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Plano de Manejo do Monumento Natural<br />
da Pedra do Colégio<br />
I. MÓDULO 1 ‐ INFORMACOES<br />
GERAIS DA UNIDADE DE<br />
CONSERVACAO<br />
Plano de Manejo Monumento Natural Pedra do Colégio<br />
Revisão 00 1
Plano de Manejo do Monumento Natural<br />
da Pedra do Colégio<br />
I. MÓDULO 1 ‐ INFORMACOES GERAIS DA UNIDADE DE CONSERVACAO ............................................... 1<br />
1.1 FICHA TÉCNICA DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO ............................................................................ 4<br />
1.1.1 Ficha Técnica ― Monumento Natural Municipal da Pedra do Colégio .......................................... 4<br />
1.1.2 O PARQUE ................................................................................................................................... 5<br />
1.2 Legislação aplicada ao MONAPEC ................................................................................................... 6<br />
1.2.1 Enquadramento legal do MONAPEC............................................................................................. 6<br />
1.3 Unidade de Conservação no entorno imediato, superpostas ou que se interliguem com o<br />
MONAPEC ............................................................................................................................................ 8<br />
1.4 Origem do Nome ............................................................................................................................ 9<br />
Plano de Manejo Monumento Natural Pedra do Colégio<br />
Revisão 00 2
Plano de Manejo do Monumento Natural<br />
da Pedra do Colégio<br />
O Monumento Natural Municipal da Pedra do Colégio (MONAPEC) constitui área dotada de<br />
atributos naturais de grande significância, destacando-se na paisagem regional como marco da<br />
cidade de Cachoeiras de Macacu.<br />
O MONAPEC integra o extenso corredor florestal contínuo composto pelo Parque Nacional da<br />
Serra dos Órgãos (PARNASO), Parque Estadual dos Três Picos (PETP), Estação Ecológica do<br />
Paraíso (EEP), APA do Rio São João e APA da Bacia do Rio Macacu, Monumento Natural<br />
Municipal da Serra do Soarinho, além de outras unidades de conservação criadas em<br />
municípios vizinhos e Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), o que destaca sua<br />
importância como refúgio para inúmeras espécies da flora e da fauna .<br />
Segundo o INEA (2010), na região da Serra do Mar foram encontrados os mais elevados<br />
índices de biodiversidade em todo o estado do Rio de Janeiro, explicado pela grande variação<br />
de cotas altimétricas que propiciam a formação de ambientes diversificados do complexo<br />
vegetacional atlântico. Ainda segundo o INEA (2010), a riqueza natural da região e sua<br />
diversidade de ambientes, faz da região um dos “hot spots” do planeta em termos de<br />
biodiversidade e uma das áreas prioritárias para a conservação da mata atlântica no Brasil<br />
O Monumento está situado na Macro-Região Hidrográfica da Baía de Guanabara (RH V), nas<br />
cabeceiras da bacia do Rio Macacu, o que destaca também sua importância no uso dos<br />
recursos hídricos para seus diversos fins.<br />
A localização do MONAPEC é apresentada na Figura 1.1.1-1 e no mapa 1,1 em anexo.<br />
Plano de Manejo Monumento Natural Pedra do Colégio<br />
Revisão 00 3
Plano de Manejo do Monumento Natural<br />
da Pedra do Colégio<br />
Figura 1.1.1‐1: Localização do Monumento Natural Municipal da Pedra do Colégio<br />
A seguir são apresentadas a ficha técnica da UC e as formas de acesso ao Parque.<br />
1.1 FICHA TÉCNICA DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO<br />
1.1.1 Ficha Técnica ― Monumento Natural Municipal da Pedra do Colégio<br />
Endereço da Sede: a unidade ainda não possui sede própria. Sua administração funciona à<br />
Rua Plínio Casado, n o 180, Centro, Cachoeiras de Macacu, CEP: 28680-000, Telefone: 21-<br />
2649-6443.<br />
E-mail:<br />
Plano de Manejo Monumento Natural Pedra do Colégio<br />
Revisão 00 4
Plano de Manejo do Monumento Natural<br />
da Pedra do Colégio<br />
Recursos Humanos: Ainda sem pessoal exclusivamente alocado, O controle administrativo é<br />
realizado pela Diretoria de Áreas Verdes (DAV) da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de<br />
Cachoeiras de Macacu.<br />
Total de Funcionários: quatro exercendo cargos de comissão.<br />
Infraestrutura: Não dispõe<br />
1.1.2 O PARQUE<br />
Decreto de Criação: Decreto Municipal n° 705 de 10 de março de 2010<br />
Objetivos da UC:<br />
I. Assegurar a preservação dos remanescentes de Mata Atlântica da porção fluminense da<br />
Serra do Mar, bem como recuperar as áreas degradadas ali existentes;<br />
II. Preservar espécies raras, endêmicas e ameaçadas de extinção ou insuficientemente<br />
conhecidas da fauna e da flora nativas;<br />
III. Integrar o corredor ecológico central da Mata Atlântica no Estado do Rio de Janeiro;<br />
IV. Assegurar a manutenção das nascentes e dos corpos hídricos que abastecem as cidades<br />
circunvizinhas;<br />
V. Estimular as atividades de recreação, educação ambiental e pesquisa científica quando<br />
compatíveis com os demais objetivos do Parque.<br />
Área de abrangência: Localidade de Boa Vista, nº 1 o Distrito de Cachoeiras de Macacu.<br />
Situação Fundiária: Áreas privadas.<br />
Superfície: 127,50 hectares.<br />
Perímetro: 15 km, aproximadamente.<br />
Altitude: de 180 a 570 m.<br />
Coordenadas Geográficas: UTM (Datum SAD 69).<br />
Plano de Manejo Monumento Natural Pedra do Colégio<br />
Revisão 00 5
Plano de Manejo do Monumento Natural<br />
da Pedra do Colégio<br />
Quadro 1.1.2‐1: Extremos da UC e seu entorno imediato.<br />
Ponto<br />
1<br />
2<br />
3<br />
4<br />
5<br />
6<br />
7<br />
8<br />
9<br />
10<br />
Coordenadas (UTM)<br />
23 K 74300280<br />
7512265,15<br />
23 k 743261,72<br />
7512233,05<br />
23 k 743274,24<br />
7512334,30<br />
23 k 744102,91<br />
7512452,29<br />
23 k 744622,12<br />
7512043,96<br />
23 k 7452770,73<br />
7511171,63<br />
23 k 743842,72<br />
7519682,14<br />
23 k 743525,82<br />
7510770,43<br />
23 k 742928,93<br />
7511728, 24<br />
23 k 742941,89<br />
7512285,52<br />
1.2 Legislação aplicada ao MONAPEC<br />
1.2.1 Enquadramento legal do MONAPEC<br />
A implantação de Unidades de Conservação é reconhecida como estratégia fundamental para<br />
a conservação in situ da biodiversidade, proteção do meio físico e preservação do patrimônio<br />
histórico-cultural associado a ambientes naturais (Kusler,1982; Ormazábal, 1988; McNeely e<br />
McKinnon, 1989; IBAMA, 1997). Além disso, a criação, implementação e gestão das unidades<br />
dentro de um sistema adequado possibilita às distintas esferas do poder público, o atendimento<br />
às disposições da Convenção sobre a Diversidade Biológica, da qual o Brasil é signatário<br />
(IBAMA, 1997).<br />
As Unidades de Conservação municipais constituem, com as demais áreas protegidas<br />
(estaduais, federais e particulares), o Sistema Nacional de Unidades de Conservação dividido<br />
em duas categorias: de Proteção Integral e de Uso Sustentável. O objetivo básico das<br />
Unidades de Proteção Integral é a preservação da natureza, sendo admitido apenas o uso<br />
indireto dos recursos naturais, com exceção dos casos previstos em lei. Podem ser realizadas<br />
práticas de educação ambiental e pesquisa científica, além da promoção do uso público<br />
regrado. A visitação pública não é permitida em Reservas Biológicas e Estações Ecológicas. O<br />
Plano de Manejo Monumento Natural Pedra do Colégio<br />
Revisão 00 6
Plano de Manejo do Monumento Natural<br />
da Pedra do Colégio<br />
grupo das Unidades de Proteção Integral é composto pelas seguintes categorias de Unidades<br />
de Conservação: Estações Ecológicas, Reservas Biológicas, Parques Nacionais, Monumentos<br />
Naturais e Refúgios de Vida Silvestre.<br />
De acordo com o documento “Estudo Técnico Dinâmico para Criação do Monumento Natural<br />
Municipal da Pedra do Colégio (SMMA/SEA,2010) “em linhas gerais pode-se definir um<br />
Monumento Natural como uma ocorrência natural terrestre, contendo um ou mais aspectos<br />
paisagísticos que, pela singularidade, raridade, beleza ou representatividade - em termos<br />
ecológicos, estéticos, científicos e culturais – é recomendada sua proteção na forma de uma<br />
Unidade de Conservação, conforme categoria prevista no Sistema Nacional de Unidades de<br />
Conservação da Natureza – SNUC (Lei 9.985/00), no artigo 12”.<br />
O objetivo do monumento natural é preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande<br />
beleza cênica. O Monumento Natural pode ser constituído por áreas particulares, desde que<br />
seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos<br />
naturais do local pelos proprietários, conforme consta no artigo 12, parágrafo § 1º do SNUC.<br />
Já no seu parágrafo 2 o , o mesmo artigo 12 preconiza que se não houver compatibilidade entre<br />
os objetivos da área e o uso por parte do proprietário ou não havendo concordância por parte<br />
do proprietário às condições propostas pelo órgão responsável pela administração da unidade<br />
para equalização da proteção da unidade com o uso da terra, a área deve ser desapropriada.<br />
O turismo tem se mostrado importante aliado na geração de recursos para unidades de<br />
conservação, além de constituir importante opção para a economia local, incluindo o<br />
estabelecimento dos chamados arranjos produtivos locais. Neste sentido, monumentos<br />
naturais possuem grande potencial para o uso do turismo de baixo impacto e, para tanto, a<br />
visitação pública está sujeita às condições e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da<br />
unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração e àquelas<br />
previstas em regulamento (artigo 12,§ 3º do SNUC).<br />
O Monumento Natural Municipal da Pedra do Colégio foi criado a partir do processo<br />
administrativo 1.1196 de 6/10/2010 iniciado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a<br />
partir do já citado Estudo Técnico desenvolvido em conjunto entre a SMMA e a<br />
Superintendência de Biodiversidade da Secretaria do Estado do Ambiente.<br />
Outros diplomas legais podem ser relacionados diretamente à unidade:<br />
Plano de Manejo Monumento Natural Pedra do Colégio<br />
Revisão 00 7
Plano de Manejo do Monumento Natural<br />
da Pedra do Colégio<br />
<br />
Resolução CONAMA nº 013 de 6 de dezembro de 1990 sobre as áreas do entorno das<br />
unidades de conservação.<br />
Lei Estadual nº 3.467 de 14 de setembro de 2000, dispõe sobre as sanções<br />
administrativas derivadas de condutas lesivas ao meio ambiente no Estado do Rio de<br />
Janeiro.<br />
Decreto Estadual nº 31.343, de 5 de junho de 2002.<br />
<br />
Decreto nº 4.340 de 22 de agosto de 2002, regulamenta artigos da Lei 9.985 de 18 de<br />
julho de 2000, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Unidades Conservação da<br />
Natureza - SNUC, e outras providências.<br />
1.3 Unidade de Conservação no entorno imediato, superpostas ou que se interliguem com<br />
o MONAPEC<br />
Sendo importante elo do Corredor Central da Mata Atlântica, o MONAPEC integra um mosaico<br />
formado por outras unidades como:<br />
Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Decreto Federal 1.822 de 30/09/1939.);<br />
Estação Ecológica Estadual do Paraíso (Decreto Estadual 9.803 de 12/03/1987.);<br />
APA Macaé de Cima (Decreto Estadual 29.213 de 14/09/2001.);<br />
APA do Rio São João (Decreto Estadual s/nº de 27/06/2002.);<br />
APA dos Frades (Lei Estadual 1.775.);<br />
APA Floresta do Jacarandá (Decreto Estadual 8.280 de 23/07/1985.);<br />
APA da Bacia do Rio Macacu (Lei Estadual 4.018 de 5/12/2002.).<br />
Plano de Manejo Monumento Natural Pedra do Colégio<br />
Revisão 00 8
Plano de Manejo do Monumento Natural<br />
da Pedra do Colégio<br />
1.4 Origem do Nome<br />
O nome da unidade remete ao marco na paisagem natural regional que é a Pedra do Colégio,<br />
sobre o qual há várias versões.<br />
Uma delas dá conta de uma antiga construção utilizada por missões jesuítas instaladas no<br />
antigo convento de São Boaventura, situado originariamente na Vila de Santo Antônio de Sá,<br />
em trecho atualmente pertencente ao município de Itaboraí.<br />
Outra versão aponta para o uso pelos jesuítas da própria pedra, mais precisamente de uma<br />
suposta gruta, na catequese dos indígenas autóctones.<br />
Plano de Manejo Monumento Natural Pedra do Colégio<br />
Revisão 00 9