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Algumas pessoas sentirão que não <strong>de</strong>veriam ler este livro por seus<br />
princípios morais, assim antes <strong>de</strong> prosseguir, eu gostaria <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar algo<br />
bem claro: sou um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>fensor da liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> crença. Po<strong>de</strong>-se<br />
acreditar no que quiser e ren<strong>de</strong>r o culto do modo que consi<strong>de</strong>re mais<br />
oportuno. Se um grupo <strong>de</strong> cristãos <strong>de</strong>seja orar <strong>de</strong> um modo estranho ou<br />
pouco frequente, isso não me incomoda nem um pouquinho.<br />
Todavia, se este grupo se constitui como uma organização política<br />
e intenta influenciar o modo em que funciona a socieda<strong>de</strong>, então é muito<br />
provável que eu preste atenção. Se não estou <strong>de</strong> acordo com sua visão<br />
política ou com seus métodos, farei valer meu direito <strong>de</strong> criticar essas<br />
ativida<strong>de</strong>s. Esta não é uma crítica religiosa, é uma crítica política.<br />
Este livro não está interessado no aspecto religioso do Islã e eu<br />
não vou comentar muito sobre suas crenças ou práticas religiosas, exceto<br />
quando tenham um aspecto político. O que vou realmente tratar são os<br />
objetivos, propósitos e métodos políticos que ficam claramente<br />
estabelecidos na doutrina islâmica. O modo como os muçulmanos<br />
interagem entre si e com Deus é um assunto religioso e não me interessa.<br />
O modo como eles interagem com os não muçulmanos é um tema político<br />
e este sim me interessa. Na medida em que a história se <strong>de</strong>senrolar, ficará<br />
claro o motivo (obs.: a palavra “kafir” significa não muçulmano. O plural<br />
<strong>de</strong> kafir é “kuffar”, ou seja, são os <strong>de</strong>screntes no Islã, ainda que possam ter<br />
outras religiões.NT).<br />
Bibliografia:<br />
A fonte original da maior parte <strong>de</strong>ste material é um livro chamado<br />
Sirat Rasul Allah (A vida do profeta <strong>de</strong> Alá) ou simplesmente A Sira <strong>de</strong><br />
Ibn Ishaq, que é o estudioso muçulmano mais venerado e digno <strong>de</strong><br />
confiança <strong>de</strong> todos os tempos. Esta obra foi escrita aproximadamente cem<br />
anos <strong>de</strong>pois da norte <strong>de</strong> <strong>Maomé</strong> (por isso é a biografia mais antiga do<br />
profeta que chegou até os nossos dias) e é o relato biográfico <strong>de</strong>finitivo da<br />
vida <strong>de</strong> <strong>Maomé</strong> para aqueles que estudam o Islã.<br />
Foi traduzido ao Inglês em 1955 por um professor <strong>de</strong> Árabe, A.<br />
Guillaume, com o título <strong>de</strong> The Life of Mohammed. Foi possível completar<br />
a tradução graças a ajuda <strong>de</strong> vários professores <strong>de</strong> Árabe. Ainda é a<br />
tradução inglesa mais utilizada tanto por muçulmanos quanto por não<br />
muçulmanos.<br />
Esta tradução direta tem sido simplificada e reor<strong>de</strong>nada <strong>de</strong> forma<br />
excelente por uma organização chamada Centre for the Study of Political<br />
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