12.09.2015 Views

Os Sapais e a Biodiversidade

download - Rostos

download - Rostos

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Os</strong> <strong>Sapais</strong> e a <strong>Biodiversidade</strong><br />

Isabel Caçador<br />

José Lino Costa<br />

Conferência Áreas Protegidas Locais<br />

20-21 Outubro 2011<br />

Barreiro


Questões<br />

1. O que é e como se forma um sapal?<br />

2. Qual a importância dos sapais?<br />

3. Porquê os sapais numa conferência<br />

sobre criação de áreas protegidas<br />

locais?


O que é um sapal?<br />

<strong>Os</strong> sapais caracterizam-se por:<br />

• Possuírem solos provenientes de sedimentos aluviais e<br />

estuarinos transportados pelas marés;<br />

• Serem colonizados por plantas vasculares, herbáceas<br />

ou arbustivas (vegetação halófita);<br />

• Serem inundados regularmente pelas águas de maré,<br />

de salinidade variável.


Factores determinantes<br />

Clima<br />

Geomorfologia<br />

Hidrologia<br />

Altura e<br />

Frequência<br />

da maré<br />

Ambiente Físico-<br />

-Químico<br />

Eh, pH, salinidade<br />

Disponibilidade nutrientes<br />

Biota<br />

Composição e<br />

riqueza específica<br />

Ciclo dos nutrientes<br />

Produtividade primária


Como se formam os sapais?<br />

Colonização<br />

Competição<br />

O Sapal


As plantas de sapal<br />

Spartina maritima<br />

Salicornia sp.<br />

Aster tripolium<br />

Sarcocornia fruticosa<br />

Halimione portulacoides


I<br />

C<br />

Juncus maritimus


I<br />

C<br />

Aster tripolium


I<br />

C<br />

Cotula sp.


Spergularia sp<br />

Spergularia sp.


I<br />

C<br />

Inula crithmoides


I<br />

C<br />

Atriplex halimus


Qual a importância dos sapais?<br />

1. Elevada produtividade<br />

2. Reciclagem de nutrientes<br />

3. Remediação natural do sistema<br />

através da fitoestabilização de<br />

poluentes<br />

4. Habitats para numerosas espécies<br />

terrestres e marinhas


Produtividade primária líquida (PPL)<br />

kg peso seco / m 2 / ano<br />

Floresta tropical<br />

Sapal<br />

PPL = 2,50<br />

Floresta<br />

temperada<br />

PPL = 1,55<br />

PPL = 1,18 – 3,50<br />

Roy, 2001 Pomeroy, 2000


total biomass (g/m2)<br />

Biomassa de espécies de sapal<br />

Sarcocornia perennis (SP), S. fruticosa (SF), Halimione<br />

portulacoides (HP) e Spartina maritima (SM)<br />

12000<br />

10000<br />

SP SF HP SM<br />

8000<br />

6000<br />

4000<br />

2000<br />

0<br />

Oct Dec Feb Apr Jun<br />

Caçador et al., 2005


iomass (g/m2)<br />

biomass (g/m2)<br />

biomass (g/m2)<br />

biomass (g/m2)<br />

Distribuição da biomassa<br />

Spartina maritima<br />

Halimione portulacoides<br />

Raízes Parte aérea<br />

500<br />

400<br />

300<br />

200<br />

100<br />

0<br />

3000<br />

4000<br />

leaf<br />

leaf<br />

Oct Dec Feb Apr Jun<br />

root<br />

900<br />

800<br />

700<br />

600<br />

500<br />

400<br />

300<br />

200<br />

100<br />

0<br />

3000<br />

4000<br />

stem<br />

leaf<br />

Oct Dec Feb Apr Jun<br />

root<br />

5000<br />

5000<br />

Caçador et al., 2005


Retenção de carbono e reciclagem de<br />

nutrientes<br />

Oceano<br />

0 – 75 m 630<br />

x10 15 g<br />

Ecossistemas Terrestres<br />

Total = 1400 x10 15 g<br />

> 75 m 38 000<br />

x10 15 g<br />

Florestas<br />

Tropicais<br />

450 x10 15 g<br />

Zonas Húmidas<br />

(455 – 700)<br />

x10 15 g<br />

Mitsch & Gosselink, 2000


Estuário do Tejo, PT 1,4 – 5,9 25 - 37 43– 79 1 – 25 146 – 363 316– 1151<br />

Williams et al., 1994<br />

Retenção de metais pesados nos sapais<br />

Localização Cd (ppm) Cr (ppm) Cu (ppm) Ni (ppm) Pb (ppm) Zn (ppm)<br />

Eastern Scheldt, Holanda 0,4 - 2 109 6 - 58 49 97 – 104 39 - 257<br />

Western Scheldt, Holanda 1,5 - 8,5 268 63 - 155 49 - 62 120 - 210 370 - 715<br />

Baía de James, Canadá 1,4 16 13 24 23 38<br />

Rio Pó, Itália 1,4 58 53 72 187<br />

Connecticut, US 114 152 168<br />

Illawarra, Austrália 1,1 69 80 282 2163<br />

Califórnia, US 1070 138 542 96 299<br />

Texas, US 29 7 8 14<br />

Baía de Narrangansett, US 0,8 155 190 28 140 250<br />

Estuário de Tamisa, UK 0,6 27 20 23 49 72<br />

Salcott, UK 0,13 53 21 33 22 100


Corroios<br />

Zn<br />

Rosário<br />

Zn<br />

Metais pesados nos<br />

sedimentos dos sapais de<br />

Corroios e Rosário<br />

Pb<br />

Pb<br />

planta<br />

Cu<br />

Cu<br />

sedimento<br />

Cd<br />

Cd<br />

Caçador et al.,1996


Estimativa da quantidade de metais<br />

pesados retidos no sapal do Rosário<br />

(200 ha)<br />

Toneladas<br />

Pb 106<br />

Cu 15 Cd 1<br />

Zn 287<br />

Caçador et al., 2005


Quantidade de metais pesados<br />

exportados por ano, no sapal do Rosário<br />

(200 ha)<br />

Cu 8.2Kg<br />

Cd 0.35Kg<br />

Co 13Kg<br />

Zn 68Kg<br />

Caçador et al., 2005


O<br />

<strong>Os</strong> sapais e a biodiversidade<br />

s<br />

Aves<br />

Peixes<br />

Invertebrados<br />

aquáticos<br />

Invertebrados<br />

terrestres


<strong>Os</strong> invertebrados bentónicos<br />

Fundamentais na cadeia trófica estuarina<br />

Óptimas ferramentas para medir qualidade ambiental<br />

- Íntima associação com o substrato<br />

Poliquetas<br />

Gastrópodes<br />

- Reduzida mobilidade<br />

- Ciclos de vida curtos<br />

Isópodes<br />

Anfípodes<br />

Bivalves<br />

Típico de zonas poluídas<br />

Capitella capitata


MOT (%)<br />

Quantificação dos impactos<br />

Mutela<br />

ETAR<br />

MUTELA<br />

N<br />

LISNAVE<br />

ME 4<br />

ME 3<br />

MD 4<br />

MD 3<br />

ME 2<br />

MC 4<br />

MC 3<br />

MD 2<br />

MB 4<br />

MB 3 MC 2<br />

ME 1<br />

MD 1<br />

MB 2<br />

MC 1<br />

MB 1<br />

Base do Alfeite<br />

Radial B (20m)<br />

Radial C (80m)<br />

Radial D (140m)<br />

Radial E (200m)<br />

Saída do efluente<br />

da ETAR<br />

16<br />

12<br />

8<br />

4<br />

0<br />

OUT 01<br />

INV 02<br />

PRI 02<br />

VER 02<br />

INV 04<br />

PRI 04<br />

VER 04<br />

OUT 04<br />

Variação espacial<br />

Variação temporal<br />

Perturbação extrema<br />

AMBI<br />

7<br />

AMBI<br />

7<br />

Perturbação elevada<br />

Perturbação moderada<br />

Perturbação reduzida<br />

Não Perturbado<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

Esgoto responsável pela<br />

grande degradação<br />

A B C D E<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

OUT 01<br />

Impactos positivos ao<br />

fim de pouco tempo<br />

INV 02<br />

PRI 02<br />

VER 02<br />

INV 04<br />

PRI 04<br />

VER 04<br />

OUT 04


<strong>Os</strong> invertebrados nectobentónicos<br />

Choco-vulgar<br />

cefalópodes<br />

camarões<br />

caranguejos<br />

Caranguejo-verde<br />

Camarão-mouro<br />

Caranguejo-aranha


<strong>Os</strong> peixes<br />

caboz<br />

xarroco<br />

peixe-rei<br />

tainhas<br />

enguia<br />

Cavalo-marinho


legítimo<br />

safia<br />

linguado<br />

sargos<br />

robalo<br />

do Senegal


As aves


Porquê proteger os sapais?<br />

Fundamentais para a conservação da<br />

biodiversidade estuarina, quer numa<br />

perspectiva espacial mais restrita,<br />

quer numa perspectiva espacial mais<br />

alargada


OBRIGADO

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!