Manoel de Oliveira - Sapo

ACTUALITÉS
Incêndios não deixam
de alastrar Portugal no verão
desde o início da nossa década, Portugal tem sido o país mais afectado por incêndios florestais na Europa. todos os anos,
na mesma época, o país serve de destaque dos tablóides estrangeiros. Embora haja campanhas de sensibilização, os
incêndios estão longe de serem erradicados. As causas apontadas sempre foram relacionadas com criminalidade, ou seja
«fogo posto», mas na verdade em 98% dos casos a negligência (cigarros, fogueiras...etc) é posta em causa. Este ano, o
governo quer implementar novas medidas de combate aos incêndios. será que soluções vão ser encontradas e que o cenário
vai deixar de se repetir
BRÈVE
MOINS d’ACCIdENTS SUR LA ROUTE CET éTé.
Avec une forte mobilisation des forces de
police et de la gendarmerie, on assiste à une
baisse d’accidents routiers, surtout lors des
départs en vacances. En France, l’observatoire
national interministériel de la sécurité routière
(ONISR) a enregistré une forte diminution de
la mortalité, notamment en juillet avec 358
décès, soit 95 de moins qu’en 2010.
Au Portugal, la Garde Nationale Républicaine
(GNR) a renforcé ses patrouilles sur les routes
les plus dangereuses du pays. Elle a également
constaté moins d’accidents, de morts et
de blessés durant l’opération “Férias Seguras”
de 4 jours, comptant 900 accidents dont 5
morts (contre 13 en 2010) et 17 blessés
graves (contre 30 en 2010).
La campagne “Verão Seguro”, qui a lieu
du 20 juin jusqu’au mois de septembre, a
comptabilisé provisoirement à la mi-août près
de 5868 accidents et 16 morts, soit 892
accidents et 4 morts en moins par rapport à
l’année dernière.
Malgré ces chiffres plutôt encourageants,
les infractions restent fréquentes et sont en
hausse cet été. Les plus courantes sont l’excès
de vitesse et l’alcool au volant. Bien qu’il y
ait une répression plus sévère. Les Autorités
doivent encore intensifier leurs efforts sur
l’éducation des usagers de la route. •
Nathalie dos Reis
capmag@capmagellan.org
em 2011, o mAior
número de ignições
oCorreu no mês de
JuLho (já é registado
como o pior dos quatro
anos passados). As
regiões mais atingidas
são as do centro
e do norte. Portugal é
o único país da bacia
mediterrânica com uma
média da área ardida
que tem aumentado
desde 1980. O pior ano continua a ser o de
2003, com 425726 hectares ardidos. Apesar
de uma diminuição de fogos em 2008 (17244
ha), no ano de 2010 foram contabilizados
125852 hectares ardidos.
A floresta ocupa cerca de 70% do território
nacional e representa um bem ambiental e
económico importante, ou seja, mais de
3% do PIB e 11% das exportações (fileiras
de eucalipto, pinho e cortiça). Na última
década, os fogos consumiram 1,6 milhões
de hectares.
vos Executivos e com a consciêncialização
da calamidade por parte de certas empresas,
estas criaram o movimento Eco em 2007.
Actualmente, este tem como objectivo veicular
mensagens de prevenção e de sensibilização.
Quercus é outra associação que promove a
floresta autóctone, visando a plantação de um
milhão de árvores em cinco anos.
Aliás, uma petição online critica severamente
o Executivo e denuncia a escassez de
meios aéreos.
A modo de exemplo, a França possui 22
aviões pesados e a Espanha 17, Portugal, por
sua vez, só tem 2 alugados. Os signatários
pedem a aquisição de 10 aviões pesados e
salientam o facto «vergonhoso» de pedir
auxílio aos vizinhos europeus e de desperdiçar
dinheiro, nomeadamente em «submarinos
inúteis» e «em estádios de futebol».
Apesar das críticas, da crise financeira e
económica, o Governo quer criar um mecanismo
de segurança e de gestão de riscos, com
o apoio da UE. Também, promete promover
o associativismo florestal, o emparcelamento
e a gestão colectiva. E desse modo, combater
« Portugal é o único país da bacia mediterrânica
com uma média da área ardida que tem
aumentado desde 1980. »
O problema dos incêndios deve-se à má
gestão florestal, à falta de prevenção e de
ordenamento. Aliás, os governos que se
sucederam desde o ano 2000 não investiram
dinheiro e em meios eficientes para
lutar contra ignições. Um trabalho de grande
envergadura deve ser feito a nível estatal e
individual, tanto na definição de uma estratégia
por parte dos governantes, quanto na
formação e educação dos técnicos florestais e
dos cidadãos sobre a floresta e o uso do fogo.
78% da área florestal pertence a pequenos
proprietários e somente 4% ao Estado; facto
que torna difícil o enquadramento e uma
gestão sustentável das florestas.
Muitos dedos são apontados aos sucessi-
o fraccionamento da área florestal que leva,
muitas vezes, ao seu abandono.
Não obstante, diariamente, os incêndios
fazem notícia durante o período crítico que
começou a 1 de Julho e termina a 30 de
Setembro. Nesse momento, um balanço dos
danos florestais poderá ser feito, mas já se
sabe que vai ser uma vez mais desastroso. •
Nathalie dos Reis
capmag@capmagellan.org
Fontes: www.mai.governo.pt
(Ministério da Administração Interna)
www.planetazul.pt / www.petiçãopública.com
Diário de Notícias
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