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ções na internet, a maior parte do conhecimento do<br />
mundo ainda permanece trancada dentro da mente<br />
das pessoas. Então, como você cria um mecanismo<br />
de busca para aproveitá-lo?<br />
Acabamos criando um aplicativo que integra várias<br />
redes sociais das pessoas e permite que elas façam<br />
perguntas umas às outras. Nós o denominamos<br />
Jelly, em referência a rede neural descentralizada de<br />
um jellyfish (água-viva). Ele se baseia na ideia de<br />
que as pessoas querem ajudar umas às outras, por<br />
isso gostam de responder perguntas. O aplicativo<br />
teve uma boa acolhida, mas não suficientemente<br />
boa. Mesmo que trabalhássemos nele por quatro<br />
anos, seria apenas um sucesso moderado. Eu queria<br />
criar algo de maior impacto.<br />
Em 2014, produzimos um novo aplicativo, chamado<br />
Super – de superlatives (superlativos). Ele resultou<br />
na tentava da nossa equipe de destacar um<br />
ponto de destaque no Jelly. O Super dá um encorajamento<br />
empático – “o melhor...”, ou “o pior...”, ou “eu<br />
adoro...” – e lhes permite completar a frase. Ele possibilita<br />
às pessoas expressar pensamentos que normalmente<br />
não compartilhariam em outras plataformas.<br />
Ele celebra a cultura do Mashup (literalmente,<br />
“mistura”) e do remix (recombinação) e permite que<br />
as pessoas postem coisas emotivas e expressivas.<br />
Na Jelly, sou um CEO pela primeira vez. Depois<br />
de ver o que funcionou e o que não funcionou para<br />
outros chefes executivos no passado, aprendi que<br />
geralmente é falta de comunicação que faz um startup<br />
fracassar. Nossa empresa tem apenas sete pessoas<br />
neste momento, e ficamos todos na mesma sala,<br />
por isso é fácil supor que estejamos todos na mesma<br />
sintonia. Mas não estamos – tenho que trabalhar<br />
para que cheguemos lá, mesmo que gaste 50% do<br />
meu tempo me comunicando.<br />
A mesma coisa vale para o conselho. Se você não<br />
se comunica com os diretores, eles presumem que<br />
você esteja indo mal. Se diz ao conselho que “estamos<br />
indo mal”, pelo menos eles vão pensar: “Ótimo,<br />
ele percebeu – ele sabe que estão indo mal”. Escrevo<br />
um e-mail para meu conselho toda semana. Respondo<br />
a todos os e-mails. Estou constantemente me<br />
comunicando, porque aprendi que é o trabalho mais<br />
importante do CEO.<br />
Fonte: Revista Harvard Business Review Brasil –<br />
Junho 2015 – Como eu Fiz - Pág. 22 à 25.<br />
<strong>GENTE</strong> Santa Paula | 51