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FCM SGPS Consolidado_2021

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Consolidadas<br />

WE BUILD TRUST


GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

ÍNDICE<br />

01 Relatório do Órgão de Gestão<br />

Mensagem do CA 04<br />

Enquadramento Macroeconómico 05<br />

Organograma de Participações 07<br />

Atividade do Exercício de <strong>2021</strong> 08<br />

Evolução da Sociedade 17<br />

Factos Relevantes Após Termo do Exercício de <strong>2021</strong> 17<br />

Menções Obrigatórias 18<br />

Declaração de Responsabilidades 18<br />

Agradecimentos 18<br />

Órgãos Sociais 19<br />

02 Demonstrações Financeiras Consolidadas<br />

Balanço <strong>Consolidado</strong> 22<br />

Demonstração de Resultados <strong>Consolidado</strong>s 23<br />

Demonstração de Fluxos de Caixa <strong>Consolidado</strong>s 24<br />

Demonstração das Alterações de Capital Próprio <strong>Consolidado</strong> 25<br />

Demonstração do Rendimento Integral 26<br />

Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas 27<br />

03 Certificação Legal de Contas<br />

Relatório e Parecer do Fiscal Único 57<br />

Certificação Legal das Contas/Relatório de Auditoria 57<br />

Página 2 de 57


GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

Relatório do Órgão de Gestão<br />

Mensagem do Conselho de Administração<br />

Enquadramento Macroeconómico<br />

Organograma de Participações<br />

Atividade do Exercício de <strong>2021</strong><br />

Evolução da Sociedade<br />

Factos Relevantes Após Termo do Exercício de <strong>2021</strong><br />

Menções Obrigatórias<br />

Declaração de Responsabilidades<br />

Agradecimentos<br />

Órgãos Sociais<br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO<br />

O Conselho de Administração da GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. no cumprimento dos Estatutos e<br />

Disposições Legais aplicáveis, nomeadamente nos termos dos artigos 65º e 66º do Código das<br />

Sociedades Comerciais, apresenta e submete à apreciação da Assembleia Geral de Acionistas o<br />

Relatório de Gestão, as contas do período e demais documentos de prestação de contas,<br />

referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de <strong>2021</strong>.<br />

O ano de <strong>2021</strong> foi desafiante e o sentimento de missão cumprida leva-nos a perspetivar com<br />

ambição os anos vindouros.<br />

O GRUPO <strong>FCM</strong> sentiu, no exercício de <strong>2021</strong>, o natural incremento do Volume de Negócios em<br />

Portugal e a vontade de manter a sua atuação nos mercados externos num nível mínimo.<br />

Esta política transversal a todas as empresas do Grupo já fora implementada nos anos<br />

precedentes, quer pela instabilidade do mercado externo (Argélia e Angola), tanto ao nível<br />

político como económico, quer pelo crescente investimento no mercado da construção em<br />

Portugal.<br />

Estamos cientes que as nossas decisões só continuarão a trazer bons resultados com a<br />

cooperação e confiança daqueles que nos rodeiam.<br />

Queremos manifestar a todos os colaboradores e parceiros um especial agradecimento, pois<br />

mostraram dedicação, capacidade e competência e permitiram ao Grupo continuar a potenciar<br />

sinergias, e a crescer de forma contínua e sustentada.<br />

Em 2022, continuaremos a ser exigentes e rigorosos na utilização e afetação dos recursos<br />

disponíveis, em função do cumprimento dos objetivos traçados. Esta é também a medida da<br />

nossa responsabilidade e do comprometimento da gestão com a Empresa, Parceiros, Clientes e<br />

Fornecedores.<br />

Que, cada vez mais, o GRUPO <strong>FCM</strong> seja uma marca de qualidade, rigor, confiança e<br />

sustentabilidade.<br />

WE BUILD TRUST<br />

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ENQUADRAMENTO ECONÓMICO<br />

GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO<br />

O ano de <strong>2021</strong> ficou essencialmente marcado pelos esforços de recuperação e controlo da<br />

pandemia mundial COVID – 19, extremamente impactante na sociedade global, e pelas formas<br />

de contenção e minimização dos seus efeitos e de recuperação.<br />

O modelo de contenção mais consensual, aplicado pelos países de forma mais ou menos<br />

vigorosa, foi o estabelecimento de planos de controlo de despistagem para evitar maiores<br />

propagações internacionais e de planos de vacinação generalizados a todos os cidadãos.<br />

No plano económico, em <strong>2021</strong>, as trocas de bens e serviços a nível mundial atingiram um<br />

máximo histórico de USD 28,5 triliões (€ 25,1 triliões), o que representou um aumento anual de<br />

25%.<br />

Os dados das Nações Unidas (UNCTAD) revelam, ainda, um aumento de 13% face ao ano prépandémico<br />

de 2019. A trajetória positiva evidenciada em <strong>2021</strong> foi, segundo a UNCTAD,<br />

impulsionada pelo aumento dos preços das mercadorias, pelo levantamento de grande parte<br />

das restrições sanitárias e pelo reforço da procura com base em medidas estatais de estímulo<br />

económico.<br />

CONJUNTURA SETORIAL<br />

De acordo com a estimativa rápida divulgada pelo INE, o PIB registou um crescimento de 4,9%<br />

em <strong>2021</strong>, o mais elevado desde 1990, após a diminuição histórica de 8,4% em 2020 na sequência<br />

dos efeitos marcadamente adversos da pandemia COVID-19 na atividade económica.<br />

No setor da Construção, o ano de <strong>2021</strong> foi um ano de consolidação do crescimento, com um<br />

conjunto significativo de indicadores a registar uma evolução positiva ao longo do ano.<br />

O consumo de cimento no mercado nacional registou um aumento de 5,8% em termos<br />

homólogos, para 3.780 milhares de toneladas em <strong>2021</strong>, o que correspondeu ao melhor registo<br />

dos últimos 10 anos. De igual modo, ao nível da avaliação bancária na habitação alcançou-se um<br />

novo máximo histórico em dezembro de <strong>2021</strong>, com uma subida de 11,2% face a igual mês do<br />

ano anterior.<br />

Já no que concerne ao licenciamento pelas Câmaras Municipais, o qual constitui um indicador<br />

da atividade futura no segmento de construção de edifícios, e de acordo com a informação<br />

disponível até ao final do mês de novembro de <strong>2021</strong>, constata-se um crescimento do número<br />

de obras licenciadas, com um acréscimo global de 7,2%, em resultado de variações de 9,5% nos<br />

edifícios residenciais e de 1,5% nos edifícios não residenciais. Ao nível dos fogos licenciados em<br />

construções novas observa-se uma subida de 11,2%, em termos homólogos, para 25.621<br />

alojamentos. Relativamente ao crédito concedido pelas instituições financeiras, verifica-se um<br />

aumento, até novembro, de 35,2%, em termos homólogos acumulados, dos novos empréstimos<br />

para aquisição de habitação e uma contração de 10,4%, em dezembro, do stock de empréstimos<br />

às empresas do setor da Construção.<br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

No segmento das obras públicas, no ano de <strong>2021</strong>, foram abertos concursos de empreitadas de<br />

obras públicas no montante de cerca de 3,8 mil milhões de euros, o que traduz uma redução de<br />

21,7% face aos valores apurados em 2020. Esta diminuição resulta, essencialmente, do facto de,<br />

em 2020, se ter registado um significativo volume de promoção de concursos de empreitadas<br />

de elevado valor no domínio da ferrovia e rede de metropolitano, os quais totalizaram 1.126<br />

milhões de euros e cujas obras se encontram, na sua grande maioria, atualmente em curso.<br />

Quanto ao montante total dos contratos de empreitadas de obras públicas objeto de celebração<br />

e registo, observa-se uma redução de 8,2% face a 2020. Não obstante, as quebras verificadas<br />

em termos anuais, os montantes apurados de concursos promovidos e contratos celebrados<br />

mantêm-se em níveis historicamente elevados.<br />

ARGÉLIA<br />

Página 6 de 57<br />

Fonte: AECOPS<br />

A Argélia manteve, em <strong>2021</strong>, alguns temas sensíveis do foro político-social, nomeadamente, no<br />

plano externo, o desencontro de posição com Espanha no que se refere a Marrocos e a questão<br />

geopolítica do Frente Polisário ou, internamente, o duvidoso aproveitamento do<br />

restabelecimento do preço do petróleo e das possíveis alterações às políticas de Investimento.<br />

A decisão do Ministro do Comércio Kamel Rezig de fechar temporariamente as filiais argelinas<br />

de 3 das Big Four (EY, KPMG e Delloite) foi tomada no momento em que estas se preparavam<br />

para promover uma nova legislação de investimento. É mais uma ação que protela a retoma dos<br />

grandes investidores ao Mercado Argelino e que serve de indicador de medida e avaliação de<br />

risco sobre a decisão de participação em determinados projetos.<br />

O crescimento anual do produto interno bruto em <strong>2021</strong> foi de 3,4%, após um declínio dramático<br />

de quase 5% no ano passado. De acordo com as previsões do Fundo Monetário Internacional, o<br />

crescimento argelino deverá continuar no próximo ano, embora se preveja um crescimento<br />

ainda tímido. De 163 biliões este ano, o produto interno bruto argelino deve ficar em torno de<br />

168 biliões de dólares em 2022, antes de ultrapassar a marca de 170 biliões em 2023.<br />

A Argélia ainda está no top 10 dos países mais ricos do continente africano. Assim como o PIB,<br />

a renda média anual per capita também deve apresentar crescimento tímido nos próximos anos.<br />

Para 2022, as perspetivas são de alguma recuperação e de expetativa de uma mudança de<br />

políticas que possam promover o Investimento equilibrado e a rentabilização das commodities<br />

que o país detém.<br />

ANGOLA<br />

O impacto da pandemia da Covid-19 na economia angolana começou a diminuir, num contexto<br />

de elevação dos preços do petróleo e medidas de contenção menos disruptivas. O crescimento<br />

não petrolífero começou a recuperar o que contribuiu para uma ampla estabilização da<br />

produção global em <strong>2021</strong>. A inflação ultrapassou os 25%, impulsionada por fatores do lado da<br />

oferta. A continuação da contenção fiscal produziu um excedente global substancial em <strong>2021</strong>,<br />

enquanto que a subida dos preços do petróleo está a apoiar um elevado excedente da conta<br />

corrente.


GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

As projeções apontam para um crescimento global positivo de Angola em 2022, atingindo cerca<br />

de 4% a médio prazo, impulsionado pela implementação das reformas estruturais planeadas<br />

que visam reforçar o crescimento. A inflação deverá diminuir gradualmente a partir de 2022, à<br />

medida que a inflação alimentar mundial abranda e o banco central mantém uma orientação<br />

restritiva da política monetária. Uma posição orçamental prudente e contínua, incorporada aos<br />

planos orçamentais para 2022, apoiará um rápido declínio no rácio dívida pública/PIB, enquanto<br />

protege as principais despesas sociais e de saúde.<br />

ORGANOGRAMA DE PARTICIPAÇÕES<br />

O Grupo <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, SA, doravante designado GRUPO <strong>FCM</strong> é composto por oito empresas e dois<br />

estabelecimentos estáveis.<br />

Denominação<br />

Capital Social<br />

% Detida<br />

diretamente<br />

% Detida<br />

indiretamente<br />

Grupo <strong>FCM</strong>, <strong>SGPS</strong>, S.A. 4 500 000,00 € Empresa-mãe Empresa-mãe<br />

<strong>FCM</strong> Construções, S.A. 1 800 000,00 € 100,00% 0,00%<br />

ALPOTRADE - Serviços e Trading, Lda 15 000,00 € 98,00% 0,00%<br />

VIAMEC - Construção e Gestão Imobiliária, Lda 49 880,00 € 0,00% 50,00%<br />

ICD - Instalações Eletromecânicas, Lda. 300 000,00 € 53,00% 0,00%<br />

<strong>FCM</strong> & LC, Lda 1 252,27 € 63,00% 0,00%<br />

ICD - Instalações Técnicas, Comunicações e Domótica, Lda 626,13 € 0,00% 61,00%<br />

SPA HASNAOUI <strong>FCM</strong> Construction 1 578 452,83 € 0,00% 48,00%<br />

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ACTIVIDADE DO EXERCÍCIO <strong>2021</strong><br />

GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

Os resultados consolidados apurados para o exercício de <strong>2021</strong>, situam-se nos 430 mil euros, a<br />

que correspondem resultados líquidos consolidados positivos de 457 mil euros que são<br />

atribuíveis aos detentores do capital do GRUPO <strong>FCM</strong>, <strong>SGPS</strong>, S.A. (Empresa-mãe) e 27 mil euros<br />

negativos a interesses que não controlam.<br />

O Grupo <strong>FCM</strong> apresentou um volume de negócios consolidado, no final de <strong>2021</strong>, de mais de 47<br />

milhões de Euros, um acréscimo de cerca de 80 % face ao exercício de 2020.<br />

O EBITDA consolidado cifrou-se nos 2,4 milhões de Euros, 9 % acima do valor apurado no ano<br />

anterior.<br />

O rácio EBITDA/Volume de Negócios fixou-se nos 5% em <strong>2021</strong>.<br />

Em <strong>2021</strong> a faturação consolidada no mercado português ascendeu a 42,3 milhões de euros, o<br />

que representou um crescimento face ao ano anterior, próximo de 88 % - o volume de negócios<br />

consolidado para o mercado nacional em 2020 foi de 22,5 milhões de euros.<br />

Apesar da opção de abrandamento do negócio nos mercados externos, nomeadamente em<br />

Angola e na Argélia, existiu um aumento das operações no exterior de cerca de 29 % face ao ano<br />

anterior.<br />

Sendo a atividade de engenharia e construção a força motriz do GRUPO <strong>FCM</strong> é de esperar que<br />

a fatia mais representativa do volume de negócios lhe diga respeito. Assim tem sido nos últimos<br />

anos e continuou a ser em <strong>2021</strong> – 92 % do volume de negócios consolidado – com um total de<br />

43,1 milhões de euros.<br />

Em <strong>2021</strong> o Grupo promoveu incrementos significativos ao nível da estabilização do seu Balanço<br />

e da aferição financeira ao fator risco, através de 2 medidas relevantes: a amortização do<br />

Goodwill em 872 mil euros e a realização de uma provisão de 328 mil euros para eventuais<br />

custos Pós-Venda, na Sociedade do Grupo <strong>FCM</strong> CONSTRUÇÕES SA.<br />

VOLUME DE NEGÓCIOS E EBITDA (VALORES CONSOLIDADOS)<br />

Em <strong>2021</strong> o Volume de Negócios consolidado teve um acréscimo, face ao exercício anterior, de<br />

cerca de 80%, tendo-se fixado em mais de 47 milhões de euros.<br />

Descrição <strong>2021</strong> 2020 Variação<br />

Volume de Negócios 47 056 26 180 80%<br />

EBITDA 2 431 2 226 9%<br />

EBIT 848 1 568 -46%<br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

Volume de Negócios, EBITDA e EBIT – 2020/<strong>2021</strong><br />

50 000<br />

45 000<br />

40 000<br />

35 000<br />

30 000<br />

25 000<br />

20 000<br />

15 000<br />

10 000<br />

5 000<br />

0<br />

Volume de Negócios EBITDA EBIT<br />

<strong>2021</strong> 2020<br />

A principal razão para uma diminuição percentual do EBIT, face ao ano precedente, prende-se<br />

com o grande Investimento em Ativos Imobilizados que influenciaram o incremento, quase em<br />

dobro, dos valores de amortização e depreciação.<br />

Evolução do Volume de Prestação de Serviços – 2014 a <strong>2021</strong><br />

50 000<br />

40 000<br />

30 000<br />

20 000<br />

10 000<br />

0<br />

2014 2015<br />

2016<br />

2017<br />

2018<br />

2019<br />

2020<br />

<strong>2021</strong><br />

Argélia<br />

Portugal<br />

Portugal Angola Argélia Outros<br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

Evolução do Volume de Vendas – 2014 a <strong>2021</strong><br />

10 000<br />

8 000<br />

6 000<br />

4 000<br />

2 000<br />

0<br />

2014 2015<br />

2016<br />

2017<br />

2018<br />

2019<br />

2020<br />

<strong>2021</strong><br />

Argélia<br />

Portugal<br />

Portugal Angola Argélia Outros<br />

Da conjuntura anteriormente referida, destaca-se a crescente atividade que o GRUPO <strong>FCM</strong> tem<br />

tido em Portugal (90% do VN total no ano de <strong>2021</strong>).<br />

Para este resultado contribui largamente a componente de prestação de serviços de engenharia<br />

e construção com mais de 43 milhões de faturação em <strong>2021</strong>, face a 21 milhões em 2020. A venda<br />

de mercadorias pelas empresas do grupo no mercado nacional ascendeu a 2,5 milhões.<br />

Evolução do Volume de Negócios em Portugal – 2014 a <strong>2021</strong><br />

45 000<br />

40 000<br />

35 000<br />

30 000<br />

25 000<br />

20 000<br />

15 000<br />

10 000<br />

5 000<br />

0<br />

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 <strong>2021</strong><br />

Vendas Prestações de Serviços % Volume de Negócios<br />

100%<br />

90%<br />

80%<br />

70%<br />

60%<br />

50%<br />

40%<br />

30%<br />

20%<br />

10%<br />

0%<br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

A atividade nos mercados externos manteve a tendência de decréscimo na atividade do Grupo.<br />

No final de <strong>2021</strong>, os mercados angolano e argelino representam somente 10% do total do<br />

Volume de Negócios consolidado, que compara com os 14% do ano de 2020.<br />

O mercado argelino faturou em <strong>2021</strong> cerca de 3 milhões de euros, à semelhança do ano anterior.<br />

No mercado angolano, o Volume de Negócios consolidado das empresas que aí operam fixouse<br />

nos 1,64 milhões de euros, face aos 689 mil euros de 2020.<br />

VOLUMES DE NEGÓCIOS, POR EMPRESA INCLUÍDA NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO<br />

Empresa<br />

Volume de<br />

Negócios<br />

Serviços<br />

Intragrupo<br />

Volume de<br />

Negócios<br />

<strong>Consolidado</strong> <strong>2021</strong><br />

Grupo <strong>FCM</strong>, <strong>SGPS</strong>, S.A. 76 807 € -76 807 € 0 €<br />

<strong>FCM</strong> Construções, S.A. 45 054 947 € -591 437 € 44 463 510 €<br />

ALPOTRADE - Serviços de Trading, Lda. 386 869 € -232 638 € 154 231 €<br />

VIAMEC - Construção e Gestão Imobiliária, Lda. 348 124 € -63 553 € 284 571 €<br />

ICD - Instalações Especiais, Lda. 4 483 224 € -4 013 494 € 469 730 €<br />

<strong>FCM</strong> & LC Construções Lda. 65 583 € 0 € 65 583 €<br />

ICD - Instalações Técnicas, Comunicações e<br />

Domótica, Lda. 1 618 005 € 0 € 1 618 005 €<br />

SPA HASNAOUI <strong>FCM</strong> Construction 0 € 0 € 0 €<br />

Totais 52 033 558 € -4 977 928 € 47 055 630 €<br />

GASTOS<br />

Aliada a uma forte componente produtiva deve estar presente uma rigorosa e estratégica gestão<br />

de gastos inerentes à atividade, para que esta possa ser sustentável e para criar valor. Com esta<br />

visão, o GRUPO <strong>FCM</strong> tem feito ajustes na sua estrutura de gastos para corresponder cada vez<br />

melhor às necessidades de redução de custo, adaptando-se também às novas contingências de<br />

mercado que resultaram da situação pandémica que atravessámos no ano de <strong>2021</strong> e que<br />

obrigaram a redobrada atenção na execução de atividades e na gestão corrente<br />

As empresas do Grupo <strong>FCM</strong> mantiveram a estratégia de gestão de recursos humanos com um<br />

maior enfoque na mão-de-obra própria mais especializada e na contratação de empresas de<br />

trabalho temporário para obtenção de recursos menos fixos e de menor especialização, bem<br />

como o foco em obras de maior dimensão e pluridisciplinaridade que impulsionam o recurso a<br />

subempreiteiros especializados.<br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

Rubrica <strong>2021</strong><br />

Peso<br />

Relativo (%)<br />

2020<br />

Peso<br />

Relativo<br />

(%)<br />

Variação<br />

Custo das Mercadorias Vendidas e das<br />

Matérias Consumidas 9 239 820 € 20% 7 452 774 € 28% 24%<br />

Fornecimentos e Serviços Externos 26 938 546 € 58% 10 698 306 € 40% 152%<br />

Gastos com Pessoal 8 082 902 € 17% 6 747 956 € 25% 17%<br />

Provisões 328 057 € 0% 121 € 0%<br />

Outros Gastos e Perdas 280 349 € 1% 960 345 € 4% -71%<br />

Gastos de Depreciação e Amortização 1 583 300 € 3% 658 013 € 3% 74%<br />

Gastos financeiros 297 420 € 1% 103 143 € 0% 65%<br />

Totais 46 750 394 € 100% 26 620 658 € 100% 76%<br />

Os gastos totais no ano aumentaram cerca de 76% (+ 20,1 milhões de euros), em linha com a<br />

aumento da atividade do universo das empresas do Grupo.<br />

Gastos <strong>2021</strong><br />

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RESULTADOS DO EXERCÍCIO<br />

GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

Os Resultados <strong>Consolidado</strong>s no final do exercício económico de <strong>2021</strong> fixaram-se em 430 mil<br />

euros, tendo diminuído face ao ano anterior. Esta diminuição prende-se essencialmente a 2<br />

fatores relevantes: a amortização do Goodwill em 872 mil euros e a realização de uma Provisão<br />

de 328 mil euros para eventuais custos Pós-Venda, na Sociedade do Grupo <strong>FCM</strong> CONSTRUÇÕES<br />

SA.<br />

Rubrica <strong>2021</strong> 2020 Variação<br />

EBITDA 2 431 357 € 2 226 059 € 9%<br />

EBIT 848 057 € 1 568 046 € -46%<br />

Resultado antes de imposto 600 741 € 1 464 934 € -59%<br />

Resultado líquido do exercício 430 461 € 1 315 426 € -67%<br />

Rubrica <strong>2021</strong> 2020 Variação<br />

Resultado atribuível a detentores de<br />

capital da Empresa-Mãe 457 652 € 799 441 € -43%<br />

Resultado por ação Empresa-Mãe 0,10 € 0,18 € -44%<br />

Interesses que não controlam -27 190 € 515 985 € -105%<br />

Resultados (2020/<strong>2021</strong>)<br />

2 500,00<br />

2 000,00<br />

1 500,00<br />

1 000,00<br />

500,00<br />

0,00<br />

EBITDA EBIT Resultado antes de<br />

impostos<br />

<strong>2021</strong> 2020<br />

Resultado líquido<br />

Página 13 de 57


GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

ESTRUTURA DO BALANÇO CONSOLIDADO<br />

Rubrica <strong>2021</strong><br />

Peso<br />

Relativo (%)<br />

2020<br />

Peso<br />

Relativo (%)<br />

Ativo não corrente 12 855 845 € 27% 13 238 358 € 34%<br />

Ativo corrente 34 232 011 € 73% 25 369 972 € 66%<br />

Total do Ativo 47 087 856 € 38 608 330 €<br />

Rubrica <strong>2021</strong><br />

Peso<br />

Relativo (%)<br />

2020<br />

Peso<br />

Relativo (%)<br />

Capital Próprio 11 515 023 € 24% 10 177 384 € 26%<br />

Passivo não corrente 9 840 572 € 21% 10 098 371 € 26%<br />

Passivo corrente 25 732 262 € 55% 18 332 574 € 48%<br />

Total do Passivo e Capital Próprio 47 087 856 € 38 608 330 €<br />

No que diz respeito à estrutura económico-financeira do GRUPO <strong>FCM</strong> salienta-se a o aumento<br />

do Passivo Corrente e do Ativo Corrente, que se justifica pelo aumento da atividade. As<br />

principais rubricas que contribuem para este aumento são Clientes (+7 Milhões de €) e<br />

Fornecedores (+6 Milhões de €).<br />

Ativo Funcional<br />

60 000 000<br />

50 000 000<br />

40 000 000<br />

30 000 000<br />

20 000 000<br />

10 000 000<br />

0<br />

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 <strong>2021</strong><br />

Ativo não corrente Necessidades Cíclicas Tesouraria Ativa<br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

Passivo Funcional e Capitais Próprios<br />

60 000 000<br />

50 000 000<br />

40 000 000<br />

30 000 000<br />

20 000 000<br />

10 000 000<br />

0<br />

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 <strong>2021</strong><br />

Passivo não corrente Recursos Cíclicos Tesouraria Passiva Capital Próprio<br />

Por último, e por ser um importante fator na atividade do GRUPO <strong>FCM</strong> e em toda a sociedade,<br />

não se poderia deixar de frisar a performance que a contribuição fiscal tem tido nos resultados<br />

mais recentes do GRUPO <strong>FCM</strong>.<br />

6 000 000<br />

5 000 000<br />

4 000 000<br />

3 000 000<br />

2 000 000<br />

1 000 000<br />

0<br />

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 <strong>2021</strong><br />

-1 000 000<br />

EBITDA<br />

Resultado Interesses não controlam<br />

Resultado líquido do exercício<br />

Imposto sobre o rendimento<br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

PRINCIPAIS INDICADORES<br />

Rubrica <strong>2021</strong> 2020 Variação<br />

Volume de Negócios<br />

(VN) (Valores '000€) 47 056 26 180 80%<br />

Resultado Líquido do Exercício<br />

(RLE) (Valores '000€) 430 1 315 -67%<br />

Margem Operacional<br />

(RLE/VN) 1% 5% -82%<br />

Liquidez Geral<br />

(Ativo Corrente/Passivo Corrente) 1,33 1,38 -4%<br />

Solvabilidade<br />

(Capitais Próprios/Passivo) 32% 36% -10%<br />

Autonomia Financeira<br />

(Capitais Próprios/Ativo) 24% 26% -7%<br />

Capacidade Endividamento<br />

(Capitais Próprios/Passivo MLP + Capitais Próprios) 0,54 0,50 7%<br />

Rendibilidade dos Capitais Próprios (RLE/Capitais<br />

Próprios) 3,74% 12,92% -71%<br />

Dívida Financeira Líquida<br />

(Valores '000€) 5 189 5 657 -8%<br />

EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE<br />

O GRUPO <strong>FCM</strong> integra um grupo de empresas que aliam a consistência de resultados ao enorme<br />

potencial de crescimento.<br />

Este potencial é fruto da capacidade de diversificação das operações, da confiança acumulada<br />

juntos dos seus parceiros e acima de tudo da resiliência dos seus colaboradores que aportam<br />

um enorme rigor e condições à inovação constante do mercado.<br />

Cada vez mais é essencial olharmos para o futuro não só com a visão dos resultados económicofinanceiros<br />

a alcançar, mas sim de quais serão as consequências das nossas operações na<br />

comunidade.<br />

Com este sentido de responsabilidade exigimos às empresas nas quais temos participação que<br />

sejam uma marca impulsionadora, quer internamente quer junto dos seus parceiros, para ações<br />

ambientalmente sustentáveis.<br />

Incutimos às nossas empresas uma cultura de aprendizagem e formação continua.<br />

Exigimos que a gestão de cada empresa seja feita de forma global e não concentrada em si<br />

própria de forma a agregar sinergias e diminuir riscos externos.<br />

Com esta visão encaramos o ano de 2022 repleto de constantes desafios no que toca à crescente<br />

exigência para com as nossas participadas.<br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

FACTOS RELEVANTES OCORRIDOS APÓS O TERMO DO EXERCÍCIO<br />

O Grupo <strong>FCM</strong> opera em mercados internacionais e, como tal, exposto à economia global, em<br />

particular ao consumo privado. A manutenção do surto Covid-19 afetou significativamente os<br />

preços de consumo e, consequentemente, a cadeia de valor, promovendo um efeito<br />

inflacionista na atividade desenvolvida. Esta tendência foi largamente incrementada com a<br />

invasão da Ucrânia por parte da Rússia. A escala, dimensão e duração do atual momento de<br />

incerteza, torna difícil avaliar com exatidão a dimensão dos seus impactos diretos e indiretos.<br />

Após o encerramento do exercício a 31 de dezembro de <strong>2021</strong>, a guerra na Ucrânia intensificou<br />

as dificuldades nos aprovisionamentos, quer seja pelo incremento dos valores, quer seja pela<br />

escassez de recursos essenciais. Grande parte dos Países e Instituições Mundiais estão a<br />

promover ações, diplomáticas e/ou sancionarias, junto da Rússia numa tentativa de forçar o fim<br />

da guerra.<br />

MENÇÕES OBRIGATÓRIAS<br />

Durante o período, não foram concedidas nem solicitadas autorizações para a concretização de<br />

negócios entre administradores e a sociedade, nos termos do artigo 397º do Código das<br />

Sociedades Comerciais.<br />

Nos termos do art. 21º do Decreto-Lei 411/91, de 17 de outubro informamos que não existem<br />

dívidas em mora perante o Estado.<br />

DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE<br />

Os membros do Conselho de Administração da GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. declaram assumir a<br />

responsabilidade pela presente informação e asseguram que os elementos neles inscritos são<br />

verídicos e que não existem omissões que sejam do seu conhecimento.<br />

AGRADECIMENTOS<br />

A Administração aproveita ainda esta oportunidade para expressar o seu reconhecimento:<br />

• Aos Acionistas pela confiança inequívoca que têm demonstrado;<br />

• Ao Revisor Oficial de Contas pelo rigor e qualidade de atuação;<br />

• A todos os Colaboradores, cuja disponibilidade e empenho têm contribuído de<br />

forma significativa para o desenvolvimento e crescimento do Grupo;<br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

• Aos Clientes, razão e propósito de existência da empresa. A todos, o nosso sentido<br />

apreço pela preferência demonstrada.<br />

• Aos demais Stakeholders que nos distinguiram com o seu pronto acompanhamento<br />

nomeadamente Fornecedores e Instituições Financeiras.<br />

Pero Pinheiro, 27 de Junho de 2022<br />

Presidente do Conselho de Administração<br />

Celestino Rodrigues da Silva<br />

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO<br />

Vice-Presidente do Conselho de Administração<br />

Fernando Rodrigues da Silva<br />

Vogais do Conselho de Administração<br />

Pedro Miguel Pinho Plácido<br />

Rui José Dias Lopes<br />

Rui Pedro de Aguilar Brito da Cruz<br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

ÓRGÃO SOCIAIS<br />

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL<br />

PRESIDENTE<br />

SECRETÁRIO<br />

João Carlos de Albuquerque Pedrosa Ribeiro<br />

João Pedro Bulcão Correia Dias Mora<br />

FISCAL ÚNICO<br />

MEMBRO EFETIVO<br />

MEMBRO SUPLENTE<br />

Nuno de Jesus e Costa Alves<br />

Pedro Miguel Alão Cabrita<br />

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO<br />

PRESIDENTE<br />

VICE-PRESIDENTE<br />

VOGAL<br />

VOGAL<br />

VOGAL<br />

Celestino Rodrigues da Silva<br />

Fernando Rodrigues da Silva<br />

Pedro Miguel Pinho Plácido<br />

Rui José Dias Lopes<br />

Rui Pedro de Aguilar Brito da Cruz<br />

REVISOR OFICIAL DE CONTAS<br />

EFETIVO Nuno de Jesus e Costa Alves, R.O.C nº 1660<br />

AÇÕES DETIDAS POR MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO<br />

Celestino Rodrigues da Silva – 25,60% - Valor Nominal de 1,00€ - N.º Ações: 1152000<br />

Fernando Rodrigues da Silva – 25,60% - Valor Nominal de 1,00€ - N.º Ações: 1152000<br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

Demonstrações Financeiras Consolidadas<br />

Balanço <strong>Consolidado</strong><br />

Demonstração de Resultados <strong>Consolidado</strong>s<br />

Demonstração de Fluxos de Caixa <strong>Consolidado</strong>s<br />

Demonstração de Alterações do Capital Próprio Consolidadas<br />

Demonstração Consolidada do Rendimento Integral<br />

Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas<br />

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BALANÇO CONSOLIDADO<br />

GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

GRUPO <strong>FCM</strong>, <strong>SGPS</strong>, S.A.<br />

Notas 31 de Dezembro de <strong>2021</strong> 31 de Dezembro de 2020<br />

ATIVO<br />

ATIVO NÃO CORRENTE:<br />

Ativos fixos tangíveis 6 4 587 231,05 € 4 258 701,60 €<br />

Goodwill 7 7 845 465,70 € 8 717 184,11 €<br />

Ativos intangíveis 8 64 442,97 € 70 244,42 €<br />

Outros investimentos financeiros 9 128 728,69 € 120 559,16 €<br />

Créditos a receber 0,00 € 0,00 €<br />

Ativos por impostos diferidos 229 976,69 € 71 668,42 €<br />

Total do ativo não corrente 12 855 845,09 € 13 238 357,71 €<br />

ATIVO CORRENTE:<br />

Inventários 10 2 744 059,42 € 3 055 318,19 €<br />

Clientes 11 20 114 954,50 € 13 158 811,84 €<br />

Estado e outros entes públicos 12 1 096 225,19 € 1 498 153,74 €<br />

Outros créditos a receber 13 6 954 184,61 € 5 931 457,17 €<br />

Diferimentos 14 1 135 727,87 € 77 618,16 €<br />

Caixa e depósitos bancários 5 2 186 859,68 € 1 648 613,12 €<br />

Total do ativo corrente 34 232 011,26 € 25 369 972,22 €<br />

Total do ativo 47 087 856,35 € 38 608 329,93 €<br />

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO<br />

CAPITAL PRÓPRIO<br />

Capital subscrito 15 4.500.000,00 € 4 500 000,00 €<br />

Ações próprias 15 -900.000,00 € -900 000,00 €<br />

Prémios de emissão 15 0,00 € 0,00 €<br />

Reservas 15 1.934.540,50 € 1 905 199,46 €<br />

Resultados transitados 15 2.157.742,83 € 641 627,43 €<br />

Ajustamentos / outras variações no capital próprio 15 0,00 € -693,28 €<br />

Excedentes de revalorização 15 0,00 € 0,00 €<br />

7 692 283,33 € 6 146 133,61 €<br />

Resultado líquido do período 15 457 651,71 € 1 315 426,25 €<br />

Resultado conversão cambial 15 0,00 € 0,00 €<br />

Interesses que não controlam 3 365 087,83 € 2 715 824,23 €<br />

Total do capital próprio 11 515 022,88 € 10 177 384,09 €<br />

PASSIVO:<br />

PASSIVO NÃO CORRENTE:<br />

Provisões 16 328 057,43 € 0,00 €<br />

Financiamentos obtidos 17 2 234 595,63 € 2 759 627,75 €<br />

Outras dividas a pagar 18 7 157 300,00 € 7 157 300,00 €<br />

Passivos por impostos diferidos 19 120 618,63 € 181 443,61 €<br />

Total do passivo não corrente 9 840 571,69 € 10 098 371,36 €<br />

PASSIVO CORRENTE:<br />

Fornecedores 20 13 579 902,13 € 7 533 701,31 €<br />

Adiantamentos de clientes 11 2 041 925,41 € 2 644 051,90 €<br />

Estado e outros entes públicos 12 1 741 998,82 € 1 620 011,07 €<br />

Financiamentos obtidos 17 5 140 987,99 € 4 546 172,48 €<br />

Outras dividas a pagar 18 3 227 447,43 € 1 988 637,71 €<br />

Total do passivo corrente 25 732 261,78 € 18 332 574,47 €<br />

Total do passivo 35 572 833,47 € 28 430 945,83 €<br />

Total do capital próprio e do passivo 47 087 856,35 € 38 608 329,92 €<br />

O anexo faz parte integrante do balanço consolidado em 31 de dezembro de <strong>2021</strong>.<br />

A Administração<br />

A Contabilista Certificada<br />

Celestino Rodrigues da Silva<br />

Fernando Rodrigues da Silva<br />

Raquel Sousa<br />

Pedro Miguel Pinho Plácido CC nº 81671<br />

Rui José Dias Lopes<br />

Rui Pedro de Aguilar Brito da Cruz<br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS<br />

GRUPO <strong>FCM</strong>, <strong>SGPS</strong>, S.A.<br />

Demonstração dos resultados por naturezas consolidada em 31 de Dezembro de <strong>2021</strong><br />

(montantes expressos em euros)<br />

RENDIMENTOS E GASTOS Notas <strong>2021</strong> 2020<br />

Vendas e serviços prestados 21 47 055 630,03 € 26 180 052,86 €<br />

Subsídios à exploração 22 84 162,66 € 20 057,95 €<br />

Ganhos / perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos 0,00 € 0,00 €<br />

Trabalhos para a própria entidade 23 0,00 € 54 825,77 €<br />

Custos das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 10 -9 239 820,18 € -7 452 774,01 €<br />

Fornecimentos e serviços externos 24 -26 938 546,30 € -10 698 305,57 €<br />

Gastos com o pessoal 25 -8 082 901,89 € -6 747 955,58 €<br />

Imparidade de dívidas a receber (perdas / reversões) 11/13 -16 394,52 € 0,00 €<br />

Provisões (aumentos / reduções) 16 -328 057,43 € -120,62 €<br />

Outros rendimentos e ganhos 26 177 633,73 € 1 830 623,60 €<br />

Outros gastos 27 -280 348,80 € -960 345,31 €<br />

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 2 431 357,30 € 2 226 059,09 €<br />

Gastos / reversões de depreciação e de amortização 6/8 -1 583 299,96 € -658 013,43 €<br />

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 848 057,34 € 1 568 045,66 €<br />

Juros e rendimentos similares obtidos 28 50 103,75 € 31,43 €<br />

Juros e gastos similares suportados 28 -297 420,38 € -103 143,09 €<br />

Resultados antes de impostos 600 740,71 € 1 464 934,00 €<br />

Imposto sobre o rendimento do período – estimado 19/29 -170 279,24 € -149 507,75 €<br />

Resultado líquido do período 430 461,47 € 1 315 426,25 €<br />

Resultado líquido do período atribuível a interesses minoritários - 27 190,25 € 515 985,15 €<br />

Resultado atribuível a detentores de capital da Empresa-mãe 457 651,25 € 799 441,10 €<br />

Resultado por ação básico 0,10 € 0,18 €<br />

O anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados por naturezas consolidada do exercício findo em 31 de dezembro de <strong>2021</strong>.<br />

A Administração<br />

A Contabilista Certificada<br />

Celestino Rodrigues da Silva<br />

Fernando Rodrigues da Silva<br />

Raquel Sousa<br />

Pedro Miguel Pinho Plácido CC nº 81671<br />

Rui José Dias Lopes<br />

Rui Pedro de Aguilar Brito da Cruz<br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA<br />

GRUPO <strong>FCM</strong>, <strong>Consolidado</strong>, SA<br />

Demonstração dos fluxos de caixa consolidada em 31 de Dezembro de <strong>2021</strong><br />

Fluxos de caixa das atividades operacionais:<br />

(montantes expressos em euros)<br />

<strong>2021</strong> 2020<br />

Recebimentos de clientes 42 358 590,43 € 17 236 257,56 €<br />

Pagamentos a fornecedores -30 022 517,18 € -9 983 218,67 €<br />

Pagamentos ao pessoal -5 728 488,60 € -4 357 777,64 €<br />

Caixa gerada pelas operações 6 607 584,65 € 2 895 261,25 €<br />

Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento -1 652 824,09 € -110 611,13 €<br />

Outros recebimentos/pagamentos -4 325 915,75 € 1 124 050,95 €<br />

Fluxos de caixa das atividades de investimento:<br />

Pagamentos respeitantes a:<br />

Fluxos das atividades operacionais (1) 628 844,81 € 3 908 701,07 €<br />

Ativos fixos tangíveis -728 349,82 € -206 861,40 €<br />

Ativos intangíveis -9 208,68 € -87 749,75 €<br />

Investimentos financeiros -23 187,08 € -28 860,64 €<br />

Dividendos 0,00 € -93 800,00 €<br />

Recebimentos provenientes de:<br />

Ativos fixos tangíveis 43 003,41 € 0,00 €<br />

Ativos intangíveis<br />

Investimentos financeiros 54 478,05 € 4 259,15 €<br />

Outros ativos 430 603,64 €<br />

Subsídios ao investimento 14 471,72 €<br />

Juros e rendimentos similares 0,00 € 0,00 €<br />

Dividendos 0,00 € 0,00 €<br />

Fluxos de caixa das atividades de financiamento:<br />

Recebimentos provenientes de:<br />

Fluxos das atividades de investimento (2) -218 188,77 € -413 012,64 €<br />

Financiamentos obtidos 23 061 416,65 € 13 154 759,19 €<br />

Realizações de capital e de outros instrumentos de capital próprio<br />

Cobertura de prejuízos<br />

Doações<br />

Outras operações de financiamento 78 000,00 €<br />

Pagamentos respeitantes a:<br />

Financiamentos obtidos -22 907 478,58 € -17 010 813,94 €<br />

Juros e gastos similares -122 447,36 € -71 610,92 €<br />

Dividendos 0,00 €<br />

Reduções de capital e de outros instrumentos de capital próprio 0,00 €<br />

Outras operações de financiamento 0,00 € -159 000,00 €<br />

Fluxos das atividades de financiamento (2) 109 490,71 € -4 086 665,67 €<br />

Variação de caixa e seus equivalentes (3)=(1)+(2) 520 146,75 € -590 977,24 €<br />

Efeito das diferenças de câmbio 18 099,80 €<br />

Caixa e seus equivalentes no início do período 1 648 613,13 € 2 239 590,37 €<br />

Caixa e seus equivalentes no fim do período 2 186 859,68 € 1 648 613,13 €<br />

o anexo faz parte integrante destas demonstrações consolidadas.<br />

A Administração<br />

A Contabilista Certificada<br />

Celestino Rodrigues da Silva<br />

Fernando Rodrigues da Silva<br />

Raquel Sousa<br />

Pedro Miguel Pinho Plácido CC nº 81671<br />

Rui José Dias Lopes<br />

Rui Pedro de Aguilar Brito da Cruz<br />

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DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL<br />

GRUPO <strong>FCM</strong>, <strong>SGPS</strong>, S.A.<br />

Demonstração consolidada do rendimento integral<br />

(montantes expressos em euros)<br />

Notas <strong>2021</strong> 2020<br />

Rendimentos e ganhos<br />

Resultado liquido consolidado do período 15 430 461,47 1 315 426,25<br />

Rubricas que posteriormente poderão ser reclassificadas para Resultado Liquido<br />

Variação nas reservas de conversão cambial -7 869,39 -327 645,71<br />

Total do rendimento integral consolidado no período 15 422 592,08 987 780,54<br />

Atribuível a<br />

Accionistas da Empresa-mãe 256 827,38 760 591,02<br />

Interesses que não controlam 165 764,70 325 967,58<br />

A Administração<br />

A Contabilista Certificada<br />

Celestino Rodrigues da Silva<br />

Fernando Rodrigues da Silva<br />

Raquel Sousa<br />

Pedro Miguel Pinho Plácido CC nº 81671<br />

Rui José Dias Lopes<br />

Rui Pedro de Aguilar Brito da Cruz<br />

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS<br />

Nota 1<br />

Nota 2<br />

Nota 3<br />

Nota 4<br />

Nota 5<br />

Nota 6<br />

Nota 7<br />

Nota 8<br />

Nota 9<br />

Nota 10<br />

Nota 11<br />

Nota 12<br />

Nota 13<br />

Nota 14<br />

Nota 15<br />

Nota 16<br />

Nota 17<br />

Nota 18<br />

Nota 19<br />

Nota 20<br />

Nota 21<br />

Nota 22<br />

Nota 23<br />

Nota 24<br />

Nota 25<br />

Nota 26<br />

Nota 27<br />

Nota 28<br />

Nota 29<br />

Nota 30<br />

Nota 31<br />

Nota 32<br />

Nota introdutória<br />

Referencial Contabilístico de Preparação das Demonstrações Financeiras<br />

Principais Políticas Contabilísticas<br />

Perímetro de Consolidação<br />

Caixa e Depósitos Bancários<br />

Ativos Fixos Tangíveis<br />

Goodwill<br />

Ativos Intangíveis<br />

Outros Investimentos Financeiros<br />

Inventários / Custos das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas<br />

Clientes<br />

Estado e Outros Entes Públicos<br />

Outros Créditos a Receber<br />

Diferimentos<br />

Capital Próprio<br />

Provisões<br />

Financiamentos obtidos<br />

Outras Dívidas a Pagar<br />

Passivos por Impostos Diferidos<br />

Fornecedores<br />

Vendas e Prestações de Serviços<br />

Subsídios à Exploração<br />

Trabalhos para a Própria Entidade<br />

Fornecimentos e Serviços Externos<br />

Gastos com o Pessoal<br />

Outros Rendimentos<br />

Outros Gastos<br />

Resultados Financeiros<br />

Imposto sobre o Rendimento<br />

Composição Acionista<br />

Eventos subsequentes<br />

Informações exigidas por diplomas legais<br />

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NOTA 1.<br />

NOTA INTRODUTÓRIA<br />

A empresa adota a designação de Grupo <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A., adiante designada por Grupo <strong>FCM</strong>,<br />

com sede social na Avenida Marquês de Pombal nº416, Pêro Pinheiro, concelho de Sintra. A<br />

sociedade exerce a atividade na área de gestão de participações sociais não financeiras.<br />

A sociedade comercial anónima detém o capital social de 4.500.000,00 €, com o NIPC<br />

508541526, inscrita na Conservatória do Registo Comercial de Sintra sob o mesmo número.<br />

O Grupo <strong>FCM</strong>. elabora as contas consolidadas de <strong>2021</strong>, tendo em consideração o preceituado<br />

na lei vigente e considerando que foi constituída durante o exercício de 2008. Foi feita a análise<br />

comparativa entre o exercício de 2020 e <strong>2021</strong>, tendo em conta a estrutura conceptual do SNC.<br />

O Grupo opera em diversos continentes e mercados nomeadamente, na Europa e em África,<br />

essencialmente nas áreas da Construção.<br />

As demonstrações financeiras são apresentadas em euros.<br />

NOTA 2.<br />

FINANCEIRAS<br />

REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES<br />

A) Referencial Contabilístico<br />

As demonstrações financeiras do período findo em 31 de dezembro de <strong>2021</strong>, do Grupo <strong>FCM</strong>,<br />

foram preparadas de acordo com o referencial do Sistema Normalização Contabilística (SNC), as<br />

quais contemplam as Bases para a Apresentação de Demonstrações Financeiras (BADF), os<br />

Modelos de Demonstrações Financeiras, o Código de Contas e as Normas Contabilísticas de<br />

Relato Financeiro (NCRF), no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e<br />

registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (nota 4). Mais especificamente<br />

foram utilizadas as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro previstas no SNC aprovado<br />

pelo Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de julho, atualizado pelo Decreto-Lei nº 98/2015, de 2 de<br />

junho. A preparação das DF’s em conformidade com o SNC implica o uso de estimativas,<br />

pressupostos e julgamentos críticos no processo da determinação das políticas contabilísticas a<br />

adotar pela sociedade, sendo que estes, podem ter um impacto significativo no valor<br />

contabilístico dos ativos e passivos, assim como nos rendimentos e gastos do período. Apesar<br />

de estas estimativas serem baseadas na melhor experiência e nas melhores expectativas em<br />

relação aos eventos e ações correntes e futuras, os resultados atuais e futuros podem diferir<br />

destas estimativas.<br />

B) Pressuposto da Continuidade<br />

As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade da operação<br />

da sociedade em exercícios vindouros, não havendo intenção por parte da Administração de<br />

liquidar ou cessar o negócio, pressupõe-se que a sociedade vai continuar a operar no futuro<br />

previsível, pelo que, no cumprimento do disposto no §23 da ECSNC e no ponto 2.2 do Anexo ao<br />

DL nº 158/2009, de 13 de julho, todas as DF’s foram elaboradas tendo por base o pressuposto<br />

da continuidade.<br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

C) Regime do Acréscimo<br />

O Regime da periodização económica tem por base a separação dos períodos de<br />

reconhecimento das receitas/despesas, momento em que surge um fluxo monetário, e<br />

reconhecimento do correspondente rendimento/gasto. De acordo com o previsto no ponto 2.3<br />

do anexo ao DL nº 158/2009, de 13 de julho e do §22 da ECSNC, na preparação da suas DF’s,<br />

exceto a Demonstração de Fluxos de Caixa, a entidade deve utilizar o regime contabilístico do<br />

acréscimo, ou seja, os itens reconhecidos como ativos, passivos, capital próprio, rendimentos e<br />

gastos devem ser reconhecidos quando eles ocorram, independentemente do momento de<br />

ocorrência do fluxo monetário. A aplicação deste regime originou que a sociedade reconhecesse<br />

na conta 272 “Devedores e credores por acréscimos” diversos rendimentos/gastos cujas<br />

receitas/despesas são relativas ao período futuro, 2022, mas cujo rendimento/gasto<br />

corresponde ao período presente, <strong>2021</strong>. A aplicação do referido regime originou também a que<br />

fossem reconhecidos na conta 28 “Diferimentos” todas as despesas/receitas referentes ao<br />

presente, <strong>2021</strong>, cujos gastos/rendimentos se referem ao período futuro, 2022.<br />

D) Materialidade<br />

De acordo com o ponto 2.5 Anexo ao DL nº 158/2009, de 13 de julho e do §29 e §30 da ECSNC,<br />

as linhas de itens que não sejam materialmente relevantes foram agregadas a outros itens das<br />

DF’s.<br />

E) Compensação<br />

De acordo com o ponto 2.6 Anexo ao DL nº 158/2009, de 13 de julho, os ativos e os passivos, os<br />

rendimentos e os gastos são relatados separadamente nos respetivos itens de balanço e da<br />

demonstração dos resultados, pelo que nenhum ativo foi compensado por qualquer passivo<br />

nem nenhum gasto por qualquer rendimento, ambos vice-versa. Exceto quando a compensação<br />

reflita a substância da transação ou acontecimento.<br />

F) Classificação dos ativos e passivos não correntes<br />

Nos termos do §49 da ECSNC, os elementos que constituem o balanço são os ativos, os passivos<br />

e o capital próprio. Na sua alínea a), enuncia que são reconhecidos como ativos todos os<br />

recursos controlados pela entidade resultantes de acontecimentos passados e dos quais se<br />

espera que fluam benefícios económicos no futuro, na sua alínea b) que são reconhecidos como<br />

passivos todas as obrigações da entidade resultantes de acontecimentos passados e cuja<br />

liquidação se espera que dê origem a um exfluxo de recursos e na sua alínea c) que o capital<br />

próprio é o interesse residual nos ativos depois de deduzir todos os seus passivos. No balanço,<br />

de acordo com o §10 da NCRF 1, uma entidade deve apresentar ativos correntes e não correntes,<br />

e passivos correntes e não correntes, como classificações separadas. No seu §14 e §17, prevê<br />

critérios de reconhecimento de um ativo corrente e de um passivo corrente, sendo que os que<br />

não cumprirem os critérios referidos serão classificados como não correntes. Assim, foram<br />

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classificados como ativos e passivos não correntes todos os ativos realizáveis e passivos exigíveis<br />

a mais de doze meses a contar da data do balanço.<br />

G) Acontecimentos após a data de balanço<br />

Nos termos do §3 da NCRF 24 – Acontecimentos após a data do balanço, são acontecimentos<br />

que ocorrerem entre a data do balanço e a data em que as DF’s são autorizadas para emissão<br />

pelo Órgão gestão. A apresentação das DF´s deverá ser no prazo de três meses a contar da data<br />

do encerramento do exercício, de acordo com o número 5 do art. 65º do CSC, ou no prazo de<br />

cinco meses quando exista a obrigação de apresentação de contas consolidadas ou quando a<br />

sociedade aplique o MEP, como é o caso da <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>. Em regime de exceção o artº 18 do DL<br />

nº 10 – A/2020 estabelece uma prorrogação até 30 de junho para a realização de AG de<br />

aprovação de contas. Os acontecimentos após a data do balanço podem ser indicadores de<br />

condições que surgiram após a data do balanço ou comprovar condições que já existiam a essa<br />

data, sendo que apenas estes dão lugar a ajustamentos nas quantias reconhecidas nas DF’s, de<br />

acordo com o §5 da referida norma.<br />

Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que<br />

existiam nessa data são refletidos nas demonstrações financeiras. Caso existam eventos<br />

materialmente relevantes após a data do balanço, são divulgados no anexo às demonstrações<br />

financeiras.<br />

H) Derrogação das disposições do SNC<br />

No decorrer do exercício a que respeitam estas demonstrações financeiras, não foram<br />

derrogadas normas contabilísticas e de relato financeiro ou princípios consignados na estrutura<br />

conceptual.<br />

No perímetro de consolidação foram incluídas sociedades que utilizaram, no exercício de <strong>2021</strong>,<br />

outras normas de Relato Financeiro não nacionais, diferentes do referencial SNC.<br />

Não obstante e para efeitos de consolidação das Demonstrações Financeiras do Grupo <strong>FCM</strong>,<br />

foram anulados os registos relativos às reclassificações efetuadas por estas sociedades para<br />

enquadramento no normativo de reporte acima mencionado.<br />

NOTA 3.<br />

PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS<br />

A) Moeda Funcional e de Apresentação<br />

As demonstrações financeiras da <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong> são apresentadas em Euros (moeda funcional e de<br />

apresentação). O reconhecimento das contas individuais das empresas participadas, em que a<br />

moeda funcional é diferente do euro, são convertidas para o euro tendo em conta as taxas de<br />

câmbio a 31 de dezembro de <strong>2021</strong> – obtidas por via eletrónica através do conversor de moeda<br />

online OANDA.<br />

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Câmbios Consolidação<br />

Moeda<br />

Taxa<br />

(Euro/Moeda)<br />

31.12.<strong>2021</strong><br />

Dinar Argelino DZD 156,429<br />

Kwanza Angolano AOA 635,751<br />

B) Bases de mensuração usadas na preparação das DF’s<br />

Nos termos do §97 da ECSNC a mensuração consiste em determinar as quantias monetárias<br />

pelas quais os elementos das DF’s devem ser reconhecidos e inscritos no balanço e<br />

demonstração de resultados. As bases de mensuração que poderão ser utilizadas são: o custo<br />

histórico, o custo corrente, o valor realizável, o valor presente e o justo valor, todas previstas no<br />

§98 da ECSNC. Nos termos do §99 da ECSNC, a base de mensuração geralmente adotada pelas<br />

entidades na preparação das suas DF’s é o custo histórico. Sendo este combinado com outras<br />

bases de mensuração. Por exemplo, os inventários estão escriturados pelo mais baixo entre o<br />

custo e o valor realizável líquido.<br />

C) Caixa e equivalentes de caixa<br />

“Caixa” compreende o dinheiro em caixa e em depósitos à ordem, “Equivalentes de caixa” são<br />

investimentos financeiros de curto prazo, altamente líquidos e podem ser convertíveis para<br />

quantias conhecidas de dinheiro com prontidão e cujo risco de alteração de valor é reduzido, de<br />

acordo com o expresso no §3 da NCRF 2. Quando ocorra um movimento entre itens de caixa e<br />

equivalentes de caixa, não será considerado como um fluxo de caixa, pois ocorre uma mera<br />

reclassificação dentro dessa classe, não havendo aumento ou diminuição efetivo, de acordo com<br />

o §6 da NCRF 2. Os fluxos de caixa podem ser classificados em três tipos diferentes: operacionais<br />

(sempre que respeitem à atividade operacional da sociedade), de investimento (sempre que<br />

respeitem a atividades de investimento) e de financiamento (sempre que respeitem a atividades<br />

de financiamento), estando previstos, por ordem de apresentação, nos §10, §12 e §13 da NCRF<br />

2.<br />

Os descobertos bancários são incluídos na rubrica “Financiamentos obtidos”, expresso no<br />

“Passivo corrente”.<br />

D) Ativos fixos tangíveis<br />

Os ativos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das<br />

depreciações e das perdas por imparidade acumuladas.<br />

As depreciações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método de linha reta,<br />

por duodécimos, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada classe de<br />

ativos. Não foram apuradas depreciações por componentes.<br />

O valor revalorizado dos imóveis foi determinado por uma entidade independente especializada<br />

e inscrita na CMVM.<br />

As despesas com reparação e manutenção destes ativos são consideradas como gasto no<br />

período em que ocorrem. As beneficiações relativamente às quais se estima que gerem<br />

benefícios económicos adicionais futuros são capitalizadas no item de ativos fixos tangíveis.<br />

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O aumento resultante das revalorizações dos imóveis foi registado no capital próprio como<br />

excedente de revalorização, exceto se o mesmo reverter num decréscimo previamente<br />

reconhecido em resultados, caso em que tal aumento é igualmente reconhecido em resultados.<br />

Diminuições resultantes das revalorizações são registadas diretamente em excedentes de<br />

revalorização até à concorrência de qualquer saldo credor remanescente do excedente de<br />

revalorização do mesmo ativo. Qualquer excesso das diminuições relativamente a esse saldo<br />

credor remanescente é diretamente reconhecido em resultados. Quando o ativo revalorizado é<br />

desreconhecido, o excedente de revalorização incluído no capital próprio associado ao ativo não<br />

é reclassificado para resultados, sendo transferido para resultados transitados. Sempre que um<br />

bem é revalorizado, todos os bens da sua classe são revalorizados.<br />

Os ativos fixos tangíveis em curso representam bens ainda em fase de construção/instalação,<br />

são integrados no item de “ativos fixos tangíveis” e mensurados ao custo de aquisição. Estes<br />

bens não foram depreciados enquanto tal, por não se encontrarem em estado de uso.<br />

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate de ativos fixos tangíveis são<br />

determinadas pela diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico que estiver<br />

reconhecido na data de alienação do ativo, sendo registadas na demonstração dos resultados<br />

no item “Outros rendimentos e ganhos” ou “Outros gastos e perdas”, consoante se trate de mais<br />

ou menos valias, respetivamente.<br />

Uma perda por imparidade é reconhecida pelo montante do excesso da quantia escriturada do<br />

ativo face ao seu valor recuperável. A quantia recuperável é a mais alta entre o justo valor de<br />

um ativo menos os gastos para venda e o seu valor de uso. Para realização de testes de<br />

imparidade, os ativos são agrupados ao mais baixo nível no qual se possam identificar<br />

separadamente fluxos de caixa (unidades geradoras de fluxos de caixa).<br />

E) Locações<br />

A classificação das locações financeiras ou operacionais é realizada em função da substância dos<br />

contratos. Assim, os contratos de locação são classificados como locações financeiras se através<br />

deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse ou<br />

como locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os<br />

riscos e vantagens inerentes à posse.<br />

Os ativos fixos tangíveis adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as<br />

correspondentes responsabilidades, são contabilizados reconhecendo os ativos fixos tangíveis e<br />

as depreciações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação de acordo<br />

com o plano financeiro contratual.<br />

Adicionalmente, os juros incluídos no valor das rendas e as depreciações dos ativos fixos<br />

tangíveis são reconhecidos como gastos na demonstração dos resultados do período a que<br />

respeitam.<br />

F) Participações financeiras<br />

Os instrumentos financeiros apresentam três formas de mensuração no que respeita às contas<br />

individuais de empresas subsidiárias, associadas, empreendimentos conjuntos e outras: o custo,<br />

o justo valor e o método de equivalência patrimonial. O custo está previsto na alínea a) do §11<br />

da NCRF 27, o JV está previsto na alínea b) do mesmo §11 da NCRF 27 e o MEP previsto na NCRF<br />

13, sendo que na Nota de Enquadramento (NE) à conta 41 “Investimentos financeiros” elucida<br />

estas mesmas através de um quadro de resumo.<br />

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G) Investimentos financeiros em associadas e subsidiárias<br />

Quando nos referimos a investimentos financeiros, falamos de participações financeiras, sendo<br />

que quando nos referimos às investidas podem ser associadas, subsidiárias ou<br />

empreendimentos conjuntos. Estaremos perante uma associada, nos termos do §4 da NCRF 13,<br />

sempre que uma sociedade exerça nela influência significativa, e que não seja uma subsidiária<br />

nem um empreendimento conjunto, geralmente a investidora detém poderes de voto<br />

compreendidos entre 20% e 50% da investida. Estaremos perante uma subsidiária, quando a<br />

investidora exerça sobre a investida controlo, sendo a investidora denominada empresa-mãe,<br />

de acordo com o §4 da NCRF 13, geralmente a investidora detém poderes de voto superiores a<br />

50% da investida. Independentemente da influência exercida sobre a investida, as participações<br />

em associadas e subsidiárias são registados de acordo com o MEP, nos termos do §44 da NCRF<br />

13 e do §8 da NCRF 15, a não ser que se prove que existem restrições que prejudiquem a<br />

capacidade de transferência de fundos entre a investidora e a investida, caso em que se deverá<br />

adotar o método do custo.<br />

H) Investimentos financeiros em outras empresas<br />

Quando uma sociedade detenha em outra, uma participação inferior 20% dos poderes de voto,<br />

e sempre que não existam provas de que é exercida nela uma influência significativa, estamos<br />

perante um investimento financeiro noutras empresas, situação em que a participação deverá<br />

ser mensurada de acordo com o justo valor, à luz do §10 da NCRF 27, que na sua aquisição será<br />

o valor da contraprestação, ou seja, o seu custo. No caso de que a mensuração subsequente seja<br />

pelo modelo do custo, e não pelo seu justo valor, os custos de aquisição deverão ser incluídos<br />

no justo valor investimento financeiro. De acordo com o §11 da NCRF 27, a sociedade deverá<br />

mensurar, a cada data de relato, todos os ativos financeiros pelo JV, sendo as variações no JV<br />

reconhecidas diretamente em resultados, estando previstas as exceções a esta regra nas alíneas<br />

a) a d) do mesmo §11 da NCRF 27.<br />

A Administração determina a classificação dos Ativos financeiros, na data do reconhecimento<br />

inicial, de acordo com o objetivo da sua aquisição, reavaliando esta classificação a cada data de<br />

relato.<br />

Os Ativos financeiros podem ser classificados como:<br />

(i) Ativos financeiros ao justo valor por via de resultados - incluem os ativos financeiros não<br />

derivados detidos para negociação respeitando a investimentos de curto prazo e ativos ao justo<br />

valor por via de resultados à data do reconhecimento inicial;<br />

(ii) Empréstimos concedidos e contas a receber – inclui os ativos financeiros não derivados<br />

com pagamentos fixos ou determináveis não cotados num mercado ativo;<br />

(iii) Investimentos detidos até à maturidade – incluem os ativos financeiros não derivados<br />

com pagamentos fixos ou determináveis e maturidades fixas, que a entidade tem intenção e<br />

capacidade de manter até à maturidade;<br />

(iv) Ativos financeiros disponíveis para venda – incluem os ativos financeiros não derivados<br />

que são designados como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial<br />

ou não se enquadram nas categorias acima referidas. São reconhecidos como ativos não<br />

correntes exceto se houver intenção de alienar nos 12 meses seguintes à data do relato<br />

financeiro.<br />

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Em 31 de dezembro de <strong>2021</strong>, o Grupo <strong>FCM</strong> apenas tem ativos financeiros classificados como<br />

“Outros investimentos financeiros”.<br />

Compras e vendas de investimentos em ativos financeiros são registadas na data da transação,<br />

ou seja, na data em que o Grupo <strong>FCM</strong> se compromete a comprar ou a vender o ativo.<br />

Os dividendos e juros obtidos dos ativos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos<br />

em resultados do período em que ocorrem, na rubrica de outros ganhos operacionais, quando<br />

o direito ao recebimento é estabelecido.<br />

Os ativos financeiros são desreconhecidos quando os direitos ao recebimento dos fluxos<br />

monetários originados por esses investimentos expiram ou são transferidos, assim como todos<br />

os riscos e benefícios associados à sua posse.<br />

I) Ativos intangíveis<br />

À semelhança dos ativos fixos tangíveis, os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo<br />

de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. Observa-se<br />

o disposto na respetiva NCRF, na medida em que só são reconhecidos se for provável que deles<br />

advenham benefícios económicos futuros, sejam controláveis e se possa medir razoavelmente<br />

o seu valor.<br />

As amortizações de ativos intangíveis com vidas úteis definidas são calculadas, após o início de<br />

utilização, pelo método da linha reta, por duodécimos, em conformidade com o respetivo<br />

período de vida útil estimado, ou de acordo com os períodos de vigência dos contratos que os<br />

estabelecem.<br />

Nos casos de ativos intangíveis, sem vida útil definida, não são calculadas amortizações, sendo<br />

o seu valor objeto de testes de imparidade numa base anual.<br />

J) Inventários<br />

As mercadorias, matérias-primas subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo<br />

de aquisição, o qual é inferior ao valor de realização, pelo que não se encontra registada<br />

qualquer perda por imparidade por depreciação de inventários.<br />

L) Transações e saldos em moeda estrangeira<br />

A moeda funcional da <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, é o euro, de acordo com os §8 a §13 da NCRF 23, contudo, na<br />

economia de mercado atual, são estabelecidas relações comerciais com outros mercados em<br />

que a moeda funcional é diferente à adotada, sendo que os saldos de terceiros são influenciados<br />

pelo efeito das taxas de câmbio. No momento da transação os saldos são refletidos de acordo<br />

com a taxa de câmbio em vigor à data, tal como prevê o §20 da NCRF 23. A cada data de relato,<br />

os saldos devem ser ajustados, de acordo com a taxa de câmbio à data de relato, tal como prevê<br />

a alínea a) do §22 da NCRF 23. As diferenças resultantes da variação das taxas de câmbio deverão<br />

ser reconhecidas nos resultados, de acordo com o parágrafo 26 da NCRF 23.<br />

M) Clientes e outras contas a receber<br />

As contas a receber de clientes e outras contas a receber, são consideradas ativos financeiros,<br />

uma vez que, de acordo com o §5 da NCRF 27, um ativo financeiro consiste em um direito<br />

contratual de receber dinheiro ou outro ativo financeiro a outra entidade. No que diz respeito à<br />

mensuração destas contas, esta poderá ser efetuada de acordo com o custo ou custo<br />

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amortizado, menos as perdas por imparidade. O reconhecimento de uma dívida pelo custo ou<br />

custo amortizado difere no que diz respeito ao tratamento dos juros, uma vez que, no custo a<br />

dívida é reconhecida pela quantia nominal, e é reconhecido paralelamente um diferimento de<br />

rendimentos, que depois será sucessivamente saldado por contrapartida do reconhecimento<br />

dos respetivos rendimentos, no custo amortizado nas de terceiros é reconhecido apenas o<br />

montante do rédito de vendas, enquanto que os juros são posteriormente reconhecidos em<br />

cada período como rendimentos em contrapartida do correspondente acréscimo na conta de<br />

terceiros. De acordo com o §23 da NCRF 27, a cada data relato a sociedade deverá avaliar se<br />

existem evidências objetivas que justifiquem o reconhecimento de uma perda por imparidade,<br />

sendo que constituem evidências objetivas, nos termos do §24 da NCRF 27, o facto de o devedor<br />

apresentar uma clara e significativa dificuldade financeira, bem como o surgimento de uma<br />

quebra contratual como, um não pagamento ou incumprimento do prazo de pagamento. O<br />

desreconhecimento nestas contas ocorre no momento em que o montante for liquidado pelo<br />

respetivo devedor, de acordo com o §31 da NCRF 27, sendo reconhecido outro ativo financeiro<br />

na forma de dinheiro previsto na alínea a) da definição de ativo financeiro do §5 da NCRF 27.<br />

N) Fornecedores e outras contas a pagar<br />

As contas a pagar a fornecedores e outras contas a pagar, são consideradas passivos financeiros,<br />

uma vez que, de acordo com o §5 da NCRF 27, um passivo financeiro consiste numa obrigação<br />

contratual de entregar dinheiro ou outro ativo financeiro a outra entidade. No que diz respeito<br />

à mensuração destas contas, esta poderá ser efetuada de acordo com o custo ou custo<br />

amortizado. O desreconhecimento nestas contas ocorre quando a obrigação contratual for<br />

liquidada, cancelada ou expirada, situação em que o passivo financeiro se extingue, de acordo<br />

com o §34 da NCRF 27.<br />

As contas a pagar a fornecedores e outros credores, que não vencem juros, são registadas pelo<br />

seu valor nominal, que é substancialmente equivalente ao seu justo valor.<br />

O) Empréstimos<br />

Os empréstimos obtidos são inicialmente reconhecidos ao justo valor, líquido de custos de<br />

transação incorridos. Os empréstimos são subsequentemente apresentados ao custo<br />

amortizado; qualquer diferença entre os recebimentos (líquidos de custos de transação) e o<br />

valor amortizado é reconhecida na demonstração dos resultados, ao longo do período do<br />

empréstimo.<br />

Os empréstimos são classificados como passivo corrente, a não ser que a Empresa tenha o<br />

direito incondicional para diferir a liquidação do passivo por mais de 12 meses após a data de<br />

relato, caso em que serão incluídos em passivos não correntes, pelas quantias que se vencem<br />

para além deste prazo.<br />

São reconhecidos como gastos do período e incluídos na demonstração dos resultados, os<br />

encargos financeiros com empréstimos obtidos que não sejam capitalizáveis em ativos, de<br />

acordo com o princípio da especialização dos exercícios.<br />

Os encargos financeiros com a aquisição, construção ou produção de um ativo, para o qual seja<br />

provável que resultem benefícios económicos futuros para a entidade são capitalizados e<br />

integrados no valor do bem.<br />

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P) Rendimentos e gastos<br />

GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

Para dar cumprimento ao regime de acréscimo, também referido como regime de periodização<br />

económica, previsto no ponto 2.3. do anexo ao DL nº 158/2009, de 13 de julho e com o §22 da<br />

ECSNC, os rendimentos e gastos incorridos pela sociedade são reconhecidos no período a que<br />

dizem respeito, independentemente dos recebimentos ou pagamentos a que estes dão origem<br />

ser anterior ou posterior a esse período. Dando cumprimento a este princípio a sociedade<br />

reconhece acréscimos de rendimentos e gastos, sempre que estes respeitem ao atual exercício<br />

económico, mas o fluxo de caixa se verifique apenas no seguinte período, e diferimentos de<br />

rendimentos e gastos, sempre que estes respeitem a períodos seguintes, mas o fluxo de caixa<br />

se verifique no período atual.<br />

Q) Provisões e passivos contingentes<br />

As provisões são reconhecidas ou divulgadas quando, e somente quando, qualquer empresa do<br />

grupo incluída na consolidação, tenha uma obrigação presente resultante de um evento passado<br />

e, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o<br />

montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado.<br />

As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a refletir a melhor<br />

estimativa a essa data, tendo em consideração os riscos e incertezas inerentes a tais estimativas.<br />

R) Impostos<br />

O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base no resultado tributável (o qual<br />

difere do resultado contabilístico) das empresas incluídas na consolidação, de acordo com as<br />

regras fiscais, aprovadas à data do balanço no local da sede das empresas.<br />

A empresa-mãe do Grupo <strong>FCM</strong> (Grupo <strong>FCM</strong>, <strong>SGPS</strong>, S.A) encontra-se sujeita, em Portugal, a<br />

tributação sobre o rendimento em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas<br />

(IRC), à taxa reduzida de 17% nos primeiros 25.000,00 Euros da matéria coletável (nos termos<br />

previstos no anexo ao Decreto-Lei n.º 372/2007, de 6 de novembro) sendo o restante valor da<br />

matéria coletável sujeito à taxa normal de 21%. Adicionalmente, o lucro tributável está<br />

igualmente sujeito a uma taxa máxima de 1,5% pela aplicação da Derrama (Imposto Municipal).<br />

Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e dos<br />

passivos para efeitos de relato contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de<br />

tributação.<br />

Os ativos e os passivos por impostos diferidos são mensurados utilizando as taxas de tributação<br />

que se espera estarem em vigor à data da reversão das correspondentes diferenças temporárias,<br />

com base nas taxas de tributação (e legislação fiscal) que estejam formalmente aprovadas na<br />

data de relato.<br />

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NOTA 4.<br />

GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

EMPRESAS INCLUÍDAS NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO<br />

Empresas incluídas na consolidação, sedes sociais, método de consolidação adotado e<br />

proporção do capital efetivamente detido em 31 de dezembro de <strong>2021</strong>:<br />

Denominação<br />

Sede<br />

Método de<br />

Consolidação<br />

Percentagem de Capital Detido<br />

Efectiva<br />

Capital Social (€) RLE (€)<br />

Directamente Indirectamente Efectiva<br />

31/12/<strong>2021</strong> 31/12/<strong>2021</strong> 31/12/<strong>2021</strong> 31/12/<strong>2021</strong> 31/12/<strong>2021</strong> 31/12/<strong>2021</strong><br />

Grupo <strong>FCM</strong>, <strong>SGPS</strong>, S.A. Lisboa Mãe Mãe Mãe Mãe 4 500 000,00 € 871 886,22 €<br />

<strong>FCM</strong> Construções, S.A. Lisboa Integral 100% 100% 0% 100% 1 800 000,00 € 1 394 191,42 €<br />

ALPOTRADE - Serviços e Trading, Lda Lisboa Integral 98% 98% 0% 98% 15 000,00 € 10 675,52 €<br />

VIAMEC - Construção e Gestão Imobiliária, Lda Lisboa Integral 50% 0% 50% 50% 49 880,00 € 27 510,69 €<br />

ICD - Instalações Especiais, Lda. Lisboa Integral 53% 53% 0% 53% 300 000,00 € (32 792,40 €)<br />

<strong>FCM</strong> & LC, Lda Angola Integral 50% 63% 0% 63% 1 572,94 € (205 101,10 €)<br />

ICD - Instalações Técnicas, Comunicações e<br />

Domótica, Lda<br />

Angola Integral 61% 0% 61% 61% 786,47 € 128 929,63 €<br />

SPA HASNAOUI <strong>FCM</strong> Construction Argélia Integral 48% 0% 48% 48% 1 632 306,03 € ,00 €<br />

A <strong>FCM</strong> Construções S.A., detida a 100%, por GRUPO <strong>FCM</strong>, SA com sede em Portugal, detém um<br />

Estabelecimento Estável na Argélia que se dedica à empreitada geral, trabalhos de cofragem,<br />

construção de edifícios e sua comercialização. Detém, ainda, uma participação de 48% na<br />

sociedade SPA HASNAOUI-<strong>FCM</strong> CONSTRUCTION, de direito argelino e 50% do capital da<br />

sociedade portuguesa VIAMEC – Construções e Gestão Imobiliária, Lda., que se dedica à<br />

arquitetura, engenharia, construção, venda e promoção de bens imobiliários e gestão de<br />

património.<br />

A <strong>FCM</strong> & LC Construções, Lda., empresa sediada em Angola e de direito Angolano com capital<br />

Social de 1 000 000 Kwanzas, cuja participação é de uma quota de 63% do capital, atua no<br />

mercado angolano realizando obras de estruturas e edificação.<br />

A ALPOTRADE – Serviços e Trading, Lda., detida em 98% pelo GRUPO <strong>FCM</strong>, é empresa de direito<br />

português, que se dedica à importação e exportação de materiais e equipamentos, bem como à<br />

prestação de serviços e assistência técnica na área da construção civil, atuando para o mercado<br />

argelino.<br />

À data de elaboração deste relatório, não foram encerradas as contas de <strong>2021</strong> da participada<br />

SPA HASNAOUI <strong>FCM</strong> Construction, pelo que, e tendo em consideração que não houve atividade<br />

no decorrer do ano, para efeitos de consolidação, se considerou um valor de balanço igual ao<br />

período 2020.<br />

NOTA 5.<br />

CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS<br />

A 31 de dezembro de <strong>2021</strong>, a rubrica de Caixa e Depósitos Bancários tinha a seguinte<br />

composição:<br />

Descrição<br />

Saldo em<br />

31.12.<strong>2021</strong><br />

Saldo em 31.12.2020<br />

Caixa 487 346,28 € 334 798,03 €<br />

Depósitos à ordem 1 637 513,40 € 1 251 815,09 €<br />

Depósitos a prazo 62 000,00 € 62 000,00 €<br />

Total 2 186 859,68 € 1 648 613,12 €<br />

Todos os saldos encontram-se disponíveis para uso.<br />

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NOTA 7.<br />

GOODWILL<br />

O valor apurado do goodwill registado nas contas consolidadas refere-se à aquisição da<br />

participação financeira, no capital da sociedade participada “<strong>FCM</strong> Construções, S.A.”.<br />

NOTA 8.<br />

ATIVOS INTANGÍVEIS<br />

O movimento ocorrido nos ativos intangíveis e respetivas depreciações no exercício de <strong>2021</strong> foi<br />

o seguinte:<br />

Descrição<br />

Programas de<br />

computador<br />

Outros Ativos<br />

Intangíveis<br />

AI em Curso<br />

TOTAL<br />

Valor bruto no início do período 49 825,93 € 71 325,00 € 6 573,12 € 127 724,05 €<br />

Depreciações acumuladas no início do<br />

(45 994,00 €) (11 485,63 €) ,00 € (57 479,63 €)<br />

período<br />

Perdas por imparidade acumuladas no início<br />

,00 €<br />

do período<br />

59 839,37 6 573,12<br />

Saldo no início do período (01.01.<strong>2021</strong>) 3 831,93 €<br />

70 244,42 €<br />

€<br />

€<br />

Variações do período 6 097,70 € (12 325,79 €) 426,64 € (5 801,45 €)<br />

Transferências ,00 € ,00 € ,00 € ,00 €<br />

Saldo no fim do período (31.12.<strong>2021</strong>) 9 929,63 € 47 513,58 € 6 999,76 € 64 442,97 €<br />

Valor bruto no fim do período (31.12.<strong>2021</strong>) 43 232,82 € 87 580,62 € 6 999,76 € 137 813,20 €<br />

Depreciações acumuladas no fim do período<br />

(31.12.<strong>2021</strong>)<br />

(33 303,19 €) (40 067,04 €) ,00 € (73 370,23 €)<br />

O movimento ocorrido nos ativos intangíveis e respetivas depreciações no exercício de 2020 foi<br />

o seguinte:<br />

Descrição<br />

Programas de<br />

computador<br />

Outros Ativos<br />

Intangíveis<br />

AI em Curso<br />

TOTAL<br />

-<br />

-<br />

Valor bruto no início do período 134 002,69 €<br />

134 002,69 €<br />

€<br />

€<br />

Depreciações acumuladas no início do<br />

-<br />

-<br />

(125 132,17 €)<br />

(125 132,17 €)<br />

período<br />

€<br />

€<br />

Perdas por imparidade acumuladas no início<br />

,00 €<br />

do período<br />

-<br />

-<br />

Saldo no início do período (01.01.2020) 8 870,52 €<br />

8 870,52 €<br />

€<br />

€<br />

Variações do período (5 038,59 €) 59 839,37 € 6 573,12 € 61 373,90 €<br />

Transferências ,00 € ,00 € ,00 € ,00 €<br />

Saldo no fim do período (31.12.2020) 3 831,93 € 59 839,37 € 6 573,12 € 70 244,42 €<br />

Valor bruto no fim do período (31.12.2020) 49 825,93 € 71 325,00 € 6 573,12 € 127 724,05 €<br />

Depreciações acumuladas no fim do período<br />

-<br />

(45 994,00 €) (11 485,63 €)<br />

(57 479,63 €)<br />

(31.12.2020)<br />

€<br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

NOTA 9.<br />

OUTROS INVESTIMENTOS FINANCEIROS<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2021</strong> e de 2020 a rubrica de Outros investimentos financeiros<br />

decompõem-se da seguinte forma:<br />

Entidade<br />

<strong>FCM</strong> Alpotrade Viamec ICD Hasnaoui TOTAIS<br />

<strong>2021</strong> 2020 <strong>2021</strong> 2020 <strong>2021</strong> 2020 <strong>2021</strong> 2020 <strong>2021</strong> 2020 <strong>2021</strong> 2020<br />

Lisgarante, S.A. 24 830 € 24 830 € - € - € - € - € - € - € - € - € 24 830 € 24 830 €<br />

Garval, S.A. 7 500 € 7 500 € 1 500 € 1 500 € - € - € - € - € - € - € 9 000 € 9 000 €<br />

Norgarante, S.A. 7 500 € 7 500 € 1 500 € 1 500 € - € - € - € - € - € - € 9 000 € 9 000 €<br />

FCT 41 913 € 29 575 € 614 € 10 152 € 37 € - € 5 797 € 1 703 € - € - € 48 361 € 41 430 €<br />

Outros - € - € - € - € - € - € - € - € 37 537 € 36 299 € 37 537 € 36 299 €<br />

Total 81 743 € 69 405 € 3 614 € 13 152 € 37 € - € 5 797 € 1 703 € 37 537 € 36 299 € 128 729 € 120 559 €<br />

NOTA 10.<br />

INVENTÁRIOS / CUSTOS DAS MERCADORIAS VENDIDAS E MATÉRIAS<br />

CONSUMIDAS<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2021</strong>, o valor em Inventários ascendia a 2.744.059,42 €.<br />

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de <strong>2021</strong> e de 2020, o custo das vendas foi<br />

apurado como se segue:<br />

Descrição<br />

Matérias-<br />

Primas,<br />

subsidiárias e<br />

de consumo<br />

<strong>2021</strong><br />

Matérias-Primas,<br />

subsidiárias e de<br />

consumo 2020<br />

Mercadorias<br />

<strong>2021</strong><br />

Mercadorias 2020 TOTAIS <strong>2021</strong> TOTAIS 2020<br />

Inventários iniciais 252 747,48 € 639 844,51 € 2 802 570,71 € 1 659 180,45 € 3 055 318,19 € 2 299 024,96 €<br />

Compras 8 241 937,71 € 1 410 911,06 € 686 623,70 € 6 798 156,18 € 8 928 561,41 € 8 209 067,24 €<br />

Regularizações 0,00 € 0,00 €<br />

Inventários finais 432 781,81 € 252 747,48 € 2 311 277,60 € 2 802 570,71 € 2 744 059,42 € 3 055 318,19 €<br />

Custo no exercício 8 061 903,37 € 1 798 008,09 € 1 177 916,81 € 5 654 765,92 € 9 239 820,18 € 7 452 774,01 €<br />

NOTA 11.<br />

CLIENTES<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2021</strong> e de 2020 esta rubrica tinha a seguinte composição:<br />

Descrição 31.12.<strong>2021</strong> 31.12.2020<br />

Clientes 20 114 954,50 € 13 158 811,84 €<br />

Clientes C/C 20 717 754,22 € 12 911 613,47 €<br />

Clientes - Retenção garantias 172 389,21 € 247 198,36 €<br />

Clientes - Cobrança duvidosa ,00 € 765 892,11 €<br />

Perdas por imparidade acumuladas (775 188,93 €) (765 892,11 €)<br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

O aumento desta rubrica é explicado pelo aumento do Volume de Negócios, que cresceu<br />

cerca de 80% face a 2020. Regista-se uma melhoria no indicador do Prazo médio de<br />

recebimentos, visto que em 2020 as dívidas de clientes representavam cerca de 6 meses<br />

de faturação e, em <strong>2021</strong>, representam cerca de 5 meses.<br />

Os saldos a receber correntes apresentados não têm diferença significativa entre os<br />

valores contabilísticos e o seu justo valor.<br />

Imparidade - Movimentos do ano 31.12.<strong>2021</strong> 31.12.2020<br />

Saldo inicial 765 892,11 € 765 892,11 €<br />

Aumentos 9 296,82 € - €<br />

Saldo final 775 188,93 € 765 892,11 €<br />

NOTA 12.<br />

ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS<br />

No exercício findo em 31 de dezembro de <strong>2021</strong> e de 2020, os saldos referentes a Impostos são<br />

apresentados como segue:<br />

Descrição <strong>2021</strong> 2020<br />

Activo 1 096 225,19 € 1 498 153,74 €<br />

IRC (Pagamentos por conta) 501 760,99 € 875 668,81 €<br />

IRC (retenções) - € 112 520,32 €<br />

IRC a recuperar 10 284,84 € 25 696,00 €<br />

IVA a recuperar 584 179,36 € 484 268,61 €<br />

Passivo 1 741 998,82 € 1 620 011,07 €<br />

IRC (estimativa de imposto) 1 342 615,17 € 1 376 826,80 €<br />

IRS (Retenções) 64 532,84 € 49 213,03 €<br />

IVA a pagar 191 786,33 € 77 844,16 €<br />

Segurança Social 143 064,48 € 116 127,08 €<br />

O valor registado no passivo relativo a retenções de IRS, IVA a pagar e de Segurança Social<br />

referem-se a valores de impostos que foram liquidados em janeiro e fevereiro de 2022. Não<br />

estando incluídos no saldo destas rúbricas quaisquer outras dívidas ao Estado.<br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

NOTA 13.<br />

OUTROS CRÉDITOS A RECEBER<br />

O saldo inscrito na rubrica “Outros Créditos a Receber”, em 31 de dezembro de <strong>2021</strong> e de 2020,<br />

tinha a seguinte decomposição:<br />

Descrição 31.12.<strong>2021</strong> 31.12.2020<br />

Outras contas a receber (Corrente) 6 954 184,61 € 5 931 457,17 €<br />

Adiantamentos a fornecedores 650 607,13 € 420 805,17 €<br />

Adiantamentos pessoal - € 15 665,66 €<br />

Acionistas 237 485,18 € 86 715,61 €<br />

Devedores por acréscimos de rendimentos 1 346 549,63 € 2 109 061,84 €<br />

Faturas em receção e conferência 15 786,56 € 65 215,16 €<br />

Outras operações (estabelecimentos) 2 976 066,25 € 2 835 460,86 €<br />

Outros devedores 1 734 787,56 € 405 304,38 €<br />

Perdas por imparidade (7 097,70 €) (6 771,51 €)<br />

Total 6 954 184,61 € 5 931 457,17 €<br />

Em <strong>2021</strong> foram reconhecidas perdas por imparidade relativas a adiantamentos a fornecedores<br />

no valor de 7.097,70€.<br />

O saldo de “Devedores por acréscimos de rendimentos”, em 31 de dezembro de <strong>2021</strong>, inclui o<br />

reconhecimento de rendimentos dos exercícios em cada uma das empresas, com o seguinte<br />

detalhe:<br />

Descrição 31.12.<strong>2021</strong><br />

Devedores por acréscimos de rendimentos 1.346.549,63 €<br />

<strong>FCM</strong> Construções, S.A. 128.129,95 €<br />

ALPOTRADE - Serviços e Trading, Lda 58.197,01 €<br />

VIAMEC - Construção e Gestão Imobiliária, Lda 1.160.222,67 €<br />

O saldo de “Outros devedores” reflete, entre outros, o valor de 1.328.122,56€ com origem na<br />

participada <strong>FCM</strong> Construções, S.A. relativo a uma participação em futuros projetos a iniciar a<br />

partir de 2022.<br />

NOTA 14.<br />

DIFERIMENTOS<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2021</strong> e de 2020, os saldos referentes a diferimentos são apresentados<br />

como segue:<br />

Descrição 31.12.<strong>2021</strong> 31.12.2020<br />

Ativo 1 135 727,87 € 77 618,16 €<br />

Seguros 55 822,16 € 73 271,10 €<br />

Outros gastos a reconhecer 1 079 905,71 € 4 347,06 €<br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

O valor registado em “Outros gastos a reconhecer” tem origem na sua maioria na participada<br />

<strong>FCM</strong> Construções, S.A. e diz respeito a despesas faturadas em <strong>2021</strong> cuja utilização irá ocorrer<br />

em 2022.<br />

NOTA 15.<br />

CAPITAL PRÓPRIO<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2021</strong> e de 2020, o capital subscrito e realizado estava representado por<br />

4.500.000 ações com o valor nominal de 1 euro cada.<br />

Descrição 01.01.<strong>2021</strong> Variações 31.12.<strong>2021</strong><br />

Capital Social 4 500 000,00 € - € 4 500 000,00 €<br />

Ações próprias (900 000,00 €) - € (900 000,00 €)<br />

Reservas 1 905 199,46 € 29 341,04 € 1 934 540,50 €<br />

Resultados Transitados 641 627,43 € 1 516 115,40 € 2 157 742,83 €<br />

Ajustamentos em ativos financeiros (693,28 €) 693,28 € ,00 €<br />

Resultado líquido do período 1 315 426,25 € - 857 774,54 € 457 651,71 €<br />

Interesses que não controlam 2 715 824,23 € 649 263,60 € 3 365 087,83 €<br />

Total 10 177 384,09 € 1 337 638,79 € 11 515 022,88 €<br />

As “Ações próprias” refletem a participação de 20% que a participada <strong>FCM</strong> Construções, S.A.<br />

detém sobre a empresa-mãe.<br />

NOTA 16.<br />

PROVISÕES<br />

Esta rubrica inclui em 31 de dezembro de <strong>2021</strong> e 2020, os seguintes saldos:<br />

Descrição 31.12.<strong>2021</strong> 31.12.2020<br />

<strong>FCM</strong> - Construções S.A. 328 057,43 € ,00 €<br />

<strong>FCM</strong> & LC Construções, Lda ,00 € 120,62 €<br />

Totais 328 057,43 € 120,62 €<br />

Em <strong>2021</strong> foi criada uma Provisão de gastos com serviços pós-venda em fase de garantia no<br />

valor de 328.057,43€.<br />

Prevê-se que esta provisão seja reavaliada anualmente no final de cada período.<br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

NOTA 17.<br />

FINANCIAMENTOS OBTIDOS<br />

A classificação dos Financiamentos obtidos quanto ao prazo (corrente e não corrente) e por<br />

natureza de empréstimo, no final do exercício, é apresentada como segue:<br />

Descrição 31.12.<strong>2021</strong> 31.12.2020<br />

Financiamento não corrente 2 234 595,63 € 2 759 627,75 €<br />

Empréstimos bancários 1 316 003,63 € 1 929 808,08 €<br />

Locações financeiras 918 592,00 € 829 819,67 €<br />

Financiamento corrente 5 140 987,99 € 4 546 172,48 €<br />

Empréstimos bancários 4 684 469,03 € 4 179 260,19 €<br />

Locações financeiras 438 381,24 € 271 862,69 €<br />

Outros financiamentos 12 637,72 € 95 049,60 €<br />

Participantes de capital 5 500,00 € ,00 €<br />

Total 7 375 583,62 € 7 305 800,23 €<br />

NOTA 18.<br />

OUTRAS DÍVIDAS A PAGAR<br />

Decomposição da rubrica do Balanço “Outras dívidas a pagar” em 31 de dezembro de <strong>2021</strong> e<br />

2020:<br />

Descrição 31.12.<strong>2021</strong> 31.12.2020<br />

Outras Dívidas a Pagar (não corrente) 7 157 300,00 € 7 157 300,00 €<br />

Acionistas 7 157 300,00 € 7 157 300,00 €<br />

Outras Dívidas a Pagar (corrente) 3 254 015,49 € 1 988 637,73 €<br />

Pessoal 1 101,04 € 6 902,91 €<br />

Credores por acréscimos 1 840 462,62 € 604 644,20 €<br />

Remunerações a liquidar 553 434,75 € 481 497,95 €<br />

Outros credores por acréscimo de gastos 1 287 027,87 € 123 146,25 €<br />

Outros credores 1 412 451,83 € 1 377 090,62 €<br />

Totais 10 411 315,49 € 9 145 937,73 €<br />

O valor registado em “Outros credores por acréscimo de gastos” tem origem na sua maioria na<br />

participada <strong>FCM</strong> Construções, S.A. e diz respeito a gastos incorridos em <strong>2021</strong> e que à data de<br />

encerramento do período aguardam emissão de fatura.<br />

O saldo de “Outros credores”, em 31 de dezembro de <strong>2021</strong>, é reparte-se pelas participadas da<br />

seguinte forma:<br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

Descrição 31.12.<strong>2021</strong><br />

Outros credores 1.412.451,83 €<br />

<strong>FCM</strong> Construções, S.A. 5.301,75 €<br />

ICD – Instalações Especiais, Lda. 2.892,82 €<br />

<strong>FCM</strong> & LC Construções, Lda 755,01 €<br />

ICD – Instalações Técnicas, Comunicações e<br />

Domótica, Lda.<br />

15.630,43 €<br />

SPA HASNAOUI <strong>FCM</strong> Construction 1.387.871,81 €<br />

NOTA 19.<br />

ATIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS<br />

O movimento ocorrido nos ativos e passivos por impostos diferidos no exercício findo em 31 de<br />

dezembro de <strong>2021</strong> e de 2020, foi como segue:<br />

Descrição 31.12.2020 Diminuições Aumentos 31.12.<strong>2021</strong><br />

Ativos por impostos diferidos 71 328,42 € 13 936,52 € 172 584,79 € 229 976,69 €<br />

<strong>FCM</strong> Construções, S.A. 57 391,90 € - € 172 584,79 € 229 976,69 €<br />

CFEI II 57 391,90 €<br />

-<br />

€<br />

172 584,79 € 229 976,69 €<br />

GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. 13 936,52 € 13 936,52 € ,00 € ,00 €<br />

Impostos diferidos aquisição AFT Intragrupo 13 936,52 € 13 936,52 € ,00 € ,00 €<br />

Passivos por impostos diferidos 181 443,61 € 60 824,98 €<br />

<strong>FCM</strong> Construções, S.A. 181 443,61 € 60 824,98 €<br />

Revalorização de edifícios (2019) 181 443,61 €<br />

- €<br />

- €<br />

60 824,98<br />

€ - €<br />

120 618,63 €<br />

120 618,63 €<br />

120 618,63 €<br />

NOTA 20.<br />

FORNECEDORES<br />

Decomposição da rubrica do Balanço Fornecedores, em 31 de dezembro de <strong>2021</strong> e de 2020:<br />

Descrição 31.12.<strong>2021</strong> 31.12.2020<br />

Fornecedores 13 579 902,13 € 7 533 701,31 €<br />

Fornecedores C/C 12 695 554,70 € 7 080 543,01 €<br />

Fornecedores c/ retenção garantia 884 347,43 € 453 158,29 €<br />

Do valor total da dívida consolidada a Fornecedores, cerca de 89% refere-se a saldos<br />

provenientes da participada <strong>FCM</strong> Construções, S.A.<br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

O aumento desta rubrica reflete o crescimento de atividade registado participada <strong>FCM</strong><br />

Construções, S.A. Apesar deste aumento nas dívidas a fornecedores, regista-se uma diminuição<br />

do Prazo médio de pagamento, de 5 meses em 2020 para 4,5 meses em <strong>2021</strong>.<br />

NOTA 21.<br />

VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS<br />

As Vendas e Prestações de Serviços nos exercícios de <strong>2021</strong> e 2020 foram as seguintes:<br />

Empresa <strong>2021</strong> 2020 Variação<br />

Vendas 4 616 889,27 € 4 652 872,56 € -1%<br />

Nacionais 2 170 695,05 € 1 361 169,63 € 59%<br />

Angola 1 806 133,27 € 337 876,02 € 435%<br />

Argélia 640 060,95 € 2 953 826,90 € -78%<br />

Prestação de serviços 42 438 740,76 € 21 527 180,31 € 97%<br />

Nacionais 38 668 775,26 € 21 175 749,14 € 83%<br />

Mercado Comunitário 154 489,65 € - € -<br />

Angola 65 583,20 € 351 431,17 € -81%<br />

Argélia 3 549 892,65 € - € -<br />

Total 47 055 630,03 € 26 180 052,86 € 80%<br />

As vendas e serviços prestados no exercício de <strong>2021</strong>, apresentam o seguinte detalhe, por<br />

empresa incluída no perímetro de consolidação:<br />

Empresa<br />

Volume de<br />

Negócios<br />

Serviços<br />

Intragrupo<br />

Volume de<br />

Negócios<br />

<strong>Consolidado</strong><br />

<strong>2021</strong><br />

%<br />

Volume de<br />

Negócios<br />

<strong>Consolidado</strong><br />

2020<br />

Grupo <strong>FCM</strong>, <strong>SGPS</strong>, S.A. 76 806,91 € (76 806,91 €)<br />

-<br />

€<br />

0% - € 0%<br />

<strong>FCM</strong> Construções, S.A. 45 054 946,93 € (591 437,17 €) 44 463 510 € 94% 20 692 128 € 79%<br />

ALPOTRADE - Serviços e Trading, Lda 386 869,01 € (232 638,01 €) 154 231 € 0% 1 418 263 € 5%<br />

VIAMEC - Construção e Gestão<br />

Imobiliária, Lda<br />

348 123,51 € (63 552,56 €) 284 571 € 1% 275 036 € 1%<br />

ICD - Instalações Especiais, Lda. 4 483 223,67 € (4 013 493,52 €) 469 730 € 1% 151 492 € 1%<br />

<strong>FCM</strong> & LC Construções, Lda 65 583,20 €<br />

-<br />

€<br />

65 583 € 0% 201 920 € 1%<br />

ICD - Instalações Técnicas, Comunicações<br />

-<br />

1 618 004,97 €<br />

e Domótica, Lda<br />

€<br />

1 618 005 € 3% 487 387 € 2%<br />

SPA HASNAOUI <strong>FCM</strong> Construction - €<br />

-<br />

€<br />

€ 0% 2 953 827 € 11%<br />

Totais 52 033 558,20 € (4 977 928,17 €) 47 055 630 € 100% 26 180 053 € 100%<br />

%<br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

NOTA 22.<br />

SUBSÍDIOS À EXPLORAÇÃO<br />

Nos exercícios de <strong>2021</strong> e de 2020, foram reconhecidos um total de 84.162,66€ e de 20.057,95€,<br />

respetivamente, relativos a subsídios à exploração provenientes exclusivamente de apoios a<br />

contratação.<br />

Descrição 31.12.<strong>2021</strong> 31.12.2020<br />

Subsídios à exploração 84 162,66 € 20 057,95 €<br />

Estado - Apoios à contratação 84 162,66 € 20 057,95 €<br />

<strong>FCM</strong> Construções, S.A. 69 690,94 € 9 843,75 €<br />

ALPOTRADE - Serviços e Trading, Lda - € 4 938,00 €<br />

ICD - Instalações Especiais, Lda. 14 471,72 € 5 276,20 €<br />

NOTA 23.<br />

TRABALHOS PARA A PRÓPRIA ENTIDADE<br />

A rubrica de “Trabalhos para a própria entidade” apresentava os seguintes saldos em 31 de<br />

dezembro de <strong>2021</strong> e de 2020:<br />

Descrição 31.12.<strong>2021</strong> 31.12.2020<br />

TPE ,00 € 54 825,77 €<br />

Ativos Fixos Tangíveis - Sede (<strong>FCM</strong> Construções, S.A.) ,00 € 54 825,77 €<br />

NOTA 24.<br />

FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS<br />

Esta rubrica inclui em 31 de dezembro de <strong>2021</strong> e de 2020, os seguintes saldos:<br />

Descrição 31.12.<strong>2021</strong> 31.12.2020<br />

Subcontratos 22 051 071,94 € 7 316 288,84 €<br />

Serviços Especializados 2 812 669,15 € 1 740 647,80 €<br />

Trabalhos Especializados 2 372 872,49 € 1 451 126,07 €<br />

Publicidade e propaganda 30 692,06 € 19 198,87 €<br />

Vigilância e segurança 48 316,15 € 40 494,49 €<br />

Honorários 33 897,46 € 29 249,30 €<br />

Conservação e reparação 151 205,58 € 159 039,82 €<br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

Serviços bancários 175 685,41 € 40 985,54 €<br />

Outros ,00 € 553,71 €<br />

Materiais 158 519,02 € 205 180,23 €<br />

Ferramentas e utensílios 119 788,59 € 163 096,99 €<br />

Livros e documentação ,00 € 90,00 €<br />

Material de escritório 37 510,76 € 41 056,16 €<br />

Artigos para oferta 1 219,67 € 937,08 €<br />

Energia e fluídos 372 929,62 € 183 069,80 €<br />

Eletricidade 49 476,55 € 23 363,67 €<br />

Combustíveis 291 966,86 € 139 417,48 €<br />

Água 31 486,21 € 19 222,96 €<br />

Gás ,00 € 5,89 €<br />

Outros ,00 € 1 059,80 €<br />

Deslocações, estadas e transportes 501 303,36 € 424 655,41 €<br />

Deslocações e estadas 179 783,48 € 158 386,13 €<br />

Transporte de pessoal ,00 € 6 945,88 €<br />

Transporte de mercadorias 321 519,88 € 259 323,41 €<br />

Serviços diversos 1 042 053,21 € 828 463,49 €<br />

Rendas e alugueres 791 076,64 € 463 135,68 €<br />

Comunicação 36 730,79 € 33 868,57 €<br />

Seguros 120 903,51 € 97 752,94 €<br />

Contencioso e notariado 7 102,55 € 16 437,59 €<br />

Despesas de representação ,00 € 1 110,60 €<br />

Limpeza, higiene e conforto 52 678,53 € 41 740,58 €<br />

Outros 33 561,19 € 174 417,53 €<br />

Total 26 938 546,30 € 10 698 305,57 €<br />

NOTA 25.<br />

GASTOS COM O PESSOAL<br />

Esta rubrica inclui em 31 de dezembro de <strong>2021</strong> e de 2020, os seguintes saldos:<br />

Descrição 31.12.<strong>2021</strong> 31.12.2020<br />

Remunerações Órgãos Sociais 71 300,88 € 60 357,48 €<br />

Remunerações Pessoal 6 650 915,91 € 5 683 446,53 €<br />

Encargos sobre remunerações 1 051 332,45 € 789 117,01 €<br />

Seguros 197 248,09 € 132 714,28 €<br />

Outros gastos 112 104,56 € 82 320,28 €<br />

Total 8 082 901,89 € 6 747 955,58 €<br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

NOTA 26.<br />

PROVISÕES<br />

Esta rubrica inclui em 31 de dezembro de <strong>2021</strong> e 2020, os seguintes saldos:<br />

Descrição 31.12.<strong>2021</strong> 31.12.2020<br />

<strong>FCM</strong> - Construções S.A. 328 057,43 € ,00 €<br />

<strong>FCM</strong> & LC Construções, Lda ,00 € 120,62 €<br />

Totais 328 057,43 € 120,62 €<br />

NOTA 26.<br />

OUTROS RENDIMENTOS<br />

O detalhe da rubrica de Outros rendimentos é apresentado como segue:<br />

Descrição 31.12.<strong>2021</strong> 31.12.2020<br />

Rendimentos suplementares 13 686,32 € 11 833,05 €<br />

Outros rendimentos 163 947,41 € 1 818 790,55 €<br />

Descontos pronto pagamento 33,29 € 4 209,83 €<br />

Diferenças cambiais 111 652,52 € 184 591,56 €<br />

Rendimentos e ganhos em invest. não financeiros 41 145,86 € 15 778,27 €<br />

Correções exercícios anteriores ,00 € 1 160 222,67 €<br />

Outros ganhos ,00 € 452 666,05 €<br />

Outros rendimentos 11 115,74 € 1 322,17 €<br />

Total 177 633,73 € 1 830 623,60 €<br />

NOTA 27.<br />

OUTROS GASTOS E PERDAS<br />

Esta rubrica inclui em 31 de dezembro de <strong>2021</strong> e 2020, os seguintes saldos:<br />

Descrição 31.12.<strong>2021</strong> 31.12.2020<br />

Impostos 101 156,50 € 231 199,37 €<br />

Taxas ,00 € 2 772,27 €<br />

Descontos de pronto pagamento concedidos 44,14 € (1 687,43 €)<br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

Perdas em dívidas incobráveis 41 146,86 € - €<br />

Gastos e perdas em investimentos financeiros 12,33 € - €<br />

Correções exercícios anteriores 41 564,25 € 10,70 €<br />

Donativos ,00 € 152,89 €<br />

Quotizações 26 159,00 € 20 834,72 €<br />

Insuficiência estimativa impostos 18 264,59 € 1,35 €<br />

Outros gastos não especificados 52 001,13 € 73 109,37 €<br />

Diferenças de câmbio desfavoráveis ,00 € 633 952,07 €<br />

Total 280 348,80 € 960 345,31 €<br />

NOTA 28.<br />

RESULTADOS FINANCEIROS<br />

Nos exercícios de <strong>2021</strong> e de 2020, a estrutura de rendimentos e gastos financeiros é conforme<br />

segue:<br />

Descrição 31.12.<strong>2021</strong> 31.12.2020<br />

Juros e gastos similares suportados (297 420,38 €) (103 143,09 €)<br />

Juros de financiamentos obtidos (297 420,38 €) (103 143,09 €)<br />

Juros e rendimentos similares obtidos 50 103,75 € 31,43 €<br />

Juros de depósitos 50 103,75 € 31,43 €<br />

Totais (247 316,63 €) (103 111,66 €)<br />

NOTA 29.<br />

IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DO PERÍODO<br />

O apuramento de IRC total, nos exercícios de <strong>2021</strong> e de 2020, subdivide-se pelas empresas do<br />

grupo da seguinte forma:<br />

Descrição 31.12.<strong>2021</strong> 31.12.2020<br />

Imposto sobre o rendimento estimado 345 546,54 € 223 859,88 €<br />

Grupo <strong>FCM</strong>, <strong>SGPS</strong>, S.A. - € - €<br />

<strong>FCM</strong> Construções, S.A. 331 743,66 € 91 878,44 €<br />

ALPOTRADE - Serviços e Trading, Lda 867,37 € ,00 €<br />

VIAMEC - Construção e Gestão Imobiliária, Lda 2 027,47 € 90 057,56 €<br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

ICD - Instalações Especiais, Lda. 10 908,04 € 5 779,82 €<br />

<strong>FCM</strong> & LC Construções, Lda - € 31 633,59 €<br />

ICD - Instalações Técnicas, Comunicações e<br />

Domótica, Lda<br />

- € - €<br />

SPA HASNAOUI <strong>FCM</strong> Construction - € 4 510,47 €<br />

Impostos diferidos (175 267,30 €) (74 352,13 €)<br />

Totais 170 279,24 € 149 507,75 €<br />

A “GRUPO <strong>FCM</strong>, <strong>SGPS</strong>, SA” é a sociedade dominante de um grupo de sociedades sedeadas em<br />

Portugal, tributadas individualmente, com base nas respetivas matérias coletáveis e às taxas de<br />

IRC, Derrama Municipal e Derrama Estadual aplicáveis.<br />

A “GRUPO <strong>FCM</strong>, <strong>SGPS</strong>, S.A.” e a generalidade das suas participadas sedeadas em Portugal<br />

encontram-se sujeitas a IRC, à taxa de 21%, incidente sobre a matéria coletável. As entidades<br />

que apuram lucro tributável ficam ainda sujeitas a Derrama Municipal, cuja taxa poderá variar<br />

até ao máximo de 1,5%, bem como a Derrama Estadual, incidente sobre a parte do lucro<br />

tributável que exceda o montante de 1.500, 7.500 e 35.000 milhares de euros, às taxas de 3%,<br />

5% e 9%, respetivamente.<br />

As referidas entidades estão ainda sujeitas a tributação autónoma, às taxas e sobre as despesas,<br />

encargos e gastos previstos no artigo 88.º do Código do IRC.<br />

No processo de apuramento do resultado tributável, são adicionados e subtraídos ao resultado<br />

contabilístico, montantes que não concorrem fiscalmente. Estas diferenças entre resultado<br />

contabilístico e fiscal podem ser de natureza temporária ou permanente.<br />

De acordo com a legislação em vigor em Portugal, os prejuízos fiscais são reportáveis durante<br />

um período de 5 (cinco) anos para os gerados no período de tributação de <strong>2021</strong> em diante,<br />

sendo suscetíveis de dedução aos lucros tributáveis apurados a posteriori, estando tal dedução<br />

limitada a 70%/80% do lucro tributável apurado no período de tributação em que se realize.<br />

NOTA 30.<br />

COMPOSIÇÃO ACIONISTA<br />

A composição acionista Grupo <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, SA divide-se da seguinte forma:<br />

Accionista Nº de ações Valor %<br />

Fernando Rodrigues da Silva 1 152 000 € 1 152 000 € 25,60<br />

Celestino Rodrigues da Siva 1 152 000 € 1 152 000 € 25,60<br />

Mário Rodrigues da Silva 1 152 000 € 1 152 000 € 25,60<br />

Célia Maria G. M. Silva 48 000 € 48 000 € 1,07<br />

Ana Cristina Pio G. Silva 48 000 € 48 000 € 1,07<br />

Maria Teresa L. C. Silva 48 000 € 48 000 € 1,07<br />

<strong>FCM</strong> – Construções, SA 900 000 € 900 000 € 20,00<br />

4 500 000 € 4 500 000 € 100,00<br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

NOTA 31.<br />

EVENTOS SUBSEQUENTES<br />

31.1 Autorização para emissão<br />

As demonstrações financeiras para o exercício findo em 31 de dezembro de <strong>2021</strong>, foram<br />

aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 27 de junho de 2022.<br />

31.2 Acontecimentos após a data do balanço que não deram lugar a ajustamentos<br />

Não são conhecidos à data quaisquer eventos subsequentes, com impacto significativo nas<br />

Demonstrações Financeiras de 31 de dezembro de <strong>2021</strong>. Após encerramento do exercício, e até<br />

à elaboração do presente relatório, não se registaram outros factos suscetíveis de modificar a<br />

situação relevada nas contas, para efeitos do disposto na alínea b) do nº 5 do Artigo 66º do<br />

Código das Sociedades Comerciais.<br />

O Grupo <strong>FCM</strong> é um grupo internacional com operações nos mais diversos países e continentes<br />

e, como tal, exposto à economia global, em particular ao consumo privado. As empresas têm<br />

vindo a atualizar os seus planos de contingência e a implementar medidas para responder,<br />

nomeadamente, às recomendações e práticas adequadas no âmbito da prevenção e controlo da<br />

infeção pelo Covid-19, correspondendo às orientações das Autoridades de Saúde de cada país,<br />

de modo a diminuir os respetivos efeitos sociais e económicos.<br />

Até ao momento, as operações das sociedades do Grupo têm decorrido com normalidade e sem<br />

disrupções. O Grupo continua a monitorizar a ameaça e as suas implicações nos negócios e<br />

reitera o compromisso de facultar a informação necessária, em caso de alteração significativa<br />

do impacto da pandemia nas suas operações.<br />

Face ao exposto, o Conselho de Administração da Empresa, acredita na continuidade das<br />

operações.<br />

De 31 de dezembro de <strong>2021</strong> até à data de emissão este relatório, não ocorreram outros factos<br />

relevantes que possam vir a afetar materialmente a posição financeira e os resultados futuros<br />

da GRUPO <strong>FCM</strong>, <strong>SGPS</strong>, S.A. e do conjunto das empresas filias incluídas na consolidação.<br />

NOTA 32.<br />

INFORMAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS<br />

A Administração informa que a sociedade não apresenta dívidas ao Estado em situação de mora,<br />

nos termos do DL 534/80, de 7 de novembro. Dando cumprimentos ao estipulado no Decreto<br />

411/91 de 17 de outubro, a Administração informa que a situação da empresa perante a<br />

Segurança Social se encontra regularizada, dentro dos prazos estipulados. Para efeitos da alínea<br />

d) do nº 5 do art. 66º CSC, durante o exercício de <strong>2021</strong>, a empresa não efetuou transações<br />

próprias, sendo nulo o nº de ações próprias detidas à data de relato. Não foram concedidas<br />

quaisquer alterações nos termos do art. 397º do CSC, pelo que nada há a indicar para efeitos do<br />

nº 5, alínea e) do art. 66º CSC, que prevê que o relatório de gestão deve indicar as autorizações<br />

concedidas a negócios entre a sociedade e os seus administradores, nos termos do art. 397º do<br />

CSC.<br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

De acordo com a legislação em vigor, em Portugal, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão<br />

e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para<br />

a Segurança Social), exceto quando tenha havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos<br />

benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, casos estes em<br />

que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. Assim, as<br />

declarações fiscais das empresas do Grupo relativas aos exercícios de 2018 a <strong>2021</strong> podem ainda<br />

vir a ser sujeitas a revisão.<br />

O Conselho de Administração entende que as eventuais correções resultantes de<br />

revisões/inspeções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão<br />

um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de <strong>2021</strong>.<br />

A Administração<br />

A Contabilista Certificada<br />

Celestino Rodrigues da Silva<br />

Fernando Rodrigues da Silva<br />

Raquel Sousa<br />

Pedro Miguel Pinho Plácido CC nº 81671<br />

Rui José Dias Lopes<br />

Rui Pedro de Aguilar Brito da Cruz<br />

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GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

Certificação Legal de Contas<br />

Relatório e Parecer do Fiscal Único<br />

Certificação Legal de Contas / Relatório de Auditoria<br />

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Relatório e Parecer do Fiscal Único<br />

Exmos. Senhores acionistas, da Grupo <strong>FCM</strong> – <strong>SGPS</strong>, S.A.<br />

Em cumprimento das disposições legais e estatutárias, e no desempenho do mandato que me conferiram,<br />

venho apresentar o meu relatório sobre a atividade fiscalizadora desenvolvida durante o ano de <strong>2021</strong> e dar<br />

o meu Parecer sobre o relatório consolidado de gestão e as demonstrações financeiras consolidadas, que<br />

compreendem o balanço consolidado, a demonstração consolidada dos resultados por naturezas, a<br />

demonstração consolidada do rendimento integral, a demonstração consolidada das alterações no capital<br />

próprio, a demonstração consolidada dos fluxos de caixa e as correspondentes notas anexas às<br />

demonstrações financeiras consolidadas, referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de <strong>2021</strong>,<br />

apresentados pela Administração.<br />

1. No decurso do exercício acompanhei com regularidade a atividade do Grupo, com a periodicidade e<br />

extensão que considerei adequada, nomeadamente através de reuniões periódicas com o órgão de<br />

gestão e os seus diretores. Efetuei uma verificação por amostragem dos registos contabilísticos e da<br />

respetiva documentação de suporte das diversas entidades que compõem o grupo, bem como a<br />

eficácia dos seus sistemas de gestão e de riscos e de controlo interno. Vigiei pela observação da lei e<br />

dos estatutos. No exercício da minha atividade não deparei com quaisquer constrangimentos.<br />

2. No exercício das minhas funções verifiquei que:<br />

a) o balanço consolidado, a demonstração consolidada dos resultados por naturezas, a<br />

demonstração consolidada do rendimento integral, a demonstração consolidada dos fluxos de<br />

caixa, a demonstração consolidada das alterações nos capitais próprios, e as correspondentes<br />

notas anexas às demonstrações financeiras consolidadas permitem uma adequada compreensão<br />

da situação financeira do Grupo e dos seus resultados, assim como das suas alterações do capital<br />

próprio e dos seus fluxos de caixa;<br />

b) o Relatório apresentado pelo Conselho de Administração exprime os principais aspetos da<br />

atividade desenvolvida pelo Grupo e complementa as informações passíveis de serem extraídas<br />

dos documentos de prestação de contas, além de apontar algumas perspetivas da evolução<br />

previsível do Grupo; e<br />

c) as políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos adotados estão conforme as Normas<br />

Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF) e são adequadas por forma a assegurar que as<br />

mesmas conduzem a uma correta avaliação do património e dos resultados do grupo.<br />

3. Na qualidade de Revisor Oficial de Contas, emiti uma certificação legal das contas consolidadas,<br />

referente ao exercício de <strong>2021</strong>, datada de 30 de junho de 2022.<br />

4. Nestes termos, tendo em consideração as informações recebidas do Conselho de Administração e<br />

serviços do Grupo, bem como as conclusões constantes da certificação legal das contas, sou do<br />

Parecer que:<br />

Sejam aprovados o relatório consolidado de gestão e as demonstrações financeiras consolidadas,<br />

apresentados pelo Conselho de Administração;


Por último, pretendo expressar ao Conselho de Administração e aos serviços do Grupo o meu<br />

reconhecimento pela disponibilidade, colaboração e competência sempre manifestadas.<br />

Lisboa, 30 de junho de 2022<br />

O Fiscal Único<br />

Nuno Costa Alves<br />

Revisor Oficial de Contas N.º 1660


Nuno Costa Alves<br />

Revisor Oficial de Contas<br />

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS<br />

RELATO SOBRE A AUDITORIA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

Opinião<br />

Auditei as demonstrações financeiras consolidadas anexas de Grupo <strong>FCM</strong> – <strong>SGPS</strong>, S.A. (o Grupo) que<br />

compreendem o balanço consolidado em 31 de dezembro de <strong>2021</strong>, (que evidencia um total de 47.087.856,35<br />

euros e um total de capital próprio de 11.950.882,08 euros, incluindo um resultado líquido de 457.651,71<br />

euros), a demonstração consolidada dos resultados por naturezas, a demonstração consolidada do<br />

rendimento integral, a demonstração consolidada das alterações no capital próprio e a demonstração<br />

consolidada dos fluxos de caixa relativas ao ano findo naquela data, e as notas anexas às demonstrações<br />

financeiras consolidadas que incluem um resumo das políticas contabilísticas significativas.<br />

Em minha opinião, as demonstrações financeiras consolidadas anexas apresentam de forma verdadeira e<br />

apropriada, em todos os aspetos materiais, a posição financeira consolidada de Grupo <strong>FCM</strong> – <strong>SGPS</strong>, S.A. em<br />

31 de dezembro de <strong>2021</strong> e o seu desempenho financeiro e fluxos de caixa consolidados relativos ao ano findo<br />

naquela data de acordo com as Normas de Contabilidade e Relato Financeiro adotadas em Portugal através<br />

do Sistema de Normalização Contabilística.<br />

Bases para a opinião<br />

A minha auditoria foi efetuada de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria (ISA) e demais normas<br />

e orientações técnicas e éticas da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas. As minhas responsabilidades nos<br />

termos dessas normas estão descritas na secção “Responsabilidades do auditor pela auditoria das<br />

demonstrações financeiras consolidadas” abaixo. Sou independente das entidades que compõem o Grupo<br />

nos termos da lei e cumpri os demais requisitos éticos nos termos do código de ética da Ordem dos Revisores<br />

Oficiais de Contas.<br />

Estou convicto de que a prova de auditoria que obtive é suficiente e apropriada para proporcionar uma base<br />

para a minha opinião.<br />

Responsabilidades do órgão de gestão pelas demonstrações financeiras consolidadas<br />

O órgão de gestão é responsável pela:<br />

- Preparação de demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e<br />

apropriada a posição financeira, o desempenho financeiro e os fluxos de caixa do Grupo de acordo com as<br />

Normas de Contabilidade e Relato Financeiro adotadas em Portugal através do Sistema de Normalização<br />

Contabilística;<br />

- Elaboração do relatório consolidado de gestão nos termos legais e regulamentares aplicáveis;<br />

Inscrito na OROC sob o nº 1660<br />

Av. Coronel Eduardo Galhardo n.º 24 – 4.º Dto., 1170 – 105 Lisboa | Portugal<br />

1


Nuno Costa Alves<br />

Revisor Oficial de Contas<br />

- Criação e manutenção de um sistema de controlo interno apropriado para permitir a preparação de<br />

demonstrações financeiras consolidadas isentas de distorção material devido a fraude ou erro;<br />

- Adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados nas circunstâncias; e<br />

- Avaliação da capacidade do Grupo de se manter em continuidade, divulgando, quando aplicável, as<br />

matérias que possam suscitar dúvidas significativas sobre a continuidade das atividades.<br />

Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras consolidadas<br />

A minha responsabilidade consiste em obter segurança razoável sobre se as demonstrações financeiras<br />

consolidadas como um todo estão isentas de distorções materiais devido a fraude ou a erro, e emitir um<br />

relatório onde conste a minha opinião. Segurança razoável é um nível elevado de segurança, mas não é uma<br />

garantia de que uma auditoria executada de acordo com as ISA detetará sempre uma distorção material<br />

quando exista. As distorções podem ter origem em fraude ou erro e são consideradas materiais se, isoladas<br />

ou conjuntamente, se possa razoavelmente esperar que influenciem decisões económicas dos utilizadores<br />

tomadas com base nessas demonstrações financeiras.<br />

Como parte de uma auditoria de acordo com as ISA, faço julgamentos profissionais e mantenho ceticismo<br />

profissional durante a auditoria e também:<br />

- Identifico e avalio os riscos de distorção material das demonstrações financeiras consolidadas, devido<br />

a fraude ou a erro, concebo e executo procedimentos de auditoria que respondam a esses riscos, e obtenho<br />

prova de auditoria que seja suficiente e apropriada para proporcionar uma base para a minha opinião. O<br />

risco de não detetar uma distorção material devido a fraude é maior do que o risco de não detetar uma<br />

distorção material devido a erro, dado que a fraude pode envolver conluio, falsificação, omissões<br />

intencionais, falsas declarações ou sobreposição ao controlo interno;<br />

- Obtenho uma compreensão do controlo interno relevante para a auditoria com o objetivo de conceber<br />

procedimentos de auditoria que sejam apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião<br />

sobre a eficácia do controlo interno do Grupo;<br />

- Avalio a adequação das políticas contabilísticas usadas e a razoabilidade das estimativas contabilísticas<br />

e respetivas divulgações feitas pelo órgão de gestão;<br />

- Concluo sobre a apropriação do uso, pelo órgão de gestão, do pressuposto da continuidade e, com<br />

base na prova de auditoria obtida, se existe qualquer incerteza material relacionada com acontecimentos ou<br />

condições que possam suscitar dúvidas significativas sobre a capacidade do Grupo para dar continuidade às<br />

suas atividades. Se concluir que existe uma incerteza material, devo chamar a atenção no meu relatório para<br />

as divulgações relacionadas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas ou, caso essas divulgações<br />

não sejam adequadas, modificar a minha opinião. As minhas conclusões são baseadas na prova de auditoria<br />

obtida até à data do meu relatório. Porém, acontecimentos ou condições futuras podem levar a que o Grupo<br />

descontinue as suas atividades;<br />

- Avalio a apresentação, estrutura e conteúdo global das demonstrações financeiras consolidadas,<br />

incluindo as divulgações, e se essas demonstrações financeiras representam as transações e acontecimentos<br />

subjacentes de forma a atingir uma apresentação apropriada;<br />

Inscrito na OROC sob o nº 1660<br />

Av. Coronel Eduardo Galhardo n.º 24 – 4.º Dto., 1170 – 105 Lisboa | Portugal<br />

2


Nuno Costa Alves<br />

Revisor Oficial de Contas<br />

- Obtenho prova suficiente e apropriada relativa à informação financeira das entidades ou atividades<br />

dentro do Grupo para expressar uma opinião sobre as demonstrações financeiras consolidadas. Sou<br />

responsável pela orientação, supervisão e desempenho da auditoria do Grupo e sou o responsável final pela<br />

minha opinião de auditoria;<br />

- Comunico com os encarregados da governação, entre outros assuntos, o âmbito e o calendário<br />

planeado da auditoria, e as conclusões significativas da auditoria incluindo qualquer deficiência significativa<br />

de controlo interno identificado durante a auditoria.<br />

A minha responsabilidade inclui ainda a verificação da concordância da informação constante do relatório<br />

consolidado de gestão com as demonstrações financeiras consolidadas.<br />

RELATO SOBRE OUTROS REQUISITOS LEGAIS E REGULAMENTARES<br />

Sobre o relatório consolidado de gestão<br />

Dando cumprimento ao artigo 451.º, n.º 3, al. e) do Código das Sociedades Comerciais, sou de parecer que o<br />

relatório consolidado de gestão foi preparado de acordo com os requisitos legais e regulamentares aplicáveis<br />

em vigor, a informação nele constante é concordante com as demonstrações financeiras consolidadas<br />

auditadas e, tendo em conta o conhecimento e apreciação sobre o Grupo, não identifiquei incorreções<br />

materiais.<br />

Lisboa, 30 de Junho de 2022<br />

Nuno Costa Alves<br />

Revisor Oficial de Contas N.º 1660<br />

Inscrito na OROC sob o nº 1660<br />

Av. Coronel Eduardo Galhardo n.º 24 – 4.º Dto., 1170 – 105 Lisboa | Portugal<br />

3


GRUPO <strong>FCM</strong> <strong>SGPS</strong>, S.A. – RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS <strong>2021</strong><br />

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