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_Infográfico Lesão Medular

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L E S Ã O M E D U L A R

Gisele Rafaeli, Adriana Farias, Denise Giron, Letícia Cirino e Roberta Zanardo

Graduandas em Fisioterapia da

Universidade do Sul de Santa Catarina

Florianópolis, junho de 2021


O que é lesão medular?

Medula Espinhal

A lesão medular é uma

lesão na medula espinhal

que compromete sua

anatomia e função,

gerando sequelas

motoras, sensitivas e/ou

autonômicas.

É uma porção alongada do

Sistema Nervoso Central,

localizada dentro da

coluna vertebral.

Sua função é fazer a

comunicação entre o

cérebro e o resto do corpo.

Epidemiologia da Lesão Medular

No Brasil, estima-se que cerca

de 130 mil indivíduos tenham

lesão medular traumática,

com aproximadamente

10 mil novos casos por ano.

Os indivíduos mais

acometidos são do

sexo masculino

com idade média de

33 anos.


Etiologia

Há causas traumáticas e não traumáticas.

A etiologia traumática é a mais

frequente, sendo proveniente

de acidentes automobilísticos,

mergulhos, ferimentos por

arma branca ou de fogo.

As causas não traumáticas são

geradas por diversos fatores

internos, como tumores,

deformidades da coluna,

estenose do canal medular,

entre outras.

O que ocorre após a

lesão medular?

Após a lesão medular pode ocorrer perda parcial

ou completa da função corporal, sendo esta

temporária ou permanente.

Podem ser afetadas a sensibilidade e a força

muscular, a respiração, os sistemas circulatório,

urinário, intestinal, sexual e reprodutivo.

Há perda da independência funcional.


Tipos de Lesões Medulares

Tetraplegia (40%): a lesão ocorre na coluna cervical,

com perda funcional do pescoço, tronco, membros

superiores e inferiores.

Paraplegia (60%): a lesão ocorre abaixo da coluna

cervical, com perda de controle dos membros inferiores

e tronco.


Tratamento Fisioterapêutico

Para a reabilitação funcional, a

fisioterapia é de extrema importância,

podendo auxiliar tanto na fase imediata

quanto na tardia, uma vez que utiliza

diversas abordagens, de acordo com o

quadro clínico do paciente.

O objetivo final do processo de

reabilitação é a reintegração social com o

máximo de funcionalidade e qualidade de

vida que o tipo e a extensão da lesão

permitem.


Abordagens Fisioterâpeuticas

Treinamento com suporte de peso

corporal

Traz benefício mesmo em indivíduos com

lesão medular grave, mostrando ser

possível melhorar as capacidades

locomotora e aeróbica, facilitar a

neuroplasticidade, reduzir o risco de

doenças cardiovasculares, manter a

densidade óssea, melhorar a autoestima e a

independência funcional.


Uso da realidade virtual

O uso da realidade virtual possibilita que os

pacientes realizem movimentos livres em

tempo real, favorecendo a aquisição de suas

habilidades motoras, força e resistência

muscular, equilíbrio e condicionamento

físico aeróbico, além de diminuição da dor

neuropática e melhora da independência

funcional.


Uso da estimulação elétrica

nervosa transcutânea (TENS)

e da estimulação elétrica

funcional (FES)

A utilização do TENS ou FES apresenta

potencial na melhora da espasticidade dos

membros inferiores por 4 horas.


A FES tem sido utilizada para melhorar a

execução das atividades do dia a dia e

aumentar a independência funcional dos

pacientes lesados medulares, pois pode, a

longo prazo, com o fortalecimento do

tecido muscular, melhorar a condição

cardiorrespiratória e a plasticidade das

vias neuronais, além de tornar possível a

adoção da posição ortostática sem apoio,

com auxílio de órteses.


Treinamento com Cicloergometria

Favorece o aumento da capacidade

aeróbica, facilitando as atividades de vida

diária e aumentando a autoconfiança.

Também melhora a capacidade

respiratória e reduz a espasticidade.


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