontosdo conjunto <strong>de</strong> teste - (a) RMSE ótimo, (b) MAPE ótimo, (c)RMSE Médio e (d) MAPE Médio.Figura 12: Comparativo entre a saí<strong>da</strong> <strong>da</strong> re<strong>de</strong> (S mod ) e os <strong>da</strong>dosexperimentais (alvos) pertencentes ao conjunto <strong>de</strong> teste.Figura 11: Diagrama <strong>de</strong> Blocos <strong>da</strong>s Re<strong>de</strong>s Neurais seleciona<strong>da</strong>spara mo<strong>de</strong>lar S mod e S fas .módulo, e os valores alvo, ou seja, os valores <strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>advindos do conjunto <strong>de</strong> teste.A configuração ótima para a topologia seleciona<strong>da</strong> <strong>da</strong> re<strong>de</strong>que mo<strong>de</strong>la S fas apresentou um RMSE <strong>de</strong> 0,7840 o .Oe −1 eum MAPE <strong>de</strong> 160%. A Figura 13 apresenta a comparaçãoentre a saí<strong>da</strong> <strong>da</strong> re<strong>de</strong> neural, que mo<strong>de</strong>la a sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>fase, e os valores alvo, ou seja, os valores <strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>advindos do conjunto <strong>de</strong> teste.Po<strong>de</strong>-se notar, <strong>da</strong>s Figuras 12 e 13, que as re<strong>de</strong>s neurais <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>sconseguem aproximar satisfatoriamente o comportamento<strong>da</strong>s sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s S mod e S fas <strong>da</strong>s <strong>amostras</strong>GMI.5 CONCLUSÕESO efeito GMI ain<strong>da</strong> não possui um mo<strong>de</strong>lo suficientementegeral na literatura. Por sua vez, a otimização <strong>da</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> elementos sensores GMI é fun<strong>da</strong>mental para o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> transdutores magnéticos <strong>de</strong> eleva<strong>da</strong> resolução esensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Assim, neste trabalho, foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> umanova <strong>mo<strong>de</strong>lagem</strong>, basea<strong>da</strong> em re<strong>de</strong> neurais, <strong>da</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> módulo (S mod ) e fase (S fas ) <strong>de</strong> <strong>amostras</strong> GMI, em função<strong>de</strong> alguns dos parâmetros que a afetam – comprimentoFigura 13: Comparativo entre a saí<strong>da</strong> <strong>da</strong> re<strong>de</strong> (S fas ) e os <strong>da</strong>dosexperimentais (alvos) pertencentes ao conjunto <strong>de</strong> teste.<strong>da</strong>s <strong>amostras</strong>, nível CC e frequência <strong>da</strong> corrente <strong>de</strong> excitaçãoe campo magnético externo. Dessa forma, consegue-se estimara sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s <strong>amostras</strong> GMI, inclusive para condicionamentosnão testados experimentalmente.Ambas as re<strong>de</strong>s neurais feedforward Multilayer Perceptron<strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s, uma para <strong>mo<strong>de</strong>lagem</strong> <strong>de</strong> S mod e outra paraS fas , foram implementas com duas cama<strong>da</strong>s escondi<strong>da</strong>s (10neurônios em ca<strong>da</strong>) e um neurônio na cama<strong>da</strong> <strong>de</strong> saí<strong>da</strong>. Asre<strong>de</strong>s conseguiram mo<strong>de</strong>lar a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente as sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>de</strong> módulo e fase, com erros respectivamente infe<strong>rio</strong>res a0,52 Ω.Oe −1 e 0,78 o .Oe −1 . Porém, observou-se que as mesmasapresentam dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s em tratar valores muito pequenos<strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, indicando que po<strong>de</strong>m ser otimiza<strong>da</strong>s.Dessa forma, em trabalhos futuros, será analisa<strong>da</strong> a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> inclusão <strong>de</strong> novas variáveis <strong>de</strong> entra<strong>da</strong> – outrosparâmetros que afetam as sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s e que auxiliem oaprendizado. Ain<strong>da</strong>, as variáveis <strong>de</strong> entra<strong>da</strong> foram linearmentenormaliza<strong>da</strong>s supondo-se que as mesmas estão uniformementedistribuí<strong>da</strong>s. No entanto, <strong>de</strong>ve-se observar a distri-Revista Controle & Automação/Vol.23 no.5/Setembro e Outubro 2012 645


uição real <strong>da</strong>s mesmas a fim <strong>de</strong> se empregar uma técnica <strong>de</strong>normalização que mo<strong>de</strong>le <strong>de</strong> forma mais fi<strong>de</strong>digna os <strong>da</strong>dos.AGRADECIMENTOSGostaríamos <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cer ao CNPq pelo apoio e recursosfornecidos. Ain<strong>da</strong>, gostaríamos <strong>de</strong> fazer um agra<strong>de</strong>cimentoespecial ao professor Fernando Luís <strong>de</strong> Araújo Machado, doDepartamento <strong>de</strong> Física <strong>da</strong> UFPE pela colaboração e contínuatroca <strong>de</strong> conhecimentos.REFERÊNCIASAndrä, W. and H. Nowak (2007). Magnetism in Medicine:A Handbook. Weinheim: WILEY-VCH Verlag GmbH& Co. KGaA.Cavalcanti, F. M. P. (2005). Desenvolvimento e caracterização<strong>de</strong> um transdutor magnético baseado no fenômeno<strong>da</strong> magnetoimpedância gigante. Dissertação <strong>de</strong> Mestrado,Programa <strong>de</strong> Pós-graduação em Metrologia, PontifíciaUniversi<strong>da</strong><strong>de</strong> Católica do Rio <strong>de</strong> Janeiro, PUC-RIO, Rio <strong>de</strong> Janeiro - RJ.Chiriac, H., M. Tibu, A. E. Moga and D. D. Herea (2005).Magnetic GMI sensor for <strong>de</strong>tection of biomolecules. J.Magn. Magn. Mater., 293, pp. 671–673.Clarke, J. and A. I. Braginski (2006). The SQUID Handbook,Weinheim:WILEY-VCH Verlag GmbH.Delooze, P., L. V. Panina, D. J. Mapps, K. Ueno and H. Sano(2004). Effect of transverse magnetic field on thin filmmagnetoimpe<strong>da</strong>nce and application to magnetic recording.J. Magn. Magn. Mater., 272–276, pp. 2266–2268.Fert, A. (2007). The origin, <strong>de</strong>velopment and futureof spintronics. Nobel Lecture. Disponível em:http://nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/2007/fert_lecture.pdf Acesso em 22 abr. 2010.Gonçalves, L. A. P. (2006). Efeito hall planar e magnetoimpedânciagigante em liga ferromagnetica amorfaCo70Fe5Si15B10. Tese <strong>de</strong> Doutorado, Programa <strong>de</strong>Pós-graduação em Ciência <strong>de</strong> Materiais, Universi<strong>da</strong><strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, UFPE, Recife - PE.Gonçalves, L. A. P., J. M. Soares, F. L. A. Machado and W.M. De Azevedo (2006). GMI effect in the low magnetostrictiveCoFeSiB alloys. Physica B, 384, pp. 152-154.Grünberg, P. (2007). From spinwaves to giantmagneto magnetoresistence (GMR) andbeyond. Nobel Lecture, Disponível em:http://nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/2007/grunberg_lecture.pdf Acesso em 22 abr. 2010.Hagan, M. T. and Menhaj, M. B. (1994). Training FeedforwardNetworks with the Marquardt Algorithm. IEEETransactions on Neural Networks, 5, n. 6, pp. 989-993.Hauser, H., R. Steindl, C. Hausleitner, A. Pohl and J. Nicolics(2000). Wirelessly interrogable magnetic field sensorutilizing giant magnetoimpe<strong>da</strong>nce effect and surfaceacoustic wave <strong>de</strong>vices. IEEE Instrum. Meas., 49, pp.648–652.Hauser, H., L. Kraus and P. Ripka (2001). Giant magnetoimpe<strong>da</strong>ncesensors. IEEE Instrum. Meas. Mag., 4, n.2, pp. 28–32.Haykin, S. (1998). Neural Networks – A ComprehensiveFoun<strong>da</strong>tion. Macmillan College Publishing Company,Inc.Hayt Jr., W. H. and J. A. Buck (2011). Engineering Electromagnetics.McGraw-Hill, 8 ed.Honkura, Y. (2002). Development of amorphous wire typeMI sensors for automobile use. J. Magn. Magn. Mater.,249, pp. 375–377.Kim, C. G., K. J. Jang, H. C. Kim and S. S. Yoon(1999). Asymmetric giant magnetoimpe<strong>da</strong>nce in fiel<strong>da</strong>nnealingCo-based amorphous ribbon. Journal of AppliedPhysics, 85, pp. 5447- 5449.Kim, D. J., D. G. Park and J. H. Hong (2002). Non<strong>de</strong>structiveevaluation of reactor pressure vessel steels using thegiant magnetoimpe<strong>da</strong>nce sensor. J. Appl. Phys., 91, n.10, pp. 7421–7423.Knobel, V. and K. R. Pirota (2002). Giant magnetoimpe<strong>da</strong>nceconcepts and recent progress. J. Magn. Magn.Mater., 242, pp. 33–40.Kraus, L. (1999). Theory of giant magneto-impe<strong>da</strong>nce inthe planar conductor with uniaxial magnetic anisotropy.J. Magn. Magn. Mater., 195, pp. 764–778.Kraus, L. (2003). GMI mo<strong>de</strong>ling and material optimization.Sens. Actuators A, 106, pp. 187–194.Kurlyandskaya, G. V., M. L. Sanchez, B. Hernando, V. M.Pri<strong>da</strong>, P. Gorria and M. Tejedor (2003). Giant magnetoimpe<strong>da</strong>ncebased sensitive element as a mo<strong>de</strong>l for biosensors.Appl. Phys. Lett., 82, pp. 3053–3055.Lan<strong>da</strong>u, L. D. and E. M. Lifshitz (1975). Electrodynamicsof continuous media. Oxford: Pergamon Press.Lenz, J. E. (1990). A review of magnetic sensors. Proc.IEEE, 78, n. 6, pp. 973–989.646 Revista Controle & Automação/Vol.23 no.5/Setembro e Outubro 2012


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