JORNAL BREXÓ
Wesley, que ajudou matar Rogerinho, foi preso na ... - Jornal Brexó
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Sábado, 11 de dezembro de 2010 <strong>JORNAL</strong> <strong>BREXÓ</strong> Número 1765 PÁGINA 02<br />
“Somos 85.396 habitantes em<br />
Itaúna”<br />
Manchete (“Gazeta de Itaúna”,<br />
04/12/2010)<br />
“Artistas protestam contra proibição<br />
de música ao vivo”<br />
Manchete (“Jornal S´Passo”,<br />
04/12/2010)<br />
“CDE põe Eugênio contra a parede<br />
– Representantes do comércio e da<br />
indústria pedem solução para problemas<br />
da cidade”<br />
Manchete (“Folha do Povo”,<br />
04/12/2010)<br />
Mídia Impressa Em Frases<br />
Da Rua<br />
da Gruta<br />
CÉLIO<br />
Escreve<br />
Repetimos: O financiamento do<br />
Somma acabou em novembro 2009!<br />
Em e-mail enviado ao jornal<br />
essa semana (publicado na coluna<br />
“Rec@dos” à página 07) o<br />
eugenista Wandick Pincer (exdiretor<br />
do SAAE e atual diretor<br />
do IMP) faz uma correção em<br />
texto que ele fez publicar no jornal<br />
em 24/04, negando que a<br />
cobrança na conta de água do<br />
Projeto Somma seja taxa, e que<br />
é sim, tarifa. Agora, ele acompanha<br />
o pensamento divulgado<br />
também neste jornal, dia 20/11,<br />
da lavra do osmandista/<br />
eugenista Nilzon Borges (que é<br />
quem hoje responde pela direção<br />
geral do Serviço de Água-SAAE<br />
de Itaúna). Por sua vez, o ex-vereador<br />
e ex-eugenista João José<br />
(foi também diretor-geral do<br />
SAAE) disse essa semana na<br />
Câmara e reafirmou na Redação,<br />
que a taxa do Projeto<br />
Somma não acabou – justifica<br />
citando a lei municipal que autorizou<br />
o financiamento em<br />
1996, e por isso pode continuar<br />
a ser cobrado.<br />
É convicção da direção desse<br />
jornal que a cobrança mensal<br />
da taxa do Projeto Somma<br />
já acabou (em novembro de<br />
2009). Mantê-la é irregularidade<br />
escandalosa. Para nós não faz<br />
diferença essa sutileza técnicoadministrativa<br />
que tanto Nilzon<br />
quanto Wandick querem se<br />
agarrar agora. Pois para nós do<br />
jornal o Projeto Somma venceu,<br />
encerrou e foi pago em novembro<br />
de 2009. Não pode continuar<br />
a ser cobrado, como ainda faz<br />
(um ano depois) o governo<br />
eugenista. Respeitamos os direitos<br />
dos três citados se manifestarem,<br />
mas não damos valor algum<br />
às questões levantadas por<br />
Nilzon e Wandick, e a nova colocação<br />
feita por João José. O<br />
que este jornal insiste em denunciar<br />
é que o Projeto Somma foi<br />
um financiamento com data<br />
“Eu conheço uma forma para se ter<br />
saúde, sabe qual é? Prática de exercício<br />
físico e boa alimentação”<br />
Jornalista Luiz Parreiras na sua<br />
coluna “Falando Sério” sobre Saúde<br />
e Dinheiro (“Jornal Social”, 04/<br />
12/2010)<br />
“Itaúna conta com 85.396 habitantes”<br />
Manchete (<strong>JORNAL</strong> <strong>BREXÓ</strong> 04/<br />
12/2010)<br />
“Promotoria incentiva doação do<br />
Imposto de Renda devido para ajudar<br />
crianças e adolescentes”<br />
Manchete (“Jornal Integração”,<br />
03/12/2010)<br />
para iniciar a cobrança na conta<br />
de água e esgoto, e também<br />
com data do seu término (repetimos:<br />
ocorrido em novembro de<br />
2009).<br />
Tanto que tinha prazo para<br />
começar e para terminar - e para<br />
não ficarmos nessa lenga-lenga<br />
dos defensores da absurda cobrança,<br />
e estarão mais uma vez<br />
sem o chão para pisar, recordamos<br />
que até na conta do SAAE<br />
de Itaúna, enviada aos consumidores<br />
- aleatoriamente pegamos<br />
uma conta de outubro de<br />
2006 - já vinha escrito, alertando<br />
do final do financiamento em<br />
questão. Pois vinha escrito na<br />
conta, em maíusculo, junto a<br />
receita e despesa do mês citado<br />
que o vencimento terminaria em<br />
novembro 2009: "PROJETO<br />
SOMMA R$ 67.305,41 MÉ-<br />
DIA/MÊS ATÉ NOV/2009".<br />
O valor mensal, ou a taxa<br />
mensal do financiamento foi incorporada<br />
à tarifa mensal de esgoto<br />
para se poder fazer a cobrança<br />
da população, que foi a<br />
maneira que o administrador e<br />
legisladores da época impuseram<br />
à população itaunense –<br />
embora tanto a Prefeitura quanto<br />
a autarquia SAAE tinham e<br />
tem orçamento para pagar esse<br />
e outros tipos de obras. Pagar o<br />
financiamento foi mais uma exploração<br />
– como foi também o<br />
financiamento dos gabiões do<br />
rio São João –, jogada em cima<br />
da população (no caso do<br />
SAAE, os usuários dos serviços<br />
de água e esgoto).<br />
Portanto, não temos dúvida<br />
alguma de que este financiamento<br />
do Projeto Somma acabou<br />
há um ano, e mesmo assim<br />
– com tudo feito bem às claras,<br />
à luz do dia, sem constrangimento<br />
- o absurdo permanece pois<br />
ela taxa mensal continua sendo<br />
cobrada na conta do SAAE.<br />
Barulho é proibido!<br />
Toda essa movimentação<br />
dos vereadores, músicos e donos<br />
de bares em defesa da<br />
música ao vivo ou som mecânico<br />
em Itaúna é porque<br />
antes, os moradores toleravam<br />
e nada acontecia. Quer<br />
dizer, a legislação municipal<br />
(Código de Posturas) existe<br />
há anos, só que não era aplicado<br />
(já foi em alguma ocasião?).<br />
Este jornal mesmo já<br />
divulgou reclamações de moradores<br />
– em Santanense, era<br />
constante – contra som alto<br />
em pontos comerciais. De<br />
tanto reclamar, e o bom senso<br />
do dono do comércio vinha<br />
à tona – daí acontecia<br />
das duas partes (vizinhos e<br />
casas de shows/bares) voltarem<br />
a conviverem tranquilamente.<br />
Se a Prefeitura aplicou a<br />
lei agora, ou só acena que<br />
uma hora acaba aplicandoa,<br />
é porque o caso está realmente<br />
de alarmar, e os moradores<br />
(vizinhos) não estão resistindo<br />
ficar calados. As casas<br />
de som ao vivo ou não,<br />
deveriam se preparar: estar<br />
totalmente vedada para evitar<br />
vazamentos acústicos. Do<br />
contrário, usar o bom senso<br />
de manter os decibéis em níveis<br />
toleráveis, um som ameno<br />
só para quem está dentro<br />
do estabelecimento. Porque,<br />
zoeira, barulho, ainda mais<br />
noite adentro. é proibido por<br />
razões diversas. Quem está<br />
com a razão são os moradores.<br />
Não são eles que têm que<br />
se adaptarem (andar com<br />
protetor de ouvidos em casa;<br />
vedar as portas e janelas, se<br />
enclausurar) – mas sim os<br />
donos das casas de música ao<br />
vivo, ou de som alto, pois atuam<br />
fora dos padrões toleráveis<br />
para quem mora ali próximo.<br />
Havendo interesse por<br />
parte dos donos de bares -e<br />
os próprios músicos podem<br />
orientar -, há como continuar<br />
com o estabelecimento<br />
funcionando com os artistas<br />
fazendo seu trabalho e agradando<br />
o público presente.<br />
Jornal Brexó<br />
Diretor-Responsável<br />
Célio Silva<br />
Diagramação, Montagem e Arte-Final<br />
Samuel Antunes Silva<br />
Redação<br />
Rua Sesóstres Milagres, 321, Lourdes<br />
Itaúna-MG. CEP 35680-173<br />
CNPJ: 20.893.160/0001-14<br />
Sociedade Jornalística Brexó Ltda.<br />
Fundado em 25 de Setembro de 1978<br />
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O jornal é postado às segundas-feiras<br />
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Edição anterior<br />
Na Redação, ao preço da edição em banca<br />
<strong>JORNAL</strong> <strong>BREXÓ</strong> reserva este espaço para que você, leitor, possa opinar sobre qualquer assunto.<br />
Pedimos, por gentileza, que o texto não ultrapasse 35 linhas, para que mais colaboradores possam participar.<br />
O LEITOR ESCREVE<br />
CAOS E ORDEM NO RIO. OS BANDIDOS<br />
PERDERAM!! POR QUE NÃO ANTES?<br />
ADILSON SOUZA<br />
Foi uma verdadeira barbárie,<br />
uma autêntica trilogia do filme<br />
“Tropa de Elite” em sua terceira<br />
etapa. As centenas de bandidos<br />
covardemente fugindo do confronto<br />
com a lei nos atalhos que<br />
ligam o Cruzeiro ao Complexo<br />
do Alemão, mostraram para o<br />
mundo quem de fato tem a força<br />
(quando quer e se propõe a<br />
usá-la) e qual é o lado mais fraco<br />
e, contrariamente ao que se<br />
dizia, completamente desorganizado.<br />
Até o momento, são quase<br />
50 mil quilos de drogas deixadas<br />
para trás, centenas de armas, algumas<br />
de uso especial e jamais<br />
utilizadas pela polícia brasileira,<br />
que sequer sabem para que servem<br />
e se funcionam do cano<br />
para frente ou do cano para trás.<br />
Centenas de veículos entre carros<br />
e motos literalmente abandonados<br />
ou destruídos.<br />
São milhares de famílias,<br />
muitas com manifestações de<br />
apoio e esperança, respirando<br />
uma brisa diferente do odor da<br />
pólvora e com sensações desconhecidas<br />
de paz, ou no mínimo,<br />
de expectativas de uma sonhada<br />
e quase impossível convivência<br />
pacífica para as comunidades<br />
do Rio de janeiro.<br />
Mas porque só agora? Por<br />
que não antes quando eram<br />
mais fracos e todos já sabiam e<br />
tinham as mesmas condições de<br />
fazê-lo e desmistificar o suposto<br />
poderio e quartéis generais de<br />
papel em poucas horas desmontados?<br />
São diversas as hipóteses...<br />
Uma delas, talvez a “mais<br />
PARÁBOLA<br />
O TERNO BRANCO<br />
oficial”, diz respeito à instalação<br />
das UPP’s (Unidades de Polícia<br />
Pacificadora), iniciando pelo<br />
Morro de Santa Marta e com<br />
previsão de dezenas de unidades<br />
a serem implantadas pelo<br />
estado. Acuados e sem possibilidades<br />
de movimentação prócrime<br />
dada a presença maciça<br />
dos militares, os fora da lei iniciaram<br />
um protesto com arrastões<br />
e queima de veículos para<br />
confrontar e enfraquecer as polícias<br />
e a política estadual. Perderam!<br />
Outra hipótese é o risco do<br />
país perder a realização das<br />
Olimpíadas e da Copa do Mundo<br />
face à insegurança local,<br />
notadamente no Rio. E entre<br />
perder os maiores eventos mundiais<br />
do esporte com desdobramentos<br />
desses para o crescimento<br />
econômico do país, versus o<br />
confronto deflagrado, o Estado<br />
optou por este último. E perderam<br />
de novo!!<br />
Outros dizem que a ação foi<br />
pró-presidenta. Sai o aclamado<br />
Lula que por diversas razões não<br />
atuou tanto quanto o necessário<br />
contra as forças do mal e<br />
entra a figura técnica e sem viés<br />
populista Dilma Roussef no poder.<br />
E uma das formas para<br />
mostrar a que veio, impõe-se o<br />
estilo durão e experiente em lutas<br />
contra o organismo que há<br />
dezenas de anos vinha desafiando,<br />
apavorando, esquartejando<br />
e enfraquecendo o povo carioca,<br />
as autoridades e a nação<br />
brasileira. E aí, mais uma vez,<br />
perderam feio!!<br />
Há ainda os que afirmam<br />
como quarta possibilidade, a<br />
empolgação, a provocação e o<br />
Certa vez, um homem bondoso<br />
andava muito preocupado com seu<br />
único filho. O garoto rebelde vivia<br />
reclamando que o pai não passava<br />
de um bobo e que os outros se aproveitavam<br />
da bondade dele. Não escondia<br />
a sua revolta, principalmente<br />
ao ver que ele tratava bem às pessoas<br />
consideravelmente chatas e grosseiras<br />
como o vizinho implicante.<br />
O pai, sempre paciente, ouvia<br />
as reclamações do filho sem demonstrar<br />
a preocupação que inquietava<br />
o seu coração.<br />
Um dia, o garoto, cujo nome era<br />
Gustavo, jogava bola na rua com<br />
seus amigos. O espaço que brincavam<br />
ficava entre a sua casa e a do<br />
vizinho. De repente, o sujeito começou<br />
a gritar e xingar os meninos sem<br />
motivos aparentes, pois tomavam<br />
cuidados para a bola não bater no<br />
portão, no entanto, o vizinho chegou<br />
a cara no muro, bradando:<br />
__ Se esta bola bater no meu<br />
portão ou sujar o muro vou furá-la,<br />
cambada de vagabundos! Vocês não<br />
passam de um bando de desocupados!<br />
Gustavo, que não era nada tolerante<br />
e por causa disto foi apelidado<br />
pelos colegas de “pavio curto”<br />
preparava-se para responder<br />
quando ouviu o pai lhe chamar. O<br />
menino enfezado pegou a bola e<br />
acabou despejando a raiva no pai:<br />
__ O senhor tinha que brigar<br />
com o vizinho e não comigo. Não<br />
fizemos nada de errado e ele nos<br />
chamou de vagabundos e desocupados.<br />
Chorando de raiva, o garoto<br />
completou:<br />
-- o senhor não vai me defender?<br />
O pai permaneceu em silêncio<br />
observando o filho e deixou-o terminar<br />
o desabafo até o cessar do<br />
choro. Então lhe perguntou:<br />
__ Mas, de fato, o que o vizinho<br />
lhe fez, meu filho?<br />
O garoto se irritou com a calma<br />
do pai e respondeu com raiva:<br />
__ Já falei!... Ele nos chamou<br />
de vagabundos e ainda nos ameaçou<br />
caso a bola batesse no portão.<br />
Gustavo soluçava de raiva e o<br />
pai sentiu a dor do filho, mas preocupado<br />
com a manifestação negativa<br />
que enchia o seu coração, imediatamente,<br />
tomou uma atitude e<br />
ordenou-lhe:<br />
__ Meu filho, vista o seu terno<br />
branco.<br />
E, antes que o filho questionasse,<br />
ele se adiantou:<br />
__ Vamos a um lugar especial e<br />
logo resolveremos a situação.<br />
Gustavo obedeceu pensando<br />
que o pai daria uma lição no vizinho,<br />
só não entendeu porque tinha<br />
que vestir o terno branco.<br />
O homem ignorou os pensamentos<br />
do filho e o levou para um<br />
trecho da cidade e estacionou o carro,<br />
exatamente onde a terra era fina<br />
como talco.<br />
Diante da surpresa do garoto, o<br />
pai o convidou a descer do carro<br />
para fazerem uma caminhada pela<br />
estrada.<br />
Apavorado, Gustavo lhe disse:<br />
estímulo irradiante do Capitão<br />
Nascimento em Tropa de Elite<br />
2, o que por si só e se assim o<br />
fosse, já valeria alguns prêmios<br />
em Canes e a indicação ao tapete<br />
vermelho na festa do cinema<br />
mundial. E há outros que<br />
sonham ainda mais, além do filme,<br />
da política, do medo, do<br />
desafio...<br />
Mas quaisquer das razões<br />
que levaram as heróicas ações<br />
nos últimos dias, a organização<br />
e sinergia sem precedentes das<br />
polícias locais, federal e das forças<br />
nacionais, sejam as expostas<br />
ou outras aventadas pelo país, o<br />
que importa e o que nos enche<br />
de esperança é a expectativa de<br />
dias melhores, de tempos pacíficos,<br />
de crianças subindo e descendo<br />
as vielas no meio de brinquedos<br />
ao invés de cápsulas de<br />
guerra, de adolescentes e jovens<br />
ultrapassando a expectativa de<br />
vida dos vinte e poucos anos, de<br />
famílias em seus direitos de ir e<br />
vir, de estabelecimentos comerciais<br />
com portas abertas, da ausência<br />
das milícias ou bandidos,<br />
da Penha voltar a ser um local<br />
de escuta silenciosa, graças, preces<br />
e orações e não uma escuta<br />
de tiros e gritos de horror oriundos<br />
de pneus em chamas e fornos<br />
de cargas vivas, e se ainda<br />
podemos pedir e sonhar.... que<br />
venha um Rio de Janeiro que<br />
continue lindo e de braços abertos<br />
para a vida e a cada dia mais<br />
abençoado, pelo Cristo, pela Penha<br />
e pela paz.<br />
E que eles, os bandidos, continuem<br />
perdendo hoje e sempre!!!<br />
adilssonsouza@hotmail.com<br />
__ Mas, papai, assim que passar<br />
o primeiro carro nesta estrada<br />
cobrirá minha roupa branca de poeira.<br />
Ele ainda afirmou:<br />
__ Não saio do carro de forma<br />
alguma! Não quero sujar o terno que<br />
mamãe me deu de presente antes de<br />
morrer.<br />
Nem bem acabou de falar, o<br />
garoto viu um carro que vinha em<br />
direção contrária levantando poeira<br />
para todos os lados, de forma que<br />
nada se enxergava. Desesperado, ele<br />
tratou de fechar as janelas do carro<br />
rapidamente, alertando o pai a fazer<br />
o mesmo.<br />
A esta altura Gustavo já nem<br />
se lembrava mais do vizinho chato.<br />
O pai, então, aproveitou-se da situação<br />
e disse-lhe com carinho:<br />
_ Pois é, meu filho, creio que<br />
você aprendeu a lição da poeira e<br />
do terno branco em sua vida.<br />
Gustavo olhou para o pai e respondeu<br />
amavelmente:<br />
__ É verdade, papai. A raiva e<br />
a intolerância me cegaram do mesmo<br />
jeito que a poeira impediu a<br />
nossa visão cobrindo o carro de pó.<br />
Imagine essa poeira na minha roupa...<br />
Gustavo ficou pensativo por algum<br />
tempo e depois concluiu:<br />
__ Nunca mais serei “pavio curto”<br />
papai. Pior do que a poeira no<br />
meu terno branco é o ódio que se<br />
alastra deixando marcas dolorosas<br />
no corpo e danos irreparáveis no<br />
coração.<br />
Orgulhoso do filho, que superou<br />
a raiva e a intolerância compre-<br />
Espelho interior<br />
Este espelho<br />
encontra-se<br />
esculpido ou modelado,<br />
no subconsciente<br />
do ser humano,<br />
como se fosse<br />
uma obra de arte,<br />
tudo de bom para<br />
uma vida feliz.<br />
A paz, na saúde,<br />
a alegria, a bondade,<br />
o respeito, a responsabilidade,<br />
a ética, a caridade,<br />
a solidariedade, o amor...<br />
Este espelho<br />
tem que ser<br />
transportado para<br />
o espelho exterior<br />
que é a vida.<br />
Mas, como agir<br />
para que<br />
isso aconteça?<br />
Mentalize bons<br />
pensamentos.<br />
Procure viver a<br />
sucessão dos dias,<br />
sem raiva, mágoa,<br />
praticando o bem.<br />
Assim, a pessoa<br />
passa a receber<br />
os fluídos positivos<br />
do espelho interior.<br />
É proveitoso<br />
essa transformação<br />
para viver bem,<br />
pois a vida é rápida,<br />
não perca tempo.<br />
Viva bem a vida.<br />
Tudo do espelho interior<br />
irriga a vida exterior<br />
positivamente.<br />
* Professora, pesquisadora.<br />
Saúde, paz, alegria para todos.<br />
endendo que elas são geradoras da<br />
violência, o pai ainda completou<br />
emocionado:<br />
__ Veja filho, mesmo ausente<br />
deste mundo sua mãe deu um jeito<br />
de me ajudar na árdua tarefa de<br />
ensinar-lhe os caminhos de um homem<br />
honrado.<br />
Muito feliz Gustavo concluiu:<br />
__ Bem que a mamãe dizia que<br />
o terno branco me deixava um homem<br />
feito. Ela sabia das coisas,<br />
papai!<br />
*Adilda Penido em 16/03/<br />
2010<br />
PARA REFLETIR:<br />
O Terno Branco representa a superação<br />
da violência porque compreende o respeito<br />
pela vida. Prova, também, que a educação<br />
semeada com valores éticos tende a<br />
ser duradoura, pois quem semeia o amor,<br />
com certeza, colhe bons frutos.<br />
SUGESTÕES DE ATIVIDADES:<br />
1- A Parábola “O Terno Branco” revela<br />
um diálogo de amor entre pai e filho. O que<br />
aconteceria se o pai agisse conforme o filho<br />
“pavio curto”?<br />
2- Reflita e dê a sua opinião sobre o<br />
pensamento: “violência gera violência, mas<br />
gentileza gera gentileza”.<br />
3- A mãe de Gustavo morreu, mas lhe<br />
deixou uma grande herança. De fato, qual<br />
foi a herança que o garoto recebeu da mãe<br />
e que foi fundamental para torná-lo um<br />
homem feito?<br />
4- O Grande Mestre Jesus lecionou o<br />
amor e, sobretudo, ensinou aos homens a<br />
cultivá-lo para evitar que as misérias do<br />
mundo lhes consumissem a vida. Em sua<br />
opinião, quais são as misérias do mundo<br />
que ameaçam o bem estar do ser humano?<br />
*Pedagoga, pós-graduada<br />
em Educação Inclusiva, filha de<br />
Santanense/Itaúna.