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2023<br />
IT LEADERS<br />
YEARBOOK
E | D | I | T | O | R | I | A | L<br />
A Inteligência Artificial Generativa<br />
não é uma moda<br />
A segunda edição do Anuário de Tecnologia, distribuído com a revista Executive Digest, é dedicada a uma<br />
verdadeira revolução tecnológica que está a moldar o nosso futuro. Vivemos numa era em que a Inteligência<br />
Artificial (IA) se destaca como uma força transformadora em diversos sectores, e a Inteligência Artificial<br />
Generativa (IAG) emerge como protagonista nesse cenário. O fenómeno ChatGPT oferece-nos o primeiro<br />
ponto de viragem real na adopção pública da IA, mostrando ao mundo o potencial transformador da generative<br />
AI.<br />
Enquanto os modelos anteriores eram restritos a tarefas específicas, a IAG é versátil, capaz de criar em domínios<br />
diversos, desde a geração de texto até a produção visual. Essa amplitude de aplicação torna-a uma ferramenta<br />
valiosa em diversas áreas, da arte à medicina, impulsionando a inovação e a critividade de maneiras<br />
inimagináveis. No entanto, não podemos ignorar os desafios éticos que a IAG apresenta. O uso responsável<br />
e transparente dessas tecnologias é imperativo e exige uma regulamentação cuidadosa e uma reflexão ética<br />
constante para garantir um impacto positivo na sociedade. Assim, ao longo das próximas páginas poderá ler<br />
conteúdos exclusivos, extensos e aprofundados, tais como análises, reportagens e entrevistas sobre este tema,<br />
mas também Cibersegurança, atração e retenção nas tecnológicas e Sustentabilidade.<br />
Esta publicação é dirigida aos profissionais das Tecnologias da Informação, nomeadamente CIO e CTO, que<br />
pretendem criar valor nas suas organizações através da aposta nas novas tecnologias e plataformas digitais.<br />
Para que uma empresa se mantenha relevante no mercado, é fundamental uma abordagem holística, que por<br />
vezes assenta não só numa tecnologia, mas numa combinação de várias, permitindo ultrapassar as limitações<br />
naturais próprias de cada uma.<br />
Este Anuário é composto por duas partes: na primeira fazemos uma análise sobre os grandes temas e temos<br />
um Fórum com a opinião de alguns dos principais líderes do sector. Na segunda parte apresentamos um<br />
directório das instituições que operam em Portugal, com fichas individuais e uma listagem geral, de maneira<br />
que os nossos leitores fiquem a conhecer as principais instituições e respectivos responsáveis das Tecnologias<br />
de Informação em Portugal.<br />
António Sarmento,<br />
jornalista<br />
// FICHA TÉCNICA<br />
DIRECTOR Ricardo Florêncio (ricardo.florencio@executivedigest.pt) • REDAÇÃO António Sarmento (antonio.sarmento@multipublicacoes.pt)<br />
• ARTE Sofia Marques • IMAGENS Getty Image • COMERCIAL E PUBLICIDADE (publicidade@multipublicacoes.pt) • MARKETING E COMUNICAÇÃO<br />
(marketing@multipublicacoes.pt) • PERIODICIDADE Anual • TIRAGEM MÉDIA 17.000 exemplares • PROPRIEDADE | SEDE | EDITOR Multipublicações,<br />
LDA, Rua Cidade de Rabat, nº 41B, 1500-159 Lisboa, NIPC: 506 012 905, CRCL: 11061 • IMPRESSÃO E ACABAMENTO Lidergraf - Sustainable Printing,<br />
Rua do Galhano, nº 15, 4480-089 Vila do Conde<br />
Anuário distribuido gratuitamente com a Executive Digest Dezembro 2023
Í | N | D | I | C | E<br />
// 06 ANÁLISE<br />
Os desafios e as oportunidades<br />
da IA generativa<br />
Em 2024, o cenário tecnológico promete<br />
ser empolgante, com uma série de<br />
desafios e oportunidades no campo de<br />
dados e IA generativa.<br />
// 10 ENTREVISTA<br />
«IA e Chat GPT impulsionam<br />
a inovação empresarial»<br />
As empresas estão a reconhecer o seu<br />
potencial para melhorar a eficiência,<br />
reduzir custos e criar experiências mais<br />
personalizadas para os clientes<br />
// 14 ENTREVISTA<br />
«A inovação é um pilar central<br />
da competitividade das<br />
empresas»<br />
Os últimos anos têm sido marcados por<br />
uma conjuntura adversa, onde se criou<br />
uma tempestade perfeita que se arrastou<br />
desde a pandemia de Covid-19 até ao actual<br />
contexto geopolítico adverso e à crise<br />
inflacionária e económica<br />
// 18 SUSTENTABILIDADE<br />
Como a tecnologia pode moldar<br />
um futuro mais verde<br />
A tecnologia tem-se assumido como<br />
um agente primordial no âmbito da<br />
sustentabilidade, tornando-se uma aliada<br />
fundamental para as organizações que<br />
procuram cumprir com as metas ambientais.<br />
4 EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023
Í | N | D | I | C | E<br />
// 24 ENTREVISTA<br />
«Gestão de risco<br />
tecnológico é componente<br />
crítico para garantir a<br />
segurança dos negócios»<br />
Nesta entrevista à Executive<br />
Digest, Eduardo Cruz, docente do<br />
ISEC Lisboa (Instituto Superior de<br />
Educação e Ciências de Lisboa),<br />
e coordenador do núcleo de<br />
apoio à informática, sublinha a<br />
importância de uma estratégica de<br />
cibersegurança.<br />
// 28 FORMAÇÃO<br />
Talento: o verdadeiro<br />
desafio<br />
do sector tecnológico<br />
Num mundo cada vez mais<br />
impulsionado pela inovação e<br />
tecnologia, a procura por talentos<br />
no sector tecnológico tornou-se<br />
não apenas uma necessidade,<br />
mas uma verdadeira corrida<br />
para encontrar o melhor talento<br />
e fazer crescer as organizações.<br />
.<br />
53<br />
DIRETÓRIO<br />
Portugal na linha da frente da transição<br />
tecnológica<br />
Vivemos num mercado global, com consumidores que exigem<br />
1<br />
2<br />
33<br />
uma resposta única, direcionada e imediata.<br />
FÓRUM DE LÍDERES<br />
Quais os principais desafios<br />
e oportunidades que espera<br />
encontrar no seu setor<br />
em 2024?<br />
Na sua opinião, quais as<br />
principais tendências<br />
tecnológicas para o<br />
próximo ano?<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023<br />
5
A | N | Á | L | I | S | E<br />
OS DESAFIOS E AS OPORTUNIDADES DA<br />
IA GENERATIVA<br />
Em 2024, o cenário tecnológico<br />
promete ser empolgante,<br />
com uma série de desafios e<br />
oportunidades no campo de<br />
dados e IA generativa.<br />
por António Sarmento
A | N | Á | L | I | S | E<br />
IA generativa permite às empresas, e de forma automática, a criação<br />
de vários conteúdos, quer sejam áudio, vídeo, texto ou imagem, e<br />
A<br />
com isso decerto muito do trabalho poderá ser executado pelas máquinas.<br />
Automatizar processos com ganhos de eficiência é algo que é potenciado<br />
por esta tecnologia. «No entanto, a grande oportunidade para<br />
as empresas e para os governos está no “aumentar” das capacidades da criatividade<br />
humana. A tecnologia irá permitir ao homem gerar e identificar ideias inovadoras.<br />
A grande oportunidade será assim ao nível da inovação potenciada por esta tecnologia,<br />
que irá permitir às organizações tornarem-se mais competitivas, promovendo<br />
o “divergent thinking”, ultrapassando os enviesamentos dos “especialistas” (algo que<br />
ocorre com frequência nos processos de inovação), apoiando na identificação e avaliação<br />
de ideias inovadoras, suportando o refinar da ideia, e permitir a colaboração e<br />
a participação de todos os colaboradores, utilizadores, clientes, especialistas, em geral<br />
stakeholders no processo criativo. Além do ChatGPT, recomendamos a utilização<br />
de plataformas como a Midjourney e a Stable Diffusion, , a fim de entender melhor<br />
o “mundo” que está a emergir», explica Marco Vidal, partner da Nimble à Executive<br />
Digest.<br />
A grande oportunidade para as empresas e para os governos está nos processos criativos<br />
e de inovação. A tecnologia de IA, conjuntamente com o homem, vai permitir às<br />
empresas gerar mais produtos e serviços verdadeiramente inovadores, com a participação<br />
de todos os stakeholders. «Podemos concluir que a criatividade humana não<br />
tem limites. No entanto, a capacidade de exprimir ideias de forma escrita ou visual<br />
restringe um vasto número de humanos de participar nos processos criativos/inovação.<br />
A tecnologia de IA generativa irá remover esta barreira para os humanos com<br />
dificuldade em exprimir as suas ideias. Eric von Hippel do MIT “lançou” o conceito<br />
“democratização da inovação” entre 1970 e 1980, e acreditamos que estamos perante<br />
uma tecnologia que em parte permite executar esta visão. Desta forma, é necessário<br />
promover e criar as condições para a utilização desta tecnologia e ao fazê-lo, ter em<br />
conta todos os stakeholders (envolver, por exemplo, os clientes nos processos de criação/inovação).<br />
Na Nimble estamos a colaborar com várias organizações ao nível da<br />
automatização de processos utilizando tecnologia de IA. Realçamos, no entanto, um<br />
projeto no qual estamos a participar, para uma empresas do fundo de VC Berkeley<br />
Skydeck, um dos maiores fundos de venture capital Pre Seed/Seed. O nosso objetivo<br />
é gerar, com base nesta tecnologia, a prescrição médica mais adequada ao utente,<br />
considerando o seu caso específico e caraterísticas (ADN, entre outras)», acrescenta<br />
o responsável.<br />
A qualificação é claramente o desafio porque o potencial desta tecnologia ainda<br />
é difícil de entender. Qualificar, experimentar, aprender, errar, voltar a experimentar,<br />
começar a utilizar, é crítico. Existem desafios mais técnicos, por exemplo à volta<br />
do tratamento, qualidade e segurança dos dados, e existem também outros relacionados<br />
com a ética e uma utilização responsável deste tipo de tecnologias. Sobre os<br />
principais perigos que a IA pode representar,<br />
Marco Vidal sublinha: «A utilização<br />
com impactos negativos ao nível<br />
social e económico, é necessário educar<br />
para uma utilização responsável e ética.<br />
O crescimento da IA Generativa de<br />
tal forma exponencial que seja incontrolável<br />
– tentar apostar na regulação.<br />
O funcionamento da sociedade demasiado<br />
dependente de IA, que apesar da<br />
criatividade humana não ter limites,<br />
não sabemos bem os impactos que<br />
tudo isto terá a partir do momento em<br />
que criatividade será Humano + máquina.<br />
E também, os fortes impactos<br />
sociais devido a redução drástica do<br />
emprego».<br />
Eficiência e Recursos<br />
Angelo Tonin, Country Manager da<br />
FCamara Europe, diz que é importante<br />
referir que inteligência artificial<br />
e ChatGPT são coisas diferentes: «O<br />
ChatGPT é uma ferramenta baseada<br />
em inteligência artificial generativa, ou<br />
seja, que é capaz de elaborar respostas<br />
a partir de perguntas colocadas pelo<br />
utilizador. O Copilot da Microsoft, por<br />
exemplo, é baseado no motor do ChatGPT<br />
e ajuda, no Word, a criar documentos<br />
automaticamente em linguagem<br />
natural. Na FCamara já fizemos,<br />
centenas de projetos para atendimento<br />
ao cliente com recurso ao ChatGPT<br />
– e é uma ferramenta poderosa para,<br />
por exemplo num contexto de ecommerce,<br />
ajudar o cliente a comprar,<br />
evitando que este abandone o cesto de<br />
compras».<br />
Mas existem uma série outras<br />
aplicações para a inteligência artificial.<br />
Seja na área da infraestrutura de<br />
tecnologia, para monitorizações de<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023 7
A | N | Á | L | I | S | E<br />
segurança em larga escala, seja<br />
em matéria de visualização de<br />
dados, em que a IA ajuda a dar insights/potenciais<br />
interpretações aos dados<br />
apresentados, ou mesmo para a tomada<br />
de decisões a partir da recolha de<br />
dados em sensores num contexto de<br />
Indústria 4.0. Segundo este especialista,<br />
a grande mais-valia da IA como<br />
um todo é ajudar as organizações a<br />
executar os seus processos repetitivos<br />
com menos intervenção humana, habilitá-las<br />
a analisar e responder mais<br />
rápido às mudanças internas e externas<br />
às organizações e, em última análise,<br />
despoletar novas oportunidades de<br />
resultados por meio de novas receitas<br />
(novos produtos e ofertas) ou menos<br />
gastos operacionais.<br />
Entre as grandes oportunidades<br />
para as empresas, Angelo Tonin divide<br />
em três grandes pilares: maior eficiência,<br />
melhoria na tomada de decisão,<br />
criação de novos produtos e serviços.<br />
Ao mesmo tempo que é importante<br />
perceber que há um conjunto alargado<br />
de possibilidades e oportunidades<br />
que se podem abrir com o uso da IA,<br />
ao mesmo tempo pouco disso será funcional<br />
se a empresa não tiver massas de<br />
dados que possam ser utilizados.<br />
«Costuma se dizer que os dados<br />
são o novo petróleo. E a analogia é<br />
oportuna: os dados são mesmo riqueza<br />
em potencial. Mas se eles estiverem<br />
só armazenados num banco de dados,<br />
não valem de nada. O desafio é colocar<br />
estes dados para fora do ambiente<br />
tecnológico e transformá-los em<br />
conhecimento. É a ação das pessoas,<br />
através da implementação de projetos,<br />
que torna as empresas mais competitivas.<br />
Neste contexto, há um TPC aqui:<br />
é preciso assegurar que os dados estão<br />
disponíveis para colocar as diferentes<br />
ferramentas de IA para utilizá-los e, aí<br />
sim, gerar real valor para os clientes, os<br />
colaboradores, os acionistas, a sociedade<br />
e, por consequência, para a própria<br />
empresa», afirma.<br />
A qualificação dos trabalhadores é<br />
um dos principais desafios. Seja numa<br />
dimensão de aculturamento tecnológico,<br />
seja numa dimensão de “mindset” –<br />
é preciso “abrir a cabeça” para explorar<br />
as possibilidades sabendo que algumas<br />
iniciativas vão resultar e outras não.<br />
«É preciso acabar com a cultura<br />
de temer o erro. Quando parte de um<br />
processo de inovação e desde que dele<br />
se extraiam lições e aprendizados, o<br />
erro não só é bem-vindo como deve ser<br />
apreciado, não condenado. Se alguma<br />
coisa é nova, é porque ninguém ainda<br />
a tentou fazer.<br />
Desta forma, é fundamental que<br />
as empresas consigam garantir que<br />
os seus funcionários tenham as competências<br />
necessárias para pensar a<br />
adoção destas tecnologias de forma<br />
eficaz. E que os gestores, desde alta administração<br />
até a gerência de linha direta,<br />
também apoiem e suportem suas<br />
equipas na experimentação da adoção<br />
A GRANDE<br />
OPORTUNIDADE<br />
SERÁ ASSIM AO<br />
NÍVEL DA INOVAÇÃO<br />
POTENCIADA POR<br />
ESTA TECNOLOGIA,<br />
QUE IRÁ PERMITIR<br />
ÀS ORGANIZAÇÕES<br />
TORNAREM-SE MAIS<br />
COMPETITIVAS,<br />
EXPLICA MARCO<br />
VIDAL, PARTNER DA<br />
NIMBLE<br />
8 EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023
A | N | Á | L | I | S | E<br />
destas tecnologias».<br />
Sobre os riscos e perigos, o responsável<br />
considera que questões como a<br />
ética e privacidade, são provavelmente<br />
as maiores zonas de perigo na adoção<br />
da IA. «Empresas muito relevantes<br />
cessaram, por ora, o uso desta ferramenta,<br />
até que possam refletir e ajustar<br />
suas políticas de privacidade e de<br />
dados a fim de evitar vazamentos não<br />
intencionais de dados e propriedade<br />
intelectual. Também há uma questão<br />
de responsabilidade social. Há aqui<br />
que se observar a adoção da inteligência<br />
artificial não apenas numa lógica<br />
extrativista – de redução de custos e<br />
postos de trabalho. É expectável que<br />
algumas posições que existam hoje sejam<br />
substituídas por gémeos digitais<br />
– veja, por exemplo, o caso dos metros<br />
autónomos em Seul e São Paulo, ou a<br />
pesquisa intensiva em viaturas driverless.<br />
Sendo assim, é recomendável que<br />
os empreendedores e executivos vejam<br />
na adoção da IA uma forma de abrir<br />
novas avenidas de crescimento e expansão<br />
dos seus negócios – potenciar o<br />
crescimento ao invés de apenas pensar<br />
em reduzir custos».<br />
O que temos visto no mercado é<br />
que as empresas que tem retirado potencial<br />
do ChatGPT têm utilizado a inteligência<br />
artificial (IA) generativa em<br />
processos de negócio de relacionamento<br />
com o cliente. Por exemplo, o Chat<br />
Boot Helena, o primeiro chat boot<br />
transacional que foi desenvolvido para<br />
os CTT e criado pela Singularity. «Com<br />
base na nossa visão acreditamos que ao<br />
incorporar a IA de maneira estratégica<br />
e ética, as empresas podem otimizar<br />
operações, melhorar a experiência do<br />
cliente e tomar decisões mais informadas,<br />
tornando-se mais competitivas no<br />
mercado em constante evolução», diz<br />
Pedro Martins, CEO Singularity part<br />
of Devoteam.<br />
Em 2024, o cenário tecnológico<br />
promete ser empolgante, com uma<br />
série de desafios e oportunidades no<br />
campo de dados e IA generativa. «Enquanto<br />
2023 serviu como um ano de<br />
teste para a tecnologia IA Generativa,<br />
2024 vai marcar o início da sua implementação<br />
em processos de negócios setoriais,<br />
com uma taxa de crescimento<br />
anual expectável de cerca de 30%. A<br />
crescente relevância do IA Generativa<br />
é inegável, uma vez que estes modelos<br />
têm a capacidade de atuar sobre a informação<br />
que as empresas produzem.<br />
Isto coloca um destaque ainda maior<br />
na qualidade dos dados, e os investimentos<br />
dos clientes serão direcionados<br />
para garantir a excelência nessa área.<br />
Assim, de acordo com a nossa visão:<br />
oportunidade de continuar e reforçar o<br />
investimento de clientes na qualidade<br />
da informação\dados, na era de IA Generativa.<br />
Os dados têm mais importância,<br />
uma vez que estes modelos atuam<br />
sobre a informação que as empresas<br />
produzem».<br />
É essencial aumentar a qualificação<br />
dos trabalhadores, considera Pedro<br />
Martins. «Acreditamos que, primeiramente,<br />
todos os colaboradores das empresas,<br />
não somente a direção de sistemas<br />
de informação, falem todos esta<br />
nova linguagem. É uma tecnologia que<br />
é direcionada para o negócio, e o negócio<br />
beneficia com a inserção da IA Generativa<br />
nos processos. A mudança de<br />
“mindset” é imperativa para que os benefícios<br />
sejam entregues de forma mais<br />
efetiva. Dizendo isto, existem novas<br />
profissões que aparecem nomeadamente,<br />
Engenharia de “prompt”. Encontrar<br />
recursos disponíveis no mercado<br />
para trabalhar em IA Generativa e<br />
em Engenharia de “Prompt” é provavelmente<br />
um dos maiores desafios. A<br />
necessidade de especialistas nesta área<br />
está a crescer exponencialmente, tornando<br />
a aquisição de talentos uma tarefa<br />
desafiadora. O nosso Centro de<br />
Competências em OpenAI, lançado em<br />
fevereiro de 2023, tem também o objetivo<br />
de formar engenheiros de<br />
prompt», destaca.<br />
PERIGOS<br />
A IA tem o potencial de trazer benefícios<br />
significativos para a sociedade, mas<br />
também apresenta desafios e preocupações.<br />
Na opinião de Pedro Martins, CEO<br />
Singularity part of Devoteam , os maiores<br />
perigos que a IA pode representar são:<br />
Falta de ética na utilização dos sistemas<br />
de IA, que pode criar vulnerabilidades<br />
para pessoas e bens. Uma das<br />
maiores preocupações são as fake news<br />
e fake pictures, que vão estar muito<br />
mais sofisticados, por exemplo, uma das<br />
maiores preocupações é a utilização de<br />
IA generativa na criação de fake videos<br />
para as eleições norte-americanas do<br />
próximo ano.<br />
Privacidade: A recolha massiva de dados<br />
necessária para treinar modelos de<br />
IA quando não anonimizados podem ter<br />
implicações naquilo que é a nossa informação<br />
confidencial e privada. No mercado<br />
empresarial já existem soluções que<br />
garantem esta confidencialidade e não<br />
utilização da informação para treino dos<br />
modelos.<br />
Viés dos dados utlizados: a representatividade<br />
de dados na IA requer esforços<br />
conscientes para mitigar vieses adotando<br />
regulamentações éticas, diminuindo<br />
resultados enviesados ou, mesmo, manipulados.<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023<br />
9
E | N | T | R | E | V | I | S | T | A<br />
«IA E CHAT GPT IMPULSIONAM<br />
A INOVAÇÃO EMPRESARIAL»<br />
As empresas estão a reconhecer o seu<br />
potencial para melhorar a eficiência,<br />
reduzir custos e criar experiências mais<br />
personalizadas para os clientes<br />
por António Sarmento<br />
E<br />
ste fenómeno de democratização destas ferramentas,<br />
associado à crescente competição e à<br />
necessidade de inovação estão a impulsionar a<br />
adoção generalizada da IA. Em entrevista à Executive<br />
Digest, Rogério Canhoto, Coordenador da Pós-<br />
-graduação de Marketing Digital do Iscte Executive Education,<br />
explica os principais desafios e oportunidades das empresas para<br />
o futuro.<br />
Como devem as empresas utilizar a inteligência artificial e o<br />
Chat GPT para serem mais competitivas no mercado?<br />
As empresas podem utilizar a inteligência artificial (IA) e, em especial,<br />
a IA Generativa como o Chat GPT, de várias formas para<br />
ganharem vantagem competitiva. Em primeiro lugar, a IA pode<br />
ser usada para automatizar tarefas repetitivas, permitindo que os<br />
colaboradores se concentrem em tarefas de maior valor. Por outro<br />
lado, o Chat GPT pode melhorar a interação com os clientes,<br />
fornecendo respostas rápidas e personalizadas, o que aumenta a<br />
satisfação do cliente. Também é possível usar a IA para análise de<br />
dados avançada, permitindo uma tomada de decisão mais informada<br />
e estratégica. Em resumo, a IA e o Chat GPT são ferramentas<br />
valiosas para otimizar processos, melhorar o atendimento ao<br />
cliente e impulsionar a inovação empresarial.<br />
Apesar de estar a ganhar relevância, nada disto é novo. Então<br />
porque é que agora é tão relevante?<br />
Embora a IA não seja uma tecnologia nova, a sua relevância atual<br />
deve-se à convergência de vários fatores.<br />
A disponibilidade de grandes<br />
volumes de dados, o aumento da<br />
capacidade computacional e o desenvolvimento<br />
de algoritmos mais<br />
avançados tornaram a IA muito mais<br />
poderosa. Em paralelo, as empresas<br />
estão a reconhecer o seu potencial<br />
para melhorar a eficiência, reduzir<br />
custos e criar experiências mais personalizadas<br />
para os clientes. Este<br />
fenómeno de democratização destas<br />
ferramentas, associado à crescente<br />
competição e à necessidade de inovação<br />
estão a impulsionar a adoção<br />
generalizada da IA.<br />
No futuro, qual o impacto da IA no<br />
nosso dia-a-dia, nos empregos...?<br />
A IA terá um impacto significativo<br />
no nosso dia-a-dia e no mercado de<br />
trabalho, em duas vertentes, produtividade<br />
e inteligência. Veremos uma<br />
automação crescente de tarefas rotineiras,<br />
o que libertará as pessoas para<br />
trabalhos mais criativos e estratégicos.<br />
A IA irá também transformar setores<br />
inteiros, como o sector da saúde,<br />
dos serviços e da educação. No entanto,<br />
é importante destacar que a colaboração<br />
entre humanos e máquinas<br />
será fundamental. Os empregos vão<br />
evoluir à medida que as pessoas trabalhem<br />
lado a lado com a IA, aproveitando<br />
a sua capacidade de análise de<br />
dados e aprendizagem. Sou defensor<br />
da utilização da IA para amplificar a<br />
capacidade produtiva dos colaboradores,<br />
e não para os substituir.<br />
10 EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023
E | N | T | R | E | V | I | S | T | A<br />
Quais as principais oportunidades<br />
para as empresas?<br />
As principais oportunidades para as<br />
empresas na era da IA incluem a melhoria<br />
da eficiência operacional, o aumento<br />
da personalização dos produtos<br />
e serviços para os clientes, a criação de<br />
novos modelos de negócios e a capacidade<br />
de tomar decisões mais informadas<br />
e estratégicas com base em análises<br />
avançadas de dados, que as próprias<br />
empresas já detêm. Assistimos agora<br />
ao surgimento de uma nova geração de<br />
software de gestão para empresas com<br />
integração de Inteligência Artificial<br />
Generativa. Imaginem uma assistente<br />
que vos sistematiza a informação mais<br />
relevante, que vos alerta para situações<br />
que necessitam de actuação da vossa<br />
parte, que vos liberta de tarefas repetitivas<br />
e aborrecidas. Estamos ainda nos<br />
primórdios desta disrupção tecnológica,<br />
pelo que existe muito potencial por<br />
explorar.<br />
A qualificação dos trabalhadores é o<br />
principal desafio?<br />
Sim, a qualificação dos trabalhadores<br />
é um dos principais desafios associados<br />
à IA. À medida que a automação<br />
avança, será crucial que os trabalhadores<br />
adquiram competências relevantes<br />
em áreas tão simples como a famosa<br />
“prompt engineering” que irá permitir<br />
extrair o máximo potencial das ferramentas<br />
de IA generativa, mas também<br />
de componentes mais estruturais como<br />
a ciência de dados, programação e gestão<br />
de projetos de IA. As empresas vão<br />
ASSISTIMOS AGORA AO<br />
SURGIMENTO DE UMA<br />
NOVA GERAÇÃO DE<br />
SOFTWARE DE GESTÃO<br />
PARA EMPRESAS<br />
COM INTEGRAÇÃO<br />
DE INTELIGÊNCIA<br />
ARTIFICIAL GENERATIVA<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023<br />
11
E | N | T | R | E | V | I | S | T | A<br />
desempenhar um papel importante<br />
ao investir na formação<br />
e desenvolvimento dos seus colaboradores<br />
actuais para se adaptarem<br />
às mudanças provocadas pela IA.<br />
Na sua opinião, quais os maiores<br />
perigos que a IA pode representar?<br />
Os maiores perigos de utilizçaão de<br />
IA no nosso dia-a-dia empresarial,<br />
incluem questões de privacidade de<br />
dados, discriminação algorítmica<br />
(bias), dependência excessiva de máquinas<br />
e algoritmos e a possibilidade<br />
de desigualdades crescentes, se não<br />
forem implementadas de forma justa,<br />
equitativa e regulada, um tema<br />
tão na ordem do dia. Também existe<br />
a preocupação de que a IA possa<br />
ser mal utilizada para fins nefastos,<br />
como a disseminação de desinformação<br />
ou ciberataques. Portanto, é<br />
fundamental uma regulamentação<br />
adequada e uma supervisão ética.<br />
Na sua opinião e atendendo às<br />
questões relacionadas com o mundo<br />
digital considera que a privacidade<br />
será um bem escasso?<br />
A privacidade é uma preocupação<br />
legítima no mundo digital, especialmente<br />
à medida que a IA e a recolha<br />
de dados se tornam mais difundidas.<br />
No entanto, a privacidade não precisa<br />
ser um bem escasso. É possível<br />
equilibrar a utilização da IA com a<br />
proteção da privacidade através de<br />
regulamentações adequadas, tecnologias<br />
de anonimização de dados e<br />
práticas transparentes de gestão de<br />
dados. A proteção da privacidade<br />
deve ser uma prioridade tanto para<br />
as empresas como para os governos<br />
e reguladores.<br />
O que é a inteligência artificial e<br />
qual é a sua relação com a inteligência<br />
humana?<br />
A inteligência artificial é um campo<br />
da ciência da computação que se<br />
concentra em criar sistemas e máquinas<br />
capazes de realizar tarefas que<br />
normalmente exigiriam inteligência<br />
humana, como aprendizagem, raciocínio<br />
e resolução de problemas. A<br />
relação com a inteligência humana é<br />
que a IA procura replicar alguns aspetos<br />
do pensamento humano, mas<br />
não é uma substituição completa.<br />
A IA é complementar à inteligência<br />
humana, fornecendo capacidades de<br />
análise de dados e automação, mas<br />
não possui compreensão, emoções<br />
ou intuição como os seres humanos.<br />
Podemos olhar para a tecnologia<br />
como a solução para um futuro<br />
mais sustentável?<br />
A tecnologia, incluindo a IA, pode<br />
desempenhar um papel importante<br />
na busca de um futuro mais sustentável.<br />
Ela pode ser aplicada para<br />
12 EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023
E | N | T | R | E | V | I | S | T | A<br />
A TECNOLOGIA,<br />
INCLUINDO<br />
A IA, PODE<br />
DESEMPENHAR UM<br />
PAPEL IMPORTANTE<br />
NA BUSCA DE UM<br />
FUTURO MAIS<br />
SUSTENTÁVEL. ELA<br />
PODE SER APLICADA<br />
PARA OTIMIZAR O<br />
USO DE RECURSOS,<br />
MELHORAR<br />
A EFICIÊNCIA<br />
ENERGÉTICA,<br />
PREVER E MITIGAR<br />
IMPACTOS<br />
AMBIENTAIS<br />
E PROMOVER<br />
PRÁTICAS<br />
SUSTENTÁVEIS EM<br />
VÁRIOS SETORES<br />
otimizar o uso de recursos, melhorar<br />
a eficiência energética, prever e mitigar<br />
impactos ambientais e promover<br />
práticas sustentáveis em vários<br />
setores. No entanto, é importante<br />
lembrar que a tecnologia, por si só,<br />
não é a solução completa. É necessário<br />
um compromisso global e esforços<br />
coordenados para abordar os<br />
desafios ambientais que se colocam<br />
actualmente.<br />
Concorda com quem diz que nunca<br />
estivemos tão ligados, mas ao mesmo<br />
tempo tão sozinhos?<br />
A afirmação reflete uma realidade<br />
contemporânea interessante. A tecnologia,<br />
incluindo as redes sociais e<br />
a comunicação digital, conectou as<br />
pessoas de forma nunca dantes vista,<br />
permitindo-nos estar em contacto<br />
constante uns com os outros. No<br />
entanto, essa hiperconexão muitas<br />
vezes ocorre à custa de interações<br />
pessoais relevantes.<br />
Logo, é importante encontrar<br />
um equilíbrio saudável entre a conectividade<br />
digital e a interação humana<br />
face a face, para evitar a solidão<br />
e manter relacionamentos<br />
significativos. nhamos os efeitos da<br />
covid muito presentes e teríamos<br />
que transformar completamente a<br />
nossa forma de funcionar. Isso levou-nos<br />
a transformar o nosso congresso<br />
num programa de televisão,<br />
por exemplo, o que fez com que assistissem<br />
cerca de sete mil pessoas<br />
em simultâneo em quase todos as<br />
sessões. Houve ainda que alterar a<br />
Associação completamente e atraír<br />
pessoas com perfis diferentes. Neste<br />
mandato procuramos reforçar ainda<br />
mais esta última transformação que<br />
fizemos.<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023<br />
13
E | N | T | R | E | V | I | S | T | A<br />
«A INOVAÇÃO É UM<br />
PILAR CENTRAL DA<br />
COMPETITIVIDADE<br />
DAS EMPRESAS»<br />
Os últimos anos têm sido<br />
marcados por uma conjuntura<br />
adversa, onde se criou uma<br />
tempestade perfeita que se<br />
arrastou desde a pandemia de<br />
Covid-19 até ao actual contexto<br />
geopolítico adverso e à crise<br />
inflacionária e económica<br />
por António Sarmento<br />
inovação tornou-se a força impulsionadora<br />
por trás do avanço<br />
A<br />
exponencial no sector tecnológico.<br />
A capacidade de inovar surge<br />
assim como um elemento crucial<br />
para impulsionar o progresso e moldar o futuro,<br />
permitindo que as empresas se destaquem num<br />
ambiente altamente dinâmico. Em entrevista,<br />
Sílvia Garcia, Administradora Agência Nacional<br />
de Inovação (ANI), explica o ponto de situação<br />
do sector tecnológico em Portugal no que respeita<br />
à inovação, quais são os principais desafios e<br />
oportunidades para as empresas, e de que forma<br />
se vislumbra o futuro.<br />
14 EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023
E | N | T | R | E | V | I | S | T | A<br />
Como analisa o cenário atual de<br />
inovação no sector tecnológico em<br />
Portugal?<br />
Um artigo recente no jornal Público<br />
dava conta de que, passada a crise da<br />
Troika, a despesa de Portugal em Investigação<br />
& Desenvolvimento (I&D)<br />
nunca mais deixou de crescer, ao<br />
contrário do que sucedeu nos países<br />
do euro e da União Europeia (UE).<br />
Esse mesmo artigo referia que, entre<br />
2009 e 2015, o investimento em euros<br />
por habitante caiu todos os anos,<br />
levando este indicador dos 262 euros<br />
para os 212 euros. Em 2022 registou<br />
uma subida, quer no investimento<br />
em euros por habitante (que chega<br />
aos 399 euros), quer na intensidade<br />
de I&D (em percentagem do Produto<br />
Interno Bruto, PIB): de 1,68% passou<br />
para 1,73%. O Governo executa<br />
hoje menos dinheiro directamente,<br />
mas dá mais apoios aos outros sectores<br />
que fazem I&D.<br />
Nos próximos tempos, só com<br />
o Plano de Recuperação e Resiliência<br />
(PRR), que dura até 2026, espera-se<br />
uma subida significativa do<br />
financiamento público. Só os subsídios<br />
às agendas mobilizadoras equivalem<br />
a 1,1% do PIB de 2022.<br />
Posto isto, penso que a inovação<br />
no sector tecnológico em Portugal<br />
tem evoluído no sentido de deixar de<br />
ser um arrojo, para passar a ser um<br />
‘must’ ou ‘should have’ que, no tecido<br />
empresarial, começa pelo papel<br />
essencial do conhecimento, da investigação<br />
técnica e científica. Rapidamente<br />
se tem percebido que é algo<br />
imprescindível para a entidade continuar<br />
a ser competitiva no mercado.<br />
A inovação é um pilar central da<br />
competitividade da economia nacional<br />
e das empresas, quer através dos<br />
factores de contexto – talento, infraestruturas,<br />
sistemas de incentivos<br />
– quer das competências e processos<br />
internos de gestão, maturidade<br />
tecnológica, relações com o sistema<br />
científico.<br />
Exemplos:<br />
• Por exemplo, Portugal tem hoje<br />
31 centros de tecnologia e inovação<br />
de norte a sul do país. Os centros<br />
de tecnologia e inovação são<br />
os sucessores dos centros tecnológicos<br />
e dos centros de interface,<br />
e dedicam-se à produção, difusão<br />
e transmissão de conhecimento,<br />
orientado para as empresas e para<br />
a criação de valor económico, contribuindo<br />
para a prossecução de<br />
objectivos de política pública;<br />
• Outro projecto interessante<br />
são as Zonas Livres Tecnológicas,<br />
aprovadas recentemente por<br />
Decreto-Lei, com intuito de regular<br />
a promoção da inovação<br />
de base tecnológica. De acordo<br />
com Governo, constitui um passo<br />
decisivo para potenciar a inovação<br />
e convergir para o objectivo<br />
de criação de valor acrescentado<br />
para sociedade , permitindo acelerar<br />
os processos de investigação,<br />
demonstração e testes no país e,<br />
consequentemente, a sua competitividade<br />
e atractividade para projectos<br />
de investigação e inovação.<br />
Quais são os principais desafios<br />
e oportunidades para empresas<br />
inovadoras no país no sector da<br />
tecnologia?<br />
É muito importante que a inovação<br />
seja cada vez mais entendida como<br />
um investimento. Para tal, é importante<br />
incentivar novas competências<br />
científicas e a aceitação de novas tecnologias,<br />
algo que requer o compromisso<br />
de todos: governo, indústrias,<br />
empresas, escolas e universidades.<br />
Apesar da nossa estrutura industrial<br />
ser constituída por um conjunto<br />
de sectores ditos “tradicionais”, estes<br />
apresentam níveis de inovação muito<br />
elevados: indústrias do calçado, dos<br />
têxteis, dos moldes. No fundo, podemos<br />
dizer que estes sectores são<br />
agentes de inovação e de promoção<br />
da inovação. O sistema científico e<br />
as empresas têm de estabelecer relações<br />
mais estruturais, sistémicas e<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023<br />
15
E | N | T | R | E | V | I | S | T | A<br />
sistemáticas e é aqui que a ANI tem<br />
concentrado os seus esforços.<br />
A tecnologia e a inovação garantem<br />
novas possibilidades e perspectivas<br />
às empresas, permitindo-lhes<br />
agir num mercado cada vez mais global.<br />
A tecnologia traz novas possibilidades<br />
e perspectivas, possibilita-nos<br />
sair de um mercado mais reduzido<br />
para uma realidade internacional<br />
e procurar novas soluções para os<br />
desafios.<br />
A transformação das empresas<br />
deve passar pela criação de novos<br />
produtos e serviços, garantindo um<br />
acompanhamento das inovações tecnológicas<br />
e novas necessidades do<br />
mercado.<br />
Dou o exemplo de algumas oportunidades<br />
via ANI:<br />
• O BfK Awards é uma distinção<br />
que se associa a outros parceiros,<br />
onde distinguimos start-ups ‘nascidas<br />
do conhecimento’ científico<br />
e/ou tecnológico num estado mais<br />
avançado. Para além do BfK –<br />
Born from Knowledge, a ANI e a<br />
Portugal Ventures têm a Call IN-<br />
NOV-ID, para financiar start-ups<br />
tecnológicas em fases de pre seed,<br />
seed ou early stage. Finalmente,<br />
ao nível do Horizonte Europa, a<br />
ANI promove o Pilar 3 dedicado<br />
às empresas e ao empreendedorismo,<br />
com programas como o EIC<br />
Accelerator, EIC Pathfinder e EIC<br />
Transitions, bem como o EIT –<br />
European Institute of Technology;<br />
• Através do SIFIDE - Sistema de<br />
Incentivos Fiscais à Investigação e<br />
ao Desenvolvimento Empresarial<br />
e do reconhecimento de idoneidade,<br />
a ANI possibilita que fundos<br />
de investimento elegíveis possam<br />
investir em empresas e start-ups<br />
que façam I&DT. Actualmente,<br />
estes fundos já angariaram 1,6<br />
A INOVAÇÃO<br />
NO SECTOR<br />
TECNOLÓGICO<br />
EM PORTUGAL<br />
TEM EVOLUÍDO<br />
NO SENTIDO DE<br />
DEIXAR DE SER<br />
UM ARROJO, PARA<br />
PASSAR A SER UM<br />
‘MUST’ OU ‘SHOULD<br />
HAVE’<br />
mil milhões de euros, sendo que<br />
1,3 mil milhões ainda estão disponíveis<br />
para serem investidos em<br />
empresas com atividade em Investigação<br />
& Desenvolvimento Tecnológico<br />
reconhecida pela ANI.<br />
É missão da ANI continuar a<br />
apostar em iniciativas e instrumentos<br />
que apoiem a transferência de<br />
conhecimento e inovação de base<br />
científica e tecnológica de excelência,<br />
através de parcerias colaborativas de<br />
sucesso, que acelerem e disseminem<br />
a inovação em Portugal.<br />
Qual a sua opinião sobre o cenário<br />
geral da adoção de tecnologias<br />
inovadoras como IA, 5G, blockchain,<br />
por parte das empresas<br />
portuguesas?<br />
As empresas denominadas Deep<br />
Tech, cujos negócios são baseados<br />
em Investigação & Desenvolvimento<br />
e na aplicação de tecnologias avançadas<br />
e inovadoras são uma oportunidade<br />
de excelência para gerar inovação<br />
disruptiva e reter e atrair talento.<br />
Estes tipos de empresas têm-se<br />
tornado bastante evidentes ao público<br />
nos últimos tempos. Seja na<br />
contribuição direta no combate à<br />
pandemia, ou de forma indireta possibilitando<br />
a transformação digital<br />
de inúmeros negócios e segmentos.<br />
16 EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023
E | N | T | R | E | V | I | S | T | A<br />
De destacar, por exemplo, a capacidade<br />
que as entidades de I&D em<br />
Portugal e as empresas vêm demonstrando<br />
de participar e até coordenar<br />
projetos de inovação verdadeiramente<br />
Deep tech à escala mundial.<br />
Contudo as start-ups Deep tech<br />
muitas vezes debatem-se com problemas<br />
de captação de financiamento,<br />
principalmente na fase de<br />
pree-seed (numa fase de maturidade<br />
tecnológica ainda relativamente<br />
baixa, por exemplo em prova de conceito<br />
ou protótipo), uma vez que os<br />
seus projectos podem exigir investimentos<br />
significativos com resultados<br />
incertos. No entanto, quando bem-<br />
-sucedidas, estas inovações podem<br />
ter um impacto profundo e duradouro<br />
em vários aspectos das nossas vidas<br />
e da economia global.<br />
Esta oportunidade foi reconhecida<br />
a nível europeu com a criação<br />
do programa EIC Accelerator, com<br />
um orçamento de 10 mil milhões de<br />
euros, exclusivamente dedicado a<br />
apoiar projectos disruptivos de Deep<br />
Tech.<br />
As empresas nacionais com tecnologias<br />
disruptivas já conseguiram<br />
captar 76,6 milhões de euros para<br />
empresas no EIC (European Innovation<br />
Council). Este é o instrumento<br />
lançado em 2021 para apoiar as<br />
mais revolucionárias tecnologias no<br />
âmbito do programa de investigação<br />
e inovação Horizonte Europa.<br />
Como vê o futuro da inovação no<br />
sector de tecnologia em Portugal<br />
nos próximos anos?<br />
É fundamental que a ciência, a tecnologia<br />
e a inovação estejam presentes<br />
nas escolas e no espaço público.<br />
Conectar a investigação aplicada<br />
e o desenvolvimento tecnológico<br />
com o tecido empresarial é fundamental<br />
não só para promover a<br />
transferência de tecnologia e a inovação,<br />
mas também para fomentar<br />
a qualificação da oferta empresarial<br />
também ao nível de recursos humanos,<br />
expansão para novos mercados,<br />
potenciando a internacionalização<br />
da economia nacional e a sua<br />
competitividade.<br />
Portugal tem em frente inúmeros<br />
desafios, não só do ponto de vista<br />
económico, como do ponto de vista<br />
social e demográfico, no sentido de<br />
relançar a economia.<br />
A inovação pode ser a chave para<br />
promover estas alterações, retendo<br />
talento e permitindo o aumento da<br />
competitividade das empresas, nomeadamente<br />
ao nível do desenvolvimento<br />
de produtos e serviços diferenciados<br />
de alto valor acrescentado,<br />
mas também de captação e retenção<br />
de talento..<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023<br />
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S | U | S | T | E | N | T | A | B | I | L | I | D | A | D | E<br />
COMO A TECNOLOGIA<br />
PODE MOLDAR UM<br />
FUTURO MAIS VERDE<br />
Num cenário onde a evolução tecnológica é a norma, a necessidade de<br />
equacionar o progresso com práticas ambientalmente responsáveis<br />
torna-se imprescindível. A tecnologia tem-se assumido como um<br />
agente primordial no âmbito da sustentabilidade, tornando-se uma<br />
aliada fundamental para as organizações que procuram cumprir com<br />
as metas ambientais.<br />
POR ANDRÉ MANUEL MENDES<br />
"<br />
Um futuro sustentável exige acções coletivas, uma liderança<br />
mais ousada e tecnologias mais inteligentes.<br />
É necessário que as empresas se adaptem a esta realidade,<br />
em constante mutação, e iniciem mudanças audazes,<br />
de forma a desempenharem um papel nesta construção»,<br />
considera Cristina Castanheira Rodrigues, Administradora-Delegada da<br />
Capgemini Portugal.<br />
A executiva acredita que isto pode ser alcançável mudando as mentalidades,<br />
adoptando novos modelos de negócio e novas formas de trabalhar,<br />
reduzindo ao máximo o seu impacto ambiental. Ao fazerem-no, desenvolvem<br />
também novas vantagens competitivas e fortalecem a sua resiliência<br />
organizacional.<br />
Aqui, a tecnologia desempenha um papel crucial na promoção de práticas<br />
mais sustentáveis nas organizações, e deixa alguns exemplos em diferentes<br />
áreas e sectores de atividade.<br />
• Monitorização e gestão de recursos: Ao recorrerem a sistemas de<br />
monitorização e a sensores inteligentes, as empresas podem acompanhar<br />
e ajustar a utilização que fazem dos recursos, nomeadamente da<br />
energia, da água e das matérias-primas; identificar e prevenir eventuais<br />
desperdícios; e optimizar os seus consumos;<br />
• Energias renováveis e armazenamento: Por exemplo, a tecnologia<br />
está a ser utilizada para capturar, armazenar<br />
e distribuir energia renovável proveniente<br />
de painéis solares e de turbinas eólicas;<br />
• Gestão da cadeia de abastecimento: A<br />
tecnologia é utilizada para rastrear produtos<br />
e fornecimentos ao longo de toda a cadeia<br />
de abastecimento, desde a produção<br />
até à entrega. Desta forma, as empresas podem<br />
reduzir os desperdícios, optimizar as<br />
rotas de transporte e aumentar os níveis de<br />
transparência das práticas sustentáveis nas<br />
áreas de produção e de logística dos seus<br />
fornecedores;<br />
• Eficiência energética: A Internet das<br />
Coisas (IoT) é utilizada para criar edifícios<br />
e fábricas energeticamente mais eficientes.<br />
Sensores e sistemas de automação ajustam<br />
o consumo de energia em tempo real com<br />
base nos dados, garantindo um consumo<br />
mais eficaz;<br />
18 EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023
S | U | S | T | E | N | T | A | B | I | L | I | D | A | D | E<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023<br />
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S | U | S | T | E | N | T | A | B | I | L | I | D | A | D | E<br />
• Mobilidade sustentável: A<br />
tecnologia desempenha um papel<br />
fundamental na promoção da<br />
mobilidade sustentável, nomeadamente<br />
através da criação de aplicações<br />
de partilha de automóveis, de<br />
sistemas de partilha de bicicletas,<br />
de veículos elétricos e, até mesmo,<br />
com o desenvolvimento de carros<br />
autónomos, que podem ser mais<br />
eficientes tanto a nível de consumo<br />
de combustível, como de redução<br />
do tráfego;<br />
• Gestão de resíduos: Sistemas<br />
de informação e rastreamento são<br />
utilizados para gerir os resíduos<br />
de forma mais eficaz, incluindo os<br />
processos de reciclagem e de recolha<br />
selectiva;<br />
• Data Analytics e IA: A análise de<br />
dados e a inteligência artificial são<br />
utilizadas para identificar recursos<br />
e oportunidades na economia circular,<br />
prever a procura e otimizar<br />
processos, contribuindo assim para<br />
a adoção e implementação de práticas<br />
mais sustentáveis;<br />
• Blockchain: A tecnologia de<br />
blockchain é utilizada para criar<br />
sistemas de rastreabilidade e certificação<br />
de produtos. Práticas fundamentais<br />
para a transparência<br />
nas cadeias de abastecimento, especialmente<br />
no que diz respeito aos<br />
produtos orgânicos e ao comércio<br />
justo;<br />
• Comunicação e consciencialização:<br />
As redes sociais e as plataformas<br />
online são utilizadas para<br />
consciencializar colaboradores,<br />
parceiros de negócio, clientes e<br />
consumidores, sobre as questões da<br />
sustentabilidade e sobre práticas de<br />
negócio mais responsáveis.<br />
Por sua vez, João Caldas, Head of<br />
OutSystems Global Partnership da<br />
Devoteam, considera que «as possíveis<br />
aplicações de tecnologia são vastíssimas,<br />
pelo que podemos falar de<br />
tecnologia que afeta directamente as<br />
«UM FUTURO<br />
SUSTENTÁVEL EXIGE<br />
ACÇÕES COLETIVAS,<br />
UMA LIDERANÇA MAIS<br />
OUSADA E TECNOLOGIAS<br />
MAIS INTELIGENTES.<br />
É NECESSÁRIO QUE AS<br />
EMPRESAS SE ADAPTEM<br />
A ESTA REALIDADE»<br />
CRISTINA CASTANHEIRA RODRIGUES,<br />
ADMINISTRADORA-DELEGADA DA CAPGEMINI<br />
PORTUGAL.<br />
dinâmicas de operação (transportes,<br />
recursos, cultura) ou tecnologia de<br />
gestão de iniciativas e práticas de sustentabilidade<br />
(soluções de software,<br />
analítica de dados, etc).»<br />
O responsável destaca que temos<br />
exemplos concretos de soluções<br />
adotadas em grande escala, como os<br />
sistemas de automação e medidores<br />
inteligentes, que permitem que as empresas<br />
ajustem os seus processos para<br />
se tornarem mais eficientes em termos<br />
energéticos e de utilização de recursos,<br />
ou a análise de dados na identificação<br />
de áreas de melhoria e rastreamento<br />
do progresso em direCção às metas de<br />
sustentabilidade estabelecidas, permitem-nos<br />
chegar a uma tomada de<br />
decisões mais informada e sustentada<br />
em dados concretos.<br />
Rui Duro, Country Manager da<br />
Check Point Software Technologies<br />
em Portugal, destaca os resultados do<br />
relatório ‘Environmental, Social and<br />
Governance (ESG)’, relativo a 2022,<br />
que destaca o esforço da empresa para<br />
salvaguardar o mundo digital e físico<br />
através de um cálculo e gestão precisos<br />
das emissões de carbono em todas as<br />
funções de escritório, ciclos de vida dos<br />
produtos e cadeia de abastecimento.<br />
«Estamos conscientes de que os<br />
nossos produtos de hardware, serviços<br />
relacionados e instalações têm<br />
impacto no ambiente. Neste contexto,<br />
concentramo-nos e esforçamo-nos<br />
continuamente na investigação e no<br />
desenvolvimento de soluções ecológicas<br />
que privilegiem a elevada qualidade,<br />
o desempenho de topo e a eficácia<br />
20 EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023
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???<br />
L????<br />
em termos de custos», explica.<br />
Já Leyre Merino, Communication<br />
& PR Leader Iberia Global Marketing<br />
da Schneider Electric, destaca alguns<br />
exemplos de como a tecnologia está ao<br />
serviço da sustentabilidade.<br />
Entre eles está a monitorização<br />
e gestão de energia, em tempo real,<br />
que permitem às organizações recolher<br />
dados sobre o consumo de energia<br />
e optimizar a sua utilização; a automatização<br />
e controlo inteligente,<br />
que permitem uma gestão eficiente<br />
dos recursos energéticos e melhoram<br />
a eficiência operacional; a capacidade<br />
da tecnologia facilitar a adoção de<br />
fontes de energia renovável; a análise<br />
e otimização de dados que permitem<br />
identificar padrões de consumo,<br />
prever tendências e tomar decisões<br />
mais informadas; e ainda o facto de<br />
a tecnologia ter permitido o desenvolvimento<br />
de soluções de mobilidade<br />
sustentável, como os veículos<br />
eléctricos e os sistemas de transporte<br />
partilhado.<br />
Economia mais verde e circular<br />
Leyre Merino continua a sublinhar que<br />
«a tecnologia pode facilitar a transição<br />
para uma economia mais verde e circular»,<br />
dando exemplos como a utilização<br />
de plataformas digitais, a análise avançada,<br />
a realidade virtual aumentada, os<br />
sistemas de Gestão de energia ou a inovação<br />
aplicada a produtos e soluções.<br />
Já Cristina Castanheira Rodrigues,<br />
explica que a «tecnologia desempenha<br />
um papel crucial na transição para uma<br />
economia mais verde e circular e já<br />
existem muitas áreas onde são visíveis<br />
os seus resultados. Seja através do rastreamento<br />
de produtos - identificando<br />
toda a cadeia de abastecimento desde<br />
a origem ao consumo, seja através da<br />
utilização de sensores para otimizar recursos,<br />
ou ainda através da inteligência<br />
artificial e respetiva análise de dados -<br />
otimizando processos de produção, de<br />
logística e de distribuição».<br />
Para além disso, a economia de<br />
partilha e as plataformas de comércio<br />
eletrónico que promovem a compra de<br />
produtos usados ou que contribuem<br />
para prolongar a vida útil dos produtos,<br />
reduzindo assim o seu desperdício, podem<br />
ser outras formas de impulsionar<br />
a economia circular e estimular a sustentabilidade.<br />
Neste âmbito, têm ainda um papel<br />
fundamental a impressão 3D, a reciclagem<br />
avançada, a energia renovável<br />
e o seu respetivo armazenamento, o<br />
desenvolvimento de baterias eficientes,<br />
as plataformas de troca de resíduos, a<br />
educação online e a modelagem computacional.<br />
João Caldas alerta, por sua vez que a<br />
natureza da tecnologia não deverá contribuir<br />
negativamente para o contexto e<br />
objectivos a atingir, caso contrário poderemos<br />
estar a gerar uma falsa sensação<br />
de realização, quando na realidade<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023<br />
21
S | U | S | T | E | N | T | A | B | I | L | I | D | A | D | E<br />
estamos a piorar a situação na balança<br />
de sustentabilidade.<br />
«Tendo isto em consideração, podemos<br />
então aplicar vários tipos de<br />
tecnologia e inovação tecnológica com<br />
vista a tornar a economia mais verde e<br />
circular. Um bom exemplo disso é a reciclagem<br />
de muitos tipos de material. O<br />
processo de reciclagem poderá envolver<br />
múltiplas tecnologias combinadas, desde<br />
industriais a software», explica.<br />
«A educação e a consciencialização<br />
também são muito importantes»,<br />
explica Rui Duro, sublinhando que na<br />
Check Point usam a tecnologia para<br />
ensinar os funcionários, consumidores<br />
e fornecedores a importância do tema<br />
e da utilização de práticas sustentáveis.<br />
IA e IoT ao serviço<br />
A integração de tecnologias como a Internet<br />
das Coisas (IoT) e a Inteligência<br />
Artificial (IA) tem um impacto significativo<br />
na promoção de práticas sustentáveis<br />
nas empresas.<br />
A Administradora-Delegada da Capgemini<br />
Portugal explica que a IoT permite<br />
a recolha de dados em tempo real a partir<br />
de várias fontes, tais como sensores<br />
em máquinas e edifícios, enquanto a IA<br />
pode analisar esses mesmos dados de<br />
forma eficiente.<br />
«Estas tecnologias em conjunto,<br />
desempenham um papel fundamental<br />
na otimização da utilização dos recursos<br />
(energia, água e outros materiais),<br />
possibilitando a redução do desperdício<br />
e dos custos operacionais», sublinha,<br />
acrescentando que estas tecnologias<br />
podem ter outras aplicações<br />
como a gestão inteligente de resíduos;<br />
o transporte sustentável através da<br />
monitorização das frotas e do planeamento<br />
de rotas mais eficientes; a<br />
agricultura de precisão que optimiza a<br />
utilização dos recursos; e a gestão da<br />
cadeia de abastecimento sustentável,<br />
com o rastreamento em tempo real e a<br />
identificação de oportunidades de redução<br />
dos resíduos.<br />
O Country Manager da Check Point<br />
Software Na Check Point acrescenta<br />
ainda que a integração destas também<br />
tem um enorme potencial para contribuir<br />
positivamente no âmbito da sustentabilidade<br />
e impacto ambiental.<br />
«A integração da IoT e da IA permite<br />
reunir dados sem precedentes sobre o<br />
ambiente e o comportamento humano.<br />
Quando processados e analisados por<br />
algoritmos de IA, esses dados podem ser<br />
usados para otimizar sistemas, economizar<br />
recursos e proteger o meio ambiente<br />
de maneiras que eram impossíveis anteriormente.<br />
Contudo, é crucial usar essas<br />
tecnologias de forma responsável, garantindo<br />
privacidade, segurança e considerando<br />
sempre o impacto ambiental<br />
da própria tecnologia», explica.<br />
«A INTEGRAÇÃO DA<br />
IOT E DA IA PERMITE<br />
REUNIR DADOS<br />
SEM PRECEDENTES<br />
SOBRE O<br />
AMBIENTE E O<br />
COMPORTAMENTO<br />
HUMANO»<br />
RUI DURO, COUNTRY MANAGER<br />
DA CHECK POINT SOFTWARE<br />
TECHNOLOGIES EM PORTUGAL<br />
22 EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023
S | U | S | T | E | N | T | A | B | I | L | I | D | A | D | E<br />
Na Schneider Electric, acreditam<br />
que a integração da IoT e da IA pode<br />
ajudar a impulsionar a sustentabilidade,<br />
melhorando a eficiência energética, a<br />
gestão de recursos, a manutenção preditiva<br />
e a otimização da cadeia de abastecimento,<br />
permitindo a optimização da<br />
eficiência energética, a gestão inteligente<br />
dos recursos, a utilização de manutenção<br />
preditiva e a otimização da cadeia de<br />
fornecimento.<br />
Por sua vez, João Caldas, da Devoteam,<br />
sublinha ainda que «o objetivo<br />
das organizações é criar oportunidades<br />
e soluções para um contexto sustentável,<br />
e para isso poderão utilizar esta informação<br />
para a tomada de decisões e o<br />
suporte a estratégias, de forma a atingir<br />
os objetivos pretendidos».<br />
Líderes “verdes”<br />
E qual o papel das lideranças? “As lideranças<br />
desempenham um papel crucial<br />
na promoção da sustentabilidade nas organizações.<br />
São elas que têm a capacidade<br />
de influenciar a cultura corporativa, de<br />
estabelecer metas e direcionar os esforços<br />
de toda a empresa em direção a práticas,<br />
processos e resultados mais sustentáveis”,<br />
considera Cristina Castanheira Rodrigues.<br />
A Administradora-Delegada da Capgemini<br />
Portugal, explica que tudo começa<br />
com a definição de uma visão clara<br />
sobre a sustentabilidade e o desenvolvimento<br />
de uma estratégia para a alcançar,<br />
passando pelo estabelecimento de metas<br />
específicas e mensuráveis relacionadas<br />
com a sustentabilidade a criação indicadores<br />
de desempenho para acompanhar<br />
o seu progresso. Os líderes devem promover<br />
a consciencialização sobre questões<br />
relacionadas com a sustentabilidade<br />
e a integração da sustentabilidade na cultura<br />
corporativa.<br />
João Caldas reafirma estas ideias e<br />
sublinha que os líderes se devem «envolver<br />
emocionalmente com as ambições e<br />
as necessidades, ao invés de se relacionarem<br />
com o tema de forma puramente<br />
quantitativa, ou seja, como se fosse apenas<br />
mais um KPI a cumprir».<br />
Para tal, destaca a importância de<br />
definir uma visão sustentável, integrar a<br />
sustentabilidade na estratégia das organizações,<br />
incentivar a inovação sustentável,<br />
comunicar e envolver e monitorizar<br />
o cumprimento de metas.<br />
Já Rui Duro termina a afirmar que<br />
«as lideranças desempenham um papel<br />
essencial na promoção da sustentabilidade<br />
nas organizações, moldando a<br />
cultura, definindo metas e estratégias,<br />
tomando decisões alinhadas com a sustentabilidade<br />
e servindo como modelos<br />
para os outros. Se os líderes demonstrarem<br />
um forte compromisso com a sustentabilidade,<br />
isso geralmente influenciará<br />
positivamente o compromisso de<br />
toda a organização com práticas mais<br />
sustentáveis».<br />
Neste cenário, a tecnologia e a sustentabilidade<br />
formam uma aliança crucial<br />
para moldar um futuro mais equilibrado<br />
e resiliente. À medida que avançamos em<br />
direção a uma era cada vez mais digital, é<br />
imperativo que aproveitemos o poder da<br />
inovação tecnológica para impulsionar<br />
práticas sustentáveis.<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023<br />
23
E | N | T | R | E | V | I | S | T | A<br />
«GESTÃO DE RISCO<br />
TECNOLÓGICO É COMPONENTE<br />
CRÍTICO PARA GARANTIR A<br />
SEGURANÇA DOS NEGÓCIOS»<br />
por António Sarmento<br />
s organizações podem desenvolver uma abordagem abrangente<br />
para a gestão de risco tecnológico, fortalecendo a segurança<br />
A<br />
e a resiliência num ambiente digital cada vez mais dinâmico. Nesta<br />
entrevista à Executive Digest, Eduardo Cruz, docente do ISEC Lisboa<br />
(Instituto Superior de Educação e Ciências de Lisboa), e coordenador<br />
do núcleo de apoio à informática, sublinha a importância de uma estratégica<br />
de cibersegurança.<br />
Atendendo ao actual contexto político e económico em que vivemos, qual a<br />
importância da Cibersegurança para as diversas instituições?<br />
No atual contexto político e económico, a cibersegurança deve ser uma preocupação<br />
crucial. As instituições, sejam elas governamentais, empresariais ou outras,<br />
dependem cada vez mais da tecnologia da informação para conduzir operações,<br />
armazenar dados sensíveis e facilitar a comunicação. Nesse cenário, a sua importância<br />
é significativa e abrange áreas diversas, que se estendem da proteção<br />
de dados sensíveis e da privacidade, à resiliência e garantia da continuidade das<br />
operações, pela adoção de práticas de cibersegurança proativas para proteção de<br />
ativos e infraestruturas críticas e manutenção da confiança do público.<br />
Quais os principais problemas das organizações na adopção de soluções de<br />
segurança?<br />
A implementação eficaz de soluções de segurança pode ser desafiadora para as<br />
organizações que enfrentam um conjunto de fatores na adoção de soluções de<br />
segurança.<br />
Desde logo, um custo financeiro<br />
elevado. Muitas soluções de segurança<br />
eficazes podem ser caras, incluindo<br />
a aquisição de software e hardware<br />
especializados, treino de pessoal<br />
e manutenção contínua. O custo<br />
associado à implementação e manutenção<br />
dessas soluções pode ser um<br />
impedimento para as empresas, especialmente<br />
as de menor dimensão.<br />
Também a complexidade tecnológica,<br />
pois, à medida que as soluções<br />
de segurança evoluem para enfrentar<br />
ameaças cada vez mais sofisticadas,<br />
a complexidade tecnológica também<br />
aumenta. Integrar e gerir diferentes<br />
ferramentas de segurança pode ser<br />
desafiador, especialmente para organizações<br />
com recursos limitados em<br />
termos de pessoal de TI qualificado.<br />
Outra questão é a falta de pessoal<br />
qualificado. A procura por profissionais<br />
de segurança qualificados supera<br />
largamente a oferta, o que torna<br />
difícil para as organizações encontrar<br />
e reter especialistas em segurança<br />
cibernética.<br />
A falta de consciencialização e<br />
formação é outro aspeto a considerar,<br />
pois a segurança cibernética<br />
exige uma mudança cultural e uma<br />
compreensão profunda das práticas<br />
de segurança por parte de todos os<br />
24 EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023
E | N | T | R | E | V | I | S | T | A<br />
funcionários. Bem como a menor<br />
atenção em relação às ameaças cibernéticas<br />
e a ausência de formação<br />
adequada, que resulta em comportamentos<br />
de risco e torna as organizações<br />
mais vulneráveis.<br />
Atenção, também, aos desafios de<br />
conformidade. Isto, pois em vários<br />
setores as organizações enfrentam<br />
regulamentações rigorosas relacionadas<br />
com a segurança cibernética.<br />
E garantir a conformidade com essas<br />
normas pode ser uma tarefa complexa<br />
e onerosa.<br />
Outros aspetos que é fundamental<br />
considerar prendem-se com falhas<br />
na comunicação interna, pois<br />
uma comunicação eficaz sobre questões<br />
de segurança é fundamental. A<br />
sua inexistência pode resultar em<br />
atrasos na resposta a incidentes e<br />
na mitigação de ameaças. Tal como<br />
a inexistência de uma estratégia de<br />
segurança integrada. Verifica-se que<br />
muitas organizações adotam soluções<br />
de segurança de forma fragmentada,<br />
sem uma estratégia integrada,<br />
propiciadora de lacunas de<br />
segurança, já que as diferentes ferramentas<br />
podem não estar alinhadas e<br />
coordenadas para fornecer uma defesa<br />
abrangente.<br />
Por fim, levantam-se desafios na<br />
implementação de políticas de segurança.<br />
A criação de políticas de segurança<br />
eficazes e a implementação<br />
adequada são aspetos críticos. No<br />
entanto, muitas organizações enfrentam<br />
dificuldades nesses processos.<br />
Para superar todos os desafios que<br />
elenquei, as organizações devem<br />
adotar uma abordagem abrangente,<br />
que envolva investimento em tecnologia,<br />
formação dos colaboradores,<br />
criação de políticas eficazes e adoção<br />
de uma cultura organizacional que<br />
valorize a segurança cibernética.<br />
Como podemos lidar e potenciar a<br />
Proteção de Dados Pessoais, face<br />
a um mundo cibernético onde os<br />
nossos dados podem estar à disposição<br />
de qualquer pessoa?<br />
A proteção de dados pessoais é, e<br />
deve continuar a ser, uma preocupação<br />
fundamental num mundo cada<br />
vez mais cibernético.<br />
Um ponto fundamental consiste<br />
na educação. Educar sobre a importância<br />
da proteção de dados pessoais<br />
e alertar as pessoas sobre as ameaças<br />
cibernéticas, práticas seguras e a valorização<br />
da privacidade, é essencial<br />
para o desenvolvimento de estratégias<br />
pessoais de defesa eficazes.<br />
As pessoas deverão estar conscientes<br />
para a recolha de dados pessoais,<br />
fornecendo apenas a informação<br />
estritamente necessária para o<br />
propósito pretendido, e assim reduzir<br />
o risco em caso de violação.<br />
Do lado das organizações, estas<br />
devem desenvolver políticas de privacidade<br />
claras e transparentes, informando<br />
os utilizadores sobre como<br />
os seus dados serão recolhidos, usados<br />
e armazenados, para assim adotar<br />
a abordagem de "privacidade por<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023<br />
25
E | N | T | R | E | V | I | S | T | A<br />
design", ao integrar considerações de<br />
privacidade desde o início do desenvolvimento<br />
de sistemas e serviços.<br />
Mas, também, pela implementação<br />
de medidas de segurança robustas<br />
(com foco na gestão de acessos, criptografia,<br />
firewalls e sistemas de deteção<br />
de intrusos), para proteger os<br />
dados pessoais contra acessos não<br />
autorizados, e monitorização ativa,<br />
para identificar comportamentos<br />
suspeitos e responder rapidamente a<br />
possíveis violações de dados.<br />
De que forma deve ser implementada<br />
e desenvolvida a Gestão de<br />
Risco Tecnológico?<br />
A gestão de risco tecnológico é um<br />
componente crítico para garantir a<br />
segurança e a continuidade dos negócios<br />
em ambiente digital, e a sua<br />
implementação deve seguir um ciclo<br />
que contempla sete etapas:<br />
A identificação e classificação de<br />
todos os ativos tecnológicos e avaliação<br />
de riscos, para reconhecer ameaças<br />
potenciais, vulnerabilidades e<br />
o impacto de possíveis incidentes.<br />
Análise de riscos, para compreender<br />
a probabilidade e impacto de cada<br />
risco, e priorização, com base na sua<br />
capacidade crítica e na probabilidade<br />
de ocorrência. Desenvolvimento<br />
de estratégias de mitigação para os<br />
riscos identificados, pela definição<br />
de políticas, procedimentos e tecnologias<br />
específicas. Implementação de<br />
controles e medidas de segurança, a<br />
nível tecnológico e de procedimentos<br />
e processos. Monitorização contínua,<br />
para identificar e responder rapidamente<br />
a atividades suspeitas, e realização<br />
de avaliações regulares da postura<br />
de segurança, com um ajuste das<br />
estratégias de mitigação conforme<br />
necessário. Elaboração de planos de<br />
resposta a incidentes e treino, para<br />
garantir que a equipa está preparada<br />
para lidar com possíveis eventos de<br />
segurança. A revisão regular do ciclo<br />
de gestão do risco, de forma a garantir<br />
que permaneça alinhado com as<br />
mudanças na tecnologia e nas ameaças,<br />
e identificação de oportunidades<br />
de melhoria contínua, com base nas<br />
lições aprendidas em incidentes de<br />
segurança e em avaliações de risco.<br />
Ao seguir estas etapas, as organizações<br />
podem desenvolver uma abordagem<br />
abrangente para a gestão de<br />
risco tecnológico, fortalecendo a segurança<br />
e a resiliência num ambiente<br />
digital cada vez mais dinâmico.<br />
Qual o papel da Cibersegurança<br />
para a Segurança Nacional?<br />
Quais os pontos fortes e principais<br />
desafios?<br />
A cibersegurança desempenha um<br />
papel crítico na garantia da segurança<br />
nacional, sendo essencial para<br />
proteger as infraestruturas críticas<br />
de um país, como energia, transporte,<br />
saúde e serviços financeiros.<br />
Mas também em resposta a ataques<br />
cibernéticos que podem ter impactos<br />
devastadores na segurança e na<br />
economia. Ataques que podem ser<br />
provenientes de atores estatais e<br />
não estatais, incluindo espionagem<br />
cibernética, ataques de negação de<br />
serviço, sabotagem e outros tipos de<br />
atividades maliciosas.<br />
A segurança nacional depende<br />
da integridade das comunicações e<br />
dos dados. A cibersegurança ajuda a<br />
garantir que as informações críticas<br />
não são comprometidas ou manipuladas<br />
por adversários. Desempenha<br />
um papel fundamental na promoção<br />
da cooperação internacional<br />
para combater ameaças cibernéticas<br />
transnacionais, enquanto promove a<br />
inovação.<br />
Os principais desafios que enfrenta<br />
prendem-se com a constante<br />
evolução das ameaças cibernéticas, o<br />
que torna desafiador antecipar e proteger<br />
contra-ataques cada vez mais<br />
sofisticados, por vezes, patrocinados<br />
por Estados, que representam uma<br />
ameaça significativa. A convergência<br />
de ameaças cibernéticas, físicas<br />
e informacionais, complica<br />
a defesa, o que exige abordagens<br />
multidimensionais.<br />
As infraestruturas críticas, muitas<br />
projetadas antes da ameaça cibernética<br />
ser tão proeminente, são<br />
alvos atrativos para adversários cibernéticos.<br />
Garantir a resiliência e<br />
a continuidade das operações diante<br />
de ataques cibernéticos é um desafio,<br />
especialmente, quando os sistemas<br />
26 EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023
E | N | T | R | E | V | I | S | T | A<br />
A IMPLEMENTAÇÃO<br />
EFICAZ DE<br />
SOLUÇÕES DE<br />
SEGURANÇA PODE<br />
SER DESAFIADORA<br />
PARA AS<br />
ORGANIZAÇÕES<br />
QUE ENFRENTAM<br />
UM CONJUNTO<br />
DE FATORES<br />
NA ADOÇÃO DE<br />
SOLUÇÕES DE<br />
SEGURANÇA.<br />
essenciais podem ser interconectados<br />
e interdependentes.<br />
Por outro lado, encontrar um equilíbrio<br />
entre a necessidade de segurança<br />
nacional e a preservação da privacidade<br />
individual é um desafio contínuo,<br />
mais relevante, num ambiente onde a<br />
recolha de dados é ubíqua.<br />
A abordagem eficaz da cibersegurança<br />
na segurança nacional requer<br />
uma combinação de tecnologia avançada,<br />
políticas robustas, cooperação<br />
internacional e investimentos contínuos<br />
em pesquisa e desenvolvimento.<br />
Além disso, a colaboração entre os<br />
setores público e privado é essencial<br />
para enfrentar os desafios crescentes<br />
no cenário cibernético.<br />
Que balanço é possível fazer da Estratégia<br />
Nacional de Ciberdefesa,<br />
aprovada há cerca de 1 ano?<br />
Uma estratégia de cibersegurança<br />
pode levar tempo para se materializar,<br />
e os resultados podem variar, dependendo<br />
da complexidade das<br />
ameaças e das medidas implementadas.<br />
Até ao momento, não existindo<br />
relatórios especializados que analisem<br />
a implementação e os resultados<br />
da estratégia em questão, não é possível<br />
efetuar uma análise, pois seria<br />
necessário avaliar como as metas e<br />
objetivos delineados na estratégia foram<br />
implementados e executados ao<br />
longo deste período, a capacidade de<br />
resposta a incidentes, de que forma a<br />
estratégia incentivou a inovação em<br />
cibersegurança, e se houve investimentos<br />
significativos em pesquisa e<br />
desenvolvimento, bem como o reforço<br />
da cooperação internacional.<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023<br />
27
F | O | R | M | A | Ç | Ã | O<br />
TALENTO<br />
O VERDADEIRO DESAFIO<br />
DO SECTOR TECNOLÓGICO<br />
Num mundo cada vez mais impulsionado pela<br />
inovação e tecnologia, a procura por talentos no<br />
sector tecnológico tornou-se não apenas uma<br />
necessidade, mas uma verdadeira corrida para<br />
encontrar o melhor talento e fazer crescer as<br />
organizações.<br />
POR ANDRÉ MANUEL MENDES<br />
medida que as empresas procuram não apenas atrair, mas<br />
À<br />
também reter os melhores profissionais, surge um cenário desafiador<br />
e empolgante. Mariana Delgado, Manager de Information<br />
Technology da Randstad Portugal considera que o cenário<br />
macroeconómico parece ainda não transmitir às organizações a<br />
confiança para planear o crescimento a médio/longo prazo.<br />
«No contexto do recrutamento, denota-se alguma incerteza no avanço dos<br />
planos de investimento, que incluem uma análise mais criteriosa e mais ponderada<br />
sobre a contratação de novos colaboradores. Do lado dos candidatos,<br />
há uma maior atenção à avaliação do risco no processo de mudança profissional,<br />
relacionado com os níveis de confiança no mercado», explica.<br />
No entanto, afirma, o mercado IT continua a ser altamente competitivo,<br />
dado que a escassez de talento e a disputa pelo mesmo continua a ser um tema<br />
premente. «Por isso mesmo, trabalhar as políticas de atracção e retenção de<br />
colaboradores no sector tecnológico, e não só, constitui uma das maiores preocupações<br />
e prioridades na agenda dos líderes das organizações».<br />
A especialista refere ainda que reter bons talentos é indispensável para<br />
uma estratégia de crescimento estruturada e contínua. Para tal, não basta<br />
apresentar melhores salários e benefícios, mas sim, considerarem-se outros<br />
aspectos como a importância da reputação da marca, o employer brand e o<br />
employee experience, a cultura organizacional e uma liderança capaz de criar<br />
um sentimento de pertença aliado a<br />
um projecto com propósito; não podendo<br />
esquecer o papel da empresa<br />
ao nível da responsabilidade social<br />
corporativa.<br />
Na Siemens Portugal, Pedro<br />
Henriques, Director de People and<br />
Organization, acerva que é inegável<br />
que existe uma forte concorrência<br />
por perfis especializados, particularmente<br />
no sector tecnológico.<br />
«Os talentos escasseiam, a competição<br />
para os atrair é feroz e criar<br />
o ambiente e as condições necessárias<br />
para os manter está no topo da<br />
lista de prioridades de qualquer empresa»,<br />
sublinha.<br />
«A cultura organizacional contribui<br />
fortemente para a atracção e<br />
retenção de talentos, daí a prioridade<br />
dada ao employer branding, e<br />
28 EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023
F | O | R | M | A | Ç | Ã | O<br />
OS TALENTOS<br />
ESCASSEIAM, A<br />
COMPETIÇÃO PARA<br />
OS ATRAIR É FEROZ<br />
E CRIAR O AMBIENTE<br />
E AS CONDIÇÕES<br />
NECESSÁRIAS PARA<br />
OS MANTER ESTÁ<br />
NO TOPO DA LISTA<br />
DE PRIORIDADES<br />
DE QUALQUER<br />
EMPRESA<br />
PEDRO HENRIQUES, DIRECTOR DE<br />
PEOPLE AND ORGANIZATION DA<br />
SIEMENS PORTUGAL<br />
ao desenvolvimento de diversas iniciativas<br />
neste âmbito, que incluem<br />
campanhas, roadshows pelas universidades,<br />
dias abertos na Siemens,<br />
diversos programas de estágios, bolsas<br />
para estudantes, competições<br />
universitárias, entre outras”, acrescenta<br />
Pedro Henriques.<br />
Teresa Lopes Gândara, Human<br />
Capital Senior Director na Noesis<br />
explica que a rápida evolução do<br />
mercado das TI, que integra uma<br />
grande diversidade de tecnologias<br />
que surgem todos os dias, obriga as<br />
organizações a contar com talentos<br />
qualificados e especializados que<br />
dominem estes ecossistemas, cada<br />
vez mais complexos.<br />
“O número de talentos com o<br />
grau de especialização e qualificação<br />
necessário, em especial em<br />
tecnologias específicas, é escasso<br />
face ao surgimento contínuo de novos<br />
projectos tecnológicos. Este é o<br />
maior desafio das empresas em todo<br />
o mundo, dificultando a aceleração<br />
para a transformação digital”, destaca.<br />
A responsável acrescenta ainda<br />
que a competitividade pelos melhores<br />
talentos tem aumentado neste<br />
sector, nomeadamente devido aos<br />
‘nómadas digitais’ que são contratados<br />
por organizações internacionais<br />
sem necessidade de recorrerem à<br />
emigração. «As barreiras que existiam<br />
para mudar de emprego estão<br />
a ser derrubadas. Hoje é possível<br />
mudar de empresa sem sair do seu<br />
home office! Estamos perante um<br />
mercado muito competitivo».<br />
Outros desafios das tecnológicas<br />
passam por manter o engagement<br />
entre talentos e empresa, evitando<br />
fenómenos como a Great Resignation<br />
e o Quiet Quitting; gerir<br />
pessoas em ambiente remoto; acomodar<br />
diferentes perfis (juniores<br />
e seniores) com funções distintas;<br />
assegurar a integração de novos talentos<br />
e fomentar a cultura organizacional,<br />
assegura.<br />
Já Maurício Marques, Diretor<br />
de Recursos Humanos da Natixis<br />
em Portugal, diz que a empresa está<br />
ciente deste cenário e do papel que<br />
devem assumir enquanto empresa<br />
em crescimento. Assim, no último<br />
ano, juntamente com as equipas,<br />
definiram e implementaram diversas<br />
medidas no sentido de reforçar o<br />
nosso posicionamento como empregador<br />
de excelência.<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023<br />
29
F | O | R | M | A | Ç | Ã | O<br />
Entre elas está a capacidade de<br />
assegurar que os profissionais são<br />
integrados num ambiente de inovação<br />
e aprendizagem, proporcionar<br />
formação contínua e ferramentas<br />
adequadas às suas funções e evolução,<br />
um plano de progressão de carreira,<br />
bem como um pacote de benefícios<br />
atractivo e que vise todas as<br />
fases de vida do colaborador.<br />
Margarida Calado, Head of People<br />
na NTT Data Portugal considera<br />
que «as organizações terão de manter<br />
um foco muito grande na retenção de<br />
talento até porque está intimamente<br />
relacionada com a gestão de conhecimento».<br />
No sector tecnológico, acredita<br />
que é fundamental ter equipas altamente<br />
especializadas na proposta<br />
de valor para os clientes e que asseguram<br />
transmissão de conhecimento<br />
e, com isso, crescimento dos elementos<br />
mais juniores.<br />
A importância da cultura<br />
A cultura organizacional diferencia<br />
as organizações e serve de instrumento<br />
de captação e atracção de talentos.<br />
Mariana Delgado explica que<br />
existem vários factores que contribuem<br />
para a cultura organizacional,<br />
porém, existem aqueles que têm vindo<br />
a ser apontados como os mais importantes<br />
e que possuem um maior<br />
peso em momentos de mudança ou<br />
permanência profissional.<br />
«Hoje em dia, as pessoas valorizam<br />
muito o work life balance e consideram<br />
um factor chave para o seu<br />
bom desempenho pessoal e profissional,<br />
neste sentido, empresas que<br />
promovem uma cultura de flexibilidade<br />
(horários flexíveis e modelos<br />
de trabalho híbridos), indiretamente<br />
contribuem para a felicidade e satisfação<br />
no trabalho, que por sua vez<br />
leva os colaboradores a permanecerem<br />
mais tempo nas organizações.<br />
Outro factor que tem vindo a ser<br />
apontado como um dos mais importantes,<br />
são os momentos de reconhecimento<br />
e feedback contínuo (que<br />
resultam numa maior probabilidade<br />
de revisões salariais e progressão de<br />
carreira)», explica a responsável da<br />
Randstad.<br />
No entanto, o investimento em<br />
programas de formação personalizados<br />
e ajustados às necessidades<br />
individuais de cada colaborador, a<br />
criação de eventos corporativos que<br />
permitam criar relações mais sólidas<br />
e que promovam o sentimento<br />
de pertença, bem como a atribuição<br />
de projectos desafiantes e que sejam<br />
ajustados com as áreas de interesse,<br />
e o papel do líder, têm também um<br />
papel fundamental.<br />
Da Noesis, Teresa Lopes Gândara<br />
partilha da mesma opinião, que<br />
os talentos na área da tecnologia<br />
tendem a valorizar, cada vez mais,<br />
aspectos como a cultura organizacional<br />
da empresa, e considera que<br />
é fundamental que as organizações<br />
definam e implementem uma estratégia<br />
de Employer Branding, que<br />
reflita a cultura da empresa, a visão<br />
da liderança e dos seus colaboradores,<br />
mas que corresponda também às<br />
expectativas dos candidatos e ao que<br />
valorizam, estando visível no Employer<br />
Value Proposition.<br />
Margarida Calado considera que<br />
«aquilo que faz um colaborador optar<br />
por uma determinada organização<br />
em detrimento de outra, ou optar<br />
por sair ou ficar em determinada organização<br />
é um cocktail de variáveis<br />
muito pessoais e dinâmicas».<br />
A especialista da NTT Data aponta,<br />
por exemplo, que uma cultura de<br />
«espaço seguro» onde somos respeitados<br />
e podemos ser nós próprios e<br />
uma cultura exigente e dinâmica que<br />
nos faça crescer, pode sobrepor-se a<br />
outras variáveis no momento de decisão.<br />
HOJE EM DIA,<br />
AS PESSOAS<br />
VALORIZAM MUITO O<br />
WORK LIFE BALANCE<br />
E CONSIDERAM UM<br />
FACTOR CHAVE<br />
PARA O SEU BOM<br />
DESEMPENHO<br />
PESSOAL E<br />
PROFISSIONAL<br />
MARIANA DELGADO, MANAGER DE<br />
INFORMATION TECHNOLOGY DA<br />
RANDSTAD PORTUGAL<br />
Para além disso, e mais especificamente<br />
no sector tecnológico, acrescenta<br />
uma cultura de inovação, de<br />
experimentação, de abertura ao novo,<br />
torna-se primordial para vingar neste<br />
negócio, mas também para atrair e reter<br />
o talento.<br />
Maurício Marques, da Natixis,<br />
reafirma que a cultura organizacional<br />
assume um papel ainda mais fulcral<br />
para a retenção de talento, sendo<br />
necessário que os colaboradores utilizem<br />
o tempo que passam no escritório<br />
para reforçar a sua ligação com<br />
as equipas e a organização.<br />
«Apostar numa cultura organizacional<br />
que estimule a inovação e<br />
contribua para que os colaboradores<br />
se sintam envolvidos e valorizados<br />
revela-se essencial para que estes<br />
desenvolvam um verdadeiro sentimento<br />
de pertença e queiram ficar»,<br />
sublinha.<br />
Atração e retenção<br />
São inúmeras as estratégias que po-<br />
30 EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023
F | O | R | M | A | Ç | Ã | O<br />
dem ser utilizadas pelas empresas<br />
para atrair e reter talento, como algumas<br />
que foram mencionadas pelos<br />
gestores das empresas acima. Mas<br />
são muitas as que se podem escrever,<br />
e ainda mais as que não cabem no<br />
papel.<br />
«Os factores mais importantes<br />
para a retenção dependem de cada<br />
profissional e das suas circunstâncias.<br />
O plano de pensões ou a possibilidade<br />
de comprar ações, por<br />
exemplo, podem interessar a um colaborador<br />
com alguns anos de casa,<br />
mas não serem ainda prioritários<br />
para um jovem recém-licenciado na<br />
sua primeira experiência profissional,<br />
que, se calhar, valoriza mais o<br />
ginásio, o regime de trabalho híbrido<br />
ou o autocarro gratuito com paragens<br />
no centro de Lisboa”, explica<br />
Pedro Henriques.<br />
O responsável da Siemens sublinha<br />
alguns dos benefícios que a<br />
empresa atribui aos seus colaboradores,<br />
entre eles um plano de pensões,<br />
ações, apoio à parentalidade, modelo<br />
de trabalho híbrido, voluntariado,<br />
ginásio, espaços de diversões, proximidade<br />
com a administração da<br />
empresa, medidas estas que são avaliadas<br />
com regularidade garantindo<br />
a sua contribuição para o bem-estar<br />
social, físico, mental e financeiro dos<br />
colaboradores.<br />
«Com estas iniciativas pretendemos<br />
ajudar as nossas pessoas a<br />
encontrar a motivação, o equilíbrio<br />
entre a vida pessoal e profissional,<br />
a flexibilidade e a autonomia que<br />
precisam para dar o melhor de si»,<br />
acrescenta.<br />
A Human Capital Senior Director<br />
da Noesis sublinha igualmente que<br />
as prioridades mudaram e o salário<br />
não é o único fator valorizado, pelo<br />
que, na empresa, apostam na formação<br />
contínua dos colaboradores; na<br />
flexibilidade laboral; na recompensa<br />
e reconhecimento com prémios de<br />
desempenho, revisões salariais e promoções;<br />
nas questões de diversidade<br />
e inclusão; e também na tecnologia<br />
que permitem aos colaboradores estar<br />
no centro da inovação tecnológica.<br />
«Reter o talento exige lideranças<br />
preparadas para enfrentar desafios e,<br />
por parte da organização, a capacidade<br />
de proporcionar um ambiente<br />
que fomente a criatividade, a inovação<br />
e a evolução pessoal e profissional<br />
dos colaboradores. No fundo,<br />
que seja um lugar que os faça querer<br />
ficar», destaca o Diretor de Recursos<br />
Humanos da Natixis em Portugal.<br />
Maurício Marques explica que no<br />
último ano, a empresa tem desenvolvido<br />
diversas ferramentas, como são<br />
exemplo os Tech Dojos, os programas<br />
internos de requalificação ou os programas<br />
avançados, em conjunto com<br />
Universidades, que têm contribuído<br />
para acelerar o desenvolvimento das<br />
equipas e aumentar a competência<br />
dentro da organização.<br />
O responsável acrescenta ainda<br />
que trabalham os benefícios, no sentido<br />
de os personalizar e alinhar com<br />
as necessidades individuais e diferentes<br />
fases de vida do colaborador.<br />
«Perguntamos às equipas que benefícios<br />
privilegiariam e procurámos<br />
integrá-los no nosso pacote de condições,<br />
maximizando o impacto do<br />
nosso investimento», destaca.<br />
O papel dos líderes<br />
As lideranças podem ditar o fator de<br />
diferenciação na questão da atração e<br />
retenção de talento, desde o primeiro<br />
momento de atração do candidato<br />
até à sua contratação/integração.<br />
Mariana Delgado, da Randstad,<br />
explica que na perspetiva de captação<br />
de talento, têm vindo a verificar<br />
uma tendência em que a liderança<br />
atua na qualidade de agente activo<br />
e estratégico, no que diz respeito à<br />
identificação de talento. Já na perspetiva<br />
da retenção de talento, diz que<br />
é necessário desenvolver e formar as<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023<br />
31
F | O | R | M | A | Ç | Ã | O<br />
pessoas, para que seja possível construir<br />
equipas de alta performance.<br />
“A liderança empática tem também<br />
um papel fundamental neste<br />
processo de construir uma cultura<br />
organizacional que sustente o sentimento<br />
de pertença, criando condições<br />
para que os objetivos individuais<br />
dos colaboradores estejam alinhados<br />
e potenciem os objetivos estratégicos<br />
da organização, através de ambientes<br />
de trabalho que fomentem a inovação<br />
e o desenvolvimento”, sublinha.<br />
Margarida Calado, da NTT Data<br />
Portugal, sublinha que é importante<br />
que os líderes sejam capazes de dar<br />
autonomia, desafios e oportunidades<br />
de desenvolvimento, mas não só…<br />
Têm de assegurar que a comunicação<br />
flui e que gerem bem as expectativas<br />
sobre qualquer tema, em particular<br />
aqueles que dizem respeito ao desenvolvimento<br />
das suas equipas.<br />
Também na captação de talento,<br />
as lideranças podem desempenhar<br />
um papel importante, nomeadamente,<br />
conhecendo o mercado, sendo<br />
reconhecidos no mesmo, assim<br />
como tendo um papel ativo na representação<br />
da companhia, da sua<br />
cultura e valores.<br />
«Para terminar, gostaria de<br />
acrescentar um episódio pessoal:<br />
uma vez, um candidato disse-me ‘eu<br />
só respondo a mensagens de LinkedIn<br />
de líderes na minha área’ ou<br />
seja, com a massificação de contactos<br />
e oportunidades, o talento torna-se<br />
mais selectivo relativamente<br />
aos contatos que recebe, privilegiando<br />
abordagens diferenciadoras, de<br />
pares reconhecidos, o que só por si<br />
funciona como uma forma de valorização<br />
e de atração».<br />
Já Maurício Marques acredita<br />
que um líder capaz de dar autonomia,<br />
orientar e motivar as suas equipas<br />
será fundamental para a atração<br />
e retenção de talento e, para tal, dá<br />
como exemplo os programas de lide-<br />
O NÚMERO DE<br />
TALENTOS COM<br />
O GRAU DE<br />
ESPECIALIZAÇÃO<br />
E QUALIFICAÇÃO<br />
NECESSÁRIO,<br />
EM ESPECIAL EM<br />
TECNOLOGIAS<br />
ESPECÍFICAS, É<br />
ESCASSO FACE<br />
AO SURGIMENTO<br />
CONTÍNUO DE<br />
NOVOS PROJECTOS<br />
TECNOLÓGICOS<br />
TERESA LOPES GÂNDARA, HUMAN<br />
CAPITAL SENIOR DIRECTOR NA<br />
NOESIS<br />
rança que desenvolvem em parceria<br />
com a Porto Business School, no sentido<br />
de apoiar o desenvolvimento de<br />
competências associadas às suas funções<br />
e a pensar nos futuros líderes da<br />
organização.<br />
«As lideranças podem ter um papel<br />
crucial na retenção dos talentos<br />
na medida em que contribuem para<br />
que exista um espírito de equipa<br />
saudável e para que o ambiente de<br />
trabalho seja energético e motivador.<br />
Têm também uma proximidade<br />
maior com os diversos elementos de<br />
cada equipa, e uma maior facilidade<br />
em identificar necessidades específicas<br />
ou situações que necessitem<br />
de atenção», sintetiza o Director de<br />
People and Organization da Siemens<br />
Portugal.<br />
À medida que as organizações investem<br />
num ambiente de trabalho<br />
que nutre a criatividade, promove o<br />
desenvolvimento profissional e valoriza<br />
a diversidade, torna-se possível a<br />
construção não apenas de equipas,<br />
mas de comunidades de inovadores.<br />
A atração e retenção de talentos torna-se,<br />
assim, não apenas uma estratégia,<br />
mas uma filosofia que impulsiona<br />
o progresso contínuo.<br />
32 EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023
F | Ó | R | U | M<br />
FÓRUM DE LÍDERES<br />
1<br />
Quais os principais desafios<br />
e oportunidades que espera<br />
encontrar no seu setor em 2024?<br />
2<br />
Na sua opinião, quais as principais<br />
tendências tecnológicas para o<br />
próximo ano?<br />
A consultora IDC estima que, em 2024, as empresas que se vão destacar<br />
são aquelas que demonstraram capacidade em inovar por meio da tecnologia<br />
para superar as mais diversas crises, conforme aponta o estudo<br />
“IDC FutureScape: Worldwide Future of Digital Innovation 2023 Top<br />
10 Predictions”. A consultora sublinha que as crises globais, incluindo a<br />
inflação, a ameaça de recessão, os constrangimentos da cadeia de abastecimento,<br />
o aumento dos custos dos combustíveis e a guerra estão a preocupar<br />
os executivos. Para muitos, a reacção é jogar pelo seguro: cortar,<br />
reduzir os custos tanto quanto possível e investir apenas em empresas<br />
ou negócios com baixo risco. No entanto, dependendo do sector e da<br />
crise que afecta, jogar pelo seguro pode ser mais arriscado do que investir<br />
em algo novo. A IDC defende que as empresas estão a passar de uma<br />
estratégia de investimento em tecnologia centrada na transformação digital<br />
para uma estratégia focada na gestão do negócio digital. Logo, um<br />
fator importante do negócio digital será a capacidade de inovar através<br />
do desenvolvimento de tecnologia diferenciadora e disruptiva. As organizações<br />
de TI estão mais pressionadas do que nunca para aumentar a<br />
eficiência, a fim de dedicar o máximo de tempo e recursos à inovação.<br />
As previsões apontam que as empresas que forneçam inovação digital<br />
serão as primeiras a emergir como líderes nos seus sectores de mercado.<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023 33
F | Ó | R | U | M<br />
RUI LOPES<br />
CEO AgentifAi<br />
RUI CALMÃO<br />
Executive Director Axians Portugal<br />
1 Há uma tendência generalizada das empresas seguirem as ondas<br />
tecnológicas. No caso do Serviço ao Cliente, primeiro foram os IVRs,<br />
depois os chatbots e agora a Generative AI. No entanto, o impacto<br />
real dessas tecnologias e a forma como afetam a experiência do cliente<br />
são aspetos cruciais que tendem a ser subavaliados. O desafio não<br />
é adotar a última “onda” tecnológica, mas entender como a tecnologia<br />
pode ser utilizada para atender às necessidades específicas de<br />
cada cliente e proporcionar uma experiência que seja diferenciadora<br />
e transformadora. Não basta seguir as tendências, temos de saber<br />
como integrar as capacidades da IA de uma forma que sirva verdadeiramente<br />
o cliente. Por exemplo, antecipando as necessidades dos<br />
clientes, servindo-os no local e horário da sua conveniência e proporcionando<br />
uma experiência única que responda efetivamente às suas<br />
necessidades. No caso da IA, 2024 poderá ser marcado pela alavancagem<br />
das soluções de Gen AI orientadas ao serviço ao cliente, ultrapassando<br />
os desafios da privacidade de dados, exatidão, segurança,<br />
éticos, de forma a possa ser efetivamente, um passo transformador<br />
no serviço ao cliente.<br />
2 Estamos perante uma mudança de paradigma no serviço ao<br />
cliente, que, embora se torne mais à distância, simultaneamente torna-se<br />
mais personalizada. E a motivação da inovação tecnológica nas<br />
empresas deve ser focada nesta personalização. O tema da IA (e da<br />
Gen AI em particular) estará na agenda de todas as empresas e poderá<br />
ser o início da passagem da “promessa” ao início do “impacto<br />
real” na vida das empresas e dos seus clientes. Para o fazer, há ainda<br />
desafios a serem superados de forma a que a Generative AI passe<br />
da fase do “novo objeto brilhante” para a ferramenta efetivamente<br />
transformadora, fazendo jus à promessa de valor da IA. A seu tempo<br />
veremos qual a real capacidade de entrega desta nova ferramenta<br />
de inteligência artificial mas a minha expectativa é que os principais<br />
avanços sejam na automação de processos internos, e com uma capacidade<br />
de exposição externa que ainda carece de supervisão humana<br />
de forma a assegurar todas as exigências de conformidade, privacidade<br />
e segurança. As empresas precisam de olhar para estas inovações<br />
tecnológicas de um prisma holístico, integrado na base da visão da<br />
empresa e focado na experiência do cliente.<br />
1 Os negócios vão se tornar cada vez mais digitais. Essa trajetória<br />
vai permitir melhorar os processos internos das empresas,<br />
aumentar a produtividade dos colaboradores e tornar ainda mais<br />
próximo e personalizado o contacto com o cliente. Apesar de se<br />
perspetivar um abrandamento dos investimentos, devido à incerteza<br />
económica, o setor tecnológico, que é um recurso essencial<br />
para as empresas, que competem à escala global e local, vai continuar<br />
a ser estratégico e, por isso, prioritário. Fazendo face a este<br />
abrandamento, espera-se que haja um reforçar do investimento<br />
através dos fundos estruturais europeus, para transformar a cadeia<br />
produtiva dos governos e das empresas. No entanto é, precisamente,<br />
no acesso aos fundos estruturais que reside o fator da<br />
imprevisibilidade, bem como, no impacto que o recurso a estes<br />
fundos pode provocar em países com economias frágeis. Ceder<br />
à tentação de aliviar o custo de produção com este investimento,<br />
ou, por outro lado, o facto destes programas assistencialistas,<br />
que têm vindo a ser implementados no âmbito das consecutivas<br />
crises (haverá sempre outra crise), poderem estar a provocar uma<br />
habituação e dependência na gestão das empresas. Um dia em<br />
que termine este boom de apoios, organizações que têm as suas<br />
principais fontes de investimento alicerçadas neste tipo de fundos<br />
certamente irão sofrer danos irreparáveis.<br />
2 Com a entrada na era da Gestão do Digital, as plataformas<br />
estão implementadas e o seu desempenho passa a ter um papel<br />
determinante no funcionamento e resultado dos negócios. A manutenção<br />
dos sistemas, a evolução incremental e a segurança serão<br />
serviços imprescindíveis. Reforçar a proteção, diminuir o risco<br />
de falha humana e a transferência de tarefas não críticas para<br />
máquinas possibilitará um aumento da confiança nestes serviços.<br />
É, por isso, espectável que a cybersegurança e a inteligência artificial<br />
generativa continuem a ser tendências crescentes em 2024<br />
e sejam as áreas de maior foco para o desenvolvimento no campo<br />
da inovação. O Cloud-first consolidar-se-á como o modelo de<br />
gestão de tecnologia mais eficaz e o 5G será, cada vez mais, uma<br />
parte integrante da infraestrutura em setores como a indústria,<br />
logística e saúde.<br />
34 EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023
F | Ó | R | U | M<br />
BRUNO RIBEIRO<br />
CEO da BOOST IT<br />
FERNANDO MATOS<br />
Partner e Co-fundador da Closer Consulting<br />
1 Em 2024 acreditamos que será um ano de<br />
consolidação do mercado tecnológico, na medida<br />
em que desde a guerra na Ucrânia, com as subidas<br />
generalizadas na Europa das taxas de inflação, que<br />
se sente um abrandamento dos grandes investimentos<br />
tecnológicos. Continuam a existir grandes<br />
grupos tecnológicos a investir em Portugal, mas de<br />
uma forma mais cautelosa e nem sempre à procura<br />
de qualidade, mas sim de ser “cost-effective`” comparado<br />
com outras geografias.<br />
Por outro lado, sentimos que existe uma grande<br />
procura por Portugal como destino principal na<br />
Europa para criar centros de excelência tecnológica,<br />
o que será uma possibilidade de crescimento<br />
para empresas altamente especializadas como a<br />
Boost It. Acreditamos que em 2024, e fruto da nossa<br />
experiência internacional com clientes de renome<br />
global, poderemos ser uma empresa de referência<br />
na captação desses investimentos em Centros<br />
de Nearshore em Portugal, acima de tudo ligados a<br />
processos Globais de Transformação Digital.<br />
2Claramente tudo o que está ligado a Transformação<br />
Digital e Dados, na medida em que os grandes<br />
projetos de transformação digital acontecem<br />
sempre ligados a dados e analytics, que permitam<br />
conhecer o negócio com informação objetiva e fidedigna.<br />
Por outro lado, projetos relacionados com<br />
Generative AI, que basicamente mudam o paradigma<br />
de como entendemos os negócios atuais, mas<br />
acima de tudo a forma como devemos e podemos<br />
encarar os negócios futuros, e como a tecnologia<br />
terá um papel ainda mais fundamental nesse campo.<br />
Acredito que as empresas, seja qual for o sector,<br />
terão de se adaptar e usar as potencialidades desta<br />
nova tecnologia em prol do seu negócio, ganhando<br />
assim vantagem em relação à sua concorrência.<br />
1 É impossível não destacar a GenAI como a grande<br />
revolução digital que irá trazer muitas oportunidades e,<br />
em paralelo, desafios no setor da consultoria em tecnologia.<br />
As empresas estão a começar a explorar a aplicabilidade<br />
da IA nos seus negócios e a perceber que faz<br />
sentido considerá-la nos seus planos, o que permite que<br />
os projetos desenvolvidos possam ser cada vez mais ambiciosos.<br />
Porém, não há dúvidas de que adversidades<br />
como a escassez de talento técnico e a dificuldade em reter<br />
talento, num mercado tão competitivo, vai continuar<br />
a ser um dos grande desafios do nosso ecossistema. O<br />
possível ceticismo que alguns gestores ainda têm sobre<br />
o tema, aliado à instabilidade económica que estamos a<br />
viver também será um entrave à inovação e à evolução<br />
de algumas empresas. As empresas que perceberem o<br />
potencial da GenAI vão destacar-se e o setor tecnológico<br />
vai, sem dúvida, beneficiar dessa aposta.<br />
2 Refiro, uma vez mais, a Generative AI como a grande<br />
tendência. Está a existir, de facto, um enorme hype<br />
em relação a esta tecnologia, que está sem dúvida a marcar<br />
uma nova era no setor, e posso afirmar que esta tendência<br />
não irá esbater. Vai continuar a evoluir e a abrir<br />
caminho para o desenvolvimento de projetos muito inovadores,<br />
que até há pouco tempo atrás seriam inimagináveis,<br />
ou levariam uma quantidade de tempo colossal<br />
a terminar. As empresas, e os gestores, estão curiosos<br />
em relação a esta tecnologia, querem saber mais, querem<br />
perceber como a aplicar internamente, porque percebem<br />
o seu potencial. Além disso, a GenAI integrará<br />
várias áreas empresariais, de forma transversal, quer<br />
seja para a criação de conteúdos texto, imagens, vídeo,<br />
música, seja em áreas mais técnicas para geração de código<br />
e documentação, mas sobretudo para a criação de<br />
interfaces como os sistemas já existentes. O potencial é<br />
infindável.<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023<br />
35
F | Ó | R | U | M<br />
PAULO MOTA<br />
Cofundador da Coreflux<br />
IVO BERNARDO<br />
Partner e Data Scientist da DareData Engineering<br />
1 O futuro da IIoT e da Indústria 4.0 é promissor e indissociável<br />
dos benefícios trazidos pela IA. Assiste-se a uma aceleração<br />
tecnológica, que alterou a velocidade a que as indústrias precisam<br />
de evoluir para assegurar escalabilidade e competitividade.<br />
Assim, o desafio é capacitar as diferentes indústrias com canais<br />
de recolha e tratamento de dados específicos ao seu negócio. A<br />
partir destes, desenvolver e implementar soluções orquestradas<br />
e em escala. Paralelamente, assegurar segurança e privacidade<br />
desses dados à luz da evolução de instrumentos regulatórios<br />
como o European Digital Act.<br />
Os case studies demonstram que as vantagens do sucesso deste<br />
setor são vastas, como a eficiência operacional melhorada; a capacidade<br />
de prever problemas operacionais ou de manutenção,<br />
permitindo poupanças consideráveis; a inovação em produtos e<br />
serviços, através da análise de dados, orientada para uma compreensão<br />
mais precisa das necessidades dos clientes e consequentemente<br />
para uma maior personalização.<br />
2 O futuro prevê-se muito tecnológico e a inovação continua<br />
a ser a força motriz para o crescimento e evolução social. O desenvolvimento<br />
de competências digitais, e um entendimento de<br />
como podem ser aplicadas, será essencial para indivíduos e organizações<br />
que desejem prosperar na próxima era digital.<br />
À medida que avançamos para um futuro mais digitalizado, as<br />
tendências tecnológicas emergem, prometendo remodelar as<br />
interações, processos e sociedade como um todo. As tecnologias<br />
de IA e ML vão continuar a evoluir de forma iterativa e a ser<br />
miniaturizadas para nos acompanhar de forma mais próxima.<br />
Produtos e serviços serão, por isso, mais personalizados, potenciando<br />
o desempenho individual. Isto acarreta riscos, sendo o<br />
maior o crescente fosso social derivado das desigualdades de<br />
acesso.<br />
Tecnologias associadas, como a cibersegurança, vãodominar<br />
parte do panorama, dado o volume de dados personalizados que<br />
daqui vão surgir. Volume que será suportado por conectividade<br />
avançada (5G e além), capacitando a computação em edge, descentralizada<br />
e distribuída por dispositivos.<br />
1 Os avanços na Inteligência Artificial Generativa<br />
e em modelos estilo ChatGPT prometem proporcionar<br />
níveis de produtividade inéditos. A correta<br />
implementação destes modelos avançados de Inteligência<br />
Artificial na rotina diária da sociedade poderá<br />
conduzir a progressos significativos na produtividade<br />
e capacidade humana, e as oportunidades nesta<br />
dimensão são claras. Porém, enfrentamos um conjunto<br />
de desafios e riscos. A privacidade dos dados<br />
e a ética na utilização destes modelos de Inteligência<br />
Artificial tornaram-se preocupações centrais. Surge<br />
um potencial conflito entre os direitos e interesses<br />
de milhões de pessoas e a exploração abusiva destes<br />
modelos. Conseguimos perceber, pela atual greve<br />
dos argumentistas de Hollywood, que a utilização<br />
destes sistemas pode causar disrupção em diversas<br />
profissões, ao capitalizar sobre propriedade intelectual<br />
alheia, um cenário que levanta questões éticas,<br />
filosóficas e morais profundas. A deliberação sobre<br />
estas questões não é apenas fundamental - é, sim,<br />
incontornável.<br />
2 A integração de chatbots em quase todas as aplicações<br />
que necessitam de aceder a conhecimento<br />
(como manuais de instruções, FAQs ou outros documentos)<br />
é uma tendência que se materializa através<br />
dos modelos de Inteligência Artificial Generativa, e<br />
que vai continuar a ser óbvia. Do lado das organizações,<br />
é crucial uma maior atenção na integração<br />
dos seus dados, bem como na criação de um ecossistema<br />
interno robusto de dados. Este deverá ser<br />
estruturado para maximizar o potencial dos modelos<br />
de machine learning e Inteligência Artificial. Esta<br />
tendência ganha ainda mais destaque à medida que<br />
uma parte significativa do core business das empresas<br />
passa a depender da utilização e interação com<br />
modelos de IA.<br />
36 EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023
F | Ó | R | U | M<br />
BRUNO TAVARES<br />
Chief Technology Officer, Devoteam Portugal<br />
GIL SOUSA<br />
Cofundador da ESI<br />
1 Um dos principais desafios, que não é novo, é a<br />
escassez de talento qualificado. Num mercado cada<br />
vez mais competitivo, acompanhado por uma rápida<br />
evolução da inovação tecnológica, há uma necessidade<br />
crescente de encontrar profissionais com as competências<br />
certas para atingir bons resultados. Existe também<br />
o desafio de capacitar as empresas para se defenderem<br />
das sucessivas, e cada vez mais intensas, ameaças digitais,<br />
especialmente aquelas que centram o seu negócio<br />
na esfera digital. As oportunidades no setor são entusiasmantes,<br />
porque estamos num ciclo ativo de aceleração<br />
digital, e existe um foco estratégico claro na transformação<br />
digital para criar eficiência nas operações<br />
e principalmente como veículo de criação de valor e<br />
diferenciação dos negócios. As tecnologias emergentes<br />
estão a abrir espaço a um cenário interessante e que até<br />
se estão a cruzar com outras áreas, como a sustentabilidade,<br />
o que está a levar a uma procura por tecnologias<br />
eco-friendly e práticas de produção responsáveis.<br />
2 A Inteligência Artificial, e a sua evolução, vai continuar<br />
a surpreender e a destacar-se como um motor<br />
central para a diferenciação de negócios. Neste campo,<br />
destaco a IA Generativa, que desempenhará um papel<br />
significativo na produtividade das empresas, permitindo<br />
atingir resultados muito positivos, e de forma<br />
rápida. Os dados continuarão a ser um ativo crucial<br />
nas organizações, tornando-se cada vez mais centrais<br />
para aplicações e modelos de IA. As empresas terão<br />
de estar prontas para se tornarem data-centric, ágeis<br />
e eficientes, considerando a importância da mitigação<br />
de dados para a cloud, sempre de forma segura. A cibersegurança<br />
nunca perderá a sua relevância. Por fim,<br />
prevejo que as empresas estarão cada vez mais prontas<br />
para integrarem uma sociedade ética, responsável<br />
e socialmente consciente, olhando para a agenda ESG<br />
como prioridade.<br />
1 Olhando para o futuro da automação industrial e da robótica,<br />
antecipamos alguns desafios e oportunidades. A falta de mão de<br />
obra qualificada é um desafio muito significativo, que exige habilidades<br />
muito específicas e técnicas. Além disso, a rápida evolução<br />
da tecnologia obriga à atualização constante dos trabalhadores<br />
para acompanhar as mudanças.<br />
No que diz respeito às oportunidades, o futuro mostra-se promissor<br />
para o setor. A adoção da Indústria 4.0 é obrigatória para a<br />
evolução das empresas. Proporciona um aumento de eficiência<br />
operacional extremamente significativo, com a aplicação da robótica<br />
e da automação industrial, assim como a implementação de<br />
sistemas de IIoT, que permitem a recolha de dados em tempo real,<br />
manutenção preditiva e otimização da gestão industrial.<br />
As preocupações ambientais são comuns a todos os setores industriais.<br />
A automação pode e deve ser usada para tornar as operações<br />
industriais mais sustentáveis, otimizando o uso de recursos e<br />
reduzindo o desperdício.<br />
2 Numa era cada vez mais digital, as fábricas inteligentes são<br />
a grande tendência no setor industrial. E estas fábricas abordam<br />
também diversas tecnologias, como inteligência artificial, IIot<br />
(Industrial Internt of Things), machine learning, cuja importância<br />
é inegável.<br />
A conectividade e comunicação entre todos os equipamentos e<br />
máquinas em chão de fábrica permitem uma gestão inteligente e<br />
otimizada da produção. As fábricas inteligentes fornecem dados<br />
de produção em tempo real, permitindo que os gestores tomem<br />
decisões maisfundamentadas. Além disso, a análise de dados permite<br />
a manutenção preditiva, isto é, a possibilidade de agir antes<br />
do aparecimento de anomalias. Só assim é possível evitar paragens<br />
não programadas e aumentar o tempo de vidas dos equipamentos.<br />
A produção inteligente impulsiona ainda a sustentabilidade das<br />
indústrias. Através da avaliação e gestão integrada de toda a cadeia<br />
produtiva é possível gerir o transporte, o armazenamento e<br />
o desperdício mais eficientemente, possibilitando a redução do<br />
impacto ambiental em todas as etapas da produção.<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023<br />
37
F | Ó | R | U | M<br />
PEDRO MORÃO<br />
CEO, Warpcom<br />
ANGELO TONIN<br />
General Manager - FCamara Europe<br />
1 O ano 2024 será desafiante a vários níveis. Por um lado, a impactar<br />
negativamente o crescimento económico, temos a situação<br />
geopolítica, com impacto no preço de matérias-primas, subida da<br />
inflação e consequente incremento do custo de dinheiro para famílias<br />
e empresas. Por outro, e numa ótica positiva, temos os fundos<br />
disponibilizados pelo PRR, recentemente reprogramados em alta,<br />
cuja aplicação terá de acelerar em 2024 para não comprometer as<br />
metas impostas pela União Europeia. Os organismos públicos estão<br />
muito pressionados para executar o programa de investimentos, de<br />
modo a melhorar a produtividade através da simplificação de processos<br />
e novas ferramentas tecnológicas. As organizações continuarão<br />
o seu processo de transformação digital através de novas soluções<br />
e serviços de TI, de modo a reduzir custos e diferenciarem-se<br />
da concorrência. Poderemos afirmar que haverá um maior escrutínio<br />
e ponderação nas decisões de investimento, podendo atrasar os<br />
ciclos de tomada de decisão, mas os projetos de investimento bem<br />
sustentados terão necessariamente de avançar de modo a melhorar<br />
os níveis de competitividade e qualidade do serviço entregue.<br />
2 O tema da inteligência artificial generativa está claramente na<br />
ordem do dia, com um potencial enorme na simplificação de tarefas<br />
e melhoria nos serviços prestados aos clientes, contando com fortes<br />
investimentos por parte da maioria das empresas tecnológicas.<br />
O metaverso, incluindo a realidade aumentada, realidade virtual e<br />
realidade mista, será outra das grandes tendências, com potencial<br />
aplicabilidade nas áreas da formação, colaboração (salas de reuniões<br />
e espaços de trabalho virtuais), e centros de manutenção assistida.<br />
Outra das grandes tendências está relacionada com o advento da<br />
computação quântica, mais precisamente na proteção das infraestruturas<br />
de rede e comunicações contra ataques cibernéticos que<br />
irão tirar partido da enorme capacidade de processamento para<br />
quebrar as chaves de encriptação assimétrica utilizadas actualmente.<br />
Isto torna obrigatória a implementação/ reformulação de arquiteturas<br />
que implementem chaves de encriptação Quantum Safe, tirando<br />
partido de tecnologias de QKD (Quantum Key Distribution)<br />
e PQC (Post Quantum Criptography).<br />
1 Inflação, juros altos, incerteza política e económica, são<br />
questões que preocupam os executivos e a comunidade empresarial.<br />
A contratação e retenção de talento também são desafios<br />
notórios em Portugal e na Europa. No entanto, estes desafios<br />
também representam oportunidades, e é importante que as empresas<br />
disponham de equipas e parceiros capazes de pensar e<br />
executar a “duas velocidades”. Para momentos de crescimento,<br />
existem soluções disponíveis para ajudar as empresas a impulsionar<br />
e acelerar o seu desenvolvimento sustentável. Mesmo em<br />
cenários desafiadores, muitas empresas enfrentam a necessidade<br />
de se instrumentalizar, por exemplo, na área de e-commerce.<br />
Em períodos de contenção de despesas ou incerteza económica,<br />
as empresas devem auxiliar os seus clientes a aumentar a eficiência<br />
e procurar uma maior produtividade, visando manter e,<br />
sempre que possível, reduzir gastos operacionais. Já no campo<br />
do desenvolvimento de talentos, as empresas têm uma função<br />
muito importante e devem ter o know-how em termos de<br />
reskilling e upskiling de profissionais, incluindo para profissionais<br />
mais experientes.<br />
2 Obviamente que tecnologias como a Inteligência Artificial<br />
(IA) são uma realidade, logo faz sentido adotá-las na medida<br />
em que estejam conectadas à agenda do negócio. Hoje em dia, é<br />
fácil para qualquer empresa, independentemente do tamanho,<br />
adotar soluções tecnológicas, embora existam desafios de integração<br />
de dados, o que dificulta a visão completa do negócio e<br />
a compreensão real da experiência do cliente. Em essência, são<br />
desafios de integração. Acredito na importância de explorar e<br />
adotar ferramentas cutting-edge, muitas das quais baseadas em<br />
IA, mas também reconheço a necessidade de voltar ao básico e<br />
compreender a empresa, os seus colaboradores e processos de<br />
forma mais integrada. Nesse contexto, pode ser oportuno para<br />
as empresas revisitarem a sua arquitetura para garantir que os<br />
recursos existentes e os novos projetos estejam verdadeiramente<br />
alinhados com o negócio, gerem valor acrescido e se traduzam<br />
numa maior competitividade e um serviço ao cliente aprimorado.<br />
38 EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023
F | Ó | R | U | M<br />
MARCELO CARVALHEIRA<br />
Country Manager da Fortinet Portugal<br />
JOSÉ CORREIA<br />
Diretor-geral da HP<br />
1 Acredito que o mercado vai continuar quente em matéria de cibersegurança,<br />
na medida em que não existe uma bala de prata que<br />
resolva os problemas da segurança. Paralelamente com o previsível<br />
aumento do cibercrime, acredito que a escassez de profissionais<br />
com competências em cibersegurança, essenciais para proteger<br />
as organizações contra este aumento das violações de segurança,<br />
também continuará a ser um desafio em 2024 – 68% dos líderes<br />
afirmam que a escassez de competências em cibersegurança cria<br />
ciber riscos adicionais para a sua organização, de acordo com o relatório<br />
Cybersecurity Skills Gap2023 da Fortinet.<br />
No entanto, o que refiro como um desafio, encaro, também, como<br />
uma oportunidade: será fundamental investir em formações, que<br />
têm como objetivo dotar as pessoas com as competências necessárias<br />
para identificar e prevenir ameaças e ataques. Por fim, referir<br />
também a sustentabilidade. A incorporação da ESG nos negócios e<br />
a abordagem da cibersegurança como uma questão de sustentabilidade<br />
será também uma oportunidade de negócio a ter em conta<br />
no próximo ano.<br />
2 Os últimos anos foram marcados por avanços significativos no<br />
setor de TIC, com a rápida adoção de tecnologias e o surgimento<br />
de novos chatbots impulsionados por Inteligência Artificial (IA)<br />
generativa, como Bing, Bard e Chat GPT. Em 2024, a IA generativa<br />
continuará a ser uma prioridade para as organizações, especialmente<br />
no setor de cibersegurança, onde pode ajudar na deteção<br />
automática de ciberameaças, produzir alertas, identificar novas<br />
vertentes de malware e proteger os dados sensíveis das empresas.<br />
Também a tecnologia OT e os serviços SASE serão cada vez mais<br />
procurados, assim como o reforço da segurança em ambientes<br />
Cloud.<br />
Adicionalmente, temos assistido, nos últimos anos (e uma tendência<br />
que irá marcar o próximo ano), a uma maior procura dos clientes<br />
por uma única solução que permita reduzir a complexidade das<br />
suas infraestruturas. Esta deve ter a capacidade de gerir e supervisionar<br />
do ponto de vista da segurança uma infraestrutura crítica e<br />
otimizar as operações, mantendo a gestão centralizada e integrada<br />
das operações de rede e segurança.<br />
1 O setor das Tecnologias é um dos pilares do bem<br />
estar das famílias e do crescimento económico das<br />
empresas, melhorando a produtividade e dando resposta<br />
a inúmeras necessidades do dia a dia, numa sociedade<br />
cada vez mais ligada e digital.<br />
Durante o período de pandemia, assistimos ao disparar<br />
da procura de soluções tecnológicas para suportar<br />
o trabalho remoto, pelo que em 2023 assistimos a alguma<br />
correcção do mercado. As previsões para 2024<br />
indicam que o setor irá recuperar progressivamente,<br />
aproximando-se e, em alguns casos, ultrapassando, os<br />
números pré-pandemia. Se este é o panorama geral,<br />
existem ainda assim várias áreas de crescimento, sobretudo<br />
ao nível do setor privado e dos organismos<br />
públicos, resultantes dos investimentos do PRR.<br />
Será por isso previsível uma recuperação mais rápida<br />
do lado das empresas, sendo que o consumo das<br />
famílias estará sempre condicionado pelo evoluir dos<br />
factores económicos directamente relacionados com<br />
o seu rendimento disponível.<br />
2 A principal tendência que está neste momento a<br />
moldar o setor da tecnologia é sem sombra de dúvida,<br />
a Inteligência Artificial (AI), que saiu dos laboratórios<br />
de investigação para as empresas e os dispositivos<br />
pessoais dos consumidores. Depois da tendência<br />
do trabalho hibrido, que alterou práticas de trabalho<br />
e de vivência das pessoas, o AI trará uma nova vaga<br />
de inovação que já está a chegar à vida das pessoas e<br />
das empresas. Ainda assim, continuarão a marcar a<br />
agenda do setor outras tendências tecnológicas, como<br />
a cibersegurança, o trabalho híbrido ou a transformação<br />
digital. Numa fase de menor impacto estão tecnologias<br />
como as criptomoedas e o blockchain. É esta a<br />
grande força do setor, a capacidade de gerar inovação<br />
e criar tendências tecnológicas que mudam a vida das<br />
pessoas, as empresas e a sociedade.<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023<br />
39
F | Ó | R | U | M<br />
ABEL COSTA<br />
General Manager, Inetum<br />
TIAGO GONÇALVES<br />
CEO da InnoWave<br />
1 Em 2024, com um maior nível de maturidade tecnológica, empresas<br />
e governos procurarão investir em projetos mais inovadores, com<br />
objetivos de ROI a médio ou longo prazo, mas de maior impacto para os<br />
seus modelos de negócio.<br />
Ao longo deste ano, observámos um abrandamento do investimento no<br />
mercado de Tecnologias de Informação e acredito que esta tendência irá<br />
marcar também o ano de 2024, impulsionado por um contexto económico<br />
instável, com elevada inflação, e um panorama empresarial denso,<br />
complexo e dominado por elevados investimentos internacionais.<br />
Em Portugal, os maiores investimentos centrar-se-ão em tecnologias<br />
de última geração que lhes permitam garantir a máxima segurança das<br />
suas operações (Cibersegurança), a resiliência das suas infraestruturas<br />
(Cloud), a maior inteligência dos seus negócios (Gen AI e Analytics) e a<br />
automação da sua atividade.<br />
Neste sentido, acredito que as empresas tecnológicas que se conseguirem<br />
posicionar como parceiros estratégicos nestas áreas terão a oportunidade<br />
de impulsionar o seu negócio.<br />
2 2024 será um ano extremamente desafiante para o setor das Tecnologias<br />
de Informação.<br />
Relembremos que a primeira onda de transformação digital, acelerada<br />
pela crise pandémica, potenciou um maior investimento de empresas<br />
e governos na sua digitalização. Nesta fase, os objetivos estratégicos<br />
centravam-se na desmaterialização e simplificação de processos,<br />
na otimização operacional, numa gestão mais eficiente dos custos e na<br />
oferta de uma experiência omnicanal.<br />
Portugal, em particular o setor público, teve de acelerar este processo<br />
de transformação e garantir estar digitalmente alinhado com a nova<br />
realidade, atendendo às necessidades dos cidadãos, clientes, fornecedores<br />
ou parceiros.<br />
Hoje, entramos numa nova fase de transformação, onde as prioridades<br />
de investimento ajustam-se. Com níveis de maturidade digital<br />
mais elevados, as empresas e governos focar-se-ão na segurança e privacidade<br />
da sua informação (Cibersegurança), na automatização dos<br />
seus processos (Automação), na inteligência da sua operação (GenAI,<br />
Analytics e Observabilidade) e na resiliência das suas infraestruturas<br />
(Cloud).<br />
1 Em 2024 o maior desafio que vemos continua a ser a<br />
atração e retenção de talento. Como empresa tecnológica<br />
centrada nas pessoas o talento é o nosso ativo fundamental.<br />
Para continuar a melhorar este aspeto é fundamental<br />
ter uma cultura sã, baseada em princípios, apostando<br />
sempre na flexibilidade e na responsabilidade, e investindo<br />
continuamente no desenvolvimento de carreira dos colaboradores.<br />
Acreditamos também que é muito importante<br />
apostar em tecnologias avançadas como potenciadores<br />
de inovação e estar sempre à frente da adoção tecnológica,<br />
a velocidade é fundamental.<br />
Em termos de oportunidades vemos o uso da inteligência<br />
artificial generativa como fator chave de aumento de produtividade<br />
e criatividade do ser humano. Vemos também<br />
uma grande oportunidade em ajudar as empresas a acelerar<br />
a transição digital, sempre com a sustentabilidade<br />
em mente.<br />
2 Em termos da maior disrupção sem dúvida a inteligência<br />
artificial generativa, terá um impacto transversal<br />
que vai desde as áreas de marketing e vendas, desenvolvimento<br />
de produto, gestão de serviço e operação, engenharia<br />
de SW, gestão de risco, até à área financeira e de<br />
RHs. Pela primeira vez temos um avanço tecnológico que<br />
coloca em causa as áreas de maior valor acrescentado, os<br />
chamados empregos de “colarinho branco”. Como pessoas<br />
otimistas e positivas acreditamos que esta revolução vai<br />
aumentar significativamente as capacidades humanas, e<br />
não as substituir.<br />
Temos também uma série de outras tecnologias que estão<br />
numa fase madura e em adoção plena, como por exemplo<br />
a cloud e edge computing, o low-code, a cyber security,<br />
a inteligência artificial aplicada, o IoT e a conectividade<br />
avançada (5G, IoT/LPWAN, Satélites). Em termos de tecnologias<br />
que são promessa ou já na fase de entrada na maturidade,<br />
mas que ainda têm alguns desafios para resolver,<br />
vemos as realidades imersivas (AR/VR) e a Web 3.0.<br />
40 EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023
F | Ó | R | U | M<br />
ALEXANDRE FERNANDES<br />
Country Manager Klarna Portugal<br />
FERNANDO GOMES<br />
Chief Technology Officer, Eurotux<br />
1 Em 2024, o sector financeiro vai tanto encontrar desafios como oportunidades, que<br />
virão por uma multiplicidade de fatores. Um dos principais desafios será o de navegar num<br />
cenário de regulação em evolução, à medida que os governos e os organismos internacionais<br />
continuam a introduzir novos regulamentos para garantir a proteção do consumidor e<br />
manter a estabilidade financeira. Adaptar-se a estas mudanças regulamentares e, ao mesmo<br />
tempo, fornecer serviços inovadores e convenientes, será um desafio de base para o sector.<br />
Por outro lado, também é possível ver grandes oportunidades. Começando pela crescente<br />
adoção de pagamentos digitais e do e-commerce, mudança muito acelerada pela pandemia,<br />
que aumentou as transações online, algo que é expectável que continue em 2024. Os operadores<br />
de retalho que possam fornecer soluções de pagamento digital seguras e contínuas,<br />
como as da Klarna, estarão bem posicionados para o crescimento.<br />
Além disso, a sustentabilidade e o investimento ético estão a ganhar impulso, e as instituições<br />
financeiras que dão prioridade a fatores ambientais, sociais e de governance (ESG) vão<br />
destacar-se. O setor tem a oportunidade de contribuir para uma economia mais sustentável<br />
e inclusiva, criando produtos financeiros alinhados com estes valores.<br />
2 O setor da banca tem vindo a perder a visão focada naquilo que é melhor para o consumidor,<br />
razão pela qual acreditamos que a Klarna tem maior valor acrescentado e é uma<br />
melhor alternativa. A IA vai finalmente voltar a colocar o consumidor no centro do foco das<br />
empresas do setor financeiro.<br />
Imaginemos um mundo onde o melhor consultor financeiro, assim como o de maior confiança,<br />
é um telefone. Numa manhã, diz-nos que esteve a analisar o nosso crédito habitação<br />
durante a noite, assim como os nossos padrões de despesas e previsões das taxas de juro.<br />
Sugere-nos, em seguida, que ficaríamos melhor servidos ao mudarmos de fornecedor, e que<br />
o poderá fazer por nós. Para poupar 10€ por mês, só precisamos de clicar em ‘Sim’, e tudo<br />
será feito de forma automática daí em diante. Tão simples quanto isto. As ferramentas com<br />
IA poderão trazer esta imagem futurista à realidade diária, nos próximos anos.<br />
As implicações deste cenários para a banca tradicional podem ser profundas. Os bancos<br />
lucram muito com o spread das taxas de juro, muitas vezes possível pois o consumidor<br />
médio não tem tempo ou conhecimento para procurar opções melhores. A IA pode ocupar<br />
um espaço relevante e de valor, ao fornecer opções onde apenas precisamos de clicar num<br />
‘Sim’, forçando os bancos a competirem por melhores produtos, ao invés de bloquearem os<br />
clientes no seu universo.<br />
É por isso que, na Klarna, estamos a apostar muito em IA. Queremos ser um assistente<br />
financeiro digital que proteja o consumidor, ao ajudá-lo a poupar tempo e dinheiro, com<br />
menos preocupações. Há doze meses, esta era uma visão de longo prazo, mas a IA tornou-a<br />
genuinamente possível num futuro bem mais próximo.<br />
1 Com a chegada da inteligência artificial,<br />
preveem-se grandes mudanças<br />
sendo que na área de informática<br />
já se está a assistir a uma profunda<br />
transformação. Acredito que ainda<br />
muito mais vai acontecer, e que tudo<br />
isto é apenas o início.<br />
Adicionalmente, temos o grande desafio<br />
da cibersegurança, pois a ameaça<br />
de ataques irá continuar a crescer.<br />
Vai ser necessário aumentar o investimento<br />
em tecnologias e expertise<br />
em segurança para proteger os nossos<br />
clientes contra ameaças cada vez mais<br />
sofisticadas.<br />
Por fim, acredito que a regulamentação<br />
imposta pela Europa, de modo a<br />
tentar proteger leis de privacidade e a<br />
segurança dos dados, também deverá<br />
ser cada vez maior e mais apertada.<br />
2 Mais uma vez o “machine learning”,<br />
e a inteligência artificial, vão<br />
estar em grande plano no próximo<br />
ano. Penso que também deverá existir<br />
um aumento de procura - e evolução -<br />
na área de automação e robótica, sempre<br />
com a cibersegurança no topo das<br />
preocupações.<br />
Por fim, acredito que o IoT irá ganhar<br />
cada vez mais destaque, até pela tendência<br />
que a empresas estão a seguir<br />
de se tornarem cada mais sustentáveis.<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023<br />
41
F | Ó | R | U | M<br />
SÍLVIA BECHMANN<br />
CEO Mercedes-Benz.io<br />
FELIPPE SIQUEIRA<br />
CEO e Co-Founder da WEDOIT<br />
1 Em 2024, a indústria tech terá um ano transformador, repleto de desafios que são,<br />
de facto, oportunidades. Um dos principais desafios é a necessidade de abordar a ética<br />
da IA. À medida que a inteligência artificial se torna parte integrante das nossas vidas,<br />
a garantia de equidade, transparência e integridade ética nos algoritmos de IA é crucial.<br />
No entanto, este desafio representa uma excelente oportunidade para os inovadores tecnológicos<br />
liderarem o desenvolvimento de sistemas de IA que dão prioridade ativa aos<br />
princípios éticos, estabelecendo novos padrões para uma IA responsável. Simultaneamente,<br />
a gestão de talentos no sector da tecnologia pode parecer um desafio, mas é também<br />
uma oportunidade. A competição por profissionais qualificados leva as empresas a<br />
criar ambientes de trabalho mais atrativos, promovendo a inovação e a excelência. Leva<br />
ao investimento no desenvolvimento de talentos e na diversidade, contribuindo para<br />
um ecossistema tecnológico mais forte e dinâmico. Além disso, a tendência crescente<br />
de soluções tecnológicas ecológicas é um sinal positivo no sector. A tecnologia sustentável<br />
não só aborda questões ambientais, como também se alinha com os valores éticos.<br />
À medida que a sustentabilidade ganha ímpeto entre as empresas e os consumidores,<br />
as empresas tech têm uma oportunidade única de liderar o caminho no fornecimento<br />
de soluções ecológicas, tendo um impacto positivo tanto nos seus resultados como no<br />
planeta.<br />
2 Em 2024, vamos assistir a uma transformação fascinante na indústria tecnológica,<br />
com um forte enfoque na inovação responsável e orientada para objetivos. Três tendências<br />
de destaque estão a moldar o cenário, e estão intimamente interligadas entre si:<br />
IA ética e tecnologia responsável: Uma das tendências mais significativas é o compromisso<br />
inabalável da indústria com a IA ética e a tecnologia responsável. À medida que<br />
a IA se torna cada vez mais integrada nas nossas vidas diárias, há um esforço coletivo<br />
para garantir que funciona com transparência, justiça e responsabilidade. Gestão de<br />
talentos e diversidade: Outra tendência importante é a forma como a indústria tech<br />
gere os seus talentos. Em vez de a encarar apenas como um desafio, as empresas estão<br />
a abraçá-la como uma oportunidade, reconhecendo que equipas diversificadas são um<br />
catalisador para a inovação, trazendo novas perspetivas e criatividade para a mesa. Isto<br />
é algo que temos vindo a promover e a investir fortemente na Mercedes-Benz.io. E, finalmente,<br />
a tecnologia verde (Green IT) e a sustentabilidade: As soluções tecnológicas<br />
centradas na sustentabilidade estão a ganhar um impulso substancial. Esta tendência<br />
vai para além da consciência ambiental; é uma dedicação aos valores éticos. As empresas<br />
de tecnologia estão a defender ativamente a causa de um planeta mais verde, desenvolvendo<br />
produtos amigos do ambiente e explorando tecnologias de energia renovável,<br />
tudo isto enquanto minimizam a sua pegada de carbono.-<br />
1 O principal desafio que a empresa<br />
enfrenta, em 2024, é a aquisição de<br />
clientes com o objetivo de garantir<br />
um crescimento sustentável e a longo<br />
prazo em Portugal. Este desafio é<br />
de grande magnitude, pois ambicionamos<br />
atrair clientes finais de diversos<br />
setores, como Educação, Retalho,<br />
Banca, Indústrias, entre outros,<br />
e fornecer apoio na implementação<br />
dos seus projetos de modernização<br />
e substituição de infraestruturas de<br />
TI. A principal oportunidade reside<br />
no facto dos potenciais clientes reconhecerem<br />
o nosso expertise técnico e<br />
a qualidade na entrega dos projetos.<br />
Caso esta oportunidade se concretize,<br />
os clientes ficarão satisfeitos por encontrar<br />
um parceiro de negócios confiável<br />
e flexível no setor de serviços de<br />
Infraestrutura de TI, o que fortalecerá<br />
ainda mais a posição da empresa no<br />
mercado português.<br />
2As principais tendências irão continuar<br />
a ser uma maior adoção de Inteligência<br />
Artificial (IA), Segurança, Sustentabilidade<br />
das operações à luz dos<br />
desafios ambientais e sociais, a conectividade<br />
e a procura por serviços personalizados<br />
e on demand. No entanto,<br />
é importante refletir que todas estas<br />
tendências não serão materializadas se<br />
as infraestruturas de TI não estiverem<br />
atualizadas e preparadas para uma<br />
maior capacidade de processamento e<br />
armazenamento de dados.<br />
42 EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023
F | Ó | R | U | M<br />
MANUEL DIAS<br />
Diretor Nacional de Tecnologia, Microsoft<br />
MARCO VIDAL<br />
Founder & Partner da Nimble<br />
1 É incontornável o impacto que tendências<br />
tecnológicas como a Inteligência<br />
Artificial Generativa terão nas diferentes<br />
indústrias, mercados e em organizações<br />
de todas as dimensões. Depois de vários<br />
anos marcados pelo início das jornadas<br />
de Transformação Digital e a necessidade<br />
de mover workloads para a Cloud com o<br />
propósito de trazer agilidade, escalabilidade<br />
e segurança para as empresas, assistimos<br />
agora a um salto quântico no que<br />
diz respeito à inovação tendo como base<br />
grandes modelos de linguagem e IA generativa.<br />
Esta tecnologia entusiasma muito<br />
o C Level nas organizações, mas interesse<br />
e adoção fazem-se em tempos distintos.<br />
Os custos, a aversão ao risco, receios com<br />
segurança e regulação têm sido apontados<br />
como os entraves à implementação,<br />
mas a realidade é que existem muitos casos<br />
de uso de sucesso com potencial para<br />
endereçar alguns dos maiores desafios do<br />
nosso tempo. A abordagem responsável e<br />
holística a esta tecnologia é essencial para<br />
garantir que tiramos o melhor partido<br />
possível desta nova vaga de inovação.<br />
Se a adopção tecnológica tem este potencial<br />
positivo, enquanto catalizador de<br />
inovação, importa não esquecer o reverso<br />
da medalha, pelo que acredito que o tema<br />
da cibersegurança marcará também certamente<br />
o próximo ano. Dados do Microsoft<br />
Digital Defense Report, que analisou<br />
as tendências de segurança entre 2022 e<br />
2023, apontam para um aumento das atividades<br />
de espionagem a nível mundial,<br />
com os ciberataques a atingir 120 países.<br />
Importa destacar que quase metade destes<br />
ataques visaram Estados membros da<br />
NATO e mais de 40% foram dirigidos a<br />
organizações governamentais ou do sector<br />
privado envolvidas na construção e<br />
manutenção de infraestruturas críticas.<br />
O tema da regulação da tecnologia e da<br />
soberania de Dados marcarão também,<br />
por certo, o setor da Tecnologia em 2024.<br />
2 Estamos hoje perante um momento<br />
de mudança de paradigma, com o despontar<br />
de uma nova era de computação<br />
e daquilo que a tecnologia pode fazer por<br />
nós e, sem dúvida que, 2024 ficará certamente<br />
marcado como o ano no qual a IA<br />
assumiu o seu papel de multiplicador de<br />
competências.<br />
Não sendo uma tecnologia nova, a realidade<br />
é que 2024 ditará uma transformação<br />
no uso da IA de um regime de autopiloto,<br />
para copiloto – uma ferramenta indelével,<br />
aplicada a todas as funções dentro das organizações,<br />
um assistente digital capaz de<br />
nos libertar das tarefas repetitivas e sem<br />
valor acrescentado. Assistiremos sem dúvida,<br />
no próximo ano, ao desenvolvimento<br />
exponencial de produtos e soluções<br />
assentes em IA com a Microsoft na linha<br />
da frente no desenvolvimento de uma IA<br />
guiada por uma framework ética, que respeita<br />
seis princípios fundamentais, justiça,<br />
confiança e segurança, privacidade,<br />
inclusão, transparência e accountability,<br />
e com um propósito maior: o de resolver<br />
alguns dos desafios mais prementes que<br />
assolam a Humanidade.<br />
1 O contexto económico, em particular as<br />
taxas de juro, dá-nos alguns sinais de constrangimento<br />
no acesso ao financiamento, a que<br />
soma uma maior dificuldade no justificar de<br />
projetos de investimento considerando o custo<br />
de capital. Por um lado, e pela negativa, decerto<br />
iremos ver muitos projetos a serem adiados<br />
devido ao supracitado. Por outro, pela positiva,<br />
estamos certos de que os projetos que forem<br />
em diante serão de elevado valor. O maior<br />
desafio que teremos será o do recrutamento<br />
de Pessoas qualificadas na área de IA, desafio<br />
ainda maior quando o justificar do valor dos<br />
projetos que devem arrancar (ou não), no contexto<br />
económico referido, depende muito de tal<br />
qualificação. O que vemos como oportunidade<br />
considerando a nossa área de atuação, é que<br />
irá existir um forte investimento pela parte das<br />
organizações em inteligência artificial, quer<br />
a respeito do desenvolvimento de produtos e<br />
serviços inovadores, quer na racionalização de<br />
custos.<br />
2Acreditamos que em 2024 muitas das organizações<br />
irão investir em tecnologias de inteligência<br />
artificial, em particular Generative AI.<br />
O desafio é mais organizacional que tecnológico<br />
quando falamos desta tecnologia, e acreditamos<br />
que 2024 será o ano para experimentar<br />
e aprender. Sectorialmente, e considerando a<br />
nossa presença nos Estados Unidos enquanto<br />
empresa certificada e qualificada para prestar<br />
serviços a um dos maiores fundos de investimento<br />
tecnológico de Silicon Vallley liderado<br />
pela Universidade de Berkeley, veremos investimentos<br />
noutras tecnologias, como por exemplo<br />
Quantum AI na área da saúde/biotech.<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023<br />
43
F | Ó | R | U | M<br />
RICARDO LEBRE<br />
Partner & Head of Technology da NTT DATA Portugal<br />
PEDRO MARTINS<br />
CEO and Founder at Singularity Digital<br />
Enterprise<br />
1 O setor das tecnologias de informação continua muito dinâmico, pelo que a perspetiva<br />
que temos é a de que vai continuar a crescer e a aportar valor acrescentado à economia<br />
portuguesa, tanto pela alavancagem provocada pela inovação e efeitos de produtividade,<br />
como também pela exportação de serviços. Assim, identificamos como oportunidades:<br />
• a aposta em novos modelos de colaboração com os clientes, para se acelerar a inovação<br />
e o desenvolvimento;<br />
• a exploração das tecnologias emergentes para modernizar e acelerar o crescimento dos<br />
negócios;<br />
• o investimento em novos processos e tecnologias para alavancar a produtividade das<br />
organizações;<br />
• o foco em soluções que garantam a sustentabilidade dos negócios e do planeta;<br />
• o aproveitamento da capacidade instalada para aumentar a exportação de serviços de<br />
valor acrescentado.<br />
Já os desafios, residem em:<br />
• escassez de talento, já conhecida na área das TI;<br />
• a concorrência internacional por esse mesmo talento;<br />
• desafios que podem ser compensados pela aposta na retenção e desenvolvimento de<br />
talento, mas também em iniciativas de reskilling e upskilling, que são em si mesmo grandes<br />
desafios;<br />
• Inflação, elevadas taxas de juro e dificuldades na cadeia de abastecimento, que podem<br />
reduzir a capacidade das organizações para investir em I&D e em soluções de modernização<br />
e transformação dos negócios.<br />
2 Do nosso ponto de vista, as grandes tendências tecnológicas do próximo ano vão<br />
passar por:<br />
• Investimento em novos modelos de colaboração para acelerar a inovação e o desenvolvimento<br />
das organizações;<br />
• Aposta em soluções de sustentabilidade, nomeadamente, de base tecnológica, para<br />
melhorar a análise, monitorização, report e ação climática;<br />
• Aceleração da transição e aproveitamento das tecnologias cloud;<br />
• Foco em soluções de automação para aumentar produtividade (hyperautomation);<br />
• Análises e testes de adoção de inteligência artificial;<br />
• Implementação de digital twins para exploração de dados e análises avançadas;<br />
• Aprofundamento das práticas de data & analytics;<br />
• Exploração de soluções de realidade aumentada e virtual;<br />
• Reforço do investimento em cibersegurança.<br />
1 Em 2024, o cenário tecnológico promete ser<br />
empolgante, com uma série de desafios e oportunidades<br />
no campo de dados e inteligência artificial<br />
generativa. Enquanto 2023 serviu como<br />
um ano de teste para esta tecnologia, 2024 vai<br />
marcar o início da sua implementação em processos<br />
de negócios setoriais, com uma taxa de<br />
crescimento anual expectável de cerca de 30%. A<br />
crescente relevância do Generative AI é inegável,<br />
uma vez que estes modelos têm a capacidade de<br />
atuar sobre a informação que as empresas produzem.<br />
Isto coloca um destaque ainda maior na<br />
qualidade dos dados, como tal, os investimentos<br />
dos clientes serão direcionados para garantir a<br />
excelência nessa área. Entretanto, também existem<br />
alguns desafios que vamos ter de responder.<br />
Como exemplo, um desses desafios passa por<br />
encontrar recursos qualificados no mercado que<br />
possam trabalhar com eficiência em inteligência<br />
artificial generativa e engenharia de “Prompt”.<br />
A necessidade de especialistas nesta área está a<br />
crescer exponencialmente, tornando a aquisição<br />
de talentos uma tarefa desafiadora.<br />
2 O sector de Dados e Inteligência Artificial vai<br />
continuar a ser o epicentro das transformações digital.<br />
De acordo com o relatório da Gartner, a inteligência<br />
artificial generativa deverá crescer substancialmente<br />
nos próximos anos, atingindo um<br />
valor de mercado estimado em 12,7 mil milhões de<br />
dólares, até 2024. Assim, empresas e profissionais<br />
que investirem em aprimorar as suas capacidades<br />
de análise de dados e compreensão da IA generativa<br />
estarão bem posicionadas para aproveitar as<br />
oportunidades e enfrentar os desafios. A colaboração<br />
e inovação constantes serão cruciais para o<br />
sucesso neste ambiente em constante evolução.<br />
44 EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023
F | Ó | R | U | M<br />
VICENTE HUERTAS<br />
Country Manager da Minsait,<br />
Indra, em Portugal<br />
LUÍS PIRES<br />
Country manager da TD SYNNEX Portugal<br />
1Depois de um ano marcado pela implementação de<br />
ferramentas de análise de dados ou a migração de infraestruturas<br />
para a cloud, em 2024 alguns dos principais<br />
desafios do sector tecnológico serão a passagem da<br />
primeira onda de digitalização para a segunda, caracterizada<br />
pela ascensão de novas tecnologias e novos paradigmas<br />
que terão um impacto ainda mais significativo<br />
nos modelos de negócio e nas relações entre as empresas<br />
e os clientes. Estes desafios representam, na mesma<br />
medida, oportunidades, sobretudo para as empresas<br />
que estão conscientes dos benefícios da tecnologia e assumem<br />
a área de TI como core business na evolução e<br />
desenvolvimento dos seus negócios, bem como a oportunidade<br />
de consolidação das competências digitais na<br />
educação e do Estado. Um desafio renovado é o da captação<br />
e retenção de talentos para o sector.<br />
2Para 2024, mas também para os próximos anos,<br />
identifico cinco tendências tecnológicas no âmbito<br />
dum processo continuo global da transformação digital:<br />
• Exploração das potencialidades da Inteligência Artificial<br />
Generativa nas empresas e cada vez mais veremos<br />
como os negócios vão estar a aumentar o sue nível de<br />
desempenho com a ajuda desta tecnologia;<br />
• A realidade aumentada, virtual e mista, assim como<br />
o metaverso continuarão a ser alvo de um forte investimento<br />
no desenvolvimento de novos canais, com forte<br />
impacto na interação entre utilizadores e empresas e na<br />
informação digital;<br />
• O phygital, ou seja a integração de canais físicos e digitais<br />
através de sistemas tecnológicos avançados, com<br />
grande impacto na gestão das operações industriais;<br />
A ciberesegurança, preocupação que está a todos os níveis<br />
começando pela gestão de topo<br />
• A modernização e migração dos sistemas herdados<br />
das empresas para a cloud.<br />
1 A rápida evolução da tecnologia exige que estejamos atentos às últimas<br />
inovações de forma a responder à procura dos clientes. Na TD SYNNEX fazemos<br />
por anteceder essas necessidades e por isso contamos com os nossos<br />
parceiros fabricantes para oferecer as melhores soluções. A transformação<br />
digital das entidades vai se manter, este é um processo que teve o seu boom<br />
com a pandemia e que naturalmente irá evoluir para uma maior digitalização<br />
dos processos promovendo uma relação cada vez mais próxima com a<br />
tecnologia. Assistimos a uma desmaterialização das infraestruturas empresariais,<br />
o digital tomou conta do nosso dia-a-dia e palavras como Cloud, IoT,<br />
Data Analisys, XaaS, IA fazem parte do quotidiano.<br />
No cenário delicado em que nos encontramos, onde a sociedade enfrenta<br />
novas guerras e alterações nas relações de poder entre países, que trazem<br />
maior instabilidade geopolítica e, juntamente com as questões climáticas,<br />
impactam nas cadeias de fornecimento globais. As evoluções tecnológicas<br />
continuam a aproximar cada vez mais a inteligência artificial do nosso quotidiano.<br />
Os próximos anos deixarão mais evidente a necessidade de pensar o mundo<br />
em rede, na procura de soluções aos desafios que o planeta está a enfrentar.<br />
Será́ necessário desenvolver novas formas de produção, consumo, mobilidade,<br />
trabalho e relações sociais. Tudo isso centrado no bem-estar coletivo.<br />
2 Considerando os desafios que temos a tecnologia é sem dúvida uma das<br />
ferramentas para melhor os ultrapassar e por isso destaco a continuação da<br />
evolução da inteligência artificial integrando-se nas várias indústrias, como<br />
são exemplo, a saúde, finanças, transporte e fabrico. Espera-se que esta seja<br />
aplicada para automação, análise de dados avançada e tomada de decisões.<br />
A implantação do 5G deve acelerar em todo o mundo, proporcionando uma<br />
conectividade mais rápida e confiável. Isso permitirá a expansão da Internet<br />
das Coisas (IoT), realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR),<br />
bem como melhorias na telemedicina e na indústria 4.0. A Realidade Aumentada<br />
(AR) e Realidade Virtual (VR) serão tecnologias que continuarão<br />
a expandir-se em setores como jogos, educação, formação e experiências<br />
imersivas, como passeios virtuais. Com o aumento das ameaças cibernéticas,<br />
espera-se que as soluções de cibersegurança evoluam para proteger<br />
dados e infraestruturas críticas. E por fim destaco ainda a inovação em tecnologias<br />
sustentáveis, que respondam ao desafio de reduzir a nossa pegada<br />
ecológica no mundo.<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023<br />
45
F | Ó | R | U | M<br />
JOSÉ SACADURA<br />
General Manager, Powerdot<br />
LUISA RIBEIRO LOPES<br />
Presidente do .PT<br />
1 O setor da mobilidade elétrica em Portugal está preparado para<br />
um crescimento significativo em 2024, mas há ainda um conjunto<br />
de desafios a enfrentar no próximo ano, tais como o crescimento da<br />
infraestrutura de pontos de carregamento, que terá de acelerar para<br />
colmatar o aumento de procura que está atualmente a ocorrer. Trata-<br />
-se de um desafio bastante relevante se queremos que a utilização de<br />
veículos elétricos (VEs) se torne uma possibilidade para todos.<br />
No entanto, a verdade é que existe um conjunto de oportunidades no<br />
setor da mobilidade elétrica, tais como o lançamento de novos modelos<br />
de veículos elétricos mais acessíveis e económicos, a expansão<br />
e desburocratização da instalação de pontos de carregamento e a melhoria<br />
da experiência do utilizador através do AutoCharge.<br />
Com estas medidas, acredito que estaremos não só tornar o país líder<br />
na inovação na mobilidade elétrica, a criar postos de trabalho, a impulsionar<br />
a economia e, sobretudo, a criar um futuro mais sustentável<br />
para Portugal.<br />
2Na mobilidade elétrica, a automação de processos será a principal<br />
tendência do próximo ano. Este avanço tecnológico visa proporcionar<br />
uma experiência mais conveniente e segura aos utilizadores de VEs,<br />
sendo um dos maiores exemplos o AutoCharge, que desenvolvemos<br />
em parceria com a Miio, e que já é possível utilizar nos nossos pontos<br />
de carregamento em França e Espanha.<br />
A automação de processos no carregamento de VEs é uma vantagem<br />
crucial na forma como concebemos a mobilidade elétrica. Com esta<br />
inovação, o processo de carregamento torna-se mais eficiente e descomplicado.<br />
Os utilizadores podem simplesmente estacionar o seu<br />
veículo, e o AutoCharge permite: identificação do veículo, início automático<br />
do carregamento e autenticação segura do utilizador.<br />
Esta tendência também visa melhorar a comodidade dos utilizadores,<br />
permitindo-lhes focar-se em outras atividades enquanto os seus<br />
VEs são carregados de forma autónoma. É um passo para tornar a<br />
mobilidade elétrica mais atrativa, sustentável e conveniente, desmistificando<br />
preocupações comuns, como a autonomia limitada e a dificuldade<br />
em encontrar postos de carregamento disponíveis. Acredito<br />
que a automação será a tendência tecnológica mais significativa na<br />
mobilidade elétrica em 2024.<br />
1 Na tecnologia, desafios e oportunidades são duas faces<br />
da mesma moeda. Como evitar o aumento de desigualdades,<br />
como utilizar a tecnologia para aprofundar a democracia,<br />
a igualdade e a inclusão social. Diria que o principal<br />
desafio, em todos os grandes tópicos do futuro ligados<br />
à tecnologia, é a preparação: a capacitação das pessoas, a<br />
começar na escola, passando pelo mercado de trabalho, na<br />
qualificação avançada, na requalificação, na capacitação de<br />
quem é mais vulnerável por razões sociais, geográficas, de<br />
idade ou de género; a modernização das empresas, sinónimo<br />
de maior competitividade; a conectividade generalizada<br />
e a digitalização de serviços do Estado, sinónimo de<br />
coesão. Preparando todas e todos para o futuro, temos um<br />
mundo de oportunidades para aproveitar. Para mudar para<br />
melhor os nossos empregos, os salários ou a articulação entre<br />
vida profissional e familiar, para simplificar e facilitar o<br />
nosso dia-a-dia, para atingirmos um mundo mais sustentável<br />
nas suas várias dimensões.<br />
2 Perspetivo que a inteligência artificial, a cibersegurança,<br />
os dados, a cloud, computação avançada ou a web 3.0<br />
continuarão a ser temas fortes, de grande investimento e<br />
transformadores da sociedade e da economia. Mas prevejo,<br />
e quero também, que a discussão passe a estar, cada vez<br />
mais, no lado humano e ético destas inovações e tendências.<br />
Que se reflita no que está – e no que devia estar – por<br />
detrás dos algoritmos, nas preocupações que os responsáveis<br />
pelas novas ferramentas e plataformas têm de ter, nos<br />
cuidados que não podemos descurar com a informação<br />
que consumimos e partilhamos. Em 2024 gostaria de ver<br />
um avanço mais efetivo na igualdade de género no digital.<br />
Não obstante, acima da média europeia, apenas 21,4<br />
% dos profissionais TIC em Portugal são mulheres. O digital<br />
tem de ajudar a mitigar desigualdades, encurtar distâncias,<br />
promover o acesso à informação e ao exercício da<br />
cidadania e contribuir para uma sociedade inclusiva e livre<br />
de estereótipos.<br />
46 EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023
F | Ó | R | U | M<br />
RICARDO PARREIRA<br />
CEO da PHC Software<br />
ÁLVARO DEXEUS<br />
Head of Southern Europe, Pleo<br />
1 Há uma oportunidade muito clara, que é, também, um<br />
desafio: o potencial da Inteligência Artificial Generativa no<br />
mundo da gestão e na produtividade das equipas. Por um<br />
lado, as empresas devem conseguir perceber como aproveitar<br />
esta nova tecnologia para ter resultados impactantes<br />
no seu negócio. Por outro, estamos a entrar numa era entusiasmante<br />
relativa à forma como atingem resultados surpreendentes.<br />
Outro desafio, que tem vindo a ser contínuo,<br />
está relacionado com a forma como as empresas gerem e<br />
armazenam os seus dados. Levanta-se a questão “Cloud:<br />
sim ou não?”, e as empresas terão de conseguir perceber<br />
qual o caminho mais estratégico a adotar. Por fim, aponto<br />
o terceiro desafio: a segurança dos sistemas tecnológicos<br />
empresariais. As organizações terão de estar prontas para<br />
se protegerem e formarem as suas equipas neste sentido, especialmente<br />
numa altura em que o trabalho híbrido permite<br />
que se acedam a sistemas internos (e confidenciais) a partir<br />
de qualquer parte do mundo.<br />
2 A IA Generativa continuará a evoluir e a ter um impacto<br />
claro nos negócios e na forma como os gestores tomam decisões,<br />
que serão cada vez mais informadas e baseadas em<br />
dados. Um dos objetivos principais de qualquer empresa é<br />
garantir que as pessoas executam bem, que dão resposta aos<br />
desafios, que são produtivas e que se sentem bem no trabalho.<br />
A IA Generativa, quando bem implementada, é a alavanca<br />
necessária para que se atinja esta ambição e para que<br />
se trabalhe melhor e mais rápido. Importa que as empresas<br />
apostem na sua transição digital de forma 360. Assim, ligada<br />
à tendência clara da utilização de IA Generativa, acredito<br />
que vamos começar a ver os gestores a apostarem na atual<br />
revolução tecnológica e a perceberem, de forma gradual,<br />
que, para conseguirem que os seus negócios sejam altamente<br />
produtivos, terão de investir em ferramentas inovadoras e<br />
colocar a tecnologia no centro das decisões. Estamos a viver<br />
um momento fantástico, no setor tecnológico, que se estende<br />
a todos os outros setores.<br />
1 Os desafios serão muito semelhantes em todos os setores. As<br />
empresas vão continuar a estar sob pressão para apresentarem<br />
lucros e para serem economicamente eficientes, com os salários<br />
a subirem para compensar as taxas de inflação na europa. No geral,<br />
as empresas estão a gastar mais onde há um retorno e valor<br />
acrescentando garantido e a longo prazo, como o investimento<br />
em softwares para redução de trabalho manual, libertando as<br />
equipas para terem mais tempo para formação e upskilling.<br />
Por outro lado, a crise energética ainda está longe do fim, e é<br />
expectável que os custos da energia continuem altos em 2024,<br />
mesmo com apoios governamentais.<br />
Olhamos ainda para os desafios e oportunidades que podem ser<br />
trazidas pela IA Generativa. O desafio aqui está relacionado com<br />
o facto das empresas terem de perceber como podem testar e utilizar<br />
a tecnologia com segurança, regulando o uso no seu negócio.<br />
A confiança será fundamental em 2024, à medida que as populações<br />
se vão sentindo financeiramente mais expostas e vulneráveis.<br />
Confiança e segurança vão ser a base dos novos produtos<br />
financeiros.<br />
2 Vamos assistir a um movimento em direção a experiências<br />
do cliente mais profundas, removendo a complexidade através de<br />
infraestruturas bancárias e de pagamentos, desenvolvidas para<br />
transferências/pagamentos mais rápidos e seguros.<br />
Também aqui a IA Generativa será uma tendência chave, especialmente<br />
quando usada de forma ética e sem preconceitos. A<br />
transformação digital e a automação vão continuar, assim como<br />
a legislação e regulação de novas tecnologias.<br />
A consolidação de softwares e construção de ferramentas serão<br />
prioridades para as empresas, que procuram soluções all-in-one,<br />
que possam substituir múltiplas ferramentas ou plataformas, e<br />
que possam responder a múltiplos desafios e questões. As parcerias<br />
entre fintechs e soluções não-fintech vão aumentar, e as empresas<br />
vão procurar consolidar as ferramentas que têm, devido<br />
à falta de capacidade de investimento, o que tornará ainda mais<br />
vital que encontrem os parceiros certos com solidez financeira e<br />
com a segurança de instituições sólidas por detrás.<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023<br />
47
F | Ó | R | U | M<br />
PAULO ALMEIDA<br />
Head of Innovation & Transformation na Neotalent<br />
DANIELA SIMÕES<br />
CEO da miio<br />
1 Apesar do atual contexto económico, a escassez e o desajuste das competências disponíveis<br />
vão continuar a ser dos principais desafios no setor das TI, principalmente em<br />
tecnologias emergentes e com elevada procura, como a inteligência artificial, a cibersegurança<br />
ou a data science. Adicionalmente, a rápida evolução tecnológica exige um<br />
ciclo constante de upskilling e reskilling, um desafio tanto para os profissionais, como<br />
para as organizações. Investir no desenvolvimento contínuo dos profissionais não só<br />
permite combater esta realidade, como também fomenta a lealdade e a motivação.<br />
Embora não seja novidade, manter a relevância e a atratividade, enquanto empregador,<br />
continuará a ser um desafio. Tal irá forçar as empresas a dar genuína atenção e<br />
a intervir em áreas prioritárias, como a ambiental, a social e a de governance (ESG),<br />
temas que tocam nas pessoas e que moldam a sociedade. As empresas que abraçam a<br />
sustentabilidade e a responsabilidade social, não só atendem às expectativas crescentes<br />
do talento, como também fortalecem a sua atratividade no mercado.<br />
O desafio da diversidade e da inclusão nas TI, setor no qual o género feminino está<br />
sub-representado, obriga as empresas a adotarem uma postura mais ativa e educativa<br />
no combate aos estereótipos deste setor. Criar uma cultura diversa, promotora da criatividade<br />
e da inovação, torna-se uma vantagem competitiva e aumenta a atratividade.<br />
2 Acredito que 2024 ficará marcado pela convergência entre diferentes tendências<br />
tecnológicas, como a Inteligência Artificial Generativa, a Automação, a Cibersegurança<br />
e Resiliência, e a Tecnologia Sustentável. Na verdade, esta é uma tendência que irá<br />
marcar o progresso tecnológico nos próximos anos.<br />
Nenhum setor deverá escapar ao impacto da IA Generativa e da Automação e às suas<br />
capacidades de transformarem a forma como as empresas operam, permitindo que<br />
as pessoas se concentrem em tarefas mais complexas e valiosas. As organizações que<br />
conseguirem dominar estas tecnologias, vão conseguir superar os seus próprios limites,<br />
impulsionar as suas capacidades de inovação e, certamente, obter resultados mais<br />
personalizados e criativos.<br />
Por outro lado, num contexto em que pessoas e as organizações são cada vez mais dependentes<br />
de tecnologias digitais, aumenta o número e o impacto das ameaças. Assim,<br />
é crucial assegurar a resiliência das infraestruturas digitais, através de medidas robustas,<br />
deteção proativa de ameaças e resposta eficiente a incidentes.<br />
O uso e a dependência de toda esta tecnologia não podem passar ao lado das preocupações<br />
ambientais. O princípio da sustentabilidade torna-se parte estrutural das empresas,<br />
não apenas pelas considerações éticas, mas também em resposta à procura dos<br />
consumidores e às pressões regulatórias. A Tecnologia Sustentável está, assim, a surgir<br />
como um impulsionador fundamental de mudança.<br />
1 Em 2024, prevemos vários desafios no setor da mobilidade<br />
elétrica, decorrentes da possível redução de<br />
incentivos governamentais para aquisição de veículos<br />
novos que, pode ser mitigado pelo aumento de veículos<br />
usados a preços mais baixos, continuando a dar oportunidade<br />
à população para fazer esta transição para uma<br />
mobilidade mais sustentável e amiga do ambiente.<br />
2 Existem várias tendências, entre as quais destacamos:<br />
· Condução Autónoma e ADAS: O avanço na indústria<br />
automóvel tem permitido a melhoria de sistemas de assistência<br />
ao condutor, aumentando a segurança e conveniência<br />
na condução.<br />
· Baterias de Estado Sólido: O contínuo desenvolvimento<br />
de baterias de estado sólido mais eficientes e seguras,<br />
com potencial para ampliar a autonomia dos veículos<br />
elétricos e reduzir os tempos de carregamento.<br />
· Carregamento Ultra-Rápido: A evolução da tecnologia<br />
de carregamento, possibilitando tempos de carregamento<br />
significativamente mais curtos e ainda mais comodidade<br />
para os utilizadores de carros elétricos.<br />
· Veículos Conectados: A integração de tecnologia de conectividade<br />
nos veículos, permitindo monitorização em<br />
tempo real e serviços personalizados para os condutores.<br />
· Energias Renováveis e Armazenamento: A crescente<br />
adoção de fontes de energia renovável e soluções de<br />
armazenamento de energia, tornando a mobilidade elétrica<br />
mais sustentável e independente da rede elétrica<br />
convencional.<br />
· Veículos Urbanos Leves: O aumento da popularidade<br />
de veículos elétricos de micromobilidade, como scooters<br />
e bicicletas elétricas, como alternativas eficazes para deslocações<br />
urbanas.<br />
·Inteligência Artificial (IA): A utilização da IA para otimizar<br />
a gestão de frotas, melhorar a segurança rodoviária<br />
e proporcionar uma experiência de condução mais personalizada<br />
e eficiente.<br />
48 EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023
F | Ó | R | U | M<br />
FERNANDO BRAZ<br />
Country Leader da Salesforce<br />
GUILHERME DIAS<br />
Sales Director do SAS Portugal<br />
1 Penso que tudo se coloca em torno da IA Generativa, da<br />
forma como as empresas a vão adotar e como as entidades públicas<br />
vão forçar a sua regulação e segurança. Este tema é simultaneamente<br />
um desafio e uma oportunidade, porque todo<br />
o potencial desta tecnologia só poderá ser aproveitado positivamente,<br />
se as questões da segurança, confiança e regulação<br />
forem bem endereçadas.<br />
O caminho está a ser feito e, na Salesforce, olhamos para este<br />
tema com enorme dedicação. É fundamental que haja uma<br />
arquitetura de IA segura, para que as equipas possam beneficiar<br />
da IA generativa sem comprometerem a sua segurança,<br />
assim como a segurança dos dados que operam e, ao mesmo<br />
tempo, permitir que as empresas usem os seus próprios dados,<br />
de confiança, para melhorarem a capacidade de resposta da<br />
IA generativa. Trabalhar a segurança e a confiança, pelas vias,<br />
legal, prática e de uso, serão o maior desafio para 2024 e para<br />
os anos que se seguem.<br />
2Mais uma vez, a IA Generativa, é a tecnologia que tem o<br />
potencial de mudar radicalmente a forma como as empresas<br />
operam. Não digo que a mudança radical seja feita já em<br />
2024, mas será um ano importante para o desenvolvimento<br />
da aplicação da IA Generativa.<br />
Todas as empresas vão passar por uma transformação de IA,<br />
para aumentar a produtividade e impulsionar a eficiência. À<br />
medida que a tecnologia continua a avançar, torna-se mais<br />
fácil do que nunca aplicar os seus conhecimentos e conteúdos<br />
personalizados às decisões empresariais diárias. Ao<br />
infundir IA confiável em todos os empregos, negócios e setores,<br />
juntos podemos desbloquear uma economia empresarial<br />
mais produtiva e inovadora.<br />
A era da IA generativa está apenas a começar, mas todo o potencial<br />
dos benefícios desta tecnologia ainda não foi concretizado.<br />
Há muitas promessas e oportunidades para as empresas<br />
obterem valor e crescimento reais, proporcionando<br />
melhores experiências. Os primeiros passos estão a ser dados<br />
e 2024 será um ano com desenvolvimentos importantes.<br />
1 Está provado que o mercado das TIC é um mercado que continua<br />
a fomentar investimento, sendo que a IDC antecipou mesmo<br />
que entre 2022 e 2025, os investimentos diretos em transformação<br />
digital vão registar um crescimento anual médio de 14,5%.<br />
Ora, penso que é nisto que nos devemos centrar e no facto dos<br />
modelos de negócio terem de passar obrigatoriamente pelo digital.<br />
Os maiores desafios penso que estarão, por um lado, ligados ao<br />
mindset dos decisores que tem de continuar a evoluir no sentido<br />
de encarar as TI como parte integrante do negócio e potenciadora<br />
de crescimento, e por outro lado à retenção de talentos. As oportunidades<br />
disponíveis neste mercado de trabalho são muitas, no<br />
entanto a escassez de competências/habilitações específicas é um<br />
problema real. Espero que em 2024 o mercado continue a crescer,<br />
as organizações estejam mais resilientes do que nunca e que a<br />
Analítica Avançada continue a ser encarada como uma utilidade<br />
estratégica para a gestão dos negócios.<br />
2O progresso, inovação e evolução tecnológica não param e ainda<br />
bem, pois só assim conseguimos ter uma sociedade cada vez<br />
mais resiliente e organizações e colaboradores cada vez mais competitivos<br />
e preparados para enfrentar os desafios diários que vão<br />
surgindo no mercado. Olhando para 2024 penso que o foco vai<br />
continuar a estar não só na IA, com o seu carácter revolucionário,<br />
mas também na IA Generativa; na Analítica Avançada e na sua capacidade<br />
de facilitação de processos de tomada decisão; no Cloud<br />
Computing que atrai cada vez mais investimento; na Cibersegurança<br />
que deve continuar a ser prioridade crítica para qualquer negócio,<br />
devendo ser aliás considerada premissa base tendo em conta<br />
o impacto e prejuízos vários que da sua ausência podem advir. Ao<br />
longo deste ano falámos muito em Resiliência Cibernética e acredito<br />
que vamos continuar a ouvir falar, uma vez que em tempos<br />
incertos como estes que vivemos torna-se imprescindível impulsionar<br />
a união e colaboração de todos, de forma a fazer frente a<br />
eventuais ameaças. Penso que cada uma destas tendências trará<br />
um enorme diferencial competitivo, assim como inúmeras oportunidades<br />
para as organizações, o desafio está é em saber aplicá-las<br />
bem internamente.<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023<br />
49
F | Ó | R | U | M<br />
BRUNO CASTRO<br />
Fundador & CEO, VisionWare<br />
NUNO ARCHER<br />
CEO, Winsig<br />
1 Acredito que continuaremos a assistir a uma crescente tendência<br />
no aumento do número de ataques cibernéticos cada vez mais disruptivos<br />
e de sucesso, sem diferenciação entre setor público ou privado, concebidos<br />
para criar caos a vários níveis - social, financeiro, educacional e<br />
até político. À medida que a tecnologia avança, o mesmo acontece com<br />
a sofisticação dos atores cibernéticos maliciosos. Será crucial investir<br />
na implementação de um modelo de segurança que seja evolutivo, dinâmico<br />
e contínuo, abordando todos os setores da segurança, nomeadamente,<br />
tecnologia, procedimentos e pessoas. Cabe-nos a todos - cidadãos,<br />
empresas, organizações, Estado - prepararmo-nos para aumentar<br />
o nosso grau de maturidade digital, tendo sempre como perspetiva o<br />
também incremento da nossa capacidade de resiliência para 2024.<br />
O que vamos começar assistir nas empresas, e em especial na área da<br />
cibersegurança, será a fulcral importância do papel dos CISO’s na organização<br />
e na implementação dos modelos de cibersegurança das próprias<br />
empresas, com foco na prevenção; a utilização do RGPD como<br />
fator de vantagem nas empresas; a evolução das mentalidades em modelos<br />
de trabalho de “Zero Trust” para atingirem maturidade digital<br />
em cibersegurança; a aposta constante na formação das pessoas, já que<br />
o fator humano continua a ser um dos grandes responsáveis pela consumação<br />
das ameaças, e por fim, uma maior aposta em recursos de<br />
deteção, investigação e resposta a ameaças. Não importa apenas saber<br />
reagir, mas sim antes, saber como prevenir um ataque.<br />
2Na minha visão e perspetiva de tendências para 2024, acredito<br />
que iremos assistir a um paradigma cada vez mais complexo no que<br />
toca aos ciberataques, apoiados, por exemplo, pela inteligência artificial<br />
com manipulação de voz e imagem, que é neste momento, um<br />
dos campos de desenvolvimento tecnológico em maior crescimento,<br />
facto que, no entanto, levantará sérios dilemas, éticos, morais e, também,<br />
securitários. Serão levantadas, ainda, mais questões como: que<br />
problemas poderemos encontrar que ameaçam a segurança das nossas<br />
comunidades, à medida que desenvolvemos a IA para o benefício da<br />
sociedade? Outra complexidade serão as redes de telecomunicações de<br />
quinta geração (5G), a criptografia quântica e a IA, as quais se forem<br />
parar “às mãos erradas”, podem dificultar bastante o trabalho de investigação<br />
dos agentes das forças de segurança.<br />
1 Os desafios para 2024 estão relacionados com um<br />
previsível abrandamento económico face ao crescimento<br />
registado em 2023 e que trará um desafio acrescido<br />
na captação de novos clientes. Fazer bons investimentos<br />
em marketing, nomeadamente no marketing digital<br />
será um fator diferenciador para permitir alcançar novos<br />
clientes e novos mercados. O facto de haver eleições<br />
a 10 de março de 2024 poderá impactar negativamente<br />
a tomada de decisão de algumas empresas, sobretudo<br />
em projetos de maior envergadura. Será fundamental<br />
ter uma estratégia para manter os clientes fidelizados.<br />
O desafio da contratação de recursos qualificados irá<br />
continuar e as empresas terão de continuar a desenvolver<br />
competências para a atração e para o desenvolvimento<br />
do seu talento, conseguindo dessa forma crescer<br />
sustentadamente e reduzindo a rotação de quadros.<br />
As oportunidades estão relacionadas com necessidade<br />
imperiosa de melhorar drasticamente a produtividade<br />
das nossas empresas, sobretudo das PMEs. Só através<br />
dessa melhoria é que será possível pagar melhores salários,<br />
de forma sustentada e desta forma permitir que<br />
jovens quadros qualificados desenvolvam as suas carreiras<br />
profissionais em Portugal em vez de optarem por<br />
fazê-los no estrangeiro. Segundo o Eurostat (Dados de<br />
2022) somos o 5.º pior país da União Europeia no indicador<br />
do PIB per capita, que melhor reflete a produtividade<br />
da nossa economia, estando a 77% da média<br />
europeia. Nesta altura estamos ao nível da Hungria e<br />
da Roménia, que tendo partido de uma posição muito<br />
inferior à nossa, estão a caminho de nos ultrapassar. É<br />
absolutamente necessário haver um maior investimento<br />
dos nossos empresários na melhoria dos seus processos<br />
de negócio com o apoio fundamental de um bom<br />
software de gestão que permita o acesso a informação<br />
fiável e de forma atempada. Este desafio continuará válido<br />
em 2024 e é fundamental que o consigamos vencer.<br />
50 EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023
F | Ó | R | U | M<br />
PAOLO FAVARO<br />
Administrador Executivo, Vantage Towers Portugal<br />
2O grande elemento disruptivo de 2024,<br />
será a utilização da Inteligência Artificial<br />
(IA) nos processos de negócio das empresas.<br />
Já existem vários estudos demonstrando<br />
a melhoria de produtividade atingida<br />
por quem utiliza IA vs. quem não utiliza. A<br />
frequência com que utilizaremos IA irá aumentar<br />
e a abrangência da sua utilização<br />
nas empresas é enorme. Ainda estamos<br />
a dar os primeiros passos e a aprender à<br />
medida que vamos experimentando a sua<br />
utilização, mas é inegável que com o lançamento<br />
do ChatGPT e modelos similares,<br />
abriu-se um admirável mundo novo.<br />
As áreas onde a IA irá impactar são imensas,<br />
beneficiando muito o desempenho de<br />
tarefas complexas onde até agora os sistemas<br />
existentes tinham dificuldade em<br />
ajudar o nosso trabalho e em melhorar o<br />
nosso desempenho.<br />
A minha visão é que a IA, não irá substituir<br />
os humanos, mas vai ajudar imenso<br />
no seu aumento de produtividade e que as<br />
empresas que não utilizarem IA serão ultrapassadas<br />
por outras que estão a utilizar<br />
IA de forma eficaz nos seus processos de<br />
negócio. Esse é que é o grande desafio –<br />
aprender a utilizar esta nova ferramenta,<br />
tal como já aconteceu no passado quando<br />
apareceu o PC, o e-mail, os telemóveis ou<br />
a internet. É uma enorme oportunidade<br />
que não pode ser ignorada por nenhuma<br />
empresa e que sendo bem aplicada trará<br />
enormes vantagens para quem o fizer.<br />
1 2024 será um ano muito movimentado do ponto de vista das infraestruturas<br />
de telecomunicações no setor das TowerCos, embora seja esperada uma<br />
mudança de foco. Após anos marcados por uma grande expansão do portfólio<br />
através das aquisições de ativos e de programas para a construção de novas<br />
infraestruturas, as principais prioridades passarão a ser a consolidação, a otimização<br />
e a racionalização operacional.<br />
Em última análise, esta alteração de paradigma reflete algumas tendências<br />
que têm estado simultaneamente em jogo de há algum tempo a esta parte e<br />
que têm que ver com externalidades macroeconómicas e evolução tecnológica.<br />
Relativamente à primeira, o custo mais elevado do capital em todo o mundo<br />
está a “forçar” os fornecedores de infraestruturas a apostar na sustentabilidade<br />
das suas operações de uma forma mais objetiva, priorizando as oportunidades<br />
de crescimento orgânico. No que diz respeito à tecnologia, a digitalização e a<br />
disponibilidade mais generalizada de tecnologias como a Realidade Aumentada<br />
e a Inteligência Artificial estão a encorajar as TowerCos a repensar a sua<br />
abordagem às operações, com o objetivo de torná-las mais eficientes, proporcionando<br />
assim um melhor serviço ao cliente.<br />
Teremos de nos preparar para ver a smart technology abranger cada vez mais<br />
todos os aspetos das operações – da manutenção à engenharia –, o que ajudará<br />
os fornecedores de infraestrutura a otimizar consideravelmente a implantação<br />
de recursos no terreno e a reduzir os prazos de entrega.<br />
2 No próximo ano, especialmente em Portugal, chegará ao fim a fase inicial<br />
da implementação em massa da tecnologia 5G e vai assistir-se a uma aceleração<br />
progressiva da adoção da tecnologia. À medida que surgirem novos casos<br />
de utilização em diversas áreas, desde a agricultura até à saúde pública,<br />
a necessidade de densificação da rede impulsionará a procura por uma extensa<br />
cobertura, oferecendo assim às TowerCos uma boa oportunidade para<br />
integrarem no seu portfólio um valioso conjunto de instalações de cobertura<br />
dedicadas.<br />
Com base nisso, tanto as operadoras de redes móveis como os demais operadores<br />
poderão potenciar e melhorar a experiência digital dos seus clientes<br />
finais. Em última análise, parte do ruído que, nos últimos anos, envolveu a instalação<br />
do 5G vai finalmente dar lugar a algumas aplicações concretas, o que<br />
são ótimas notícias. O nosso objetivo é permitir a todos os players do mercado<br />
as condições ideais para poderem desenvolver todo o seu potencial e oferecerem<br />
a melhor experiência de infraestrutura digital do mercado!<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023<br />
51
F | Ó | R | U | M<br />
RUI SHANTILAL<br />
Managing Partner, Devoteam Cyber Trust<br />
1 Em 2024, o setor de cibersegurança enfrentará desafios significativos, mas também apresentará<br />
oportunidades consideráveis. A antecipação e a gestão das ameaças cibernéticas sofisticadas será um<br />
desafio constante, assim como a educação de utilizadores sobre práticas seguras.<br />
A segurança de dispositivos IoT e a integração eficaz da Inteligência Artificial na segurança cibernética<br />
são outras áreas desafiantes. Por outro lado, a crescente procura por soluções robustas de cibersegurança<br />
abre portas para inovações, como frameworks integrados que simplificam a gestão da segurança<br />
cibernética com integração e participação de todos os intervenientes - caso da Alert Readiness Framework<br />
recentemente lançada pela Devoteam.<br />
A colaboração entre diferentes setores e a partilha de conhecimento sobre ameaças emergentes também<br />
representam oportunidades. Além disso, o desenvolvimento de soluções inteligentes baseadas em IA<br />
para automação de segurança, detecção, bloqueio e resposta de ameaças e análise de vulnerabilidades<br />
é uma tendência crescente.<br />
O mercado de cibersegurança está projetado para crescer significativamente, refletindo uma maior<br />
consciencialização sobre a importância da segurança digital. Adaptarmo-nos rapidamente às mudanças,<br />
investir em tecnologias emergentes e fomentar uma cultura de segurança são chaves para o sucesso<br />
neste setor.<br />
2 Para o próximo ano, as principais tendências tecnológicas em cibersegurança refletem uma mistura<br />
de inovação contínua e resposta a desafios persistentes. Primeiramente, a segurança de terceiros ganha<br />
destaque, pois as cadeias de fornecimento e os ecossistemas de negócios estão cada vez mais interconectados.<br />
A avaliação e gestão rigorosa dos riscos associados a fornecedores e parceiros tornam-se<br />
essenciais.<br />
Além disso, a conformidade regulatória, especialmente em relação à NIS2 e DORA na União Europeia,<br />
será uma prioridade. As organizações precisarão alinhar as suas práticas de segurança com esses novos<br />
requisitos para evitar penalidades e garantir a proteção eficaz dos dados.<br />
Outra área em foco será a resiliência cibernética. Diante de ataques cada vez mais sofisticados, as empresas<br />
irão procurar estratégias robustas para recuperarem rapidamente de incidentes e manter a<br />
continuidade dos negócios.<br />
Quanto à Inteligência Artificial e machine learning em pentesting, embora haja um potencial significativo<br />
para futuras inovações, esta área ainda está a desenvolver-se. Portanto, é mais uma direção provável<br />
do que uma tendência estabelecida.<br />
Por último, a crescente necessidade de talentos especializados em cibersegurança continua a ser um<br />
desafio. As organizações investirão mais em formação e desenvolvimento de competências internas,<br />
além de recorrerem a serviços geridos especializados para enfrentar a complexidade da cibersegurança.<br />
Estas tendências refletem um setor em constante evolução, onde a adaptação e a inovação contínuas são<br />
cruciais para enfrentar os desafios de um ambiente digital cada vez mais complexo.<br />
52 EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023
D | I | R | E | T | Ó | R | I | O<br />
DIRETÓRIO<br />
Portugal na linha da frente<br />
da transição tecnológica<br />
Vivemos num mercado global, com consumidores que<br />
exigem uma resposta única, direcionada e imediata. As<br />
soluções tecnológicas inovadoras permitem um conhecimento<br />
profundo das tendências e necessidades dos clientes,<br />
de forma a criar estratégias assertivas e alinhadas com<br />
o mercado. A Inovação não se baseia apenas no desenvolvimento<br />
de novos produtos, também ajuda a promover<br />
novos modelos de negócios, oferece novos serviços e melhora<br />
os processos para tornar mais fácil a vida das pessoas.<br />
Para que isso aconteça, é importante que a inovação<br />
seja valorizada e devidamente reconhecida e, em vez de<br />
ser vista como um gasto, seja entendida como um investimento.<br />
Se antes da pandemia a tecnologia e a digitalização<br />
já eram consideradas um factor crítico de sucesso em<br />
determinados sectores, agora a realidade é transversal a<br />
toda a sociedade. O paradigma da digitalização das empresas<br />
pode mudar os sistemas de produção e de fabrico,<br />
tornar as empresas mais ágeis e alinhadas. E Portugal<br />
reúne as características de uma digital nation e que o tornam<br />
num País tão apelativo para a criação de hubs tecnológicos<br />
por parte de empresas estrangeiras. O talento<br />
tecnológico é necessário para que as empresas continuem<br />
a evoluir e o País se mantenha na dianteira da tecnologia,<br />
podendo criar um novo paradigma para o futuro.<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023 53
D | I | R | E | T | Ó | R | I | O<br />
SOLUÇÕES INOVADORAS<br />
Qual o principal objectivo e missão da<br />
Crossjoin Solutions?<br />
A Crossjoin é uma consultora tecnológica<br />
de referência internacional focada na<br />
otimização de sistemas de informação.<br />
Como tal, a nossa missão é melhorar o dia<br />
a dia dos nossos clientes e das pessoas em<br />
geral através da tecnologia. Procuramos<br />
proporcionar a todas as organizações e<br />
empresas a garantia de que os seus sistemas<br />
estão a trabalhar dentro das capacidades<br />
para os quais foram desenhados e<br />
com a garantia que todo o seu envolvente,<br />
seja ele pessoas, processos ou tecnologia<br />
estão otimizados para garantir uma entrega<br />
de aplicações dentro dos padrões de<br />
qualidade mais elevados da indústria.<br />
Quais as principais áreas de actuação<br />
da vossa empresa?<br />
Este foco traduz-se numa oferta de serviços<br />
que incidem principalmente nas seguintes<br />
áreas:<br />
• Performance: alavancarmos a otimização<br />
dos processos de negócio dos<br />
nossos clientes, em cenários de firefight,<br />
certificação antes de produção, ou<br />
suporte aplicacional especializado, de<br />
forma transversal à tecnologia e infraestrutura.<br />
• Infra-estrutura: por forma a garantir<br />
o enfoque na correta manutenção e<br />
eficiente operação da infraestrutura de<br />
bases de dados e sistemas dos nossos<br />
clientes, encontramos aqui os serviços<br />
de administração de bases de dados,<br />
cloud e aplicações com a característica<br />
de garantir que a performance é endereçada<br />
de raíz.<br />
• Desenvolvimento: focado em otimizar<br />
todo o ciclo de vida de entrega de<br />
software, fornecemos serviços de arquitetura,<br />
aconselhamento e desenvolvimento<br />
especializado que habilitam as<br />
equipas dos nossos clientes a entregar<br />
mais rápido garantindo as melhores<br />
práticas de performance da indústria.<br />
Atendendo ao vosso sucesso no mercado<br />
nacional e internacional, como<br />
podemos definir a vossa metodologia/<br />
estratégia?<br />
O sucesso da Crossjoin é o resultado da<br />
qualidade da sua entrega, refletida nas<br />
sucessivas conquistas que se traduzem na<br />
adição de valor ao negócio dos seus clientes.<br />
Como parte da estratégia de sucesso<br />
construída ao longo dos anos, o Competence<br />
Center tem sido a chave do sucesso<br />
para a entrega de serviços que envolvem<br />
desafios em multi-tecnologia. O modelo e<br />
metodologia de entrega em nearshore ou<br />
on-premise, permite à Crossjoin oferecer<br />
de forma competitiva o “right sizing”, “right<br />
people” para os desafios sem comprometer<br />
o compromisso e a qualidade.<br />
O nosso sucesso, no fim, está dependente<br />
do sucesso dos nossos clientes e<br />
até hoje não desapontámos. Estamos empenhados<br />
em trabalhar para melhorar e<br />
crescer de um modo sustentável.<br />
E, sendo assim, quais as principais<br />
vantagens para os clientes em adoptarem<br />
os serviços da vossa empresa?<br />
A principal vantagem é a garantia de qualidade<br />
e excelência. Ouvimos muitas vezes<br />
dos nossos clientes que dormem melhor<br />
à noite sabendo que nos têm como<br />
responsáveis pelo funcionamento dos<br />
seus sistemas. Com a evolução do serviço<br />
da Crossjoin, não só garantimos o funcionamento<br />
dos sistemas de TI em modo<br />
produtivo, como também todo o processo<br />
e equipas que fazem parte deste ciclo<br />
de vida. Não é o nosso objetivo substituir<br />
nenhum destes elementos do ciclo de<br />
vida, mas sim garantir que todos os eles<br />
trabalham em harmonia, com as metodologias<br />
corretas, com as melhores práticas<br />
de mercado e que entregam rápido e com<br />
qualidade.<br />
Outra das vantagens que acaba de estar<br />
relacionada com a de cima, é a expertise e<br />
valências transversais das nossas equipas<br />
do Competence Center. Com o nosso serviço<br />
os nossos clientes têm sempre acesso<br />
aos melhores profissionais e experts nas<br />
áreas que necessitam de otimização e<br />
melhoria com a capacidade de atuar em<br />
qualquer sistema, tecnologia ou setor de<br />
atividade.<br />
Como se diferenciam da concorrência?<br />
O foco desde 2009 no nicho de mercado<br />
da performance, é de logo um fator de diferenciação,<br />
pois não é fácil identificar<br />
empresas que se dediquem apenas a serviços<br />
de performance transversal à tecnologia<br />
e ao negócio dos nossos clientes.<br />
O Centro de Competências que reúne<br />
as competências necessárias para responder<br />
aos desafios que enfrentamos em<br />
mais de 30 clientes, dispersos geograficamente<br />
no mundo, em diversos sectores,<br />
com sistemas ditos de grande porte<br />
54<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023
D | I | R | E | T | Ó | R | I | O<br />
O SUCESSO DA<br />
CROSSJOIN É O<br />
RESULTADO DA<br />
QUALIDADE DA SUA<br />
ENTREGA, REFLETIDA<br />
NAS SUCESSIVAS<br />
CONQUISTAS QUE SE<br />
TRADUZEM NA ADIÇÃO<br />
DE VALOR AO NEGÓCIO<br />
DOS SEUS CLIENTES<br />
e complexidade envolvendo as mais recentes<br />
tendências tecnológicas, permite-nos assegurar<br />
uma resposta em tempo útil com qualidade<br />
e a um preço competitivo, já que esta pool<br />
de peritos profissionais é partilhada pelos<br />
diversos projetos. O modelo de governança<br />
desta pool, constituído por camadas de analista,<br />
especialistas e arquitetos, permite criar<br />
sinergias entre os vários projetos geridos por<br />
delivery managers e technical service managers<br />
100% focados nos problemas sentidos<br />
pelos clientes.<br />
A acrescentar ao exposto acima, a Crossjoin<br />
investe ainda consideravelmente na sua academia,<br />
onde existe uma forte aposta na capacitação,<br />
formação e certificação e reciclagem<br />
de talentos ou bem recentemente adquiridos,<br />
ou bem na atualização das competências dosnossos<br />
profissionais.<br />
A Crossjoin Solutions coloca a observalidade<br />
no centro dos seus serviços. Em que<br />
consiste esta solução?<br />
Na realidade, o que atualmente é conhecido<br />
como observabilidade, faz parte do core da<br />
Crossjoin desde a sua fundação.<br />
A observabilidade sempre foi essencial para<br />
a Crossjoin, e desde 2009 é realizada com as<br />
ferramentas e técnicas de recolha e visualização<br />
de dados utilizados na indústria e adequados<br />
ao ciclo de vida do software dos seus<br />
clientes.<br />
O que tem mudado ao longo do tempo é que<br />
as ferramentas que permitem fazer a captura<br />
da performance dos sistemas são cada vez<br />
mais completas e fáceis de utilizar para se obter<br />
toda a monitorização necessária. A adoção<br />
destas por parte dos nossos clientes também<br />
tem aumentado substancialmente ao longo<br />
do tempo, em grande parte devido à adoção<br />
cada vez maior de produtos SaaS e na migração<br />
para cloud. Para nós a solução de observabilidade<br />
passa por ajudar os nossos clientes<br />
a tirar o máximo partido destas soluções<br />
porque embora estas soluções out-of-the-box<br />
sejam uma ajuda preciosa na análise dos sistemas<br />
de TI, na maior parte dos casos expõem<br />
demasiada informação que nem sempre é útil<br />
ao utilizador final ou existem alguns desafios<br />
de instrumentação de sistemas, ou de processos<br />
de negócio que nem sempre são simples<br />
de resolver. Hoje temos parcerias estabelecidas<br />
com alguns fornecedores estratégicos que<br />
nos posicionam como sendo o melhor parceiro<br />
tecnológico e integrador para soluções de<br />
observabilidade.<br />
Que vantagens traz para as empresas?<br />
A solução de observabilidade da Crossjoin tem<br />
a grande vantagem de trazer todo um know-<br />
-how de análise de performance de sistemas<br />
que faz parte do DNA da Crossjoin e com isso<br />
os nossos clientes conseguem rapidamente ter<br />
melhor visibilidade e controlo dos seus sistemas<br />
de TI. Num mundo onde vemos cada vez<br />
mais a adoção de produtos SaaS ou cloud é<br />
cada vez mais importante os nossos clientes<br />
monitorizarem os SLAs e tempos de resposta<br />
destas aplicações que estão muitas vezes<br />
apenas parcialmente contratualizados com<br />
alguns fornecedores é que trazem à mesa uma<br />
maior capacidade de negociação e de análise<br />
dos problemas de negócio. Com a Crossjoin<br />
têm a garantia que isso acontece da maneira<br />
mais eficiente tanto em custo como no tempo.<br />
João Modesto<br />
CEO<br />
Rodrigo Garcia<br />
Associate Partner<br />
Mauro Farracha<br />
Associate Partner<br />
André Simões<br />
Project Line Manager<br />
CONTACTOS<br />
Rua Abel Salazar nº 7F,<br />
2805-290 Pragal<br />
Edifício Colombo 1<br />
3810-106 Aveiro<br />
+351 217 992 120<br />
info@cross-join.com<br />
ÁREAS DE ATUAÇÃO<br />
• Serviços TI<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023 55
D | I | R | E | T | Ó | R | I | O<br />
Impulsionar a tecnologia<br />
com foco no planeta<br />
A<br />
Capgemini é líder mundial no desenvolvimento<br />
de parcerias com<br />
empresas para transformar e possibilitar<br />
a gestão dos seus negócios aproveitando<br />
o poder da tecnologia.<br />
A atuação do Grupo norteia-se diariamente<br />
pelo seu principal objetivo: potenciar a<br />
energia humana através da utilização da<br />
tecnologia rumo a um futuro mais inclusivo<br />
e sustentável. O Grupo é uma organização<br />
responsável e multicultural, com uma<br />
equipa que reúne 350 mil colaboradores<br />
em mais de 50 países. Com um valioso património<br />
de mais de 55 anos de existência<br />
e uma vasta experiência nos mais variados<br />
setores de atividade.<br />
A empresa é reconhecida pelos seus clientes<br />
por responder às suas necessidades,<br />
desde a estratégia e design até à gestão das<br />
operações, tirando partido das inovações<br />
em áreas em constante evolução como a<br />
cloud, os dados, a inteligência artificial, a<br />
conectividade, o software, a engenharia digital<br />
e as plataformas.<br />
Em 2022, o Grupo reportou receitas no valor<br />
de 22 mil milhões de euros.<br />
SUSTENTABILIDADE<br />
O ESG está incorporado na estratégia corporativa<br />
da Capgemini com foco em oito<br />
prioridades.<br />
• Ambiente - Prioridade A: Agir contra as<br />
alterações climáticas sendo neutro em carbono<br />
até 2025 e tornando-se um negócio<br />
net zero.<br />
• Prioridade B: Implementar a uma transição<br />
económica de baixo carbono, ajudando<br />
os clientes a cumprir os seus compromissos<br />
ambientais.<br />
• Social - Prioridade C: Investir incessantemente<br />
no talento interno através de uma<br />
experiência única desenvolvendo as habilidades<br />
futuras.<br />
• Prioridade D: Implementar um ambiente<br />
de trabalho diversificado, inclusivo e híbrido.<br />
• Prioridade E: Apoiar a inclusão digital<br />
nas comunidades onde opera<br />
• Governança - Prioridade F: Promover<br />
uma governança diversificada e responsável.<br />
• Prioridade G: Manter elevados padrões<br />
éticos em todos os momentos para o crescimento<br />
mútuo.<br />
• Prioridade H: Proteger dados, infraestrutura<br />
e identidade .<br />
O objetivo da companhia é ser a pedra angular<br />
do ecossistema tecnológico com impactos<br />
ESG positivos e duradouros. Aproveitando<br />
o espírito e a energia das equipas<br />
Capgemini, e utilizando a sua excelência<br />
operacional, ativos inovadores e parcerias<br />
de valor acrescentado, a empresa aumenta<br />
continuamente o desempenho ESG, desenvolvendo<br />
soluções e serviços para melhorar<br />
o desempenho ambiental dos seus clientes<br />
e stakeholders.<br />
PORTUGAL<br />
A Capgemini, em Portugal há mais de 25<br />
anos, reúne uma equipa com mais de 3700<br />
especialistas, de 49 nacionalidades, nas áreas<br />
de consultoria estratégica, tecnológica e<br />
de engenharia, e uma vasta experiência nos<br />
mais variados setores de atividade. Possui<br />
6 escritórios (Porto, Fundão, Lisboa e Évora),<br />
4 Laboratórios (Media, 5G, Mobilidade<br />
e Quantum) e 2 Hubs (CRM e Low-Code).<br />
Cristina Rodrigues<br />
Administradora-Delegada e<br />
membro do Conselho de<br />
Administração da Capgemini Portugal<br />
SOLUÇÕES<br />
ADM Next, Customer Experience (CX),<br />
Data & AI, Digital Core (com SAP S/4HA-<br />
NA), Inventive IT, Cloud & Cibersecurity,<br />
Sustainability, Product & Systems Engineering,<br />
Software Product Engineering<br />
(SPE), Electronics & Semiconductors,<br />
Connectivity & Network Engineering,<br />
Data Science, Analytics & AI, Manufacturing<br />
& Process Engineering, Product<br />
Support & Services, Sustainable Engineering<br />
g.<br />
CONTACTOS<br />
Av. Colégio Militar nº 37F,<br />
Torre Colombo Oriente, 10º<br />
1500-180 Lisboa<br />
+351 214 122 200<br />
www.capgemini.com/pt-en<br />
geral.pt@capgemini.com<br />
56<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023
D | I | R | E | T | Ó | R | I | O<br />
LISTA DE EMPRESAS<br />
Especialistas em Gestão, Operação,<br />
Segurança e Automação de Serviço IT<br />
Presente no mercado desde 1995, a principal atividade é a<br />
Prestação de Serviços na área de Sistemas e Infraestruturas<br />
IT, promovendo também o desenvolvimento, representação<br />
e suporte de produtos e soluções.<br />
O lema We Care IT transmite o compromisso em proporcionar<br />
um serviço IT de excelência, através de soluções de qualidade,<br />
práticas, eficazes, fáceis de implementar e manter.<br />
O Centro de Suporte FACTIS, é o Departamento de Informática<br />
das PME com diferentes perfis profissionais e ferramentas de<br />
gestão e automação de referência. Proporciona serviços integrados<br />
e geridos para PME, dotando-as de valências comparáveis<br />
às das grandes empresas e instituições, assegurando que a Infraestrutura<br />
IT e Sistemas são mantidos por especialistas experientes,<br />
em conformidade com as melhores práticas de mercado<br />
e capazes de se adaptarem à realidade do seu negócio.<br />
João Fonte<br />
Sócio & CEO<br />
ÁREAS DE ATUAÇÃO<br />
IT and Enterprise Service Management, Remote Monitoring and<br />
Management, Automation of Endpoint Management, Risk Based<br />
Patch Management, Cybersecurity Assessment and Consulting,<br />
Cybersecurity Training, Backup and Archiving of E-mail, Systems<br />
Backup, Replication and Recovery, Firewalls and Networking, Microsoft<br />
365 e Azure<br />
CONTACTOS<br />
José Antunes<br />
Sócio & CFO<br />
Lisboa Praça Nuno Rodrigues dos<br />
Santos nº 2 - E e F<br />
1600-171 Lisboa<br />
Santarém Centro Inovação Empresarial,<br />
Largo do Infante Santo,<br />
2005-246 Santarém<br />
+351 213 553 620<br />
www.factis.com<br />
geral@factis.com<br />
Júlio Sabino<br />
Diretor Serviços &<br />
Qualidade<br />
Certified Partners<br />
.PT<br />
Rua Eça de Queiroz, 29,<br />
1050-095 Lisboa<br />
t. 800 910 039<br />
e. rp@pt.pt<br />
w. www.pt.pt<br />
Accenture, consultores de Gestão<br />
Amoreiras - Torre 1 - 16º andar<br />
1070-101 Lisboa<br />
t. 213 803 500<br />
e. accenture.portugal@accenture.com<br />
w. www.accenture.pt<br />
Affinity<br />
Av. 5 de Outubro, 125, 1.º<br />
1050-052 Lisboa<br />
t. 213 160 443<br />
e. info@affinity.pt<br />
w. www.affinity.pt<br />
Agorasys<br />
Rua Cova da Moura, 2, 3.º esq.<br />
1350-117 Lisboa<br />
t. 213 162 144<br />
e. agora@agorasystems.com<br />
info@agorasystems.com<br />
w. www.agorasystems.com<br />
Aka People<br />
Rua Engenheiro Ferreira Dias,<br />
924, E38<br />
4100-246 Porto<br />
t. 223 190 645<br />
e. info@akapeople.pt<br />
w. www.akapeople.pt<br />
Aktm<br />
Av. Marquês de Tomar, 35, 7.º<br />
1050-153 Lisboa<br />
t. 210 126 677<br />
Aliança Portuguesa de Blockchain<br />
Avenida Luís Bivar, 73, 5.º dto.<br />
1050-142 Lisboa<br />
t. 215 953 093<br />
e. info@all2bc.com<br />
w. www.all2bc.com<br />
Alidata<br />
Zona Ind. da Sertã, Edifício SerQ,<br />
Sala Nuno Álvares Pereira, lote 3<br />
6100-711 Sertã<br />
t. 244 850 030<br />
e. geral@alidata.pt<br />
w. www.alidata.pt<br />
All@Work<br />
Av. da República, 339<br />
4450-242 Matosinhos<br />
t. 220 023 350<br />
e. info@grupoatwork.com<br />
w. www.grupoatwork.com<br />
Alter Solutions<br />
Av. da República, 18, 14.º<br />
1050-191 Lisboa<br />
t. 217 961 025<br />
e. hello.lisbon@alter-solutions.com<br />
w. alter-solutions.com<br />
Altice Portugal<br />
Av. Fontes Pereira de Melo, 40<br />
1069-300 Lisboa<br />
t. 215 002 000<br />
e. dci@telecom.pt<br />
w. www.altice.pt<br />
Altice Labs<br />
Rua Eng. José Ferreira Pinto<br />
Bastos, s/n<br />
3810-106 Aveiro<br />
t. 234 403 200<br />
e. contact@alticelabs.com<br />
w. www.alticelabs.com<br />
AMD<br />
Zona Ind. Casal dos Frades, lote 8<br />
2435-661 Seiça<br />
t. 249 544 153<br />
e. amdempresa@gmail.com<br />
w. www.amdlda.pt<br />
amen.pt<br />
Av. Duque de Ávila, 185, 4.º, fracção<br />
A e B<br />
1050-082 Lisboa<br />
t. 707 455 155<br />
e. contact@amen.pt<br />
w. www.amen.pt<br />
Anturio Corporation<br />
Av. Cor. Eduardo Galhardo, 3<br />
1170-105 Lisboa<br />
t. 211 454 004<br />
e. info@anturio.com<br />
w. anturio.com<br />
AppGeneration<br />
Av. da Boavista, 848<br />
4100-112 Porto<br />
t. 220 160 933<br />
e. info@appgeneration.com<br />
w. www.appgeneration.com<br />
Aptoide<br />
Rua Fernanda Seno, 6<br />
7005-485 Évora<br />
t. 217 960 320<br />
e. support@aptoide.com<br />
w. www.aptoide.com<br />
Ar Telecom<br />
Doca de Alcântara Norte, Edif.<br />
Diogo Cão, 1350-352 Lisboa<br />
t. 210 301 030<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023 57
D | I | R | E | T | Ó | R | I | O<br />
Streamroad<br />
Os marketeers das TI<br />
P<br />
resente no mercado desde<br />
2009, a StreamRoad Marketing<br />
& Comunicação tem como<br />
objetivo assegurar as melhores estratégias<br />
para que os seus Clientes<br />
vençam num mercado em constante<br />
mutação e cada vez mais competitivo<br />
– o mercado das Tecnologias de Informação<br />
(TI).<br />
Compilámos um vasto leque de serviços<br />
e soluções em outsourcing para<br />
que as empresas do sector obtenham,<br />
numa só agência, uma elevada satisfação<br />
num raio de serviços flexíveis e<br />
eficientes a 360°.<br />
Nesse sentido, disponibilizamos uma<br />
ampla gama de soluções de Marketing<br />
Sergio Azevedo<br />
Managing Partner<br />
Management<br />
Ana Serrano<br />
Ana Margarida Paula<br />
Raquel Dias<br />
Elisabete Neves<br />
e Consultoria de Mercado aos nossos<br />
Clientes (B2B e B2C), entre as quais se destacam: programas de<br />
Marketing e de desenvolvimento de canal, soluções de marketing<br />
digital, outsourcing de plataformas de negócio, ações de demand<br />
generation, organização de eventos, comunicação, entre outras.<br />
A nossa equipa é composta por Profissionais com um know-how<br />
profundo e uma vasta experiência no setor das TI, que acompanham<br />
os nossos Clientes para que estes respondam de forma eficaz<br />
aos atuais desafios do mercado, estimulando assim o seu negócio e<br />
a sua notoriedade.ilhões de euros.<br />
ÁREAS DE ATUAÇÃO<br />
• Consultoria estratégica<br />
• Marketing & Comunicação<br />
• Serviços comerciais<br />
• Recrutamento & Formação<br />
CONTACTOS<br />
Rua 9 de Abril, 300/300A<br />
2765-542 São Pedro do Estoril<br />
+351 214 686 170<br />
geral@streamroad.pt<br />
https://streamroad.pt/<br />
e. artelecom@artelecom.pt<br />
w. www.artelecom.pt<br />
askblue<br />
Av. da Igreja, 42, 4.º dto.<br />
1700-239 Lisboa<br />
t. 211 939 865<br />
e. info@askblue.pt<br />
w. askblue.pt<br />
Aspire Technology<br />
Taguspark – Parque de Ciência e<br />
Tecnologia, Núcleo Central, sala 203<br />
2740-122 Oeiras<br />
t. 211 954 765<br />
e. info@aspiretechnology.com<br />
w. www.aspiretechnology.com<br />
A.T. Kearney<br />
Edifício Heron Castilho, Rua<br />
Braamcamp, 40, 10.º<br />
1250-050 Lisboa<br />
t. 218 987 100<br />
e. dataprivacy@kearney.com<br />
w. www.pt.kearney.com<br />
Axians<br />
Edif. Atlantis, Av. Dom João II,<br />
44 C, piso 5<br />
1990-095 Lisboa<br />
t. 214 258 000<br />
e. portugal.info@axians.com<br />
w. www.axians.pt<br />
AWS<br />
Av. Dom João II, Edif. Mar Vermelho,<br />
50, 4.º Parque das Nações<br />
1990-095 Lisboa<br />
t. 965 257 036<br />
e. espinhal@amazon.com<br />
w. aws.amazon.com/pt<br />
B - Simple<br />
Av. Fernão de Magalhães, 1054<br />
4350-155 Porto<br />
t. 225 189 144<br />
e. geral@b-simple.pt<br />
w. www.b-simple.pt<br />
B 2 F<br />
Rua D. Afonso Henriques, 1736<br />
4435-003 Rio Tinto<br />
t. 229 773 460<br />
e. b2f@b2f.pt<br />
w. www.b2f.pt<br />
B2Cloud<br />
R. de Correlo 4, 14<br />
4585-384 Gandra<br />
t. 221 450 212<br />
e. info@b2cloudev.com<br />
w. www.b2cloudev.com<br />
Babel<br />
Rua Julieta Ferrão, 10, 7.º<br />
1600-131 Lisboa<br />
t. 217 615 810<br />
e. info@babelgrupo.pt<br />
w. www.babel.es/pt<br />
Baldock Services<br />
Rua Alferes Veiga Pestana, 1 L,<br />
escritório 39<br />
9050-079 Funchal<br />
t. 291 793 283<br />
e. info@baldockservices.eu<br />
w. www.baldockservices.eu<br />
BCoTech<br />
Rua José Augusto Silva Sousa<br />
Maia, 26<br />
4470-482 Maia<br />
t. 229 954 332<br />
e. geral@bcotech.com<br />
w. www.bcotech.pt<br />
BearingPoint<br />
Edif. Taurus, Campo Pequeno, 48,<br />
piso 5<br />
1000-081 Lisboa<br />
t. 215 839 800<br />
e. portugal@bearingpoint.com<br />
w. www.bearingpoint.com<br />
Biq Consultores<br />
R. Mário Castelhano, 42-E, 3/2/1<br />
Queluz de Baixo<br />
2730-120 Barcarena<br />
t. 214 342 600<br />
e. biq.geral@biqconsultores.com<br />
w. www.biqconsultores.com<br />
Bizdirect<br />
Rua Viriato, 13, 2.º esq.<br />
1050-233 Lisboa<br />
t. 210 100 524<br />
e. contact@bizdirect.pt<br />
w. www.bizdirect.pt<br />
Blessed Tech<br />
Rua Santa Marta, 43 EF, 3.º D<br />
1150-293 Lisboa<br />
e. info@blessedtech.net<br />
w. blessedtech.net<br />
Blip<br />
Av. Camilo, 72<br />
4300-095 Porto<br />
t. 222 083 224<br />
e. contact@blip.pt<br />
w. www.blip.pt<br />
Blue Screen - It Solutions<br />
Rua Virgílio Correia, 26-C<br />
1600-223 Lisboa<br />
t. 217 223 822<br />
e. info@bluescreen.pt<br />
w. www.bluescreen.pt<br />
BluePanda<br />
Rua Carlos Aleluia, Edif. Aveiro<br />
Centrum, 4, Loja 3<br />
3810-077 Aveiro<br />
t. 965 527 232<br />
e. info@bluepanda.pt<br />
w. bluepanda.pt<br />
Bouygues Group<br />
R. Dr. Eduardo Santos Silva, 261<br />
58<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023
D | I | R | E | T | Ó | R | I | O<br />
We have a talent for that<br />
ANeotalent é uma das maiores<br />
especialistas ibéricas na prestação<br />
de serviços na área de<br />
Tecnologia de Informação e Engenharia.<br />
Focada no aumento da capacidade<br />
tecnológica das organizações e na transformação<br />
digital dos seus ecossistemas<br />
aplicacionais, a Neotalent assegura o<br />
best fit entre talento especializado e os<br />
projetos mais ambiciosos.<br />
Com mais de 25 anos de experiência,<br />
a Neotalent estabeleceu a sua presença<br />
em localizações-chave, incluindo<br />
Lisboa, Porto e Madrid. Atualmente, a<br />
empresa conta com mais de 950 profissionais<br />
nas diversas áreas em que atua.<br />
com talento especializado nas diversas<br />
tecnologias.<br />
ÁREAS DE ATUAÇÃO<br />
• Managed Services<br />
• Nearshore Services<br />
• Specialized Teams<br />
• Engineering Staffing<br />
• IT Staffing<br />
CONTACTOS<br />
Célia Vieira<br />
CEO<br />
Edite Paulo<br />
Head of IT Staffing<br />
Paulo Almeida<br />
Head of Innovation<br />
& Transformation<br />
Bruno Ferrão<br />
Head of Services<br />
& Nearshore<br />
Av. D. João II, n.º 34 , Parque das Nações - 1998-031 Lisboa<br />
+351 213 836 300<br />
www.neotalent.pt • info@neotalent.pt<br />
4200-283 Porto<br />
t. 213 514 050<br />
e. presse@bouygues.com<br />
w. www.bouygues.com<br />
Bring Data Solutions<br />
Edif. Adamastor, Avenida Dom<br />
João II, 9i, 11.º<br />
1990-077 Lisboa<br />
t. 218 983 083<br />
e. info@bringglobal.com<br />
w. www.bringglobal.com<br />
Bsolus<br />
Rua Dr. Carlos Magalhães, 4 4700-<br />
001 Braga<br />
t. 253 602 100<br />
e. geral@bsolus.pt<br />
w. www.bsolus.pt<br />
C2B<br />
Parque de Ciência e Tecnologia<br />
da Maia, R. Eng. Frederico Ulrich,<br />
2650<br />
4470-605 Maia<br />
t. 229 480 948<br />
e. c2b@c2b.pt<br />
w. www.c2b.pt<br />
CBE<br />
Rua dos Caniços, 27 e 29<br />
Lomba de Cima<br />
2625-253 Vialonga<br />
219 925 400<br />
t. cbe@cbe.pt<br />
e. www.cbe.pt<br />
w. Data Center, Mobile & Telecom<br />
CADFLOW<br />
Estr. Leiria, Edif. Vangest, 210<br />
2430-527 Marinha Grande<br />
t. 244 550 110<br />
e. info@cadflow.pt<br />
w. www.cadflow.pt<br />
CadSolid<br />
Estr. Estação, 115 Leiria Gare<br />
2415-409 Leiria<br />
t. 244 880 200<br />
e. info@cadsolid.pt<br />
w. www.cadsolid.pt<br />
Cadtech<br />
R. Fundões, 151, Mód. 2.1 A. 2.3<br />
3700-121 São João da Madeira<br />
t. 256 379 840<br />
e. info@cadtech.pt<br />
w. www.cadtech.pt<br />
CDI Portugal<br />
Rua Andrade Corvo, 4, 6.º<br />
1050-009 Lisboa<br />
t. 963 459 395<br />
e. joao.baracho@cdi.org.pt<br />
w.www.cdi.org.pt<br />
CEDIS<br />
R Rosa do Ulmeiro, 20,<br />
Parque Industrial de Amés,<br />
Armazém P<br />
2715-771 Terrugem<br />
t. 219 676 620<br />
e. info@cedis.pt<br />
w. www.cedis.pt<br />
CEiiA<br />
Av. Afonso Henriques, 1825<br />
4450-017 Matosinhos<br />
t. 220 164 800<br />
e. ceiia@ceiia.com<br />
w. www.ceiia.com<br />
Celfinet<br />
Rua João Chagas, 53, 2.º esq.<br />
1495-072 Algés<br />
t 214 152 330<br />
e. geral@celfinet.com<br />
w. www.celfinet.com<br />
CentralGest<br />
Av. Cidade de Coimbra, 92/94<br />
3050-374 Mealhada<br />
t. 231 209 530<br />
e. comercial@centralgest.com<br />
w. www.centralgest.com<br />
CIBEN<br />
Rua António Gonçalo Sousa<br />
Dias, 3-A<br />
2130-214 Benavente<br />
t. 263 518 180<br />
e. geral@ciben.pt<br />
w. www.ciben.pt<br />
Claranet<br />
Av. D. João II, 1.07 - 2.1, 4.º<br />
1998-014 Lisboa<br />
t. 707 50 51 52<br />
e. info@claranet.pt<br />
w. www.claranet.pt<br />
CodeOne<br />
Rua Guilherme Braga, 101<br />
4150-390 Porto<br />
t. 229 352 378<br />
e. info@codeone.pt<br />
w. www.codeone.pt<br />
Cognizant Technology<br />
Solutions<br />
Lg. de São Carlos, 3<br />
1200-410 Lisboa<br />
e. inquiry@cognizant.com<br />
w. www.cognizant.com/en-pt<br />
Collab<br />
Av. Dom João II, 43, 4.º<br />
Parque das Nações<br />
1990-084 Lisboa<br />
t. 210 927 840<br />
e.info@collab.com<br />
w. www.collab.com<br />
Critical Software<br />
Pq. Ind. de Taveiro, lote 48<br />
3045-504 Taveiro<br />
t. 239 989 100<br />
e. info@criticalsoftware.com<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023 59
D | I | R | E | T | Ó | R | I | O<br />
Vantage Towers<br />
AVantage Towers é uma das empresas líderes do mercado<br />
de torres de telecomunicações na Europa, com mais de<br />
82 mil sites em dez países, conectando pessoas, empresas<br />
e dispositivos em ambientes urbanos e rurais. Foi fundada<br />
em 2020 e a sua sede está localizada na cidade alemã de Dusseldorf.<br />
Em Portugal, a Vantage Towers conta com mais de 3500 sites no<br />
continente e nas ilhas. O seu portfólio inclui torres no solo (GBT<br />
- Ground-based towers), torres e mastros em edifícios (RTT -<br />
Rooftop towers), sistemas DAS (Distributed Antenna System)<br />
e Small cells.<br />
Através de uma equipa altamente especializada, altos padrões<br />
de qualidade, eficiência e inovação, e políticas rigorosas de ESG,<br />
nomeadamente ao nível da sustentabilidade das operações e da<br />
saúde e segurança dos seus colaboradores, a Vantage Towers<br />
implanta, opera e gere infraestruturas para todos os operadores<br />
de redes móveis, apoiando as necessidades do segmento residencial,<br />
empresarial e de entidades públicas.<br />
A Vantage Towers tem como compromisso contribuir significativamente<br />
para impulsionar uma melhor conectividade e a digitalização<br />
sustentável de Portugal e da Europa.<br />
ÁREAS DE ATUAÇÃO<br />
• Mobile & Telecom<br />
CONTACTOS<br />
Paolo Favaro<br />
Administrador<br />
Executivo da<br />
Vantage Towers<br />
Portugal<br />
Vantage Towers, S.A.<br />
Edifício Arquiparque VII, Rua Dr. António Loureiro Borges, 7,<br />
Piso 3, 1495-131 Algés<br />
+351 210 914 750<br />
www.vantagetowers.com/en/our-european-markets/portugal<br />
info.pt@vantagetowers.com<br />
w. www.criticalsoftware.com<br />
Critical Techworks<br />
R.Dr. António Luís Gomes, 10<br />
4000-091 Porto<br />
t. 707 913 710<br />
e. hello@criticaltechworks.com<br />
w. www.criticaltechworks.com<br />
CYCLOID<br />
Av. Conde Valbom, 30, 4.º<br />
1050-068 Lisboa<br />
t. 215 878 590<br />
e. info@cycloid.pt<br />
w. www.cycloid.pt<br />
Damia Portugal<br />
Av. Almirante Reis, 54, 6.º dto.<br />
1150-019 Lisboa<br />
t. 211 601 380<br />
e. hello@damiagroup.pt<br />
w. www.damiagroup.pt<br />
Dashlane<br />
Rua Garrett, 12, 2.º dto.<br />
1200-203 Lisboa<br />
e. lisbon.accounting@dashlane.com<br />
w. www.dashlane.com<br />
DataFrame<br />
Rua da Cotovia, 15, CCI, 1482 Moita<br />
2860-120 Alhos Vedros<br />
t. 215 887 330<br />
e. geral@dataframe.pt<br />
w. www.dataframe.pt<br />
DataLab<br />
Av. Reinaldo dos Santos, 13,<br />
Loja esq.<br />
2675-673 Odivelas<br />
t. 211 571 495<br />
e. datalab@datalab.pt<br />
w. www.datalab.pt<br />
DataSmart<br />
R. Julieta Ferrão, 12, 2.º piso, 202<br />
1600-131 Lisboa<br />
t. 214 171 161<br />
e. geral@datasmart.pt<br />
w. www.datasmart.pt<br />
Decskill<br />
Rua Castilho, 44, 9.º<br />
1250-071 Lisboa<br />
t. 215 922 408<br />
e. suporte@decskill.pt<br />
w. www.decskill.pt<br />
DefinedCrowd<br />
DR. Major Neutel de Abreu, 22B, 1.º<br />
1500-411 Lisboa<br />
e. mail@definedcrowd.com<br />
w. www.definedcrowd.com<br />
Deloitte<br />
Av. Eng. Duarte Pacheco, 7<br />
1070-100 Lisboa<br />
t. 210 422 500<br />
e. ptcorporatemarketing@ deloitte.pt<br />
w. www.deloitte.com/ptArtificial<br />
Dense Air<br />
Edifício Atrium Saldanha,<br />
Pç. Duque de Saldanha, 1, 11D<br />
1050-094 Lisboa<br />
t. 213 520 951<br />
e. tboyle@denseair.net<br />
w. www.denseair.net<br />
Devexperts Portugal<br />
Pç. do Bom Sucesso,<br />
Edifício Península, 127-131<br />
7.º, sala 701<br />
4150-146 Porto<br />
e. 221 206 330<br />
w. www.devexperts.com<br />
DevScope’s<br />
Rua Passos Manuel, 223, 4.º<br />
4000-385 Porto<br />
t. 223 751 350<br />
e. info@devscope.net<br />
w. www.devscope.net<br />
Dixtior<br />
Av. Infante D. Henrique, 332, 2.º esq.<br />
1800-224 Lisboa<br />
t. 211 942 418<br />
e. info@dixtior.com<br />
w. www.dixtior.com<br />
Do It On<br />
R. Cristóvão Colombo, 10, 7.º esq.<br />
2675-587 Odivelas<br />
t. 211 929 739<br />
e. do@doiton.agency<br />
w. www.doiton.agency<br />
Dognaedis<br />
Rua Pedro Nunes, Edifício<br />
Incubadora do Instituto Pedro<br />
Nunes, S/N<br />
3030-199 Coimbra<br />
t. 239 047 756<br />
e. info@dognaedis.com<br />
w. www.dognaedis.com<br />
DXC Technology<br />
Edif. D. Sancho I,<br />
Quinta da Fonte, Rua dos<br />
Malhões, 4<br />
2770-071 Paço de Arcos<br />
t. 210 606 816<br />
e. informacaogeral@dxc.com<br />
w. www.dxc.technology/pt<br />
Easy Connect<br />
Av. da República, 67<br />
4890-220 Celorico de Basto<br />
t. 255 323 085<br />
e. info@easyconnect.pt<br />
w. easyconnect.pt<br />
ebankIT<br />
Av. Sidónio Pais, 153, torre A, 3.º<br />
4100-465 Porto<br />
t. 222 032 010<br />
e. info@ebantik.com<br />
60<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023
D | I | R | E | T | Ó | R | I | O<br />
A BI4ALL é uma empresa de referência em<br />
serviços de consultoria com competências de<br />
excelência em Transformação Digital e Data<br />
Strategy, com foco em Data Analytics e Inteligência<br />
Artificial. Através dos nossos Centros<br />
de Excelência, habilitamos as empresas com<br />
as melhores práticas, ferramentas, formação<br />
e aconselhamento mais adequados, estabelecendo<br />
o alinhamento estratégico nestas<br />
áreas com o apoio de equipas especializadas,<br />
certificadas e dedicadas.<br />
CONTACTOS<br />
Lisboa: Avenida Marechal Gomes da<br />
Costa 27 A/B Armazém 1,<br />
1800-255 Lisboa<br />
t. +351 217 266 165<br />
Porto: TECMAIA – Rua Engenheiro<br />
Frederico Ulrich 2650 - Edifício Genesis<br />
Piso 0 - Fração A019 - 4470-605 Maia<br />
e. hello@bi4all.pt • w. www.bi4all.pt/<br />
BOARD<br />
José Oliveira - CEO<br />
Andro Moreira - Partner<br />
Hugo Pinto - Partner<br />
Carla Fonseca<br />
Chief Marketing Officer<br />
Inês Xavier<br />
Chief Finance Officer<br />
Luís Laginha<br />
Chief Growth Officer<br />
Pedro Cascais<br />
Chief Commercial Officer<br />
Rui Afeiteira<br />
Chief Information Officer<br />
Rui Alves<br />
Chief People Officer<br />
Rui Gorgueira<br />
Chief Operations Officer<br />
ÁREAS DE ATUAÇÃO<br />
• Modern BI & Big Data<br />
• IA & Data Science<br />
• Data Visualization<br />
• Project Management Office<br />
• Business Analysis<br />
• User Experience & User Interface<br />
• Data Strategy & Data Governane<br />
• Low Code & Automation<br />
• Research Development Software Engineering<br />
Desde 2009, anteriormente com a denominação<br />
INTEGRITY, a nossa equipa é especializada<br />
em fornecer Serviços Geridos<br />
de Segurança de ponta, que combina a<br />
sua expertise e tecnologia proprietária<br />
para reduzir deforma consistente e eficaz<br />
o risco cibernético dos nossos clientes. A<br />
ampla gama de serviços abrange Testes<br />
Persistentes de Intrusão, ISO 27001,<br />
PCI-DSS, Consultoria eSoluções de GRC<br />
e Gestão de Riscos de Terceiras Partes.<br />
Certificados em ISO 27001 (Segurança da<br />
Informação) e ISO 9001 (Qualidade), PCI-<br />
-QSA e membros da CREST e CIS - Centro<br />
de Segurança na Internet, prestamos<br />
serviços a um número considerável de<br />
clientes, operando em mais de 20 países.<br />
CONTACTOS<br />
BOARD - CO-FOUNDERS<br />
Rui Shantilal<br />
Managing Partner<br />
Bruno Morisson<br />
Director Offensive Security<br />
Services, Partner<br />
Marco Vaz<br />
Director Offensive<br />
Security Services, Partner<br />
Nuno Oliveira<br />
Director Cybersecurity<br />
Engineering Services, Partner<br />
ÁREAS DE ATUAÇÃO<br />
• Offensive Security<br />
• Consulting<br />
• Cybersecurity Engineering<br />
• Training & Awareness<br />
Edifício Atrium Saldanha, Praça Duque de Saldanha, nº 1, 2º andar<br />
1050-094, Lisboa, Portugal<br />
t. +351 213 303 740<br />
w. www.integrity.pt<br />
w. www.ebantik.com<br />
ECT Telecoms<br />
Rua Nery Delgado, 8, r/c dto.<br />
2775-253 Parede<br />
t. 965 865 952<br />
e. david.lopes@ect-telecoms.com<br />
w. www.ect-telecoms.com<br />
EDGEOUT<br />
Rua do Instituto Virgílio<br />
Machado, 14<br />
1100-284 Lisboa<br />
t. 218 007 773<br />
e. info@edge.pt<br />
w. www.edge.pt<br />
E-goi<br />
Av. Menéres, 834<br />
4450-190 Matosinhos<br />
t. 300 404 336<br />
e. info@e-goi.com<br />
w. www.e-goi.com<br />
EngMindera<br />
Rua Gonçalo Cristovão,<br />
347, 4.º, sala 404<br />
4000-270 Porto<br />
t. 937 826 634<br />
e. finance.pt@mindera.pt<br />
w. www.mindera.pt<br />
Enigma Virtual<br />
Cais das Pedras, 8, 2.º<br />
esq. frente<br />
4050-465 Porto<br />
t. 917 569 870<br />
w. tax@bbs.pt<br />
Epictetus<br />
Avenida Eng. Duarte Pacheco,<br />
7, piso -1<br />
1070-100 Lisboa<br />
t. 217 814 800<br />
eProseed<br />
Rotunda Eng. Edgar Cardoso, Tower<br />
Plaza, 23, 5.º C<br />
4400-676 Vila Nova de Gaia<br />
t. 308 807 363<br />
e. info@eproseed.com<br />
w. www.eproseed.com<br />
Ernst & Young<br />
Av. da República, 90, 3.º<br />
1649-024 Lisboa<br />
t. 217 912 000<br />
e. ernst.young@pt.ey.com<br />
w. www.ey.com<br />
Esri<br />
Rua das Vigias, 2, 1.º 1990-506 Lisboa<br />
t. 217 816 640<br />
e. info@esri-portugal.pt<br />
w. www.esriportugal.pt<br />
Eurotux<br />
Travessa Manuel da Silva Gomes, nº 17<br />
4705-294 Braga, Portugal<br />
t.253 680 300<br />
e.info@eurotux.com<br />
w.https://eurotux.com/<br />
FACTIS<br />
Pç. Nuno Rodrigues dos Santos, 2 E/F<br />
1600-171 Lisboa<br />
t. 213 553 620<br />
e. geral@factis.com<br />
w. www.factis.com<br />
Fedrax<br />
Rua Encosta dos Piornais, Edif. Quinta<br />
dos Piornais, 4 S. Martinho, 9000-683<br />
Funchal<br />
t. 291 633 756<br />
e. fedrax@gmail.com<br />
w. www.fedrax.com<br />
Fibroglobal<br />
Av. João Crisóstomo, 38 C, 1.º, escritório<br />
2<br />
1050-127 Lisboa<br />
t. 210 437 770<br />
e. geral@fibroglobal.com<br />
w. www.fibroglobal.com<br />
Ficosa Internacional<br />
Rua Cavaco, 115<br />
4470-263 Maia<br />
t. 229 432 900<br />
w. www.ficosa.com<br />
Finantech<br />
Morada: Av. Fernão de Magalhães,<br />
1862, 15.º, sala 1503<br />
4350-170 Porto<br />
t. 225 072 030<br />
e. business@finantech.pt<br />
w. www.finantech.pt<br />
Findmore Consulting<br />
Av. Dom João II, lote 42, esc. 602 1990-<br />
095 Lisboa<br />
t. 218 208 394<br />
e. careers@findmore.eu<br />
w. www.findmore.pt<br />
First Solutions<br />
Rua Cons. Costa Braga, 502 F<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023 61
D | I | R | E | T | Ó | R | I | O<br />
BOARD<br />
Creative tech for Better Change<br />
A Devoteam é uma consultora líder<br />
focada em estratégia digital, plataformas<br />
tecnológicas e cibersegurança.<br />
Combinando criatividade, tecnologia<br />
e data insights, a Devoteam<br />
ajuda os seus clientes a transformar<br />
os seus negócios e a desbloquear o<br />
futuro. Com 25 anos de experiência<br />
e 10.000 colaboradores em toda a<br />
Europa e Médio Oriente, promove o<br />
desenvolvimento de tecnologia para<br />
as pessoas de uma forma responsável,<br />
contribuindo para uma mudança<br />
melhor.<br />
Bruno Mota<br />
Managing Partner<br />
ÁREAS DE ATUAÇÃO<br />
• Distributed Cloud<br />
• Data-Driven Intelligence<br />
• Digital Business & Products<br />
• Business Automation<br />
• Trust & Cybersecurity<br />
• Sustainability enabled by<br />
Digital<br />
A Neurónio Criativo iniciou a sua atividade em<br />
2018, prestando serviços de consultoria informática,<br />
desenvolvimento de websites, lojas online<br />
e comunicação de marcas e produtos.<br />
Nestes anos de atividade a empresa adquiriu<br />
competências nas mais diversas áreas, com<br />
uma equipa multifacetada que desenvolve soluções<br />
digitais completas aos seus clientes, o que<br />
se traduz num valor acrescentado mensurável.<br />
Com foco na qualidade e satisfação, a Neurónio<br />
Criativo proporciona aos clientes a criação de<br />
um posicionamento digital, acrescentando valor<br />
e gerando resultados rápidos. A empresa conta<br />
com mais de duas centenas de websites e soluções<br />
digitais desenvolvidos, nos mais variados<br />
setores de atividade nacionais e internacionais.<br />
BOARD<br />
Rogério Junior<br />
CEO<br />
ÁREAS DE ATUAÇÃO<br />
• Desenvolvimento web<br />
• E-Commerce<br />
• Marketing Digital<br />
• Design gráfico<br />
• Gestão de redes sociais<br />
• Criação de Conteúdos<br />
• Consultoria<br />
CONTACTOS<br />
Avenida D. João II,43,9°, Torre Fernão de Magalhães | 1990-084 Lisboa<br />
t. +351 217 959 541<br />
e. pt.info@devoteam.com<br />
w. https://pt.devoteam.com/pt-pt/<br />
CONTACTOS<br />
Rua Cidade de Rabat, 41B / 1500-159 Lisboa<br />
t. +351 916 175 906<br />
e. geral@neuroniocriativo.pt / w. www.neuroniocriativo.pt<br />
4450-102 Matosinhos<br />
t. 226 057 310<br />
e. geral@first.pt<br />
w. www.first.pt<br />
Foz2Mg<br />
Av. Marechal Gomes da Costa,<br />
1177, 2.º<br />
4150-360 Porto<br />
t. 220 129 502<br />
Futurcabo<br />
Rua do Proletariado, 2<br />
2794-063 Carnaxide<br />
t. 214 222 573<br />
e. geral@futurcabo.pt<br />
w. www.futurcabo.pt<br />
Gartner Portugal<br />
Rua dos Malhões, Qtª da Fonte,<br />
Edifício D. Pedro<br />
2770-071 Paço De Arcos<br />
t. 210 001 653<br />
e. paola.farina@gartner.com<br />
w. www.gartner.com<br />
GHH<br />
Av. da Liberdade, 110, 3.º esq.<br />
1269-046 Lisboa<br />
t. 212 466 746<br />
e. geralghh@grouphh.com<br />
w. www.grouphh.com<br />
GfK Portugal<br />
Rua Carlos Testa, 1, 1.º B<br />
1050-046 Lisboa<br />
t. 210 000 200<br />
e. gfk.portugal@gfk.com<br />
w. www.gfk.com/pt<br />
70-Glintt<br />
Beloura Office Park, Ed 10,<br />
Qta. da Beloura - Beloura<br />
2710-693 Sintra<br />
t. 219 100 200<br />
e. geral@glintt.com<br />
w. www.glintt.com<br />
GLOONE<br />
Pct. D. Nuno Álvares Pereira, 20<br />
4450-218 Matosinhos<br />
t. 229 388 198<br />
e. geral@gloone.com<br />
w. www.gloone.com<br />
Google<br />
Av. da Liberdade, 110, 1.º<br />
1269-046 Lisboa<br />
t. 211 221 803<br />
w. www.google.pt<br />
Gott<br />
R. Dom Pedro V, 410, subloja 2<br />
4150-601 Porto<br />
t. 220 967 024<br />
e. info@gottsolutions.net<br />
w. gottsolutions.net/<br />
GStep<br />
Alam. Fernão Lopes, 16A, piso 9<br />
1495-190 Algés<br />
t. 218 077 880<br />
e. geral@gstep.pt<br />
w. www.gstep.pt<br />
Habber Tec Portugal<br />
Av. Miguel Bombarda, 36, 2.º, 208-D<br />
1050-165 Lisboa<br />
t. 210 108 800<br />
e. info.es@habber.com<br />
w. habber.com/pt<br />
HCCM Consulting<br />
Av. Duque de Ávila, 185, 3D<br />
1050-082 Lisboa<br />
t. 210 183 088<br />
e. info@hccm.pt<br />
w. www.hccm.pt<br />
HIQ Consulting<br />
Rua Viriato, Edif. Picoas Plaza, 13E,<br />
núcleo 6, 3.º dto.<br />
1050-233 Lisboa<br />
t. 213 137 680<br />
e. lisboa@agap2.com<br />
w. www.agap2-it.pt<br />
HP Portugal<br />
Quinta da Fonte, Edifício D. Sancho,<br />
R. Malhões 4, , 2774-528 Paço de Arcos<br />
w. www.hp.pt<br />
Huawei<br />
Edifício Art’s Business Centre,<br />
Av. D. João II, 51B, 10.º A<br />
1990-085 Lisboa<br />
t. 217 828 400<br />
e. portugal@huawei.com<br />
w. www.huawei.com<br />
IBM<br />
Rua Mar da China, 3 Parque das Nações,<br />
1990-138 Lisboa<br />
t. 218 927 000<br />
e. ibm_directo@pt.ibm.com<br />
w. www.ibm.com/pt<br />
Icon Holdings<br />
Av. da República, 50, 10.º<br />
1069-211 Lisboa<br />
t. 217 990 420<br />
w. dnb.com/business-directory<br />
IDC Portugal<br />
62<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023
D | I | R | E | T | Ó | R | I | O<br />
A agência de comunicação das TIC<br />
• 30 anos de experiência em assessoria de<br />
imprensa, comunicação e eventos no setor<br />
das TIC<br />
• Criação de estratégias de comunicação e<br />
imprensa na internacionalização das empresas<br />
e negócios das TIC<br />
• Rede internacional de consultores especializados<br />
na implementação local de estratégias<br />
de comunicação & relações-públicas<br />
Falamos? secretariado@valkirias.pt<br />
BOARD<br />
Ana Velez<br />
CEO & Founding Partner<br />
ana.velez@valkirias.pt<br />
ÁREAS DE ATUAÇÃO<br />
• Relações Públicas<br />
• Assessoria de Imprensa<br />
• Apoio à Internacionalização<br />
• Eventos & Produções<br />
A Winsig tem uma equipa com mais de<br />
100 consultores certificados, uma carteira<br />
de cerca de 900 clientes e é o maior<br />
parceiro da PHC desde 2010. As competências<br />
de implementação do ERP PHC e<br />
de desenvolvimento de add-ons estão<br />
especialmente centradas nos setores da<br />
construção, comércio por grosso, indústria,<br />
retalho e serviços. Presentes em vários<br />
pontos do continente e ilhas, prima<br />
por estar perto dos seus clientes e por<br />
um acompanhamento de proximidade.<br />
BOARD<br />
Nuno Archer<br />
CEO & Founder<br />
CONTACTOS<br />
Rua da Madalena, nº 80, 3º, 1100- 322 Lisboa<br />
t. +351 217 931 885 m. +351 915 991 450<br />
w. www.valkirias.pt<br />
ÁREAS DE ATUAÇÃO<br />
• Construção<br />
• Comércio por Grosso<br />
• Indústria<br />
• Retalho<br />
• Serviços<br />
CONTACTOS<br />
Porto, Viseu , Aveiro, Leiria, Lisboa, Funchal<br />
e Ponta Delgada<br />
t. +351 218 299 150<br />
w. www.winsig.pt<br />
R. Tomás da Fonseca, torre G, 1.º<br />
1600-209 São Domingos de Benfica<br />
t. 217 230 675<br />
w. idcportugal.com<br />
Ideias Dinâmicas<br />
Rua Álvaro Castelões, 821, 2.º, sala 2.5<br />
4450-043 Matosinhos<br />
t. 229 398 320<br />
e. geral@ideiasdinamicas.com<br />
IDW<br />
Rua Dr. António Loureiro Borges,<br />
Arquiparque Miraflores, Edif. 5, 0AA<br />
1495-131 Algés<br />
t. 210 945 200<br />
e. info@idw.pt<br />
w. www.idw.pt<br />
IG&H Platform Services<br />
Edif. Meridiano, Av. D. João II, 30, 1.º<br />
1990-092 Lisboa<br />
t. 215 896 560<br />
e. info-portugal@igh.com<br />
w. www.igh.com<br />
Imagina Soft<br />
Rua de Santa Bárbara, 45<br />
4400-289 Vila Nova de Gaia<br />
t. 220 308 800<br />
e. admin@imaginasoft.pt<br />
w. imaginasoft.pt<br />
Impactzero<br />
R. Gonçalo Cristovão, 347, sala 410-412<br />
4000-270 Porto<br />
t. 223 243 591<br />
e. geral@impactzero.pt<br />
w. www.impactzero.pt<br />
Impossible Labs<br />
Rua Garrett, 74, 2.º dto.<br />
1200-204 Lisboa<br />
t. 218 008 661<br />
e. petra@impossible.com<br />
w. www.impossible.com<br />
INESC<br />
Rua Alves Redol, 9 , 1000-029 Lisboa<br />
t. 213 100 300<br />
e. info@inesc.pt<br />
w. www.inesc.pt<br />
Informantem<br />
Av. José Francisco Guerreiro, Paiã Park,<br />
Edif. A2 1675-076 Pontinha<br />
t. 210 127 000<br />
w. www.informantem.pt<br />
InnoWave<br />
Av. José Malhoa,<br />
1070-159 Lisboa<br />
t. 21 122 2254<br />
e. info@innowave.tech<br />
w. www.innowave.tech<br />
Inovflow<br />
Est. da Portela, 5, piso 3,<br />
esc. 7<br />
2790-124 Carnaxide<br />
t. 218 071 245<br />
e. comercial@inovflow.pt<br />
w. www.inovflow.pt<br />
Inovretail<br />
R. Júlio de Matos, 828/882,<br />
gab. 7<br />
4200-355 Porto<br />
t. 220 301 559<br />
e. info@inovretail.com<br />
w. www.inovretail.com<br />
Janela Digital<br />
Parque Tecnológico de Óbidos,<br />
Rua da Criatividade, lote 6<br />
2510-216 Óbidos<br />
t. 262 840 460<br />
e. comercial@janeladigital.com<br />
w. www.janeladigital.com<br />
Jimpisoft<br />
Rua Trindade Coelho, 25<br />
2780-374 Oeiras<br />
t. 214 542 050<br />
e. info@jimpisoft.com<br />
w. www.jimpisoft.pt<br />
JSC<br />
Lugar Ervideiros, 16,<br />
Zona Industrial da Taboeira<br />
Esgueira<br />
3800-302 Aveiro<br />
t. 234 300 030<br />
e. geral@jsc.pt<br />
w. www.jsc.pt<br />
Jscrambler<br />
Rua Alfredo Allen, 455<br />
4200-135 Porto<br />
t. 227 663 702<br />
e. support@jscrambler.com<br />
w. jscrambler.com<br />
KCapital<br />
Av. da República,<br />
43, 1.º esq.<br />
1050-187 Lisboa<br />
t. 217 908 200<br />
e. apoio@kcapital.pt<br />
w. www.kcapital.pt<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023 63
D | I | R | E | T | Ó | R | I | O<br />
Konectanet Portugal<br />
Av. José Malhoa, lote 21<br />
1070-157 Lisboa<br />
t. 213 002 069<br />
e. infopt@grupokonecta.com<br />
w. www.grupokonecta.com<br />
Konk Consulting<br />
Rua do Cais Pedras, 8, 1.º esq.<br />
4050-465 Porto<br />
t. 226 154 975<br />
e. contact@konkconsulting.com<br />
w. www.konkconsulting.com/PT<br />
Koolsite<br />
Beloura Office Park, Est. de Albarraque,<br />
R. do Centro Empresarial, Edif. 6, loja<br />
0.6, piso 0<br />
2710-444 Sintra<br />
t. 214 812 460/9<br />
e. koolsite@koolsite.pt<br />
w. www.koolsite.pt<br />
KPMG<br />
Edifício FPM41,<br />
Av. Fontes Pereira de<br />
Melo 41 15º,<br />
1069-006 Lisboa<br />
t. 210 110 000<br />
e. ptkpmg@kpmg.com<br />
w. www.kpmg.pt<br />
Kwan<br />
Av. Duque de Ávila, 46, 3A<br />
1050-083 Lisboa<br />
t. 930 556 316<br />
e. hello@kwan.pt<br />
w. www.kwan.pt<br />
Link Consulting<br />
Av. Duque de Ávila, 23<br />
1000-138 Lisboa<br />
t. 213 100 031<br />
e. info@linkconsulting.com<br />
w. www.linkconsulting.com<br />
Listopsis<br />
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1500-511 Lisboa<br />
t. 217 100 600<br />
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w. www.listopsis.pt<br />
Lusomatrix<br />
Av. Coronel Eduardo Galhardo, 7, -1C<br />
1170-105 Lisboa<br />
t. 218 162 625<br />
e. geral@lusomatrix.pt<br />
w. www.lusomatrix.pt<br />
Management Solutions<br />
Av. Liberdade, 245, 8.º E<br />
1250-143 Lisboa<br />
t. 213 304 911<br />
e. info@managementsolutions.com<br />
w. www.managementsolutions.com<br />
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t. 218 310 680<br />
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Mercedes-Benz.io<br />
Av. Dom João II 41,<br />
1990-084 Lisboa<br />
e. info@mercedes-benz.io<br />
w. https://www.mercedes-benz.io/<br />
Metacase<br />
Beloura Office Park, Edif. 6,<br />
escritório 8, piso 2<br />
Quinta da Beloura<br />
2710-444 Sintra<br />
t. 210 443 350<br />
e. marketing@metacase.eu<br />
w. www.metacase.pt<br />
Microsoft<br />
Rua do Fogo de Santelmo, lote 2.07.02,<br />
Parque das Nações<br />
1990-110 Lisboa<br />
t. 210 491 000<br />
e. emportugal@microsoft.com<br />
w. www.microsoft.com/pt-pt<br />
Miio<br />
PCI Creative Science Park, Via<br />
do Conhecimento, Ed. Central s/n,<br />
3839-352 Ílhavo<br />
e. geral@muvext.com<br />
w. https://www.miio.pt/<br />
Multivision<br />
Rua Soeiro Pereira Gomes,<br />
Lote 1, 3C,<br />
1600-198, Lisboa<br />
t. 211 55 20 53<br />
e. geral@multivision.pt<br />
communications@multivision.pt<br />
w. https://www.multivision.pt/<br />
myPartner<br />
Trav. Helena Vieira da Silva, 259, 1.6.<br />
Leça da Palmeira<br />
4450-573 Matosinhos<br />
t. 229 982 310<br />
e. geral@mypartner.pt<br />
w. www.mypartner.pt<br />
Mzu Portugal<br />
Av. Dom João II, Edif. Mitus, 4.º piso,<br />
sala 402<br />
1990-095 Lisboa<br />
t. 217 990 420<br />
NBCC Consulting<br />
R. Tierno Galvan, Amoreiras,<br />
torre 3, 10.º piso<br />
1070-274 Lisboa<br />
t. 212 698 440<br />
e. geral@nbcc-consulting.com<br />
w. www.nbcc-consulting.com<br />
Newnote Solutions<br />
Rua Projetada à Rua 3,<br />
Zona Industrial da Matinha, lote C,<br />
armazém K<br />
1950-327 Lisboa<br />
t. 210 401 500<br />
e. info@newnote.pt<br />
w. www.newnote.pt<br />
Nextreality<br />
PARKURBIS,<br />
Pq. de Ciência e Tecnologia<br />
da Covilhã, s/n<br />
6200-865 Covilhã<br />
t. 275 957 000<br />
e. marketing@itpeople.pt<br />
w. www.nextreality.com<br />
Nimble Portal<br />
Av. António Serpa, 36, 8.º<br />
1050-027 Lisboa<br />
t. 217 973 762<br />
e. nimble@nimble.pt<br />
w. www.nimble.pt<br />
NOS, Comunicações SA<br />
Rua Actor António Silva, nº9<br />
1600-404 Lisboa<br />
t.: 217824700<br />
e. comunicacao.corporativa@nos.pt<br />
w. www.nos.pt<br />
NTT Data<br />
Atrium Saldanha,<br />
Praça Duque de Saldanha 1 10º,<br />
1050-094 Lisboa<br />
t. 213301020<br />
e. portugal.geral@nttdata.com<br />
w. pt.nttdata.com/<br />
Novabase<br />
Av. Dom João II, nº 34,<br />
Parque das Nações<br />
1998-031 Lisboa<br />
t. 213 836 300<br />
e. info@novabase.pt<br />
w. www.novabase.com<br />
Officelan<br />
Zona Industrial III, lote 13<br />
3525-040 Canas de Senhorim<br />
t. 232 186 575<br />
e.geral@officelan.pt<br />
w. shop.officelan.pt<br />
Olisipo<br />
Av. Infante D. Henrique,<br />
Edif. Lisboa Oriente, 333H,<br />
escritório 17<br />
1800-282 Lisboa<br />
t. 217 983 100<br />
e. earning@olisipo.pt<br />
w. www.olisipo.pt<br />
OutSystems<br />
R. Central Park 2 2°A,<br />
2795-242 Linda-a-Velha<br />
t. 214 153 730<br />
e. innovation@outsystems.com<br />
w. https://www.outsystems.com/<br />
Overwan<br />
Estr. da Serra,<br />
135 2125-145 Marinhais<br />
t. 304 500 373<br />
e. suporte@olisipo.pt<br />
w. www.overwan.com<br />
Passio Consulting<br />
Av. 5 de Outubro, 72, 5.º B<br />
1050-059 Lisboa<br />
t. 217 582 079<br />
e. geral@passio-consulting.com<br />
w. www.passio-consulting.com<br />
Penguin Formula<br />
Av. da Liberdade, 230, 1.º<br />
1250-148 Lisboa<br />
t. 213 471 301<br />
e. info@penguinformula.com<br />
w. www.penguinformula.com<br />
Pipedrive Portugal<br />
Praça Duque de Saldanha, 1,<br />
piso 4.º<br />
1050-094 Lisboa<br />
t. 925 554 045<br />
e. debora.mateus@pipedrive.com<br />
w. www.pipedrive.com<br />
Premium Minds<br />
Av. 5 de Outubro, 125 A/B/C<br />
1069-044 Lisboa<br />
t. 217 817 555<br />
e. geral@premium-minds.com<br />
w. www.premium-minds.com<br />
PwC<br />
Palácio Sottomayor Avenida Fontes<br />
Pereira de Melo, nº16<br />
1050-121 Lisboa<br />
t. 213 599 000<br />
e. marketing.pwc@pt.pwc.com<br />
w. www.pwc.pt<br />
Quidgest<br />
Rua Viriato, 7, 4.º<br />
1050-233 Lisboa<br />
t. 213 870 563<br />
e. quidgest@quidgest.pt<br />
w. www.quidgest.pt<br />
64<br />
EXECUTIVE DIGEST \ IT LEADERS YEARBOOK \ 2023
D | I | R | E | T | Ó | R | I | O<br />
Reditus Gestão<br />
Estr. do Seminário, Edif. Réditus, 2<br />
Alfragide<br />
2614-522 Amadora<br />
t. 214 124 100<br />
e. marketing@reditus.pt<br />
w. www.reditus.pt<br />
ROOX<br />
Av. Eng, Duarte Pacheco, 19, 3.º dto.<br />
1070-100 Lisboa<br />
t. 217 800 567<br />
e. comercial@roox.pt<br />
w. www.roox.pt<br />
SAGE Portugal<br />
Edifício Olympus II, Av. D. Afonso Henriques,<br />
1462, 2.º<br />
4450-013 Matosinhos<br />
t. 221 202 400<br />
e. sara.louro@sage.com<br />
w. www.sage.com/pt-pt<br />
Salesforce<br />
R. Tomás da Fonseca, Torre G,<br />
piso 2, espaço Regus<br />
w. www.salesforce.com<br />
Sampling Line Lda<br />
Av. Amália Rodrigues, Nº 6D<br />
2675-432 Odivelas<br />
t. 214 099 802<br />
e. suporte@ptservidor.pt<br />
w. www.ptservidor.pt<br />
SAP<br />
Lagoas Park, Edif. 14, piso 0,<br />
2740-262 Porto Salvo<br />
t. 214 465 500<br />
e. info.portugal@sap.com<br />
w. www.sap.com/portugal/<br />
SAS Portugal<br />
Edifício Amoreiras Square<br />
Rua Carlos Alberto da Mota Pinto,<br />
Nº 17 – 7º A<br />
1070-313 Lisboa.<br />
t. 210 316 000<br />
e. marketing@por.sas.com<br />
w. www.sas.com/portugal<br />
Sophos<br />
Sophos Iberia SRL Edificio Masters I<br />
Calle General Perón, 38 - 8a,<br />
28020 Madrid, Spain<br />
t.+34 913 756 756<br />
e. comercialES@sophos.com<br />
w. https://www.sophos.com/en-us<br />
Take The Wind<br />
Edif. Take The Wind, Quinta da Portela,<br />
lote V 2.2.<br />
3030-481 Coimbra<br />
t. 239 246 186<br />
e. info@takethewind.com<br />
w. www.takethewind.com<br />
Talkdesk<br />
Rua Pedro Nunes, Edif. Ipn D, 1.º,<br />
módulo 1.12<br />
3030-199 Coimbra<br />
t. 308 806 998<br />
e. support@talkdesk.com<br />
w. www.talkdesk.com<br />
TD SYNNEX<br />
Av. D. João II Lote 1.07.2.1, Piso 1 Ala A<br />
1998-014 Lisboa<br />
t. 214 727 850<br />
e. sales@techdata.pt<br />
w. www: pt.techdata.com<br />
Tekever<br />
Edif. Diogo Cão, Doca de Alcântara<br />
Norte<br />
1350-352 Lisboa<br />
t. 213 304 300<br />
e. info@tekever.com<br />
w. www.tekever.com<br />
Teldat Portugal<br />
Rua Poeta Bocage, 2, piso 1<br />
escritório E<br />
1600-233 Lisboa<br />
t. 211 393 807<br />
e. tp.geral@teldat.com<br />
w. www.teldat.com<br />
The Loop Co.<br />
Praça do Comércio 50,<br />
3000-116 Coimbra<br />
t. 239 151 964<br />
w. theloop.pt<br />
Trigénius<br />
Av. Beato Nuno, 340<br />
2495-401 Fátima<br />
t. 249 530 800<br />
e. geral@trigenius.pt<br />
w. www.trigenius.pt<br />
TRUSTEnergy<br />
Quinta da Fonte, Edif. D. Maria I,<br />
piso 1, ala A1<br />
2770-229 Paço de Arcos<br />
t. 213 430 114<br />
e. geral@trustenergy.pt<br />
w. www.trustenergy.pt<br />
Unbabel<br />
Rua Castilho, 52,<br />
1269-177 Lisboa, Portugal<br />
w. unbabel.com<br />
Unipartner<br />
Lagoas Park, Rua das Lagoas<br />
Pequenas, Edif. 5B, 5.º<br />
2740-245 Porto Salvo<br />
t. 210 171 610<br />
e. contact@unipartner.com<br />
w. www.unipartner.com<br />
Veniam<br />
Rua Augusto Rosa, 79, sala 16<br />
4000-098 Porto<br />
t. 220 731 344<br />
e. info@veniam.com<br />
w. www.veniam.com<br />
VILT Portugal<br />
Rua Ivone Silva, 6, 7.º esq.<br />
1050-124 Lisboa<br />
t. 210 343 300<br />
e. info@vilt-group.com<br />
w. www.vilt.com.pt<br />
Vodafone Portugal<br />
Av. Dom João II,<br />
Parque das Nações, 36, 8.º<br />
1998-017 Lisboa<br />
t. 210 915 000<br />
e. apoiocliente@vodafone.com<br />
w. www.vodafone.pt<br />
Vortal<br />
Rua Alfredo Allen, 455/461<br />
4200-135 Porto<br />
t. 210 325 000<br />
e. info@vortal.biz<br />
w. vortal.biz<br />
WeAreIn<br />
Rua António Gilberto de<br />
Andrade, 4 A, loja C<br />
2750-841 Cascais<br />
t. 210 107 476<br />
e. info@wearein.org<br />
w. wearein.org<br />
WebSP, Lda<br />
Rua Augusto Costa, Nº5-A<br />
1500-064 Lisboa<br />
t. 707 10 20 54<br />
e. comercial@webhs.pt<br />
w. www.webhs.pta<br />
Webtuga<br />
Rua João Paulo II, nº 165<br />
Loja AC<br />
4750-177 Arcozelo, Barcelos<br />
t. 253 094 857<br />
e. comercial@webtuga.pt<br />
w. www.webtuga.pt<br />
Wintouch<br />
Rua Dom João II, 404, 2.º,<br />
sala 27<br />
4715-275 Braga<br />
t. 253 240 555<br />
e. wintouch@wintouch.pt<br />
w. www.wintouch.pt<br />
XEROX Portugal<br />
Av. Infante D. Henrique, Edif. Xerox<br />
1801-001 Lisboa<br />
t. 210 400 400<br />
e. xeroxportugal@xerox.com<br />
w. www.xerox.com<br />
xseed<br />
Alameda António Sérgio, 7, 1.º A<br />
2795-023 Linda-a-Velha<br />
t. 213 714 675<br />
e. info@xseed.pt<br />
w. www.xseed.pt<br />
YData - Unipessoal, Lda<br />
PCI - Creative Science Park Aveiro<br />
Region, Via do Conhecimento,<br />
Edifício Central<br />
3830-352 Ílhavo, Portugal<br />
e. sales@ydata.ai<br />
w. www.ydata.ai<br />
Yunit<br />
Av. da Igreja, nº 42, 1º Esq,<br />
1700-239 Lisboa;<br />
Av. da França, Edifício Capitólio,<br />
nº 256, 4º, Sala 4.3,<br />
4050-276 Porto<br />
t. 21 330 72 02; 22 320 54 41<br />
e. contacto@yunit.pt<br />
w. www.yunitconsulting.pt<br />
Zühlke Engineering, Unipessoal Lda<br />
Rua de José Falcão 199,<br />
4050-215 Porto<br />
t. 913 146 151<br />
e. porto@zuehlke.com<br />
w. www.zuehlke.com/en/locations/<br />
portugal<br />
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