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COL RESPOSTA CERTA 16 - LINGUA PORTUGUESA - 1 edicao

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TÍTULOS DA <strong>COL</strong>EÇÃO <strong>RESPOSTA</strong> <strong>CERTA</strong><br />

(Questões da Fundação Carlos Chagas)<br />

Volume 1 – Direito Civil<br />

Volume 2 – Direito Penal<br />

Volume 3 – Direito e Processo do Trabalho<br />

Volume 4 – Processo Civil<br />

Volume 5 – Lei dos Servidores Públicos Federais (Lei n. 8.112/90)<br />

Volume 6 – Lei de Licitações e Contratos da Administração Pública (Lei n. 8.666/93)<br />

Volume 7 – Informática<br />

Volume 8 – Direito Constitucional<br />

Volume 9 – Direito Administrativo<br />

Volume 10 – Processo Penal<br />

Volume 11 – Direito Tributário<br />

Volume 12 – Direito Eleitoral<br />

Volume 13 – Matemática<br />

Volume 14 – Contabilidade<br />

Volume 15 – Raciocínio Lógico<br />

Volume <strong>16</strong> – Português


2011


ISBN 978-85-02-13188-0<br />

Rua Henrique Schaumann, 270, Cerqueira César — São Paulo — SP<br />

CEP 05413-909<br />

PABX: (11) 3613 3000<br />

SACJUR: 0800 055 7688<br />

De 2ª a 6ª, das 8:30 às 19:30<br />

saraivajur@editorasaraiva.com.br<br />

Acesse: www.saraivajur.com.br<br />

Filiais<br />

AMAZONAS/RONDÔNIA/RORAIMA/ACRE<br />

Rua Costa Azevedo, 56 – Centro<br />

Fone: (92) 3633-4227 – Fax: (92) 3633-4782 – Manaus<br />

BAHIA/SERGIPE<br />

Rua Agripino Dórea, 23 – Brotas<br />

Fone: (71) 3381-5854 / 3381-5895<br />

Fax: (71) 3381-0959 – Salvador<br />

BAURU (SÃO PAULO)<br />

Rua Monsenhor Claro, 2-55/2-57 – Centro<br />

Fone: (14) 3234-5643 – Fax: (14) 3234-7401 – Bauru<br />

CEARÁ/PIAUÍ/MARANHÃO<br />

Av. Filomeno Gomes, 670 – Jacarecanga<br />

Fone: (85) 3238-2323 / 3238-1384<br />

Fax: (85) 3238-1331 – Fortaleza<br />

DISTRITO FEDERAL<br />

SIA/SUL Trecho 2 Lote 850 – Setor de Indústria e Abastecimento<br />

Fone: (61) 3344-2920 / 3344-2951<br />

Fax: (61) 3344-1709 – Brasília<br />

GOIÁS/TOCANTINS<br />

Av. Independência, 5330 – Setor Aeroporto<br />

Fone: (62) 3225-2882 / 3212-2806<br />

Fax: (62) 3224-30<strong>16</strong> – Goiânia<br />

MATO GROSSO DO SUL/MATO GROSSO<br />

Rua 14 de Julho, 3148 – Centro<br />

Fone: (67) 3382-3682 – Fax: (67) 3382-0112 – Campo Grande<br />

MINAS GERAIS<br />

Rua Além Paraíba, 449 – Lagoinha<br />

Fone: (31) 3429-8300 – Fax: (31) 3429-8310 – Belo Horizonte<br />

PARÁ/AMAPÁ<br />

Travessa Apinagés, 186 – Batista Campos<br />

Fone: (91) 3222-9034 / 3224-9038<br />

Fax: (91) 3241-0499 – Belém<br />

PARANÁ/SANTA CATARINA<br />

Rua Conselheiro Laurindo, 2895 – Prado Velho<br />

Fone/Fax: (41) 3332-4894 – Curitiba<br />

PERNAMBUCO/PARAÍBA/R. G. DO NORTE/ALAGOAS<br />

Rua Corredor do Bispo, 185 – Boa Vista<br />

Fone: (81) 3421-4246 – Fax: (81) 3421-4510 – Recife<br />

RIBEIRÃO PRETO (SÃO PAULO)<br />

Av. Francisco Junqueira, 1255 – Centro<br />

Fone: (<strong>16</strong>) 3610-5843 – Fax: (<strong>16</strong>) 3610-8284 – Ribeirão Preto<br />

RIO DE JANEIRO/ESPÍRITO SANTO<br />

Rua Visconde de Santa Isabel, 113 a 119 – Vila Isabel<br />

Fone: (21) 2577-9494 – Fax: (21) 2577-8867 / 2577-9565 – Rio de Janeiro<br />

RIO GRANDE DO SUL<br />

Av. A. J. Renner, 231 – Farrapos<br />

Fone/Fax: (51) 3371-4001 / 3371-1467 / 3371-1567<br />

Porto Alegre<br />

SÃO PAULO<br />

Av. Antártica, 92 – Barra Funda<br />

Fone: PABX (11) 36<strong>16</strong>-3666 – São Paulo<br />

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)<br />

(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)<br />

Manaia, Luiz<br />

Português / Luiz Manaia ; coordenadores Fábio Vieira Figueiredo e Alessandro<br />

Ferraz. — São Paulo : Saraiva, 2011. — (Coleção resposta certa :<br />

Fundação Carlos Chagas ; v. <strong>16</strong>)<br />

1. Direito - Linguagem 2. Português - Concursos I. Figueiredo, Fábio Vieira.<br />

II. Ferraz, Alessandro. III. Título. IV. Série.<br />

11-06281 CDU-340.113.1:806.90(079)<br />

Índice para catálogo sistemático:<br />

1. Português : Concursos na área jurídica :<br />

Linguagem jurídica : Direito 340.113.1:806.90(079)<br />

Diretor editorial Luiz Roberto Curia<br />

Gerente de produção editorial Lígia Alves<br />

Editor Jônatas Junqueira de Mello<br />

Assistente editorial Sirlene Miranda de Sales<br />

Assistente de produção editorial Clarissa Boraschi Maria<br />

Arte, diagramação e revisão Know-how Editorial<br />

Serviços editoriais Elaine Cristina da Silva<br />

Kelli Priscila Pinto<br />

Produção gráfica Marli Rampim<br />

Impressão<br />

Acabamento<br />

Capa Alexandre Rampazo<br />

Data de fechamento da edição: 5-7-2011<br />

Dúvidas?<br />

Acesse www.saraivajur.com.br<br />

Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio<br />

ou forma sem a prévia autorização da Editora Saraiva.<br />

A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei n. 9.610/98 e<br />

punido pelo artigo 184 do Código Penal.<br />

129.584.001.001


UMA <strong>RESPOSTA</strong> A SUA ALTURA:<br />

FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS E EDITORA SARAIVA<br />

De todo mundo a vida exige respostas.<br />

Somos questionados em casa, no trabalho, perante a sociedade e em nossas atitudes, o tempo todo. Até<br />

mesmo antes de você nascer já pediam uma resposta: Será menino ou menina? É para quando? Está saudável?<br />

Como vai se chamar?<br />

Pois é, queira ou não, as respostas acompanham você vida afora. Não importam a classe social, o sexo,<br />

a idade, o grau de escolaridade, a cidade, elas existem e assim deve ser, por um simples motivo. Elas estimulam<br />

o passo seguinte, o que você conquista depois.<br />

É exatamente a isso que se dedica a presente Coleção. Às respostas que todos nós buscamos para as<br />

etapas que pretendemos vencer com a ajuda do conhecimento.<br />

Mas, para isso, não basta qualquer resposta: é preciso que seja a certa.<br />

Tão certa quanto a escolha da Editora Saraiva e dos coordenadores desta obra ao elegerem a Fundação<br />

Carlos Chagas como uma das principais referências dessa rica fonte de estudo, agora ao alcance de suas<br />

mãos. Uma instituição séria que – com todo o respeito – tem respostas para tudo. Não só pela natureza imediata<br />

de sua atividade como planejadora e aplicadora de processos seletivos, mas notadamente por sua larga<br />

contribuição à educação no Brasil.<br />

Criada em 1964, a Fundação Carlos Chagas é uma instituição privada sem fins lucrativos, reconhecida<br />

como de utilidade pública nos âmbitos federal, estadual e municipal. Em 45 anos de existência, mais de 74<br />

milhões de pessoas em todo o território nacional já foram avaliadas pelos rigorosos exames da entidade, em<br />

número superior a 2.600 projetos realizados para cerca de 500 instituições. Números que só poderiam ser<br />

atingidos por marcas de tão alta confiabilidade, segurança e qualidade na prestação de serviços.<br />

Dessa forma, a Fundação Carlos Chagas representa para milhões e milhões de pessoas em nosso país o<br />

passaporte para a concretização de tantos sonhos e projetos de vida.<br />

É para isso que ela trabalha. É esse seu firme propósito.<br />

Há décadas, ser avaliado por essa instituição é sinônimo de ser efetivamente testado (e aprovado) nos<br />

limites do próprio conhecimento, não importa em que fase da vida você esteja: se está prestando vestibular,<br />

disputando uma vaga no mercado de trabalho ou consolidando sua carreira.<br />

Por essas razões, a Editora Saraiva foi buscar na Fundação Carlos Chagas a resposta certa para você.<br />

Se a Saraiva é líder no segmento de livros jurídicos e uma das maiores no mercado de materiais didáticos<br />

para o Ensino Fundamental, Médio e Superior, isso se deve a sua vocação educativa e a seu compromisso com


6 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

a formação de várias gerações de brasileiros. Responsabilidade tão bem alinhada com a da Fundação Carlos<br />

Chagas que não poderia resultar em parceria mais certa.<br />

Agora é com você, caro leitor.<br />

Que as respostas presentes neste livro venham à altura de seus objetivos pessoais e profissionais. Que<br />

encontrá-las seja o menos árduo possível e venha como merecimento pelo que você, de fato, construiu ao<br />

longo de seu processo de aprendizagem.<br />

Deixamos registrado nosso agradecimento à Fundação Carlos Chagas, pela parceria, e também a você,<br />

a quem jamais poderíamos deixar de dar uma resposta à altura.<br />

Receba nosso muito obrigado por sua escolha e nossos votos de sucesso em seus futuros desafios!


NOTA DOS COORDENADORES<br />

Coleção Resposta Certa<br />

Fundação Carlos Chagas<br />

Esta Coleção foi desenvolvida para suprir a maior necessidade do concursando: fixar a matéria por meio<br />

da resolução de exercícios. Assim, avaliamos que, para ser aprovado em concursos públicos, o aluno precisa<br />

treinar sempre e, sobretudo, aplicar o que aprendeu com o texto legal e com a teoria, pois, caso contrário, não<br />

obterá êxito em sua caminhada, tendo em vista que a concorrência é enorme.<br />

A escolha das provas aplicadas pela Fundação Carlos Chagas deveu-se ao grande número de concursos<br />

normalmente realizado pela organização. A título de exemplo, os que são promovidos para ingresso nas<br />

seguintes instituições:<br />

• Banco Central<br />

• Câmara dos Deputados<br />

• Defensorias Públicas<br />

• ICMS – Agentes Fiscais<br />

• ISS – Auditor de São Paulo<br />

• Magistraturas Estaduais<br />

• Ministério Público Estadual<br />

• Ministério Público da União<br />

• Procuradorias Municipais, Estaduais e Federais<br />

• Tribunais de Justiça<br />

• Tribunais de Contas<br />

• Tribunais Regionais Eleitorais<br />

• Tribunais Regionais Federais das 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª Regiões<br />

• Tribunais Regionais do Trabalho etc.<br />

Antecipamos ao leitor que os comentários de cada volume são breves e objetivos, especialmente quando<br />

o tratamento de um tema específico exige exame mais profundo.<br />

Em função da sistemática adotada, pudemos selecionar um número bastante razoável de questões, o que<br />

possibilitou a diversificação dos temas. Além disso, demonstramos ao concursando que muitas vezes as indagações<br />

dos examinadores são as mesmas para carreiras distintas.


8 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

Importante mencionar que todos os autores já foram um dia aprovados em concurso. Entre eles há professores<br />

especializados em cursos preparatórios. Isso denota a importância de conhecer a instituição organizadora,<br />

o que é fundamental para a obtenção do êxito.<br />

Para facilitar o manuseio, a Coleção foi dividida por matérias, cada uma apresentando um número<br />

mínimo de questões que possa, por assim dizer, “cobrir” os editais dos diversos concursos públicos ou privados.<br />

Com essa sistemática, estamos absolutamente certos de que os comentários propiciarão uma excelente<br />

ferramenta de desenvolvimento e depuração do raciocínio do candidato.<br />

Em algumas das questões, o autor diverge do gabarito oficial. Para esses casos, os respectivos comentários<br />

apresentam a fundamentação legal, doutrinária e jurisprudencial.<br />

Por óbvio, não houve por parte dos autores de cada volume específico a pretensão de esgotar os diferentes<br />

temas. Nosso desejo é levar o aluno a testar seus conhecimentos e, acima de tudo, descobrir exatamente<br />

qual é a tônica da arguição da banca que o examinará em sua prova.<br />

Com essa receita, estamos convencidos de que o candidato atingirá seu objetivo: ser aprovado!<br />

Sucesso a todos os concursandos e estudiosos.<br />

Que Deus ilumine o caminho de vocês nesta jornada.<br />

Por oportuno, agradecemos à diretoria da Editora Saraiva, sobretudo aos amigos Nilson e Luiz Roberto,<br />

pela atenção dispensada aos projetos encaminhados. Aos queridos amigos e companheiros que nos acompanham<br />

nos últimos anos: Vanderlei, Edson e Jônatas, que, em primeiro lugar, tiveram contato com os<br />

projetos e sempre ofereceram apoio incondicional, não medindo esforços para a sua realização, inclusive<br />

deste, em especial, oferecemos nossa eterna estima e grande carinho.<br />

Aos amigos do editorial: Clarissa, Lígia, Manuella, Thiago e Vinícius.<br />

Aos queridos amigos do departamento comercial: ao Rubens, que lidera uma equipe de profissionais do<br />

mais alto gabarito, trabalhando duro pelo sucesso comercial de nossos projetos. Ao estimado Sérgio e a todos<br />

os demais amigos: André, Antônio Roberto, Clarice, Diná, Roberto e Tiago.<br />

A todos vocês o nosso especial agradecimento.<br />

Os Coordenadores<br />

Alessandro Ferraz<br />

Advogado. Ex-serventuário do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.<br />

Professor de Direito Constitucional e Administrativo em cursos preparatórios<br />

para carreiras públicas. Professor do Obcursos São Paulo, Curso Formação<br />

e Complexo Jurídico Damásio de Jesus.<br />

Fábio Vieira Figueiredo<br />

Advogado e consultor jurídico.<br />

Doutorando e Mestre em Direito Civil Comparado pela PUCSP.<br />

Pós-graduado (lato sensu) em Direito Empresarial e Direito Contratual.<br />

Professor em diversos cursos de graduação e pós-graduação (USCS, USJT e FDDJ)<br />

e preparatórios para concursos.


APRESENTAÇÃO<br />

Caro aluno,<br />

Neste trabalho, você encontrará toda a teoria apresentada nos programas para concursos relativos aos<br />

segundo e terceiro graus, contendo itens ligados à gramática, bem como à interpretação de textos.<br />

Cabe lembrar que esta pequena obra não substitui o livro. Portanto, havendo dúvidas, caro leitor, consulte<br />

uma gramática, pois o livro ainda é a melhor “apostila” que existe.<br />

Quanto ao índice, a ideia de facilitar a consulta levou-nos a dividi-lo por assuntos. Dessa forma, o leitor<br />

poderá estudar os temas gradativamente.<br />

Em tempos de concursos, costuma-se ouvir todo tipo de argumento. Não perca tempo ouvindo “palpites<br />

ou lendas”, pois, se sua dúvida for de Língua Portuguesa, procure um profissional habilitado para tal, ou<br />

seja, “Se persistirem os sintomas, procure um professor de português”.<br />

Que este pequeno trabalho seja de enorme valia para seus estudos e desde agora...<br />

Boa Sorte!


ÍNDICE<br />

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO<br />

Questões: 1, 2, 4, 11, 12, 13, 19, 20, 26, 30, 31, 41, 49, 50, 51, 58, 59, 60, 66, 67, 69, 71, 72, 73, 74, 81, 82, 83,<br />

85, 86, 93, 103, 108, 125, 126, 127, 129, 134, 145, 146, 149, 155, 156, 159, 189, 190, 193, 199, 205, 206, 207,<br />

208, 210, 214, 221, 222, 230, 231, 234, 235, 236, 239, 241, 248, 257, 260, 263, 269, 270, 271, 272, 273, 279,<br />

280, 283, 288, 289, 290, 294, 298, 299.<br />

ESTRUTURA, FORMAÇÃO E COMPOSIÇÃO DAS PALAVRAS, ORTOGRAFIA E ACENTUAÇÃO GRÁFICA<br />

Questões: 3, 21, 37, 38, 53, 62, 67, 79, 86, 90, 94, 107, 119, 132, 135, 142, 143, 152, <strong>16</strong>0, <strong>16</strong>1, <strong>16</strong>2, <strong>16</strong>3, <strong>16</strong>4,<br />

<strong>16</strong>5, <strong>16</strong>6, <strong>16</strong>7, <strong>16</strong>8, 170, 172, 173, 174, 175, 176, 177, 178, 179, 180, 181, 196, 197, 203, 212, 249, 250, 266, 292.<br />

SINTAXE DE PALAVRAS, DE <strong>COL</strong>OCAÇÃO E REDAÇÃO OFICIAL<br />

Questões: 7, 14, 36, 46, 56, 57, 88, 92, 94, 102, 103, 110, 113, 121, 131, 137, 185, 213, 220, 223, 225, 229, 235,<br />

251, 253, 254, 256, 259, 261, 268, 282, 286, 287.<br />

VERBO. VOZES, TEMPO E FLEXÃO<br />

Questões: 5, 6, 8, <strong>16</strong>, 23, 28, 34, 42, 47, 54, 64, 65, 70, 77, 78, 80, 83, 96, 98, 100, 101, 103, 104, 107, 109, 114,<br />

1<strong>16</strong>, 117, 118, 122, 139, 143, 147, 150, 151, 153, 158, 184, 192, 197, 219, 224, 226, 228, 262, 276, 285, 288, 293.<br />

SINTAXE DE ORAÇÃO E PERÍODO. ELEMENTOS DA PARÁFRASE – ADVÉRBIOS E CONJUNÇÕES<br />

Questões: 10, 18, 19, 27, 29, 32, 33, 35, 43, 44, 53, 55, 56, 63, 75, 79, 83, 84, 85, 86, 87, 89, 94, 95, 99, 105,<br />

109, 115, 124, 126, 128, 135, 136, 137, 138, 146, 148, 149, 157, 182, 183, 186, 187, 188, 191, 194, 195, 198,<br />

200, 202, 203, 209, 215, 223, 232, 238, 240, 242, 243, 244, 245, 247, 252, 255, 258, 267, 275, 281, 283, 284,<br />

285, 295, 300, 301.<br />

SINTAXE DE CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL<br />

Questões: 15, 17, 22, 39, 40, 45, 61, 70, 76, 88, 90, 100, 106, 110, 111, 113, 117, 130, 131, 144, 152, 154, 158,<br />

<strong>16</strong>9, 171, 197, 217, 241, 262, 277, 278, 282, 283, 291, 297, 299.<br />

SINTAXE DE REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL E USO DA PREPOSIÇÃO<br />

Questões: 24, 25, 48, 56, 62, 65, 79, 99, 102, 105, 106, 110, 111, 112, 123, 124, 131, 133, 141, 152, 188, 201,<br />

211, 2<strong>16</strong>, 220, 221, 233, 242, 243, 246, 264, 265.<br />

PONTUAÇÃO<br />

Questões: 9, 52, 68, 88, 97, 99, 120, 140, 204, 217, 227, 237, 274, 296.


TRE/AC – ANALISTA JUDICIÁRIO –<br />

ÁREA JUDICIÁRIA – 2010<br />

Atenção: As questões de 1 a 10 referem ‐se ao texto seguinte.<br />

Mordacidade de Montesquieu<br />

O grande pensador Montesquieu, uma das mais iluminadas inteligências da França do século<br />

XVIII, um mestre para os estudos jurídicos, era também um exuberante talento artístico. Em 1721<br />

aparece sua primeira obra literária, as Cartas persas, nas quais retrata satiricamente toda a civilização<br />

francesa, por meio da suposta correspondência de dois viajantes persas em andanças por Paris<br />

e desejosos de “instruir‐se nas ciências do Ocidente”. Em Paris, contemplam uma cidade onde “as<br />

casas são tão altas que se as julgaria habitadas por astrólogos” e tão extremamente povoadas que,<br />

“quando todo mundo desce para as ruas, faz ‐se uma bela confusão.”<br />

O rei da França parece ‐lhes “o mais poderoso príncipe da Europa. Não tem minas de ouro<br />

como o rei da Espanha, seu vizinho, mas tem mais riquezas porque as tira da vaidade dos súditos,<br />

inesgotável mais que as minas... Esse rei é um grande mágico: exerce seu império sobre o próprio<br />

espírito dos súditos, fazendo ‐os pensar como ele. Se não tem mais que um milhão de escudos em<br />

seu tesouro e tem necessidade de dois, não precisa fazer mais do que persuadi ‐los de que um escudo<br />

vale dois, e todo mundo acredita.”<br />

À crítica da autoridade política, característica do Século das Luzes, junta ‐se à da autoridade<br />

religiosa, quando os persas encontram “um outro mágico, mais forte que o rei e não menos mestre<br />

de seu próprio espírito quanto do espírito dos outros. Esse mágico chama ‐se Papa e faz crer aos<br />

súditos que três não é mais que um, que vinho não é vinho, que pão não é pão, e mil outras coisas<br />

da mesma espécie. Para não dar descanso aos súditos e não deixá ‐los perder o hábito da crença,<br />

fornece a eles, de quando em quando, certos tratados de fé.”<br />

O sarcasmo estende ‐se aos costumes, e Montesquieu põe na boca dos persas palavras de admiração<br />

ao encontrarem mulheres muito habilidosas que “fazem da virgindade uma flor que perece e


14 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

renasce todos os dias”. Os caprichos da moda entre os franceses parecem ‐lhes surpreendentes, e<br />

“não se acreditaria em quanto custa ao marido colocar sua mulher na moda.”<br />

Extraído do encarte a Montesquieu. São Paulo: Abril, Os pensadores, 1973.<br />

1<br />

TRE/AC – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

Em relação à apresentação e à organização do texto, é<br />

correto afirmar que<br />

A) a referência, no primeiro parágrafo, à contribuição<br />

de Montesquieu para os estudos jurídicos encontra<br />

sustentação no último parágrafo.<br />

B) a utilização das aspas indica que os trechos assim<br />

ressaltados correspondem a uma tradução de fragmentos<br />

das Cartas persas de Montesquieu.<br />

C) o segundo e o terceiro parágrafos encerram críticas<br />

de Montesquieu às baldadas tentativas dos mandatários<br />

que buscavam amenizar o autoritarismo<br />

do regime.<br />

D) o último parágrafo corresponde a uma efetiva conclusão<br />

do texto, já que nele se comprovam as teses<br />

propostas nos parágrafos anteriores.<br />

E) seu autor não se furtou, utilizando para isso as<br />

aspas de praxe, a emitir opinião pessoal acerca<br />

do mérito mesmo das questões satirizadas por<br />

Montesquieu.<br />

Alternativa B – CERta<br />

Questão típica sobre pontuação, caro leitor. O uso das aspas<br />

indica a possibilidade de ressaltar ‐se em um texto algo<br />

que tenha sido dito ou escrito por alguém que não o autor.<br />

Alternativa A – errada<br />

O último parágrafo refere ‐se ao sarcasmo de Montesquieu.<br />

Alternativa C – errada<br />

Não há crítica, e sim uma referência ao rei e sua maneira<br />

de agir em relação ao povo; não há efetiva conclusão no<br />

último parágrafo.<br />

Alternativa D – errada<br />

Pois Montesquieu “põe na boca dos persas”, não sendo,<br />

portanto, uma conclusão, e sim uma explicação.<br />

Alternativa E – errada<br />

Induz o aluno ao erro, pois as aspas só serão usadas para<br />

indicar citação, e não dizeres próprios. Portanto, o autor,<br />

para dizer algo “seu”, não necessitaria das aspas.<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

2<br />

TRE/AC – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

Esta é uma questão que não foi contemplada, no texto,<br />

como objeto da sátira de Montesquieu:<br />

A) os excessos arquitetônicos da cidade de Paris.<br />

B) a habitual usura dos súditos franceses.<br />

C) a atuação dos símbolos na linguagem católica.<br />

D) a dissimulação feminina das experiências sexuais.<br />

E) os traços de um autoritarismo ludibrioso e inescrupuloso.<br />

Alternativa B – certa<br />

A resposta a esta afirmativa está no segundo parágrafo na<br />

demonstração de poder do rei em convencer seus súditos,<br />

e não que os franceses fossem usurários.<br />

Alternativa A – errada<br />

A resposta a esta afirmativa está no final do primeiro parágrafo.<br />

Alternativa C – errada<br />

O texto traz à tona que, muito mais poderoso que o símbolo<br />

real, estão os símbolos da igreja.<br />

Alternativa D – errada<br />

Este item encontra ‐se no último parágrafo do texto.<br />

Alternativa E – errada<br />

Este item é a síntese do texto, ou, a autoridade do rei que<br />

engana e não se recente de escrúpulos, no que concerne<br />

“à coisa pública”.<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

3<br />

TRE/AC – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

Comenta ‐se corretamente um aspecto do texto, em redação<br />

conforme a norma culta, em:<br />

A) Nas Cartas persas, Montesquieu valeu ‐se de um<br />

documento genuinamente histórico, quanto mais<br />

não seja para fazê ‐lo insurgir ‐se diante do regime<br />

francês.<br />

B) Apropriando ‐se imaginariamente de uma correspondência<br />

entre dois persas, Montesquieu os consita<br />

para si e faz deles emissores de sua própria crítica.<br />

C) Com o estratagema de uma forjada correspondência<br />

entre dois persas, Montesquieu acaba por denunciar<br />

as mazelas que vê na França do Século das Luzes.<br />

D) Pustulando a autoria de cartas efetivamente persas,<br />

Montesquieu deseja satirizar os hábitos franceses,<br />

e acaba estendendo ‐os a todos os demais do<br />

Século das Luzes.<br />

E) Estreiando na literatura com as Cartas persas,<br />

Montesquieu já apregoava os maus costumes franceses,<br />

deblaterando ‐os à revelia do monarca e do<br />

próprio Papa.


Português 15<br />

Alternativa C – <strong>CERTA</strong><br />

Alternativa A – errada<br />

A alternativa A apresenta desvio de compreensão “quanto<br />

mais não seja...”; nas alternativas seguintes, o desvio<br />

refere ‐se à parte ortográfica.<br />

Alternativa B – errada<br />

Ortograficamente, escreve ‐se o verbo concitar (excitar,<br />

incitar) com “c”, e não como consta, “consita”.<br />

Alternativa D – errada<br />

O correto é postulando.<br />

Alternativa E – errada<br />

O correto é estreando. Vale aqui, caro leitor, um adendo<br />

extremamente importante: cuidado com os verbos em<br />

“ear”. Na verdade não existe a vogal “i”, que a maioria<br />

coloca por desvio fonético. Tomemos, por exemplo, o<br />

verbo cear no presente do indicativo: Eu ceIo, tu ceIas, ele<br />

ceIa. A partir daí, a semivogal I desaparece: nós ceamos,<br />

vós ceais, o que ocorre com todos os verbos terminados<br />

em “ear”.<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

4<br />

TRE/AC – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

Deve ‐se entender, pelo sentido que há no contexto,<br />

que o segmento<br />

A) era também um exuberante talento artístico é uma<br />

informação enfática e inclusiva.<br />

B) por meio da suposta correspondência é uma alusão<br />

à eventual legitimidade das cartas.<br />

C) porque as tira da vaidade dos súditos é uma reiteração<br />

da vaidade do rei da França.<br />

D) exerce seu império sobre o próprio espírito dos súditos<br />

é uma condenação da subserviência imperial.<br />

E) não menos mestre de seu próprio espírito quanto<br />

do espírito dos outros é uma comprovação das práticas<br />

piedosas do Papa.<br />

Alternativa A – CERta<br />

Alternativa B – errada<br />

O termo, suposta, refere ‐se não à legitimidade das cartas,<br />

e sim à intenção do autor quanto à veracidade dos fatos<br />

que vinham ocorrendo na França naquele momento.<br />

Alternativa C – errada<br />

Não há reiteração, mas, sim, a causa do sucesso do rei.<br />

Alternativa D – errada<br />

O autor não se refere à subserviência, mas à vaidade humana<br />

muito bem explorada pelo rei.<br />

Alternativa E – errada<br />

A ironia usada pelo autor em relação às atitudes do Papa<br />

não estão ligadas às práticas piedosas, mas a uma denúncia<br />

à exploração da crença.<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

5<br />

TRE/AC – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

A forma verbal resultante da transposição para a voz<br />

passiva da frase<br />

a) quanto às minas de ouro, o rei as tira da vaidade<br />

dos súditos será tê ‐las‐á tirado.<br />

B) retrata satiricamente toda a civilização francesa<br />

será tem ‐na retratado.<br />

C) exerce seu império sobre o próprio espírito dos súditos<br />

será têm sido exercidos.<br />

D) fornece a eles (...) certos tratados de fé será são‐<br />

‐lhes fornecidos.<br />

E) custa ao marido colocar sua mulher na moda será<br />

custa ‐lhe tê ‐la colocado.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

A voz passiva correta é: “as minas são tiradas pelo rei”.<br />

Alternativa B – errada<br />

O correto é: “toda a civilização é retratada”.<br />

Alternativa C – errada<br />

O correto é: “é exercido”.<br />

Alternativa E – errada<br />

O verbo custar no sentido de dificultar é transitivo indireto,<br />

não havendo, portanto, possibilidade de voz passiva.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

6<br />

TRE/AC – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

O verbo indicado entre parênteses deverá ser flexionado<br />

numa forma do singular para preencher de modo<br />

correto a lacuna da frase:<br />

A) Nem mesmo se ...... (atrever) a repudiar as mordazes<br />

críticas de Montesquieu quem por elas se sentisse<br />

atingido.<br />

B) ...... (vir) somar ‐se ao autoritarismo político as ingerências<br />

autoritárias do poder religioso.<br />

C) Não ...... (ficar) à margem da dura crítica de Montesquieu<br />

nem mesmo algumas características das<br />

construções parisienses.<br />

D) ...... (constituir) matéria para o riso do filósofo até<br />

mesmo os ritos e os símbolos católicos.<br />

E) Não ...... (escapar) à crítica de Montesquieu quaisquer<br />

atitudes que lhe parecessem viciosas.<br />

Alternativa A – CERta<br />

O verbo atrever ‐se deverá concordar com o pronome indefinido<br />

quem, portanto, na 3ª pessoa do singular. “Nem<br />

mesmo se atreve a repudiar as mordazes críticas de Montesquieu<br />

quem por elas se sentisse atingido.” O verbo atrever ‐se<br />

– pronominal – é transitivo indireto, exigindo a presença<br />

da preposição a, não permitindo, portanto, o plural.


<strong>16</strong> Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

Alternativa B – errada<br />

O verbo deve concordar com o núcleo substantivo “ingerências”,<br />

portanto, virem.<br />

Alternativa C – errada<br />

“Ficam” concordará com o núcleo substantivo “características”.<br />

Alternativa D – errada<br />

“Constituem” concordará com os núcleos substantivos<br />

“ritos e símbolos”.<br />

Alternativa E – errada<br />

“Escapam” concordará com o substantivo núcleo<br />

“atitudes”.<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

7<br />

TRE/AC<br />

– Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

Com o tempo, o sarcasmo de Montesquieu tornou ‐se<br />

proverbial, mas no século XVIII temiam esse sarcasmo<br />

todos os que se sentissem objetos possíveis dele, já<br />

que o filósofo explorava esse sarcasmo com a arte de<br />

quem sabe tornar o sarcasmo uma arma mortal.<br />

Evitam ‐se as viciosas repetições do período acima<br />

substituindo ‐se os elementos sublinhados, na ordem<br />

dada, por:<br />

A) temam ‐no – lhe explorava – o sabe tornar.<br />

B) lhe temiam – o explorava – lhe sabe tornar.<br />

C) temiam ‐no – o explorava – sabe torná ‐lo.<br />

D) temiam a ele – explorava ‐lhe – sabe torná ‐lo.<br />

E) o temam – explorava ‐o – sabe tornar ‐lhe.<br />

Alternativa C – CERta<br />

Trata ‐se de questão sobre substituição do termo substantivo<br />

pelo pronome equivalente, senão vejamos: para o<br />

objeto direto, caro leitor, usaremos sempre os pronomes<br />

o e a, e, para o objeto indireto, usaremos o pronome lhe,<br />

correto? Nesta questão, estamos diante de verbos transitivos<br />

diretos: temer, explorar e tornar. Se o verbo estiver<br />

na 3ª pessoa do plural, terá o som nasal, sendo, portanto,<br />

no, na, nos, nas, e, com verbos terminado em r, s e z, suprimimos<br />

a consoante acrescentando lo, la, los, las. Assim,<br />

temiam ‐no, o explorava e sabe torná ‐lo.<br />

Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

8<br />

TRE/AC – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

Está correta a flexão de todas as formas verbais na<br />

frase:<br />

A) Muitos dos contemporâneos de Montesquieu conviram<br />

em que ele cometia intoleráveis abusos no<br />

exercício de sua crítica.<br />

B) O que hoje não mais constitue escândalo, à época<br />

de Montesquieu podia ser uma abominável prática<br />

social.<br />

C) Os herdeiros intelectuais de Montesquieu recomporam<br />

suas ideias ao longo do tempo e as adaptaram<br />

a diferentes circunstâncias.<br />

D) Mesmo que os católicos mais críticos intervissem<br />

junto às autoridades, Montesquieu não arrefeceria<br />

o tom de suas ironias.<br />

E) Nada faria com que um espírito crítico como o de<br />

Montesquieu detivesse sua mordacidade diante<br />

das mazelas de sua época.<br />

Alternativa E – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

O correto é convieram.<br />

Alternativa B – errada<br />

ConstituI (cuidado, caro aluno, pois essa troca de vogais<br />

é comum em verbos terminados em “ear”, “iar” e “uar”).<br />

Alternativa C – errada<br />

O correto é recompuseram, pois o verbo recompor, derivado<br />

por prefixação do verbo pôr, deverá ser conjugado tal<br />

qual o primitivo.<br />

Alternativa D – errada<br />

O verbo intervir, derivado do verbo vir por prefixação,<br />

deverá ser conjugado como tal, ou seja, se (...) viessem,<br />

se... interviessem.<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

9<br />

TRE/AC – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

Está inteiramente adequada a pontuação do seguinte<br />

período:<br />

A) Por meio das Cartas persas, Montesquieu, acabou<br />

atingindo de forma inapelável, não apenas as instituições<br />

políticas, mas também a própria Igreja Católica<br />

satirizada, nada mais nada menos, que em<br />

sua autoridade máxima, a figura do Papa.<br />

B) Por meio das Cartas persas, Montesquieu acabou<br />

atingindo, de forma inapelável, não apenas as instituições<br />

políticas, mas também, a própria Igreja<br />

Católica; satirizada nada mais nada menos, que em<br />

sua autoridade máxima a figura do Papa.<br />

C) Por meio das Cartas persas Montesquieu acabou<br />

atingindo de forma inapelável, não apenas as instituições<br />

políticas mas também a própria Igreja Católica,<br />

satirizada nada mais nada menos, que em sua<br />

autoridade máxima, a figura do Papa.<br />

D) Por meio, das Cartas persas, Montesquieu acabou<br />

atingindo de forma inapelável: não apenas as instituições<br />

políticas, mas, também, a própria Igreja Católica;<br />

satirizada nada mais, nada menos, que em<br />

sua autoridade máxima: a figura do Papa.


Português 17<br />

E) Por meio das Cartas persas, Montesquieu acabou<br />

atingindo, de forma inapelável, não apenas as instituições<br />

políticas, mas também a própria Igreja<br />

Católica, satirizada, nada mais, nada menos, que<br />

em sua autoridade máxima: a figura do Papa.<br />

Alternativa E – CERta<br />

Note, caro leitor, na alternativa E, as vírgulas isolando os<br />

adjuntos adverbiais “Por meio de...” e “de forma inapelável...”,<br />

as vírgulas intercalando orações aditivas: “... não<br />

apenas..., mas também...”, isolando explicação: “satirizada”,<br />

isolando termos ilustrativos, como “... nada mais,<br />

nada menos...” e o aposto determinante de atenção ao<br />

termo: “o Papa”.<br />

Alternativa A – errada<br />

Não haverá vírgula entre “Montesquieu”, o sujeito, e<br />

“acabou”, o verbo.<br />

Alternativa B – errada<br />

Não poderá haver vírgula após mas também.<br />

Alternativa C – errada<br />

Vírgulas obrigatórias em após “Cartas persas” e após<br />

“instituições políticas”.<br />

Alternativa D – errada<br />

Duas vírgulas desnecessárias no adjunto adverbial “por<br />

meio de”. Totalmente incorreto o uso de dois ‐pontos. Excesso<br />

de vírgulas, isolando conjunções aditivas, todas<br />

elas desnecessárias.<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

10<br />

TRE/AC – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

Atente para as seguintes afirmações:<br />

I – O sentido da frase “Esse rei é um grande mágico:<br />

exerce seu império sobre o próprio espírito dos súditos”<br />

não se altera caso se substitua o sinal de dois‐<br />

‐pontos por conquanto.<br />

II – Na frase “O sarcasmo estende ‐se aos costumes, e<br />

Montesquieu põe na boca dos persas palavras de admiração<br />

ao encontrarem mulheres muito habilidosas (...)”,<br />

a conjunção e pode ser substituída por haja vista que.<br />

III – Com a afirmação “fazem da virgindade uma flor<br />

que perece e renasce todos os dias”, Montesquieu reconhece<br />

os sinceros escrúpulos da moralidade francesa.<br />

Está correto apenas o que se afirma em<br />

A) II.<br />

B) III.<br />

C) I e II.<br />

D) II e III.<br />

E) I.<br />

Alternativa B – CERta<br />

Item III – resposta certa: Perecer e renascer são ideias contrárias<br />

sendo interpretados como pontos de referência moral.<br />

Item I – resposta errada: A conjunção conquanto não poderia<br />

substituir os dois ‐pontos, uma vez que represente<br />

oposição de ideias.<br />

Item II – resposta errada: A conjunção E não estabelece<br />

relação de causa. É uma conjunção aditiva.<br />

Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa B


TRT/9ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA<br />

JUDICIÁRIA – EXECUÇÃO DE MANDADOS – 2010<br />

Atenção: As questões de 11 a 18 referem ‐se ao texto que segue.<br />

O poder nuclear e a civilização<br />

Considerando que nosso futuro será, em grande parte, determinado por nossa atitude perante<br />

a questão nuclear, é bom nos perguntarmos como chegamos até aqui, com o poder de destruir a<br />

civilização. O que isso nos diz sobre quem somos como espécie?<br />

Nossa aniquilação é inevitável ou será que seremos capazes de garantir nossa sobrevivência<br />

mesmo tendo em mãos armas de destruição em massa? Infelizmente, armas nucleares são monstros<br />

que jamais desaparecerão. Nenhuma descoberta científica “desaparece”. Uma vez revelada, permanece<br />

viva, mesmo se condenada como imoral por uma maioria. O pacto que acabamos por realizar<br />

com o poder tem um preço muito alto. É irreversível. Não podemos mais contemplar um mundo<br />

sem armas nucleares. Sendo assim, será que podemos contemplar um mundo com um futuro?<br />

O medo e a ganância – uma combinação letal – trouxeram ‐nos até aqui. Por milhares de anos,<br />

cientistas e engenheiros serviram o Estado em troca de dinheiro e proteção. Cercamo ‐nos de inimigos<br />

reais ou virtuais e precisamos proteger nosso país e nossos lares a qualquer preço. O patriotismo<br />

é o maior responsável pela guerra. Não é à toa que Einstein queria ver as fronteiras abolidas.<br />

Olhamos para o Brasil, os Estados Unidos e a Comunidade Europeia, onde fronteiras são cada<br />

vez mais invisíveis, e temos evidência empírica de que a união de Estados sem fronteiras leva à estabilidade<br />

e à sobrevivência. A menos que as coisas mudem profundamente, é difícil ver essa estabilidade<br />

ameaçada. Será, então, que a solução – admito, extremamente remota – é um mundo sem<br />

fronteiras, uma sociedade de fato globalizada e economicamente integrada? Ou será que existe outro<br />

modo de garantir nossa sobrevivência a longo prazo com mísseis e armas nucleares apontando<br />

uns para os outros, prontos a serem detonados? O que você diz?<br />

Adaptado de Marcelo Gleiser, Folha de S.Paulo, 18/04/2010.


Português 19<br />

11<br />

TRT/9ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

Entre as razões que podem sustentar uma posição pessimista,<br />

no que toca ao futuro de uma civilização com<br />

o poder de se destruir, estão<br />

A) a globalização político ‐econômica e o aferrado<br />

sentimento patriótico.<br />

B) a inevitabilidade de uma detonação nuclear e o<br />

protecionismo econômico.<br />

C) a permanência inexorável das armas nucleares e a<br />

exacerbação do patriotismo.<br />

D) a desintegração econômica dos Estados e o desejo<br />

de se abolirem as fronteiras.<br />

E) o pacto com o poder a qualquer preço e a iminência<br />

de uma globalização econômica.<br />

Alternativa C – CERta<br />

A resposta para esta questão está no terceiro parágrafo,<br />

quando o autor, ao citar Einstein, culpa o patriotismo<br />

como questão preponderante para a existência da guerra.<br />

Alternativa A – errada<br />

O autor não caracteriza globalização como elemento de<br />

destruição.<br />

Alternativa B – errada<br />

O autor não vê o processo nuclear como “inevitabilidade”,<br />

ou seja, algo inevitável.<br />

Alternativa D – errada<br />

Nesta alternativa, encontram ‐se elementos que podem<br />

servir como elementos que possam evitar a guerra nuclear.<br />

Alternativa E – errada<br />

O autor considera a globalização uma ideia contrária à<br />

guerra nuclear.<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

12<br />

TRT/9ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

Atente para as seguintes afirmações:<br />

I – Diante da questão das fronteiras entre os Estados, a<br />

posição do autor do texto e a de Einstein, uma vez confrontadas,<br />

acusam uma séria divergência.<br />

II – A indagação anterior a O que você diz? é um exemplo<br />

de pergunta retórica.<br />

III – O autor não isenta cientistas e engenheiros da responsabilidade<br />

pelas consequências do emprego do poder<br />

nuclear, mas não os vincula às razões de Estado.<br />

Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma<br />

em<br />

A) I.<br />

B) II.<br />

C) III.<br />

D) I e II.<br />

E) II e III.<br />

Alternativa B – CERta<br />

A pergunta retórica consiste em, ao fazer a pergunta, esperar<br />

uma resposta afirmativa.<br />

Questão típica para interpretação, caro aluno.<br />

Item I – resposta errada: as opiniões do autor e de Einstein<br />

convergem.<br />

Item III – resposta errada: vincula engenheiros e cientistas<br />

aos negócios de Estado.<br />

Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

13<br />

TRT/9ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

Ao considerar que nenhuma descoberta científica “desaparece”<br />

o autor sugere que<br />

A) as evidências do progresso da ciência são tantas<br />

que não temos razões para colocá ‐lo em questão.<br />

B) nada se extingue no campo da ciência porque tudo<br />

obedece ao princípio básico da transformação.<br />

C) os cientistas têm razões éticas para alterar o rumo<br />

de descobertas que lhes pareçam nocivas.<br />

D) a ciência implica acumulação e preservação, e não<br />

o descarte das suas descobertas.<br />

E) a ciência, em seu processo de desenvolvimento, é<br />

imune à ingerência do poder político.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Atente, caro leitor, que a alternativa D nada mais é que<br />

uma paráfrase, ou seja, apenas disse com outras palavras<br />

a afirmativa do segundo parágrafo, em que o autor afirma<br />

que “nenhuma descoberta científica desaparece; uma<br />

vez revelada, permanece viva.”<br />

Alternativa A – errada<br />

Segundo o autor, as evidências do progresso da ciência<br />

são tantas que devemos, sim, colocá ‐lo em questão.<br />

Alternativa B – errada<br />

Segundo o texto, tudo que, na ciência, foi feito, segundo<br />

o autor, ficará “guardado” e nunca será destruído.<br />

Alternativa C – errada<br />

Segundo o autor, o poder e a ganância sobrepõem ‐se à<br />

ética.<br />

Alternativa E – errada<br />

Segundo o texto, a ciência subjuga ‐se poder político.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

14<br />

TRT/9ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

Nossa aniquilação é inevitável ou será que seremos capazes<br />

de garantir nossa sobrevivência mesmo tendo<br />

em mãos armas de destruição em massa?<br />

Na frase acima,


20 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

A) mesmo as tendo em mãos é correta alternativa de<br />

construção, com emprego pronominal.<br />

B) o termo ou expressa uma alternância repetitiva.<br />

C) o segmento mesmo tendo pode ser corretamente<br />

substituído por desde que tenhamos.<br />

D) ou será que a seremos capazes de garantir é correta<br />

alternativa de construção, com emprego<br />

pronominal.<br />

E) o segmento nossa aniquilação é inevitável pode<br />

ser substituído pelo equivalente nossa conflagração<br />

é irredutível.<br />

Alternativa A – CERta<br />

O verbo ter, caro aluno, é transitivo direto, exigindo a<br />

presença do pronome pessoal do caso oblíquo as, em<br />

substituição a “armas de destruição em massa”.<br />

Alternativa B – errada<br />

Temos uma única alternativa; o termo “mesmo tendo”<br />

estabelece relação de oposição, enquanto o termo “desde<br />

que” estabelece relação de condição – apresentando sentido<br />

hipotético.<br />

Alternativa C – errada<br />

“Mesmo” estabelece relação de oposição, enquanto “desde<br />

que” estabelece uma hipótese ou relação de condição.<br />

Alternativa D – errada<br />

O correto seria “será que seremos capazes de garanti ‐la”.<br />

Alternativa E – errada<br />

O termo “conflagração” não é sinônimo de “aniquilação”.<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

15<br />

TRT/9ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

Está adequada a concordância verbal nesta construção:<br />

A) nem negligência, nem incúria: a combinação letal<br />

do medo e da ganância trouxeram ‐nos até aqui.<br />

B) dizem muito, sobre nós e nossa espécie, o que nos<br />

fez chegar até aqui?<br />

C) diante do inimigo, real ou virtual, lançam ‐se mão<br />

dos recursos nucleares.<br />

D) são cada vez mais difíceis considerar como permanentes<br />

as fronteiras entre os Estados.<br />

E) repousa nas providências que levem a Estados sem<br />

fronteiras a expectativa de que sobrevivamos.<br />

Alternativa E – CERta<br />

O verbo repousa concorda com o sujeito “a expectativa”.<br />

Repare, caro aluno, que o período está na ordem inversa.<br />

Alternativa A – errada<br />

O núcleo do substantivo é combinação. Portanto, o verbo<br />

deverá estar no singular: trouxe ‐nos.<br />

Alternativa B – errada<br />

O correto é: “diz muito... o que nos fez chegar até aqui”.<br />

Alternativa C – errada<br />

“Lança‐se mão.”<br />

Alternativa D – errada<br />

“É cada vez mais difícil considerar...”<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

<strong>16</strong><br />

TRT/9ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

Está INADEQUADA a correlação entre os tempos e modos<br />

verbais nesta reconstrução de uma frase do texto:<br />

A) Cercar ‐nos‐íamos de inimigos reais ou virtuais e<br />

precisaríamos proteger nosso país.<br />

B) O pacto que acabássemos por realizar com o poder<br />

teria um preço muito alto.<br />

C) A menos que as coisas venham a mudar profundamente,<br />

será difícil ver essa estabilidade ameaçada.<br />

D) Tivesse sido assim, será que possamos contemplar<br />

um mundo com futuro?<br />

E) Teria sido bom se nos houvéssemos perguntado<br />

como chegamos até aqui.<br />

Alternativa D – CERta<br />

A alternativa D estaria correta se o verbo poder estivesse<br />

no futuro do pretérito, ou seja: “... tivesse sido assim, será<br />

que poderíamos contemplar...?”.<br />

Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

17<br />

TRT/9ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

Está clara e correta a redação deste livre comentário<br />

sobre o texto:<br />

A) Não adiantam nem o otimismo nem o pessimismo:<br />

o que urge é tomarmos providências no sentido de<br />

se dirimir nossa divisão em países com fronteiras.<br />

B) Uma das denúncias do texto constitue de fato um<br />

alerta: que não se tome como reversível qualquer<br />

conquista a que a ciência chegue a alcançar.<br />

C) Para Albert Einstein, uma medida radical e responsável<br />

para se evitar a calamidade de uma guerra<br />

nuclear seria, pura e simplesmente, a abolição das<br />

fronteiras.<br />

D) Conquanto não tenham em vista essa mesma finalidade,<br />

muitos cientistas e engenheiros acabam<br />

servindo aos artifícios excusos de quem lucra com a<br />

ganância.<br />

E) Quanto mais os estados consigam se unir a despeito<br />

das fronteiras, assim também haverá a evidência<br />

empírica de que sejam levados à estabilidade e à<br />

sobrevivência.<br />

Alternativa C – CERta


Português 21<br />

Alternativa A – errada<br />

O correto é “não adianta...”.<br />

Alternativa B – errada<br />

O correto é constitui.<br />

Alternativa D – errada<br />

Há um erro ortográfico em “escuso”.<br />

Alternativa E – errada<br />

O correto é “quanto mais... conseguirem”; a correlação<br />

verbal correta deverá ocorrer no futuro do presente do<br />

subjuntivo.<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

18<br />

TRT/9ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

Indica ‐se uma construção com sentido equivalente ao<br />

de um segmento do texto em:<br />

A) Não é à toa que Einstein queria ver as fronteiras<br />

abolidas / Com toda a razão, Einstein desejava ver<br />

abolidas as fronteiras.<br />

B) Será, então, que a solução – admito, extremamente<br />

remota – é um mundo sem fronteiras (...) ? / A solução,<br />

pois, advirá – digamos que a longo prazo – de<br />

um mundo não demarcado? Não só os termos "remota"<br />

e "a longo prazo" diferem na interpretação,<br />

como também diferem no contexto intelectivo os<br />

termos sem fronteiras e não demarcado.<br />

C) O medo e a ganância – uma combinação letal –<br />

trouxeram ‐nos até aqui / Por uma combinação<br />

mortal, aportamos no medo e na ganância.<br />

D) Uma vez revelada, permanece viva, mesmo se condenada<br />

como imoral por uma maioria / Conquanto<br />

revelada, resta viva, embora acusada de imoral<br />

pela maioria.<br />

E) O pacto que acabamos por realizar com o poder<br />

tem um preço muito alto / O que já terminamos de<br />

pactuar com o poder tem custo muito alto.<br />

Alternativa A – CERta<br />

A paráfrase está perfeita.<br />

Alternativa B – errada<br />

O termo será indica futuro hipotético, enquanto o termo<br />

“então” estabelece relação de modo, o termo “pois”, entre<br />

vírgulas, indica conclusão.<br />

Alternativa C – errada<br />

“O medo e a ganância” – sujeito composto – agente da<br />

ação. No segundo segmento, “nós” sujeito – agente –<br />

aportamos, não havendo, por isso, a paráfrase.<br />

Alternativa D – errada<br />

“Uma vez...” estabelece relação de causa, enquanto “conquanto”<br />

estabelece hipótese.<br />

Alternativa E – errada<br />

Desaparece a paráfrase entre os termos “preço muito<br />

alto” e “custo muito alto”.<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

Atenção: As questões de 19 a 25 referem ‐se ao texto que segue.<br />

Pensando os clássicos<br />

Os pensadores da antiguidade clássica deixaram ‐nos um tesouro nem sempre avaliado em sua<br />

justa riqueza. O filósofo Sêneca, por exemplo, mestre da corrente estoica, legou ‐nos uma série preciosa<br />

de reflexões sobre a tranquilidade da alma – este é o título da tradução para o português. É ler<br />

o livrinho com calma e aprender muito. Reproduzo aqui três fragmentos, para incitar o leitor a ir<br />

atrás de todo o restante.<br />

I. Quem temer a morte nunca fará nada em prol dos vivos; mas aquele que tomar consciência<br />

de que sua sorte foi estabelecida já na sua concepção viverá de acordo com a natureza, e saberá que<br />

nada do que lhe suceda seja imprevisto. Pois, prevendo tudo quanto possa de fato vir a suceder,<br />

atenuará o impacto de todos os males, que são fardos somente para os que se creem seguros e vivem<br />

na expectativa da felicidade absoluta.<br />

II. Algumas pessoas vagam sem propósito, buscando não as ocupações a que se propuseram,<br />

mas entregando ‐se àquelas com que deparam ao acaso. A caminhada lhes é irrefletida e vã, como a<br />

das formigas que trepam nas árvores e, depois de subir ao mais alto topo, descem vazias à terra.<br />

III. Nossos desejos não devem ser levados muito longe; permitamos ‐lhes apenas sair para as<br />

proximidades, porque não podem ser totalmente reprimidos. Abandonando aquilo que não pode


22 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

acontecer ou dificilmente pode, sigamos as coisas próximas que favorecem nossa esperança (...). E<br />

não invejemos os que estão mais alto: o que parece altura é precipício.<br />

São princípios do estoicismo: aprender a viver sabendo da morte; não se curvar ao acaso, mas<br />

definir objetivos; viver com a consciência dos próprios limites. Nenhum deles é fácil de seguir, nem<br />

Sêneca jamais acreditou que seja fácil viver. Mas a sabedoria dos estoicos, que sabem valorizar o que<br />

muitos só sabem temer, continua viva, dois mil anos depois.<br />

Belarmino Serra, inédito.<br />

19<br />

TRT/9ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

No primeiro e no último parágrafo, o autor do texto<br />

busca, respectivamente,<br />

A) particularizar a contribuição de Sêneca e resumir<br />

teses de outros filósofos da mesma época.<br />

B) apresentar linhas gerais do pensamento estoico e<br />

resumir três teses de Sêneca.<br />

C) valorizar a atualidade da filosofia estoica e ressaltar<br />

os aspectos místicos dessa doutrina.<br />

D) destacar a contribuição do pensamento de Sêneca<br />

e enunciar alguns fundamentos estoicos.<br />

E) contextualizar os filósofos estoicos e repropor teses<br />

que derivam dessa filosofia.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Na alternativa D, encontramos a síntese dos parágrafos<br />

introdutório e conclusivo do texto.<br />

Alternativa A – errada<br />

Não encontramos no texto o resumo de teses de outros<br />

filósofos.<br />

Alternativa B – errada<br />

Temos a apresentação, e não o resumo das teses.<br />

Alternativa C – errada<br />

Não há aspectos místicos apresentados ou argumentos<br />

que possam levar o leitor a esse fim.<br />

Alternativa E – errada<br />

O texto coloca em evidência as teses de Sêneca, mas não<br />

contextualiza os filósofos estoicos.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

20<br />

TRT/9ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

Atente para as seguintes afirmações:<br />

I – No fragmento I, Sêneca vê como injustificável e inconsequente<br />

nosso medo de morrer, pois isso nos leva<br />

a não confiar nas surpresas positivas da vida.<br />

II – No fragmento II, Sêneca vale ‐se do exemplo das<br />

formigas para ilustrar o malogrado esforço de quem<br />

busca reconhecimento para suas virtudes.<br />

III – No fragmento III, Sêneca lembra que a esperança<br />

humana deve estar associada a desejos que não extrapolem<br />

nossas possibilidades.<br />

Está correto APENAS o que se afirma em<br />

A) I.<br />

B) II.<br />

C) III.<br />

D) I e II.<br />

E) II e III.<br />

Alternativa C – CERta<br />

Item I – resposta errada: Sêneca dá como injustificável ou<br />

inconsequente o medo de morrer – que o ser humano traz<br />

consigo – apenas justifica que este medo leva ‐nos a não<br />

aceitar o imprevisto.<br />

Item II – resposta errada: ao usar como exemplo as formigas,<br />

Sêneca não se refere à busca do reconhecimento<br />

para suas virtudes, mas, sim, pela atitude irrefletida e<br />

inútil que causa o imprevisível.<br />

Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

21<br />

TRT/9ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

Considerando ‐se o contexto, traduz ‐se adequadamente<br />

o sentido de um segmento em:<br />

A) avaliado em sua justa riqueza = examinado judiciosamente.<br />

B) sua sorte foi estabelecida já na sua concepção =<br />

desde o início seu destino foi malogrado.<br />

C) A caminhada lhes é irrefletida = o caminho parece‐<br />

‐lhes sem sentido.<br />

D) não podem ser totalmente reprimidos = não são<br />

passíveis de absoluta prevenção.<br />

E) que favorecem nossa esperança = que permitem<br />

sermos esperançosos.<br />

Alternativa E – CERta


Português 23<br />

Alternativa A – errada<br />

Avaliar não se traduz em examinar.<br />

Alternativa B – errada<br />

Não há identidade entre os termos concepção e início.<br />

Alternativa C – errada<br />

Não há também identificação entre os termos irrefletido e<br />

sem sentido.<br />

Alternativa D – errada<br />

Não há sinonímia entre “repreensão” e “prevenção”.<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

22<br />

TRT/9ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

As normas de concordância verbal estão plenamente<br />

acatadas na frase:<br />

A) Não devem os leitores de hoje imaginar que cabiam<br />

aos filósofos antigos preocupar ‐se com questões<br />

que já não fazem sentido.<br />

B) Leitores de hoje, não devemos imaginar que a um<br />

filósofo clássico ocorressem tão somente questões<br />

específicas de sua época histórica.<br />

C) Nenhum de nossos desejos, de acordo com Sêneca,<br />

deveriam transpor nossos limites, fronteiras que se<br />

deve sempre determinar.<br />

D) A cada um dos princípios do estoicismo devem corresponder,<br />

como se postulavam entre os estoicos,<br />

lúcida e consequente iniciativa nossa.<br />

E) Àqueles que não temem refletir sobre a morte<br />

reserva ‐se as recompensas de uma das mais lúcida<br />

e mais intensa.<br />

Alternativa B – CERta<br />

Ocorre uma silepse, ou seja, a concordância é com a ideia,<br />

e não com a gramática: “Leitores de hoje, não devemos<br />

imaginar...” coloca ‐se o vocativo na 3ª pessoa – leitores –,<br />

passando o verbo para a 1ª pessoa – nós –, concluindo que<br />

o autor também coloca ‐se como leitor.<br />

Alternativa A – errada<br />

O período está na ordem inversa, caro leitor; sugerimos,<br />

nessa situação, que o aluno coloque ‐o na ordem direta,<br />

ou seja: “preocupar‐se com questões que já não fazem sentido,<br />

não cabia aos filósofos antigos”.<br />

Alternativa C – errada<br />

O pronome indefinido nenhum está no singular, obrigando<br />

o verbo a concordar com ele (pronome), ficando, assim,<br />

no singular: “Nenhum (...) deveria transpor...”.<br />

Alternativa D – errada<br />

Ocorre problema de concordância: “A cada um dos princípios<br />

deve corresponder (...) iniciativa nossa”.<br />

Alternativa E – errada<br />

Problemas com a voz passiva sintética que levam a erros de<br />

concordância – “... reservam ‐se as recompensas”.<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

23<br />

TRT/9ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

A construção que Não admite transposição para voz<br />

passiva é:<br />

A) Os que vivem na expectativa da felicidade absoluta.<br />

B) Os pensadores da antiguidade clássica deixaram‐<br />

‐nos um tesouro.<br />

C) Sigamos as coisas próximas.<br />

D) E não invejemos os que estão mais alto.<br />

E) Favorecem nossa esperança.<br />

Alternativa A – CERta<br />

O verbo viver é intransitivo, não permitindo, portanto, a<br />

voz passiva.<br />

Alternativa B – errada<br />

“... um tesouro foi ‐nos deixado pelos pensadores da antiguidade.”<br />

Alternativa C – errada<br />

“... as coisas próximas sejam seguidas.”<br />

Alternativa D – errada<br />

“... e não sejam invejados os que estão mais alto.”<br />

Alternativa E – errada<br />

“... nossa esperança seja favorecida.”<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

24<br />

TRT/9ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

Está correto o emprego do elemento sublinhado na<br />

frase:<br />

A) O pensamento clássico encerra uma riqueza em cujo<br />

valor poucos prestam o devido reconhecimento.<br />

B) A morte, cujo o temor nos faz querer esquecer dela,<br />

é uma questão permanente da filosofia estoica.<br />

C) Quase nunca atentamos para os limites a que devemos<br />

impor aos nossos desejos.<br />

D) Nossas esperanças não devem projetar ‐se para<br />

além do espaço cujo domínio estamos assegurados.<br />

E) Quem vagueia sem propósito pela vida fere um dos<br />

princípios de que os estoicos jamais descuram.<br />

Alternativa E – CERta<br />

O substantivo “princípio” rege a preposição de: “... princípio<br />

de que...”.<br />

Alternativa A – errada<br />

“... riqueza a cujo valor poucos prestam o devido reconhecimento.”


24 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

Alternativa B – errada<br />

O pronome “cujo” não aceita artigo após “... cujo X temor...”.<br />

Alternativa C – errada<br />

“... limites X que devemos impor aos nossos desejos.” O<br />

verbo impor é transitivo direto e indireto, ou seja, quem<br />

impõe algo o impõe a alguém. Não existe, portanto, a preposição<br />

A antes do pronome QUE.<br />

Alternativa D – errada<br />

“... a cujo domínio estamos assegurados.” O uso da preposição<br />

A é obrigatório, pois quem está assegurado está assegurado<br />

A.<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

25<br />

TRT/9ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

É preciso CORRIGIR, por falha estrutural, a redação da<br />

frase:<br />

A) Não empreendamos caminhadas sem primeiro definir<br />

o trajeto a seguir, o esforço a despender, os<br />

objetivos a alcançar.<br />

B) Temerárias são as jornadas que mal definimos seus<br />

objetivos, assim como não avaliamos o esforço cujo<br />

trajeto nos exigirá.<br />

C) Quando não definimos o trajeto a cumprir e o esforço<br />

a despender em nossa caminhada, ela não<br />

nos trará qualquer recompensa.<br />

D) Dificilmente algum objetivo será alcançado numa<br />

caminhada para a qual não previmos um roteiro a<br />

ser seguido com segurança.<br />

E) Nenhum benefício poderemos colher de uma viagem<br />

para a qual não nos preparamos com um mínimo<br />

de cuidados e de antecedência.<br />

Alternativa B – CERta<br />

Há um desvio gramatical na alternativa devido à omissão<br />

da preposição EM. Com a devida correção, teremos:<br />

“Temerárias são as jornadas em que mal definimos seus<br />

objetivos...”.<br />

Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa B


TRE/RS – ANALISTA JUDICIÁRIO –<br />

ÁREA JUDICIÁRIA – 2010<br />

Atenção: Para responder às questões de 26 a 29, considere o texto abaixo 1 .<br />

1. Na Inglaterra dos períodos Tudor e Stuart, a visão tradicional era a de que o mundo fora criado<br />

2. para o bem do homem e as outras espécies deviam se subordinar a seus desejos e necessidades. Tal<br />

3. pressuposto fundamenta as ações dessa ampla maioria de homens que nunca pararam um instante<br />

4. para refletir sobre a questão. Entretanto, os teólogos e intelectuais que sentissem a necessidade de<br />

5. justificá ‐lo podiam apelar prontamente para os filósofos clássicos e a Bíblia. A natureza não fez<br />

6. nada em vão, disse Aristóteles, e tudo teve um propósito. As plantas foram criadas para o bem dos<br />

7. animais e esses para o bem dos homens. Os animais domésticos existiam para labutar, os selvagens<br />

8. para serem caçados.<br />

9. Os estoicos tinham ensinado a mesma coisa: a natureza existia unicamente para servir aos<br />

10. interesses humanos. Foi nesse espírito que os comentadores Tudor interpretaram o relato bíblico da<br />

11. criação. [...]<br />

12. É difícil, hoje em dia, ter noção do empolgante espírito antropocêntrico com que os pregadores<br />

13. das dinastias Tudor e Stuart interpretavam a história bíblica.<br />

Thomas Keith. O homem e o mundo natural:<br />

mudanças de atitude em relação às plantas<br />

e aos animais (1500‐1800).<br />

Tradução de João Roberto Martins Filho. São Paulo:<br />

Companhia das Letras, 1996. p. 21 ‐22.<br />

1<br />

Os textos que tinham numeração no original foram adaptados conforme a nova disposição das linhas.


26 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

26<br />

TRE/RS – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

No excerto, o autor concebe a visão tradicional como<br />

A) uma interpretação que entende o homem como<br />

uma dentre várias espécies, o que implica isonomia<br />

entre elas.<br />

B) uma concepção característica do espírito e cultura<br />

dos ingleses, sem nenhuma restrição temporal.<br />

C) um ponto de vista circunstancial necessário, que<br />

permitiu ao homem provar sua superioridade sobre<br />

os animais.<br />

D) uma percepção equivocada, pois pensadores que<br />

tentaram entendê ‐la não achavam suporte nas culturas<br />

que lhes eram contemporâneas.<br />

E) uma suposição tomada como verdadeira e não submetida<br />

a análise crítica por aqueles que nela alicerçavam<br />

sua prática.<br />

Alternativa E – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

O autor coloca ‐nos as espécies e a interdependência entre<br />

elas.<br />

Alternativa B – errada<br />

Há uma restrição temporal, pois esse princípio cabia não<br />

só aos ingleses como também aos estoicos, portanto,<br />

muito mais antiga.<br />

Alternativa C – errada<br />

Não há circunstancial necessário, visto que o princípio é<br />

Aristotélico, portanto, muito mais antigo que as definições<br />

inglesas.<br />

Alternativa D – errada<br />

Os pensadores encontraram suporte, porém as leis não<br />

eram contemporâneas.<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

27<br />

TRE/RS – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

É difícil, hoje em dia, ter noção do empolgante espírito<br />

antropocêntrico com que os pregadores das dinastias<br />

Tudor e Stuart interpretavam a história bíblica.<br />

Entende ‐se corretamente do acima transcrito, considerado<br />

em seu contexto, que<br />

A) a contemporaneidade não propicia sensações de<br />

arrebatamento de nenhuma ordem.<br />

B) a grande dificuldade dos dias atuais é aceitar com<br />

isenção de ânimo a palavra de pregadores de uma<br />

doutrina.<br />

C) a interpretação da Bíblia pelos pregadores das dinastias<br />

Tudor e Stuart é difícil de ser compreendida<br />

atualmente, em função dos elevados conhecimentos<br />

desses religiosos.<br />

D) os pregadores das dinastias Tudor e Stuart tinham<br />

a fervorosa crença, hoje dificilmente compreensível,<br />

de que o ser humano é o núcleo em torno do qual<br />

estão dispostas todas as coisas.<br />

E) o homem moderno não pode sequer imaginar<br />

como eram cheias de empolgação as pregações no<br />

tempo dos Tudor e dos Stuart, dada a centralidade<br />

do cultivo do espírito.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Temos, nesse caso, uma paráfrase, ou seja, observar o<br />

mesmo sentido, considerando ‐se o contexto.<br />

Alternativa A – errada<br />

A paráfrase não é observada, uma vez que o texto aborda<br />

a empolgação dos Tudor e dos Stuart, e não da contemporaneidade.<br />

Alternativa B – errada<br />

O texto, não se refere a “aceitar” a palavra, e sim ter “noção”<br />

do que era a palavra.<br />

Alternativa C – errada<br />

No texto, exalta ‐se o espírito empolgante dos Tudor e dos<br />

Stuart, não correlacionando esse espírito com o conhecimento.<br />

O “profundo conhecimento” não é citado no texto.<br />

Alternativa E – errada<br />

Há na alternativa àquilo que chamamos de contradição.<br />

“Empolgante” não eram as pregações, e sim a crença.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

28<br />

TRE/RS – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

A forma verbal que exprime acontecimento passado<br />

anterior a outro igualmente passado é encontrada no<br />

segmento:<br />

A) o mundo fora criado para o bem do homem.<br />

B) as outras espécies deviam se subordinar a seus desejos<br />

e necessidades.<br />

C) nunca pararam um instante.<br />

D) os teólogos e intelectuais [...] podiam apelar prontamente<br />

para os filósofos clássicos e a Bíblia.<br />

E) tudo teve um propósito.<br />

Alternativa A – CERta<br />

O pretérito mais que perfeito, ou seja, o passado anterior<br />

ao passado. Para o leitor, fica um pouco difícil compreender,<br />

uma vez que esse tempo verbal é pouco usado. Repare<br />

a frase: “Estive na sala onde ocorrera a reunião”. Logicamente,<br />

a reunião ocorreu antes que você estivesse.<br />

Agora, caro leitor, inverta a situação: “Estivera na sala,<br />

onde ocorreu a reunião”. Desta vez, você esteve na sala,<br />

antes que a reunião ocorresse.<br />

Alternativas B e D – erradaS<br />

Os verbos deviam e podiam, respectivamente, estão no<br />

passado imperfeito, ou seja, um passado interrompido.


Português 27<br />

Alternativas C e E – erradaS<br />

Os verbos pararam e teve estão no passado perfeito, ou<br />

seja, ação no passado já concluída.<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

29<br />

TRE/RS – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

O texto legitima a seguinte afirmação:<br />

A) Em “as outras espécies deviam se subordinar a seus<br />

desejos” (linha 2), a substituição do segmento destacado<br />

por “haviam de se subordinar” mantém o<br />

sentido de inevitabilidade e a correção originais.<br />

B) Os segmentos “para refletir sobre a questão” (linha<br />

4) e “para os filósofos clássicos e a Bíblia” (linha 5)<br />

exercem a mesma função sintática.<br />

C) De modo a preservar a correção e o sentido originais,<br />

a redação alternativa para elidir a dupla negação<br />

em “A natureza não fez nada em vão” (linhas 5<br />

e 6) é “A natureza fez tudo com gratuidade”.<br />

D) Em “É difícil, hoje em dia, ter noção do empolgante<br />

espírito antropocêntrico” (linha 12), a retirada da<br />

vírgula depois de “É difícil”, sem outra alteração,<br />

manteria a correção original.<br />

E) Os dois ‐pontos (linha 9) introduzem uma citação<br />

literal dos estoicos.<br />

Alternativa A – CERta<br />

Os verbos dever e haver, no contexto frasal, indicam obrigatoriedade.<br />

Alternativa B – errada<br />

“... para refletir...” exerce a função de oração adverbial de<br />

finalidade; o termo “para os filósofos” exerce função de<br />

objeto indireto.<br />

Alternativa C – errada<br />

Dizer “a natureza não fez nada em vão” significa dizer<br />

que para tudo há uma utilidade, e não de tom gratuito,<br />

mudando o sentido.<br />

Alternativa D – errada<br />

Haveria necessidade da retirada, também, da vírgula<br />

após “dia”, ficando, portanto, “hoje em dia”.<br />

Alternativa E – errada<br />

Os dois ‐pontos evidenciam a chamada do assunto.<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

Atenção: Para responder às questões de 30 a 36, considere o texto abaixo.<br />

1. Embora um conflito armado não seja do interesse de nenhuma das partes envolvidas na longeva<br />

2. disputa entre as duas Coreias, são imprevisíveis as consequências da escalada de hostilidades<br />

3. entre os dois países nos últimos dias.<br />

4. Os primeiros movimentos sul ‐coreanos foram cautelosos. Após ter um navio de guerra atacado<br />

5. por torpedos, em março, o país não respondeu de imediato ao que se afigurava como o mais<br />

6. audacioso ato de hostilidade do vizinho em mais de duas décadas.<br />

7. Investigadores internacionais foram chamados a avaliar o episódio – e determinaram, após<br />

8. longa perícia, que um submarino norte ‐coreano havia sido o responsável pelos disparos.<br />

9. A prudência da Coreia do Sul e de seu principal aliado, os EUA, é compreensível. São<br />

10. preocupantes as consequências de um conflito aberto com o decrépito regime do ditador<br />

11. comunista Kim Jong ‐il, que realizou, nos últimos anos, testes balísticos e nucleares.<br />

12. Para os norte ‐americanos, que ainda têm batalhas a travar no Afeganistão e mantêm tropas<br />

13. no Iraque, não faz sentido abrir uma nova frente de combate na Ásia. Há ainda o fato de que a<br />

14. capital sul ‐coreana, Seul, fica próxima à fronteira, e essa situação de vulnerabilidade<br />

15. desaconselha uma aventura militar contra o norte.<br />

<strong>16</strong>. Compelido a responder ao ataque, o governo sul ‐coreano suspendeu o que restava da política<br />

17. de reaproximação com o país vizinho − intensificada na última década, mas já alvo de restrições<br />

18. na Presidência do conservador Lee Myung ‐bak. Cortou o comércio com o norte da península<br />

19. e voltou a classificar Pyongyang como o seu “principal inimigo”.


28 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

30<br />

20. Em resposta, a Coreia do Norte interrompeu comunicações com o vizinho e expulsou<br />

21. sul ‐coreanos do complexo industrial de Kaesong, mantido pelas duas nações no território<br />

22. comunista. É um retrocesso a lamentar, já que interesses econômicos comuns e troca de<br />

23. informações, por pequenos que sejam, podem ajudar na prevenção de conflitos armados. Nesse<br />

24. cenário em que os atores envolvidos não são capazes de entender os movimentos e as intenções<br />

25. do rival, os processos de hostilidade mútua podem se tornar incontroláveis.<br />

26. Mesmo que o imbróglio não tenha consequências graves, ele chama a atenção para o imprevisível<br />

27. desenlace da lenta derrocada do regime comunista de Pyongyang, uma herança anacrônica<br />

28. dos tempos da Guerra Fria.<br />

TRE/RS – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

Considerado o principal tema abordado no texto, o título<br />

mais adequado para o editorial é:<br />

A) Os EUA e a Coreia do Sul.<br />

B) Coreia contra Coreia.<br />

C) Sanções comerciais em tempos de conflito.<br />

D) Avaliações internacionais em países asiáticos.<br />

E) Interesses comuns no incentivo a conflitos armados.<br />

Alternativa B – CERta<br />

A resposta a esta alternativa está no último parágrafo.<br />

Alternativa A – errada<br />

“Para os Estados Unidos, seria imprudente abrir mais<br />

uma frente de batalha.”<br />

Alternativa C – errada<br />

As sanções ocorrem apenas entre os dois países e não são<br />

apenas comerciais.<br />

Alternativa D – errada<br />

O texto não cita avaliações internacionais para os países<br />

asiáticos.<br />

Alternativa E – errada<br />

Não há interesses comuns no incentivo a conflitos armados.<br />

Esta questão incorre em um erro de interpretação<br />

que chamamos de inversão, ou seja, você tem certeza de<br />

que leu aquilo que não está escrito, nobre leitor.<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

31<br />

TRE/RS – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

É correto afirmar que o editorial<br />

A) critica severamente países que lançam mão de retaliações<br />

comerciais para ameaçar outros países, concretizando<br />

essa ideia por meio do caso típico de<br />

países asiáticos vizinhos.<br />

Folha de S.Paulo. A2 opinião, quarta ‐feira, 26 de maio de 2010.<br />

B) defende respostas prudentes dos países a ofensas<br />

inimigas, como arma para darem, a organismos internacionais,<br />

oportunidade de avaliarem as reais<br />

condições dos potenciais beligerantes.<br />

C) chama a atenção para o fato de que a Coreia do Sul,<br />

em atendimento aos interesses dos Estados Unidos,<br />

deve retardar o quanto possível o fatal enfrentamento<br />

com a Coreia do Norte.<br />

D) adverte sobre a possibilidade de um conflito armado<br />

entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte, como<br />

decorrência do aumento progressivo da agressividade<br />

entre esses dois países.<br />

E) analisa os principais entraves dos países que fazem<br />

fronteira, quando reconhecem um ao outro como o<br />

“principal inimigo”, e propõe, com bastante isenção,<br />

meios para serem vencidas as vulnerabilidades<br />

decorrentes da vizinhança.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Observa ‐se o aprofundamento do tema nos dois últimos<br />

parágrafos.<br />

Alternativa A – errada<br />

O texto não critica “severamente” a ação provocada, apenas<br />

estabelece correlação entre os fatos.<br />

Alternativa B – errada<br />

O texto não informa sobre repostas prudentes, e sim<br />

ações prudentes de uma das partes – Coreia do Sul – a fim<br />

de evitar o embate.<br />

Alternativa C – errada<br />

A Coreia do Sul crê que um confronto seria prejudicial,<br />

mas não por atender a interesses dos Estados Unidos.<br />

Alternativa E – errada<br />

Não há, no texto, outra análise para a forma de aproximação<br />

que não seja prudente e pacífica.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

32<br />

TRE/RS – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

No processo argumentativo, pode ser corretamente<br />

entendido como expressão de uma circunstância de<br />

tempo o seguinte segmento:


Português 29<br />

A) Investigadores internacionais foram chamados a<br />

avaliar o episódio (linha 7).<br />

B) Há ainda o fato de que a capital sul ‐coreana, Seul,<br />

fica próxima à fronteira (linhas 13 e 14).<br />

C) Compelido a responder ao ataque (linha <strong>16</strong>).<br />

D) Voltou a classificar Pyongyang como o seu “principal<br />

inimigo” (linha 19).<br />

E) Expulsou sul ‐coreanos do complexo industrial de<br />

Kaesong (linhas 20 e 21).<br />

Alternativa C – CERta<br />

“Quando fico compelido a ...”.<br />

Alternativa A – errada<br />

Estabelece circunstância de finalidade “... chamados para<br />

ou a fim de avaliar...”.<br />

Alternativa B – errada<br />

Em, “Ainda há o fato de que ...” o advérbio “ainda” estabelece<br />

uma inclusão a um fato posterior de a capital ser<br />

próxima à fronteira.<br />

Alternativa D – errada<br />

“... classificar Pyonyang como seu principal inimigo” estabelece<br />

consequência gerada pelo fato do ataque do ditador.<br />

Alternativa E – errada<br />

Expulsar os sul ‐coreanos do complexo industrial foi a<br />

consequência gerada pela causa do rompimento comercial.<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

33<br />

TRE/RS – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

Sempre levando em conta o contexto, é correto afirmar:<br />

A) A conjunção Embora (linha 1) equivale a “na medida<br />

em que”.<br />

B) A expressão Após ter (linha 4) pode ser substituída<br />

por “Tendo tido”, sem prejuízo do sentido original.<br />

C) Em ao que se afigurava como o mais audacioso ato<br />

de hostilidade do vizinho em mais de duas décadas<br />

(linhas 5 e 6), tem ‐se uma avaliação que compara<br />

um ato (I) a outro específico anteriormente realizado<br />

(II), evidenciando a superioridade de (I).<br />

D) Em A prudência da Coreia do Sul e de seu principal<br />

aliado, os EUA, é compreensível (linha 9), se o que<br />

está em destaque for substituído por “As atitudes<br />

oportunas”, nenhuma outra alteração será necessária<br />

para se manter a correção original.<br />

E) A frase que realizou, nos últimos anos, testes balísticos<br />

e nucleares (linha 11) define melhor o antecedente<br />

não bem delimitado, como ocorre em “A pessoa<br />

que se esforça vence”.<br />

Alternativa B – CERta<br />

“Tendo tido” ou “após ter” estabelece relação de tempo.<br />

Alternativa A – errada<br />

“Embora” estabelece relação de oposição. “Na medida em<br />

que” estabelece relação de causa.<br />

Alternativa C – errada<br />

“O mais audacioso ato” deve ser analisado como superlativo<br />

relativo de superioridade, não estabelecendo, portanto,<br />

comparação com o ato anteriormente realizado. Está<br />

comparando, sim, com todos os atos hostis nos últimos<br />

vinte anos.<br />

Alternativa D – errada<br />

O termo “atitudes oportunas” está no plural, fazendo<br />

com que o verbo e o adjetivo concordem com ele, ou seja,<br />

“atitudes oportunas são compreensíveis”.<br />

Alternativa E – errada<br />

O “que” é um pronome relativo – o qual – refere ‐se ao<br />

ditador comunista, estabelece relação de explicação.<br />

Quanto ao segundo que, também pronome relativo – a<br />

qual –, tem como referente o termo pessoa, portanto, estabelecendo<br />

relação de restrição, ou seja, somente à pessoa<br />

que se esforce.<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

34<br />

TRE/RS – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

... a Coreia do Norte interrompeu comunicações<br />

com o vizinho...<br />

Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma<br />

verbal corretamente obtida é:<br />

A) tinha interrompido.<br />

B) foram interrompidas.<br />

C) fora interrompido.<br />

D) haviam sido interrompidas.<br />

E) haveriam de ser interrompidas.<br />

Alternativa B – CERta<br />

O verbo interromper está no pretérito perfeito do indicativo,<br />

sendo, portanto, substituído pelo verbo auxiliar no<br />

mesmo tempo e modo, obedecendo ao sujeito paciente em<br />

número e pessoa: “Comunicações com o vizinho foram<br />

interrompidas pela Coreia do Norte”.<br />

Alternativa A – errada<br />

O verbo traz o pretérito mais que perfeito composto na<br />

voz ativa.<br />

Alternativa C – errada<br />

A voz ativa para a alternativa é: “A Coreia do Norte interrompera...”.<br />

Alternativa D – errada<br />

A voz passiva para a alternativa é: “A Coreia do Norte havia<br />

interrompido...”.<br />

Alternativa E – errada<br />

A voz passiva para a alternativa é: “A Coreia do Norte haveria<br />

de interromper...”.<br />

Gabarito oficial: alternativa B


30 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

35<br />

TRE/RS – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

Nesse cenário em que os atores envolvidos não são capazes<br />

de entender os movimentos e as intenções do<br />

rival, os processos de hostilidade mútua podem se tornar<br />

incontroláveis.<br />

Outra formulação para o segmento destacado acima,<br />

que, considerado o contexto, lhe seja equivalente e<br />

mantenha a clareza e correção originais é:<br />

A) os processos de hostilidade um pelo outro podem<br />

tornar ‐se incontroláveis.<br />

B) os processos de hostilidade de parte à parte podem<br />

se tornarem incontroláveis.<br />

C) os processos de hostilidade que uns países têm pelos<br />

outros podem se tornar incontroláveis.<br />

D) os processos de hostilidade acionados de forma alternada<br />

podem se tornar incontroláveis.<br />

E) os processos de hostilidade entre eles respondendo‐<br />

‐se podem se tornar incontroláveis.<br />

Alternativa D – CERta<br />

O que se solicita no enunciado é o uso da paráfrase, já<br />

visto em questões anteriores. O termo “Os processos de<br />

hostilidade mútua” pode ser substituído por “acionados<br />

de forma alternada” sem prejuízo para a compreensão.<br />

Alternativa A – errada<br />

O termo “um pelo outro” não substitui “hostilidade<br />

mútua”.<br />

Alternativa B – errada<br />

Há um erro de conjugação verbal, ou mau uso do tempo<br />

composto “podem se tornarem” quando o correto seria<br />

“podem tornar ‐se” ou “podem se tornar”.<br />

Alternativa C – errada<br />

O termo “um pelo outro” não substitui “mútuo”.<br />

Alternativa E – errada<br />

O termo “entre eles” não substitui “mútuo”.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

36<br />

TRE/RS – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

Considerado o padrão culto escrito, a substituição que<br />

mantém a correção original do segmento é a de<br />

A) Um submarino norte ‐coreano havia sido o responsável<br />

pelos disparos por “submarinos norte ‐coreanos<br />

havia sido os responsáveis pelos disparos”.<br />

B) Mantido pelas duas nações por “mantido por ambas<br />

as nações”.<br />

C) Nesse cenário em que os atores envolvidos não são<br />

capazes de entender os movimentos por “Nesse<br />

cenário cujos os atores envolvidos não são capazes<br />

de entender os movimentos”.<br />

D) Mesmo que o imbróglio não tenha consequências<br />

graves por “uma vez que o imbróglio não tenha<br />

consequências graves”.<br />

E) Chama a atenção para o imprevisível desenlace por<br />

“chama a atenção para o que concerne o imprevisível<br />

desenlace”.<br />

Alternativa B – CERta<br />

O pronome “ambos” substitui ou pode ser substituído<br />

por “dois”.<br />

Alternativa A – errada<br />

“... submarinos norte ‐coreanos haviam sido...”, o verbo<br />

haver como auxiliar deverá concordar com o sujeito ‘submarinos’<br />

em número e pessoa.<br />

Alternativa C – errada<br />

Não se coloca artigo após o pronome cujo, sendo, portanto,<br />

errônea a colocação “cujos os” no texto.<br />

Alternativa D – errada<br />

“Mesmo que” estabelece relação de oposição de ideias, enquanto<br />

o termo “uma vez que” estabelece relação de causa.<br />

Alternativa E – errada<br />

No termo “no que concerne”, o verbo concernir é verbo<br />

transitivo indireto e exige a presença da preposição a: “no<br />

que concerne ao imprevisível desenlace”.<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

37<br />

TRE/RS – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

A frase em que a palavra destacada está empregada de<br />

modo equivocado é:<br />

A) Inerme diante da ofensiva tão violenta, não lhe<br />

restou nada a fazer senão render ‐se.<br />

B) Há quem proscreva construções linguísticas de<br />

cunho popular.<br />

C) Fui informado do diferimento da reunião em que o<br />

fato seria analisado.<br />

D) A descriminalização de algumas drogas é questão<br />

polêmica.<br />

E) A flagrância do perfume inebriava a todos os<br />

convidados.<br />

Alternativa E – CERta<br />

Quanto ao perfume, temos, caro leitor, a fragrância, ou<br />

seja, odor, cheiro. Quanto à “flagrância”, isso não existe,<br />

portanto, a palavra foi empregada de modo equivocado.<br />

Alternativa A – errada<br />

Inerme é desprovido, indefeso, desarmado, portanto,<br />

correto.


Português 31<br />

Alternativa B – errada<br />

Proscrever é abolir, proibir, extinguir, portanto, correto.<br />

Alternativa C – errada<br />

Diferimento é adiamento, portanto, correto.<br />

Alternativa D – errada<br />

Descriminalização é o mesmo que descriminar, ou seja,<br />

abolir, permitir, absolver, consentir, portanto, correto no<br />

contexto.<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

38<br />

TRE/RS – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

A frase que respeita totalmente o padrão culto escrito é:<br />

A) De dissensões entre mentes lúcidas e independentes<br />

não se deve temer, porquanto o debate, ao suscitar<br />

reflexão, traz luz a questões controversas.<br />

B) Consta naquele livro já bastante saudado pela crítica<br />

os nomes de vários integrantes de movimentos<br />

de resistência ao regime ditatorial.<br />

C) O eminente orador enrubeceu quando arguido sobre<br />

sua anuência ao polêmico pacto, mas quiz se<br />

mostrar seguro de si e respondeu ‐lhe de imediato.<br />

D) Esse exercício indicado pelos assessores do preparador<br />

físico é eficaz para intumescer alguns músculos,<br />

mas se mostra de efeito irrisório se mau realizado.<br />

E) Havia excesso de material a ser expedido, por isso<br />

as folhas mandadas à última hora, apesar do empenho,<br />

não coube no malote.<br />

Alternativa A – CERta<br />

Alternativa B – errada<br />

“Constam (...) os nomes de vários integrantes”, o verbo<br />

deverá concordar com o sujeito em número e pessoa.<br />

Alternativa C – errada<br />

Escreve ‐se com “s” o verbo querer em todas as suas formas<br />

do pretérito, e o correto é enrubesceu, e não enrubeceu.<br />

Alternativa D – errada<br />

O termo “mau” está colocado como adjetivo, quando o<br />

correto seria como advérbio “mal”.<br />

Alternativa E – errada<br />

O verbo“caber” deve concordar com o sujeito em número<br />

e pessoa, portanto, o correto seria: “as folhas mandadas<br />

(...) não couberam no malote”.<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

39<br />

TRE/RS – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

Está totalmente em conformidade com o padrão culto<br />

escrito a seguinte frase:<br />

A) A inserção do adolescente no grupo deveu ‐se ao<br />

coordenador, cuja experiência todos tiraram proveito,<br />

mesmo quando supuseram que ele ignorava o clima<br />

de apreensão.<br />

B) Sei que sou eu que sempre medio o debate, mas<br />

dessa vez declino da responsabilidade: é com revezamento<br />

de obrigações que se pode descobrir<br />

lideranças.<br />

C) Interpondo recurso, ele procurou desagravar ‐se da<br />

afronta que atribuiu às palavras do juiz em sua sentença,<br />

contra a qual a instância superior não hesitou<br />

em se pronunciar.<br />

D) Dados como esses obtidos em recente pesquisa,<br />

sem dúvida permite que se os interpretem sob<br />

dupla perspectiva: a dos cidadãos e também do<br />

filósofo.<br />

E) O fato e esse advogado que representa a autora da<br />

ação parecem ter sido feito um para o outro; mais:<br />

o operador do direito age com proficiência e ela,<br />

nele crê cegamente.<br />

Alternativa C – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

O correto seria: “... de cuja experiência todos tiraram proveito...”.<br />

Alternativa B – errada<br />

O correto seria “... sou eu quem medeio o debate”.<br />

Alternativa D – errada<br />

O correto seria: “... dados (...) permitem que se os interprete<br />

sob dupla perspectiva...”.<br />

Alternativa E – errada<br />

“O fato e esse advogado que representam...”<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

40<br />

TRE/RS – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

A frase em total concordância com o padrão culto escrito<br />

é:<br />

A) Dirigimo ‐nos a V.Sa. para solicitar que, em vossa<br />

apreciação do documento, haja bastante precisão<br />

quanto aos pontos que quereis ver alterados.<br />

B) Senhor Ministro, sabemos todos que Vossa Excelência<br />

jamais fizestes referência desairosa ao poder<br />

legislativo, mas desejamos pedir ‐lhe que desfaça o<br />

mal ‐entendido.<br />

C) Ao encontrar ‐se com Sua Magnificência, não se<br />

conteve: – Senhor Reitor, sou o mais novo membro<br />

do corpo docente e vos peço um minuto de sua<br />

atenção.<br />

D) Assim que terminou a cerimônia, disse à Sua Santidade:<br />

– Ponho ‐me a vossa disposição se acaso deseje<br />

mandar uma mensagem ao povo brasileiro.


32 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

E) Entendemos que V.Exa. necessita de mais dados<br />

sobre a questão em debate e, assim, lhe pedimos<br />

que nos conceda um prazo para que o documento<br />

seja mais bem elaborado.<br />

Alternativa E – CERta<br />

Os pronomes de tratamento exigem o verbo na 3ª pessoa.<br />

Alternativa A – errada<br />

Os pronomes de tratamento deverão ser usado sempre na<br />

3ª pessoa, sendo, portanto, correta: “... quanto aos pontos<br />

que queira ver alterados”.<br />

Alternativa B – errada<br />

O correto seria: “sabemos todos que Vossa Excelência jamais<br />

fez...”.<br />

Alternativa C – errada<br />

O correto seria: “Senhor Reitor, (...) e lhe peço...” para os<br />

pronomes de tratamento, usa ‐se a 3ª pessoa.<br />

Alternativa D – errada<br />

A resposta correta é: “... ponho ‐me a sua disposição.<br />

Gabarito oficial: alternativa E


TRF/4ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA<br />

JUDICIÁRIA – EXECUÇÃO DE MANDADOS – 2010<br />

Atenção: As questões de 41 a 48 referem ‐se ao texto seguinte.<br />

Discórdia em Copenhague<br />

Frustrou ‐se redondamente quem esperava, na 15ª Conferência sobre Mudança Climática<br />

(COP‐15), em Copenhague, um acordo capaz de orquestrar compromissos de países pobres, emergentes<br />

e ricos contra os efeitos do aumento da temperatura no planeta. Após duas semanas de muitos<br />

debates e negociações, o encontro convocado pelas Nações Unidas teve um final dramático no<br />

dia 18 de dezembro de 2009, com chefes de estado tentando, em vão, aparar arestas mesmo depois<br />

do encerramento oficial da conferência. O resultado final foi um documento político genérico,<br />

firmado só pelos Estados Unidos, China, Brasil e África do Sul, que prevê metas para cortes de<br />

emissão de gases estufa apenas para 2050, mesmo assim sem estabelecer compromissos obrigatórios<br />

capazes de impedir a elevação da temperatura em mais do que 2 graus Celsius, meta que Copenhague<br />

buscava atingir.<br />

Também foi proposta uma ajuda de US$ 30 bilhões aos países pobres, nos próximos três anos,<br />

embora sem estabelecer parâmetros sobre quem estará apto a receber o dinheiro e quais instrumentos<br />

serão usados para distribuí ‐lo. Faltou ‐lhe aval dos delegados de países como Sudão, Cuba,<br />

Nicarágua, Bolívia e Venezuela, inconformados por terem sido escanteados nas conversas finais. “O<br />

que temos de alcançar no México é tudo o que deveríamos ter alcançado aqui”, disse Yvo de Bôer,<br />

secretário ‐executivo da conferência, remetendo as esperanças para a COP ‐<strong>16</strong>, que vai acontecer em<br />

2010, na Cidade do México.<br />

O impasse principal girou em torno de um jogo de empurra sobre as responsabilidades dos<br />

países ricos e pobres. As nações desenvolvidas queriam que os países emergentes tivessem metas<br />

obrigatórias, o que não foi aceito pela China, país que mais emite carbono na atmosfera, atualmente.<br />

Os Estados Unidos, vivendo a maior crise econômica desde 1929, não se dispunham a cumprir


34 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

sequer metas modestas. Outra questão fundamental na conferência foi o financiamento para políticas<br />

de mitigação das emissões para os países pobres. Os países desenvolvidos exigiam que os<br />

emergentes ajudassem a financiar os menos desenvolvidos. A tese foi rechaçada pelos emergentes,<br />

que esperavam obter ajuda externa para suas políticas de combate ao aquecimento global.<br />

Adaptado de Fabrício Marques, Revista Pesquisa Fapesp, n. <strong>16</strong>7.<br />

41<br />

TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

Atente para as seguintes afirmações:<br />

I – No 1º parágrafo, informa ‐se que o número modesto<br />

de signatários do documento final de Copenhague<br />

contrastava com a alta ambição das metas pretendidas.<br />

II – No 2º parágrafo, a declaração de Yvo de Bôer, com<br />

uma ponta de otimismo, não expressa qualquer sentimento<br />

de frustração com os resultados da COP ‐15.<br />

III – No 3º parágrafo, depreende ‐se que a crise econômica<br />

que os Estados Unidos atravessam teve peso na<br />

decisão de não se disporem a cumprir sequer as metas<br />

mais modestas.<br />

Em relação ao texto, está correto o que se afirma em<br />

A) I e III, apenas.<br />

B) III, apenas.<br />

C) I, II e III.<br />

D) I e II, apenas.<br />

E) II e III, apenas.<br />

Alternativa B – CERta<br />

Item I – resposta errada: o item I não afirma se a meta da<br />

conferência é ambiciosa ou não, apenas comenta a meta<br />

que foi estabelecida.<br />

Item II – resposta errada: há, sim, no texto, certa frustração<br />

por parte do secretário, quando afirma que transfere<br />

para a conferência do México o que não se realizou na<br />

Dinamarca.<br />

Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

42<br />

TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

“O que temos de alcançar no México é tudo o que deveríamos<br />

ter alcançado aqui.”<br />

Transpondo ‐se a frase acima para a voz passiva, as formas<br />

sublinhadas devem ser substituídas, na ordem<br />

dada, por:<br />

A) tem de alcançar ‐se – deverá alcançar ‐se.<br />

B) teremos alcançado – devia ser alcançado.<br />

C) tem de ser alcançado – deveria ter sido alcançado.<br />

D) será alcançado – devia ser alcançado.<br />

E) tinha de ser alcançado – deveria ser alcançado.<br />

Alternativa C – CERta<br />

A voz ativa contém verbo no presente do indicativo, “temos<br />

de alcançar”. O verbo na voz passiva, portanto, deverá<br />

conservar o presente do indicativo: “tem de ser alcançado”.<br />

Na oração a seguir, o verbo auxiliar está no futuro do pretérito;<br />

portanto, a voz passiva seguirá o mesmo raciocínio:<br />

“deveríamos ter alcançado”, por “tudo deveria ter sido<br />

alcançado por nós”.<br />

Alternativa A – errada<br />

O verbo auxiliar “deverá” está no futuro do presente.<br />

Alternativa B – errada<br />

O verbo auxiliar “teremos” está no futuro do presente.<br />

Alternativa D – errada<br />

“Será” está no futuro do presente; foge, portanto, ao tempo<br />

verbal colocado no enunciado.<br />

Alternativa E – errada<br />

“Tinha” e “deveria” indicam formas hipotéticas, fugindo,<br />

portanto, da correlação verbal exposta no enunciado.<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

43<br />

TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

No primeiro parágrafo, dois segmentos que remetem a<br />

causas da frustração de quem esperava muito da COP‐<br />

‐15 são:<br />

A) capaz de orquestrar compromissos / cortes de<br />

emissão de gases estufa apenas para 2050.<br />

B) sem estabelecer compromissos obrigatórios / impedir<br />

a elevação da temperatura.<br />

C) capaz de orquestrar compromissos / um documento<br />

político genérico.<br />

D) cortes de emissão de gases estufa apenas para<br />

2050 / sem estabelecer compromissos obrigatórios.<br />

E) contra os efeitos do aumento da temperatura / encontro<br />

convocado pelas Nações Unidas.<br />

Alternativa C – CERta<br />

Estabelece relação de causa da frustração.<br />

Alternativa A – errada<br />

“... cortes de emissão e gases” refere ‐se ao efeito da<br />

frustração.<br />

Alternativa B – errada<br />

“... impedir a elevação da temperatura” estabelece o efeito<br />

provindo de um compromisso obrigatório.


Português 35<br />

Alternativa D – errada<br />

“... embora não estabeleça compromissos” estabelece relação<br />

de oposição ao corte de emissão de gases.<br />

Alternativa E – errada<br />

“... encontro convocado” é o efeito produzido pela causa<br />

“a elevação da temperatura”.<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

44<br />

TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

A informação negativa do segmento “chefes de estado<br />

tentando, em vão, aparar arestas” deve ‐se, sobretudo,<br />

ao elemento sublinhado. O mesmo ocorre em:<br />

A) O resultado final foi um documento político genérico<br />

(...).<br />

B) A tese foi rechaçada pelos emergentes, que esperavam<br />

obter ajuda (...).<br />

C) (...) não se dispunham a cumprir sequer metas<br />

modestas.<br />

D) (...) mesmo assim sem estabelecer compromissos<br />

obrigatórios (...).<br />

E) (...) inconformados por terem sido escanteados nas<br />

conversas finais.<br />

Alternativa C – CERta<br />

É a única alternativa em que ocorre termo interferente<br />

“sequer” indicando uma ressalva negativa. Caso do termo<br />

“em vão” no enunciado. Repare, caro leitor, que nas outras<br />

alternativas não há termo interferente.<br />

Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

45<br />

TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

Ao se reconstruir uma frase do texto, houve deslize<br />

quanto à concordância verbal em:<br />

A) Deveram ‐se às manobras de desconversas, na definição<br />

das tarefas dos países, o impasse final das<br />

negociações entabuladas em Copenhague.<br />

B) Sequer foi possível, na COP ‐15, estabelecer um financiamento<br />

para os países pobres a quem coubesse<br />

adotar políticas de mitigação das emissões.<br />

C) Se todos esperávamos um bom acordo na COP ‐15,<br />

frustrou ‐nos o que dela acabou resultando.<br />

D) Acabou culminando num final dramático, naquele<br />

18 de dezembro de 2009.<br />

E) Às nações pobres propôs ‐se uma ajuda de US$ 30<br />

bilhões, medida a que não deu aval nenhum dos<br />

países insatisfeitos com as conversas finais.<br />

Alternativa A – CERta<br />

O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa.<br />

Portanto, o correto é: “Deveu‐se (...) o impasse final das<br />

negociações...”.<br />

Alternativa B – errada<br />

A alternativa apresenta correção gramatical: “foi possível<br />

(...) um financiamento (...), países pobres a quem coubesse ...”.<br />

Alternativa C – errada<br />

A alternativa apresenta perfeita correção gramatical, ou<br />

seja, há no texto uma silepse de pessoa. A silepse consiste<br />

em concordar com a ideia, deixando de lado a gramática.<br />

Quando o autor afirma que: “todos esperávamos”, simplesmente<br />

notamos que o autor inclui ‐se provocando,<br />

assim, a concordância ideológica, ou seja, a silepse.<br />

Alternativa D – errada<br />

A concordância segue a norma gramatical, pois o sujeito de<br />

“acabou” é “o encontro convocado pelas Nações Unidas...”.<br />

Alternativa E – errada<br />

Há correção gramatical no trecho. O termo “ajuda” é sujeito<br />

paciente de “propôs‐se”. A frase está na voz passiva sintética,<br />

caro leitor. Não se esqueça de que o se é pronome apassivador<br />

ou partícula apassivadora, como querem alguns.<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

46<br />

TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

Houve muitas discussões sobre medidas para se minimizar<br />

o aquecimento global, já que todos consideram<br />

o aquecimento global uma questão crucial para a humanidade,<br />

embora poucos tomem medidas concretas<br />

para reduzir o aquecimento global, não havendo sequer<br />

consenso quanto às verbas necessárias para mitigar<br />

os efeitos do aquecimento global.<br />

Evitam ‐se as viciosas repetições do período acima<br />

substituindo ‐se os elementos sublinhados, na ordem<br />

dada, por:<br />

A) o consideram – reduzir ‐lhe – mitigar ‐lhe os efeitos.<br />

B) consideram ‐lhe – o reduzir – mitigar ‐lhe seus efeitos.<br />

C) lhe consideram – reduzi ‐lo – mitigá ‐los aos efeitos.<br />

D) o consideram – reduzi ‐lo – mitigar ‐lhe os efeitos.<br />

E) consideram ‐no – reduzir ‐lhe – mitigar ‐lhes os efeitos.<br />

Alternativa D – CERta<br />

O verbo considerar é verbo transitivo direto, exigindo,<br />

portanto, a presença do pronome oblíquo o em substituição<br />

ao substantivo “aquecimento”. Cabe ressaltar aqui o<br />

fato de o pronome indefinido “todos” atrair o pronome<br />

para si. Portanto, “todos o consideram”. O segundo termo<br />

traz o verbo no infinitivo: “reduzir o aquecimento<br />

global”, corta ‐se, portanto, a consoante r acrescentando l<br />

ao pronome oblíquo átono. Dessa forma, obteremos:<br />

reduzi ‐lo. No terceiro termo, temos: “... mitigar os efeitos<br />

do aquecimento. O termo em destaque exerce a função de<br />

adjunto adnominal, podendo ser substituído pelo pronome<br />

oblíquo equivalente lhe: “... mitigar ‐lhe os efeitos”.


36 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

Alternativa A – errada<br />

O verbo reduzir é transitivo direto, não cabendo, portanto,<br />

o pronome lhe, que, por sua vez, só cabe como objeto<br />

indireto.<br />

Alternativa B – errada<br />

O verbo considerar é transitivo direto, não cabendo, portanto,<br />

o pronome oblíquo lhe.<br />

Alternativa C – errada<br />

Incide no mesmo erro no tocante ao verbo considerar.<br />

Alternativa E – errada<br />

Ocorre o mesmo erro da alternativa A, no tocante ao verbo<br />

reduzir.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

47<br />

TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

Está inadequada a correlação entre tempos e modos<br />

verbais na frase:<br />

A) Caso não se estabelecerem parâmetros para a ajuda<br />

de US$ 30 bilhões, essa iniciativa sequer terá<br />

recebido o aval da maioria dos países.<br />

B) A exigência de metas obrigatórias, que as nações<br />

desenvolvidas impuseram às emergentes, terá sido<br />

uma das razões da discórdia.<br />

C) Se alguém esperasse um bom acordo na COP ‐15,<br />

frustrar ‐se‐ia redondamente.<br />

D) Não houve acordo capaz de orquestrar os interesses<br />

de que nenhum dos países abrisse mão.<br />

E) Somente alguns países chegariam a firmar um<br />

acordo, pelo qual se previra os cortes de emissão<br />

que deveriam ser efetuados.<br />

Alternativa B – CERta<br />

A correlação está inadequada, uma vez que “impuseram”<br />

está no pretérito perfeito, o verbo da segunda oração deveria<br />

estar no futuro hipotético, “... teria sido...”.<br />

Alternativa A – errada<br />

Visto que esteja perfeita a correlação verbal: os verbos estabelecer<br />

e terá recebido estão no futuro do presente.<br />

Alternativa C – errada<br />

Está perfeita a correlação verbal, uma vez termos o passado<br />

e o futuro hipotéticos.<br />

Alternativa D – errada<br />

A correlação entre os verbos nos tempos do pretérito está<br />

perfeita.<br />

Alternativa E – errada<br />

O futuro do pretérito, ou hipotético, correlaciona ‐se com<br />

pretérito mais que perfeito, ou seja, um passado distante.<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

48<br />

TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

Está clara e correta a redação deste livre comentário<br />

sobre o texto:<br />

A) Tem ‐se notado os interesses que movem as nações<br />

mais desenvolvidas, em função dos quais ficam difíceis<br />

de firmar ‐se quaisquer acordos quanto a um<br />

meio ambiente melhor controlado.<br />

B) Como já está tornando rotina, mais uma vez as nações<br />

não chegaram a um acordo, sobre as pungentes<br />

questões ambientais, tanto assim que nenhuma<br />

delas abre mão de seus interesses particulares.<br />

C) Quando se dedicam às questões ambientais, costuma<br />

imperar ‐se a regra egoísta dos interesses privados,<br />

ao passo que se deveria de contemplar os interesses<br />

públicos.<br />

D) É bem possível de que ainda venham a haver muitas<br />

conferências como a da COP ‐15, sem que os resultados<br />

que se espera sejam minimamente satisfatórios<br />

para o bem comum.<br />

E) A maior parte das conferências dedicadas às questões<br />

do meio ambiente têm sido frustradas, quase<br />

sempre, pela falta de desprendimento de muitas<br />

nações, sobretudo as desenvolvidas.<br />

Alternativa E – CERta<br />

Pode ‐se também reescrever esse trecho retirando ‐se o<br />

acento diferencial do verbo ter, concordando, assim, com<br />

a expressão: “A maior parte das conferências (...) tem sido<br />

frustrada...”, concordância modernamente aceita por<br />

grande parte da imprensa.<br />

Alternativa A – errada<br />

O verbo ter em: “Têm‐se notado”, deve levar o acento<br />

diferencial, pois o sujeito está no plural, obedecendo à<br />

voz passiva sintética e concordando com “interesses”.<br />

Para caracterizar o adjetivo, usa ‐se o elemento que o<br />

determina, ou seja, o advérbio, palavra que modifica relações<br />

com o verbo, com o adjetivo e com o próprio<br />

advérbio. O correto seria: “... quanto ao ambiente mais<br />

bem controlado”.<br />

Alternativa B – errada<br />

O verbo tornar no sentido de “virar”, “transformar” é<br />

pronominal, sendo, portanto, tornar ‐se.<br />

Alternativa C – errada<br />

O correto é: “Quando se dedicam (...) costumam imperar‐<br />

‐se”. Não há a preposição de em “deveria contemplar”.<br />

Alternativa D – errada<br />

O verbo haver no sentido de “ocorrer” é impessoal, ou<br />

seja, deverá estar sempre no singular. O correto é: “... que<br />

venha a haver muitas ocorrências...”.<br />

Gabarito oficial: alternativa E


Português 37<br />

Atenção: As questões de 49 a 57 referem ‐se ao texto seguinte.<br />

O advento das comunicações de massa<br />

Algumas vezes nos perguntamos como sobrevivíamos antes da internet, telefones celulares e<br />

outros equipamentos que nos parecem hoje absolutamente indispensáveis. Lembremos que essas<br />

tecnologias, assim como a do rádio e a da televisão, já profundamente enraizadas em nossas práticas<br />

individuais e coletivas, são aquisições recentíssimas da humanidade.<br />

O interesse cada vez maior pela tecnologia é um dos traços da modernidade que se organiza<br />

com o fim da Idade Média, substituindo o apego à tradição pela crescente importância da razão e<br />

da ciência, vinculando conhecimento técnico a progresso.<br />

A atração por meios eletrônicos de comunicação está diretamente associada às telecomunicações<br />

por ondas, que remontam ao século XIX. Os Estados Unidos, já no século XX, se destacaram<br />

rapidamente no uso do rádio. Um fato que se tornou clássico foi protagonizado em 1938, pelo cineasta<br />

Orson Welles, então um jovem e desconhecido radialista. Ele leu trechos da obra ficcional A guerra<br />

dos mundos como se estivesse transmitindo um relato real de invasão de extraterrestres. Utilizando<br />

surpreendentes recursos do jornalismo radiofônico, levou pânico aos norte ‐americanos que, por<br />

alguns instantes, agiram como se estivessem na iminência de um ataque catastrófico.<br />

Nos dias atuais, a tecnologia associada à produção virtual interpela o cotidiano de forma cada<br />

vez mais contundente. Já no início da década de 1970 surge o microprocessador, ocasionando uma<br />

verdadeira revolução no mundo da eletrônica. Na segunda metade da década de 90, um novo sistema<br />

de comunicação eletrônica começou a ser formado com a fusão da mídia de massa personalizada,<br />

globalizada, com a comunicação mediada por computadores – a multimídia, que estende o âmbito<br />

da comunicação eletrônica para todos os domínios da vida, inserindo ‐se no cotidiano da vida pública<br />

e privada, introduzindo ‐nos num universo de novas percepções.<br />

As técnicas não determinam nada, em si mesmas. Dependem de interpretações e usos conduzidos<br />

por grupos ou indivíduos que delas se apropriam. Por isso, a história dos meios de comunicação<br />

nos ajuda a entender e interpretar relações de poder político, cultural e econômico, bem como<br />

a configuração da subjetividade contemporânea.<br />

Adaptado de Leituras da História, n. 4, 2007.<br />

49<br />

TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

Encontram ‐se articulados no texto os seguintes aspectos<br />

do tema comunicações de massa:<br />

A) origens das comunicações modernas; poder da mídia<br />

e influência sobre as massas; processos e desdobramentos<br />

da multimídia.<br />

B) síntese dos processos da multimídia; impulso inicial<br />

da modernização tecnológica; o esgotamento do<br />

jornalismo radiofônico.<br />

C) resenha histórica da informática; crítica ao poder<br />

abusivo da mídia eletrônica; ingerência da multimídia<br />

nas decisões do cidadão.<br />

D) obsolescência atual do rádio; pequeno histórico<br />

da mídia eletrônica; a valorização dos ganhos<br />

tecnológicos.<br />

E) resumo da história das comunicações; a dissociação<br />

entre tecnologia e vida cotidiana; o rádio como<br />

principal mobilizador das massas.<br />

Alternativa A – CERta<br />

No 1º parágrafo, o autor relata as origens da moderna comunicação;<br />

no 2º parágrafo, determina a mídia como<br />

poder e influência; e, no 3º parágrafo, comenta sobre a<br />

ampliação da modernidade da mídia.<br />

Alternativa B – errada<br />

O autor não cita em sua síntese o esgotamento do jornalismo<br />

radiofônico.


38 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

Alternativa C – errada<br />

O autor não tece crítica ao poder abusivo da mídia.<br />

Alternativa D – errada<br />

O auto não cita o rádio como obsoleto.<br />

Alternativa E – errada<br />

O autor não desassocia a tecnologia do cotidiano, pelo<br />

contrário, usa de argumentos para justificar seu uso na<br />

sociedade moderna.<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

50<br />

TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

O específico episódio que Orson Welles protagonizou<br />

pode servir como exemplificação para o fato de que<br />

A) manifestações de pânico coletivo são intrínsecas à<br />

ação da multimídia.<br />

B) produções virtuais banalizaram ‐se no cotidiano<br />

pessoal ou público.<br />

C) os meios eletrônicos nos parecem hoje absolutamente<br />

indispensáveis.<br />

D) a tecnologia já começava a interpelar o cotidiano<br />

de forma contundente.<br />

E) a multimídia estende a comunicação para todos os<br />

domínios da vida.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Ao comentar um fato histórico, o autor induz ao leitor a<br />

ideia da influência da tecnologia no cotidiano, já naquela<br />

época.<br />

Alternativa A – errada<br />

O autor não se refere à manifestação em si, e sim à<br />

influên cia da mídia no cotidiano.<br />

Alternativa B – errada<br />

O autor não se refere a qualquer tipo de banalização.<br />

Alternativa C – errada<br />

O autor não se refere aos meios eletrônicos especificamente,<br />

mas, sim, a certos elementos da tecnologia.<br />

Alternativa E – errada<br />

“A multimídia estende a comunicação ‘eletrônica’ para...”<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

51<br />

TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

Atente para as seguintes afirmações:<br />

I – O fato de a moderna tecnologia trazer consigo indiscutíveis<br />

vantagens faz com que percamos a memória<br />

de tempos que já foram melhores para a humanidade.<br />

II – Uma obra como A guerra dos mundos mostra, por si<br />

mesma, o poder da literatura de ficção sobre seu público,<br />

exercendo efeito imediato em seu comportamento.<br />

III – O surgimento do microprocessador e a expansão<br />

da multimídia foram duas revoluções no universo das<br />

comunicações, refletindo ‐se no modo de ser do homem<br />

contemporâneo.<br />

Em relação ao texto, está correto o que se afirma em<br />

A) I e III, apenas.<br />

B) III, apenas.<br />

C) I, II e III.<br />

D) I e II, apenas.<br />

E) II e III, apenas.<br />

Alternativa B – CERta<br />

No item I, o autor não estabelece se os tempos anteriores<br />

foram ou não melhores que os atuais.<br />

No item II, o autor não fala sobre a importância da obra<br />

na literatura, e sim a importância da leitura através do<br />

rádio.<br />

Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

52<br />

TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

A pontuação está plenamente adequada na seguinte<br />

frase:<br />

A) Tanto o microprocessador, como a fusão das mídias<br />

desempenharam, pelos efeitos que geraram, um<br />

papel decisivo na configuração não apenas, da vida<br />

cotidiana, como da subjetividade mesma do homem<br />

contemporâneo.<br />

B) Tanto o microprocessador, como a fusão das mídias<br />

desempenharam, pelos efeitos que geraram, um<br />

papel decisivo, na configuração não apenas da vida<br />

cotidiana, como da subjetividade, mesma do homem<br />

contemporâneo.<br />

C) Tanto o microprocessador, como a fusão das mídias,<br />

desempenharam, pelos efeitos que geraram,<br />

um papel decisivo na configuração, não apenas da<br />

vida cotidiana como da subjetividade mesma do<br />

homem contemporâneo.<br />

D) Tanto o microprocessador como a fusão das mídias<br />

desempenharam, pelos efeitos que geraram, um<br />

papel decisivo na configuração, não apenas, da<br />

vida cotidiana, como da subjetividade mesma, do<br />

homem contemporâneo.<br />

E) Tanto o microprocessador como a fusão das mídias<br />

desempenharam, pelos efeitos que geraram, um<br />

papel decisivo na configuração não apenas da vida<br />

cotidiana como da subjetividade mesma do homem<br />

contemporâneo.<br />

Alternativa E – CERta<br />

Oração interferente, “pelos efeitos que geraram”, entre<br />

vírgulas. Quanto ao restante, não há a mínima necessidade<br />

de vírgula.


Português 39<br />

Alternativa A – errada<br />

Há excesso de vírgulas, totalmente desnecessárias, após<br />

“microprocessador”.<br />

Alternativa B – errada<br />

Há excesso de vírgulas, também desnecessárias, como em<br />

“microprocessador”, “geraram” e “como da subjetividade”.<br />

Alternativa C – errada<br />

Devem ser retiradas as vírgulas após: “microprocessador”<br />

e “fusão das mídias”.<br />

Alternativa D – errada<br />

Deve ser retirada a vírgula após “não apenas”.<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

53<br />

TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

Não haverá prejuízo para a correção e o sentido do<br />

segmento do texto com a substituição do elemento sublinhado<br />

pelo indicado entre parênteses em:<br />

A) (...) inserindo ‐se no cotidiano da vida pública e privada<br />

(...). (Emergindo no dia a dia.)<br />

B) (...) nos ajuda a entender (...) a configuração da<br />

subjetividade contemporânea. (Formação da veleidade<br />

íntima.)<br />

C) Algumas vezes nos perguntamos como sobrevivíamos<br />

antes da internet (...). (Ocorre‐nos, por vezes,<br />

indagar.)<br />

D) Lembremos que essas tecnologias (...) são aquisições<br />

recentíssimas da humanidade. (Conquistas<br />

açodadas.)<br />

E) (...) agiram como se estivessem na iminência de um<br />

ataque catastrófico. (Tal fosse prestes a sofrerem.)<br />

Alternativa C – CERta<br />

Perfeita a paráfrase do item estabelecido.<br />

Alternativa A – errada<br />

Inserir é o mesmo que incluir; emergir é o mesmo que<br />

ascender, subir da água.<br />

Alternativa B – errada<br />

Não há relação entre “subjetividade contemporânea” e<br />

“formação da veleidade íntima”.<br />

Alternativa D – errada<br />

“Aquisição” e “conquista” não estabelecem relações semânticas,<br />

ou seja, não têm o mesmo significado.<br />

Alternativa E – errada<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

54<br />

TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

O verbo indicado entre parênteses deverá adotar uma<br />

forma do plural para preencher de modo correto a lacuna<br />

da frase:<br />

A) Orson Welles talvez não imaginasse o risco da tragédia<br />

que ...... (poder) provocar as dramatizações<br />

de sua transmissão radiofônica.<br />

B) Quaisquer que sejam as técnicas, não lhes ...... (caber)<br />

determinar por si mesmas o sentido que ganhará<br />

sua aplicação.<br />

C) Muito do que se ...... (prever) nos usos de uma nova<br />

técnica depende, para realizar ‐se, do que se chama<br />

“vontade política”.<br />

D) Nenhuma das vantagens que ...... (oferecer) a tecnologia<br />

mais ousada é capaz de satisfazer as aspirações<br />

humanas.<br />

E) Quando não se ...... (reconhecer) nas ciências o bem<br />

que elas nos trazem, as saídas místicas surgem<br />

como solução.<br />

Alternativa A – CERta<br />

“... o risco da tragédia que as dramatizações poderiam provocar...”,<br />

o verbo concorda com o sujeito em número e<br />

pessoa.<br />

Alternativa B – errada<br />

“... não lhes cabe determinar (...) o sentido...”<br />

Alternativa C – errada<br />

Não cabe plural em: “Muito do que se prevê...”.<br />

Alternativa D – errada<br />

“Nenhuma das vantagens que oferece...”<br />

Alternativa E – errada<br />

“Quando não se reconhece (...) o bem...”<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

55<br />

TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

É preciso corrigir, pela má estruturação que apresenta,<br />

a seguinte frase:<br />

A) Os muito jovens não fazem ideia de como foram<br />

velozes as transformações que sofreu o nosso cotidiano,<br />

nas últimas décadas, por causa das inovações<br />

tecnológicas.<br />

B) Ao que tudo indica, os próximos passos da tecnologia<br />

eletrônica serão dados na direção de uma ainda<br />

maior integração entre as diversas mídias.<br />

C) Com o advento dos meios de comunicação de massa,<br />

sobretudo os eletrônicos, nem por isso o progresso<br />

tecnológico deixa de ser contestado.<br />

D) A globalização está diretamente ligada à propagação<br />

e ao aperfeiçoamento dos meios de comunicação<br />

de massa, que encurtam distâncias e aproximam<br />

as pessoas.<br />

E) Quem não se deixa seduzir pelos atrativos e novidades<br />

da tecnologia de ponta costuma defender as<br />

vantagens da simplicidade e da naturalidade em<br />

nossa vida.


40 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

Alternativa C – CERta<br />

O termo “nem” somado a “por isso” estabelece conclusão<br />

positiva, o que leva ao erro de estruturação da frase. A<br />

relação estabelecida deverá ser de “oposição”, pois a segunda<br />

ideia é oposta à primeira. O correto é:<br />

“Mesmo com o advento dos meios de comunicação de<br />

massa, sobretudo os eletrônicos, o progresso tecnológico<br />

deixa de ser contestado.”<br />

Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

56<br />

TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

Constituem uma causa e seu efeito, nessa ordem, os<br />

segmentos:<br />

A) Na segunda metade da década de 90, um novo sistema<br />

de comunicação eletrônica começou a ser formado<br />

/ com a fusão da mídia de massa.<br />

B) Utilizando surpreendentes recursos do jornalismo<br />

radiofônico / levou pânico aos norte ‐americanos.<br />

C) Algumas vezes nos perguntamos / como sobrevivíamos<br />

antes da internet.<br />

D) Um fato que se tornou clássico / foi protagonizado<br />

em 1938 pelo cineasta Orson Welles.<br />

E) O interesse cada vez maior pela tecnologia / é um<br />

dos traços da modernidade.<br />

Alternativa B – CERta<br />

Estabelecem ‐se as relações de causa e efeito pelas das conjunções:<br />

porque, ou já que, ou uma vez que, ou como.<br />

“Como utilizou surpreendentes recursos do jornalismo<br />

radiofônico, levou pânico aos norte ‐americanos.”<br />

“Uma vez que tenha utilizado surpreendentes...”<br />

Alternativa A – errada<br />

Direção de argumentação de tempo.<br />

Alternativa C – errada<br />

O termo como estabelece relação de modo.<br />

Alternativa D – errada<br />

Estabelecida relação de tempo.<br />

Alternativa E – errada<br />

Relação estabelecida de conclusão.<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

57<br />

TRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária – Execução de Mandados – 2010.<br />

Está correto o emprego do elemento sublinhado em:<br />

A) A segunda metade da década de 90, aonde se consolidou<br />

a multimídia, foi um marco na vida contemporânea.<br />

B) O homem do nosso tempo, diante dos admiráveis<br />

recursos nos quais jamais sonhou alcançar, é por<br />

vezes um deslumbrado.<br />

C) A obra de ficção “A guerra dos mundos”, em cuja<br />

Orson Welles se baseou, ganhou dramática adaptação<br />

radiofônica.<br />

D) A tecnologia de ponta, sobre a qual por vezes pairam<br />

desconfianças, leva ‐nos apenas aonde queremos<br />

ir.<br />

E) O cotidiano contemporâneo deixa ‐se afetar pelas<br />

conquistas técnicas, de cujas muita gente alimenta<br />

sérias desconfianças.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Os termos “onde – aonde” deverão ser utilizados apenas<br />

quando apresentar relação de lugar. Por forma, na maioria<br />

das vezes não utilizada, onde liga ‐se a verbos estáticos em<br />

frases, como por exemplo: onde você ficou ontem? Onde<br />

você mora? Onde você trabalha? E aonde, a verbos em movimento,<br />

como por exemplo: Aonde você andou? Aonde<br />

você quer chegar? O verbo levar, intransitivo, indica movimento,<br />

teoricamente, portanto, exige o termo aonde: “... a<br />

tecnologia leva ‐nos apenas aonde queremos ir”. Cabe aqui<br />

uma orientação, caríssimo aluno: Mesmo reconhecendo<br />

que esse princípio é contestável e contestado, siga essa<br />

orientação para os concursos públicos, está bem?<br />

Alternativa A – errada<br />

“A segunda metade da década de 90” quando (e não<br />

onde).<br />

Alternativa B – errada<br />

“... admiráveis recursos,” os quais (e não nos quais) “jamais<br />

sonhou alcançar”.<br />

Alternativa C – errada<br />

Em que ou na qual – referindo ‐se à “obra” (e não em cuja).<br />

Alternativa E – errada<br />

De que ou das quais – referindo ‐se a “conquistas técnicas”<br />

(e não de cujas).<br />

Gabarito oficial: alternativa D


TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO –<br />

ÁREA JUDICIÁRIA – 2010<br />

Atenção: As questões de 58 a 65 referem ‐se ao texto seguinte.<br />

Sociedade do espetáculo: mal de uma época<br />

“Nosso tempo prefere a imagem à coisa, a cópia ao original, a representação à realidade, a aparência<br />

ao ser. O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado.” Essas palavras do filósofo Feurbach nos<br />

dizem algo fundamental sobre nossa época. Toda a vida das sociedades nas quais reinam as condições<br />

modernas de produção se anuncia como uma imensa acumulação de espetáculos. Tudo o que era diretamente<br />

vivido se esvai na fumaça da representação. As imagens fluem desligadas de cada aspecto da<br />

vida e fundem ‐se num curso comum, de forma que a unidade da vida não mais pode ser restabelecida.<br />

O espetáculo é ao mesmo tempo parte da sociedade, a própria sociedade e seu instrumento de<br />

unificação. Como parte da sociedade, o espetáculo concentra todo o olhar e toda a consciência. Por<br />

ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido e da falsa consciência. O espetáculo não é um conjunto<br />

de imagens, mas uma relação entre pessoas, mediatizadas por imagens.<br />

A alienação do espectador em proveito do objeto contemplado exprime ‐se assim: quanto mais<br />

contempla, menos vive; quanto mais aceita reconhecer ‐se nas imagens dominantes, menos ele<br />

compreende a sua própria existência e o seu próprio desejo. O conceito de espetáculo unifica e<br />

explica uma grande diversidade de fenômenos aparentes, apresenta ‐se como algo grandioso, positivo,<br />

indiscutível e inacessível.<br />

A exterioridade do espetáculo em relação ao homem que deveria agir como um sujeito real apare ce<br />

no fato de que os seus próprios gestos já não são seus, mas de um outro que os apresenta a ele. Eis por que<br />

o espectador não se sente em casa em parte alguma, porque o espetáculo está em toda parte. Eis por que<br />

nossos valores mais profundos têm dificuldade de sobreviver em uma sociedade do espetá culo,<br />

porque a verdade e a transparência, que tornam a vida realmente humana, dela são banidas e os valores,<br />

enterrados sob o escombro das aparências e da mentira, que nos separam, em vez de nos unir.<br />

Adaptado de Maria Clara Luccheti Bingemer, revista Adital.


42 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

58<br />

TRE/AL – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

De acordo com a citação do filósofo Feurbach, na abertura<br />

do texto, vive ‐se num tempo em que<br />

A) o plano das coisas, uma vez sacralizado, faz desaparecer<br />

o plano dos nossos valores espirituais.<br />

B) a mera representação das coisas adquire uma relevância<br />

maior que a das coisas em si mesmas.<br />

C) a valorização de processos ilusórios faz com que as<br />

pessoas se prendam cada vez mais aos ritos sagrados.<br />

D) as imagens e as coisas mundanas captam nossa<br />

atenção de tal modo que já não as distinguimos<br />

umas das outras.<br />

E) a verdade das imagens e a ilusão das representações<br />

delas confundem nossa percepção e nossos<br />

sentidos.<br />

Alternativa B – CERta<br />

O texto expõe a ideia de que a imagem sobrepõe ‐se ao<br />

acontecimento.<br />

Alternativa A – errada<br />

Ao contrário da alternativa, o “cúmulo da ilusão é o cúmulo<br />

do sagrado”. O texto não tece comparações, apenas<br />

estabelece relações.<br />

Alternativa C – errada<br />

O texto apenas compara o ilusório ao sagrado.<br />

Alternativa D – errada<br />

Para o texto, apenas a imagem capta nossa atenção,<br />

sobrepondo ‐se à “coisa”.<br />

Alternativa E – errada<br />

Segundo o texto, é a ilusão provocada pela imagem que<br />

confunde nossa percepção e nossos sentidos.<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

59<br />

TRE/AL – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

Para a autora do texto, uma característica essencial da<br />

sociedade do espetáculo está no modo como o homem<br />

moderno<br />

A) valoriza uma experiência direta das coisas e dos<br />

fenômenos, em detrimento de qualquer tipo de<br />

abstração.<br />

B) revela ‐se um alienado, quando suprime a contemplação<br />

dos objetos para analisar criticamente a<br />

imagem que eles têm.<br />

C) subordina sua consciência a um processo de representações,<br />

que ele contempla e adota como um<br />

mundo unificado.<br />

D) delega aos produtores de espetáculos a representação<br />

de uma ilusão que ele teme reconhecer dentro<br />

de si mesmo.<br />

E) age em relação ao mundo das imagens e das representações<br />

coletivas, destituindo ‐as de qualquer<br />

significação.<br />

Alternativa C – CERta<br />

O homem moderno, segundo a autora, subordina sua<br />

consciência à imagem.<br />

Alternativa A – errada<br />

Segundo o texto, valoriza uma experiência pela imagem,<br />

fugindo, portanto, às coisas e aos fenômenos.<br />

Alternativa B – errada<br />

Ocorre o contrário, isto é, a contemplação dos objetos suprime<br />

a análise crítica, a compreensão.<br />

Alternativa D – errada<br />

Segundo o texto, o homem moderno traz e reconhece<br />

dentro de si a representação.<br />

Alternativa E – errada<br />

As imagens não estão destituídas de significação, elas se<br />

tornaram o meio pelo qual as pessoas se relacionam.<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

60<br />

TRE/AL – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

Atente para as seguintes afirmações:<br />

I – Justamente pelo fato de o espetáculo estar em toda<br />

parte é que os homens de hoje, numa sociedade em<br />

que funcionam como espectadores, não se sentem em<br />

casa em lugar nenhum.<br />

II – A verdade e a transparência, identificadas como valores<br />

autenticamente humanos, são incompatíveis com<br />

os que regem a sociedade do espetáculo.<br />

III – Na sociedade do espetáculo, a desejável ação do<br />

sujeito dá lugar a um estado de recriação das imagens<br />

exteriores, que lhe faculta reconhecer ‐se a si mesmo.<br />

Em relação ao texto, está correto o que se afirma SO‐<br />

MENTE em<br />

A) I.<br />

B) II.<br />

C) III.<br />

D) II e III.<br />

E) I e II.<br />

Alternativa E – CERta<br />

Item III – resposta errada: na verdade, segundo o texto, o<br />

homem moderno não espera a ação do sujeito, e sim,<br />

como o estado está somente ligado à imagem, é lhe tirada<br />

a faculdade de reconhecer ‐se a si mesmo.<br />

Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

61<br />

TRE/AL – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

Estão inteiramente respeitadas as normas de concordância<br />

verbal em:<br />

A) Quando às coisas se preferem a imagem delas,<br />

privilegia ‐se o espetáculo das aparências.


Português 43<br />

B) As palavras do filósofo Feurbach, um pensador já<br />

tão distante de nós, mantém ‐se como um preciso<br />

diagnóstico.<br />

C) o que resultam de tantas imagens dominantes são a<br />

identificação dos indivíduos com algo exterior a eles.<br />

D) Já não se distingue nos gestos dos indivíduos algo<br />

que de fato os identifique como autênticos sujeitos.<br />

E) Cabem ‐nos, a todos nós, buscar preservar valores<br />

como a verdade e a transparência, ameaçados de<br />

desaparição.<br />

Alternativa D – CERta<br />

“Já não se distingue (...) algo que de fato...”<br />

A regra geral de concordância é: o verbo concorda com o<br />

sujeito em número e pessoa. Portanto, “distingue” concorda<br />

com o núcleo “algo”.<br />

Alternativa A – errada<br />

O verbo preferir é transitivo direto e indireto. O correto é:<br />

“Quando às coisas se prefere a imagem”. Parte ‐se do princípio<br />

de que: quem prefere uma coisa à outra. Portanto,<br />

prefere a imagem (objeto direto) às coisas (objeto indireto).<br />

Alternativa B – errada<br />

“As palavras do filósofo (...) mantêm ‐se.” O erro está no<br />

acento diferencial de “manter”, 3ª pessoa do plural.<br />

Alternativa C – errada<br />

“O que resulta de (...) é a identificação...”<br />

Alternativa E – errada<br />

“Cabe‐nos preservar...”<br />

Há um erro de concordância nominal: “... como a verdade<br />

e a transparência ameaçadas...”, substantivos femininos,<br />

portanto, do mesmo gênero, fazendo com que o adjetivo<br />

concorde com eles.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

62<br />

TRE/AL – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

Na frase: “Eis por que o espectador não se sente em<br />

casa em parte alguma, porque o espetáculo está em<br />

toda parte”, os elementos sublinhados podem ser correta<br />

e respectivamente substituídos por<br />

A) a razão pela qual e visto que.<br />

B) por cujo motivo e visto que.<br />

C) a finalidade pela qual e dado que.<br />

D) o motivo por onde e conquanto.<br />

E) a alegação de que e conquanto.<br />

Alternativa A – CERta<br />

Por que ou razão pela qual e porque ou visto que.<br />

Temos a preposição por, o pronome relativo que e o substantivo<br />

razão que foi omitido. Quanto ao segundo termo,<br />

temos a conjunção porque estabelecendo relação de causa,<br />

sendo, portanto, substituída por visto que.<br />

Alternativa B – errada<br />

O correto seria: “... o motivo pelo qual...”.<br />

Alternativa C – errada<br />

Não cabe, neste caso, a finalidade, e sim a causa.<br />

Alternativa D – errada<br />

Não cabe onde, pronome que tem a função de adjunto adverbial<br />

de lugar. Conquanto é conjunção que estabelece<br />

relação de oposição.<br />

Alternativa E – errada<br />

Não cabe o termo “alegação”, e “conquanto” estabelece<br />

relação de oposição.<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

63<br />

TRE/AL – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

No trecho: “quanto mais contempla, menos vive; quanto<br />

mais aceita reconhecer ‐se nas imagens dominantes,<br />

menos ele compreende a sua própria existência”,<br />

expressa ‐se uma relação de<br />

A) causalidade entre menos vive e mais aceita.<br />

B) oposição entre mais contempla e mais aceita.<br />

C) exclusão entre menos vive e menos compreende.<br />

D) alternância entre mais contempla e mais aceita.<br />

E) proporção entre mais contempla e menos vive.<br />

Alternativa E – CERta<br />

À medida que, à proporção que, quanto mais, estabelecendo,<br />

portanto, relação de proporção.<br />

Alternativa A – errada<br />

Para ocorrer a causa, teríamos: “Porque menos vive mais<br />

aceita...”.<br />

Alternativa B – errada<br />

Para haver oposição, teríamos: “Embora mais contemple,<br />

menos aceita...”.<br />

Alternativa C – errada<br />

Para ocorrer exclusão, teríamos: “mais vive menos compreende”.<br />

Alternativa D – errada<br />

Para ocorrer a alternância, teríamos: “ou contempla ou<br />

aceita...”.<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

64<br />

TRE/AL – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

A frase que admite transposição para a voz passiva é:<br />

A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado.<br />

B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma<br />

grande diversidade de fenômenos.<br />

C) o espetáculo é ao mesmo tempo parte da sociedade,<br />

a própria sociedade e seu instrumento de unificação.


44 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da<br />

vida (...).<br />

E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido<br />

e da falsa consciência.<br />

Alternativa B – CERta<br />

Para que ocorra a voz passiva, é necessário que o verbo<br />

seja transitivo direto ou transitivo direto e indireto. Os verbos<br />

unificar e explicar são verbos transitivos diretos e<br />

aceitam, portanto, a voz passiva.<br />

Alternativa A – errada<br />

O verbo ser, “é”, é verbo de ligação, não aceitando, portanto,<br />

voz passiva.<br />

Alternativa C – errada<br />

Verbo ser é verbo de ligação. Não aceita voz passiva.<br />

Alternativa D – errada<br />

O verbo fluir é verbo intransitivo, não aceita a voz passiva.<br />

Alternativa E – errada<br />

O verbo ser é de ligação.<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

65<br />

TRE/AL – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

Está clara e correta a redação deste livre comentário<br />

sobre o texto:<br />

A) Nem todos acatarão de que a sociedade do espetáculo<br />

seja malévola, uma vez que suas imagens são<br />

parte constituída ao nosso modo de viver.<br />

B) Muita gente reputa às imagens e às representações<br />

a qualidade de mascararem nossa própria personalidade,<br />

quando não a expandem.<br />

C) O primado das imagens sobre as coisas vem demonstrando,<br />

em nosso tempo, a supremacia do<br />

que é aparente em relação ao que é essencial.<br />

D) Ocorre que quando se valoriza as imagens em detrimento<br />

das coisas, elas nem sempre se tornam<br />

visíveis ao ponto de se distinguirem das demais.<br />

E) A absorção que todo espetáculo nos imputa é tamanha<br />

que, quando menos atentamos, já somos<br />

parte dele, em estado de inconsciência.<br />

Alternativa C – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

“... nem todos acatarão que (...)” (o verbo acatar é transitivo<br />

direto, não aceita, portanto, a preposição de).<br />

Alternativa B – errada<br />

O texto provoca duplo sentido. A presença do pronome<br />

oblíquo a cria uma ideia ambígua e confusa, pois, na verdade,<br />

o leitor não sabe quem é o seu referente.<br />

Alternativa D – errada<br />

Problemas quanto à voz passiva sintética. O correto seria:<br />

“... quando se valorizam as imagens”, o verbo valorizam<br />

concorda com o sujeito “imagens” em número e pessoa.<br />

Alternativa E – errada<br />

Falta da preposição de após o substantivo “absorção”. O<br />

correto é: “A absorção de que todo...”.<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

Atenção: As questões de 66 a 70 referem ‐se ao texto seguinte.<br />

Nova infância?<br />

Até onde posso avaliar, parece que já não existem mais crianças como as de antigamente – o<br />

que equivale a dizer que talvez seja preciso redefinir o que vem a ser infância. Quem viveu no tempo<br />

em que a rua era o espaço natural de todos os jogos e brincadeiras, palco das conversas e das<br />

piadas, cenário da vida coletiva, lamentará o quanto as crianças de hoje vivem reclusas nas casas e<br />

nos apartamentos. Seja por questão de segurança (medo da rua), seja pela avalanche das novidades<br />

tecnológicas e dos brinquedos eletrônicos, o sedentarismo infantil é um fenômeno que se alastra<br />

por toda parte.<br />

Trata ‐se de uma anomalia cruel: as crianças, seres naturalmente carregados de energia e vitalidade,<br />

estão vivendo longas horas diárias de concentração solitária e de imobilidade. Diante das<br />

telas e dos monitores, satisfazem ‐se com o movimento virtual, com a investigação a distância, com<br />

a experiência imaginária. O prazer do convívio vem sendo perigosamente substituído pelo sentimento<br />

de autossuficiência. Que tipo de sociedade estamos constituindo?<br />

Herculano Menezes, inédito.


Português 45<br />

66<br />

TRE/AL – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

O que está referido no texto como anomalia cruel consiste<br />

no fato de que as crianças de hoje<br />

A) estão desenvolvendo uma extraordinária capacidade<br />

de concentração.<br />

B) ignoram as atividades criativas que lhes estão sendo<br />

oferecidas.<br />

C) manifestam uma curiosidade precoce pela tecnologia<br />

e pela ciência.<br />

D) entregam ‐se a práticas que implicam passividade e<br />

sedentarismo.<br />

E) revelam um prazer mórbido ao demonstrarem sua<br />

autossuficiência.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

A capacidade de concentração solitária.<br />

Alternativa B – errada<br />

Assumem a passividade e a solidão distanciando ‐se, cada<br />

vez mais, do movimento.<br />

Alternativa C – errada<br />

Aceitam a tecnologia como novidade.<br />

Alternativa E – errada<br />

O texto fundamenta o prazer do convívio que vem sendo<br />

substituído pelo sentimento de autossuficiência.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

67<br />

TRE/AL – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

Considerando ‐se o contexto, traduz ‐se adequadamente<br />

o sentido de um segmento em:<br />

A) até onde posso avaliar = extrapolando uma avaliação<br />

minha.<br />

B) sedentarismo infantil = absorção pueril.<br />

C) uma anomalia cruel = uma anormalidade implacável.<br />

D) movimento virtual = animação virtuosa.<br />

E) sentimento de autossuficiência = extravasão autista.<br />

Alternativa C – CERta<br />

Anomalia substitui ‐se por anormalidade; implacável<br />

su bstitui ‐se por cruel.<br />

Alternativa A – errada<br />

Extrapolar é ir além, e não até onde possa ir.<br />

Alternativa B – errada<br />

Absorção não é sedentarismo.<br />

Alternativa D – errada<br />

Virtuosa não se identifica com virtual.<br />

Alternativa E – errada<br />

Autista não se identifica com autossuficiência.<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

68<br />

TRE/AL – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

A pontuação está inteiramente adequada na frase:<br />

A) Será preciso, talvez, redefinir a infância já que as<br />

crianças de hoje, ao que tudo indica nada mais têm<br />

a ver com as de ontem.<br />

B) Será preciso, talvez redefinir a infância: já que as<br />

crianças, de hoje, ao que tudo indica nada têm a<br />

ver, com as de ontem.<br />

C) Será preciso, talvez: redefinir a infância, já que as<br />

crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver<br />

com as de ontem.<br />

D) Será preciso, talvez redefinir a infância? – já que as<br />

crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver<br />

com as de ontem.<br />

E) Será preciso, talvez, redefinir a infância, já que as<br />

crianças de hoje, ao que tudo indica, nada têm a<br />

ver com as de ontem.<br />

Alternativa E – CERta<br />

“Talvez”, advérbio de dúvida, termo interferente deverá<br />

estar entre vírgulas. “já que (...) de hoje” oração interferente,<br />

deverá estar entre vírgulas. “Ao que tudo indica”<br />

termo interferente, deverá estar entre vírgulas.<br />

Alternativa A – errada<br />

Falta uma vírgula após “... tudo indica,”.<br />

Alternativa B – errada<br />

Falta vírgula após “talvez,”; não há os dois ‐pontos; “ao<br />

que tudo indica” deverá estar entre vírgulas; e não há vírgula<br />

após “nada tem a ver”.<br />

Alternativa C – errada<br />

Não há vírgula após “preciso”. Os dois ‐pontos devem ser<br />

retirados; e “ao que tudo indica” deverá estar entre vírgulas.<br />

Alternativa D – errada<br />

“Talvez” deverá estar entre vírgulas; não há ponto de<br />

interrogação; e “ao que tudo indica” deverá estar entre<br />

vírgulas.<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

69<br />

TRE/AL – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

“... as crianças, seres naturalmente carregados de<br />

energia e vitalidade, estão vivendo longas horas diárias<br />

de concentração solitária e de imobilidade.”<br />

Pode ‐se reconstruir com correção e coerência a frase<br />

acima, começando por: “As crianças estão vivendo longas<br />

horas diárias de concentração solitária e de imobilidade”<br />

e complementando com


46 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

A) em que pesem os seres naturais, imbuídos de energia<br />

e de vitalidade.<br />

B) não obstante sejam naturalmente providas de muita<br />

energia e vitalidade.<br />

C) porquanto constituem ‐se como seres de natural<br />

energia e vitalidade.<br />

D) ainda quando seres incutidos de energia e vitalidade<br />

em sua natureza.<br />

E) mesmo quando se mostram atreladas a muita energia<br />

e força vital.<br />

Alternativa B – CERta<br />

Relação de oposição em “não obstante”.<br />

Alternativa A – errada<br />

O texto fala das crianças, enquanto a questão amplia a<br />

ideia citando “seres naturais”.<br />

Alternativa C – errada<br />

“Porquanto” estabelece relação de conclusão.<br />

Alternativa D – errada<br />

Amplia a ideia que vai além do termo “crianças”.<br />

Alternativa E – errada<br />

Relação de tempo em “quando”, restringindo o sentido<br />

dos adjetivos: “energia” e “vitalidade”.<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

70<br />

TRE/AL – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar ‐se<br />

numa forma do plural para preencher corretamente a<br />

lacuna da frase:<br />

A) ...... (haver) de se dar a conhecer, em algum dia do<br />

futuro, crianças semelhantes às de tempos passados?<br />

B) Crianças como as de hoje, ao que se sabe, jamais......<br />

(haver), tão absortas e imobilizadas em seus afazeres.<br />

C) Até quando se...... (verificar), em relação às nossas<br />

crianças, tamanha incongruência nos valores e nas<br />

expectativas educacionais?<br />

D) Quase todo prazer que hoje às crianças se...... (reservar)<br />

por longas horas diárias, está associado à<br />

tecnologia.<br />

E) ...... (caber) aos pais e professores, sobretudo, proporcionar<br />

às crianças espaço e tempo para as necessárias<br />

atividades físicas.<br />

Alternativa A – CERta<br />

O verbo haver como auxiliar concordará com o sujeito.<br />

Portanto, “hão de se dar a conhecer (...) crianças...?”.<br />

Alternativa B – errada<br />

O correto é: “Crianças (...) jamais haverá, tão...”. Nesse<br />

caso, o verbo haver substitui o verbo existir, ficando, por<br />

isso, no singular.<br />

Alternativa C – errada<br />

O verbo verificar deverá estar no singular para concordar<br />

com o sujeito “incongruência”.<br />

Alternativa D – errada<br />

O verbo reservar deverá estar no singular para concordar<br />

com o sujeito “Quase todo prazer”.<br />

Alternativa E – errada<br />

O verbo caber no sentido de ser necessário é impessoal, devendo,<br />

por isso, ficar no singular: “Cabe (...) proporcionar...”.<br />

Gabarito oficial: alternativa A


TRE/AM – ANALISTA JUDICIÁRIO –<br />

ÁREA JUDICIÁRIA – 2010<br />

Atenção: As questões de 71 a 80 referem ‐se ao texto seguinte.<br />

Entre a cruz e a caldeirinha<br />

“Quantas divisões tem o Papa?”, teria dito Stalin quando alguém lhe sugeriu que talvez valesse<br />

a pena ser mais tolerante com os católicos soviéticos, a fim de ganhar a simpatia de Pio XI. Efetivamente,<br />

além de um punhado de multicoloridos guardas suíços, o poder papal não é palpável. Ainda<br />

assim, como bem observa o escritor Elias Canetti, “perto da Igreja, todos os poderosos do mundo<br />

parecem diletantes”.<br />

Há estatísticas controvertidas sobre esse poder eclesiástico. Ao mesmo tempo que uma pesquisa<br />

da Fundação Getúlio Vargas indica que, a cada geração, cai o número de católicos no Brasil,<br />

outra, da mesma instituição, revela que, para os brasileiros, a única instituição democrática que<br />

funciona é a Igreja Católica, com créditos muito superiores aos dados à classe política. Daí os sentimentos<br />

mistos que acompanharam a visita do papa Bento XVI ao Brasil.<br />

“O Brasil é estratégico para a Igreja Católica. Está sendo preparada uma Concordata entre o<br />

Vaticano e o nosso país. Nela, todo o relacionamento entre as duas formas de poder (religioso e<br />

civil) será revisado. Tudo o que depender da Igreja será feito no sentido de conseguir concessões<br />

vantajosas para o seu pastoreio, inclusive com repercussões no direito comum interno ao Brasil<br />

(pesquisas com células ‐tronco, por exemplo, aborto, e outras questões árduas)”, avalia o filósofo<br />

Roberto Romano. E prossegue: “Não são incomuns atos religiosos que são usados para fins políticos<br />

ou diplomáticos da Igreja. Quem olha o Cristo Redentor, no Rio, dificilmente saberá que a estátua<br />

significa a consagração do Brasil à soberania espiritual da Igreja, algo que corresponde à política<br />

eclesiástica de denúncia do laicismo, do modernismo e da democracia liberal.<br />

A educadora da USP Roseli Fischman, no artigo “Ameaça ao Estado laico”, avisa que a Concordata<br />

poderá incluir o retorno do ensino religioso às escolas públicas. “O súbito chamamento do


48 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

MEC para tratar do ensino religioso tem repercussão quanto à violação de direitos, em particular<br />

de minorias religiosas e dos que têm praticado todas as formas de consciência e crença neste país,<br />

desde a República”, acredita a pesquisadora. Por sua vez, o professor de Teologia da PUC ‐SP Luiz<br />

Felipe Pondé responde assim àquela famosa pergunta de Stalin: “Quem precisa de divisões tendo<br />

como exército a eternidade?”<br />

Adaptado de Carlos Haag, Pesquisa FAPESP, n. 134, 2007.<br />

71<br />

TRE/AM – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

A expressão: “entre a cruz e a caldeirinha” indica uma<br />

opção muito difícil de se fazer. Justifica ‐se, assim, sua<br />

utilização como título de um texto que, tratando da<br />

atuação da Igreja, enfatiza a dificuldade de se considerar<br />

em separado<br />

A) a ingerência eclesiástica nas atividades comerciais<br />

e nas diplomáticas.<br />

B) a instância do poder espiritual e o campo das posições<br />

políticas.<br />

C) o crescente prestígio do ensino religioso e a decadência<br />

do ensino laico.<br />

D) os efetivos militares à disposição do Papa e a força<br />

do pontificado.<br />

E) as denúncias papais do laicismo e os valores da democracia<br />

liberal.<br />

Alternativa B – CERta<br />

A força ou o foro do poder espiritual diante das posições<br />

políticas.<br />

Alternativa A – errada<br />

O texto não cita qualquer atividade comercial colocada<br />

pela igreja.<br />

Alternativa C – errada<br />

O texto cita a ‘possibilidade’ do retorno do ensino religioso<br />

às escolas.<br />

Alternativa D – errada<br />

Segundo o texto, o poder papal não é bélico, palpável.<br />

Alternativa E – errada<br />

Não houve denúncias nem por parte da igreja nem quanto<br />

aos valores da democracia liberal.<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

72<br />

TRE/AM – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

Atente para as seguintes afirmações:<br />

I – As frases de Stalin e de Elias Canetti, citadas no 1º<br />

parágrafo, revelam critérios e posições distintas na<br />

avaliação de uma mesma questão.<br />

II – Na Concordata (referida no 3º parágrafo), a Igreja<br />

pretende valer ‐se de dispositivos constitucionais que<br />

lhe atribuem plena autonomia legislativa.<br />

III – A educadora Roseli Fischman propõe (4º parágrafo)<br />

que o ensino religioso privilegie, sob a gestão direta<br />

do MEC, minorias que professem outra fé que não a<br />

católica.<br />

Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma<br />

em<br />

A) I.<br />

B) II.<br />

C) III.<br />

D) I e II.<br />

E) II e III.<br />

Alternativa A – CERta<br />

O item I está correto. Ambas as frases colocam em questão<br />

a força do papa em relação à política mundial.<br />

O item II está incorreto. Segundo o texto, não há relação<br />

entre a Concordata e dispositivos institucionais que possam<br />

atribuir autonomia legislativa à igreja.<br />

O item III está incorreto. A educadora não propõe. Pelo<br />

contrário, preocupada com as minorias religiosas, ela indaga<br />

como o ensino religioso atuará diante dessas minorias.<br />

Alternativas B, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

73<br />

TRE/AM – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

Considerado o contexto, traduz ‐se adequadamente o<br />

sentido de um segmento em:<br />

A) o poder papal não é palpável = o Papa não dispõe<br />

de poder considerável.<br />

B) parecem diletantes = arvoram ‐se em militantes.<br />

C) com créditos muito superiores = de muito maior<br />

confiabilidade.<br />

D) repercussões no direito comum interno = efeitos<br />

sobre o direito canônico.<br />

E) denúncia do laicismo = condenação dos ateus.<br />

Alternativa C – CERta<br />

O termo “créditos” está aqui como sinônimo de confiabilidade.<br />

Dando a entender que a igreja é bem mais confiável<br />

que os políticos.


Português 49<br />

Alternativa A – errada<br />

Segundo propõe, a argumentação leva a crer que, embora<br />

não tenha poder bélico, o papa conta com poder<br />

considerável.<br />

Alternativa B – errada<br />

Não há identificação entre diletante e militante.<br />

Alternativa D – errada<br />

O direito comum interno refere ‐se à sociedade como um<br />

todo. Enquanto o direito canônico tem como referência o<br />

código da igreja. Não havendo, portanto, identificação<br />

entre eles.<br />

Alternativa E – errada<br />

Poder laico é por oposição a eclesiástico. Ateu é aquele<br />

que não crê na existência de um Deus. Não há, portanto,<br />

referência entre os termos.<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

74<br />

TRE/AM – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

Ao se referir ao poder da Igreja, Elias Canetti e Luis<br />

Felipe Pondé<br />

A) admitem que ele vem enfraquecendo consideravelmente<br />

ao longo dos últimos anos.<br />

B) consideram que, na atualidade, ele só se manterá o<br />

mesmo, caso seja amparado por governos fortes.<br />

C) afirmam que nunca ele esteve tão bem constituído<br />

quanto agora, armado da fé para se aliar aos fortes.<br />

D) lembram que a energia de um papado não provém<br />

da instituição eclesiástica, mas da autoridade moral<br />

do Papa.<br />

E) advertem que ele não depende da força militar,<br />

uma vez que se afirma historicamente como poder<br />

espiritual.<br />

Alternativa E – CERta<br />

Confirma a ideia de que se conclui o texto com a pergunta<br />

feita por Stalin na introdução.<br />

Alternativa A – errada<br />

O texto apenas comenta o fato de, segundo a FGV, embora<br />

o número de católicos caia a cada geração, a igreja continua<br />

confiável no tocante ao aspecto democrático.<br />

Alternativa B – errada<br />

Não há, no texto, qualquer relação entre força dos governos<br />

e fraqueza da igreja.<br />

Alternativa C – errada<br />

O texto coloca em questão a força ligada à fé dos fiéis.<br />

Alternativa D – errada<br />

O texto nada comenta atribuído à força moral do papa.<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

75<br />

TRE/AM – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

Na frase: Quem precisa de divisões tendo como exército<br />

a eternidade?, o segmento sublinhado pode ser substituído,<br />

sem prejuízo para o sentido e a correção, por<br />

A) ao ter no exército sua eternidade?<br />

B) fazendo do exército sua eternidade?<br />

C) contando na eternidade com o exército?<br />

D) dispondo da eternidade como exército?<br />

E) provendo o exército assim como a eternidade?<br />

Alternativa D – CERta<br />

Seguindo a lógica do raciocínio, a eternidade é o exército.<br />

Alternativa A – errada<br />

O correto seria “ao ter sua eternidade como exército”.<br />

Alternativa B – errada<br />

O correto seria “fazer sua eternidade de exército”.<br />

Alternativa C – errada<br />

O correto seria “Contando com a eternidade como exército”.<br />

Alternativa E – errada<br />

O correto seria “provendo não só a eternidade como também<br />

o exército”.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

76<br />

TRE/AM – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

As normas de concordância verbal estão plenamente<br />

respeitadas na frase:<br />

A) Deve ‐se firmar alguns acordos entre o Vaticano e o<br />

Brasil durante as discussões da Concordata.<br />

B) Nunca chegou a preocupar Stalin, naturalmente,<br />

os guardas suíços que constituem a segurança do<br />

Vaticano.<br />

C) Ao se deterem na estátua Cristo Redentor, no Rio<br />

de Janeiro, os olhos de um turista não verão o que<br />

de fato ela consagra.<br />

D) As concessões vantajosas que pretendem obter,<br />

nas discussões da Concordata, a Igreja Católica, dizem<br />

respeito a questões polêmicas.<br />

E) Muitas repercussões passarão a haver no direito<br />

interno, caso a Concordata consagre os acordos<br />

que constituem o principal interesse da Igreja.<br />

Alternativa C – CERta<br />

O verbo deter concorda com o sujeito “os olhos de um<br />

turista”.<br />

Alternativa A – errada<br />

“Devem‐se firmar alguns acordos.” O verbo é transitivo<br />

direto, aceita, portanto, a voz passiva.<br />

Alternativa B – errada<br />

“Nunca chegaram a preocupar os guardas suíços...”.


50 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

Alternativa D – errada<br />

“... que pretende obter (...) a Igreja Católica...”.<br />

Alternativa E – errada<br />

“Muitas repercussões passará a haver”, o verbo haver no<br />

sentido de existir é impessoal e deverá ser usado na 3ª<br />

pessoa do singular.<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

77<br />

TRE/AM – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

Está correta a flexão de todas as formas verbais da frase:<br />

A) Tudo o que advir como poder da Igreja tem correspondência<br />

com o plano simbólico e espiritual.<br />

B) O poder civil e a esfera religiosa nem sempre conviram<br />

quanto à busca de um sereno estabelecimento<br />

de acordos.<br />

C) Ao longo da história, nações e igrejas muitas vezes<br />

se absteram de buscar a convergência de seus<br />

interesses.<br />

D) A pergunta de Stalin proviu de sua convicção<br />

quanto ao que torna de fato competitivo um país<br />

beligerante.<br />

E) Ciente da fragilidade militar da Igreja, o ditador<br />

não se conteve e interveio na História com a famosa<br />

frase.<br />

Alternativa E – CERta<br />

O verbo conter deverá ser conjugado como ter, e o verbo<br />

intervir deverá ser conjugado como o verbo vir.<br />

Alternativa A – errada<br />

“Tudo o que advier...”<br />

Alternativa B – errada<br />

“O poder civil e a esfera religiosa nem sempre convieram...”<br />

Alternativa C – errada<br />

“Durante a história nações e igrejas se abstiveram...”<br />

Alternativa D – errada<br />

“A pergunta de Stalin proveu...”<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

78<br />

TRE/AM – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

A frase que admite transposição para a voz passiva é:<br />

A) Perto da Igreja, todos os poderosos do mundo parecem<br />

diletantes.<br />

B) A Concordata poderá incluir o retorno do ensino<br />

religioso.<br />

C) Há estatísticas controvertidas sobre esse poder<br />

eclesiástico.<br />

D) Não são incomuns atos religiosos com finalidade<br />

política.<br />

E) O Brasil é um país estratégico para a Igreja Católica.<br />

Alternativa B – CERta<br />

O verbo incluir é verbo transitivo direto, sendo, portanto,<br />

possível a voz passiva: “O retorno do ensino religioso poderá<br />

ser incluído pela Concordata”.<br />

Alternativa A – errada<br />

O verbo parecer é de ligação, portanto não aceita a voz<br />

passiva.<br />

Alternativa C – errada<br />

O verbo haver em substituição ao verbo existir é verbo<br />

intransitivo, portanto, não aceita a voz passiva.<br />

Alternativa D – errada<br />

O verbo ser é verbo de ligação, não aceita, portanto, a voz<br />

passiva.<br />

Alternativa E – errada<br />

O verbo ser é verbo de ligação.<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

79<br />

TRE/AM – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

Está clara e correta a redação deste livre comentário<br />

sobre o texto.<br />

A) Deve de ser preocupante para os católicos, que eles<br />

venham caindo de número nas estatísticas, em conformidade<br />

com a Fundação Getúlio Vargas.<br />

B) Malgrado seu desempenho nas estatísticas da FGV,<br />

esta mesma instituição considera que a Igreja tem<br />

mais prestígio que outras classes.<br />

C) A mesma Fundação em que se abona o papel da<br />

Igreja como democrática, é também a instituição<br />

em que avalia seu decréscimo de fiéis.<br />

D) Não obstante esteja decrescendo o número de<br />

fiéis, a Igreja, segundo a Fundação Getúlio Vargas,<br />

é prestigiada como instituição democrática.<br />

E) A FGV, em pesquisas atinentes da Igreja Católica,<br />

chegou a resultados algo controversos, seja pelo<br />

prestígio, seja pela contingência do seus fiéis.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

Não há a preposição de em “deve de ser...”, faltam elementos<br />

que possam determinar clareza ao texto.<br />

Alternativa B – errada<br />

“Malgrado” tem como sinônimo “não obstante”, “apesar<br />

de”.<br />

Alternativa C – errada<br />

O verbo avaliar é transitivo direto, sendo correto, portanto,<br />

“... que avalia seu...”.<br />

Alternativa E – errada<br />

“... atinente a”, e não “atinente de”.<br />

Gabarito oficial: alternativa D


Português 51<br />

80<br />

TRE/AM – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

Está adequada a correlação entre tempos e modos verbais<br />

na frase:<br />

A) Se o Papa dispusesse de inúmeras e bem armadas<br />

divisões, talvez Stalin reconsiderasse sua decisão e<br />

buscasse angariar a simpatia de Pio XI.<br />

B) Como alguém lhe perguntou se não é o caso de ganhar<br />

a simpatia de Pio XI, Stalin lhe respondera que<br />

ignorava com quantas divisões conta o Papa.<br />

C) Caso o Brasil não fosse um país estratégico para a<br />

Igreja, a Concordata não se revestirá da importância<br />

que lhe atribuíram os eclesiásticos.<br />

D) São tão delicadas as questões a serem discutidas<br />

na Concordata que será bem possível que levassem<br />

muito tempo para desdobrar todos os aspectos.<br />

E) Roberto Romano lembra ‐nos de que já houve, na<br />

História, atos religiosos que acabassem por atender<br />

a uma finalidade política que é prevista.<br />

Alternativa A – CERta<br />

O pretérito imperfeito do subjuntivo estabelece uma ação<br />

hipotética, ou seja, a ação no passado que não ocorreu.<br />

Alternativa B – errada<br />

A ação provocada pela pergunta é anterior à ação de Stalin<br />

responder. Portanto, o correto é: “Alguém lhe perguntara<br />

se não seria o caso de (...), Stalin lhe respondeu que...”.<br />

Alternativa C – errada<br />

Ação hipotética no passado correlaciona ‐se com ação hipotética<br />

no futuro. “Caso o Brasil não fosse (...) a<br />

Concordata não se revestiria...”.<br />

Alternativa D – errada<br />

O presente correlaciona ‐se com o futuro: “... será bem possível<br />

que levem muito tempo...” ou a redação poderá ser feita<br />

com o verbo no infinitivo: “será bem possível levarem...”.<br />

Alternativa E – errada<br />

“... houve (...) atos religiosos que acabaram por atender...”<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

Atenção: As questões de 81 a 84 referem ‐se ao texto seguinte.<br />

A leitura dos clássicos<br />

Os clássicos são livros que exercem uma influência particular quando se impõem como inesquecíveis<br />

e também quando se ocultam nas dobras da memória, preservando ‐se no inconsciente.<br />

Por isso, deveria existir um tempo na vida adulta dedicado a revisitar as leituras mais importantes<br />

da juventude. Se os livros permaneceram os mesmos (mas também eles mudam à luz de uma<br />

perspectiva histórica diferente), nós com certeza mudamos, e o encontro é um acontecimento totalmente<br />

novo.<br />

Portanto, usar o verbo ler ou o verbo reler não tem muita importância. De fato, poderíamos<br />

dizer: toda releitura de um clássico é uma leitura de descoberta, como a primeira.<br />

Ítalo Calvino, “Por que ler os clássicos”.<br />

81<br />

TRE/AM – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

Da leitura do texto depreende ‐se que os clássicos<br />

A) exercem grande efeito sobre nós, a menos quando<br />

se infiltram nas regiões do nosso inconsciente.<br />

B) adquirem especial sentido quando lidos na adolescência,<br />

idade em que nos revelam toda a sua grandeza.<br />

C) podem ser relidos sem que percam, por isso, o poder<br />

de revelação que demonstraram na primeira<br />

leitura.<br />

D) mudam de valor a cada vez que os lemos, já que o<br />

tempo vai esmaecendo a importância de cada leitura.<br />

E) gravam ‐se em nossa memória segundo a importância<br />

que tiveram para as gerações precedentes.<br />

Alternativa C – CERta<br />

O texto aborda como tema o clássico como importância<br />

de uma primeira leitura. Por ser um clássico a cada leitura,<br />

renova ‐se o entendimento.<br />

Alternativa A – errada<br />

O texto fala apenas das mudanças ocorridas em nós através<br />

do tempo.<br />

Alternativa B – errada<br />

O texto aborda a importância de que os clássicos sejam<br />

“revisitados” na idade adulta.<br />

Alternativa D – errada<br />

O texto expõe a mudança de interpretação a cada revisita<br />

à leitura de um clássico.


52 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

Alternativa E – errada<br />

O texto informa que toda releitura de um clássico traz<br />

sempre a ideia de ser a primeira, pois trará invariavelmente<br />

uma revelação.<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

82<br />

TRE/AM – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

Atente para as seguintes afirmações:<br />

I – A releitura de uma obra clássica é reconfortante<br />

pela recuperação exata do sentido que já lhe atribuímos<br />

no passado.<br />

II – Uma nova perspectiva histórica pode ser determinante<br />

para uma nova compreensão de uma mesma<br />

obra clássica.<br />

III – Assim como nós podemos permanecer os mesmos<br />

ao longo do tempo, o sentido de uma obra clássica<br />

pereniza ‐se na história.<br />

Em relação ao texto, APENAS está correto o que se afirma<br />

em:<br />

A) I.<br />

B) II.<br />

C) III.<br />

D) I e II.<br />

E) II e III.<br />

Alternativa B – CERta<br />

Toda releitura de um clássico é feita havendo identificação<br />

com o momento presente. Por isso, muitas vezes, a<br />

perspectiva histórica ajuda ‐nos a ter outra visão de um<br />

clássico.<br />

Item I – resposta errada: o sentido dado à obra em uma<br />

releitura difere do sentido atribuído ao passado.<br />

Item III – resposta errada: uma obra clássica pereniza ‐se<br />

na história justamente pelas revelações a cada releitura.<br />

Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

83<br />

TRE/AM – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar ‐se<br />

numa forma do plural para preencher corretamente a<br />

lacuna da frase:<br />

A) ......‐se (atribuir) aos clássicos a propriedade de<br />

nos encantar em qualquer tempo ou idade que os<br />

busquemos.<br />

B) ......‐se (distinguir) os clássicos pelo fato de conservarem<br />

o mesmo poder de revelação ao longo do<br />

tempo.<br />

C) ......-nos (impressionar) nos clássicos o sentido de<br />

uma perenidade que não implica cristalização.<br />

D) ......-se (queixar) dos clássicos apenas quem os lê com<br />

a desatenção ou o desamor das tarefas obrigatórias.<br />

E) ......-nos (confortar) nos clássicos a companhia<br />

dos mais altos valores humanos que põem à nossa<br />

disposição.<br />

Alternativa B – CERta<br />

“Distinguem‐se os clássicos pelo fato...”, o verbo distinguir<br />

concorda com o sujeito, clássicos, em número e pessoa.<br />

Alternativa A – errada<br />

O verbo atribuir ‐se concorda com o sujeito “a propriedade...”.<br />

Alternativa C – errada<br />

O verbo impressiona ‐nos concorda com o sujeito “o sentido<br />

de...”.<br />

Alternativa D – errada<br />

O verbo queixa ‐se concorda com o sujeito “quem”.<br />

Alternativa E – errada<br />

O verbo conforta ‐nos concorda com o sujeito “a companhia”.<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

84<br />

TRE/AM – Analista Judiciário – Área Judiciária<br />

– 2010.<br />

“... toda releitura de um clássico é uma leitura de descoberta,<br />

como a primeira.”<br />

Uma nova, clara e correta redação da frase acima,<br />

apresenta ‐se em:<br />

A) Tal como a primeira, as outras leituras de um clássico<br />

sempre constituem uma revelação.<br />

B) Sendo de um clássico, todas as outras leituras são<br />

como de primeiras descobertas.<br />

C) É como se fosse uma primeira leitura de um clássico<br />

todas as descobertas que ele nos proporciona.<br />

D) Assim como é uma descoberta a leitura de um clássico,<br />

outras leituras também serão como a primeira.<br />

E) Todas as leituras de um clássico, haja vista a primeira,<br />

têm aquela mesma revelação.<br />

Alternativa A – CERta<br />

A questão faz uma comparação entre a primeira e as outras<br />

leituras.


Português 53<br />

Alternativa B – errada<br />

O texto defende a ideia de que, a cada leitura, há uma<br />

nova descoberta.<br />

Alternativa C – errada<br />

O texto não se refere a descobertas como se fosse uma<br />

primeira leitura, e sim a uma descoberta a cada releitura.<br />

Alternativa D – errada<br />

O texto confirma novas descobertas na releitura, e não<br />

que a leitura de um clássico seja uma descoberta.<br />

Alternativa E – errada<br />

Temos, neste caso, nobre leitor, uma contradição, erro comum<br />

nas provas de interpretação, pois esta alternativa<br />

afirma o oposto da afirmativa do texto.<br />

Gabarito oficial: alternativa A


SEFAZ/SP – AGENTE FISCAL DE RENDAS –<br />

GESTÃO TRIBUTÁRIA – 2009<br />

Atenção: As questões de 85 a 91 referem ‐se ao texto que segue.<br />

1. Esgotado por sucessivas batalhas, convencido da inutilidade de seguir lutando e tendo decidido<br />

2. ser preferível capitular a perder não só a liberdade como a vida, no verão de 1520 o rei asteca<br />

3. Montezuma, prisioneiro dos espanhóis, concordou em entregar a Hernán Cortés o vasto tesouro<br />

4. que seu pai, Axayáctl, reunira com tanto esforço, e em jurar lealdade ao rei da Espanha, aquele<br />

5. monarca distante e invisível cujo poder Cortés representava. Comentando a cerimônia, o cronista<br />

6. espanhol Fernando de Oviedo relata que Montezuma chorou o tempo todo, e, apontando a diferença<br />

7. entre o encargo que é aceito voluntariamente por uma pessoa livre e o que é pesarosamente executado<br />

8. por alguém acorrentado, Oviedo cita o poeta romano Marcus Varro, “O que é entregue à força<br />

9. não é serviço, mas espoliação”. Segundo todos os testemunhos, o tesouro real asteca era magnífico<br />

10. e ao ser reunido diante dos espanhóis formou três grandes pilhas de ouro compostas, em grande<br />

11. parte, de utensílios requintados, que sugeriam sofisticadas cerimônias sociais: colares intrincados,<br />

12. braceletes, cetros e leques decorados com penas multicoloridas, pedras preciosas, pérolas,<br />

13. pássaros e flores cuidadosamente cinzelados. Essas peças, segundo o próprio Cortés, “além de<br />

14. seu valor, eram tais e tão maravilhosas, que, consideradas por sua novidade e estranheza, não<br />

15. tinham preço, nem é de acreditar que algum entre todos os Príncipes do Mundo de que se tem<br />

<strong>16</strong>. notícia pudesse tê ‐las tais, e de tal qualidade”.<br />

17. Montezuma pretendia que o tesouro fosse um tributo de sua corte ao rei espanhol. Mas os<br />

18. soldados de Cortés exigiram que o tesouro fosse tratado como butim e que cada um deles recebesse


Português 55<br />

19. uma parte do ouro. Feita a partilha entre o rei da Espanha, o próprio Cortés e tantos outros<br />

20. envolvidos, chegava ‐se a cem pesos para cada soldado raso, uma soma tão insignificante diante de<br />

21. suas expectativas que, no fim, muitos se recusaram a aceitá ‐la.<br />

22. Cedendo à vontade de seus homens, Cortés ordenou aos afamados ourives de Azcapotzalco<br />

23. que convertessem os preciosos objetos de Montezuma em lingotes, em que se estamparam as<br />

24. armas reais. Os ourives levaram três dias para realizar a tarefa. Hoje, os visitantes do Museu do<br />

25. Ouro de Santa Fé de Bogotá podem ler, gravados na pedra sobre a porta, os seguintes versos,<br />

26. dirigidos por um poeta asteca aos conquistadores espanhóis: “Maravilho‐me de vossa cegueira<br />

27. e loucura, que desfazeis as joias bem lavradas para fazer delas vigotes”.<br />

Adaptado de Alberto Manguel, À mesa com o chapeleiro maluco:<br />

ensaios sobre corvos e escrivaninhas. Tradução de Josely Vianna Baptista.<br />

São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 21 ‐22.<br />

85<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />

Gestão Tributária – 2009.<br />

Sobre o fragmento acima, em seu contexto, é correto<br />

afirmar:<br />

A) As orações iniciais (linhas 1 a 4 da transcrição acima)<br />

constituem sequência que vai do acontecimento<br />

mais determinante para o menos determinante<br />

da ação de “concordar”.<br />

B) não só e como introduzem os complementos verbais<br />

exigidos por ser preferível.<br />

C) As formas verbais tendo decidido e concordou expressam<br />

ações concomitantes.<br />

D) Em perder não só a liberdade, o elemento destacado<br />

tem o mesmo valor e função dos notados na frase<br />

“Estava só, mas bastante tranquilo”.<br />

E) Em tanto esforço, está expresso um juízo de valor.<br />

Alternativa E – CERta<br />

O advérbio “tanto” determina intensidade, estabelecendo,<br />

portanto, juízo de valor no tocante ao termo “vasto<br />

tesouro”.<br />

Alternativa A – errada<br />

Ocorre, nesta questão, um erro muito comum em interpretação.<br />

É o da inversão. Temos, nesse caso, o menos<br />

determinante, a entrega dos bens, ao mais determinante,<br />

não perder a liberdade nem a vida.<br />

Alternativa B – errada<br />

Para “ser preferível” os complementos verbais são: “capitular<br />

a perder não só a liberdade como também a vida”.<br />

Alternativa C – errada<br />

As formas verbais citadas não caracterizam ações simultâneas.<br />

Alternativa D – errada<br />

Em “perder não só a liberdade”, tem na soma a direção de<br />

argumentação, exercendo função de objeto direto do verbo<br />

perder. Na frase “Estava só, mas bastante tranquilo”,<br />

temos a direção de argumentação de oposição, com o termo<br />

exercendo a função de predicativo do sujeito.<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

86<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />

Gestão Tributária – 2009.<br />

No contexto do primeiro parágrafo, é aceitável – por<br />

resguardar o sentido original – a substituição de<br />

A) Comentando por “Mesmo ao comentar”.<br />

B) o tempo todo por “intermitentemente”.<br />

C) voluntariamente por “obstinadamente”.<br />

D) o por “aquilo”.<br />

E) acorrentado por “subjugado”.<br />

Alternativa E – CERta<br />

No texto, a expressão “acorrentado” tem o valor de “subjugado”,<br />

“escravizado”.<br />

Alternativa A – errada<br />

O verbo no gerúndio estabelece relação de tempo. “Mesmo”<br />

estabelece relação de oposição.<br />

Alternativa B – errada<br />

A expressão “o tempo todo” não pode ser substituída por<br />

“intermitentemente”, termo que indica ação não contínua<br />

e que apresenta interrupções.


56 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

Alternativa C – errada<br />

“Voluntariamente” significa “espontaneamente”. Portanto,<br />

não há identificação com “obstinadamente”, que<br />

significa “teimosamente, de forma pertinaz”.<br />

Alternativa D – errada<br />

Em “O que é entregue por força...”, o O é artigo. O termo<br />

“que” é pronome relativo e poderá substituir “aquilo.”<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

87<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />

Gestão Tributária – 2009.<br />

No início do parágrafo 2, o segmento que corresponde<br />

a uma circunstância de tempo é<br />

A) segundo todos os testemunhos.<br />

B) o tesouro real asteca era magnífico.<br />

C) ao ser reunido diante dos espanhóis.<br />

D) formou três grandes pilhas de ouro.<br />

E) que sugeriam sofisticadas cerimônias sociais.<br />

Alternativa C – CERta<br />

A oração “ao ser reunido...” pode ser substituída por<br />

“quando, assim que, logo que, foi reunido...”, estabelecendo<br />

relação de tempo.<br />

Alternativa A – errada<br />

“Segundo” estabelece relação de conformidade.<br />

Alternativa B – errada<br />

Estabelece apenas uma explicação.<br />

Alternativa D – errada<br />

Estabelece apenas uma explicação.<br />

Alternativa E – errada<br />

Estabelece uma restrição.<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

88<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />

Gestão Tributária – 2009.<br />

Afirma ‐se com correção que, no segundo parágrafo do<br />

texto,<br />

A) houve um deslize com relação ao padrão culto escrito<br />

– os testemunhos –, pois “testemunha” é palavra<br />

usada somente no feminino.<br />

B) houve deslize com relação ao padrão culto escrito<br />

– formou –, pois a única forma aceita como correta<br />

é “formaram‐se”.<br />

C) os dois ‐pontos introduzem citação direta do depoimento<br />

de uma testemunha.<br />

D) a determinação de Príncipes – algum entre todos os<br />

Príncipes do Mundo de que se tem notícia – inclui<br />

uma condição restritiva.<br />

E) o pronome as (tê‐las) remete a tão maravilhosas.<br />

Alternativa D – CERta<br />

O texto não se refere a qualquer príncipe, mas, sim, a<br />

“um” entre “todos”.<br />

Alternativa A – errada<br />

Testemunho é um substantivo masculino e traduz ‐se<br />

como “depoimento”. Já testemunha é substantivo sobrecomum<br />

e traduz ‐se como “prova” que ocorre através de<br />

um fato, objeto ou pessoa.<br />

Alternativa B – errada<br />

O verbo formar é transitivo direto, aceitando, portanto, a<br />

voz passiva sintética e concordando com o sujeito em número<br />

e pessoa.<br />

Alternativa C – errada<br />

Como objeto para a pontuação, os dois ‐pontos chamam a<br />

atenção para a oração a seguir, independente de ser ou<br />

não depoimento de testemunha.<br />

Alternativa E – errada<br />

O termo “tê‐las” tem como referente “peças”.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

89<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />

Gestão Tributária – 2009.<br />

Pode ‐se entender corretamente como expressão de<br />

causa a seguinte passagem, em seu contexto:<br />

A) Montezuma pretendia que o tesouro fosse um tributo<br />

de sua corte ao rei espanhol.<br />

B) chegava ‐se a cem pesos para cada soldado raso.<br />

C) no fim, muitos se recusaram a aceitá ‐la.<br />

D) Cedendo à vontade de seus homens.<br />

E) dirigidos por um poeta asteca aos conquistadores<br />

espanhóis.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Pode ‐se substituir por: “uma vez que, como, já que ou porque<br />

cedeu à vontade de seus homens”. Estabelece, portanto,<br />

relação de causa.<br />

Alternativa A – errada<br />

O rei foi obrigado a entregar todo o ouro, e não por vontade<br />

própria. A segunda oração é objeto direto da primeira.<br />

Alternativa B – errada<br />

Nesse contexto, temos o efeito, e não a causa.<br />

Alternativa C – errada<br />

Temos nesse contexto uma explicação.<br />

Alternativa E – errada<br />

Temos nesta oração uma restrição.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

90<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />

Gestão Tributária – 2009.<br />

Está corretamente entendida a seguinte expressão do<br />

texto:


Português 57<br />

A) que o tesouro fosse tratado como butim / que o<br />

tesouro fosse considerado pilhagem.<br />

B) sugeriam sofisticadas cerimônias sociais / convidavam<br />

a comemorações da alta sociedade.<br />

C) pássaros e flores cuidadosamente cinzelados / pássaros<br />

e flores soberbamente adornados.<br />

D) tendo decidido ser preferível capitular / tendo optado<br />

por fazer conchavo.<br />

E) soma tão insignificante diante de suas expectativas /<br />

quantia irrisória considerada a carência dos espanhóis.<br />

Alternativa A – CERta<br />

“Butim” pode ser substituído por “pilhagem”, o mesmo<br />

que saquear, tomar.<br />

Alternativa B – errada<br />

Não há identificação entre “... sofisticadas cerimônias sociais”<br />

e “... comemorações da alta sociedade”.<br />

Alternativa C – errada<br />

O termo “cinzelar” está ligado à escultura, ou seja, trabalhar<br />

na forma de entalhe. Não há identificação com<br />

“adornar”, que se traduz, simplesmente, como “enfeitar”.<br />

Alternativa D – errada<br />

“... tendo decidido preferível render ‐se.”<br />

Alternativa E – errada<br />

“... quantia irrisória considerada a necessidade dos espanhóis.”<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

91<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />

Gestão Tributária – 2009.<br />

Feita a partilha entre o rei da Espanha, o próprio Cortés<br />

e tantos outros envolvidos, chegava ‐se a cem pesos<br />

para cada soldado raso, uma soma tão insignificante<br />

diante de suas expectativas que, no fim, muitos se recusaram<br />

a aceitá ‐la.<br />

É afirmação correta sobre o fragmento acima:<br />

A) muitos se recusaram a aceitá ‐la expressa uma<br />

finalidade.<br />

B) a correlação instaurada por tão cumpre ‐se pela associação<br />

entre esse termo e no fim.<br />

C) no fim equivale a “finalmente”, exprimindo que o<br />

desenlace da situação ocorreu exatamente como<br />

todos desejavam.<br />

D) chegava ‐se a cem pesos para cada soldado raso<br />

exprime consequência de condição anteriormente<br />

cumprida.<br />

E) a eliminação da primeira vírgula em que, no fim,<br />

muitos se recusaram a aceitá ‐la mantém a pontuação<br />

correta.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Eram tantos para dividir que, por consequência, receberam<br />

aquém das expectativas.<br />

Alternativa A – errada<br />

A relação expressa é de consequência, e não finalidade.<br />

Alternativa B – errada<br />

A correlação correta é entre tão e que.<br />

Alternativa C – errada<br />

“No fim” equivale a “por termo”. O desenlace da situação<br />

foi o oposto a que todos desejavam.<br />

Alternativa E – errada<br />

Não deve ser retirada a vírgula, visto que a expressão indica<br />

um advérbio e está como termo interferente.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

92<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />

Gestão Tributária – 2009.<br />

“Maravilho‐me de vossa cegueira e loucura, que desfazeis<br />

as joias bem lavradas para fazer delas vigotes.”<br />

Se o poeta asteca tivesse se dirigido a seus interlocutores,<br />

os conquistadores espanhóis, por meio de outro<br />

pronome, a correlação entre esse novo pronome e a<br />

forma verbal, respeitado o contexto, estaria totalmente<br />

adequada ao padrão culto escrito em:<br />

A) Maravilho ‐me de sua cegueira e loucura, que desfaz<br />

as joias...<br />

B) Maravilho ‐me da cegueira e loucura de vocês, que<br />

desfazeis as joias...<br />

C) Maravilho ‐me de tua cegueira e loucura, que desfaz<br />

as joias...<br />

D) Maravilho ‐me de sua cegueira e loucura, que desfazem<br />

as joias...<br />

E) Maravilho ‐me de sua cegueira e loucura, que desfazes<br />

as joias...<br />

Alternativa D – CERta<br />

Leva ‐se pronome para a 3ª pessoa “sua”, concordando<br />

com o verbo na 3ª pessoa “desfazem”.<br />

Alternativa A – errada<br />

Não há correlação com a forma singular “desfaz”.<br />

Alternativa B – errada<br />

“Desfazeis” está na 2ª pessoa do plural – vós –, não havendo,<br />

portanto, correlação.<br />

Alternativa C – errada<br />

“... maravilho ‐me (...) que desfazes...”.<br />

Alternativa E – errada<br />

“... maravilho ‐me de tua cegueira (...) que desfazes...”.<br />

Gabarito oficial: alternativa D


58 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

Atenção: Considere o texto a seguir para responder às questões de 93 a 100.<br />

A arrogância da interpretação a posteriori<br />

A história não se repete, mas rima.<br />

Mark Twain<br />

A história repete ‐se; essa é uma das coisas erradas da história.<br />

Clarence Darrow<br />

A história tem sido definida como uma coisa depois da outra. Essa ideia pode ser considerada<br />

um alerta contra duas tentações, mas eu, devidamente alertado, flertarei cautelosamente com ambas.<br />

Primeiro, o historiador é tentado a vasculhar o passado à procura de padrões que se repetem;<br />

ou, pelo menos, como diria Mark Twain, ele tende a buscar razão e rima em tudo. Esse apetite por<br />

padrões afronta quem acha que a história não vai a lugar nenhum e não segue regras – “a história<br />

costuma ser um negócio aleatório, confuso”, como também disse o próprio Mark Twain. A segunda<br />

tentação do historiador é a soberba do presente: achar que o passado teve por objetivo o tempo<br />

atual, como se os personagens do enredo da história não tivessem nada melhor a fazer da vida do<br />

que prenunciar ‐nos.<br />

Sob nomes que não vêm ao caso para nós, essas são questões atualíssimas na história humana,<br />

e surgem mais fortes e polêmicas na escala temporal mais longa da evolução. A história evolutiva<br />

pode ser representada como uma espécie depois da outra. Mas muitos biólogos hão de concordar<br />

comigo que se trata de uma ideia tacanha.<br />

Quem olha a evolução dessa perspectiva deixa passar a maior parte do que é importante. A<br />

evolução rima, padrões se repetem. E não simplesmente por acaso. Isso ocorre por razões bem<br />

compreendidas, sobretudo razões darwinianas, pois a biologia, ao contrário da evolução humana<br />

ou mesmo da física, já tem a sua grande teoria unificada, aceita por todos os profissionais bem<br />

informados no ramo, embora em várias versões e interpretações. Ao escrever a história evolutiva,<br />

não me esquivo a buscar padrões e princípios, mas procuro fazê ‐lo com cautela.<br />

E quanto à segunda tentação, a presunção da interpretação a posteriori, a ideia de que o passado<br />

atua para produzir nosso presente específico? O falecido Stephen Jay Gould salientou, com<br />

acerto, que um ícone dominante da evolução na mitologia popular, uma caricatura quase tão ubíqua<br />

quanto a de lemingues* atirando ‐se ao penhasco (aliás, outro mito falso), é a de uma fila de<br />

ancestrais simiescos a andar desajeitadamente, ascendendo na esteira da majestosa figura que os<br />

encabeça num andar ereto e vigoroso: o Homo sapiens sapiens – o homem como a última palavra<br />

da evolução (e nesse contexto é sempre um homem, e não uma mulher), o homem como o alvo de<br />

todo o empreendimento, o homem como um magneto, atraindo a evolução do passado em direção<br />

à proeminência.<br />

* Lemingues: designação comum a diversos pequenos roedores.<br />

Richard Dawkins, com a colaboração de Yan Wong, A grande história da evolução:<br />

na trilha dos nossos ancestrais. Tradução de Laura Teixeira Motta. São Paulo:<br />

Companhia das Letras, 2009. p. 17 ‐18.


Português 59<br />

93<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />

Gestão Tributária – 2009.<br />

Considere o segundo parágrafo e as afirmações que<br />

seguem.<br />

I – Na frase Sob nomes que não vêm ao caso para nós,<br />

o autor exprime opção pelo silêncio, mas sinaliza ter<br />

conhecimento acerca do que silencia.<br />

II – No parágrafo, o autor realiza um afunilamento do<br />

assunto “história”, com que, no primeiro parágrafo,<br />

iniciou sua exposição.<br />

III – O emprego do pronome nós é recurso para promover<br />

aproximação mais estreita com o leitor, tornando o<br />

discurso mais íntimo.<br />

IV – Em A história evolutiva pode ser representada<br />

como uma espécie depois da outra, o autor explicita<br />

que a ideia de sucessão é inerente à evolução dos seres<br />

vivos e exclusiva dela.<br />

O texto abona a correção do que se afirma APENAS em<br />

A) I e II.<br />

B) I, II e III.<br />

C) I, III e IV.<br />

D) II e III.<br />

E) II, III e IV.<br />

Alternativa B – CERta<br />

A ideia de evolução, segundo o texto, não explicita a sucessão<br />

de seres, e sim o aprimoramento delas. Portanto, o<br />

único item que não corresponde é o item IV.<br />

Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

94<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />

Gestão Tributária – 2009.<br />

“Sob nomes que não vêm ao caso para nós, essas são<br />

questões atualíssimas na história humana, e surgem<br />

mais fortes e polêmicas na escala temporal mais longa<br />

da evolução. A história evolutiva pode ser representada<br />

como uma espécie depois da outra. Mas muitos biólogos<br />

hão de concordar comigo que se trata de uma<br />

ideia tacanha.”<br />

Considerado o fragmento, em seu contexto, é correto<br />

afirmar:<br />

A) em essas são questões atualíssimas, o pronome remete<br />

a assuntos que serão anunciados a seguir.<br />

B) nele está rejeitada, de modo subentendido, a ideia<br />

de que a história humana poderia abrigar mais de<br />

uma escala de tempo.<br />

C) como está empregado com o mesmo valor e função<br />

observados no primeiro parágrafo.<br />

D) a expressão hão de concordar expressa convicção<br />

acerca da inevitabilidade da ação.<br />

E) como uma espécie depois da outra pode ser substituído,<br />

sem prejuízo da correção e do sentido originais,<br />

por “como espécies contíguas das outras”.<br />

Alternativa B – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

O pronome “essas” remete a fatos que já ocorreram.<br />

Alternativa C – errada<br />

O primeiro “como” é comparação; o segundo “como” é<br />

conformidade.<br />

Alternativa D – errada<br />

O verbo haver como auxiliar indica uma possibilidade.<br />

Alternativa E – errada<br />

O termo “contíguo” não substitui “um depois do outro”.<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

95<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />

Gestão Tributária – 2009.<br />

No segundo parágrafo, a alteração que não mantém o<br />

sentido e a correção originais é a de<br />

A) Mas por “Apesar de”.<br />

B) Quem por “Muitos biólogos”.<br />

C) Embora por “não obstante”.<br />

D) Ao escrever por “Salvo se escrever”.<br />

E) Mas procuro por “ainda que procure”.<br />

Alternativa D – CERta<br />

“Ao escrever” estabelece relação de tempo, enquanto<br />

“Salvo se” estabelece relação de condição.<br />

Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />

As outras alternativas estabelecem a mesma relação:<br />

“oposição”.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

96<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />

Gestão Tributária – 2009.<br />

É correto afirmar que, independentemente do estrito<br />

significado do verbo, a estrutura que expressa continuidade<br />

da ação é:<br />

A) o passado atua.<br />

B) para produzir.<br />

C) a andar.<br />

D) os encabeça.<br />

E) nesse contexto é.<br />

Alternativa C – CERta<br />

O verbo no infinitivo indica uma continuidade de ação.<br />

Alternativa A – errada<br />

O termo “passado” é um substantivo.


60 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

Alternativa B – errada<br />

O termo “para produzir” indica finalidade de ação provável.<br />

Alternativa D – errada<br />

“Encabeça” indica ação no presente.<br />

Alternativa E – errada<br />

“Nesse contexto” indica ação no presente.<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

97<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />

Gestão Tributária – 2009.<br />

Afirma ‐se corretamente que, no último parágrafo,<br />

A) o ponto de interrogação sinaliza a pergunta que foi<br />

diretamente respondida por Stephen Jay.<br />

B) os parênteses acolhem retificação, realizada de<br />

modo idêntico ao que se nota em “Eu a vi ontem,<br />

aliás, anteontem”.<br />

C) os dois ‐pontos introduzem uma citação latina que<br />

é traduzida com objetividade no trecho após o<br />

travessão.<br />

D) a colocação de uma vírgula antes do pronome que<br />

é optativa, por isso a frase alterada manteria rigorosamente<br />

o sentido original.<br />

E) os parênteses acolhem comentário considerado<br />

pertinente, mas digressivo com relação ao fio principal<br />

da argumentação.<br />

Alternativa E – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

O ponto de interrogação infere uma pergunta feita pelo<br />

autor.<br />

Alternativa B – errada<br />

No texto “Eu a vi ontem, aliás, anteontem”, estabelece ‐se<br />

uma retificação. Nos parênteses posteriores, há uma<br />

exemplificação.<br />

Alternativa C – errada<br />

O termo em latim gera o aposto entre os travessões.<br />

Alternativa D – errada<br />

A vírgula isola uma explicação, sendo, portanto,<br />

obrigatória.<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

98<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />

Gestão Tributária – 2009.<br />

“Quem olha a evolução dessa perspectiva deixa passar<br />

a maior parte do que é importante.”<br />

Alterando ‐se as formas verbais da frase acima, a correlação<br />

entre as novas formas ainda estará em conformidade<br />

com o padrão culto escrito em:<br />

A) olharia – deixava passar – foi<br />

B) olhasse – deixaria passar – é<br />

C) olhe – deixava passar – seja<br />

D) olharia – deixou passar – fosse<br />

E) olhar – deixou passar – era<br />

Alternativa B – CERta<br />

O pretérito imperfeito do subjuntivo é a forma hipotética,<br />

estabelecendo que a ação não ocorreu. O futuro do<br />

pretérito ou futuro condicional também é hipotético, estabelecendo<br />

que a ação, ou não ocorreu, ou não ocorrerá.<br />

Quanto ao presente, o verbo estabelece uma ação no momento<br />

em que se fala ou se escreve.<br />

Alternativa A – errada<br />

“Olharia” correlaciona ‐se com “deixaria passar”...<br />

Alternativa C – errada<br />

“Olhe” correlaciona ‐se com “deixe” e “seja”, para o presente<br />

do subjuntivo ou presente hipotético.<br />

Alternativa D – errada<br />

“Olharia” correlaciona ‐se com “deixou passar” e “era”.<br />

O pretérito mais ‐que‐perfeito é uma ação no passado anterior<br />

a outra ação também no passado.<br />

Alternativa E – errada<br />

“Olhar” correlaciona ‐se com “deixará passar” e “ ... é importante”.<br />

O futuro correlaciona ‐se com o presente e com<br />

o futuro.<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

99<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />

Gestão Tributária – 2009.<br />

“Essa ideia pode ser considerada um alerta contra duas<br />

tentações, mas eu, devidamente alertado, flertarei<br />

cautelosamente com ambas.”<br />

Uma outra redação correta para o que se afirma no<br />

segmento destacado é:<br />

A) mas, quanto à mim, alerta que estou, terei cautela<br />

ao flertar com ambas.<br />

B) mas eu, consciente do dever, busco flertar com as<br />

duas, embora cauteloso.<br />

C) mas dado a mim, vigilante na medida certa, flertarei<br />

com uma ou outra cuidadosamente.<br />

D) mas no que se refere à minha pessoa, já advertido<br />

somente flertarei e com ambas, cautelosamente.<br />

E) mas eu, convenientemente prevenido, flertarei<br />

cautelosamente com uma e outra.<br />

Alternativa E – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

Não há crase antes de pronome oblíquo.<br />

Alternativa B – errada<br />

“Devidamente alertado” não poderá ser substituído por<br />

“consciente do dever”.<br />

Alternativa C – errada<br />

“Devidamente alertado” não poderá ser substituído por<br />

“vigilante na medida certa”.


Português 61<br />

Alternativa D – errada<br />

Há problema com a pontuação. Vírgula após “mas”, vírgula<br />

após “advertido”.<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

100<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />

Gestão Tributária – 2009.<br />

“Mas muitos biólogos hão de concordar...”<br />

Diferentemente do que se tem acima, a frase que, consoante<br />

o padrão culto escrito, exige o emprego do verbo<br />

“haver” no singular é:<br />

A) Muitas teorias já ...... sido submetidas à sua análise<br />

quando ele expressou essa convicção.<br />

B) Talvez ...... algumas versões da teoria citada, mas<br />

certamente poucos as conhecem.<br />

C) Quantos biólogos ...... pesquisado o assunto e talvez<br />

não tenham a mesma opinião.<br />

D) Alguns mitos falsos ...... merecido representação<br />

artisticamente irrepreensível.<br />

E) Nós ...... de corresponder às expectativas depositadas<br />

em nossa equipe.<br />

Alternativa B – CERta<br />

“Talvez haja algumas versões...”<br />

O verbo haver só será impessoal ao substituir os verbos<br />

“existir”, “acontecer” e “ocorrer”.<br />

Como auxiliar, ele deverá concordar com o sujeito em<br />

número e pessoa como nas alternativas seguintes:<br />

Alternativa A – errada<br />

“Muitas teorias já haviam sido submetidas...”<br />

Alternativa C – errada<br />

“Quantos biólogos haviam pesquisado...”<br />

Alternativa D – errada<br />

“... hão merecido...”<br />

Alternativa E – errada<br />

“... haveremos de...”<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

Atenção: Considere o texto a seguir para responder às questões 101 a 104.<br />

[14 de fevereiro]<br />

1. Conheci ontem o que é celebridade. Estava comprando gazetas a um homem que as vende na<br />

2. calçada da Rua de S. José, esquina do Largo da Carioca, quando vi chegar uma mulher simples<br />

3. e dizer ao vendedor com voz descansada:<br />

4. − Me dá uma folha que traz o retrato desse homem que briga lá fora.<br />

5. − Quem?<br />

6. − Me esqueceu o nome dele.<br />

7. Leitor obtuso, se não percebeste que “esse homem que briga lá fora” é nada menos que o nosso<br />

8. Antônio Conselheiro, crê ‐me que és ainda mais obtuso do que pareces. A mulher provavelmente<br />

9. não sabe ler, ouviu falar da seita de Canudos, com muito pormenor misterioso, muita auréola,<br />

10. muita lenda, disseram ‐lhe que algum jornal dera o retrato do Messias do sertão, e foi comprá ‐lo,<br />

11. ignorando que nas ruas só se vendem as folhas do dia. Não sabe o nome do Messias; é “esse homem<br />

12. que briga lá fora”. A celebridade, caro e tapado leitor, é isto mesmo. O nome de Antônio Conselheiro<br />

13. acabará por entrar na memória desta mulher anônima, e não sairá mais. Ela levava uma pequena,<br />

14. naturalmente filha; um dia contará a história à filha, depois à neta, à porta da estalagem, ou no<br />

15. quarto em que residirem.<br />

Machado de Assis, Crônica publicada em A semana, 1897.<br />

In: Obra completa, v. III, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p. 763.<br />

101<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />

Gestão Tributária – 2009.<br />

Considerado o contexto, está correto o que se afirma<br />

em:<br />

A) (linha 1) Estava comprando indica, entre ações simultâneas,<br />

a que se estava processando quando<br />

sobrevieram as demais.<br />

B) (linha 10) dera exprime ação ocorrida simultaneamente<br />

a disseram (linha 10).


62 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

C) (linha 13) acabará por entrar expressa um desejo.<br />

D) (linha 13) levava designa fato passado concebido<br />

como permanente.<br />

E) (linha 15) residirem exprime fato possível, mas improvável.<br />

Alternativa A – CERta<br />

O pretérito imperfeito indica uma ação no passado não<br />

concluída ou em andamento.<br />

Alternativa B – errada<br />

“Dera” está no pretérito mais ‐que‐perfeito, ou seja, o<br />

passado anterior ao passado. “Dera” está ligado à ação seguinte,<br />

que é “comprá‐lo”.<br />

Alternativa C – errada<br />

“Acabará por entrar” expressa uma ideia certa.<br />

Alternativa D – errada<br />

“Levava” indica ação no passado em continuidade, ou<br />

que não se concluiu.<br />

Alternativa E – errada<br />

“Residirem” está no futuro hipotético possível mas não<br />

improvável.<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

102<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />

Gestão Tributária – 2009.<br />

Se o cronista tivesse preferido contar com suas próprias<br />

palavras o que a mulher disse ao vendedor, a formulação<br />

que, em continuidade à frase... quando vi chegar uma<br />

mulher simples e pedir ao vendedor com voz descansada,<br />

atenderia corretamente ao padrão culto escrito é:<br />

A) que desse uma folha que traria o retrato desse homem<br />

que briga lá fora.<br />

B) que lhe desse uma folha que trazia o retrato daquele<br />

homem que brigava lá fora.<br />

C) que lhe dê uma folha que traz o retrato desse homem<br />

que briga lá fora.<br />

D) que me dê uma folha que traz o retrato desse homem<br />

que brigaria lá fora.<br />

E) que: Dê ‐me uma folha que traz o retrato daquele<br />

homem que brigaria lá fora.<br />

Alternativa B – CERta<br />

O enunciado está solicitando a passagem do discurso direto,<br />

quando a personagem fala, para o discurso indireto,<br />

quando o narrador transcreve a fala da personagem levando<br />

os verbos para a 3ª pessoa.<br />

Alternativa A – errada<br />

Falta o “lhe”, referência à personagem.<br />

Alternativas C, D e E – ERRADAS<br />

Por tratar ‐se de uma narrativa, os verbos deverão estar no<br />

passado.<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

103<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />

Gestão Tributária – 2009.<br />

“... crê ‐me que és ainda mais obtuso do que pareces.”<br />

Trocando a segunda pela terceira pessoa, a frase acima<br />

está em total conformidade com o padrão culto escrito<br />

em:<br />

A) creia ‐me que é ainda mais obtuso do que parece.<br />

B) crede ‐me que é ainda mais obtuso do que parecei.<br />

C) crê ‐me que é ainda mais obtuso do que parece.<br />

D) creia ‐me que é ainda mais obtuso do que parecei.<br />

E) crede ‐me que és ainda mais obtuso do que parecei.<br />

Alternativa A – CERta<br />

O verbo crer está no imperativo, e o verbo parecer está no<br />

presente do indicativo, ambos na 3ª pessoa do singular.<br />

Alternativa B – errada<br />

Os verbos crer e parecer estão na 2ª pessoa do plural.<br />

Alternativa C – errada<br />

O verbo crer está na 2ª pessoa do singular, e o parecer está<br />

na 3ª.<br />

Alternativa D – errada<br />

Embora o verbo crer esteja correto, o verbo parecer está na<br />

2ª pessoa do plural, não havendo correlação verbal.<br />

Alternativa E – errada<br />

O verbo crer está na 2ª pessoa do plural, e o verbo parecer<br />

está na 3ª.<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

104<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />

Gestão Tributária – 2009.<br />

“... um dia contará a história à filha, depois à neta.”<br />

Transpondo para a voz passiva a frase acima, a forma<br />

verbal obtida corretamente é:<br />

A) seriam contadas.<br />

B) haverá de ser contada.<br />

C) será contada.<br />

D) haveria de ser contada.<br />

E) poderiam ser contadas.<br />

Alternativa C – CERta<br />

O verbo contar está no futuro do presente e será substituído<br />

pelo auxiliar no mesmo tempo e modo: “será” ele;<br />

o verbo contar irá para o particípio.<br />

Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />

Às outras alternativas, falta a correlação verbal necessária<br />

à voz passiva.<br />

Gabarito oficial: alternativa C


Português 63<br />

105<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />

Gestão Tributária – 2009.<br />

Está clara e em total conformidade com o padrão culto<br />

escrito a seguinte redação:<br />

A) A comparação que os artistas fizeram entre as duas<br />

peças foi possível perceber que materiais distintos<br />

exigem a mesma dedicação, ainda que especificidades<br />

sejam atendidas de outra maneira.<br />

B) O talentoso pintor, aos 13 de idade, partilhou com<br />

o trabalho do mestre por 7 anos, experiência que<br />

rendeu conhecimento de recursos expressivos que<br />

dispôs em produções posteriores.<br />

C) Aludiu de maneira discreta àquele que o havia contestado,<br />

mas reconheceu tanto a pertinência quanto<br />

a importância do discordar, pois a isso, muitas<br />

vezes, devem ‐se avanços na ciência.<br />

D) As ações levadas a efeito pelo grupo junto aos jovens<br />

possibilitaram reconhecimento e respeito de<br />

seus direitos, o que lhes mobilizou a dar transparência<br />

ao movimento e resultados.<br />

E) A rapidez das ações é relevante para essa iniciativa,<br />

aonde o sucesso depende da interferência imediata,<br />

pois, caso uma das atitudes for adiada, muito, muitas<br />

etapas mesmo, se deixariam sem resolver.<br />

Alternativa C – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

“Na comparação (...) foi possível perceber...”<br />

Alternativa B – errada<br />

“O talentoso pintor (...), partilhou o trabalho com o mestre...”,<br />

e “... que dispôs produções posteriores...”.<br />

Alternativa D – errada<br />

“... o que os mobilizou...”<br />

Alternativa E – errada<br />

“... quando ou no momento em que o sucesso...” e “muitas<br />

etapas deixariam mesmo de se resolver”.<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

106<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />

Gestão Tributária – 2009.<br />

A frase que está em total conformidade com o padrão<br />

culto escrito é:<br />

A) A sua crescente habilidade para o diálogo ao mesmo<br />

tempo franco e polido foi atribuído aos ambientes<br />

em que frequentava por conta da profissão.<br />

B) Não vai fazer diferença, a essa altura, os pareceres<br />

desfavorável ao projeto, pois grande parte dos<br />

consultores reconheceu a possibilidade de<br />

implementá ‐lo.<br />

C) Esses argumentos em estilo tão requintado é fatal<br />

para convencer aqueles que os consideram mais<br />

pela aparência que pela consistência, que é um<br />

grande equívoco.<br />

D) Em favor à ideia ele expôs uma dezena de fatores,<br />

cujo teor poucos tinham tido acesso antes da polêmica<br />

reunião.<br />

E) O foco dos debates era aquela teoria, e ninguém<br />

dentre eles poderia alegar que não fora avisado da<br />

necessidade de a ele se ater, para que se evitassem<br />

situações embaraçosas.<br />

Alternativa E – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

Problemas com a concordância nominal. “A sua crescente<br />

habilidade para o diálogo, ao mesmo tempo, franco e<br />

polido foi atribuída aos ambientes que frequentava...”<br />

Alternativa B – errada<br />

Problemas no tocante à concordância verbal: “Não vão<br />

fazer diferença (...) os pareceres favoráveis (...) a possibilidade<br />

de implementá ‐los”.<br />

Alternativa C – errada<br />

“Esses argumentos (...) são fatais...”<br />

Alternativa D – errada<br />

“A favor da ideia (...) fatores, a cujo teor poucos tinham<br />

acesso.”<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

107<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas –<br />

Gestão Tributária – 2009.<br />

A frase que respeita inteiramente o padrão culto escrito<br />

é:<br />

A) Nada disso influe no que foi acordado já faz mais<br />

de dez dias, mas eles quizeram que eu reiterasse a<br />

sua disposição de manter o que foi estabelecido.<br />

B) Gás lacrimogênio foi usado para dispersar os grupos<br />

que cultivavam antiga richa, reforçando a convicção<br />

de que dali há anos ainda estariam de lados<br />

opostos.<br />

C) Ficou na dependência de ele redigir tudo o que os<br />

acionistas mais antigos se disporam a oferecer, se,<br />

e só se, os mais novos não detiverem o curso das<br />

negociações.<br />

D) Semeemos a ideia de que tudo será resolvido de<br />

acordo com os itens considerados prioritários,<br />

nem que para isso precisamos apelar para a decência<br />

de todos.<br />

E) Vocês divergem, mas agora é necessário que se remedeie<br />

a situação; por isso, façam novos contratos<br />

e provejam o setor de profissionais competentes.<br />

Alternativa E – CERta<br />

Um cuidado especial para com o verbo remediar que, assim<br />

como mediar, se conjuga o presente do indicativo<br />

como “Eu remedeio”. Portanto, o presente do subjuntivo<br />

será conjugado: “que eu remedeie”. Da mesma forma,<br />

conjugam ‐se os verbos mediar, ansiar, incendiar e odiar.


64 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

Alternativa A – errada<br />

“Nada disso influi (...) mas eles quiseram...”<br />

Alternativa B – errada<br />

“Gás lacrimogêneo (...) antiga rixa, (...) dali a anos...”<br />

Cabe aqui, caro leitor, a observação sobre o “há” que somente<br />

é usado quando se trata do tempo passado. Para o<br />

futuro, usa ‐se a preposição “a”.<br />

Alternativa C – errada<br />

“... tudo o que os acionistas mais antigos se dispuseram...”<br />

Alternativa D – errada<br />

O erro é sobre correlação verbal. O correto seria: “Semeemos<br />

(...) nem que para isso precisemos apelar...”<br />

Gabarito oficial: alternativa E


SEFIN/RO – AUDITOR -FISCAL DE TRIBUTOS<br />

ESTADUAIS – 2010<br />

Atenção: As questões a seguir referem ‐se ao texto seguinte.<br />

O valor da informação<br />

Um indivíduo participa da vida social em proporção ao volume e à qualidade das informações<br />

que possui, mas, especialmente, em função de suas possibilidades de aproveitá ‐las e, sobretudo, de<br />

sua possibilidade de nelas intervir como produtor do saber. Isso significa que, nas discussões acerca<br />

das condições sociais da democracia, algumas questões merecem ser focalizadas.<br />

Como os indivíduos recebem a informação? Quais as informações que lhes são dadas? Quando<br />

o são? Quem as dá? Com que fim são fornecidas − para serem fixadas mecanicamente ou para lhes<br />

dar liberdade de escolha e margem de iniciativa?<br />

São questões decisivas, se a discussão da democracia for a sério.<br />

Adaptado de Marilena Chauí, Cultura e democracia<br />

108<br />

SEFIN/Ro – Auditor ‐Fiscal de tributos<br />

Estaduais – 2010.<br />

o valor da informação, segundo a autora,<br />

I – é absoluto numa democracia, cabendo apenas<br />

atentar para aspectos mais circunstanciais dos canais<br />

de informação e avaliar a eficácia destes no processo<br />

comunicativo.<br />

II – deve ser permanentemente avaliado, para se saber<br />

se entre o emissor e o receptor da informação não há<br />

dificuldades operacionais ou técnicas a serem superadas.<br />

III – está vinculado a uma série de condicionantes, que<br />

devem ser reconhecidos para se avaliar qual a efetiva<br />

participação dos indivíduos na vida democrática.<br />

Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma<br />

em<br />

A) III.<br />

B) I e II.<br />

C) II e III.<br />

D) I.<br />

E) II.<br />

Alternativa A – CERtA<br />

O item I está incorreto: O valor da informação não é<br />

absoluto em uma democracia. As perguntas feitas pela<br />

autora põem em dúvida esse aspecto.<br />

O item II está incorreto: A autora coloca em questão não a<br />

permanente avaliação da informação, mas sua finalidade.<br />

Alternativas B, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa A


66 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

109<br />

SEFIN/RO – Auditor ‐Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2010.<br />

“São questões decisivas, se a discussão da democracia<br />

for a sério.”<br />

Numa nova redação da frase acima, mantêm ‐se o sentido<br />

e a adequada correlação entre tempos e modos<br />

verbais em:<br />

A) Caso se levasse a sério a discussão da democracia,<br />

ainda assim seriam questões decisivas.<br />

B) Conquanto decisivas, tais questões serão levadas a<br />

sério na discussão da democracia.<br />

C) Sempre que a discussão da democracia for levada a<br />

sério, questões como essas serão decisivas.<br />

D) Mesmo sendo decisivas tais questões, a discussão<br />

da democracia é levada a sério.<br />

E) Fossem questões decisivas, e a discussão da democracia<br />

será levada a sério.<br />

Alternativa C – CERta<br />

Correlação verbal “for” e “será” estabelece o futuro do<br />

presente.<br />

Alternativa A – errada<br />

A incorreção ocorre no tocante à correlação verbal, pois o<br />

verbo no enunciado indica uma hipótese no futuro. Para<br />

a alternativa, o verbo levar está no passado.<br />

Alternativa B – errada<br />

“Conquanto” estabelece relação de oposição. A relação<br />

estabelecida no enunciado é de condição.<br />

Alternativa D – errada<br />

A relação estabelecida na alternativa é de oposição.<br />

Alternativa E – errada<br />

Erro de correlação verbal: “fossem” (...) “seria levada a<br />

sério”.<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

110<br />

SEFIN/RO – Auditor ‐Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2010.<br />

Está clara e correta a redação deste livre comentário<br />

sobre o texto.<br />

A) Sem poder intervir no processo de informações, um<br />

indivíduo não estará participando da vida social,<br />

mas apenas integrando ‐a de modo passivo e acrítico.<br />

B) Um pressuposto da vida democrática é a informação;<br />

sem elas, ou ainda melhor, sem investigar ‐lhes, não<br />

há participação que seja condigna a essa designação.<br />

C) Ao em vez de propor a euforia das informações, a<br />

autora adverte de que se trata muito mais de investigar<br />

suas condicionantes do que aceitar seus efeitos.<br />

D) A euforia das informações que correm em nossos<br />

dias passam a contaminar a todos, de tal modo, que<br />

uma espécie de ruído comunicativo sobrepõe ‐se à<br />

límpidas mensagens.<br />

E) Para a autora do texto o valor da informação antes<br />

de mais nada, circunscreve ‐se a uma série de<br />

pré ‐requisitos, ou não há participação efetiva da<br />

sociedade.<br />

Alternativa A – CERta<br />

Alternativa B – errada<br />

Há erro de concordância “... sem ela (...) sem investigar‐<br />

‐lhe” como referente “informação”.<br />

Alternativa C – errada<br />

“... em vez de...” ou “ao invés de...” e “a autora adverte<br />

que...”.<br />

Alternativa D – errada<br />

“A euforia das informações que ocorre... passa (...)<br />

sobrepõe ‐se a límpidas...”<br />

Alternativa E – errada<br />

“..., (...) o valor da informação, antes de mais nada,”<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

111<br />

SEFIN/RO – Auditor ‐Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2010.<br />

Estão inteiramente adequadas a regência e a concordância<br />

verbal na frase:<br />

A) Caso não se avalie as condições em que transitam<br />

as informações numa sociedade, que garantia teremos<br />

que se trata de uma democracia?<br />

B) A leitura do texto permite depreender de que nem<br />

toda informação, ainda que multiplicada, tornam‐<br />

‐se fatores de democratização.<br />

C) Dependem do volume e da qualidade das informações<br />

a participação em que se espera numa autêntica<br />

sociedade democrática.<br />

D) Estão na base mesma da sociedade, cujo espírito<br />

democrático se pretende íntegro, os valores fundamentais<br />

da informação aberta e bem qualificada.<br />

E) As várias perguntas em que se desenvolve a preocupação<br />

da autora do texto parece ancorar ‐se na<br />

estratégia de um questionamento socrático.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

“Caso não se avaliem as condições...”: uso incorreto da<br />

voz passiva sintética.<br />

Alternativa B – errada<br />

“... permite depreender que nem toda informação (...)<br />

torna ‐se...”<br />

Alternativa C – errada<br />

“Depende (...) a participação...”<br />

Alternativa E – errada<br />

“As várias perguntas (...) parecem ancorar ‐se...”<br />

Nota: A norma padrão do idioma aceita também: parece<br />

ancorarem ‐se.<br />

Gabarito oficial: alternativa D


Português 67<br />

112<br />

SEFIN/RO – Auditor ‐Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2010.<br />

É preciso CORRIGIR a redação da seguinte frase:<br />

A) Se o indivíduo não intervier na vida social, as informações<br />

de que dispõe tornam ‐se inoperantes, não<br />

representando ganho de qualquer espécie.<br />

B) A fonte das informações deve ser absolutamente<br />

confiável, para que os indivíduos não sejam ludibriados<br />

e levados a interpretações errôneas.<br />

C) Investigar detalhadamente os aspectos em que se<br />

envolve a informação, é uma condição pela qual o<br />

cidadão consciente não deve se abster.<br />

D) Por meio das perguntas que formula, a autora chama<br />

a atenção para as diferentes condições implicadas<br />

no processamento das informações.<br />

E) Ao contrário do que pensa a autora, muitas pessoas<br />

julgam que o simples acesso às informações<br />

já evidencia uma sociedade democrática.<br />

Alternativa C – CERta<br />

“... é uma condição da qual o cidadão não deve abster ‐se.”<br />

O verbo pronominal abster ‐se é transitivo indireto e exige<br />

a presença da preposição de. Há, também, um deslize<br />

quanto à colocação pronominal, quando teríamos, neste<br />

caso, duas construções possíveis: “... não se deve abster...”:<br />

próclise do verbo auxiliar, ou “ ... não deve abster ‐se”:<br />

ênclise do verbo no infinitivo.<br />

Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa C


PM/SP – AUDITOR -FISCAL TRIBUTÁRIO<br />

MUNICIPAL I – 2006<br />

Atenção: As questões a seguir referem ‐se ao texto seguinte.<br />

Da impunidade<br />

O homem ainda não encontrou uma forma de organização social que dispense regras de conduta,<br />

princípios de valor, discriminação objetiva de direitos e deveres comuns. Todos nós reconhecemos<br />

que, em qualquer atividade humana, a inexistência de parâmetros normativos implica o<br />

estado de barbárie, no qual prevalece a mais dura e irracional das justificativas: a lei do mais forte,<br />

também conhecida, não por acaso, como “a lei da selva”. É nessa condição em que vivem os animais,<br />

relacionando ‐se sob o exclusivo impulso dos instintos. Mas o homo sapiens afirmou ‐se como<br />

tal exatamente quando estabeleceu critérios de controle dos impulsos primitivos.<br />

Variando de cultura para cultura, as regras de convívio existem para dar base e estabilidade às<br />

relações entre os homens. Não decorrem, aliás, apenas de iniciativas reconhecidas simplesmente<br />

como humanas: podem apresentar ‐se como manifestações da vontade divina, como valores supremos,<br />

por vezes apresentados como eternos. Os dez mandamentos ditados por Deus a Moisés são<br />

um exemplo claro de que a religião toma para si a tarefa de orientar a conduta humana por meio de<br />

princípios fundamentais. No caso da lei mosaica, um desses princípios é o da interdição: “Não matarás”,<br />

“Não cobiçarás a mulher do próximo” etc. Ou seja: está suposto nesses mandamentos que o<br />

ponto de partida para a boa conduta é o reconhecimento daquilo que não pode ser permitido, daquilo<br />

que representa o limite de nossa vontade e de nossas ações.<br />

Nas sociedades modernas, os textos constitucionais e os regulamentos de todo tipo multiplicam‐<br />

‐se e sofisticam ‐se, mas permanece como sustentação delas a ideia de que os direitos e os deveres<br />

dizem respeito a todos e têm por finalidade o bem comum. Para garantia do cumprimento dos<br />

princípios, instituem ‐se as sanções para quem os ignore. A penalidade aplicada ao indivíduo transgressor<br />

é a garantia da validade social da norma transgredida. Por isso, a impunidade, uma vez<br />

manifesta, quebra inteiramente a relação de equilíbrio entre direitos e deveres comuns, e passa a


Português 69<br />

constituir um exemplo de delito vantajoso: aquele em que o sujeito pode tirar proveito pessoal de<br />

uma regra exatamente por tê ‐la infringido. Abuso de poder, corrupção, tráfico de influências,<br />

quando não seguidos de punição exemplar, tornam ‐se estímulos para uma prática delituosa generalizada.<br />

Um dos maiores desafios da nossa sociedade é o de não permitir a proliferação desses<br />

casos. Se o ideal da civilização é permitir que todos os indivíduos vivam e convivam sob os mesmos<br />

princípios éticos acordados, a quebra desse acordo é a negação mesma desse ideal da humanidade.<br />

Inácio Leal Pontes<br />

113<br />

PM/SP – Auditor ‐Fiscal Tributário Municipal<br />

I – 2006.<br />

A concordância verbal estabelece ‐se plena e adequadamente<br />

em:<br />

A) Para que o cumprimento de todos os princípios<br />

fundamentais seja garantido, devem especificar ‐se<br />

as sanções.<br />

B) No caso de que se infrinja as normas e os princípios,<br />

hão de se lançar mão das sanções correspondentes.<br />

C) Constituem um dos exemplos de delitos vantajosos<br />

o caso em que o detentor de um poder abuse de<br />

sua autoridade.<br />

D) Não houvesse sido criadas quaisquer regras de convívio,<br />

estaríamos todos vivendo sob o comando de<br />

nossos instintos mais primitivos.<br />

E) O que nos mandamentos de Moisés se impõem<br />

como um dos princípios fundamentais é a necessidade<br />

de reconhecimento dos nossos limites.<br />

Alternativa A – CERta<br />

Alternativa B – errada<br />

“... no caso de que se infrinjam as normas...” e “há de se<br />

lançar mão”.<br />

Alternativa C – errada<br />

“Constitui (...) um dos exemplos (...) o caso...”<br />

Alternativa D – errada<br />

“Não houvessem sido criadas quaisquer regras...”<br />

Alternativa E – errada<br />

“O que (...) se impõe como um dos princípios...”<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

114<br />

PM/SP – Auditor ‐Fiscal Tributário Municipal<br />

I – 2006.<br />

Está bem observada a correlação entre os tempos e<br />

modos verbais na construção do período:<br />

A) Se não variassem de cultura para cultura, as regras<br />

de convívio terão alcançado, efetivamente, a chamada<br />

validade universal.<br />

B) Tendo cabido ao homo sapiens discriminar critérios<br />

de convívio, conseguiu ele criar uma organização<br />

social que, até hoje, não abdica de punir quem os<br />

desrespeite.<br />

C) A relação de equilíbrio entre direitos e deveres comuns<br />

estava sendo prejudicada caso se viesse a<br />

permitir a existência de privilégios.<br />

D) Para que não se consagrasse o péssimo exemplo da<br />

impunidade, faz ‐se necessária a sanção dos que<br />

vierem a cometer delitos.<br />

E) Enquanto os animais continuam regulando ‐se pela<br />

“lei da selva”, os homens estariam sempre se esforçando<br />

para tê ‐la superado.<br />

Alternativa B – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

“Se não variassem (...) teriam alcançado efetivamente...”<br />

Alternativa C – errada<br />

“A relação (...) estaria sendo prejudicada (...) viesse...”<br />

Alternativa D – errada<br />

“... não se consagrasse (...) fez ‐se necessária...”<br />

Alternativa E – errada<br />

“... animais continuam (...), os homens estão sempre...”<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

115<br />

PM/SP – Auditor ‐Fiscal Tributário Municipal<br />

I – 2006.<br />

Expressa uma finalidade a oração subordinada adverbial<br />

sublinhada em:<br />

A) (...) a religião toma para si a tarefa de orientar a<br />

conduta humana.<br />

B) (...) o sujeito pode tirar proveito pessoal de uma<br />

regra por tê ‐la infringido.<br />

C) (...) o ponto de partida para a boa conduta é o reconhecimento<br />

daquilo que não pode ser.<br />

D) As regras de convívio existem para dar base e estabilidade<br />

às relações entre os homens.<br />

E) (...) o ideal da civilização é permitir que todos os<br />

indivíduos vivam sob os mesmos princípios éticos<br />

acordados.<br />

Alternativa D – CERta<br />

“... para ou com a finalidade do cumprimento dos<br />

princípios...”<br />

Alternativa A – errada<br />

A oração “... de orientar a conduta humana” exerce função<br />

sintática de complemento nominal do termo “tarefa”.


70 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

Alternativa B – errada<br />

A oração “... por tê ‐la infringido” estabelece relação de<br />

causa.<br />

Alternativa C – errada<br />

A oração “... é o reconhecimento...” exerce função de predicativo<br />

para a oração anterior.<br />

Alternativa E – errada<br />

A oração “... que todos os...” exerce função sintática de objeto<br />

direto para o verbo permitir.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

1<strong>16</strong><br />

PM/SP – Auditor ‐Fiscal Tributário<br />

Municipal I – 2006.<br />

Transpondo ‐se para a voz passiva a construção O homo<br />

sapiens estabeleceu critérios de controle dos impulsos<br />

primitivos, a forma verbal resultante será<br />

A) foi estabelecido.<br />

B) são estabelecidos.<br />

C) tem estabelecido.<br />

D) têm sido estabelecidos.<br />

E) foram estabelecidos.<br />

Alternativa E – CERta<br />

O verbo “estabeleceu” deverá ser substituído pelo verbo<br />

auxiliar no mesmo tempo e modo, ou seja, pretérito perfeito<br />

“foram”, que deverá concordar com o sujeito em<br />

número e pessoa. Portanto, a forma verbal correta será:<br />

“Critérios de controle (...) foram estabelecidos...”.<br />

Alternativa A – errada<br />

“... foi estabelecido” está para a voz ativa “estabeleceu”,<br />

portanto, o sujeito paciente “critério” estaria no singular.<br />

Alternativa B – errada<br />

“... são estabelecidos” está para a voz ativa “estabelecem”.<br />

Alternativa C – errada<br />

“... tem” estabelecido está na voz ativa.<br />

Alternativa D – errada<br />

“... têm sido estabelecidos” está para a voz ativa “tem estabelecido”.<br />

“... critérios têm sido estabelecidos...”<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

117<br />

PM/SP – Auditor ‐Fiscal Tributário<br />

Municipal I – 2006.<br />

O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar ‐se<br />

numa forma do singular para preencher corretamente<br />

a lacuna da frase:<br />

A) Nunca ...... (haver) de prosperar as sociedades cujos<br />

princípios sejam frágeis.<br />

B) ...... (caber) aos animais viver segundo os impulsos<br />

de seus instintos primários.<br />

C) ......‐se (estipular) na lei mosaica, como se sabe,<br />

princípios de interdição.<br />

D) Pela lei mosaica, ...... (cuidar) os homens de observar<br />

rígidos ditames.<br />

E) A nenhum de nós ...... (deixar) de afetar os rigores<br />

das sanções previstas.<br />

Alternativa B – CERta<br />

Em caso de dúvida, inverta o período, e você terá o verbo<br />

viver como sujeito: “Viver segundo os impulsos de seus<br />

instintos primários cabe aos animais”.<br />

Alternativa A – errada<br />

O verbo haver, nesse caso, é auxiliar, ocupando, portanto,<br />

o lugar do verbo principal. Concordará com o sujeito:<br />

“Nunca hão de prosperar as sociedades...”.<br />

Alternativa C – errada<br />

“... estipulam ‐se princípios de interdição...”<br />

Alternativa D – errada<br />

“... cuidam os homens de...”<br />

Alternativa E – errada<br />

“... deixam de afetar os rigores...”<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

118<br />

PM/SP – Auditor ‐Fiscal Tributário<br />

Municipal I – 2006.<br />

Não decorrem, aliás, apenas de iniciativas reconhecidas<br />

simplesmente como humanas (...).<br />

O elemento sublinhado na frase acima poderá permanecer<br />

o mesmo, caso substituamos Não decorrem por<br />

A) Não advêm.<br />

B) Não implicam.<br />

C) Não têm origem.<br />

D) Não se devem.<br />

E) Não se atribuem.<br />

Alternativa A – CERta<br />

é substituir o verbo decorrer por advir.<br />

Alternativa B – errada<br />

“Implicar” está para “ter como consequência”.<br />

Alternativa C – errada<br />

“Ter origem” está para “proceder”.<br />

Alternativa D – errada<br />

“Não se devem” está para “obrigatoriedade”.<br />

Alternativa E – errada<br />

“Não se atribui” está para “atribuição”.<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

119<br />

PM/SP – Auditor ‐Fiscal Tributário<br />

Municipal I – 2006.<br />

Está correta a grafia de todas as palavras na frase:


Português 71<br />

A) Não constitui uma primasia dos animais a satisfação<br />

dos impulsos instintivos: também o homem<br />

regozija ‐se em atender a muitos deles.<br />

B) As situações de impunidade inflingem sérios danos<br />

à organização das sociedades que tenham a pretensão<br />

da exemplaridade.<br />

C) É difícil atingir uma relação de complementaridade<br />

entre a premênsia dos instintos naturais e a força<br />

da razão.<br />

D) Se é impossível chegarmos à abstensão completa<br />

da satisfação dos instintos, devemos, ao menos,<br />

procurar constringir seu poder sobre nós.<br />

E) A dissuasão dos contraventores se faz pela exemplaridade<br />

das sanções, de modo que a cada delito<br />

corresponda uma justa punição.<br />

Alternativa E – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

“Primazia”<br />

Alternativa B – errada<br />

“Infligem”<br />

Alternativa C – errada<br />

“Premência”<br />

Alternativa D – errada<br />

“Abstenção”<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

120<br />

PM/SP – Auditor ‐Fiscal Tributário<br />

Municipal I – 2006.<br />

Está inteiramente adequada a pontuação do seguinte<br />

período:<br />

A) Embora sejamos tentados, frequentemente, a<br />

qualificar como cruel ou maldoso o comportamento<br />

de certos animais, o fato é que, para eles, só há<br />

os instintos.<br />

B) Por mais que difiram entre si, as constituições, nenhuma<br />

delas deixa ‐se reger, por princípios que<br />

desfavoreçam, ou impeçam algum equilíbrio nas<br />

relações sociais.<br />

C) Via de regra o abuso de poder constitui um caso<br />

difícil de ser apurado, uma vez que, o próprio agente<br />

do delito, costuma exercer forte influência, na<br />

investigação dos fatos.<br />

D) É muito comum nas conversas mais informais, os<br />

indivíduos se referirem a casos públicos de impunidade,<br />

tomando ‐os como justificativas, de seus delitos<br />

pessoais.<br />

E) Não é fácil, submeter ‐se ao equilíbrio entre o direito<br />

e o dever, pois, a tendência é de um lado, valorizar<br />

o direito, e de outro minimizar o dever que lhe<br />

corresponde.<br />

Alternativa A – CERta<br />

Alternativa B – errada<br />

Retirar a vírgula após “entre si”.<br />

Alternativa C – errada<br />

Vírgula após a expressão “via de regra”; não há vírgula<br />

após “delito”.<br />

Alternativa D – errada<br />

Não há vírgula após “justificativas”.<br />

Alternativa E – errada<br />

A conjunção “pois” não deverá estar entre vírgulas, porque<br />

é explicativa, e não conclusiva.<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

121<br />

PM/SP – Auditor ‐Fiscal Tributário<br />

Municipal I – 2006.<br />

No caso das leis mosaicas, um desses princípios é o da<br />

interdição: “Não matarás”.<br />

O pronome sublinhado na frase acima reaparece, conservando<br />

a mesma função sintática que nela exerce,<br />

nesta outra frase:<br />

A) Para se garantir o cumprimento de um princípio,<br />

institui ‐se uma sanção para quem o ignore.<br />

B) Quanto ao abuso de poder, só rigorosas diligências<br />

e isenta apuração o evitam.<br />

C) Dos desafios da nossa sociedade, talvez o maior<br />

seja o de não se permitir a impunidade.<br />

D) O homo sapiens, que tem o dom da racionalidade<br />

criativa, nem sempre o aproveita em seu benefício.<br />

E) Se o indivíduo responsável pela aplicação da justiça<br />

transgride um princípio, que ninguém o acoberte.<br />

Alternativa C – CERta<br />

O pronome o substitui o pronome demonstrativo “isso”.<br />

Exerce a função sintática de sujeito do verbo permitir.<br />

“Dos desafios (...), talvez o maior seja o desafio de não<br />

permitir a impunidade.”<br />

Para as outras alternativas, o pronome exerce a função de<br />

objeto direto.<br />

Alternativa A – errada<br />

O pronome substitui “cumprimento desse princípio”.<br />

Alternativa B – errada<br />

O pronome substitui “abuso”.<br />

Alternativa D – errada<br />

O pronome substitui “dom”.<br />

Alternativa E – errada<br />

O pronome substitui “indivíduo”.<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

122<br />

PM/SP – Auditor ‐Fiscal Tributário<br />

Municipal I – 2006.<br />

Estão corretos o emprego e a flexão de todas as formas<br />

verbais na frase:


72 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

A) Se os homens dessem ouvido à consciência e contessem<br />

seus instintos, as relações sociais seriam<br />

mais harmoniosas.<br />

B) Aos homens nunca aprouve respeitar os princípios<br />

coletivos quando não prescrita uma punição para<br />

quem viesse a menosprezá ‐los.<br />

C) Se os cidadãos elegerem princípios e convirem que<br />

estes são justos, só os infligirá quem se valer de<br />

má ‐fé.<br />

D) No caso de evidente erro judiciário, deve ‐se ratificar<br />

a sanção aplicada para que a punição injusta<br />

não constitue um argumento a favor da impunidade.<br />

E) Quando todos revirmos o papel social que nos cabe<br />

e nos dispormos a exercê ‐lo de fato, nenhum caso<br />

de impunidade será tolerado.<br />

Alternativa B – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

Substituir “contessem” por “contivessem”.<br />

Alternativa C – errada<br />

Substituir “convirem” por “convierem”.<br />

Alternativa D – errada<br />

Substituir “constitue” por “constitui”.<br />

Alternativa E – errada<br />

Substituir “dispormos” por “dispusermos”.<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

123<br />

PM/SP – Auditor ‐Fiscal Tributário<br />

Municipal I – 2006.<br />

Não se justificam as ocorrências do sinal de crase em:<br />

A) Não me reporto à impunidade de um caso particular,<br />

mas àquela que se generaliza e dissemina a<br />

descrença na justiça dos homens.<br />

B) É difícil admitir que vivem à solta tantos delinquentes,<br />

sobretudo quando se sabe que pessoas inocentes<br />

são levadas à barra dos tribunais.<br />

C) O autor do texto faz menção à uma série de princípios<br />

de interdição, à qual teria proveniência na<br />

vontade divina.<br />

D) Assiste ‐se hoje à multiplicação de casos de impunidade,<br />

à descabida proliferação de maus exemplos<br />

de conduta social.<br />

E) Quem dá crédito à ação da justiça não pode deixar<br />

de trabalhar para que não se furtem às sanções os<br />

mais poderosos.<br />

Alternativa C – CERta<br />

“... a uma série de princípios” não há crase diante do artigo<br />

indefinido. Não há crase em relação ao pronome relativo<br />

“a qual”, uma vez que se trata do sujeito da oração.<br />

Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

124<br />

PM/SP – Auditor ‐Fiscal Tributário<br />

Municipal I – 2006.<br />

Está correto o uso do segmento sublinhado na frase:<br />

A) Trata ‐se de um texto em cuja tese poucos devem<br />

mostrar ‐se contrários.<br />

B) A natureza também tem seus princípios de violência,<br />

a cujos os homens precisam superar.<br />

C) Nos ditames da lei mosaica, cujo o rigor é indiscutível,<br />

prevalece o princípio da interdição.<br />

D) As normas da ética, de cujas ninguém devia se afastar,<br />

não são exatamente as mesmas ao longo do<br />

tempo.<br />

E) Os braços da justiça, a cujo alcance deveriam estar<br />

todos, tornam ‐se inócuos quando desprestigiados.<br />

Alternativa E – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

“... a cuja tese poucos devem mostrar ‐se contrários”.<br />

Alternativa B – errada<br />

Não se usa artigo após o pronome “cujo”: “... princípios<br />

de violência os quais os homens precisam superar”.<br />

Alternativa C – errada<br />

“... cujo rigor é indiscutível...”.<br />

Alternativa D – errada<br />

“... das quais ninguém deveria afastar ‐se...”.<br />

Gabarito oficial: alternativa E


SEFAZ/PB – AUDITOR -FISCAL DE<br />

TRIBUTOS ESTADUAIS – 2006<br />

Atenção: As questões a seguir referem ‐se ao texto abaixo.<br />

Os números do relatório da CPI dedicada originalmente aos Correios são expressivos, dos milhares<br />

de páginas de texto e documentos aos mais de cem acusados. É o tempo do espanto. Um<br />

oceano nos separa, contudo, do resultado concreto, o das absolvições e o das punições. Os dois<br />

momentos do mar imenso entre relatório e resultado estão no julgamento final, cuja tendência é<br />

pessimista, a contar de exemplos recentes. Não deveria ser.<br />

Não deveria ser pela natureza mesma das comissões parlamentares de inquérito, cujo nome é<br />

raramente objeto de meditação até pelos operários do direito. “Comissão”, além do significado<br />

mercantil (depreciativo, no caso do Parlamento), do dinheiro pago em remuneração de serviço, é<br />

também o do grupamento encarregado de realizar tarefa de interesse comum. Interesse comum?<br />

Não. De interesses conflituosos pela própria natureza política de seu trabalho, pois o vocábulo<br />

“parlamentares” as afirma integradas por componentes de uma das casas do Congresso ou mistas,<br />

funcionando segundo seus regimentos internos. (...)<br />

“As comissões são úteis ou necessárias?”, perguntará o leitor. Sem a menor dúvida e vigorosamente,<br />

respondo sim. Há abusos. São lamentáveis, mas inerentes à vida parlamentar, no Brasil e em<br />

qualquer país onde haja comissões parlamentares. Se os legisladores devem ser a expressão média de<br />

seu povo, fica manifesto que os parlamentos sejam compostos por homens e mulheres de bem, dedicados<br />

e honestos, mas também por pilantras, patifes, cachaceiros, delinquentes e assim por diante.<br />

(...) Seria ideal que o povo escolhesse melhor seus representantes, dizem as elites, mas sem razão. O<br />

povo vota sob influência do poder econômico, após seleção dos favoritos de chefes partidários, para<br />

exclusão dos que assumam linha independente da adotada pelas lideranças e assim por diante.<br />

Voltando à CPI dos Correios, cabe esclarecer por que há um oceano entre o relatório e o resultado.<br />

“Inquérito” é trabalho de apuração. Se benfeito, propicia bom material aos julgadores. Se<br />

malfeito, facilita a “pizza”, essa maravilhosa invenção atribuída aos italianos em geral, mas que vem


74 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

do sul da Itália. “Pizza” transformada em cambalacho e tapeação? Não necessariamente. Muitas<br />

vezes o defeito da distância entre a apuração e o julgamento está naquela, e não neste, principalmente<br />

se for judicial. O mal do julgamento político está em que não considera seu efeito paralelo do<br />

desprestígio para o Parlamento como um todo. No caso atual, porém, não se pode negar que já<br />

houve resultados apreciáveis. Para o relatório lido nesta semana cabe esperar pela travessia do<br />

oceano e torcer para que chegue a bom porto.<br />

W. Ceneviva. Folha de S.Paulo. 01/04/2006, C2<br />

125<br />

SEFAZ/PB – Auditor ‐Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

De acordo com o texto, “Pizza” transformada em cambalacho<br />

e tapeação pode ser o resultado de<br />

A) um julgamento em desacordo com as regras institucionais.<br />

B) um relatório que resulta de um inquérito que não<br />

apurou adequadamente os fatos.<br />

C) uma maravilhosa invenção gastronômica, mas ruim<br />

por seu efeito paralelo.<br />

D) um julgamento que não condiz com os fatos<br />

apurados.<br />

E) uma Comissão Parlamentar de Inquérito dedicada<br />

a cambalachos e à tapeação.<br />

Alternativa B – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

O termo em questão foge a qualquer regra institucional.<br />

Alternativa C – errada<br />

O tom irônico da alternativa supera qualquer expectativa.<br />

Alternativa D – errada<br />

O termo em questão mostra que, se houve julgamento, foi<br />

a conclusão que deixou a desejar.<br />

Alternativa E – errada<br />

A CPI não é o resultado, e sim a causa.<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

126<br />

SEFAZ/PB – Auditor ‐Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

As expressões travessia do oceano e bom porto podem<br />

ser substituídas, sem alteração de sentido, respectivamente<br />

por<br />

A) apuração e bom julgamento.<br />

B) julgamento e boa âncora.<br />

C) relatório e boa âncora.<br />

D) relatório e bom julgamento.<br />

E) julgamento e bom termo.<br />

Alternativa E – CERta<br />

Os termos em destaque representam duas metáforas a respeito<br />

do decorrer do julgamento e de um final satisfatório.<br />

Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

127<br />

SEFAZ/PB – Auditor ‐Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

Observando ‐se, no texto, a intenção do autor, verifica‐<br />

‐se o uso da função da linguagem<br />

A) metalinguística, para criar um efeito de ambiguidade<br />

e ironia.<br />

B) referencial, para informar e criar ambiguidades.<br />

C) fática, para criar ironia e transmitir informações.<br />

D) poética, para transmitir informações ao leitor, por<br />

meio de ambiguidades.<br />

E) emotiva, para criar ironia e construir a adesão do<br />

leitor.<br />

Alternativa A – CERta<br />

A metalinguística é a função que se caracteriza pela linguagem<br />

que se volta a si mesma. A mensagem orienta ‐se<br />

para os elementos do código analisando ‐os. Os dicionários<br />

são um exemplo desse padrão de linguagem. Poemas<br />

que falam de outros poemas, canções que analisam outras<br />

canções, textos que interpretam outros textos.<br />

Alternativa B – errada<br />

A função referencial privilegia as informações objetivas,<br />

não havendo, portanto, possibilidade de ambiguidades.<br />

Alternativa C – errada<br />

A função fática privilegia o canal ou contato para a<br />

comunicação.<br />

Alternativa D – errada<br />

A linguagem manifesta ‐se por meio de uma mensagem<br />

elaborada.<br />

Alternativa E – errada<br />

A função emotiva tem como características emoções,<br />

opiniões e avaliações, em que a presença do emissor é<br />

fundamental, clara ou não.<br />

Gabarito oficial: alternativa A


Português 75<br />

128<br />

SEFAZ/PB – Auditor ‐Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

Se benfeito, propicia bom material aos julgadores.<br />

No texto, o conectivo se pode ser substituído, sem alteração<br />

de sentido, por<br />

A) quando.<br />

B) mesmo.<br />

C) caso.<br />

D) embora.<br />

E) mas.<br />

Alternativa C – CERta<br />

O texto apresenta direção de argumentação de hipótese<br />

ou de condição.<br />

Alternativa A – errada<br />

“Quando” estabelece direção de argumentação de tempo.<br />

Alternativa B – errada<br />

“Mesmo” estabelece direção de argumentação de oposição.<br />

Alternativa D – errada<br />

“Embora” estabelece direção de argumentação de oposição.<br />

Alternativa E – errada<br />

“Mas” estabelece direção de argumentação de oposição.<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

129<br />

SEFAZ/PB – Auditor ‐Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

Leia as frases abaixo:<br />

I – O leitor perguntaria se as comissões são úteis e<br />

necessárias.<br />

II – Com essa CPI, acabaria tudo em pizza, novamente?<br />

III – Os abusos, embora lamentáveis, são frequentes na<br />

vida pública, asseverou o colunista.<br />

Elas se encontram, respectivamente, em discurso<br />

I II III<br />

a) Direto Indireto livre Indireto<br />

b) Indireto livre Direto Indireto<br />

c) Indireto Indireto livre Direto<br />

d) Indireto Direto Indireto livre<br />

e) Direto Direto Indireto livre<br />

Alternativa C – CERta<br />

O discurso indireto livre corresponde à fala do narrador,<br />

portanto, em 3ª pessoa. Isso ocorre nos itens I e II. Já o<br />

item III apresenta a fala da personagem, o que caracteriza<br />

o discurso direto.<br />

Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

130<br />

SEFAZ/PB – Auditor ‐Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

De acordo com a norma culta, a concordância verbal<br />

está correta APENAS na frase:<br />

A) O autor disse que existe comissões parlamentares<br />

válidas e competentes.<br />

B) Haviam perguntas que não foram respondidas durante<br />

o interrogatório.<br />

C) Em toda a parte do mundo podem haver políticos<br />

corruptos.<br />

D) É necessário reconhecer que algumas atitudes que<br />

fere os princípios éticos precisam serem punidas.<br />

E) Já faz cinco sessões que os deputados não votam<br />

nenhuma proposta do governo.<br />

Alternativa E – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

“O autor disse que existem comissões...”<br />

Alternativa B – errada<br />

“Havia perguntas...”, o verbo haver no sentido de existir é<br />

impessoal, sendo usado, portanto, na 3ª pessoa do<br />

singular.<br />

Alternativa C – errada<br />

Repare, caro leitor, que o verbo haver está novamente<br />

como substituto de existir. Portanto, o correto é: “... em<br />

toda parte (...) pode haver...”.<br />

Alternativa D – errada<br />

“É necessário reconhecer que algumas atitudes que ferem<br />

os princípios éticos precisam ser punidas.”<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

131<br />

SEFAZ/PB – Auditor ‐Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

A frase inteiramente de acordo com a norma culta é:<br />

A) De fato, punições seriam ‐lhe impostas, caso não<br />

se provasse sua inocência em relação às graves<br />

denúncias.<br />

B) Os relatórios foram ‐lhe entregues pelos representantes<br />

da bancada ruralista.<br />

C) O povo vota à muito tempo sob a influência das<br />

elites e dos chefes partidários.<br />

D) A Câmara dos Deputados ficou meia preocupada<br />

com as repercuções das últimas votações nos processos<br />

de cassação.<br />

E) Apenas 20% dos deputados estão dispostos à respeitar<br />

as conclusões dos relatores dos processos.<br />

Alternativa B – CERta


76 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

Alternativa A – errada<br />

Problema de colocação pronominal: “... punições ser‐<br />

‐lhes ‐iam impostas...”.<br />

Nota: A mesóclise é obrigatória por tratar ‐se de futuro.<br />

Alternativa C – errada<br />

Uso incorreto da crase e da preposição. Na verdade, o que<br />

cabe nessa circunstância é o uso do verbo haver, por<br />

tratar ‐se de tempo decorrido passado. “O povo vota há<br />

muito tempo...”<br />

Alternativa D – errada<br />

“A Câmara dos Deputados ficou meio preocupada com as<br />

repercussões...”, o termo em destaque exerce função de<br />

advérbio, sendo, portanto, invariável.<br />

Alternativa E – errada<br />

Não existe crase antes de verbo, portanto, “... a respeitar”.<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

132<br />

SEFAZ/PB – Auditor ‐Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

Nas frases<br />

I – O mau julgamento político de suas ações não preocupa<br />

os deputados corruptos. Para eles, o mal está na<br />

mídia impressa ou televisiva.<br />

II – Não há nenhum mau na utilização do Caixa 2. Os<br />

recursos não contabilizados não são um mau, porque<br />

todos os políticos o utilizam.<br />

III – É mau apenas lamentar a atitude dos políticos. O<br />

povo poderá puni ‐los com o voto nas eleições que se<br />

aproximam. Nesse momento, como diz o ditado popular,<br />

eles estarão em mal lençóis.<br />

O emprego dos termos mal e mau está correto APENAS<br />

em<br />

A) I.<br />

B) I e II.<br />

C) II.<br />

D) III.<br />

E) I e III.<br />

Alternativa A – CERta<br />

No item I – O uso de mal e mau, sendo o primeiro um advérbio,<br />

oposto a bem, e o segundo adjetivo, oposto a bom.<br />

No item II – “Não há nenhum mal...” e “os recursos (...)<br />

não são um mal”.<br />

No item III – “... eles estarão em maus lençóis”.<br />

Alternativas B, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa A


SEFAZ – AGENTE FISCAL DE TRIBUTOS<br />

ESTADUAIS – NÍVEL I – 2006<br />

Atenção: As questões a seguir referem ‐se ao texto abaixo.<br />

A educação é uma função tão natural e universal da comunidade humana que, pela própria<br />

evidência, leva muito tempo a atingir a plena consciência daqueles que a recebem e praticam, sendo,<br />

por isso, relativamente tardio o seu primeiro vestígio na tradição literária. O seu conteúdo,<br />

aproximadamente o mesmo em todos os povos, é ao mesmo tempo moral e prático. Também entre<br />

os Gregos foi assim. Reveste, em parte, a forma de mandamentos, como honrar os deuses, honrar<br />

pai e mãe, respeitar os estrangeiros; consiste, por outro lado, numa série de preceitos sobre a moralidade<br />

externa e em regras de prudência para a vida, transmitidas oralmente pelos séculos afora; e<br />

apresenta ‐se ainda como comunicação de conhecimentos e aptidões profissionais a cujo conjunto,<br />

na medida em que é transmissível, os Gregos deram o nome de techné. Os preceitos elementares do<br />

procedimento correto para com os deuses, os pais e os estranhos foram mais tarde incorporados à<br />

lei escrita dos Estados. E o rico tesouro da sabedoria popular, mesclado de regras primitivas de<br />

conduta e preceitos de prudência enraizados em superstições populares, chegava pela primeira vez<br />

à luz do dia, através de uma antiquíssima tradição oral, na poesia rural gnômica de Hesíodo. As<br />

regras das artes e ofícios resistiam naturalmente, em virtude da sua própria natureza, à exposição<br />

escrita dos seus segredos, como esclarece, no que se refere à profissão médica, a coleção dos escritos<br />

hipocráticos.<br />

Da educação, neste sentido, distingue ‐se a formação do Homem por meio da criação de um<br />

tipo ideal intimamente coerente e claramente definido. Essa formação não é possível sem se oferecer<br />

ao espírito uma imagem do homem tal como ele deve ser. A utilidade lhe é indiferente ou, pelo<br />

menos, não essencial. O que é fundamental nela é o kalón, isto é, a beleza, no sentido normativo da<br />

imagem desejada, do ideal. A formação manifesta ‐se na forma integral do Homem, na sua conduta<br />

e comportamento exterior e na sua atitude interior. Nem uma nem outra nasceram do acaso, mas


78 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

são antes produtos de uma disciplina consciente. Já Platão a comparou ao adestramento de cães de<br />

raça. A princípio, esse adestramento limitava ‐se a uma reduzida classe social, a nobreza.<br />

Obs.: gnômico = sentencioso<br />

Adaptado de Werner Jaeger, Paideia: a formação do homem grego. 4. ed.<br />

Tradução de Artur M. Parreira. São Paulo: Martins Fontes, 2001. p. 23 ‐24.<br />

133<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

A expressão a cujo conjunto os gregos deram o nome<br />

de “techné” está corretamente reformulada, mantendo<br />

o sentido original, em:<br />

A) de cujo conjunto se sabe o nome, a que os gregos<br />

deram de “techné”.<br />

B) do qual conjunto foi nomeado, pelos gregos, como<br />

“techné”.<br />

C) que, pelo conjunto, os gregos mencionaram por<br />

“techné”.<br />

D) pelo conjunto dos quais os gregos nominaram de<br />

“techné”.<br />

E) o conjunto dos quais recebeu dos gregos o nome<br />

de “techné”.<br />

Alternativa E – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

“... que os gregos deram o nome...”<br />

Alternativa B – errada<br />

“... o qual foi nomeado...”<br />

Alternativa C – errada<br />

“... os gregos mencionaram ‘techné’.”<br />

Alternativa D – errada<br />

“... os quais recebeu o nome...”<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

134<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

Considerado o processo de argumentação desenvolvido<br />

no texto, é correto afirmar:<br />

A) Deuses e pais foram citados como modelos do procedimento<br />

correto, origem dos preceitos elementares<br />

do comportamento grego.<br />

B) A menção à lei dos Estados foi feita para realçar um<br />

típico traço da cultura grega, o cultivo da legalidade.<br />

C) A poesia rural gnômica de Hesíodo foi citada como<br />

confirmação da riqueza da sabedoria popular.<br />

D) A referência à palavra de Hipócrates constitui argumento<br />

de reforço para o que se diz acerca das artes<br />

e ofícios.<br />

E) A alusão feita a Platão constitui argumento de autoridade<br />

para fundamentar a ideia de que a educação<br />

despreza o pragmatismo.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

Os pais e os deuses não eram, segundo o texto, exemplo<br />

de comportamento.<br />

Alternativa B – errada<br />

Não há identificação entre a Lei dos Estados e a cultura<br />

grega.<br />

Alternativa C – errada<br />

A poesia rural mesclada de tendências primitivas, portanto,<br />

não só a poesia rural, mas também a mescla da<br />

poesia com os ensinamentos.<br />

Alternativa E – errada<br />

O texto afirma o oposto. A educação e o pragmatismo<br />

identificam ‐se.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

135<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

Está corretamente entendida a seguinte expressão do<br />

texto:<br />

A) tipo ideal intimamente coerente e claramente definido<br />

= modelo de perfeição coeso na sua essência e<br />

fixado com nitidez.<br />

B) na medida em que é transmissível = à proporção<br />

que se torne compreensível.<br />

C) enraizados em superstições populares = fundamentados<br />

em profecias das massas incultas.<br />

D) neste sentido = com essa finalidade.<br />

E) série de preceitos sobre a moralidade externa =<br />

conjunto de presunções desfavoráveis ao modo de<br />

agir alheio.<br />

Alternativa A – CERta<br />

Há uma paráfrase perfeita.<br />

Alternativa B – errada<br />

“Na medida em que” estabelece causa, “à proporção que”<br />

estabelece proporção.


Português 79<br />

Alternativa C – errada<br />

Os termos “Superstições populares” não corresponde aos<br />

termos “massas incultas”.<br />

Alternativa D – errada<br />

“Nesse sentido” estabelece modo, “com essa finalidade”<br />

estabelece fim.<br />

Alternativa E – errada<br />

Não há identificação entre “preceitos” e “presunções”.<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

136<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

No texto, os segmentos As regras das artes e ofícios<br />

resistiam naturalmente e a sua própria natureza estão<br />

em relação, respectivamente, de<br />

A) fato e hipótese.<br />

B) consequência e causa.<br />

C) condição e conclusão.<br />

D) fato e conclusão.<br />

E) hipótese e consequência.<br />

Alternativa B – CERta<br />

As regras resistiam porque era sua própria natureza.<br />

Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

137<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

A utilidade lhe é indiferente ou, pelo menos, não<br />

essencial.<br />

É correto afirmar que, na frase acima,<br />

A) o pronome pessoal oblíquo refere ‐se a “homem”.<br />

B) o lhe foi empregado com o mesmo valor que tem<br />

na frase “Ouviram‐lhe o choro convulsivo”.<br />

C) a conjunção ou tem valor enfático (como em “ou<br />

ficar a pátria livre, ou morrer pelo Brasil”), porque<br />

introduz uma ratificação integral do que foi afirmado<br />

antes.<br />

D) a expressão pelo menos assinala que o elemento<br />

referido corresponde, numa hierarquia, àquele que<br />

pode ser desconsiderado.<br />

E) a expressão não essencial é sinônima de “não é indispensável”.<br />

Alternativa E – CERta<br />

Se não é essencial, é, portanto, dispensável.<br />

Alternativa A – errada<br />

O pronome refere ‐se a espírito.<br />

Alternativa B – errada<br />

O pronome em “ouviram‐lhe o choro” substitui o pronome<br />

possessivo “seu” exerce função de adjunto adnominal.<br />

No enunciado, o pronome lhe substitui “a ele” e exerce<br />

função de complemento nominal.<br />

Alternativa C – errada<br />

A conjunção ou não ratifica, e sim alterna princípios.<br />

Alternativa D – errada<br />

“Pelo menos” indica função que se possa considerar.<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

138<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

“Nem uma nem outra nasceram do acaso, mas são antes<br />

produtos de uma disciplina consciente. Já Platão a<br />

comparou ao adestramento de cães de raça. A princípio,<br />

esse adestramento limitava ‐se a uma reduzida<br />

classe social, a nobreza.”<br />

Considere as afirmações que seguem sobre o fragmento<br />

transcrito, respeitado sempre o contexto.<br />

I – A conjunção mas pode ser substituída, sem prejuízo<br />

do sentido original, por “entretanto”.<br />

II – O advérbio Já introduz a ideia de que mesmo Platão<br />

percebera a similaridade que o autor comenta, baseado<br />

na comparação feita pelo filósofo entre “cães de<br />

raça” e “nobreza”.<br />

III – A expressão A princípio leva ao reconhecimento de<br />

duas informações distintas na frase, uma das quais<br />

está subentendida.<br />

Está correto o que se afirma APENAS em<br />

A) I.<br />

B) II.<br />

C) III.<br />

D) I e II.<br />

E) II e I.<br />

Alternativa C – CERta<br />

Item I – resposta incorreta: A conjunção estabelece relação<br />

de soma.<br />

Item II – resposta incorreta: O advérbio já estabelece relação<br />

de oposição.<br />

Item III – resposta correta: Há uma informação subentendida<br />

dando a ideia de que esse “adestramento”<br />

estendeu ‐se às outras classes sociais.<br />

Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

139<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

A frase “Platão a comparou ao adestramento de cães<br />

de raça” está corretamente transposta para a voz passiva<br />

em:<br />

A) O adestramento dos cães de raça é comparado a<br />

ela por Platão.


80 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

B) A comparação entre ela e o adestramento de cães<br />

tinha sido feito por Platão.<br />

C) Comparou ‐se o adestramento de cães e ela, feito<br />

por Platão.<br />

D) Ela foi comparada por Platão ao adestramento de<br />

cães de raça.<br />

E) Haviam sido comparados por Platão o adestramento<br />

de cães de raça e ela.<br />

Alternativa D – CERta<br />

O pronome oblíquo a, objeto direto do verbo comparar,<br />

será na voz passiva substituído pelo pronome pessoal do<br />

caso reto correspondente, ou seja, ela. O verbo da voz ativa<br />

será substituído pelo auxiliar no mesmo tempo e<br />

modo.<br />

Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

As questões a seguir referem ‐se ao texto abaixo.<br />

1. Quando começa a modernidade? A escolha de uma data ou de um evento não é indiferente. O<br />

2. momento que elegemos como originário depende certamente da ideia de nós mesmos que preferimos,<br />

3. hoje, contemplar. E vice ‐versa: a visão de nosso presente decide das origens que confessamos<br />

4. (ou até inventamos). Assim acontece com as histórias de nossas vidas que contamos para os amigos<br />

5. e para o espelho: os inícios estão sempre em função da imagem de nós mesmos de que gostamos e<br />

6. que queremos divulgar. As coisas funcionam do mesmo jeito para os tempos que consideramos<br />

7. “nossos”, ou seja, para a modernidade.<br />

8. Bem antes que tentassem me convencer de que a data de nascimento da modernidade era um<br />

9. espirro cartesiano (...), quando era rapaz, se ensinava que a modernidade começou em outubro de<br />

10. 1492. Nos livros da escola, o primeiro capítulo dos tempos modernos eram e são as grandes<br />

11. explorações. Entre elas, a viagem de Colombo ocupa um lugar muito especial. Descidas Saara<br />

12. adentro ou intermináveis caravanas por montes e desertos até a China de nada valiam comparadas<br />

13. com a aventura do genovês. Precisa ler “Mediterrâneo” de Fernand Braudel para conceber o<br />

14. alcance simbólico do pulo além de Gibraltar, não costeando, mas reto para frente. Precisa, em<br />

15. outras palavras, evocar o mar Mediterrâneo – este pátio comum navegável e navegado por<br />

<strong>16</strong>. milênios, espécie de útero vital compartilhado − para entender por que a viagem de Colombo acabou<br />

17. e continua sendo uma metáfora do fim do mundo fechado, do abandono da casa materna e paterna.<br />

Contardo Calligaris, A Psicanálise e o sujeito colonial.<br />

In: Psicanálise e colonização: leituras do sintoma social no Brasil.<br />

Porto Alegre: Artes e Ofícios, 1999. p. 11 ‐12.<br />

140<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

A única afirmação INCORRETA sobre os sinais de pontuação<br />

empregados no texto é:<br />

A) Os dois ‐pontos após vice ‐versa: (linha 3) anunciam<br />

um esclarecimento acerca do que foi enunciado.<br />

B) Os parênteses em (ou até inventamos) (linha 4) incluem<br />

comentário considerado um viés do que se<br />

afirma.<br />

C) As aspas em “nossos” (linha 7) firmam o caráter irônico<br />

da expressão, exigindo que se entenda o<br />

enunciado em sentido contrário (trata‐se, assim, de<br />

“tempos que nos são estranhos”).<br />

D) Os travessões em – este pátio comum (...) compartilhado<br />

(linhas 15 e <strong>16</strong>) isolam uma apreciação acerca<br />

do Mediterrâneo e são equivalentes a vírgulas.<br />

E) A vírgula antes de não costeando (linha 14) pode ser<br />

substituída, sem prejuízo da correção, por travessão.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

Os dois ‐pontos colocam em evidência o que será dito.<br />

Alternativa B – errada<br />

Após os parênteses há o ponto final, o que denota o encerramento<br />

de uma ideia.


Português 81<br />

Alternativa C – errada<br />

Não há ironia, e sim confirmação de uma tese.<br />

Alternativa E – errada<br />

A vírgula não pode ser substituída por travessão, pois é<br />

uma referência, e não uma simples explicação.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

141<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

A frase em que a regência está totalmente de acordo<br />

com o padrão culto é:<br />

A) Esperavam encontrar todos os documentos que os<br />

estudiosos se apoiaram para descrever a viagem de<br />

Colombo.<br />

B) Estavam cientes de que teriam muito a fazer para<br />

conseguir os registros de que dependiam.<br />

C) Encontraram ‐se referências à coerção que marinheiros<br />

mais experientes faziam contra os mais novos<br />

que trabalhassem mais arduamente.<br />

D) Foram informados que esboços da inóspita região<br />

circundada com imensas pedras podiam ser<br />

consultados.<br />

E) Havia registro de uma insatisfação em que os insurretos<br />

às atitudes arbitrárias de um navegante foram<br />

impedidos de lhe inquirir.<br />

Alternativa B – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

“... encontrar todos os documentos em que os estudiosos...”<br />

Alternativa C – errada<br />

“... referências à coerção de que marinheiros...”<br />

Alternativa D – errada<br />

“... foram informados de que...”<br />

Alternativa E – errada<br />

“... de que os insurretos...”<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

142<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

A frase que está totalmente de acordo com o padrão<br />

culto da língua é:<br />

A) Todos reconheceram que Vossa Senhoria, a despeito<br />

da exiguidade do vosso tempo, sempre recebeu<br />

os estudiosos do assunto e lhes deu grande apôio.<br />

B) Sob a rubrica de “As grandes explorações”, o autor<br />

leu muito do que lhe sucitou interesse pelo tema e<br />

desejo de pôr em discussão algumas questões.<br />

C) Certas pessoas consideram ultrage a hesitação em<br />

associar o início da modernidade à Descartes, mas<br />

a questão não para por aí: há pontos mais complexos<br />

em discussão.<br />

D) As reflexões do iminente estudioso, insertas em<br />

texto bastante acessível ao leigo, nada têm daquele<br />

teor iracível e tendencioso que se nota em algumas<br />

obras polêmicas.<br />

E) Disse adivinhar o que alguns detratores diriam<br />

acerca de questões polêmicas como a de rever o<br />

significado assente de fatos históricos: “é mera<br />

questão de querer auferir prestígio”.<br />

Alternativa E – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

Não há o acento diferencial em apoio.<br />

Alternativa B – errada<br />

Suscitou.<br />

Alternativa C – errada<br />

Ultraje.<br />

Alternativa D – errada<br />

Irascível.<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

143<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

A frase que respeita o padrão culto no que se refere à<br />

flexão é:<br />

A) No caso de proporem um diálogo sem pseudodilemas<br />

teóricos, o professor visitante diz que medeia<br />

as sessões.<br />

B) Chegam a constituir ‐se como clãs os grupos que<br />

defendem opiniões divergentes, como as que interviram<br />

no último debate público.<br />

C) Ele era o mais importante testemunha do acalorado<br />

embate entre opiniões contrárias, de que adviram<br />

os textos de difusão que produziu.<br />

D) Em troca ‐trocas acalorados de ideias, poucos se<br />

atêem às questões mais relevantes da temática.<br />

E) Quando aquele grupo de pesquisadores reaver a<br />

credibilidade comprometida nos últimos revés, certamente<br />

apresentará com mais tranquilidade sua<br />

contribuição.<br />

Alternativa A – CERta<br />

Alternativa B – errada<br />

Intervieram.<br />

Alternativa C – errada<br />

Ainda nesta alternativa, caro leitor, embora não esteja ligado<br />

ao assunto proposto pela questão, atente para o termo<br />

“o testemunho”. O correto é “a testemunha” por tratar-se<br />

de um substantivo sobrecomum e aceitar somente<br />

o artigo femenino.<br />

Alternativa D – errada<br />

Atêm.<br />

Alternativa E – errada<br />

Reouver.<br />

Gabarito oficial: alternativa A


82 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

144<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

A frase em que a concordância está em conformidade<br />

com o padrão culto é:<br />

A) Os advogados reclamaram da indecisão do depoente,<br />

sem perceber que as perguntas que a ele eram<br />

dirigidas lhes parecia obscura, difíceis de serem<br />

compreendidas.<br />

B) Era intrincada a associação de ideias do promotor e<br />

o apelo que fazia aos jurados, o que, consideradas<br />

as circunstâncias, os conduziram a uma decisão<br />

questionável.<br />

C) É sempre falível, a meu ver, os juízos que se fundamentam<br />

mais na verve do orador que no conteúdo<br />

de seu discurso, mesmo quando os ouvintes lhe neguem<br />

aquele predicado.<br />

D) Suponho que devem existir sérias razões para ele<br />

ter ‐se comportado assim: todas as questões que<br />

lhe eram postas ele julgava irrelevantes.<br />

E) O relatório, de cujo dados discordou ‐se, foi rejeitado<br />

imediatamente, tendo sido sugerido, em caráter<br />

de urgência, a sua plena revisão ou até mesmo sua<br />

substituição.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

“... que as perguntas que a ele eram dirigidas, lhe pareciam<br />

obscuras...”<br />

Alternativa B – errada<br />

“... de ideias do promotor, e o apelo (...) os conduziu...”<br />

Alternativa C – errada<br />

“São sempre falíveis (...) os juízos...”<br />

Alternativa E – errada<br />

“... de cujos dados discordou ‐se...”<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

Atenção: As questões a seguir referem ‐se ao texto abaixo.<br />

Acerca do bem e do mal<br />

Fulano é “do bem”, Sicrano é “do mal”. Não, não são crianças comentando um filme de mocinho<br />

e bandido; são frases de adultos, reiteradas a propósito das mais diferentes pessoas, nas mais<br />

diversas situações. O julgamento definitivo e em preto e branco que elas implicam parece traduzir<br />

o esforço de adotar, em meio ao caldeirão de valores da sociedade moderna, um princípio básico de<br />

qualificação moral e ética. Essa oposição rudimentar revela a necessidade que temos de estabelecer<br />

algum juízo de valor para a orientação da nossa própria conduta. Tal busca de discernimento é<br />

antiga, e em princípio é legítima: está na base de todas as culturas, dá sustentação a religiões e inspira<br />

ideologias, provoca os filósofos, os juristas, os políticos. O perigo está em que o movimento de<br />

busca cesse e dê lugar à paralisia dos valores estratificados.<br />

O exemplo pode vir de cima: quando um chefe de poderosa nação passa a classificar países<br />

inteiros como integrantes do “eixo do mal”, está ‐se proclamando como representante dos que<br />

constituiriam o “eixo do bem”. Essa divisão tosca é, de fato, muito conveniente, pois faculta ao mais<br />

forte a iniciativa de intervir na vida e no espaço do mais fraco, sob a alegação de que o faz para<br />

preservar os chamados “valores fundamentais da humanidade”. Interesses estratégicos e econômicos<br />

são, assim, mascarados pela suposta preservação de princípios da civilização. A História já nos<br />

mostrou, sobejamente, a que levam tais ideologias absolutistas, que se atribuem o direito de julgar<br />

o outro segundo o critério da religião que este professa, do regime político que adota, da etnia a que<br />

pertence. A intolerância em relação às diferenças culturais, por exemplo, acaba levando o mais<br />

forte à subjugação das pessoas “diferentes” – e mais fracas. É quando a ética sai de cena, para dar<br />

lugar à barbárie.<br />

A busca de distinção entre o que é “do bem” e o que é “do mal” traz consigo um dilema: por<br />

um lado, não podemos dispensar alguma bússola de orientação ética e moral, que aponte para o<br />

que parece ser o justo, o correto, o desejável; por outro lado, se o norteamento dos nossos juízos for


Português 83<br />

inflexível como o teimoso ponteiro, comprometemos de vez a dinâmica que é própria da história e<br />

dos valores humanos. Não há, na rota da civilização, leis eternas, constituições que não admitam<br />

revisões, costumes inalteráveis. A escolha do critério de julgamento é sempre crítica e sofrida,<br />

quando responsável; dispensando ‐se, porém, a responsabilidade dessa escolha, restará a terrível<br />

fatalidade dos dogmas. Lembrando o instigante paradoxo de um filósofo francês, “estamos condenados<br />

a ser livres”. Nessa compulsória liberdade, de que fala o filósofo, a escolha entre o que é “do<br />

bem” e o que é “do mal” é uma questão sempre viva, que merece ser analisada e enfrentada em suas<br />

particulares manifestações históricas. Se assim não for, estará garantido um espaço cada vez maior<br />

para a ação dos fundamentalistas de todo tipo.<br />

Cândido Otoniel de Almeida<br />

145<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

Considere as seguintes afirmações:<br />

I – A referência a um chefe de poderosa nação (2º parágrafo)<br />

abre a demonstração de que há ideologias absolutistas<br />

e intolerantes que se sustentam pela força.<br />

II – Julgamento (...) em preto e branco (1º parágrafo) e<br />

divisão tosca (2º parágrafo) são expressões que ajudam<br />

a esclarecer o sentido de norteamento (...) inflexível<br />

(3º parágrafo).<br />

III – A frase “estamos condenados a ser livres” (3º parágrafo)<br />

instiga o autor do texto a justificar a posição dos<br />

fundamentalistas de todo tipo (3º parágrafo).<br />

Em relação ao texto, está correto o que se afirma em<br />

A) I, II e III.<br />

B) I e II, somente.<br />

C) I e III, somente.<br />

D) II e III, somente.<br />

E) II, somente.<br />

Alternativa B – CERta<br />

A posição do autor não é de estabelecer justificativa para<br />

os fundamentalistas, mas, sim, cita o filósofo francês<br />

para fortalecer a argumentação de que o bem e o mal é<br />

uma questão de visão, muitas vezes, de particular manifestação<br />

histórica. Portanto, somente o item III não corresponde<br />

às ideias do texto.<br />

Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

146<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

“É quando a ética sai de cena, para dar lugar à barbárie.”<br />

Na frase acima, a sequência das ações sai de cena e dar<br />

lugar estabelece uma relação<br />

A) de justaposição de fatos independentes.<br />

B) entre uma hipótese e um fato que a confirma.<br />

C) de simultaneidade entre duas ocorrências interdependentes.<br />

D) de causalidade entre valores antagônicos.<br />

E) de alternância entre duas situações semelhantes.<br />

Alternativa D – CERta<br />

O processo antagônico ocorre semanticamente, isto<br />

é, com o significado expresso pelas palavras, ética e<br />

barbárie.<br />

Alternativa A – errada<br />

Ética e barbárie são fatos interdependentes.<br />

Alternativa B – errada<br />

Ética tal qual barbárie é um fato, e não hipótese.<br />

Alternativa C – errada<br />

Uma vez que um fato não é simultâneo ao outro.<br />

Alternativa E – errada<br />

Já que não há alternância entre os fatos.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

147<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

A busca de distinção entre o que é “do bem” e o que é<br />

“do mal” traz consigo um dilema (...).<br />

O verbo trazer deverá flexionar ‐se numa forma do plural<br />

caso se substitua o elemento sublinhado por<br />

A) O fato de quase todas as pessoas oscilarem entre o<br />

bem e o mal (...).<br />

B) A dificuldade de eles distinguirem entre as boas e<br />

as más ações (...).<br />

C) Muitas pessoas sabem que tal alternativa, nas diferentes<br />

situações, (...).<br />

D) Essa divisão entre o bem e o mal, à medida que se<br />

acentua nos indivíduos, (...).<br />

E) As oscilações que todo indivíduo experimenta entre<br />

o bem e o mal (...).


84 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

Alternativa E – CERta<br />

O verbo trazer irá para o plural, concordando com “as<br />

oscilações”, núcleo do sujeito.<br />

Alternativa A – errada<br />

O verbo trazer concordará com “fato” – núcleo do sujeito.<br />

Alternativa B – errada<br />

O verbo trazer deverá concordar com o núcleo “dificuldade”.<br />

Alternativa C – errada<br />

O verbo trazer deverá concordar com o núcleo “alternativa”.<br />

Alternativa D – errada<br />

O verbo “trazer” deverá concordar com o núcleo “divisão”.<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

148<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

A escolha do critério de julgamento é sempre crítica e<br />

sofrida, quando responsável; dispensando ‐se, porém,<br />

a responsabilidade dessa escolha, restará a terrível fatalidade<br />

dos dogmas.<br />

Mantêm ‐se o sentido e a correção da frase caso se<br />

substitua<br />

A) dispensando ‐se, porém por se dispensarem ‐se,<br />

ademais.<br />

B) dispensando ‐se, porém por uma vez dispensado,<br />

no entanto.<br />

C) quando responsável por desde que responsável.<br />

D) quando responsável por posto que responsável.<br />

E) quando responsável por conquanto seja responsável.<br />

Alternativa C – CERta<br />

As conjunções quando e desde que estabelecem relação de<br />

tempo.<br />

Alternativa A – errada<br />

As conjunções porém e ademais estabelecem relação de<br />

oposição.<br />

Alternativa B – errada<br />

Porém e no entanto estabelecem relação de oposição, mas<br />

a locução “uma vez” estabelece relação de condição.<br />

Alternativa D – errada<br />

Quando estabelece relação de tempo, posto que estabelece<br />

relação de oposição.<br />

Alternativa E – errada<br />

Quando estabelece relação de tempo e conquanto estabelece<br />

relação de condição.<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

149<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

Nessa compulsória liberdade, de que fala o filósofo (...).<br />

Numa nova redação da frase anterior, mantém ‐se corretamente<br />

a expressão sublinhada caso se substitua<br />

fala o filósofo por<br />

A) se refere o filósofo.<br />

B) cuida o filósofo.<br />

C) investiga o filósofo.<br />

D) aflige o filósofo.<br />

E) disserta o filósofo.<br />

Alternativa B – CERta<br />

O verbo cuidar, semanticamente, exerce função de expressar<br />

no sentido de refletir.<br />

Alternativa A – errada<br />

Referir ‐se não se identifica com falar.<br />

Alternativa C – errada<br />

O verbo investigar não obedece semanticamente a relação<br />

de compreensão do verbo falar.<br />

Alternativa D – errada<br />

Não há relação de substituição entre “aflige” e fala.<br />

Alternativa E – errada<br />

Dissertar é expor. Falar, nesse caso, é refletir.<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

150<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

Na transposição de uma voz verbal para outra, ocorre<br />

uma IMPROPRIEDADE no seguinte caso:<br />

A) a necessidade que temos de estabelecer algum juízo<br />

de valor = a necessidade que temos de que houvesse<br />

sido estabelecido algum juízo de valor.<br />

B) passa a classificar países inteiros = países inteiros<br />

passam a ser classificados.<br />

C) segundo o critério da religião que este professa = segundo<br />

o critério da religião que por este é professada.<br />

D) que constituiriam o “eixo do bem” = o “eixo do<br />

bem” que seria constituído.<br />

E) comprometemos de vez a dinâmica = a dinâmica é<br />

por nós de vez comprometida.<br />

Alternativa A – CERta<br />

1ª Correção: “A necessidade de que temos de que haja sido<br />

estabelecido algum juízo de valor”.<br />

2ª Correção: “A necessidade de que tínhamos de que houvesse<br />

sido estabelecido algum juízo de valor”.<br />

Alternativas B, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

151<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

“O perigo está em que o movimento de busca cesse e<br />

dê lugar à paralisia dos valores estratificados.”


Português 85<br />

Alterando ‐se os tempos dos verbos da frase acima, a<br />

articulação entre suas novas formas estará correta em:<br />

A) o perigo estava em que o movimento da busca cessava<br />

e desse lugar à paralisia dos valores estratificados.<br />

B) O perigo estará em que o movimento de busca cessasse<br />

e tivesse dado lugar à paralisia dos valores<br />

estratificados.<br />

C) o perigo estaria em que o movimento da busca cessar<br />

e dar lugar à paralisia dos valores estratificados.<br />

D) o perigo estava em que o movimento da busca cessou<br />

e dera lugar à paralisia dos valores estratificados.<br />

E) O perigo estaria em que o movimento da busca cessasse<br />

e desse lugar à paralisia dos valores<br />

estratificados.<br />

Alternativa E – CERta<br />

O verbo dar no passado imperfeito do subjuntivo correlaciona<br />

‐se com o verbo estar no futuro condicional.<br />

Alternativa A – errada<br />

“O perigo estava em que (...) cessasse e desse...”.<br />

Alternativa B – errada<br />

“O perigo estará em que a busca cesse e dê lugar...”.<br />

Alternativa C – errada<br />

“O perigo estaria em que (...) cessasse desse...”.<br />

Alternativa D – errada<br />

“O perigo estaria em (...) cessasse (...) desse”.<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

Atenção: As questões a seguir referem ‐se ao texto abaixo.<br />

O fiscal e o menino<br />

Já pelos meus dez anos ocupava eu um posto na Secretaria da Fazenda. A ocupação era informal,<br />

não implicava proventos ou tempo para a aposentadoria, mas o serviço era regular: acompanhava<br />

meu pai, que era fiscal de rendas, em suas visitas rotineiras aos comerciantes da cidade. Cada<br />

passada dele exigia duas das minhas, e eu ainda fazia questão de carregar sua pasta, pesada de processos.<br />

Tanto esforço tinha suas compensações: nos bares ou padarias, o proprietário lembrava ‐se<br />

de me agradar com doce, salgado ou refrigerante – o que configurava, como se vê, uma espécie de<br />

pacto entre interesseiros. Outra compensação encontrava eu em desfrutar, ainda que vagamente, da<br />

sombra da autoridade que emana de um fiscal de rendas. Para fazer justiça: autoridade mesmo meu<br />

pai só mostrava diante desses grandes proprietários arrogantes, que se julgam acima do bem, do<br />

mal e do fisco. E ai de quem se atrevesse a sugerir um “arranjo”, por conta da sonegação evidente...<br />

Gostava daquele fiscal. Duro no trato com os filhos e com a mulher, intempestivo e por vezes<br />

injusto ao julgar os outros, revelava ‐se um coração mole diante de um comerciante pobre e em<br />

débito com o governo. Nessas situações, condescendia no prazo de regularização do imposto e instruía<br />

o pobre ‐diabo acerca da melhor maneira de proceder. Ao dono de um botequim da zona rural<br />

– homem viúvo, carregado de filhos pequenos, em situação quase falimentar – ajudou com dinheiro<br />

do próprio bolso, para a quitação da dívida fiscal.<br />

Meu estágio em tal ocupação também aumentou meu vocabulário: conheci palavras como sisa,<br />

sonegação, guarda ‐livros, estampilha, mora e outras tantas. A intimidade com esses termos não implicava<br />

que lhes conhecesse o sentido; na verdade, muitos deles continuam obscuros para mim até hoje.<br />

De qualquer modo, não posso dizer que nunca me interessou a profissão de fiscal de rendas.<br />

Júlio Pietrobon das Neves<br />

152<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

Assinale o item gramaticalmente correto.<br />

A) Essa pequena crônica é reveladora do modo que<br />

guardamos as imagens mais intensas da infância,<br />

de cujos encantos continuam a nos fascinar pelo


86 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

tempo a fora, sobretudo quando se tratam de relações<br />

familiares.<br />

B) Relatos como este vão de encontro à tese de que<br />

não se perdem em nossas memórias aquilo que<br />

realmente nos marcou, confirmando ‐se assim o<br />

poder seletivo demonstrado pelas mais fortes<br />

lembranças.<br />

C) Uma das artimanhas da memória aqui se confirmam<br />

por que somos capazes de guardar palavras e<br />

detalhes reveladores dos tempos da infância, onde<br />

nem suspeitávamos de quão importantes viriam a<br />

ser os mais simples elementos.<br />

D) Ao deter lembranças de seu pai e dele mesmo, o<br />

narrador traz a fantasia nos traços em que melhor<br />

se definia ele, sem forçar qualquer idealização,<br />

uma vez que chega a salientar no pai seus traços<br />

mais duros, de pouca animosidade.<br />

E) Fica flagrante a admiração do menino pelo pai,<br />

conservada no tempo, capaz de estimular uma<br />

crônica cujo sentimento básico é o de um antigo<br />

companheirismo, materializado numa rotina de<br />

trabalho.<br />

Alternativa E – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

“... da infância, cujos encantos (...) sobretudo quando se<br />

trata de...”<br />

Alternativa B – errada<br />

“Ir ao encontro de.” Ir de encontro a significa chocar ‐se.<br />

Alternativa C – errada<br />

“Uma das artimanhas que se confirma (...) dos tempo de<br />

infância, quando...”<br />

Alternativa D – errada<br />

“... em que melhor o definia (...) uma vez que chega a salientar...”<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

153<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

“Outra compensação encontrava eu em desfrutar, ainda<br />

que vagamente, da sombra da autoridade que emana<br />

de um fiscal de rendas.”<br />

Todas as palavras da frase acima poderão permanecer<br />

rigorosamente as mesmas, caso as formas verbais sublinhadas<br />

sejam substituídas por, respectivamente,<br />

A) incorporar e projeta.<br />

B) usufruir e provém.<br />

C) beneficiar e instila.<br />

D) comprazer ‐me e esparge.<br />

E) deleitar ‐me e se associa.<br />

Alternativa B – CERta<br />

Desfrutar substitui ‐se por usufruir, e emanar substitui ‐se<br />

por provir.<br />

Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

154<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

Assinale o item correto quanto à norma padrão da<br />

língua.<br />

A) Duas das minhas passadas exigia cada uma das<br />

dele.<br />

B) Exigiam ‐se duas das minhas passadas a cada uma<br />

das dele.<br />

C) Era exigido, a cada passada dele, duas das minhas.<br />

D) Duas passadas minhas exigia cada uma das dele.<br />

E) A cada passada dele exigia ‐se duas das minhas.<br />

Alternativa B – CERta<br />

A frase apresenta voz passiva analítica; o verbo exigir<br />

concorda com o núcleo substantivo passadas, estando,<br />

portanto, no plural.<br />

Alternativa A – errada<br />

“Duas das minhas passadas exigiam cada uma das dele.”<br />

Alternativa C – errada<br />

“Eram exigidas, (...), duas das minhas.”<br />

Alternativa D – errada<br />

“Duas passadas minhas exigiam...”<br />

Alternativa E – errada<br />

“A (...) dele, exigiam ‐se duas das minhas.”<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

Atenção: As questões a seguir referem ‐se ao texto seguinte.<br />

O século XX: vista aérea<br />

A destruição do passado – ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência<br />

pessoal à das gerações passadas – é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do final do<br />

século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo, sem qualquer<br />

relação orgânica com o passado público da época em que vivem. Por isso os historiadores, cujo


Português 87<br />

ofício é lembrar o que outros esquecem, tornam ‐se mais importantes que nunca no final do segundo<br />

milênio. Por esse mesmo motivo, porém, eles têm de ser mais que simples cronistas, memorialistas<br />

e compiladores. Em 1989 todos os governos do mundo, e particularmente todos os ministérios<br />

do Exterior do mundo, ter ‐se‐iam beneficiado de um seminário sobre os acordos de paz<br />

firmados após as duas guerras mundiais, que a maioria deles aparentemente havia esquecido.<br />

Eric Hobsbawm, Era dos extremos: o breve século XX.<br />

Tradução de Marcos Santarrita. São Paulo:<br />

Companhia das Letras, 2005. p. 13.<br />

155<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

Considere as seguintes afirmações:<br />

I – O pensamento do autor vai ao encontro do que<br />

afirma a seguinte frase, relativamente popularizada:<br />

Estamos condenados a repetir os erros da História<br />

que foi esquecida.<br />

II – Entre as funções essenciais de um historiador,<br />

destaca ‐se a de compreender rigorosamente em si<br />

mesmos os valores históricos e sociais de seu próprio<br />

presente.<br />

III – A referência aos acordos de paz firmados depois<br />

das duas guerras mundiais vem a propósito da importância<br />

que eles deveriam conservar em todas as resoluções<br />

de política externa, em nível global.<br />

Em relação ao texto, está correto o que se afirma em<br />

A) I e II, apenas.<br />

B) I, apenas.<br />

C) II e III, apenas.<br />

D) I e III, apenas.<br />

E) I, II e III.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Apenas o item II está incorreto, pois, segundo o texto, é<br />

ofício do historiador “lembrar o que os outros esquecem”.<br />

Portanto não está, segundo o enunciado, ligado ao<br />

presente, e sim ao passado.<br />

Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

156<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

Depreende ‐se da leitura do texto que, se fossem simples<br />

cronistas, memorialistas e compiladores, os historiadores,<br />

no final do segundo milênio,<br />

A) estariam restritos à tarefa de estabelecer uma relação<br />

orgânica com o passado público de sua época.<br />

B) se limitariam a recompor os mecanismos sociais<br />

que vinculam as experiências de seu tempo às das<br />

gerações passadas.<br />

C) não estariam comprometidos com o esclarecimento<br />

da nossa relação orgânica com o passado público<br />

que foi esquecido.<br />

D) não saberiam arrolar os fatos mais remotos de um<br />

passado, em vista da perda de sua relação orgânica<br />

com esses fatos.<br />

E) ficariam restritos a tarefas acadêmicas, como os seminários,<br />

insuficientes para avivar os mecanismos<br />

sociais que vinculam nossa experiência pessoal à<br />

das gerações passadas.<br />

Alternativa C – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

Não haveria restrições, pois não haveria comprometimento.<br />

Alternativa B – errada<br />

Não haveria limitações para recompor, pois não haveria<br />

vínculo com o passado.<br />

Alternativa D – errada<br />

Não que não o soubessem, não o fariam, simplesmente,<br />

por não haver comprometimento.<br />

Alternativa E – errada<br />

Não haveria restrição por não haver comprometimento.<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

157<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

“Por isso os historiadores, cujo ofício é lembrar o que<br />

outros esquecem, tornam ‐se mais importantes que<br />

nunca no fim do segundo milênio.”<br />

Considerando ‐se o contexto, não haverá prejuízo para<br />

a correção e o sentido da frase acima se se substituir<br />

A) cujo ofício é lembrar o que outros esquecem por a<br />

quem cabe resgatar o que é esquecido.<br />

B) Por isso por pela razão que se exporá.<br />

C) tornam ‐se mais importantes que nunca por mais<br />

do que nunca fazem ‐se de importantes.<br />

D) cujo ofício é lembrar o que outros esquecem por<br />

aos quais cabem resguardar o que foi esquecido.<br />

E) tornam ‐se mais importantes do que nunca por<br />

nunca se tornaram mais importantes.


88 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

Alternativa A – CERta<br />

Alternativa B – errada<br />

“Por isso” estabelece uma conclusão. “Pela razão” estabelece<br />

uma causa.<br />

Alternativa C – errada<br />

“Fazem ‐se” indica uma ação proposital, enquanto<br />

“tornam ‐se” propõe um estado, e não uma ação.<br />

Alternativa D – errada<br />

O verbo caber, trazendo em si a ideia de responsabilizar‐<br />

‐se, é impessoal, ficando, portanto, no singular. “... aos<br />

quais cabe resguardar...”<br />

Alternativa E – errada<br />

“Do que nunca” expressa a ideia de “nunca antes”. “Nunca<br />

se tornaram” estabelece a ideia de negação referente ao<br />

termo “importante”.<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

158<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

Ambos os verbos indicados entre parênteses deverão<br />

flexionar ‐se numa forma do plural para preencherem<br />

corretamente as lacunas da frase:<br />

A) ...... (ser) de se lamentar que aos jovens de hoje<br />

......(restar) viver o tempo como uma espécie de<br />

presente contínuo, sem qualquer conexão com o<br />

passado.<br />

B) Ao historiador ...... (dever) sensibilizar as omissões<br />

de toda e qualquer experiência que ...... (sofrer)<br />

nossos antepassados.<br />

C) ...... (aprazer) aos governantes fazer esquecer o<br />

que não lhes ...... (interessar) lembrar, para melhor<br />

se valerem da falta de memória histórica.<br />

D) ...... (avultar), aos olhos dos próprios historiadores<br />

contemporâneos, a figura de Eric Hobsbaw como<br />

um dos intérpretes que melhor ...... (compreender)<br />

o século XIX.<br />

E) Não ...... (competir) aos historiadores exercer a<br />

mera função de arquivistas públicos; mais que isso,<br />

......‐se (esperar) deles uma compreensão participativa<br />

da história.<br />

Alternativa B – CERta<br />

“Ao historiador devem sensibilizar as omissões (...) que<br />

sofram nossos antepassados.”<br />

Alternativa A – errada<br />

“É de se lamentar (...) resta viver...”, o verbo ser é impessoal,<br />

o verbo viver é intransitivo, ambos usados, portanto,<br />

somente no singular.<br />

Alternativa C – errada<br />

“Apraz aos (...) fazer esquecer o que não lhes interessa<br />

lembrar...”.<br />

Alternativa D – errada<br />

“... avulta (...) a figura (...) como um dos intérpretes (...)<br />

compreendeu...”<br />

Alternativa E – errada<br />

“Não compete (...) exercer a mera função (...) espera ‐se (...)<br />

uma compreensão...”<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

159<br />

SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

Considere as seguintes frases:<br />

I – O autor lamenta a situação dos jovens de hoje, que<br />

vivem o tempo como uma espécie de presente contínuo.<br />

II – Ao final do século XIX, ocorreu o esquecimento dos<br />

mecanismos sociais que vinculam nossa experiência<br />

pessoal à das gerações passadas.<br />

III – Preservemos a memória do passado, cujas experiências<br />

encerram lições ainda vivas.<br />

A eliminação da vírgula acarretará alteração de sentido<br />

APENAS para o que está em<br />

A) I.<br />

B) II.<br />

C) III.<br />

D) I e II.<br />

E) I e III<br />

Alternativa E – CERta<br />

O item II apresenta incorreção, visto que o fenômeno<br />

não ocorreu em fins do século XIX, e sim no fim do século<br />

XX.<br />

Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

<strong>16</strong>0<br />

SEFAZ ‐SP – Agente Fiscal de Tributos<br />

Estaduais – 2006.<br />

Mesmo nas economias mais influenciadas pelo ideário<br />

liberal, o poder público dispõe de instrumentos legais<br />

para<br />

a cartelização da oferta de certos itens,<br />

prática que se torna particularmente no caso<br />

controles grupais produtos que não<br />

podem ser substituídos facilmente, ainda que tenham<br />

seus preços majorados.<br />

Assinale o item em que os vocábulos estejam corretos<br />

quanto à complementação do texto.


Português 89<br />

A) promover – benéfica – desses – comercializarem.<br />

B) fomentar – vantajosa – destes – comerciarem.<br />

C) coibir – nefasta – de esses – incidirem sobre.<br />

D) impedir – suscetível – de os – sobreviverem em.<br />

E) moderar – benigna – dos – traficarem com.<br />

Alternativa C – CERta<br />

O termo “cartelização” é um neologismo aplicado a<br />

“cartel”, por derivação. Se o aluno tiver problemas com o<br />

vocabulário, entenda que o segredo possa estar no pronome<br />

demonstrativo, pois não poderá ocorrer a junção<br />

da preposição somada ao pronome (desses – destes –<br />

dos), uma vez que não exista o princípio de posse, sendo,<br />

portanto, de esses.<br />

Alternativa A – errada<br />

“Promover” está incorreto; “... de esses (...) maléfica...”.<br />

Alternativa B – errada<br />

“De estes”.<br />

Alternativa D – errada<br />

Não cabe o termo “sobreviverem”.<br />

Alternativa E – errada<br />

Não cabem os termos “moderar”, “benigna”, e o correto<br />

para os pronomes é “de os”.<br />

Gabarito oficial: alternativa C


RECEITA FEDERAL/MA – TÉCNICO – 2006<br />

<strong>16</strong>1 Receita Federal/MA – técnico – 2006.<br />

Assinale a alternativa em que haja erro na análise da<br />

palavra:<br />

A) Em parece há três sílabas, seis fonemas e seis letras.<br />

B) Em endurecida há cinco sílabas, dez fonemas e dez<br />

letras.<br />

C) Em fizesse há três sílabas, seis fonemas e sete letras.<br />

D) Em então há um dígrafo nasal e um ditongo nasal<br />

decrescente.<br />

E) Em assim há um dígrafo e uma vogal nasal.<br />

Alternativa B – CERtA<br />

A palavra endurecida contém cinco sílabas en ‐du‐re‐ci‐da,<br />

dez letras e ‐n‐d‐u‐r‐e‐c‐i‐d‐a, porém, contém nove fonemas,<br />

pois o N, por ser nasal, não é contado como som,<br />

apenas como letra. Cuidado, caro aluno, com as nasais<br />

M e N, pois, no meio das palavras, não são considerados<br />

fonemas: No vocábulo “campo”, perceba que não pronunciamos<br />

o M. Se escrevêssemos como falamos, escreveríamos<br />

“cãpo”. Estranhíssimo, não?<br />

Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

<strong>16</strong>2 Receita Federal/MA – técnico – 2006.<br />

Em qual alternativa as palavras não exigem acento<br />

gráfico?<br />

A) filantropo \ arquetipo \ erudito \ avaro<br />

B) condor \ ariete \ ureter \ ciclope<br />

C) ureter \ avaro \ pudico \ rubrica<br />

D) levedo \ bavaro \ boemia \ recem<br />

E) alibi \ logica \ omega \ quiromancia<br />

Alternativa C – CERtA<br />

Embora, caro leitor, você já esteja cansado de ouvir “uREter”,<br />

o correto é “ureTER”; o correto é “aVAro”, e não<br />

“Avaro”; o correto é puDIco, e não PUdico; o correto é<br />

ruBRIca, e não RUbrica.<br />

Alternativa A – ERRADA<br />

“Arquétipo” é proparoxítona.<br />

Alternativa B – ERRADA<br />

“Aríete” é proparoxítona.<br />

Alternativa D – ERRADA<br />

“Bávaro” e “recém”, proparoxítona e oxítona, respectivamente.<br />

Alternativa E – ERRADA<br />

“Álibi”, “lógica” e “ômega” são proparoxítonas.<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

<strong>16</strong>3 Receita Federal/MA – técnico – 2006.<br />

Na questão a seguir, todas as palavras devem ser pronunciadas<br />

como paroxítona, exceto:<br />

A) cartomancia \ entrepido \ celtibero


Português 91<br />

B) aziago \ celtibero \ misantropo<br />

C) levedo \ monolito \ interim<br />

D) artifice \ periplo \ rubrica<br />

E) rubrica \ periplo \ levedo<br />

Alternativa B – CERta<br />

“AziAgo”, “celtiBEro”, “misanTROpo”. Sendo, portanto,<br />

todas paroxítonas.<br />

Alternativa A – errada<br />

“CartomanCIa”, “inTRÉpido” e “celtiBEro”.<br />

Alternativa C – errada<br />

“leVEdo”, “moNÓlito” e “ÍNterim”.<br />

Alternativa D – errada<br />

“ArTÍfice”, “Périplo” e “ruBRIca”.<br />

Alternativa E – errada<br />

“Périplo” é proparoxítona. Os outros termos são: ruBRIca<br />

e leVEdo, paroxítonos.<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

<strong>16</strong>4 Receita Federal/MA – Técnico – 2006.<br />

O trema, apesar de desaparecer na escrita, continuará<br />

a ser pronunciado. Pois bem, nobre leitor, assinale o<br />

item em que o trema seja pronunciado em todos os<br />

vocábulos.<br />

A) estinguir \ consequência<br />

B) quinquênio \ arguir<br />

C) distinguir \ cinquenta<br />

D) sequestro \ inquérito<br />

E) pinguim \ guitarra<br />

Alternativa B – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

Estinguir, com ou sem trema, consequência com ou sem<br />

trema.<br />

Alternativa C – errada<br />

Em distinguir não se usa o trema.<br />

Alternativa D – errada<br />

Inquérito, sem trema.<br />

Alternativa E – errada<br />

Guitarra, sem trema.<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

<strong>16</strong>5 Receita Federal/MA – Técnico – 2006.<br />

Em que palavra abaixo há a possibilidade de Não ser<br />

considerada a existência de um hiato?<br />

A) raiz<br />

B) trovoada<br />

C) roía<br />

D) denúncia<br />

E) teria<br />

Alternativa D – CERta<br />

Há, na alternativa D, uma ocorrência a que chamamos de<br />

Sinérese. Ocorre em virtude de uma pronúncia mais rápida<br />

em que transformam ‐se hiatos em ditongos. Ao ocorrer<br />

o contrário, damos o nome de Diérese. Em denúncia,<br />

o que poderia ser hiato transforma ‐se em ditongo. É possível,<br />

ainda, deparar com a forma do diferencial substantivo<br />

deNÚNcia da forma verbal denunCIa, facilitando a<br />

compreensão desse estudo, não é mesmo?<br />

Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

<strong>16</strong>6 Receita Federal/MA – Técnico – 2006.<br />

Assinale a alternativa que contenha erro de acentuação<br />

gráfica.<br />

A) De cada três crimes ocorridos no Maranhão, só um<br />

chega ao conhecimento da polícia.<br />

B) o programa de reforma agrária de FHC desapropriou<br />

apenas seis imóveis com mais de cem mil<br />

hectares.<br />

C) Pesquisas recentes dão alcance ainda maior à noção<br />

de que a família é fundamental na formação do<br />

indivíduo.<br />

D) Em outros casos, os pais e os alunos são vistos<br />

como consumidores que tem o direito de exigir<br />

qualidade do produto que estão comprando.<br />

E) Para países como o Brasil, os desafios são ainda<br />

maiores.<br />

Alternativa D – CERta<br />

O verbo ter deverá concordar com o sujeito composto –<br />

pais e alunos – sendo, portanto, acentuado têm.<br />

Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

<strong>16</strong>7 Receita Federal/MA – Técnico – 2006.<br />

O valor semântico de des – não coincide com o par: centralização/descentralização,<br />

apenas em:<br />

A) Despregar o prego foi mais difícil que pregá ‐lo.<br />

B) “... e se soltou, para voar e descaiu foi lá de riba, no<br />

chão e muito se machucou.”


92 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

C) Enquanto isso ele ficava em casa, em certo repouso,<br />

até a saúde de tudo se desameaçar.<br />

D) A despoluição do rio Tietê é um repto urgente aos<br />

políticos e à população de São Paulo.<br />

E) O governo de Israel decidiu desbloquear metade<br />

da renda de arrecadação fiscal que Israel devia à<br />

Autoridade Nacional Palestina.<br />

Alternativa B – CERta<br />

Seria impossível alguém estar em cima e “descair”, não é<br />

mesmo, nobre leitor? No entanto, no norte de Minas, se<br />

você está no alto, você descai. Coisas de Guimarães Rosa;<br />

aliás, diga ‐se de passagem, muito inteligente!<br />

Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

<strong>16</strong>8 Receita Federal/MA – Técnico – 2006.<br />

Relacione as duas colunas e assinale a alternativa<br />

correta.<br />

1 – fonseca ( ) parassíntese<br />

2 – envergonhar ( ) hibridismo<br />

3 – sambódromo ( ) aglutinação<br />

4 – moto ( ) onomatopeia<br />

5 – ciciar ( ) redução<br />

A) 1 ‐3‐2‐5‐4<br />

B) 3 ‐2‐1‐4‐5<br />

C) 5 ‐4‐2‐1‐3<br />

D) 2 ‐3‐1‐5‐4<br />

E) 5 ‐4‐3‐2‐1<br />

Alternativa D – CERta<br />

Vejamos: Fonseca é a aglutinação de fonte+seca; envergonhar<br />

é derivação parassintética; sambódromo é de sistema<br />

híbrido, ou seja, palavras de idiomas diferentes usadas em<br />

um terceiro idioma; moto é a redução de motocicleta, e<br />

ciciar, que significa falar em voz baixa: “O vento ciciava<br />

na ramagem” (Fagundes Varela).<br />

Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa D


ELETRONORTE – ANALISTA DE SISTEMAS – 2008<br />

<strong>16</strong>9<br />

Eletronorte – Analista de Sistemas –<br />

2008.<br />

Identifique, nas questões a seguir, o item que contenha<br />

erro de natureza ortográfica ou gramatical, ou, ainda,<br />

impropriedade vocabular, e assinale o correspondente.<br />

“tendo em vista que apenas uma interessada retirou o<br />

edital referente à concorrência n. 006\o2 ‐PR, a (1) CENtRAIS<br />

ELÉtRICAS DE GoIÁS – CELG – torna pública (2)<br />

que resolveu adiar a concorrência para a contratação<br />

sob regime e administração contratada, de alocação de<br />

recursos destinados à (3) complementação das obras<br />

da IV etapa da UHE Cachoeira Dourada, com pagamento<br />

mediante cessão (4) de direitos sobre energia elétrica<br />

para entrega futura, mantidos (5) os contratos de<br />

construção, montagem e fornecimento já celebrados<br />

com terceiros.”<br />

A) 1<br />

B) 2<br />

C) 3<br />

D) 4<br />

E) 5<br />

Alternativa B – CERtA<br />

Os termos corretos são: “torna público”. O termo público<br />

tem como referência ato que se subentende na frase.<br />

Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

170<br />

Eletronorte – Analista de Sistemas –<br />

2008.<br />

A GUERRA DoS MENINoS, livro ‐reportagem (1) do jornalista<br />

Gilberto Dimenstein e da fotógrafa Paula Simas,<br />

introduz (2) o leitor num (3) dos mais terríveis e<br />

bárbaros fenômenos em curso no Brasil desde a década<br />

de 70: o assassinato de crianças e adolescentes por<br />

grupos de estermínio (4), com a participação direta ou<br />

a conivência (5) de policiais.<br />

A) 2<br />

B) 3<br />

C) 1<br />

D) 5<br />

E) 4<br />

Alternativa E – CERtA<br />

O correto é extermínio.<br />

Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

171<br />

Eletronorte – Analista de Sistemas –<br />

2008.<br />

Leia o texto a seguir e responda:<br />

“De tudo ao meu amor serei atento<br />

Antes e com tal zelo e sempre, e tanto<br />

Que mesmo em face do maior encanto<br />

Dele se encante mais meu pensamento.”<br />

A palavra destacada pode assumir diferentes significados,<br />

de acordo com sua função na frase. Assinale a


94 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

alternativa em que o sentido equivale ao que se verifica<br />

no 3º verso do poema de Vinicius de Morais.<br />

A) “Havia o mal, profundo e persistente, para o qual o<br />

remédio não surtiu efeito, mesmo em doses variáveis.”<br />

(Raimundo Faoro)<br />

B) “Mas, olhe cá, Mana Glória, há mesmo necessidade<br />

de fazê ‐lo padre?” (Machado de Assis)<br />

C) “... vamos lá de qualquer maneira, mas vamos mesmo.”<br />

(Aurélio)<br />

D) “Pai, para onde fores / irei também trilhando as<br />

mesmas ruas.” (Augusto dos Anjos)<br />

E) “Agora, como outrora, há o mesmo contraste da<br />

vida interior.” (Machado de Assis)<br />

Alternativa A – CERta<br />

O termo mesmo substitui o advérbio até obtendo ‐se uma<br />

direção de argumentação de oposição, ou seja, “ainda que<br />

diante do meu maior encanto”.<br />

Alternativa B – errada<br />

O termo destacado exerce a função de advérbio, pois poderá<br />

ser substituído por “porventura”.<br />

Alternativa C – errada<br />

Temos o advérbio “certamente”.<br />

Alternativa D – errada<br />

Temos um adjetivo caracterizando o substantivo “ruas”.<br />

Alternativa E – errada<br />

Estamos, novamente, diante de um adjetivo caracterizando<br />

o substantivo “contraste”.<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

172<br />

Eletronorte – Analista de Sistemas –<br />

2008.<br />

Leia o texto a seguir.<br />

“Recebe a filha nos braços, tenta forçá ‐la a andar, mas<br />

o corpo dela cai para o lado, a perna parece endurecida,<br />

como se fizesse parte de um outro organismo. Então<br />

apela para a força e levanta ‐a nos braços; já há<br />

muito não há segura assim, desde que começara a ficar<br />

mocinha. No trajeto da sala para o quarto lembra noites<br />

antigas, em que a menina acordava e pedia colo,<br />

ele ficava a noite inteira com o pequenino corpo nos<br />

braços, andando pelo escuro com sua preciosa carga<br />

feita de amor, medo e duas mãozinhas que o agarravam<br />

quando tentava deitá ‐la outra vez na cama.”<br />

(Carlos Heitor Cony)<br />

A) As palavras filha e fizesse contêm 5 e 7 fonemas,<br />

respectivamente.<br />

B) As palavras mocinha e agarravam contêm 6 e 8 fonemas<br />

respectivamente.<br />

C) Nas palavras lembra, tentava e levanta temos o mesmo<br />

número de letras e de fonemas, respectivamente.<br />

D) No vocábulo ‘mãozinhas’ obtemos 9 letras e 9<br />

fonemas.<br />

E) Nos termos: ‘noite’ ‘inteira’ e ‘feita’, encontramos<br />

ditongos nasais decrescentes.<br />

Alternativa B – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

São 4 e 6 fonemas, respectivamente.<br />

Alternativa C – errada<br />

Temos um fonema a menos, pois M e N são nasais, não<br />

sendo contados, portanto, como fonemas, apenas como<br />

letras.<br />

Alternativa D – errada<br />

São 8 fonemas, pois temos o dígrafo NH.<br />

Alternativa E – errada<br />

Os ditongos são orais.<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

173<br />

Eletronorte – Analista de Sistemas –<br />

2008.<br />

Assinale a alternativa cujos vocábulos sejam escritos,<br />

com J.<br />

A) gor_eta, pa_em, gen_iva.<br />

B) _iló, lison_ear, ti_ela.<br />

C) here_e, tre_eito, berin_ela.<br />

D) _eito, lambu_em, ma_estoso.<br />

E) hi_iênico, gor_eio, _iboia.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

O termo gengiva escreve ‐se com G.<br />

Alternativa B – errada<br />

O termo tigela escreve ‐se com G.<br />

Alternativa C – errada<br />

O termo herege escreve ‐se com G.<br />

Alternativa E – errada<br />

O termo higiênico escreve ‐se com G.<br />

Gabarito oficial: alternativa D


PETROBRAS – ADMINISTRADOR PLENO – 2006<br />

174<br />

Petrobras – Administrador Pleno –<br />

2006.<br />

Indique a alternativa CoRREtA quanto à escrita.<br />

A) o ladrão foi apanhado em flagrante.<br />

B) Ponto é a intercessão de duas linhas.<br />

C) As despesas da mudança serão vultuosas.<br />

D) Assistimos a uma violenta coalizão de caminhões.<br />

E) o artigo incerto na revista de ciências foi lido por<br />

todos.<br />

Alternativa A – CERtA<br />

Alternativa B – ERRADA<br />

Interseção. Cuidado! O termo intercessão está ligado a<br />

ceder.<br />

Alternativa C – ERRADA<br />

“... despesas vultosas”, ou seja, de grande vulto. O termo<br />

vultuoso está ligado a “inchado”, “inflado”. Levou um<br />

soco e ficou com os lábios vultuosos.<br />

Alternativa D – ERRADA<br />

O termo correto é colisão, derivado de “colidir”. Há de<br />

convir o nobre leitor que coalizão seria a união de dois<br />

caminhões, e isso não é possível.<br />

Alternativa E – ERRADA<br />

No termo inserto, temos o ato de inserir. O termo incerto<br />

está ligado ao substantivo incerteza.<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

175<br />

Petrobras – Administrador Pleno –<br />

2006.<br />

“– ... e os peixes enchiam a rede...”<br />

Normalmente, após ditongo ou EN escreve ‐se X.<br />

Constituindo ‐se encher e seus derivados o uso do CH,<br />

assinale a série que confirma este dígrafo em todas as<br />

suas palavras.<br />

A) rouxinol – peixe – enxada – enxurrada.<br />

B) caixa – feixe – enxaguar – enxerida.<br />

C) chave – chiqueiro – enxiqueirar – chuva.<br />

D) preencher – enchimento – enchouriçar – encharcar.<br />

E) preenchível – chocalho – enchimento – enchurrada.<br />

Alternativa D – CERtA<br />

Os termos preencher e enchimento são derivados do verbo<br />

encher. Enchouriçar é derivado de chouriço, e encharcar é<br />

derivado de charco.<br />

Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

176<br />

Petrobras – Administrador Pleno –<br />

2006.<br />

Leia o texto a seguir.<br />

“Meu bem ‐querer<br />

Meu bem ‐querer<br />

É segredo, é sagrado<br />

meu encanto,<br />

Está sacramentado<br />

‘tô’ sofrendo tanto<br />

Em meu coração.<br />

Amor, e o que é o sofrer<br />

Meu bem ‐querer<br />

Para mim que estou<br />

tem um quê de pecado Jurado pra morrer de<br />

Acariciado pela emoção. amor. (Djavan)


96 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

Assinale a alternativa que contenha apenas palavras<br />

formadas por derivação imprópria.<br />

A) sacramento e coração<br />

B) quê e sofrer<br />

C) sofrendo e encanto<br />

D) querer e sofrer<br />

E) morrer e amor<br />

Alternativa B – CERta<br />

Nas expressões ‘tem um quê de pecado’ e ‘o que é o sofrer’<br />

temos uma conjunção e um verbo, respectivamente. Porém,<br />

se você reparar, caro aluno, esses dois termos vêm acompanhados<br />

de um artigo, transformando, então, tanto um<br />

quanto outro em substantivo, havendo, portanto, uma derivação<br />

imprópria. Lembre ‐se sempre de que qualquer<br />

classe gramatical precedida por artigo passa a ser classificada<br />

como substantivo.<br />

Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

177<br />

Petrobras – Administrador Pleno –<br />

2006.<br />

Dentre as opções a seguir, apenas uma apresenta o<br />

mesmo processo de formação de palavras como amesquinhar.<br />

Indique ‐a.<br />

A) cruzar<br />

B) desfilar<br />

C) desmobilizar<br />

D) acionar<br />

E) envergonhar<br />

Alternativa E – CERta<br />

Consiste em parassíntese (derivação parassintética) na<br />

formação de uma palavra derivada com acréscimo simultâneo<br />

de um prefixo ou de um sufixo ao radical da palavra<br />

primitiva. Exemplos: empobrecer, entardecer. O vocábulo<br />

“envergonhar” segue essa linha de raciocínio.<br />

Alternativa A – errada<br />

Derivação por sufixação: cruzar.<br />

Alternativa B – errada<br />

Derivação por prefixação: desfilar.<br />

Alternativa C – errada<br />

Derivação por prefixação: desmobilizar.<br />

Alternativa D – errada<br />

Derivação por sufixação: acionar.<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

178<br />

Petrobras – Administrador Pleno –<br />

2006.<br />

Assinale o item em que a palavra composta com radicais<br />

latinos significa cultura de arroz.<br />

A) sericultura<br />

B) orizicultura<br />

C) triticultura<br />

D) cotonicultura<br />

E) cunicultura<br />

Alternativa B – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

Cultura da seda.<br />

Alternativa C – errada<br />

Cultura do trigo.<br />

Alternativa D – errada<br />

Cultura do algodão.<br />

Alternativa E – errada<br />

Cultura de coelho.<br />

Gabarito oficial: alternativa B


PETROBRAS – ANALISTA EM ECONOMIA – 2006<br />

179<br />

Petrobras – Analista em Economia –<br />

2006.<br />

“Ao amanhecer o planalto fica simplesmente deslumbrante.<br />

os raios ultravioleta provocam cores que eu<br />

nunca tinha visto em toda a minha vida.” (Lúcio Costa<br />

– Arquiteto)<br />

Assinale a alternativa correta segundo a teoria expressa.<br />

A) os termos amanhecer e deslumbrante são formados<br />

por derivação parassintética.<br />

B) os termos planalto e simplesmente são formados<br />

por derivação sufixal.<br />

C) o termo ultravioleta, por ser adjetivo composto deveria<br />

ser levado para o plural, concordando, assim,<br />

com o substantivo.<br />

D) o termo planalto é formado por aglutinação.<br />

E) o termo ultravioleta é formado por derivação<br />

parassintética.<br />

Alternativa D – CERtA<br />

A aglutinação consiste em formar uma palavra de outras<br />

duas palavras, constatando ‐se a perda de, ao menos, um<br />

elemento: plano + alto = planoalto = planalto.<br />

Alternativa A – ERRADA<br />

Amanhecer é formado por derivação parassintética, e deslumbrante,<br />

por sufixação.<br />

Alternativa B – ERRADA<br />

Planalto é formado por aglutinação, e simplesmente é formado<br />

por sufixação.<br />

Alternativa C – ERRADA<br />

O substantivo violeta foi adjetivado, não havendo, portanto,<br />

possibilidade de levar ‐se para o plural.<br />

Alternativa E – ERRADA<br />

O termo ultravioleta é formado por justaposição, ou seja,<br />

diferente da aglutinação, na justaposição as palavras<br />

formam ‐se sem que se percam elementos.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

180<br />

Petrobras – Analista em Economia –<br />

2006.<br />

As palavras adivinhar – adivinho e adivinhação são termos<br />

cognatos, ou seja, trazem a mesma raiz. Assinale o<br />

item em que não ocorrem três cognatos.<br />

A) alguém – algo – algum<br />

B) ler – leitura – lição<br />

C) ensinar – ensino – ensinamento<br />

D) candura – cândido – incandescência<br />

E) viver – vida – vidente<br />

Alternativa E – CERtA<br />

Diz ‐se de vidente a pessoa que tem a faculdade de visão<br />

sobrenatural ou de cenas futuras, não tendo, portanto,<br />

referência com o verbo viver.<br />

Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

181<br />

Petrobras – Analista em Economia –<br />

2006.<br />

Assinale o par de palavras cujos prefixos apresentam<br />

significação equivalente aos elementos iniciais de impessoal<br />

e predeterminado.


98 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

A) amoral e epidérmico<br />

B) antiaéreo e hipertenso<br />

C) disforme e ultrapassado<br />

D) contra indicado e transatlântico<br />

E) desumano e antediluviano.<br />

Alternativa E – CERta<br />

Desumano = impessoal, e antediluviano = predeterminado.<br />

Alternativa A – errada<br />

O prefixo a é indicativo de negação, e epi, indicativo de sobre.<br />

Alternativa B – errada<br />

Anti = contra; hiper = acima.<br />

Alternativa C – errada<br />

Dis = fora; ultra = além.<br />

Alternativa D – errada<br />

Contra = oposição; trans = além.<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

Atenção: Considere o texto a seguir para responder às questões de 182 a 184.<br />

“Apenas Luísa começou a sair todos os dias, Juliana pensou logo: Bem, vai ter com o gajo! E sua<br />

atitude tornou ‐se ainda mais servil. Era com um sorriso de baixeza que corria a abrir a porta, alvoroçada,<br />

quando Luísa voltava às cinco horas. E que zelo! Que exatidões! Um botão que faltasse,<br />

uma fita que se extraviasse, eram ‘mil perdões, minha senhora’. ‘Desculpe por esta vez’. Muitas lamentações<br />

humildes. Interessava ‐se com devoção pela saúde dela, pela sua roupa, pelo que tinha<br />

para o jantar... Todavia, desde as idas ao Paraíso, o seu trabalho aumentara: Todos os dias agora<br />

tinha de engomar, muitas vezes era preciso ensaboar à noite colares, rendinhas, punhos numa bacia<br />

de latão, até as onze horas. Às seis da manhã, mais cedo, já estava ‘com o ferro às voltas’. E não se<br />

queixava, até dizia à Joana.”<br />

Eça de Queirós, O Primo Basílio.<br />

182<br />

Petrobras – Analista em Economia –<br />

2006.<br />

Considere os termos em destaque: ‘Apenas Luísa começou<br />

a sair’; ‘... e que zelo!’; ‘que exatidões!’ e ‘... até<br />

dizia à Joana’. Obedecem, respectivamente a:<br />

A) Tempo, intensidade, intensidade, espaço.<br />

B) Tempo, intensidade, intensidade, inclusão.<br />

C) Exclusão, indefinição, indefinição, exclusão.<br />

D) Exclusão, exclamação, inclusão, inclusão.<br />

E) Tempo, intensidade, exclusão.<br />

183<br />

Petrobras – Analista em Economia –<br />

2006.<br />

Considere os termos grifados: de baixeza, com devoção,<br />

à noite e às voltas, têm, respectivamente, o valor<br />

sintático de:<br />

A) Adjetivo, adjetivo, advérbio, advérbio.<br />

B) Advérbio, adjetivo, advérbio, adjetivo.<br />

C) Adjetivo, advérbio, advérbio, adjetivo.<br />

D) Adjetivo, adjetivo, adjetivo, advérbio.<br />

E) Adjetivo, advérbio, advérbio, advérbio.<br />

Alternativa B – CERta<br />

Apenas substitui conjunções como logo que, ou assim que,<br />

que determinam direção de argumentação de tempo; “...<br />

e quanto zelo! (...) quantas exatidões”, os termos destacados<br />

estabelecem relação de intensidade; “... até...”, o termo<br />

destacado estabelece relação de inclusão e pode ser<br />

substituí do por além do mais.<br />

Alternativas A, C, D e E– ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

Alternativa E – CERta<br />

São apresentadas aqui as locuções – conjunto de palavras<br />

que valem por uma. Sorriso de baixeza, locução adjetiva<br />

= baixo; com devoção, locução adverbial = devotamente,<br />

portanto, um advérbio de modo; à noite = locução adverbial<br />

de tempo; às voltas = locução adverbial de modo e<br />

torno de, = espaço, lugar.<br />

Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa E


Português 99<br />

184<br />

Petrobras – Analista em Economia –<br />

2006.<br />

Indique o item em que a forma verbal indica obrigatoriedade.<br />

A) “Apenas Luísa começou a sair...”<br />

B) “E sua atitude tornou ‐se ainda mais servil.”<br />

C) “Era com um sorriso de baixeza...”<br />

D) “Todos os dias agora tinha de engomar.”<br />

E) “Não tornara a resmungar da patroa.”<br />

Alternativa D – CERta<br />

O verbo somado à preposição – tinha de – indica obrigatoriedade.<br />

Alternativa A – errada<br />

Apenas estabelece relação de tempo.<br />

Alternativa B – errada<br />

Ainda estabelece relação de modo.<br />

Alternativa C – errada<br />

De baixeza estabelece relação de modo.<br />

Alternativa E – errada<br />

Da patroa estabelece relação de assunto.<br />

Gabarito oficial: alternativa D


ANALISTA DE FINANÇAS DO ESTADO/MA – 2004<br />

185<br />

Analista de Finanças do Estado/MA –<br />

2004.<br />

Assinale a alternativa em que o pronome oblíquo indica<br />

posse.<br />

A) ‘Luísa definhava ‐se’.<br />

B) ‘... e via ‐se satisfeita’.<br />

C) ‘... os seus receios desciam ‐lhe sobre a alma’.<br />

D) ‘... às vezes, vinha ‐lhe uma revolta’.<br />

E) ‘... ia meter ‐se num convento’.<br />

Alternativa C – CERtA<br />

Desciam ‐lhe sobre a alma. O pronome oblíquo lhe exerce<br />

a função de pronome possessivo e pode ser substituído<br />

por “sua”: “... desciam sobre a sua alma”.<br />

Alternativa A – ERRADA<br />

O pronome se é reflexivo e exerce a função de objeto direto.<br />

Alternativa B – ERRADA<br />

O pronome se é reflexivo e exerce a função de objeto direto.<br />

Alternativa D – ERRADA<br />

O pronome lhe exerce função de objeto indireto.<br />

Alternativa E – ERRADA<br />

O pronome se é reflexivo e exerce a função de objeto direto.<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

186<br />

Analista de Finanças do Estado/MA –<br />

2004.<br />

observe o excerto: “Sentia, por vezes, um olhar tão intensamente<br />

rancoroso, que receava fosse descoberta...’<br />

temos estabelecida uma relação de:<br />

A) tempo / causa<br />

B) causa / tempo<br />

C) causa / efeito<br />

D) efeito / causa<br />

E) causa / tempo<br />

Alternativa C – CERtA<br />

Estamos diante de tão...que, sendo, portanto, estabelecida<br />

uma relação de causa e efeito.<br />

Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

187<br />

Analista de Finanças do Estado/MA –<br />

2004.<br />

No excerto: “... todas elas acusando uma tendência positiva,<br />

apesar de alguns números causarem preocupação.”<br />

A expressão que propõe uma contradição é:<br />

A) todas elas<br />

B) tendência positiva<br />

C) alguns números<br />

D) causarem preocupação<br />

E) apesar de<br />

Alternativa E – CERtA<br />

A conjunção apesar de estabelece relação de concessão ou<br />

oposição de ideias, podendo ser substituída por “embora”,<br />

“ainda que”, “mesmo que”.<br />

Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa E


Português 101<br />

188<br />

Analista de Finanças do Estado/MA –<br />

2004.<br />

Leia a frase e assinale a alternativa que contenha os<br />

termos que preencham correta e respectivamente as<br />

lacunas.<br />

“Entre os brasileiros<br />

frente de negócios próprios<br />

abertos menos de quatro anos, a porcentagem<br />

dos que entre 45 54 anos dobrou<br />

Nesta última década.<br />

(Veja – julho de 2004)<br />

A) à \ à \ têm \ à<br />

B) a \ a \ tem \ à<br />

C) à\ há \ têm \ a<br />

D) a \ há \ tem \ a<br />

E) a \ há\ têm \ à<br />

Alternativa C – CERta<br />

À frente: locução adverbial, estabelece relação de lugar;<br />

há: verbo haver marcando tempo decorrido passado;<br />

têm: verbo “ter” com acentuação diferencial na terceira<br />

pessoa do plural para concordar com dos que, ou, daqueles<br />

que, tendo como referência “brasileiros”. A preposição<br />

a não levará o acento grave, sinal indicativo do uso obrigatório<br />

da crase, porque não existe crase entre numerais.<br />

Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

189<br />

Analista de Finanças do Estado/MA –<br />

2004.<br />

Leia o texto a seguir.<br />

“Pode‐se politizar terremoto? Pode ‐se tentar. O 'Wall<br />

Street Journal' creditou a solidez dos novos prédios de<br />

Santiago que resistiram aos tremores à prosperidade<br />

trazida ao Chile pela economia de mercado de acordo<br />

com a receita da Universidade de Chicago (...). O jornal<br />

preferiu ignorar a outra realidade mostrada pelos terremotos.<br />

(...) A desigualdade social persiste no Chile<br />

como persistiu em outros países da América Latina (...)<br />

e os chilenos viram ‐se desprotegidos como os haitianos.”<br />

(Luís F. Veríssimo – O Globo – 03/2004)<br />

O foco da crítica contida no texto direciona ‐se à política<br />

A) nacionalista.<br />

B) socialdemocrata.<br />

C) protecionista.<br />

D) intervencionista.<br />

E) neoliberal.<br />

Alternativa E – CERta<br />

Conclui ‐se que o Chile resistiu aos problemas causados<br />

pela economia no início da década de 2000 graças à “receita<br />

da Universidade de Chicago”, ou seja, o uso da política<br />

econômica neoliberal. Os outros itens não são citados<br />

no excerto do texto.<br />

Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa E


EPE/DF – TÉCNICO EM ANÁLISES<br />

AMBIENTAIS – 2010<br />

190<br />

EPE/DF – técnico em Análises Ambientais<br />

– 2010.<br />

Leia o que diz D. Ahmed, Secretário da oNU, no texto<br />

da revista “Época” em janeiro de 2010.<br />

“As preocupações ambientais hoje estão todas mobilizadas<br />

pelo aquecimento global. Mas a degradação climática<br />

do mundo é apenas um dos sintomas de um<br />

desequilíbrio mais profundo, que também se mostra<br />

na taxa acelerada de extinção de espécies e no risco de<br />

desaparecimento de ecossistemas saudáveis.”<br />

Para além do aquecimento global, o secretário também<br />

chama a atenção para problemas relativos à<br />

A) cultura de massa<br />

B) diversidade biológica<br />

C) economia de mercado<br />

D) ideologia ecológica<br />

E) produção flexível<br />

Alternativa B – CERtA<br />

A referência está nos termos “extinção de espécies” e “desaparecimento<br />

dos ecossistemas saudáveis”. Não há referência<br />

aos outros itens no excerto do texto.<br />

Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

191<br />

EPE/DF – técnico em Análises Ambientais<br />

– 2010.<br />

o termo “apenas”, no texto, pode ser substituído, sem<br />

prejuízo gramatical por<br />

A) somente<br />

B) evidentemente<br />

C) provavelmente<br />

D) certamente<br />

E) indubitavelmente<br />

Alternativa A – CERtA<br />

O termo somente evidencia um advérbio de exclusão.<br />

Alternativa B – ERRADA<br />

Evidentemente, advérbio de afirmação.<br />

Alternativa C – ERRADA<br />

Provavelmente, advérbio de dúvida.<br />

Alternativa D – ERRADA<br />

Certamente, advérbio de afirmação.<br />

Alternativa E – ERRADA<br />

Indubitavelmente, advérbio de afirmação.<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

192<br />

EPE/DF – técnico em Análises Ambientais<br />

– 2010.<br />

Assinale a alternativa em que o verbo em destaque esteja<br />

corretamente grafado.<br />

A) A crise de autoridade adveem do casamento infeliz<br />

da corrupção com a cumplicidade.<br />

B) Se uma pessoa pôr sua coragem em prática, dirá<br />

não quando a tentação assediar.<br />

C) Se alguém querer manter sua decência, deverá<br />

praticá ‐la.


Português 103<br />

D) Muita gente interveio, tentando lutar pelo bem<br />

comum.<br />

E) As leis mal cumpridas do país contem em si a tão<br />

necessária moralidade.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Intervir = interveio, e não “interviu”, viu?<br />

Alternativa A – errada<br />

Advém.<br />

Alternativa B – errada<br />

Puser.<br />

Alternativa C – errada<br />

Quiser.<br />

Alternativa E – errada<br />

Contêm, que diferencia o verbo ter e seus derivados na<br />

terceira pessoa do plural.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

Atenção: Considere o texto a seguir para responder às questões de 193 a 195.<br />

Uma História em Breves Linhas<br />

A Península Ibérica, ocupada por Portugal e Espanha, foi, outrora, alvo de cobiça de vários povos.<br />

Iberos, Celtas, Fenícios, Gregos e Cartagineses foram os primeiros habitantes daquela região.<br />

Mais tarde, Roma, receosa do progresso de Cartago, também voltou à Península e, após intensas<br />

lutas, os romanos foram vitoriosos e puderam ali implantar o seu domínio. Com a vitória dos<br />

Césares, as legiões levaram para a região ocupada seu idioma, o latim vulgar, falado pelas camadas<br />

inferiores da sociedade e que com o tempo, transformou ‐se.<br />

Por melhor atender às necessidades de pensamento, o idioma do Lácio foi substituindo os dialetos<br />

da região, sendo, porém, modificado na boca dos povos subjugados, perdendo no cotidiano<br />

seus traços característicos, enquanto em Roma, distantes, do sermo (SIC) vulgaris, rusticus, plebeus,<br />

o Latim apurava ‐se, enriquecendo ‐se assim, o sermo (SIC) eruditus, urbanus, instrumento<br />

admirável em que os grandes escritores compuseram obras imperecíveis.<br />

Apesar de vitoriosos, os Bárbaros que invadiram a Península no século V, aceitaram a civilização<br />

romana, como seu idioma, agora modificado. No século VIII d.C., os árabes invadiram a região<br />

e, ainda que fosse adotado “oficialmente” no meio conquistado, o árabe não foi aceito pelo povo<br />

que continuou a falar o romanço peninsular. Nesse tempo, na região situada a oeste, conhecida por<br />

Lusitânia, que compreendia a Galiza, quase todo Portugal, parte de Leão e de Castela nasce o português,<br />

que no século XIV passa a ter autonomia.<br />

193<br />

EPE/DF – Técnico em Análises Ambientais<br />

– 2010.<br />

Assinale a alternativa correta de acordo com o texto.<br />

A) Roma, receosa com a cultura de Cartago, volta à<br />

Península, para introduzir a cultura romana.<br />

B) Com a vitória, os Césares dominam a região com o<br />

latim.<br />

C) Por melhor atender às necessidades de pensamento,<br />

o latim torna ‐se o idioma das camadas mais baixas<br />

da população.<br />

D) O latim vulgar foi, indubitavelmente, a consequência<br />

cultural da presença das legiões romanas na Península<br />

Ibérica.<br />

E) O árabe, embora tenha sido adotado como “idioma<br />

oficial”, por ser de difícil compreensão e com uma<br />

gramática apurada, não foi aceito pelos povos da<br />

região.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

A preocupação de Roma era o domínio bélico, e não<br />

cultural.<br />

Alternativa B – errada<br />

Os Césares dominam a região com as armas, e não por<br />

meio do idioma.<br />

Alternativa C – errada<br />

O Latim torna ‐se o idioma, mas através do tempo é modificado<br />

pelos idiomas já existentes na região.


104 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

Alternativa E – errada<br />

Ocorre a extrapolação, pois o texto não cita dificuldade<br />

nem gramática apurada quanto ao árabe.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

194<br />

EPE/DF – Técnico em Análises Ambientais<br />

– 2010.<br />

“Por melhor atender às necessidades de pensamento,<br />

o idioma do Lácio foi substituindo...” o termo grifado<br />

poderia ser substituído sem prejuízo para o texto<br />

por<br />

A) A fim de melhor atender...<br />

B) Quando melhor atendeu...<br />

C) Porque melhor atendeu...<br />

D) Apesar de melhor atender...<br />

E) Ainda que melhor atendesse...<br />

Alternativa C – CERta<br />

Há na questão uma relação estabelecida de causa e efeito.<br />

Alternativa A – errada<br />

A fim de estabelece relação de finalidade.<br />

Alternativa B – errada<br />

Quando estabelece relação de tempo.<br />

Alternativa D – errada<br />

Apesar de estabelece relação de oposição.<br />

Alternativa E – errada<br />

Ainda que estabelece relação de oposição.<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

195<br />

EPE/DF – Técnico em Análises Ambientais<br />

– 2010.<br />

No excerto: “Nesse tempo, na região situada a oeste,<br />

conhecida por Lusitânia, que compreendia a Galiza,<br />

quase todo Portugal, parte de Leão, de Castela,” o termo<br />

em destaque estabelece uma<br />

A) ressalva;<br />

B) exclusão;<br />

C) explicação;<br />

D) inclusão;<br />

E) restrição.<br />

Alternativa C – CERta<br />

Estamos diante de uma oração explicativa. Ocorre através<br />

do pronome relativo que, ou a qual, substituindo o<br />

termo “Lusitânia”.<br />

Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

196<br />

EPE/DF – Técnico em Análises Ambientais<br />

– 2010.<br />

Leia o texto a seguir.<br />

“Em qualquer acampamento ou ocupação de sem ‐terra<br />

que se visite, uma constatação é inevitável: grande<br />

parte dessas pessoas que vivem embaixo de lonas pretas<br />

nas estradas, fazendas invadidas, saiu das franjas<br />

sujas e maltrapilhas das grandes cidades. Expulsos do<br />

campo, por um processo cruel de concentração de terra,<br />

milhões de trabalhadores rurais buscaram redenção<br />

sob o gás neon – termo de origem grega que significa<br />

– novo – das metrópoles, queimaram as asas feito mariposas.<br />

Caíram numa espécie de vácuo social – a favela<br />

instransponível."<br />

Aponte a alternativa incorreta.<br />

A) A palavra “franjas” traz uma metáfora ligada à<br />

“periferia”.<br />

B) O termo “teto” foi empregado metonimicamente.<br />

C) O verbo “queimaram” tem como referência “milhões<br />

de trabalhadores rurais".<br />

D) A palavra “redenção” está empregada metaforicamente<br />

substituindo o termo “perdão”.<br />

E) “Inevitável e intransponível”, ao constituírem‐<br />

‐se como adjetivos, sofreram processo similar de<br />

formação.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Redenção significa no texto auxílio.<br />

Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

197<br />

EPE/DF – Técnico em Análises Ambientais<br />

– 2010.<br />

Dê a alternativa gramaticalmente incorreta.<br />

A) A forma verbal “saiu” está no singular para concordar<br />

com “grande parte”.<br />

B) A repetição intencional da preposição sem constitui<br />

um recurso estilístico com o objetivo de ênfase.<br />

C) “Pragmaticamente”, termo que significa objetivamente,<br />

concretamente, de forma direcionada para<br />

a ação prática.<br />

D) Os termos “vácuo” e “saúde” são paroxítonos<br />

acentuados com base na mesma regra ortográfica.<br />

E) O termo sem ‐terra não contém plural, usando ‐se<br />

como tal, apenas acrescentando ao artigo.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Vácuo, paroxítona em ditongo; saúde, paroxítona em U,<br />

em sílaba isolada, formando hiato.<br />

Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa D


Português 105<br />

198<br />

EPE/DF – Técnico em Análises Ambientais<br />

– 2010.<br />

Leia o fragmento do texto<br />

“... o que estava atrás daquele surto de religiosidade<br />

bíblica era o abandono das fazendas pela mão de obra<br />

que as servia e que resultaria, fatalmente, na divisão<br />

das terras se o mal não fosse erradicado.” (O povo brasileiro<br />

– Darcy Ribeiro)<br />

Assinale o item correto.<br />

A) os termos que e as estabelecem relações, tendo co mo<br />

referência mão de obra e fazenda, respectivamente.<br />

B) “... e que resultaria, fatalmente,...” estabelece relação<br />

de causa.<br />

C) O termo “abandono das fazendas” exerce função<br />

de objeto direto de surto.<br />

D) “se o mal não fosse erradicado.” Exerce a oração<br />

função de probabilidade.<br />

E) Em “o que estava atrás...”, o “o” é simplesmente<br />

um artigo.<br />

Alternativa A – CERta<br />

Alternativa B – errada<br />

Temos consequência.<br />

Alternativa C – errada<br />

Temos um predicativo, e não objeto – atente para o verbo<br />

de ligação.<br />

Alternativa D – errada<br />

Temos uma condição ou hipótese, e não probabilidade.<br />

Alternativa E – errada<br />

Temos o pronome o como demonstrativo em substituição<br />

ao pronome aquilo.<br />

Gabarito oficial: alternativa A


TRE/RN – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA<br />

ADMINISTRATIVA – FEVEREIRO 2011<br />

Atenção: As questões 199 a 204 referem ‐se ao texto abaixo.<br />

Nas ilhas Mascarenhas − Maurício, Reunião e Rodriguez −, localizadas a leste de Madagáscar,<br />

no oceano Índico, muitas espécies de pássaros desapareceram como resultado direto ou indireto da<br />

atividade humana. Mas aquela que é o protótipo e a tataravó de todas as extinções também ocorreu<br />

nessa localidade, com a morte de todas as espécies de uma família singular de pombos que não<br />

voavam − o solitário da ilha Rodriguez, visto pela última vez na década de 1790; o solitário da ilha<br />

Reunião, desaparecido por volta de 1746; e o célebre dodô da ilha Maurício, encontrado pela última<br />

vez no início da década de <strong>16</strong>80 e quase certamente extinto antes de <strong>16</strong>90.<br />

Os volumosos dodôs pesavam mais de vinte quilos. Uma plumagem cinza ‐azulada cobria seu<br />

corpo quadrado e de pernas curtas, em cujo topo se alojava uma cabeça avantajada, sem penas, com<br />

um bico grande de ponta bem recurvada. As asas eram pequenas e, ao que tudo indica, inúteis (pelo<br />

menos no que diz respeito a qualquer forma de voo). Os dodôs punham apenas um ovo de cada vez,<br />

em ninhos construídos no chão.<br />

Que presa poderia revelar ‐se mais fácil do que um pesado pombo gigante incapaz de voar?<br />

Ainda assim, provavelmente não foi a captura para o consumo pelo homem o que selou o destino<br />

do dodô, pois sua extinção ocorreu sobretudo pelos efeitos indiretos da perturbação humana. Os<br />

primeiros navegadores trouxeram porcos e macacos para as ilhas Mascarenhas, e ambos se multiplicaram<br />

de maneira prodigiosa. Ao que tudo indica, as duas espécies se regalaram com os ovos do<br />

dodô, alcançados com facilidade nos ninhos desprotegidos no chão − e muitos naturalistas atribuem<br />

um número maior de mortes à chegada desses animais do que à ação humana direta. De todo<br />

modo, passados os primeiros anos da década de <strong>16</strong>80, ninguém jamais voltou a ver um dodô vivo<br />

na ilha Maurício. Em <strong>16</strong>93, o explorador francês Leguat, que passou vários meses no local,<br />

empenhou ‐se na procura dos dodôs e não encontrou nenhum.<br />

Extraído de Stephen Jay Gould. O Dodô na corrida de comitê,<br />

A montanha de moluscos de Leonardo da Vinci. São Paulo:<br />

Cia. das Letras, 2003. p. 286 ‐288.


Português 107<br />

199<br />

TRE/RN – Analista Judiciário – Área<br />

Administrativa – fevereiro 2011.<br />

Mas aquela que é o protótipo e a tataravó de todas as extinções<br />

também ocorreu nessa localidade... (1º parágrafo)<br />

A frase acima transcrita deve ser entendida como indicação<br />

de que a extinção das espécies de pombos que<br />

não voavam das ilhas Mascarenhas<br />

A) seria um modelo a ser utilizado pelos homens no<br />

futuro, quando decididos a erradicar espécies inúteis<br />

ou prejudiciais.<br />

B) é uma das primeiras extinções de animais vinculadas<br />

à ação direta ou indireta dos homens de que se<br />

tem notícia.<br />

C) teria ocorrido muito tempo antes do verdadeiro<br />

início da extinção de espécies por conta de ações<br />

humanas diretas ou indiretas.<br />

D) é um episódio tão antigo na história das relações<br />

entre homens e animais que pode ser considerado<br />

singular e ultrapassado.<br />

E) deu origem a um padrão para as futuras extinções<br />

de animais, que estariam sempre ligadas à colonização<br />

humana de novas terras.<br />

Alternativa B – CERta<br />

As palavras protótipo e tataravó referindo ‐se às extinções<br />

indicam as primeiras informações que se têm a respeito<br />

de extinção.<br />

Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

200<br />

TRE/RN – Analista Judiciário – Área<br />

Administrativa – fevereiro 2011.<br />

As asas eram pequenas e, ao que tudo indica, inúteis...<br />

(2º parágrafo)<br />

Ao que tudo indica, as duas espécies se regalaram com<br />

os ovos do dodô, alcançados com facilidade nos ninhos<br />

desprotegidos no chão... (último parágrafo)<br />

A expressão grifada nas frases acima transcritas deixa<br />

transparecer, em relação às afirmações feitas,<br />

A) a sua comprovação científica irrefutável.<br />

B) a certeza absoluta que o autor quer partilhar com o<br />

leitor.<br />

C) o receio do autor ao formular um paradoxo.<br />

D) a sua pequena probabilidade.<br />

E) o seu caráter de hipótese bastante provável.<br />

Alternativa E – CERta<br />

A hipótese era bastante provável, pois eram enormes e<br />

inúteis. O termo ao que tudo indica estabelece a probabilidade<br />

de um advérbio de afirmação.<br />

Alternativa A – errada<br />

A palavra irrefutável torna a questão incorreta, pois o que<br />

existe no texto são probabilidades.<br />

Alternativa B – errada<br />

O termo absoluta torna a questão incorreta, pois o autor<br />

apenas mostra conceitos prováveis.<br />

Alternativa C – errada<br />

Não há referência do autor a formular princípios contrários.<br />

Alternativa D – errada<br />

O termo “tudo” em “ao que tudo indica” estabelece uma<br />

relação de enorme probabilidade.<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

201<br />

TRE/RN – Analista Judiciário – Área<br />

Administrativa – fevereiro 2011.<br />

Estão empregados no texto com idêntica regência os<br />

verbos grifados em:<br />

A) Os dodôs punham... (2º parágrafo) / ... sua extinção<br />

ocorreu... (último parágrafo)<br />

B) ... muitas espécies de pássaros desapareceram... (1º<br />

parágrafo) / Os primeiros navegadores trouxeram...<br />

(último parágrafo)<br />

C) ... uma plumagem cinza ‐azulada cobria (2º parágrafo)<br />

/ ... e não encontrou... (último parágrafo)<br />

D) Os volumosos dodôs pesavam ... (2º parágrafo) / ...<br />

não foi a captura... (último parágrafo)<br />

E) ... a tataravó de todas as extinções também ocorreu...<br />

(1º parágrafo) / ... e muitos naturalistas atribuem...<br />

(último parágrafo)<br />

Alternativa C – CERta<br />

Os verbos cobrir e encontrar são transitivos diretos, obedecendo,<br />

portanto, à mesma regência.<br />

Alternativa A – errada<br />

O verbo ocorrer é intransitivo.<br />

Alternativa B – errada<br />

O verbo desaparecer é intransitivo.<br />

Alternativa D – errada<br />

Os verbos pesar e ser são intransitivos.<br />

Alternativa E – errada<br />

Novamente o uso do verbo ocorrer como intransitivo e do<br />

verbo atribuir como transitivo direto e indireto.<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

202<br />

TRE/RN – Analista Judiciário – Área<br />

Administrativa – fevereiro 2011.<br />

Ainda assim, provavelmente não foi a captura para o<br />

consumo pelo homem o que selou o destino do dodô,<br />

pois sua extinção ocorreu sobretudo pelos efeitos indiretos<br />

da perturbação humana.<br />

Os elementos grifados na frase acima podem ser substituídos,<br />

sem prejuízo para o sentido e a correção, respectivamente,<br />

por:<br />

A) Contudo \ não obstante.


108 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

B) Conquanto \ por que.<br />

C) Em que pese isso \ embora.<br />

D) Apesar disso \ visto que.<br />

E) Por isso \ porquanto.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Ainda assim estabelece relação de oposição, substituindo,<br />

portanto, apesar disso. O termo pois estabelece relação de<br />

explicação, podendo ser substituído, sem prejuízo, por<br />

visto que.<br />

Alternativa A – errada<br />

O termo não obstante não substitui pois, por estabelecer<br />

relação de oposição.<br />

Alternativa B – errada<br />

A preposição por e o pronome relativo que não estabelecem<br />

relação. O correto seria porque, conjunção indicativa<br />

de causa ou explicação.<br />

Alternativa C – errada<br />

O termo embora não substitui pois.<br />

Alternativa E – errada<br />

Por isso e porquanto não substituem apesar disso e visto que.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

203<br />

TRE/RN – Analista Judiciário – Área<br />

Administrativa – fevereiro 2011.<br />

O segmento cujo sentido está corretamente expresso<br />

em outras palavras é:<br />

A) se multiplicaram de maneira prodigiosa \ cresceram<br />

ilusoriamente.<br />

B) as duas espécies se regalaram \ os dois gêneros se<br />

empanturraram.<br />

C) uma família singular \ um conjunto variegado.<br />

D) que selou o destino que \ indigitou a fatalidade.<br />

E) empenhou ‐se na procura \ dedicou ‐se com afinco à<br />

busca.<br />

Alternativa E – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

Prodigiosa não pode ser substituída por ilusoriamente.<br />

Alternativa B – errada<br />

Espécies não pode ser substituída por gênero.<br />

Alternativa C – errada<br />

Família não substitui conjunto.<br />

Alternativa D – errada<br />

Selou não pode ser substituído por indigitou.<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

204<br />

TRE/RN – Analista Judiciário – Área<br />

Administrativa – fevereiro 2011.<br />

Leia as afirmações abaixo sobre a pontuação utilizada<br />

no texto.<br />

I – Em – Maurício, Reunião e Rodriguez – os travessões<br />

poderiam ser substituídos por parênteses, sem prejuízo<br />

para o sentido e a coesão da frase.<br />

II – O travessão empregado imediatamente depois de<br />

voavam (1º parágrafo) pode ser substituído por dois<br />

pontos, sem prejuízo para o sentido e a coesão da frase.<br />

III – Em o explorador francês Leguat, que passou vários<br />

meses no local, empenhou ‐se na procura dos dodôs, a<br />

retirada das vírgulas não implica prejuízo para o sentido<br />

e a correção da frase.<br />

Está correto o que se afirma em<br />

A) I, apenas.<br />

B) I e II, apenas.<br />

C) II e III, apenas.<br />

D) III, apenas.<br />

E) I, II e III.<br />

Alternativa B – CERta<br />

Item I: correto. Por tratar ‐se de uma explicação, os parênteses<br />

poderiam substituir os travessões.<br />

Item II: correto. Por tratar ‐se de um aposto, ou seja, chamar<br />

a atenção do leitor, o travessão poderá ser substituído<br />

por dois ‐pontos.<br />

Item III: incorreto. Se as vírgulas forem retiradas, deixa<br />

de ser uma explicação, passa a ser uma restrição, ou seja,<br />

muda o sentido do texto.<br />

Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

Atenção: As questões 205 e 206 referem ‐se ao texto abaixo.<br />

Lavadeiras de Moçoró<br />

As lavadeiras de Moçoró, cada uma tem sua pedra no rio; cada pedra é herança de família,<br />

passando de mãe a filha, de filha a neta, como vão passando as águas no tempo. As pedras têm um<br />

polimento que revela a ação de muitos dias e muitas lavadeiras. Servem de espelho a suas donas. E<br />

suas formas diferentes também correspondem de certo modo à figura física de quem as usa. Umas<br />

são arredondadas e cheias, aquelas magras e angulosas, e todas têm ar próprio, que não se presta a<br />

confusão.


Português 109<br />

A lavadeira e a pedra formam um ente especial, que se divide e se unifica ao sabor do trabalho.<br />

Se a mulher entoa uma canção, percebe ‐se que a pedra a acompanha em surdina. Outras vezes,<br />

parece que o canto murmurante vem da pedra, e a lavadeira lhe dá volume e desenvolvimento.<br />

Na pobreza natural das lavadeiras, as pedras são uma fortuna, joias que elas não precisam levar<br />

para casa. Ninguém as rouba, nem elas, de tão fiéis, se deixariam seduzir por estranhos.<br />

Obs.: manteve ‐se a grafia original, constante da obra citada.<br />

Carlos Drummond de Andrade. Contos plausíveis.<br />

In: Prosa Seleta. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003. p. 128.<br />

205<br />

TRE/RN – Analista Judiciário – Área<br />

Administrativa – fevereiro 2011.<br />

Evidencia ‐se no texto<br />

A) a presença da pedra como símbolo da rotina pesada<br />

de uma vida sem perspectivas de melhora da<br />

maioria das mulheres brasileiras.<br />

B) o primitivismo das condições de trabalho em alguns<br />

lugares, que impede a necessária alteração<br />

dos costumes familiares.<br />

C) a extrema pobreza em que vivem muitas famílias<br />

brasileiras, sem qualquer condição de sobrevivência<br />

mais digna.<br />

D) a associação íntima e até mesmo afetiva entre ser<br />

humano e elemento da natureza, identificados por<br />

um tipo de trabalho diário.<br />

E) a identificação entre o rio e a pedra, prefigurando<br />

os obstáculos sociais que impedem a ascensão econômica<br />

de muitos brasileiros.<br />

Alternativa D – CERta<br />

A resposta a essa questão está no segundo parágrafo,<br />

onde a “lavadeira divide seu trabalho com a pedra, formando<br />

um ente”.<br />

Quanto às outras alternativas, em todas elas há um diferencial<br />

inexistente no texto.<br />

Alternativa A – errada<br />

A pedra não é símbolo de rotina.<br />

Alternativa B – errada<br />

O texto não aborda tema como fonte de primitivismo.<br />

Alternativa C – errada<br />

O texto não apresenta argumentação em relação à sobrevivência<br />

ou ao primitivismo da ação.<br />

Alternativa E – errada<br />

A pedra não é símbolo de obstáculo social, e sim de ponto<br />

de referência do trabalho.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

206<br />

TRE/RN – Analista Judiciário – Área<br />

Administrativa – fevereiro 2011.<br />

Umas são arredondadas e cheias, aquelas magras e angulosas,<br />

e todas têm ar próprio, que não se presta a<br />

confusão. (1º parágrafo)<br />

A relação semântica existente entre as expressões grifadas<br />

na afirmativa acima é percebida também entre<br />

os dois elementos grifados em:<br />

A) que revela a ação de muitos dias e de muitas lavadeiras.<br />

B) um ente especial, que se divide e se unifica ao sabor<br />

do trabalho.<br />

C) a pedra a acompanha em surdina... parece que o<br />

canto murmurante vem da pedra.<br />

D) e a lavadeira lhe dá volume e desenvolvimento.<br />

E) as pedras são uma fortuna, joias que elas não precisam<br />

levar para casa.<br />

Alternativa A – CERta<br />

O desgaste do tempo e a ação do ser revelam a forma das<br />

pedras.<br />

Alternativa B – errada<br />

Não há relação de significado entre as formas das pedras<br />

e a divisão ou unificação do ente.<br />

Alternativa C – errada<br />

Não há relação de significado entre as formas das pedras<br />

e o canto.<br />

Alternativa D – errada<br />

Justamente o oposto. A forma da pedra remete ‐se à ação<br />

do tempo provocada pela ação das lavadeiras.<br />

Alternativa E – errada<br />

O processo semântico reporta ‐se apenas ao formato das<br />

pedras construído por meio do trabalho das lavadeiras.<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

207<br />

TRE/RN – Analista Judiciário – Área<br />

Administrativa – fevereiro 2011.<br />

Considere as observações seguintes sobre a associação<br />

de palavras no texto e o sentido decorrente dessa<br />

associação:


110 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

I – No segmento passando de mãe a filha, de filha a<br />

neta, como vão passando as águas no tempo há uma<br />

comparação, que associa a transmissão de costumes ao<br />

fluxo das águas do rio.<br />

II – As referências às pedras, especialmente no 2º parágrafo,<br />

atribuem a elas qualidades humanas.<br />

III – Na frase Servem de espelho a suas donas é possível<br />

entender o sentido literal, como referência ao reflexo<br />

da água sobre as pedras, e o sentido contextual, como<br />

identidade e cumplicidade entre a mulher e a pedra.<br />

Está correto o que se afirma em:<br />

A) II, apenas.<br />

B) I e II, apenas.<br />

C) I e III, apenas.<br />

D) II e III, apenas.<br />

E) I, II e III.<br />

Alternativa E – CERta<br />

Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

Atenção: As questões 208 a 210 referem ‐se ao texto abaixo.<br />

Gesso<br />

Esta minha estatuazinha de gesso, quando nova<br />

− O gesso muito branco, as linhas muito puras −<br />

Mal sugeria imagem de vida<br />

(Embora a figura chorasse).<br />

Há muitos anos tenho ‐a comigo.<br />

O tempo envelheceu ‐a, carcomeu ‐a, manchou ‐a de pátina<br />

Amarelo – suja.<br />

Os meus olhos, de tanto a olharem,<br />

Impregnaram ‐na da minha humanidade irônica de tísico.<br />

Um dia mão estúpida<br />

Inadvertidamente a derrubou e partiu.<br />

Então ajoelhei com raiva, recolhi aqueles tristes fragmentos,<br />

[recompus a figurinha que chorava.<br />

E o tempo sobre as feridas escureceu ainda mais o sujo<br />

[mordente da pátina...<br />

Hoje este gessozinho comercial<br />

É tocante e vive, e me fez agora refletir<br />

Que só é verdadeiramente vivo o que já sofreu.<br />

Manuel Bandeira


Português 111<br />

208<br />

TRE/RN – Analista Judiciário – Área<br />

Administrativa – fevereiro 2011.<br />

A ação do tempo sobre a estátua de gesso é vista pelo<br />

poeta como<br />

A) o que acabou por torná ‐la mais vivaz e expressiva,<br />

pelo menos até que um acidente a fizesse perder<br />

essa vivacidade.<br />

B) responsável por danos que levaram uma obra de<br />

arte a perder sua pureza e vivacidade originais.<br />

C) um elemento que, juntamente com os danos causados<br />

por um acidente, dá vida e singularidade ao<br />

que era inexpressivo e vulgar.<br />

D) a busca do homem pelos objetos pessoais mais<br />

valiosos.<br />

E) capaz de transformar um simples objeto comercial<br />

em uma obra de arte que parece ter sido criada por<br />

um escultor genial.<br />

Alternativa C – CERta<br />

A queda da estátua provoca o momento de reflexão ao<br />

“eu lírico” que relaciona a compreensão da vida aos<br />

sofrimentos.<br />

Alternativa A – errada<br />

Antes do acidente, a estátua tinha apenas o valor visual.<br />

Alternativa B – errada<br />

A responsabilidade pela reflexão do poeta não coube somente<br />

ao tempo, mas também ao acidente.<br />

Alternativa D – errada<br />

O verdadeiro valor do objeto ocorre após o acidente e a<br />

constatação da passagem do tempo.<br />

Alternativa E – errada<br />

O poeta não estabelece o objeto como obra de arte, mas,<br />

sim, como objeto de reflexão.<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

209<br />

TRE/RN – Analista Judiciário – Área<br />

Administrativa – fevereiro 2011.<br />

Mal sugeria imagem de vida (Embora a figura chorasse).<br />

É correto afirmar que a frase entre parênteses tem<br />

sentido<br />

A) adversativo.<br />

B) concessivo.<br />

C) conclusivo.<br />

D) condicional.<br />

E) temporal.<br />

Alternativa B – CERta<br />

A conjunção embora estabelece relação de oposição.<br />

Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

210<br />

TRE/RN – Analista Judiciário – Área<br />

Administrativa – fevereiro 2011.<br />

Um dia mão estúpida<br />

Inadvertidamente a derrubou e partiu.<br />

Então ajoelhei com raiva, recolhi aqueles tristes<br />

fragmentos,<br />

[recompus a figurinha que chorava.<br />

E o tempo sobre as feridas escureceu ainda mais o sujo<br />

[mordente da pátina...<br />

Sobre os versos acima transcritos é INCORREto afirmar:<br />

A) mão estúpida pode ser alusão do poeta a si próprio<br />

e carregaria assim algum matiz da raiva que o teria<br />

acometido quando derrubou a estátua.<br />

B) inadvertidamente tem o sentido de “de modo descuidado”,<br />

indicando o caráter acidental do episódio.<br />

C) em recompus a figurinha que chorava, o poeta se<br />

vale de uma ambiguidade para sugerir o sofrimento<br />

da estátua com a queda.<br />

D) com a alusão às feridas causadas à estátua, o poeta<br />

se refere aos sinais visíveis da junção dos pedaços<br />

dela depois de reconstituída.<br />

E) com a expressão o sujo mordente da pátina, o poeta<br />

alude à transformação da estátua de sofredora<br />

em causadora de sofrimento.<br />

Alternativa E – CERta<br />

A estátua não é a causa do sofrimento, mas o elemento<br />

que leva o poeta à reflexão sobre o sofrimento.<br />

Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

211<br />

TRE/RN – Analista Judiciário – Área<br />

Administrativa – fevereiro 2011.<br />

O valor que atribuímos ...... coisas é resultado, não<br />

raro, de uma história pessoal e intransferível, de<br />

uma relação construída em meio a acidentes e percalços<br />

fundamentais. Assim, nosso apreço por elas<br />

não corresponde absolutamente ...... valorização que<br />

alcançariam no mercado, esse deus todo ‐poderoso,<br />

que, no entanto, resta impotente quando ao valor econômico<br />

se superpõe ...... afeição.<br />

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na<br />

ordem dada,<br />

A) às – à – a<br />

B) as – à – a<br />

C) as – a – à<br />

D) às – a – a<br />

E) às – à – à<br />

Alternativa A – CERta<br />

Esta questão, caro leitor, é típica de regência. O verbo<br />

atribuir é transitivo direto e indireto, sendo, portanto,


112 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

nós atribuímos o valor às coisas, logo, o uso da preposição<br />

a no objeto indireto, como elemento feminino, obriga o<br />

uso da crase.<br />

O verbo corresponder é transitivo indireto e exige a presença<br />

da preposição a, sendo, portanto, obrigatório o uso<br />

do acento grave diante do substantivo valorização, objeto<br />

indireto do verbo.<br />

Cuidado, caro leitor! A última frase está na ordem inversa.<br />

Antes de mais nada, coloque a frase na ordem direta.<br />

Assim: A afeição superpõe ‐se ao valor econômico. Portanto,<br />

o termo afeição exerce função de sujeito do verbo<br />

superpõe ‐se. Quanto a valor econômico, o termo exerce<br />

função de objeto indireto.<br />

Alternativas B, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

212<br />

TRE/RN – Analista Judiciário – Área<br />

Administrativa – fevereiro 2011.<br />

Embora pudesse estar estampada na primeira página<br />

de um jornal, a manchete fictícia que traz deslize quanto<br />

à concordância verbal é:<br />

A) Economistas afirmam que em 2011 haverá ainda<br />

mais oportunidades de emprego na indústria e no<br />

comércio do que em 2010.<br />

B) “Os que insistem na minha culpa haverão de se arrepender<br />

pela injustiça cometida”, declara o secretário<br />

exonerado.<br />

C) Expectativas em relação ao aumento da inflação<br />

faz bolsas caírem ao menor nível este ano.<br />

D) Crescem no Brasil a venda e o comércio de produtos<br />

importados ilegalmente.<br />

E) “Ergueram‐se mais edifícios nos últimos dois anos<br />

do que nos cinco anos anteriores”, constata estudo<br />

sobre o mercado imobiliário.<br />

Alternativa C – CERta<br />

A correção para a frase é: Expectativas em relação ao aumento<br />

da inflação fazem bolsas caírem ao menor nível<br />

este ano.<br />

Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

213<br />

TRE/RN – Analista Judiciário – Área<br />

Administrativa – fevereiro 2011.<br />

Considerando ‐se as qualidades exigidas na redação de<br />

documentos oficiais, está INCORRETA a afirmativa:<br />

A) A concisão procura evitar excessos linguísticos que<br />

nada acrescentam ao objetivo imediato do documento<br />

a ser redigido, dispensando detalhes irrelevantes<br />

e evitando elementos de subjetividade, inapropriados<br />

ao texto oficial.<br />

B) A impessoalidade, associada ao princípio da finalidade,<br />

exige que a redação de um documento seja<br />

feita em nome do serviço público e tenha por objetivo<br />

o interesse geral dos cidadãos, não sendo permitido<br />

seu uso no interesse próprio ou de terceiros.<br />

C) Clareza e precisão são importantes na comunicação<br />

oficial e devem ser empregados termos de conhecimento<br />

geral, evitando ‐se, principalmente, a<br />

possibilidade de interpretações equivocadas, como<br />

na afirmativa: O Diretor informou ao seu secretário<br />

que os relatórios deveriam ser encaminhados a ele.<br />

D) A linguagem empregada na correspondência oficial,<br />

ainda que respeitando a norma culta, deve<br />

apresentar termos de acordo com a região e com<br />

requinte adequado à importância da função desempenhada<br />

pela autoridade a quem se dirige o<br />

documento.<br />

E) Textos oficiais devem ser redigidos de acordo com<br />

a formalidade, ou seja, há certos procedimentos,<br />

normas e padrões que devem ser respeitados com<br />

base na observância de princípios ditados pela civilidade,<br />

como cortesia e polidez, expressos na forma<br />

específica de tratamento.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Há uma incorreção no tocante à afirmativa sobre redação<br />

oficial. A correspondência oficial apresenta comunicação<br />

simplificada, embora na linguagem culta, oficial, sem o<br />

requinte adequado à função, assim como não apresenta<br />

termos que apresentem regionalismos. O pronome de<br />

tratamento deverá estar sempre em 3ª pessoa, obedecendo<br />

ao cargo ou função do destinatário.<br />

Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa D


TRE/RN – TÉCNICO ADMINISTRATIVO<br />

– FEVEREIRO 2011<br />

Atenção: As questões 214 a 217 referem ‐se ao texto abaixo.<br />

Rio Grande do Norte: a esquina do continente<br />

Os portugueses tentaram iniciar a colonização em 1535, mas os índios potiguares resistiram e<br />

os franceses invadiram. A ocupação portuguesa só se efetivou no final do século, com a fundação<br />

do Forte dos Reis Magos e da Vila de Natal. O clima pouco favorável ao cultivo da cana levou a<br />

atividade econômica para a pecuária. O Estado tornou ‐se centro de criação de gado para abastecer<br />

os Estados vizinhos e começou a ganhar importância a extração do sal – hoje, o Rio Grande do<br />

Norte responde por 95% de todo o sal extraído no país. O petróleo é outra fonte de recursos: é o<br />

maior produtor nacional de petróleo em terra e o segundo no mar. Os 410 quilômetros de praias<br />

garantem um lugar especial para o turismo na economia estadual.<br />

O litoral oriental compõe o Polo Costa das Dunas com belas praias, falésias, dunas e o maior<br />

cajueiro do mundo –, do qual faz parte a capital, Natal. O Polo Costa Branca, no oeste do Estado, é<br />

caracterizado pelo contraste: de um lado, a caatinga; do outro, o mar, com dunas, falésias e quilômetros<br />

de praias praticamente desertas. A região é grande produtora de sal, petróleo e frutas; abriga<br />

sítios arqueológicos e até um vulcão extinto, o Pico do Cabugi, em Angicos. Mossoró é a segunda<br />

cidade mais importante. Além da rica história, é conhecida por suas águas termais, pelo<br />

artesanato reunido no mercado São João e pelas salinas.<br />

Caicó, Currais Novos e Açari compõem o chamado Polo do Seridó, dominado pela caatinga e<br />

com sítios arqueológicos importantes, serras majestosas e cavernas misteriosas. Em Caicó há vários<br />

açudes e formações rochosas naturais que desafiam a imaginação do homem. O turismo de aventura<br />

encontra seu espaço no Polo Serrano, cujo clima ameno e geografia formada por montanhas e<br />

grutas atraem os adeptos do ecoturismo. Outro polo atraente é Agreste/Trairi, com sua sucessão<br />

de serras, rochas e lajedos nos 13 municípios que compõem a região. Em Santa Cruz, a subida ao


114 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

Monte Carmelo desvenda toda a beleza do sertão potiguar – em breve, o local vai abrigar um complexo<br />

voltado principalmente para o turismo religioso. A vaquejada e o Arraiá do Lampião são as<br />

grandes atrações de Tangará, que oferece ainda um belíssimo panorama no Açude do Trairi.<br />

Nordeste. 30/10/2010, Encarte no jornal O Estado de S. Paulo.<br />

214<br />

TRE/RN – Técnico Administrativo –<br />

fevereiro 2011.<br />

O texto se estrutura notadamente<br />

A) com o objetivo de esclarecer alguns aspectos cronológicos<br />

do processo histórico de formação do<br />

Estado e de suas bases econômicas, desde a época<br />

da colonização.<br />

B) como uma crônica baseada em aspectos históricos,<br />

em que se apresentam tópicos que salientam as<br />

formações geográficas do Estado.<br />

C) de maneira dissertativa, em que se discutem as várias<br />

divisões regionais do Estado com a finalidade<br />

de comprovar qual delas se apresenta como a mais<br />

bela.<br />

D) sob forma narrativa, de início, e descritiva, a seguir,<br />

visando a despertar interesse turístico para as atrações<br />

que o Estado oferece.<br />

E) de forma instrucional, como orientação a eventuais<br />

viajantes que se disponham a conhecer a<br />

região, apresentando ‐lhes uma ordem preferencial<br />

de visitação.<br />

Alternativa D – CERta<br />

A partir do 2º parágrafo tem início a descrição, procurando<br />

mostrar ao leitor as “belezas” do Estado, induzindo<br />

ao turismo.<br />

Alternativa A – errada<br />

Não há cronologia na narrativa; apenas a narrativa por si só.<br />

Alternativa B – errada<br />

O texto foge à crônica ao passar da narrativa para a<br />

descritiva.<br />

Alternativa C – errada<br />

O texto não apresenta em nenhum parágrafo aspecto<br />

dissertativo.<br />

Alternativa E – errada<br />

Não há encadeamento ou ordem de importância ou preferência.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

215<br />

TRE/RN – Técnico Administrativo –<br />

fevereiro 2011.<br />

Com a substituição dos segmentos grifados pela expressão<br />

entre parênteses ao final da transcrição, o verbo<br />

que deverá ser colocado no plural está em:<br />

A) ... em breve, o local vai abrigar um complexo voltado<br />

principalmente para o turismo religioso. (A região<br />

do Agreste/Trairi).<br />

B) A ocupação portuguesa só se efetivou no final do<br />

século, com a fundação do Forte dos Reis Magos e<br />

da Vila de Natal. (A ocupação pelos portugueses).<br />

C) A região é grande produtora de sal, petróleo e frutas...<br />

(A região de dunas, falésias e praias desertas).<br />

D) O turismo de aventura encontra seu espaço no Polo<br />

Serrano... (O turismo voltado para atividades de<br />

aventura).<br />

E) ... e começou a ganhar importância a extração do<br />

sal ... (os recursos obtidos com a extração do sal).<br />

Alternativa E – CERta<br />

Na alternativa E, temos “os recursos obtidos (...) começaram...”.<br />

O aluno deverá notar que nas outras alternativas o sujeito<br />

está no singular.<br />

Alternativa A – errada<br />

“... a região do Agreste/Trairi (...) vai abrigar...”<br />

Alternativa B – errada<br />

“A ocupação pelos portugueses (...) efetivou...”<br />

Alternativa C – errada<br />

“A região de dunas, falésias e praias desertas (...) é...”<br />

Alternativa D – errada<br />

“O turismo voltado para atividades de aventuras (...)<br />

encontra...”<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

2<strong>16</strong><br />

TRE/RN – Técnico Administrativo –<br />

fevereiro 2011.<br />

O clima pouco favorável ao cultivo da cana levou a atividade<br />

econômica para a pecuária. (1º parágrafo)<br />

O mesmo tipo de regência nominal que se observa acima<br />

ocorre no segmento também grifado em:<br />

A) O litoral oriental compõe o Polo Costa das Dunas<br />

com belas praias, falésias, dunas e o maior cajueiro<br />

do mundo...<br />

B) Os 410 quilômetros de praias garantem um lugar<br />

especial para o turismo na economia estadual.<br />

C) A ocupação portuguesa só se efetivou no final do<br />

século, com a fundação do Forte dos Reis Magos e<br />

da Vila de Natal.


Português 115<br />

D) Em Caicó há vários açudes e formações rochosas<br />

naturais que desafiam a imaginação do homem.<br />

E) Em Santa Cruz, a subida ao Monte Carmelo desvenda<br />

toda a beleza do sertão potiguar.<br />

Alternativa C – CERta<br />

No enunciado temos o termo cultivo da cana como complemento<br />

nominal do adjetivo favorável. Na alternativa<br />

C, no termo do Forte dos Reis Magos e da Vila de Natal, o<br />

substantivo núcleo forte exerce função de complemento<br />

nominal do substantivo fundação.<br />

Alternativa A – errada<br />

O termo Polo Costa das Dunas exerce função de objeto<br />

direto para o verbo compõe.<br />

Alternativa B – errada<br />

O termo 410 quilômetros de praia exerce função de sujeito<br />

do verbo garantem.<br />

Alternativa D – errada<br />

O termo a imaginação do homem exerce função de objeto<br />

direto do verbo desafiar.<br />

Alternativa E – errada<br />

O termo toda a beleza do sertão potiguar exerce função de<br />

objeto direto do verbo desvenda.<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

217<br />

TRE/RN – Técnico Administrativo –<br />

fevereiro 2011.<br />

As informações mais importantes contidas no texto estão<br />

resumidas, com clareza e correção, em:<br />

A) Os Polos em que é dividido o Estado do Rio Grande<br />

do Norte é de beleza incomparável, com belas<br />

praias, dunas, falésias e açudes de lindo panorama,<br />

como também a caatinga. A atividade econômica<br />

está concentrada na extração do sal e na exploração<br />

do petróleo, em terra e no mar, mas apesar do<br />

clima pouco favorável para o cultivo, frutas são<br />

produzidas no Estado.<br />

B) o Rio Grande do Norte é um Estado cuja economia<br />

se baseia na extração de sal, na pecuária, no turismo<br />

e na exploração de petróleo. Quanto às suas riquezas<br />

naturais e atrações turísticas, observam ‐se belas<br />

praias, dunas, falésias. Encontram ‐se, ainda, sítios<br />

arqueológicos importantes e várias formações<br />

rochosas, com serras e cavernas, além de açudes.<br />

C) No litoral do Rio Grande do Norte encontra ‐se belas<br />

praias, dunas e falésias, com formações rochosas<br />

naturais inacreditáveis, servindo para o turismo,<br />

até mesmo de aventura e o ecoturismo,<br />

despertando interesse de aventureiros que se dispõem<br />

a conhecer toda essa região de belezas com<br />

açudes na região que eles se encontram.<br />

D) o Estado do Rio Grande do Norte, desde a colonização,<br />

se divide em Polos, por suas regiões que<br />

mostram contraste entre mar e sertão, com produções<br />

de frutas, assim como petróleo e sal, com<br />

rica história e o artesanato em alguns deles. Também<br />

se observa formações rochosas em outros, e<br />

pelos açudes, ainda mais os sítios arqueológicos<br />

importantes.<br />

E) O Estado em questão está sobressaindo pela produção<br />

de sal e de petróleo, também na pecuária,<br />

desde a colonização, mais ainda que os vizinhos.<br />

Ele tem belas praias, dunas, falésias e até vulcão<br />

extinto, como sítios arqueológicos de importância<br />

em todo o Estado, com seus polos distribuídos por<br />

todo ele, e ainda produz cana, mesmo com clima<br />

pouco favorável.<br />

Alternativa B – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

Problemas com a concordância verbal. Correção: “Os Polos<br />

(...) são...”<br />

Alternativa C – errada<br />

Problemas com a voz passiva sintética. Correção: “...<br />

encontram ‐se belas praias...”<br />

Alternativa D – errada<br />

Problemas com a voz passiva sintética. Correção: “... também<br />

se observam formações rochosas...”<br />

Alternativa E – errada<br />

Problemas de coesão, como mau uso da pontuação.<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

Atenção: As questões 218 a 220 referem ‐se ao texto a seguir.<br />

Os ecos da Revolução do Porto haviam chegado ao Brasil e bastaram algumas semanas para<br />

inflamar os ânimos dos brasileiros e portugueses que cercavam a corte. Na manhã de 26 de fevereiro,<br />

uma multidão exigia a presença do rei no centro do Rio de Janeiro e a assinatura da Constituição<br />

liberal. Ao ouvir as notícias, a alguns quilômetros dali, D. João mandou fechar todas as janelas<br />

do palácio São Cristóvão, como fazia em noites de trovoadas.


1<strong>16</strong> Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

Pouco depois chegou o Príncipe D. Pedro, que passara a madrugada em conversas com os<br />

rebeldes.<br />

Vinha buscar o rei. D. João estava apavorado com a lembrança da ainda recente Revolução<br />

Francesa. Apesar do medo, D. João embarcou na carruagem que o aguardava e seguiu para o centro<br />

da cidade. A caminho, no entanto, percebeu que, em lugar de ofensas e gritos de protestos, a multidão<br />

aclamava seu nome. Ao contrário do odiado Luís XVI, o rei do Brasil era amado e querido pelo<br />

povo carioca.<br />

Adaptado de Laurentino Gomes, 1808.<br />

São Paulo: Planeta, 2007.<br />

218<br />

TRE/RN – Técnico Administrativo –<br />

fevereiro 2011.<br />

Ao ouvir as notícias, a alguns quilômetros dali, D. João<br />

mandou fechar todas as janelas do palácio São Cristóvão,<br />

como fazia em noites de trovoadas. (1º parágrafo)<br />

Com a afirmativa acima, o autor<br />

A) exprime uma opinião pessoal taxativa a respeito<br />

da atitude do rei diante da iminência da Revolução<br />

do Porto.<br />

B) critica de modo inflexível a atitude do rei, que,<br />

acua do, passa o poder para as mãos do filho.<br />

C) demonstra que o rei era dono de uma personalidade<br />

intempestiva, que se assemelhava a uma chuva forte.<br />

D) sugere, de modo indireto, que o rei havia se alarmado<br />

com a informação recebida.<br />

E) utiliza ‐se de ironia para induzir o leitor à conclusão<br />

de que seria mais do que justo depor o rei.<br />

Alternativa D – CERta<br />

O alarde com a notícia levou o rei ao passado recente com<br />

a lembrança da invasão francesa. Daí o alarme e a preocupação<br />

com a informação recebida.<br />

Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

219<br />

TRE/RN – Técnico Administrativo –<br />

fevereiro 2011.<br />

... como fazia em noites de trovoadas. (1º parágrafo)<br />

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que<br />

se encontra o grifado acima está em:<br />

A) Ao ouvir as notícias...<br />

B) ... D. João embarcou na carruagem...<br />

C) ... que passara a madrugada...<br />

D) ... bastaram algumas semanas...<br />

E) ... que o aguardava...<br />

Alternativa E – CERta<br />

O verbo do enunciado fazia está no pretérito ou passado<br />

imperfeito, significando uma ação no passado não concluída,<br />

ou constante. Na alternativa E, o verbo aguardar<br />

segue a mesma linha de interpretação.<br />

Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

220<br />

TRE/RN – Técnico Administrativo –<br />

fevereiro 2011.<br />

Apesar do medo, D. João embarcou na carruagem que<br />

o aguardava e seguiu para o centro da cidade.<br />

A caminho, no entanto, percebeu que, em lugar de ofensas<br />

e gritos de protestos, a multidão aclamava seu nome.<br />

(3º parágrafo) O trecho acima está reescrito com correção<br />

e lógica em:<br />

A) Embora estivesse com medo, D. João subiu na carruagem<br />

que estava esperando por ele e dirigiu ‐se<br />

ao centro da cidade. Entretanto, durante o trajeto,<br />

em vez de escutar ofensas e protestos, ouviu o seu<br />

nome ser aclamado pela multidão.<br />

B) Por estar com medo, D. João subiu na carruagem<br />

que o esperara, dirigindo ‐se ao centro da cidade. A<br />

medida que se aproximava do seu destino, escutou<br />

a multidão aclamar o seu nome, porém não<br />

insultando ‐o e ofendendo ‐o.<br />

C) À medida que estava com medo, D. João subiu na<br />

carruagem cuja esperara, dirigindo ‐se ao centro da<br />

cidade. Todavia, durante o trajeto, escutaria gritos<br />

de aprovação ao invés de ofensas e protestos.<br />

D) Porém, com medo, D. João sobe na carruagem que<br />

esperava ‐o, dirigindo ‐se para o centro da cidade.<br />

Ao estar ‐se aproximando do seu destino, escutaria<br />

seu nome sendo aclamado pela multidão, que, para<br />

sua surpresa, não protestava ou gritavam ofensas.<br />

E) Estando com medo, todavia, D. João subiu na carruagem<br />

que o esperava para se dirigir no centro da


Português 117<br />

cidade. Surpreende ‐o, pois que, no caminho, escuta<br />

a multidão aclamando o seu nome em vez de<br />

estar gritando ofensas e protestos.<br />

Alternativa A – CERta<br />

Alternativa B – errada<br />

Por estar... estabelece relação de causa, o que não ocorre.<br />

Falta crase em à medida que... Há incorreção quanto à<br />

colocação pronominal em que o correto seria: porém não<br />

o insultando e nem o ofendendo, pois o termo negativo<br />

atrai o pronome, obrigando o uso da próclise.<br />

Alternativa C – errada<br />

À medida que... estabelece relação de proporção. O pronome<br />

cuja está colocado indevidamente. Perde ‐se a correlação<br />

verbal através do verbo escutar usado incorretamente<br />

no passado hipotético.<br />

Alternativa D – errada<br />

... a carruagem que O esperava..., o pronome relativo que<br />

atrai o pronome oblíquo, obrigando o uso da próclise. O<br />

correto é: ... ao aproximar ‐se. A construção do enunciado<br />

da alternativa D não deverá ser usada por tratar ‐se de<br />

erro de correlação e paralelismo. Apesar de insistirem em<br />

erro, não há erro em ... gritavam..., o que ocorreu neste<br />

caso foi uma silepse, ou seja, concordância com a ideia. A<br />

concordância do verbo gritavam é com o termo multidão.<br />

Houve aí uma silepse de número, ... a multidão gritavam...<br />

Alternativa E – errada<br />

Consiste a silepse “em concordar com a ideia”: portanto,<br />

“a multidão” surgere a ideia de plural, fazendo com que o<br />

verbo concorde “gritavam”.<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

221<br />

TRE/RN – Técnico Administrativo –<br />

fevereiro 2011.<br />

Graças ...... resistência de portugueses e espanhóis, a<br />

Inglaterra furou o bloqueio imposto por Napoleão e<br />

deu início ...... campanha vitoriosa que causaria ......<br />

queda do imperador francês.<br />

Preenchem as lacunas da frase acima, na ordem dada,<br />

A) a – à – a<br />

B) à – a – a<br />

C) à – à – a<br />

D) a – a – à<br />

E) à – a – à<br />

Alternativa C – CERta<br />

A crase é obrigatória devido à regência do substantivo<br />

graças. Também há crase devido à regência do substantivo<br />

início. Não há crase diante do verbo causar por ser verbo<br />

transitivo direto.<br />

Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

Atenção: As questões 222 a 224 referem ‐se ao texto abaixo.<br />

O corvo e o jarro<br />

Um pobre corvo, quase morto de sede, avistou de repente um jarro de água. Aliviado e muito<br />

alegre, voou velozmente para o jarro.<br />

Mas, embora o jarro contivesse água, o nível estava tão baixo que, por mais que o corvo se esforçasse,<br />

não havia meio de alcançá ‐la. O corvo, então, tentou virá ‐lo na esperança de pelo menos<br />

beber um pouco da água derramada. Mas o jarro era pesado demais para ele.<br />

Por fim, correndo os olhos à volta, viu pedrinhas ali perto. Foi, então, pegando ‐as uma a uma e<br />

atirando ‐as dentro do jarro. Lentamente a água foi subindo até a borda, e finalmente pôde matar a sede.<br />

Fábulas de Esopo, recontadas por Robert Mathias,<br />

Círculo do Livro, p. 46.<br />

222<br />

TRE/RN – Técnico Administrativo –<br />

fevereiro 2011.<br />

Típica das fábulas, a moral da história que pode ser depreendida<br />

da leitura de O corvo e o jarro é:<br />

A) A utilidade é mais importante do que a beleza.<br />

B) Devagar se vai ao longe.<br />

C) O hábito torna as coisas familiares e fáceis para<br />

nós.<br />

D) A necessidade é a mãe da invenção.<br />

E) Contra esperteza, esperteza e meia.


118 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

Alternativa D – CERta<br />

O autor revela que talvez muito mais seja a necessidade a<br />

mãe da invenção e irmã da criatividade, não é mesmo,<br />

nobre leitor.<br />

Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

223<br />

TRE/RN – Técnico Administrativo –<br />

fevereiro 2011.<br />

A reconstrução de um segmento do texto, com um diferente<br />

emprego pronominal, que mantém a correção<br />

e o sentido originais é:<br />

A) Não havia meio de alcançá ‐la por não havia como<br />

alcançar ‐lhe.<br />

B) O jarro era pesado demais para ele por o jarro lhe<br />

era por demais pesado.<br />

C) Atirando ‐as dentro do jarro por atirando ‐lhes para<br />

dentro do jarro.<br />

D) O corvo, então, tentou virá ‐lo por o corvo, então,<br />

lhe tentou virar.<br />

E) Pegando ‐as uma a uma por pegando ‐lhes uma a<br />

uma.<br />

Alternativa B – CERta<br />

A substituição pelo pronome oblíquo que determina o<br />

complemento nominal é o adjetivo pesado.<br />

Alternativa A – errada<br />

O verbo alcançar é transitivo direto, não permitindo,<br />

portanto, o pronome lhe.<br />

Alternativa C – errada<br />

Verbo atirar é transitivo direto e não permite o pronome<br />

lhe.<br />

Alternativa D – errada<br />

O verbo virar é transitivo direto, não permitindo o pronome<br />

lhe.<br />

Alternativa E – errada<br />

O verbo pegar é verbo transitivo direto, não cabendo,<br />

portanto, o pronome lhe.<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

224<br />

TRE/RN – Técnico Administrativo –<br />

fevereiro 2011.<br />

viu pedrinhas ali perto. (3º parágrafo) A passagem<br />

para a voz passiva da frase acima resulta na seguinte<br />

forma verbal:<br />

A) são vistas.<br />

B) tinha visto.<br />

C) foram vistas.<br />

D) viu ‐se.<br />

E) é visto.<br />

Alternativa C – CERta<br />

O verbo ver – ocorre no pretérito perfeito do indicativo –<br />

viu, podendo ser substituído pelo auxiliar acompanhado<br />

do verbo principal no particípio.<br />

Alternativa A – errada<br />

O verbo está no presente do indicativo.<br />

Alternativa B – errada<br />

O verbo está no pretérito mais ‐que‐perfeito composto.<br />

Alternativa D – errada<br />

O verbo está na voz passiva sintética.<br />

Alternativa E – errada<br />

O verbo está no presente do indicativo.<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

225<br />

TRE/RN – Técnico Administrativo –<br />

fevereiro 2011.<br />

A redação de documentos oficiais deve pautar ‐se por<br />

impessoalidade, clareza, concisão e pelo uso correto<br />

da norma culta. Todas essas qualidades são respeitadas<br />

no seguinte trecho:<br />

A) Este setor do Governo Estadual, responsável pelo<br />

atendimento a vítimas de desastres naturais, elaborou<br />

um plano geral de assistência a ser encaminhado<br />

às entidades que colaboram nesse atendimento,<br />

para a adequada efetivação dos trabalhos nas ocasiões<br />

de calamidade pública.<br />

B) O Instituto Benefício para Todos deverá estar sendo<br />

convidado para fazer parte de uma campanha destinada<br />

a angariar donativos, que se espera seja suficiente<br />

para atender a todos os desabrigados da enchente;<br />

conforme estipulado pela Coordenadoria,<br />

que foi considerada de relevante interesse social.<br />

C) Como Deputado da Bancada Estadual, sintome<br />

avexado por que não estou podendo atender<br />

com mais prontidão e benefícios as vítimas dessa<br />

implacável seca, que teve motivos alheios à minha<br />

vontade para não conseguir isso.<br />

D) Membros da Comissão Técnica destinada a averiguar<br />

a distribuição de favores em troca de votos,<br />

apurou que o Presidente do Conselho de Agricultores<br />

do Estado afirmou ao seu Vice de que ele poderia<br />

estar sendo investigado por desvio de verbas.<br />

E) O critério metodológico de escolha dos participantes<br />

das equipes de atendimento à vítimas de desastres<br />

naturais estão sendo preparados, tendo em<br />

vista que é importante observar a correspondência<br />

entre tais desastres e o atingimento de pessoas<br />

nessa situação.<br />

Alternativa A – CERta<br />

Alternativa B – errada<br />

Há erro de correlação verbal em estar sendo convidado.<br />

Ocorrência de subjetividade em se espera seja suficiente.


Português 119<br />

Alternativa C – errada<br />

Ocorrência de desvio ortográfico em sintome, sendo o<br />

correto sinto ‐me. Uso indevido da primeira pessoa e do<br />

regionalismo em sintome avexado, condenados em uma<br />

redação oficial.<br />

Alternativa D – errada<br />

Ocorrência de erro em relação à regência verbal. O verbo<br />

afirmar é transitivo direto e indireto, sendo correto o fragmento<br />

“... afirmou ao seu Vice que...”.<br />

Alternativa E – errada<br />

Erro de concordância verbal.<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

Atenção: As questões 226 e 227 referem ‐se ao texto abaixo.<br />

João e Maria<br />

Agora eu era o herói E o meu cavalo só falava inglês<br />

A noiva do cowboy Era você Além das outras três<br />

Eu enfrentava os batalhões Os alemães e seus canhões<br />

Guardava o meu bodoque E ensaiava um rock<br />

Para as matinês<br />

(...)<br />

Não, não fuja não<br />

Finja que agora eu era o seu brinquedo<br />

Eu era o seu pião, O seu bicho preferido<br />

Sim, me dê a mão, A gente agora já não tinha medo<br />

No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido<br />

Chico Buarque e Sivuca<br />

226<br />

TRE/RN – Técnico Administrativo –<br />

fevereiro 2011.<br />

I – Nos versos Agora eu era o herói e A gente agora já<br />

não tinha medo, o uso do advérbio agora mostra ‐se inadequado,<br />

pois os verbos conjugados no pretérito imperfeito<br />

designam fatos transcorridos no tempo passado.<br />

II – Em Finja que agora eu era o seu brinquedo e Sim,<br />

me dê a mão, os verbos grifados estão flexionados no<br />

mesmo modo.<br />

III – Substituindo ‐se a expressão a gente pelo pronome<br />

nós nos versos A gente agora já não tinha medo e Acho<br />

que a gente nem tinha nascido, a forma verbal resultante,<br />

sem alterar o contexto, será teríamos.<br />

Está correto o que se afirma em<br />

A) I, apenas.<br />

B) II, apenas.<br />

C) III, apenas.<br />

D) I e II, apenas.<br />

E) I, II e III.<br />

Alternativa B – CERta<br />

Item II – correto: Finja e dê estão no modo imperativo.<br />

Item I – incorreto: O advérbio agora correlaciona ‐se com<br />

finja, forma de, após longo tempo, trazer o passado ao<br />

presente.<br />

Item III – incorreto: A correlação não seria feita com<br />

tería mos, e sim com tínhamos, pretérito imperfeito acompanhando<br />

todo o texto.<br />

Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

227<br />

TRE/RN – Técnico Administrativo –<br />

fevereiro 2011.<br />

Eu enfrentava os batalhões Os alemães e seus canhões<br />

Guardava o meu bodoque E ensaiava um rock<br />

Para as matinês<br />

Os versos acima estão corretamente pontuados em:


120 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

A) Eu enfrentava, os batalhões – os alemães e seus canhões<br />

– guardava o meu bodoque e ensaiava um<br />

rock: para as matinês.<br />

B) Eu enfrentava, os batalhões, os alemães e seus canhões.<br />

Guardava o meu bodoque e ensaiava um<br />

rock, para as matinês.<br />

C) Eu enfrentava: os batalhões, os alemães e seus canhões<br />

– guardava o meu bodoque e ensaiava, um<br />

rock para as matinês.<br />

D) Eu enfrentava os batalhões; os alemães e seus canhões:<br />

guardava o meu bodoque e ensaiava um<br />

rock para as matinês.<br />

E) Eu enfrentava os batalhões, os alemães e seus canhões;<br />

guardava o meu bodoque e ensaiava um<br />

rock para as matinês.<br />

Alternativa E – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

Não há vírgula entre o verbo e o complemento.<br />

Alternativa B – errada<br />

O objeto direto batalhões não deverá ficar entre vírgulas.<br />

Alternativa C – errada<br />

Não há dois ‐pontos após enfrentava. No lugar de traço, a<br />

vírgula.<br />

Alternativa D – errada<br />

No lugar do ponto e vírgula, a vírgula. No lugar de dois‐<br />

‐pontos, a vírgula.<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

228<br />

TRE/RN – Técnico Administrativo –<br />

fevereiro 2011.<br />

É comum que, durante suas brincadeiras, as crianças se<br />

...... para um universo mágico e ...... a identidade de<br />

uma personagem admirada, ...... um super ‐herói ou<br />

uma figura da realeza.<br />

Preenche corretamente as lacunas da frase acima, na<br />

ordem dada, o que está em:<br />

A) transportem – assumam – seja<br />

B) transportam – assumiriam – sendo<br />

C) transportariam – assumiriam – seria<br />

D) transportam – assumem – seja<br />

E) transportem – assumem – seria<br />

Alternativa A – CERta<br />

Para o trecho em questão, os verbos deverão ser conjugados<br />

no presente do subjuntivo.<br />

Alternativas B, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa A


DPE/RS – DEFENSOR PÚBLICO<br />

DE CLASSE INICIAL – JANEIRO 2011<br />

Atenção: Responda às questões 229 a 238 com base no texto.<br />

Após 24 anos, DNA em pontas de cigarro desvendam assassinato<br />

1. Um policial aposentado ajudou a desvendar um antigo<br />

2. caso de assassinato que o havia atormentado por toda<br />

3. sua carreira graças a pontas de cigarro guardadas por<br />

4. 24 anos.<br />

5. O detetive Tom Goodwin não conseguiu encontrar os<br />

6. responsáveis pelo homicídio de Samuel Quentzel em<br />

7. 1986, quando ele foi morto a tiros dentro de seu carro em<br />

8. frente a sua casa, em Long Island, Nova York. Mas<br />

9. Goodwin insistiu que fossem guardadas quatro pontas de<br />

10. cigarro encontradas durante a investigação do crime,<br />

11. esperando que algum dia elas pudessem identificar os<br />

12. assassinos.<br />

13. Mais de 20 anos depois, graças aos avanços na<br />

14. tecnologia de identificação de DNA e à expansão dos<br />

15. bancos de dados com informações genéticas de criminosos,<br />

<strong>16</strong>. foi possível identificar os homens responsáveis pelo<br />

17. crime. Lewis Slaughter, 61 anos, foi condenado por<br />

18. assassinato em segundo grau e será sentenciado em<br />

19. dezembro.<br />

20. Ele pode receber pena de 25 anos a prisão perpétua


122 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

21. pela morte de Quentzel, que era casado e pai de três<br />

22. filhos. Slaughter, que tem uma longa ficha criminal, já está<br />

23. preso por outro assassinato também ocorrido em 1986.<br />

24. “Eu nunca parei de pensar sobre isso”, disse<br />

25. Goodwin, que se aposentou da polícia em 2000, ao New<br />

26. York Daily News. “Sempre que investigava um caso no<br />

27. Brooklyn ou em Queens, eu checava se uma arma .380<br />

28. tinha sido usada, esperando encontrar uma ligação.<br />

29. Nunca deu certo”.<br />

30. Na entrada de casa<br />

31. Realizado mais de 20 anos após o crime, o julgamento,<br />

32. em um tribunal em Long Island, estabeleceu que<br />

33. no dia 4 de setembro de 1986 Slaughter e seu cúmplice<br />

34. Clifton Waters se aproximaram de Quentzel, que estava<br />

35. em seu carro, logo após voltar do trabalho em sua loja de<br />

36. materiais de encanamento no Brooklyn.<br />

37. ...<br />

38. DNA<br />

39. A retomada do caso resultou de uma iniciativa da<br />

40. viúva e um filho de Quentzel, que, em maio de 2007,<br />

41. contataram a promotoria pública pedindo uma nova<br />

42. investigação sobre a morte de Samuel.<br />

43. A resolução do crime só foi possível graças à<br />

44. ampliação do banco de dados de DNA, que passou a<br />

45. exigir amostras de todos os condenados por crimes após<br />

46. 2006, mas que também valia retroativamente para os que<br />

47. estivessem presos ou em liberdade condicional na época.<br />

48. Foi assim que o Departamento de Justiça Criminal de<br />

49. Nova York ligou Roger Williams a uma ponta de cigarro<br />

50. encontrada na van mais de 20 anos antes.<br />

51. ...<br />

52. “A família Quentzel perseverou por mais de 24 anos<br />

53. com esperança de ver os assassinos de Samuel Quentzel<br />

54. enfrentarem a Justiça e esse dia finalmente chegou”,<br />

55. disse a promotora pública no caso, Kathleen Rice. “Eu<br />

56. não poderia estar mais orgulhosa dos integrantes de meu<br />

57. gabinete e do departamento de polícia, que nunca


Português 123<br />

58. desistiram de seu comprometimento em prender os<br />

59. homens responsáveis por esse crime terrível”.<br />

Disponível em: .<br />

Acesso em: 15 nov. 2010, 09h49 – atualizado às 11h04.<br />

229<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

De acordo com o texto, pode ‐se afirmar SOMENTE que<br />

A) o carro era do detetive Tom Goodwin.<br />

B) Quentzel estava estacionado com seu carro na<br />

frente da casa de Clifton Waters.<br />

C) o detetive tinha emprestado o seu carro para<br />

Quentzel.<br />

D) o carro era da própria vítima, Samuel Quentzel.<br />

E) o carro e a casa eram do detetive Tom Goodwin.<br />

Alternativa D – CERta<br />

O pronome possessivo seu tem como referente ele, ou seja,<br />

a vítima foi assassinada em seu carro em frente a sua casa.<br />

Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

230<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

Considere as afirmativas a seguir:<br />

I – A expressão homicídio de Samuel Quentzel em 1986<br />

(linhas 6 e 7) foi retomada por esse crime terrível (linha 59).<br />

II – A expressão homicídio de Samuel Quentzel em<br />

1986 (linhas 6 e 7) retoma um antigo caso de assassinato<br />

(linhas 1 e 2).<br />

III – A expressão uma nova investigação sobre a morte<br />

de Samuel (linhas 41 e 42) retoma A retomada do<br />

caso (linha 39).<br />

IV – A expressão os assassinos de Samuel Quentzel (linha<br />

53) foi retomada por os responsáveis pelo homicídio<br />

de Samuel Quentzel (linhas 5 e 6).<br />

Com base na coesão textual, é correto APENAS o que<br />

se afirma em<br />

A) I.<br />

B) I e IV.<br />

C) II e III.<br />

D) III.<br />

E) I, II e III.<br />

Alternativa E – CERta<br />

No item IV, a expressão da linha 53 está retomada na linha<br />

33 e 34.<br />

Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

231<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

Considere as afirmativas a seguir e assinale a resposta<br />

correta.<br />

A) A função da conjunção que (linha 22) é ligar Quentzel<br />

a tem uma longa ... em 1986 (linhas 22 e 23).<br />

B) A conjunção que (linha 21) se refere a era casado e<br />

pai de três filhos (linhas 21 e 22).<br />

C) A função da conjunção que (linha 9) é ligar o verbo<br />

insistiu (linha 9) ao complemento verbal fossem<br />

guardadas ... do crime (linhas 9 e 10).<br />

D) A função do pronome que (linha 40) é fazer referência<br />

somente a um filho Quentzel (linha 40).<br />

E) O pronome que (linha 44) refere ‐se à expressão<br />

DNA (linha 44).<br />

Alternativa C – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

Está ligada a Slaughter, e não à vítima.<br />

Alternativa B – errada<br />

Refere ‐se a Quentzel.<br />

Alternativa D – errada<br />

Faz referência não só ao filho como também à viúva.<br />

Note, caro leitor, que o verbo contrataram está no plural.<br />

Alternativa E – errada<br />

Refere ‐se a ampliação.<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

232<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

Das expressões sublinhadas, SOMENTE uma exerce a<br />

função de complemento.<br />

A) ... caso de assassinato que o havia atormentado...<br />

(linha 2)<br />

B) ... 20 anos após o crime, o julgamento... (linha 31)<br />

C) Foi assim que o Departamento de Justiça Criminal...<br />

(linha 48)


124 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

D) ... esperança de ver os assassinos de... (linha 53)<br />

E) ... comprometimento em prender os homens... (linhas<br />

58 e 59)<br />

Alternativa A – CERta<br />

O pronome em destaque exerce função de objeto direto<br />

de havia atormentado, portanto, complemento verbal.<br />

Nas outras alternativas, o pronome destacado exerce função<br />

de adjunto adnominal.<br />

Alternativas B, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

233<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

A crase é facultativa em SOMENTE uma alternativa<br />

abaixo.<br />

A) ... por toda sua carreira graças a pontas de cigarro...<br />

(linhas 2 e 3)<br />

B) ... chegou”, disse a promotora pública no caso,<br />

Kathleen Rice. (linhas 54 e 55)<br />

C) ... receber pena de 25 anos a prisão perpétua...<br />

(linha 20)<br />

D) ... ligou Roger Williams a uma ponta de cigarro...<br />

(linha 49)<br />

E) ... dentro de seu carro em frente a sua casa... (linhas<br />

7 e 8)<br />

Alternativa E – CERta<br />

A crase, nesse caso, é facultativa devido à existência do<br />

pronome possessivo que a torna opcional: a sua casa, ou à<br />

sua casa.<br />

Alternativa A – errada<br />

Há apenas a presença da preposição.<br />

Alternativa B – errada<br />

Há apenas a presença do artigo.<br />

Alternativa C – errada<br />

Apenas a presença da preposição podendo ser substituída<br />

pela preposição até.<br />

Alternativa D – errada<br />

A presença do artigo uma elimina a presença da crase.<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

234<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

Com base no segundo parágrafo, podemos inferir<br />

SOMENTE:<br />

A) Goodwin sabia que encontraria os assassinos de<br />

Quentzel.<br />

B) A insistência de Goodwin para que preservassem<br />

as pontas de cigarro gerava a possibilidade da<br />

identificação dos assassinos de Quentzel.<br />

C) Goodwin tinha certeza de que as pontas de cigarro<br />

seriam a prova para condenar os assassinos de<br />

Quentzel naquela ocasião.<br />

D) Goodwin sabia que as pontas de cigarro continham<br />

marcas suficientes para incriminar os assassinos de<br />

Quentzel naquela ocasião.<br />

E) Goodwin sabia quem eram os assassinos, e sua dúvida<br />

para os descobrir provocou a condenação desses<br />

réus.<br />

Alternativa B – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

O policial não sabia que encontraria os assassinos.<br />

Alternativa C – errada<br />

Goodwin não tinha certeza, pois o fator banco de dados<br />

surgiu anos depois do ocorrido.<br />

Alternativa D – errada<br />

O policial Godwin, naquela ocasião, não sabia o que poderia<br />

ocorrer.<br />

Alternativa E – errada<br />

Goodwin não sabia quem eram os assassinos.<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

235<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

A transformação da frase “Eu nunca parei de pensar<br />

sobre isso”, disse Goodwin, (linhas 24 e 25) para discurso<br />

indireto é:<br />

A) Goodwin disse que nunca parara de pensar sobre<br />

aquilo.<br />

B) Goodwin diz que nunca tivera parado de pensar<br />

sobre aquilo.<br />

C) Goodwin disse: “Eu nunca parei de pensar sobre<br />

isso”.<br />

D) Goodwin diz: “Eu nunca parei de pensar sobre<br />

isso”.<br />

E) Goodwin disse o que pensava sobre aquilo.<br />

Alternativa A – CERta<br />

O discurso indireto implica a fala do narrador. Portanto,<br />

levam ‐se os verbos do discurso para o passado que, neste<br />

caso, é o mais ‐que‐perfeito.<br />

Alternativa B – errada<br />

Erro de correlação nos tempos verbais.<br />

Alternativa C – errada<br />

Há erro, pois evidencia ‐se o discurso direto ao colocar a<br />

fala do policial entre aspas.


Português 125<br />

Alternativa D – errada<br />

Segue ‐se o erro da alternativa anterior.<br />

Alternativa E – errada<br />

Erro na correlação dos tempos verbais.<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

236<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

Eliminando a expressão nunca da proposição Eu nunca<br />

parei de pensar sobre isso (linha 24), pode ‐se fazer somente<br />

uma inferência. Assinale a alternativa correta.<br />

A) O acarretamento de que Goodwin pensava sobre<br />

aquele crime.<br />

B) A pressuposição de que Goodwin não pensava sobre<br />

aquele crime.<br />

C) A pressuposição de que Goodwin não pensa mais<br />

sobre aquele crime.<br />

D) A pressuposição de que Goodwin pensava sobre<br />

aquele crime.<br />

E) O acarretamento de que Goodwin pensara sobre<br />

aquele crime.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Do período infere ‐se a pressuposição de que o policial<br />

não parou totalmente de pensar sobre o assunto.<br />

Nas outras alternativas, há erro de inferência, uma vez<br />

que não o acarretamento, e sim o suposto.<br />

Cuidado com a alternativa E. O erro está no tempo verbal<br />

pensara.<br />

Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

237<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

A vírgula depois de Mais de vinte anos depois (linha<br />

13) justifica ‐se porque é<br />

A) um adjunto adverbial intercalado.<br />

B) um adjunto adverbial deslocado.<br />

C) uma oração adverbial temporal deslocada.<br />

D) um adjunto adnominal com valor de advérbio e<br />

está deslocado.<br />

E) um advérbio em forma de oração e está deslocado.<br />

Alternativa B – CERta<br />

O adjunto adverbial deslocado estabelece a presença da<br />

vírgula, uma vez que a pausa é solicitada.<br />

Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

238<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

Assinale a alternativa em que a oração Não é subordinada<br />

adjetiva explicativa.<br />

A) Na passagem Quentzel, que era casado... (linha 21).<br />

B) Na passagem Slaughter, que tem uma longa ficha<br />

criminal (linha 22).<br />

C) Na passagem Goodwin, que se aposentou da polícia<br />

(linha 25).<br />

D) Na passagem Quentzel, que estava em seu carro<br />

(linhas 34 e 35).<br />

E) Na passagem homicídio de Samuel Quentzel em<br />

1986, quando ele foi morto a tiros (linhas 6 e 7).<br />

Alternativa E – CERta<br />

O período estabelece por meio do conectivo quando uma<br />

direção de argumentação de tempo. A oração subordinada<br />

adjetiva explicativa será sempre regida pelo pronome<br />

relativo, neste caso, que, sendo referência do substantivo<br />

da oração anterior. Bom deixar claro também que a explicação<br />

virá sempre isolada por vírgulas.<br />

Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

Atenção: Responda às questões 239 a 248 com base no texto.<br />

EUA dizem que um ataque ao Irã uniria o país, hoje dividido<br />

1. WASHINGTON (Reuters) − Um ataque militar<br />

2. contra o Irã uniria o país, que está dividido, e reforçar a<br />

3. determinação do governo iraniano para buscar armas<br />

4. nucleares, disse o secretário de Defesa dos Estados<br />

5. Unidos, Robert Gates, nesta terça ‐feira.<br />

6. Em pronunciamento ao conselho diretor do Wall


126 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

7. Street Journal, Gates afirmou ser importante usar outros<br />

8. meios para convencer o Irã a não procurar ter armas<br />

9. nucleares e repetiu as suas preocupações de que ações<br />

10. militares somente iriam retardar − e não impedir − que<br />

11. o país obtenha essa capacidade.<br />

Disponível em: .<br />

Acesso em: <strong>16</strong> nov. 2010.<br />

239<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

Com base SOMENTE no título, descontextualizado, é<br />

possível inferir que o ataque uniria<br />

I – os EUA.<br />

II – o Irã.<br />

III – o Brasil.<br />

Está correto o que se afirma em<br />

A) I, apenas.<br />

B) II, apenas.<br />

C) I e II, apenas.<br />

D) III, apenas.<br />

E) I, II e III.<br />

Alternativa C – CERta<br />

Descontextualizado o título, surge, caro leitor, a ambiguidade,<br />

ou duplo sentido, pois não fica claro a que unidade<br />

refere ‐se o autor do texto.<br />

Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

240<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

O adjetivo dividido (título) pode se referir à expressão<br />

I. país (linha 2).<br />

II. EUA (título), que retoma país (linha 2).<br />

III. Irã (linha 2), que retoma país (linha 2).<br />

Está correto o que se afirma em<br />

A) I, apenas.<br />

B) II, apenas.<br />

C) I e II, apenas.<br />

D) III, apenas.<br />

E) I, II e III.<br />

Alternativa A – CERta<br />

O adjetivo dividido tem como referência o substantivo<br />

país.<br />

Alternativas B, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

241<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

A palavra reforçar (linha 2) está mal flexionada,<br />

constituindo ‐se como um problema de<br />

A) metáfora.<br />

B) metonímia.<br />

C) concordância.<br />

D) solecismo.<br />

E) regência.<br />

Alternativa C – CERta<br />

O correto é reforçaria, havendo, assim, correlação com o<br />

verbo unir, em uniria. Quanto às outras alternativas, estão<br />

incorretas, uma vez que o problema não seja semântico,<br />

e sim gramatical.<br />

Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

242<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

A palavra pronunciamento (linha 6) é transitiva e exige<br />

A) complemento nominal.<br />

B) objeto indireto.<br />

C) objeto direto.<br />

D) adjetivo.<br />

E) predicativo do sujeito.<br />

Alternativa A – CERta<br />

O termo pronunciamento é substantivo e exige no contexto<br />

um termo que lhe complete o sentido. Portanto, ao<br />

conselho diretor do... exerce função de complemento nominal<br />

do substantivo pronunciamento, uma vez que completa<br />

o sentido deste.<br />

Alternativas B, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

243<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

A palavra para (linha 8) é uma


Português 127<br />

A) preposição derivada da regência verbal da palavra<br />

meios (linha 8).<br />

B) conjunção que liga uma oração coordenada a uma<br />

subordinada.<br />

C) preposição que liga meios (linha 8) a um verbo intransitivo.<br />

D) preposição derivada da regência nominal da palavra<br />

meios (linha 8).<br />

E) preposição que liga meios (linha 8) a um adjetivo.<br />

Alternativa D – CERta<br />

A preposição para é uma exigência do termo meios, sendo,<br />

portanto, um caso de regência nominal.<br />

Alternativa A – errada<br />

Não é caso de regência verbal. Meios é um pronome substantivo,<br />

e não verbo.<br />

Alternativa B – errada<br />

A conjunção liga uma oração subordinada a outra subordinada.<br />

Alternativa C – errada<br />

Preposição liga meios a um verbo transitivo.<br />

Alternativa E – errada<br />

A preposição liga meios a um verbo.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

244<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

O conetivo e (linha 9) está ligando<br />

A) dois verbos intransitivos.<br />

B) dois verbos transitivos indiretos.<br />

C) um verbo transitivo direto e outro indireto.<br />

D) dois verbos transitivos.<br />

E) dois verbos circunstanciais.<br />

Alternativa D – CERta<br />

O conectivo e liga os verbos procurar e repetir, ambos<br />

transitivos diretos.<br />

Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

245<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

O fragmento frasal de que ações militares somente<br />

iriam retardar (linhas 9 e 10) é ...... do substantivo preocupações<br />

(linha 9).<br />

Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna<br />

do texto acima.<br />

A) complemento verbal<br />

B) complemento nominal oracional<br />

C) adjunto verbal<br />

D) adjunto nominal<br />

E) complemento prepositivo ‐verbal<br />

Alternativa B – CERta<br />

“... de preocupações de que ações militares iriam retardar..."<br />

é uma oração que completa o sentido do substantivo<br />

preocupações, sendo, por isso: oração subordinada<br />

substantiva completiva nominal.<br />

Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

246<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

Em repetiu as suas preocupações de que ações militares<br />

somente iriam retardar – e não impedir – que o país<br />

obtenha essa capacidade (linhas 9 a 11), tem ‐se<br />

I. falta de crase porque o verbo repetiu (linha 9) é transitivo<br />

indireto e a sua regência exige a preposição a,<br />

que faz fusão com o artigo as do substantivo preocupações<br />

(linha 9).<br />

II. problema de regência entre retardar e que o país<br />

obtenha essa capacidade (linhas 10 e 11), provocado<br />

pela intercalação de – e não impedir – (linha 10).<br />

III. problema de paralelismo verbal porque o conetivo<br />

e (linha 9) está ligando o verbo ser (linha 7) e o verbo<br />

repetiu, os dois flexionados diferentemente.<br />

Está correto o que se afirma APENAS em<br />

A) I.<br />

B) II.<br />

C) III.<br />

D) I e II.<br />

E) II e III.<br />

Alternativa B – CERta<br />

Item II – correto: Falta a preposição de que rege os verbos<br />

...retardar, e não impedir de...<br />

Item I – incorreto: O verbo repetir é transitivo direto,<br />

portanto não há crase.<br />

Item III – incorreto: Embora sejam flexionados diferentemente,<br />

não falta paralelismo.<br />

Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

247<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

O par gramatical que Não desempenha a mesma função<br />

sintática é a expressão<br />

A) para nas linhas 3 e 8.<br />

B) o nas linhas 2 (o primeiro) e 11.<br />

C) o nas linhas 2 (o segundo) e 4.<br />

D) e nas linhas 2 e 9.<br />

E) a nas linhas 2 e 8.


128 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

Alternativa E – CERta<br />

O primeiro a é artigo, e o segundo a é preposição.<br />

Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

248<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

A notícia contém a expressão outros meios (linhas 7 e<br />

8) para<br />

A) retomar ataque militar contra o Irã (linhas 1 e 2).<br />

B) retomar a determinação do governo iraniano para<br />

buscar armas nucleares (linhas 2 a 4).<br />

C) retomar buscar armas nucleares (linhas 3 e 4).<br />

D) fazer referência a algo que não está no texto.<br />

E) retomar impedir – que o país obtenha essa capacidade<br />

(linhas 10 e 11).<br />

Alternativa D – CERta<br />

A expressão outros meios não tem referência no texto.<br />

Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

249<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

Das palavras a seguir, a única formada por derivação<br />

prefixal e sufixal é<br />

A) destinação.<br />

B) desocupação.<br />

C) criminológico.<br />

D) carcereiro.<br />

E) preventivamente.<br />

Alternativa B – CERta<br />

Des ocupa ção sufixação e prefixação.<br />

Alternativa A – errada<br />

Destina ção sufixação.<br />

Alternativa C – errada<br />

Crimino lógico sufixação.<br />

Alternativa D – errada<br />

Carcer eiro sufixação.<br />

Alternativa E – errada<br />

Preventiva mente sufixação.<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

Atenção: Responda às questões 250 a 258 com base no texto.<br />

Lição de bom ‐senso<br />

1. O Ministério da Educação (MEC) contornou com<br />

2. habilidade e bom ‐senso a polêmica gerada em torno do<br />

3. veto, pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), de<br />

4. um livro do escritor Monteiro Lobato, sob o pretexto de<br />

5. que contém expressões racistas. A alternativa encontrada<br />

6. pelo ministro foi a de acrescentar um esclarecimento<br />

7. de que, em 1933, quando a obra foi publicada pela<br />

8. primeira vez, o país tinha hábitos diferentes e algumas<br />

9. expressões não eram consideradas ofensivas, como<br />

10. ocorre hoje. É importante que esse tipo de decisão sirva<br />

11. de parâmetro para situações semelhantes, em contraposição<br />

12. a tentações apressadas de recorrer à censura.<br />

13. O caso mais recente de tentativas de restringir a<br />

14. livre circulação de ideias envolve a obra Caçadas de<br />

15. Pedrinho, na qual a turma do Sítio do Pica ‐Pau Amarelo<br />

<strong>16</strong>. sai em busca de uma onça ‐pintada. Ocorre que, ao


Português 129<br />

17. longo de quase oito décadas de carreira do livro, o<br />

18. Brasil não conseguiu se livrar de excessos na vigilância<br />

19. do politicamente correto, nem de intolerâncias como o<br />

20. racismo. Ainda assim, já não convive hoje com hábitos<br />

21. como o de caça a animais em extinção e avançou nas<br />

22. políticas para a educação das relações étnico ‐raciais.<br />

23. Assim como em qualquer outra manifestação artística,<br />

24. portanto, o livro que esteve sob ameaça de<br />

25. censura precisa ter seu conteúdo contextualizado. Se a<br />

26. personagem Tia Nastácia chegou a ser associada a<br />

27. estereótipos hoje vistos como racistas, é importante que<br />

28. os educadores se preocupem em deixar claro para os<br />

29. alunos alguns aspectos que hoje chamam a atenção<br />

30. apenas pelo fato de o país ter evoluído sob o ponto de<br />

31. vista de costumes e de direitos humanos.<br />

32. No Brasil de hoje, não há mais espaço para a<br />

33. impunidade em relação a atos como o racismo. Isso não<br />

34. significa, porém, que seja preciso revolver o passado,<br />

35. muito menos sem levar em conta as circunstâncias da<br />

36. época.<br />

Editorial Zero Hora, 18/10/2010.<br />

250<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

A palavra estereótipos (linha 27) pode ser substituída,<br />

sem alteração de sentido, por<br />

A) protótipos.<br />

B) tipômetros.<br />

C) modelos sem definição.<br />

D) padrões formados por ideias preconcebidas.<br />

E) padrões formados por ideias pós ‐concebidas.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

Modelos.<br />

Alternativa B – errada<br />

Instrumento de fundidor tipográfico.<br />

Alternativas C e E – ERRADAS<br />

Os itens C e E não trazem nomenclatura.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

251<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

A passagem..., em contraposição a tentações apressadas<br />

de recorrer à censura (linhas 11 e 12) contém o elemento<br />

gramatical a, que<br />

A) define quais são as tentações, porque é um artigo.<br />

B) não define quais são as tentações, porque é artigo.<br />

C) define quais são as tentações, porque é uma preposição.<br />

D) não define quais são as tentações, porque é artigo<br />

indefinido.<br />

E) não define quais são as tentações, porque é<br />

preposição.


130 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

Alternativa E – CERta<br />

A preposição é uma palavra invariável, não definindo,<br />

portanto, as tentações.<br />

Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

252<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

Em A alternativa encontrada pelo ministro foi a de<br />

acrescentar (linhas 5 e 6), há uma elipse que faz referência<br />

à palavra<br />

A) expressão.<br />

B) elipse.<br />

C) polêmica.<br />

D) encontrada.<br />

E) alternativa.<br />

Alternativa E – CERta<br />

O pronome oblíquo a substitui o termo substantivo alternativa.<br />

Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

253<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

A expressão na qual (linha 15) pode ser substituída,<br />

sem alteração de sentido, por<br />

A) que.<br />

B) por que.<br />

C) em que.<br />

D) na que.<br />

E) para que.<br />

Alternativa C – CERta<br />

O pronome relativo qual aceita a preposição em devido ao<br />

termo “caçadas de Pedrinho”, sendo perfeitamente substituível<br />

por em que.<br />

Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

254<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

O pronome se (linha 18) pode se deslocar sintaticamente,<br />

sem provocar erro gramatical, na afirmativa<br />

A) não conseguiu livrar ‐se, porque é próclise ao verbo<br />

no infinitivo.<br />

B) não se conseguiu livrar, porque é próclise ao advérbio.<br />

C) não se conseguiu livrar, porque é ênclise ao auxiliar.<br />

D) não conseguiu livrar ‐se, porque é próclise ao verbo<br />

principal.<br />

E) não conseguiu livrar ‐se, porque é ênclise ao verbo<br />

no infinitivo.<br />

Alternativa E – CERta<br />

A ênclise corresponde ao pronome após o verbo. Nesse<br />

caso temos uma locução verbal, com o verbo conseguir<br />

como auxiliar e o verbo livrar no infinitivo. Temos duas<br />

construções para a sintaxe de colocação do pronome:<br />

uma é a próclise ao verbo auxiliar devido ao termo de<br />

negação não que atrai o pronome: “não se conseguiu livrar”.<br />

A outra é a ênclise ao verbo no infinitivo como se<br />

afirma na alternativa E.<br />

Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

255<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

O conetivo portanto (linha 24) pode ser substituído,<br />

sem alteração de sentido, por<br />

A) porquanto.<br />

B) entretanto.<br />

C) no entanto.<br />

D) então.<br />

E) conquanto.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Portanto estabelece argumentação de conclusão, sendo<br />

substituída por então.<br />

Alternativa A – errada<br />

Porquanto = causa.<br />

Alternativa B – errada<br />

Entretanto = oposição.<br />

Alternativa C – errada<br />

No entanto = oposição.<br />

Alternativa E – errada<br />

Conquanto = condição.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

256<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

Na passagem como o de caça a animais (linha 21), uma<br />

lacuna pode ser preenchida com a retomada da expressão<br />

A) excessos.<br />

B) hábitos.<br />

C) vigilância.<br />

D) caça.<br />

E) animais.


Português 131<br />

Alternativa B – CERta<br />

O substantivo hábitos é referência para caça.<br />

Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

257<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

A palavra animais (linha 21) estabelece ligações com<br />

espécies que estão em extinção. Qual a propriedade<br />

semântica dessa relação?<br />

A) Hiperonímia.<br />

B) Sinonímia.<br />

C) Homonímia.<br />

D) Paronímia.<br />

E) Antonímia.<br />

Alternativa A<br />

Consiste a hiperonímia na relação entre termos que se estabelecem<br />

na menos especificidade do significado de um<br />

deles. Por exemplo: O termo móvel é hiperonímia do termo<br />

mesa. Portanto espécie é hiperonímia de animais.<br />

Alternativa B – errada<br />

Consiste o sinônimo na identidade semântica entre as<br />

palavras.<br />

Alternativa C – errada<br />

A homonímia define ‐se como a identidade de som ou de<br />

escrita sem que haja identidade semântica, como por<br />

exemplo: seção – corte, divisão; sessão – reunião; e cessão<br />

– ato de ceder.<br />

Alternativa D – errada<br />

O parônimo é o pior momento para o aluno e para qualquer<br />

criatura que se proponha a entender o idioma, caro<br />

leitor, pois consiste na inexistência de qualquer identificação<br />

entre dois termos, como por exemplo: deferir e diferir,<br />

despensa e dispensa, entre outras milhares de palavras.<br />

Alternativa E – errada<br />

O antônimo, acreditamos, é o de mais fácil compreensão,<br />

uma vez que indica oposição que as próprias palavras<br />

trazem.<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

258<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

A palavra revolver (linha 34) pode ter mais de um significado<br />

no texto. Altera ‐se o significado da frase<br />

substituindo ‐se essa palavra por<br />

A) examinar.<br />

B) retomar.<br />

C) mudar.<br />

D) remontar.<br />

E) recompor.<br />

Alternativa C – CERta<br />

“Mudar” não pode substituir ou ser substituído por<br />

“revolver”.<br />

Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

259<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

A palavra hoje (linha 29), no texto, refere-se deiticamente<br />

I – a 18/10/2010.<br />

II – ao ano de 2010.<br />

III – ao momento que abrange um período de tempo<br />

maior do que um dia.<br />

Está correto o que se afirma em<br />

A) I, apenas.<br />

B) II, apenas.<br />

C) III, apenas.<br />

D) I, II e III.<br />

E) I e III, apenas.<br />

Alternativa C – CERta<br />

O advérbio hoje define o momento da fala ou da ação.<br />

Somado à preposição até, estabelece período para um<br />

tempo, mais amplo que o momento da ação.<br />

Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

Atenção: Responda às questões 260 a 268 com base no texto abaixo.<br />

O dilema das definições<br />

1. A ciência estabelece que funções antes consideradas<br />

2. universais, como “sujeito” e “predicado”,<br />

3. são mais arbitrárias do que se imaginava.<br />

4. Você já deve ter ouvido estas definições muitas


132 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

5. vezes: “Sujeito é aquele de quem se diz algo.”,<br />

6. “Predicado é aquilo que se diz do sujeito.”, “Objeto direto<br />

7. é aquele que sofre a ação.”, “Objeto indireto é aquele<br />

8. que se beneficia da ação.”<br />

9. É possível até que você use essas definições<br />

10. quando bate aquela dúvida sobre concordância ou<br />

11. regência, não é? No entanto, apesar de correntes, elas<br />

12. não têm fundamento científico, afinal são muito<br />

13. anteriores ao nascimento da ciência da linguagem (mais<br />

14. precisamente, 2 mil anos anteriores!). Além disso, por<br />

15. remontarem à Grécia antiga, são definições muito mais<br />

<strong>16</strong>. filosóficas do que linguísticas e absolutamente<br />

17. centradas na língua grega, sem qualquer consideração<br />

18. pela estrutura de outras línguas.<br />

19. Pode ‐se dizer que foram uma tentativa legítima<br />

20. (principalmente considerando ‐se a época em que foi<br />

21. feita) de explicar fatos linguísticos, mas que está longe<br />

22. de ter sido bem ‐sucedida.<br />

23. O fato é que a análise de línguas empreendida na<br />

24. primeira metade do século 20, aliada à coleta de dados<br />

25. e ao estudo comparado de um número extraordinário de<br />

26. idiomas de várias partes do mundo, resultou na<br />

27. derrubada de muitos dogmas da gramática.<br />

28. Um exemplo foi a sintaxe translativa de Lucien<br />

29. Tesnière, publicada em 1959 no livro Éléments de<br />

30. Syntaxe Structurale, a qual demonstrou que o único<br />

31. termo essencial da oração nas línguas ocidentais é o<br />

32. verbo.<br />

33. ...<br />

34. Primeiro, nem todo verbo exprime ação. Afinal, que<br />

35. ação é expressa por “ser”, “estar”, “ter”, “dormir”? Em<br />

36. segundo lugar, o sujeito só pratica a ação se o verbo<br />

37. estiver na voz ativa; na passiva, o sujeito sofre a ação.<br />

38. Aliás, há verbos supostamente ativos que não<br />

39. expressam ação realizada, mas sofrida: é o bebê que<br />

40. pratica a “ação” de nascer ou é a mãe que pratica a<br />

41. ação de parir? (Não por acaso, em inglês, “nascer” é to<br />

42. be born, literalmente, “ser parido”.) Logo, essa definição<br />

43. de sujeito é, no mínimo, capenga.


Português 133<br />

44. Quanto à ideia de que o sujeito é aquele sobre<br />

45. quem se declara algo, Marcos Bagno, da Universidade<br />

46. de Brasília, questiona: na oração “Nesta sala cabem<br />

47. trinta pessoas”, o sujeito é “trinta pessoas”, mas não se<br />

48. declara algo sobre as pessoas e sim sobre a sala.<br />

49. Tudo isso ocorre porque os conceitos de sujeito e<br />

50. objeto dados pela gramática foram tomados de<br />

51. empréstimo da filosofia: para os gregos, há uma<br />

52. realidade objetiva (em si, independente de qualquer<br />

53. julgamento) e uma subjetiva (tal qual vista por nós).<br />

54. Nesse sentido, o objeto é a realidade natural,<br />

55. inerte, impotente e inconsciente, e o sujeito é o ser<br />

56. humano, único capaz de tomar consciência da realidade<br />

57. ao redor e de agir sobre ela. Daí a ideia de que sujeito é<br />

58. quem pratica ações e objeto, quem as sofre.<br />

59. ...<br />

60. Em resumo, aquelas funções que aprendemos nas<br />

61. enfadonhas aulas de análise sintática são de natureza<br />

62. meramente convencional. É por isso que a fala popular<br />

63. simplifica as regências, elimina preposições<br />

64. desnecessárias e diz “assistir televisão”, “atender o<br />

65. telefone”, “responder a pergunta”, “visar um objetivo”, e<br />

66. assim por diante. E também põe na voz passiva verbos<br />

67. que, segundo a gramática normativa, são transitivos<br />

68. indiretos: “O programa foi assistido por milhares de<br />

69. pessoas”, “Todas as perguntas foram respondidas”, “O<br />

70. objetivo visado por nós é”.<br />

Aldo Bizzocchi é doutor em linguística pela USP<br />

e autor de Léxico e Ideologia na Europa Ocidental<br />

(Annablume) e Anatomia da Cultura (Palas Athena)<br />

www.aldobizzocchi.com.br<br />

260<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

Com base SOMENTE nos dois primeiros parágrafos do<br />

texto, o autor<br />

A) informa o leitor de que as definições são filosóficas<br />

e linguísticas, com maior peso para a primeira.<br />

B) informa o leitor de que as definições não são filosóficas,<br />

mas linguísticas.<br />

C) informa o leitor de que as definições são filosóficas<br />

e não linguísticas.<br />

D) deixa claro que as definições não são científicas<br />

porque são filosóficas e não linguísticas.<br />

E) resolve a questão das definições porque não se<br />

embasa na ciência.<br />

Alternativa A – CERta<br />

O autor estabelece para a gramática o princípio da filosofia<br />

colocada pelos gregos em que existem duas realidades:<br />

uma objetiva independente e outra subjetiva como nós a<br />

vemos.


134 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

Alternativas B, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

261<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

O pronome elas (linha 11) refere ‐se<br />

A) a essas definições.<br />

B) a dúvidas nas definições.<br />

C) a concordância e regência.<br />

D) a possibilidades de dúvidas nas definições.<br />

E) ao que está fora do texto.<br />

Alternativa A – CERta<br />

O termo definições tem como referente o pronome pessoal<br />

substantivo elas.<br />

Alternativas B, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

262<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

Em há verbos supostamente ativos que não expressam<br />

ação realizada (linhas 38 e 39), alterando a flexão dos<br />

verbos haver e expressar para o pretérito perfeito do<br />

indicativo, tem ‐se<br />

A) havia verbos supostamente ativos que não expressavam<br />

ação realizada.<br />

B) houve verbos supostamente ativos que não expressaram<br />

ação realizada.<br />

C) houveram verbos supostamente ativos que não<br />

expressavam ação realizada.<br />

D) haviam verbos supostamente ativos que não expressavam<br />

ação realizada.<br />

E) houve verbos supostamente ativos que não expressavam<br />

ação realizada.<br />

Alternativa B – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

Pretérito imperfeito do indicativo.<br />

Alternativa C – errada<br />

O verbo haver no sentido de existir é impessoal, não aceita<br />

o plural.<br />

Alternativa D – errada<br />

Incorre no mesmo erro explicitado na alternativa anterior.<br />

Alternativa E – errada<br />

O verbo expressar está no pretérito imperfeito do indicativo.<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

263<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

A expressão essas definições (linha 9) refere ‐se<br />

A) às definições de somente sujeito e predicado.<br />

B) às definições científicas.<br />

C) a quando bate aquela dúvida sobre concordância<br />

ou regência (linhas 10 e 11).<br />

D) às definições de sujeito, predicado, objeto direto e<br />

objeto indireto.<br />

E) às definições filosóficas e não linguísticas.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Os termos essas definições têm como referência os termos<br />

transmitidos pela sintaxe. O autor refere ‐se à sintaxe<br />

como princípio filosófico mesclado aos princípios técnicos<br />

evidenciados pela linguística.<br />

Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

264<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

A expressão à (linha 24) é constituída<br />

A) pela preposição oriunda da transitividade da palavra<br />

aliada (linha 24) mais o artigo feminino da expressão<br />

coleta de dados (linha 24).<br />

B) pela proposição oriunda da transitividade da palavra<br />

aliada (linha 24) mais o artigo feminino da expressão<br />

coleta de dados (linha 24).<br />

C) pela preposição oriunda da transitividade da expressão<br />

coleta de dados (linha 24).<br />

D) pela combinação do artigo e da preposição, nessa<br />

ordem.<br />

E) pela fusão da proposição a com o artigo feminino a.<br />

Alternativa A – CERta<br />

Deparamos aqui com caso típico de regência nominal,<br />

nesse caso do adjetivo aliada, que exige a presença da preposição<br />

a, havendo assim a fusão com o artigo a solicitado<br />

pelo substantivo coleta. Dessa fusão, tem ‐se a obrigatoriedade<br />

do uso do acento grave.<br />

Alternativas B, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

265<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

Dentre as questões linguísticas, o texto também apresenta<br />

discussão sobre a linguagem culta e a linguagem<br />

informal.<br />

Qual das alternativas expressa essas linguagens,<br />

respectivamente?<br />

A) “Assistir à televisão” e “visar a um objetivo”.<br />

B) “Atender o telefone” e “responder a pergunta”.<br />

C) “Responder à pergunta” e “assistir à televisão”.<br />

D) “Responder a pergunta” e “visar um objetivo”.<br />

E) “Visar a um objetivo” e “atender o telefone”.


Português 135<br />

Alternativa E – CERta<br />

Apresenta dentro da norma padrão o verbo visar e na forma<br />

coloquial o verbo atender, pois o correto é atender ao<br />

telefone.<br />

Alternativa A – errada<br />

Apresentação da norma culta.<br />

Alternativa B – errada<br />

Apresentação da linguagem coloquial.<br />

Alternativa C – errada<br />

Apresentação da norma culta.<br />

Alternativa D – errada<br />

Apresentação da linguagem coloquial.<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

266<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

Assinale a alternativa que contém erro gramatical.<br />

A) Os porquês dos conceitos de sujeito e predicado na<br />

gramática.<br />

B) Por que os conceitos de sujeito e predicado têm<br />

problema?<br />

C) Os conceitos de sujeito e predicado têm problema.<br />

Por quê?<br />

D) Os conceitos de sujeito e predicado têm problema.<br />

Porquê?<br />

E) Não se sabe por que os conceitos de sujeito e predicado<br />

têm problemas.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Erro quanto ao uso do termo porque. Na verdade, no final<br />

da frase temos estabelecida a expressão por qual razão. Ao<br />

substituirmos, temos a preposição por somada ao pronome<br />

relativo qual – substituído pelo que – e com acento<br />

devido à omissão do substantivo razão. Portanto, por<br />

qual razão? Por que razão? Por quê?<br />

Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

267<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

A expressão No entanto (linha 11) pode ser substituída,<br />

alterando o significado da frase, por<br />

A) entretanto.<br />

B) porquanto.<br />

C) todavia.<br />

D) porém.<br />

E) contudo.<br />

Alternativa B – CERta<br />

A conjunção porquanto estabelece relação de causa, alterando,<br />

assim, o significado da frase.<br />

Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

268<br />

DPE/RS – Defensor Público de Classe<br />

Inicial – janeiro 2011.<br />

Em relação à coesão textual por referência, analise as<br />

afirmações abaixo.<br />

I – O pronome estas (linha 4) refere ‐se a definições (linha<br />

4) e ambas fazem referência ao que vem depois.<br />

II – O pronome essas (linha 9) refere ‐se a definições<br />

(linha 9) e ambas fazem referência ao que vem antes.<br />

III – A expressão pronominal disso (linha 14) está escrita<br />

de maneira errada, devendo ser disto, porque sua<br />

referência vem antes.<br />

Está correto o que se afirma em<br />

A) I, apenas.<br />

B) II, apenas.<br />

C) I e II, apenas.<br />

D) II e III, apenas.<br />

E) I, II e III.<br />

Alternativa B – CERta<br />

Item III: incorreto.<br />

O pronome demonstrativo disso está correto pois seu referente<br />

vem anteposto ao que está sendo afirmado. Ao<br />

afirmar com além disso, o autor refere ‐se aos princípios<br />

afirmados anteriormente.<br />

Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa B


TRT/12ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA<br />

ADMINISTRATIVA – DEZEMBRO 2010<br />

Atenção: As questões 269 a 276 baseiam ‐se no texto abaixo.<br />

Gilda de Mello e Souza dizia que o Brasil é muito bom nas novelas. Para ter público, a novela<br />

precisa dispor de personagens de todas as classes sociais, explicava ela, o que exige uma trama complexa.<br />

Acrescento: a mobilidade social é decisiva nas novelas e se dá sobretudo pelo amor entre ricos<br />

e pobres. Provavelmente as novelas exibam casos de ascensão social pelo amor – genuíno ou fingido<br />

– em proporção maior que a vida real... Mas a novela não é um retrato do Brasil, ou melhor, é<br />

sim, mas como aqueles retratos antigos do avô e da avó, fotografados em preto e branco, mas, depois,<br />

cuidadosamente retocados e coloridos. O fundo é real. A tela: ideais, sonhos, fantasias.<br />

Novelas vivem de conflitos. Eles são movidos, quase todos, pela oposição do bem e do mal.<br />

Esse confronto dramático nos empolga. Talvez por isso a democracia não nos empolgue tanto, no<br />

seu dia a dia: porque, nela, os conflitos são a norma e não a exceção. Ela é o único regime em que<br />

divergir, sem ter de se explicar e justificar, é legítimo. Quando uma democracia funciona bem, não<br />

escolhemos em razão da honestidade e competência – que deveriam existir nos dois ou mais lados<br />

em concorrência – mas com base nos valores que preferimos, por exemplo, liberalismo ou socialismo.<br />

Mas nossa tendência, mesmo nas democracias, é converter as eleições em lutas do bem contra<br />

o mal. É demonizar o adversário, transformá ‐lo em inimigo. Creio que isso explica por que a democracia,<br />

uma vez instalada, empolga menos que a novela. De noite, dá mais prazer reeditar o<br />

ágon* milenar do bem e do mal, do que aceitar que os conflitos fazem parte essencial da vida e,<br />

portanto, as duas partes podem ter alguma razão. Aliás, há muitos séculos que é encenada essa situação<br />

de confronto irremediável entre dois lados que têm razão: desde os gregos antigos, tem o<br />

nome de tragédia. A democracia é uma tragédia sem final infeliz – ou, talvez, sem final.<br />

As novelas recompensam, em geral, os bons. Mas eles são bons só na vida privada. É difícil<br />

alguém se empenhar em melhorar a cidade, a sociedade. As personagens boas são afetuosas, solidárias,<br />

mas não têm vida pública. As personagens más são menos numerosas, mas são indispensáveis.


Português 137<br />

Condimentam a trama. Seu destino é mais variado, e assim deve ser, se quisermos uma boa novela.<br />

Não podem ser todas punidas, nem sair todas impunes.<br />

* ágon – elemento de origem grega: assembleia; local onde se realizam jogos sacros e lutas; luta.<br />

Trecho do artigo de Renato Janine Ribeiro. O Estado de S. Paulo,<br />

C2+música, D17, 11 de setembro de 2010, com adaptações.<br />

269<br />

TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />

Área Administrativa – dezembro 2010.<br />

De acordo com o texto,<br />

A) as novelas são mais interessantes do que qualquer<br />

disputa eleitoral, porque elas trazem novidades<br />

que não se encontram em um regime democrático<br />

que funciona bem.<br />

B) os conflitos extremos mostrados nas novelas despertam<br />

maior interesse do que a rotina diária, em<br />

que os fatos e opiniões nem sempre despertam<br />

maior entusiasmo nas pessoas.<br />

C) a rotina da vida diária, mesmo em regimes democráticos,<br />

acaba premiando apenas os bons, deixando<br />

de lado pessoas más, que geralmente se livram<br />

das merecidas punições.<br />

D) a deturpação da vida real nas novelas, que se voltam<br />

acentuadamente para sonhos e fantasias, pode<br />

transformá ‐las em fator alienante dos problemas<br />

normalmente existentes em uma democracia.<br />

E) as emoções trazidas pelos conflitos que surgem nas<br />

novelas nem sempre são suficientes para despertar<br />

sentimentos mais nobres nas pessoas, que tendem<br />

rotineiramente para comportamentos antiéticos.<br />

Alternativa B – CERta<br />

A confirmação da tese proposta no item B está no 2º<br />

parágrafo.<br />

Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

270<br />

TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />

Área Administrativa – dezembro 2010.<br />

Conclui ‐se do texto que democracia<br />

A) pode levar as pessoas a situações de fantasia, distantes<br />

do mundo real, tal como se faz em novelas<br />

que despertam grande audiência.<br />

B) tende a nivelar o comportamento das pessoas, padronizando<br />

seus desejos, tendo em vista que as<br />

oportunidades de realização são iguais para todos.<br />

C) exige, assim como nas novelas, que seus desdobramentos<br />

sejam acompanhados de perto por todos,<br />

para que as coisas boas sempre superem as más.<br />

D) é sempre um processo dinâmico, em que opiniões,<br />

valores e escolhas pessoais divergentes se manifestam<br />

no fluxo diário da convivência social.<br />

E) nem sempre parece ser o melhor regime, pois as pessoas,<br />

mesmo de índoles diferentes, convivem tranquilamente<br />

na sociedade, sem quaisquer restrições.<br />

Alternativa D – CERta<br />

O autor mostra na democracia a situação e a oposição<br />

como norma, e não como exceção. Como rotina, na democracia,<br />

as divergências convivem devido ao dinamismo<br />

que ela impõe.<br />

Alternativa A – errada<br />

O autor refere ‐se à novela, e não à democracia.<br />

Alternativa B – errada<br />

Como no item anterior a referência é feita à novela.<br />

Alternativa C – errada<br />

Não há quadro comparativo entre democracia e novela<br />

quanto ao bem e ao mal.<br />

Alternativa E – errada<br />

O item mostra oposição à referência feita pelo autor, pois<br />

o autor argumenta que a democracia impõe as diferenças<br />

de opiniões, o autor implicitamente afirma que viver em<br />

democracia não significa viver em tranquilidade.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

271<br />

TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />

Área Administrativa – dezembro 2010.<br />

No 1º parágrafo, o autor<br />

A) incorpora uma opinião alheia sobre as novelas<br />

como base para iniciar o desenvolvimento de suas<br />

próprias ideias a respeito desse tema.<br />

B) estabelece a oposição básica que perpassa todo o assunto<br />

do texto, entre sinceridade e fingimento, que<br />

também vai nortear o debate político na democracia.<br />

C) se vale da ficção apresentada nas novelas como<br />

imagem diluída de uma sociedade permissiva, que<br />

aceita, sem restrições, comportamentos antiéticos.<br />

D) condena o uso, muitas vezes indevido, de um sentimento<br />

amoroso que deveria unir pessoas, como<br />

meio válido de ascensão social.<br />

E) critica o hábito, comum em autores de novelas, de<br />

criar conflitos nem sempre válidos, para tornar a<br />

trama mais atraente.<br />

Alternativa A – CERta<br />

Alternativa B – errada<br />

O autor não estabelece oposição sugerida pelo enunciado.<br />

Estabelece, sim, a trama como fato de rotina.<br />

Alternativa C – errada<br />

O autor não estabelece permissividade e muito menos<br />

aceitação da sociedade aos fatores permissivos.


138 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

Alternativa D – errada<br />

O autor não discorre sobre sentimento amoroso como<br />

quadro comparativo ao fato estabelecido.<br />

Alternativa E – errada<br />

Embora haja crítica velada, o autor não cita autores de<br />

novela ou sequer os critica.<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

272<br />

TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />

Área Administrativa – dezembro 2010.<br />

A referência, no 1º parágrafo, aos retratos retocados e<br />

coloridos<br />

A) acentua o caráter alienante das novelas, cuja trama<br />

desconsidera os reais problemas a serem enfrentados<br />

pelas pessoas envolvidas no enredo.<br />

B) demonstra a capacidade de disfarce que caracteriza<br />

as personagens de má índole, que dão vida ao<br />

desenrolar da novela.<br />

C) aponta para o papel da ficção que, embora se baseie<br />

em fatos e personagens reais, cria situações<br />

fantasiosas, que preenchem o imaginário popular.<br />

D) alerta para o constante desvirtuamento, mostrado<br />

nas novelas, de valores básicos da sociedade, sugerindo<br />

modelos de comportamentos antiéticos.<br />

E) reproduz as atitudes previamente preparadas pelos<br />

maus para prejudicar os bons, atraindo o interesse<br />

daqueles dispostos a acompanhar o drama novelesco.<br />

Alternativa C – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

O autor não faz menção ao caráter alienante das novelas.<br />

Alternativa B – errada<br />

Segundo o autor, não há disfarce quanto ao bem nem<br />

quanto ao mal.<br />

Alternativa D – errada<br />

O autor não alerta nem menciona comportamentos<br />

antié ticos.<br />

Alternativa E – errada<br />

O autor não discorre sobre atitudes prévias, compõe apenas<br />

o bem e o mal, como atitudes ligadas ao ser humano.<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

273<br />

TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />

Área Administrativa – dezembro 2010.<br />

O fundo é real. A tela: ideais, sonhos, fantasias. (final<br />

do 1º parágrafo)<br />

Com outras palavras, o sentido do que se diz acima<br />

está corretamente reproduzido em:<br />

A) Sendo a verdadeira realidade, na representação de<br />

ideais, sonhos e fantasias.<br />

B) A base dos fatos é verdadeira, mas na tela surgem<br />

ideais, sonhos, fantasias.<br />

C) No fundo da história, é a verdade, que na tela só<br />

tem ideais de sonhos e fantasias.<br />

D) A realidade é vista com profundidade, conquanto<br />

na tela se veja ideais de sonhos fantasiosos.<br />

E) Os ideais, sonhos e fantasias da tela se transformam<br />

na mais profunda verdade.<br />

Alternativa B – CERta<br />

O autor contrapõe a base dos fatos verdadeira e a fantasia<br />

provocada na tela.<br />

Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

274<br />

TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />

Área Administrativa – dezembro 2010.<br />

Provavelmente as novelas exibam casos de ascensão<br />

social pelo amor – genuíno ou fingido – em proporção<br />

maior que a vida real... (1º parágrafo)<br />

O emprego das reticências no final do segmento transcrito<br />

acima denota<br />

A) nova referência, desnecessária, ao comentário de<br />

alguém alheio ao contexto.<br />

B) recurso adotado pelo autor, no sentido de estimular<br />

o interesse do leitor.<br />

C) certeza da concordância de um eventual leitor com<br />

a opinião ali exposta.<br />

D) desejo de que a ficção possa se deter, realmente,<br />

em fatos que ocorrem na vida real.<br />

E) hesitação, pela presença de um comentário de<br />

cunho subjetivo, sem base em dados reais.<br />

Alternativa E – CERta<br />

As reticências interrompem a fala, mas não interrompem<br />

o pensamento. Como a análise está sendo feita em dados<br />

não reais, o autor permite ao leitor desenvolver uma ideia<br />

que substitua as reticências.<br />

Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

275<br />

TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />

Área Administrativa – dezembro 2010.<br />

Mas a novela não é um retrato do Brasil, ou melhor, é<br />

sim... (1º parágrafo)<br />

O emprego da expressão grifada acima assinala uma<br />

A) contradição involuntária.<br />

B) repetição para realçar a ideia.<br />

C) retificação do que havia sido dito.<br />

D) conclusão decorrente da afirmativa inicial.<br />

E) condição básica de um fato evidente.<br />

Alternativa C – CERta<br />

A expressão – ou melhor – indica argumentação de retificação<br />

daquilo que fora dito anteriormente.<br />

Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa C


Português 139<br />

276<br />

TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />

Área Administrativa – dezembro 2010.<br />

Gilda de Mello e Souza dizia que o Brasil é muito bom<br />

nas novelas... (início do texto)<br />

O verbo flexionado nos mesmos tempos e modos em<br />

que se encontra o grifado acima está em:<br />

A) ... explicava ela...<br />

B) Novelas vivem de conflitos.<br />

C) Talvez por isso a democracia não nos empolgue<br />

tanto, no seu dia a dia...<br />

D) – que deveriam existir nos dois ou mais lados em<br />

concorrência –<br />

E) Mas eles são bons só na vida privada.<br />

Alternativa A – CERta<br />

Os verbos dizia e explicava estão no pretérito imperfeito<br />

do indicativo, havendo, portanto, correlação verbal.<br />

Alternativas B, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

277<br />

TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />

Área Administrativa – dezembro 2010.<br />

A expressão em que preenche corretamente a lacuna<br />

da frase:<br />

A) A trama das novelas transforma fatos reais em sonhos,<br />

...... muitos se distraem à noite, em suas casas.<br />

B) Após algum tempo, as pessoas esquecem as propostas<br />

...... marcaram o andamento da trama novelesca,<br />

mesmo que tenha obtido sucesso.<br />

C) Devemos estar atentos ao fato ...... novelas, por serem<br />

instrumento de lazer, tendem a mostram visão<br />

fantasiosa do mundo.<br />

D) Formas de comportamento ...... o autor projeta defeitos<br />

e virtudes da sociedade podem ser encontradas<br />

diariamente nas ruas.<br />

E) As novelas ...... o crítico se referia haviam discutido<br />

situações desagradáveis, que passam despercebidas<br />

para a maioria das pessoas.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

“... com que muitos se distraem...”<br />

Alternativa B – errada<br />

“... que marcaram...”<br />

Alternativa C – errada<br />

“... ao fato de que...”<br />

Alternativa E – errada<br />

“As novelas a que o (...) se referia...”<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

278<br />

TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />

Área Administrativa – dezembro 2010.<br />

A concordância verbal e a nominal estão inteiramente<br />

corretas na frase:<br />

A) Personagens do bem e do mal mostra a dualidade<br />

que existe em todas as ações humanas no decorrer<br />

de uma trama realmente capaz de manter o interesse<br />

dos espectadores.<br />

B) O drama representado em uma novela, com personagens<br />

atraentes que se divide entre o bem e o<br />

mal, atraem, durante vários meses, a atenção de<br />

um público fiel e interessado em suas peripécias.<br />

C) Uma novela que chame a atenção do público e leve<br />

os espectadores a acompanhar a trama, muitas vezes<br />

longa, deve basear ‐se em uma realidade transmudada<br />

em sonho e fantasia.<br />

D) Para que seja atraente as situações criadas pelo autor<br />

de uma novelas, é preciso que as personagens<br />

tenham atitudes coerentes e convincentes para o<br />

público que a acompanham diariamente.<br />

E) O drama que vive as personagens de novelas, ainda<br />

que seja baseado em tipos humanos reais, nem<br />

sempre convencem os espectadores, que desejam<br />

se distrair em casa, após o trabalho.<br />

Alternativa C – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

“... mostram” concordando com “personagens”.<br />

Alternativa B – errada<br />

“O drama (...) atrai...”<br />

Alternativa D – errada<br />

“Para que sejam atraentes (...) as situações e (...) para o<br />

público que as acompanha...” O pronome oblíquo a deverá<br />

estar no plural para concordar com novelas.<br />

Alternativa E – errada<br />

“O drama (...) convence”.<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

Atenção: As questões 279 a 285 baseiam ‐se no texto abaixo.<br />

O crescimento das cidades médias, aquelas com mais de 100.000 e menos de 500.000 habitantes,<br />

é o grande fenômeno nacional. Na próxima década, a catarinense Joinville, a gaúcha Caxias do<br />

Sul, Niterói e Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, e Santos e São José do Rio Preto, em São<br />

Paulo, devem ombrear com Londrina, no Paraná. No sertão nordestino, a pernambucana Petrolina


140 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

e a paraibana Campina Grande já se comportam como metrópoles. Há vários casos de cidades médias<br />

que crescem a um ritmo chinês, como a paulista Hortolândia, a paraense Marabá e Angra dos<br />

Reis e Cabo Frio, estas no Rio de Janeiro. Um estudo da socióloga Diana Motta e do economista<br />

Daniel da Mata, ambos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra que, nos últimos<br />

dez anos, elas se converteram no verdadeiro motor do desenvolvimento brasileiro. Para se ter<br />

uma ideia, entre 2002 e 2007 o produto interno bruto cresceu a uma taxa de 4% ao ano. O das cidades<br />

médias contribuiu, em média, 5,4% ao ano – quase o dobro do crescimento verificado nos<br />

municípios grandes. Donas de um parque industrial e um setor de serviços mais pujantes, elas respondem,<br />

agora, por 28% da economia nacional.<br />

Hoje, um em cada quatro brasileiros vive em cidades médias. O dinamismo constatado pelos<br />

dois pesquisadores é um sinal inequívoco de progresso. “A evolução das cidades médias indica que<br />

o Brasil está superando uma deficiência histórica: a concentração da riqueza nos grandes centros<br />

situados ao longo do litoral”, diz o economista Danilo Igliori, da Universidade de São Paulo. No<br />

século XVII, frei Vicente do Salvador, considerado o primeiro historiador do país, condenava o<br />

modelo de ocupação do território. “Contentam‐se de andar arranhando (as terras) ao longo do mar<br />

como caranguejos”, escreveu em sua História do Brazil, publicada em <strong>16</strong>30. Somente durante o<br />

milagre econômico dos anos 70 o governo federal percebeu que algumas cidades médias tinham se<br />

tornado polos econômicos regionais, atraíam contingentes de imigrantes e precisavam adotar políticas<br />

específicas para não enfrentar processos de favelização semelhantes aos vividos por São Paulo<br />

e Rio de Janeiro. O projeto rendeu frutos. Embora abriguem bolsões de pobreza, esses municípios<br />

obtiveram melhores resultados na preservação de seu tecido urbano.<br />

Em meados dos anos 90, os investidores depararam com capitais estranguladas e resolveram<br />

interiorizar suas operações industriais e comerciais. Hoje, de cada real produzido nas fábricas brasileiras,<br />

44 centavos são provenientes de unidades instaladas em cidades médias. Um dos resultados<br />

da expansão econômica foi o aumento vertiginoso do setor de serviços. Tais mudanças conferiram<br />

tanta independência às cidades médias que 60% delas não precisam ter maiores vínculos com a<br />

região metropolitana da capital de seu Estado.<br />

Especial Cidades Médias. Veja, 1 de setembro de 2010,<br />

p. 78 ‐80, com adaptações.<br />

279<br />

TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />

Área Administrativa – dezembro 2010.<br />

Em relação ao assunto do texto, é correto afirmar:<br />

A) A exposição busca comprovar a noção histórica<br />

de que no país sempre houve a concentração da<br />

riqueza nos grandes centros situados ao longo<br />

do litoral, comprometendo o desenvolvimento<br />

econômico do interior.<br />

B) A maior alteração surgida em relação às cidades<br />

médias por todo o país se concentrou no aumento<br />

vertiginoso do setor de serviços, o que beneficiou<br />

até mesmo as capitais, antes impossibilitadas de<br />

expandir o comércio e a indústria.<br />

C) Houve tentativas governamentais de controle da<br />

imigração para evitar que as cidades que atraíam<br />

contingentes de imigrantes estivessem sujeitas aos<br />

processos de favelização.<br />

D) Encontram ‐se em todo o texto dados referentes ao<br />

desempenho econômico das cidades médias, que<br />

servem de sustentação para a afirmativa inicial de<br />

que seu crescimento é o grande fenômeno nacional.<br />

E) A longa listagem de cidades localizadas em todo o<br />

país compromete o desenvolvimento claro e lógico<br />

da exposição dos fatos econômicos nas cidades<br />

consideradas médias, aquelas com mais de 100.000<br />

e menos de 500.000 habitantes.<br />

Alternativa D – CERta<br />

O texto quase na íntegra apresenta dados referentes ao<br />

crescimento das médias cidades brasileiras.<br />

Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa D


Português 141<br />

280<br />

TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />

Área Administrativa – dezembro 2010.<br />

... elas se converteram no verdadeiro motor do desenvolvimento<br />

brasileiro. (1º parágrafo)<br />

O segmento que embasa com propriedade o que foi<br />

afirmado acima, considerando ‐se o contexto, está em:<br />

A) Hoje, um em cada quatro brasileiros vive em cidades<br />

médias.<br />

B) No século XVII, frei Vicente do Salvador, considerado<br />

o primeiro historiador do país, condenava o modelo<br />

de ocupação do território.<br />

C) ... e precisavam adotar políticas específicas para<br />

não enfrentar processos de favelização semelhantes<br />

aos vividos por São Paulo e Rio de Janeiro.<br />

D) Embora abriguem bolsões de pobreza, esses municípios<br />

obtiveram melhores resultados na preservação<br />

de seu tecido urbano.<br />

E) ... de cada real produzido nas fábricas brasileiras,<br />

44 centavos são provenientes de unidades instaladas<br />

em cidades médias.<br />

Alternativa E – CERta<br />

Na alternativa E, está implícita a ideia de que as cidades<br />

médias representam expressiva parcela do desenvolvimento<br />

do país.<br />

Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

281<br />

TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />

Área Administrativa – dezembro 2010.<br />

Tais mudanças conferiram tanta independência às cidades<br />

médias que 60% delas não precisam ter maiores<br />

vínculos com a região metropolitana da capital de seu<br />

Estado. (final do texto)<br />

A relação sintático ‐semântica que se estabelece entre<br />

as orações do período acima é, respectivamente, de<br />

A) causa e consequência.<br />

B) condição e fato dela decorrente.<br />

C) hipótese provável e ressalva.<br />

D) temporalidade e constatação de um fato.<br />

E) fato real e finalidade decorrente desse fato.<br />

Alternativa A – CERta<br />

“Tais mudanças conferiram tanta (...) que...” relação estabelecida<br />

de causa e efeito ou consequência.<br />

Alternativas B, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

282<br />

TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />

Área Administrativa – dezembro 2010.<br />

A afirmativa INCORRETA em relação a cada um dos<br />

segmentos transcritos do 1º parágrafo é:<br />

A) devem ombrear com Londrina, no Paraná = o segmento<br />

grifado pode ser substituído por igualar ‐se<br />

a, sem prejuízo do sentido original.<br />

B) que crescem a um ritmo chinês = a expressão grifada<br />

remete aos altíssimos índices de expansão da<br />

economia chinesa.<br />

C) Um estudo da socióloga Diana Motta e do economista<br />

Daniel da Mata, ambos do Instituto de Pesquisa<br />

Econômica Aplicada (Ipea), mostra... = o verbo<br />

grifado deverá manter ‐se no singular, mesmo<br />

que o início da frase seja alterado para Os estudos<br />

da socióloga (...) e do economista (...).<br />

D) O das cidades médias contribuiu, em média, 5,4% ao<br />

ano = o pronome grifado no início da frase evita a<br />

repetição, no contexto, de O produto interno bruto.<br />

E) – quase o dobro do crescimento verificado nos municípios<br />

grandes = o travessão poderia ser substituído<br />

por uma vírgula, permanecendo a correção<br />

do segmento.<br />

Alternativa C – CERta<br />

Se passarmos para o plural os estudos (...) mostram..., o verbo<br />

deverá ir para o plural em concordância com o sujeito.<br />

Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

283<br />

TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />

Área Administrativa – dezembro 2010.<br />

– quase o dobro do crescimento verificado nos municípios<br />

grandes. (1º parágrafo)<br />

Considerando ‐se o contexto, a afirmativa acima constitui<br />

A) comentário sem articulação direta com o contexto.<br />

B) hipótese a ser comprovada por evidências com<br />

base em dados reais.<br />

C) suposição de que as informações não possam ser<br />

comprovadas.<br />

D) opinião sujeita a ser referendada por estudos mais<br />

recentes.<br />

E) constatação a partir da comparação entre os dados<br />

apresentados.<br />

Alternativa E – CERta<br />

O autor estabelece a comparação por meio do crescimento<br />

do produto interno bruto a 4% ao ano e o das cidades<br />

médias – média a 5,4% ao ano.<br />

Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

284<br />

TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />

Área Administrativa – dezembro 2010.<br />

O projeto rendeu frutos. (final do 2º parágrafo)<br />

A mesma relação entre verbo e complemento, ambos<br />

grifados acima, se reproduz na frase:


142 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

A) ... entre 2002 e 2007 o produto interno bruto cresceu<br />

a uma taxa de 4% ao ano.<br />

B) ... elas respondem, agora, por 28% da economia<br />

nacional.<br />

C) Hoje, um em cada quatro brasileiros vive em cidades<br />

médias.<br />

D) ... esses municípios obtiveram melhores resultados<br />

na preservação de seu tecido urbano.<br />

E) ... os investidores depararam com capitais estranguladas...<br />

Alternativa D – CERta<br />

Estamos diante de um verbo transitivo direto rendeu e<br />

seu complemento verbal, o objeto direto frutos. Na alternativa<br />

D, temos o verbo obter e o complemento verbal<br />

objeto direto: melhores resultados.<br />

Alternativa A – errada<br />

O verbo crescer é intransitivo.<br />

Alternativa B – errada<br />

O verbo responder é transitivo indireto.<br />

Alternativa C – errada<br />

O verbo viver é intransitivo.<br />

Alternativa E – errada<br />

O verbo deparar é transitivo indireto.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

285<br />

TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />

Área Administrativa – dezembro 2010.<br />

Embora abriguem bolsões de pobreza, esses municípios<br />

obtiveram melhores resultados na preservação de<br />

seu tecido urbano. (final do 2º parágrafo)<br />

Com outras palavras, a mesma ideia está expressa com<br />

correção e clareza em:<br />

A) A malha urbana foi resguardada nas cidades médias,<br />

apesar de se observarem nelas alguns núcleos<br />

de moradores vivendo em condições de pobreza.<br />

B) As cidades médias, tal como nas grandes, tiveram<br />

crescimento em sua população urbana, mesmo se<br />

elas se manteram mais pobres em relação à outras.<br />

C) os municípios onde a organização urbana ficou intacta,<br />

foi nas médias, diferente da situação das grandes<br />

cidades que não ocorreu maior favorecimento.<br />

D) Conquanto se visse a existência de locais mais pobres,<br />

foi as cidades médias que se desenvolveu melhor,<br />

com a manutenção da área urbana.<br />

E) Para favorecer as áreas urbanas, o que aconteceu<br />

nas cidades médias, com efeitos mais garantidos<br />

de melhoria das condições de vida.<br />

Alternativa A – CERta<br />

Alternativa B – errada<br />

Manteram por mantiveram. À outras por a outras.<br />

Alternativa C – errada<br />

“Os municípios (...) foram (...) diferentes (...) cidades em<br />

que...”<br />

Alternativa D – errada<br />

“... foram as cidades médias...”<br />

Alternativa E – errada<br />

O período está incompleto, faltando coesão.<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

286<br />

TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />

Área Administrativa – dezembro 2010.<br />

Esses mesmos princípios (...) aplicam ‐se às comunicações<br />

oficiais: elas devem sempre permitir uma única<br />

interpretação e ser estritamente impessoais e uniformes,<br />

o que exige o uso de certo nível de linguagem.<br />

As observações anteriores estão inteiramente respeitadas<br />

em:<br />

A) tendo sido convidado para participar junto de V. Sa.<br />

da festa de encerramento do ano, apesar da evidente<br />

prova de amizade dada ao dirigir ‐me tão honroso<br />

convite, devo dizer ‐lhe que, infelizmente não poderei<br />

comparecer a tão auspicioso evento, por ter assumido<br />

outro importante compromisso na mesma data.<br />

B) Em cumprimento ao despacho de V. Exa., publicado<br />

nesta data no Diário Oficial do Estado, encaminhamos<br />

‐lhe as informações referentes ao andamento<br />

dos serviços, em consonância com o cronograma<br />

previamente estabelecido por esta pasta.<br />

C) Venho, em nome de toda a comunidade que tenho<br />

a honra de estar representando, enviar a V. Exa. e a<br />

todos servidores de seu gabinete, o convite para a<br />

merecida homenagem que desejamos prestar ‐lhe,<br />

em agradecimento ao vosso valioso auxílio para o<br />

andamento de nossos projetos sociais.<br />

D) Como estamos com tempo realmente reduzido, encaminho<br />

a vós, Senhor Responsável pelo setor de<br />

entregas deste Departamento, pedindo ‐lhe o despacho<br />

dos produtos com urgência, que se destina<br />

ao pessoal da limpeza destas dependências.<br />

E) Complementando, como deve ser feito, as informações<br />

que se referem ao ato que o Diário Oficial publicou,<br />

de V. Sa., na semana passada, é meu dever<br />

informar a V. Sa. de que já está sendo tomada as<br />

devidas providências a respeito.<br />

Alternativa B – CERta<br />

A correspondência oficial prima pela impessoalidade,<br />

como vemos no item B. As outras alternativas apresentam<br />

pontos gramaticais e de informação irregulares.<br />

Alternativa A – errada<br />

Corrigir: de V. Sa. para Vª. Sª. Não fica claro o pronome<br />

de tratamento. Leva ‐se em conta que o pronome de tratamento<br />

vossa senhoria é o mais comum e deverá ser ende‐


Português 143<br />

reçado a qualquer pessoa. O relacionamento íntimo deve<br />

ser evitado, tendo em vista ser um documento oficial.<br />

Alternativa C – errada<br />

O pronome de tratamento deverá ser usado sempre como<br />

terceira pessoa, sendo, portanto, proibitivo o uso de vosso.<br />

Alternativa D – errada<br />

O uso incorreto de vós – 2ª pessoa. Uso indevido de maiúsculas<br />

em senhor responsável, termo de uso indevido.<br />

Alternativa E – errada<br />

Problemas de pontuação, uso indevido do pronome de tratamento<br />

e de regência: informar a Vossa Senhoria que...<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

287<br />

TRT/12ª Região – Técnico Judiciário –<br />

Área Administrativa – dezembro 2010.<br />

O emprego dos pronomes de tratamento está inteiramente<br />

correto em:<br />

A) Senhor João das Neves, respeitável representante<br />

da Sociedade Amigos e Amigos, queremos cumprimentar<br />

‐vos pela gestão que V. Exa. tão bem tem<br />

conduzido neste último ano.<br />

B) Estamos à disposição de V. Exa. para dar continuidade<br />

aos trabalhos que vós encetaram neste setor,<br />

e esperamos fazê ‐lo tão bem quanto vós mesmos o<br />

fizestes.<br />

C) É notório que V. Sa. deveis estar sabendo dos progressos<br />

conseguidos por estas pessoas, e por isso<br />

vimos solicitar ‐vos vossa atenção para uma situação<br />

surgida recentemente.<br />

D) Pedimos encarecidamente a Vossa Senhoria que<br />

não abandoneis a organização de nossos programas<br />

culturais, em nome daqueles que dependem<br />

de vosso conhecimento nessa área.<br />

E) A Vossa Excelência, nossa prestigiada Embaixadora,<br />

dirigimos os votos de que possa cumprir com<br />

êxito sua missão diplomática em região tão conturbada<br />

por conflitos entre nações vizinhas.<br />

Alternativa E – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

Faltou coesão. Problemas de pontuação. Uso incorreto do<br />

pronome de tratamento, uma vez que, para o cargo de representante,<br />

não cabe vossa excelência. Uso indevido de<br />

vós, pois o correto seria para a terceira pessoa.<br />

Alternativa B – errada<br />

Uso incorreto de vós. Problemas com a concordância –<br />

vós mesmos.<br />

Alternativa C – errada<br />

Uso incorreto da segunda pessoa.<br />

Alternativa D – errada<br />

Uso incorreto do verbo na segunda pessoa.<br />

Gabarito oficial: alternativa E


TRT/12ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA<br />

JUDICIÁRIA – DEZEMBRO 2010<br />

Atenção: As questões 288 a 295 referem ‐se ao texto seguinte.<br />

Estatuto da Criança e do Adolescente, 20 anos<br />

Em seus 20 anos de existência, completados neste ano, o Estatuto da Criança e do Adolescente<br />

(ECA) contribuiu para importantes avanços sociais do país. Ao reunir com clareza o conjunto de<br />

direitos dos jovens, o código forneceu instrumentos ao Ministério Público e à Justiça para tornar<br />

mais eficiente o combate ao trabalho infantil e garantir oferta de vagas em escolas públicas. Entre<br />

outros aspectos relevantes, o ECA também se mostrou útil para formar consensos e nortear políticas<br />

governamentais.<br />

O estatuto ainda não foi integralmente implementado e tem encontrado entraves à aplicação<br />

de seus princípios em algumas áreas, sobretudo no tratamento dos adolescentes infratores.<br />

Em que pese a impressão de que a legislação é leniente nesses casos e dificulta a aplicação de<br />

punições, uma pesquisa da Universidade Federal da Bahia em diversos Tribunais de Justiça no país<br />

concluiu que o tratamento dispensado ao adolescente infrator é mais severo do que aquele aplicado<br />

aos criminosos adultos. Juízes se inclinaram pela pena mais pesada, de internação, em 86% dos<br />

casos analisados.<br />

Também são constatadas falhas na garantia dos direitos dos jovens nos processos, como<br />

audiên cias apressadas e sem testemunhas de defesa – ou insuficiência de provas para a condenação.<br />

Cogitam ‐se mudanças no texto com o intuito de melhor detalhar as responsabilidades do poder<br />

público na execução das medidas socioeducativas. Nenhuma alteração, contudo, será suficiente se<br />

não forem criadas condições para aplicar as sanções alternativas, como a liberdade assistida, com<br />

acompanhamento de especialistas. São raros os municípios que contam com equipes preparadas e<br />

meios para implementar esses procedimentos. Essa deveria ser uma das prioridades do Estado ao<br />

lidar com crianças e adolescentes. Se juízes parecem atuar com excessivo rigor, inclinando ‐se pela


Português 145<br />

internação, o fazem para responder a pressões da sociedade, que se sente vítima da insegurança, e<br />

por falta de condições para aplicar medidas mais adequadas.<br />

Folha de S.Paulo, editorial, 14/07/2010.<br />

288<br />

TRT/12ª Região – Analista Judiciário –<br />

Área Judiciária – dezembro 2010.<br />

De acordo com o texto, entre as inegáveis conquistas<br />

sociais decorrentes da implantação do Estatuto da<br />

Criança e do Adolescente (ECA), cabe mencionar o<br />

I – aprimoramento das técnicas didáticas do ensino público<br />

fundamental e o incentivo à profissionalização<br />

orientada.<br />

II – estabelecimento de políticas públicas na área da<br />

educação e a garantia plena de direitos trabalhistas.<br />

III – estabelecimento de medidas para suprimir o trabalho<br />

infantil e garantir o pleno acesso ao ensino público.<br />

Está correto o que consta APENAS em<br />

A) I.<br />

B) II.<br />

C) III.<br />

D) I e II.<br />

E) II e III.<br />

Alternativa C – CERta<br />

Item I: O texto não faz menção a direitos trabalhistas.<br />

Item II: O texto mostra a importância do documento<br />

mas não afirma que estabeleça medidas para garantir<br />

acesso ao ensino.<br />

Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

289<br />

TRT/12ª Região – Analista Judiciário –<br />

Área Judiciária – dezembro 2010.<br />

A implementação do ECA ainda não pode ser considerada<br />

um sucesso completo porque, no que diz respeito<br />

à área da justiça e da segurança,<br />

A) a legislação específica para os casos de menores<br />

infratores mostrou ‐se leniente.<br />

B) surgiram dificuldades incontornáveis para a efetiva<br />

aplicação de pena ao menor infrator.<br />

C) registra ‐se grande morosidade no andamento de<br />

processos que implicavam medidas urgentes.<br />

D) a Constituição brasileira em vigor não sanciona as<br />

garantias estabelecidas no ECA.<br />

E) tem ocorrido excesso de rigor nas punições e açodamento<br />

nos ritos processuais.<br />

Alternativa E – CERta<br />

A confirmação para esta alternativa está no último parágrafo.<br />

Alternativas A, B, C e D – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

290<br />

TRT/12ª Região – Analista Judiciário –<br />

Área Judiciária – dezembro 2010.<br />

No quarto parágrafo há sugestões para o aprimoramento<br />

da aplicação do ECA no caso do adolescente infrator,<br />

entre elas a que propõe<br />

A) menor período de confinamento para os adolescentes<br />

infratores que não sejam reincidentes.<br />

B) ações socioeducativas, que traduzam iniciativa do<br />

poder público na direção de sanções alternativas.<br />

C) longos períodos de internação apenas nos casos<br />

em que se verifique clamor público.<br />

D) a convocação de especialistas para que determinem<br />

em lei os casos que admitem liberdade assistida.<br />

E) intervenção nos municípios em que se verifique insurgência<br />

contra a aplicação das diretrizes do ECA.<br />

Alternativa B – CERta<br />

A confirmação para essa resposta está no quarto parágrafo.<br />

Alternativas A, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

291<br />

TRT/12ª Região – Analista Judiciário –<br />

Área Judiciária – dezembro 2010.<br />

Considerando ‐se o contexto, traduz ‐se adequadamente<br />

o sentido de um segmento em:<br />

A) formar consensos e nortear políticas governamentais<br />

(1º parágrafo) / criar unanimidades e sancionar<br />

medidas públicas.<br />

B) não foi integralmente implementado (2º parágrafo)<br />

/ não alcançou repercussão inteiramente favorável.<br />

C) Em que pese a impressão de que (3º parágrafo) /<br />

Tendo em vista a percepção pela qual.<br />

D) tratamento dispensado ao (...) infrator (3º parágrafo)<br />

/ trato conferido a quem infringe a lei.<br />

E) inclinando ‐se pela internação (4º parágrafo) / refluindo<br />

em face do internamento.


146 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

Alternativa D – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

Nortear não é sinônimo de sancionar.<br />

Alternativa B – errada<br />

Implementado difere de repercussão favorável.<br />

Alternativa C – errada<br />

Não há sinônimo entre impressão e percepção.<br />

Alternativa E – errada<br />

Inclinando ‐se não traduz corretamente refluindo.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

292<br />

TRT/12ª Região – Analista Judiciário –<br />

Área Judiciária – dezembro 2010.<br />

As normas de concordância verbal estão plenamente<br />

observadas na seguinte frase:<br />

A) São dignos de nota, por conta da implementação<br />

do ECA, os avanços que está havendo nos cuidados<br />

dispensados aos menores.<br />

B) Foram necessários reunir todos os direitos dos jovens<br />

num estatuto único, para que a todos os menores<br />

se dispensassem a atenção que merecem.<br />

C) Os entraves que apresentam esse Estatuto devem‐<br />

‐se, em grande parte, à dificuldade de se estabelecer<br />

penas para os menores infratores.<br />

D) Cabem aos que devem aplicar os dispositivos do<br />

ECA zelar pela prudência quando da aplicação das<br />

medidas punitivas a ser tomadas.<br />

E) A aplicação de penas extremamente rigorosas,<br />

que alguns juízes vem determinando na maioria<br />

dos casos, não contribuem para a formação dos<br />

adolescentes.<br />

Alternativa A – CERta<br />

Alternativa B – errada<br />

“Foi necessário reunir (...) se dispensasse a atenção...”<br />

Alternativa C – errada<br />

“... apresenta esse estatuto (...) de se estabelecerem penas...”<br />

Alternativa D – errada<br />

“Cabe aos que devam aplicar (...) zelarem (...) a serem<br />

tomadas.”<br />

Alternativa E – errada<br />

“... juízes vêm (...) não contribui...”<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

293<br />

TRT/12ª Região – Analista Judiciário –<br />

Área Judiciária – dezembro 2010.<br />

Não admite transposição para a voz passiva a seguinte<br />

construção:<br />

A) a legislação é leniente nesses casos.<br />

B) o estatuto tem encontrado entraves.<br />

C) a legislação dificulta a aplicação de punições.<br />

D) o intuito de melhor detalhar as responsabilidades.<br />

E) para implementar esses procedimentos.<br />

Alternativa A – CERta<br />

O verbo ser é de ligação, não aceita, portanto, a voz passiva.<br />

Alternativa B – errada<br />

“Entraves têm sido encontrados...”<br />

Alternativa C – errada<br />

“A aplicação de punições é dificultada...”<br />

Alternativa D – errada<br />

“... as responsabilidades serem mais bem detalhadas”<br />

Alternativa E – errada<br />

“... esses procedimentos serem implementados”<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

294<br />

TRT/12ª Região – Analista Judiciário –<br />

Área Judiciária – dezembro 2010.<br />

De acordo com o contexto, na frase Essa deveria ser<br />

uma das prioridades do Estado ao lidar com crianças e<br />

adolescentes (4º parágrafo), o pronome sublinhado<br />

A) anuncia uma prioridade que se formulará em seguida,<br />

já no final do texto.<br />

B) refere ‐se à inexistência de equipamentos de segurança<br />

minimamente aceitáveis nos municípios.<br />

C) refere ‐se à necessidade já referida de se possibilitar<br />

a aplicação de sanções alternativas.<br />

D) anuncia a prioridade de se evitar a aplicação de penas<br />

a menores eventualmente infratores.<br />

E) refere ‐se à prioridade de garantir as conquistas já<br />

constatadas quando da aplicação do ECA.<br />

Alternativa C – CERta<br />

A resposta a essa questão está no último parágrafo.<br />

Alternativas A, B, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa C<br />

295<br />

TRT/12ª Região – Analista Judiciário –<br />

Área Judiciária – dezembro 2010.<br />

Em Nenhuma alteração, contudo, será suficiente se não<br />

forem criadas condições para aplicar as sanções alternativas<br />

(...), o segmento sublinhado pode ser substituído,<br />

sem prejuízo para a correção e o sentido da frase, por:<br />

A) Não há alteração, ademais, que se mostre inapta.<br />

B) Todavia, será insuficiente qualquer alteração.


Português 147<br />

C) Uma vez que não haja mais alteração, bastará esta.<br />

D) Nenhuma alteração, fora esta, poderá bastar.<br />

E) Por conseguinte, qualquer alteração deixará de ser<br />

suficiente.<br />

Alternativa B – CERta<br />

Todavia é conjunção e determina argumentação de oposição,<br />

substituindo contudo.<br />

Alternativa A – errada<br />

Ademais indica inclusão.<br />

Alternativa C – errada<br />

Uma vez que indica causa.<br />

Alternativa D – errada<br />

Fora esta indica exclusão.<br />

Alternativa E – errada<br />

Por conseguinte indica conclusão.<br />

Gabarito oficial: alternativa B<br />

296<br />

TRT/12ª Região – Analista Judiciário –<br />

Área Judiciária – dezembro 2010.<br />

A pontuação está plenamente adequada na frase:<br />

A) Em 86% dos casos que foram analisados, por uma<br />

pesquisa da Universidade Federal da Bahia,<br />

verificou ‐se para a frustração de muitos, que as penas<br />

aplicadas aos adolescentes tendiam quase<br />

sempre, a ser mais severas que as aplicadas a adultos<br />

em ocorrências semelhantes.<br />

B) Em 86% dos casos, que foram analisados por uma<br />

pesquisa da Universidade Federal da Bahia,<br />

verificou ‐se para a frustração de muitos que as penas<br />

aplicadas aos adolescentes, tendiam quase<br />

sempre a ser mais severas, que as aplicadas a adultos<br />

em ocorrências semelhantes.<br />

C) Em 86% dos casos que foram analisados, por uma<br />

pesquisa da Universidade Federal da Bahia,<br />

verificou ‐se, para a frustração de muitos que as penas<br />

aplicadas aos adolescentes, tendiam, quase<br />

sempre, a ser mais severas que as aplicadas a adultos<br />

em ocorrências semelhantes.<br />

D) Em 86% dos casos que foram analisados por uma<br />

pesquisa da Universidade Federal da Bahia,<br />

verificou ‐se, para a frustração de muitos, que as<br />

penas aplicadas aos adolescentes tendiam, quase<br />

sempre, a ser mais severas que as aplicadas a adultos,<br />

em ocorrências semelhantes.<br />

E) Em 86% dos casos que foram analisados por uma<br />

pesquisa, da Universidade Federal da Bahia, verificou<br />

‐se para a frustração de muitos, que, as penas<br />

aplicadas aos adolescentes, tendiam, quase sempre,<br />

a ser mais severas que as aplicadas a adultos,<br />

em ocorrências semelhantes.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Os erros de pontuação existentes em todas as alternativas<br />

serão corrigidos pela alternativa D.<br />

Alternativas A, B, C e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

297<br />

TRT/12ª Região – Analista Judiciário –<br />

Área Judiciária – dezembro 2010.<br />

Está clara e correta a redação deste livre comentário<br />

sobre o texto:<br />

A) Ainda não se fez notar uma plena satisfação da<br />

aplicabilidade desejável daqueles quesitos do<br />

ECA que se referem ao estabelecimento de suas<br />

punições.<br />

B) Uma das fraquezas imputadas ao ECA está no rigor<br />

excessivo por cujo os juízes tem orientado a<br />

aplicação das penas por eles mesmos exaradas<br />

nos processos.<br />

C) Faz ‐se mister aperfeiçoar as condições que se imputam<br />

ao ECA caso se pretendam que seus proveitos<br />

atinjam também os menores infratores.<br />

D) Impõe ‐se, com a devida vênia, que os juízes responsáveis<br />

pela aplicação do ECA congracem em<br />

torno de arrefecimento menos severo aos menores<br />

penalizados.<br />

E) Apesar do que prevê o ECA, está ocorrendo excesso<br />

de rigor, na maior parte dos casos, quando se<br />

trata de julgar e punir adolescentes infratores.<br />

Alternativa E – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

“... uma plena satisfação (...) que se refere...”<br />

Alternativa B – errada<br />

“... por cujos juízes (...) não se usa artigo após o pronome<br />

relativo cujo e suas variações”<br />

Alternativa C – errada<br />

“... caso se pretenda que...”<br />

Alternativa D – errada<br />

Problemas de coesão e entendimento.<br />

Gabarito oficial: alternativa E


148 Coleção Resposta Certa – Português – Fcc<br />

Atenção: As questões 298 a 300 referem ‐se ao seguinte texto.<br />

Homens<br />

Deus, que não tinha problemas de verba, nem uma oposição para ficar dizendo “Projetos faraônicos!<br />

Projetos faraônicos!”, resolveu, numa semana em que não tinha mais nada para fazer, criar o<br />

mundo. E criou o céu e a terra e as estrelas, e viu que eram razoáveis. Mas achou que faltava vida na sua<br />

criação e – sem uma ideia muito firme do que queria – começou a experimentar com formas vivas. Fez<br />

amebas, insetos, répteis. As baratas, as formigas etc. Mas, apesar de algumas coisas bem resolvidas – a<br />

borboleta, por exemplo –, nada realmente o agradou. Decidiu que estava se reprimindo e partiu para<br />

grandes projetos: o mamute, o dinossauro e, numa fase especialmente megalomaníaca, a baleia. Mas<br />

ainda não era bem aquilo. Não chegou a renegar nada do que fez – a não ser o rinoceronte, que até hoje<br />

Ele diz que não foi Ele – e tem explicação até para a girafa, citando Le Corbusier* (“A forma segue a<br />

função”). Mas queria outra coisa. E então bolou um bípede. Uma variação do macaco, sem tanto cabelo.<br />

Era quase o que Ele queria. Mas ainda não era bem aquilo. E, entusiasmado, Deus trancou ‐se na<br />

sua oficina e pôs ‐se a trabalhar. E moldou sua criatura, e abrandou suas feições, e arredondou suas<br />

formas, e tirou um pouquinho daqui e acrescentou um pouquinho ali. E criou a Mulher, e viu que era<br />

boa. E determinou que ela reinaria sobre a sua criação, pois era a sua obra mais bem ‐acabada.<br />

Infelizmente, o Diabo andou mexendo na lata de lixo de Deus e, com o que sobrou da Mulher,<br />

criou o Homem.<br />

*Le Corbusier: Importante arquiteto francês.<br />

Luis Fernando Verissimo. As mentiras que os homens contam.<br />

Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.<br />

298<br />

TRT/12ª Região – Analista Judiciário –<br />

Área Judiciária – dezembro 2010.<br />

O humor e a ironia do texto derivam de vários recursos<br />

utilizados, tais como:<br />

I – Aproximação jocosa da linguagem bíblica.<br />

II – Informalidade e irreverência na caracterização de<br />

Deus.<br />

III – Alusões sarcásticas à política entre os homens.<br />

Satisfaz o enunciado o que consta em<br />

A) I, II e III.<br />

B) I e II, apenas.<br />

C) II e III, apenas.<br />

D) I e III, apenas.<br />

E) I, apenas.<br />

Alternativa A – CERta<br />

Todos os itens estão corretos.<br />

Alternativas B, C, D e E – ERRADAS<br />

Gabarito oficial: alternativa A<br />

299<br />

TRT/12ª Região – Analista Judiciário –<br />

Área Judiciária – dezembro 2010.<br />

Está correta a seguinte afirmação sobre uma ocorrência<br />

no texto:<br />

A) os termos faraônicos e megalomaníaca opõem ‐se<br />

quanto ao sentido.<br />

B) a citação do arquiteto Corbusier torna justificável a<br />

criação do rinoceronte.<br />

C) o termo se reprimindo aplica ‐se a Deus pelo fato<br />

de Ele haver criado bichos monstruosos.<br />

D) a forma pela qual a Mulher foi criada justifica o primado<br />

masculino na Terra.<br />

E) os termos lata de lixo e sobrou conotam a inferioridade<br />

da condição do Diabo e do Homem.<br />

Alternativa E – CERta<br />

Alternativa A – errada<br />

Semanticamente, os termos são sinônimos.<br />

Alternativa B – errada<br />

Não se justifica por ser arquiteto e, convenhamos, rinoceronte<br />

não é trabalho para a arquitetura, e sim para a<br />

zoologia.<br />

Alternativa C – errada<br />

Sentiu ‐se mal por não ter criado nada que agradasse a ele.


Português 149<br />

Alternativa D – errada<br />

A afirmativa opõe ‐se à justificativa. Para o texto, a mulher<br />

é um ser superior.<br />

Gabarito oficial: alternativa E<br />

300<br />

TRT/12ª Região – Analista Judiciário –<br />

Área Judiciária – dezembro 2010.<br />

Constituem uma causa e seu efeito, respectivamente,<br />

os segmentos indicados em:<br />

A) não tinha problemas de verba / nem [tinha] uma<br />

oposição.<br />

B) apesar de algumas coisas bem resolvidas / nada o<br />

agradou.<br />

C) não chegou a renegar nada do que fez / a não ser o<br />

rinoceronte.<br />

D) era a sua obra mais bem ‐acabada / determinou que<br />

ela reinaria.<br />

E) começou a experimentar com formas vivas / achou<br />

que faltava vida.<br />

Alternativa D – CERta<br />

Era o melhor feito até então = causa.<br />

Determinou que ela reinaria = efeito.<br />

Alternativa A – errada<br />

Soma de ideias.<br />

Alternativas B e C – ERRADAS<br />

Oposição.<br />

Alternativa E – errada<br />

Explicação.<br />

Gabarito oficial: alternativa D<br />

301<br />

TRT/12ª Região – Analista Judiciário –<br />

Área Judiciária – dezembro 2010.<br />

Assinale a alternativa em haja um termo que exerça a<br />

função de complemento nominal.<br />

A) “Cheia de uns ímpetos misteriosos”<br />

B) “dá de graça aos vermes”<br />

C) “cada estação da vida”<br />

D) “entre as mocinhas de seu tempo”<br />

E) “até a edição definitiva”<br />

Alternativa A – CERta<br />

Os termos de uns ímpetos misteriosos completam o sentido<br />

do adjetivo.<br />

Alternativa B – errada<br />

De graça: adjunto adverbial de modo, e aos vermes, objeto<br />

indireto.<br />

Alternativa C – errada<br />

Os termos da vida estabelecem a função de adjunto adnominal<br />

de estação.<br />

Alternativa D – errada<br />

Os termos de seu tempo exercem função de adjunto adnominal<br />

de mocinhas.<br />

Alternativa E – errada<br />

Os termos edição definitiva exercem função de adjunto<br />

adverbial de tempo.<br />

Gabarito oficial: alternativa A

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