irma gonçalves dias rosana aparecida marciano spagnolo o ... - UniFil
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IRMA GONÇALVES DIAS<br />
ROSANA APARECIDA MARCIANO SPAGNOLO<br />
O MERCADO DE TRABALHO E O PLANEJAMENTO DE<br />
CARREIRA<br />
Londrina<br />
2011
IRMA GONÇALVES DIAS<br />
ROSANA APARECIDA MARCIANO SPAGNOLO<br />
O MERCADO DE TRABALHO E O PLANEJAMENTO DE<br />
CARREIRA<br />
Monografia apresentado ao Curso de<br />
Especialização em Gestão de Pessoas e<br />
Competências do Centro Universitário<br />
Filadélfia, para obtenção do título de<br />
Especialista.<br />
Orientador: Profa. Ms, Elen Gongora<br />
Moreira<br />
Londrina<br />
2011
IRMA GONÇALVES DIAS<br />
ROSANA APARECIDA MARCIANO SPAGNOLO<br />
O MERCADO DE TRABALHO E O PLANEJAMENTO DE<br />
CARREIRA<br />
Monografia apresentado ao Curso de Pósgraduação<br />
em Gestão de Pessoas e<br />
Competências do Centro Universitário<br />
Filadélfia.<br />
Aprovado em: ________/_____________/_________<br />
___________________________________________<br />
Profa. Ms, Elen Gongora Moreira<br />
Orientadora<br />
__________________________________<br />
Profa. Dra. Damares T. Biazin<br />
Membro da Banca Examinadora
Dedico este trabalho, a memória de meus pais<br />
*Custódio Gonçalves Dias<br />
*Raimunda Balbina Dias<br />
Ao meu filho Luis Dias Beloti<br />
E ao grande amigo Adilson
AGRADECIMENTOS<br />
Agradecemos a Deus pela provisão em cada etapa deste curso, aos colegas de classe,<br />
a professora e orientadora Profa. Ms. Elen Gongora Moreira pelo apoio e encorajamento<br />
contínuos na pesquisa; aos demais Mestres da casa, pelos conhecimentos transmitidos;<br />
e à Diretoria do curso de pós-graduação do Centro Universitário Filadélfia - <strong>UniFil</strong> pelo<br />
apoio institucional e pelas facilidades oferecidas.
DIAS, Gonçalves Irma; SPAGNOLO, Rosana Aparecida Marciano. O Mercado de<br />
Trabalho e o Planejamento de Carreira. 2011. 24f. Monografia (Especialização em<br />
Gestão de Pessoas e Competências) - Centro Universitário Filadélfia, Londrina, 2011.<br />
RESUMO<br />
Este estudo se contextualizou as exigências do mercado de trabalho, planejamento<br />
de carreira e a importância da realização profissional. Uma das bases da<br />
empregabilidade está na educação profissional de forma continua. Fazer um<br />
planejamento de carreira tornou-se essencial aos profissionais contemporâneos<br />
sendo indicado para estudantes que estão ingressando no mercado de trabalho,<br />
assim como, para profissionais em atividade que desejam revisar sua trajetória ou<br />
quando visam mudar de emprego.<br />
Palavras-chave: Mercado de trabalho; Planejamento de carreira; Empregabilidade.<br />
ABSTRACT<br />
This study brought to the present days the requirements of the labor market, career<br />
planning and the importance of the professional realization. One of the bases of<br />
employability is in the professional education in a continuous way. Making a career<br />
plan, became essential to the nowadays professionals and is indicated to the<br />
incoming labor market students as well as to professionals who are already working,<br />
but want to review their path or change job.<br />
Keywords: Labor market; Career planning; Employability.
SUMÁRIO<br />
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 7<br />
2 ASPECTOS METODOLÓGICOS ............................................................................. 9<br />
4 MERCADO DE TRABALHO ................................................................................... 14<br />
5 EMPREGABILIDADE ............................................................................................. 19<br />
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 21<br />
REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 22
7<br />
1 INTRODUÇÃO<br />
O presente trabalho analisou a necessidade de planejamento de<br />
carreira como dinâmica da empregabilidade no mundo corporativo, observando<br />
questões ligadas à aquisição e manutenção do emprego, assim como as<br />
competências que o mercado de trabalho valoriza.<br />
Nos <strong>dias</strong> atuais é comum se encontrar pessoas angustiadas sem<br />
saber o que fazer com relação à sua Carreira Profissional. Com a globalização e a<br />
dinamização dos cargos, as empresas procuram funcionários empreendedores e<br />
alinhados com as suas necessidades, para isso torna-se cada vez mais importante<br />
que o profissional faça uma análise de onde está, o que quer, e aonde quer chegar.<br />
Fazendo um registro das suas metas e objetivos, documentando de forma clara,<br />
palpável e específica tudo o que almeja, para que possa ser visualizado e aplicado<br />
obtendo o sucesso desejado. Um planejamento bem estruturado é o que define o<br />
sucesso dos grandes profissionais, assim como o das empresas.<br />
A Resistência ao planejamento individual de carreira é ainda muito grande<br />
no Brasil; as pessoas tendem a guiar suas carreiras mais por apelos<br />
externos, como: remuneração, status, prestígio etc., do que por preferências<br />
pessoais. Embora não tenhamos até aqui pesquisas que confirmem esta<br />
af<strong>irma</strong>ção temos a seu favor inúmeras constatações empíricas oriundas de<br />
eventos em que este assunto foi discutido, intervenções em empresas e<br />
trabalhos com estudantes de nível superior. Observamos que, de modo<br />
geral, a mudança de comportamento é de responsabilidade da pessoa,<br />
assim como seu comportamento (DUTRA, 2002, p.113).<br />
Descobrir o que é importante para sua carreira colabora para o<br />
alinhamento da mesma, podendo especializar nas habilidades que possuem<br />
desenvolvendo as competências requeridas pelo mercado de trabalho de acordo<br />
com seu perfil profissional e assim ter um currículo direcionado para ganhar tempo<br />
neste processo.<br />
Para Souza (2000, p. 64) você deve “desenvolver sua carreira como<br />
plano de negócio, definindo qual o seu negócio, conhecendo seus clientes internos e<br />
externos, aprimorando seu produto para superar as expectativas desses clientes”,<br />
sugere ainda que você “escreva a história do seu sucesso, pontuando cada evento<br />
decisivo da sua escalada, registre aonde chegou, destrinche passo a passo e inclua<br />
neste plano o registro de sua patente”.
8<br />
Devido às transformações que o mundo passa, será cada vez mais<br />
necessário buscar conhecimento, habilidades, competências e ter a atitude de<br />
concretizá-los, ou seja, colocando em prática seus conhecimentos e habilidades<br />
para que se consiga acompanhar a demanda da empregabilidade de forma<br />
competitiva, nesta evolução tecnológica se adaptando às constantes mudanças do<br />
mercado de trabalho.<br />
Um erro comum entre os desempregados é fazer qualquer coisa por<br />
qualquer salário, esta atitude torna-se um problema quando este indivíduo se<br />
acomoda na empresa transformando sua vida e a da empresa em um verdadeiro<br />
caos.<br />
Aceita qualquer coisa por qualquer salário, quando se trata de um<br />
indivíduo empreendedor, agindo como dono do seu próprio negócio, com<br />
perspectiva de crescimento pessoal e profissional usando o salário como forma de<br />
alavancar sua carreira profissional, redescobrindo a cada dia suas habilidades e<br />
competências para superar as exigências do mercado de trabalho.<br />
Em contrapartida a empresa precisa reconhecer e aprender a reter<br />
seus talentos dando a eles melhores condições para que desenvolvam o seu<br />
trabalho contribuindo para o crescimento da empresa.<br />
O reconhecimento e a alocação deste talento para a área que ele se<br />
identifique será o ponto de partida para esta parceria, agregando conhecimento a<br />
habilidades e gerando os resultados que a empresa busca.<br />
Diante da importância do exposto anteriormente, o objetivo desta<br />
pesquisa foi realizar uma revisão bibliográfica dos últimos 10 anos, sobre mercado<br />
de trabalho, planejamento de carreira e empregabilidade. Levantar o que os<br />
diferentes autores apontam como essencial para um planejamento de carreira para<br />
que se possa acompanhar a velocidade da globalização e das necessidades das<br />
empresas.
9<br />
2 ASPECTOS METODOLÓGICOS<br />
O presente trabalho foi desenvolvido por meio de uma Pesquisa<br />
Bibliográfica e apresentado a partir de análise de artigos impressos e “on line”, livrostexto,<br />
teses, dissertações e monografias.<br />
Segundo Biazin e Scalco (2008, p.76) a Pesquisa Bibliográfica “é<br />
aquela desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de<br />
livros e artigos científicos”, caracterizando “uma análise aprofundada sobre o tema”.<br />
Especificamente é “um procedimento reflexivo sistemático, controlado e<br />
crítico, que permite descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis, em<br />
qualquer campo do conhecimento (MARCONI; LAKATOS, 2001, p. 43).<br />
Para coleta de dados foram utilizadas as seguintes palavras-chave:<br />
mercado de trabalho, planejamento de carreira e empregabilidade.<br />
Todo material selecionado foi submetido à leitura cuidadosa e a<br />
análise foi apresentada de forma descritiva.
10<br />
3 PLANEJAMENTO DE CARREIRA<br />
O mundo corporativo vem apresentando um desenvolvimento<br />
tecnológico acelerado e para tanto o profissional precisa estar atento e<br />
compromissado consigo mesmo, apto para desenvolver estratégia necessária e<br />
seguir seu plano de carreira. O planejamento de carreira com os interesses,<br />
aptidões, potencialidades, habilidades e competências de cada um.<br />
Para Dutra (1996) ainda há uma grande resistência ao planejamento<br />
de carreira individual: os profissionais tendem a guiar suas carreiras por um lado<br />
pelo que podem ganhar como, por exemplo: remuneração, status, prestígio, mais do<br />
que por realização pessoal e profissional. Dutra (1996) salienta que os profissionais<br />
buscam orientação e ajuda que os auxiliem no planejamento de carreira em<br />
momentos de crise e desemprego.<br />
Quando o profissional age estrategicamente delineando onde está e<br />
aonde quer chegar, a probabilidade deste profissional chegar onde planejou é<br />
grande, porque todo estrategista é inteligente e neste percurso ele saberá o que<br />
fazer diante das mudanças intrínsecas ou extrínsecas.<br />
Carreira são as sequências de posições ocupadas e de trabalhos realizados<br />
durante a vida de uma pessoa. A carreira envolve uma série de estágios e a<br />
ocorrência de transições que refletem necessidades, motivos e aspirações<br />
individuais e expectativas e imposições da organização e da sociedade. Da<br />
perspectiva do individuo, engloba o entendimento e a avaliação de sua<br />
experiência profissional, enquanto da perspectiva da organização, engloba<br />
políticas de procedimentos e decisões ligados a espaços ocupacionais,<br />
níveis organizacionais, compensação e movimento de pessoas. Estas<br />
perspectivas são conciliadas pela carreira dentro de um contexto de<br />
constante ajuste, desenvolvimento e mudança (LONDON; STUMPH, 1982,<br />
p.4 apud DUTRA, 1996, p.17).<br />
É importante que o profissional esteja apto para um<br />
redirecionamento estratégico a qualquer momento, apostando sempre em<br />
conhecimento e aprendizado continuado, precisa saber lidar com o ambiente ao qual<br />
está inserido tendo consciência que é mutável e exige qualidade, e não correr o<br />
risco de ficar fora do mercado de trabalho.<br />
Para Macedo (1998) “carreira é uma sequência de experiências<br />
profissionais desenvolvidas pela pessoa ao longo do tempo galgada na mesma<br />
profissão ou não”.
11<br />
Independente da área de atuação os profissionais precisam<br />
atualizar-se para não estagnar-se e ficarem fora da competição pela manutenção do<br />
emprego. Ter um planejamento de carreira tornou-se primordial tanto para os que<br />
estão entrando no mercado de trabalho, quanto aos profissionais que já estão, e<br />
desejam rever sua trajetória visando mudança ocupacional, o planejamento de<br />
carreira poderá atuar como mola propulsora provendo empregabilidade, maior<br />
competitividade e gerando inquietude na busca da realização pessoal.<br />
Malschitzky (2004) relata a importância de o indivíduo conduzir sua<br />
própria carreira. Para a autora não é mais possível que apenas as empresas se<br />
preocupem com a carreira de cada profissional visto que cada indivíduo é único com<br />
sua competência, e que essa competência deverá ser desenvolvida e aplicada de<br />
acordo com a sinalização do mercado, sendo necessário criar e manter a<br />
empregabilidade. O desenvolvimento com a busca de conhecimentos ecléticos que<br />
permitam a atuação em várias atividades tanto técnico como gerencial, toda busca<br />
por novos conhecimento terá maior validade quando colocado em prática.<br />
Para a formulação de um projeto profissional, podem-se utilizar<br />
várias técnicas tais como: participação em palestras sobre o assunto onde se pode<br />
simular e discutir preferências e objetivos de carreiras. Esses encontros podem criar<br />
subsídios para continuar este trabalho de planejamento agora individual, com o<br />
apoio de opiniões de profissionais, dentro e fora da empresa, com familiares e<br />
amigos.<br />
Para sintetizar suas escolhas, para não cair em armadilhas, nem<br />
perder o foco Dutra (2002) estabelece alguns passos para a construção de um<br />
projeto profissional.<br />
1º passo – autoconhecimento: um processo complexo, mas com<br />
certeza mais importante, o conhecer-se e identificar seus pontos<br />
fortes e fracos. A análise de realizações, valores pessoais e<br />
personalidade um questionamento intrapessoal que deverá ser<br />
respondido com toda sinceridade;<br />
2º passo – conhecimento do mercado: o mercado deverá ser<br />
sempre analisado em uma visão ampla, com muita atenção nas<br />
tendências e no desenvolvimento profissional globalizado. Pesquisas<br />
têm demonstrado que os profissionais têm planejado suas carreiras<br />
a partir das exigências do mercado de trabalho, o que pode gerar
12<br />
frustração, pois carreira é para quem tem visão empreendedora e<br />
não estagnada;<br />
3º passo – objetivos de carreira: o foco visionário do profissional<br />
será extremamente importante neste passo, pois o que muitas<br />
literaturas demonstram é estabelecer objetivos de carreiras dentro<br />
da empresa, sendo que não há garantias de que esta empresa<br />
esteja a todo vapor em x tempo, colocando em risco todo o<br />
planejamento do profissional, este é um dos pontos que alguns<br />
autores têm defendido, o planejamento individual, que seja pensado<br />
em dimensões, em um todo;<br />
4º passo – estratégias de carreiras: define-se o objetivo, delineia<br />
as estratégias alinhadas ao mesmo, seguindo as evoluções ou as<br />
diversificações do mercado ou empresa na qual esteja inserido;<br />
5º passo – plano de ação: depois das estratégias, trabalha-se em<br />
um plano de ação, fixação de metas a serem alcançadas com muita<br />
disciplina, investimento de tempo, paciência, persistência e<br />
acompanhamento eficaz do que tem realizado;<br />
6º passo – acompanhamento do plano: nada mais interessante<br />
para quem busca desenvolvimento, os resultados obtidos e<br />
analisados minunciosamente em um processo de reformulação para<br />
as metas não atingidas, aliás, o estrategista conta sempre com uma<br />
avaliação intrínseca para não perder o foco. Muitas vezes o<br />
profissional terá que avaliar sua disponibilidade, seus valores e<br />
interesses se estão compatíveis com os seus ideais e sua vida<br />
social, familiar e pessoal podendo estar sempre em revisão seu<br />
planejamento de carreira.<br />
Os benefícios de planejamento de carreira podem atingir até as<br />
empresas onde profissionais estão sendo contratados, dispensando a avaliação de<br />
consultores de seleção, ganhando tempo em treinamento, minimizando riscos de<br />
contratação errada, mantendo um crescimento evolutivo e eficaz dentro da empresa.<br />
Sendo assim, o planejamento e gestão de carreira tornam-se<br />
necessários na trajetória profissional reforçando o individuo para estar sempre<br />
analisando suas competências, focado nos seus ideais, realizando-se
13<br />
profissionalmente. Um planejamento que pode ser elaborado na fase acadêmica e<br />
desenvolvido de acordo com as oportunidades disponibilizadas e ajustadas no<br />
decorrer do crescimento profissional.<br />
Para Minarelli (1995, p. 22)<br />
a carreira pertence ao profissional. A frase curta e clara deve ficar gravada<br />
na memória como um outdoor. Uma carreira profissional é de<br />
responsabilidade de quem a desenvolve, isto é, do seu proprietário, e não<br />
do tomador de serviços ou do empregador. Parece óbvio, não é mesmo? Só<br />
que foi esta a lição aprendida a duras penas. Muita gente só acordou para o<br />
fato de que tinha colocado a vida e o futuro nas mãos do empregador<br />
quando em uma reviravolta (será mesmo?), perdeu o emprego.<br />
Minarelli (1995) completa af<strong>irma</strong>ndo que o individuo é o único<br />
responsável pela sua carreira e ninguém melhor do que ele para administrá-la. Para<br />
o autor o mercado de trabalho está sedento de profissionais habilidosos e com<br />
iniciativa.
14<br />
4 MERCADO DE TRABALHO<br />
Fazendo uma análise de quando se começou a batalhar por melhor<br />
colocação no mercado de trabalho, verifica-se que teve início com a Revolução<br />
Industrial que foi um marco nesta trajetória no Século XVIII. Naquela fase a<br />
produção crescia continuamente; era então necessário mão de obra suficientemente<br />
preparada para a forçada jornada de trabalho, pois os que buscavam conhecimento<br />
buscavam formas de não participarem deste mundo de serviços pesados, percebeuse<br />
então a necessidade que o trabalhador apresentava em adquirir conhecimento<br />
para realizar seu trabalho com mais eficiência.<br />
Naquela época, começaram a aparecer novas funções e um<br />
relacionamento estreito com o mercado de serviços, a concorrência. Concorrência<br />
apresentada e atualmente mais conhecida como competividade em todas as áreas e<br />
campos de serviços, a falta de mão de obra qualificada em alguns setores continua<br />
sendo uma demanda. É comum se encontrar vagas por muito tempo sendo<br />
anunciada com muita dificuldade de ser preenchida, na era da tecnologia e com<br />
muita facilidade no acesso a cursos técnicos e superiores, mesmo assim empresas<br />
continuam na busca desenfreada por profissionais preparados ou treinados para<br />
atender as expectativas do mercado de trabalho. Muitos empresários buscam ajuda<br />
com os hedhunters 1 para suprir vagas para as empresas.<br />
Segundo Minarelli (1995, p.18)<br />
alguns economistas acreditam que, no futuro, a grande maioria dos<br />
trabalhadores não terá mais um único empregador, mas prestará serviços<br />
para vários empregadores. Arriscam dizer que, se essa tendência do mundo<br />
do trabalho se conf<strong>irma</strong>r, o desemprego tenderá a desaparecer.<br />
Para Timm (1994) são as pequenas coisas que fazem a diferença,<br />
melhor negócio é parar de pensar como empregado e começar a pensar como<br />
alguém que presta serviços e pode ser solicitado para cumprir determinada tarefa. A<br />
questão é que o pensar e agir como empregado foi forjado dentro de uma educação<br />
formal e escolar cujo interesse atendia àqueles que empregavam. Hoje não basta o<br />
empregado mudar de idéia, é preciso mudar toda uma concepção de educação em<br />
uma sociedade que prometia a integração social a partir do pleno emprego. Para o<br />
1 Headhunter – pessoas especializadas em busca de profissionais talentosos grandes “cabeças”.
15<br />
autor habilidades, atitudes, valores e eficácia, são essenciais para o<br />
desenvolvimento de cada um. Timm (1994) ainda descreve maneiras simples de<br />
sobrevivência no emprego, quais sejam:<br />
descubra seus pontos de alavancagem;<br />
torne-se bom de verdade naquilo que faz;<br />
invista em si mesmo;<br />
desenvolva excelentes habilidades para lidar com os clientes;<br />
torne-se multicompetente;<br />
desenvolva suas habilidades auditivas;<br />
trate bem a todos;<br />
saiba quando e como “soltar-se”;<br />
concentre-se no tempo presente;<br />
adote uma atitude de preocupação pelos outros;<br />
adquira flexibilidade e ânimo para mudar;<br />
ame seu trabalho;<br />
aprenda com a adversidade;<br />
faça planos a longo prazo;<br />
mantenha o equilíbrio;<br />
conheça os negócios da empresa;<br />
use o poder das metas;<br />
forme e use sua rede;<br />
delegue o máximo que puder;<br />
limpe sua área de trabalho;<br />
mantenha a confiança recíproca com o chefe; e,<br />
se a ocasião for recíproca, use humor.<br />
Timm (1994) ressalta a importância de superar as expectativas dos<br />
clientes, pois esta atitude é a chave mestra do sucesso. As mudanças atuais como a<br />
globalização e a era do acúmulo e da diversidade de informações permite examinar<br />
novas relações de trabalho.<br />
Rifkin (1995) trata do fim dos empregos formais de carteira assinada.<br />
Dessa mudança, duas sociedades preponderantes podem emergir: uma da elite da<br />
informação, controladora da economia mundial com prosperidade e desenvolvimento
16<br />
e outra dos trabalhadores desprovidos de perspectivas e esperanças em possuir<br />
empregos em um cenário pouco confiante, onde cobra-se o tempo todo<br />
conhecimento e habilidade, correndo o risco de não conseguirem acompanhar a<br />
velocidade dos acontecimentos, então poderá haver em grande proporção escassez<br />
de emprego e miséria.<br />
A globalização e o uso da tecnologia intensiva trouxeram avanços<br />
intangíveis, desde a melhoria da qualidade de produtos e serviços a menores<br />
preços, como a diversificação e facilidades para o dia-a-dia. Porém, o conjunto dos<br />
homens não pode ser descartado, pois o fim dos empregos significa algo dramático<br />
e tem consequências perigosas. O atual período engloba a economia virtual, em que<br />
a liberdade de mercado está mascarando outra, apenas especulativa,<br />
Segundo Rifkin (1995) a mudança dos empregos do início do século<br />
até os <strong>dias</strong> atuais, ressaltando a terceira revolução industrial, na qual se encontram<br />
as máquinas de alta tecnologia e o grande debate da automação, causando o<br />
declínio acentuado da força de trabalho global, dos empregos tradicionais como o<br />
agricultor, o operário, o bancário, entre tantas outras profissões. Para ele a<br />
diminuição da jornada semanal de trabalho possibilitaria melhoria da qualidade de<br />
vida dos empregados, com mais tempo para o estudo e lazer e de outro lado a<br />
possibilidade da criação de mais empregos formais na sociedade, situação já<br />
experimentada em alguns países da Europa, atitude esta que propiciaria renda e<br />
poder aquisitivo, alavancando o terceiro setor, para ajudar na restauração das<br />
comunidades e na construção de uma cultura sustentável.<br />
O emprego tradicional está desaparecendo, há tempo ele não tem<br />
sido a única maneira pela qual as pessoas podem ganhar bem a vida, tem havido<br />
muitas mudanças e transformações do trabalho devem-se, entre outros fatores, à<br />
informatização do ambiente de trabalho, ao negócio dos dados e informações e à<br />
tecnologia das comunicações como sua multiplicadora.<br />
Para Rifkin (1995) se está efetivamente entrando em um período<br />
onde cada vez mais máquinas tomarão o lugar dos seres humanos nos processos<br />
industriais, bens e serviços. O autor af<strong>irma</strong> que uma sociedade não baseada no<br />
trabalho é tão completamente estranha a qualquer conceito que se possa ter sobre<br />
organização de grandes quantidades de pessoas sobre perspectiva de precisar<br />
repensar a própria base do contrato social.
17<br />
Vendo por esse lado entende-se então que trabalhadores com anos<br />
de estudo, habilidades e experiência enfrentam a possibilidade de serem declaradas<br />
excedentes pelas novas forças de automação, informação e tecnologia.<br />
Segundo Whitaker (1997) com a automação desaparece milhares de<br />
postos de trabalho gerando dolorosas estatísticas de desemprego que assola o<br />
planeta como um todo. Para a autora este acontecimento não significa que<br />
desaparecerão carreiras e profissões, embora muitas delas estejam ameaçadas.<br />
Neste momento novas profissões e carreiras estão emergindo para fazer funcionar<br />
esse novo tempo marcado pela tecnologia e necessidades emergentes, portanto o<br />
profissional não poderá relaxar no seu projeto profissional.<br />
Rifkin (1995, p.12) enfatiza que “a introdução de tecnologias mais<br />
sofisticadas associadas a ganhos de produtividade significa que a economia global<br />
pode produzir um número cada vez maior de bens e serviços, empregando uma<br />
porcentagem cada vez menor da força de trabalho disponível”.<br />
Esta porcentagem tende a alcançar os profissionais que tem<br />
buscado atingir níveis maiores de desenvolvimento pessoal, ou seja, profissionais<br />
que tem acompanhado seu projeto profissional tem maiores chances de continuar<br />
inseridos no mercado de trabalho.<br />
Minarelli (1995) defende a idéia de que o mercado de trabalho é feito<br />
de problemas para resolver e nem sempre vem em forma de vagas. Se o profissional<br />
procura, ele encontra problemas e descobre oportunidades de trabalho e chance<br />
para ganhar dinheiro, existem possibilidades de trabalho fora das organizações. A<br />
solução que você oferece tem valor para quem precisa, então, tem preço,<br />
consequentemente pode ser vendida. Portanto, é possível viver fora do mercado<br />
formal, enquanto existir necessidades, pessoas e vida haverá possibilidade de<br />
mercado de trabalho.<br />
Macedo (1998) destaca as oscilações no cenário organizacional,<br />
onde se visualiza a inserção de fatores diversos que contribuem com o cenário atual<br />
onde os profissionais cada vez mais precisam objetivar-se na busca da<br />
empregabilidade, como: utilização de tecnologias avançadas, em um processo<br />
contínuo de aprendizagem profissional; a ênfase na qualidade, produtividade e<br />
flexibilidade de produtos, processos e trabalho como elemento chave da<br />
competitividade; a busca de uma relação cooperativa complementar entre tecnologia<br />
e trabalho, a valorização da qualificação e requalificação do trabalhador, dando
18<br />
destaque no treinamento permanente, servindo como base para a flexibilidade e<br />
polivalência ocupacional exigida no mercado. Por tais fatores têm-se dissolvido o<br />
perfil das relações e estruturas do emprego convencional proporcionalmente ao<br />
aprimoramento dos produtivos e administrativos das empresas, necessitando assim<br />
de uma formação acadêmica mais abrangente dos profissionais, que possam ser à<br />
polivalência e uma maior flexibilização em sua atuação.<br />
Entende-se que para manter-se no mercado de trabalho, a formação<br />
acadêmica não é a única responsável, pois o mercado para alguns autores<br />
necessita além da formação, múltiplas habilidades, um bom relacionamento inter e<br />
intrapessoal, expressão verbal, a consciência de que se está aprendendo sempre,<br />
inteligência emocional, confiança, capacidade de gerir imprevistos, ousadia e<br />
empreendedorismo; são transformações intrínsecas que precisam ser trabalhadas<br />
no indivíduo desde cedo, mas isso depende de como cada um vê sua necessidade<br />
profissional.
19<br />
5 EMPREGABILIDADE<br />
Na era da tecnologia, o perfil dos profissionais exigidos no mercado<br />
de trabalho também foi modificado para que as empresas não fiquem engessadas e<br />
possam ter condições de competir em um cenário em que a velocidade das<br />
informações não param. Nos <strong>dias</strong> atuais o profissional para se manter no mercado<br />
de trabalho precisa estar sempre investindo em conhecimento, pois a todo o<br />
momento surgem novas informações, deixando para trás a comodidade, ou seja, o<br />
profissional obriga-se a ter um currículo competitivo.<br />
Minarelli (1995) propõe que todas as pessoas com idade<br />
economicamente ativa deve buscar os pilares que sustentam a empregabilidade.<br />
Funciona em conjunto, como base para todas as áreas da vida, profissional, pessoal<br />
e familiar. A união de todas elas fornece segurança ao profissional, confere a<br />
capacidade de gerar trabalho, de trabalhar e de ganhar sempre.<br />
Estes pilares, segundo Minarelli (1995) precisam estar em harmonia<br />
em relação ao planejamento de carreira para evitar-se a queda em caso de<br />
demissão.<br />
Na década de 90 o perfil do trabalhador mudou, as exigências<br />
tornaram-se mais latentes nas empresas de vários segmentos, a idéia de emprego<br />
vitalício fica-se para trás, aumentando a competitividade. O mercado de trabalho<br />
vem batalhando na conquista de grandes “cabeças” para compor o quadro<br />
intelectual da empresa.<br />
Macedo (1998, p. 174) define empregabilidade como:<br />
a capacidade de uma pessoa manter de modo permanente a sua condição<br />
empregável, isto é de obter ocupação sem maiores dificuldades, e pode-se<br />
dizer também que empregabilidade é a capacidade pela qual alguém<br />
sempre pode gerar renda por meio da habilidade que possui sem<br />
necessariamente ser empregado.<br />
Empregabilidade torna-se indispensável para garantir a inserção do<br />
profissional no mercado de trabalho, com habilidades específicas e seu<br />
planejamento de carreira, que vai alinhando as competências ao perfil de que o<br />
mercado espera.
20<br />
Mas para estar competitivo o profissional precisa estar atento às<br />
habilidades técnico, gerencial e intelectual resolvendo problemas cada vez mais<br />
específicos.<br />
Empregabilidade na visão de vários autores entende-se que o<br />
indivíduo seja responsável assim como pelo seu planejamento de carreira, a novas<br />
estratégias e postura profissional.
21<br />
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />
A proposta enfatizada nesta pesquisa, foi evidenciar a importância<br />
do planejamento de carreira como chave para o sucesso.<br />
Objetivou-se também identificar as necessidades do mercado de trabalho bem como<br />
aumentar os níveis de empregabilidade. Pois com a forte concorrência do mercado<br />
os profissionais sentem a obrigação de se aperfeiçoarem.<br />
Em análise apresentada nesta pesquisa, se identificou segundo a<br />
visão de vários autores que, planejamento de carreira é de responsabilidade do<br />
profissional, pois o objetivo é individual. Os autores pesquisados salientaram<br />
também a busca de novos conhecimentos como forma de mudança de carreira.<br />
A busca incessante pela atualização ou novos conhecimentos em<br />
áreas diferenciadas manterá o profissional em constante ascensão e munido na<br />
disputa de sua empregabilidade, pois a informação e o conhecimento andam juntos<br />
para os profissionais que planejam sua carreira. Portanto, manter uma boa rede de<br />
relacionamentos também pode ser muito importante neste processo.<br />
Enquanto o profissional do passado acreditava estar protegido em<br />
sua empregabilidade pelos anos de serviços prestados a uma ou a poucas<br />
empresas, o profissional do presente tem que se preparar para um mercado cada<br />
vez mais exigente.<br />
Conclui-se que para ter sucesso é necessário planejar, estabelecer<br />
metas e estar focado e atendo às mudanças. O profissional precisa analisar quais<br />
são as suas características, o que ele tem de competência, o que precisa<br />
desenvolver, quais são as suas possibilidades no mercado e depois precisa focar-se<br />
em uma estratégia eficaz para alcançar os seus objetivos. Precisa evoluir com o<br />
mercado e estar apto para um redirecionamento estratégico a qualquer momento.
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