CLASSIFICAÇÃO DA ÁGUA PARA MÚLTIPLOS USOS AGRÍCOLAS
Aula 4 - pgea.ufrpe.br
Aula 4 - pgea.ufrpe.br
- No tags were found...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Universidade Federal Rural de Pernambuco<br />
Departamento de Tecnologia Rural<br />
Recursos Hídricos<br />
<strong>CLASSIFICAÇÃO</strong> <strong>DA</strong> <strong>ÁGUA</strong><br />
<strong>PARA</strong> <strong>MÚLTIPLOS</strong> <strong>USOS</strong><br />
<strong>AGRÍCOLAS</strong><br />
Prof. Dr Ênio Farias de França e Silva
Classificação da águas<br />
• <strong>ÁGUA</strong>S DOCES: águas com salinidade<br />
igual ou inferior a 0,50%.<br />
• <strong>ÁGUA</strong>S SALOBRAS: águas com<br />
salinidade igual ou inferior a 0,5%. e 30%.<br />
• <strong>ÁGUA</strong>S SALINAS: águas com salinidade<br />
igual ou superior a 30%.
Limites e condições estabelecidos pelo CONAMA<br />
Uso:<br />
Classe 1<br />
Classe 2<br />
Classe 3<br />
Classe 4<br />
Abastecimento*<br />
OD<br />
6,0 mg L -1<br />
5,0 mg L -1<br />
4,0 mg L -1<br />
> 2 mg L -1<br />
Amônia<br />
0,02 mg L -1<br />
0,02 mg L -1<br />
1,00 mg L -1<br />
-<br />
Cloreto<br />
250 mg L -1<br />
250 mg L -1<br />
250 mg L -1<br />
-<br />
STD<br />
500 mg L -1<br />
500 mg L -1<br />
500 mg L -1<br />
-<br />
Nitrato<br />
10 mg L -1<br />
10 mg L -1<br />
10 mg L -1<br />
-<br />
Clorofila-A**<br />
10 µg L -1<br />
30 µg L -1<br />
60 µg L -1<br />
-<br />
Coliformes fecais<br />
ausente<br />
Até 1.000<br />
Até 4.000<br />
-<br />
100 mL -1<br />
100 mL -1<br />
Coliformes totais<br />
Até 1.000<br />
Até 5.000<br />
Até 20.000<br />
-<br />
100 mL -1<br />
100 mL -1<br />
100 mL -1<br />
* varia com o nível de tratamento requerido<br />
** Proposta para alteração na Resolução 020/86 do CONAMA, sobre Classificação e Enquadramento de corpos de água.
CLASSIFICAÇÕES DE <strong>ÁGUA</strong> <strong>PARA</strong><br />
IRRIGAÇÃO
COM O QUE SE PREOCUPAR EM<br />
RELAÇÃO A QUALI<strong>DA</strong>DE DE<br />
<strong>ÁGUA</strong> <strong>PARA</strong> IRRIGAÇÃO?
Qualidade da água para Irrigação<br />
• Conceito: Características da água que pode afetar<br />
a sua adaptabilidade para uso específico.<br />
• Características a serem analizadas:<br />
• Fonte de Água<br />
– Físicas Sedimentos<br />
– Químicas Precipitações<br />
– Biológicas Microrganismos<br />
– Superficial: Chuva<br />
– Subterrânea: Lençol freático<br />
– Residual: Esgoto
Características Físicas da Água<br />
Sedimentos Sólidos em suspensão<br />
•Areia<br />
•Silte<br />
•Argila<br />
Controle: Filtragem da água de irrigação<br />
•Filtro de Areia<br />
•Filtro de Disco
Características Químicas da água<br />
• SAIS(Origem):<br />
– Dissolução ou Intemperização das rochas e do solo<br />
– Liberação de elementos químicos na água dos mananciais<br />
– K, Ca, Mg, Na e S<br />
– SAIS: Teor Problema ao solo e as culturas<br />
• Efeito da qualidade da água será notado no solo<br />
• Parâmetros serem avaliados:<br />
– Salinidade<br />
– Velocidade de infiltração de água no solo<br />
– Toxicidade<br />
– Outros Problemas
Características Químicas da água<br />
SALINI<strong>DA</strong>DE<br />
– Caracterizado pelo acúmulo de sais na zona radicular<br />
– Evapotranspiração das plantas<br />
– Ascenção dos sais<br />
• Sintomas<br />
– Plantas não conseguem absorver água = Estresse hídrico<br />
• Murcha da planta<br />
• Folhas: Coloração verde-azul escuro<br />
• Folhas: Cerosas e Grossas<br />
• Gasto de energia para absorver água<br />
– Diminuição no crescimento - Perda de produtividade<br />
• Controle:<br />
– Lixiviação de sais<br />
– Manter o solo com maior disponibilidade de água
Características Químicas da água<br />
Velocidade de Infiltração de Água(VIA)<br />
– Diminuição da VIA devido:<br />
• Maior teor de Na em relação ao Ca e Mg<br />
• Acumulação de Na nos primeiros centímetros de solo<br />
• Destruição dos agregados e dispersão - obstrução dos poros<br />
– Falta de água para as plantas<br />
Toxicidade<br />
– Problema que ocorre internamente na planta<br />
– Origem: Absorção de nutrientes e acúmulo nas folhas<br />
• Sintomas:<br />
• Queimaduras nas bordas das folhas<br />
• Redução da produtividade<br />
– Íons: Na + , Cl - , B<br />
• Controle: Culturas tolerantes
Características Químicas da água<br />
OUTROS PROBLEMAS<br />
– Nitrogênio<br />
• Sintomas<br />
• Nitrato(NO 3 - N)<br />
• Amônia(NH 4 - N)<br />
– Aumento do crescimento vegetativo<br />
– Retarda a maturação do fruto<br />
– Baixa Qualidade<br />
ANÁLISE LABORATORIAL <strong>DA</strong> <strong>ÁGUA</strong>
EFEITOS <strong>DA</strong> SALINI<strong>DA</strong>DE NO<br />
SOLO<br />
⇒Acumulação de sais solúveis no solo<br />
⇒Abaixamento<br />
do<br />
solução do solo<br />
potencial<br />
hídrico<br />
na<br />
⇒Dispersão<br />
trocável no<br />
devido<br />
ao<br />
aumento<br />
complexo do solo<br />
de<br />
Na<br />
⇒Alteração<br />
do<br />
disponibilidade de<br />
pH<br />
do solo e na<br />
nutrientes
EFEITOS SOBRE AS PLANTAS<br />
⇒Efeito osmótico (disponibilidade de água)<br />
AUMENTO <strong>DA</strong> SALINI<strong>DA</strong>DE DO SOLO<br />
⇒Efeito tóxico<br />
⇒Desequilíbrio<br />
nutricional<br />
excesso de Na e outros íons<br />
devido<br />
ao
Qualidade da água para Irrigação<br />
Qual a importância da água para as plantas?<br />
<br />
Manutenção da turgescência das células<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Crescimento das células<br />
Manutenção da forma das plantas<br />
Abertura e fechamento dos estômatos<br />
Falta de turgescência murchamento e paralização do<br />
crescimento<br />
Solvente Universal:<br />
<br />
<br />
<br />
Veículo de nutrientes para as plantas<br />
Reagentes nos processos metabólicos<br />
Regulação Térmica
AS PLANTAS TOLERAM SALINI<strong>DA</strong>DE?
TOLERÂNCIA<br />
À SALINI<strong>DA</strong>DE<br />
<strong>PARA</strong> ALGUMAS<br />
CULTURAS<br />
CULTURA VALOR TOLER. 3 CULTURA VALOR TOLER. 3<br />
A 1 B 2 A 1 B 2<br />
EXTENSIVAS<br />
Algodoeiro 7,7 5,2 T Cevada 8,0 5,0 T<br />
Amendoim 3,2 29,4 MS Feijão fava 1,5 9,5 MS<br />
Arroz 3,3 13,0 MS Feijão Phaseolus 1,0 18,9 S<br />
Beterraba açucareira 7,0 5,9 T Milho 1,7 12,0 MS<br />
Cana-de-açúcar 1,7 5,8 MS Soja 5,0 20,0 MT<br />
Caupi 4,9 12,0 MT Sorgo 6,8 16,1 MT<br />
HORTALIÇAS<br />
Abobrinha italiana 4,7 9,4 MT Alface 1,3 13,0 MS<br />
Aspargo 4,1 2,0 T Rabanete 1,2 13,0 MS<br />
Beterraba 4,0 9,1 MT Cebola 1,2 16,1 S<br />
Abobrinha 3,2 16,1 MS Berinjela 1,1 6,9 MS<br />
Alho 3,0 17,0 S Cenoura 1,0 14,1 S<br />
Brócolis 2,8 9,2 MS Feijão-vagem 1,0 18,9 S<br />
Tomateiro 2,5 9,5 MS Nabo 0,9 9,0 MS<br />
Pepino 2,5 13,0 MS Espinafre 2,0 7,6 MS<br />
Aipo 1,8 6,2 MS Repolho 1,8 9,8 MS<br />
Batata 1,7 12,0 MS Milho doce 1,7 12,0 MS<br />
Batata doce 1,5 10,5 MS Pimentão 1,5 14,1 MS<br />
FRUTEIRAS<br />
Guayule 15,0 13,0 T Tamareira 4,0 3,6 T<br />
Pomelo 1,8 16,0 S Laranjeira 1,7 15,9 S<br />
Pessegueiro 1,7 21,0 S Damasqueiro 1,6 24,0 S<br />
Videira 1,5 9,5 MS Amendoeira 1,5 19,0 S<br />
Ameixeira 1,5 18,0 S Amoreira preta 1,5 22,2 S<br />
Amoreira 1,5 22,0 S Morangueiro 1,0 33,0 S<br />
FORRAGEIRAS<br />
Capim Bermuda 6,9 6,4 T Cevada forrageira 6,0 7,1 MT<br />
Sesbânia 2,3 7,0 MS Alfafa 2,0 7,3 MS<br />
Capim mimoso 2,0 8,4 MS Festuca alta 3,9 6,2 MT<br />
Capim Sudão 2,8 4,3 MT Caupi forrageiro 2,5 11,0 MS<br />
Fonte: Adaptada de Maas & Hoffman (1976) e Maas (1986)<br />
1 A = Salinidade limiar (dS m -1 ).<br />
2 B = Redução da produção relativa (%) por aumento unitário da salinidade do solo acima da salinidade limiar.<br />
3 Toler., S = Sensível, MS = Moderadamente sensível, MT = Moderadamente tolerante e T = Tolerante.
Cultura<br />
Concentração máxima de Cl -<br />
sem redução da produção<br />
(concentração limiar)<br />
(mol/m 3 )<br />
Redução de produção<br />
para concentrações 1 de<br />
Cl - acima da limiar<br />
(% por mol/m 3 )<br />
Morango 10 3,3<br />
Feijão 10 1,9<br />
Cebola 10 1,6<br />
Cenoura 10 1,4<br />
Rabanete 10 1,3<br />
TOLERÂNCIA<br />
Alface 10 1,3<br />
Nabo 10 0,9<br />
AO CLORETO<br />
Pimentão 15 1,4<br />
Arroz 2 30 3 1,2 3<br />
Milho 15 1,2<br />
<strong>PARA</strong> ALGUMAS Linho 15 1,2<br />
Batata 15 1,2<br />
CULTURAS<br />
Batata doce 15 1,1<br />
Aipo 15 0,6<br />
Cana-de-açúcar 15 0,6<br />
Espinafre 20 0,8<br />
Alfafa 20 0,7<br />
Pepino 25 1,3<br />
Tomate 25 1,0<br />
Brocoli 25 0,9<br />
Beterraba vermelha 2 40 0,9<br />
Abobrinha 45 0,9<br />
Caupi 50 1,2<br />
Trigo 2 60 0,7<br />
Sorgo 70 1,6<br />
Grama bermuda 70 0,6<br />
Beterraba 2 70 0,6<br />
Algodão 75 0,5<br />
Cevada 2 80 0,5
EFEITO NA GERMINAÇÃO<br />
100<br />
% germinação (arco sen %<br />
1/2 )<br />
80<br />
60<br />
40<br />
20<br />
Y1 = 128,16x 3 - 221,78x 2 + 30,494x + 71,488<br />
R 2 = 0,9465<br />
Y2 = 49,306x 3 - 136,68x 2 + 36,278x + 70,454<br />
r 2 = 0,9726<br />
Semente seca<br />
Semente pré-embebida<br />
0<br />
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4<br />
Potencial Osmótico (-MPa)
Avaliação da Qualidade de<br />
Água para Irrigação<br />
• Várias classificações, entre outras: Scofield (1936); Wilcox (1948);<br />
Richards (1954); Thorne & Peterson (1954); Kovda (1973); Yaron<br />
(1973); UCCC - University of California Committe of Consultants<br />
(1974); Doneen (1975); Christiansen (1977); Bhumbla (1977); Pizarro<br />
(1978)<br />
• Todas levam em consideração aspectos de salinidade, riscos de<br />
sodificação e toxicidade dos íons específicos<br />
• Quanto ao potencial da água em provocar acúmulo de sais no solo e<br />
toxicidade dos íons nas plantas, a maioria das classificações são<br />
parecidas embora apresentam número de classes diferentes<br />
• Wilcox (1948); Richards (1954); Thorne & Peterson (1954) → Risco<br />
de sodificação aumenta com teor salino enquanto em UCCC (1974);<br />
Doneen (1975) e Pizarro (1978) o mesmo diminui<br />
• Atualmente, a FAO recomenda utilização da classificação proposta<br />
pela UCCC (1974)
Diretrizes para interpretar a qualidade da<br />
água de irrigação - FAO<br />
G r a u d e r e st r iç ã o d e u s o<br />
P ro b le m a p o t e n c ia l<br />
U n id a d e<br />
N e n h u m M o d e r a d o S e v e r o<br />
S a lin id a d e ( A fe t a a d is p o n ib ilid a d e d e á g u a p a r a a c u lt u r a )<br />
C E a d S / m < 0 ,7 0 ,7 – 3 ,0 > 3 .0<br />
S D T m g /L < 4 5 0 4 5 0 – 2 0 0 0 > 2 0 0 0<br />
I n fi lt r a ç ã o ( A v a lia d a u s a n d o C E a e R A S c o n ju n t a m e n t e )<br />
R A S * = 0 – 3 e C E = > 0 ,7 0 ,7 – 0 ,2 < 0 ,2<br />
3 – 6 > 1 ,2 1 ,2 – 0 ,3 < 0 ,3<br />
6 – 1 2 > 1 ,9 1 ,9 – 0 ,5 < 0 ,5<br />
1 2 – 2 0 > 2 ,9 2 ,9 – 1 ,3 < 1 ,3<br />
2 0 – 4 0 > 5 ,0 5 ,0 – 2 ,9 < 2 ,9<br />
T o x ic id a d e d e ío n s e s p e c ífic o s ( A fe t a c u lt u r a s s e n s ív e i s )<br />
S ó d io ( N a + )<br />
I r r ig a ç ã o s u p e r fic ia l R A S < 3 3 – 9 > 9<br />
I r r ig a ç ã o p o r a s p e r s ã o m e q /L < 3 > 3<br />
C lo r e to ( C l - )<br />
I r r ig a ç ã o s u p e r fic ia l m e q /L < 4 4 – 1 0 > 1 0<br />
I r r ig a ç ã o p o r a s p e r s ã o m e q /L < 3 > 3<br />
B o ro ( B ) m g /L < 0 ,7 0 ,7 – 3 ,0 > 3 ,0<br />
O lig o e le m e n t o s * * ( M e t a is p e s a d o s e o u t ro s e le m e n t o s – c o n c . 0 ,0 1 – 5 ,0 m g /L )<br />
O u t r o s ( a fe t a c u lt u r a s s e n s ív e is )<br />
N it r o g ê n io ( N O - 3 -- N ) m g /L < 5 ,0 5 – 3 0 > 3 0<br />
B ic a r b o n a t o ( H C O - 3 )<br />
( a s p e r s ã o c o n v e n c io n a l m e q /L < 1 ,5 1 ,5 – 8 5 > 8 ,5<br />
p H F a ix a n o r m a l 6 ,5 – 8 ,4<br />
* R A S = N a + /( C a + + + M g + + / 2 ) ½ , p o d e n d o se r u t ili z a d a R A S c o r r ig i d a s u b s titu in d o c o n c e n tr a ç ã o d e C a + +<br />
n a á g u a p o r C a + + e m e q u ilíb r io c o m s o l u ç ã o d o s o l o a p ó s i n filt r a ç ã o<br />
* *<br />
A l, A s , B e , C d , C o , C r , C u , F , F e , L i, M n , M o , N i, P b , S e , T i, V e Z n
Avaliação da Água para Irrigação<br />
Redução relativa da infiltração provocada pela salinidade e a relação de<br />
adsorção de sódio. Fonte: Rhoades (1977) e Oster & Schroer (1979)
Fontes de Entupimento de Sistemas
Risco de entupimento de um emissor
QUALI<strong>DA</strong>DE X USO ADEQUADO<br />
Águas Salinas<br />
Rejeitos de<br />
Dessalinizadores<br />
Naturais<br />
Drenagem Agrícola<br />
Aproveitamento em<br />
Aqüicultura<br />
Efluentes<br />
Aproveitamento na<br />
Agricultura<br />
Aproveitamento na<br />
Industria<br />
Psicultura Carcinocultura Halófitas Culturas<br />
Industriais<br />
Forrageiras<br />
e<br />
Gramineas<br />
Fruteiras e<br />
Olerícolas<br />
Flores e<br />
Planta<br />
Ornamentais<br />
Torres de<br />
Resfriamento<br />
Águas de<br />
Processos<br />
Tanques de<br />
Evaporação<br />
Impactos Ambientais<br />
Riscos a Saúde<br />
(Humana e Animal)<br />
Estrutura de possíveis aproveitamentos das águas salinas
ESTUDO DE CASO<br />
QUALI<strong>DA</strong>DE DE <strong>ÁGUA</strong> SUBTERRÂNEA<br />
<strong>PARA</strong> IRRIGAÇÃO NO PIAUI
METODOLOGIA<br />
• Amostras de água em 105 poços tubulares georreferenciados<br />
• As seguintes variáveis foram determinadas: condutividade elétrica<br />
(CE) e potencial hidrogeniônico (pH) além das concentrações de sódio<br />
(Na), cálcio (Ca), magnésio (Mg), potássio (K), cloreto (Cl), carbonato<br />
(CO3), bicarbonato (HCO3) e sulfato (SO4) de acordo com os<br />
métodos propostos pela EMBRAPA (1997).<br />
• Com base na concentração dos íons foram estimados os valores de<br />
carbonato de sódio residual (CSR) proposto por Eaton (1949) e a<br />
relação de adsorção de sódio (RAS) apresentada por Yaron (1973),<br />
modelos apresentados nas equações abaixo.<br />
• CSR = (CO3 + HCO3) - (Ca + Mg) e
“PADRÕES” DE QUALI<strong>DA</strong>DE DE <strong>ÁGUA</strong> <strong>PARA</strong> IRRIGAÇÃO<br />
Classes de restrição de uso da água para irrigação<br />
de acordo com a qualidade<br />
Variáveis<br />
Classes de Restrição de Uso para Irrigação<br />
Nenhuma Moderada Severa<br />
CE (dS m -1 ) < 0,7 0,7 a 3,0 > 3,0<br />
Na (mmol c L -1 ) < 3,0 > 3,0 -<br />
Ca + Mg (mmol -1 c L ) < 5,0 5,0 a 15,0 > 15,0<br />
CO 3 (mmol c L -1 ) < 0,1 0,1 a 0,2 > 0,2<br />
HCO 3 (mmol c L -1 ) < 1,5 1,5 a 8,5 > 8,5<br />
Cl (mmol c L -1 ) < 3,0 > 3,0 -<br />
SO 4 (mmol c L -1 ) < 10 10 a 30 > 30<br />
CSR (mmol c L -1 ) < 1,25 1,25 a 2,5 > 2,5<br />
Fonte: Ayers & Westcot (1985)<br />
Classes de restrição de uso de água para irrigação<br />
de acordo com a relação de adsorção de sódio (RAS)<br />
RAS<br />
Classes de Restrição de Uso para Irrigação<br />
Nenhuma Moderada Severa<br />
Condutividade elétrica (dS m -1 )<br />
0 a 3 > 0,7 0,7 a 2,0 < 2,0<br />
3 a 6 > 1,2 1,2 a 0,3 < 0,3<br />
6 a 12 > 1,9 1,9 a 0,5 < 0,5<br />
12 a 20 > 2,9 2,9 a 1,3 < 1,3<br />
20 a 40 > 5,0 5,0 a 2,9 < 2,9<br />
Fonte: Ayers & Westcot (1985)
REGIÃO DO GURGUEIA<br />
• A área total da bacia<br />
hidrográfica do Rio<br />
Gurguéia é de<br />
aproximadamente 48830<br />
km², o que corresponde em<br />
torno de 19% da área total<br />
do estado do Piauí. Localizase<br />
entre as coordenadas<br />
06°48’00” e 10°52’00” de<br />
latitude sul e entre<br />
43°16’00” e 45° 32’00” de<br />
longitude a oeste de<br />
Greenwich. Na bacia<br />
encontram-se inseridos 28<br />
municípios:
ESPECIAÇÃO <strong>DA</strong> <strong>ÁGUA</strong> SUBTERRÂNEA NA<br />
BACIA DO RIO GURGUÉIA<br />
Parâmetros estatísticos para as variáveis de qualidade de água analisadas.<br />
Variáveis Mínimo Máximo Média Desvio Padrão<br />
pH 4,38 9,01 7,54 0,62<br />
CE (dS m -1 ) 0,01 0,88 0,13 0,18<br />
Ca (mmol c L -1 ) 0,02 2,92 0,54 0,63<br />
Mg (mmol c L -1 ) 0,00 4,72 0,56 0,77<br />
Na (mmol c L -1 ) 0,00 7,52 0,92 1,63<br />
K (mmol c L -1 ) 0,00 1,17 0,18 0,18<br />
HCO 3 (mmol c L -1 ) 0,15 16,47 1,71 2,21<br />
CO 3 (mmol c L -1 ) 0,00 0,82 0,07 0,16<br />
Cl (mmol c L -1 ) 0,04 21,27 1,21 2,11<br />
SO 4 (mmol c L -1 ) 0,00 2,5 0,1 0,36<br />
RAS (mmol c L -1 ) 1/2 0,00 21,70 1,51 3,99<br />
CSR (mmol c L -1 ) -1,06 5,58 0,56 1,17
CLASSES DE RESTRIÇÃO <strong>PARA</strong><br />
SALINI<strong>DA</strong>DE E SODICI<strong>DA</strong>DE <strong>DA</strong> <strong>ÁGUA</strong> SUBTERRÂNEA
CLASSES DE RESTRIÇÃO <strong>PARA</strong><br />
SALINI<strong>DA</strong>DE E SODICI<strong>DA</strong>DE <strong>DA</strong> <strong>ÁGUA</strong> SUBTERRÂNEA
ALTERAÇÃO <strong>DA</strong> QUALI<strong>DA</strong><strong>DA</strong> DE <strong>ÁGUA</strong><br />
PELA EXPLORAÇÃO EXCESSIVA<br />
EXPLOTAÇÃO<br />
Cabeças<br />
Pimenteiras<br />
RECARGA<br />
SpCond mS/cm 1,27<br />
NitrateN SpCond mg/L mS/cm 14,45 0,30<br />
AmmoniaN SpCond NitrateN mS/cm mg/L 0,2213,31<br />
0,60<br />
Coliforme AmmoniaN<br />
NitrateN Total mg/L<br />
mg/L<br />
0,50 2.430,00 0,02<br />
AmmoniaN<br />
Coliforme Total<br />
mg/L 0,01<br />
0,00<br />
Coliforme Total 0,00<br />
Serra Grande<br />
SAÍ<strong>DA</strong> NATURAL<br />
Cristalino
CLASSE DE RESTRIÇÃO DO USO <strong>DA</strong> <strong>ÁGUA</strong> <strong>PARA</strong><br />
IRRIGAÇÃO NO SEMI-ÁRIDO DO PIAUÍ<br />
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente.
<strong>ÁGUA</strong> SUBTERRÂNEA NA REGIÃO DE<br />
TERESINA
Obrigado<br />
enio.silva@dtr.ufrpe.br<br />
enio.silva@pesquisador.cnpq.br