COL RESPOSTA CERTA 16 - LINGUA PORTUGUESA - 1 edicao
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TÍTULOS DA <strong>COL</strong>EÇÃO <strong>RESPOSTA</strong> <strong>CERTA</strong><br />
(Questões da Fundação Carlos Chagas)<br />
Volume 1 – Direito Civil<br />
Volume 2 – Direito Penal<br />
Volume 3 – Direito e Processo do Trabalho<br />
Volume 4 – Processo Civil<br />
Volume 5 – Lei dos Servidores Públicos Federais (Lei n. 8.112/90)<br />
Volume 6 – Lei de Licitações e Contratos da Administração Pública (Lei n. 8.666/93)<br />
Volume 7 – Informática<br />
Volume 8 – Direito Constitucional<br />
Volume 9 – Direito Administrativo<br />
Volume 10 – Processo Penal<br />
Volume 11 – Direito Tributário<br />
Volume 12 – Direito Eleitoral<br />
Volume 13 – Matemática<br />
Volume 14 – Contabilidade<br />
Volume 15 – Raciocínio Lógico<br />
Volume <strong>16</strong> – Português
2011
ISBN 978-85-02-13188-0<br />
Rua Henrique Schaumann, 270, Cerqueira César — São Paulo — SP<br />
CEP 05413-909<br />
PABX: (11) 3613 3000<br />
SACJUR: 0800 055 7688<br />
De 2ª a 6ª, das 8:30 às 19:30<br />
saraivajur@editorasaraiva.com.br<br />
Acesse: www.saraivajur.com.br<br />
Filiais<br />
AMAZONAS/RONDÔNIA/RORAIMA/ACRE<br />
Rua Costa Azevedo, 56 – Centro<br />
Fone: (92) 3633-4227 – Fax: (92) 3633-4782 – Manaus<br />
BAHIA/SERGIPE<br />
Rua Agripino Dórea, 23 – Brotas<br />
Fone: (71) 3381-5854 / 3381-5895<br />
Fax: (71) 3381-0959 – Salvador<br />
BAURU (SÃO PAULO)<br />
Rua Monsenhor Claro, 2-55/2-57 – Centro<br />
Fone: (14) 3234-5643 – Fax: (14) 3234-7401 – Bauru<br />
CEARÁ/PIAUÍ/MARANHÃO<br />
Av. Filomeno Gomes, 670 – Jacarecanga<br />
Fone: (85) 3238-2323 / 3238-1384<br />
Fax: (85) 3238-1331 – Fortaleza<br />
DISTRITO FEDERAL<br />
SIA/SUL Trecho 2 Lote 850 – Setor de Indústria e Abastecimento<br />
Fone: (61) 3344-2920 / 3344-2951<br />
Fax: (61) 3344-1709 – Brasília<br />
GOIÁS/TOCANTINS<br />
Av. Independência, 5330 – Setor Aeroporto<br />
Fone: (62) 3225-2882 / 3212-2806<br />
Fax: (62) 3224-30<strong>16</strong> – Goiânia<br />
MATO GROSSO DO SUL/MATO GROSSO<br />
Rua 14 de Julho, 3148 – Centro<br />
Fone: (67) 3382-3682 – Fax: (67) 3382-0112 – Campo Grande<br />
MINAS GERAIS<br />
Rua Além Paraíba, 449 – Lagoinha<br />
Fone: (31) 3429-8300 – Fax: (31) 3429-8310 – Belo Horizonte<br />
PARÁ/AMAPÁ<br />
Travessa Apinagés, 186 – Batista Campos<br />
Fone: (91) 3222-9034 / 3224-9038<br />
Fax: (91) 3241-0499 – Belém<br />
PARANÁ/SANTA CATARINA<br />
Rua Conselheiro Laurindo, 2895 – Prado Velho<br />
Fone/Fax: (41) 3332-4894 – Curitiba<br />
PERNAMBUCO/PARAÍBA/R. G. DO NORTE/ALAGOAS<br />
Rua Corredor do Bispo, 185 – Boa Vista<br />
Fone: (81) 3421-4246 – Fax: (81) 3421-4510 – Recife<br />
RIBEIRÃO PRETO (SÃO PAULO)<br />
Av. Francisco Junqueira, 1255 – Centro<br />
Fone: (<strong>16</strong>) 3610-5843 – Fax: (<strong>16</strong>) 3610-8284 – Ribeirão Preto<br />
RIO DE JANEIRO/ESPÍRITO SANTO<br />
Rua Visconde de Santa Isabel, 113 a 119 – Vila Isabel<br />
Fone: (21) 2577-9494 – Fax: (21) 2577-8867 / 2577-9565 – Rio de Janeiro<br />
RIO GRANDE DO SUL<br />
Av. A. J. Renner, 231 – Farrapos<br />
Fone/Fax: (51) 3371-4001 / 3371-1467 / 3371-1567<br />
Porto Alegre<br />
SÃO PAULO<br />
Av. Antártica, 92 – Barra Funda<br />
Fone: PABX (11) 36<strong>16</strong>-3666 – São Paulo<br />
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)<br />
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)<br />
Manaia, Luiz<br />
Português / Luiz Manaia ; coordenadores Fábio Vieira Figueiredo e Alessandro<br />
Ferraz. — São Paulo : Saraiva, 2011. — (Coleção resposta certa :<br />
Fundação Carlos Chagas ; v. <strong>16</strong>)<br />
1. Direito - Linguagem 2. Português - Concursos I. Figueiredo, Fábio Vieira.<br />
II. Ferraz, Alessandro. III. Título. IV. Série.<br />
11-06281 CDU-340.113.1:806.90(079)<br />
Índice para catálogo sistemático:<br />
1. Português : Concursos na área jurídica :<br />
Linguagem jurídica : Direito 340.113.1:806.90(079)<br />
Diretor editorial Luiz Roberto Curia<br />
Gerente de produção editorial Lígia Alves<br />
Editor Jônatas Junqueira de Mello<br />
Assistente editorial Sirlene Miranda de Sales<br />
Assistente de produção editorial Clarissa Boraschi Maria<br />
Arte, diagramação e revisão Know-how Editorial<br />
Serviços editoriais Elaine Cristina da Silva<br />
Kelli Priscila Pinto<br />
Produção gráfica Marli Rampim<br />
Impressão<br />
Acabamento<br />
Capa Alexandre Rampazo<br />
Data de fechamento da edição: 5-7-2011<br />
Dúvidas?<br />
Acesse www.saraivajur.com.br<br />
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio<br />
ou forma sem a prévia autorização da Editora Saraiva.<br />
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei n. 9.610/98 e<br />
punido pelo artigo 184 do Código Penal.<br />
129.584.001.001
UMA <strong>RESPOSTA</strong> A SUA ALTURA:<br />
FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS E EDITORA SARAIVA<br />
De todo mundo a vida exige respostas.<br />
Somos questionados em casa, no trabalho, perante a sociedade e em nossas atitudes, o tempo todo. Até<br />
mesmo antes de você nascer já pediam uma resposta: Será menino ou menina? É para quando? Está saudável?<br />
Como vai se chamar?<br />
Pois é, queira ou não, as respostas acompanham você vida afora. Não importam a classe social, o sexo,<br />
a idade, o grau de escolaridade, a cidade, elas existem e assim deve ser, por um simples motivo. Elas estimulam<br />
o passo seguinte, o que você conquista depois.<br />
É exatamente a isso que se dedica a presente Coleção. Às respostas que todos nós buscamos para as<br />
etapas que pretendemos vencer com a ajuda do conhecimento.<br />
Mas, para isso, não basta qualquer resposta: é preciso que seja a certa.<br />
Tão certa quanto a escolha da Editora Saraiva e dos coordenadores desta obra ao elegerem a Fundação<br />
Carlos Chagas como uma das principais referências dessa rica fonte de estudo, agora ao alcance de suas<br />
mãos. Uma instituição séria que – com todo o respeito – tem respostas para tudo. Não só pela natureza imediata<br />
de sua atividade como planejadora e aplicadora de processos seletivos, mas notadamente por sua larga<br />
contribuição à educação no Brasil.<br />
Criada em 1964, a Fundação Carlos Chagas é uma instituição privada sem fins lucrativos, reconhecida<br />
como de utilidade pública nos âmbitos federal, estadual e municipal. Em 45 anos de existência, mais de 74<br />
milhões de pessoas em todo o território nacional já foram avaliadas pelos rigorosos exames da entidade, em<br />
número superior a 2.600 projetos realizados para cerca de 500 instituições. Números que só poderiam ser<br />
atingidos por marcas de tão alta confiabilidade, segurança e qualidade na prestação de serviços.<br />
Dessa forma, a Fundação Carlos Chagas representa para milhões e milhões de pessoas em nosso país o<br />
passaporte para a concretização de tantos sonhos e projetos de vida.<br />
É para isso que ela trabalha. É esse seu firme propósito.<br />
Há décadas, ser avaliado por essa instituição é sinônimo de ser efetivamente testado (e aprovado) nos<br />
limites do próprio conhecimento, não importa em que fase da vida você esteja: se está prestando vestibular,<br />
disputando uma vaga no mercado de trabalho ou consolidando sua carreira.<br />
Por essas razões, a Editora Saraiva foi buscar na Fundação Carlos Chagas a resposta certa para você.<br />
Se a Saraiva é líder no segmento de livros jurídicos e uma das maiores no mercado de materiais didáticos<br />
para o Ensino Fundamental, Médio e Superior, isso se deve a sua vocação educativa e a seu compromisso com
6 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
a formação de várias gerações de brasileiros. Responsabilidade tão bem alinhada com a da Fundação Carlos<br />
Chagas que não poderia resultar em parceria mais certa.<br />
Agora é com você, caro leitor.<br />
Que as respostas presentes neste livro venham à altura de seus objetivos pessoais e profissionais. Que<br />
encontrá-las seja o menos árduo possível e venha como merecimento pelo que você, de fato, construiu ao<br />
longo de seu processo de aprendizagem.<br />
Deixamos registrado nosso agradecimento à Fundação Carlos Chagas, pela parceria, e também a você,<br />
a quem jamais poderíamos deixar de dar uma resposta à altura.<br />
Receba nosso muito obrigado por sua escolha e nossos votos de sucesso em seus futuros desafios!
NOTA DOS COORDENADORES<br />
Coleção Resposta Certa<br />
Fundação Carlos Chagas<br />
Esta Coleção foi desenvolvida para suprir a maior necessidade do concursando: fixar a matéria por meio<br />
da resolução de exercícios. Assim, avaliamos que, para ser aprovado em concursos públicos, o aluno precisa<br />
treinar sempre e, sobretudo, aplicar o que aprendeu com o texto legal e com a teoria, pois, caso contrário, não<br />
obterá êxito em sua caminhada, tendo em vista que a concorrência é enorme.<br />
A escolha das provas aplicadas pela Fundação Carlos Chagas deveu-se ao grande número de concursos<br />
normalmente realizado pela organização. A título de exemplo, os que são promovidos para ingresso nas<br />
seguintes instituições:<br />
• Banco Central<br />
• Câmara dos Deputados<br />
• Defensorias Públicas<br />
• ICMS – Agentes Fiscais<br />
• ISS – Auditor de São Paulo<br />
• Magistraturas Estaduais<br />
• Ministério Público Estadual<br />
• Ministério Público da União<br />
• Procuradorias Municipais, Estaduais e Federais<br />
• Tribunais de Justiça<br />
• Tribunais de Contas<br />
• Tribunais Regionais Eleitorais<br />
• Tribunais Regionais Federais das 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª Regiões<br />
• Tribunais Regionais do Trabalho etc.<br />
Antecipamos ao leitor que os comentários de cada volume são breves e objetivos, especialmente quando<br />
o tratamento de um tema específico exige exame mais profundo.<br />
Em função da sistemática adotada, pudemos selecionar um número bastante razoável de questões, o que<br />
possibilitou a diversificação dos temas. Além disso, demonstramos ao concursando que muitas vezes as indagações<br />
dos examinadores são as mesmas para carreiras distintas.
8 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
Importante mencionar que todos os autores já foram um dia aprovados em concurso. Entre eles há professores<br />
especializados em cursos preparatórios. Isso denota a importância de conhecer a instituição organizadora,<br />
o que é fundamental para a obtenção do êxito.<br />
Para facilitar o manuseio, a Coleção foi dividida por matérias, cada uma apresentando um número<br />
mínimo de questões que possa, por assim dizer, “cobrir” os editais dos diversos concursos públicos ou privados.<br />
Com essa sistemática, estamos absolutamente certos de que os comentários propiciarão uma excelente<br />
ferramenta de desenvolvimento e depuração do raciocínio do candidato.<br />
Em algumas das questões, o autor diverge do gabarito oficial. Para esses casos, os respectivos comentários<br />
apresentam a fundamentação legal, doutrinária e jurisprudencial.<br />
Por óbvio, não houve por parte dos autores de cada volume específico a pretensão de esgotar os diferentes<br />
temas. Nosso desejo é levar o aluno a testar seus conhecimentos e, acima de tudo, descobrir exatamente<br />
qual é a tônica da arguição da banca que o examinará em sua prova.<br />
Com essa receita, estamos convencidos de que o candidato atingirá seu objetivo: ser aprovado!<br />
Sucesso a todos os concursandos e estudiosos.<br />
Que Deus ilumine o caminho de vocês nesta jornada.<br />
Por oportuno, agradecemos à diretoria da Editora Saraiva, sobretudo aos amigos Nilson e Luiz Roberto,<br />
pela atenção dispensada aos projetos encaminhados. Aos queridos amigos e companheiros que nos acompanham<br />
nos últimos anos: Vanderlei, Edson e Jônatas, que, em primeiro lugar, tiveram contato com os<br />
projetos e sempre ofereceram apoio incondicional, não medindo esforços para a sua realização, inclusive<br />
deste, em especial, oferecemos nossa eterna estima e grande carinho.<br />
Aos amigos do editorial: Clarissa, Lígia, Manuella, Thiago e Vinícius.<br />
Aos queridos amigos do departamento comercial: ao Rubens, que lidera uma equipe de profissionais do<br />
mais alto gabarito, trabalhando duro pelo sucesso comercial de nossos projetos. Ao estimado Sérgio e a todos<br />
os demais amigos: André, Antônio Roberto, Clarice, Diná, Roberto e Tiago.<br />
A todos vocês o nosso especial agradecimento.<br />
Os Coordenadores<br />
Alessandro Ferraz<br />
Advogado. Ex-serventuário do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.<br />
Professor de Direito Constitucional e Administrativo em cursos preparatórios<br />
para carreiras públicas. Professor do Obcursos São Paulo, Curso Formação<br />
e Complexo Jurídico Damásio de Jesus.<br />
Fábio Vieira Figueiredo<br />
Advogado e consultor jurídico.<br />
Doutorando e Mestre em Direito Civil Comparado pela PUCSP.<br />
Pós-graduado (lato sensu) em Direito Empresarial e Direito Contratual.<br />
Professor em diversos cursos de graduação e pós-graduação (USCS, USJT e FDDJ)<br />
e preparatórios para concursos.
APRESENTAÇÃO<br />
Caro aluno,<br />
Neste trabalho, você encontrará toda a teoria apresentada nos programas para concursos relativos aos<br />
segundo e terceiro graus, contendo itens ligados à gramática, bem como à interpretação de textos.<br />
Cabe lembrar que esta pequena obra não substitui o livro. Portanto, havendo dúvidas, caro leitor, consulte<br />
uma gramática, pois o livro ainda é a melhor “apostila” que existe.<br />
Quanto ao índice, a ideia de facilitar a consulta levou-nos a dividi-lo por assuntos. Dessa forma, o leitor<br />
poderá estudar os temas gradativamente.<br />
Em tempos de concursos, costuma-se ouvir todo tipo de argumento. Não perca tempo ouvindo “palpites<br />
ou lendas”, pois, se sua dúvida for de Língua Portuguesa, procure um profissional habilitado para tal, ou<br />
seja, “Se persistirem os sintomas, procure um professor de português”.<br />
Que este pequeno trabalho seja de enorme valia para seus estudos e desde agora...<br />
Boa Sorte!
ÍNDICE<br />
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO<br />
Questões: 1, 2, 4, 11, 12, 13, 19, 20, 26, 30, 31, 41, 49, 50, 51, 58, 59, 60, 66, 67, 69, 71, 72, 73, 74, 81, 82, 83,<br />
85, 86, 93, 103, 108, 125, 126, 127, 129, 134, 145, 146, 149, 155, 156, 159, 189, 190, 193, 199, 205, 206, 207,<br />
208, 210, 214, 221, 222, 230, 231, 234, 235, 236, 239, 241, 248, 257, 260, 263, 269, 270, 271, 272, 273, 279,<br />
280, 283, 288, 289, 290, 294, 298, 299.<br />
ESTRUTURA, FORMAÇÃO E COMPOSIÇÃO DAS PALAVRAS, ORTOGRAFIA E ACENTUAÇÃO GRÁFICA<br />
Questões: 3, 21, 37, 38, 53, 62, 67, 79, 86, 90, 94, 107, 119, 132, 135, 142, 143, 152, <strong>16</strong>0, <strong>16</strong>1, <strong>16</strong>2, <strong>16</strong>3, <strong>16</strong>4,<br />
<strong>16</strong>5, <strong>16</strong>6, <strong>16</strong>7, <strong>16</strong>8, 170, 172, 173, 174, 175, 176, 177, 178, 179, 180, 181, 196, 197, 203, 212, 249, 250, 266, 292.<br />
SINTAXE DE PALAVRAS, DE <strong>COL</strong>OCAÇÃO E REDAÇÃO OFICIAL<br />
Questões: 7, 14, 36, 46, 56, 57, 88, 92, 94, 102, 103, 110, 113, 121, 131, 137, 185, 213, 220, 223, 225, 229, 235,<br />
251, 253, 254, 256, 259, 261, 268, 282, 286, 287.<br />
VERBO. VOZES, TEMPO E FLEXÃO<br />
Questões: 5, 6, 8, <strong>16</strong>, 23, 28, 34, 42, 47, 54, 64, 65, 70, 77, 78, 80, 83, 96, 98, 100, 101, 103, 104, 107, 109, 114,<br />
1<strong>16</strong>, 117, 118, 122, 139, 143, 147, 150, 151, 153, 158, 184, 192, 197, 219, 224, 226, 228, 262, 276, 285, 288, 293.<br />
SINTAXE DE ORAÇÃO E PERÍODO. ELEMENTOS DA PARÁFRASE – ADVÉRBIOS E CONJUNÇÕES<br />
Questões: 10, 18, 19, 27, 29, 32, 33, 35, 43, 44, 53, 55, 56, 63, 75, 79, 83, 84, 85, 86, 87, 89, 94, 95, 99, 105,<br />
109, 115, 124, 126, 128, 135, 136, 137, 138, 146, 148, 149, 157, 182, 183, 186, 187, 188, 191, 194, 195, 198,<br />
200, 202, 203, 209, 215, 223, 232, 238, 240, 242, 243, 244, 245, 247, 252, 255, 258, 267, 275, 281, 283, 284,<br />
285, 295, 300, 301.<br />
SINTAXE DE CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL<br />
Questões: 15, 17, 22, 39, 40, 45, 61, 70, 76, 88, 90, 100, 106, 110, 111, 113, 117, 130, 131, 144, 152, 154, 158,<br />
<strong>16</strong>9, 171, 197, 217, 241, 262, 277, 278, 282, 283, 291, 297, 299.<br />
SINTAXE DE REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL E USO DA PREPOSIÇÃO<br />
Questões: 24, 25, 48, 56, 62, 65, 79, 99, 102, 105, 106, 110, 111, 112, 123, 124, 131, 133, 141, 152, 188, 201,<br />
211, 2<strong>16</strong>, 220, 221, 233, 242, 243, 246, 264, 265.<br />
PONTUAÇÃO<br />
Questões: 9, 52, 68, 88, 97, 99, 120, 140, 204, 217, 227, 237, 274, 296.
TRE/AC – ANALISTA JUDICIÁRIO –<br />
ÁREA JUDICIÁRIA – 2010<br />
Atenção: As questões de 1 a 10 referem ‐se ao texto seguinte.<br />
Mordacidade de Montesquieu<br />
O grande pensador Montesquieu, uma das mais iluminadas inteligências da França do século<br />
XVIII, um mestre para os estudos jurídicos, era também um exuberante talento artístico. Em 1721<br />
aparece sua primeira obra literária, as Cartas persas, nas quais retrata satiricamente toda a civilização<br />
francesa, por meio da suposta correspondência de dois viajantes persas em andanças por Paris<br />
e desejosos de “instruir‐se nas ciências do Ocidente”. Em Paris, contemplam uma cidade onde “as<br />
casas são tão altas que se as julgaria habitadas por astrólogos” e tão extremamente povoadas que,<br />
“quando todo mundo desce para as ruas, faz ‐se uma bela confusão.”<br />
O rei da França parece ‐lhes “o mais poderoso príncipe da Europa. Não tem minas de ouro<br />
como o rei da Espanha, seu vizinho, mas tem mais riquezas porque as tira da vaidade dos súditos,<br />
inesgotável mais que as minas... Esse rei é um grande mágico: exerce seu império sobre o próprio<br />
espírito dos súditos, fazendo ‐os pensar como ele. Se não tem mais que um milhão de escudos em<br />
seu tesouro e tem necessidade de dois, não precisa fazer mais do que persuadi ‐los de que um escudo<br />
vale dois, e todo mundo acredita.”<br />
À crítica da autoridade política, característica do Século das Luzes, junta ‐se à da autoridade<br />
religiosa, quando os persas encontram “um outro mágico, mais forte que o rei e não menos mestre<br />
de seu próprio espírito quanto do espírito dos outros. Esse mágico chama ‐se Papa e faz crer aos<br />
súditos que três não é mais que um, que vinho não é vinho, que pão não é pão, e mil outras coisas<br />
da mesma espécie. Para não dar descanso aos súditos e não deixá ‐los perder o hábito da crença,<br />
fornece a eles, de quando em quando, certos tratados de fé.”<br />
O sarcasmo estende ‐se aos costumes, e Montesquieu põe na boca dos persas palavras de admiração<br />
ao encontrarem mulheres muito habilidosas que “fazem da virgindade uma flor que perece e
14 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
renasce todos os dias”. Os caprichos da moda entre os franceses parecem ‐lhes surpreendentes, e<br />
“não se acreditaria em quanto custa ao marido colocar sua mulher na moda.”<br />
Extraído do encarte a Montesquieu. São Paulo: Abril, Os pensadores, 1973.<br />
1<br />
TRE/AC – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
Em relação à apresentação e à organização do texto, é<br />
correto afirmar que<br />
A) a referência, no primeiro parágrafo, à contribuição<br />
de Montesquieu para os estudos jurídicos encontra<br />
sustentação no último parágrafo.<br />
B) a utilização das aspas indica que os trechos assim<br />
ressaltados correspondem a uma tradução de fragmentos<br />
das Cartas persas de Montesquieu.<br />
C) o segundo e o terceiro parágrafos encerram críticas<br />
de Montesquieu às baldadas tentativas dos mandatários<br />
que buscavam amenizar o autoritarismo<br />
do regime.<br />
D) o último parágrafo corresponde a uma efetiva conclusão<br />
do texto, já que nele se comprovam as teses<br />
propostas nos parágrafos anteriores.<br />
E) seu autor não se furtou, utilizando para isso as<br />
aspas de praxe, a emitir opinião pessoal acerca<br />
do mérito mesmo das questões satirizadas por<br />
Montesquieu.<br />
Alternativa B – CERta<br />
Questão típica sobre pontuação, caro leitor. O uso das aspas<br />
indica a possibilidade de ressaltar ‐se em um texto algo<br />
que tenha sido dito ou escrito por alguém que não o autor.<br />
Alternativa A – errada<br />
O último parágrafo refere ‐se ao sarcasmo de Montesquieu.<br />
Alternativa C – errada<br />
Não há crítica, e sim uma referência ao rei e sua maneira<br />
de agir em relação ao povo; não há efetiva conclusão no<br />
último parágrafo.<br />
Alternativa D – errada<br />
Pois Montesquieu “põe na boca dos persas”, não sendo,<br />
portanto, uma conclusão, e sim uma explicação.<br />
Alternativa E – errada<br />
Induz o aluno ao erro, pois as aspas só serão usadas para<br />
indicar citação, e não dizeres próprios. Portanto, o autor,<br />
para dizer algo “seu”, não necessitaria das aspas.<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
2<br />
TRE/AC – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
Esta é uma questão que não foi contemplada, no texto,<br />
como objeto da sátira de Montesquieu:<br />
A) os excessos arquitetônicos da cidade de Paris.<br />
B) a habitual usura dos súditos franceses.<br />
C) a atuação dos símbolos na linguagem católica.<br />
D) a dissimulação feminina das experiências sexuais.<br />
E) os traços de um autoritarismo ludibrioso e inescrupuloso.<br />
Alternativa B – certa<br />
A resposta a esta afirmativa está no segundo parágrafo na<br />
demonstração de poder do rei em convencer seus súditos,<br />
e não que os franceses fossem usurários.<br />
Alternativa A – errada<br />
A resposta a esta afirmativa está no final do primeiro parágrafo.<br />
Alternativa C – errada<br />
O texto traz à tona que, muito mais poderoso que o símbolo<br />
real, estão os símbolos da igreja.<br />
Alternativa D – errada<br />
Este item encontra ‐se no último parágrafo do texto.<br />
Alternativa E – errada<br />
Este item é a síntese do texto, ou, a autoridade do rei que<br />
engana e não se recente de escrúpulos, no que concerne<br />
“à coisa pública”.<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
3<br />
TRE/AC – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
Comenta ‐se corretamente um aspecto do texto, em redação<br />
conforme a norma culta, em:<br />
A) Nas Cartas persas, Montesquieu valeu ‐se de um<br />
documento genuinamente histórico, quanto mais<br />
não seja para fazê ‐lo insurgir ‐se diante do regime<br />
francês.<br />
B) Apropriando ‐se imaginariamente de uma correspondência<br />
entre dois persas, Montesquieu os consita<br />
para si e faz deles emissores de sua própria crítica.<br />
C) Com o estratagema de uma forjada correspondência<br />
entre dois persas, Montesquieu acaba por denunciar<br />
as mazelas que vê na França do Século das Luzes.<br />
D) Pustulando a autoria de cartas efetivamente persas,<br />
Montesquieu deseja satirizar os hábitos franceses,<br />
e acaba estendendo ‐os a todos os demais do<br />
Século das Luzes.<br />
E) Estreiando na literatura com as Cartas persas,<br />
Montesquieu já apregoava os maus costumes franceses,<br />
deblaterando ‐os à revelia do monarca e do<br />
próprio Papa.
Português 15<br />
Alternativa C – <strong>CERTA</strong><br />
Alternativa A – errada<br />
A alternativa A apresenta desvio de compreensão “quanto<br />
mais não seja...”; nas alternativas seguintes, o desvio<br />
refere ‐se à parte ortográfica.<br />
Alternativa B – errada<br />
Ortograficamente, escreve ‐se o verbo concitar (excitar,<br />
incitar) com “c”, e não como consta, “consita”.<br />
Alternativa D – errada<br />
O correto é postulando.<br />
Alternativa E – errada<br />
O correto é estreando. Vale aqui, caro leitor, um adendo<br />
extremamente importante: cuidado com os verbos em<br />
“ear”. Na verdade não existe a vogal “i”, que a maioria<br />
coloca por desvio fonético. Tomemos, por exemplo, o<br />
verbo cear no presente do indicativo: Eu ceIo, tu ceIas, ele<br />
ceIa. A partir daí, a semivogal I desaparece: nós ceamos,<br />
vós ceais, o que ocorre com todos os verbos terminados<br />
em “ear”.<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
4<br />
TRE/AC – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
Deve ‐se entender, pelo sentido que há no contexto,<br />
que o segmento<br />
A) era também um exuberante talento artístico é uma<br />
informação enfática e inclusiva.<br />
B) por meio da suposta correspondência é uma alusão<br />
à eventual legitimidade das cartas.<br />
C) porque as tira da vaidade dos súditos é uma reiteração<br />
da vaidade do rei da França.<br />
D) exerce seu império sobre o próprio espírito dos súditos<br />
é uma condenação da subserviência imperial.<br />
E) não menos mestre de seu próprio espírito quanto<br />
do espírito dos outros é uma comprovação das práticas<br />
piedosas do Papa.<br />
Alternativa A – CERta<br />
Alternativa B – errada<br />
O termo, suposta, refere ‐se não à legitimidade das cartas,<br />
e sim à intenção do autor quanto à veracidade dos fatos<br />
que vinham ocorrendo na França naquele momento.<br />
Alternativa C – errada<br />
Não há reiteração, mas, sim, a causa do sucesso do rei.<br />
Alternativa D – errada<br />
O autor não se refere à subserviência, mas à vaidade humana<br />
muito bem explorada pelo rei.<br />
Alternativa E – errada<br />
A ironia usada pelo autor em relação às atitudes do Papa<br />
não estão ligadas às práticas piedosas, mas a uma denúncia<br />
à exploração da crença.<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
5<br />
TRE/AC – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
A forma verbal resultante da transposição para a voz<br />
passiva da frase<br />
a) quanto às minas de ouro, o rei as tira da vaidade<br />
dos súditos será tê ‐las‐á tirado.<br />
B) retrata satiricamente toda a civilização francesa<br />
será tem ‐na retratado.<br />
C) exerce seu império sobre o próprio espírito dos súditos<br />
será têm sido exercidos.<br />
D) fornece a eles (...) certos tratados de fé será são‐<br />
‐lhes fornecidos.<br />
E) custa ao marido colocar sua mulher na moda será<br />
custa ‐lhe tê ‐la colocado.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
A voz passiva correta é: “as minas são tiradas pelo rei”.<br />
Alternativa B – errada<br />
O correto é: “toda a civilização é retratada”.<br />
Alternativa C – errada<br />
O correto é: “é exercido”.<br />
Alternativa E – errada<br />
O verbo custar no sentido de dificultar é transitivo indireto,<br />
não havendo, portanto, possibilidade de voz passiva.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
6<br />
TRE/AC – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
O verbo indicado entre parênteses deverá ser flexionado<br />
numa forma do singular para preencher de modo<br />
correto a lacuna da frase:<br />
A) Nem mesmo se ...... (atrever) a repudiar as mordazes<br />
críticas de Montesquieu quem por elas se sentisse<br />
atingido.<br />
B) ...... (vir) somar ‐se ao autoritarismo político as ingerências<br />
autoritárias do poder religioso.<br />
C) Não ...... (ficar) à margem da dura crítica de Montesquieu<br />
nem mesmo algumas características das<br />
construções parisienses.<br />
D) ...... (constituir) matéria para o riso do filósofo até<br />
mesmo os ritos e os símbolos católicos.<br />
E) Não ...... (escapar) à crítica de Montesquieu quaisquer<br />
atitudes que lhe parecessem viciosas.<br />
Alternativa A – CERta<br />
O verbo atrever ‐se deverá concordar com o pronome indefinido<br />
quem, portanto, na 3ª pessoa do singular. “Nem<br />
mesmo se atreve a repudiar as mordazes críticas de Montesquieu<br />
quem por elas se sentisse atingido.” O verbo atrever ‐se<br />
– pronominal – é transitivo indireto, exigindo a presença<br />
da preposição a, não permitindo, portanto, o plural.
<strong>16</strong> Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
Alternativa B – errada<br />
O verbo deve concordar com o núcleo substantivo “ingerências”,<br />
portanto, virem.<br />
Alternativa C – errada<br />
“Ficam” concordará com o núcleo substantivo “características”.<br />
Alternativa D – errada<br />
“Constituem” concordará com os núcleos substantivos<br />
“ritos e símbolos”.<br />
Alternativa E – errada<br />
“Escapam” concordará com o substantivo núcleo<br />
“atitudes”.<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
7<br />
TRE/AC<br />
– Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
Com o tempo, o sarcasmo de Montesquieu tornou ‐se<br />
proverbial, mas no século XVIII temiam esse sarcasmo<br />
todos os que se sentissem objetos possíveis dele, já<br />
que o filósofo explorava esse sarcasmo com a arte de<br />
quem sabe tornar o sarcasmo uma arma mortal.<br />
Evitam ‐se as viciosas repetições do período acima<br />
substituindo ‐se os elementos sublinhados, na ordem<br />
dada, por:<br />
A) temam ‐no – lhe explorava – o sabe tornar.<br />
B) lhe temiam – o explorava – lhe sabe tornar.<br />
C) temiam ‐no – o explorava – sabe torná ‐lo.<br />
D) temiam a ele – explorava ‐lhe – sabe torná ‐lo.<br />
E) o temam – explorava ‐o – sabe tornar ‐lhe.<br />
Alternativa C – CERta<br />
Trata ‐se de questão sobre substituição do termo substantivo<br />
pelo pronome equivalente, senão vejamos: para o<br />
objeto direto, caro leitor, usaremos sempre os pronomes<br />
o e a, e, para o objeto indireto, usaremos o pronome lhe,<br />
correto? Nesta questão, estamos diante de verbos transitivos<br />
diretos: temer, explorar e tornar. Se o verbo estiver<br />
na 3ª pessoa do plural, terá o som nasal, sendo, portanto,<br />
no, na, nos, nas, e, com verbos terminado em r, s e z, suprimimos<br />
a consoante acrescentando lo, la, los, las. Assim,<br />
temiam ‐no, o explorava e sabe torná ‐lo.<br />
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
8<br />
TRE/AC – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
Está correta a flexão de todas as formas verbais na<br />
frase:<br />
A) Muitos dos contemporâneos de Montesquieu conviram<br />
em que ele cometia intoleráveis abusos no<br />
exercício de sua crítica.<br />
B) O que hoje não mais constitue escândalo, à época<br />
de Montesquieu podia ser uma abominável prática<br />
social.<br />
C) Os herdeiros intelectuais de Montesquieu recomporam<br />
suas ideias ao longo do tempo e as adaptaram<br />
a diferentes circunstâncias.<br />
D) Mesmo que os católicos mais críticos intervissem<br />
junto às autoridades, Montesquieu não arrefeceria<br />
o tom de suas ironias.<br />
E) Nada faria com que um espírito crítico como o de<br />
Montesquieu detivesse sua mordacidade diante<br />
das mazelas de sua época.<br />
Alternativa E – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
O correto é convieram.<br />
Alternativa B – errada<br />
ConstituI (cuidado, caro aluno, pois essa troca de vogais<br />
é comum em verbos terminados em “ear”, “iar” e “uar”).<br />
Alternativa C – errada<br />
O correto é recompuseram, pois o verbo recompor, derivado<br />
por prefixação do verbo pôr, deverá ser conjugado tal<br />
qual o primitivo.<br />
Alternativa D – errada<br />
O verbo intervir, derivado do verbo vir por prefixação,<br />
deverá ser conjugado como tal, ou seja, se (...) viessem,<br />
se... interviessem.<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
9<br />
TRE/AC – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
Está inteiramente adequada a pontuação do seguinte<br />
período:<br />
A) Por meio das Cartas persas, Montesquieu, acabou<br />
atingindo de forma inapelável, não apenas as instituições<br />
políticas, mas também a própria Igreja Católica<br />
satirizada, nada mais nada menos, que em<br />
sua autoridade máxima, a figura do Papa.<br />
B) Por meio das Cartas persas, Montesquieu acabou<br />
atingindo, de forma inapelável, não apenas as instituições<br />
políticas, mas também, a própria Igreja<br />
Católica; satirizada nada mais nada menos, que em<br />
sua autoridade máxima a figura do Papa.<br />
C) Por meio das Cartas persas Montesquieu acabou<br />
atingindo de forma inapelável, não apenas as instituições<br />
políticas mas também a própria Igreja Católica,<br />
satirizada nada mais nada menos, que em sua<br />
autoridade máxima, a figura do Papa.<br />
D) Por meio, das Cartas persas, Montesquieu acabou<br />
atingindo de forma inapelável: não apenas as instituições<br />
políticas, mas, também, a própria Igreja Católica;<br />
satirizada nada mais, nada menos, que em<br />
sua autoridade máxima: a figura do Papa.
Português 17<br />
E) Por meio das Cartas persas, Montesquieu acabou<br />
atingindo, de forma inapelável, não apenas as instituições<br />
políticas, mas também a própria Igreja<br />
Católica, satirizada, nada mais, nada menos, que<br />
em sua autoridade máxima: a figura do Papa.<br />
Alternativa E – CERta<br />
Note, caro leitor, na alternativa E, as vírgulas isolando os<br />
adjuntos adverbiais “Por meio de...” e “de forma inapelável...”,<br />
as vírgulas intercalando orações aditivas: “... não<br />
apenas..., mas também...”, isolando explicação: “satirizada”,<br />
isolando termos ilustrativos, como “... nada mais,<br />
nada menos...” e o aposto determinante de atenção ao<br />
termo: “o Papa”.<br />
Alternativa A – errada<br />
Não haverá vírgula entre “Montesquieu”, o sujeito, e<br />
“acabou”, o verbo.<br />
Alternativa B – errada<br />
Não poderá haver vírgula após mas também.<br />
Alternativa C – errada<br />
Vírgulas obrigatórias em após “Cartas persas” e após<br />
“instituições políticas”.<br />
Alternativa D – errada<br />
Duas vírgulas desnecessárias no adjunto adverbial “por<br />
meio de”. Totalmente incorreto o uso de dois ‐pontos. Excesso<br />
de vírgulas, isolando conjunções aditivas, todas<br />
elas desnecessárias.<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
10<br />
TRE/AC – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
Atente para as seguintes afirmações:<br />
I – O sentido da frase “Esse rei é um grande mágico:<br />
exerce seu império sobre o próprio espírito dos súditos”<br />
não se altera caso se substitua o sinal de dois‐<br />
‐pontos por conquanto.<br />
II – Na frase “O sarcasmo estende ‐se aos costumes, e<br />
Montesquieu põe na boca dos persas palavras de admiração<br />
ao encontrarem mulheres muito habilidosas (...)”,<br />
a conjunção e pode ser substituída por haja vista que.<br />
III – Com a afirmação “fazem da virgindade uma flor<br />
que perece e renasce todos os dias”, Montesquieu reconhece<br />
os sinceros escrúpulos da moralidade francesa.<br />
Está correto apenas o que se afirma em<br />
A) II.<br />
B) III.<br />
C) I e II.<br />
D) II e III.<br />
E) I.<br />
Alternativa B – CERta<br />
Item III – resposta certa: Perecer e renascer são ideias contrárias<br />
sendo interpretados como pontos de referência moral.<br />
Item I – resposta errada: A conjunção conquanto não poderia<br />
substituir os dois ‐pontos, uma vez que represente<br />
oposição de ideias.<br />
Item II – resposta errada: A conjunção E não estabelece<br />
relação de causa. É uma conjunção aditiva.<br />
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa B
TRT/9ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA<br />
JUDICIÁRIA – EXECUÇÃO DE MANDADOS – 2010<br />
Atenção: As questões de 11 a 18 referem ‐se ao texto que segue.<br />
O poder nuclear e a civilização<br />
Considerando que nosso futuro será, em grande parte, determinado por nossa atitude perante<br />
a questão nuclear, é bom nos perguntarmos como chegamos até aqui, com o poder de destruir a<br />
civilização. O que isso nos diz sobre quem somos como espécie?<br />
Nossa aniquilação é inevitável ou será que seremos capazes de garantir nossa sobrevivência<br />
mesmo tendo em mãos armas de destruição em massa? Infelizmente, armas nucleares são monstros<br />
que jamais desaparecerão. Nenhuma descoberta científica “desaparece”. Uma vez revelada, permanece<br />
viva, mesmo se condenada como imoral por uma maioria. O pacto que acabamos por realizar<br />
com o poder tem um preço muito alto. É irreversível. Não podemos mais contemplar um mundo<br />
sem armas nucleares. Sendo assim, será que podemos contemplar um mundo com um futuro?<br />
O medo e a ganância – uma combinação letal – trouxeram ‐nos até aqui. Por milhares de anos,<br />
cientistas e engenheiros serviram o Estado em troca de dinheiro e proteção. Cercamo ‐nos de inimigos<br />
reais ou virtuais e precisamos proteger nosso país e nossos lares a qualquer preço. O patriotismo<br />
é o maior responsável pela guerra. Não é à toa que Einstein queria ver as fronteiras abolidas.<br />
Olhamos para o Brasil, os Estados Unidos e a Comunidade Europeia, onde fronteiras são cada<br />
vez mais invisíveis, e temos evidência empírica de que a união de Estados sem fronteiras leva à estabilidade<br />
e à sobrevivência. A menos que as coisas mudem profundamente, é difícil ver essa estabilidade<br />
ameaçada. Será, então, que a solução – admito, extremamente remota – é um mundo sem<br />
fronteiras, uma sociedade de fato globalizada e economicamente integrada? Ou será que existe outro<br />
modo de garantir nossa sobrevivência a longo prazo com mísseis e armas nucleares apontando<br />
uns para os outros, prontos a serem detonados? O que você diz?<br />
Adaptado de Marcelo Gleiser, Folha de S.Paulo, 18/04/2010.
Português 19<br />
11<br />
TRT/9ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
Entre as razões que podem sustentar uma posição pessimista,<br />
no que toca ao futuro de uma civilização com<br />
o poder de se destruir, estão<br />
A) a globalização político ‐econômica e o aferrado<br />
sentimento patriótico.<br />
B) a inevitabilidade de uma detonação nuclear e o<br />
protecionismo econômico.<br />
C) a permanência inexorável das armas nucleares e a<br />
exacerbação do patriotismo.<br />
D) a desintegração econômica dos Estados e o desejo<br />
de se abolirem as fronteiras.<br />
E) o pacto com o poder a qualquer preço e a iminência<br />
de uma globalização econômica.<br />
Alternativa C – CERta<br />
A resposta para esta questão está no terceiro parágrafo,<br />
quando o autor, ao citar Einstein, culpa o patriotismo<br />
como questão preponderante para a existência da guerra.<br />
Alternativa A – errada<br />
O autor não caracteriza globalização como elemento de<br />
destruição.<br />
Alternativa B – errada<br />
O autor não vê o processo nuclear como “inevitabilidade”,<br />
ou seja, algo inevitável.<br />
Alternativa D – errada<br />
Nesta alternativa, encontram ‐se elementos que podem<br />
servir como elementos que possam evitar a guerra nuclear.<br />
Alternativa E – errada<br />
O autor considera a globalização uma ideia contrária à<br />
guerra nuclear.<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
12<br />
TRT/9ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
Atente para as seguintes afirmações:<br />
I – Diante da questão das fronteiras entre os Estados, a<br />
posição do autor do texto e a de Einstein, uma vez confrontadas,<br />
acusam uma séria divergência.<br />
II – A indagação anterior a O que você diz? é um exemplo<br />
de pergunta retórica.<br />
III – O autor não isenta cientistas e engenheiros da responsabilidade<br />
pelas consequências do emprego do poder<br />
nuclear, mas não os vincula às razões de Estado.<br />
Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma<br />
em<br />
A) I.<br />
B) II.<br />
C) III.<br />
D) I e II.<br />
E) II e III.<br />
Alternativa B – CERta<br />
A pergunta retórica consiste em, ao fazer a pergunta, esperar<br />
uma resposta afirmativa.<br />
Questão típica para interpretação, caro aluno.<br />
Item I – resposta errada: as opiniões do autor e de Einstein<br />
convergem.<br />
Item III – resposta errada: vincula engenheiros e cientistas<br />
aos negócios de Estado.<br />
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
13<br />
TRT/9ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
Ao considerar que nenhuma descoberta científica “desaparece”<br />
o autor sugere que<br />
A) as evidências do progresso da ciência são tantas<br />
que não temos razões para colocá ‐lo em questão.<br />
B) nada se extingue no campo da ciência porque tudo<br />
obedece ao princípio básico da transformação.<br />
C) os cientistas têm razões éticas para alterar o rumo<br />
de descobertas que lhes pareçam nocivas.<br />
D) a ciência implica acumulação e preservação, e não<br />
o descarte das suas descobertas.<br />
E) a ciência, em seu processo de desenvolvimento, é<br />
imune à ingerência do poder político.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Atente, caro leitor, que a alternativa D nada mais é que<br />
uma paráfrase, ou seja, apenas disse com outras palavras<br />
a afirmativa do segundo parágrafo, em que o autor afirma<br />
que “nenhuma descoberta científica desaparece; uma<br />
vez revelada, permanece viva.”<br />
Alternativa A – errada<br />
Segundo o autor, as evidências do progresso da ciência<br />
são tantas que devemos, sim, colocá ‐lo em questão.<br />
Alternativa B – errada<br />
Segundo o texto, tudo que, na ciência, foi feito, segundo<br />
o autor, ficará “guardado” e nunca será destruído.<br />
Alternativa C – errada<br />
Segundo o autor, o poder e a ganância sobrepõem ‐se à<br />
ética.<br />
Alternativa E – errada<br />
Segundo o texto, a ciência subjuga ‐se poder político.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
14<br />
TRT/9ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
Nossa aniquilação é inevitável ou será que seremos capazes<br />
de garantir nossa sobrevivência mesmo tendo<br />
em mãos armas de destruição em massa?<br />
Na frase acima,
20 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
A) mesmo as tendo em mãos é correta alternativa de<br />
construção, com emprego pronominal.<br />
B) o termo ou expressa uma alternância repetitiva.<br />
C) o segmento mesmo tendo pode ser corretamente<br />
substituído por desde que tenhamos.<br />
D) ou será que a seremos capazes de garantir é correta<br />
alternativa de construção, com emprego<br />
pronominal.<br />
E) o segmento nossa aniquilação é inevitável pode<br />
ser substituído pelo equivalente nossa conflagração<br />
é irredutível.<br />
Alternativa A – CERta<br />
O verbo ter, caro aluno, é transitivo direto, exigindo a<br />
presença do pronome pessoal do caso oblíquo as, em<br />
substituição a “armas de destruição em massa”.<br />
Alternativa B – errada<br />
Temos uma única alternativa; o termo “mesmo tendo”<br />
estabelece relação de oposição, enquanto o termo “desde<br />
que” estabelece relação de condição – apresentando sentido<br />
hipotético.<br />
Alternativa C – errada<br />
“Mesmo” estabelece relação de oposição, enquanto “desde<br />
que” estabelece uma hipótese ou relação de condição.<br />
Alternativa D – errada<br />
O correto seria “será que seremos capazes de garanti ‐la”.<br />
Alternativa E – errada<br />
O termo “conflagração” não é sinônimo de “aniquilação”.<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
15<br />
TRT/9ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
Está adequada a concordância verbal nesta construção:<br />
A) nem negligência, nem incúria: a combinação letal<br />
do medo e da ganância trouxeram ‐nos até aqui.<br />
B) dizem muito, sobre nós e nossa espécie, o que nos<br />
fez chegar até aqui?<br />
C) diante do inimigo, real ou virtual, lançam ‐se mão<br />
dos recursos nucleares.<br />
D) são cada vez mais difíceis considerar como permanentes<br />
as fronteiras entre os Estados.<br />
E) repousa nas providências que levem a Estados sem<br />
fronteiras a expectativa de que sobrevivamos.<br />
Alternativa E – CERta<br />
O verbo repousa concorda com o sujeito “a expectativa”.<br />
Repare, caro aluno, que o período está na ordem inversa.<br />
Alternativa A – errada<br />
O núcleo do substantivo é combinação. Portanto, o verbo<br />
deverá estar no singular: trouxe ‐nos.<br />
Alternativa B – errada<br />
O correto é: “diz muito... o que nos fez chegar até aqui”.<br />
Alternativa C – errada<br />
“Lança‐se mão.”<br />
Alternativa D – errada<br />
“É cada vez mais difícil considerar...”<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
<strong>16</strong><br />
TRT/9ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
Está INADEQUADA a correlação entre os tempos e modos<br />
verbais nesta reconstrução de uma frase do texto:<br />
A) Cercar ‐nos‐íamos de inimigos reais ou virtuais e<br />
precisaríamos proteger nosso país.<br />
B) O pacto que acabássemos por realizar com o poder<br />
teria um preço muito alto.<br />
C) A menos que as coisas venham a mudar profundamente,<br />
será difícil ver essa estabilidade ameaçada.<br />
D) Tivesse sido assim, será que possamos contemplar<br />
um mundo com futuro?<br />
E) Teria sido bom se nos houvéssemos perguntado<br />
como chegamos até aqui.<br />
Alternativa D – CERta<br />
A alternativa D estaria correta se o verbo poder estivesse<br />
no futuro do pretérito, ou seja: “... tivesse sido assim, será<br />
que poderíamos contemplar...?”.<br />
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
17<br />
TRT/9ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
Está clara e correta a redação deste livre comentário<br />
sobre o texto:<br />
A) Não adiantam nem o otimismo nem o pessimismo:<br />
o que urge é tomarmos providências no sentido de<br />
se dirimir nossa divisão em países com fronteiras.<br />
B) Uma das denúncias do texto constitue de fato um<br />
alerta: que não se tome como reversível qualquer<br />
conquista a que a ciência chegue a alcançar.<br />
C) Para Albert Einstein, uma medida radical e responsável<br />
para se evitar a calamidade de uma guerra<br />
nuclear seria, pura e simplesmente, a abolição das<br />
fronteiras.<br />
D) Conquanto não tenham em vista essa mesma finalidade,<br />
muitos cientistas e engenheiros acabam<br />
servindo aos artifícios excusos de quem lucra com a<br />
ganância.<br />
E) Quanto mais os estados consigam se unir a despeito<br />
das fronteiras, assim também haverá a evidência<br />
empírica de que sejam levados à estabilidade e à<br />
sobrevivência.<br />
Alternativa C – CERta
Português 21<br />
Alternativa A – errada<br />
O correto é “não adianta...”.<br />
Alternativa B – errada<br />
O correto é constitui.<br />
Alternativa D – errada<br />
Há um erro ortográfico em “escuso”.<br />
Alternativa E – errada<br />
O correto é “quanto mais... conseguirem”; a correlação<br />
verbal correta deverá ocorrer no futuro do presente do<br />
subjuntivo.<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
18<br />
TRT/9ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
Indica ‐se uma construção com sentido equivalente ao<br />
de um segmento do texto em:<br />
A) Não é à toa que Einstein queria ver as fronteiras<br />
abolidas / Com toda a razão, Einstein desejava ver<br />
abolidas as fronteiras.<br />
B) Será, então, que a solução – admito, extremamente<br />
remota – é um mundo sem fronteiras (...) ? / A solução,<br />
pois, advirá – digamos que a longo prazo – de<br />
um mundo não demarcado? Não só os termos "remota"<br />
e "a longo prazo" diferem na interpretação,<br />
como também diferem no contexto intelectivo os<br />
termos sem fronteiras e não demarcado.<br />
C) O medo e a ganância – uma combinação letal –<br />
trouxeram ‐nos até aqui / Por uma combinação<br />
mortal, aportamos no medo e na ganância.<br />
D) Uma vez revelada, permanece viva, mesmo se condenada<br />
como imoral por uma maioria / Conquanto<br />
revelada, resta viva, embora acusada de imoral<br />
pela maioria.<br />
E) O pacto que acabamos por realizar com o poder<br />
tem um preço muito alto / O que já terminamos de<br />
pactuar com o poder tem custo muito alto.<br />
Alternativa A – CERta<br />
A paráfrase está perfeita.<br />
Alternativa B – errada<br />
O termo será indica futuro hipotético, enquanto o termo<br />
“então” estabelece relação de modo, o termo “pois”, entre<br />
vírgulas, indica conclusão.<br />
Alternativa C – errada<br />
“O medo e a ganância” – sujeito composto – agente da<br />
ação. No segundo segmento, “nós” sujeito – agente –<br />
aportamos, não havendo, por isso, a paráfrase.<br />
Alternativa D – errada<br />
“Uma vez...” estabelece relação de causa, enquanto “conquanto”<br />
estabelece hipótese.<br />
Alternativa E – errada<br />
Desaparece a paráfrase entre os termos “preço muito<br />
alto” e “custo muito alto”.<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
Atenção: As questões de 19 a 25 referem ‐se ao texto que segue.<br />
Pensando os clássicos<br />
Os pensadores da antiguidade clássica deixaram ‐nos um tesouro nem sempre avaliado em sua<br />
justa riqueza. O filósofo Sêneca, por exemplo, mestre da corrente estoica, legou ‐nos uma série preciosa<br />
de reflexões sobre a tranquilidade da alma – este é o título da tradução para o português. É ler<br />
o livrinho com calma e aprender muito. Reproduzo aqui três fragmentos, para incitar o leitor a ir<br />
atrás de todo o restante.<br />
I. Quem temer a morte nunca fará nada em prol dos vivos; mas aquele que tomar consciência<br />
de que sua sorte foi estabelecida já na sua concepção viverá de acordo com a natureza, e saberá que<br />
nada do que lhe suceda seja imprevisto. Pois, prevendo tudo quanto possa de fato vir a suceder,<br />
atenuará o impacto de todos os males, que são fardos somente para os que se creem seguros e vivem<br />
na expectativa da felicidade absoluta.<br />
II. Algumas pessoas vagam sem propósito, buscando não as ocupações a que se propuseram,<br />
mas entregando ‐se àquelas com que deparam ao acaso. A caminhada lhes é irrefletida e vã, como a<br />
das formigas que trepam nas árvores e, depois de subir ao mais alto topo, descem vazias à terra.<br />
III. Nossos desejos não devem ser levados muito longe; permitamos ‐lhes apenas sair para as<br />
proximidades, porque não podem ser totalmente reprimidos. Abandonando aquilo que não pode
22 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
acontecer ou dificilmente pode, sigamos as coisas próximas que favorecem nossa esperança (...). E<br />
não invejemos os que estão mais alto: o que parece altura é precipício.<br />
São princípios do estoicismo: aprender a viver sabendo da morte; não se curvar ao acaso, mas<br />
definir objetivos; viver com a consciência dos próprios limites. Nenhum deles é fácil de seguir, nem<br />
Sêneca jamais acreditou que seja fácil viver. Mas a sabedoria dos estoicos, que sabem valorizar o que<br />
muitos só sabem temer, continua viva, dois mil anos depois.<br />
Belarmino Serra, inédito.<br />
19<br />
TRT/9ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
No primeiro e no último parágrafo, o autor do texto<br />
busca, respectivamente,<br />
A) particularizar a contribuição de Sêneca e resumir<br />
teses de outros filósofos da mesma época.<br />
B) apresentar linhas gerais do pensamento estoico e<br />
resumir três teses de Sêneca.<br />
C) valorizar a atualidade da filosofia estoica e ressaltar<br />
os aspectos místicos dessa doutrina.<br />
D) destacar a contribuição do pensamento de Sêneca<br />
e enunciar alguns fundamentos estoicos.<br />
E) contextualizar os filósofos estoicos e repropor teses<br />
que derivam dessa filosofia.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Na alternativa D, encontramos a síntese dos parágrafos<br />
introdutório e conclusivo do texto.<br />
Alternativa A – errada<br />
Não encontramos no texto o resumo de teses de outros<br />
filósofos.<br />
Alternativa B – errada<br />
Temos a apresentação, e não o resumo das teses.<br />
Alternativa C – errada<br />
Não há aspectos místicos apresentados ou argumentos<br />
que possam levar o leitor a esse fim.<br />
Alternativa E – errada<br />
O texto coloca em evidência as teses de Sêneca, mas não<br />
contextualiza os filósofos estoicos.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
20<br />
TRT/9ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
Atente para as seguintes afirmações:<br />
I – No fragmento I, Sêneca vê como injustificável e inconsequente<br />
nosso medo de morrer, pois isso nos leva<br />
a não confiar nas surpresas positivas da vida.<br />
II – No fragmento II, Sêneca vale ‐se do exemplo das<br />
formigas para ilustrar o malogrado esforço de quem<br />
busca reconhecimento para suas virtudes.<br />
III – No fragmento III, Sêneca lembra que a esperança<br />
humana deve estar associada a desejos que não extrapolem<br />
nossas possibilidades.<br />
Está correto APENAS o que se afirma em<br />
A) I.<br />
B) II.<br />
C) III.<br />
D) I e II.<br />
E) II e III.<br />
Alternativa C – CERta<br />
Item I – resposta errada: Sêneca dá como injustificável ou<br />
inconsequente o medo de morrer – que o ser humano traz<br />
consigo – apenas justifica que este medo leva ‐nos a não<br />
aceitar o imprevisto.<br />
Item II – resposta errada: ao usar como exemplo as formigas,<br />
Sêneca não se refere à busca do reconhecimento<br />
para suas virtudes, mas, sim, pela atitude irrefletida e<br />
inútil que causa o imprevisível.<br />
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
21<br />
TRT/9ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
Considerando ‐se o contexto, traduz ‐se adequadamente<br />
o sentido de um segmento em:<br />
A) avaliado em sua justa riqueza = examinado judiciosamente.<br />
B) sua sorte foi estabelecida já na sua concepção =<br />
desde o início seu destino foi malogrado.<br />
C) A caminhada lhes é irrefletida = o caminho parece‐<br />
‐lhes sem sentido.<br />
D) não podem ser totalmente reprimidos = não são<br />
passíveis de absoluta prevenção.<br />
E) que favorecem nossa esperança = que permitem<br />
sermos esperançosos.<br />
Alternativa E – CERta
Português 23<br />
Alternativa A – errada<br />
Avaliar não se traduz em examinar.<br />
Alternativa B – errada<br />
Não há identidade entre os termos concepção e início.<br />
Alternativa C – errada<br />
Não há também identificação entre os termos irrefletido e<br />
sem sentido.<br />
Alternativa D – errada<br />
Não há sinonímia entre “repreensão” e “prevenção”.<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
22<br />
TRT/9ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
As normas de concordância verbal estão plenamente<br />
acatadas na frase:<br />
A) Não devem os leitores de hoje imaginar que cabiam<br />
aos filósofos antigos preocupar ‐se com questões<br />
que já não fazem sentido.<br />
B) Leitores de hoje, não devemos imaginar que a um<br />
filósofo clássico ocorressem tão somente questões<br />
específicas de sua época histórica.<br />
C) Nenhum de nossos desejos, de acordo com Sêneca,<br />
deveriam transpor nossos limites, fronteiras que se<br />
deve sempre determinar.<br />
D) A cada um dos princípios do estoicismo devem corresponder,<br />
como se postulavam entre os estoicos,<br />
lúcida e consequente iniciativa nossa.<br />
E) Àqueles que não temem refletir sobre a morte<br />
reserva ‐se as recompensas de uma das mais lúcida<br />
e mais intensa.<br />
Alternativa B – CERta<br />
Ocorre uma silepse, ou seja, a concordância é com a ideia,<br />
e não com a gramática: “Leitores de hoje, não devemos<br />
imaginar...” coloca ‐se o vocativo na 3ª pessoa – leitores –,<br />
passando o verbo para a 1ª pessoa – nós –, concluindo que<br />
o autor também coloca ‐se como leitor.<br />
Alternativa A – errada<br />
O período está na ordem inversa, caro leitor; sugerimos,<br />
nessa situação, que o aluno coloque ‐o na ordem direta,<br />
ou seja: “preocupar‐se com questões que já não fazem sentido,<br />
não cabia aos filósofos antigos”.<br />
Alternativa C – errada<br />
O pronome indefinido nenhum está no singular, obrigando<br />
o verbo a concordar com ele (pronome), ficando, assim,<br />
no singular: “Nenhum (...) deveria transpor...”.<br />
Alternativa D – errada<br />
Ocorre problema de concordância: “A cada um dos princípios<br />
deve corresponder (...) iniciativa nossa”.<br />
Alternativa E – errada<br />
Problemas com a voz passiva sintética que levam a erros de<br />
concordância – “... reservam ‐se as recompensas”.<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
23<br />
TRT/9ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
A construção que Não admite transposição para voz<br />
passiva é:<br />
A) Os que vivem na expectativa da felicidade absoluta.<br />
B) Os pensadores da antiguidade clássica deixaram‐<br />
‐nos um tesouro.<br />
C) Sigamos as coisas próximas.<br />
D) E não invejemos os que estão mais alto.<br />
E) Favorecem nossa esperança.<br />
Alternativa A – CERta<br />
O verbo viver é intransitivo, não permitindo, portanto, a<br />
voz passiva.<br />
Alternativa B – errada<br />
“... um tesouro foi ‐nos deixado pelos pensadores da antiguidade.”<br />
Alternativa C – errada<br />
“... as coisas próximas sejam seguidas.”<br />
Alternativa D – errada<br />
“... e não sejam invejados os que estão mais alto.”<br />
Alternativa E – errada<br />
“... nossa esperança seja favorecida.”<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
24<br />
TRT/9ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
Está correto o emprego do elemento sublinhado na<br />
frase:<br />
A) O pensamento clássico encerra uma riqueza em cujo<br />
valor poucos prestam o devido reconhecimento.<br />
B) A morte, cujo o temor nos faz querer esquecer dela,<br />
é uma questão permanente da filosofia estoica.<br />
C) Quase nunca atentamos para os limites a que devemos<br />
impor aos nossos desejos.<br />
D) Nossas esperanças não devem projetar ‐se para<br />
além do espaço cujo domínio estamos assegurados.<br />
E) Quem vagueia sem propósito pela vida fere um dos<br />
princípios de que os estoicos jamais descuram.<br />
Alternativa E – CERta<br />
O substantivo “princípio” rege a preposição de: “... princípio<br />
de que...”.<br />
Alternativa A – errada<br />
“... riqueza a cujo valor poucos prestam o devido reconhecimento.”
24 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
Alternativa B – errada<br />
O pronome “cujo” não aceita artigo após “... cujo X temor...”.<br />
Alternativa C – errada<br />
“... limites X que devemos impor aos nossos desejos.” O<br />
verbo impor é transitivo direto e indireto, ou seja, quem<br />
impõe algo o impõe a alguém. Não existe, portanto, a preposição<br />
A antes do pronome QUE.<br />
Alternativa D – errada<br />
“... a cujo domínio estamos assegurados.” O uso da preposição<br />
A é obrigatório, pois quem está assegurado está assegurado<br />
A.<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
25<br />
TRT/9ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
É preciso CORRIGIR, por falha estrutural, a redação da<br />
frase:<br />
A) Não empreendamos caminhadas sem primeiro definir<br />
o trajeto a seguir, o esforço a despender, os<br />
objetivos a alcançar.<br />
B) Temerárias são as jornadas que mal definimos seus<br />
objetivos, assim como não avaliamos o esforço cujo<br />
trajeto nos exigirá.<br />
C) Quando não definimos o trajeto a cumprir e o esforço<br />
a despender em nossa caminhada, ela não<br />
nos trará qualquer recompensa.<br />
D) Dificilmente algum objetivo será alcançado numa<br />
caminhada para a qual não previmos um roteiro a<br />
ser seguido com segurança.<br />
E) Nenhum benefício poderemos colher de uma viagem<br />
para a qual não nos preparamos com um mínimo<br />
de cuidados e de antecedência.<br />
Alternativa B – CERta<br />
Há um desvio gramatical na alternativa devido à omissão<br />
da preposição EM. Com a devida correção, teremos:<br />
“Temerárias são as jornadas em que mal definimos seus<br />
objetivos...”.<br />
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa B
TRE/RS – ANALISTA JUDICIÁRIO –<br />
ÁREA JUDICIÁRIA – 2010<br />
Atenção: Para responder às questões de 26 a 29, considere o texto abaixo 1 .<br />
1. Na Inglaterra dos períodos Tudor e Stuart, a visão tradicional era a de que o mundo fora criado<br />
2. para o bem do homem e as outras espécies deviam se subordinar a seus desejos e necessidades. Tal<br />
3. pressuposto fundamenta as ações dessa ampla maioria de homens que nunca pararam um instante<br />
4. para refletir sobre a questão. Entretanto, os teólogos e intelectuais que sentissem a necessidade de<br />
5. justificá ‐lo podiam apelar prontamente para os filósofos clássicos e a Bíblia. A natureza não fez<br />
6. nada em vão, disse Aristóteles, e tudo teve um propósito. As plantas foram criadas para o bem dos<br />
7. animais e esses para o bem dos homens. Os animais domésticos existiam para labutar, os selvagens<br />
8. para serem caçados.<br />
9. Os estoicos tinham ensinado a mesma coisa: a natureza existia unicamente para servir aos<br />
10. interesses humanos. Foi nesse espírito que os comentadores Tudor interpretaram o relato bíblico da<br />
11. criação. [...]<br />
12. É difícil, hoje em dia, ter noção do empolgante espírito antropocêntrico com que os pregadores<br />
13. das dinastias Tudor e Stuart interpretavam a história bíblica.<br />
Thomas Keith. O homem e o mundo natural:<br />
mudanças de atitude em relação às plantas<br />
e aos animais (1500‐1800).<br />
Tradução de João Roberto Martins Filho. São Paulo:<br />
Companhia das Letras, 1996. p. 21 ‐22.<br />
1<br />
Os textos que tinham numeração no original foram adaptados conforme a nova disposição das linhas.
26 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
26<br />
TRE/RS – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
No excerto, o autor concebe a visão tradicional como<br />
A) uma interpretação que entende o homem como<br />
uma dentre várias espécies, o que implica isonomia<br />
entre elas.<br />
B) uma concepção característica do espírito e cultura<br />
dos ingleses, sem nenhuma restrição temporal.<br />
C) um ponto de vista circunstancial necessário, que<br />
permitiu ao homem provar sua superioridade sobre<br />
os animais.<br />
D) uma percepção equivocada, pois pensadores que<br />
tentaram entendê ‐la não achavam suporte nas culturas<br />
que lhes eram contemporâneas.<br />
E) uma suposição tomada como verdadeira e não submetida<br />
a análise crítica por aqueles que nela alicerçavam<br />
sua prática.<br />
Alternativa E – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
O autor coloca ‐nos as espécies e a interdependência entre<br />
elas.<br />
Alternativa B – errada<br />
Há uma restrição temporal, pois esse princípio cabia não<br />
só aos ingleses como também aos estoicos, portanto,<br />
muito mais antiga.<br />
Alternativa C – errada<br />
Não há circunstancial necessário, visto que o princípio é<br />
Aristotélico, portanto, muito mais antigo que as definições<br />
inglesas.<br />
Alternativa D – errada<br />
Os pensadores encontraram suporte, porém as leis não<br />
eram contemporâneas.<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
27<br />
TRE/RS – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
É difícil, hoje em dia, ter noção do empolgante espírito<br />
antropocêntrico com que os pregadores das dinastias<br />
Tudor e Stuart interpretavam a história bíblica.<br />
Entende ‐se corretamente do acima transcrito, considerado<br />
em seu contexto, que<br />
A) a contemporaneidade não propicia sensações de<br />
arrebatamento de nenhuma ordem.<br />
B) a grande dificuldade dos dias atuais é aceitar com<br />
isenção de ânimo a palavra de pregadores de uma<br />
doutrina.<br />
C) a interpretação da Bíblia pelos pregadores das dinastias<br />
Tudor e Stuart é difícil de ser compreendida<br />
atualmente, em função dos elevados conhecimentos<br />
desses religiosos.<br />
D) os pregadores das dinastias Tudor e Stuart tinham<br />
a fervorosa crença, hoje dificilmente compreensível,<br />
de que o ser humano é o núcleo em torno do qual<br />
estão dispostas todas as coisas.<br />
E) o homem moderno não pode sequer imaginar<br />
como eram cheias de empolgação as pregações no<br />
tempo dos Tudor e dos Stuart, dada a centralidade<br />
do cultivo do espírito.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Temos, nesse caso, uma paráfrase, ou seja, observar o<br />
mesmo sentido, considerando ‐se o contexto.<br />
Alternativa A – errada<br />
A paráfrase não é observada, uma vez que o texto aborda<br />
a empolgação dos Tudor e dos Stuart, e não da contemporaneidade.<br />
Alternativa B – errada<br />
O texto, não se refere a “aceitar” a palavra, e sim ter “noção”<br />
do que era a palavra.<br />
Alternativa C – errada<br />
No texto, exalta ‐se o espírito empolgante dos Tudor e dos<br />
Stuart, não correlacionando esse espírito com o conhecimento.<br />
O “profundo conhecimento” não é citado no texto.<br />
Alternativa E – errada<br />
Há na alternativa àquilo que chamamos de contradição.<br />
“Empolgante” não eram as pregações, e sim a crença.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
28<br />
TRE/RS – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
A forma verbal que exprime acontecimento passado<br />
anterior a outro igualmente passado é encontrada no<br />
segmento:<br />
A) o mundo fora criado para o bem do homem.<br />
B) as outras espécies deviam se subordinar a seus desejos<br />
e necessidades.<br />
C) nunca pararam um instante.<br />
D) os teólogos e intelectuais [...] podiam apelar prontamente<br />
para os filósofos clássicos e a Bíblia.<br />
E) tudo teve um propósito.<br />
Alternativa A – CERta<br />
O pretérito mais que perfeito, ou seja, o passado anterior<br />
ao passado. Para o leitor, fica um pouco difícil compreender,<br />
uma vez que esse tempo verbal é pouco usado. Repare<br />
a frase: “Estive na sala onde ocorrera a reunião”. Logicamente,<br />
a reunião ocorreu antes que você estivesse.<br />
Agora, caro leitor, inverta a situação: “Estivera na sala,<br />
onde ocorreu a reunião”. Desta vez, você esteve na sala,<br />
antes que a reunião ocorresse.<br />
Alternativas B e D – erradaS<br />
Os verbos deviam e podiam, respectivamente, estão no<br />
passado imperfeito, ou seja, um passado interrompido.
Português 27<br />
Alternativas C e E – erradaS<br />
Os verbos pararam e teve estão no passado perfeito, ou<br />
seja, ação no passado já concluída.<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
29<br />
TRE/RS – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
O texto legitima a seguinte afirmação:<br />
A) Em “as outras espécies deviam se subordinar a seus<br />
desejos” (linha 2), a substituição do segmento destacado<br />
por “haviam de se subordinar” mantém o<br />
sentido de inevitabilidade e a correção originais.<br />
B) Os segmentos “para refletir sobre a questão” (linha<br />
4) e “para os filósofos clássicos e a Bíblia” (linha 5)<br />
exercem a mesma função sintática.<br />
C) De modo a preservar a correção e o sentido originais,<br />
a redação alternativa para elidir a dupla negação<br />
em “A natureza não fez nada em vão” (linhas 5<br />
e 6) é “A natureza fez tudo com gratuidade”.<br />
D) Em “É difícil, hoje em dia, ter noção do empolgante<br />
espírito antropocêntrico” (linha 12), a retirada da<br />
vírgula depois de “É difícil”, sem outra alteração,<br />
manteria a correção original.<br />
E) Os dois ‐pontos (linha 9) introduzem uma citação<br />
literal dos estoicos.<br />
Alternativa A – CERta<br />
Os verbos dever e haver, no contexto frasal, indicam obrigatoriedade.<br />
Alternativa B – errada<br />
“... para refletir...” exerce a função de oração adverbial de<br />
finalidade; o termo “para os filósofos” exerce função de<br />
objeto indireto.<br />
Alternativa C – errada<br />
Dizer “a natureza não fez nada em vão” significa dizer<br />
que para tudo há uma utilidade, e não de tom gratuito,<br />
mudando o sentido.<br />
Alternativa D – errada<br />
Haveria necessidade da retirada, também, da vírgula<br />
após “dia”, ficando, portanto, “hoje em dia”.<br />
Alternativa E – errada<br />
Os dois ‐pontos evidenciam a chamada do assunto.<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
Atenção: Para responder às questões de 30 a 36, considere o texto abaixo.<br />
1. Embora um conflito armado não seja do interesse de nenhuma das partes envolvidas na longeva<br />
2. disputa entre as duas Coreias, são imprevisíveis as consequências da escalada de hostilidades<br />
3. entre os dois países nos últimos dias.<br />
4. Os primeiros movimentos sul ‐coreanos foram cautelosos. Após ter um navio de guerra atacado<br />
5. por torpedos, em março, o país não respondeu de imediato ao que se afigurava como o mais<br />
6. audacioso ato de hostilidade do vizinho em mais de duas décadas.<br />
7. Investigadores internacionais foram chamados a avaliar o episódio – e determinaram, após<br />
8. longa perícia, que um submarino norte ‐coreano havia sido o responsável pelos disparos.<br />
9. A prudência da Coreia do Sul e de seu principal aliado, os EUA, é compreensível. São<br />
10. preocupantes as consequências de um conflito aberto com o decrépito regime do ditador<br />
11. comunista Kim Jong ‐il, que realizou, nos últimos anos, testes balísticos e nucleares.<br />
12. Para os norte ‐americanos, que ainda têm batalhas a travar no Afeganistão e mantêm tropas<br />
13. no Iraque, não faz sentido abrir uma nova frente de combate na Ásia. Há ainda o fato de que a<br />
14. capital sul ‐coreana, Seul, fica próxima à fronteira, e essa situação de vulnerabilidade<br />
15. desaconselha uma aventura militar contra o norte.<br />
<strong>16</strong>. Compelido a responder ao ataque, o governo sul ‐coreano suspendeu o que restava da política<br />
17. de reaproximação com o país vizinho − intensificada na última década, mas já alvo de restrições<br />
18. na Presidência do conservador Lee Myung ‐bak. Cortou o comércio com o norte da península<br />
19. e voltou a classificar Pyongyang como o seu “principal inimigo”.
28 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
30<br />
20. Em resposta, a Coreia do Norte interrompeu comunicações com o vizinho e expulsou<br />
21. sul ‐coreanos do complexo industrial de Kaesong, mantido pelas duas nações no território<br />
22. comunista. É um retrocesso a lamentar, já que interesses econômicos comuns e troca de<br />
23. informações, por pequenos que sejam, podem ajudar na prevenção de conflitos armados. Nesse<br />
24. cenário em que os atores envolvidos não são capazes de entender os movimentos e as intenções<br />
25. do rival, os processos de hostilidade mútua podem se tornar incontroláveis.<br />
26. Mesmo que o imbróglio não tenha consequências graves, ele chama a atenção para o imprevisível<br />
27. desenlace da lenta derrocada do regime comunista de Pyongyang, uma herança anacrônica<br />
28. dos tempos da Guerra Fria.<br />
TRE/RS – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
Considerado o principal tema abordado no texto, o título<br />
mais adequado para o editorial é:<br />
A) Os EUA e a Coreia do Sul.<br />
B) Coreia contra Coreia.<br />
C) Sanções comerciais em tempos de conflito.<br />
D) Avaliações internacionais em países asiáticos.<br />
E) Interesses comuns no incentivo a conflitos armados.<br />
Alternativa B – CERta<br />
A resposta a esta alternativa está no último parágrafo.<br />
Alternativa A – errada<br />
“Para os Estados Unidos, seria imprudente abrir mais<br />
uma frente de batalha.”<br />
Alternativa C – errada<br />
As sanções ocorrem apenas entre os dois países e não são<br />
apenas comerciais.<br />
Alternativa D – errada<br />
O texto não cita avaliações internacionais para os países<br />
asiáticos.<br />
Alternativa E – errada<br />
Não há interesses comuns no incentivo a conflitos armados.<br />
Esta questão incorre em um erro de interpretação<br />
que chamamos de inversão, ou seja, você tem certeza de<br />
que leu aquilo que não está escrito, nobre leitor.<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
31<br />
TRE/RS – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
É correto afirmar que o editorial<br />
A) critica severamente países que lançam mão de retaliações<br />
comerciais para ameaçar outros países, concretizando<br />
essa ideia por meio do caso típico de<br />
países asiáticos vizinhos.<br />
Folha de S.Paulo. A2 opinião, quarta ‐feira, 26 de maio de 2010.<br />
B) defende respostas prudentes dos países a ofensas<br />
inimigas, como arma para darem, a organismos internacionais,<br />
oportunidade de avaliarem as reais<br />
condições dos potenciais beligerantes.<br />
C) chama a atenção para o fato de que a Coreia do Sul,<br />
em atendimento aos interesses dos Estados Unidos,<br />
deve retardar o quanto possível o fatal enfrentamento<br />
com a Coreia do Norte.<br />
D) adverte sobre a possibilidade de um conflito armado<br />
entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte, como<br />
decorrência do aumento progressivo da agressividade<br />
entre esses dois países.<br />
E) analisa os principais entraves dos países que fazem<br />
fronteira, quando reconhecem um ao outro como o<br />
“principal inimigo”, e propõe, com bastante isenção,<br />
meios para serem vencidas as vulnerabilidades<br />
decorrentes da vizinhança.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Observa ‐se o aprofundamento do tema nos dois últimos<br />
parágrafos.<br />
Alternativa A – errada<br />
O texto não critica “severamente” a ação provocada, apenas<br />
estabelece correlação entre os fatos.<br />
Alternativa B – errada<br />
O texto não informa sobre repostas prudentes, e sim<br />
ações prudentes de uma das partes – Coreia do Sul – a fim<br />
de evitar o embate.<br />
Alternativa C – errada<br />
A Coreia do Sul crê que um confronto seria prejudicial,<br />
mas não por atender a interesses dos Estados Unidos.<br />
Alternativa E – errada<br />
Não há, no texto, outra análise para a forma de aproximação<br />
que não seja prudente e pacífica.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
32<br />
TRE/RS – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
No processo argumentativo, pode ser corretamente<br />
entendido como expressão de uma circunstância de<br />
tempo o seguinte segmento:
Português 29<br />
A) Investigadores internacionais foram chamados a<br />
avaliar o episódio (linha 7).<br />
B) Há ainda o fato de que a capital sul ‐coreana, Seul,<br />
fica próxima à fronteira (linhas 13 e 14).<br />
C) Compelido a responder ao ataque (linha <strong>16</strong>).<br />
D) Voltou a classificar Pyongyang como o seu “principal<br />
inimigo” (linha 19).<br />
E) Expulsou sul ‐coreanos do complexo industrial de<br />
Kaesong (linhas 20 e 21).<br />
Alternativa C – CERta<br />
“Quando fico compelido a ...”.<br />
Alternativa A – errada<br />
Estabelece circunstância de finalidade “... chamados para<br />
ou a fim de avaliar...”.<br />
Alternativa B – errada<br />
Em, “Ainda há o fato de que ...” o advérbio “ainda” estabelece<br />
uma inclusão a um fato posterior de a capital ser<br />
próxima à fronteira.<br />
Alternativa D – errada<br />
“... classificar Pyonyang como seu principal inimigo” estabelece<br />
consequência gerada pelo fato do ataque do ditador.<br />
Alternativa E – errada<br />
Expulsar os sul ‐coreanos do complexo industrial foi a<br />
consequência gerada pela causa do rompimento comercial.<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
33<br />
TRE/RS – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
Sempre levando em conta o contexto, é correto afirmar:<br />
A) A conjunção Embora (linha 1) equivale a “na medida<br />
em que”.<br />
B) A expressão Após ter (linha 4) pode ser substituída<br />
por “Tendo tido”, sem prejuízo do sentido original.<br />
C) Em ao que se afigurava como o mais audacioso ato<br />
de hostilidade do vizinho em mais de duas décadas<br />
(linhas 5 e 6), tem ‐se uma avaliação que compara<br />
um ato (I) a outro específico anteriormente realizado<br />
(II), evidenciando a superioridade de (I).<br />
D) Em A prudência da Coreia do Sul e de seu principal<br />
aliado, os EUA, é compreensível (linha 9), se o que<br />
está em destaque for substituído por “As atitudes<br />
oportunas”, nenhuma outra alteração será necessária<br />
para se manter a correção original.<br />
E) A frase que realizou, nos últimos anos, testes balísticos<br />
e nucleares (linha 11) define melhor o antecedente<br />
não bem delimitado, como ocorre em “A pessoa<br />
que se esforça vence”.<br />
Alternativa B – CERta<br />
“Tendo tido” ou “após ter” estabelece relação de tempo.<br />
Alternativa A – errada<br />
“Embora” estabelece relação de oposição. “Na medida em<br />
que” estabelece relação de causa.<br />
Alternativa C – errada<br />
“O mais audacioso ato” deve ser analisado como superlativo<br />
relativo de superioridade, não estabelecendo, portanto,<br />
comparação com o ato anteriormente realizado. Está<br />
comparando, sim, com todos os atos hostis nos últimos<br />
vinte anos.<br />
Alternativa D – errada<br />
O termo “atitudes oportunas” está no plural, fazendo<br />
com que o verbo e o adjetivo concordem com ele, ou seja,<br />
“atitudes oportunas são compreensíveis”.<br />
Alternativa E – errada<br />
O “que” é um pronome relativo – o qual – refere ‐se ao<br />
ditador comunista, estabelece relação de explicação.<br />
Quanto ao segundo que, também pronome relativo – a<br />
qual –, tem como referente o termo pessoa, portanto, estabelecendo<br />
relação de restrição, ou seja, somente à pessoa<br />
que se esforce.<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
34<br />
TRE/RS – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
... a Coreia do Norte interrompeu comunicações<br />
com o vizinho...<br />
Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma<br />
verbal corretamente obtida é:<br />
A) tinha interrompido.<br />
B) foram interrompidas.<br />
C) fora interrompido.<br />
D) haviam sido interrompidas.<br />
E) haveriam de ser interrompidas.<br />
Alternativa B – CERta<br />
O verbo interromper está no pretérito perfeito do indicativo,<br />
sendo, portanto, substituído pelo verbo auxiliar no<br />
mesmo tempo e modo, obedecendo ao sujeito paciente em<br />
número e pessoa: “Comunicações com o vizinho foram<br />
interrompidas pela Coreia do Norte”.<br />
Alternativa A – errada<br />
O verbo traz o pretérito mais que perfeito composto na<br />
voz ativa.<br />
Alternativa C – errada<br />
A voz ativa para a alternativa é: “A Coreia do Norte interrompera...”.<br />
Alternativa D – errada<br />
A voz passiva para a alternativa é: “A Coreia do Norte havia<br />
interrompido...”.<br />
Alternativa E – errada<br />
A voz passiva para a alternativa é: “A Coreia do Norte haveria<br />
de interromper...”.<br />
Gabarito oficial: alternativa B
30 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
35<br />
TRE/RS – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
Nesse cenário em que os atores envolvidos não são capazes<br />
de entender os movimentos e as intenções do<br />
rival, os processos de hostilidade mútua podem se tornar<br />
incontroláveis.<br />
Outra formulação para o segmento destacado acima,<br />
que, considerado o contexto, lhe seja equivalente e<br />
mantenha a clareza e correção originais é:<br />
A) os processos de hostilidade um pelo outro podem<br />
tornar ‐se incontroláveis.<br />
B) os processos de hostilidade de parte à parte podem<br />
se tornarem incontroláveis.<br />
C) os processos de hostilidade que uns países têm pelos<br />
outros podem se tornar incontroláveis.<br />
D) os processos de hostilidade acionados de forma alternada<br />
podem se tornar incontroláveis.<br />
E) os processos de hostilidade entre eles respondendo‐<br />
‐se podem se tornar incontroláveis.<br />
Alternativa D – CERta<br />
O que se solicita no enunciado é o uso da paráfrase, já<br />
visto em questões anteriores. O termo “Os processos de<br />
hostilidade mútua” pode ser substituído por “acionados<br />
de forma alternada” sem prejuízo para a compreensão.<br />
Alternativa A – errada<br />
O termo “um pelo outro” não substitui “hostilidade<br />
mútua”.<br />
Alternativa B – errada<br />
Há um erro de conjugação verbal, ou mau uso do tempo<br />
composto “podem se tornarem” quando o correto seria<br />
“podem tornar ‐se” ou “podem se tornar”.<br />
Alternativa C – errada<br />
O termo “um pelo outro” não substitui “mútuo”.<br />
Alternativa E – errada<br />
O termo “entre eles” não substitui “mútuo”.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
36<br />
TRE/RS – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
Considerado o padrão culto escrito, a substituição que<br />
mantém a correção original do segmento é a de<br />
A) Um submarino norte ‐coreano havia sido o responsável<br />
pelos disparos por “submarinos norte ‐coreanos<br />
havia sido os responsáveis pelos disparos”.<br />
B) Mantido pelas duas nações por “mantido por ambas<br />
as nações”.<br />
C) Nesse cenário em que os atores envolvidos não são<br />
capazes de entender os movimentos por “Nesse<br />
cenário cujos os atores envolvidos não são capazes<br />
de entender os movimentos”.<br />
D) Mesmo que o imbróglio não tenha consequências<br />
graves por “uma vez que o imbróglio não tenha<br />
consequências graves”.<br />
E) Chama a atenção para o imprevisível desenlace por<br />
“chama a atenção para o que concerne o imprevisível<br />
desenlace”.<br />
Alternativa B – CERta<br />
O pronome “ambos” substitui ou pode ser substituído<br />
por “dois”.<br />
Alternativa A – errada<br />
“... submarinos norte ‐coreanos haviam sido...”, o verbo<br />
haver como auxiliar deverá concordar com o sujeito ‘submarinos’<br />
em número e pessoa.<br />
Alternativa C – errada<br />
Não se coloca artigo após o pronome cujo, sendo, portanto,<br />
errônea a colocação “cujos os” no texto.<br />
Alternativa D – errada<br />
“Mesmo que” estabelece relação de oposição de ideias, enquanto<br />
o termo “uma vez que” estabelece relação de causa.<br />
Alternativa E – errada<br />
No termo “no que concerne”, o verbo concernir é verbo<br />
transitivo indireto e exige a presença da preposição a: “no<br />
que concerne ao imprevisível desenlace”.<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
37<br />
TRE/RS – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
A frase em que a palavra destacada está empregada de<br />
modo equivocado é:<br />
A) Inerme diante da ofensiva tão violenta, não lhe<br />
restou nada a fazer senão render ‐se.<br />
B) Há quem proscreva construções linguísticas de<br />
cunho popular.<br />
C) Fui informado do diferimento da reunião em que o<br />
fato seria analisado.<br />
D) A descriminalização de algumas drogas é questão<br />
polêmica.<br />
E) A flagrância do perfume inebriava a todos os<br />
convidados.<br />
Alternativa E – CERta<br />
Quanto ao perfume, temos, caro leitor, a fragrância, ou<br />
seja, odor, cheiro. Quanto à “flagrância”, isso não existe,<br />
portanto, a palavra foi empregada de modo equivocado.<br />
Alternativa A – errada<br />
Inerme é desprovido, indefeso, desarmado, portanto,<br />
correto.
Português 31<br />
Alternativa B – errada<br />
Proscrever é abolir, proibir, extinguir, portanto, correto.<br />
Alternativa C – errada<br />
Diferimento é adiamento, portanto, correto.<br />
Alternativa D – errada<br />
Descriminalização é o mesmo que descriminar, ou seja,<br />
abolir, permitir, absolver, consentir, portanto, correto no<br />
contexto.<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
38<br />
TRE/RS – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
A frase que respeita totalmente o padrão culto escrito é:<br />
A) De dissensões entre mentes lúcidas e independentes<br />
não se deve temer, porquanto o debate, ao suscitar<br />
reflexão, traz luz a questões controversas.<br />
B) Consta naquele livro já bastante saudado pela crítica<br />
os nomes de vários integrantes de movimentos<br />
de resistência ao regime ditatorial.<br />
C) O eminente orador enrubeceu quando arguido sobre<br />
sua anuência ao polêmico pacto, mas quiz se<br />
mostrar seguro de si e respondeu ‐lhe de imediato.<br />
D) Esse exercício indicado pelos assessores do preparador<br />
físico é eficaz para intumescer alguns músculos,<br />
mas se mostra de efeito irrisório se mau realizado.<br />
E) Havia excesso de material a ser expedido, por isso<br />
as folhas mandadas à última hora, apesar do empenho,<br />
não coube no malote.<br />
Alternativa A – CERta<br />
Alternativa B – errada<br />
“Constam (...) os nomes de vários integrantes”, o verbo<br />
deverá concordar com o sujeito em número e pessoa.<br />
Alternativa C – errada<br />
Escreve ‐se com “s” o verbo querer em todas as suas formas<br />
do pretérito, e o correto é enrubesceu, e não enrubeceu.<br />
Alternativa D – errada<br />
O termo “mau” está colocado como adjetivo, quando o<br />
correto seria como advérbio “mal”.<br />
Alternativa E – errada<br />
O verbo“caber” deve concordar com o sujeito em número<br />
e pessoa, portanto, o correto seria: “as folhas mandadas<br />
(...) não couberam no malote”.<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
39<br />
TRE/RS – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
Está totalmente em conformidade com o padrão culto<br />
escrito a seguinte frase:<br />
A) A inserção do adolescente no grupo deveu ‐se ao<br />
coordenador, cuja experiência todos tiraram proveito,<br />
mesmo quando supuseram que ele ignorava o clima<br />
de apreensão.<br />
B) Sei que sou eu que sempre medio o debate, mas<br />
dessa vez declino da responsabilidade: é com revezamento<br />
de obrigações que se pode descobrir<br />
lideranças.<br />
C) Interpondo recurso, ele procurou desagravar ‐se da<br />
afronta que atribuiu às palavras do juiz em sua sentença,<br />
contra a qual a instância superior não hesitou<br />
em se pronunciar.<br />
D) Dados como esses obtidos em recente pesquisa,<br />
sem dúvida permite que se os interpretem sob<br />
dupla perspectiva: a dos cidadãos e também do<br />
filósofo.<br />
E) O fato e esse advogado que representa a autora da<br />
ação parecem ter sido feito um para o outro; mais:<br />
o operador do direito age com proficiência e ela,<br />
nele crê cegamente.<br />
Alternativa C – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
O correto seria: “... de cuja experiência todos tiraram proveito...”.<br />
Alternativa B – errada<br />
O correto seria “... sou eu quem medeio o debate”.<br />
Alternativa D – errada<br />
O correto seria: “... dados (...) permitem que se os interprete<br />
sob dupla perspectiva...”.<br />
Alternativa E – errada<br />
“O fato e esse advogado que representam...”<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
40<br />
TRE/RS – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
A frase em total concordância com o padrão culto escrito<br />
é:<br />
A) Dirigimo ‐nos a V.Sa. para solicitar que, em vossa<br />
apreciação do documento, haja bastante precisão<br />
quanto aos pontos que quereis ver alterados.<br />
B) Senhor Ministro, sabemos todos que Vossa Excelência<br />
jamais fizestes referência desairosa ao poder<br />
legislativo, mas desejamos pedir ‐lhe que desfaça o<br />
mal ‐entendido.<br />
C) Ao encontrar ‐se com Sua Magnificência, não se<br />
conteve: – Senhor Reitor, sou o mais novo membro<br />
do corpo docente e vos peço um minuto de sua<br />
atenção.<br />
D) Assim que terminou a cerimônia, disse à Sua Santidade:<br />
– Ponho ‐me a vossa disposição se acaso deseje<br />
mandar uma mensagem ao povo brasileiro.
32 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
E) Entendemos que V.Exa. necessita de mais dados<br />
sobre a questão em debate e, assim, lhe pedimos<br />
que nos conceda um prazo para que o documento<br />
seja mais bem elaborado.<br />
Alternativa E – CERta<br />
Os pronomes de tratamento exigem o verbo na 3ª pessoa.<br />
Alternativa A – errada<br />
Os pronomes de tratamento deverão ser usado sempre na<br />
3ª pessoa, sendo, portanto, correta: “... quanto aos pontos<br />
que queira ver alterados”.<br />
Alternativa B – errada<br />
O correto seria: “sabemos todos que Vossa Excelência jamais<br />
fez...”.<br />
Alternativa C – errada<br />
O correto seria: “Senhor Reitor, (...) e lhe peço...” para os<br />
pronomes de tratamento, usa ‐se a 3ª pessoa.<br />
Alternativa D – errada<br />
A resposta correta é: “... ponho ‐me a sua disposição.<br />
Gabarito oficial: alternativa E
TRF/4ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA<br />
JUDICIÁRIA – EXECUÇÃO DE MANDADOS – 2010<br />
Atenção: As questões de 41 a 48 referem ‐se ao texto seguinte.<br />
Discórdia em Copenhague<br />
Frustrou ‐se redondamente quem esperava, na 15ª Conferência sobre Mudança Climática<br />
(COP‐15), em Copenhague, um acordo capaz de orquestrar compromissos de países pobres, emergentes<br />
e ricos contra os efeitos do aumento da temperatura no planeta. Após duas semanas de muitos<br />
debates e negociações, o encontro convocado pelas Nações Unidas teve um final dramático no<br />
dia 18 de dezembro de 2009, com chefes de estado tentando, em vão, aparar arestas mesmo depois<br />
do encerramento oficial da conferência. O resultado final foi um documento político genérico,<br />
firmado só pelos Estados Unidos, China, Brasil e África do Sul, que prevê metas para cortes de<br />
emissão de gases estufa apenas para 2050, mesmo assim sem estabelecer compromissos obrigatórios<br />
capazes de impedir a elevação da temperatura em mais do que 2 graus Celsius, meta que Copenhague<br />
buscava atingir.<br />
Também foi proposta uma ajuda de US$ 30 bilhões aos países pobres, nos próximos três anos,<br />
embora sem estabelecer parâmetros sobre quem estará apto a receber o dinheiro e quais instrumentos<br />
serão usados para distribuí ‐lo. Faltou ‐lhe aval dos delegados de países como Sudão, Cuba,<br />
Nicarágua, Bolívia e Venezuela, inconformados por terem sido escanteados nas conversas finais. “O<br />
que temos de alcançar no México é tudo o que deveríamos ter alcançado aqui”, disse Yvo de Bôer,<br />
secretário ‐executivo da conferência, remetendo as esperanças para a COP ‐<strong>16</strong>, que vai acontecer em<br />
2010, na Cidade do México.<br />
O impasse principal girou em torno de um jogo de empurra sobre as responsabilidades dos<br />
países ricos e pobres. As nações desenvolvidas queriam que os países emergentes tivessem metas<br />
obrigatórias, o que não foi aceito pela China, país que mais emite carbono na atmosfera, atualmente.<br />
Os Estados Unidos, vivendo a maior crise econômica desde 1929, não se dispunham a cumprir
34 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
sequer metas modestas. Outra questão fundamental na conferência foi o financiamento para políticas<br />
de mitigação das emissões para os países pobres. Os países desenvolvidos exigiam que os<br />
emergentes ajudassem a financiar os menos desenvolvidos. A tese foi rechaçada pelos emergentes,<br />
que esperavam obter ajuda externa para suas políticas de combate ao aquecimento global.<br />
Adaptado de Fabrício Marques, Revista Pesquisa Fapesp, n. <strong>16</strong>7.<br />
41<br />
TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
Atente para as seguintes afirmações:<br />
I – No 1º parágrafo, informa ‐se que o número modesto<br />
de signatários do documento final de Copenhague<br />
contrastava com a alta ambição das metas pretendidas.<br />
II – No 2º parágrafo, a declaração de Yvo de Bôer, com<br />
uma ponta de otimismo, não expressa qualquer sentimento<br />
de frustração com os resultados da COP ‐15.<br />
III – No 3º parágrafo, depreende ‐se que a crise econômica<br />
que os Estados Unidos atravessam teve peso na<br />
decisão de não se disporem a cumprir sequer as metas<br />
mais modestas.<br />
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em<br />
A) I e III, apenas.<br />
B) III, apenas.<br />
C) I, II e III.<br />
D) I e II, apenas.<br />
E) II e III, apenas.<br />
Alternativa B – CERta<br />
Item I – resposta errada: o item I não afirma se a meta da<br />
conferência é ambiciosa ou não, apenas comenta a meta<br />
que foi estabelecida.<br />
Item II – resposta errada: há, sim, no texto, certa frustração<br />
por parte do secretário, quando afirma que transfere<br />
para a conferência do México o que não se realizou na<br />
Dinamarca.<br />
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
42<br />
TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
“O que temos de alcançar no México é tudo o que deveríamos<br />
ter alcançado aqui.”<br />
Transpondo ‐se a frase acima para a voz passiva, as formas<br />
sublinhadas devem ser substituídas, na ordem<br />
dada, por:<br />
A) tem de alcançar ‐se – deverá alcançar ‐se.<br />
B) teremos alcançado – devia ser alcançado.<br />
C) tem de ser alcançado – deveria ter sido alcançado.<br />
D) será alcançado – devia ser alcançado.<br />
E) tinha de ser alcançado – deveria ser alcançado.<br />
Alternativa C – CERta<br />
A voz ativa contém verbo no presente do indicativo, “temos<br />
de alcançar”. O verbo na voz passiva, portanto, deverá<br />
conservar o presente do indicativo: “tem de ser alcançado”.<br />
Na oração a seguir, o verbo auxiliar está no futuro do pretérito;<br />
portanto, a voz passiva seguirá o mesmo raciocínio:<br />
“deveríamos ter alcançado”, por “tudo deveria ter sido<br />
alcançado por nós”.<br />
Alternativa A – errada<br />
O verbo auxiliar “deverá” está no futuro do presente.<br />
Alternativa B – errada<br />
O verbo auxiliar “teremos” está no futuro do presente.<br />
Alternativa D – errada<br />
“Será” está no futuro do presente; foge, portanto, ao tempo<br />
verbal colocado no enunciado.<br />
Alternativa E – errada<br />
“Tinha” e “deveria” indicam formas hipotéticas, fugindo,<br />
portanto, da correlação verbal exposta no enunciado.<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
43<br />
TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
No primeiro parágrafo, dois segmentos que remetem a<br />
causas da frustração de quem esperava muito da COP‐<br />
‐15 são:<br />
A) capaz de orquestrar compromissos / cortes de<br />
emissão de gases estufa apenas para 2050.<br />
B) sem estabelecer compromissos obrigatórios / impedir<br />
a elevação da temperatura.<br />
C) capaz de orquestrar compromissos / um documento<br />
político genérico.<br />
D) cortes de emissão de gases estufa apenas para<br />
2050 / sem estabelecer compromissos obrigatórios.<br />
E) contra os efeitos do aumento da temperatura / encontro<br />
convocado pelas Nações Unidas.<br />
Alternativa C – CERta<br />
Estabelece relação de causa da frustração.<br />
Alternativa A – errada<br />
“... cortes de emissão e gases” refere ‐se ao efeito da<br />
frustração.<br />
Alternativa B – errada<br />
“... impedir a elevação da temperatura” estabelece o efeito<br />
provindo de um compromisso obrigatório.
Português 35<br />
Alternativa D – errada<br />
“... embora não estabeleça compromissos” estabelece relação<br />
de oposição ao corte de emissão de gases.<br />
Alternativa E – errada<br />
“... encontro convocado” é o efeito produzido pela causa<br />
“a elevação da temperatura”.<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
44<br />
TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
A informação negativa do segmento “chefes de estado<br />
tentando, em vão, aparar arestas” deve ‐se, sobretudo,<br />
ao elemento sublinhado. O mesmo ocorre em:<br />
A) O resultado final foi um documento político genérico<br />
(...).<br />
B) A tese foi rechaçada pelos emergentes, que esperavam<br />
obter ajuda (...).<br />
C) (...) não se dispunham a cumprir sequer metas<br />
modestas.<br />
D) (...) mesmo assim sem estabelecer compromissos<br />
obrigatórios (...).<br />
E) (...) inconformados por terem sido escanteados nas<br />
conversas finais.<br />
Alternativa C – CERta<br />
É a única alternativa em que ocorre termo interferente<br />
“sequer” indicando uma ressalva negativa. Caso do termo<br />
“em vão” no enunciado. Repare, caro leitor, que nas outras<br />
alternativas não há termo interferente.<br />
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
45<br />
TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
Ao se reconstruir uma frase do texto, houve deslize<br />
quanto à concordância verbal em:<br />
A) Deveram ‐se às manobras de desconversas, na definição<br />
das tarefas dos países, o impasse final das<br />
negociações entabuladas em Copenhague.<br />
B) Sequer foi possível, na COP ‐15, estabelecer um financiamento<br />
para os países pobres a quem coubesse<br />
adotar políticas de mitigação das emissões.<br />
C) Se todos esperávamos um bom acordo na COP ‐15,<br />
frustrou ‐nos o que dela acabou resultando.<br />
D) Acabou culminando num final dramático, naquele<br />
18 de dezembro de 2009.<br />
E) Às nações pobres propôs ‐se uma ajuda de US$ 30<br />
bilhões, medida a que não deu aval nenhum dos<br />
países insatisfeitos com as conversas finais.<br />
Alternativa A – CERta<br />
O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa.<br />
Portanto, o correto é: “Deveu‐se (...) o impasse final das<br />
negociações...”.<br />
Alternativa B – errada<br />
A alternativa apresenta correção gramatical: “foi possível<br />
(...) um financiamento (...), países pobres a quem coubesse ...”.<br />
Alternativa C – errada<br />
A alternativa apresenta perfeita correção gramatical, ou<br />
seja, há no texto uma silepse de pessoa. A silepse consiste<br />
em concordar com a ideia, deixando de lado a gramática.<br />
Quando o autor afirma que: “todos esperávamos”, simplesmente<br />
notamos que o autor inclui ‐se provocando,<br />
assim, a concordância ideológica, ou seja, a silepse.<br />
Alternativa D – errada<br />
A concordância segue a norma gramatical, pois o sujeito de<br />
“acabou” é “o encontro convocado pelas Nações Unidas...”.<br />
Alternativa E – errada<br />
Há correção gramatical no trecho. O termo “ajuda” é sujeito<br />
paciente de “propôs‐se”. A frase está na voz passiva sintética,<br />
caro leitor. Não se esqueça de que o se é pronome apassivador<br />
ou partícula apassivadora, como querem alguns.<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
46<br />
TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
Houve muitas discussões sobre medidas para se minimizar<br />
o aquecimento global, já que todos consideram<br />
o aquecimento global uma questão crucial para a humanidade,<br />
embora poucos tomem medidas concretas<br />
para reduzir o aquecimento global, não havendo sequer<br />
consenso quanto às verbas necessárias para mitigar<br />
os efeitos do aquecimento global.<br />
Evitam ‐se as viciosas repetições do período acima<br />
substituindo ‐se os elementos sublinhados, na ordem<br />
dada, por:<br />
A) o consideram – reduzir ‐lhe – mitigar ‐lhe os efeitos.<br />
B) consideram ‐lhe – o reduzir – mitigar ‐lhe seus efeitos.<br />
C) lhe consideram – reduzi ‐lo – mitigá ‐los aos efeitos.<br />
D) o consideram – reduzi ‐lo – mitigar ‐lhe os efeitos.<br />
E) consideram ‐no – reduzir ‐lhe – mitigar ‐lhes os efeitos.<br />
Alternativa D – CERta<br />
O verbo considerar é verbo transitivo direto, exigindo,<br />
portanto, a presença do pronome oblíquo o em substituição<br />
ao substantivo “aquecimento”. Cabe ressaltar aqui o<br />
fato de o pronome indefinido “todos” atrair o pronome<br />
para si. Portanto, “todos o consideram”. O segundo termo<br />
traz o verbo no infinitivo: “reduzir o aquecimento<br />
global”, corta ‐se, portanto, a consoante r acrescentando l<br />
ao pronome oblíquo átono. Dessa forma, obteremos:<br />
reduzi ‐lo. No terceiro termo, temos: “... mitigar os efeitos<br />
do aquecimento. O termo em destaque exerce a função de<br />
adjunto adnominal, podendo ser substituído pelo pronome<br />
oblíquo equivalente lhe: “... mitigar ‐lhe os efeitos”.
36 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
Alternativa A – errada<br />
O verbo reduzir é transitivo direto, não cabendo, portanto,<br />
o pronome lhe, que, por sua vez, só cabe como objeto<br />
indireto.<br />
Alternativa B – errada<br />
O verbo considerar é transitivo direto, não cabendo, portanto,<br />
o pronome oblíquo lhe.<br />
Alternativa C – errada<br />
Incide no mesmo erro no tocante ao verbo considerar.<br />
Alternativa E – errada<br />
Ocorre o mesmo erro da alternativa A, no tocante ao verbo<br />
reduzir.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
47<br />
TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
Está inadequada a correlação entre tempos e modos<br />
verbais na frase:<br />
A) Caso não se estabelecerem parâmetros para a ajuda<br />
de US$ 30 bilhões, essa iniciativa sequer terá<br />
recebido o aval da maioria dos países.<br />
B) A exigência de metas obrigatórias, que as nações<br />
desenvolvidas impuseram às emergentes, terá sido<br />
uma das razões da discórdia.<br />
C) Se alguém esperasse um bom acordo na COP ‐15,<br />
frustrar ‐se‐ia redondamente.<br />
D) Não houve acordo capaz de orquestrar os interesses<br />
de que nenhum dos países abrisse mão.<br />
E) Somente alguns países chegariam a firmar um<br />
acordo, pelo qual se previra os cortes de emissão<br />
que deveriam ser efetuados.<br />
Alternativa B – CERta<br />
A correlação está inadequada, uma vez que “impuseram”<br />
está no pretérito perfeito, o verbo da segunda oração deveria<br />
estar no futuro hipotético, “... teria sido...”.<br />
Alternativa A – errada<br />
Visto que esteja perfeita a correlação verbal: os verbos estabelecer<br />
e terá recebido estão no futuro do presente.<br />
Alternativa C – errada<br />
Está perfeita a correlação verbal, uma vez termos o passado<br />
e o futuro hipotéticos.<br />
Alternativa D – errada<br />
A correlação entre os verbos nos tempos do pretérito está<br />
perfeita.<br />
Alternativa E – errada<br />
O futuro do pretérito, ou hipotético, correlaciona ‐se com<br />
pretérito mais que perfeito, ou seja, um passado distante.<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
48<br />
TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
Está clara e correta a redação deste livre comentário<br />
sobre o texto:<br />
A) Tem ‐se notado os interesses que movem as nações<br />
mais desenvolvidas, em função dos quais ficam difíceis<br />
de firmar ‐se quaisquer acordos quanto a um<br />
meio ambiente melhor controlado.<br />
B) Como já está tornando rotina, mais uma vez as nações<br />
não chegaram a um acordo, sobre as pungentes<br />
questões ambientais, tanto assim que nenhuma<br />
delas abre mão de seus interesses particulares.<br />
C) Quando se dedicam às questões ambientais, costuma<br />
imperar ‐se a regra egoísta dos interesses privados,<br />
ao passo que se deveria de contemplar os interesses<br />
públicos.<br />
D) É bem possível de que ainda venham a haver muitas<br />
conferências como a da COP ‐15, sem que os resultados<br />
que se espera sejam minimamente satisfatórios<br />
para o bem comum.<br />
E) A maior parte das conferências dedicadas às questões<br />
do meio ambiente têm sido frustradas, quase<br />
sempre, pela falta de desprendimento de muitas<br />
nações, sobretudo as desenvolvidas.<br />
Alternativa E – CERta<br />
Pode ‐se também reescrever esse trecho retirando ‐se o<br />
acento diferencial do verbo ter, concordando, assim, com<br />
a expressão: “A maior parte das conferências (...) tem sido<br />
frustrada...”, concordância modernamente aceita por<br />
grande parte da imprensa.<br />
Alternativa A – errada<br />
O verbo ter em: “Têm‐se notado”, deve levar o acento<br />
diferencial, pois o sujeito está no plural, obedecendo à<br />
voz passiva sintética e concordando com “interesses”.<br />
Para caracterizar o adjetivo, usa ‐se o elemento que o<br />
determina, ou seja, o advérbio, palavra que modifica relações<br />
com o verbo, com o adjetivo e com o próprio<br />
advérbio. O correto seria: “... quanto ao ambiente mais<br />
bem controlado”.<br />
Alternativa B – errada<br />
O verbo tornar no sentido de “virar”, “transformar” é<br />
pronominal, sendo, portanto, tornar ‐se.<br />
Alternativa C – errada<br />
O correto é: “Quando se dedicam (...) costumam imperar‐<br />
‐se”. Não há a preposição de em “deveria contemplar”.<br />
Alternativa D – errada<br />
O verbo haver no sentido de “ocorrer” é impessoal, ou<br />
seja, deverá estar sempre no singular. O correto é: “... que<br />
venha a haver muitas ocorrências...”.<br />
Gabarito oficial: alternativa E
Português 37<br />
Atenção: As questões de 49 a 57 referem ‐se ao texto seguinte.<br />
O advento das comunicações de massa<br />
Algumas vezes nos perguntamos como sobrevivíamos antes da internet, telefones celulares e<br />
outros equipamentos que nos parecem hoje absolutamente indispensáveis. Lembremos que essas<br />
tecnologias, assim como a do rádio e a da televisão, já profundamente enraizadas em nossas práticas<br />
individuais e coletivas, são aquisições recentíssimas da humanidade.<br />
O interesse cada vez maior pela tecnologia é um dos traços da modernidade que se organiza<br />
com o fim da Idade Média, substituindo o apego à tradição pela crescente importância da razão e<br />
da ciência, vinculando conhecimento técnico a progresso.<br />
A atração por meios eletrônicos de comunicação está diretamente associada às telecomunicações<br />
por ondas, que remontam ao século XIX. Os Estados Unidos, já no século XX, se destacaram<br />
rapidamente no uso do rádio. Um fato que se tornou clássico foi protagonizado em 1938, pelo cineasta<br />
Orson Welles, então um jovem e desconhecido radialista. Ele leu trechos da obra ficcional A guerra<br />
dos mundos como se estivesse transmitindo um relato real de invasão de extraterrestres. Utilizando<br />
surpreendentes recursos do jornalismo radiofônico, levou pânico aos norte ‐americanos que, por<br />
alguns instantes, agiram como se estivessem na iminência de um ataque catastrófico.<br />
Nos dias atuais, a tecnologia associada à produção virtual interpela o cotidiano de forma cada<br />
vez mais contundente. Já no início da década de 1970 surge o microprocessador, ocasionando uma<br />
verdadeira revolução no mundo da eletrônica. Na segunda metade da década de 90, um novo sistema<br />
de comunicação eletrônica começou a ser formado com a fusão da mídia de massa personalizada,<br />
globalizada, com a comunicação mediada por computadores – a multimídia, que estende o âmbito<br />
da comunicação eletrônica para todos os domínios da vida, inserindo ‐se no cotidiano da vida pública<br />
e privada, introduzindo ‐nos num universo de novas percepções.<br />
As técnicas não determinam nada, em si mesmas. Dependem de interpretações e usos conduzidos<br />
por grupos ou indivíduos que delas se apropriam. Por isso, a história dos meios de comunicação<br />
nos ajuda a entender e interpretar relações de poder político, cultural e econômico, bem como<br />
a configuração da subjetividade contemporânea.<br />
Adaptado de Leituras da História, n. 4, 2007.<br />
49<br />
TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
Encontram ‐se articulados no texto os seguintes aspectos<br />
do tema comunicações de massa:<br />
A) origens das comunicações modernas; poder da mídia<br />
e influência sobre as massas; processos e desdobramentos<br />
da multimídia.<br />
B) síntese dos processos da multimídia; impulso inicial<br />
da modernização tecnológica; o esgotamento do<br />
jornalismo radiofônico.<br />
C) resenha histórica da informática; crítica ao poder<br />
abusivo da mídia eletrônica; ingerência da multimídia<br />
nas decisões do cidadão.<br />
D) obsolescência atual do rádio; pequeno histórico<br />
da mídia eletrônica; a valorização dos ganhos<br />
tecnológicos.<br />
E) resumo da história das comunicações; a dissociação<br />
entre tecnologia e vida cotidiana; o rádio como<br />
principal mobilizador das massas.<br />
Alternativa A – CERta<br />
No 1º parágrafo, o autor relata as origens da moderna comunicação;<br />
no 2º parágrafo, determina a mídia como<br />
poder e influência; e, no 3º parágrafo, comenta sobre a<br />
ampliação da modernidade da mídia.<br />
Alternativa B – errada<br />
O autor não cita em sua síntese o esgotamento do jornalismo<br />
radiofônico.
38 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
Alternativa C – errada<br />
O autor não tece crítica ao poder abusivo da mídia.<br />
Alternativa D – errada<br />
O auto não cita o rádio como obsoleto.<br />
Alternativa E – errada<br />
O autor não desassocia a tecnologia do cotidiano, pelo<br />
contrário, usa de argumentos para justificar seu uso na<br />
sociedade moderna.<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
50<br />
TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
O específico episódio que Orson Welles protagonizou<br />
pode servir como exemplificação para o fato de que<br />
A) manifestações de pânico coletivo são intrínsecas à<br />
ação da multimídia.<br />
B) produções virtuais banalizaram ‐se no cotidiano<br />
pessoal ou público.<br />
C) os meios eletrônicos nos parecem hoje absolutamente<br />
indispensáveis.<br />
D) a tecnologia já começava a interpelar o cotidiano<br />
de forma contundente.<br />
E) a multimídia estende a comunicação para todos os<br />
domínios da vida.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Ao comentar um fato histórico, o autor induz ao leitor a<br />
ideia da influência da tecnologia no cotidiano, já naquela<br />
época.<br />
Alternativa A – errada<br />
O autor não se refere à manifestação em si, e sim à<br />
influên cia da mídia no cotidiano.<br />
Alternativa B – errada<br />
O autor não se refere a qualquer tipo de banalização.<br />
Alternativa C – errada<br />
O autor não se refere aos meios eletrônicos especificamente,<br />
mas, sim, a certos elementos da tecnologia.<br />
Alternativa E – errada<br />
“A multimídia estende a comunicação ‘eletrônica’ para...”<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
51<br />
TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
Atente para as seguintes afirmações:<br />
I – O fato de a moderna tecnologia trazer consigo indiscutíveis<br />
vantagens faz com que percamos a memória<br />
de tempos que já foram melhores para a humanidade.<br />
II – Uma obra como A guerra dos mundos mostra, por si<br />
mesma, o poder da literatura de ficção sobre seu público,<br />
exercendo efeito imediato em seu comportamento.<br />
III – O surgimento do microprocessador e a expansão<br />
da multimídia foram duas revoluções no universo das<br />
comunicações, refletindo ‐se no modo de ser do homem<br />
contemporâneo.<br />
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em<br />
A) I e III, apenas.<br />
B) III, apenas.<br />
C) I, II e III.<br />
D) I e II, apenas.<br />
E) II e III, apenas.<br />
Alternativa B – CERta<br />
No item I, o autor não estabelece se os tempos anteriores<br />
foram ou não melhores que os atuais.<br />
No item II, o autor não fala sobre a importância da obra<br />
na literatura, e sim a importância da leitura através do<br />
rádio.<br />
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
52<br />
TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
A pontuação está plenamente adequada na seguinte<br />
frase:<br />
A) Tanto o microprocessador, como a fusão das mídias<br />
desempenharam, pelos efeitos que geraram, um<br />
papel decisivo na configuração não apenas, da vida<br />
cotidiana, como da subjetividade mesma do homem<br />
contemporâneo.<br />
B) Tanto o microprocessador, como a fusão das mídias<br />
desempenharam, pelos efeitos que geraram, um<br />
papel decisivo, na configuração não apenas da vida<br />
cotidiana, como da subjetividade, mesma do homem<br />
contemporâneo.<br />
C) Tanto o microprocessador, como a fusão das mídias,<br />
desempenharam, pelos efeitos que geraram,<br />
um papel decisivo na configuração, não apenas da<br />
vida cotidiana como da subjetividade mesma do<br />
homem contemporâneo.<br />
D) Tanto o microprocessador como a fusão das mídias<br />
desempenharam, pelos efeitos que geraram, um<br />
papel decisivo na configuração, não apenas, da<br />
vida cotidiana, como da subjetividade mesma, do<br />
homem contemporâneo.<br />
E) Tanto o microprocessador como a fusão das mídias<br />
desempenharam, pelos efeitos que geraram, um<br />
papel decisivo na configuração não apenas da vida<br />
cotidiana como da subjetividade mesma do homem<br />
contemporâneo.<br />
Alternativa E – CERta<br />
Oração interferente, “pelos efeitos que geraram”, entre<br />
vírgulas. Quanto ao restante, não há a mínima necessidade<br />
de vírgula.
Português 39<br />
Alternativa A – errada<br />
Há excesso de vírgulas, totalmente desnecessárias, após<br />
“microprocessador”.<br />
Alternativa B – errada<br />
Há excesso de vírgulas, também desnecessárias, como em<br />
“microprocessador”, “geraram” e “como da subjetividade”.<br />
Alternativa C – errada<br />
Devem ser retiradas as vírgulas após: “microprocessador”<br />
e “fusão das mídias”.<br />
Alternativa D – errada<br />
Deve ser retirada a vírgula após “não apenas”.<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
53<br />
TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
Não haverá prejuízo para a correção e o sentido do<br />
segmento do texto com a substituição do elemento sublinhado<br />
pelo indicado entre parênteses em:<br />
A) (...) inserindo ‐se no cotidiano da vida pública e privada<br />
(...). (Emergindo no dia a dia.)<br />
B) (...) nos ajuda a entender (...) a configuração da<br />
subjetividade contemporânea. (Formação da veleidade<br />
íntima.)<br />
C) Algumas vezes nos perguntamos como sobrevivíamos<br />
antes da internet (...). (Ocorre‐nos, por vezes,<br />
indagar.)<br />
D) Lembremos que essas tecnologias (...) são aquisições<br />
recentíssimas da humanidade. (Conquistas<br />
açodadas.)<br />
E) (...) agiram como se estivessem na iminência de um<br />
ataque catastrófico. (Tal fosse prestes a sofrerem.)<br />
Alternativa C – CERta<br />
Perfeita a paráfrase do item estabelecido.<br />
Alternativa A – errada<br />
Inserir é o mesmo que incluir; emergir é o mesmo que<br />
ascender, subir da água.<br />
Alternativa B – errada<br />
Não há relação entre “subjetividade contemporânea” e<br />
“formação da veleidade íntima”.<br />
Alternativa D – errada<br />
“Aquisição” e “conquista” não estabelecem relações semânticas,<br />
ou seja, não têm o mesmo significado.<br />
Alternativa E – errada<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
54<br />
TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
O verbo indicado entre parênteses deverá adotar uma<br />
forma do plural para preencher de modo correto a lacuna<br />
da frase:<br />
A) Orson Welles talvez não imaginasse o risco da tragédia<br />
que ...... (poder) provocar as dramatizações<br />
de sua transmissão radiofônica.<br />
B) Quaisquer que sejam as técnicas, não lhes ...... (caber)<br />
determinar por si mesmas o sentido que ganhará<br />
sua aplicação.<br />
C) Muito do que se ...... (prever) nos usos de uma nova<br />
técnica depende, para realizar ‐se, do que se chama<br />
“vontade política”.<br />
D) Nenhuma das vantagens que ...... (oferecer) a tecnologia<br />
mais ousada é capaz de satisfazer as aspirações<br />
humanas.<br />
E) Quando não se ...... (reconhecer) nas ciências o bem<br />
que elas nos trazem, as saídas místicas surgem<br />
como solução.<br />
Alternativa A – CERta<br />
“... o risco da tragédia que as dramatizações poderiam provocar...”,<br />
o verbo concorda com o sujeito em número e<br />
pessoa.<br />
Alternativa B – errada<br />
“... não lhes cabe determinar (...) o sentido...”<br />
Alternativa C – errada<br />
Não cabe plural em: “Muito do que se prevê...”.<br />
Alternativa D – errada<br />
“Nenhuma das vantagens que oferece...”<br />
Alternativa E – errada<br />
“Quando não se reconhece (...) o bem...”<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
55<br />
TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
É preciso corrigir, pela má estruturação que apresenta,<br />
a seguinte frase:<br />
A) Os muito jovens não fazem ideia de como foram<br />
velozes as transformações que sofreu o nosso cotidiano,<br />
nas últimas décadas, por causa das inovações<br />
tecnológicas.<br />
B) Ao que tudo indica, os próximos passos da tecnologia<br />
eletrônica serão dados na direção de uma ainda<br />
maior integração entre as diversas mídias.<br />
C) Com o advento dos meios de comunicação de massa,<br />
sobretudo os eletrônicos, nem por isso o progresso<br />
tecnológico deixa de ser contestado.<br />
D) A globalização está diretamente ligada à propagação<br />
e ao aperfeiçoamento dos meios de comunicação<br />
de massa, que encurtam distâncias e aproximam<br />
as pessoas.<br />
E) Quem não se deixa seduzir pelos atrativos e novidades<br />
da tecnologia de ponta costuma defender as<br />
vantagens da simplicidade e da naturalidade em<br />
nossa vida.
40 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
Alternativa C – CERta<br />
O termo “nem” somado a “por isso” estabelece conclusão<br />
positiva, o que leva ao erro de estruturação da frase. A<br />
relação estabelecida deverá ser de “oposição”, pois a segunda<br />
ideia é oposta à primeira. O correto é:<br />
“Mesmo com o advento dos meios de comunicação de<br />
massa, sobretudo os eletrônicos, o progresso tecnológico<br />
deixa de ser contestado.”<br />
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
56<br />
TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
Constituem uma causa e seu efeito, nessa ordem, os<br />
segmentos:<br />
A) Na segunda metade da década de 90, um novo sistema<br />
de comunicação eletrônica começou a ser formado<br />
/ com a fusão da mídia de massa.<br />
B) Utilizando surpreendentes recursos do jornalismo<br />
radiofônico / levou pânico aos norte ‐americanos.<br />
C) Algumas vezes nos perguntamos / como sobrevivíamos<br />
antes da internet.<br />
D) Um fato que se tornou clássico / foi protagonizado<br />
em 1938 pelo cineasta Orson Welles.<br />
E) O interesse cada vez maior pela tecnologia / é um<br />
dos traços da modernidade.<br />
Alternativa B – CERta<br />
Estabelecem ‐se as relações de causa e efeito pelas das conjunções:<br />
porque, ou já que, ou uma vez que, ou como.<br />
“Como utilizou surpreendentes recursos do jornalismo<br />
radiofônico, levou pânico aos norte ‐americanos.”<br />
“Uma vez que tenha utilizado surpreendentes...”<br />
Alternativa A – errada<br />
Direção de argumentação de tempo.<br />
Alternativa C – errada<br />
O termo como estabelece relação de modo.<br />
Alternativa D – errada<br />
Estabelecida relação de tempo.<br />
Alternativa E – errada<br />
Relação estabelecida de conclusão.<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
57<br />
TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />
Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />
Está correto o emprego do elemento sublinhado em:<br />
A) A segunda metade da década de 90, aonde se consolidou<br />
a multimídia, foi um marco na vida contemporânea.<br />
B) O homem do nosso tempo, diante dos admiráveis<br />
recursos nos quais jamais sonhou alcançar, é por<br />
vezes um deslumbrado.<br />
C) A obra de ficção “A guerra dos mundos”, em cuja<br />
Orson Welles se baseou, ganhou dramática adaptação<br />
radiofônica.<br />
D) A tecnologia de ponta, sobre a qual por vezes pairam<br />
desconfianças, leva ‐nos apenas aonde queremos<br />
ir.<br />
E) O cotidiano contemporâneo deixa ‐se afetar pelas<br />
conquistas técnicas, de cujas muita gente alimenta<br />
sérias desconfianças.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Os termos “onde – aonde” deverão ser utilizados apenas<br />
quando apresentar relação de lugar. Por forma, na maioria<br />
das vezes não utilizada, onde liga ‐se a verbos estáticos em<br />
frases, como por exemplo: onde você ficou ontem? Onde<br />
você mora? Onde você trabalha? E aonde, a verbos em movimento,<br />
como por exemplo: Aonde você andou? Aonde<br />
você quer chegar? O verbo levar, intransitivo, indica movimento,<br />
teoricamente, portanto, exige o termo aonde: “... a<br />
tecnologia leva ‐nos apenas aonde queremos ir”. Cabe aqui<br />
uma orientação, caríssimo aluno: Mesmo reconhecendo<br />
que esse princípio é contestável e contestado, siga essa<br />
orientação para os concursos públicos, está bem?<br />
Alternativa A – errada<br />
“A segunda metade da década de 90” quando (e não<br />
onde).<br />
Alternativa B – errada<br />
“... admiráveis recursos,” os quais (e não nos quais) “jamais<br />
sonhou alcançar”.<br />
Alternativa C – errada<br />
Em que ou na qual – referindo ‐se à “obra” (e não em cuja).<br />
Alternativa E – errada<br />
De que ou das quais – referindo ‐se a “conquistas técnicas”<br />
(e não de cujas).<br />
Gabarito oficial: alternativa D
TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO –<br />
ÁREA JUDICIÁRIA – 2010<br />
Atenção: As questões de 58 a 65 referem ‐se ao texto seguinte.<br />
Sociedade do espetáculo: mal de uma época<br />
“Nosso tempo prefere a imagem à coisa, a cópia ao original, a representação à realidade, a aparência<br />
ao ser. O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado.” Essas palavras do filósofo Feurbach nos<br />
dizem algo fundamental sobre nossa época. Toda a vida das sociedades nas quais reinam as condições<br />
modernas de produção se anuncia como uma imensa acumulação de espetáculos. Tudo o que era diretamente<br />
vivido se esvai na fumaça da representação. As imagens fluem desligadas de cada aspecto da<br />
vida e fundem ‐se num curso comum, de forma que a unidade da vida não mais pode ser restabelecida.<br />
O espetáculo é ao mesmo tempo parte da sociedade, a própria sociedade e seu instrumento de<br />
unificação. Como parte da sociedade, o espetáculo concentra todo o olhar e toda a consciência. Por<br />
ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido e da falsa consciência. O espetáculo não é um conjunto<br />
de imagens, mas uma relação entre pessoas, mediatizadas por imagens.<br />
A alienação do espectador em proveito do objeto contemplado exprime ‐se assim: quanto mais<br />
contempla, menos vive; quanto mais aceita reconhecer ‐se nas imagens dominantes, menos ele<br />
compreende a sua própria existência e o seu próprio desejo. O conceito de espetáculo unifica e<br />
explica uma grande diversidade de fenômenos aparentes, apresenta ‐se como algo grandioso, positivo,<br />
indiscutível e inacessível.<br />
A exterioridade do espetáculo em relação ao homem que deveria agir como um sujeito real apare ce<br />
no fato de que os seus próprios gestos já não são seus, mas de um outro que os apresenta a ele. Eis por que<br />
o espectador não se sente em casa em parte alguma, porque o espetáculo está em toda parte. Eis por que<br />
nossos valores mais profundos têm dificuldade de sobreviver em uma sociedade do espetá culo,<br />
porque a verdade e a transparência, que tornam a vida realmente humana, dela são banidas e os valores,<br />
enterrados sob o escombro das aparências e da mentira, que nos separam, em vez de nos unir.<br />
Adaptado de Maria Clara Luccheti Bingemer, revista Adital.
42 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
58<br />
TRE/AL – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
De acordo com a citação do filósofo Feurbach, na abertura<br />
do texto, vive ‐se num tempo em que<br />
A) o plano das coisas, uma vez sacralizado, faz desaparecer<br />
o plano dos nossos valores espirituais.<br />
B) a mera representação das coisas adquire uma relevância<br />
maior que a das coisas em si mesmas.<br />
C) a valorização de processos ilusórios faz com que as<br />
pessoas se prendam cada vez mais aos ritos sagrados.<br />
D) as imagens e as coisas mundanas captam nossa<br />
atenção de tal modo que já não as distinguimos<br />
umas das outras.<br />
E) a verdade das imagens e a ilusão das representações<br />
delas confundem nossa percepção e nossos<br />
sentidos.<br />
Alternativa B – CERta<br />
O texto expõe a ideia de que a imagem sobrepõe ‐se ao<br />
acontecimento.<br />
Alternativa A – errada<br />
Ao contrário da alternativa, o “cúmulo da ilusão é o cúmulo<br />
do sagrado”. O texto não tece comparações, apenas<br />
estabelece relações.<br />
Alternativa C – errada<br />
O texto apenas compara o ilusório ao sagrado.<br />
Alternativa D – errada<br />
Para o texto, apenas a imagem capta nossa atenção,<br />
sobrepondo ‐se à “coisa”.<br />
Alternativa E – errada<br />
Segundo o texto, é a ilusão provocada pela imagem que<br />
confunde nossa percepção e nossos sentidos.<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
59<br />
TRE/AL – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
Para a autora do texto, uma característica essencial da<br />
sociedade do espetáculo está no modo como o homem<br />
moderno<br />
A) valoriza uma experiência direta das coisas e dos<br />
fenômenos, em detrimento de qualquer tipo de<br />
abstração.<br />
B) revela ‐se um alienado, quando suprime a contemplação<br />
dos objetos para analisar criticamente a<br />
imagem que eles têm.<br />
C) subordina sua consciência a um processo de representações,<br />
que ele contempla e adota como um<br />
mundo unificado.<br />
D) delega aos produtores de espetáculos a representação<br />
de uma ilusão que ele teme reconhecer dentro<br />
de si mesmo.<br />
E) age em relação ao mundo das imagens e das representações<br />
coletivas, destituindo ‐as de qualquer<br />
significação.<br />
Alternativa C – CERta<br />
O homem moderno, segundo a autora, subordina sua<br />
consciência à imagem.<br />
Alternativa A – errada<br />
Segundo o texto, valoriza uma experiência pela imagem,<br />
fugindo, portanto, às coisas e aos fenômenos.<br />
Alternativa B – errada<br />
Ocorre o contrário, isto é, a contemplação dos objetos suprime<br />
a análise crítica, a compreensão.<br />
Alternativa D – errada<br />
Segundo o texto, o homem moderno traz e reconhece<br />
dentro de si a representação.<br />
Alternativa E – errada<br />
As imagens não estão destituídas de significação, elas se<br />
tornaram o meio pelo qual as pessoas se relacionam.<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
60<br />
TRE/AL – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
Atente para as seguintes afirmações:<br />
I – Justamente pelo fato de o espetáculo estar em toda<br />
parte é que os homens de hoje, numa sociedade em<br />
que funcionam como espectadores, não se sentem em<br />
casa em lugar nenhum.<br />
II – A verdade e a transparência, identificadas como valores<br />
autenticamente humanos, são incompatíveis com<br />
os que regem a sociedade do espetáculo.<br />
III – Na sociedade do espetáculo, a desejável ação do<br />
sujeito dá lugar a um estado de recriação das imagens<br />
exteriores, que lhe faculta reconhecer ‐se a si mesmo.<br />
Em relação ao texto, está correto o que se afirma SO‐<br />
MENTE em<br />
A) I.<br />
B) II.<br />
C) III.<br />
D) II e III.<br />
E) I e II.<br />
Alternativa E – CERta<br />
Item III – resposta errada: na verdade, segundo o texto, o<br />
homem moderno não espera a ação do sujeito, e sim,<br />
como o estado está somente ligado à imagem, é lhe tirada<br />
a faculdade de reconhecer ‐se a si mesmo.<br />
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
61<br />
TRE/AL – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
Estão inteiramente respeitadas as normas de concordância<br />
verbal em:<br />
A) Quando às coisas se preferem a imagem delas,<br />
privilegia ‐se o espetáculo das aparências.
Português 43<br />
B) As palavras do filósofo Feurbach, um pensador já<br />
tão distante de nós, mantém ‐se como um preciso<br />
diagnóstico.<br />
C) o que resultam de tantas imagens dominantes são a<br />
identificação dos indivíduos com algo exterior a eles.<br />
D) Já não se distingue nos gestos dos indivíduos algo<br />
que de fato os identifique como autênticos sujeitos.<br />
E) Cabem ‐nos, a todos nós, buscar preservar valores<br />
como a verdade e a transparência, ameaçados de<br />
desaparição.<br />
Alternativa D – CERta<br />
“Já não se distingue (...) algo que de fato...”<br />
A regra geral de concordância é: o verbo concorda com o<br />
sujeito em número e pessoa. Portanto, “distingue” concorda<br />
com o núcleo “algo”.<br />
Alternativa A – errada<br />
O verbo preferir é transitivo direto e indireto. O correto é:<br />
“Quando às coisas se prefere a imagem”. Parte ‐se do princípio<br />
de que: quem prefere uma coisa à outra. Portanto,<br />
prefere a imagem (objeto direto) às coisas (objeto indireto).<br />
Alternativa B – errada<br />
“As palavras do filósofo (...) mantêm ‐se.” O erro está no<br />
acento diferencial de “manter”, 3ª pessoa do plural.<br />
Alternativa C – errada<br />
“O que resulta de (...) é a identificação...”<br />
Alternativa E – errada<br />
“Cabe‐nos preservar...”<br />
Há um erro de concordância nominal: “... como a verdade<br />
e a transparência ameaçadas...”, substantivos femininos,<br />
portanto, do mesmo gênero, fazendo com que o adjetivo<br />
concorde com eles.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
62<br />
TRE/AL – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
Na frase: “Eis por que o espectador não se sente em<br />
casa em parte alguma, porque o espetáculo está em<br />
toda parte”, os elementos sublinhados podem ser correta<br />
e respectivamente substituídos por<br />
A) a razão pela qual e visto que.<br />
B) por cujo motivo e visto que.<br />
C) a finalidade pela qual e dado que.<br />
D) o motivo por onde e conquanto.<br />
E) a alegação de que e conquanto.<br />
Alternativa A – CERta<br />
Por que ou razão pela qual e porque ou visto que.<br />
Temos a preposição por, o pronome relativo que e o substantivo<br />
razão que foi omitido. Quanto ao segundo termo,<br />
temos a conjunção porque estabelecendo relação de causa,<br />
sendo, portanto, substituída por visto que.<br />
Alternativa B – errada<br />
O correto seria: “... o motivo pelo qual...”.<br />
Alternativa C – errada<br />
Não cabe, neste caso, a finalidade, e sim a causa.<br />
Alternativa D – errada<br />
Não cabe onde, pronome que tem a função de adjunto adverbial<br />
de lugar. Conquanto é conjunção que estabelece<br />
relação de oposição.<br />
Alternativa E – errada<br />
Não cabe o termo “alegação”, e “conquanto” estabelece<br />
relação de oposição.<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
63<br />
TRE/AL – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
No trecho: “quanto mais contempla, menos vive; quanto<br />
mais aceita reconhecer ‐se nas imagens dominantes,<br />
menos ele compreende a sua própria existência”,<br />
expressa ‐se uma relação de<br />
A) causalidade entre menos vive e mais aceita.<br />
B) oposição entre mais contempla e mais aceita.<br />
C) exclusão entre menos vive e menos compreende.<br />
D) alternância entre mais contempla e mais aceita.<br />
E) proporção entre mais contempla e menos vive.<br />
Alternativa E – CERta<br />
À medida que, à proporção que, quanto mais, estabelecendo,<br />
portanto, relação de proporção.<br />
Alternativa A – errada<br />
Para ocorrer a causa, teríamos: “Porque menos vive mais<br />
aceita...”.<br />
Alternativa B – errada<br />
Para haver oposição, teríamos: “Embora mais contemple,<br />
menos aceita...”.<br />
Alternativa C – errada<br />
Para ocorrer exclusão, teríamos: “mais vive menos compreende”.<br />
Alternativa D – errada<br />
Para ocorrer a alternância, teríamos: “ou contempla ou<br />
aceita...”.<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
64<br />
TRE/AL – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
A frase que admite transposição para a voz passiva é:<br />
A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado.<br />
B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma<br />
grande diversidade de fenômenos.<br />
C) o espetáculo é ao mesmo tempo parte da sociedade,<br />
a própria sociedade e seu instrumento de unificação.
44 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da<br />
vida (...).<br />
E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido<br />
e da falsa consciência.<br />
Alternativa B – CERta<br />
Para que ocorra a voz passiva, é necessário que o verbo<br />
seja transitivo direto ou transitivo direto e indireto. Os verbos<br />
unificar e explicar são verbos transitivos diretos e<br />
aceitam, portanto, a voz passiva.<br />
Alternativa A – errada<br />
O verbo ser, “é”, é verbo de ligação, não aceitando, portanto,<br />
voz passiva.<br />
Alternativa C – errada<br />
Verbo ser é verbo de ligação. Não aceita voz passiva.<br />
Alternativa D – errada<br />
O verbo fluir é verbo intransitivo, não aceita a voz passiva.<br />
Alternativa E – errada<br />
O verbo ser é de ligação.<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
65<br />
TRE/AL – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
Está clara e correta a redação deste livre comentário<br />
sobre o texto:<br />
A) Nem todos acatarão de que a sociedade do espetáculo<br />
seja malévola, uma vez que suas imagens são<br />
parte constituída ao nosso modo de viver.<br />
B) Muita gente reputa às imagens e às representações<br />
a qualidade de mascararem nossa própria personalidade,<br />
quando não a expandem.<br />
C) O primado das imagens sobre as coisas vem demonstrando,<br />
em nosso tempo, a supremacia do<br />
que é aparente em relação ao que é essencial.<br />
D) Ocorre que quando se valoriza as imagens em detrimento<br />
das coisas, elas nem sempre se tornam<br />
visíveis ao ponto de se distinguirem das demais.<br />
E) A absorção que todo espetáculo nos imputa é tamanha<br />
que, quando menos atentamos, já somos<br />
parte dele, em estado de inconsciência.<br />
Alternativa C – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
“... nem todos acatarão que (...)” (o verbo acatar é transitivo<br />
direto, não aceita, portanto, a preposição de).<br />
Alternativa B – errada<br />
O texto provoca duplo sentido. A presença do pronome<br />
oblíquo a cria uma ideia ambígua e confusa, pois, na verdade,<br />
o leitor não sabe quem é o seu referente.<br />
Alternativa D – errada<br />
Problemas quanto à voz passiva sintética. O correto seria:<br />
“... quando se valorizam as imagens”, o verbo valorizam<br />
concorda com o sujeito “imagens” em número e pessoa.<br />
Alternativa E – errada<br />
Falta da preposição de após o substantivo “absorção”. O<br />
correto é: “A absorção de que todo...”.<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
Atenção: As questões de 66 a 70 referem ‐se ao texto seguinte.<br />
Nova infância?<br />
Até onde posso avaliar, parece que já não existem mais crianças como as de antigamente – o<br />
que equivale a dizer que talvez seja preciso redefinir o que vem a ser infância. Quem viveu no tempo<br />
em que a rua era o espaço natural de todos os jogos e brincadeiras, palco das conversas e das<br />
piadas, cenário da vida coletiva, lamentará o quanto as crianças de hoje vivem reclusas nas casas e<br />
nos apartamentos. Seja por questão de segurança (medo da rua), seja pela avalanche das novidades<br />
tecnológicas e dos brinquedos eletrônicos, o sedentarismo infantil é um fenômeno que se alastra<br />
por toda parte.<br />
Trata ‐se de uma anomalia cruel: as crianças, seres naturalmente carregados de energia e vitalidade,<br />
estão vivendo longas horas diárias de concentração solitária e de imobilidade. Diante das<br />
telas e dos monitores, satisfazem ‐se com o movimento virtual, com a investigação a distância, com<br />
a experiência imaginária. O prazer do convívio vem sendo perigosamente substituído pelo sentimento<br />
de autossuficiência. Que tipo de sociedade estamos constituindo?<br />
Herculano Menezes, inédito.
Português 45<br />
66<br />
TRE/AL – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
O que está referido no texto como anomalia cruel consiste<br />
no fato de que as crianças de hoje<br />
A) estão desenvolvendo uma extraordinária capacidade<br />
de concentração.<br />
B) ignoram as atividades criativas que lhes estão sendo<br />
oferecidas.<br />
C) manifestam uma curiosidade precoce pela tecnologia<br />
e pela ciência.<br />
D) entregam ‐se a práticas que implicam passividade e<br />
sedentarismo.<br />
E) revelam um prazer mórbido ao demonstrarem sua<br />
autossuficiência.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
A capacidade de concentração solitária.<br />
Alternativa B – errada<br />
Assumem a passividade e a solidão distanciando ‐se, cada<br />
vez mais, do movimento.<br />
Alternativa C – errada<br />
Aceitam a tecnologia como novidade.<br />
Alternativa E – errada<br />
O texto fundamenta o prazer do convívio que vem sendo<br />
substituído pelo sentimento de autossuficiência.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
67<br />
TRE/AL – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
Considerando ‐se o contexto, traduz ‐se adequadamente<br />
o sentido de um segmento em:<br />
A) até onde posso avaliar = extrapolando uma avaliação<br />
minha.<br />
B) sedentarismo infantil = absorção pueril.<br />
C) uma anomalia cruel = uma anormalidade implacável.<br />
D) movimento virtual = animação virtuosa.<br />
E) sentimento de autossuficiência = extravasão autista.<br />
Alternativa C – CERta<br />
Anomalia substitui ‐se por anormalidade; implacável<br />
su bstitui ‐se por cruel.<br />
Alternativa A – errada<br />
Extrapolar é ir além, e não até onde possa ir.<br />
Alternativa B – errada<br />
Absorção não é sedentarismo.<br />
Alternativa D – errada<br />
Virtuosa não se identifica com virtual.<br />
Alternativa E – errada<br />
Autista não se identifica com autossuficiência.<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
68<br />
TRE/AL – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
A pontuação está inteiramente adequada na frase:<br />
A) Será preciso, talvez, redefinir a infância já que as<br />
crianças de hoje, ao que tudo indica nada mais têm<br />
a ver com as de ontem.<br />
B) Será preciso, talvez redefinir a infância: já que as<br />
crianças, de hoje, ao que tudo indica nada têm a<br />
ver, com as de ontem.<br />
C) Será preciso, talvez: redefinir a infância, já que as<br />
crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver<br />
com as de ontem.<br />
D) Será preciso, talvez redefinir a infância? – já que as<br />
crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver<br />
com as de ontem.<br />
E) Será preciso, talvez, redefinir a infância, já que as<br />
crianças de hoje, ao que tudo indica, nada têm a<br />
ver com as de ontem.<br />
Alternativa E – CERta<br />
“Talvez”, advérbio de dúvida, termo interferente deverá<br />
estar entre vírgulas. “já que (...) de hoje” oração interferente,<br />
deverá estar entre vírgulas. “Ao que tudo indica”<br />
termo interferente, deverá estar entre vírgulas.<br />
Alternativa A – errada<br />
Falta uma vírgula após “... tudo indica,”.<br />
Alternativa B – errada<br />
Falta vírgula após “talvez,”; não há os dois ‐pontos; “ao<br />
que tudo indica” deverá estar entre vírgulas; e não há vírgula<br />
após “nada tem a ver”.<br />
Alternativa C – errada<br />
Não há vírgula após “preciso”. Os dois ‐pontos devem ser<br />
retirados; e “ao que tudo indica” deverá estar entre vírgulas.<br />
Alternativa D – errada<br />
“Talvez” deverá estar entre vírgulas; não há ponto de<br />
interrogação; e “ao que tudo indica” deverá estar entre<br />
vírgulas.<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
69<br />
TRE/AL – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
“... as crianças, seres naturalmente carregados de<br />
energia e vitalidade, estão vivendo longas horas diárias<br />
de concentração solitária e de imobilidade.”<br />
Pode ‐se reconstruir com correção e coerência a frase<br />
acima, começando por: “As crianças estão vivendo longas<br />
horas diárias de concentração solitária e de imobilidade”<br />
e complementando com
46 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
A) em que pesem os seres naturais, imbuídos de energia<br />
e de vitalidade.<br />
B) não obstante sejam naturalmente providas de muita<br />
energia e vitalidade.<br />
C) porquanto constituem ‐se como seres de natural<br />
energia e vitalidade.<br />
D) ainda quando seres incutidos de energia e vitalidade<br />
em sua natureza.<br />
E) mesmo quando se mostram atreladas a muita energia<br />
e força vital.<br />
Alternativa B – CERta<br />
Relação de oposição em “não obstante”.<br />
Alternativa A – errada<br />
O texto fala das crianças, enquanto a questão amplia a<br />
ideia citando “seres naturais”.<br />
Alternativa C – errada<br />
“Porquanto” estabelece relação de conclusão.<br />
Alternativa D – errada<br />
Amplia a ideia que vai além do termo “crianças”.<br />
Alternativa E – errada<br />
Relação de tempo em “quando”, restringindo o sentido<br />
dos adjetivos: “energia” e “vitalidade”.<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
70<br />
TRE/AL – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar ‐se<br />
numa forma do plural para preencher corretamente a<br />
lacuna da frase:<br />
A) ...... (haver) de se dar a conhecer, em algum dia do<br />
futuro, crianças semelhantes às de tempos passados?<br />
B) Crianças como as de hoje, ao que se sabe, jamais......<br />
(haver), tão absortas e imobilizadas em seus afazeres.<br />
C) Até quando se...... (verificar), em relação às nossas<br />
crianças, tamanha incongruência nos valores e nas<br />
expectativas educacionais?<br />
D) Quase todo prazer que hoje às crianças se...... (reservar)<br />
por longas horas diárias, está associado à<br />
tecnologia.<br />
E) ...... (caber) aos pais e professores, sobretudo, proporcionar<br />
às crianças espaço e tempo para as necessárias<br />
atividades físicas.<br />
Alternativa A – CERta<br />
O verbo haver como auxiliar concordará com o sujeito.<br />
Portanto, “hão de se dar a conhecer (...) crianças...?”.<br />
Alternativa B – errada<br />
O correto é: “Crianças (...) jamais haverá, tão...”. Nesse<br />
caso, o verbo haver substitui o verbo existir, ficando, por<br />
isso, no singular.<br />
Alternativa C – errada<br />
O verbo verificar deverá estar no singular para concordar<br />
com o sujeito “incongruência”.<br />
Alternativa D – errada<br />
O verbo reservar deverá estar no singular para concordar<br />
com o sujeito “Quase todo prazer”.<br />
Alternativa E – errada<br />
O verbo caber no sentido de ser necessário é impessoal, devendo,<br />
por isso, ficar no singular: “Cabe (...) proporcionar...”.<br />
Gabarito oficial: alternativa A
TRE/AM – ANALISTA JUDICIÁRIO –<br />
ÁREA JUDICIÁRIA – 2010<br />
Atenção: As questões de 71 a 80 referem ‐se ao texto seguinte.<br />
Entre a cruz e a caldeirinha<br />
“Quantas divisões tem o Papa?”, teria dito Stalin quando alguém lhe sugeriu que talvez valesse<br />
a pena ser mais tolerante com os católicos soviéticos, a fim de ganhar a simpatia de Pio XI. Efetivamente,<br />
além de um punhado de multicoloridos guardas suíços, o poder papal não é palpável. Ainda<br />
assim, como bem observa o escritor Elias Canetti, “perto da Igreja, todos os poderosos do mundo<br />
parecem diletantes”.<br />
Há estatísticas controvertidas sobre esse poder eclesiástico. Ao mesmo tempo que uma pesquisa<br />
da Fundação Getúlio Vargas indica que, a cada geração, cai o número de católicos no Brasil,<br />
outra, da mesma instituição, revela que, para os brasileiros, a única instituição democrática que<br />
funciona é a Igreja Católica, com créditos muito superiores aos dados à classe política. Daí os sentimentos<br />
mistos que acompanharam a visita do papa Bento XVI ao Brasil.<br />
“O Brasil é estratégico para a Igreja Católica. Está sendo preparada uma Concordata entre o<br />
Vaticano e o nosso país. Nela, todo o relacionamento entre as duas formas de poder (religioso e<br />
civil) será revisado. Tudo o que depender da Igreja será feito no sentido de conseguir concessões<br />
vantajosas para o seu pastoreio, inclusive com repercussões no direito comum interno ao Brasil<br />
(pesquisas com células ‐tronco, por exemplo, aborto, e outras questões árduas)”, avalia o filósofo<br />
Roberto Romano. E prossegue: “Não são incomuns atos religiosos que são usados para fins políticos<br />
ou diplomáticos da Igreja. Quem olha o Cristo Redentor, no Rio, dificilmente saberá que a estátua<br />
significa a consagração do Brasil à soberania espiritual da Igreja, algo que corresponde à política<br />
eclesiástica de denúncia do laicismo, do modernismo e da democracia liberal.<br />
A educadora da USP Roseli Fischman, no artigo “Ameaça ao Estado laico”, avisa que a Concordata<br />
poderá incluir o retorno do ensino religioso às escolas públicas. “O súbito chamamento do
48 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
MEC para tratar do ensino religioso tem repercussão quanto à violação de direitos, em particular<br />
de minorias religiosas e dos que têm praticado todas as formas de consciência e crença neste país,<br />
desde a República”, acredita a pesquisadora. Por sua vez, o professor de Teologia da PUC ‐SP Luiz<br />
Felipe Pondé responde assim àquela famosa pergunta de Stalin: “Quem precisa de divisões tendo<br />
como exército a eternidade?”<br />
Adaptado de Carlos Haag, Pesquisa FAPESP, n. 134, 2007.<br />
71<br />
TRE/AM – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
A expressão: “entre a cruz e a caldeirinha” indica uma<br />
opção muito difícil de se fazer. Justifica ‐se, assim, sua<br />
utilização como título de um texto que, tratando da<br />
atuação da Igreja, enfatiza a dificuldade de se considerar<br />
em separado<br />
A) a ingerência eclesiástica nas atividades comerciais<br />
e nas diplomáticas.<br />
B) a instância do poder espiritual e o campo das posições<br />
políticas.<br />
C) o crescente prestígio do ensino religioso e a decadência<br />
do ensino laico.<br />
D) os efetivos militares à disposição do Papa e a força<br />
do pontificado.<br />
E) as denúncias papais do laicismo e os valores da democracia<br />
liberal.<br />
Alternativa B – CERta<br />
A força ou o foro do poder espiritual diante das posições<br />
políticas.<br />
Alternativa A – errada<br />
O texto não cita qualquer atividade comercial colocada<br />
pela igreja.<br />
Alternativa C – errada<br />
O texto cita a ‘possibilidade’ do retorno do ensino religioso<br />
às escolas.<br />
Alternativa D – errada<br />
Segundo o texto, o poder papal não é bélico, palpável.<br />
Alternativa E – errada<br />
Não houve denúncias nem por parte da igreja nem quanto<br />
aos valores da democracia liberal.<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
72<br />
TRE/AM – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
Atente para as seguintes afirmações:<br />
I – As frases de Stalin e de Elias Canetti, citadas no 1º<br />
parágrafo, revelam critérios e posições distintas na<br />
avaliação de uma mesma questão.<br />
II – Na Concordata (referida no 3º parágrafo), a Igreja<br />
pretende valer ‐se de dispositivos constitucionais que<br />
lhe atribuem plena autonomia legislativa.<br />
III – A educadora Roseli Fischman propõe (4º parágrafo)<br />
que o ensino religioso privilegie, sob a gestão direta<br />
do MEC, minorias que professem outra fé que não a<br />
católica.<br />
Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma<br />
em<br />
A) I.<br />
B) II.<br />
C) III.<br />
D) I e II.<br />
E) II e III.<br />
Alternativa A – CERta<br />
O item I está correto. Ambas as frases colocam em questão<br />
a força do papa em relação à política mundial.<br />
O item II está incorreto. Segundo o texto, não há relação<br />
entre a Concordata e dispositivos institucionais que possam<br />
atribuir autonomia legislativa à igreja.<br />
O item III está incorreto. A educadora não propõe. Pelo<br />
contrário, preocupada com as minorias religiosas, ela indaga<br />
como o ensino religioso atuará diante dessas minorias.<br />
Alternativas B, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
73<br />
TRE/AM – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
Considerado o contexto, traduz ‐se adequadamente o<br />
sentido de um segmento em:<br />
A) o poder papal não é palpável = o Papa não dispõe<br />
de poder considerável.<br />
B) parecem diletantes = arvoram ‐se em militantes.<br />
C) com créditos muito superiores = de muito maior<br />
confiabilidade.<br />
D) repercussões no direito comum interno = efeitos<br />
sobre o direito canônico.<br />
E) denúncia do laicismo = condenação dos ateus.<br />
Alternativa C – CERta<br />
O termo “créditos” está aqui como sinônimo de confiabilidade.<br />
Dando a entender que a igreja é bem mais confiável<br />
que os políticos.
Português 49<br />
Alternativa A – errada<br />
Segundo propõe, a argumentação leva a crer que, embora<br />
não tenha poder bélico, o papa conta com poder<br />
considerável.<br />
Alternativa B – errada<br />
Não há identificação entre diletante e militante.<br />
Alternativa D – errada<br />
O direito comum interno refere ‐se à sociedade como um<br />
todo. Enquanto o direito canônico tem como referência o<br />
código da igreja. Não havendo, portanto, identificação<br />
entre eles.<br />
Alternativa E – errada<br />
Poder laico é por oposição a eclesiástico. Ateu é aquele<br />
que não crê na existência de um Deus. Não há, portanto,<br />
referência entre os termos.<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
74<br />
TRE/AM – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
Ao se referir ao poder da Igreja, Elias Canetti e Luis<br />
Felipe Pondé<br />
A) admitem que ele vem enfraquecendo consideravelmente<br />
ao longo dos últimos anos.<br />
B) consideram que, na atualidade, ele só se manterá o<br />
mesmo, caso seja amparado por governos fortes.<br />
C) afirmam que nunca ele esteve tão bem constituído<br />
quanto agora, armado da fé para se aliar aos fortes.<br />
D) lembram que a energia de um papado não provém<br />
da instituição eclesiástica, mas da autoridade moral<br />
do Papa.<br />
E) advertem que ele não depende da força militar,<br />
uma vez que se afirma historicamente como poder<br />
espiritual.<br />
Alternativa E – CERta<br />
Confirma a ideia de que se conclui o texto com a pergunta<br />
feita por Stalin na introdução.<br />
Alternativa A – errada<br />
O texto apenas comenta o fato de, segundo a FGV, embora<br />
o número de católicos caia a cada geração, a igreja continua<br />
confiável no tocante ao aspecto democrático.<br />
Alternativa B – errada<br />
Não há, no texto, qualquer relação entre força dos governos<br />
e fraqueza da igreja.<br />
Alternativa C – errada<br />
O texto coloca em questão a força ligada à fé dos fiéis.<br />
Alternativa D – errada<br />
O texto nada comenta atribuído à força moral do papa.<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
75<br />
TRE/AM – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
Na frase: Quem precisa de divisões tendo como exército<br />
a eternidade?, o segmento sublinhado pode ser substituído,<br />
sem prejuízo para o sentido e a correção, por<br />
A) ao ter no exército sua eternidade?<br />
B) fazendo do exército sua eternidade?<br />
C) contando na eternidade com o exército?<br />
D) dispondo da eternidade como exército?<br />
E) provendo o exército assim como a eternidade?<br />
Alternativa D – CERta<br />
Seguindo a lógica do raciocínio, a eternidade é o exército.<br />
Alternativa A – errada<br />
O correto seria “ao ter sua eternidade como exército”.<br />
Alternativa B – errada<br />
O correto seria “fazer sua eternidade de exército”.<br />
Alternativa C – errada<br />
O correto seria “Contando com a eternidade como exército”.<br />
Alternativa E – errada<br />
O correto seria “provendo não só a eternidade como também<br />
o exército”.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
76<br />
TRE/AM – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
As normas de concordância verbal estão plenamente<br />
respeitadas na frase:<br />
A) Deve ‐se firmar alguns acordos entre o Vaticano e o<br />
Brasil durante as discussões da Concordata.<br />
B) Nunca chegou a preocupar Stalin, naturalmente,<br />
os guardas suíços que constituem a segurança do<br />
Vaticano.<br />
C) Ao se deterem na estátua Cristo Redentor, no Rio<br />
de Janeiro, os olhos de um turista não verão o que<br />
de fato ela consagra.<br />
D) As concessões vantajosas que pretendem obter,<br />
nas discussões da Concordata, a Igreja Católica, dizem<br />
respeito a questões polêmicas.<br />
E) Muitas repercussões passarão a haver no direito<br />
interno, caso a Concordata consagre os acordos<br />
que constituem o principal interesse da Igreja.<br />
Alternativa C – CERta<br />
O verbo deter concorda com o sujeito “os olhos de um<br />
turista”.<br />
Alternativa A – errada<br />
“Devem‐se firmar alguns acordos.” O verbo é transitivo<br />
direto, aceita, portanto, a voz passiva.<br />
Alternativa B – errada<br />
“Nunca chegaram a preocupar os guardas suíços...”.
50 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
Alternativa D – errada<br />
“... que pretende obter (...) a Igreja Católica...”.<br />
Alternativa E – errada<br />
“Muitas repercussões passará a haver”, o verbo haver no<br />
sentido de existir é impessoal e deverá ser usado na 3ª<br />
pessoa do singular.<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
77<br />
TRE/AM – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
Está correta a flexão de todas as formas verbais da frase:<br />
A) Tudo o que advir como poder da Igreja tem correspondência<br />
com o plano simbólico e espiritual.<br />
B) O poder civil e a esfera religiosa nem sempre conviram<br />
quanto à busca de um sereno estabelecimento<br />
de acordos.<br />
C) Ao longo da história, nações e igrejas muitas vezes<br />
se absteram de buscar a convergência de seus<br />
interesses.<br />
D) A pergunta de Stalin proviu de sua convicção<br />
quanto ao que torna de fato competitivo um país<br />
beligerante.<br />
E) Ciente da fragilidade militar da Igreja, o ditador<br />
não se conteve e interveio na História com a famosa<br />
frase.<br />
Alternativa E – CERta<br />
O verbo conter deverá ser conjugado como ter, e o verbo<br />
intervir deverá ser conjugado como o verbo vir.<br />
Alternativa A – errada<br />
“Tudo o que advier...”<br />
Alternativa B – errada<br />
“O poder civil e a esfera religiosa nem sempre convieram...”<br />
Alternativa C – errada<br />
“Durante a história nações e igrejas se abstiveram...”<br />
Alternativa D – errada<br />
“A pergunta de Stalin proveu...”<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
78<br />
TRE/AM – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
A frase que admite transposição para a voz passiva é:<br />
A) Perto da Igreja, todos os poderosos do mundo parecem<br />
diletantes.<br />
B) A Concordata poderá incluir o retorno do ensino<br />
religioso.<br />
C) Há estatísticas controvertidas sobre esse poder<br />
eclesiástico.<br />
D) Não são incomuns atos religiosos com finalidade<br />
política.<br />
E) O Brasil é um país estratégico para a Igreja Católica.<br />
Alternativa B – CERta<br />
O verbo incluir é verbo transitivo direto, sendo, portanto,<br />
possível a voz passiva: “O retorno do ensino religioso poderá<br />
ser incluído pela Concordata”.<br />
Alternativa A – errada<br />
O verbo parecer é de ligação, portanto não aceita a voz<br />
passiva.<br />
Alternativa C – errada<br />
O verbo haver em substituição ao verbo existir é verbo<br />
intransitivo, portanto, não aceita a voz passiva.<br />
Alternativa D – errada<br />
O verbo ser é verbo de ligação, não aceita, portanto, a voz<br />
passiva.<br />
Alternativa E – errada<br />
O verbo ser é verbo de ligação.<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
79<br />
TRE/AM – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
Está clara e correta a redação deste livre comentário<br />
sobre o texto.<br />
A) Deve de ser preocupante para os católicos, que eles<br />
venham caindo de número nas estatísticas, em conformidade<br />
com a Fundação Getúlio Vargas.<br />
B) Malgrado seu desempenho nas estatísticas da FGV,<br />
esta mesma instituição considera que a Igreja tem<br />
mais prestígio que outras classes.<br />
C) A mesma Fundação em que se abona o papel da<br />
Igreja como democrática, é também a instituição<br />
em que avalia seu decréscimo de fiéis.<br />
D) Não obstante esteja decrescendo o número de<br />
fiéis, a Igreja, segundo a Fundação Getúlio Vargas,<br />
é prestigiada como instituição democrática.<br />
E) A FGV, em pesquisas atinentes da Igreja Católica,<br />
chegou a resultados algo controversos, seja pelo<br />
prestígio, seja pela contingência do seus fiéis.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
Não há a preposição de em “deve de ser...”, faltam elementos<br />
que possam determinar clareza ao texto.<br />
Alternativa B – errada<br />
“Malgrado” tem como sinônimo “não obstante”, “apesar<br />
de”.<br />
Alternativa C – errada<br />
O verbo avaliar é transitivo direto, sendo correto, portanto,<br />
“... que avalia seu...”.<br />
Alternativa E – errada<br />
“... atinente a”, e não “atinente de”.<br />
Gabarito oficial: alternativa D
Português 51<br />
80<br />
TRE/AM – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
Está adequada a correlação entre tempos e modos verbais<br />
na frase:<br />
A) Se o Papa dispusesse de inúmeras e bem armadas<br />
divisões, talvez Stalin reconsiderasse sua decisão e<br />
buscasse angariar a simpatia de Pio XI.<br />
B) Como alguém lhe perguntou se não é o caso de ganhar<br />
a simpatia de Pio XI, Stalin lhe respondera que<br />
ignorava com quantas divisões conta o Papa.<br />
C) Caso o Brasil não fosse um país estratégico para a<br />
Igreja, a Concordata não se revestirá da importância<br />
que lhe atribuíram os eclesiásticos.<br />
D) São tão delicadas as questões a serem discutidas<br />
na Concordata que será bem possível que levassem<br />
muito tempo para desdobrar todos os aspectos.<br />
E) Roberto Romano lembra ‐nos de que já houve, na<br />
História, atos religiosos que acabassem por atender<br />
a uma finalidade política que é prevista.<br />
Alternativa A – CERta<br />
O pretérito imperfeito do subjuntivo estabelece uma ação<br />
hipotética, ou seja, a ação no passado que não ocorreu.<br />
Alternativa B – errada<br />
A ação provocada pela pergunta é anterior à ação de Stalin<br />
responder. Portanto, o correto é: “Alguém lhe perguntara<br />
se não seria o caso de (...), Stalin lhe respondeu que...”.<br />
Alternativa C – errada<br />
Ação hipotética no passado correlaciona ‐se com ação hipotética<br />
no futuro. “Caso o Brasil não fosse (...) a<br />
Concordata não se revestiria...”.<br />
Alternativa D – errada<br />
O presente correlaciona ‐se com o futuro: “... será bem possível<br />
que levem muito tempo...” ou a redação poderá ser feita<br />
com o verbo no infinitivo: “será bem possível levarem...”.<br />
Alternativa E – errada<br />
“... houve (...) atos religiosos que acabaram por atender...”<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
Atenção: As questões de 81 a 84 referem ‐se ao texto seguinte.<br />
A leitura dos clássicos<br />
Os clássicos são livros que exercem uma influência particular quando se impõem como inesquecíveis<br />
e também quando se ocultam nas dobras da memória, preservando ‐se no inconsciente.<br />
Por isso, deveria existir um tempo na vida adulta dedicado a revisitar as leituras mais importantes<br />
da juventude. Se os livros permaneceram os mesmos (mas também eles mudam à luz de uma<br />
perspectiva histórica diferente), nós com certeza mudamos, e o encontro é um acontecimento totalmente<br />
novo.<br />
Portanto, usar o verbo ler ou o verbo reler não tem muita importância. De fato, poderíamos<br />
dizer: toda releitura de um clássico é uma leitura de descoberta, como a primeira.<br />
Ítalo Calvino, “Por que ler os clássicos”.<br />
81<br />
TRE/AM – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
Da leitura do texto depreende ‐se que os clássicos<br />
A) exercem grande efeito sobre nós, a menos quando<br />
se infiltram nas regiões do nosso inconsciente.<br />
B) adquirem especial sentido quando lidos na adolescência,<br />
idade em que nos revelam toda a sua grandeza.<br />
C) podem ser relidos sem que percam, por isso, o poder<br />
de revelação que demonstraram na primeira<br />
leitura.<br />
D) mudam de valor a cada vez que os lemos, já que o<br />
tempo vai esmaecendo a importância de cada leitura.<br />
E) gravam ‐se em nossa memória segundo a importância<br />
que tiveram para as gerações precedentes.<br />
Alternativa C – CERta<br />
O texto aborda como tema o clássico como importância<br />
de uma primeira leitura. Por ser um clássico a cada leitura,<br />
renova ‐se o entendimento.<br />
Alternativa A – errada<br />
O texto fala apenas das mudanças ocorridas em nós através<br />
do tempo.<br />
Alternativa B – errada<br />
O texto aborda a importância de que os clássicos sejam<br />
“revisitados” na idade adulta.<br />
Alternativa D – errada<br />
O texto expõe a mudança de interpretação a cada revisita<br />
à leitura de um clássico.
52 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
Alternativa E – errada<br />
O texto informa que toda releitura de um clássico traz<br />
sempre a ideia de ser a primeira, pois trará invariavelmente<br />
uma revelação.<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
82<br />
TRE/AM – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
Atente para as seguintes afirmações:<br />
I – A releitura de uma obra clássica é reconfortante<br />
pela recuperação exata do sentido que já lhe atribuímos<br />
no passado.<br />
II – Uma nova perspectiva histórica pode ser determinante<br />
para uma nova compreensão de uma mesma<br />
obra clássica.<br />
III – Assim como nós podemos permanecer os mesmos<br />
ao longo do tempo, o sentido de uma obra clássica<br />
pereniza ‐se na história.<br />
Em relação ao texto, APENAS está correto o que se afirma<br />
em:<br />
A) I.<br />
B) II.<br />
C) III.<br />
D) I e II.<br />
E) II e III.<br />
Alternativa B – CERta<br />
Toda releitura de um clássico é feita havendo identificação<br />
com o momento presente. Por isso, muitas vezes, a<br />
perspectiva histórica ajuda ‐nos a ter outra visão de um<br />
clássico.<br />
Item I – resposta errada: o sentido dado à obra em uma<br />
releitura difere do sentido atribuído ao passado.<br />
Item III – resposta errada: uma obra clássica pereniza ‐se<br />
na história justamente pelas revelações a cada releitura.<br />
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
83<br />
TRE/AM – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar ‐se<br />
numa forma do plural para preencher corretamente a<br />
lacuna da frase:<br />
A) ......‐se (atribuir) aos clássicos a propriedade de<br />
nos encantar em qualquer tempo ou idade que os<br />
busquemos.<br />
B) ......‐se (distinguir) os clássicos pelo fato de conservarem<br />
o mesmo poder de revelação ao longo do<br />
tempo.<br />
C) ......-nos (impressionar) nos clássicos o sentido de<br />
uma perenidade que não implica cristalização.<br />
D) ......-se (queixar) dos clássicos apenas quem os lê com<br />
a desatenção ou o desamor das tarefas obrigatórias.<br />
E) ......-nos (confortar) nos clássicos a companhia<br />
dos mais altos valores humanos que põem à nossa<br />
disposição.<br />
Alternativa B – CERta<br />
“Distinguem‐se os clássicos pelo fato...”, o verbo distinguir<br />
concorda com o sujeito, clássicos, em número e pessoa.<br />
Alternativa A – errada<br />
O verbo atribuir ‐se concorda com o sujeito “a propriedade...”.<br />
Alternativa C – errada<br />
O verbo impressiona ‐nos concorda com o sujeito “o sentido<br />
de...”.<br />
Alternativa D – errada<br />
O verbo queixa ‐se concorda com o sujeito “quem”.<br />
Alternativa E – errada<br />
O verbo conforta ‐nos concorda com o sujeito “a companhia”.<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
84<br />
TRE/AM – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />
– 2010.<br />
“... toda releitura de um clássico é uma leitura de descoberta,<br />
como a primeira.”<br />
Uma nova, clara e correta redação da frase acima,<br />
apresenta ‐se em:<br />
A) Tal como a primeira, as outras leituras de um clássico<br />
sempre constituem uma revelação.<br />
B) Sendo de um clássico, todas as outras leituras são<br />
como de primeiras descobertas.<br />
C) É como se fosse uma primeira leitura de um clássico<br />
todas as descobertas que ele nos proporciona.<br />
D) Assim como é uma descoberta a leitura de um clássico,<br />
outras leituras também serão como a primeira.<br />
E) Todas as leituras de um clássico, haja vista a primeira,<br />
têm aquela mesma revelação.<br />
Alternativa A – CERta<br />
A questão faz uma comparação entre a primeira e as outras<br />
leituras.
Português 53<br />
Alternativa B – errada<br />
O texto defende a ideia de que, a cada leitura, há uma<br />
nova descoberta.<br />
Alternativa C – errada<br />
O texto não se refere a descobertas como se fosse uma<br />
primeira leitura, e sim a uma descoberta a cada releitura.<br />
Alternativa D – errada<br />
O texto confirma novas descobertas na releitura, e não<br />
que a leitura de um clássico seja uma descoberta.<br />
Alternativa E – errada<br />
Temos, neste caso, nobre leitor, uma contradição, erro comum<br />
nas provas de interpretação, pois esta alternativa<br />
afirma o oposto da afirmativa do texto.<br />
Gabarito oficial: alternativa A
SEFAZ/SP – AGENTE FISCAL DE RENDAS –<br />
GESTÃO TRIBUTÁRIA – 2009<br />
Atenção: As questões de 85 a 91 referem ‐se ao texto que segue.<br />
1. Esgotado por sucessivas batalhas, convencido da inutilidade de seguir lutando e tendo decidido<br />
2. ser preferível capitular a perder não só a liberdade como a vida, no verão de 1520 o rei asteca<br />
3. Montezuma, prisioneiro dos espanhóis, concordou em entregar a Hernán Cortés o vasto tesouro<br />
4. que seu pai, Axayáctl, reunira com tanto esforço, e em jurar lealdade ao rei da Espanha, aquele<br />
5. monarca distante e invisível cujo poder Cortés representava. Comentando a cerimônia, o cronista<br />
6. espanhol Fernando de Oviedo relata que Montezuma chorou o tempo todo, e, apontando a diferença<br />
7. entre o encargo que é aceito voluntariamente por uma pessoa livre e o que é pesarosamente executado<br />
8. por alguém acorrentado, Oviedo cita o poeta romano Marcus Varro, “O que é entregue à força<br />
9. não é serviço, mas espoliação”. Segundo todos os testemunhos, o tesouro real asteca era magnífico<br />
10. e ao ser reunido diante dos espanhóis formou três grandes pilhas de ouro compostas, em grande<br />
11. parte, de utensílios requintados, que sugeriam sofisticadas cerimônias sociais: colares intrincados,<br />
12. braceletes, cetros e leques decorados com penas multicoloridas, pedras preciosas, pérolas,<br />
13. pássaros e flores cuidadosamente cinzelados. Essas peças, segundo o próprio Cortés, “além de<br />
14. seu valor, eram tais e tão maravilhosas, que, consideradas por sua novidade e estranheza, não<br />
15. tinham preço, nem é de acreditar que algum entre todos os Príncipes do Mundo de que se tem<br />
<strong>16</strong>. notícia pudesse tê ‐las tais, e de tal qualidade”.<br />
17. Montezuma pretendia que o tesouro fosse um tributo de sua corte ao rei espanhol. Mas os<br />
18. soldados de Cortés exigiram que o tesouro fosse tratado como butim e que cada um deles recebesse
Português 55<br />
19. uma parte do ouro. Feita a partilha entre o rei da Espanha, o próprio Cortés e tantos outros<br />
20. envolvidos, chegava ‐se a cem pesos para cada soldado raso, uma soma tão insignificante diante de<br />
21. suas expectativas que, no fim, muitos se recusaram a aceitá ‐la.<br />
22. Cedendo à vontade de seus homens, Cortés ordenou aos afamados ourives de Azcapotzalco<br />
23. que convertessem os preciosos objetos de Montezuma em lingotes, em que se estamparam as<br />
24. armas reais. Os ourives levaram três dias para realizar a tarefa. Hoje, os visitantes do Museu do<br />
25. Ouro de Santa Fé de Bogotá podem ler, gravados na pedra sobre a porta, os seguintes versos,<br />
26. dirigidos por um poeta asteca aos conquistadores espanhóis: “Maravilho‐me de vossa cegueira<br />
27. e loucura, que desfazeis as joias bem lavradas para fazer delas vigotes”.<br />
Adaptado de Alberto Manguel, À mesa com o chapeleiro maluco:<br />
ensaios sobre corvos e escrivaninhas. Tradução de Josely Vianna Baptista.<br />
São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 21 ‐22.<br />
85<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />
Gestão Tributária – 2009.<br />
Sobre o fragmento acima, em seu contexto, é correto<br />
afirmar:<br />
A) As orações iniciais (linhas 1 a 4 da transcrição acima)<br />
constituem sequência que vai do acontecimento<br />
mais determinante para o menos determinante<br />
da ação de “concordar”.<br />
B) não só e como introduzem os complementos verbais<br />
exigidos por ser preferível.<br />
C) As formas verbais tendo decidido e concordou expressam<br />
ações concomitantes.<br />
D) Em perder não só a liberdade, o elemento destacado<br />
tem o mesmo valor e função dos notados na frase<br />
“Estava só, mas bastante tranquilo”.<br />
E) Em tanto esforço, está expresso um juízo de valor.<br />
Alternativa E – CERta<br />
O advérbio “tanto” determina intensidade, estabelecendo,<br />
portanto, juízo de valor no tocante ao termo “vasto<br />
tesouro”.<br />
Alternativa A – errada<br />
Ocorre, nesta questão, um erro muito comum em interpretação.<br />
É o da inversão. Temos, nesse caso, o menos<br />
determinante, a entrega dos bens, ao mais determinante,<br />
não perder a liberdade nem a vida.<br />
Alternativa B – errada<br />
Para “ser preferível” os complementos verbais são: “capitular<br />
a perder não só a liberdade como também a vida”.<br />
Alternativa C – errada<br />
As formas verbais citadas não caracterizam ações simultâneas.<br />
Alternativa D – errada<br />
Em “perder não só a liberdade”, tem na soma a direção de<br />
argumentação, exercendo função de objeto direto do verbo<br />
perder. Na frase “Estava só, mas bastante tranquilo”,<br />
temos a direção de argumentação de oposição, com o termo<br />
exercendo a função de predicativo do sujeito.<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
86<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />
Gestão Tributária – 2009.<br />
No contexto do primeiro parágrafo, é aceitável – por<br />
resguardar o sentido original – a substituição de<br />
A) Comentando por “Mesmo ao comentar”.<br />
B) o tempo todo por “intermitentemente”.<br />
C) voluntariamente por “obstinadamente”.<br />
D) o por “aquilo”.<br />
E) acorrentado por “subjugado”.<br />
Alternativa E – CERta<br />
No texto, a expressão “acorrentado” tem o valor de “subjugado”,<br />
“escravizado”.<br />
Alternativa A – errada<br />
O verbo no gerúndio estabelece relação de tempo. “Mesmo”<br />
estabelece relação de oposição.<br />
Alternativa B – errada<br />
A expressão “o tempo todo” não pode ser substituída por<br />
“intermitentemente”, termo que indica ação não contínua<br />
e que apresenta interrupções.
56 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
Alternativa C – errada<br />
“Voluntariamente” significa “espontaneamente”. Portanto,<br />
não há identificação com “obstinadamente”, que<br />
significa “teimosamente, de forma pertinaz”.<br />
Alternativa D – errada<br />
Em “O que é entregue por força...”, o O é artigo. O termo<br />
“que” é pronome relativo e poderá substituir “aquilo.”<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
87<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />
Gestão Tributária – 2009.<br />
No início do parágrafo 2, o segmento que corresponde<br />
a uma circunstância de tempo é<br />
A) segundo todos os testemunhos.<br />
B) o tesouro real asteca era magnífico.<br />
C) ao ser reunido diante dos espanhóis.<br />
D) formou três grandes pilhas de ouro.<br />
E) que sugeriam sofisticadas cerimônias sociais.<br />
Alternativa C – CERta<br />
A oração “ao ser reunido...” pode ser substituída por<br />
“quando, assim que, logo que, foi reunido...”, estabelecendo<br />
relação de tempo.<br />
Alternativa A – errada<br />
“Segundo” estabelece relação de conformidade.<br />
Alternativa B – errada<br />
Estabelece apenas uma explicação.<br />
Alternativa D – errada<br />
Estabelece apenas uma explicação.<br />
Alternativa E – errada<br />
Estabelece uma restrição.<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
88<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />
Gestão Tributária – 2009.<br />
Afirma ‐se com correção que, no segundo parágrafo do<br />
texto,<br />
A) houve um deslize com relação ao padrão culto escrito<br />
– os testemunhos –, pois “testemunha” é palavra<br />
usada somente no feminino.<br />
B) houve deslize com relação ao padrão culto escrito<br />
– formou –, pois a única forma aceita como correta<br />
é “formaram‐se”.<br />
C) os dois ‐pontos introduzem citação direta do depoimento<br />
de uma testemunha.<br />
D) a determinação de Príncipes – algum entre todos os<br />
Príncipes do Mundo de que se tem notícia – inclui<br />
uma condição restritiva.<br />
E) o pronome as (tê‐las) remete a tão maravilhosas.<br />
Alternativa D – CERta<br />
O texto não se refere a qualquer príncipe, mas, sim, a<br />
“um” entre “todos”.<br />
Alternativa A – errada<br />
Testemunho é um substantivo masculino e traduz ‐se<br />
como “depoimento”. Já testemunha é substantivo sobrecomum<br />
e traduz ‐se como “prova” que ocorre através de<br />
um fato, objeto ou pessoa.<br />
Alternativa B – errada<br />
O verbo formar é transitivo direto, aceitando, portanto, a<br />
voz passiva sintética e concordando com o sujeito em número<br />
e pessoa.<br />
Alternativa C – errada<br />
Como objeto para a pontuação, os dois ‐pontos chamam a<br />
atenção para a oração a seguir, independente de ser ou<br />
não depoimento de testemunha.<br />
Alternativa E – errada<br />
O termo “tê‐las” tem como referente “peças”.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
89<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />
Gestão Tributária – 2009.<br />
Pode ‐se entender corretamente como expressão de<br />
causa a seguinte passagem, em seu contexto:<br />
A) Montezuma pretendia que o tesouro fosse um tributo<br />
de sua corte ao rei espanhol.<br />
B) chegava ‐se a cem pesos para cada soldado raso.<br />
C) no fim, muitos se recusaram a aceitá ‐la.<br />
D) Cedendo à vontade de seus homens.<br />
E) dirigidos por um poeta asteca aos conquistadores<br />
espanhóis.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Pode ‐se substituir por: “uma vez que, como, já que ou porque<br />
cedeu à vontade de seus homens”. Estabelece, portanto,<br />
relação de causa.<br />
Alternativa A – errada<br />
O rei foi obrigado a entregar todo o ouro, e não por vontade<br />
própria. A segunda oração é objeto direto da primeira.<br />
Alternativa B – errada<br />
Nesse contexto, temos o efeito, e não a causa.<br />
Alternativa C – errada<br />
Temos nesse contexto uma explicação.<br />
Alternativa E – errada<br />
Temos nesta oração uma restrição.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
90<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />
Gestão Tributária – 2009.<br />
Está corretamente entendida a seguinte expressão do<br />
texto:
Português 57<br />
A) que o tesouro fosse tratado como butim / que o<br />
tesouro fosse considerado pilhagem.<br />
B) sugeriam sofisticadas cerimônias sociais / convidavam<br />
a comemorações da alta sociedade.<br />
C) pássaros e flores cuidadosamente cinzelados / pássaros<br />
e flores soberbamente adornados.<br />
D) tendo decidido ser preferível capitular / tendo optado<br />
por fazer conchavo.<br />
E) soma tão insignificante diante de suas expectativas /<br />
quantia irrisória considerada a carência dos espanhóis.<br />
Alternativa A – CERta<br />
“Butim” pode ser substituído por “pilhagem”, o mesmo<br />
que saquear, tomar.<br />
Alternativa B – errada<br />
Não há identificação entre “... sofisticadas cerimônias sociais”<br />
e “... comemorações da alta sociedade”.<br />
Alternativa C – errada<br />
O termo “cinzelar” está ligado à escultura, ou seja, trabalhar<br />
na forma de entalhe. Não há identificação com<br />
“adornar”, que se traduz, simplesmente, como “enfeitar”.<br />
Alternativa D – errada<br />
“... tendo decidido preferível render ‐se.”<br />
Alternativa E – errada<br />
“... quantia irrisória considerada a necessidade dos espanhóis.”<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
91<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />
Gestão Tributária – 2009.<br />
Feita a partilha entre o rei da Espanha, o próprio Cortés<br />
e tantos outros envolvidos, chegava ‐se a cem pesos<br />
para cada soldado raso, uma soma tão insignificante<br />
diante de suas expectativas que, no fim, muitos se recusaram<br />
a aceitá ‐la.<br />
É afirmação correta sobre o fragmento acima:<br />
A) muitos se recusaram a aceitá ‐la expressa uma<br />
finalidade.<br />
B) a correlação instaurada por tão cumpre ‐se pela associação<br />
entre esse termo e no fim.<br />
C) no fim equivale a “finalmente”, exprimindo que o<br />
desenlace da situação ocorreu exatamente como<br />
todos desejavam.<br />
D) chegava ‐se a cem pesos para cada soldado raso<br />
exprime consequência de condição anteriormente<br />
cumprida.<br />
E) a eliminação da primeira vírgula em que, no fim,<br />
muitos se recusaram a aceitá ‐la mantém a pontuação<br />
correta.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Eram tantos para dividir que, por consequência, receberam<br />
aquém das expectativas.<br />
Alternativa A – errada<br />
A relação expressa é de consequência, e não finalidade.<br />
Alternativa B – errada<br />
A correlação correta é entre tão e que.<br />
Alternativa C – errada<br />
“No fim” equivale a “por termo”. O desenlace da situação<br />
foi o oposto a que todos desejavam.<br />
Alternativa E – errada<br />
Não deve ser retirada a vírgula, visto que a expressão indica<br />
um advérbio e está como termo interferente.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
92<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />
Gestão Tributária – 2009.<br />
“Maravilho‐me de vossa cegueira e loucura, que desfazeis<br />
as joias bem lavradas para fazer delas vigotes.”<br />
Se o poeta asteca tivesse se dirigido a seus interlocutores,<br />
os conquistadores espanhóis, por meio de outro<br />
pronome, a correlação entre esse novo pronome e a<br />
forma verbal, respeitado o contexto, estaria totalmente<br />
adequada ao padrão culto escrito em:<br />
A) Maravilho ‐me de sua cegueira e loucura, que desfaz<br />
as joias...<br />
B) Maravilho ‐me da cegueira e loucura de vocês, que<br />
desfazeis as joias...<br />
C) Maravilho ‐me de tua cegueira e loucura, que desfaz<br />
as joias...<br />
D) Maravilho ‐me de sua cegueira e loucura, que desfazem<br />
as joias...<br />
E) Maravilho ‐me de sua cegueira e loucura, que desfazes<br />
as joias...<br />
Alternativa D – CERta<br />
Leva ‐se pronome para a 3ª pessoa “sua”, concordando<br />
com o verbo na 3ª pessoa “desfazem”.<br />
Alternativa A – errada<br />
Não há correlação com a forma singular “desfaz”.<br />
Alternativa B – errada<br />
“Desfazeis” está na 2ª pessoa do plural – vós –, não havendo,<br />
portanto, correlação.<br />
Alternativa C – errada<br />
“... maravilho ‐me (...) que desfazes...”.<br />
Alternativa E – errada<br />
“... maravilho ‐me de tua cegueira (...) que desfazes...”.<br />
Gabarito oficial: alternativa D
58 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
Atenção: Considere o texto a seguir para responder às questões de 93 a 100.<br />
A arrogância da interpretação a posteriori<br />
A história não se repete, mas rima.<br />
Mark Twain<br />
A história repete ‐se; essa é uma das coisas erradas da história.<br />
Clarence Darrow<br />
A história tem sido definida como uma coisa depois da outra. Essa ideia pode ser considerada<br />
um alerta contra duas tentações, mas eu, devidamente alertado, flertarei cautelosamente com ambas.<br />
Primeiro, o historiador é tentado a vasculhar o passado à procura de padrões que se repetem;<br />
ou, pelo menos, como diria Mark Twain, ele tende a buscar razão e rima em tudo. Esse apetite por<br />
padrões afronta quem acha que a história não vai a lugar nenhum e não segue regras – “a história<br />
costuma ser um negócio aleatório, confuso”, como também disse o próprio Mark Twain. A segunda<br />
tentação do historiador é a soberba do presente: achar que o passado teve por objetivo o tempo<br />
atual, como se os personagens do enredo da história não tivessem nada melhor a fazer da vida do<br />
que prenunciar ‐nos.<br />
Sob nomes que não vêm ao caso para nós, essas são questões atualíssimas na história humana,<br />
e surgem mais fortes e polêmicas na escala temporal mais longa da evolução. A história evolutiva<br />
pode ser representada como uma espécie depois da outra. Mas muitos biólogos hão de concordar<br />
comigo que se trata de uma ideia tacanha.<br />
Quem olha a evolução dessa perspectiva deixa passar a maior parte do que é importante. A<br />
evolução rima, padrões se repetem. E não simplesmente por acaso. Isso ocorre por razões bem<br />
compreendidas, sobretudo razões darwinianas, pois a biologia, ao contrário da evolução humana<br />
ou mesmo da física, já tem a sua grande teoria unificada, aceita por todos os profissionais bem<br />
informados no ramo, embora em várias versões e interpretações. Ao escrever a história evolutiva,<br />
não me esquivo a buscar padrões e princípios, mas procuro fazê ‐lo com cautela.<br />
E quanto à segunda tentação, a presunção da interpretação a posteriori, a ideia de que o passado<br />
atua para produzir nosso presente específico? O falecido Stephen Jay Gould salientou, com<br />
acerto, que um ícone dominante da evolução na mitologia popular, uma caricatura quase tão ubíqua<br />
quanto a de lemingues* atirando ‐se ao penhasco (aliás, outro mito falso), é a de uma fila de<br />
ancestrais simiescos a andar desajeitadamente, ascendendo na esteira da majestosa figura que os<br />
encabeça num andar ereto e vigoroso: o Homo sapiens sapiens – o homem como a última palavra<br />
da evolução (e nesse contexto é sempre um homem, e não uma mulher), o homem como o alvo de<br />
todo o empreendimento, o homem como um magneto, atraindo a evolução do passado em direção<br />
à proeminência.<br />
* Lemingues: designação comum a diversos pequenos roedores.<br />
Richard Dawkins, com a colaboração de Yan Wong, A grande história da evolução:<br />
na trilha dos nossos ancestrais. Tradução de Laura Teixeira Motta. São Paulo:<br />
Companhia das Letras, 2009. p. 17 ‐18.
Português 59<br />
93<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />
Gestão Tributária – 2009.<br />
Considere o segundo parágrafo e as afirmações que<br />
seguem.<br />
I – Na frase Sob nomes que não vêm ao caso para nós,<br />
o autor exprime opção pelo silêncio, mas sinaliza ter<br />
conhecimento acerca do que silencia.<br />
II – No parágrafo, o autor realiza um afunilamento do<br />
assunto “história”, com que, no primeiro parágrafo,<br />
iniciou sua exposição.<br />
III – O emprego do pronome nós é recurso para promover<br />
aproximação mais estreita com o leitor, tornando o<br />
discurso mais íntimo.<br />
IV – Em A história evolutiva pode ser representada<br />
como uma espécie depois da outra, o autor explicita<br />
que a ideia de sucessão é inerente à evolução dos seres<br />
vivos e exclusiva dela.<br />
O texto abona a correção do que se afirma APENAS em<br />
A) I e II.<br />
B) I, II e III.<br />
C) I, III e IV.<br />
D) II e III.<br />
E) II, III e IV.<br />
Alternativa B – CERta<br />
A ideia de evolução, segundo o texto, não explicita a sucessão<br />
de seres, e sim o aprimoramento delas. Portanto, o<br />
único item que não corresponde é o item IV.<br />
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
94<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />
Gestão Tributária – 2009.<br />
“Sob nomes que não vêm ao caso para nós, essas são<br />
questões atualíssimas na história humana, e surgem<br />
mais fortes e polêmicas na escala temporal mais longa<br />
da evolução. A história evolutiva pode ser representada<br />
como uma espécie depois da outra. Mas muitos biólogos<br />
hão de concordar comigo que se trata de uma<br />
ideia tacanha.”<br />
Considerado o fragmento, em seu contexto, é correto<br />
afirmar:<br />
A) em essas são questões atualíssimas, o pronome remete<br />
a assuntos que serão anunciados a seguir.<br />
B) nele está rejeitada, de modo subentendido, a ideia<br />
de que a história humana poderia abrigar mais de<br />
uma escala de tempo.<br />
C) como está empregado com o mesmo valor e função<br />
observados no primeiro parágrafo.<br />
D) a expressão hão de concordar expressa convicção<br />
acerca da inevitabilidade da ação.<br />
E) como uma espécie depois da outra pode ser substituído,<br />
sem prejuízo da correção e do sentido originais,<br />
por “como espécies contíguas das outras”.<br />
Alternativa B – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
O pronome “essas” remete a fatos que já ocorreram.<br />
Alternativa C – errada<br />
O primeiro “como” é comparação; o segundo “como” é<br />
conformidade.<br />
Alternativa D – errada<br />
O verbo haver como auxiliar indica uma possibilidade.<br />
Alternativa E – errada<br />
O termo “contíguo” não substitui “um depois do outro”.<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
95<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />
Gestão Tributária – 2009.<br />
No segundo parágrafo, a alteração que não mantém o<br />
sentido e a correção originais é a de<br />
A) Mas por “Apesar de”.<br />
B) Quem por “Muitos biólogos”.<br />
C) Embora por “não obstante”.<br />
D) Ao escrever por “Salvo se escrever”.<br />
E) Mas procuro por “ainda que procure”.<br />
Alternativa D – CERta<br />
“Ao escrever” estabelece relação de tempo, enquanto<br />
“Salvo se” estabelece relação de condição.<br />
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />
As outras alternativas estabelecem a mesma relação:<br />
“oposição”.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
96<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />
Gestão Tributária – 2009.<br />
É correto afirmar que, independentemente do estrito<br />
significado do verbo, a estrutura que expressa continuidade<br />
da ação é:<br />
A) o passado atua.<br />
B) para produzir.<br />
C) a andar.<br />
D) os encabeça.<br />
E) nesse contexto é.<br />
Alternativa C – CERta<br />
O verbo no infinitivo indica uma continuidade de ação.<br />
Alternativa A – errada<br />
O termo “passado” é um substantivo.
60 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
Alternativa B – errada<br />
O termo “para produzir” indica finalidade de ação provável.<br />
Alternativa D – errada<br />
“Encabeça” indica ação no presente.<br />
Alternativa E – errada<br />
“Nesse contexto” indica ação no presente.<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
97<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />
Gestão Tributária – 2009.<br />
Afirma ‐se corretamente que, no último parágrafo,<br />
A) o ponto de interrogação sinaliza a pergunta que foi<br />
diretamente respondida por Stephen Jay.<br />
B) os parênteses acolhem retificação, realizada de<br />
modo idêntico ao que se nota em “Eu a vi ontem,<br />
aliás, anteontem”.<br />
C) os dois ‐pontos introduzem uma citação latina que<br />
é traduzida com objetividade no trecho após o<br />
travessão.<br />
D) a colocação de uma vírgula antes do pronome que<br />
é optativa, por isso a frase alterada manteria rigorosamente<br />
o sentido original.<br />
E) os parênteses acolhem comentário considerado<br />
pertinente, mas digressivo com relação ao fio principal<br />
da argumentação.<br />
Alternativa E – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
O ponto de interrogação infere uma pergunta feita pelo<br />
autor.<br />
Alternativa B – errada<br />
No texto “Eu a vi ontem, aliás, anteontem”, estabelece ‐se<br />
uma retificação. Nos parênteses posteriores, há uma<br />
exemplificação.<br />
Alternativa C – errada<br />
O termo em latim gera o aposto entre os travessões.<br />
Alternativa D – errada<br />
A vírgula isola uma explicação, sendo, portanto,<br />
obrigatória.<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
98<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />
Gestão Tributária – 2009.<br />
“Quem olha a evolução dessa perspectiva deixa passar<br />
a maior parte do que é importante.”<br />
Alterando ‐se as formas verbais da frase acima, a correlação<br />
entre as novas formas ainda estará em conformidade<br />
com o padrão culto escrito em:<br />
A) olharia – deixava passar – foi<br />
B) olhasse – deixaria passar – é<br />
C) olhe – deixava passar – seja<br />
D) olharia – deixou passar – fosse<br />
E) olhar – deixou passar – era<br />
Alternativa B – CERta<br />
O pretérito imperfeito do subjuntivo é a forma hipotética,<br />
estabelecendo que a ação não ocorreu. O futuro do<br />
pretérito ou futuro condicional também é hipotético, estabelecendo<br />
que a ação, ou não ocorreu, ou não ocorrerá.<br />
Quanto ao presente, o verbo estabelece uma ação no momento<br />
em que se fala ou se escreve.<br />
Alternativa A – errada<br />
“Olharia” correlaciona ‐se com “deixaria passar”...<br />
Alternativa C – errada<br />
“Olhe” correlaciona ‐se com “deixe” e “seja”, para o presente<br />
do subjuntivo ou presente hipotético.<br />
Alternativa D – errada<br />
“Olharia” correlaciona ‐se com “deixou passar” e “era”.<br />
O pretérito mais ‐que‐perfeito é uma ação no passado anterior<br />
a outra ação também no passado.<br />
Alternativa E – errada<br />
“Olhar” correlaciona ‐se com “deixará passar” e “ ... é importante”.<br />
O futuro correlaciona ‐se com o presente e com<br />
o futuro.<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
99<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />
Gestão Tributária – 2009.<br />
“Essa ideia pode ser considerada um alerta contra duas<br />
tentações, mas eu, devidamente alertado, flertarei<br />
cautelosamente com ambas.”<br />
Uma outra redação correta para o que se afirma no<br />
segmento destacado é:<br />
A) mas, quanto à mim, alerta que estou, terei cautela<br />
ao flertar com ambas.<br />
B) mas eu, consciente do dever, busco flertar com as<br />
duas, embora cauteloso.<br />
C) mas dado a mim, vigilante na medida certa, flertarei<br />
com uma ou outra cuidadosamente.<br />
D) mas no que se refere à minha pessoa, já advertido<br />
somente flertarei e com ambas, cautelosamente.<br />
E) mas eu, convenientemente prevenido, flertarei<br />
cautelosamente com uma e outra.<br />
Alternativa E – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
Não há crase antes de pronome oblíquo.<br />
Alternativa B – errada<br />
“Devidamente alertado” não poderá ser substituído por<br />
“consciente do dever”.<br />
Alternativa C – errada<br />
“Devidamente alertado” não poderá ser substituído por<br />
“vigilante na medida certa”.
Português 61<br />
Alternativa D – errada<br />
Há problema com a pontuação. Vírgula após “mas”, vírgula<br />
após “advertido”.<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
100<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />
Gestão Tributária – 2009.<br />
“Mas muitos biólogos hão de concordar...”<br />
Diferentemente do que se tem acima, a frase que, consoante<br />
o padrão culto escrito, exige o emprego do verbo<br />
“haver” no singular é:<br />
A) Muitas teorias já ...... sido submetidas à sua análise<br />
quando ele expressou essa convicção.<br />
B) Talvez ...... algumas versões da teoria citada, mas<br />
certamente poucos as conhecem.<br />
C) Quantos biólogos ...... pesquisado o assunto e talvez<br />
não tenham a mesma opinião.<br />
D) Alguns mitos falsos ...... merecido representação<br />
artisticamente irrepreensível.<br />
E) Nós ...... de corresponder às expectativas depositadas<br />
em nossa equipe.<br />
Alternativa B – CERta<br />
“Talvez haja algumas versões...”<br />
O verbo haver só será impessoal ao substituir os verbos<br />
“existir”, “acontecer” e “ocorrer”.<br />
Como auxiliar, ele deverá concordar com o sujeito em<br />
número e pessoa como nas alternativas seguintes:<br />
Alternativa A – errada<br />
“Muitas teorias já haviam sido submetidas...”<br />
Alternativa C – errada<br />
“Quantos biólogos haviam pesquisado...”<br />
Alternativa D – errada<br />
“... hão merecido...”<br />
Alternativa E – errada<br />
“... haveremos de...”<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
Atenção: Considere o texto a seguir para responder às questões 101 a 104.<br />
[14 de fevereiro]<br />
1. Conheci ontem o que é celebridade. Estava comprando gazetas a um homem que as vende na<br />
2. calçada da Rua de S. José, esquina do Largo da Carioca, quando vi chegar uma mulher simples<br />
3. e dizer ao vendedor com voz descansada:<br />
4. − Me dá uma folha que traz o retrato desse homem que briga lá fora.<br />
5. − Quem?<br />
6. − Me esqueceu o nome dele.<br />
7. Leitor obtuso, se não percebeste que “esse homem que briga lá fora” é nada menos que o nosso<br />
8. Antônio Conselheiro, crê ‐me que és ainda mais obtuso do que pareces. A mulher provavelmente<br />
9. não sabe ler, ouviu falar da seita de Canudos, com muito pormenor misterioso, muita auréola,<br />
10. muita lenda, disseram ‐lhe que algum jornal dera o retrato do Messias do sertão, e foi comprá ‐lo,<br />
11. ignorando que nas ruas só se vendem as folhas do dia. Não sabe o nome do Messias; é “esse homem<br />
12. que briga lá fora”. A celebridade, caro e tapado leitor, é isto mesmo. O nome de Antônio Conselheiro<br />
13. acabará por entrar na memória desta mulher anônima, e não sairá mais. Ela levava uma pequena,<br />
14. naturalmente filha; um dia contará a história à filha, depois à neta, à porta da estalagem, ou no<br />
15. quarto em que residirem.<br />
Machado de Assis, Crônica publicada em A semana, 1897.<br />
In: Obra completa, v. III, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p. 763.<br />
101<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />
Gestão Tributária – 2009.<br />
Considerado o contexto, está correto o que se afirma<br />
em:<br />
A) (linha 1) Estava comprando indica, entre ações simultâneas,<br />
a que se estava processando quando<br />
sobrevieram as demais.<br />
B) (linha 10) dera exprime ação ocorrida simultaneamente<br />
a disseram (linha 10).
62 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
C) (linha 13) acabará por entrar expressa um desejo.<br />
D) (linha 13) levava designa fato passado concebido<br />
como permanente.<br />
E) (linha 15) residirem exprime fato possível, mas improvável.<br />
Alternativa A – CERta<br />
O pretérito imperfeito indica uma ação no passado não<br />
concluída ou em andamento.<br />
Alternativa B – errada<br />
“Dera” está no pretérito mais ‐que‐perfeito, ou seja, o<br />
passado anterior ao passado. “Dera” está ligado à ação seguinte,<br />
que é “comprá‐lo”.<br />
Alternativa C – errada<br />
“Acabará por entrar” expressa uma ideia certa.<br />
Alternativa D – errada<br />
“Levava” indica ação no passado em continuidade, ou<br />
que não se concluiu.<br />
Alternativa E – errada<br />
“Residirem” está no futuro hipotético possível mas não<br />
improvável.<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
102<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />
Gestão Tributária – 2009.<br />
Se o cronista tivesse preferido contar com suas próprias<br />
palavras o que a mulher disse ao vendedor, a formulação<br />
que, em continuidade à frase... quando vi chegar uma<br />
mulher simples e pedir ao vendedor com voz descansada,<br />
atenderia corretamente ao padrão culto escrito é:<br />
A) que desse uma folha que traria o retrato desse homem<br />
que briga lá fora.<br />
B) que lhe desse uma folha que trazia o retrato daquele<br />
homem que brigava lá fora.<br />
C) que lhe dê uma folha que traz o retrato desse homem<br />
que briga lá fora.<br />
D) que me dê uma folha que traz o retrato desse homem<br />
que brigaria lá fora.<br />
E) que: Dê ‐me uma folha que traz o retrato daquele<br />
homem que brigaria lá fora.<br />
Alternativa B – CERta<br />
O enunciado está solicitando a passagem do discurso direto,<br />
quando a personagem fala, para o discurso indireto,<br />
quando o narrador transcreve a fala da personagem levando<br />
os verbos para a 3ª pessoa.<br />
Alternativa A – errada<br />
Falta o “lhe”, referência à personagem.<br />
Alternativas C, D e E – ERRADAS<br />
Por tratar ‐se de uma narrativa, os verbos deverão estar no<br />
passado.<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
103<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />
Gestão Tributária – 2009.<br />
“... crê ‐me que és ainda mais obtuso do que pareces.”<br />
Trocando a segunda pela terceira pessoa, a frase acima<br />
está em total conformidade com o padrão culto escrito<br />
em:<br />
A) creia ‐me que é ainda mais obtuso do que parece.<br />
B) crede ‐me que é ainda mais obtuso do que parecei.<br />
C) crê ‐me que é ainda mais obtuso do que parece.<br />
D) creia ‐me que é ainda mais obtuso do que parecei.<br />
E) crede ‐me que és ainda mais obtuso do que parecei.<br />
Alternativa A – CERta<br />
O verbo crer está no imperativo, e o verbo parecer está no<br />
presente do indicativo, ambos na 3ª pessoa do singular.<br />
Alternativa B – errada<br />
Os verbos crer e parecer estão na 2ª pessoa do plural.<br />
Alternativa C – errada<br />
O verbo crer está na 2ª pessoa do singular, e o parecer está<br />
na 3ª.<br />
Alternativa D – errada<br />
Embora o verbo crer esteja correto, o verbo parecer está na<br />
2ª pessoa do plural, não havendo correlação verbal.<br />
Alternativa E – errada<br />
O verbo crer está na 2ª pessoa do plural, e o verbo parecer<br />
está na 3ª.<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
104<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />
Gestão Tributária – 2009.<br />
“... um dia contará a história à filha, depois à neta.”<br />
Transpondo para a voz passiva a frase acima, a forma<br />
verbal obtida corretamente é:<br />
A) seriam contadas.<br />
B) haverá de ser contada.<br />
C) será contada.<br />
D) haveria de ser contada.<br />
E) poderiam ser contadas.<br />
Alternativa C – CERta<br />
O verbo contar está no futuro do presente e será substituído<br />
pelo auxiliar no mesmo tempo e modo: “será” ele;<br />
o verbo contar irá para o particípio.<br />
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />
Às outras alternativas, falta a correlação verbal necessária<br />
à voz passiva.<br />
Gabarito oficial: alternativa C
Português 63<br />
105<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />
Gestão Tributária – 2009.<br />
Está clara e em total conformidade com o padrão culto<br />
escrito a seguinte redação:<br />
A) A comparação que os artistas fizeram entre as duas<br />
peças foi possível perceber que materiais distintos<br />
exigem a mesma dedicação, ainda que especificidades<br />
sejam atendidas de outra maneira.<br />
B) O talentoso pintor, aos 13 de idade, partilhou com<br />
o trabalho do mestre por 7 anos, experiência que<br />
rendeu conhecimento de recursos expressivos que<br />
dispôs em produções posteriores.<br />
C) Aludiu de maneira discreta àquele que o havia contestado,<br />
mas reconheceu tanto a pertinência quanto<br />
a importância do discordar, pois a isso, muitas<br />
vezes, devem ‐se avanços na ciência.<br />
D) As ações levadas a efeito pelo grupo junto aos jovens<br />
possibilitaram reconhecimento e respeito de<br />
seus direitos, o que lhes mobilizou a dar transparência<br />
ao movimento e resultados.<br />
E) A rapidez das ações é relevante para essa iniciativa,<br />
aonde o sucesso depende da interferência imediata,<br />
pois, caso uma das atitudes for adiada, muito, muitas<br />
etapas mesmo, se deixariam sem resolver.<br />
Alternativa C – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
“Na comparação (...) foi possível perceber...”<br />
Alternativa B – errada<br />
“O talentoso pintor (...), partilhou o trabalho com o mestre...”,<br />
e “... que dispôs produções posteriores...”.<br />
Alternativa D – errada<br />
“... o que os mobilizou...”<br />
Alternativa E – errada<br />
“... quando ou no momento em que o sucesso...” e “muitas<br />
etapas deixariam mesmo de se resolver”.<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
106<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />
Gestão Tributária – 2009.<br />
A frase que está em total conformidade com o padrão<br />
culto escrito é:<br />
A) A sua crescente habilidade para o diálogo ao mesmo<br />
tempo franco e polido foi atribuído aos ambientes<br />
em que frequentava por conta da profissão.<br />
B) Não vai fazer diferença, a essa altura, os pareceres<br />
desfavorável ao projeto, pois grande parte dos<br />
consultores reconheceu a possibilidade de<br />
implementá ‐lo.<br />
C) Esses argumentos em estilo tão requintado é fatal<br />
para convencer aqueles que os consideram mais<br />
pela aparência que pela consistência, que é um<br />
grande equívoco.<br />
D) Em favor à ideia ele expôs uma dezena de fatores,<br />
cujo teor poucos tinham tido acesso antes da polêmica<br />
reunião.<br />
E) O foco dos debates era aquela teoria, e ninguém<br />
dentre eles poderia alegar que não fora avisado da<br />
necessidade de a ele se ater, para que se evitassem<br />
situações embaraçosas.<br />
Alternativa E – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
Problemas com a concordância nominal. “A sua crescente<br />
habilidade para o diálogo, ao mesmo tempo, franco e<br />
polido foi atribuída aos ambientes que frequentava...”<br />
Alternativa B – errada<br />
Problemas no tocante à concordância verbal: “Não vão<br />
fazer diferença (...) os pareceres favoráveis (...) a possibilidade<br />
de implementá ‐los”.<br />
Alternativa C – errada<br />
“Esses argumentos (...) são fatais...”<br />
Alternativa D – errada<br />
“A favor da ideia (...) fatores, a cujo teor poucos tinham<br />
acesso.”<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
107<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />
Gestão Tributária – 2009.<br />
A frase que respeita inteiramente o padrão culto escrito<br />
é:<br />
A) Nada disso influe no que foi acordado já faz mais<br />
de dez dias, mas eles quizeram que eu reiterasse a<br />
sua disposição de manter o que foi estabelecido.<br />
B) Gás lacrimogênio foi usado para dispersar os grupos<br />
que cultivavam antiga richa, reforçando a convicção<br />
de que dali há anos ainda estariam de lados<br />
opostos.<br />
C) Ficou na dependência de ele redigir tudo o que os<br />
acionistas mais antigos se disporam a oferecer, se,<br />
e só se, os mais novos não detiverem o curso das<br />
negociações.<br />
D) Semeemos a ideia de que tudo será resolvido de<br />
acordo com os itens considerados prioritários,<br />
nem que para isso precisamos apelar para a decência<br />
de todos.<br />
E) Vocês divergem, mas agora é necessário que se remedeie<br />
a situação; por isso, façam novos contratos<br />
e provejam o setor de profissionais competentes.<br />
Alternativa E – CERta<br />
Um cuidado especial para com o verbo remediar que, assim<br />
como mediar, se conjuga o presente do indicativo<br />
como “Eu remedeio”. Portanto, o presente do subjuntivo<br />
será conjugado: “que eu remedeie”. Da mesma forma,<br />
conjugam ‐se os verbos mediar, ansiar, incendiar e odiar.
64 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
Alternativa A – errada<br />
“Nada disso influi (...) mas eles quiseram...”<br />
Alternativa B – errada<br />
“Gás lacrimogêneo (...) antiga rixa, (...) dali a anos...”<br />
Cabe aqui, caro leitor, a observação sobre o “há” que somente<br />
é usado quando se trata do tempo passado. Para o<br />
futuro, usa ‐se a preposição “a”.<br />
Alternativa C – errada<br />
“... tudo o que os acionistas mais antigos se dispuseram...”<br />
Alternativa D – errada<br />
O erro é sobre correlação verbal. O correto seria: “Semeemos<br />
(...) nem que para isso precisemos apelar...”<br />
Gabarito oficial: alternativa E
SEFIN/RO – AUDITOR -FISCAL DE TRIBUTOS<br />
ESTADUAIS – 2010<br />
Atenção: As questões a seguir referem ‐se ao texto seguinte.<br />
O valor da informação<br />
Um indivíduo participa da vida social em proporção ao volume e à qualidade das informações<br />
que possui, mas, especialmente, em função de suas possibilidades de aproveitá ‐las e, sobretudo, de<br />
sua possibilidade de nelas intervir como produtor do saber. Isso significa que, nas discussões acerca<br />
das condições sociais da democracia, algumas questões merecem ser focalizadas.<br />
Como os indivíduos recebem a informação? Quais as informações que lhes são dadas? Quando<br />
o são? Quem as dá? Com que fim são fornecidas − para serem fixadas mecanicamente ou para lhes<br />
dar liberdade de escolha e margem de iniciativa?<br />
São questões decisivas, se a discussão da democracia for a sério.<br />
Adaptado de Marilena Chauí, Cultura e democracia<br />
108<br />
SEFIN/Ro – Auditor ‐Fiscal de tributos<br />
Estaduais – 2010.<br />
o valor da informação, segundo a autora,<br />
I – é absoluto numa democracia, cabendo apenas<br />
atentar para aspectos mais circunstanciais dos canais<br />
de informação e avaliar a eficácia destes no processo<br />
comunicativo.<br />
II – deve ser permanentemente avaliado, para se saber<br />
se entre o emissor e o receptor da informação não há<br />
dificuldades operacionais ou técnicas a serem superadas.<br />
III – está vinculado a uma série de condicionantes, que<br />
devem ser reconhecidos para se avaliar qual a efetiva<br />
participação dos indivíduos na vida democrática.<br />
Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma<br />
em<br />
A) III.<br />
B) I e II.<br />
C) II e III.<br />
D) I.<br />
E) II.<br />
Alternativa A – CERtA<br />
O item I está incorreto: O valor da informação não é<br />
absoluto em uma democracia. As perguntas feitas pela<br />
autora põem em dúvida esse aspecto.<br />
O item II está incorreto: A autora coloca em questão não a<br />
permanente avaliação da informação, mas sua finalidade.<br />
Alternativas B, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa A
66 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
109<br />
SEFIN/RO – Auditor ‐Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2010.<br />
“São questões decisivas, se a discussão da democracia<br />
for a sério.”<br />
Numa nova redação da frase acima, mantêm ‐se o sentido<br />
e a adequada correlação entre tempos e modos<br />
verbais em:<br />
A) Caso se levasse a sério a discussão da democracia,<br />
ainda assim seriam questões decisivas.<br />
B) Conquanto decisivas, tais questões serão levadas a<br />
sério na discussão da democracia.<br />
C) Sempre que a discussão da democracia for levada a<br />
sério, questões como essas serão decisivas.<br />
D) Mesmo sendo decisivas tais questões, a discussão<br />
da democracia é levada a sério.<br />
E) Fossem questões decisivas, e a discussão da democracia<br />
será levada a sério.<br />
Alternativa C – CERta<br />
Correlação verbal “for” e “será” estabelece o futuro do<br />
presente.<br />
Alternativa A – errada<br />
A incorreção ocorre no tocante à correlação verbal, pois o<br />
verbo no enunciado indica uma hipótese no futuro. Para<br />
a alternativa, o verbo levar está no passado.<br />
Alternativa B – errada<br />
“Conquanto” estabelece relação de oposição. A relação<br />
estabelecida no enunciado é de condição.<br />
Alternativa D – errada<br />
A relação estabelecida na alternativa é de oposição.<br />
Alternativa E – errada<br />
Erro de correlação verbal: “fossem” (...) “seria levada a<br />
sério”.<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
110<br />
SEFIN/RO – Auditor ‐Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2010.<br />
Está clara e correta a redação deste livre comentário<br />
sobre o texto.<br />
A) Sem poder intervir no processo de informações, um<br />
indivíduo não estará participando da vida social,<br />
mas apenas integrando ‐a de modo passivo e acrítico.<br />
B) Um pressuposto da vida democrática é a informação;<br />
sem elas, ou ainda melhor, sem investigar ‐lhes, não<br />
há participação que seja condigna a essa designação.<br />
C) Ao em vez de propor a euforia das informações, a<br />
autora adverte de que se trata muito mais de investigar<br />
suas condicionantes do que aceitar seus efeitos.<br />
D) A euforia das informações que correm em nossos<br />
dias passam a contaminar a todos, de tal modo, que<br />
uma espécie de ruído comunicativo sobrepõe ‐se à<br />
límpidas mensagens.<br />
E) Para a autora do texto o valor da informação antes<br />
de mais nada, circunscreve ‐se a uma série de<br />
pré ‐requisitos, ou não há participação efetiva da<br />
sociedade.<br />
Alternativa A – CERta<br />
Alternativa B – errada<br />
Há erro de concordância “... sem ela (...) sem investigar‐<br />
‐lhe” como referente “informação”.<br />
Alternativa C – errada<br />
“... em vez de...” ou “ao invés de...” e “a autora adverte<br />
que...”.<br />
Alternativa D – errada<br />
“A euforia das informações que ocorre... passa (...)<br />
sobrepõe ‐se a límpidas...”<br />
Alternativa E – errada<br />
“..., (...) o valor da informação, antes de mais nada,”<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
111<br />
SEFIN/RO – Auditor ‐Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2010.<br />
Estão inteiramente adequadas a regência e a concordância<br />
verbal na frase:<br />
A) Caso não se avalie as condições em que transitam<br />
as informações numa sociedade, que garantia teremos<br />
que se trata de uma democracia?<br />
B) A leitura do texto permite depreender de que nem<br />
toda informação, ainda que multiplicada, tornam‐<br />
‐se fatores de democratização.<br />
C) Dependem do volume e da qualidade das informações<br />
a participação em que se espera numa autêntica<br />
sociedade democrática.<br />
D) Estão na base mesma da sociedade, cujo espírito<br />
democrático se pretende íntegro, os valores fundamentais<br />
da informação aberta e bem qualificada.<br />
E) As várias perguntas em que se desenvolve a preocupação<br />
da autora do texto parece ancorar ‐se na<br />
estratégia de um questionamento socrático.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
“Caso não se avaliem as condições...”: uso incorreto da<br />
voz passiva sintética.<br />
Alternativa B – errada<br />
“... permite depreender que nem toda informação (...)<br />
torna ‐se...”<br />
Alternativa C – errada<br />
“Depende (...) a participação...”<br />
Alternativa E – errada<br />
“As várias perguntas (...) parecem ancorar ‐se...”<br />
Nota: A norma padrão do idioma aceita também: parece<br />
ancorarem ‐se.<br />
Gabarito oficial: alternativa D
Português 67<br />
112<br />
SEFIN/RO – Auditor ‐Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2010.<br />
É preciso CORRIGIR a redação da seguinte frase:<br />
A) Se o indivíduo não intervier na vida social, as informações<br />
de que dispõe tornam ‐se inoperantes, não<br />
representando ganho de qualquer espécie.<br />
B) A fonte das informações deve ser absolutamente<br />
confiável, para que os indivíduos não sejam ludibriados<br />
e levados a interpretações errôneas.<br />
C) Investigar detalhadamente os aspectos em que se<br />
envolve a informação, é uma condição pela qual o<br />
cidadão consciente não deve se abster.<br />
D) Por meio das perguntas que formula, a autora chama<br />
a atenção para as diferentes condições implicadas<br />
no processamento das informações.<br />
E) Ao contrário do que pensa a autora, muitas pessoas<br />
julgam que o simples acesso às informações<br />
já evidencia uma sociedade democrática.<br />
Alternativa C – CERta<br />
“... é uma condição da qual o cidadão não deve abster ‐se.”<br />
O verbo pronominal abster ‐se é transitivo indireto e exige<br />
a presença da preposição de. Há, também, um deslize<br />
quanto à colocação pronominal, quando teríamos, neste<br />
caso, duas construções possíveis: “... não se deve abster...”:<br />
próclise do verbo auxiliar, ou “ ... não deve abster ‐se”:<br />
ênclise do verbo no infinitivo.<br />
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa C
PM/SP – AUDITOR -FISCAL TRIBUTÁRIO<br />
MUNICIPAL I – 2006<br />
Atenção: As questões a seguir referem ‐se ao texto seguinte.<br />
Da impunidade<br />
O homem ainda não encontrou uma forma de organização social que dispense regras de conduta,<br />
princípios de valor, discriminação objetiva de direitos e deveres comuns. Todos nós reconhecemos<br />
que, em qualquer atividade humana, a inexistência de parâmetros normativos implica o<br />
estado de barbárie, no qual prevalece a mais dura e irracional das justificativas: a lei do mais forte,<br />
também conhecida, não por acaso, como “a lei da selva”. É nessa condição em que vivem os animais,<br />
relacionando ‐se sob o exclusivo impulso dos instintos. Mas o homo sapiens afirmou ‐se como<br />
tal exatamente quando estabeleceu critérios de controle dos impulsos primitivos.<br />
Variando de cultura para cultura, as regras de convívio existem para dar base e estabilidade às<br />
relações entre os homens. Não decorrem, aliás, apenas de iniciativas reconhecidas simplesmente<br />
como humanas: podem apresentar ‐se como manifestações da vontade divina, como valores supremos,<br />
por vezes apresentados como eternos. Os dez mandamentos ditados por Deus a Moisés são<br />
um exemplo claro de que a religião toma para si a tarefa de orientar a conduta humana por meio de<br />
princípios fundamentais. No caso da lei mosaica, um desses princípios é o da interdição: “Não matarás”,<br />
“Não cobiçarás a mulher do próximo” etc. Ou seja: está suposto nesses mandamentos que o<br />
ponto de partida para a boa conduta é o reconhecimento daquilo que não pode ser permitido, daquilo<br />
que representa o limite de nossa vontade e de nossas ações.<br />
Nas sociedades modernas, os textos constitucionais e os regulamentos de todo tipo multiplicam‐<br />
‐se e sofisticam ‐se, mas permanece como sustentação delas a ideia de que os direitos e os deveres<br />
dizem respeito a todos e têm por finalidade o bem comum. Para garantia do cumprimento dos<br />
princípios, instituem ‐se as sanções para quem os ignore. A penalidade aplicada ao indivíduo transgressor<br />
é a garantia da validade social da norma transgredida. Por isso, a impunidade, uma vez<br />
manifesta, quebra inteiramente a relação de equilíbrio entre direitos e deveres comuns, e passa a
Português 69<br />
constituir um exemplo de delito vantajoso: aquele em que o sujeito pode tirar proveito pessoal de<br />
uma regra exatamente por tê ‐la infringido. Abuso de poder, corrupção, tráfico de influências,<br />
quando não seguidos de punição exemplar, tornam ‐se estímulos para uma prática delituosa generalizada.<br />
Um dos maiores desafios da nossa sociedade é o de não permitir a proliferação desses<br />
casos. Se o ideal da civilização é permitir que todos os indivíduos vivam e convivam sob os mesmos<br />
princípios éticos acordados, a quebra desse acordo é a negação mesma desse ideal da humanidade.<br />
Inácio Leal Pontes<br />
113<br />
PM/SP – Auditor ‐Fiscal Tributário Municipal<br />
I – 2006.<br />
A concordância verbal estabelece ‐se plena e adequadamente<br />
em:<br />
A) Para que o cumprimento de todos os princípios<br />
fundamentais seja garantido, devem especificar ‐se<br />
as sanções.<br />
B) No caso de que se infrinja as normas e os princípios,<br />
hão de se lançar mão das sanções correspondentes.<br />
C) Constituem um dos exemplos de delitos vantajosos<br />
o caso em que o detentor de um poder abuse de<br />
sua autoridade.<br />
D) Não houvesse sido criadas quaisquer regras de convívio,<br />
estaríamos todos vivendo sob o comando de<br />
nossos instintos mais primitivos.<br />
E) O que nos mandamentos de Moisés se impõem<br />
como um dos princípios fundamentais é a necessidade<br />
de reconhecimento dos nossos limites.<br />
Alternativa A – CERta<br />
Alternativa B – errada<br />
“... no caso de que se infrinjam as normas...” e “há de se<br />
lançar mão”.<br />
Alternativa C – errada<br />
“Constitui (...) um dos exemplos (...) o caso...”<br />
Alternativa D – errada<br />
“Não houvessem sido criadas quaisquer regras...”<br />
Alternativa E – errada<br />
“O que (...) se impõe como um dos princípios...”<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
114<br />
PM/SP – Auditor ‐Fiscal Tributário Municipal<br />
I – 2006.<br />
Está bem observada a correlação entre os tempos e<br />
modos verbais na construção do período:<br />
A) Se não variassem de cultura para cultura, as regras<br />
de convívio terão alcançado, efetivamente, a chamada<br />
validade universal.<br />
B) Tendo cabido ao homo sapiens discriminar critérios<br />
de convívio, conseguiu ele criar uma organização<br />
social que, até hoje, não abdica de punir quem os<br />
desrespeite.<br />
C) A relação de equilíbrio entre direitos e deveres comuns<br />
estava sendo prejudicada caso se viesse a<br />
permitir a existência de privilégios.<br />
D) Para que não se consagrasse o péssimo exemplo da<br />
impunidade, faz ‐se necessária a sanção dos que<br />
vierem a cometer delitos.<br />
E) Enquanto os animais continuam regulando ‐se pela<br />
“lei da selva”, os homens estariam sempre se esforçando<br />
para tê ‐la superado.<br />
Alternativa B – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
“Se não variassem (...) teriam alcançado efetivamente...”<br />
Alternativa C – errada<br />
“A relação (...) estaria sendo prejudicada (...) viesse...”<br />
Alternativa D – errada<br />
“... não se consagrasse (...) fez ‐se necessária...”<br />
Alternativa E – errada<br />
“... animais continuam (...), os homens estão sempre...”<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
115<br />
PM/SP – Auditor ‐Fiscal Tributário Municipal<br />
I – 2006.<br />
Expressa uma finalidade a oração subordinada adverbial<br />
sublinhada em:<br />
A) (...) a religião toma para si a tarefa de orientar a<br />
conduta humana.<br />
B) (...) o sujeito pode tirar proveito pessoal de uma<br />
regra por tê ‐la infringido.<br />
C) (...) o ponto de partida para a boa conduta é o reconhecimento<br />
daquilo que não pode ser.<br />
D) As regras de convívio existem para dar base e estabilidade<br />
às relações entre os homens.<br />
E) (...) o ideal da civilização é permitir que todos os<br />
indivíduos vivam sob os mesmos princípios éticos<br />
acordados.<br />
Alternativa D – CERta<br />
“... para ou com a finalidade do cumprimento dos<br />
princípios...”<br />
Alternativa A – errada<br />
A oração “... de orientar a conduta humana” exerce função<br />
sintática de complemento nominal do termo “tarefa”.
70 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
Alternativa B – errada<br />
A oração “... por tê ‐la infringido” estabelece relação de<br />
causa.<br />
Alternativa C – errada<br />
A oração “... é o reconhecimento...” exerce função de predicativo<br />
para a oração anterior.<br />
Alternativa E – errada<br />
A oração “... que todos os...” exerce função sintática de objeto<br />
direto para o verbo permitir.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
1<strong>16</strong><br />
PM/SP – Auditor ‐Fiscal Tributário<br />
Municipal I – 2006.<br />
Transpondo ‐se para a voz passiva a construção O homo<br />
sapiens estabeleceu critérios de controle dos impulsos<br />
primitivos, a forma verbal resultante será<br />
A) foi estabelecido.<br />
B) são estabelecidos.<br />
C) tem estabelecido.<br />
D) têm sido estabelecidos.<br />
E) foram estabelecidos.<br />
Alternativa E – CERta<br />
O verbo “estabeleceu” deverá ser substituído pelo verbo<br />
auxiliar no mesmo tempo e modo, ou seja, pretérito perfeito<br />
“foram”, que deverá concordar com o sujeito em<br />
número e pessoa. Portanto, a forma verbal correta será:<br />
“Critérios de controle (...) foram estabelecidos...”.<br />
Alternativa A – errada<br />
“... foi estabelecido” está para a voz ativa “estabeleceu”,<br />
portanto, o sujeito paciente “critério” estaria no singular.<br />
Alternativa B – errada<br />
“... são estabelecidos” está para a voz ativa “estabelecem”.<br />
Alternativa C – errada<br />
“... tem” estabelecido está na voz ativa.<br />
Alternativa D – errada<br />
“... têm sido estabelecidos” está para a voz ativa “tem estabelecido”.<br />
“... critérios têm sido estabelecidos...”<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
117<br />
PM/SP – Auditor ‐Fiscal Tributário<br />
Municipal I – 2006.<br />
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar ‐se<br />
numa forma do singular para preencher corretamente<br />
a lacuna da frase:<br />
A) Nunca ...... (haver) de prosperar as sociedades cujos<br />
princípios sejam frágeis.<br />
B) ...... (caber) aos animais viver segundo os impulsos<br />
de seus instintos primários.<br />
C) ......‐se (estipular) na lei mosaica, como se sabe,<br />
princípios de interdição.<br />
D) Pela lei mosaica, ...... (cuidar) os homens de observar<br />
rígidos ditames.<br />
E) A nenhum de nós ...... (deixar) de afetar os rigores<br />
das sanções previstas.<br />
Alternativa B – CERta<br />
Em caso de dúvida, inverta o período, e você terá o verbo<br />
viver como sujeito: “Viver segundo os impulsos de seus<br />
instintos primários cabe aos animais”.<br />
Alternativa A – errada<br />
O verbo haver, nesse caso, é auxiliar, ocupando, portanto,<br />
o lugar do verbo principal. Concordará com o sujeito:<br />
“Nunca hão de prosperar as sociedades...”.<br />
Alternativa C – errada<br />
“... estipulam ‐se princípios de interdição...”<br />
Alternativa D – errada<br />
“... cuidam os homens de...”<br />
Alternativa E – errada<br />
“... deixam de afetar os rigores...”<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
118<br />
PM/SP – Auditor ‐Fiscal Tributário<br />
Municipal I – 2006.<br />
Não decorrem, aliás, apenas de iniciativas reconhecidas<br />
simplesmente como humanas (...).<br />
O elemento sublinhado na frase acima poderá permanecer<br />
o mesmo, caso substituamos Não decorrem por<br />
A) Não advêm.<br />
B) Não implicam.<br />
C) Não têm origem.<br />
D) Não se devem.<br />
E) Não se atribuem.<br />
Alternativa A – CERta<br />
é substituir o verbo decorrer por advir.<br />
Alternativa B – errada<br />
“Implicar” está para “ter como consequência”.<br />
Alternativa C – errada<br />
“Ter origem” está para “proceder”.<br />
Alternativa D – errada<br />
“Não se devem” está para “obrigatoriedade”.<br />
Alternativa E – errada<br />
“Não se atribui” está para “atribuição”.<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
119<br />
PM/SP – Auditor ‐Fiscal Tributário<br />
Municipal I – 2006.<br />
Está correta a grafia de todas as palavras na frase:
Português 71<br />
A) Não constitui uma primasia dos animais a satisfação<br />
dos impulsos instintivos: também o homem<br />
regozija ‐se em atender a muitos deles.<br />
B) As situações de impunidade inflingem sérios danos<br />
à organização das sociedades que tenham a pretensão<br />
da exemplaridade.<br />
C) É difícil atingir uma relação de complementaridade<br />
entre a premênsia dos instintos naturais e a força<br />
da razão.<br />
D) Se é impossível chegarmos à abstensão completa<br />
da satisfação dos instintos, devemos, ao menos,<br />
procurar constringir seu poder sobre nós.<br />
E) A dissuasão dos contraventores se faz pela exemplaridade<br />
das sanções, de modo que a cada delito<br />
corresponda uma justa punição.<br />
Alternativa E – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
“Primazia”<br />
Alternativa B – errada<br />
“Infligem”<br />
Alternativa C – errada<br />
“Premência”<br />
Alternativa D – errada<br />
“Abstenção”<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
120<br />
PM/SP – Auditor ‐Fiscal Tributário<br />
Municipal I – 2006.<br />
Está inteiramente adequada a pontuação do seguinte<br />
período:<br />
A) Embora sejamos tentados, frequentemente, a<br />
qualificar como cruel ou maldoso o comportamento<br />
de certos animais, o fato é que, para eles, só há<br />
os instintos.<br />
B) Por mais que difiram entre si, as constituições, nenhuma<br />
delas deixa ‐se reger, por princípios que<br />
desfavoreçam, ou impeçam algum equilíbrio nas<br />
relações sociais.<br />
C) Via de regra o abuso de poder constitui um caso<br />
difícil de ser apurado, uma vez que, o próprio agente<br />
do delito, costuma exercer forte influência, na<br />
investigação dos fatos.<br />
D) É muito comum nas conversas mais informais, os<br />
indivíduos se referirem a casos públicos de impunidade,<br />
tomando ‐os como justificativas, de seus delitos<br />
pessoais.<br />
E) Não é fácil, submeter ‐se ao equilíbrio entre o direito<br />
e o dever, pois, a tendência é de um lado, valorizar<br />
o direito, e de outro minimizar o dever que lhe<br />
corresponde.<br />
Alternativa A – CERta<br />
Alternativa B – errada<br />
Retirar a vírgula após “entre si”.<br />
Alternativa C – errada<br />
Vírgula após a expressão “via de regra”; não há vírgula<br />
após “delito”.<br />
Alternativa D – errada<br />
Não há vírgula após “justificativas”.<br />
Alternativa E – errada<br />
A conjunção “pois” não deverá estar entre vírgulas, porque<br />
é explicativa, e não conclusiva.<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
121<br />
PM/SP – Auditor ‐Fiscal Tributário<br />
Municipal I – 2006.<br />
No caso das leis mosaicas, um desses princípios é o da<br />
interdição: “Não matarás”.<br />
O pronome sublinhado na frase acima reaparece, conservando<br />
a mesma função sintática que nela exerce,<br />
nesta outra frase:<br />
A) Para se garantir o cumprimento de um princípio,<br />
institui ‐se uma sanção para quem o ignore.<br />
B) Quanto ao abuso de poder, só rigorosas diligências<br />
e isenta apuração o evitam.<br />
C) Dos desafios da nossa sociedade, talvez o maior<br />
seja o de não se permitir a impunidade.<br />
D) O homo sapiens, que tem o dom da racionalidade<br />
criativa, nem sempre o aproveita em seu benefício.<br />
E) Se o indivíduo responsável pela aplicação da justiça<br />
transgride um princípio, que ninguém o acoberte.<br />
Alternativa C – CERta<br />
O pronome o substitui o pronome demonstrativo “isso”.<br />
Exerce a função sintática de sujeito do verbo permitir.<br />
“Dos desafios (...), talvez o maior seja o desafio de não<br />
permitir a impunidade.”<br />
Para as outras alternativas, o pronome exerce a função de<br />
objeto direto.<br />
Alternativa A – errada<br />
O pronome substitui “cumprimento desse princípio”.<br />
Alternativa B – errada<br />
O pronome substitui “abuso”.<br />
Alternativa D – errada<br />
O pronome substitui “dom”.<br />
Alternativa E – errada<br />
O pronome substitui “indivíduo”.<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
122<br />
PM/SP – Auditor ‐Fiscal Tributário<br />
Municipal I – 2006.<br />
Estão corretos o emprego e a flexão de todas as formas<br />
verbais na frase:
72 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
A) Se os homens dessem ouvido à consciência e contessem<br />
seus instintos, as relações sociais seriam<br />
mais harmoniosas.<br />
B) Aos homens nunca aprouve respeitar os princípios<br />
coletivos quando não prescrita uma punição para<br />
quem viesse a menosprezá ‐los.<br />
C) Se os cidadãos elegerem princípios e convirem que<br />
estes são justos, só os infligirá quem se valer de<br />
má ‐fé.<br />
D) No caso de evidente erro judiciário, deve ‐se ratificar<br />
a sanção aplicada para que a punição injusta<br />
não constitue um argumento a favor da impunidade.<br />
E) Quando todos revirmos o papel social que nos cabe<br />
e nos dispormos a exercê ‐lo de fato, nenhum caso<br />
de impunidade será tolerado.<br />
Alternativa B – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
Substituir “contessem” por “contivessem”.<br />
Alternativa C – errada<br />
Substituir “convirem” por “convierem”.<br />
Alternativa D – errada<br />
Substituir “constitue” por “constitui”.<br />
Alternativa E – errada<br />
Substituir “dispormos” por “dispusermos”.<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
123<br />
PM/SP – Auditor ‐Fiscal Tributário<br />
Municipal I – 2006.<br />
Não se justificam as ocorrências do sinal de crase em:<br />
A) Não me reporto à impunidade de um caso particular,<br />
mas àquela que se generaliza e dissemina a<br />
descrença na justiça dos homens.<br />
B) É difícil admitir que vivem à solta tantos delinquentes,<br />
sobretudo quando se sabe que pessoas inocentes<br />
são levadas à barra dos tribunais.<br />
C) O autor do texto faz menção à uma série de princípios<br />
de interdição, à qual teria proveniência na<br />
vontade divina.<br />
D) Assiste ‐se hoje à multiplicação de casos de impunidade,<br />
à descabida proliferação de maus exemplos<br />
de conduta social.<br />
E) Quem dá crédito à ação da justiça não pode deixar<br />
de trabalhar para que não se furtem às sanções os<br />
mais poderosos.<br />
Alternativa C – CERta<br />
“... a uma série de princípios” não há crase diante do artigo<br />
indefinido. Não há crase em relação ao pronome relativo<br />
“a qual”, uma vez que se trata do sujeito da oração.<br />
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
124<br />
PM/SP – Auditor ‐Fiscal Tributário<br />
Municipal I – 2006.<br />
Está correto o uso do segmento sublinhado na frase:<br />
A) Trata ‐se de um texto em cuja tese poucos devem<br />
mostrar ‐se contrários.<br />
B) A natureza também tem seus princípios de violência,<br />
a cujos os homens precisam superar.<br />
C) Nos ditames da lei mosaica, cujo o rigor é indiscutível,<br />
prevalece o princípio da interdição.<br />
D) As normas da ética, de cujas ninguém devia se afastar,<br />
não são exatamente as mesmas ao longo do<br />
tempo.<br />
E) Os braços da justiça, a cujo alcance deveriam estar<br />
todos, tornam ‐se inócuos quando desprestigiados.<br />
Alternativa E – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
“... a cuja tese poucos devem mostrar ‐se contrários”.<br />
Alternativa B – errada<br />
Não se usa artigo após o pronome “cujo”: “... princípios<br />
de violência os quais os homens precisam superar”.<br />
Alternativa C – errada<br />
“... cujo rigor é indiscutível...”.<br />
Alternativa D – errada<br />
“... das quais ninguém deveria afastar ‐se...”.<br />
Gabarito oficial: alternativa E
SEFAZ/PB – AUDITOR -FISCAL DE<br />
TRIBUTOS ESTADUAIS – 2006<br />
Atenção: As questões a seguir referem ‐se ao texto abaixo.<br />
Os números do relatório da CPI dedicada originalmente aos Correios são expressivos, dos milhares<br />
de páginas de texto e documentos aos mais de cem acusados. É o tempo do espanto. Um<br />
oceano nos separa, contudo, do resultado concreto, o das absolvições e o das punições. Os dois<br />
momentos do mar imenso entre relatório e resultado estão no julgamento final, cuja tendência é<br />
pessimista, a contar de exemplos recentes. Não deveria ser.<br />
Não deveria ser pela natureza mesma das comissões parlamentares de inquérito, cujo nome é<br />
raramente objeto de meditação até pelos operários do direito. “Comissão”, além do significado<br />
mercantil (depreciativo, no caso do Parlamento), do dinheiro pago em remuneração de serviço, é<br />
também o do grupamento encarregado de realizar tarefa de interesse comum. Interesse comum?<br />
Não. De interesses conflituosos pela própria natureza política de seu trabalho, pois o vocábulo<br />
“parlamentares” as afirma integradas por componentes de uma das casas do Congresso ou mistas,<br />
funcionando segundo seus regimentos internos. (...)<br />
“As comissões são úteis ou necessárias?”, perguntará o leitor. Sem a menor dúvida e vigorosamente,<br />
respondo sim. Há abusos. São lamentáveis, mas inerentes à vida parlamentar, no Brasil e em<br />
qualquer país onde haja comissões parlamentares. Se os legisladores devem ser a expressão média de<br />
seu povo, fica manifesto que os parlamentos sejam compostos por homens e mulheres de bem, dedicados<br />
e honestos, mas também por pilantras, patifes, cachaceiros, delinquentes e assim por diante.<br />
(...) Seria ideal que o povo escolhesse melhor seus representantes, dizem as elites, mas sem razão. O<br />
povo vota sob influência do poder econômico, após seleção dos favoritos de chefes partidários, para<br />
exclusão dos que assumam linha independente da adotada pelas lideranças e assim por diante.<br />
Voltando à CPI dos Correios, cabe esclarecer por que há um oceano entre o relatório e o resultado.<br />
“Inquérito” é trabalho de apuração. Se benfeito, propicia bom material aos julgadores. Se<br />
malfeito, facilita a “pizza”, essa maravilhosa invenção atribuída aos italianos em geral, mas que vem
74 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
do sul da Itália. “Pizza” transformada em cambalacho e tapeação? Não necessariamente. Muitas<br />
vezes o defeito da distância entre a apuração e o julgamento está naquela, e não neste, principalmente<br />
se for judicial. O mal do julgamento político está em que não considera seu efeito paralelo do<br />
desprestígio para o Parlamento como um todo. No caso atual, porém, não se pode negar que já<br />
houve resultados apreciáveis. Para o relatório lido nesta semana cabe esperar pela travessia do<br />
oceano e torcer para que chegue a bom porto.<br />
W. Ceneviva. Folha de S.Paulo. 01/04/2006, C2<br />
125<br />
SEFAZ/PB – Auditor ‐Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
De acordo com o texto, “Pizza” transformada em cambalacho<br />
e tapeação pode ser o resultado de<br />
A) um julgamento em desacordo com as regras institucionais.<br />
B) um relatório que resulta de um inquérito que não<br />
apurou adequadamente os fatos.<br />
C) uma maravilhosa invenção gastronômica, mas ruim<br />
por seu efeito paralelo.<br />
D) um julgamento que não condiz com os fatos<br />
apurados.<br />
E) uma Comissão Parlamentar de Inquérito dedicada<br />
a cambalachos e à tapeação.<br />
Alternativa B – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
O termo em questão foge a qualquer regra institucional.<br />
Alternativa C – errada<br />
O tom irônico da alternativa supera qualquer expectativa.<br />
Alternativa D – errada<br />
O termo em questão mostra que, se houve julgamento, foi<br />
a conclusão que deixou a desejar.<br />
Alternativa E – errada<br />
A CPI não é o resultado, e sim a causa.<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
126<br />
SEFAZ/PB – Auditor ‐Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
As expressões travessia do oceano e bom porto podem<br />
ser substituídas, sem alteração de sentido, respectivamente<br />
por<br />
A) apuração e bom julgamento.<br />
B) julgamento e boa âncora.<br />
C) relatório e boa âncora.<br />
D) relatório e bom julgamento.<br />
E) julgamento e bom termo.<br />
Alternativa E – CERta<br />
Os termos em destaque representam duas metáforas a respeito<br />
do decorrer do julgamento e de um final satisfatório.<br />
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
127<br />
SEFAZ/PB – Auditor ‐Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
Observando ‐se, no texto, a intenção do autor, verifica‐<br />
‐se o uso da função da linguagem<br />
A) metalinguística, para criar um efeito de ambiguidade<br />
e ironia.<br />
B) referencial, para informar e criar ambiguidades.<br />
C) fática, para criar ironia e transmitir informações.<br />
D) poética, para transmitir informações ao leitor, por<br />
meio de ambiguidades.<br />
E) emotiva, para criar ironia e construir a adesão do<br />
leitor.<br />
Alternativa A – CERta<br />
A metalinguística é a função que se caracteriza pela linguagem<br />
que se volta a si mesma. A mensagem orienta ‐se<br />
para os elementos do código analisando ‐os. Os dicionários<br />
são um exemplo desse padrão de linguagem. Poemas<br />
que falam de outros poemas, canções que analisam outras<br />
canções, textos que interpretam outros textos.<br />
Alternativa B – errada<br />
A função referencial privilegia as informações objetivas,<br />
não havendo, portanto, possibilidade de ambiguidades.<br />
Alternativa C – errada<br />
A função fática privilegia o canal ou contato para a<br />
comunicação.<br />
Alternativa D – errada<br />
A linguagem manifesta ‐se por meio de uma mensagem<br />
elaborada.<br />
Alternativa E – errada<br />
A função emotiva tem como características emoções,<br />
opiniões e avaliações, em que a presença do emissor é<br />
fundamental, clara ou não.<br />
Gabarito oficial: alternativa A
Português 75<br />
128<br />
SEFAZ/PB – Auditor ‐Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
Se benfeito, propicia bom material aos julgadores.<br />
No texto, o conectivo se pode ser substituído, sem alteração<br />
de sentido, por<br />
A) quando.<br />
B) mesmo.<br />
C) caso.<br />
D) embora.<br />
E) mas.<br />
Alternativa C – CERta<br />
O texto apresenta direção de argumentação de hipótese<br />
ou de condição.<br />
Alternativa A – errada<br />
“Quando” estabelece direção de argumentação de tempo.<br />
Alternativa B – errada<br />
“Mesmo” estabelece direção de argumentação de oposição.<br />
Alternativa D – errada<br />
“Embora” estabelece direção de argumentação de oposição.<br />
Alternativa E – errada<br />
“Mas” estabelece direção de argumentação de oposição.<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
129<br />
SEFAZ/PB – Auditor ‐Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
Leia as frases abaixo:<br />
I – O leitor perguntaria se as comissões são úteis e<br />
necessárias.<br />
II – Com essa CPI, acabaria tudo em pizza, novamente?<br />
III – Os abusos, embora lamentáveis, são frequentes na<br />
vida pública, asseverou o colunista.<br />
Elas se encontram, respectivamente, em discurso<br />
I II III<br />
a) Direto Indireto livre Indireto<br />
b) Indireto livre Direto Indireto<br />
c) Indireto Indireto livre Direto<br />
d) Indireto Direto Indireto livre<br />
e) Direto Direto Indireto livre<br />
Alternativa C – CERta<br />
O discurso indireto livre corresponde à fala do narrador,<br />
portanto, em 3ª pessoa. Isso ocorre nos itens I e II. Já o<br />
item III apresenta a fala da personagem, o que caracteriza<br />
o discurso direto.<br />
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
130<br />
SEFAZ/PB – Auditor ‐Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
De acordo com a norma culta, a concordância verbal<br />
está correta APENAS na frase:<br />
A) O autor disse que existe comissões parlamentares<br />
válidas e competentes.<br />
B) Haviam perguntas que não foram respondidas durante<br />
o interrogatório.<br />
C) Em toda a parte do mundo podem haver políticos<br />
corruptos.<br />
D) É necessário reconhecer que algumas atitudes que<br />
fere os princípios éticos precisam serem punidas.<br />
E) Já faz cinco sessões que os deputados não votam<br />
nenhuma proposta do governo.<br />
Alternativa E – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
“O autor disse que existem comissões...”<br />
Alternativa B – errada<br />
“Havia perguntas...”, o verbo haver no sentido de existir é<br />
impessoal, sendo usado, portanto, na 3ª pessoa do<br />
singular.<br />
Alternativa C – errada<br />
Repare, caro leitor, que o verbo haver está novamente<br />
como substituto de existir. Portanto, o correto é: “... em<br />
toda parte (...) pode haver...”.<br />
Alternativa D – errada<br />
“É necessário reconhecer que algumas atitudes que ferem<br />
os princípios éticos precisam ser punidas.”<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
131<br />
SEFAZ/PB – Auditor ‐Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
A frase inteiramente de acordo com a norma culta é:<br />
A) De fato, punições seriam ‐lhe impostas, caso não<br />
se provasse sua inocência em relação às graves<br />
denúncias.<br />
B) Os relatórios foram ‐lhe entregues pelos representantes<br />
da bancada ruralista.<br />
C) O povo vota à muito tempo sob a influência das<br />
elites e dos chefes partidários.<br />
D) A Câmara dos Deputados ficou meia preocupada<br />
com as repercuções das últimas votações nos processos<br />
de cassação.<br />
E) Apenas 20% dos deputados estão dispostos à respeitar<br />
as conclusões dos relatores dos processos.<br />
Alternativa B – CERta
76 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
Alternativa A – errada<br />
Problema de colocação pronominal: “... punições ser‐<br />
‐lhes ‐iam impostas...”.<br />
Nota: A mesóclise é obrigatória por tratar ‐se de futuro.<br />
Alternativa C – errada<br />
Uso incorreto da crase e da preposição. Na verdade, o que<br />
cabe nessa circunstância é o uso do verbo haver, por<br />
tratar ‐se de tempo decorrido passado. “O povo vota há<br />
muito tempo...”<br />
Alternativa D – errada<br />
“A Câmara dos Deputados ficou meio preocupada com as<br />
repercussões...”, o termo em destaque exerce função de<br />
advérbio, sendo, portanto, invariável.<br />
Alternativa E – errada<br />
Não existe crase antes de verbo, portanto, “... a respeitar”.<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
132<br />
SEFAZ/PB – Auditor ‐Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
Nas frases<br />
I – O mau julgamento político de suas ações não preocupa<br />
os deputados corruptos. Para eles, o mal está na<br />
mídia impressa ou televisiva.<br />
II – Não há nenhum mau na utilização do Caixa 2. Os<br />
recursos não contabilizados não são um mau, porque<br />
todos os políticos o utilizam.<br />
III – É mau apenas lamentar a atitude dos políticos. O<br />
povo poderá puni ‐los com o voto nas eleições que se<br />
aproximam. Nesse momento, como diz o ditado popular,<br />
eles estarão em mal lençóis.<br />
O emprego dos termos mal e mau está correto APENAS<br />
em<br />
A) I.<br />
B) I e II.<br />
C) II.<br />
D) III.<br />
E) I e III.<br />
Alternativa A – CERta<br />
No item I – O uso de mal e mau, sendo o primeiro um advérbio,<br />
oposto a bem, e o segundo adjetivo, oposto a bom.<br />
No item II – “Não há nenhum mal...” e “os recursos (...)<br />
não são um mal”.<br />
No item III – “... eles estarão em maus lençóis”.<br />
Alternativas B, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa A
SEFAZ – AGENTE FISCAL DE TRIBUTOS<br />
ESTADUAIS – NÍVEL I – 2006<br />
Atenção: As questões a seguir referem ‐se ao texto abaixo.<br />
A educação é uma função tão natural e universal da comunidade humana que, pela própria<br />
evidência, leva muito tempo a atingir a plena consciência daqueles que a recebem e praticam, sendo,<br />
por isso, relativamente tardio o seu primeiro vestígio na tradição literária. O seu conteúdo,<br />
aproximadamente o mesmo em todos os povos, é ao mesmo tempo moral e prático. Também entre<br />
os Gregos foi assim. Reveste, em parte, a forma de mandamentos, como honrar os deuses, honrar<br />
pai e mãe, respeitar os estrangeiros; consiste, por outro lado, numa série de preceitos sobre a moralidade<br />
externa e em regras de prudência para a vida, transmitidas oralmente pelos séculos afora; e<br />
apresenta ‐se ainda como comunicação de conhecimentos e aptidões profissionais a cujo conjunto,<br />
na medida em que é transmissível, os Gregos deram o nome de techné. Os preceitos elementares do<br />
procedimento correto para com os deuses, os pais e os estranhos foram mais tarde incorporados à<br />
lei escrita dos Estados. E o rico tesouro da sabedoria popular, mesclado de regras primitivas de<br />
conduta e preceitos de prudência enraizados em superstições populares, chegava pela primeira vez<br />
à luz do dia, através de uma antiquíssima tradição oral, na poesia rural gnômica de Hesíodo. As<br />
regras das artes e ofícios resistiam naturalmente, em virtude da sua própria natureza, à exposição<br />
escrita dos seus segredos, como esclarece, no que se refere à profissão médica, a coleção dos escritos<br />
hipocráticos.<br />
Da educação, neste sentido, distingue ‐se a formação do Homem por meio da criação de um<br />
tipo ideal intimamente coerente e claramente definido. Essa formação não é possível sem se oferecer<br />
ao espírito uma imagem do homem tal como ele deve ser. A utilidade lhe é indiferente ou, pelo<br />
menos, não essencial. O que é fundamental nela é o kalón, isto é, a beleza, no sentido normativo da<br />
imagem desejada, do ideal. A formação manifesta ‐se na forma integral do Homem, na sua conduta<br />
e comportamento exterior e na sua atitude interior. Nem uma nem outra nasceram do acaso, mas
78 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
são antes produtos de uma disciplina consciente. Já Platão a comparou ao adestramento de cães de<br />
raça. A princípio, esse adestramento limitava ‐se a uma reduzida classe social, a nobreza.<br />
Obs.: gnômico = sentencioso<br />
Adaptado de Werner Jaeger, Paideia: a formação do homem grego. 4. ed.<br />
Tradução de Artur M. Parreira. São Paulo: Martins Fontes, 2001. p. 23 ‐24.<br />
133<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
A expressão a cujo conjunto os gregos deram o nome<br />
de “techné” está corretamente reformulada, mantendo<br />
o sentido original, em:<br />
A) de cujo conjunto se sabe o nome, a que os gregos<br />
deram de “techné”.<br />
B) do qual conjunto foi nomeado, pelos gregos, como<br />
“techné”.<br />
C) que, pelo conjunto, os gregos mencionaram por<br />
“techné”.<br />
D) pelo conjunto dos quais os gregos nominaram de<br />
“techné”.<br />
E) o conjunto dos quais recebeu dos gregos o nome<br />
de “techné”.<br />
Alternativa E – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
“... que os gregos deram o nome...”<br />
Alternativa B – errada<br />
“... o qual foi nomeado...”<br />
Alternativa C – errada<br />
“... os gregos mencionaram ‘techné’.”<br />
Alternativa D – errada<br />
“... os quais recebeu o nome...”<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
134<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
Considerado o processo de argumentação desenvolvido<br />
no texto, é correto afirmar:<br />
A) Deuses e pais foram citados como modelos do procedimento<br />
correto, origem dos preceitos elementares<br />
do comportamento grego.<br />
B) A menção à lei dos Estados foi feita para realçar um<br />
típico traço da cultura grega, o cultivo da legalidade.<br />
C) A poesia rural gnômica de Hesíodo foi citada como<br />
confirmação da riqueza da sabedoria popular.<br />
D) A referência à palavra de Hipócrates constitui argumento<br />
de reforço para o que se diz acerca das artes<br />
e ofícios.<br />
E) A alusão feita a Platão constitui argumento de autoridade<br />
para fundamentar a ideia de que a educação<br />
despreza o pragmatismo.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
Os pais e os deuses não eram, segundo o texto, exemplo<br />
de comportamento.<br />
Alternativa B – errada<br />
Não há identificação entre a Lei dos Estados e a cultura<br />
grega.<br />
Alternativa C – errada<br />
A poesia rural mesclada de tendências primitivas, portanto,<br />
não só a poesia rural, mas também a mescla da<br />
poesia com os ensinamentos.<br />
Alternativa E – errada<br />
O texto afirma o oposto. A educação e o pragmatismo<br />
identificam ‐se.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
135<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
Está corretamente entendida a seguinte expressão do<br />
texto:<br />
A) tipo ideal intimamente coerente e claramente definido<br />
= modelo de perfeição coeso na sua essência e<br />
fixado com nitidez.<br />
B) na medida em que é transmissível = à proporção<br />
que se torne compreensível.<br />
C) enraizados em superstições populares = fundamentados<br />
em profecias das massas incultas.<br />
D) neste sentido = com essa finalidade.<br />
E) série de preceitos sobre a moralidade externa =<br />
conjunto de presunções desfavoráveis ao modo de<br />
agir alheio.<br />
Alternativa A – CERta<br />
Há uma paráfrase perfeita.<br />
Alternativa B – errada<br />
“Na medida em que” estabelece causa, “à proporção que”<br />
estabelece proporção.
Português 79<br />
Alternativa C – errada<br />
Os termos “Superstições populares” não corresponde aos<br />
termos “massas incultas”.<br />
Alternativa D – errada<br />
“Nesse sentido” estabelece modo, “com essa finalidade”<br />
estabelece fim.<br />
Alternativa E – errada<br />
Não há identificação entre “preceitos” e “presunções”.<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
136<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
No texto, os segmentos As regras das artes e ofícios<br />
resistiam naturalmente e a sua própria natureza estão<br />
em relação, respectivamente, de<br />
A) fato e hipótese.<br />
B) consequência e causa.<br />
C) condição e conclusão.<br />
D) fato e conclusão.<br />
E) hipótese e consequência.<br />
Alternativa B – CERta<br />
As regras resistiam porque era sua própria natureza.<br />
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
137<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
A utilidade lhe é indiferente ou, pelo menos, não<br />
essencial.<br />
É correto afirmar que, na frase acima,<br />
A) o pronome pessoal oblíquo refere ‐se a “homem”.<br />
B) o lhe foi empregado com o mesmo valor que tem<br />
na frase “Ouviram‐lhe o choro convulsivo”.<br />
C) a conjunção ou tem valor enfático (como em “ou<br />
ficar a pátria livre, ou morrer pelo Brasil”), porque<br />
introduz uma ratificação integral do que foi afirmado<br />
antes.<br />
D) a expressão pelo menos assinala que o elemento<br />
referido corresponde, numa hierarquia, àquele que<br />
pode ser desconsiderado.<br />
E) a expressão não essencial é sinônima de “não é indispensável”.<br />
Alternativa E – CERta<br />
Se não é essencial, é, portanto, dispensável.<br />
Alternativa A – errada<br />
O pronome refere ‐se a espírito.<br />
Alternativa B – errada<br />
O pronome em “ouviram‐lhe o choro” substitui o pronome<br />
possessivo “seu” exerce função de adjunto adnominal.<br />
No enunciado, o pronome lhe substitui “a ele” e exerce<br />
função de complemento nominal.<br />
Alternativa C – errada<br />
A conjunção ou não ratifica, e sim alterna princípios.<br />
Alternativa D – errada<br />
“Pelo menos” indica função que se possa considerar.<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
138<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
“Nem uma nem outra nasceram do acaso, mas são antes<br />
produtos de uma disciplina consciente. Já Platão a<br />
comparou ao adestramento de cães de raça. A princípio,<br />
esse adestramento limitava ‐se a uma reduzida<br />
classe social, a nobreza.”<br />
Considere as afirmações que seguem sobre o fragmento<br />
transcrito, respeitado sempre o contexto.<br />
I – A conjunção mas pode ser substituída, sem prejuízo<br />
do sentido original, por “entretanto”.<br />
II – O advérbio Já introduz a ideia de que mesmo Platão<br />
percebera a similaridade que o autor comenta, baseado<br />
na comparação feita pelo filósofo entre “cães de<br />
raça” e “nobreza”.<br />
III – A expressão A princípio leva ao reconhecimento de<br />
duas informações distintas na frase, uma das quais<br />
está subentendida.<br />
Está correto o que se afirma APENAS em<br />
A) I.<br />
B) II.<br />
C) III.<br />
D) I e II.<br />
E) II e I.<br />
Alternativa C – CERta<br />
Item I – resposta incorreta: A conjunção estabelece relação<br />
de soma.<br />
Item II – resposta incorreta: O advérbio já estabelece relação<br />
de oposição.<br />
Item III – resposta correta: Há uma informação subentendida<br />
dando a ideia de que esse “adestramento”<br />
estendeu ‐se às outras classes sociais.<br />
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
139<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
A frase “Platão a comparou ao adestramento de cães<br />
de raça” está corretamente transposta para a voz passiva<br />
em:<br />
A) O adestramento dos cães de raça é comparado a<br />
ela por Platão.
80 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
B) A comparação entre ela e o adestramento de cães<br />
tinha sido feito por Platão.<br />
C) Comparou ‐se o adestramento de cães e ela, feito<br />
por Platão.<br />
D) Ela foi comparada por Platão ao adestramento de<br />
cães de raça.<br />
E) Haviam sido comparados por Platão o adestramento<br />
de cães de raça e ela.<br />
Alternativa D – CERta<br />
O pronome oblíquo a, objeto direto do verbo comparar,<br />
será na voz passiva substituído pelo pronome pessoal do<br />
caso reto correspondente, ou seja, ela. O verbo da voz ativa<br />
será substituído pelo auxiliar no mesmo tempo e<br />
modo.<br />
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
As questões a seguir referem ‐se ao texto abaixo.<br />
1. Quando começa a modernidade? A escolha de uma data ou de um evento não é indiferente. O<br />
2. momento que elegemos como originário depende certamente da ideia de nós mesmos que preferimos,<br />
3. hoje, contemplar. E vice ‐versa: a visão de nosso presente decide das origens que confessamos<br />
4. (ou até inventamos). Assim acontece com as histórias de nossas vidas que contamos para os amigos<br />
5. e para o espelho: os inícios estão sempre em função da imagem de nós mesmos de que gostamos e<br />
6. que queremos divulgar. As coisas funcionam do mesmo jeito para os tempos que consideramos<br />
7. “nossos”, ou seja, para a modernidade.<br />
8. Bem antes que tentassem me convencer de que a data de nascimento da modernidade era um<br />
9. espirro cartesiano (...), quando era rapaz, se ensinava que a modernidade começou em outubro de<br />
10. 1492. Nos livros da escola, o primeiro capítulo dos tempos modernos eram e são as grandes<br />
11. explorações. Entre elas, a viagem de Colombo ocupa um lugar muito especial. Descidas Saara<br />
12. adentro ou intermináveis caravanas por montes e desertos até a China de nada valiam comparadas<br />
13. com a aventura do genovês. Precisa ler “Mediterrâneo” de Fernand Braudel para conceber o<br />
14. alcance simbólico do pulo além de Gibraltar, não costeando, mas reto para frente. Precisa, em<br />
15. outras palavras, evocar o mar Mediterrâneo – este pátio comum navegável e navegado por<br />
<strong>16</strong>. milênios, espécie de útero vital compartilhado − para entender por que a viagem de Colombo acabou<br />
17. e continua sendo uma metáfora do fim do mundo fechado, do abandono da casa materna e paterna.<br />
Contardo Calligaris, A Psicanálise e o sujeito colonial.<br />
In: Psicanálise e colonização: leituras do sintoma social no Brasil.<br />
Porto Alegre: Artes e Ofícios, 1999. p. 11 ‐12.<br />
140<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
A única afirmação INCORRETA sobre os sinais de pontuação<br />
empregados no texto é:<br />
A) Os dois ‐pontos após vice ‐versa: (linha 3) anunciam<br />
um esclarecimento acerca do que foi enunciado.<br />
B) Os parênteses em (ou até inventamos) (linha 4) incluem<br />
comentário considerado um viés do que se<br />
afirma.<br />
C) As aspas em “nossos” (linha 7) firmam o caráter irônico<br />
da expressão, exigindo que se entenda o<br />
enunciado em sentido contrário (trata‐se, assim, de<br />
“tempos que nos são estranhos”).<br />
D) Os travessões em – este pátio comum (...) compartilhado<br />
(linhas 15 e <strong>16</strong>) isolam uma apreciação acerca<br />
do Mediterrâneo e são equivalentes a vírgulas.<br />
E) A vírgula antes de não costeando (linha 14) pode ser<br />
substituída, sem prejuízo da correção, por travessão.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
Os dois ‐pontos colocam em evidência o que será dito.<br />
Alternativa B – errada<br />
Após os parênteses há o ponto final, o que denota o encerramento<br />
de uma ideia.
Português 81<br />
Alternativa C – errada<br />
Não há ironia, e sim confirmação de uma tese.<br />
Alternativa E – errada<br />
A vírgula não pode ser substituída por travessão, pois é<br />
uma referência, e não uma simples explicação.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
141<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
A frase em que a regência está totalmente de acordo<br />
com o padrão culto é:<br />
A) Esperavam encontrar todos os documentos que os<br />
estudiosos se apoiaram para descrever a viagem de<br />
Colombo.<br />
B) Estavam cientes de que teriam muito a fazer para<br />
conseguir os registros de que dependiam.<br />
C) Encontraram ‐se referências à coerção que marinheiros<br />
mais experientes faziam contra os mais novos<br />
que trabalhassem mais arduamente.<br />
D) Foram informados que esboços da inóspita região<br />
circundada com imensas pedras podiam ser<br />
consultados.<br />
E) Havia registro de uma insatisfação em que os insurretos<br />
às atitudes arbitrárias de um navegante foram<br />
impedidos de lhe inquirir.<br />
Alternativa B – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
“... encontrar todos os documentos em que os estudiosos...”<br />
Alternativa C – errada<br />
“... referências à coerção de que marinheiros...”<br />
Alternativa D – errada<br />
“... foram informados de que...”<br />
Alternativa E – errada<br />
“... de que os insurretos...”<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
142<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
A frase que está totalmente de acordo com o padrão<br />
culto da língua é:<br />
A) Todos reconheceram que Vossa Senhoria, a despeito<br />
da exiguidade do vosso tempo, sempre recebeu<br />
os estudiosos do assunto e lhes deu grande apôio.<br />
B) Sob a rubrica de “As grandes explorações”, o autor<br />
leu muito do que lhe sucitou interesse pelo tema e<br />
desejo de pôr em discussão algumas questões.<br />
C) Certas pessoas consideram ultrage a hesitação em<br />
associar o início da modernidade à Descartes, mas<br />
a questão não para por aí: há pontos mais complexos<br />
em discussão.<br />
D) As reflexões do iminente estudioso, insertas em<br />
texto bastante acessível ao leigo, nada têm daquele<br />
teor iracível e tendencioso que se nota em algumas<br />
obras polêmicas.<br />
E) Disse adivinhar o que alguns detratores diriam<br />
acerca de questões polêmicas como a de rever o<br />
significado assente de fatos históricos: “é mera<br />
questão de querer auferir prestígio”.<br />
Alternativa E – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
Não há o acento diferencial em apoio.<br />
Alternativa B – errada<br />
Suscitou.<br />
Alternativa C – errada<br />
Ultraje.<br />
Alternativa D – errada<br />
Irascível.<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
143<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
A frase que respeita o padrão culto no que se refere à<br />
flexão é:<br />
A) No caso de proporem um diálogo sem pseudodilemas<br />
teóricos, o professor visitante diz que medeia<br />
as sessões.<br />
B) Chegam a constituir ‐se como clãs os grupos que<br />
defendem opiniões divergentes, como as que interviram<br />
no último debate público.<br />
C) Ele era o mais importante testemunha do acalorado<br />
embate entre opiniões contrárias, de que adviram<br />
os textos de difusão que produziu.<br />
D) Em troca ‐trocas acalorados de ideias, poucos se<br />
atêem às questões mais relevantes da temática.<br />
E) Quando aquele grupo de pesquisadores reaver a<br />
credibilidade comprometida nos últimos revés, certamente<br />
apresentará com mais tranquilidade sua<br />
contribuição.<br />
Alternativa A – CERta<br />
Alternativa B – errada<br />
Intervieram.<br />
Alternativa C – errada<br />
Ainda nesta alternativa, caro leitor, embora não esteja ligado<br />
ao assunto proposto pela questão, atente para o termo<br />
“o testemunho”. O correto é “a testemunha” por tratar-se<br />
de um substantivo sobrecomum e aceitar somente<br />
o artigo femenino.<br />
Alternativa D – errada<br />
Atêm.<br />
Alternativa E – errada<br />
Reouver.<br />
Gabarito oficial: alternativa A
82 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
144<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
A frase em que a concordância está em conformidade<br />
com o padrão culto é:<br />
A) Os advogados reclamaram da indecisão do depoente,<br />
sem perceber que as perguntas que a ele eram<br />
dirigidas lhes parecia obscura, difíceis de serem<br />
compreendidas.<br />
B) Era intrincada a associação de ideias do promotor e<br />
o apelo que fazia aos jurados, o que, consideradas<br />
as circunstâncias, os conduziram a uma decisão<br />
questionável.<br />
C) É sempre falível, a meu ver, os juízos que se fundamentam<br />
mais na verve do orador que no conteúdo<br />
de seu discurso, mesmo quando os ouvintes lhe neguem<br />
aquele predicado.<br />
D) Suponho que devem existir sérias razões para ele<br />
ter ‐se comportado assim: todas as questões que<br />
lhe eram postas ele julgava irrelevantes.<br />
E) O relatório, de cujo dados discordou ‐se, foi rejeitado<br />
imediatamente, tendo sido sugerido, em caráter<br />
de urgência, a sua plena revisão ou até mesmo sua<br />
substituição.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
“... que as perguntas que a ele eram dirigidas, lhe pareciam<br />
obscuras...”<br />
Alternativa B – errada<br />
“... de ideias do promotor, e o apelo (...) os conduziu...”<br />
Alternativa C – errada<br />
“São sempre falíveis (...) os juízos...”<br />
Alternativa E – errada<br />
“... de cujos dados discordou ‐se...”<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
Atenção: As questões a seguir referem ‐se ao texto abaixo.<br />
Acerca do bem e do mal<br />
Fulano é “do bem”, Sicrano é “do mal”. Não, não são crianças comentando um filme de mocinho<br />
e bandido; são frases de adultos, reiteradas a propósito das mais diferentes pessoas, nas mais<br />
diversas situações. O julgamento definitivo e em preto e branco que elas implicam parece traduzir<br />
o esforço de adotar, em meio ao caldeirão de valores da sociedade moderna, um princípio básico de<br />
qualificação moral e ética. Essa oposição rudimentar revela a necessidade que temos de estabelecer<br />
algum juízo de valor para a orientação da nossa própria conduta. Tal busca de discernimento é<br />
antiga, e em princípio é legítima: está na base de todas as culturas, dá sustentação a religiões e inspira<br />
ideologias, provoca os filósofos, os juristas, os políticos. O perigo está em que o movimento de<br />
busca cesse e dê lugar à paralisia dos valores estratificados.<br />
O exemplo pode vir de cima: quando um chefe de poderosa nação passa a classificar países<br />
inteiros como integrantes do “eixo do mal”, está ‐se proclamando como representante dos que<br />
constituiriam o “eixo do bem”. Essa divisão tosca é, de fato, muito conveniente, pois faculta ao mais<br />
forte a iniciativa de intervir na vida e no espaço do mais fraco, sob a alegação de que o faz para<br />
preservar os chamados “valores fundamentais da humanidade”. Interesses estratégicos e econômicos<br />
são, assim, mascarados pela suposta preservação de princípios da civilização. A História já nos<br />
mostrou, sobejamente, a que levam tais ideologias absolutistas, que se atribuem o direito de julgar<br />
o outro segundo o critério da religião que este professa, do regime político que adota, da etnia a que<br />
pertence. A intolerância em relação às diferenças culturais, por exemplo, acaba levando o mais<br />
forte à subjugação das pessoas “diferentes” – e mais fracas. É quando a ética sai de cena, para dar<br />
lugar à barbárie.<br />
A busca de distinção entre o que é “do bem” e o que é “do mal” traz consigo um dilema: por<br />
um lado, não podemos dispensar alguma bússola de orientação ética e moral, que aponte para o<br />
que parece ser o justo, o correto, o desejável; por outro lado, se o norteamento dos nossos juízos for
Português 83<br />
inflexível como o teimoso ponteiro, comprometemos de vez a dinâmica que é própria da história e<br />
dos valores humanos. Não há, na rota da civilização, leis eternas, constituições que não admitam<br />
revisões, costumes inalteráveis. A escolha do critério de julgamento é sempre crítica e sofrida,<br />
quando responsável; dispensando ‐se, porém, a responsabilidade dessa escolha, restará a terrível<br />
fatalidade dos dogmas. Lembrando o instigante paradoxo de um filósofo francês, “estamos condenados<br />
a ser livres”. Nessa compulsória liberdade, de que fala o filósofo, a escolha entre o que é “do<br />
bem” e o que é “do mal” é uma questão sempre viva, que merece ser analisada e enfrentada em suas<br />
particulares manifestações históricas. Se assim não for, estará garantido um espaço cada vez maior<br />
para a ação dos fundamentalistas de todo tipo.<br />
Cândido Otoniel de Almeida<br />
145<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
Considere as seguintes afirmações:<br />
I – A referência a um chefe de poderosa nação (2º parágrafo)<br />
abre a demonstração de que há ideologias absolutistas<br />
e intolerantes que se sustentam pela força.<br />
II – Julgamento (...) em preto e branco (1º parágrafo) e<br />
divisão tosca (2º parágrafo) são expressões que ajudam<br />
a esclarecer o sentido de norteamento (...) inflexível<br />
(3º parágrafo).<br />
III – A frase “estamos condenados a ser livres” (3º parágrafo)<br />
instiga o autor do texto a justificar a posição dos<br />
fundamentalistas de todo tipo (3º parágrafo).<br />
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em<br />
A) I, II e III.<br />
B) I e II, somente.<br />
C) I e III, somente.<br />
D) II e III, somente.<br />
E) II, somente.<br />
Alternativa B – CERta<br />
A posição do autor não é de estabelecer justificativa para<br />
os fundamentalistas, mas, sim, cita o filósofo francês<br />
para fortalecer a argumentação de que o bem e o mal é<br />
uma questão de visão, muitas vezes, de particular manifestação<br />
histórica. Portanto, somente o item III não corresponde<br />
às ideias do texto.<br />
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
146<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
“É quando a ética sai de cena, para dar lugar à barbárie.”<br />
Na frase acima, a sequência das ações sai de cena e dar<br />
lugar estabelece uma relação<br />
A) de justaposição de fatos independentes.<br />
B) entre uma hipótese e um fato que a confirma.<br />
C) de simultaneidade entre duas ocorrências interdependentes.<br />
D) de causalidade entre valores antagônicos.<br />
E) de alternância entre duas situações semelhantes.<br />
Alternativa D – CERta<br />
O processo antagônico ocorre semanticamente, isto<br />
é, com o significado expresso pelas palavras, ética e<br />
barbárie.<br />
Alternativa A – errada<br />
Ética e barbárie são fatos interdependentes.<br />
Alternativa B – errada<br />
Ética tal qual barbárie é um fato, e não hipótese.<br />
Alternativa C – errada<br />
Uma vez que um fato não é simultâneo ao outro.<br />
Alternativa E – errada<br />
Já que não há alternância entre os fatos.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
147<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
A busca de distinção entre o que é “do bem” e o que é<br />
“do mal” traz consigo um dilema (...).<br />
O verbo trazer deverá flexionar ‐se numa forma do plural<br />
caso se substitua o elemento sublinhado por<br />
A) O fato de quase todas as pessoas oscilarem entre o<br />
bem e o mal (...).<br />
B) A dificuldade de eles distinguirem entre as boas e<br />
as más ações (...).<br />
C) Muitas pessoas sabem que tal alternativa, nas diferentes<br />
situações, (...).<br />
D) Essa divisão entre o bem e o mal, à medida que se<br />
acentua nos indivíduos, (...).<br />
E) As oscilações que todo indivíduo experimenta entre<br />
o bem e o mal (...).
84 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
Alternativa E – CERta<br />
O verbo trazer irá para o plural, concordando com “as<br />
oscilações”, núcleo do sujeito.<br />
Alternativa A – errada<br />
O verbo trazer concordará com “fato” – núcleo do sujeito.<br />
Alternativa B – errada<br />
O verbo trazer deverá concordar com o núcleo “dificuldade”.<br />
Alternativa C – errada<br />
O verbo trazer deverá concordar com o núcleo “alternativa”.<br />
Alternativa D – errada<br />
O verbo “trazer” deverá concordar com o núcleo “divisão”.<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
148<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
A escolha do critério de julgamento é sempre crítica e<br />
sofrida, quando responsável; dispensando ‐se, porém,<br />
a responsabilidade dessa escolha, restará a terrível fatalidade<br />
dos dogmas.<br />
Mantêm ‐se o sentido e a correção da frase caso se<br />
substitua<br />
A) dispensando ‐se, porém por se dispensarem ‐se,<br />
ademais.<br />
B) dispensando ‐se, porém por uma vez dispensado,<br />
no entanto.<br />
C) quando responsável por desde que responsável.<br />
D) quando responsável por posto que responsável.<br />
E) quando responsável por conquanto seja responsável.<br />
Alternativa C – CERta<br />
As conjunções quando e desde que estabelecem relação de<br />
tempo.<br />
Alternativa A – errada<br />
As conjunções porém e ademais estabelecem relação de<br />
oposição.<br />
Alternativa B – errada<br />
Porém e no entanto estabelecem relação de oposição, mas<br />
a locução “uma vez” estabelece relação de condição.<br />
Alternativa D – errada<br />
Quando estabelece relação de tempo, posto que estabelece<br />
relação de oposição.<br />
Alternativa E – errada<br />
Quando estabelece relação de tempo e conquanto estabelece<br />
relação de condição.<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
149<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
Nessa compulsória liberdade, de que fala o filósofo (...).<br />
Numa nova redação da frase anterior, mantém ‐se corretamente<br />
a expressão sublinhada caso se substitua<br />
fala o filósofo por<br />
A) se refere o filósofo.<br />
B) cuida o filósofo.<br />
C) investiga o filósofo.<br />
D) aflige o filósofo.<br />
E) disserta o filósofo.<br />
Alternativa B – CERta<br />
O verbo cuidar, semanticamente, exerce função de expressar<br />
no sentido de refletir.<br />
Alternativa A – errada<br />
Referir ‐se não se identifica com falar.<br />
Alternativa C – errada<br />
O verbo investigar não obedece semanticamente a relação<br />
de compreensão do verbo falar.<br />
Alternativa D – errada<br />
Não há relação de substituição entre “aflige” e fala.<br />
Alternativa E – errada<br />
Dissertar é expor. Falar, nesse caso, é refletir.<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
150<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
Na transposição de uma voz verbal para outra, ocorre<br />
uma IMPROPRIEDADE no seguinte caso:<br />
A) a necessidade que temos de estabelecer algum juízo<br />
de valor = a necessidade que temos de que houvesse<br />
sido estabelecido algum juízo de valor.<br />
B) passa a classificar países inteiros = países inteiros<br />
passam a ser classificados.<br />
C) segundo o critério da religião que este professa = segundo<br />
o critério da religião que por este é professada.<br />
D) que constituiriam o “eixo do bem” = o “eixo do<br />
bem” que seria constituído.<br />
E) comprometemos de vez a dinâmica = a dinâmica é<br />
por nós de vez comprometida.<br />
Alternativa A – CERta<br />
1ª Correção: “A necessidade de que temos de que haja sido<br />
estabelecido algum juízo de valor”.<br />
2ª Correção: “A necessidade de que tínhamos de que houvesse<br />
sido estabelecido algum juízo de valor”.<br />
Alternativas B, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
151<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
“O perigo está em que o movimento de busca cesse e<br />
dê lugar à paralisia dos valores estratificados.”
Português 85<br />
Alterando ‐se os tempos dos verbos da frase acima, a<br />
articulação entre suas novas formas estará correta em:<br />
A) o perigo estava em que o movimento da busca cessava<br />
e desse lugar à paralisia dos valores estratificados.<br />
B) O perigo estará em que o movimento de busca cessasse<br />
e tivesse dado lugar à paralisia dos valores<br />
estratificados.<br />
C) o perigo estaria em que o movimento da busca cessar<br />
e dar lugar à paralisia dos valores estratificados.<br />
D) o perigo estava em que o movimento da busca cessou<br />
e dera lugar à paralisia dos valores estratificados.<br />
E) O perigo estaria em que o movimento da busca cessasse<br />
e desse lugar à paralisia dos valores<br />
estratificados.<br />
Alternativa E – CERta<br />
O verbo dar no passado imperfeito do subjuntivo correlaciona<br />
‐se com o verbo estar no futuro condicional.<br />
Alternativa A – errada<br />
“O perigo estava em que (...) cessasse e desse...”.<br />
Alternativa B – errada<br />
“O perigo estará em que a busca cesse e dê lugar...”.<br />
Alternativa C – errada<br />
“O perigo estaria em que (...) cessasse desse...”.<br />
Alternativa D – errada<br />
“O perigo estaria em (...) cessasse (...) desse”.<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
Atenção: As questões a seguir referem ‐se ao texto abaixo.<br />
O fiscal e o menino<br />
Já pelos meus dez anos ocupava eu um posto na Secretaria da Fazenda. A ocupação era informal,<br />
não implicava proventos ou tempo para a aposentadoria, mas o serviço era regular: acompanhava<br />
meu pai, que era fiscal de rendas, em suas visitas rotineiras aos comerciantes da cidade. Cada<br />
passada dele exigia duas das minhas, e eu ainda fazia questão de carregar sua pasta, pesada de processos.<br />
Tanto esforço tinha suas compensações: nos bares ou padarias, o proprietário lembrava ‐se<br />
de me agradar com doce, salgado ou refrigerante – o que configurava, como se vê, uma espécie de<br />
pacto entre interesseiros. Outra compensação encontrava eu em desfrutar, ainda que vagamente, da<br />
sombra da autoridade que emana de um fiscal de rendas. Para fazer justiça: autoridade mesmo meu<br />
pai só mostrava diante desses grandes proprietários arrogantes, que se julgam acima do bem, do<br />
mal e do fisco. E ai de quem se atrevesse a sugerir um “arranjo”, por conta da sonegação evidente...<br />
Gostava daquele fiscal. Duro no trato com os filhos e com a mulher, intempestivo e por vezes<br />
injusto ao julgar os outros, revelava ‐se um coração mole diante de um comerciante pobre e em<br />
débito com o governo. Nessas situações, condescendia no prazo de regularização do imposto e instruía<br />
o pobre ‐diabo acerca da melhor maneira de proceder. Ao dono de um botequim da zona rural<br />
– homem viúvo, carregado de filhos pequenos, em situação quase falimentar – ajudou com dinheiro<br />
do próprio bolso, para a quitação da dívida fiscal.<br />
Meu estágio em tal ocupação também aumentou meu vocabulário: conheci palavras como sisa,<br />
sonegação, guarda ‐livros, estampilha, mora e outras tantas. A intimidade com esses termos não implicava<br />
que lhes conhecesse o sentido; na verdade, muitos deles continuam obscuros para mim até hoje.<br />
De qualquer modo, não posso dizer que nunca me interessou a profissão de fiscal de rendas.<br />
Júlio Pietrobon das Neves<br />
152<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
Assinale o item gramaticalmente correto.<br />
A) Essa pequena crônica é reveladora do modo que<br />
guardamos as imagens mais intensas da infância,<br />
de cujos encantos continuam a nos fascinar pelo
86 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
tempo a fora, sobretudo quando se tratam de relações<br />
familiares.<br />
B) Relatos como este vão de encontro à tese de que<br />
não se perdem em nossas memórias aquilo que<br />
realmente nos marcou, confirmando ‐se assim o<br />
poder seletivo demonstrado pelas mais fortes<br />
lembranças.<br />
C) Uma das artimanhas da memória aqui se confirmam<br />
por que somos capazes de guardar palavras e<br />
detalhes reveladores dos tempos da infância, onde<br />
nem suspeitávamos de quão importantes viriam a<br />
ser os mais simples elementos.<br />
D) Ao deter lembranças de seu pai e dele mesmo, o<br />
narrador traz a fantasia nos traços em que melhor<br />
se definia ele, sem forçar qualquer idealização,<br />
uma vez que chega a salientar no pai seus traços<br />
mais duros, de pouca animosidade.<br />
E) Fica flagrante a admiração do menino pelo pai,<br />
conservada no tempo, capaz de estimular uma<br />
crônica cujo sentimento básico é o de um antigo<br />
companheirismo, materializado numa rotina de<br />
trabalho.<br />
Alternativa E – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
“... da infância, cujos encantos (...) sobretudo quando se<br />
trata de...”<br />
Alternativa B – errada<br />
“Ir ao encontro de.” Ir de encontro a significa chocar ‐se.<br />
Alternativa C – errada<br />
“Uma das artimanhas que se confirma (...) dos tempo de<br />
infância, quando...”<br />
Alternativa D – errada<br />
“... em que melhor o definia (...) uma vez que chega a salientar...”<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
153<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
“Outra compensação encontrava eu em desfrutar, ainda<br />
que vagamente, da sombra da autoridade que emana<br />
de um fiscal de rendas.”<br />
Todas as palavras da frase acima poderão permanecer<br />
rigorosamente as mesmas, caso as formas verbais sublinhadas<br />
sejam substituídas por, respectivamente,<br />
A) incorporar e projeta.<br />
B) usufruir e provém.<br />
C) beneficiar e instila.<br />
D) comprazer ‐me e esparge.<br />
E) deleitar ‐me e se associa.<br />
Alternativa B – CERta<br />
Desfrutar substitui ‐se por usufruir, e emanar substitui ‐se<br />
por provir.<br />
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
154<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
Assinale o item correto quanto à norma padrão da<br />
língua.<br />
A) Duas das minhas passadas exigia cada uma das<br />
dele.<br />
B) Exigiam ‐se duas das minhas passadas a cada uma<br />
das dele.<br />
C) Era exigido, a cada passada dele, duas das minhas.<br />
D) Duas passadas minhas exigia cada uma das dele.<br />
E) A cada passada dele exigia ‐se duas das minhas.<br />
Alternativa B – CERta<br />
A frase apresenta voz passiva analítica; o verbo exigir<br />
concorda com o núcleo substantivo passadas, estando,<br />
portanto, no plural.<br />
Alternativa A – errada<br />
“Duas das minhas passadas exigiam cada uma das dele.”<br />
Alternativa C – errada<br />
“Eram exigidas, (...), duas das minhas.”<br />
Alternativa D – errada<br />
“Duas passadas minhas exigiam...”<br />
Alternativa E – errada<br />
“A (...) dele, exigiam ‐se duas das minhas.”<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
Atenção: As questões a seguir referem ‐se ao texto seguinte.<br />
O século XX: vista aérea<br />
A destruição do passado – ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência<br />
pessoal à das gerações passadas – é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do final do<br />
século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo, sem qualquer<br />
relação orgânica com o passado público da época em que vivem. Por isso os historiadores, cujo
Português 87<br />
ofício é lembrar o que outros esquecem, tornam ‐se mais importantes que nunca no final do segundo<br />
milênio. Por esse mesmo motivo, porém, eles têm de ser mais que simples cronistas, memorialistas<br />
e compiladores. Em 1989 todos os governos do mundo, e particularmente todos os ministérios<br />
do Exterior do mundo, ter ‐se‐iam beneficiado de um seminário sobre os acordos de paz<br />
firmados após as duas guerras mundiais, que a maioria deles aparentemente havia esquecido.<br />
Eric Hobsbawm, Era dos extremos: o breve século XX.<br />
Tradução de Marcos Santarrita. São Paulo:<br />
Companhia das Letras, 2005. p. 13.<br />
155<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
Considere as seguintes afirmações:<br />
I – O pensamento do autor vai ao encontro do que<br />
afirma a seguinte frase, relativamente popularizada:<br />
Estamos condenados a repetir os erros da História<br />
que foi esquecida.<br />
II – Entre as funções essenciais de um historiador,<br />
destaca ‐se a de compreender rigorosamente em si<br />
mesmos os valores históricos e sociais de seu próprio<br />
presente.<br />
III – A referência aos acordos de paz firmados depois<br />
das duas guerras mundiais vem a propósito da importância<br />
que eles deveriam conservar em todas as resoluções<br />
de política externa, em nível global.<br />
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em<br />
A) I e II, apenas.<br />
B) I, apenas.<br />
C) II e III, apenas.<br />
D) I e III, apenas.<br />
E) I, II e III.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Apenas o item II está incorreto, pois, segundo o texto, é<br />
ofício do historiador “lembrar o que os outros esquecem”.<br />
Portanto não está, segundo o enunciado, ligado ao<br />
presente, e sim ao passado.<br />
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
156<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
Depreende ‐se da leitura do texto que, se fossem simples<br />
cronistas, memorialistas e compiladores, os historiadores,<br />
no final do segundo milênio,<br />
A) estariam restritos à tarefa de estabelecer uma relação<br />
orgânica com o passado público de sua época.<br />
B) se limitariam a recompor os mecanismos sociais<br />
que vinculam as experiências de seu tempo às das<br />
gerações passadas.<br />
C) não estariam comprometidos com o esclarecimento<br />
da nossa relação orgânica com o passado público<br />
que foi esquecido.<br />
D) não saberiam arrolar os fatos mais remotos de um<br />
passado, em vista da perda de sua relação orgânica<br />
com esses fatos.<br />
E) ficariam restritos a tarefas acadêmicas, como os seminários,<br />
insuficientes para avivar os mecanismos<br />
sociais que vinculam nossa experiência pessoal à<br />
das gerações passadas.<br />
Alternativa C – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
Não haveria restrições, pois não haveria comprometimento.<br />
Alternativa B – errada<br />
Não haveria limitações para recompor, pois não haveria<br />
vínculo com o passado.<br />
Alternativa D – errada<br />
Não que não o soubessem, não o fariam, simplesmente,<br />
por não haver comprometimento.<br />
Alternativa E – errada<br />
Não haveria restrição por não haver comprometimento.<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
157<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
“Por isso os historiadores, cujo ofício é lembrar o que<br />
outros esquecem, tornam ‐se mais importantes que<br />
nunca no fim do segundo milênio.”<br />
Considerando ‐se o contexto, não haverá prejuízo para<br />
a correção e o sentido da frase acima se se substituir<br />
A) cujo ofício é lembrar o que outros esquecem por a<br />
quem cabe resgatar o que é esquecido.<br />
B) Por isso por pela razão que se exporá.<br />
C) tornam ‐se mais importantes que nunca por mais<br />
do que nunca fazem ‐se de importantes.<br />
D) cujo ofício é lembrar o que outros esquecem por<br />
aos quais cabem resguardar o que foi esquecido.<br />
E) tornam ‐se mais importantes do que nunca por<br />
nunca se tornaram mais importantes.
88 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
Alternativa A – CERta<br />
Alternativa B – errada<br />
“Por isso” estabelece uma conclusão. “Pela razão” estabelece<br />
uma causa.<br />
Alternativa C – errada<br />
“Fazem ‐se” indica uma ação proposital, enquanto<br />
“tornam ‐se” propõe um estado, e não uma ação.<br />
Alternativa D – errada<br />
O verbo caber, trazendo em si a ideia de responsabilizar‐<br />
‐se, é impessoal, ficando, portanto, no singular. “... aos<br />
quais cabe resguardar...”<br />
Alternativa E – errada<br />
“Do que nunca” expressa a ideia de “nunca antes”. “Nunca<br />
se tornaram” estabelece a ideia de negação referente ao<br />
termo “importante”.<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
158<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
Ambos os verbos indicados entre parênteses deverão<br />
flexionar ‐se numa forma do plural para preencherem<br />
corretamente as lacunas da frase:<br />
A) ...... (ser) de se lamentar que aos jovens de hoje<br />
......(restar) viver o tempo como uma espécie de<br />
presente contínuo, sem qualquer conexão com o<br />
passado.<br />
B) Ao historiador ...... (dever) sensibilizar as omissões<br />
de toda e qualquer experiência que ...... (sofrer)<br />
nossos antepassados.<br />
C) ...... (aprazer) aos governantes fazer esquecer o<br />
que não lhes ...... (interessar) lembrar, para melhor<br />
se valerem da falta de memória histórica.<br />
D) ...... (avultar), aos olhos dos próprios historiadores<br />
contemporâneos, a figura de Eric Hobsbaw como<br />
um dos intérpretes que melhor ...... (compreender)<br />
o século XIX.<br />
E) Não ...... (competir) aos historiadores exercer a<br />
mera função de arquivistas públicos; mais que isso,<br />
......‐se (esperar) deles uma compreensão participativa<br />
da história.<br />
Alternativa B – CERta<br />
“Ao historiador devem sensibilizar as omissões (...) que<br />
sofram nossos antepassados.”<br />
Alternativa A – errada<br />
“É de se lamentar (...) resta viver...”, o verbo ser é impessoal,<br />
o verbo viver é intransitivo, ambos usados, portanto,<br />
somente no singular.<br />
Alternativa C – errada<br />
“Apraz aos (...) fazer esquecer o que não lhes interessa<br />
lembrar...”.<br />
Alternativa D – errada<br />
“... avulta (...) a figura (...) como um dos intérpretes (...)<br />
compreendeu...”<br />
Alternativa E – errada<br />
“Não compete (...) exercer a mera função (...) espera ‐se (...)<br />
uma compreensão...”<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
159<br />
SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
Considere as seguintes frases:<br />
I – O autor lamenta a situação dos jovens de hoje, que<br />
vivem o tempo como uma espécie de presente contínuo.<br />
II – Ao final do século XIX, ocorreu o esquecimento dos<br />
mecanismos sociais que vinculam nossa experiência<br />
pessoal à das gerações passadas.<br />
III – Preservemos a memória do passado, cujas experiências<br />
encerram lições ainda vivas.<br />
A eliminação da vírgula acarretará alteração de sentido<br />
APENAS para o que está em<br />
A) I.<br />
B) II.<br />
C) III.<br />
D) I e II.<br />
E) I e III<br />
Alternativa E – CERta<br />
O item II apresenta incorreção, visto que o fenômeno<br />
não ocorreu em fins do século XIX, e sim no fim do século<br />
XX.<br />
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
<strong>16</strong>0<br />
SEFAZ ‐SP – Agente Fiscal de Tributos<br />
Estaduais – 2006.<br />
Mesmo nas economias mais influenciadas pelo ideário<br />
liberal, o poder público dispõe de instrumentos legais<br />
para<br />
a cartelização da oferta de certos itens,<br />
prática que se torna particularmente no caso<br />
controles grupais produtos que não<br />
podem ser substituídos facilmente, ainda que tenham<br />
seus preços majorados.<br />
Assinale o item em que os vocábulos estejam corretos<br />
quanto à complementação do texto.
Português 89<br />
A) promover – benéfica – desses – comercializarem.<br />
B) fomentar – vantajosa – destes – comerciarem.<br />
C) coibir – nefasta – de esses – incidirem sobre.<br />
D) impedir – suscetível – de os – sobreviverem em.<br />
E) moderar – benigna – dos – traficarem com.<br />
Alternativa C – CERta<br />
O termo “cartelização” é um neologismo aplicado a<br />
“cartel”, por derivação. Se o aluno tiver problemas com o<br />
vocabulário, entenda que o segredo possa estar no pronome<br />
demonstrativo, pois não poderá ocorrer a junção<br />
da preposição somada ao pronome (desses – destes –<br />
dos), uma vez que não exista o princípio de posse, sendo,<br />
portanto, de esses.<br />
Alternativa A – errada<br />
“Promover” está incorreto; “... de esses (...) maléfica...”.<br />
Alternativa B – errada<br />
“De estes”.<br />
Alternativa D – errada<br />
Não cabe o termo “sobreviverem”.<br />
Alternativa E – errada<br />
Não cabem os termos “moderar”, “benigna”, e o correto<br />
para os pronomes é “de os”.<br />
Gabarito oficial: alternativa C
RECEITA FEDERAL/MA – TÉCNICO – 2006<br />
<strong>16</strong>1 Receita Federal/MA – técnico – 2006.<br />
Assinale a alternativa em que haja erro na análise da<br />
palavra:<br />
A) Em parece há três sílabas, seis fonemas e seis letras.<br />
B) Em endurecida há cinco sílabas, dez fonemas e dez<br />
letras.<br />
C) Em fizesse há três sílabas, seis fonemas e sete letras.<br />
D) Em então há um dígrafo nasal e um ditongo nasal<br />
decrescente.<br />
E) Em assim há um dígrafo e uma vogal nasal.<br />
Alternativa B – CERtA<br />
A palavra endurecida contém cinco sílabas en ‐du‐re‐ci‐da,<br />
dez letras e ‐n‐d‐u‐r‐e‐c‐i‐d‐a, porém, contém nove fonemas,<br />
pois o N, por ser nasal, não é contado como som,<br />
apenas como letra. Cuidado, caro aluno, com as nasais<br />
M e N, pois, no meio das palavras, não são considerados<br />
fonemas: No vocábulo “campo”, perceba que não pronunciamos<br />
o M. Se escrevêssemos como falamos, escreveríamos<br />
“cãpo”. Estranhíssimo, não?<br />
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
<strong>16</strong>2 Receita Federal/MA – técnico – 2006.<br />
Em qual alternativa as palavras não exigem acento<br />
gráfico?<br />
A) filantropo \ arquetipo \ erudito \ avaro<br />
B) condor \ ariete \ ureter \ ciclope<br />
C) ureter \ avaro \ pudico \ rubrica<br />
D) levedo \ bavaro \ boemia \ recem<br />
E) alibi \ logica \ omega \ quiromancia<br />
Alternativa C – CERtA<br />
Embora, caro leitor, você já esteja cansado de ouvir “uREter”,<br />
o correto é “ureTER”; o correto é “aVAro”, e não<br />
“Avaro”; o correto é puDIco, e não PUdico; o correto é<br />
ruBRIca, e não RUbrica.<br />
Alternativa A – ERRADA<br />
“Arquétipo” é proparoxítona.<br />
Alternativa B – ERRADA<br />
“Aríete” é proparoxítona.<br />
Alternativa D – ERRADA<br />
“Bávaro” e “recém”, proparoxítona e oxítona, respectivamente.<br />
Alternativa E – ERRADA<br />
“Álibi”, “lógica” e “ômega” são proparoxítonas.<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
<strong>16</strong>3 Receita Federal/MA – técnico – 2006.<br />
Na questão a seguir, todas as palavras devem ser pronunciadas<br />
como paroxítona, exceto:<br />
A) cartomancia \ entrepido \ celtibero
Português 91<br />
B) aziago \ celtibero \ misantropo<br />
C) levedo \ monolito \ interim<br />
D) artifice \ periplo \ rubrica<br />
E) rubrica \ periplo \ levedo<br />
Alternativa B – CERta<br />
“AziAgo”, “celtiBEro”, “misanTROpo”. Sendo, portanto,<br />
todas paroxítonas.<br />
Alternativa A – errada<br />
“CartomanCIa”, “inTRÉpido” e “celtiBEro”.<br />
Alternativa C – errada<br />
“leVEdo”, “moNÓlito” e “ÍNterim”.<br />
Alternativa D – errada<br />
“ArTÍfice”, “Périplo” e “ruBRIca”.<br />
Alternativa E – errada<br />
“Périplo” é proparoxítona. Os outros termos são: ruBRIca<br />
e leVEdo, paroxítonos.<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
<strong>16</strong>4 Receita Federal/MA – Técnico – 2006.<br />
O trema, apesar de desaparecer na escrita, continuará<br />
a ser pronunciado. Pois bem, nobre leitor, assinale o<br />
item em que o trema seja pronunciado em todos os<br />
vocábulos.<br />
A) estinguir \ consequência<br />
B) quinquênio \ arguir<br />
C) distinguir \ cinquenta<br />
D) sequestro \ inquérito<br />
E) pinguim \ guitarra<br />
Alternativa B – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
Estinguir, com ou sem trema, consequência com ou sem<br />
trema.<br />
Alternativa C – errada<br />
Em distinguir não se usa o trema.<br />
Alternativa D – errada<br />
Inquérito, sem trema.<br />
Alternativa E – errada<br />
Guitarra, sem trema.<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
<strong>16</strong>5 Receita Federal/MA – Técnico – 2006.<br />
Em que palavra abaixo há a possibilidade de Não ser<br />
considerada a existência de um hiato?<br />
A) raiz<br />
B) trovoada<br />
C) roía<br />
D) denúncia<br />
E) teria<br />
Alternativa D – CERta<br />
Há, na alternativa D, uma ocorrência a que chamamos de<br />
Sinérese. Ocorre em virtude de uma pronúncia mais rápida<br />
em que transformam ‐se hiatos em ditongos. Ao ocorrer<br />
o contrário, damos o nome de Diérese. Em denúncia,<br />
o que poderia ser hiato transforma ‐se em ditongo. É possível,<br />
ainda, deparar com a forma do diferencial substantivo<br />
deNÚNcia da forma verbal denunCIa, facilitando a<br />
compreensão desse estudo, não é mesmo?<br />
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
<strong>16</strong>6 Receita Federal/MA – Técnico – 2006.<br />
Assinale a alternativa que contenha erro de acentuação<br />
gráfica.<br />
A) De cada três crimes ocorridos no Maranhão, só um<br />
chega ao conhecimento da polícia.<br />
B) o programa de reforma agrária de FHC desapropriou<br />
apenas seis imóveis com mais de cem mil<br />
hectares.<br />
C) Pesquisas recentes dão alcance ainda maior à noção<br />
de que a família é fundamental na formação do<br />
indivíduo.<br />
D) Em outros casos, os pais e os alunos são vistos<br />
como consumidores que tem o direito de exigir<br />
qualidade do produto que estão comprando.<br />
E) Para países como o Brasil, os desafios são ainda<br />
maiores.<br />
Alternativa D – CERta<br />
O verbo ter deverá concordar com o sujeito composto –<br />
pais e alunos – sendo, portanto, acentuado têm.<br />
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
<strong>16</strong>7 Receita Federal/MA – Técnico – 2006.<br />
O valor semântico de des – não coincide com o par: centralização/descentralização,<br />
apenas em:<br />
A) Despregar o prego foi mais difícil que pregá ‐lo.<br />
B) “... e se soltou, para voar e descaiu foi lá de riba, no<br />
chão e muito se machucou.”
92 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
C) Enquanto isso ele ficava em casa, em certo repouso,<br />
até a saúde de tudo se desameaçar.<br />
D) A despoluição do rio Tietê é um repto urgente aos<br />
políticos e à população de São Paulo.<br />
E) O governo de Israel decidiu desbloquear metade<br />
da renda de arrecadação fiscal que Israel devia à<br />
Autoridade Nacional Palestina.<br />
Alternativa B – CERta<br />
Seria impossível alguém estar em cima e “descair”, não é<br />
mesmo, nobre leitor? No entanto, no norte de Minas, se<br />
você está no alto, você descai. Coisas de Guimarães Rosa;<br />
aliás, diga ‐se de passagem, muito inteligente!<br />
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
<strong>16</strong>8 Receita Federal/MA – Técnico – 2006.<br />
Relacione as duas colunas e assinale a alternativa<br />
correta.<br />
1 – fonseca ( ) parassíntese<br />
2 – envergonhar ( ) hibridismo<br />
3 – sambódromo ( ) aglutinação<br />
4 – moto ( ) onomatopeia<br />
5 – ciciar ( ) redução<br />
A) 1 ‐3‐2‐5‐4<br />
B) 3 ‐2‐1‐4‐5<br />
C) 5 ‐4‐2‐1‐3<br />
D) 2 ‐3‐1‐5‐4<br />
E) 5 ‐4‐3‐2‐1<br />
Alternativa D – CERta<br />
Vejamos: Fonseca é a aglutinação de fonte+seca; envergonhar<br />
é derivação parassintética; sambódromo é de sistema<br />
híbrido, ou seja, palavras de idiomas diferentes usadas em<br />
um terceiro idioma; moto é a redução de motocicleta, e<br />
ciciar, que significa falar em voz baixa: “O vento ciciava<br />
na ramagem” (Fagundes Varela).<br />
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa D
ELETRONORTE – ANALISTA DE SISTEMAS – 2008<br />
<strong>16</strong>9<br />
Eletronorte – Analista de Sistemas –<br />
2008.<br />
Identifique, nas questões a seguir, o item que contenha<br />
erro de natureza ortográfica ou gramatical, ou, ainda,<br />
impropriedade vocabular, e assinale o correspondente.<br />
“tendo em vista que apenas uma interessada retirou o<br />
edital referente à concorrência n. 006\o2 ‐PR, a (1) CENtRAIS<br />
ELÉtRICAS DE GoIÁS – CELG – torna pública (2)<br />
que resolveu adiar a concorrência para a contratação<br />
sob regime e administração contratada, de alocação de<br />
recursos destinados à (3) complementação das obras<br />
da IV etapa da UHE Cachoeira Dourada, com pagamento<br />
mediante cessão (4) de direitos sobre energia elétrica<br />
para entrega futura, mantidos (5) os contratos de<br />
construção, montagem e fornecimento já celebrados<br />
com terceiros.”<br />
A) 1<br />
B) 2<br />
C) 3<br />
D) 4<br />
E) 5<br />
Alternativa B – CERtA<br />
Os termos corretos são: “torna público”. O termo público<br />
tem como referência ato que se subentende na frase.<br />
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
170<br />
Eletronorte – Analista de Sistemas –<br />
2008.<br />
A GUERRA DoS MENINoS, livro ‐reportagem (1) do jornalista<br />
Gilberto Dimenstein e da fotógrafa Paula Simas,<br />
introduz (2) o leitor num (3) dos mais terríveis e<br />
bárbaros fenômenos em curso no Brasil desde a década<br />
de 70: o assassinato de crianças e adolescentes por<br />
grupos de estermínio (4), com a participação direta ou<br />
a conivência (5) de policiais.<br />
A) 2<br />
B) 3<br />
C) 1<br />
D) 5<br />
E) 4<br />
Alternativa E – CERtA<br />
O correto é extermínio.<br />
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
171<br />
Eletronorte – Analista de Sistemas –<br />
2008.<br />
Leia o texto a seguir e responda:<br />
“De tudo ao meu amor serei atento<br />
Antes e com tal zelo e sempre, e tanto<br />
Que mesmo em face do maior encanto<br />
Dele se encante mais meu pensamento.”<br />
A palavra destacada pode assumir diferentes significados,<br />
de acordo com sua função na frase. Assinale a
94 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
alternativa em que o sentido equivale ao que se verifica<br />
no 3º verso do poema de Vinicius de Morais.<br />
A) “Havia o mal, profundo e persistente, para o qual o<br />
remédio não surtiu efeito, mesmo em doses variáveis.”<br />
(Raimundo Faoro)<br />
B) “Mas, olhe cá, Mana Glória, há mesmo necessidade<br />
de fazê ‐lo padre?” (Machado de Assis)<br />
C) “... vamos lá de qualquer maneira, mas vamos mesmo.”<br />
(Aurélio)<br />
D) “Pai, para onde fores / irei também trilhando as<br />
mesmas ruas.” (Augusto dos Anjos)<br />
E) “Agora, como outrora, há o mesmo contraste da<br />
vida interior.” (Machado de Assis)<br />
Alternativa A – CERta<br />
O termo mesmo substitui o advérbio até obtendo ‐se uma<br />
direção de argumentação de oposição, ou seja, “ainda que<br />
diante do meu maior encanto”.<br />
Alternativa B – errada<br />
O termo destacado exerce a função de advérbio, pois poderá<br />
ser substituído por “porventura”.<br />
Alternativa C – errada<br />
Temos o advérbio “certamente”.<br />
Alternativa D – errada<br />
Temos um adjetivo caracterizando o substantivo “ruas”.<br />
Alternativa E – errada<br />
Estamos, novamente, diante de um adjetivo caracterizando<br />
o substantivo “contraste”.<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
172<br />
Eletronorte – Analista de Sistemas –<br />
2008.<br />
Leia o texto a seguir.<br />
“Recebe a filha nos braços, tenta forçá ‐la a andar, mas<br />
o corpo dela cai para o lado, a perna parece endurecida,<br />
como se fizesse parte de um outro organismo. Então<br />
apela para a força e levanta ‐a nos braços; já há<br />
muito não há segura assim, desde que começara a ficar<br />
mocinha. No trajeto da sala para o quarto lembra noites<br />
antigas, em que a menina acordava e pedia colo,<br />
ele ficava a noite inteira com o pequenino corpo nos<br />
braços, andando pelo escuro com sua preciosa carga<br />
feita de amor, medo e duas mãozinhas que o agarravam<br />
quando tentava deitá ‐la outra vez na cama.”<br />
(Carlos Heitor Cony)<br />
A) As palavras filha e fizesse contêm 5 e 7 fonemas,<br />
respectivamente.<br />
B) As palavras mocinha e agarravam contêm 6 e 8 fonemas<br />
respectivamente.<br />
C) Nas palavras lembra, tentava e levanta temos o mesmo<br />
número de letras e de fonemas, respectivamente.<br />
D) No vocábulo ‘mãozinhas’ obtemos 9 letras e 9<br />
fonemas.<br />
E) Nos termos: ‘noite’ ‘inteira’ e ‘feita’, encontramos<br />
ditongos nasais decrescentes.<br />
Alternativa B – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
São 4 e 6 fonemas, respectivamente.<br />
Alternativa C – errada<br />
Temos um fonema a menos, pois M e N são nasais, não<br />
sendo contados, portanto, como fonemas, apenas como<br />
letras.<br />
Alternativa D – errada<br />
São 8 fonemas, pois temos o dígrafo NH.<br />
Alternativa E – errada<br />
Os ditongos são orais.<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
173<br />
Eletronorte – Analista de Sistemas –<br />
2008.<br />
Assinale a alternativa cujos vocábulos sejam escritos,<br />
com J.<br />
A) gor_eta, pa_em, gen_iva.<br />
B) _iló, lison_ear, ti_ela.<br />
C) here_e, tre_eito, berin_ela.<br />
D) _eito, lambu_em, ma_estoso.<br />
E) hi_iênico, gor_eio, _iboia.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
O termo gengiva escreve ‐se com G.<br />
Alternativa B – errada<br />
O termo tigela escreve ‐se com G.<br />
Alternativa C – errada<br />
O termo herege escreve ‐se com G.<br />
Alternativa E – errada<br />
O termo higiênico escreve ‐se com G.<br />
Gabarito oficial: alternativa D
PETROBRAS – ADMINISTRADOR PLENO – 2006<br />
174<br />
Petrobras – Administrador Pleno –<br />
2006.<br />
Indique a alternativa CoRREtA quanto à escrita.<br />
A) o ladrão foi apanhado em flagrante.<br />
B) Ponto é a intercessão de duas linhas.<br />
C) As despesas da mudança serão vultuosas.<br />
D) Assistimos a uma violenta coalizão de caminhões.<br />
E) o artigo incerto na revista de ciências foi lido por<br />
todos.<br />
Alternativa A – CERtA<br />
Alternativa B – ERRADA<br />
Interseção. Cuidado! O termo intercessão está ligado a<br />
ceder.<br />
Alternativa C – ERRADA<br />
“... despesas vultosas”, ou seja, de grande vulto. O termo<br />
vultuoso está ligado a “inchado”, “inflado”. Levou um<br />
soco e ficou com os lábios vultuosos.<br />
Alternativa D – ERRADA<br />
O termo correto é colisão, derivado de “colidir”. Há de<br />
convir o nobre leitor que coalizão seria a união de dois<br />
caminhões, e isso não é possível.<br />
Alternativa E – ERRADA<br />
No termo inserto, temos o ato de inserir. O termo incerto<br />
está ligado ao substantivo incerteza.<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
175<br />
Petrobras – Administrador Pleno –<br />
2006.<br />
“– ... e os peixes enchiam a rede...”<br />
Normalmente, após ditongo ou EN escreve ‐se X.<br />
Constituindo ‐se encher e seus derivados o uso do CH,<br />
assinale a série que confirma este dígrafo em todas as<br />
suas palavras.<br />
A) rouxinol – peixe – enxada – enxurrada.<br />
B) caixa – feixe – enxaguar – enxerida.<br />
C) chave – chiqueiro – enxiqueirar – chuva.<br />
D) preencher – enchimento – enchouriçar – encharcar.<br />
E) preenchível – chocalho – enchimento – enchurrada.<br />
Alternativa D – CERtA<br />
Os termos preencher e enchimento são derivados do verbo<br />
encher. Enchouriçar é derivado de chouriço, e encharcar é<br />
derivado de charco.<br />
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
176<br />
Petrobras – Administrador Pleno –<br />
2006.<br />
Leia o texto a seguir.<br />
“Meu bem ‐querer<br />
Meu bem ‐querer<br />
É segredo, é sagrado<br />
meu encanto,<br />
Está sacramentado<br />
‘tô’ sofrendo tanto<br />
Em meu coração.<br />
Amor, e o que é o sofrer<br />
Meu bem ‐querer<br />
Para mim que estou<br />
tem um quê de pecado Jurado pra morrer de<br />
Acariciado pela emoção. amor. (Djavan)
96 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
Assinale a alternativa que contenha apenas palavras<br />
formadas por derivação imprópria.<br />
A) sacramento e coração<br />
B) quê e sofrer<br />
C) sofrendo e encanto<br />
D) querer e sofrer<br />
E) morrer e amor<br />
Alternativa B – CERta<br />
Nas expressões ‘tem um quê de pecado’ e ‘o que é o sofrer’<br />
temos uma conjunção e um verbo, respectivamente. Porém,<br />
se você reparar, caro aluno, esses dois termos vêm acompanhados<br />
de um artigo, transformando, então, tanto um<br />
quanto outro em substantivo, havendo, portanto, uma derivação<br />
imprópria. Lembre ‐se sempre de que qualquer<br />
classe gramatical precedida por artigo passa a ser classificada<br />
como substantivo.<br />
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
177<br />
Petrobras – Administrador Pleno –<br />
2006.<br />
Dentre as opções a seguir, apenas uma apresenta o<br />
mesmo processo de formação de palavras como amesquinhar.<br />
Indique ‐a.<br />
A) cruzar<br />
B) desfilar<br />
C) desmobilizar<br />
D) acionar<br />
E) envergonhar<br />
Alternativa E – CERta<br />
Consiste em parassíntese (derivação parassintética) na<br />
formação de uma palavra derivada com acréscimo simultâneo<br />
de um prefixo ou de um sufixo ao radical da palavra<br />
primitiva. Exemplos: empobrecer, entardecer. O vocábulo<br />
“envergonhar” segue essa linha de raciocínio.<br />
Alternativa A – errada<br />
Derivação por sufixação: cruzar.<br />
Alternativa B – errada<br />
Derivação por prefixação: desfilar.<br />
Alternativa C – errada<br />
Derivação por prefixação: desmobilizar.<br />
Alternativa D – errada<br />
Derivação por sufixação: acionar.<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
178<br />
Petrobras – Administrador Pleno –<br />
2006.<br />
Assinale o item em que a palavra composta com radicais<br />
latinos significa cultura de arroz.<br />
A) sericultura<br />
B) orizicultura<br />
C) triticultura<br />
D) cotonicultura<br />
E) cunicultura<br />
Alternativa B – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
Cultura da seda.<br />
Alternativa C – errada<br />
Cultura do trigo.<br />
Alternativa D – errada<br />
Cultura do algodão.<br />
Alternativa E – errada<br />
Cultura de coelho.<br />
Gabarito oficial: alternativa B
PETROBRAS – ANALISTA EM ECONOMIA – 2006<br />
179<br />
Petrobras – Analista em Economia –<br />
2006.<br />
“Ao amanhecer o planalto fica simplesmente deslumbrante.<br />
os raios ultravioleta provocam cores que eu<br />
nunca tinha visto em toda a minha vida.” (Lúcio Costa<br />
– Arquiteto)<br />
Assinale a alternativa correta segundo a teoria expressa.<br />
A) os termos amanhecer e deslumbrante são formados<br />
por derivação parassintética.<br />
B) os termos planalto e simplesmente são formados<br />
por derivação sufixal.<br />
C) o termo ultravioleta, por ser adjetivo composto deveria<br />
ser levado para o plural, concordando, assim,<br />
com o substantivo.<br />
D) o termo planalto é formado por aglutinação.<br />
E) o termo ultravioleta é formado por derivação<br />
parassintética.<br />
Alternativa D – CERtA<br />
A aglutinação consiste em formar uma palavra de outras<br />
duas palavras, constatando ‐se a perda de, ao menos, um<br />
elemento: plano + alto = planoalto = planalto.<br />
Alternativa A – ERRADA<br />
Amanhecer é formado por derivação parassintética, e deslumbrante,<br />
por sufixação.<br />
Alternativa B – ERRADA<br />
Planalto é formado por aglutinação, e simplesmente é formado<br />
por sufixação.<br />
Alternativa C – ERRADA<br />
O substantivo violeta foi adjetivado, não havendo, portanto,<br />
possibilidade de levar ‐se para o plural.<br />
Alternativa E – ERRADA<br />
O termo ultravioleta é formado por justaposição, ou seja,<br />
diferente da aglutinação, na justaposição as palavras<br />
formam ‐se sem que se percam elementos.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
180<br />
Petrobras – Analista em Economia –<br />
2006.<br />
As palavras adivinhar – adivinho e adivinhação são termos<br />
cognatos, ou seja, trazem a mesma raiz. Assinale o<br />
item em que não ocorrem três cognatos.<br />
A) alguém – algo – algum<br />
B) ler – leitura – lição<br />
C) ensinar – ensino – ensinamento<br />
D) candura – cândido – incandescência<br />
E) viver – vida – vidente<br />
Alternativa E – CERtA<br />
Diz ‐se de vidente a pessoa que tem a faculdade de visão<br />
sobrenatural ou de cenas futuras, não tendo, portanto,<br />
referência com o verbo viver.<br />
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
181<br />
Petrobras – Analista em Economia –<br />
2006.<br />
Assinale o par de palavras cujos prefixos apresentam<br />
significação equivalente aos elementos iniciais de impessoal<br />
e predeterminado.
98 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
A) amoral e epidérmico<br />
B) antiaéreo e hipertenso<br />
C) disforme e ultrapassado<br />
D) contra indicado e transatlântico<br />
E) desumano e antediluviano.<br />
Alternativa E – CERta<br />
Desumano = impessoal, e antediluviano = predeterminado.<br />
Alternativa A – errada<br />
O prefixo a é indicativo de negação, e epi, indicativo de sobre.<br />
Alternativa B – errada<br />
Anti = contra; hiper = acima.<br />
Alternativa C – errada<br />
Dis = fora; ultra = além.<br />
Alternativa D – errada<br />
Contra = oposição; trans = além.<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
Atenção: Considere o texto a seguir para responder às questões de 182 a 184.<br />
“Apenas Luísa começou a sair todos os dias, Juliana pensou logo: Bem, vai ter com o gajo! E sua<br />
atitude tornou ‐se ainda mais servil. Era com um sorriso de baixeza que corria a abrir a porta, alvoroçada,<br />
quando Luísa voltava às cinco horas. E que zelo! Que exatidões! Um botão que faltasse,<br />
uma fita que se extraviasse, eram ‘mil perdões, minha senhora’. ‘Desculpe por esta vez’. Muitas lamentações<br />
humildes. Interessava ‐se com devoção pela saúde dela, pela sua roupa, pelo que tinha<br />
para o jantar... Todavia, desde as idas ao Paraíso, o seu trabalho aumentara: Todos os dias agora<br />
tinha de engomar, muitas vezes era preciso ensaboar à noite colares, rendinhas, punhos numa bacia<br />
de latão, até as onze horas. Às seis da manhã, mais cedo, já estava ‘com o ferro às voltas’. E não se<br />
queixava, até dizia à Joana.”<br />
Eça de Queirós, O Primo Basílio.<br />
182<br />
Petrobras – Analista em Economia –<br />
2006.<br />
Considere os termos em destaque: ‘Apenas Luísa começou<br />
a sair’; ‘... e que zelo!’; ‘que exatidões!’ e ‘... até<br />
dizia à Joana’. Obedecem, respectivamente a:<br />
A) Tempo, intensidade, intensidade, espaço.<br />
B) Tempo, intensidade, intensidade, inclusão.<br />
C) Exclusão, indefinição, indefinição, exclusão.<br />
D) Exclusão, exclamação, inclusão, inclusão.<br />
E) Tempo, intensidade, exclusão.<br />
183<br />
Petrobras – Analista em Economia –<br />
2006.<br />
Considere os termos grifados: de baixeza, com devoção,<br />
à noite e às voltas, têm, respectivamente, o valor<br />
sintático de:<br />
A) Adjetivo, adjetivo, advérbio, advérbio.<br />
B) Advérbio, adjetivo, advérbio, adjetivo.<br />
C) Adjetivo, advérbio, advérbio, adjetivo.<br />
D) Adjetivo, adjetivo, adjetivo, advérbio.<br />
E) Adjetivo, advérbio, advérbio, advérbio.<br />
Alternativa B – CERta<br />
Apenas substitui conjunções como logo que, ou assim que,<br />
que determinam direção de argumentação de tempo; “...<br />
e quanto zelo! (...) quantas exatidões”, os termos destacados<br />
estabelecem relação de intensidade; “... até...”, o termo<br />
destacado estabelece relação de inclusão e pode ser<br />
substituí do por além do mais.<br />
Alternativas A, C, D e E– ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
Alternativa E – CERta<br />
São apresentadas aqui as locuções – conjunto de palavras<br />
que valem por uma. Sorriso de baixeza, locução adjetiva<br />
= baixo; com devoção, locução adverbial = devotamente,<br />
portanto, um advérbio de modo; à noite = locução adverbial<br />
de tempo; às voltas = locução adverbial de modo e<br />
torno de, = espaço, lugar.<br />
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa E
Português 99<br />
184<br />
Petrobras – Analista em Economia –<br />
2006.<br />
Indique o item em que a forma verbal indica obrigatoriedade.<br />
A) “Apenas Luísa começou a sair...”<br />
B) “E sua atitude tornou ‐se ainda mais servil.”<br />
C) “Era com um sorriso de baixeza...”<br />
D) “Todos os dias agora tinha de engomar.”<br />
E) “Não tornara a resmungar da patroa.”<br />
Alternativa D – CERta<br />
O verbo somado à preposição – tinha de – indica obrigatoriedade.<br />
Alternativa A – errada<br />
Apenas estabelece relação de tempo.<br />
Alternativa B – errada<br />
Ainda estabelece relação de modo.<br />
Alternativa C – errada<br />
De baixeza estabelece relação de modo.<br />
Alternativa E – errada<br />
Da patroa estabelece relação de assunto.<br />
Gabarito oficial: alternativa D
ANALISTA DE FINANÇAS DO ESTADO/MA – 2004<br />
185<br />
Analista de Finanças do Estado/MA –<br />
2004.<br />
Assinale a alternativa em que o pronome oblíquo indica<br />
posse.<br />
A) ‘Luísa definhava ‐se’.<br />
B) ‘... e via ‐se satisfeita’.<br />
C) ‘... os seus receios desciam ‐lhe sobre a alma’.<br />
D) ‘... às vezes, vinha ‐lhe uma revolta’.<br />
E) ‘... ia meter ‐se num convento’.<br />
Alternativa C – CERtA<br />
Desciam ‐lhe sobre a alma. O pronome oblíquo lhe exerce<br />
a função de pronome possessivo e pode ser substituído<br />
por “sua”: “... desciam sobre a sua alma”.<br />
Alternativa A – ERRADA<br />
O pronome se é reflexivo e exerce a função de objeto direto.<br />
Alternativa B – ERRADA<br />
O pronome se é reflexivo e exerce a função de objeto direto.<br />
Alternativa D – ERRADA<br />
O pronome lhe exerce função de objeto indireto.<br />
Alternativa E – ERRADA<br />
O pronome se é reflexivo e exerce a função de objeto direto.<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
186<br />
Analista de Finanças do Estado/MA –<br />
2004.<br />
observe o excerto: “Sentia, por vezes, um olhar tão intensamente<br />
rancoroso, que receava fosse descoberta...’<br />
temos estabelecida uma relação de:<br />
A) tempo / causa<br />
B) causa / tempo<br />
C) causa / efeito<br />
D) efeito / causa<br />
E) causa / tempo<br />
Alternativa C – CERtA<br />
Estamos diante de tão...que, sendo, portanto, estabelecida<br />
uma relação de causa e efeito.<br />
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
187<br />
Analista de Finanças do Estado/MA –<br />
2004.<br />
No excerto: “... todas elas acusando uma tendência positiva,<br />
apesar de alguns números causarem preocupação.”<br />
A expressão que propõe uma contradição é:<br />
A) todas elas<br />
B) tendência positiva<br />
C) alguns números<br />
D) causarem preocupação<br />
E) apesar de<br />
Alternativa E – CERtA<br />
A conjunção apesar de estabelece relação de concessão ou<br />
oposição de ideias, podendo ser substituída por “embora”,<br />
“ainda que”, “mesmo que”.<br />
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa E
Português 101<br />
188<br />
Analista de Finanças do Estado/MA –<br />
2004.<br />
Leia a frase e assinale a alternativa que contenha os<br />
termos que preencham correta e respectivamente as<br />
lacunas.<br />
“Entre os brasileiros<br />
frente de negócios próprios<br />
abertos menos de quatro anos, a porcentagem<br />
dos que entre 45 54 anos dobrou<br />
Nesta última década.<br />
(Veja – julho de 2004)<br />
A) à \ à \ têm \ à<br />
B) a \ a \ tem \ à<br />
C) à\ há \ têm \ a<br />
D) a \ há \ tem \ a<br />
E) a \ há\ têm \ à<br />
Alternativa C – CERta<br />
À frente: locução adverbial, estabelece relação de lugar;<br />
há: verbo haver marcando tempo decorrido passado;<br />
têm: verbo “ter” com acentuação diferencial na terceira<br />
pessoa do plural para concordar com dos que, ou, daqueles<br />
que, tendo como referência “brasileiros”. A preposição<br />
a não levará o acento grave, sinal indicativo do uso obrigatório<br />
da crase, porque não existe crase entre numerais.<br />
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
189<br />
Analista de Finanças do Estado/MA –<br />
2004.<br />
Leia o texto a seguir.<br />
“Pode‐se politizar terremoto? Pode ‐se tentar. O 'Wall<br />
Street Journal' creditou a solidez dos novos prédios de<br />
Santiago que resistiram aos tremores à prosperidade<br />
trazida ao Chile pela economia de mercado de acordo<br />
com a receita da Universidade de Chicago (...). O jornal<br />
preferiu ignorar a outra realidade mostrada pelos terremotos.<br />
(...) A desigualdade social persiste no Chile<br />
como persistiu em outros países da América Latina (...)<br />
e os chilenos viram ‐se desprotegidos como os haitianos.”<br />
(Luís F. Veríssimo – O Globo – 03/2004)<br />
O foco da crítica contida no texto direciona ‐se à política<br />
A) nacionalista.<br />
B) socialdemocrata.<br />
C) protecionista.<br />
D) intervencionista.<br />
E) neoliberal.<br />
Alternativa E – CERta<br />
Conclui ‐se que o Chile resistiu aos problemas causados<br />
pela economia no início da década de 2000 graças à “receita<br />
da Universidade de Chicago”, ou seja, o uso da política<br />
econômica neoliberal. Os outros itens não são citados<br />
no excerto do texto.<br />
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa E
EPE/DF – TÉCNICO EM ANÁLISES<br />
AMBIENTAIS – 2010<br />
190<br />
EPE/DF – técnico em Análises Ambientais<br />
– 2010.<br />
Leia o que diz D. Ahmed, Secretário da oNU, no texto<br />
da revista “Época” em janeiro de 2010.<br />
“As preocupações ambientais hoje estão todas mobilizadas<br />
pelo aquecimento global. Mas a degradação climática<br />
do mundo é apenas um dos sintomas de um<br />
desequilíbrio mais profundo, que também se mostra<br />
na taxa acelerada de extinção de espécies e no risco de<br />
desaparecimento de ecossistemas saudáveis.”<br />
Para além do aquecimento global, o secretário também<br />
chama a atenção para problemas relativos à<br />
A) cultura de massa<br />
B) diversidade biológica<br />
C) economia de mercado<br />
D) ideologia ecológica<br />
E) produção flexível<br />
Alternativa B – CERtA<br />
A referência está nos termos “extinção de espécies” e “desaparecimento<br />
dos ecossistemas saudáveis”. Não há referência<br />
aos outros itens no excerto do texto.<br />
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
191<br />
EPE/DF – técnico em Análises Ambientais<br />
– 2010.<br />
o termo “apenas”, no texto, pode ser substituído, sem<br />
prejuízo gramatical por<br />
A) somente<br />
B) evidentemente<br />
C) provavelmente<br />
D) certamente<br />
E) indubitavelmente<br />
Alternativa A – CERtA<br />
O termo somente evidencia um advérbio de exclusão.<br />
Alternativa B – ERRADA<br />
Evidentemente, advérbio de afirmação.<br />
Alternativa C – ERRADA<br />
Provavelmente, advérbio de dúvida.<br />
Alternativa D – ERRADA<br />
Certamente, advérbio de afirmação.<br />
Alternativa E – ERRADA<br />
Indubitavelmente, advérbio de afirmação.<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
192<br />
EPE/DF – técnico em Análises Ambientais<br />
– 2010.<br />
Assinale a alternativa em que o verbo em destaque esteja<br />
corretamente grafado.<br />
A) A crise de autoridade adveem do casamento infeliz<br />
da corrupção com a cumplicidade.<br />
B) Se uma pessoa pôr sua coragem em prática, dirá<br />
não quando a tentação assediar.<br />
C) Se alguém querer manter sua decência, deverá<br />
praticá ‐la.
Português 103<br />
D) Muita gente interveio, tentando lutar pelo bem<br />
comum.<br />
E) As leis mal cumpridas do país contem em si a tão<br />
necessária moralidade.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Intervir = interveio, e não “interviu”, viu?<br />
Alternativa A – errada<br />
Advém.<br />
Alternativa B – errada<br />
Puser.<br />
Alternativa C – errada<br />
Quiser.<br />
Alternativa E – errada<br />
Contêm, que diferencia o verbo ter e seus derivados na<br />
terceira pessoa do plural.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
Atenção: Considere o texto a seguir para responder às questões de 193 a 195.<br />
Uma História em Breves Linhas<br />
A Península Ibérica, ocupada por Portugal e Espanha, foi, outrora, alvo de cobiça de vários povos.<br />
Iberos, Celtas, Fenícios, Gregos e Cartagineses foram os primeiros habitantes daquela região.<br />
Mais tarde, Roma, receosa do progresso de Cartago, também voltou à Península e, após intensas<br />
lutas, os romanos foram vitoriosos e puderam ali implantar o seu domínio. Com a vitória dos<br />
Césares, as legiões levaram para a região ocupada seu idioma, o latim vulgar, falado pelas camadas<br />
inferiores da sociedade e que com o tempo, transformou ‐se.<br />
Por melhor atender às necessidades de pensamento, o idioma do Lácio foi substituindo os dialetos<br />
da região, sendo, porém, modificado na boca dos povos subjugados, perdendo no cotidiano<br />
seus traços característicos, enquanto em Roma, distantes, do sermo (SIC) vulgaris, rusticus, plebeus,<br />
o Latim apurava ‐se, enriquecendo ‐se assim, o sermo (SIC) eruditus, urbanus, instrumento<br />
admirável em que os grandes escritores compuseram obras imperecíveis.<br />
Apesar de vitoriosos, os Bárbaros que invadiram a Península no século V, aceitaram a civilização<br />
romana, como seu idioma, agora modificado. No século VIII d.C., os árabes invadiram a região<br />
e, ainda que fosse adotado “oficialmente” no meio conquistado, o árabe não foi aceito pelo povo<br />
que continuou a falar o romanço peninsular. Nesse tempo, na região situada a oeste, conhecida por<br />
Lusitânia, que compreendia a Galiza, quase todo Portugal, parte de Leão e de Castela nasce o português,<br />
que no século XIV passa a ter autonomia.<br />
193<br />
EPE/DF – Técnico em Análises Ambientais<br />
– 2010.<br />
Assinale a alternativa correta de acordo com o texto.<br />
A) Roma, receosa com a cultura de Cartago, volta à<br />
Península, para introduzir a cultura romana.<br />
B) Com a vitória, os Césares dominam a região com o<br />
latim.<br />
C) Por melhor atender às necessidades de pensamento,<br />
o latim torna ‐se o idioma das camadas mais baixas<br />
da população.<br />
D) O latim vulgar foi, indubitavelmente, a consequência<br />
cultural da presença das legiões romanas na Península<br />
Ibérica.<br />
E) O árabe, embora tenha sido adotado como “idioma<br />
oficial”, por ser de difícil compreensão e com uma<br />
gramática apurada, não foi aceito pelos povos da<br />
região.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
A preocupação de Roma era o domínio bélico, e não<br />
cultural.<br />
Alternativa B – errada<br />
Os Césares dominam a região com as armas, e não por<br />
meio do idioma.<br />
Alternativa C – errada<br />
O Latim torna ‐se o idioma, mas através do tempo é modificado<br />
pelos idiomas já existentes na região.
104 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
Alternativa E – errada<br />
Ocorre a extrapolação, pois o texto não cita dificuldade<br />
nem gramática apurada quanto ao árabe.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
194<br />
EPE/DF – Técnico em Análises Ambientais<br />
– 2010.<br />
“Por melhor atender às necessidades de pensamento,<br />
o idioma do Lácio foi substituindo...” o termo grifado<br />
poderia ser substituído sem prejuízo para o texto<br />
por<br />
A) A fim de melhor atender...<br />
B) Quando melhor atendeu...<br />
C) Porque melhor atendeu...<br />
D) Apesar de melhor atender...<br />
E) Ainda que melhor atendesse...<br />
Alternativa C – CERta<br />
Há na questão uma relação estabelecida de causa e efeito.<br />
Alternativa A – errada<br />
A fim de estabelece relação de finalidade.<br />
Alternativa B – errada<br />
Quando estabelece relação de tempo.<br />
Alternativa D – errada<br />
Apesar de estabelece relação de oposição.<br />
Alternativa E – errada<br />
Ainda que estabelece relação de oposição.<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
195<br />
EPE/DF – Técnico em Análises Ambientais<br />
– 2010.<br />
No excerto: “Nesse tempo, na região situada a oeste,<br />
conhecida por Lusitânia, que compreendia a Galiza,<br />
quase todo Portugal, parte de Leão, de Castela,” o termo<br />
em destaque estabelece uma<br />
A) ressalva;<br />
B) exclusão;<br />
C) explicação;<br />
D) inclusão;<br />
E) restrição.<br />
Alternativa C – CERta<br />
Estamos diante de uma oração explicativa. Ocorre através<br />
do pronome relativo que, ou a qual, substituindo o<br />
termo “Lusitânia”.<br />
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
196<br />
EPE/DF – Técnico em Análises Ambientais<br />
– 2010.<br />
Leia o texto a seguir.<br />
“Em qualquer acampamento ou ocupação de sem ‐terra<br />
que se visite, uma constatação é inevitável: grande<br />
parte dessas pessoas que vivem embaixo de lonas pretas<br />
nas estradas, fazendas invadidas, saiu das franjas<br />
sujas e maltrapilhas das grandes cidades. Expulsos do<br />
campo, por um processo cruel de concentração de terra,<br />
milhões de trabalhadores rurais buscaram redenção<br />
sob o gás neon – termo de origem grega que significa<br />
– novo – das metrópoles, queimaram as asas feito mariposas.<br />
Caíram numa espécie de vácuo social – a favela<br />
instransponível."<br />
Aponte a alternativa incorreta.<br />
A) A palavra “franjas” traz uma metáfora ligada à<br />
“periferia”.<br />
B) O termo “teto” foi empregado metonimicamente.<br />
C) O verbo “queimaram” tem como referência “milhões<br />
de trabalhadores rurais".<br />
D) A palavra “redenção” está empregada metaforicamente<br />
substituindo o termo “perdão”.<br />
E) “Inevitável e intransponível”, ao constituírem‐<br />
‐se como adjetivos, sofreram processo similar de<br />
formação.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Redenção significa no texto auxílio.<br />
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
197<br />
EPE/DF – Técnico em Análises Ambientais<br />
– 2010.<br />
Dê a alternativa gramaticalmente incorreta.<br />
A) A forma verbal “saiu” está no singular para concordar<br />
com “grande parte”.<br />
B) A repetição intencional da preposição sem constitui<br />
um recurso estilístico com o objetivo de ênfase.<br />
C) “Pragmaticamente”, termo que significa objetivamente,<br />
concretamente, de forma direcionada para<br />
a ação prática.<br />
D) Os termos “vácuo” e “saúde” são paroxítonos<br />
acentuados com base na mesma regra ortográfica.<br />
E) O termo sem ‐terra não contém plural, usando ‐se<br />
como tal, apenas acrescentando ao artigo.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Vácuo, paroxítona em ditongo; saúde, paroxítona em U,<br />
em sílaba isolada, formando hiato.<br />
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa D
Português 105<br />
198<br />
EPE/DF – Técnico em Análises Ambientais<br />
– 2010.<br />
Leia o fragmento do texto<br />
“... o que estava atrás daquele surto de religiosidade<br />
bíblica era o abandono das fazendas pela mão de obra<br />
que as servia e que resultaria, fatalmente, na divisão<br />
das terras se o mal não fosse erradicado.” (O povo brasileiro<br />
– Darcy Ribeiro)<br />
Assinale o item correto.<br />
A) os termos que e as estabelecem relações, tendo co mo<br />
referência mão de obra e fazenda, respectivamente.<br />
B) “... e que resultaria, fatalmente,...” estabelece relação<br />
de causa.<br />
C) O termo “abandono das fazendas” exerce função<br />
de objeto direto de surto.<br />
D) “se o mal não fosse erradicado.” Exerce a oração<br />
função de probabilidade.<br />
E) Em “o que estava atrás...”, o “o” é simplesmente<br />
um artigo.<br />
Alternativa A – CERta<br />
Alternativa B – errada<br />
Temos consequência.<br />
Alternativa C – errada<br />
Temos um predicativo, e não objeto – atente para o verbo<br />
de ligação.<br />
Alternativa D – errada<br />
Temos uma condição ou hipótese, e não probabilidade.<br />
Alternativa E – errada<br />
Temos o pronome o como demonstrativo em substituição<br />
ao pronome aquilo.<br />
Gabarito oficial: alternativa A
TRE/RN – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA<br />
ADMINISTRATIVA – FEVEREIRO 2011<br />
Atenção: As questões 199 a 204 referem ‐se ao texto abaixo.<br />
Nas ilhas Mascarenhas − Maurício, Reunião e Rodriguez −, localizadas a leste de Madagáscar,<br />
no oceano Índico, muitas espécies de pássaros desapareceram como resultado direto ou indireto da<br />
atividade humana. Mas aquela que é o protótipo e a tataravó de todas as extinções também ocorreu<br />
nessa localidade, com a morte de todas as espécies de uma família singular de pombos que não<br />
voavam − o solitário da ilha Rodriguez, visto pela última vez na década de 1790; o solitário da ilha<br />
Reunião, desaparecido por volta de 1746; e o célebre dodô da ilha Maurício, encontrado pela última<br />
vez no início da década de <strong>16</strong>80 e quase certamente extinto antes de <strong>16</strong>90.<br />
Os volumosos dodôs pesavam mais de vinte quilos. Uma plumagem cinza ‐azulada cobria seu<br />
corpo quadrado e de pernas curtas, em cujo topo se alojava uma cabeça avantajada, sem penas, com<br />
um bico grande de ponta bem recurvada. As asas eram pequenas e, ao que tudo indica, inúteis (pelo<br />
menos no que diz respeito a qualquer forma de voo). Os dodôs punham apenas um ovo de cada vez,<br />
em ninhos construídos no chão.<br />
Que presa poderia revelar ‐se mais fácil do que um pesado pombo gigante incapaz de voar?<br />
Ainda assim, provavelmente não foi a captura para o consumo pelo homem o que selou o destino<br />
do dodô, pois sua extinção ocorreu sobretudo pelos efeitos indiretos da perturbação humana. Os<br />
primeiros navegadores trouxeram porcos e macacos para as ilhas Mascarenhas, e ambos se multiplicaram<br />
de maneira prodigiosa. Ao que tudo indica, as duas espécies se regalaram com os ovos do<br />
dodô, alcançados com facilidade nos ninhos desprotegidos no chão − e muitos naturalistas atribuem<br />
um número maior de mortes à chegada desses animais do que à ação humana direta. De todo<br />
modo, passados os primeiros anos da década de <strong>16</strong>80, ninguém jamais voltou a ver um dodô vivo<br />
na ilha Maurício. Em <strong>16</strong>93, o explorador francês Leguat, que passou vários meses no local,<br />
empenhou ‐se na procura dos dodôs e não encontrou nenhum.<br />
Extraído de Stephen Jay Gould. O Dodô na corrida de comitê,<br />
A montanha de moluscos de Leonardo da Vinci. São Paulo:<br />
Cia. das Letras, 2003. p. 286 ‐288.
Português 107<br />
199<br />
TRE/RN – Analista Judiciário – Área<br />
Administrativa – fevereiro 2011.<br />
Mas aquela que é o protótipo e a tataravó de todas as extinções<br />
também ocorreu nessa localidade... (1º parágrafo)<br />
A frase acima transcrita deve ser entendida como indicação<br />
de que a extinção das espécies de pombos que<br />
não voavam das ilhas Mascarenhas<br />
A) seria um modelo a ser utilizado pelos homens no<br />
futuro, quando decididos a erradicar espécies inúteis<br />
ou prejudiciais.<br />
B) é uma das primeiras extinções de animais vinculadas<br />
à ação direta ou indireta dos homens de que se<br />
tem notícia.<br />
C) teria ocorrido muito tempo antes do verdadeiro<br />
início da extinção de espécies por conta de ações<br />
humanas diretas ou indiretas.<br />
D) é um episódio tão antigo na história das relações<br />
entre homens e animais que pode ser considerado<br />
singular e ultrapassado.<br />
E) deu origem a um padrão para as futuras extinções<br />
de animais, que estariam sempre ligadas à colonização<br />
humana de novas terras.<br />
Alternativa B – CERta<br />
As palavras protótipo e tataravó referindo ‐se às extinções<br />
indicam as primeiras informações que se têm a respeito<br />
de extinção.<br />
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
200<br />
TRE/RN – Analista Judiciário – Área<br />
Administrativa – fevereiro 2011.<br />
As asas eram pequenas e, ao que tudo indica, inúteis...<br />
(2º parágrafo)<br />
Ao que tudo indica, as duas espécies se regalaram com<br />
os ovos do dodô, alcançados com facilidade nos ninhos<br />
desprotegidos no chão... (último parágrafo)<br />
A expressão grifada nas frases acima transcritas deixa<br />
transparecer, em relação às afirmações feitas,<br />
A) a sua comprovação científica irrefutável.<br />
B) a certeza absoluta que o autor quer partilhar com o<br />
leitor.<br />
C) o receio do autor ao formular um paradoxo.<br />
D) a sua pequena probabilidade.<br />
E) o seu caráter de hipótese bastante provável.<br />
Alternativa E – CERta<br />
A hipótese era bastante provável, pois eram enormes e<br />
inúteis. O termo ao que tudo indica estabelece a probabilidade<br />
de um advérbio de afirmação.<br />
Alternativa A – errada<br />
A palavra irrefutável torna a questão incorreta, pois o que<br />
existe no texto são probabilidades.<br />
Alternativa B – errada<br />
O termo absoluta torna a questão incorreta, pois o autor<br />
apenas mostra conceitos prováveis.<br />
Alternativa C – errada<br />
Não há referência do autor a formular princípios contrários.<br />
Alternativa D – errada<br />
O termo “tudo” em “ao que tudo indica” estabelece uma<br />
relação de enorme probabilidade.<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
201<br />
TRE/RN – Analista Judiciário – Área<br />
Administrativa – fevereiro 2011.<br />
Estão empregados no texto com idêntica regência os<br />
verbos grifados em:<br />
A) Os dodôs punham... (2º parágrafo) / ... sua extinção<br />
ocorreu... (último parágrafo)<br />
B) ... muitas espécies de pássaros desapareceram... (1º<br />
parágrafo) / Os primeiros navegadores trouxeram...<br />
(último parágrafo)<br />
C) ... uma plumagem cinza ‐azulada cobria (2º parágrafo)<br />
/ ... e não encontrou... (último parágrafo)<br />
D) Os volumosos dodôs pesavam ... (2º parágrafo) / ...<br />
não foi a captura... (último parágrafo)<br />
E) ... a tataravó de todas as extinções também ocorreu...<br />
(1º parágrafo) / ... e muitos naturalistas atribuem...<br />
(último parágrafo)<br />
Alternativa C – CERta<br />
Os verbos cobrir e encontrar são transitivos diretos, obedecendo,<br />
portanto, à mesma regência.<br />
Alternativa A – errada<br />
O verbo ocorrer é intransitivo.<br />
Alternativa B – errada<br />
O verbo desaparecer é intransitivo.<br />
Alternativa D – errada<br />
Os verbos pesar e ser são intransitivos.<br />
Alternativa E – errada<br />
Novamente o uso do verbo ocorrer como intransitivo e do<br />
verbo atribuir como transitivo direto e indireto.<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
202<br />
TRE/RN – Analista Judiciário – Área<br />
Administrativa – fevereiro 2011.<br />
Ainda assim, provavelmente não foi a captura para o<br />
consumo pelo homem o que selou o destino do dodô,<br />
pois sua extinção ocorreu sobretudo pelos efeitos indiretos<br />
da perturbação humana.<br />
Os elementos grifados na frase acima podem ser substituídos,<br />
sem prejuízo para o sentido e a correção, respectivamente,<br />
por:<br />
A) Contudo \ não obstante.
108 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
B) Conquanto \ por que.<br />
C) Em que pese isso \ embora.<br />
D) Apesar disso \ visto que.<br />
E) Por isso \ porquanto.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Ainda assim estabelece relação de oposição, substituindo,<br />
portanto, apesar disso. O termo pois estabelece relação de<br />
explicação, podendo ser substituído, sem prejuízo, por<br />
visto que.<br />
Alternativa A – errada<br />
O termo não obstante não substitui pois, por estabelecer<br />
relação de oposição.<br />
Alternativa B – errada<br />
A preposição por e o pronome relativo que não estabelecem<br />
relação. O correto seria porque, conjunção indicativa<br />
de causa ou explicação.<br />
Alternativa C – errada<br />
O termo embora não substitui pois.<br />
Alternativa E – errada<br />
Por isso e porquanto não substituem apesar disso e visto que.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
203<br />
TRE/RN – Analista Judiciário – Área<br />
Administrativa – fevereiro 2011.<br />
O segmento cujo sentido está corretamente expresso<br />
em outras palavras é:<br />
A) se multiplicaram de maneira prodigiosa \ cresceram<br />
ilusoriamente.<br />
B) as duas espécies se regalaram \ os dois gêneros se<br />
empanturraram.<br />
C) uma família singular \ um conjunto variegado.<br />
D) que selou o destino que \ indigitou a fatalidade.<br />
E) empenhou ‐se na procura \ dedicou ‐se com afinco à<br />
busca.<br />
Alternativa E – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
Prodigiosa não pode ser substituída por ilusoriamente.<br />
Alternativa B – errada<br />
Espécies não pode ser substituída por gênero.<br />
Alternativa C – errada<br />
Família não substitui conjunto.<br />
Alternativa D – errada<br />
Selou não pode ser substituído por indigitou.<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
204<br />
TRE/RN – Analista Judiciário – Área<br />
Administrativa – fevereiro 2011.<br />
Leia as afirmações abaixo sobre a pontuação utilizada<br />
no texto.<br />
I – Em – Maurício, Reunião e Rodriguez – os travessões<br />
poderiam ser substituídos por parênteses, sem prejuízo<br />
para o sentido e a coesão da frase.<br />
II – O travessão empregado imediatamente depois de<br />
voavam (1º parágrafo) pode ser substituído por dois<br />
pontos, sem prejuízo para o sentido e a coesão da frase.<br />
III – Em o explorador francês Leguat, que passou vários<br />
meses no local, empenhou ‐se na procura dos dodôs, a<br />
retirada das vírgulas não implica prejuízo para o sentido<br />
e a correção da frase.<br />
Está correto o que se afirma em<br />
A) I, apenas.<br />
B) I e II, apenas.<br />
C) II e III, apenas.<br />
D) III, apenas.<br />
E) I, II e III.<br />
Alternativa B – CERta<br />
Item I: correto. Por tratar ‐se de uma explicação, os parênteses<br />
poderiam substituir os travessões.<br />
Item II: correto. Por tratar ‐se de um aposto, ou seja, chamar<br />
a atenção do leitor, o travessão poderá ser substituído<br />
por dois ‐pontos.<br />
Item III: incorreto. Se as vírgulas forem retiradas, deixa<br />
de ser uma explicação, passa a ser uma restrição, ou seja,<br />
muda o sentido do texto.<br />
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
Atenção: As questões 205 e 206 referem ‐se ao texto abaixo.<br />
Lavadeiras de Moçoró<br />
As lavadeiras de Moçoró, cada uma tem sua pedra no rio; cada pedra é herança de família,<br />
passando de mãe a filha, de filha a neta, como vão passando as águas no tempo. As pedras têm um<br />
polimento que revela a ação de muitos dias e muitas lavadeiras. Servem de espelho a suas donas. E<br />
suas formas diferentes também correspondem de certo modo à figura física de quem as usa. Umas<br />
são arredondadas e cheias, aquelas magras e angulosas, e todas têm ar próprio, que não se presta a<br />
confusão.
Português 109<br />
A lavadeira e a pedra formam um ente especial, que se divide e se unifica ao sabor do trabalho.<br />
Se a mulher entoa uma canção, percebe ‐se que a pedra a acompanha em surdina. Outras vezes,<br />
parece que o canto murmurante vem da pedra, e a lavadeira lhe dá volume e desenvolvimento.<br />
Na pobreza natural das lavadeiras, as pedras são uma fortuna, joias que elas não precisam levar<br />
para casa. Ninguém as rouba, nem elas, de tão fiéis, se deixariam seduzir por estranhos.<br />
Obs.: manteve ‐se a grafia original, constante da obra citada.<br />
Carlos Drummond de Andrade. Contos plausíveis.<br />
In: Prosa Seleta. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003. p. 128.<br />
205<br />
TRE/RN – Analista Judiciário – Área<br />
Administrativa – fevereiro 2011.<br />
Evidencia ‐se no texto<br />
A) a presença da pedra como símbolo da rotina pesada<br />
de uma vida sem perspectivas de melhora da<br />
maioria das mulheres brasileiras.<br />
B) o primitivismo das condições de trabalho em alguns<br />
lugares, que impede a necessária alteração<br />
dos costumes familiares.<br />
C) a extrema pobreza em que vivem muitas famílias<br />
brasileiras, sem qualquer condição de sobrevivência<br />
mais digna.<br />
D) a associação íntima e até mesmo afetiva entre ser<br />
humano e elemento da natureza, identificados por<br />
um tipo de trabalho diário.<br />
E) a identificação entre o rio e a pedra, prefigurando<br />
os obstáculos sociais que impedem a ascensão econômica<br />
de muitos brasileiros.<br />
Alternativa D – CERta<br />
A resposta a essa questão está no segundo parágrafo,<br />
onde a “lavadeira divide seu trabalho com a pedra, formando<br />
um ente”.<br />
Quanto às outras alternativas, em todas elas há um diferencial<br />
inexistente no texto.<br />
Alternativa A – errada<br />
A pedra não é símbolo de rotina.<br />
Alternativa B – errada<br />
O texto não aborda tema como fonte de primitivismo.<br />
Alternativa C – errada<br />
O texto não apresenta argumentação em relação à sobrevivência<br />
ou ao primitivismo da ação.<br />
Alternativa E – errada<br />
A pedra não é símbolo de obstáculo social, e sim de ponto<br />
de referência do trabalho.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
206<br />
TRE/RN – Analista Judiciário – Área<br />
Administrativa – fevereiro 2011.<br />
Umas são arredondadas e cheias, aquelas magras e angulosas,<br />
e todas têm ar próprio, que não se presta a<br />
confusão. (1º parágrafo)<br />
A relação semântica existente entre as expressões grifadas<br />
na afirmativa acima é percebida também entre<br />
os dois elementos grifados em:<br />
A) que revela a ação de muitos dias e de muitas lavadeiras.<br />
B) um ente especial, que se divide e se unifica ao sabor<br />
do trabalho.<br />
C) a pedra a acompanha em surdina... parece que o<br />
canto murmurante vem da pedra.<br />
D) e a lavadeira lhe dá volume e desenvolvimento.<br />
E) as pedras são uma fortuna, joias que elas não precisam<br />
levar para casa.<br />
Alternativa A – CERta<br />
O desgaste do tempo e a ação do ser revelam a forma das<br />
pedras.<br />
Alternativa B – errada<br />
Não há relação de significado entre as formas das pedras<br />
e a divisão ou unificação do ente.<br />
Alternativa C – errada<br />
Não há relação de significado entre as formas das pedras<br />
e o canto.<br />
Alternativa D – errada<br />
Justamente o oposto. A forma da pedra remete ‐se à ação<br />
do tempo provocada pela ação das lavadeiras.<br />
Alternativa E – errada<br />
O processo semântico reporta ‐se apenas ao formato das<br />
pedras construído por meio do trabalho das lavadeiras.<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
207<br />
TRE/RN – Analista Judiciário – Área<br />
Administrativa – fevereiro 2011.<br />
Considere as observações seguintes sobre a associação<br />
de palavras no texto e o sentido decorrente dessa<br />
associação:
110 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
I – No segmento passando de mãe a filha, de filha a<br />
neta, como vão passando as águas no tempo há uma<br />
comparação, que associa a transmissão de costumes ao<br />
fluxo das águas do rio.<br />
II – As referências às pedras, especialmente no 2º parágrafo,<br />
atribuem a elas qualidades humanas.<br />
III – Na frase Servem de espelho a suas donas é possível<br />
entender o sentido literal, como referência ao reflexo<br />
da água sobre as pedras, e o sentido contextual, como<br />
identidade e cumplicidade entre a mulher e a pedra.<br />
Está correto o que se afirma em:<br />
A) II, apenas.<br />
B) I e II, apenas.<br />
C) I e III, apenas.<br />
D) II e III, apenas.<br />
E) I, II e III.<br />
Alternativa E – CERta<br />
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
Atenção: As questões 208 a 210 referem ‐se ao texto abaixo.<br />
Gesso<br />
Esta minha estatuazinha de gesso, quando nova<br />
− O gesso muito branco, as linhas muito puras −<br />
Mal sugeria imagem de vida<br />
(Embora a figura chorasse).<br />
Há muitos anos tenho ‐a comigo.<br />
O tempo envelheceu ‐a, carcomeu ‐a, manchou ‐a de pátina<br />
Amarelo – suja.<br />
Os meus olhos, de tanto a olharem,<br />
Impregnaram ‐na da minha humanidade irônica de tísico.<br />
Um dia mão estúpida<br />
Inadvertidamente a derrubou e partiu.<br />
Então ajoelhei com raiva, recolhi aqueles tristes fragmentos,<br />
[recompus a figurinha que chorava.<br />
E o tempo sobre as feridas escureceu ainda mais o sujo<br />
[mordente da pátina...<br />
Hoje este gessozinho comercial<br />
É tocante e vive, e me fez agora refletir<br />
Que só é verdadeiramente vivo o que já sofreu.<br />
Manuel Bandeira
Português 111<br />
208<br />
TRE/RN – Analista Judiciário – Área<br />
Administrativa – fevereiro 2011.<br />
A ação do tempo sobre a estátua de gesso é vista pelo<br />
poeta como<br />
A) o que acabou por torná ‐la mais vivaz e expressiva,<br />
pelo menos até que um acidente a fizesse perder<br />
essa vivacidade.<br />
B) responsável por danos que levaram uma obra de<br />
arte a perder sua pureza e vivacidade originais.<br />
C) um elemento que, juntamente com os danos causados<br />
por um acidente, dá vida e singularidade ao<br />
que era inexpressivo e vulgar.<br />
D) a busca do homem pelos objetos pessoais mais<br />
valiosos.<br />
E) capaz de transformar um simples objeto comercial<br />
em uma obra de arte que parece ter sido criada por<br />
um escultor genial.<br />
Alternativa C – CERta<br />
A queda da estátua provoca o momento de reflexão ao<br />
“eu lírico” que relaciona a compreensão da vida aos<br />
sofrimentos.<br />
Alternativa A – errada<br />
Antes do acidente, a estátua tinha apenas o valor visual.<br />
Alternativa B – errada<br />
A responsabilidade pela reflexão do poeta não coube somente<br />
ao tempo, mas também ao acidente.<br />
Alternativa D – errada<br />
O verdadeiro valor do objeto ocorre após o acidente e a<br />
constatação da passagem do tempo.<br />
Alternativa E – errada<br />
O poeta não estabelece o objeto como obra de arte, mas,<br />
sim, como objeto de reflexão.<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
209<br />
TRE/RN – Analista Judiciário – Área<br />
Administrativa – fevereiro 2011.<br />
Mal sugeria imagem de vida (Embora a figura chorasse).<br />
É correto afirmar que a frase entre parênteses tem<br />
sentido<br />
A) adversativo.<br />
B) concessivo.<br />
C) conclusivo.<br />
D) condicional.<br />
E) temporal.<br />
Alternativa B – CERta<br />
A conjunção embora estabelece relação de oposição.<br />
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
210<br />
TRE/RN – Analista Judiciário – Área<br />
Administrativa – fevereiro 2011.<br />
Um dia mão estúpida<br />
Inadvertidamente a derrubou e partiu.<br />
Então ajoelhei com raiva, recolhi aqueles tristes<br />
fragmentos,<br />
[recompus a figurinha que chorava.<br />
E o tempo sobre as feridas escureceu ainda mais o sujo<br />
[mordente da pátina...<br />
Sobre os versos acima transcritos é INCORREto afirmar:<br />
A) mão estúpida pode ser alusão do poeta a si próprio<br />
e carregaria assim algum matiz da raiva que o teria<br />
acometido quando derrubou a estátua.<br />
B) inadvertidamente tem o sentido de “de modo descuidado”,<br />
indicando o caráter acidental do episódio.<br />
C) em recompus a figurinha que chorava, o poeta se<br />
vale de uma ambiguidade para sugerir o sofrimento<br />
da estátua com a queda.<br />
D) com a alusão às feridas causadas à estátua, o poeta<br />
se refere aos sinais visíveis da junção dos pedaços<br />
dela depois de reconstituída.<br />
E) com a expressão o sujo mordente da pátina, o poeta<br />
alude à transformação da estátua de sofredora<br />
em causadora de sofrimento.<br />
Alternativa E – CERta<br />
A estátua não é a causa do sofrimento, mas o elemento<br />
que leva o poeta à reflexão sobre o sofrimento.<br />
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
211<br />
TRE/RN – Analista Judiciário – Área<br />
Administrativa – fevereiro 2011.<br />
O valor que atribuímos ...... coisas é resultado, não<br />
raro, de uma história pessoal e intransferível, de<br />
uma relação construída em meio a acidentes e percalços<br />
fundamentais. Assim, nosso apreço por elas<br />
não corresponde absolutamente ...... valorização que<br />
alcançariam no mercado, esse deus todo ‐poderoso,<br />
que, no entanto, resta impotente quando ao valor econômico<br />
se superpõe ...... afeição.<br />
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na<br />
ordem dada,<br />
A) às – à – a<br />
B) as – à – a<br />
C) as – a – à<br />
D) às – a – a<br />
E) às – à – à<br />
Alternativa A – CERta<br />
Esta questão, caro leitor, é típica de regência. O verbo<br />
atribuir é transitivo direto e indireto, sendo, portanto,
112 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
nós atribuímos o valor às coisas, logo, o uso da preposição<br />
a no objeto indireto, como elemento feminino, obriga o<br />
uso da crase.<br />
O verbo corresponder é transitivo indireto e exige a presença<br />
da preposição a, sendo, portanto, obrigatório o uso<br />
do acento grave diante do substantivo valorização, objeto<br />
indireto do verbo.<br />
Cuidado, caro leitor! A última frase está na ordem inversa.<br />
Antes de mais nada, coloque a frase na ordem direta.<br />
Assim: A afeição superpõe ‐se ao valor econômico. Portanto,<br />
o termo afeição exerce função de sujeito do verbo<br />
superpõe ‐se. Quanto a valor econômico, o termo exerce<br />
função de objeto indireto.<br />
Alternativas B, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
212<br />
TRE/RN – Analista Judiciário – Área<br />
Administrativa – fevereiro 2011.<br />
Embora pudesse estar estampada na primeira página<br />
de um jornal, a manchete fictícia que traz deslize quanto<br />
à concordância verbal é:<br />
A) Economistas afirmam que em 2011 haverá ainda<br />
mais oportunidades de emprego na indústria e no<br />
comércio do que em 2010.<br />
B) “Os que insistem na minha culpa haverão de se arrepender<br />
pela injustiça cometida”, declara o secretário<br />
exonerado.<br />
C) Expectativas em relação ao aumento da inflação<br />
faz bolsas caírem ao menor nível este ano.<br />
D) Crescem no Brasil a venda e o comércio de produtos<br />
importados ilegalmente.<br />
E) “Ergueram‐se mais edifícios nos últimos dois anos<br />
do que nos cinco anos anteriores”, constata estudo<br />
sobre o mercado imobiliário.<br />
Alternativa C – CERta<br />
A correção para a frase é: Expectativas em relação ao aumento<br />
da inflação fazem bolsas caírem ao menor nível<br />
este ano.<br />
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
213<br />
TRE/RN – Analista Judiciário – Área<br />
Administrativa – fevereiro 2011.<br />
Considerando ‐se as qualidades exigidas na redação de<br />
documentos oficiais, está INCORRETA a afirmativa:<br />
A) A concisão procura evitar excessos linguísticos que<br />
nada acrescentam ao objetivo imediato do documento<br />
a ser redigido, dispensando detalhes irrelevantes<br />
e evitando elementos de subjetividade, inapropriados<br />
ao texto oficial.<br />
B) A impessoalidade, associada ao princípio da finalidade,<br />
exige que a redação de um documento seja<br />
feita em nome do serviço público e tenha por objetivo<br />
o interesse geral dos cidadãos, não sendo permitido<br />
seu uso no interesse próprio ou de terceiros.<br />
C) Clareza e precisão são importantes na comunicação<br />
oficial e devem ser empregados termos de conhecimento<br />
geral, evitando ‐se, principalmente, a<br />
possibilidade de interpretações equivocadas, como<br />
na afirmativa: O Diretor informou ao seu secretário<br />
que os relatórios deveriam ser encaminhados a ele.<br />
D) A linguagem empregada na correspondência oficial,<br />
ainda que respeitando a norma culta, deve<br />
apresentar termos de acordo com a região e com<br />
requinte adequado à importância da função desempenhada<br />
pela autoridade a quem se dirige o<br />
documento.<br />
E) Textos oficiais devem ser redigidos de acordo com<br />
a formalidade, ou seja, há certos procedimentos,<br />
normas e padrões que devem ser respeitados com<br />
base na observância de princípios ditados pela civilidade,<br />
como cortesia e polidez, expressos na forma<br />
específica de tratamento.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Há uma incorreção no tocante à afirmativa sobre redação<br />
oficial. A correspondência oficial apresenta comunicação<br />
simplificada, embora na linguagem culta, oficial, sem o<br />
requinte adequado à função, assim como não apresenta<br />
termos que apresentem regionalismos. O pronome de<br />
tratamento deverá estar sempre em 3ª pessoa, obedecendo<br />
ao cargo ou função do destinatário.<br />
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa D
TRE/RN – TÉCNICO ADMINISTRATIVO<br />
– FEVEREIRO 2011<br />
Atenção: As questões 214 a 217 referem ‐se ao texto abaixo.<br />
Rio Grande do Norte: a esquina do continente<br />
Os portugueses tentaram iniciar a colonização em 1535, mas os índios potiguares resistiram e<br />
os franceses invadiram. A ocupação portuguesa só se efetivou no final do século, com a fundação<br />
do Forte dos Reis Magos e da Vila de Natal. O clima pouco favorável ao cultivo da cana levou a<br />
atividade econômica para a pecuária. O Estado tornou ‐se centro de criação de gado para abastecer<br />
os Estados vizinhos e começou a ganhar importância a extração do sal – hoje, o Rio Grande do<br />
Norte responde por 95% de todo o sal extraído no país. O petróleo é outra fonte de recursos: é o<br />
maior produtor nacional de petróleo em terra e o segundo no mar. Os 410 quilômetros de praias<br />
garantem um lugar especial para o turismo na economia estadual.<br />
O litoral oriental compõe o Polo Costa das Dunas com belas praias, falésias, dunas e o maior<br />
cajueiro do mundo –, do qual faz parte a capital, Natal. O Polo Costa Branca, no oeste do Estado, é<br />
caracterizado pelo contraste: de um lado, a caatinga; do outro, o mar, com dunas, falésias e quilômetros<br />
de praias praticamente desertas. A região é grande produtora de sal, petróleo e frutas; abriga<br />
sítios arqueológicos e até um vulcão extinto, o Pico do Cabugi, em Angicos. Mossoró é a segunda<br />
cidade mais importante. Além da rica história, é conhecida por suas águas termais, pelo<br />
artesanato reunido no mercado São João e pelas salinas.<br />
Caicó, Currais Novos e Açari compõem o chamado Polo do Seridó, dominado pela caatinga e<br />
com sítios arqueológicos importantes, serras majestosas e cavernas misteriosas. Em Caicó há vários<br />
açudes e formações rochosas naturais que desafiam a imaginação do homem. O turismo de aventura<br />
encontra seu espaço no Polo Serrano, cujo clima ameno e geografia formada por montanhas e<br />
grutas atraem os adeptos do ecoturismo. Outro polo atraente é Agreste/Trairi, com sua sucessão<br />
de serras, rochas e lajedos nos 13 municípios que compõem a região. Em Santa Cruz, a subida ao
114 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
Monte Carmelo desvenda toda a beleza do sertão potiguar – em breve, o local vai abrigar um complexo<br />
voltado principalmente para o turismo religioso. A vaquejada e o Arraiá do Lampião são as<br />
grandes atrações de Tangará, que oferece ainda um belíssimo panorama no Açude do Trairi.<br />
Nordeste. 30/10/2010, Encarte no jornal O Estado de S. Paulo.<br />
214<br />
TRE/RN – Técnico Administrativo –<br />
fevereiro 2011.<br />
O texto se estrutura notadamente<br />
A) com o objetivo de esclarecer alguns aspectos cronológicos<br />
do processo histórico de formação do<br />
Estado e de suas bases econômicas, desde a época<br />
da colonização.<br />
B) como uma crônica baseada em aspectos históricos,<br />
em que se apresentam tópicos que salientam as<br />
formações geográficas do Estado.<br />
C) de maneira dissertativa, em que se discutem as várias<br />
divisões regionais do Estado com a finalidade<br />
de comprovar qual delas se apresenta como a mais<br />
bela.<br />
D) sob forma narrativa, de início, e descritiva, a seguir,<br />
visando a despertar interesse turístico para as atrações<br />
que o Estado oferece.<br />
E) de forma instrucional, como orientação a eventuais<br />
viajantes que se disponham a conhecer a<br />
região, apresentando ‐lhes uma ordem preferencial<br />
de visitação.<br />
Alternativa D – CERta<br />
A partir do 2º parágrafo tem início a descrição, procurando<br />
mostrar ao leitor as “belezas” do Estado, induzindo<br />
ao turismo.<br />
Alternativa A – errada<br />
Não há cronologia na narrativa; apenas a narrativa por si só.<br />
Alternativa B – errada<br />
O texto foge à crônica ao passar da narrativa para a<br />
descritiva.<br />
Alternativa C – errada<br />
O texto não apresenta em nenhum parágrafo aspecto<br />
dissertativo.<br />
Alternativa E – errada<br />
Não há encadeamento ou ordem de importância ou preferência.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
215<br />
TRE/RN – Técnico Administrativo –<br />
fevereiro 2011.<br />
Com a substituição dos segmentos grifados pela expressão<br />
entre parênteses ao final da transcrição, o verbo<br />
que deverá ser colocado no plural está em:<br />
A) ... em breve, o local vai abrigar um complexo voltado<br />
principalmente para o turismo religioso. (A região<br />
do Agreste/Trairi).<br />
B) A ocupação portuguesa só se efetivou no final do<br />
século, com a fundação do Forte dos Reis Magos e<br />
da Vila de Natal. (A ocupação pelos portugueses).<br />
C) A região é grande produtora de sal, petróleo e frutas...<br />
(A região de dunas, falésias e praias desertas).<br />
D) O turismo de aventura encontra seu espaço no Polo<br />
Serrano... (O turismo voltado para atividades de<br />
aventura).<br />
E) ... e começou a ganhar importância a extração do<br />
sal ... (os recursos obtidos com a extração do sal).<br />
Alternativa E – CERta<br />
Na alternativa E, temos “os recursos obtidos (...) começaram...”.<br />
O aluno deverá notar que nas outras alternativas o sujeito<br />
está no singular.<br />
Alternativa A – errada<br />
“... a região do Agreste/Trairi (...) vai abrigar...”<br />
Alternativa B – errada<br />
“A ocupação pelos portugueses (...) efetivou...”<br />
Alternativa C – errada<br />
“A região de dunas, falésias e praias desertas (...) é...”<br />
Alternativa D – errada<br />
“O turismo voltado para atividades de aventuras (...)<br />
encontra...”<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
2<strong>16</strong><br />
TRE/RN – Técnico Administrativo –<br />
fevereiro 2011.<br />
O clima pouco favorável ao cultivo da cana levou a atividade<br />
econômica para a pecuária. (1º parágrafo)<br />
O mesmo tipo de regência nominal que se observa acima<br />
ocorre no segmento também grifado em:<br />
A) O litoral oriental compõe o Polo Costa das Dunas<br />
com belas praias, falésias, dunas e o maior cajueiro<br />
do mundo...<br />
B) Os 410 quilômetros de praias garantem um lugar<br />
especial para o turismo na economia estadual.<br />
C) A ocupação portuguesa só se efetivou no final do<br />
século, com a fundação do Forte dos Reis Magos e<br />
da Vila de Natal.
Português 115<br />
D) Em Caicó há vários açudes e formações rochosas<br />
naturais que desafiam a imaginação do homem.<br />
E) Em Santa Cruz, a subida ao Monte Carmelo desvenda<br />
toda a beleza do sertão potiguar.<br />
Alternativa C – CERta<br />
No enunciado temos o termo cultivo da cana como complemento<br />
nominal do adjetivo favorável. Na alternativa<br />
C, no termo do Forte dos Reis Magos e da Vila de Natal, o<br />
substantivo núcleo forte exerce função de complemento<br />
nominal do substantivo fundação.<br />
Alternativa A – errada<br />
O termo Polo Costa das Dunas exerce função de objeto<br />
direto para o verbo compõe.<br />
Alternativa B – errada<br />
O termo 410 quilômetros de praia exerce função de sujeito<br />
do verbo garantem.<br />
Alternativa D – errada<br />
O termo a imaginação do homem exerce função de objeto<br />
direto do verbo desafiar.<br />
Alternativa E – errada<br />
O termo toda a beleza do sertão potiguar exerce função de<br />
objeto direto do verbo desvenda.<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
217<br />
TRE/RN – Técnico Administrativo –<br />
fevereiro 2011.<br />
As informações mais importantes contidas no texto estão<br />
resumidas, com clareza e correção, em:<br />
A) Os Polos em que é dividido o Estado do Rio Grande<br />
do Norte é de beleza incomparável, com belas<br />
praias, dunas, falésias e açudes de lindo panorama,<br />
como também a caatinga. A atividade econômica<br />
está concentrada na extração do sal e na exploração<br />
do petróleo, em terra e no mar, mas apesar do<br />
clima pouco favorável para o cultivo, frutas são<br />
produzidas no Estado.<br />
B) o Rio Grande do Norte é um Estado cuja economia<br />
se baseia na extração de sal, na pecuária, no turismo<br />
e na exploração de petróleo. Quanto às suas riquezas<br />
naturais e atrações turísticas, observam ‐se belas<br />
praias, dunas, falésias. Encontram ‐se, ainda, sítios<br />
arqueológicos importantes e várias formações<br />
rochosas, com serras e cavernas, além de açudes.<br />
C) No litoral do Rio Grande do Norte encontra ‐se belas<br />
praias, dunas e falésias, com formações rochosas<br />
naturais inacreditáveis, servindo para o turismo,<br />
até mesmo de aventura e o ecoturismo,<br />
despertando interesse de aventureiros que se dispõem<br />
a conhecer toda essa região de belezas com<br />
açudes na região que eles se encontram.<br />
D) o Estado do Rio Grande do Norte, desde a colonização,<br />
se divide em Polos, por suas regiões que<br />
mostram contraste entre mar e sertão, com produções<br />
de frutas, assim como petróleo e sal, com<br />
rica história e o artesanato em alguns deles. Também<br />
se observa formações rochosas em outros, e<br />
pelos açudes, ainda mais os sítios arqueológicos<br />
importantes.<br />
E) O Estado em questão está sobressaindo pela produção<br />
de sal e de petróleo, também na pecuária,<br />
desde a colonização, mais ainda que os vizinhos.<br />
Ele tem belas praias, dunas, falésias e até vulcão<br />
extinto, como sítios arqueológicos de importância<br />
em todo o Estado, com seus polos distribuídos por<br />
todo ele, e ainda produz cana, mesmo com clima<br />
pouco favorável.<br />
Alternativa B – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
Problemas com a concordância verbal. Correção: “Os Polos<br />
(...) são...”<br />
Alternativa C – errada<br />
Problemas com a voz passiva sintética. Correção: “...<br />
encontram ‐se belas praias...”<br />
Alternativa D – errada<br />
Problemas com a voz passiva sintética. Correção: “... também<br />
se observam formações rochosas...”<br />
Alternativa E – errada<br />
Problemas de coesão, como mau uso da pontuação.<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
Atenção: As questões 218 a 220 referem ‐se ao texto a seguir.<br />
Os ecos da Revolução do Porto haviam chegado ao Brasil e bastaram algumas semanas para<br />
inflamar os ânimos dos brasileiros e portugueses que cercavam a corte. Na manhã de 26 de fevereiro,<br />
uma multidão exigia a presença do rei no centro do Rio de Janeiro e a assinatura da Constituição<br />
liberal. Ao ouvir as notícias, a alguns quilômetros dali, D. João mandou fechar todas as janelas<br />
do palácio São Cristóvão, como fazia em noites de trovoadas.
1<strong>16</strong> Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
Pouco depois chegou o Príncipe D. Pedro, que passara a madrugada em conversas com os<br />
rebeldes.<br />
Vinha buscar o rei. D. João estava apavorado com a lembrança da ainda recente Revolução<br />
Francesa. Apesar do medo, D. João embarcou na carruagem que o aguardava e seguiu para o centro<br />
da cidade. A caminho, no entanto, percebeu que, em lugar de ofensas e gritos de protestos, a multidão<br />
aclamava seu nome. Ao contrário do odiado Luís XVI, o rei do Brasil era amado e querido pelo<br />
povo carioca.<br />
Adaptado de Laurentino Gomes, 1808.<br />
São Paulo: Planeta, 2007.<br />
218<br />
TRE/RN – Técnico Administrativo –<br />
fevereiro 2011.<br />
Ao ouvir as notícias, a alguns quilômetros dali, D. João<br />
mandou fechar todas as janelas do palácio São Cristóvão,<br />
como fazia em noites de trovoadas. (1º parágrafo)<br />
Com a afirmativa acima, o autor<br />
A) exprime uma opinião pessoal taxativa a respeito<br />
da atitude do rei diante da iminência da Revolução<br />
do Porto.<br />
B) critica de modo inflexível a atitude do rei, que,<br />
acua do, passa o poder para as mãos do filho.<br />
C) demonstra que o rei era dono de uma personalidade<br />
intempestiva, que se assemelhava a uma chuva forte.<br />
D) sugere, de modo indireto, que o rei havia se alarmado<br />
com a informação recebida.<br />
E) utiliza ‐se de ironia para induzir o leitor à conclusão<br />
de que seria mais do que justo depor o rei.<br />
Alternativa D – CERta<br />
O alarde com a notícia levou o rei ao passado recente com<br />
a lembrança da invasão francesa. Daí o alarme e a preocupação<br />
com a informação recebida.<br />
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
219<br />
TRE/RN – Técnico Administrativo –<br />
fevereiro 2011.<br />
... como fazia em noites de trovoadas. (1º parágrafo)<br />
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que<br />
se encontra o grifado acima está em:<br />
A) Ao ouvir as notícias...<br />
B) ... D. João embarcou na carruagem...<br />
C) ... que passara a madrugada...<br />
D) ... bastaram algumas semanas...<br />
E) ... que o aguardava...<br />
Alternativa E – CERta<br />
O verbo do enunciado fazia está no pretérito ou passado<br />
imperfeito, significando uma ação no passado não concluída,<br />
ou constante. Na alternativa E, o verbo aguardar<br />
segue a mesma linha de interpretação.<br />
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
220<br />
TRE/RN – Técnico Administrativo –<br />
fevereiro 2011.<br />
Apesar do medo, D. João embarcou na carruagem que<br />
o aguardava e seguiu para o centro da cidade.<br />
A caminho, no entanto, percebeu que, em lugar de ofensas<br />
e gritos de protestos, a multidão aclamava seu nome.<br />
(3º parágrafo) O trecho acima está reescrito com correção<br />
e lógica em:<br />
A) Embora estivesse com medo, D. João subiu na carruagem<br />
que estava esperando por ele e dirigiu ‐se<br />
ao centro da cidade. Entretanto, durante o trajeto,<br />
em vez de escutar ofensas e protestos, ouviu o seu<br />
nome ser aclamado pela multidão.<br />
B) Por estar com medo, D. João subiu na carruagem<br />
que o esperara, dirigindo ‐se ao centro da cidade. A<br />
medida que se aproximava do seu destino, escutou<br />
a multidão aclamar o seu nome, porém não<br />
insultando ‐o e ofendendo ‐o.<br />
C) À medida que estava com medo, D. João subiu na<br />
carruagem cuja esperara, dirigindo ‐se ao centro da<br />
cidade. Todavia, durante o trajeto, escutaria gritos<br />
de aprovação ao invés de ofensas e protestos.<br />
D) Porém, com medo, D. João sobe na carruagem que<br />
esperava ‐o, dirigindo ‐se para o centro da cidade.<br />
Ao estar ‐se aproximando do seu destino, escutaria<br />
seu nome sendo aclamado pela multidão, que, para<br />
sua surpresa, não protestava ou gritavam ofensas.<br />
E) Estando com medo, todavia, D. João subiu na carruagem<br />
que o esperava para se dirigir no centro da
Português 117<br />
cidade. Surpreende ‐o, pois que, no caminho, escuta<br />
a multidão aclamando o seu nome em vez de<br />
estar gritando ofensas e protestos.<br />
Alternativa A – CERta<br />
Alternativa B – errada<br />
Por estar... estabelece relação de causa, o que não ocorre.<br />
Falta crase em à medida que... Há incorreção quanto à<br />
colocação pronominal em que o correto seria: porém não<br />
o insultando e nem o ofendendo, pois o termo negativo<br />
atrai o pronome, obrigando o uso da próclise.<br />
Alternativa C – errada<br />
À medida que... estabelece relação de proporção. O pronome<br />
cuja está colocado indevidamente. Perde ‐se a correlação<br />
verbal através do verbo escutar usado incorretamente<br />
no passado hipotético.<br />
Alternativa D – errada<br />
... a carruagem que O esperava..., o pronome relativo que<br />
atrai o pronome oblíquo, obrigando o uso da próclise. O<br />
correto é: ... ao aproximar ‐se. A construção do enunciado<br />
da alternativa D não deverá ser usada por tratar ‐se de<br />
erro de correlação e paralelismo. Apesar de insistirem em<br />
erro, não há erro em ... gritavam..., o que ocorreu neste<br />
caso foi uma silepse, ou seja, concordância com a ideia. A<br />
concordância do verbo gritavam é com o termo multidão.<br />
Houve aí uma silepse de número, ... a multidão gritavam...<br />
Alternativa E – errada<br />
Consiste a silepse “em concordar com a ideia”: portanto,<br />
“a multidão” surgere a ideia de plural, fazendo com que o<br />
verbo concorde “gritavam”.<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
221<br />
TRE/RN – Técnico Administrativo –<br />
fevereiro 2011.<br />
Graças ...... resistência de portugueses e espanhóis, a<br />
Inglaterra furou o bloqueio imposto por Napoleão e<br />
deu início ...... campanha vitoriosa que causaria ......<br />
queda do imperador francês.<br />
Preenchem as lacunas da frase acima, na ordem dada,<br />
A) a – à – a<br />
B) à – a – a<br />
C) à – à – a<br />
D) a – a – à<br />
E) à – a – à<br />
Alternativa C – CERta<br />
A crase é obrigatória devido à regência do substantivo<br />
graças. Também há crase devido à regência do substantivo<br />
início. Não há crase diante do verbo causar por ser verbo<br />
transitivo direto.<br />
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
Atenção: As questões 222 a 224 referem ‐se ao texto abaixo.<br />
O corvo e o jarro<br />
Um pobre corvo, quase morto de sede, avistou de repente um jarro de água. Aliviado e muito<br />
alegre, voou velozmente para o jarro.<br />
Mas, embora o jarro contivesse água, o nível estava tão baixo que, por mais que o corvo se esforçasse,<br />
não havia meio de alcançá ‐la. O corvo, então, tentou virá ‐lo na esperança de pelo menos<br />
beber um pouco da água derramada. Mas o jarro era pesado demais para ele.<br />
Por fim, correndo os olhos à volta, viu pedrinhas ali perto. Foi, então, pegando ‐as uma a uma e<br />
atirando ‐as dentro do jarro. Lentamente a água foi subindo até a borda, e finalmente pôde matar a sede.<br />
Fábulas de Esopo, recontadas por Robert Mathias,<br />
Círculo do Livro, p. 46.<br />
222<br />
TRE/RN – Técnico Administrativo –<br />
fevereiro 2011.<br />
Típica das fábulas, a moral da história que pode ser depreendida<br />
da leitura de O corvo e o jarro é:<br />
A) A utilidade é mais importante do que a beleza.<br />
B) Devagar se vai ao longe.<br />
C) O hábito torna as coisas familiares e fáceis para<br />
nós.<br />
D) A necessidade é a mãe da invenção.<br />
E) Contra esperteza, esperteza e meia.
118 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
Alternativa D – CERta<br />
O autor revela que talvez muito mais seja a necessidade a<br />
mãe da invenção e irmã da criatividade, não é mesmo,<br />
nobre leitor.<br />
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
223<br />
TRE/RN – Técnico Administrativo –<br />
fevereiro 2011.<br />
A reconstrução de um segmento do texto, com um diferente<br />
emprego pronominal, que mantém a correção<br />
e o sentido originais é:<br />
A) Não havia meio de alcançá ‐la por não havia como<br />
alcançar ‐lhe.<br />
B) O jarro era pesado demais para ele por o jarro lhe<br />
era por demais pesado.<br />
C) Atirando ‐as dentro do jarro por atirando ‐lhes para<br />
dentro do jarro.<br />
D) O corvo, então, tentou virá ‐lo por o corvo, então,<br />
lhe tentou virar.<br />
E) Pegando ‐as uma a uma por pegando ‐lhes uma a<br />
uma.<br />
Alternativa B – CERta<br />
A substituição pelo pronome oblíquo que determina o<br />
complemento nominal é o adjetivo pesado.<br />
Alternativa A – errada<br />
O verbo alcançar é transitivo direto, não permitindo,<br />
portanto, o pronome lhe.<br />
Alternativa C – errada<br />
Verbo atirar é transitivo direto e não permite o pronome<br />
lhe.<br />
Alternativa D – errada<br />
O verbo virar é transitivo direto, não permitindo o pronome<br />
lhe.<br />
Alternativa E – errada<br />
O verbo pegar é verbo transitivo direto, não cabendo,<br />
portanto, o pronome lhe.<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
224<br />
TRE/RN – Técnico Administrativo –<br />
fevereiro 2011.<br />
viu pedrinhas ali perto. (3º parágrafo) A passagem<br />
para a voz passiva da frase acima resulta na seguinte<br />
forma verbal:<br />
A) são vistas.<br />
B) tinha visto.<br />
C) foram vistas.<br />
D) viu ‐se.<br />
E) é visto.<br />
Alternativa C – CERta<br />
O verbo ver – ocorre no pretérito perfeito do indicativo –<br />
viu, podendo ser substituído pelo auxiliar acompanhado<br />
do verbo principal no particípio.<br />
Alternativa A – errada<br />
O verbo está no presente do indicativo.<br />
Alternativa B – errada<br />
O verbo está no pretérito mais ‐que‐perfeito composto.<br />
Alternativa D – errada<br />
O verbo está na voz passiva sintética.<br />
Alternativa E – errada<br />
O verbo está no presente do indicativo.<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
225<br />
TRE/RN – Técnico Administrativo –<br />
fevereiro 2011.<br />
A redação de documentos oficiais deve pautar ‐se por<br />
impessoalidade, clareza, concisão e pelo uso correto<br />
da norma culta. Todas essas qualidades são respeitadas<br />
no seguinte trecho:<br />
A) Este setor do Governo Estadual, responsável pelo<br />
atendimento a vítimas de desastres naturais, elaborou<br />
um plano geral de assistência a ser encaminhado<br />
às entidades que colaboram nesse atendimento,<br />
para a adequada efetivação dos trabalhos nas ocasiões<br />
de calamidade pública.<br />
B) O Instituto Benefício para Todos deverá estar sendo<br />
convidado para fazer parte de uma campanha destinada<br />
a angariar donativos, que se espera seja suficiente<br />
para atender a todos os desabrigados da enchente;<br />
conforme estipulado pela Coordenadoria,<br />
que foi considerada de relevante interesse social.<br />
C) Como Deputado da Bancada Estadual, sintome<br />
avexado por que não estou podendo atender<br />
com mais prontidão e benefícios as vítimas dessa<br />
implacável seca, que teve motivos alheios à minha<br />
vontade para não conseguir isso.<br />
D) Membros da Comissão Técnica destinada a averiguar<br />
a distribuição de favores em troca de votos,<br />
apurou que o Presidente do Conselho de Agricultores<br />
do Estado afirmou ao seu Vice de que ele poderia<br />
estar sendo investigado por desvio de verbas.<br />
E) O critério metodológico de escolha dos participantes<br />
das equipes de atendimento à vítimas de desastres<br />
naturais estão sendo preparados, tendo em<br />
vista que é importante observar a correspondência<br />
entre tais desastres e o atingimento de pessoas<br />
nessa situação.<br />
Alternativa A – CERta<br />
Alternativa B – errada<br />
Há erro de correlação verbal em estar sendo convidado.<br />
Ocorrência de subjetividade em se espera seja suficiente.
Português 119<br />
Alternativa C – errada<br />
Ocorrência de desvio ortográfico em sintome, sendo o<br />
correto sinto ‐me. Uso indevido da primeira pessoa e do<br />
regionalismo em sintome avexado, condenados em uma<br />
redação oficial.<br />
Alternativa D – errada<br />
Ocorrência de erro em relação à regência verbal. O verbo<br />
afirmar é transitivo direto e indireto, sendo correto o fragmento<br />
“... afirmou ao seu Vice que...”.<br />
Alternativa E – errada<br />
Erro de concordância verbal.<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
Atenção: As questões 226 e 227 referem ‐se ao texto abaixo.<br />
João e Maria<br />
Agora eu era o herói E o meu cavalo só falava inglês<br />
A noiva do cowboy Era você Além das outras três<br />
Eu enfrentava os batalhões Os alemães e seus canhões<br />
Guardava o meu bodoque E ensaiava um rock<br />
Para as matinês<br />
(...)<br />
Não, não fuja não<br />
Finja que agora eu era o seu brinquedo<br />
Eu era o seu pião, O seu bicho preferido<br />
Sim, me dê a mão, A gente agora já não tinha medo<br />
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido<br />
Chico Buarque e Sivuca<br />
226<br />
TRE/RN – Técnico Administrativo –<br />
fevereiro 2011.<br />
I – Nos versos Agora eu era o herói e A gente agora já<br />
não tinha medo, o uso do advérbio agora mostra ‐se inadequado,<br />
pois os verbos conjugados no pretérito imperfeito<br />
designam fatos transcorridos no tempo passado.<br />
II – Em Finja que agora eu era o seu brinquedo e Sim,<br />
me dê a mão, os verbos grifados estão flexionados no<br />
mesmo modo.<br />
III – Substituindo ‐se a expressão a gente pelo pronome<br />
nós nos versos A gente agora já não tinha medo e Acho<br />
que a gente nem tinha nascido, a forma verbal resultante,<br />
sem alterar o contexto, será teríamos.<br />
Está correto o que se afirma em<br />
A) I, apenas.<br />
B) II, apenas.<br />
C) III, apenas.<br />
D) I e II, apenas.<br />
E) I, II e III.<br />
Alternativa B – CERta<br />
Item II – correto: Finja e dê estão no modo imperativo.<br />
Item I – incorreto: O advérbio agora correlaciona ‐se com<br />
finja, forma de, após longo tempo, trazer o passado ao<br />
presente.<br />
Item III – incorreto: A correlação não seria feita com<br />
tería mos, e sim com tínhamos, pretérito imperfeito acompanhando<br />
todo o texto.<br />
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
227<br />
TRE/RN – Técnico Administrativo –<br />
fevereiro 2011.<br />
Eu enfrentava os batalhões Os alemães e seus canhões<br />
Guardava o meu bodoque E ensaiava um rock<br />
Para as matinês<br />
Os versos acima estão corretamente pontuados em:
120 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
A) Eu enfrentava, os batalhões – os alemães e seus canhões<br />
– guardava o meu bodoque e ensaiava um<br />
rock: para as matinês.<br />
B) Eu enfrentava, os batalhões, os alemães e seus canhões.<br />
Guardava o meu bodoque e ensaiava um<br />
rock, para as matinês.<br />
C) Eu enfrentava: os batalhões, os alemães e seus canhões<br />
– guardava o meu bodoque e ensaiava, um<br />
rock para as matinês.<br />
D) Eu enfrentava os batalhões; os alemães e seus canhões:<br />
guardava o meu bodoque e ensaiava um<br />
rock para as matinês.<br />
E) Eu enfrentava os batalhões, os alemães e seus canhões;<br />
guardava o meu bodoque e ensaiava um<br />
rock para as matinês.<br />
Alternativa E – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
Não há vírgula entre o verbo e o complemento.<br />
Alternativa B – errada<br />
O objeto direto batalhões não deverá ficar entre vírgulas.<br />
Alternativa C – errada<br />
Não há dois ‐pontos após enfrentava. No lugar de traço, a<br />
vírgula.<br />
Alternativa D – errada<br />
No lugar do ponto e vírgula, a vírgula. No lugar de dois‐<br />
‐pontos, a vírgula.<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
228<br />
TRE/RN – Técnico Administrativo –<br />
fevereiro 2011.<br />
É comum que, durante suas brincadeiras, as crianças se<br />
...... para um universo mágico e ...... a identidade de<br />
uma personagem admirada, ...... um super ‐herói ou<br />
uma figura da realeza.<br />
Preenche corretamente as lacunas da frase acima, na<br />
ordem dada, o que está em:<br />
A) transportem – assumam – seja<br />
B) transportam – assumiriam – sendo<br />
C) transportariam – assumiriam – seria<br />
D) transportam – assumem – seja<br />
E) transportem – assumem – seria<br />
Alternativa A – CERta<br />
Para o trecho em questão, os verbos deverão ser conjugados<br />
no presente do subjuntivo.<br />
Alternativas B, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa A
DPE/RS – DEFENSOR PÚBLICO<br />
DE CLASSE INICIAL – JANEIRO 2011<br />
Atenção: Responda às questões 229 a 238 com base no texto.<br />
Após 24 anos, DNA em pontas de cigarro desvendam assassinato<br />
1. Um policial aposentado ajudou a desvendar um antigo<br />
2. caso de assassinato que o havia atormentado por toda<br />
3. sua carreira graças a pontas de cigarro guardadas por<br />
4. 24 anos.<br />
5. O detetive Tom Goodwin não conseguiu encontrar os<br />
6. responsáveis pelo homicídio de Samuel Quentzel em<br />
7. 1986, quando ele foi morto a tiros dentro de seu carro em<br />
8. frente a sua casa, em Long Island, Nova York. Mas<br />
9. Goodwin insistiu que fossem guardadas quatro pontas de<br />
10. cigarro encontradas durante a investigação do crime,<br />
11. esperando que algum dia elas pudessem identificar os<br />
12. assassinos.<br />
13. Mais de 20 anos depois, graças aos avanços na<br />
14. tecnologia de identificação de DNA e à expansão dos<br />
15. bancos de dados com informações genéticas de criminosos,<br />
<strong>16</strong>. foi possível identificar os homens responsáveis pelo<br />
17. crime. Lewis Slaughter, 61 anos, foi condenado por<br />
18. assassinato em segundo grau e será sentenciado em<br />
19. dezembro.<br />
20. Ele pode receber pena de 25 anos a prisão perpétua
122 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
21. pela morte de Quentzel, que era casado e pai de três<br />
22. filhos. Slaughter, que tem uma longa ficha criminal, já está<br />
23. preso por outro assassinato também ocorrido em 1986.<br />
24. “Eu nunca parei de pensar sobre isso”, disse<br />
25. Goodwin, que se aposentou da polícia em 2000, ao New<br />
26. York Daily News. “Sempre que investigava um caso no<br />
27. Brooklyn ou em Queens, eu checava se uma arma .380<br />
28. tinha sido usada, esperando encontrar uma ligação.<br />
29. Nunca deu certo”.<br />
30. Na entrada de casa<br />
31. Realizado mais de 20 anos após o crime, o julgamento,<br />
32. em um tribunal em Long Island, estabeleceu que<br />
33. no dia 4 de setembro de 1986 Slaughter e seu cúmplice<br />
34. Clifton Waters se aproximaram de Quentzel, que estava<br />
35. em seu carro, logo após voltar do trabalho em sua loja de<br />
36. materiais de encanamento no Brooklyn.<br />
37. ...<br />
38. DNA<br />
39. A retomada do caso resultou de uma iniciativa da<br />
40. viúva e um filho de Quentzel, que, em maio de 2007,<br />
41. contataram a promotoria pública pedindo uma nova<br />
42. investigação sobre a morte de Samuel.<br />
43. A resolução do crime só foi possível graças à<br />
44. ampliação do banco de dados de DNA, que passou a<br />
45. exigir amostras de todos os condenados por crimes após<br />
46. 2006, mas que também valia retroativamente para os que<br />
47. estivessem presos ou em liberdade condicional na época.<br />
48. Foi assim que o Departamento de Justiça Criminal de<br />
49. Nova York ligou Roger Williams a uma ponta de cigarro<br />
50. encontrada na van mais de 20 anos antes.<br />
51. ...<br />
52. “A família Quentzel perseverou por mais de 24 anos<br />
53. com esperança de ver os assassinos de Samuel Quentzel<br />
54. enfrentarem a Justiça e esse dia finalmente chegou”,<br />
55. disse a promotora pública no caso, Kathleen Rice. “Eu<br />
56. não poderia estar mais orgulhosa dos integrantes de meu<br />
57. gabinete e do departamento de polícia, que nunca
Português 123<br />
58. desistiram de seu comprometimento em prender os<br />
59. homens responsáveis por esse crime terrível”.<br />
Disponível em: .<br />
Acesso em: 15 nov. 2010, 09h49 – atualizado às 11h04.<br />
229<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
De acordo com o texto, pode ‐se afirmar SOMENTE que<br />
A) o carro era do detetive Tom Goodwin.<br />
B) Quentzel estava estacionado com seu carro na<br />
frente da casa de Clifton Waters.<br />
C) o detetive tinha emprestado o seu carro para<br />
Quentzel.<br />
D) o carro era da própria vítima, Samuel Quentzel.<br />
E) o carro e a casa eram do detetive Tom Goodwin.<br />
Alternativa D – CERta<br />
O pronome possessivo seu tem como referente ele, ou seja,<br />
a vítima foi assassinada em seu carro em frente a sua casa.<br />
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
230<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
Considere as afirmativas a seguir:<br />
I – A expressão homicídio de Samuel Quentzel em 1986<br />
(linhas 6 e 7) foi retomada por esse crime terrível (linha 59).<br />
II – A expressão homicídio de Samuel Quentzel em<br />
1986 (linhas 6 e 7) retoma um antigo caso de assassinato<br />
(linhas 1 e 2).<br />
III – A expressão uma nova investigação sobre a morte<br />
de Samuel (linhas 41 e 42) retoma A retomada do<br />
caso (linha 39).<br />
IV – A expressão os assassinos de Samuel Quentzel (linha<br />
53) foi retomada por os responsáveis pelo homicídio<br />
de Samuel Quentzel (linhas 5 e 6).<br />
Com base na coesão textual, é correto APENAS o que<br />
se afirma em<br />
A) I.<br />
B) I e IV.<br />
C) II e III.<br />
D) III.<br />
E) I, II e III.<br />
Alternativa E – CERta<br />
No item IV, a expressão da linha 53 está retomada na linha<br />
33 e 34.<br />
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
231<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
Considere as afirmativas a seguir e assinale a resposta<br />
correta.<br />
A) A função da conjunção que (linha 22) é ligar Quentzel<br />
a tem uma longa ... em 1986 (linhas 22 e 23).<br />
B) A conjunção que (linha 21) se refere a era casado e<br />
pai de três filhos (linhas 21 e 22).<br />
C) A função da conjunção que (linha 9) é ligar o verbo<br />
insistiu (linha 9) ao complemento verbal fossem<br />
guardadas ... do crime (linhas 9 e 10).<br />
D) A função do pronome que (linha 40) é fazer referência<br />
somente a um filho Quentzel (linha 40).<br />
E) O pronome que (linha 44) refere ‐se à expressão<br />
DNA (linha 44).<br />
Alternativa C – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
Está ligada a Slaughter, e não à vítima.<br />
Alternativa B – errada<br />
Refere ‐se a Quentzel.<br />
Alternativa D – errada<br />
Faz referência não só ao filho como também à viúva.<br />
Note, caro leitor, que o verbo contrataram está no plural.<br />
Alternativa E – errada<br />
Refere ‐se a ampliação.<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
232<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
Das expressões sublinhadas, SOMENTE uma exerce a<br />
função de complemento.<br />
A) ... caso de assassinato que o havia atormentado...<br />
(linha 2)<br />
B) ... 20 anos após o crime, o julgamento... (linha 31)<br />
C) Foi assim que o Departamento de Justiça Criminal...<br />
(linha 48)
124 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
D) ... esperança de ver os assassinos de... (linha 53)<br />
E) ... comprometimento em prender os homens... (linhas<br />
58 e 59)<br />
Alternativa A – CERta<br />
O pronome em destaque exerce função de objeto direto<br />
de havia atormentado, portanto, complemento verbal.<br />
Nas outras alternativas, o pronome destacado exerce função<br />
de adjunto adnominal.<br />
Alternativas B, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
233<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
A crase é facultativa em SOMENTE uma alternativa<br />
abaixo.<br />
A) ... por toda sua carreira graças a pontas de cigarro...<br />
(linhas 2 e 3)<br />
B) ... chegou”, disse a promotora pública no caso,<br />
Kathleen Rice. (linhas 54 e 55)<br />
C) ... receber pena de 25 anos a prisão perpétua...<br />
(linha 20)<br />
D) ... ligou Roger Williams a uma ponta de cigarro...<br />
(linha 49)<br />
E) ... dentro de seu carro em frente a sua casa... (linhas<br />
7 e 8)<br />
Alternativa E – CERta<br />
A crase, nesse caso, é facultativa devido à existência do<br />
pronome possessivo que a torna opcional: a sua casa, ou à<br />
sua casa.<br />
Alternativa A – errada<br />
Há apenas a presença da preposição.<br />
Alternativa B – errada<br />
Há apenas a presença do artigo.<br />
Alternativa C – errada<br />
Apenas a presença da preposição podendo ser substituída<br />
pela preposição até.<br />
Alternativa D – errada<br />
A presença do artigo uma elimina a presença da crase.<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
234<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
Com base no segundo parágrafo, podemos inferir<br />
SOMENTE:<br />
A) Goodwin sabia que encontraria os assassinos de<br />
Quentzel.<br />
B) A insistência de Goodwin para que preservassem<br />
as pontas de cigarro gerava a possibilidade da<br />
identificação dos assassinos de Quentzel.<br />
C) Goodwin tinha certeza de que as pontas de cigarro<br />
seriam a prova para condenar os assassinos de<br />
Quentzel naquela ocasião.<br />
D) Goodwin sabia que as pontas de cigarro continham<br />
marcas suficientes para incriminar os assassinos de<br />
Quentzel naquela ocasião.<br />
E) Goodwin sabia quem eram os assassinos, e sua dúvida<br />
para os descobrir provocou a condenação desses<br />
réus.<br />
Alternativa B – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
O policial não sabia que encontraria os assassinos.<br />
Alternativa C – errada<br />
Goodwin não tinha certeza, pois o fator banco de dados<br />
surgiu anos depois do ocorrido.<br />
Alternativa D – errada<br />
O policial Godwin, naquela ocasião, não sabia o que poderia<br />
ocorrer.<br />
Alternativa E – errada<br />
Goodwin não sabia quem eram os assassinos.<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
235<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
A transformação da frase “Eu nunca parei de pensar<br />
sobre isso”, disse Goodwin, (linhas 24 e 25) para discurso<br />
indireto é:<br />
A) Goodwin disse que nunca parara de pensar sobre<br />
aquilo.<br />
B) Goodwin diz que nunca tivera parado de pensar<br />
sobre aquilo.<br />
C) Goodwin disse: “Eu nunca parei de pensar sobre<br />
isso”.<br />
D) Goodwin diz: “Eu nunca parei de pensar sobre<br />
isso”.<br />
E) Goodwin disse o que pensava sobre aquilo.<br />
Alternativa A – CERta<br />
O discurso indireto implica a fala do narrador. Portanto,<br />
levam ‐se os verbos do discurso para o passado que, neste<br />
caso, é o mais ‐que‐perfeito.<br />
Alternativa B – errada<br />
Erro de correlação nos tempos verbais.<br />
Alternativa C – errada<br />
Há erro, pois evidencia ‐se o discurso direto ao colocar a<br />
fala do policial entre aspas.
Português 125<br />
Alternativa D – errada<br />
Segue ‐se o erro da alternativa anterior.<br />
Alternativa E – errada<br />
Erro na correlação dos tempos verbais.<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
236<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
Eliminando a expressão nunca da proposição Eu nunca<br />
parei de pensar sobre isso (linha 24), pode ‐se fazer somente<br />
uma inferência. Assinale a alternativa correta.<br />
A) O acarretamento de que Goodwin pensava sobre<br />
aquele crime.<br />
B) A pressuposição de que Goodwin não pensava sobre<br />
aquele crime.<br />
C) A pressuposição de que Goodwin não pensa mais<br />
sobre aquele crime.<br />
D) A pressuposição de que Goodwin pensava sobre<br />
aquele crime.<br />
E) O acarretamento de que Goodwin pensara sobre<br />
aquele crime.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Do período infere ‐se a pressuposição de que o policial<br />
não parou totalmente de pensar sobre o assunto.<br />
Nas outras alternativas, há erro de inferência, uma vez<br />
que não o acarretamento, e sim o suposto.<br />
Cuidado com a alternativa E. O erro está no tempo verbal<br />
pensara.<br />
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
237<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
A vírgula depois de Mais de vinte anos depois (linha<br />
13) justifica ‐se porque é<br />
A) um adjunto adverbial intercalado.<br />
B) um adjunto adverbial deslocado.<br />
C) uma oração adverbial temporal deslocada.<br />
D) um adjunto adnominal com valor de advérbio e<br />
está deslocado.<br />
E) um advérbio em forma de oração e está deslocado.<br />
Alternativa B – CERta<br />
O adjunto adverbial deslocado estabelece a presença da<br />
vírgula, uma vez que a pausa é solicitada.<br />
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
238<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
Assinale a alternativa em que a oração Não é subordinada<br />
adjetiva explicativa.<br />
A) Na passagem Quentzel, que era casado... (linha 21).<br />
B) Na passagem Slaughter, que tem uma longa ficha<br />
criminal (linha 22).<br />
C) Na passagem Goodwin, que se aposentou da polícia<br />
(linha 25).<br />
D) Na passagem Quentzel, que estava em seu carro<br />
(linhas 34 e 35).<br />
E) Na passagem homicídio de Samuel Quentzel em<br />
1986, quando ele foi morto a tiros (linhas 6 e 7).<br />
Alternativa E – CERta<br />
O período estabelece por meio do conectivo quando uma<br />
direção de argumentação de tempo. A oração subordinada<br />
adjetiva explicativa será sempre regida pelo pronome<br />
relativo, neste caso, que, sendo referência do substantivo<br />
da oração anterior. Bom deixar claro também que a explicação<br />
virá sempre isolada por vírgulas.<br />
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
Atenção: Responda às questões 239 a 248 com base no texto.<br />
EUA dizem que um ataque ao Irã uniria o país, hoje dividido<br />
1. WASHINGTON (Reuters) − Um ataque militar<br />
2. contra o Irã uniria o país, que está dividido, e reforçar a<br />
3. determinação do governo iraniano para buscar armas<br />
4. nucleares, disse o secretário de Defesa dos Estados<br />
5. Unidos, Robert Gates, nesta terça ‐feira.<br />
6. Em pronunciamento ao conselho diretor do Wall
126 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
7. Street Journal, Gates afirmou ser importante usar outros<br />
8. meios para convencer o Irã a não procurar ter armas<br />
9. nucleares e repetiu as suas preocupações de que ações<br />
10. militares somente iriam retardar − e não impedir − que<br />
11. o país obtenha essa capacidade.<br />
Disponível em: .<br />
Acesso em: <strong>16</strong> nov. 2010.<br />
239<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
Com base SOMENTE no título, descontextualizado, é<br />
possível inferir que o ataque uniria<br />
I – os EUA.<br />
II – o Irã.<br />
III – o Brasil.<br />
Está correto o que se afirma em<br />
A) I, apenas.<br />
B) II, apenas.<br />
C) I e II, apenas.<br />
D) III, apenas.<br />
E) I, II e III.<br />
Alternativa C – CERta<br />
Descontextualizado o título, surge, caro leitor, a ambiguidade,<br />
ou duplo sentido, pois não fica claro a que unidade<br />
refere ‐se o autor do texto.<br />
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
240<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
O adjetivo dividido (título) pode se referir à expressão<br />
I. país (linha 2).<br />
II. EUA (título), que retoma país (linha 2).<br />
III. Irã (linha 2), que retoma país (linha 2).<br />
Está correto o que se afirma em<br />
A) I, apenas.<br />
B) II, apenas.<br />
C) I e II, apenas.<br />
D) III, apenas.<br />
E) I, II e III.<br />
Alternativa A – CERta<br />
O adjetivo dividido tem como referência o substantivo<br />
país.<br />
Alternativas B, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
241<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
A palavra reforçar (linha 2) está mal flexionada,<br />
constituindo ‐se como um problema de<br />
A) metáfora.<br />
B) metonímia.<br />
C) concordância.<br />
D) solecismo.<br />
E) regência.<br />
Alternativa C – CERta<br />
O correto é reforçaria, havendo, assim, correlação com o<br />
verbo unir, em uniria. Quanto às outras alternativas, estão<br />
incorretas, uma vez que o problema não seja semântico,<br />
e sim gramatical.<br />
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
242<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
A palavra pronunciamento (linha 6) é transitiva e exige<br />
A) complemento nominal.<br />
B) objeto indireto.<br />
C) objeto direto.<br />
D) adjetivo.<br />
E) predicativo do sujeito.<br />
Alternativa A – CERta<br />
O termo pronunciamento é substantivo e exige no contexto<br />
um termo que lhe complete o sentido. Portanto, ao<br />
conselho diretor do... exerce função de complemento nominal<br />
do substantivo pronunciamento, uma vez que completa<br />
o sentido deste.<br />
Alternativas B, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
243<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
A palavra para (linha 8) é uma
Português 127<br />
A) preposição derivada da regência verbal da palavra<br />
meios (linha 8).<br />
B) conjunção que liga uma oração coordenada a uma<br />
subordinada.<br />
C) preposição que liga meios (linha 8) a um verbo intransitivo.<br />
D) preposição derivada da regência nominal da palavra<br />
meios (linha 8).<br />
E) preposição que liga meios (linha 8) a um adjetivo.<br />
Alternativa D – CERta<br />
A preposição para é uma exigência do termo meios, sendo,<br />
portanto, um caso de regência nominal.<br />
Alternativa A – errada<br />
Não é caso de regência verbal. Meios é um pronome substantivo,<br />
e não verbo.<br />
Alternativa B – errada<br />
A conjunção liga uma oração subordinada a outra subordinada.<br />
Alternativa C – errada<br />
Preposição liga meios a um verbo transitivo.<br />
Alternativa E – errada<br />
A preposição liga meios a um verbo.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
244<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
O conetivo e (linha 9) está ligando<br />
A) dois verbos intransitivos.<br />
B) dois verbos transitivos indiretos.<br />
C) um verbo transitivo direto e outro indireto.<br />
D) dois verbos transitivos.<br />
E) dois verbos circunstanciais.<br />
Alternativa D – CERta<br />
O conectivo e liga os verbos procurar e repetir, ambos<br />
transitivos diretos.<br />
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
245<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
O fragmento frasal de que ações militares somente<br />
iriam retardar (linhas 9 e 10) é ...... do substantivo preocupações<br />
(linha 9).<br />
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna<br />
do texto acima.<br />
A) complemento verbal<br />
B) complemento nominal oracional<br />
C) adjunto verbal<br />
D) adjunto nominal<br />
E) complemento prepositivo ‐verbal<br />
Alternativa B – CERta<br />
“... de preocupações de que ações militares iriam retardar..."<br />
é uma oração que completa o sentido do substantivo<br />
preocupações, sendo, por isso: oração subordinada<br />
substantiva completiva nominal.<br />
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
246<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
Em repetiu as suas preocupações de que ações militares<br />
somente iriam retardar – e não impedir – que o país<br />
obtenha essa capacidade (linhas 9 a 11), tem ‐se<br />
I. falta de crase porque o verbo repetiu (linha 9) é transitivo<br />
indireto e a sua regência exige a preposição a,<br />
que faz fusão com o artigo as do substantivo preocupações<br />
(linha 9).<br />
II. problema de regência entre retardar e que o país<br />
obtenha essa capacidade (linhas 10 e 11), provocado<br />
pela intercalação de – e não impedir – (linha 10).<br />
III. problema de paralelismo verbal porque o conetivo<br />
e (linha 9) está ligando o verbo ser (linha 7) e o verbo<br />
repetiu, os dois flexionados diferentemente.<br />
Está correto o que se afirma APENAS em<br />
A) I.<br />
B) II.<br />
C) III.<br />
D) I e II.<br />
E) II e III.<br />
Alternativa B – CERta<br />
Item II – correto: Falta a preposição de que rege os verbos<br />
...retardar, e não impedir de...<br />
Item I – incorreto: O verbo repetir é transitivo direto,<br />
portanto não há crase.<br />
Item III – incorreto: Embora sejam flexionados diferentemente,<br />
não falta paralelismo.<br />
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
247<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
O par gramatical que Não desempenha a mesma função<br />
sintática é a expressão<br />
A) para nas linhas 3 e 8.<br />
B) o nas linhas 2 (o primeiro) e 11.<br />
C) o nas linhas 2 (o segundo) e 4.<br />
D) e nas linhas 2 e 9.<br />
E) a nas linhas 2 e 8.
128 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
Alternativa E – CERta<br />
O primeiro a é artigo, e o segundo a é preposição.<br />
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
248<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
A notícia contém a expressão outros meios (linhas 7 e<br />
8) para<br />
A) retomar ataque militar contra o Irã (linhas 1 e 2).<br />
B) retomar a determinação do governo iraniano para<br />
buscar armas nucleares (linhas 2 a 4).<br />
C) retomar buscar armas nucleares (linhas 3 e 4).<br />
D) fazer referência a algo que não está no texto.<br />
E) retomar impedir – que o país obtenha essa capacidade<br />
(linhas 10 e 11).<br />
Alternativa D – CERta<br />
A expressão outros meios não tem referência no texto.<br />
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
249<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
Das palavras a seguir, a única formada por derivação<br />
prefixal e sufixal é<br />
A) destinação.<br />
B) desocupação.<br />
C) criminológico.<br />
D) carcereiro.<br />
E) preventivamente.<br />
Alternativa B – CERta<br />
Des ocupa ção sufixação e prefixação.<br />
Alternativa A – errada<br />
Destina ção sufixação.<br />
Alternativa C – errada<br />
Crimino lógico sufixação.<br />
Alternativa D – errada<br />
Carcer eiro sufixação.<br />
Alternativa E – errada<br />
Preventiva mente sufixação.<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
Atenção: Responda às questões 250 a 258 com base no texto.<br />
Lição de bom ‐senso<br />
1. O Ministério da Educação (MEC) contornou com<br />
2. habilidade e bom ‐senso a polêmica gerada em torno do<br />
3. veto, pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), de<br />
4. um livro do escritor Monteiro Lobato, sob o pretexto de<br />
5. que contém expressões racistas. A alternativa encontrada<br />
6. pelo ministro foi a de acrescentar um esclarecimento<br />
7. de que, em 1933, quando a obra foi publicada pela<br />
8. primeira vez, o país tinha hábitos diferentes e algumas<br />
9. expressões não eram consideradas ofensivas, como<br />
10. ocorre hoje. É importante que esse tipo de decisão sirva<br />
11. de parâmetro para situações semelhantes, em contraposição<br />
12. a tentações apressadas de recorrer à censura.<br />
13. O caso mais recente de tentativas de restringir a<br />
14. livre circulação de ideias envolve a obra Caçadas de<br />
15. Pedrinho, na qual a turma do Sítio do Pica ‐Pau Amarelo<br />
<strong>16</strong>. sai em busca de uma onça ‐pintada. Ocorre que, ao
Português 129<br />
17. longo de quase oito décadas de carreira do livro, o<br />
18. Brasil não conseguiu se livrar de excessos na vigilância<br />
19. do politicamente correto, nem de intolerâncias como o<br />
20. racismo. Ainda assim, já não convive hoje com hábitos<br />
21. como o de caça a animais em extinção e avançou nas<br />
22. políticas para a educação das relações étnico ‐raciais.<br />
23. Assim como em qualquer outra manifestação artística,<br />
24. portanto, o livro que esteve sob ameaça de<br />
25. censura precisa ter seu conteúdo contextualizado. Se a<br />
26. personagem Tia Nastácia chegou a ser associada a<br />
27. estereótipos hoje vistos como racistas, é importante que<br />
28. os educadores se preocupem em deixar claro para os<br />
29. alunos alguns aspectos que hoje chamam a atenção<br />
30. apenas pelo fato de o país ter evoluído sob o ponto de<br />
31. vista de costumes e de direitos humanos.<br />
32. No Brasil de hoje, não há mais espaço para a<br />
33. impunidade em relação a atos como o racismo. Isso não<br />
34. significa, porém, que seja preciso revolver o passado,<br />
35. muito menos sem levar em conta as circunstâncias da<br />
36. época.<br />
Editorial Zero Hora, 18/10/2010.<br />
250<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
A palavra estereótipos (linha 27) pode ser substituída,<br />
sem alteração de sentido, por<br />
A) protótipos.<br />
B) tipômetros.<br />
C) modelos sem definição.<br />
D) padrões formados por ideias preconcebidas.<br />
E) padrões formados por ideias pós ‐concebidas.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
Modelos.<br />
Alternativa B – errada<br />
Instrumento de fundidor tipográfico.<br />
Alternativas C e E – ERRADAS<br />
Os itens C e E não trazem nomenclatura.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
251<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
A passagem..., em contraposição a tentações apressadas<br />
de recorrer à censura (linhas 11 e 12) contém o elemento<br />
gramatical a, que<br />
A) define quais são as tentações, porque é um artigo.<br />
B) não define quais são as tentações, porque é artigo.<br />
C) define quais são as tentações, porque é uma preposição.<br />
D) não define quais são as tentações, porque é artigo<br />
indefinido.<br />
E) não define quais são as tentações, porque é<br />
preposição.
130 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
Alternativa E – CERta<br />
A preposição é uma palavra invariável, não definindo,<br />
portanto, as tentações.<br />
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
252<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
Em A alternativa encontrada pelo ministro foi a de<br />
acrescentar (linhas 5 e 6), há uma elipse que faz referência<br />
à palavra<br />
A) expressão.<br />
B) elipse.<br />
C) polêmica.<br />
D) encontrada.<br />
E) alternativa.<br />
Alternativa E – CERta<br />
O pronome oblíquo a substitui o termo substantivo alternativa.<br />
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
253<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
A expressão na qual (linha 15) pode ser substituída,<br />
sem alteração de sentido, por<br />
A) que.<br />
B) por que.<br />
C) em que.<br />
D) na que.<br />
E) para que.<br />
Alternativa C – CERta<br />
O pronome relativo qual aceita a preposição em devido ao<br />
termo “caçadas de Pedrinho”, sendo perfeitamente substituível<br />
por em que.<br />
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
254<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
O pronome se (linha 18) pode se deslocar sintaticamente,<br />
sem provocar erro gramatical, na afirmativa<br />
A) não conseguiu livrar ‐se, porque é próclise ao verbo<br />
no infinitivo.<br />
B) não se conseguiu livrar, porque é próclise ao advérbio.<br />
C) não se conseguiu livrar, porque é ênclise ao auxiliar.<br />
D) não conseguiu livrar ‐se, porque é próclise ao verbo<br />
principal.<br />
E) não conseguiu livrar ‐se, porque é ênclise ao verbo<br />
no infinitivo.<br />
Alternativa E – CERta<br />
A ênclise corresponde ao pronome após o verbo. Nesse<br />
caso temos uma locução verbal, com o verbo conseguir<br />
como auxiliar e o verbo livrar no infinitivo. Temos duas<br />
construções para a sintaxe de colocação do pronome:<br />
uma é a próclise ao verbo auxiliar devido ao termo de<br />
negação não que atrai o pronome: “não se conseguiu livrar”.<br />
A outra é a ênclise ao verbo no infinitivo como se<br />
afirma na alternativa E.<br />
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
255<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
O conetivo portanto (linha 24) pode ser substituído,<br />
sem alteração de sentido, por<br />
A) porquanto.<br />
B) entretanto.<br />
C) no entanto.<br />
D) então.<br />
E) conquanto.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Portanto estabelece argumentação de conclusão, sendo<br />
substituída por então.<br />
Alternativa A – errada<br />
Porquanto = causa.<br />
Alternativa B – errada<br />
Entretanto = oposição.<br />
Alternativa C – errada<br />
No entanto = oposição.<br />
Alternativa E – errada<br />
Conquanto = condição.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
256<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
Na passagem como o de caça a animais (linha 21), uma<br />
lacuna pode ser preenchida com a retomada da expressão<br />
A) excessos.<br />
B) hábitos.<br />
C) vigilância.<br />
D) caça.<br />
E) animais.
Português 131<br />
Alternativa B – CERta<br />
O substantivo hábitos é referência para caça.<br />
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
257<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
A palavra animais (linha 21) estabelece ligações com<br />
espécies que estão em extinção. Qual a propriedade<br />
semântica dessa relação?<br />
A) Hiperonímia.<br />
B) Sinonímia.<br />
C) Homonímia.<br />
D) Paronímia.<br />
E) Antonímia.<br />
Alternativa A<br />
Consiste a hiperonímia na relação entre termos que se estabelecem<br />
na menos especificidade do significado de um<br />
deles. Por exemplo: O termo móvel é hiperonímia do termo<br />
mesa. Portanto espécie é hiperonímia de animais.<br />
Alternativa B – errada<br />
Consiste o sinônimo na identidade semântica entre as<br />
palavras.<br />
Alternativa C – errada<br />
A homonímia define ‐se como a identidade de som ou de<br />
escrita sem que haja identidade semântica, como por<br />
exemplo: seção – corte, divisão; sessão – reunião; e cessão<br />
– ato de ceder.<br />
Alternativa D – errada<br />
O parônimo é o pior momento para o aluno e para qualquer<br />
criatura que se proponha a entender o idioma, caro<br />
leitor, pois consiste na inexistência de qualquer identificação<br />
entre dois termos, como por exemplo: deferir e diferir,<br />
despensa e dispensa, entre outras milhares de palavras.<br />
Alternativa E – errada<br />
O antônimo, acreditamos, é o de mais fácil compreensão,<br />
uma vez que indica oposição que as próprias palavras<br />
trazem.<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
258<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
A palavra revolver (linha 34) pode ter mais de um significado<br />
no texto. Altera ‐se o significado da frase<br />
substituindo ‐se essa palavra por<br />
A) examinar.<br />
B) retomar.<br />
C) mudar.<br />
D) remontar.<br />
E) recompor.<br />
Alternativa C – CERta<br />
“Mudar” não pode substituir ou ser substituído por<br />
“revolver”.<br />
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
259<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
A palavra hoje (linha 29), no texto, refere-se deiticamente<br />
I – a 18/10/2010.<br />
II – ao ano de 2010.<br />
III – ao momento que abrange um período de tempo<br />
maior do que um dia.<br />
Está correto o que se afirma em<br />
A) I, apenas.<br />
B) II, apenas.<br />
C) III, apenas.<br />
D) I, II e III.<br />
E) I e III, apenas.<br />
Alternativa C – CERta<br />
O advérbio hoje define o momento da fala ou da ação.<br />
Somado à preposição até, estabelece período para um<br />
tempo, mais amplo que o momento da ação.<br />
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
Atenção: Responda às questões 260 a 268 com base no texto abaixo.<br />
O dilema das definições<br />
1. A ciência estabelece que funções antes consideradas<br />
2. universais, como “sujeito” e “predicado”,<br />
3. são mais arbitrárias do que se imaginava.<br />
4. Você já deve ter ouvido estas definições muitas
132 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
5. vezes: “Sujeito é aquele de quem se diz algo.”,<br />
6. “Predicado é aquilo que se diz do sujeito.”, “Objeto direto<br />
7. é aquele que sofre a ação.”, “Objeto indireto é aquele<br />
8. que se beneficia da ação.”<br />
9. É possível até que você use essas definições<br />
10. quando bate aquela dúvida sobre concordância ou<br />
11. regência, não é? No entanto, apesar de correntes, elas<br />
12. não têm fundamento científico, afinal são muito<br />
13. anteriores ao nascimento da ciência da linguagem (mais<br />
14. precisamente, 2 mil anos anteriores!). Além disso, por<br />
15. remontarem à Grécia antiga, são definições muito mais<br />
<strong>16</strong>. filosóficas do que linguísticas e absolutamente<br />
17. centradas na língua grega, sem qualquer consideração<br />
18. pela estrutura de outras línguas.<br />
19. Pode ‐se dizer que foram uma tentativa legítima<br />
20. (principalmente considerando ‐se a época em que foi<br />
21. feita) de explicar fatos linguísticos, mas que está longe<br />
22. de ter sido bem ‐sucedida.<br />
23. O fato é que a análise de línguas empreendida na<br />
24. primeira metade do século 20, aliada à coleta de dados<br />
25. e ao estudo comparado de um número extraordinário de<br />
26. idiomas de várias partes do mundo, resultou na<br />
27. derrubada de muitos dogmas da gramática.<br />
28. Um exemplo foi a sintaxe translativa de Lucien<br />
29. Tesnière, publicada em 1959 no livro Éléments de<br />
30. Syntaxe Structurale, a qual demonstrou que o único<br />
31. termo essencial da oração nas línguas ocidentais é o<br />
32. verbo.<br />
33. ...<br />
34. Primeiro, nem todo verbo exprime ação. Afinal, que<br />
35. ação é expressa por “ser”, “estar”, “ter”, “dormir”? Em<br />
36. segundo lugar, o sujeito só pratica a ação se o verbo<br />
37. estiver na voz ativa; na passiva, o sujeito sofre a ação.<br />
38. Aliás, há verbos supostamente ativos que não<br />
39. expressam ação realizada, mas sofrida: é o bebê que<br />
40. pratica a “ação” de nascer ou é a mãe que pratica a<br />
41. ação de parir? (Não por acaso, em inglês, “nascer” é to<br />
42. be born, literalmente, “ser parido”.) Logo, essa definição<br />
43. de sujeito é, no mínimo, capenga.
Português 133<br />
44. Quanto à ideia de que o sujeito é aquele sobre<br />
45. quem se declara algo, Marcos Bagno, da Universidade<br />
46. de Brasília, questiona: na oração “Nesta sala cabem<br />
47. trinta pessoas”, o sujeito é “trinta pessoas”, mas não se<br />
48. declara algo sobre as pessoas e sim sobre a sala.<br />
49. Tudo isso ocorre porque os conceitos de sujeito e<br />
50. objeto dados pela gramática foram tomados de<br />
51. empréstimo da filosofia: para os gregos, há uma<br />
52. realidade objetiva (em si, independente de qualquer<br />
53. julgamento) e uma subjetiva (tal qual vista por nós).<br />
54. Nesse sentido, o objeto é a realidade natural,<br />
55. inerte, impotente e inconsciente, e o sujeito é o ser<br />
56. humano, único capaz de tomar consciência da realidade<br />
57. ao redor e de agir sobre ela. Daí a ideia de que sujeito é<br />
58. quem pratica ações e objeto, quem as sofre.<br />
59. ...<br />
60. Em resumo, aquelas funções que aprendemos nas<br />
61. enfadonhas aulas de análise sintática são de natureza<br />
62. meramente convencional. É por isso que a fala popular<br />
63. simplifica as regências, elimina preposições<br />
64. desnecessárias e diz “assistir televisão”, “atender o<br />
65. telefone”, “responder a pergunta”, “visar um objetivo”, e<br />
66. assim por diante. E também põe na voz passiva verbos<br />
67. que, segundo a gramática normativa, são transitivos<br />
68. indiretos: “O programa foi assistido por milhares de<br />
69. pessoas”, “Todas as perguntas foram respondidas”, “O<br />
70. objetivo visado por nós é”.<br />
Aldo Bizzocchi é doutor em linguística pela USP<br />
e autor de Léxico e Ideologia na Europa Ocidental<br />
(Annablume) e Anatomia da Cultura (Palas Athena)<br />
www.aldobizzocchi.com.br<br />
260<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
Com base SOMENTE nos dois primeiros parágrafos do<br />
texto, o autor<br />
A) informa o leitor de que as definições são filosóficas<br />
e linguísticas, com maior peso para a primeira.<br />
B) informa o leitor de que as definições não são filosóficas,<br />
mas linguísticas.<br />
C) informa o leitor de que as definições são filosóficas<br />
e não linguísticas.<br />
D) deixa claro que as definições não são científicas<br />
porque são filosóficas e não linguísticas.<br />
E) resolve a questão das definições porque não se<br />
embasa na ciência.<br />
Alternativa A – CERta<br />
O autor estabelece para a gramática o princípio da filosofia<br />
colocada pelos gregos em que existem duas realidades:<br />
uma objetiva independente e outra subjetiva como nós a<br />
vemos.
134 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
Alternativas B, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
261<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
O pronome elas (linha 11) refere ‐se<br />
A) a essas definições.<br />
B) a dúvidas nas definições.<br />
C) a concordância e regência.<br />
D) a possibilidades de dúvidas nas definições.<br />
E) ao que está fora do texto.<br />
Alternativa A – CERta<br />
O termo definições tem como referente o pronome pessoal<br />
substantivo elas.<br />
Alternativas B, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
262<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
Em há verbos supostamente ativos que não expressam<br />
ação realizada (linhas 38 e 39), alterando a flexão dos<br />
verbos haver e expressar para o pretérito perfeito do<br />
indicativo, tem ‐se<br />
A) havia verbos supostamente ativos que não expressavam<br />
ação realizada.<br />
B) houve verbos supostamente ativos que não expressaram<br />
ação realizada.<br />
C) houveram verbos supostamente ativos que não<br />
expressavam ação realizada.<br />
D) haviam verbos supostamente ativos que não expressavam<br />
ação realizada.<br />
E) houve verbos supostamente ativos que não expressavam<br />
ação realizada.<br />
Alternativa B – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
Pretérito imperfeito do indicativo.<br />
Alternativa C – errada<br />
O verbo haver no sentido de existir é impessoal, não aceita<br />
o plural.<br />
Alternativa D – errada<br />
Incorre no mesmo erro explicitado na alternativa anterior.<br />
Alternativa E – errada<br />
O verbo expressar está no pretérito imperfeito do indicativo.<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
263<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
A expressão essas definições (linha 9) refere ‐se<br />
A) às definições de somente sujeito e predicado.<br />
B) às definições científicas.<br />
C) a quando bate aquela dúvida sobre concordância<br />
ou regência (linhas 10 e 11).<br />
D) às definições de sujeito, predicado, objeto direto e<br />
objeto indireto.<br />
E) às definições filosóficas e não linguísticas.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Os termos essas definições têm como referência os termos<br />
transmitidos pela sintaxe. O autor refere ‐se à sintaxe<br />
como princípio filosófico mesclado aos princípios técnicos<br />
evidenciados pela linguística.<br />
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
264<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
A expressão à (linha 24) é constituída<br />
A) pela preposição oriunda da transitividade da palavra<br />
aliada (linha 24) mais o artigo feminino da expressão<br />
coleta de dados (linha 24).<br />
B) pela proposição oriunda da transitividade da palavra<br />
aliada (linha 24) mais o artigo feminino da expressão<br />
coleta de dados (linha 24).<br />
C) pela preposição oriunda da transitividade da expressão<br />
coleta de dados (linha 24).<br />
D) pela combinação do artigo e da preposição, nessa<br />
ordem.<br />
E) pela fusão da proposição a com o artigo feminino a.<br />
Alternativa A – CERta<br />
Deparamos aqui com caso típico de regência nominal,<br />
nesse caso do adjetivo aliada, que exige a presença da preposição<br />
a, havendo assim a fusão com o artigo a solicitado<br />
pelo substantivo coleta. Dessa fusão, tem ‐se a obrigatoriedade<br />
do uso do acento grave.<br />
Alternativas B, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
265<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
Dentre as questões linguísticas, o texto também apresenta<br />
discussão sobre a linguagem culta e a linguagem<br />
informal.<br />
Qual das alternativas expressa essas linguagens,<br />
respectivamente?<br />
A) “Assistir à televisão” e “visar a um objetivo”.<br />
B) “Atender o telefone” e “responder a pergunta”.<br />
C) “Responder à pergunta” e “assistir à televisão”.<br />
D) “Responder a pergunta” e “visar um objetivo”.<br />
E) “Visar a um objetivo” e “atender o telefone”.
Português 135<br />
Alternativa E – CERta<br />
Apresenta dentro da norma padrão o verbo visar e na forma<br />
coloquial o verbo atender, pois o correto é atender ao<br />
telefone.<br />
Alternativa A – errada<br />
Apresentação da norma culta.<br />
Alternativa B – errada<br />
Apresentação da linguagem coloquial.<br />
Alternativa C – errada<br />
Apresentação da norma culta.<br />
Alternativa D – errada<br />
Apresentação da linguagem coloquial.<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
266<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
Assinale a alternativa que contém erro gramatical.<br />
A) Os porquês dos conceitos de sujeito e predicado na<br />
gramática.<br />
B) Por que os conceitos de sujeito e predicado têm<br />
problema?<br />
C) Os conceitos de sujeito e predicado têm problema.<br />
Por quê?<br />
D) Os conceitos de sujeito e predicado têm problema.<br />
Porquê?<br />
E) Não se sabe por que os conceitos de sujeito e predicado<br />
têm problemas.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Erro quanto ao uso do termo porque. Na verdade, no final<br />
da frase temos estabelecida a expressão por qual razão. Ao<br />
substituirmos, temos a preposição por somada ao pronome<br />
relativo qual – substituído pelo que – e com acento<br />
devido à omissão do substantivo razão. Portanto, por<br />
qual razão? Por que razão? Por quê?<br />
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
267<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
A expressão No entanto (linha 11) pode ser substituída,<br />
alterando o significado da frase, por<br />
A) entretanto.<br />
B) porquanto.<br />
C) todavia.<br />
D) porém.<br />
E) contudo.<br />
Alternativa B – CERta<br />
A conjunção porquanto estabelece relação de causa, alterando,<br />
assim, o significado da frase.<br />
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
268<br />
DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />
Inicial – janeiro 2011.<br />
Em relação à coesão textual por referência, analise as<br />
afirmações abaixo.<br />
I – O pronome estas (linha 4) refere ‐se a definições (linha<br />
4) e ambas fazem referência ao que vem depois.<br />
II – O pronome essas (linha 9) refere ‐se a definições<br />
(linha 9) e ambas fazem referência ao que vem antes.<br />
III – A expressão pronominal disso (linha 14) está escrita<br />
de maneira errada, devendo ser disto, porque sua<br />
referência vem antes.<br />
Está correto o que se afirma em<br />
A) I, apenas.<br />
B) II, apenas.<br />
C) I e II, apenas.<br />
D) II e III, apenas.<br />
E) I, II e III.<br />
Alternativa B – CERta<br />
Item III: incorreto.<br />
O pronome demonstrativo disso está correto pois seu referente<br />
vem anteposto ao que está sendo afirmado. Ao<br />
afirmar com além disso, o autor refere ‐se aos princípios<br />
afirmados anteriormente.<br />
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa B
TRT/12ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA<br />
ADMINISTRATIVA – DEZEMBRO 2010<br />
Atenção: As questões 269 a 276 baseiam ‐se no texto abaixo.<br />
Gilda de Mello e Souza dizia que o Brasil é muito bom nas novelas. Para ter público, a novela<br />
precisa dispor de personagens de todas as classes sociais, explicava ela, o que exige uma trama complexa.<br />
Acrescento: a mobilidade social é decisiva nas novelas e se dá sobretudo pelo amor entre ricos<br />
e pobres. Provavelmente as novelas exibam casos de ascensão social pelo amor – genuíno ou fingido<br />
– em proporção maior que a vida real... Mas a novela não é um retrato do Brasil, ou melhor, é<br />
sim, mas como aqueles retratos antigos do avô e da avó, fotografados em preto e branco, mas, depois,<br />
cuidadosamente retocados e coloridos. O fundo é real. A tela: ideais, sonhos, fantasias.<br />
Novelas vivem de conflitos. Eles são movidos, quase todos, pela oposição do bem e do mal.<br />
Esse confronto dramático nos empolga. Talvez por isso a democracia não nos empolgue tanto, no<br />
seu dia a dia: porque, nela, os conflitos são a norma e não a exceção. Ela é o único regime em que<br />
divergir, sem ter de se explicar e justificar, é legítimo. Quando uma democracia funciona bem, não<br />
escolhemos em razão da honestidade e competência – que deveriam existir nos dois ou mais lados<br />
em concorrência – mas com base nos valores que preferimos, por exemplo, liberalismo ou socialismo.<br />
Mas nossa tendência, mesmo nas democracias, é converter as eleições em lutas do bem contra<br />
o mal. É demonizar o adversário, transformá ‐lo em inimigo. Creio que isso explica por que a democracia,<br />
uma vez instalada, empolga menos que a novela. De noite, dá mais prazer reeditar o<br />
ágon* milenar do bem e do mal, do que aceitar que os conflitos fazem parte essencial da vida e,<br />
portanto, as duas partes podem ter alguma razão. Aliás, há muitos séculos que é encenada essa situação<br />
de confronto irremediável entre dois lados que têm razão: desde os gregos antigos, tem o<br />
nome de tragédia. A democracia é uma tragédia sem final infeliz – ou, talvez, sem final.<br />
As novelas recompensam, em geral, os bons. Mas eles são bons só na vida privada. É difícil<br />
alguém se empenhar em melhorar a cidade, a sociedade. As personagens boas são afetuosas, solidárias,<br />
mas não têm vida pública. As personagens más são menos numerosas, mas são indispensáveis.
Português 137<br />
Condimentam a trama. Seu destino é mais variado, e assim deve ser, se quisermos uma boa novela.<br />
Não podem ser todas punidas, nem sair todas impunes.<br />
* ágon – elemento de origem grega: assembleia; local onde se realizam jogos sacros e lutas; luta.<br />
Trecho do artigo de Renato Janine Ribeiro. O Estado de S. Paulo,<br />
C2+música, D17, 11 de setembro de 2010, com adaptações.<br />
269<br />
TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />
Área Administrativa – dezembro 2010.<br />
De acordo com o texto,<br />
A) as novelas são mais interessantes do que qualquer<br />
disputa eleitoral, porque elas trazem novidades<br />
que não se encontram em um regime democrático<br />
que funciona bem.<br />
B) os conflitos extremos mostrados nas novelas despertam<br />
maior interesse do que a rotina diária, em<br />
que os fatos e opiniões nem sempre despertam<br />
maior entusiasmo nas pessoas.<br />
C) a rotina da vida diária, mesmo em regimes democráticos,<br />
acaba premiando apenas os bons, deixando<br />
de lado pessoas más, que geralmente se livram<br />
das merecidas punições.<br />
D) a deturpação da vida real nas novelas, que se voltam<br />
acentuadamente para sonhos e fantasias, pode<br />
transformá ‐las em fator alienante dos problemas<br />
normalmente existentes em uma democracia.<br />
E) as emoções trazidas pelos conflitos que surgem nas<br />
novelas nem sempre são suficientes para despertar<br />
sentimentos mais nobres nas pessoas, que tendem<br />
rotineiramente para comportamentos antiéticos.<br />
Alternativa B – CERta<br />
A confirmação da tese proposta no item B está no 2º<br />
parágrafo.<br />
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
270<br />
TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />
Área Administrativa – dezembro 2010.<br />
Conclui ‐se do texto que democracia<br />
A) pode levar as pessoas a situações de fantasia, distantes<br />
do mundo real, tal como se faz em novelas<br />
que despertam grande audiência.<br />
B) tende a nivelar o comportamento das pessoas, padronizando<br />
seus desejos, tendo em vista que as<br />
oportunidades de realização são iguais para todos.<br />
C) exige, assim como nas novelas, que seus desdobramentos<br />
sejam acompanhados de perto por todos,<br />
para que as coisas boas sempre superem as más.<br />
D) é sempre um processo dinâmico, em que opiniões,<br />
valores e escolhas pessoais divergentes se manifestam<br />
no fluxo diário da convivência social.<br />
E) nem sempre parece ser o melhor regime, pois as pessoas,<br />
mesmo de índoles diferentes, convivem tranquilamente<br />
na sociedade, sem quaisquer restrições.<br />
Alternativa D – CERta<br />
O autor mostra na democracia a situação e a oposição<br />
como norma, e não como exceção. Como rotina, na democracia,<br />
as divergências convivem devido ao dinamismo<br />
que ela impõe.<br />
Alternativa A – errada<br />
O autor refere ‐se à novela, e não à democracia.<br />
Alternativa B – errada<br />
Como no item anterior a referência é feita à novela.<br />
Alternativa C – errada<br />
Não há quadro comparativo entre democracia e novela<br />
quanto ao bem e ao mal.<br />
Alternativa E – errada<br />
O item mostra oposição à referência feita pelo autor, pois<br />
o autor argumenta que a democracia impõe as diferenças<br />
de opiniões, o autor implicitamente afirma que viver em<br />
democracia não significa viver em tranquilidade.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
271<br />
TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />
Área Administrativa – dezembro 2010.<br />
No 1º parágrafo, o autor<br />
A) incorpora uma opinião alheia sobre as novelas<br />
como base para iniciar o desenvolvimento de suas<br />
próprias ideias a respeito desse tema.<br />
B) estabelece a oposição básica que perpassa todo o assunto<br />
do texto, entre sinceridade e fingimento, que<br />
também vai nortear o debate político na democracia.<br />
C) se vale da ficção apresentada nas novelas como<br />
imagem diluída de uma sociedade permissiva, que<br />
aceita, sem restrições, comportamentos antiéticos.<br />
D) condena o uso, muitas vezes indevido, de um sentimento<br />
amoroso que deveria unir pessoas, como<br />
meio válido de ascensão social.<br />
E) critica o hábito, comum em autores de novelas, de<br />
criar conflitos nem sempre válidos, para tornar a<br />
trama mais atraente.<br />
Alternativa A – CERta<br />
Alternativa B – errada<br />
O autor não estabelece oposição sugerida pelo enunciado.<br />
Estabelece, sim, a trama como fato de rotina.<br />
Alternativa C – errada<br />
O autor não estabelece permissividade e muito menos<br />
aceitação da sociedade aos fatores permissivos.
138 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
Alternativa D – errada<br />
O autor não discorre sobre sentimento amoroso como<br />
quadro comparativo ao fato estabelecido.<br />
Alternativa E – errada<br />
Embora haja crítica velada, o autor não cita autores de<br />
novela ou sequer os critica.<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
272<br />
TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />
Área Administrativa – dezembro 2010.<br />
A referência, no 1º parágrafo, aos retratos retocados e<br />
coloridos<br />
A) acentua o caráter alienante das novelas, cuja trama<br />
desconsidera os reais problemas a serem enfrentados<br />
pelas pessoas envolvidas no enredo.<br />
B) demonstra a capacidade de disfarce que caracteriza<br />
as personagens de má índole, que dão vida ao<br />
desenrolar da novela.<br />
C) aponta para o papel da ficção que, embora se baseie<br />
em fatos e personagens reais, cria situações<br />
fantasiosas, que preenchem o imaginário popular.<br />
D) alerta para o constante desvirtuamento, mostrado<br />
nas novelas, de valores básicos da sociedade, sugerindo<br />
modelos de comportamentos antiéticos.<br />
E) reproduz as atitudes previamente preparadas pelos<br />
maus para prejudicar os bons, atraindo o interesse<br />
daqueles dispostos a acompanhar o drama novelesco.<br />
Alternativa C – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
O autor não faz menção ao caráter alienante das novelas.<br />
Alternativa B – errada<br />
Segundo o autor, não há disfarce quanto ao bem nem<br />
quanto ao mal.<br />
Alternativa D – errada<br />
O autor não alerta nem menciona comportamentos<br />
antié ticos.<br />
Alternativa E – errada<br />
O autor não discorre sobre atitudes prévias, compõe apenas<br />
o bem e o mal, como atitudes ligadas ao ser humano.<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
273<br />
TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />
Área Administrativa – dezembro 2010.<br />
O fundo é real. A tela: ideais, sonhos, fantasias. (final<br />
do 1º parágrafo)<br />
Com outras palavras, o sentido do que se diz acima<br />
está corretamente reproduzido em:<br />
A) Sendo a verdadeira realidade, na representação de<br />
ideais, sonhos e fantasias.<br />
B) A base dos fatos é verdadeira, mas na tela surgem<br />
ideais, sonhos, fantasias.<br />
C) No fundo da história, é a verdade, que na tela só<br />
tem ideais de sonhos e fantasias.<br />
D) A realidade é vista com profundidade, conquanto<br />
na tela se veja ideais de sonhos fantasiosos.<br />
E) Os ideais, sonhos e fantasias da tela se transformam<br />
na mais profunda verdade.<br />
Alternativa B – CERta<br />
O autor contrapõe a base dos fatos verdadeira e a fantasia<br />
provocada na tela.<br />
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
274<br />
TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />
Área Administrativa – dezembro 2010.<br />
Provavelmente as novelas exibam casos de ascensão<br />
social pelo amor – genuíno ou fingido – em proporção<br />
maior que a vida real... (1º parágrafo)<br />
O emprego das reticências no final do segmento transcrito<br />
acima denota<br />
A) nova referência, desnecessária, ao comentário de<br />
alguém alheio ao contexto.<br />
B) recurso adotado pelo autor, no sentido de estimular<br />
o interesse do leitor.<br />
C) certeza da concordância de um eventual leitor com<br />
a opinião ali exposta.<br />
D) desejo de que a ficção possa se deter, realmente,<br />
em fatos que ocorrem na vida real.<br />
E) hesitação, pela presença de um comentário de<br />
cunho subjetivo, sem base em dados reais.<br />
Alternativa E – CERta<br />
As reticências interrompem a fala, mas não interrompem<br />
o pensamento. Como a análise está sendo feita em dados<br />
não reais, o autor permite ao leitor desenvolver uma ideia<br />
que substitua as reticências.<br />
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
275<br />
TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />
Área Administrativa – dezembro 2010.<br />
Mas a novela não é um retrato do Brasil, ou melhor, é<br />
sim... (1º parágrafo)<br />
O emprego da expressão grifada acima assinala uma<br />
A) contradição involuntária.<br />
B) repetição para realçar a ideia.<br />
C) retificação do que havia sido dito.<br />
D) conclusão decorrente da afirmativa inicial.<br />
E) condição básica de um fato evidente.<br />
Alternativa C – CERta<br />
A expressão – ou melhor – indica argumentação de retificação<br />
daquilo que fora dito anteriormente.<br />
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa C
Português 139<br />
276<br />
TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />
Área Administrativa – dezembro 2010.<br />
Gilda de Mello e Souza dizia que o Brasil é muito bom<br />
nas novelas... (início do texto)<br />
O verbo flexionado nos mesmos tempos e modos em<br />
que se encontra o grifado acima está em:<br />
A) ... explicava ela...<br />
B) Novelas vivem de conflitos.<br />
C) Talvez por isso a democracia não nos empolgue<br />
tanto, no seu dia a dia...<br />
D) – que deveriam existir nos dois ou mais lados em<br />
concorrência –<br />
E) Mas eles são bons só na vida privada.<br />
Alternativa A – CERta<br />
Os verbos dizia e explicava estão no pretérito imperfeito<br />
do indicativo, havendo, portanto, correlação verbal.<br />
Alternativas B, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
277<br />
TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />
Área Administrativa – dezembro 2010.<br />
A expressão em que preenche corretamente a lacuna<br />
da frase:<br />
A) A trama das novelas transforma fatos reais em sonhos,<br />
...... muitos se distraem à noite, em suas casas.<br />
B) Após algum tempo, as pessoas esquecem as propostas<br />
...... marcaram o andamento da trama novelesca,<br />
mesmo que tenha obtido sucesso.<br />
C) Devemos estar atentos ao fato ...... novelas, por serem<br />
instrumento de lazer, tendem a mostram visão<br />
fantasiosa do mundo.<br />
D) Formas de comportamento ...... o autor projeta defeitos<br />
e virtudes da sociedade podem ser encontradas<br />
diariamente nas ruas.<br />
E) As novelas ...... o crítico se referia haviam discutido<br />
situações desagradáveis, que passam despercebidas<br />
para a maioria das pessoas.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
“... com que muitos se distraem...”<br />
Alternativa B – errada<br />
“... que marcaram...”<br />
Alternativa C – errada<br />
“... ao fato de que...”<br />
Alternativa E – errada<br />
“As novelas a que o (...) se referia...”<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
278<br />
TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />
Área Administrativa – dezembro 2010.<br />
A concordância verbal e a nominal estão inteiramente<br />
corretas na frase:<br />
A) Personagens do bem e do mal mostra a dualidade<br />
que existe em todas as ações humanas no decorrer<br />
de uma trama realmente capaz de manter o interesse<br />
dos espectadores.<br />
B) O drama representado em uma novela, com personagens<br />
atraentes que se divide entre o bem e o<br />
mal, atraem, durante vários meses, a atenção de<br />
um público fiel e interessado em suas peripécias.<br />
C) Uma novela que chame a atenção do público e leve<br />
os espectadores a acompanhar a trama, muitas vezes<br />
longa, deve basear ‐se em uma realidade transmudada<br />
em sonho e fantasia.<br />
D) Para que seja atraente as situações criadas pelo autor<br />
de uma novelas, é preciso que as personagens<br />
tenham atitudes coerentes e convincentes para o<br />
público que a acompanham diariamente.<br />
E) O drama que vive as personagens de novelas, ainda<br />
que seja baseado em tipos humanos reais, nem<br />
sempre convencem os espectadores, que desejam<br />
se distrair em casa, após o trabalho.<br />
Alternativa C – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
“... mostram” concordando com “personagens”.<br />
Alternativa B – errada<br />
“O drama (...) atrai...”<br />
Alternativa D – errada<br />
“Para que sejam atraentes (...) as situações e (...) para o<br />
público que as acompanha...” O pronome oblíquo a deverá<br />
estar no plural para concordar com novelas.<br />
Alternativa E – errada<br />
“O drama (...) convence”.<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
Atenção: As questões 279 a 285 baseiam ‐se no texto abaixo.<br />
O crescimento das cidades médias, aquelas com mais de 100.000 e menos de 500.000 habitantes,<br />
é o grande fenômeno nacional. Na próxima década, a catarinense Joinville, a gaúcha Caxias do<br />
Sul, Niterói e Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, e Santos e São José do Rio Preto, em São<br />
Paulo, devem ombrear com Londrina, no Paraná. No sertão nordestino, a pernambucana Petrolina
140 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
e a paraibana Campina Grande já se comportam como metrópoles. Há vários casos de cidades médias<br />
que crescem a um ritmo chinês, como a paulista Hortolândia, a paraense Marabá e Angra dos<br />
Reis e Cabo Frio, estas no Rio de Janeiro. Um estudo da socióloga Diana Motta e do economista<br />
Daniel da Mata, ambos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra que, nos últimos<br />
dez anos, elas se converteram no verdadeiro motor do desenvolvimento brasileiro. Para se ter<br />
uma ideia, entre 2002 e 2007 o produto interno bruto cresceu a uma taxa de 4% ao ano. O das cidades<br />
médias contribuiu, em média, 5,4% ao ano – quase o dobro do crescimento verificado nos<br />
municípios grandes. Donas de um parque industrial e um setor de serviços mais pujantes, elas respondem,<br />
agora, por 28% da economia nacional.<br />
Hoje, um em cada quatro brasileiros vive em cidades médias. O dinamismo constatado pelos<br />
dois pesquisadores é um sinal inequívoco de progresso. “A evolução das cidades médias indica que<br />
o Brasil está superando uma deficiência histórica: a concentração da riqueza nos grandes centros<br />
situados ao longo do litoral”, diz o economista Danilo Igliori, da Universidade de São Paulo. No<br />
século XVII, frei Vicente do Salvador, considerado o primeiro historiador do país, condenava o<br />
modelo de ocupação do território. “Contentam‐se de andar arranhando (as terras) ao longo do mar<br />
como caranguejos”, escreveu em sua História do Brazil, publicada em <strong>16</strong>30. Somente durante o<br />
milagre econômico dos anos 70 o governo federal percebeu que algumas cidades médias tinham se<br />
tornado polos econômicos regionais, atraíam contingentes de imigrantes e precisavam adotar políticas<br />
específicas para não enfrentar processos de favelização semelhantes aos vividos por São Paulo<br />
e Rio de Janeiro. O projeto rendeu frutos. Embora abriguem bolsões de pobreza, esses municípios<br />
obtiveram melhores resultados na preservação de seu tecido urbano.<br />
Em meados dos anos 90, os investidores depararam com capitais estranguladas e resolveram<br />
interiorizar suas operações industriais e comerciais. Hoje, de cada real produzido nas fábricas brasileiras,<br />
44 centavos são provenientes de unidades instaladas em cidades médias. Um dos resultados<br />
da expansão econômica foi o aumento vertiginoso do setor de serviços. Tais mudanças conferiram<br />
tanta independência às cidades médias que 60% delas não precisam ter maiores vínculos com a<br />
região metropolitana da capital de seu Estado.<br />
Especial Cidades Médias. Veja, 1 de setembro de 2010,<br />
p. 78 ‐80, com adaptações.<br />
279<br />
TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />
Área Administrativa – dezembro 2010.<br />
Em relação ao assunto do texto, é correto afirmar:<br />
A) A exposição busca comprovar a noção histórica<br />
de que no país sempre houve a concentração da<br />
riqueza nos grandes centros situados ao longo<br />
do litoral, comprometendo o desenvolvimento<br />
econômico do interior.<br />
B) A maior alteração surgida em relação às cidades<br />
médias por todo o país se concentrou no aumento<br />
vertiginoso do setor de serviços, o que beneficiou<br />
até mesmo as capitais, antes impossibilitadas de<br />
expandir o comércio e a indústria.<br />
C) Houve tentativas governamentais de controle da<br />
imigração para evitar que as cidades que atraíam<br />
contingentes de imigrantes estivessem sujeitas aos<br />
processos de favelização.<br />
D) Encontram ‐se em todo o texto dados referentes ao<br />
desempenho econômico das cidades médias, que<br />
servem de sustentação para a afirmativa inicial de<br />
que seu crescimento é o grande fenômeno nacional.<br />
E) A longa listagem de cidades localizadas em todo o<br />
país compromete o desenvolvimento claro e lógico<br />
da exposição dos fatos econômicos nas cidades<br />
consideradas médias, aquelas com mais de 100.000<br />
e menos de 500.000 habitantes.<br />
Alternativa D – CERta<br />
O texto quase na íntegra apresenta dados referentes ao<br />
crescimento das médias cidades brasileiras.<br />
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa D
Português 141<br />
280<br />
TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />
Área Administrativa – dezembro 2010.<br />
... elas se converteram no verdadeiro motor do desenvolvimento<br />
brasileiro. (1º parágrafo)<br />
O segmento que embasa com propriedade o que foi<br />
afirmado acima, considerando ‐se o contexto, está em:<br />
A) Hoje, um em cada quatro brasileiros vive em cidades<br />
médias.<br />
B) No século XVII, frei Vicente do Salvador, considerado<br />
o primeiro historiador do país, condenava o modelo<br />
de ocupação do território.<br />
C) ... e precisavam adotar políticas específicas para<br />
não enfrentar processos de favelização semelhantes<br />
aos vividos por São Paulo e Rio de Janeiro.<br />
D) Embora abriguem bolsões de pobreza, esses municípios<br />
obtiveram melhores resultados na preservação<br />
de seu tecido urbano.<br />
E) ... de cada real produzido nas fábricas brasileiras,<br />
44 centavos são provenientes de unidades instaladas<br />
em cidades médias.<br />
Alternativa E – CERta<br />
Na alternativa E, está implícita a ideia de que as cidades<br />
médias representam expressiva parcela do desenvolvimento<br />
do país.<br />
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
281<br />
TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />
Área Administrativa – dezembro 2010.<br />
Tais mudanças conferiram tanta independência às cidades<br />
médias que 60% delas não precisam ter maiores<br />
vínculos com a região metropolitana da capital de seu<br />
Estado. (final do texto)<br />
A relação sintático ‐semântica que se estabelece entre<br />
as orações do período acima é, respectivamente, de<br />
A) causa e consequência.<br />
B) condição e fato dela decorrente.<br />
C) hipótese provável e ressalva.<br />
D) temporalidade e constatação de um fato.<br />
E) fato real e finalidade decorrente desse fato.<br />
Alternativa A – CERta<br />
“Tais mudanças conferiram tanta (...) que...” relação estabelecida<br />
de causa e efeito ou consequência.<br />
Alternativas B, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
282<br />
TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />
Área Administrativa – dezembro 2010.<br />
A afirmativa INCORRETA em relação a cada um dos<br />
segmentos transcritos do 1º parágrafo é:<br />
A) devem ombrear com Londrina, no Paraná = o segmento<br />
grifado pode ser substituído por igualar ‐se<br />
a, sem prejuízo do sentido original.<br />
B) que crescem a um ritmo chinês = a expressão grifada<br />
remete aos altíssimos índices de expansão da<br />
economia chinesa.<br />
C) Um estudo da socióloga Diana Motta e do economista<br />
Daniel da Mata, ambos do Instituto de Pesquisa<br />
Econômica Aplicada (Ipea), mostra... = o verbo<br />
grifado deverá manter ‐se no singular, mesmo<br />
que o início da frase seja alterado para Os estudos<br />
da socióloga (...) e do economista (...).<br />
D) O das cidades médias contribuiu, em média, 5,4% ao<br />
ano = o pronome grifado no início da frase evita a<br />
repetição, no contexto, de O produto interno bruto.<br />
E) – quase o dobro do crescimento verificado nos municípios<br />
grandes = o travessão poderia ser substituído<br />
por uma vírgula, permanecendo a correção<br />
do segmento.<br />
Alternativa C – CERta<br />
Se passarmos para o plural os estudos (...) mostram..., o verbo<br />
deverá ir para o plural em concordância com o sujeito.<br />
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
283<br />
TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />
Área Administrativa – dezembro 2010.<br />
– quase o dobro do crescimento verificado nos municípios<br />
grandes. (1º parágrafo)<br />
Considerando ‐se o contexto, a afirmativa acima constitui<br />
A) comentário sem articulação direta com o contexto.<br />
B) hipótese a ser comprovada por evidências com<br />
base em dados reais.<br />
C) suposição de que as informações não possam ser<br />
comprovadas.<br />
D) opinião sujeita a ser referendada por estudos mais<br />
recentes.<br />
E) constatação a partir da comparação entre os dados<br />
apresentados.<br />
Alternativa E – CERta<br />
O autor estabelece a comparação por meio do crescimento<br />
do produto interno bruto a 4% ao ano e o das cidades<br />
médias – média a 5,4% ao ano.<br />
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
284<br />
TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />
Área Administrativa – dezembro 2010.<br />
O projeto rendeu frutos. (final do 2º parágrafo)<br />
A mesma relação entre verbo e complemento, ambos<br />
grifados acima, se reproduz na frase:
142 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
A) ... entre 2002 e 2007 o produto interno bruto cresceu<br />
a uma taxa de 4% ao ano.<br />
B) ... elas respondem, agora, por 28% da economia<br />
nacional.<br />
C) Hoje, um em cada quatro brasileiros vive em cidades<br />
médias.<br />
D) ... esses municípios obtiveram melhores resultados<br />
na preservação de seu tecido urbano.<br />
E) ... os investidores depararam com capitais estranguladas...<br />
Alternativa D – CERta<br />
Estamos diante de um verbo transitivo direto rendeu e<br />
seu complemento verbal, o objeto direto frutos. Na alternativa<br />
D, temos o verbo obter e o complemento verbal<br />
objeto direto: melhores resultados.<br />
Alternativa A – errada<br />
O verbo crescer é intransitivo.<br />
Alternativa B – errada<br />
O verbo responder é transitivo indireto.<br />
Alternativa C – errada<br />
O verbo viver é intransitivo.<br />
Alternativa E – errada<br />
O verbo deparar é transitivo indireto.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
285<br />
TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />
Área Administrativa – dezembro 2010.<br />
Embora abriguem bolsões de pobreza, esses municípios<br />
obtiveram melhores resultados na preservação de<br />
seu tecido urbano. (final do 2º parágrafo)<br />
Com outras palavras, a mesma ideia está expressa com<br />
correção e clareza em:<br />
A) A malha urbana foi resguardada nas cidades médias,<br />
apesar de se observarem nelas alguns núcleos<br />
de moradores vivendo em condições de pobreza.<br />
B) As cidades médias, tal como nas grandes, tiveram<br />
crescimento em sua população urbana, mesmo se<br />
elas se manteram mais pobres em relação à outras.<br />
C) os municípios onde a organização urbana ficou intacta,<br />
foi nas médias, diferente da situação das grandes<br />
cidades que não ocorreu maior favorecimento.<br />
D) Conquanto se visse a existência de locais mais pobres,<br />
foi as cidades médias que se desenvolveu melhor,<br />
com a manutenção da área urbana.<br />
E) Para favorecer as áreas urbanas, o que aconteceu<br />
nas cidades médias, com efeitos mais garantidos<br />
de melhoria das condições de vida.<br />
Alternativa A – CERta<br />
Alternativa B – errada<br />
Manteram por mantiveram. À outras por a outras.<br />
Alternativa C – errada<br />
“Os municípios (...) foram (...) diferentes (...) cidades em<br />
que...”<br />
Alternativa D – errada<br />
“... foram as cidades médias...”<br />
Alternativa E – errada<br />
O período está incompleto, faltando coesão.<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
286<br />
TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />
Área Administrativa – dezembro 2010.<br />
Esses mesmos princípios (...) aplicam ‐se às comunicações<br />
oficiais: elas devem sempre permitir uma única<br />
interpretação e ser estritamente impessoais e uniformes,<br />
o que exige o uso de certo nível de linguagem.<br />
As observações anteriores estão inteiramente respeitadas<br />
em:<br />
A) tendo sido convidado para participar junto de V. Sa.<br />
da festa de encerramento do ano, apesar da evidente<br />
prova de amizade dada ao dirigir ‐me tão honroso<br />
convite, devo dizer ‐lhe que, infelizmente não poderei<br />
comparecer a tão auspicioso evento, por ter assumido<br />
outro importante compromisso na mesma data.<br />
B) Em cumprimento ao despacho de V. Exa., publicado<br />
nesta data no Diário Oficial do Estado, encaminhamos<br />
‐lhe as informações referentes ao andamento<br />
dos serviços, em consonância com o cronograma<br />
previamente estabelecido por esta pasta.<br />
C) Venho, em nome de toda a comunidade que tenho<br />
a honra de estar representando, enviar a V. Exa. e a<br />
todos servidores de seu gabinete, o convite para a<br />
merecida homenagem que desejamos prestar ‐lhe,<br />
em agradecimento ao vosso valioso auxílio para o<br />
andamento de nossos projetos sociais.<br />
D) Como estamos com tempo realmente reduzido, encaminho<br />
a vós, Senhor Responsável pelo setor de<br />
entregas deste Departamento, pedindo ‐lhe o despacho<br />
dos produtos com urgência, que se destina<br />
ao pessoal da limpeza destas dependências.<br />
E) Complementando, como deve ser feito, as informações<br />
que se referem ao ato que o Diário Oficial publicou,<br />
de V. Sa., na semana passada, é meu dever<br />
informar a V. Sa. de que já está sendo tomada as<br />
devidas providências a respeito.<br />
Alternativa B – CERta<br />
A correspondência oficial prima pela impessoalidade,<br />
como vemos no item B. As outras alternativas apresentam<br />
pontos gramaticais e de informação irregulares.<br />
Alternativa A – errada<br />
Corrigir: de V. Sa. para Vª. Sª. Não fica claro o pronome<br />
de tratamento. Leva ‐se em conta que o pronome de tratamento<br />
vossa senhoria é o mais comum e deverá ser ende‐
Português 143<br />
reçado a qualquer pessoa. O relacionamento íntimo deve<br />
ser evitado, tendo em vista ser um documento oficial.<br />
Alternativa C – errada<br />
O pronome de tratamento deverá ser usado sempre como<br />
terceira pessoa, sendo, portanto, proibitivo o uso de vosso.<br />
Alternativa D – errada<br />
O uso incorreto de vós – 2ª pessoa. Uso indevido de maiúsculas<br />
em senhor responsável, termo de uso indevido.<br />
Alternativa E – errada<br />
Problemas de pontuação, uso indevido do pronome de tratamento<br />
e de regência: informar a Vossa Senhoria que...<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
287<br />
TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />
Área Administrativa – dezembro 2010.<br />
O emprego dos pronomes de tratamento está inteiramente<br />
correto em:<br />
A) Senhor João das Neves, respeitável representante<br />
da Sociedade Amigos e Amigos, queremos cumprimentar<br />
‐vos pela gestão que V. Exa. tão bem tem<br />
conduzido neste último ano.<br />
B) Estamos à disposição de V. Exa. para dar continuidade<br />
aos trabalhos que vós encetaram neste setor,<br />
e esperamos fazê ‐lo tão bem quanto vós mesmos o<br />
fizestes.<br />
C) É notório que V. Sa. deveis estar sabendo dos progressos<br />
conseguidos por estas pessoas, e por isso<br />
vimos solicitar ‐vos vossa atenção para uma situação<br />
surgida recentemente.<br />
D) Pedimos encarecidamente a Vossa Senhoria que<br />
não abandoneis a organização de nossos programas<br />
culturais, em nome daqueles que dependem<br />
de vosso conhecimento nessa área.<br />
E) A Vossa Excelência, nossa prestigiada Embaixadora,<br />
dirigimos os votos de que possa cumprir com<br />
êxito sua missão diplomática em região tão conturbada<br />
por conflitos entre nações vizinhas.<br />
Alternativa E – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
Faltou coesão. Problemas de pontuação. Uso incorreto do<br />
pronome de tratamento, uma vez que, para o cargo de representante,<br />
não cabe vossa excelência. Uso indevido de<br />
vós, pois o correto seria para a terceira pessoa.<br />
Alternativa B – errada<br />
Uso incorreto de vós. Problemas com a concordância –<br />
vós mesmos.<br />
Alternativa C – errada<br />
Uso incorreto da segunda pessoa.<br />
Alternativa D – errada<br />
Uso incorreto do verbo na segunda pessoa.<br />
Gabarito oficial: alternativa E
TRT/12ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA<br />
JUDICIÁRIA – DEZEMBRO 2010<br />
Atenção: As questões 288 a 295 referem ‐se ao texto seguinte.<br />
Estatuto da Criança e do Adolescente, 20 anos<br />
Em seus 20 anos de existência, completados neste ano, o Estatuto da Criança e do Adolescente<br />
(ECA) contribuiu para importantes avanços sociais do país. Ao reunir com clareza o conjunto de<br />
direitos dos jovens, o código forneceu instrumentos ao Ministério Público e à Justiça para tornar<br />
mais eficiente o combate ao trabalho infantil e garantir oferta de vagas em escolas públicas. Entre<br />
outros aspectos relevantes, o ECA também se mostrou útil para formar consensos e nortear políticas<br />
governamentais.<br />
O estatuto ainda não foi integralmente implementado e tem encontrado entraves à aplicação<br />
de seus princípios em algumas áreas, sobretudo no tratamento dos adolescentes infratores.<br />
Em que pese a impressão de que a legislação é leniente nesses casos e dificulta a aplicação de<br />
punições, uma pesquisa da Universidade Federal da Bahia em diversos Tribunais de Justiça no país<br />
concluiu que o tratamento dispensado ao adolescente infrator é mais severo do que aquele aplicado<br />
aos criminosos adultos. Juízes se inclinaram pela pena mais pesada, de internação, em 86% dos<br />
casos analisados.<br />
Também são constatadas falhas na garantia dos direitos dos jovens nos processos, como<br />
audiên cias apressadas e sem testemunhas de defesa – ou insuficiência de provas para a condenação.<br />
Cogitam ‐se mudanças no texto com o intuito de melhor detalhar as responsabilidades do poder<br />
público na execução das medidas socioeducativas. Nenhuma alteração, contudo, será suficiente se<br />
não forem criadas condições para aplicar as sanções alternativas, como a liberdade assistida, com<br />
acompanhamento de especialistas. São raros os municípios que contam com equipes preparadas e<br />
meios para implementar esses procedimentos. Essa deveria ser uma das prioridades do Estado ao<br />
lidar com crianças e adolescentes. Se juízes parecem atuar com excessivo rigor, inclinando ‐se pela
Português 145<br />
internação, o fazem para responder a pressões da sociedade, que se sente vítima da insegurança, e<br />
por falta de condições para aplicar medidas mais adequadas.<br />
Folha de S.Paulo, editorial, 14/07/2010.<br />
288<br />
TRT/12ª Região – Analista Judiciário –<br />
Área Judiciária – dezembro 2010.<br />
De acordo com o texto, entre as inegáveis conquistas<br />
sociais decorrentes da implantação do Estatuto da<br />
Criança e do Adolescente (ECA), cabe mencionar o<br />
I – aprimoramento das técnicas didáticas do ensino público<br />
fundamental e o incentivo à profissionalização<br />
orientada.<br />
II – estabelecimento de políticas públicas na área da<br />
educação e a garantia plena de direitos trabalhistas.<br />
III – estabelecimento de medidas para suprimir o trabalho<br />
infantil e garantir o pleno acesso ao ensino público.<br />
Está correto o que consta APENAS em<br />
A) I.<br />
B) II.<br />
C) III.<br />
D) I e II.<br />
E) II e III.<br />
Alternativa C – CERta<br />
Item I: O texto não faz menção a direitos trabalhistas.<br />
Item II: O texto mostra a importância do documento<br />
mas não afirma que estabeleça medidas para garantir<br />
acesso ao ensino.<br />
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
289<br />
TRT/12ª Região – Analista Judiciário –<br />
Área Judiciária – dezembro 2010.<br />
A implementação do ECA ainda não pode ser considerada<br />
um sucesso completo porque, no que diz respeito<br />
à área da justiça e da segurança,<br />
A) a legislação específica para os casos de menores<br />
infratores mostrou ‐se leniente.<br />
B) surgiram dificuldades incontornáveis para a efetiva<br />
aplicação de pena ao menor infrator.<br />
C) registra ‐se grande morosidade no andamento de<br />
processos que implicavam medidas urgentes.<br />
D) a Constituição brasileira em vigor não sanciona as<br />
garantias estabelecidas no ECA.<br />
E) tem ocorrido excesso de rigor nas punições e açodamento<br />
nos ritos processuais.<br />
Alternativa E – CERta<br />
A confirmação para esta alternativa está no último parágrafo.<br />
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
290<br />
TRT/12ª Região – Analista Judiciário –<br />
Área Judiciária – dezembro 2010.<br />
No quarto parágrafo há sugestões para o aprimoramento<br />
da aplicação do ECA no caso do adolescente infrator,<br />
entre elas a que propõe<br />
A) menor período de confinamento para os adolescentes<br />
infratores que não sejam reincidentes.<br />
B) ações socioeducativas, que traduzam iniciativa do<br />
poder público na direção de sanções alternativas.<br />
C) longos períodos de internação apenas nos casos<br />
em que se verifique clamor público.<br />
D) a convocação de especialistas para que determinem<br />
em lei os casos que admitem liberdade assistida.<br />
E) intervenção nos municípios em que se verifique insurgência<br />
contra a aplicação das diretrizes do ECA.<br />
Alternativa B – CERta<br />
A confirmação para essa resposta está no quarto parágrafo.<br />
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
291<br />
TRT/12ª Região – Analista Judiciário –<br />
Área Judiciária – dezembro 2010.<br />
Considerando ‐se o contexto, traduz ‐se adequadamente<br />
o sentido de um segmento em:<br />
A) formar consensos e nortear políticas governamentais<br />
(1º parágrafo) / criar unanimidades e sancionar<br />
medidas públicas.<br />
B) não foi integralmente implementado (2º parágrafo)<br />
/ não alcançou repercussão inteiramente favorável.<br />
C) Em que pese a impressão de que (3º parágrafo) /<br />
Tendo em vista a percepção pela qual.<br />
D) tratamento dispensado ao (...) infrator (3º parágrafo)<br />
/ trato conferido a quem infringe a lei.<br />
E) inclinando ‐se pela internação (4º parágrafo) / refluindo<br />
em face do internamento.
146 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
Alternativa D – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
Nortear não é sinônimo de sancionar.<br />
Alternativa B – errada<br />
Implementado difere de repercussão favorável.<br />
Alternativa C – errada<br />
Não há sinônimo entre impressão e percepção.<br />
Alternativa E – errada<br />
Inclinando ‐se não traduz corretamente refluindo.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
292<br />
TRT/12ª Região – Analista Judiciário –<br />
Área Judiciária – dezembro 2010.<br />
As normas de concordância verbal estão plenamente<br />
observadas na seguinte frase:<br />
A) São dignos de nota, por conta da implementação<br />
do ECA, os avanços que está havendo nos cuidados<br />
dispensados aos menores.<br />
B) Foram necessários reunir todos os direitos dos jovens<br />
num estatuto único, para que a todos os menores<br />
se dispensassem a atenção que merecem.<br />
C) Os entraves que apresentam esse Estatuto devem‐<br />
‐se, em grande parte, à dificuldade de se estabelecer<br />
penas para os menores infratores.<br />
D) Cabem aos que devem aplicar os dispositivos do<br />
ECA zelar pela prudência quando da aplicação das<br />
medidas punitivas a ser tomadas.<br />
E) A aplicação de penas extremamente rigorosas,<br />
que alguns juízes vem determinando na maioria<br />
dos casos, não contribuem para a formação dos<br />
adolescentes.<br />
Alternativa A – CERta<br />
Alternativa B – errada<br />
“Foi necessário reunir (...) se dispensasse a atenção...”<br />
Alternativa C – errada<br />
“... apresenta esse estatuto (...) de se estabelecerem penas...”<br />
Alternativa D – errada<br />
“Cabe aos que devam aplicar (...) zelarem (...) a serem<br />
tomadas.”<br />
Alternativa E – errada<br />
“... juízes vêm (...) não contribui...”<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
293<br />
TRT/12ª Região – Analista Judiciário –<br />
Área Judiciária – dezembro 2010.<br />
Não admite transposição para a voz passiva a seguinte<br />
construção:<br />
A) a legislação é leniente nesses casos.<br />
B) o estatuto tem encontrado entraves.<br />
C) a legislação dificulta a aplicação de punições.<br />
D) o intuito de melhor detalhar as responsabilidades.<br />
E) para implementar esses procedimentos.<br />
Alternativa A – CERta<br />
O verbo ser é de ligação, não aceita, portanto, a voz passiva.<br />
Alternativa B – errada<br />
“Entraves têm sido encontrados...”<br />
Alternativa C – errada<br />
“A aplicação de punições é dificultada...”<br />
Alternativa D – errada<br />
“... as responsabilidades serem mais bem detalhadas”<br />
Alternativa E – errada<br />
“... esses procedimentos serem implementados”<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
294<br />
TRT/12ª Região – Analista Judiciário –<br />
Área Judiciária – dezembro 2010.<br />
De acordo com o contexto, na frase Essa deveria ser<br />
uma das prioridades do Estado ao lidar com crianças e<br />
adolescentes (4º parágrafo), o pronome sublinhado<br />
A) anuncia uma prioridade que se formulará em seguida,<br />
já no final do texto.<br />
B) refere ‐se à inexistência de equipamentos de segurança<br />
minimamente aceitáveis nos municípios.<br />
C) refere ‐se à necessidade já referida de se possibilitar<br />
a aplicação de sanções alternativas.<br />
D) anuncia a prioridade de se evitar a aplicação de penas<br />
a menores eventualmente infratores.<br />
E) refere ‐se à prioridade de garantir as conquistas já<br />
constatadas quando da aplicação do ECA.<br />
Alternativa C – CERta<br />
A resposta a essa questão está no último parágrafo.<br />
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa C<br />
295<br />
TRT/12ª Região – Analista Judiciário –<br />
Área Judiciária – dezembro 2010.<br />
Em Nenhuma alteração, contudo, será suficiente se não<br />
forem criadas condições para aplicar as sanções alternativas<br />
(...), o segmento sublinhado pode ser substituído,<br />
sem prejuízo para a correção e o sentido da frase, por:<br />
A) Não há alteração, ademais, que se mostre inapta.<br />
B) Todavia, será insuficiente qualquer alteração.
Português 147<br />
C) Uma vez que não haja mais alteração, bastará esta.<br />
D) Nenhuma alteração, fora esta, poderá bastar.<br />
E) Por conseguinte, qualquer alteração deixará de ser<br />
suficiente.<br />
Alternativa B – CERta<br />
Todavia é conjunção e determina argumentação de oposição,<br />
substituindo contudo.<br />
Alternativa A – errada<br />
Ademais indica inclusão.<br />
Alternativa C – errada<br />
Uma vez que indica causa.<br />
Alternativa D – errada<br />
Fora esta indica exclusão.<br />
Alternativa E – errada<br />
Por conseguinte indica conclusão.<br />
Gabarito oficial: alternativa B<br />
296<br />
TRT/12ª Região – Analista Judiciário –<br />
Área Judiciária – dezembro 2010.<br />
A pontuação está plenamente adequada na frase:<br />
A) Em 86% dos casos que foram analisados, por uma<br />
pesquisa da Universidade Federal da Bahia,<br />
verificou ‐se para a frustração de muitos, que as penas<br />
aplicadas aos adolescentes tendiam quase<br />
sempre, a ser mais severas que as aplicadas a adultos<br />
em ocorrências semelhantes.<br />
B) Em 86% dos casos, que foram analisados por uma<br />
pesquisa da Universidade Federal da Bahia,<br />
verificou ‐se para a frustração de muitos que as penas<br />
aplicadas aos adolescentes, tendiam quase<br />
sempre a ser mais severas, que as aplicadas a adultos<br />
em ocorrências semelhantes.<br />
C) Em 86% dos casos que foram analisados, por uma<br />
pesquisa da Universidade Federal da Bahia,<br />
verificou ‐se, para a frustração de muitos que as penas<br />
aplicadas aos adolescentes, tendiam, quase<br />
sempre, a ser mais severas que as aplicadas a adultos<br />
em ocorrências semelhantes.<br />
D) Em 86% dos casos que foram analisados por uma<br />
pesquisa da Universidade Federal da Bahia,<br />
verificou ‐se, para a frustração de muitos, que as<br />
penas aplicadas aos adolescentes tendiam, quase<br />
sempre, a ser mais severas que as aplicadas a adultos,<br />
em ocorrências semelhantes.<br />
E) Em 86% dos casos que foram analisados por uma<br />
pesquisa, da Universidade Federal da Bahia, verificou<br />
‐se para a frustração de muitos, que, as penas<br />
aplicadas aos adolescentes, tendiam, quase sempre,<br />
a ser mais severas que as aplicadas a adultos,<br />
em ocorrências semelhantes.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Os erros de pontuação existentes em todas as alternativas<br />
serão corrigidos pela alternativa D.<br />
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
297<br />
TRT/12ª Região – Analista Judiciário –<br />
Área Judiciária – dezembro 2010.<br />
Está clara e correta a redação deste livre comentário<br />
sobre o texto:<br />
A) Ainda não se fez notar uma plena satisfação da<br />
aplicabilidade desejável daqueles quesitos do<br />
ECA que se referem ao estabelecimento de suas<br />
punições.<br />
B) Uma das fraquezas imputadas ao ECA está no rigor<br />
excessivo por cujo os juízes tem orientado a<br />
aplicação das penas por eles mesmos exaradas<br />
nos processos.<br />
C) Faz ‐se mister aperfeiçoar as condições que se imputam<br />
ao ECA caso se pretendam que seus proveitos<br />
atinjam também os menores infratores.<br />
D) Impõe ‐se, com a devida vênia, que os juízes responsáveis<br />
pela aplicação do ECA congracem em<br />
torno de arrefecimento menos severo aos menores<br />
penalizados.<br />
E) Apesar do que prevê o ECA, está ocorrendo excesso<br />
de rigor, na maior parte dos casos, quando se<br />
trata de julgar e punir adolescentes infratores.<br />
Alternativa E – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
“... uma plena satisfação (...) que se refere...”<br />
Alternativa B – errada<br />
“... por cujos juízes (...) não se usa artigo após o pronome<br />
relativo cujo e suas variações”<br />
Alternativa C – errada<br />
“... caso se pretenda que...”<br />
Alternativa D – errada<br />
Problemas de coesão e entendimento.<br />
Gabarito oficial: alternativa E
148 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />
Atenção: As questões 298 a 300 referem ‐se ao seguinte texto.<br />
Homens<br />
Deus, que não tinha problemas de verba, nem uma oposição para ficar dizendo “Projetos faraônicos!<br />
Projetos faraônicos!”, resolveu, numa semana em que não tinha mais nada para fazer, criar o<br />
mundo. E criou o céu e a terra e as estrelas, e viu que eram razoáveis. Mas achou que faltava vida na sua<br />
criação e – sem uma ideia muito firme do que queria – começou a experimentar com formas vivas. Fez<br />
amebas, insetos, répteis. As baratas, as formigas etc. Mas, apesar de algumas coisas bem resolvidas – a<br />
borboleta, por exemplo –, nada realmente o agradou. Decidiu que estava se reprimindo e partiu para<br />
grandes projetos: o mamute, o dinossauro e, numa fase especialmente megalomaníaca, a baleia. Mas<br />
ainda não era bem aquilo. Não chegou a renegar nada do que fez – a não ser o rinoceronte, que até hoje<br />
Ele diz que não foi Ele – e tem explicação até para a girafa, citando Le Corbusier* (“A forma segue a<br />
função”). Mas queria outra coisa. E então bolou um bípede. Uma variação do macaco, sem tanto cabelo.<br />
Era quase o que Ele queria. Mas ainda não era bem aquilo. E, entusiasmado, Deus trancou ‐se na<br />
sua oficina e pôs ‐se a trabalhar. E moldou sua criatura, e abrandou suas feições, e arredondou suas<br />
formas, e tirou um pouquinho daqui e acrescentou um pouquinho ali. E criou a Mulher, e viu que era<br />
boa. E determinou que ela reinaria sobre a sua criação, pois era a sua obra mais bem ‐acabada.<br />
Infelizmente, o Diabo andou mexendo na lata de lixo de Deus e, com o que sobrou da Mulher,<br />
criou o Homem.<br />
*Le Corbusier: Importante arquiteto francês.<br />
Luis Fernando Verissimo. As mentiras que os homens contam.<br />
Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.<br />
298<br />
TRT/12ª Região – Analista Judiciário –<br />
Área Judiciária – dezembro 2010.<br />
O humor e a ironia do texto derivam de vários recursos<br />
utilizados, tais como:<br />
I – Aproximação jocosa da linguagem bíblica.<br />
II – Informalidade e irreverência na caracterização de<br />
Deus.<br />
III – Alusões sarcásticas à política entre os homens.<br />
Satisfaz o enunciado o que consta em<br />
A) I, II e III.<br />
B) I e II, apenas.<br />
C) II e III, apenas.<br />
D) I e III, apenas.<br />
E) I, apenas.<br />
Alternativa A – CERta<br />
Todos os itens estão corretos.<br />
Alternativas B, C, D e E – ERRADAS<br />
Gabarito oficial: alternativa A<br />
299<br />
TRT/12ª Região – Analista Judiciário –<br />
Área Judiciária – dezembro 2010.<br />
Está correta a seguinte afirmação sobre uma ocorrência<br />
no texto:<br />
A) os termos faraônicos e megalomaníaca opõem ‐se<br />
quanto ao sentido.<br />
B) a citação do arquiteto Corbusier torna justificável a<br />
criação do rinoceronte.<br />
C) o termo se reprimindo aplica ‐se a Deus pelo fato<br />
de Ele haver criado bichos monstruosos.<br />
D) a forma pela qual a Mulher foi criada justifica o primado<br />
masculino na Terra.<br />
E) os termos lata de lixo e sobrou conotam a inferioridade<br />
da condição do Diabo e do Homem.<br />
Alternativa E – CERta<br />
Alternativa A – errada<br />
Semanticamente, os termos são sinônimos.<br />
Alternativa B – errada<br />
Não se justifica por ser arquiteto e, convenhamos, rinoceronte<br />
não é trabalho para a arquitetura, e sim para a<br />
zoologia.<br />
Alternativa C – errada<br />
Sentiu ‐se mal por não ter criado nada que agradasse a ele.
Português 149<br />
Alternativa D – errada<br />
A afirmativa opõe ‐se à justificativa. Para o texto, a mulher<br />
é um ser superior.<br />
Gabarito oficial: alternativa E<br />
300<br />
TRT/12ª Região – Analista Judiciário –<br />
Área Judiciária – dezembro 2010.<br />
Constituem uma causa e seu efeito, respectivamente,<br />
os segmentos indicados em:<br />
A) não tinha problemas de verba / nem [tinha] uma<br />
oposição.<br />
B) apesar de algumas coisas bem resolvidas / nada o<br />
agradou.<br />
C) não chegou a renegar nada do que fez / a não ser o<br />
rinoceronte.<br />
D) era a sua obra mais bem ‐acabada / determinou que<br />
ela reinaria.<br />
E) começou a experimentar com formas vivas / achou<br />
que faltava vida.<br />
Alternativa D – CERta<br />
Era o melhor feito até então = causa.<br />
Determinou que ela reinaria = efeito.<br />
Alternativa A – errada<br />
Soma de ideias.<br />
Alternativas B e C – ERRADAS<br />
Oposição.<br />
Alternativa E – errada<br />
Explicação.<br />
Gabarito oficial: alternativa D<br />
301<br />
TRT/12ª Região – Analista Judiciário –<br />
Área Judiciária – dezembro 2010.<br />
Assinale a alternativa em haja um termo que exerça a<br />
função de complemento nominal.<br />
A) “Cheia de uns ímpetos misteriosos”<br />
B) “dá de graça aos vermes”<br />
C) “cada estação da vida”<br />
D) “entre as mocinhas de seu tempo”<br />
E) “até a edição definitiva”<br />
Alternativa A – CERta<br />
Os termos de uns ímpetos misteriosos completam o sentido<br />
do adjetivo.<br />
Alternativa B – errada<br />
De graça: adjunto adverbial de modo, e aos vermes, objeto<br />
indireto.<br />
Alternativa C – errada<br />
Os termos da vida estabelecem a função de adjunto adnominal<br />
de estação.<br />
Alternativa D – errada<br />
Os termos de seu tempo exercem função de adjunto adnominal<br />
de mocinhas.<br />
Alternativa E – errada<br />
Os termos edição definitiva exercem função de adjunto<br />
adverbial de tempo.<br />
Gabarito oficial: alternativa A