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1 Avaliação dos resíduos gerados em Pesque-Pagues da bacia ...

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1<br />

<strong>Avaliação</strong> <strong>dos</strong> <strong>resíduos</strong> gera<strong>dos</strong> <strong>em</strong> <strong>Pesque</strong>-<strong>Pagues</strong> <strong>da</strong> <strong>bacia</strong> hidrográfica<br />

do rio Mogi-Guaçu<br />

Évellyn Apª Espindola 1,2 ; Márcia Noélia Eler 1 ; Evaldo L. Gaeta Espindola 1 ; Amandio de<br />

Menezes Nogueira 1<br />

1.Núcleo de Estu<strong>dos</strong> <strong>em</strong> Ecossist<strong>em</strong>as Aquáticos (NEEA/CRHEA/SHS/EESC/USP)<br />

1,2 Doutoran<strong>da</strong> do Programa de Pós-Graduação <strong>em</strong> Ciências <strong>da</strong> Engenharia Ambiental<br />

1.ev.espíndola@gmail.com<br />

ABSTRACT<br />

Evaluation of the waste generated by catch-and-pay in the Mogi Guaçu river basin<br />

despite the expansion of catch-and-pay there is a lack of information on the functioning<br />

and possible environmental impacts, like the pollution of water resources, of the waste<br />

generated by this kind of enterprises. To counter this, the Project of Evaluating the<br />

Environmental Impact of catch-and-pay in the Mogi Guaçu river basin was undertook<br />

under the coordination of researchers of CRHEA/USP (Center for Aquatic Resources<br />

and Applied Ecology), with the support of FAPESP, which did part of the research. The<br />

above mentioned research took place between 2003 and 2005, being realized in April,<br />

May and June 2004, and focused at qualifying and quantifying the solid waste generated<br />

by fishing establishments of catch-and-pay. The waste doesn´t differ much from other<br />

such establishments; constituting of paper, cardboard, PET bottles, glass and plastic<br />

packaging, metal and mainly organic waste (food scraps, fish innards, pruning and<br />

weeding).In the analysis of the generated waste, a significant portion of contributors was<br />

observed, noting everything that was generated in equal time intervals during which the<br />

fish r<strong>em</strong>ained in the lake environment. Misinformation and lack of awareness of owners<br />

and users were some of the principle probl<strong>em</strong>s connected with catch-and-pay.<br />

Key words: Catch-and-pay; Environmental impact; Solid Waste.


RESUMO<br />

2<br />

Apesar <strong>da</strong> expansão <strong>dos</strong> <strong>Pesque</strong>-Pague, nota-se a carência de informações sobre o<br />

funcionamento e possíveis impactos ambientais, como a poluição <strong>dos</strong> recursos hídricos<br />

por <strong>resíduos</strong> gera<strong>dos</strong> por esse tipo de <strong>em</strong>preendimento. Diante dessa reali<strong>da</strong>de surge o<br />

Projeto de <strong>Avaliação</strong> de Impacto Ambiental de <strong>Pesque</strong> Pague, na Bacia do Rio Mogi<br />

Guaçu, coordenado por pesquisadores do CRHEA/USP (Centro de Recursos Hídricos e<br />

Ecologia Aplica<strong>da</strong> – Universi<strong>da</strong>de de São Paulo), com o apoio FAPESP, e <strong>da</strong> qual faz<br />

parte esta pesquisa. O referido projeto foi desenvolvido de 2003 a 2005, sendo esta<br />

pesquisa realiza<strong>da</strong> nos meses de Abril, Maio e Junho de 2004 e teve por objetivo a<br />

qualificação e quantificação de <strong>resíduos</strong> sóli<strong>dos</strong> gera<strong>dos</strong> pelos estabelecimentos de<br />

<strong>Pesque</strong>- Pague. Os <strong>resíduos</strong> não se diferenciam muito de um para outro nos três<br />

estabelecimentos pesquisa<strong>dos</strong>, sendo estes constituí<strong>dos</strong> por papel/papelão, garrafas PET,<br />

<strong>em</strong>balagens plásticas, metais, <strong>em</strong>balagens de vidro e principalmente os orgânicos (restos<br />

de comi<strong>da</strong>, vísceras de pescado, po<strong>da</strong> e capina).Na análise <strong>dos</strong> <strong>resíduos</strong> gera<strong>dos</strong>,<br />

observou-se a parcela significativa <strong>da</strong> contribuição <strong>dos</strong> usuários, tendo <strong>em</strong> vista que<br />

tudo que é gerado pelos mesmos durante a pesca é deixado no entorno <strong>dos</strong> lagos. A<br />

desinformação e a falta de conscientização de proprietários e usuários são alguns <strong>dos</strong><br />

itens principais <strong>dos</strong> vários probl<strong>em</strong>as liga<strong>dos</strong> aos pesque-pagues<br />

Palavras-chave : <strong>Pesque</strong>-Pague ; Impactos ambientais; Resíduos sóli<strong>dos</strong><br />

1. INTRODUÇÃO<br />

O crescimento populacional, a necessi<strong>da</strong>de de aumento de produção de<br />

alimento e bens de consumo, ocasionou também uma maior geração de resíduo. No<br />

Brasil, são tonela<strong>da</strong>s diárias, sendo grande parte desse lixo (76%) disponibiliza<strong>dos</strong> a céu


3<br />

aberto, <strong>em</strong> grandes terrenos denomina<strong>dos</strong> lixões, lixeiras ou vazadouros, nos quais<br />

proliferam vetores de doenças, como moscas, mosquitos, baratas, ratos e urubus.<br />

De acordo com a ONU (Organização Mundial <strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s),<br />

aproxima<strong>da</strong>mente 5,2 milhões de pessoas (<strong>da</strong>s quais 4 milhões são crianças) morr<strong>em</strong> a<br />

ca<strong>da</strong> ano, vitima<strong>da</strong>s por enfermi<strong>da</strong>des relaciona<strong>da</strong>s ao lixo. Em conseqüência, t<strong>em</strong>-se<br />

também a degra<strong>da</strong>ção ambiental, com a liberação de gases e de chorume que se forma<br />

<strong>da</strong> decomposição do lixo, poluindo os recursos hídricos. Segundo Tundisi (2003), “os<br />

recursos hídricos poluí<strong>dos</strong> por descargas de <strong>resíduos</strong> humanos e de animais<br />

transportam grande varie<strong>da</strong>de de patógenos, entre eles bactérias, vírus, protozoários<br />

ou organismos multicelulares, que pod<strong>em</strong> causar doenças gastrointestinais”.<br />

Medi<strong>da</strong>s preventivas, corretivas e de controle <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des já existentes e <strong>da</strong>s<br />

que estão por vir já estão sendo preconiza<strong>da</strong>s, como por ex<strong>em</strong>plo, a Agen<strong>da</strong> 21 que <strong>em</strong><br />

seu capítulo 18, enfoca a importância <strong>da</strong> proteção aos recursos hídricos para que se<br />

possam assegurar as ofertas adequa<strong>da</strong>s de água, que <strong>em</strong> virtude <strong>da</strong> escassez <strong>em</strong><br />

quanti<strong>da</strong>de e quali<strong>da</strong>de deixou de ser um b<strong>em</strong> livre e passou a ter valor econômico.<br />

Água de boa quali<strong>da</strong>de está ca<strong>da</strong> vez mais difícil e cara e a legislação atual prevê a<br />

cobrança desse recurso através <strong>da</strong> lei 9433/97. A utilização <strong>dos</strong> recursos naturais requer,<br />

portanto, autorização, licença de execução, concessão ou registro <strong>dos</strong> órgãos e enti<strong>da</strong>des<br />

competentes.<br />

Dentre as várias utilizações <strong>dos</strong> recursos hídricos, encontram-se os<br />

estabelecimentos de pesque-pague, que surgiram com o crescente desenvolvimento <strong>da</strong><br />

aqüicultura no Brasil, <strong>em</strong> sua maioria, funcionando de forma irregular e não ca<strong>da</strong>stra<strong>dos</strong><br />

devi<strong>da</strong>mente junto aos órgãos ambientais, como o Instituto Brasileiro do Meio<br />

Ambiente e <strong>dos</strong> Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), por ex<strong>em</strong>plo. Outro probl<strong>em</strong>a<br />

é o manejo inadequado, tornando os viveiros, fonte de doenças que além de


4<br />

comprometer a saúde e o desenvolvimento <strong>dos</strong> peixes, contamina a água que<br />

inevitavelmente será devolvi<strong>da</strong> a sua fonte natural, uma vez que “um efluente<br />

quando lançado s<strong>em</strong> qualquer tratamento no corpo receptor promove alterações físicas<br />

e químicas e, conseqüent<strong>em</strong>ente, modificações na biota aquática. Além do efluente<br />

produzido pelos processos naturais e pelo enriquecimento de nutrientes, fezes e ração<br />

não consumi<strong>da</strong>, a piscicultura também lança os <strong>resíduos</strong> de produtos químicos, os quais<br />

são utiliza<strong>dos</strong> na desinfecção, controle de pestes e pre<strong>da</strong>dores, tratamentos de doenças,<br />

hormônios para induzir as reproduções, reversões sexuais, anestésicos para transporte,<br />

dentre outros”. ELER (2004).<br />

2. METODOLOGIA<br />

2.1. Caracterização <strong>da</strong> área de pesquisa<br />

2.1. O Rio Mogi-Guaçu<br />

A Bacia Hidrográfica do Rio Mogi- Guaçu localiza-se na região<br />

Sudoeste do estado de Minas Gerais abrangendo 12 municípios e 42 no Nordeste do<br />

estado de São Paulo. O rio, principal afluente do rio Pardo, nasce <strong>em</strong> Minas gerais, no<br />

município de Bom Repouso, na Serra <strong>da</strong> Mantiqueira (Figura 1). Um outro estudo,<br />

conduzido por técnicos do IBAMA, estabelec<strong>em</strong> que o rio nasce <strong>em</strong> Minas Gerais, no<br />

Morro do Curvado, no município de Bom Repouso/MG. A intensa ativi<strong>da</strong>de agrícola<br />

que se apresenta na Bacia do Rio Mogi-Guaçu, destacando-se as culturas de cana de<br />

açúcar, laranja, eucalipto, algodão, soja, amendoim, morango, batata e tomate, tornam<br />

essa área responsável por grande parcela <strong>da</strong> produção agropecuária do estado.<br />

Recent<strong>em</strong>ente a piscicultura e os <strong>em</strong>preendimentos de pesque-pague surgiram como<br />

mais uma ativi<strong>da</strong>de que contribui para o impacto e a deteriorização <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s<br />

águas do Mogi-Guaçu.


5<br />

49º<br />

48º<br />

47º<br />

LOCALIZAÇÃO DO CBH-MOGI<br />

NO ESTADO DE SÃO PAULO<br />

CBH - MOGI<br />

21º<br />

Pitangueiras<br />

Pontal<br />

Taquaral<br />

Sertãozinho<br />

Barrinha<br />

Jaboticabal<br />

Dumont<br />

21º<br />

Guariba<br />

Pradópolis<br />

Motuca<br />

Guatapará<br />

Rincão<br />

Santa Lúcia<br />

Américo Brasiliense<br />

Luís Antônio<br />

Santa Rita do Passa Quatro<br />

Santa Cruz <strong>da</strong>s Palmeiras<br />

Porto Ferreira<br />

Descalvado<br />

22º<br />

Pirassununga<br />

Águas <strong>da</strong> Prata<br />

São João <strong>da</strong> Boa Vista<br />

Limite fisiográfico<br />

Alto Mogi<br />

Peixe<br />

Jaguari Mirim<br />

Médio Mogi Superior<br />

Médio Mogi Inferior<br />

Santa Cruz <strong>da</strong> Conceição<br />

L<strong>em</strong>e<br />

Araras<br />

Conchal<br />

Engenheiro Coelho<br />

40km<br />

Aguaí<br />

Santo Antônio do Jardim<br />

Espírito Santo do Pinhal<br />

Estiva Gerbi<br />

Moji-Guaçu<br />

Moji-Mirim Itapira<br />

Águas de Lindóia<br />

Lindóia<br />

Serra Negra<br />

Socorro<br />

0 20<br />

40 60<br />

80km<br />

22º<br />

Realizado por Adriana Cavalieri - CREUPI<br />

23º<br />

23º<br />

49º<br />

48º<br />

47º<br />

46º<br />

Figura 1. Mapa <strong>da</strong> <strong>bacia</strong> hidrográfica do rio Mogi-Guaçu. Fonte: Brigante e Espindola (2003)<br />

Além do seu surgimento como nova fonte de ren<strong>da</strong>, os pesque-pagues<br />

também cresceram e se fortaleceram como forma de lazer e turismo. Um fator que<br />

contribuiu para esse fortalecimento foi a necessi<strong>da</strong>de e a busca do hom<strong>em</strong><br />

moderno por uma melhor quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> e pelo lazer junto à família. Mas, o<br />

manejo inadequado (incluindo os <strong>dos</strong> <strong>resíduos</strong> gera<strong>dos</strong>), o desrespeito aos preceitos<br />

e as normas legais, aliado à ampliação <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des paralelas, s<strong>em</strong> a observância<br />

<strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de de suporte do local, converge para o surgimento de probl<strong>em</strong>as<br />

ambientais.<br />

2.2. Breve perfil <strong>dos</strong> <strong>em</strong>preendimentos de <strong>Pesque</strong>-Pague<br />

Com as transformações na economia nacional, e mesmo mundial, surg<strong>em</strong><br />

mu<strong>da</strong>nças nos merca<strong>dos</strong> de trabalho e novos setores vão sendo descobertos. O meio<br />

rural também foi exposto a essas mu<strong>da</strong>nças e, as ativi<strong>da</strong>des turísticas nesse meio foram<br />

se tornando valiosas como novas fontes de ren<strong>da</strong> e com isso a implantação de pesque-


6<br />

pague cresceu muito, alia<strong>da</strong> a busca do hom<strong>em</strong> moderno pela quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> e<br />

pelo lazer junto á família. De acordo com a definição de Garutti (2003), “pesquepague<br />

é a ativi<strong>da</strong>de exerci<strong>da</strong> por pessoa física ou jurídica que mantenha<br />

estabelecimento constituído de tanques ou viveiros com peixes para exploração<br />

comercial de pesca amadora” (Figuras 2 e 3).<br />

Figuras 2 e 3: Ex<strong>em</strong>plos de estabelecimentos de pesque-pague localiza<strong>dos</strong> na<br />

<strong>bacia</strong> hidrográfica do rio Mogi-Guaçu. Fotografia: Evaldo Espindola (2005)<br />

Para regularização desse tipo de <strong>em</strong>preendimento é necessário que os mesmos<br />

tenham licenças federais, estaduais ou municipais. Vários órgãos liga<strong>dos</strong> ao meio<br />

ambiente, como Departamento de Proteção aos Recursos Naturais ( DPRN) e IBAMA,<br />

conced<strong>em</strong> alvará de funcionamento. O DAEE (Departamento de Àguas e Energia do<br />

Estado) é qu<strong>em</strong> fornece a licença para construção <strong>dos</strong> tanques. Em muitos casos, o<br />

pesque-pague não t<strong>em</strong> registro próprio, ou seja, são classifica<strong>dos</strong> nos órgãos<br />

competentes (prefeituras, por ex<strong>em</strong>plo), como bares e lanchonetes. Grande parte <strong>dos</strong><br />

proprietários de pesque-pague alegam que além <strong>dos</strong> custos financeiros, providenciar as<br />

documentações exigi<strong>da</strong>s, protocolar solicitações, aguar<strong>da</strong>r deferimento torna-se um<br />

processo desgastante, altamente burocrático, inviabilizando a abertura do negócio.<br />

Normalmente, esses <strong>em</strong>preendimentos são provenientes de infra-estrutura préexistentes<br />

e <strong>da</strong> vontade <strong>dos</strong> produtores rurais ampliar<strong>em</strong> a sua ativi<strong>da</strong>de econômica,<br />

sendo locais particulares, de organizações familiares. Geralmente, estão localiza<strong>dos</strong><br />

próximos a centros urbanos, com telefonia, eletrificação e bom acesso, o que contribui


7<br />

para um maior número de freqüentadores. Os <strong>Pesque</strong>-Pague receb<strong>em</strong> de 50 a 200<br />

pessoas entre pescadores e acompanhantes, funcionando <strong>da</strong>s 8:00hs as 20:00 hs, de<br />

terça a domingo, pois as segun<strong>da</strong>s- feiras são reserva<strong>da</strong>s para limpeza e manutenção.<br />

Neles são construí<strong>dos</strong> lagos ou viveiros, povoa<strong>dos</strong> com peixe de várias espécies<br />

(Tilápias, Pacus, Bagres, Carpas, etc), disponibiliza<strong>dos</strong> para a pesca.<br />

Os pesque-pague variam quanto ao porte, estrutura, área hídrica, oferta de<br />

serviços, pois foram <strong>em</strong> sua maioria, como observado anteriormente, desenvolvi<strong>dos</strong> a<br />

partir de estruturas pré-existentes . O estoque de peixes é produzido no próprio<br />

estabelecimento ou na maioria <strong>dos</strong> casos, proveniente de fornecedores externos. Na sua<br />

versão mais simples, os usuários pagam uma entra<strong>da</strong> e os preços correspondentes ao<br />

quilo de peixe pescado. Outros vão se especializando, ampliando as estruturas, criando<br />

novas formas de lazer, como trilhas ecológicas, passeios a cavalo, camping,<br />

restaurantes/lanchonetes e serviços de beira de lago. Quase to<strong>dos</strong> os estabelecimentos<br />

têm uma lanchonete simples, onde são servi<strong>dos</strong> lanches, bebi<strong>da</strong>s e mais raramente<br />

almoço, com variações nos preços pratica<strong>dos</strong>.<br />

Colocam também novas mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des como opção ao usuário: pesque-solte e<br />

pague e pesque. Na primeira, como o próprio nome diz, o peixe é capturado e<br />

posteriormente solto. É a considera<strong>da</strong> pesca esportiva pelos usuários, porém, esse tipo<br />

de mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de não é b<strong>em</strong> vista e n<strong>em</strong> aplica<strong>da</strong> por muitos proprietários. Segundo eles, o<br />

sist<strong>em</strong>a pesque-solte não é viável financeiramente, pois, ocasiona nos peixes,<br />

traumatismo/ferimentos na retira<strong>da</strong> <strong>dos</strong> anzóis e conseqüent<strong>em</strong>ente a morte <strong>dos</strong> peixes.<br />

Não existe <strong>em</strong> muitos casos a preocupação <strong>em</strong> prejuízo ambiental, mas sim a<br />

preocupação do financeiro. Na versão pague e pesque, os usuários pagam uma entra<strong>da</strong><br />

(que varia quando hom<strong>em</strong>, mulher ou criança) e pescam a vontade. Nessa mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de


8<br />

os usuários reclamam, por alegar<strong>em</strong> pouco peixe nos lagos. Alegação não<br />

confirma<strong>da</strong>, mas também não descarta<strong>da</strong> (ESPINDOLA,2008).<br />

3. MATERIAIS E MÉTODOS<br />

O presente trabalho de pesquisa surge a partir de estu<strong>dos</strong> iniciais de ELER &<br />

ESPINDOLA (2001) <strong>em</strong> projeto financiado pela FAPESP e intitulado “<strong>Avaliação</strong> do<br />

Impacto Ambiental de <strong>Pesque</strong>-Pague na Bacia Hidrográfica do Rio Mogi-Guaçu”,<br />

que teve por objetivo a avaliação <strong>dos</strong> impactos gera<strong>dos</strong> pelo segmento <strong>dos</strong> pesquepague<br />

instala<strong>dos</strong> na referi<strong>da</strong> <strong>bacia</strong>. A pesquisa a campo do citado projeto iniciou-se<br />

<strong>em</strong> abril de 2001, estendendo-se até janeiro de 2004, tendo como uma 1ª etapa<br />

visitas aos <strong>em</strong>preendimentos, entre os oficialmente ca<strong>da</strong>stra<strong>dos</strong>, com implantação<br />

recente ou não, b<strong>em</strong> como aqueles indica<strong>dos</strong> pelos habitantes <strong>dos</strong> municípios. Esses<br />

<strong>em</strong>preendimentos estavam distribuí<strong>da</strong>s <strong>em</strong> 44 municípios localiza<strong>dos</strong> no alto Mogi-<br />

Guaçu, Médio Mogi-Guaçu e Médio Mogi-Guaçu Inferior, sendo 11 no estado de<br />

Minas Gerais e 33 no Estado de São Paulo.<br />

Foram visita<strong>dos</strong> 39 estabelecimentos distribuí<strong>dos</strong> nas regiões do Alto, Médio e<br />

Baixo Mogi, onde <strong>em</strong>pregou-se a 39 proprietários, o questionário do Projeto<br />

PNUD/BRA/97//12MMA/IBAMA/EMBRATUR (Venturieri,1999) cedido pelo<br />

CEPTA/IBAMA. O questionário com proprietários constou de itens que vão desde a<br />

identificação <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong>de, situação legal, abastecimento do pesqueiro, informações<br />

sobre o manejo utilizado, principais probl<strong>em</strong>as e dificul<strong>da</strong>des, destino do lixo, etc.<br />

Com o decorrer do projeto a avaliação do perfil do usuário se fez necessária,<br />

uma vez que durante as visitas realiza<strong>da</strong>s observou-se comportamentos inadequa<strong>dos</strong><br />

de muitos de seus usuários e acompanhantes, como, por ex<strong>em</strong>plo: utilização<br />

descontrola<strong>da</strong> de ração (o que poderia estar influenciando na quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> água <strong>dos</strong>


destes.<br />

9<br />

lagos) e geração de <strong>resíduos</strong> durante a pesca. Foram realiza<strong>da</strong>s 100 entrevistas<br />

com usuários, onde avaliou-se o perfil socioeconômico e a percepção ambiental<br />

A geração de <strong>resíduos</strong> mereceu um estudo qualitativo e quantitativo, após<br />

observação <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong>de gera<strong>da</strong> nos pesque-pague tendo <strong>em</strong> vista que durante o<br />

desenvolvimento <strong>da</strong> pesquisa, ain<strong>da</strong> na primeira fase, verificou-se que a disposição<br />

<strong>dos</strong> <strong>resíduos</strong> gera<strong>dos</strong> era um probl<strong>em</strong>a adicional nos <strong>em</strong>preendimentos, sendo<br />

comum a queima e disposição junto às áreas distantes <strong>dos</strong> viveiros ou até mesmo <strong>em</strong><br />

áreas próximas a nascentes Adiciona-se ain<strong>da</strong>, o lançamento de vísceras e carcaças<br />

do pescado diretamente nos lagos de pesca, situação comum <strong>em</strong> vários<br />

<strong>em</strong>preendimentos (Figuras 4,5 e 6)<br />

Figuras 4,5 e 6 . Lixo gerado por usuários; disposição de lixo <strong>em</strong> área de nascente e área de<br />

limpeza do pescado com tubulações para lançamento de vísceras e carcaças diretamente<br />

nos lagos de pesca.<br />

Dos estabelecimentos visita<strong>dos</strong>, foram escolhi<strong>dos</strong> 09 (distribuí<strong>dos</strong> nas 03<br />

regiões) para monitoramento mensal pelo projeto citado. Considerou-se para a pesquisa<br />

de qualificação e quantificação, a geração de <strong>resíduos</strong> <strong>em</strong> apenas 03 (tres), pelo fato de<br />

ser um período de baixa t<strong>em</strong>pora<strong>da</strong> (inverno), o que reflete <strong>em</strong> um número b<strong>em</strong> menor<br />

de freqüentadores. Nos meses de alta t<strong>em</strong>pora<strong>da</strong> (verão), o fluxo de usuários é b<strong>em</strong><br />

maior, o que significa maior geração de <strong>resíduos</strong>, b<strong>em</strong> como significa também, jogar nos<br />

lagos diferentes tipos de iscas. Durante a pesquisa aos 03 pesque-pagues, todo material


10<br />

coletado e posteriormente quantificado e qualificado, estava acondicionado <strong>em</strong><br />

tambores ou sacos plásticos (Figuras 7e 8).<br />

Figura 7 e 8 - Coleta e separação <strong>dos</strong> <strong>resíduos</strong> <strong>em</strong> um pesque-pague (Fotografia: Evaldo<br />

Espíndola – 2004)<br />

Após a coleta, feita <strong>em</strong> sacos plásticos de 100 l verificou-se o volume e o peso<br />

total e <strong>em</strong> segui<strong>da</strong> a separação e a pesag<strong>em</strong> por composição física, que é essencial para<br />

definição <strong>da</strong>s providências a ser<strong>em</strong> toma<strong>da</strong>s com os <strong>resíduos</strong>, desde sua coleta até seu<br />

destino final, considerando que ca<strong>da</strong> setor <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de gera <strong>resíduos</strong> diversos. Os<br />

resulta<strong>dos</strong> finais são apresenta<strong>dos</strong> abaixo:<br />

4.RESULTADOS<br />

A manutenção <strong>da</strong> boa quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s águas é o fator mais importante para o<br />

sucesso <strong>dos</strong> pesque-pague, sendo esta quali<strong>da</strong>de influencia<strong>da</strong> por vários fatores como a<br />

fonte de abastecimento (nascentes, córregos, rios), a lixiviação <strong>dos</strong> solos e o manejo<br />

alimentar. O florescimento de algas altamente tóxicas pode ser oriundo de restos não<br />

consumi<strong>dos</strong> do arraçoamento, o que leva a mortan<strong>da</strong>de de peixes e lançamento de<br />

efluentes de péssima quali<strong>da</strong>de nos corpos receptores, como o que está acontecendo no<br />

Mogi-Guaçu ou afluentes deste. Na piscicultura, segundo Watanabe (2001), “um <strong>dos</strong><br />

grandes probl<strong>em</strong>as é a matéria orgânica que entra nos viveiros oriun<strong>da</strong> principalmente


12<br />

Tabela 01 – Caracterização e quantificação <strong>dos</strong> <strong>resíduos</strong> gera<strong>dos</strong> <strong>em</strong> tres <strong>Pesque</strong>-<br />

<strong>Pagues</strong> <strong>da</strong> Bacia Hidrográfica do Rio Mogi-Guaçu (obs : sacos = 100 litros;<br />

peso=Kg<br />

Material<br />

Estabelecimento X<br />

(Categoria A)<br />

Estabelecimento Y<br />

(Categoria C)<br />

Estabelecimento Z<br />

(Categoria D)<br />

Total Geral<br />

X, Y, Z<br />

Sacos %Vol Peso %Peso Sacos %Vol Peso %Pes<br />

o<br />

Sacos %Vol Peso %Pes<br />

o<br />

Sacos %Vol Peso %Pes<br />

o<br />

Plástico 2 e 1/2 45,45 12,0 21,81 1 22,22 3,0 12,76 1 e 12,5 6 14,6 5(500L) 20,83 21 17,88<br />

1/2<br />

3<br />

PET - - - - - - - - 4 28,57 3 7,69 4(400L) 16,66 3 2,55<br />

Papel 1 e 1/2 27,27 6,0 10,90 1/2 11,11 0,5 2,12 - - - - 2(200L) 8,33 6,5 5,53<br />

Metais 1/2 9,09 2,0 3,63 1/2 11,11 0,6 2,55 5 35,71 10 25,6 6(600L) 25 12,6 10,73<br />

4<br />

Vidro 1/2 9,09 2,0 3,63 1/2 11,11 12,5 53,64 3 e 29,16 20 48,7 4 e ½(450L) 18,75 34,5 29,38<br />

1/2<br />

8<br />

Orgânico 1/2 9,09 33,0 60,0 2 44,44 6,8 28,93 -- - - - 2 e ½(250L) 10,41 39,8 33,90<br />

TOTAL 5 e 1/2 100,0 55,0 99,97 4 e 1/2 99,99 23,5 100,0 14 99,98 39 ,0 99,9<br />

9<br />

24(2400L) 99,98 117,4 99,97<br />

Os <strong>resíduos</strong> gera<strong>dos</strong> nos pesque-pague são quase comuns <strong>em</strong> to<strong>dos</strong> os<br />

estabelecimentos, onde alguns são coleta<strong>dos</strong> por <strong>em</strong>presas liga<strong>da</strong>s as prefeituras,<br />

podendo ser enterra<strong>dos</strong> ou queima<strong>dos</strong> nos próprios terrenos ou ain<strong>da</strong> na grande maioria<br />

<strong>dos</strong> estabelecimentos visita<strong>dos</strong>, dispostos de forma inadequa<strong>da</strong>. Quando queima<strong>dos</strong>,<br />

ficam armazena<strong>dos</strong> <strong>em</strong> valas a céu aberto e quando coleta<strong>dos</strong>, são acondiciona<strong>dos</strong> <strong>em</strong><br />

sacos plásticos. Em sua maioria todo lixo seco é queimado, coletado e <strong>em</strong> raros casos,<br />

os considera<strong>dos</strong> recicláveis são vendi<strong>dos</strong> ou doa<strong>dos</strong> a enti<strong>da</strong>des filantrópicas. Os<br />

orgânicos (restos de comi<strong>da</strong> e vísceras) são enterra<strong>dos</strong> e muitas vezes ofereci<strong>dos</strong> a<br />

animais domésticos como porcos e galinhas, sendo também joga<strong>dos</strong> nos lagos de pesca<br />

e nos viveiros de engor<strong>da</strong> como forma de alimentação ao pescado. Muito <strong>dos</strong><br />

estabelecimentos pesquisa<strong>dos</strong> faz as margens <strong>dos</strong> lagos to<strong>da</strong> a limpeza do pescado, o<br />

que significa jogar diretamente na água, vísceras, escamas, sangue. Em outros, a parte<br />

sóli<strong>da</strong> (vísceras) é enterra<strong>da</strong>, mas o que é gerado <strong>da</strong> lavag<strong>em</strong> do pescado (sangue)<br />

escorre a céu aberto ou <strong>em</strong> canos que vão cair diretamente <strong>em</strong> corpos receptores.Quando


13<br />

in<strong>da</strong>ga<strong>dos</strong>, os proprietários ignoram ou diz<strong>em</strong> ignorar os riscos dessa prática, a qual<br />

pode ocasionar contaminação <strong>da</strong> água.<br />

Felizmente, n<strong>em</strong> to<strong>dos</strong> os proprietários utilizam-se dessa prática. Um <strong>dos</strong><br />

estabelecimentos pesquisa<strong>dos</strong> faz a separação do lixo reciclável, que é vendido, e o<br />

aproveitamento de parte <strong>dos</strong> orgânicos (restos de comi<strong>da</strong>) <strong>em</strong> minhocários, cujo produto<br />

é revendido aos usuários do <strong>Pesque</strong>-Pague. O couro do peixe é tratado, curtido, tingido e<br />

transformado <strong>em</strong> carteiras, bolsas cintos, sandálias, bonés. O restante <strong>dos</strong> <strong>resíduos</strong> é<br />

coletado pela <strong>em</strong>presa liga<strong>da</strong> a prefeitura do município.<br />

5.CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

As ações <strong>dos</strong> indivíduos sobre o ambiente natural ou construído afetam de uma<br />

maneira ou de outra a quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> de outras gerações. Diariamente são produzi<strong>dos</strong><br />

<strong>em</strong> residências e estabelecimentos comerciais, uma quanti<strong>da</strong>de muito grande de lixo –<br />

restos <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des humanas – e muitos desses <strong>resíduos</strong> ain<strong>da</strong> vão parar <strong>em</strong> terrenos<br />

baldios, e <strong>em</strong> muitos casos córregos, represas ou rios.<br />

Com base nas informações levanta<strong>da</strong>s, percebe-se claramente a necessi<strong>da</strong>de de<br />

um maior comprometimento <strong>dos</strong> proprietários de pesque-pague, frente as suas<br />

obrigações com o meio ambiente. Que este aten<strong>da</strong> as legislações através de um processo<br />

de conscientização, de uma convicção própria, protegendo adequa<strong>da</strong>mente o meio <strong>da</strong>s<br />

situações de poluição que sua ativi<strong>da</strong>de possa trazer. A água é retira<strong>da</strong> <strong>dos</strong> rios, córregos<br />

e como produto imprescindível á sobrevivência <strong>dos</strong> pesqueiros e do próprio hom<strong>em</strong>, não<br />

é vista como tal, recebendo diariamente diversos tipos de <strong>resíduos</strong> poluidores - como<br />

vísceras e sangue <strong>dos</strong> pesca<strong>dos</strong> - e retornando ao seu leito natural <strong>em</strong> estado lastimável.<br />

O interesse e a conscientização <strong>em</strong> relação aos probl<strong>em</strong>as ambientais pod<strong>em</strong> ser mais<br />

incentiva<strong>dos</strong> através de um trabalho <strong>em</strong> conjunto entre os <strong>em</strong>preendimentos (na figura


14<br />

do proprietário), usuário, ONGs, órgãos competentes, comitês de <strong>bacia</strong>. Algumas<br />

medi<strong>da</strong>s possíveis de ser<strong>em</strong> impl<strong>em</strong>enta<strong>da</strong>s pod<strong>em</strong> ser leva<strong>da</strong>s aos<br />

<strong>em</strong>preendimentos, através de cursos, programas, e entre elas cita-se:<br />

Informação <strong>da</strong>s melhores técnica de manejo aos proprietários, com treinamento a<br />

todo pessoal envolvido;<br />

Esclarecimento ao proprietário sobre a legislação ambiental pertinente, ou seja,<br />

as leis, as autorizações, etc;<br />

Colocação de forma clara <strong>da</strong> importância do auxilio de um profissional<br />

habilitado, como um engenheiro agrônomo, sanitarista, geólogo, etc; que irá<br />

auxiliá-lo sobre as medi<strong>da</strong>s preventivas e mitigadoras <strong>dos</strong> possíveis impactos<br />

sobre fauna, vegetação, solo, a ser<strong>em</strong> causa<strong>dos</strong>, pois, todo <strong>em</strong>preendimento<br />

ligado a piscicultura, quando mal planejado pode produzir efluentes poluentes,<br />

Incentivo a implantação <strong>da</strong> coleta seletiva nos <strong>em</strong>preendimentos, b<strong>em</strong> como a<br />

implantação de programas de educação ambiental dentro <strong>dos</strong> <strong>em</strong>preendimentos,<br />

tendo como alvo os usuários. Atitudes simples (alia<strong>da</strong> a informação <strong>da</strong><br />

importância disso) como acrescentar um número maior de lixeiras pode<br />

diminuir, e muito, o que é deixado no entorno <strong>dos</strong> lagos;<br />

Conclui-se após a pesquisa realiza<strong>da</strong>, que a desinformação e a falta de<br />

conscientização são alguns <strong>dos</strong> itens principais <strong>dos</strong> vários probl<strong>em</strong>as liga<strong>dos</strong> aos<br />

<strong>em</strong>preendimentos de pesque pague. Retroceder no t<strong>em</strong>po, s<strong>em</strong> poluições, s<strong>em</strong> gerações<br />

de <strong>resíduos</strong>, s<strong>em</strong> a necessi<strong>da</strong>de de reciclag<strong>em</strong> é praticamente impossível, pois desde o<br />

inicio <strong>da</strong> caminha<strong>da</strong> do hom<strong>em</strong> rumo ao progresso, qualquer retorno seria no mínimo<br />

utópico. Resta apenas o bom senso aliado a ações apropria<strong>da</strong>s, rumo a um<br />

desenvolvimento sustentável, para que as próximas gerações consigam conviver <strong>em</strong><br />

harmonia com o meio, criando a consciência de que faz<strong>em</strong> parte dele.


15<br />

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

ESPINDOLA, E.A. Os pesque-pagues <strong>da</strong> <strong>bacia</strong> hidrográfica do rio Mogi-Guaçu:<br />

uma análise do perfil socioeconômico e <strong>da</strong> percepção ambiental de seus usuários. 2008.<br />

147f. Dissertação (mestrado) – Escola de Engenharia de São Carlos, universi<strong>da</strong>de de<br />

São Paulo, São Carlos, 2008.<br />

ELER, M. N.; - <strong>Avaliação</strong> de Impacto Ambiental de <strong>Pesque</strong>-Pague na Bacia do Mogi-<br />

Guaçu – Projeto FAPESP, 2004.<br />

GARUTTI, V.; - Piscicultura Ecológica, São Paulo, Editora UNESP, 2003.<br />

TUNDISI, J.G.; Água no século XXI: Enfrentando a Escassez – São Carlos , RiMa, IIE,<br />

2003, 248 p., ISBN 85-86552-51-8<br />

VENTURIERI, R. <strong>Pesque</strong>-pague no estado de São Paulo: vetor de desenvolvimento<br />

<strong>da</strong> piscicultura e opção de turismo e lazer. São paulo:ECO, Associação para Estu<strong>dos</strong> do<br />

Ambiente, 2002, 165 p<br />

WATANABE, M.; - Resíduo de cervejaria na ração para recria de Tilápias do Nilo<br />

(Oreochromis Niloticus L.) <strong>em</strong> tanque-rede, Pirassununga, SP: produção e quali<strong>da</strong>de.<br />

Dissertação – Facul<strong>da</strong>de de Zootecnia e Engenharia de Alimentos – Universi<strong>da</strong>de de<br />

São Paulo, 2001.<br />

5.1. Obras consulta<strong>da</strong>s<br />

ALMEIDA, J. R.; - Planejamento Ambiental: caminho para participação popular e<br />

gestão ambiental para nosso futuro comum: uma necessi<strong>da</strong>de, um desafio. Rio de<br />

janeiro, THEX Editora Lt<strong>da</strong>, 1999<br />

ESTEVES, K.E.;SANT’ANNA,C.L. (Org). <strong>Pesque</strong>iros sob uma visão integra<strong>da</strong> de<br />

meio ambiente, saúde pública e manejo – um estudo na região metropolitana de São<br />

Paulo. São Carlos, Editora RiMa, 2006. 228p<br />

BRIGANTE, J.; ESPINDOLA, E.L.G.; - Limnologia Fluvial – Um estudo no Rio Mogi<br />

Guaçu. São Carlos , Editora RiMa, 2003

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