ORDEM-STRONGYLIDA-APRESENTACAO-CERTA-Modo-de-Compatibilidade
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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL<br />
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E BIOLÓGICAS<br />
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA<br />
DISCIPLINA DE DOENÇAS PARASITÁRIAS DOS ANIMAIS DE PRODUÇÃO<br />
DOCENTE CÁSSIA BAGOLIN DA SILVA<br />
<strong>ORDEM</strong> <strong>STRONGYLIDA</strong><br />
Stephanurus <strong>de</strong>ntatus<br />
Dictyocaulus<br />
Oesophagostomum sp.<br />
2015
Stephanurus <strong>de</strong>ntatus
Stephanurus <strong>de</strong>ntatus<br />
• <strong>ORDEM</strong>: Strongylida<br />
• FAMÍLIA: Stepanuridae<br />
• GÊNERO: Stephanurus<br />
• ESPÉCIE: Stephanurus <strong>de</strong>ntatus<br />
(Urquhat, 1990)
Stephanurus <strong>de</strong>ntatus<br />
• Causa a estefanurose;<br />
• Ciclo direto;<br />
• Po<strong>de</strong> levar um rebanho inteiro a se infectar;<br />
• Afeta principalmente a suinocultura tradicional e as<br />
operações ao ar livre.<br />
(Urquhat, 1990)
Stephanurus <strong>de</strong>ntatus<br />
• Doença que afeta o rim dos suínos;<br />
• Bovinos e Burros ocasionalmente po<strong>de</strong>m vir a ser<br />
infectados.<br />
(Olgivie, 2000)
Características Morfológicas<br />
Stephanurus <strong>de</strong>ntatus<br />
Robusto <strong>de</strong> tegumento fino;<br />
Intestino longo com uma serie <strong>de</strong> circunvoluções;<br />
Cor acizentada;<br />
Os ovos são ovói<strong>de</strong>s, bastante gran<strong>de</strong>s (60x105 micrômetros).<br />
Tamanho:<br />
Machos<br />
Machos: me<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 20 a 30 mm <strong>de</strong> comprimento por 1,1 a 1,3<br />
<strong>de</strong> largura;<br />
Femeas<br />
Femeas: me<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 28 a 45 mm <strong>de</strong> comprimento por 1,5 a 2,2<br />
<strong>de</strong> largura.<br />
(Olgivie, 2000)
Stephanurus <strong>de</strong>ntatus<br />
• Responsável por danos<br />
principalmente no fígado,<br />
rins e pulmões;<br />
• Causa con<strong>de</strong>nação <strong>de</strong><br />
carcaça;<br />
• Larvas apresentam-se mais<br />
patogenicas <strong>de</strong>vido a<br />
migração.<br />
(Olgivie, 2000)
Stephanurus <strong>de</strong>ntatus<br />
Verme Adulto Posterior Macho Posterior Femea<br />
Ovo<br />
Fonte: https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQmj_oWwZQYEIYbxWkWJoiU8KrczO8H0VyaO6qXZhput1OeZU2N
Epi<strong>de</strong>miologia<br />
• Em regiões tropicais e subtropicais;<br />
• Em regiões endêmicas prevalência po<strong>de</strong> ser muito alta<br />
(por exemplo, mais <strong>de</strong> 75% em estados su<strong>de</strong>ste do EUA);<br />
• Po<strong>de</strong> sobreviver no solo úmido durante 5 meses;<br />
• Não suporta temperaturas menores 5°C.<br />
(Bowman, 2006)
Ciclo Biológico<br />
• O ciclo evolutivo po<strong>de</strong> ser monoxeno ou heteróxeno;<br />
• Hospe<strong>de</strong>iro Definitivo: Suíno<br />
• Hospe<strong>de</strong>iro Intermediário: Minhoca<br />
• Forma Infectante: L3<br />
• Adultos: Alojamento no rim<br />
• Eliminação: Urina contendo ovos<br />
• Ciclo evolutivo completo: 9-16 meses<br />
• Período pré-patente: 240 a 342 dias<br />
(Bowman, 2006)
Ciclo Biológico<br />
Fonte: http://pt.scribd.com/doc/54289496/Stephanurus-<strong>de</strong>ntatus#scribd
Ciclo Biológico<br />
Fonte: http://pt.scribd.com/doc/54289496/Stephanurus-<strong>de</strong>ntatus#scribd
Transmissão<br />
• Pela ingestão <strong>de</strong> pasto contaminado;<br />
• Por via transplacentaria;<br />
• Por via cutânea.<br />
(Monteiro, 2007)
Patogênese<br />
• Tecidos lesados são substituídos por tecidos conjuntivos<br />
(fibrose).<br />
• Lesões <strong>de</strong>vido a migração das larvas.<br />
• E<strong>de</strong>ma e aumento <strong>de</strong> volume em linfonodos locais.<br />
• Destruição do parênquima hepático.<br />
• Trombos (penetração em vasos).<br />
• Por via cutânea causam irritação do tegumento que po<strong>de</strong> se<br />
inflamar.<br />
(Ogilvie, 2000
Patogênese<br />
Fonte: http://parasitipedia.net/in<strong>de</strong>x.php?option=com_content&view=article&id=2622&Itemid=2901
Sinais Clínicos<br />
• Perda <strong>de</strong> apetite;<br />
• Redução do ganho <strong>de</strong> peso;<br />
• Cirrose;<br />
• Peritonite e pleurite;<br />
• Fraco <strong>de</strong>sempenho.<br />
(Bowman, 2006)
Diagnóstico<br />
• Sedimentação da urina<br />
• Ovos na urina (100 x 60 μm)<br />
• Necrópsia<br />
• Fígado – larvas<br />
• Cistos em gordura peri-renal e pelve renal – adultos<br />
(http://www.fcav.unesp.br/Home/<strong>de</strong>partamentos/patologia/GERVASIOHENRIQUEBECHARA/Patologia_Urinario.pdf)
Diagnóstico<br />
(Bowman, 2006)
Tratamento<br />
• Levamisol<br />
• Benzimidazóis<br />
• Ivermectina<br />
(Bowman, 2006)
Controle e Profilaxia<br />
• Higiene sistemática e exaustiva dos ambientes;<br />
• Em confinamento diminuem-se as chances <strong>de</strong><br />
contágio;<br />
• Comedouros e bebedouros altos do chão;<br />
•Piso cimentado evita presença <strong>de</strong> minhocas;<br />
•Não existem vacinas.<br />
(Bowman, 2006)
Caso Clínico<br />
Endoparasitas em porco-monteiro do Pantanal<br />
do Rio Negro <strong>de</strong> Mato Grosso do Sul<br />
2007
Caso Clínico<br />
3 fêmeas<br />
5 animais<br />
(porco monteiro)<br />
2 machos<br />
castrados<br />
• 5 dias confinados em chiqueiro rustico;<br />
• Tratados com 60 mg <strong>de</strong> <strong>de</strong>xametasona via IM.<br />
(Ovando et al, 2007)
Caso Clínico<br />
(Ovando et al, 2007)
Caso Clínico<br />
Animal 1<br />
• Alterações clínicas : apatia, caquexia, dispnéia e lesões<br />
<strong>de</strong> pele;<br />
• Necropsia: nodulações hepáticas e redução do<br />
tamanho do órgão (migração larvária <strong>de</strong> Stephanurus<br />
<strong>de</strong>ntatus);<br />
(Ovando et al, 2007)
Caso Clínico<br />
Animal 2<br />
• Necropsia: hematoma situado entre o fígado, o<br />
pâncreas e o rim direito, vasos renais periféricos com<br />
pare<strong>de</strong>s espessadas e proliferação <strong>de</strong> tecido conjuntivo<br />
e células mononucleares.<br />
Animal 5<br />
• Necropsia: cicatriz fibrosa renal com focos <strong>de</strong> necrose<br />
<strong>de</strong> coagulação. No centro presença <strong>de</strong> granuloma<br />
ativo em reação ao parasita Stephanurus <strong>de</strong>ntatum.<br />
(Ovando et al, 2007)
Dictyocaulus spp.
Dictyocaulus spp.<br />
• <strong>ORDEM</strong>: Strongylida<br />
• FAMÍLIA: Dictyocaulidae<br />
• GÊNERO: Dictyocaulus<br />
• ESPÉCIE: D. arnfield<br />
D. filaria<br />
D. viviparus<br />
(Bowman, 2006)
Dictyocaulus spp.<br />
• Conhecido como “verme dos pulmões”;<br />
• Causa bronquite parasitária;<br />
• Ciclo direto;<br />
• Animais jovens são mais acometidos;<br />
• Po<strong>de</strong> levar à morte em infecções maciças <strong>de</strong> animais jovens;<br />
• As larvas eliminadas pelo hospe<strong>de</strong>iro po<strong>de</strong>m permanecer<br />
meses no pasto.<br />
(Bowman, 2006)
Gênero Dictyocaulus<br />
Espécies<br />
Família Dictyocaulidae<br />
(Bowman, 2006)
Características Morfológicas<br />
Dictyocaulus spp.<br />
Corpo Filiforme e Delgado;<br />
Cavida<strong>de</strong> bucal reduzida e com quatro lábios;<br />
Fêmeas ovovivíparas;<br />
Tamanho:<br />
D. viviparus Até 8 cm ;<br />
D. filaria Até 10 cm;<br />
D. arnfieldi Até 7 cm;<br />
(Bowman, 2006)
Dictyocaulus viviparus<br />
Vermes adultos<br />
Dictyocaulus viviparus<br />
Adultos recolhidos <strong>de</strong> um bezerro<br />
• Vermes filiformes e<br />
<strong>de</strong>lgados;<br />
• Coloração<br />
esbranquiçada;<br />
• Encontrados na<br />
traqueia e brônquios<br />
dos hospe<strong>de</strong>iros.<br />
Fonte: Taira et al., 2003
Dictyocaulus viviparus<br />
Dictyocaulus viviparus<br />
Extremida<strong>de</strong> anterior<br />
Fonte: Taira et al., 2003<br />
Dictyocaulus viviparus<br />
Extremida<strong>de</strong> posterior<br />
Macho<br />
Dictyocaulus viviparus<br />
Extremida<strong>de</strong> posterior<br />
Fêmea
Dictyocaulus viviparus<br />
Verme adulto<br />
Dictyocaulus spp.<br />
Extremida<strong>de</strong> anterior<br />
Fonte: http://www.paru.cas.cz/helminti/Nematoda/Dictyocaulus.jpg
Dictyocaulus viviparus<br />
Ovos e Larvas<br />
Dictyocaulus viviparus<br />
Ovos embrionados no<br />
útero<br />
Fonte: Taira et al., 2003<br />
Dictyocaulus viviparus<br />
Ovo embrionado <strong>de</strong> um<br />
swab traqueal<br />
Dictyocaulus viviparus<br />
L1 <strong>de</strong> cultura <strong>de</strong> fezes
Dictyocaulus filaria<br />
Vermes adultos<br />
Fonte: Taira et al., 2003<br />
Dictyocaulus filaria<br />
Hospe<strong>de</strong>iro<br />
Ovinos
Dictyocaulus filaria<br />
Vermes adultos<br />
Vulva abre-se nas<br />
proximida<strong>de</strong>s da<br />
meta<strong>de</strong> do corpo<br />
Dictyocaulus filaria<br />
Extremida<strong>de</strong> anterior<br />
Dictyocaulus filaria<br />
Vulva, ovijector e ovos<br />
embrionados<br />
Fonte: Taira et al., 2003
Dictyocaulus filaria<br />
Cauda reta<br />
Espículos em<br />
forma <strong>de</strong> bota<br />
Dictyocaulus filaria<br />
Extremida<strong>de</strong> posterior<br />
Macho<br />
Dictyocaulus filaria<br />
Extremida<strong>de</strong> posterior<br />
Fêmea<br />
Fonte: Taira et al., 2003
Dictyocaulus filaria<br />
Ovos embrionados<br />
Fonte: Taira et al., 2003<br />
Dictyocaulus filaria<br />
Ovo embrionado
Epi<strong>de</strong>miologia<br />
• Climas úmidos;<br />
• Regiões serranas;<br />
• Região su<strong>de</strong>ste;<br />
• Dispersadas pela chuva;<br />
• Acomete vários animais da mesma ida<strong>de</strong>;<br />
• Bezerros e jovens;<br />
• Adultos são a fonte <strong>de</strong> infecção.<br />
(Bowman, 2006)
Dictyocaulus viviparus<br />
Epi<strong>de</strong>miologia<br />
Pilobolus
Dictyocaulus viviparus
Ciclo Biológico
Ciclo Biológico<br />
L1-L3<br />
L3<br />
1-3 semanas<br />
Período pré-patente: patente: 22-25 25 dias
Transmissão<br />
• Ingestão <strong>de</strong> pasto contaminado;<br />
• Ingestão da água contaminada;<br />
• Ingestão do fungo pilolobus.
Patogênese<br />
Fase<br />
<strong>de</strong><br />
penetração<br />
larvas - 1 o ao 7 o dia:<br />
das<br />
Não há lesão macroscópica<br />
aparente.<br />
http://cal.vet.upenn.edu/projects/merialsp/Trichosp/trich_10b.htm<br />
(Bowman, 2006)
Patogênese<br />
Fase pré-patente<br />
patente - 8 o ao 25 o dia:<br />
• Larvas nos alvéolos:<br />
alveolite, bronquiolite;<br />
• Bronquite, muco contém<br />
vermes imaturos;<br />
• Animais maciçamente<br />
infectados: po<strong>de</strong>m morrer a<br />
partir do 15 o dia.<br />
Dictyocaulus viviparus<br />
Vermes em parênquima pulmonar<br />
(Bowman, 2006)
Patogênese<br />
Fase patente - 26 o o ao 60 dia:<br />
• Bronquite parasitária: presença <strong>de</strong> inúmeros vermes no muco<br />
branco espumoso na luz dos brônquios.<br />
• Pneumonia parasitária: vermes circundados por células<br />
inflamatórias.<br />
• Depen<strong>de</strong>ndo da extensão po<strong>de</strong> ocorrer enfisema intersticial e<br />
e<strong>de</strong>ma.<br />
(Bowman, 2006)
Patogênese<br />
Dictyocaulus spp.<br />
Corte <strong>de</strong> pulmão<br />
Fonte: http://www.paru.cas.cz/helminti/Nematoda/Dictyocaulus.jpg
Patogênese<br />
Corte histológico <strong>de</strong> pulmão<br />
Enfisema pulmonar<br />
Enfisema: dilatação excessiva dos alvéolos pulmonares, o que causa a perda <strong>de</strong><br />
capacida<strong>de</strong> respiratória e uma oxigenação insuficiente.<br />
http://cal.vet.upenn.edu/projects/merialsp/Trichosp/trich_10b.htm
Patogênese<br />
Dictyocaulus viviparus<br />
Adultos em traquéia<br />
Fonte: Taira et al., 2003<br />
Dictyocaulus viviparus<br />
Pulmão com enfisema<br />
Dictyocaulus viviparus<br />
Vermes em corte <strong>de</strong><br />
pulmão e exsudato<br />
espumoso
Patogênese<br />
Fase pós-patente<br />
patente - 61 o o ao 90 dia:<br />
• Fase <strong>de</strong> recuperação;<br />
• Vermes adultos pulmonares são expelidos;<br />
• Aspiração <strong>de</strong> restos <strong>de</strong> vermes mortos ou os que estão<br />
morrendo nos alvéolos: enfisema pulmonar intersticial e<br />
e<strong>de</strong>ma;<br />
• Po<strong>de</strong> ocorrer infecção bacteriana secundária.<br />
(Bowman, 2006)
Sinais Clínicos<br />
Forma aguda (animais jovens):<br />
• Tosse, cianose, taquipnéia, dispnéia, catarro nasal;<br />
• Respiram com a cabeça e pescoço distendido;<br />
• Retardo <strong>de</strong> crescimento;<br />
Forma crônica (animais adultos):<br />
• Tosse, dispnéia, letargia.<br />
Posição típica<br />
(Bowman, 2006)<br />
Fonte: http://img.tfd.com/vet/thumbs/gr118.jpg
Dictyocaulus viviparus - Diferenças<br />
• Bovinos - jovens<br />
(1 o . ano <strong>de</strong> pastoreio);<br />
• Forma infectante: L3;<br />
Pneumonia Verminótica dos Bovinos ou<br />
• Acomete: alvéolos, brônquios,<br />
bronquíolos, traquéia.<br />
Bronquite Parasitária<br />
(Bowman, 2006)
Dictyocaulus arnfield - Diferenças<br />
Espécie<br />
Prevalência<br />
asininos 65%<br />
muares 23%<br />
equinos 4,5%<br />
Asininos - hospe<strong>de</strong>iros naturais;<br />
Equinos - infecção quando em contato com asininos e muares.<br />
Brasil (Silva et al., 1995)
Dictyocaulus arnfield - Diferenças<br />
• Brônquios e bronquíolos;<br />
• Ovos larvados nas fezes ou L1;<br />
• Jovens - mais susceptíveis;<br />
• Adultos - não atingem a patência – imunida<strong>de</strong>;<br />
• Infecção assintomática – equinos;<br />
• Tosses e hiperpnéia - asininos e muares (pós exercícios);<br />
• No tratamento não esquecer <strong>de</strong> tratar os asininos e muares.<br />
(Bowman, 2006)
Dictyocaulus filaria - Diferenças<br />
• Ovinos e Caprinos;<br />
• Forma infectante: L3;<br />
• Fezes: L1;<br />
• Caprinos são mais susceptíveis;<br />
• Ciclo, Tratamento e Diagnóstico = bovinos;<br />
• Patogenia - menos grave, porém é mais frequente o aparecimento<br />
<strong>de</strong> corrimento nasal e infecção secundária.<br />
(Bowman, 2006)
Dictyocaulus spp. - Diagnóstico<br />
• Manifestações clínicas e condições ambientais favoráveis;<br />
• Método <strong>de</strong> Baermann: busca <strong>de</strong> larvas nas fezes;<br />
• Flutuação em sal: ovos larvados e larvas livres;<br />
• Necrópsia <strong>de</strong> pulmão: adultos (3-5 cm);<br />
• Eventualmente ovos e larvas po<strong>de</strong>m ser observados nas<br />
secreções nasais dos animais.<br />
(Bowman, 2006)
Baermann<br />
L1 - fezes
Necrópsia<br />
Pulmão
Dictyocaulus spp. - Tratamento<br />
Albendazol, Fenbendazol, Doramectrina, Eprinomectrina,<br />
Ivermectina, Moxi<strong>de</strong>ctina, Levamisol.<br />
VACINA<br />
Reino Unido - 1961 - DICTOL ®;<br />
Vacina irradiada – oral;<br />
2 doses <strong>de</strong> vacina com intervalo <strong>de</strong> 4 semanas entre doses<br />
L3 vivas – atenuadas;<br />
Bezerros à partir <strong>de</strong> 3 meses <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.<br />
(Bowman, 2006)
Dictyocaulus spp. - Controle<br />
• Animais jovens não <strong>de</strong>vem ter acesso a pastos <strong>de</strong> baixa localização (acúmulo <strong>de</strong><br />
larvas infectantes);<br />
• Separar animais por faixa etária;<br />
• Boa nutrição e saú<strong>de</strong>;<br />
• Rotação <strong>de</strong> pastagens;<br />
• Uso <strong>de</strong> anti-helmínticos;<br />
• Tratamento após início dos sintomas;<br />
• Vacinação (Europa) – vacinas orais com larvas infectantes (L3) irradiadas em duas<br />
doses separadas por 4 semanas (Dictyocaulus viviparus).<br />
(Bowman, 2006)
Caso Clínico<br />
Surto <strong>de</strong> dictiocaulose no município <strong>de</strong><br />
Santa Maria, RS, Brasil – UFSM<br />
2005
Caso Clínico<br />
• Maio 2003<br />
• 15 terneiros/lote 210 5 a 7 meses<br />
Anorexia, perda <strong>de</strong> peso, tosse, taquipnéia,<br />
dispnéia, respiração abdominal e secreção nasal<br />
serosa.<br />
(Silva et al, 2005)
Caso Clínico<br />
• Hiperplasia, extenso infiltrado inflamatório formado<br />
por eosinófilos, e<strong>de</strong>ma, fibrina, neutrófilos íntegros e<br />
<strong>de</strong>generados, macrófagos e proliferação <strong>de</strong><br />
pneumócitos tipo II.<br />
(Silva et al, 2005)
Caso Clínico<br />
Diagnóstico<br />
Sinais clínicos;<br />
Dados epi<strong>de</strong>miológicos;<br />
Necropsia;<br />
Histopatologia<br />
Fase patente da doença<br />
Broncopneumonia primária<br />
(Silva et al, 2005)
Caso Clínico<br />
• 2 animais – óbito;<br />
Dictyocaulus viviparus<br />
(Silva et al, 2005)
Oesophagostomum sp.
Oesophagostomum sp.<br />
(Oisophagos = esôfago; stoma = boca)<br />
• FILO: Nemathelminthes;<br />
• <strong>ORDEM</strong>: Strongylida;<br />
• FAMÍLIA: Chabertidae;<br />
• SUBFAMÍLIA: Oesophagostominae.<br />
Fonte: Fortes, 2004.
SUBFAMÍLIA Oesophagostominae<br />
Características Morfológicas:<br />
• Cápsula bucal retangular e pequena;<br />
• Dilatações cuticulares;<br />
• Presença <strong>de</strong> vesícula cefálica;<br />
• Infectam ovinos, bovinos, caprinos e suínos.<br />
Fonte: Fortes, 2004.
Oesophagostomum radiatum<br />
•HD<br />
→ Bovinos.<br />
•Local<br />
→ IG.<br />
A - vesícula cefálica B - vesícula cervical e C - asa cervical <strong>de</strong> O. radiatum. (Fonte: Monteiro,<br />
2007).<br />
Fonte: Fortes, 2004.
Ciclo Biológico<br />
Fonte: Fortes, 2004.
Ciclo Biológico<br />
• Auge <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> ovos: 6ª A 10ª semana, e<br />
permanece alta durante 1 à 4 semanas;<br />
• Depois a produção <strong>de</strong> ovos <strong>de</strong>clina rapidamente e<br />
muitos adultos são eliminados.<br />
Fonte: Fortes, 2004.
Quadro Clínico<br />
• 20 mil a 250 mil larvas → sinais;<br />
• Febre → invasão bacteriana - 4 a 10 dias <strong>de</strong> infecção;<br />
• Diarreia, anorexia e tenesmo → <strong>de</strong> 7 a 17 dias da<br />
infecção;<br />
• Anemia → toxinas - vermes.<br />
Fonte: Fortes, 2004.
Patogênese<br />
• PPP;<br />
• Larvas → irritação e inflamação da parece intestinal;<br />
• Início → pequenina intumescência <strong>de</strong> 1mm <strong>de</strong> diâmetro no ID<br />
e do IG, contendo leucócitos, pus e sangue;<br />
• A pare<strong>de</strong> intestinal → inflamada e e<strong>de</strong>matosa;<br />
• Larvas histotrópicas <strong>de</strong>ixam os nódulos →<br />
atrofiam e<br />
<strong>de</strong>saparecem.<br />
Fonte: Fortes, 2004.
Patogênese<br />
Múltiplos nódulos <strong>de</strong> Oesophagostomum sp. salientes na serosa do intestino <strong>de</strong>lgado <strong>de</strong> um<br />
bovino. Esses parasitas são <strong>de</strong>nominados vermes nodulares porque as larvas parasitas ten<strong>de</strong>m<br />
a ficar encapsuladas por uma reação inflamatória <strong>de</strong>senvolvida por hospe<strong>de</strong>iros previamente<br />
sensibilizados. Fonte: Tessele et al, 2013.
Patogênese<br />
Aspecto microscópico do centro <strong>de</strong> um nódulo parasitário. Observam-se os restos <strong>de</strong> uma<br />
larva L4 ro<strong>de</strong>ados <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitos hialinos oriundos da <strong>de</strong>sgranulação dos eosinófilos formando<br />
estruturas semelhantes às do fenômeno <strong>de</strong> Splendore-Hoeppli. Circundando essas estruturas<br />
observam-se macrófagos epitelioi<strong>de</strong>s, algumas células gigantes multinucleadas e abundantes<br />
linfócitos HE, obj.40x. Fonte: Tessele et al, 2013.
Patogênese<br />
• Bacs do trato intestinal → circundam as larvas →<br />
reação inflamatória e febre → formação <strong>de</strong> nódulos<br />
caseosos que eventualmente <strong>de</strong>stroem as larvas.<br />
• OBS.: O parasitismo por O. radiatum inutiliza o<br />
intestino para a indústria do categute, <strong>de</strong>vido a<br />
formação dos nódulos.<br />
Fonte: Fortes, 2004.
Oesophagostomum columbianum<br />
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Caprinos e ovinos.<br />
LOCAL: Intestino grosso.<br />
Fonte: www.afrivip.org
Características Morfológicas<br />
A- cápsula bucal<br />
B- coroa franjada e<br />
C- vesícula cervical<br />
• Esôfago claviforme;<br />
• Machos com bolsa copuladora contendo<br />
2 espículos <strong>de</strong> tamanho médio;<br />
• As fêmeas po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>positar até 5000<br />
ovos por dia e são geralmente maiores<br />
que os machos;<br />
Fonte: Monteiro, 2007
Ciclo Biológico<br />
• Semelhante O. radiatum;<br />
• Ingestão do solo contaminado com L3;<br />
• Primeira infecção imuniza o hospe<strong>de</strong>iro e nas posteriores<br />
surgem nódulos gran<strong>de</strong>s no intestino;<br />
• Larvas L3 permanecem intestino <strong>de</strong>lgado e L4 no intestino<br />
grosso;<br />
• Período pré-patente 40 dias;<br />
Fonte: Fortes, 2004.
Quadro Clínico<br />
• Diarreia, fezes com pus e sangue;<br />
• Perda peso e emagrecimento;<br />
• Anemia <strong>de</strong>vido diminuição <strong>de</strong> eritrócitos;<br />
• Nódulos formados na mucosa do intestino po<strong>de</strong>m encher-se <strong>de</strong><br />
pus formando-se assim abcessos.<br />
Fonte: Fortes, 2004.<br />
Hemorragia em intestino <strong>de</strong>vido a Oesophagostomum
Patogenia<br />
• Os efeitos das larvas são mais graves que os causados pelos<br />
adultos;<br />
• Provocam gran<strong>de</strong>s perdas anuais <strong>de</strong> ovinos e inutilização <strong>de</strong> lã;<br />
• Inutiliza o aproveitamento do intestino para o fabricação do fio<br />
categute;<br />
• Inutiliza o aproveitamento do intestino para a fabricação <strong>de</strong><br />
linguiça.<br />
Fonte: Fortes, 2004.
Patogenia<br />
Nódulos endurecidos causados por Oesophagostomum columbianum na pare<strong>de</strong> do<br />
intestino (A) e na mucosa intestinal (B). Fonte: Oliveira, et al, 2014.
Oesophagostomum <strong>de</strong>ntatum<br />
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Suínos<br />
LOCAL: Intestino grosso.
Características Morfológicas<br />
• Cápsula bucal muito pequena;<br />
• Coroa franjada dupla, vesícula;<br />
• Cefálica e papilas cefálicas;<br />
• Esôfago claviforme;<br />
• Presença <strong>de</strong> vesícula e asa cervical pouco <strong>de</strong>senvolvida;<br />
• Apresentam papilas cervicais;<br />
• Machos com bolsa copuladora e dois espículos <strong>de</strong> tamanho<br />
médio;<br />
• Fêmeas terminando afiladamente.<br />
Fonte: Fortes, 2004.
Ciclo Biológico<br />
• Semelhante das outras espécies;<br />
• L3 infectante – larva encapsulada – ingerida quando os suínos<br />
pastam;<br />
• Larvas atravessam o tubo digestivo, chegam no intestino,<br />
liberam-se da cutícula da L2 e penetram na mucosa do<br />
intestino grosso;<br />
• L4 retorna luz intestinal em 6 a 30 dias <strong>de</strong>corridos da infecção;<br />
• Na luz intestinal mudam para o estágio adulto e as fêmeas<br />
iniciam postura dos ovos 49 dias <strong>de</strong>pois da infecção;<br />
• Período pré-patente <strong>de</strong> 50 dias.<br />
Fonte: Fortes, 2004.
Quadro Clínico<br />
• Perda apetite;<br />
• Diarreia com muco e sangue;<br />
• Anemia;<br />
• Enterite;<br />
• Morte.<br />
Fonte: Fortes, 2004.
Patogenia<br />
• Ponto vista patológico;<br />
• Exercem ação sobre o peristaltismo e má absorção<br />
<strong>de</strong> alimentos;<br />
• Os nódulos são responsáveis pelo não<br />
aproveitamento do intestino na indústria para fazer<br />
salsichas e linguiças.<br />
Fonte: Fortes, 2004.
Diagnóstico Oesophagostomum sp.<br />
• Necropsia;<br />
Nódulos na pare<strong>de</strong> intestinal;<br />
Larvas adultas e adultos no intestino.<br />
Ovos?<br />
Fonte: Fortes, 2004.
Tratamento Oesophagostomum sp.<br />
O “anti-helmíntico i<strong>de</strong>al”:<br />
• Deve ser seguro;<br />
• Altamente eficaz contra os estágios adultos e imaturos;<br />
• Rápida e completa metabolização;<br />
• Disponível em formulações convenientes;<br />
• Uso econômico;<br />
• Compatível com outros compostos mais comumente usados.<br />
Fonte: Manual Merck <strong>de</strong> veterinária, 1997.
Tratamento Oesophagostomum sp.<br />
• Injeções;<br />
• Derramamento no dorso do animal;<br />
• Incorporação ao alimento ou água e blocos minerais ou <strong>de</strong><br />
energia);<br />
• “Pour-on” <strong>de</strong> organofosfatos, como triclorfon;<br />
• O bolo <strong>de</strong> liberação continua à base <strong>de</strong> morantel.<br />
Fonte: Manual Merck <strong>de</strong> veterinária, 1997.
Tratamento Oesophagostomum sp.<br />
• O tiobendazol;<br />
• Fenbendazol, oxifendazol e albendazol e probenzimidazóis<br />
- tiofanato, febantel e netobomin;<br />
• Levamisol e o grupo pirantel;<br />
• Invermectina(?)<br />
(?), Prinomectina e Doramectina.<br />
Fonte: Manual Merck <strong>de</strong> veterinária, 1997.
Controle Oesophagostomum sp.<br />
• 1. Fornecer nutrição a<strong>de</strong>quada;<br />
• 2. Separar por faixa etária;<br />
• 3. Controle da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> animais;<br />
• 4. Mover o gado para as pastagens “livres”, a fim <strong>de</strong><br />
minimizar os riscos <strong>de</strong> reinfecção.<br />
Fonte: Manual Merck <strong>de</strong> veterinária, 1997.
Controle estratégico Oesophagostomum sp.<br />
Baseado<br />
• 1. Na estação do ano;<br />
• 2. Utilização <strong>de</strong> dosagens a<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong> anti-helmínticos;<br />
• 3. Quando as condições climáticas são <strong>de</strong>sfavoráveis para o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> larvas no pasto;<br />
• 4. Manter sempre limpa e <strong>de</strong>sinfetadas as instalações - 1x por<br />
semana.<br />
Fonte: Manual Merck <strong>de</strong> veterinária, 1997.
Caso Clínico<br />
Resistência <strong>de</strong> Haemonchus placei, Cooperia<br />
puncata e Oesophagostomum radiatum à<br />
ivermectina pour-on on a 500mcgKg - 1 em<br />
rebanhos bovinos no Brasil<br />
2014
Caso Clínico<br />
Lactonas<br />
macrocíticas<br />
Ivermectina pour-on<br />
• Lançada década<br />
90;<br />
• Via menos<br />
invasiva e <strong>de</strong> fácil<br />
administração.<br />
(Lopes et al, 2014)
4 rebanhos<br />
(12 animais/cada)<br />
Caso Clínico<br />
OPG > 500<br />
48 animais<br />
6 – 12<br />
meses<br />
Machos e fêmeas<br />
OBS: sem qualquer tratamento anti-helmíntico nos 120 dias prece<strong>de</strong>ntes.<br />
(Lopes et al, 2014)
Caso Clínico<br />
48 bovinos<br />
12 animais 12 animais 12 animais 12 animais<br />
6 – ivermectina 1ml/10Kg<br />
6 - controle<br />
(Lopes et al, 2014)<br />
14º dia - eutanasiados
Caso Clínico<br />
(Lopes et al, 2014)
Caso Clínico<br />
(Lopes et al, 2014)
Caso Clínico<br />
• Foram <strong>de</strong>tectadas cepas resistentes <strong>de</strong><br />
O.radiatum em 2 das 4 populações<br />
avaliadas;<br />
• Foi diagnosticada pela 1ª vez no Brasil por<br />
Lopes et al. (2009) uma cepa resistente a<br />
ivermectina na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Caldas em Minas<br />
Gerais.<br />
(Lopes et al, 2014)
Obrigada pela atenção!!!
BIBIOGRAFIA<br />
•FORTES, E. Parasitologia Veterinária. 4. ed. Rev. E ampl. - São Paulo: Ícone, 2004.<br />
•LOPES, W. D. Z.; Felipelli, G.; Teixeira, W. F. P.; Maciel, W. G.; Cruz, B. C.; Buzzulini, C.; Matos, L. V. S.; Gomes, L. V. C.; Pereira, J. C. M.; Oliveira,<br />
F. C. F. G. P.; Costa, A. J. da. Resistência <strong>de</strong> Haemonchus placei, Cooperia punctata e Oesophagostomum radiatum à ivermectina pour-on a<br />
500mcgkg-1 em rebanhos bovinos no Brasil. ISSN 0103-8478 Ciência Rural, Santa Maria, v.44, n.5, p.847-853, mai, 2014. Acessado:<br />
•MONTEIRO, S. G. Parasitologia Veterinária. Departamento <strong>de</strong> Microbiologia e Parasitologia. Centro <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong>. Universida<strong>de</strong> fe<strong>de</strong>ral<br />
<strong>de</strong> santa maria – RS. 2007. 272p.<br />
•OLIVEIRA, T.C.; CABRAL, A.P.M.; SAKAMOTO, C.A.M.; FERRARO, G.C.; PEREIRA, V.; LOPES, W.D.Z.; MAZZUCATTO, B.C.. Prevalência dos<br />
helmintos Haemonchus contortus e Oesophagostomum columbianum em pequenos ruminantes atendidos no setor <strong>de</strong> Anatomia Patológica<br />
– UEM. Revista <strong>de</strong> Ciência Veterinária e Saú<strong>de</strong> Pública. Rev. Ciên. Vet. Saú<strong>de</strong> Públ., v. 1, n. 2, p. 112-118, 2014<br />
•TESSELE, B.; Brum, J. S.; Barros, C. S. L. Lesões parasitárias encontradas em bovinos abatidos para consumo humano. Pesq. Vet. Bras.<br />
33(7):873-889. 2013.<br />
•Manual Merck <strong>de</strong> veterinária. 7. ed. São Paulo: Roca, 1997.<br />
•OGILVIE, T.H. Medicina Interna <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s animais. Porto Alegre: Artes Medicas Sul, 2000. 568p.<br />
•RUAS, J.L RIET-CORREA, F. et AL. Doencas <strong>de</strong> ruminantes e equinos. 2. Ed. São Paulo: Varela, 2001. P85-89<br />
•URQUHART, G.M. et AL. Parasitologia Veterinaria. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Guanabara Koogan, 1990. 306p.