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11 months ago

32º DIGITAL BUSINESS CONGRESS

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26 32º

26 32º Digital Business Congress Sérgio Catalão CEO, Nokia Portugal “Estamos a meio da jornada de 15 anos na sustentabilidade e a questão que se coloca é se teremos, enquanto sociedade, capacidade de entregar os objetivos a que nos propusemos para 2030. A tecnologia tem aqui um papel fundamental e este setor tem uma oportunidade única para resolver desafios do mundo. O 5G é uma dessas tecnologias, mas há muitas mais” “A nossa abordagem à sustentabilidade tem três dimensões. A primeira é maximizar o que é o nosso impacto positivo, através de todos os projetos que fazemos nas áreas fixa e móvel e na cloud, para descarbonização das indústrias. Depois, minimizar o impacto negativo, o footprint, com o aumento da eficiência, a circularidade, cadeias de produção e operação. E, por fim, chegar a 2025 com 100% de energias renováveis e em 2030 termos toda a cadeia de valor com uma redução das emissões de CO2 em cerca de 50%” “Temos de usar todos os recursos tecnológicos e saber monetizar o 5G e canalizá-lo na direção da sustentabilidade. Apesar de podermos estar mais à frente, esta indústria já mostrou que é capaz. Podemos dar um contributo muito grande para acelerar. Temos oportunidades grandes à nossa frente, nestes sete anos para fazer acontecer” FINANCIAL SERVICES & REGULATED DIGITAL CURRENCIES KNS: Hélder Rosalino Administrador, Banco de Portugal “O ecossistema dos pagamentos está num processo de revolução muito acelerado. Cada vez mais, os consumidores preferem meios de pagamento rápidos, convenientes e de baixo custo. Estamos a assistir a um declínio acelerado do numerário enquanto meio de pagamento, à entrada de novas tecnologias e de novos players, como as fintech, mas também as big tech. É aqui que emergem novas soluções de pagamentos, como as privadas, dos criptoativos, ou as moedas digitais do banco central” “Temos de entender a realidade olhando para a emergência destas soluções, que levam a que os bancos centrais e autoridades monetárias tenham de repensar o seu papel. Quer na perspetiva de âncora dos sistemas de pagamentos, mas também enquanto reguladores da atividade de novos operadores. É isso que temos hoje como desafio central para os bancos centrais” “O euro digital é importante para a Europa para preservar o papel da moeda do banco central como âncora do sistema de pagamentos. E também contribui para a autonomia estratégica e a eficiência económica europeia, porque não temos nem uma marca de pagamentos europeia, nem um sistema de pagamentos integrado. Assim como se mantém a soberania monetária pois, com o declínio rápido das notas e a emergência de marcas à escala global, isso pode criar dentro de alguns anos uma dependência da Europa em relação às marcas internacionais”

THE FUTURE OF EURO DIGITAL Ricardo Correia Managing Director, Digital Currencies R3 Francisco Barbeira Administrador, BPI “O euro digital vai significar um avanço tecnológico em grande escala. Não é mais uma moeda, mas uma moeda especial, de reserva de dinheiro do banco central num formato digital. Acelera os processos de interoperabilidade e a criação de um espaço mais europeu de pagamentos. Depois, toda a regulamentação dos criptoativos permitirá que os bancos também possam continuar a desenvolver o seu dever fiduciário, criando massa monetária através de stablecoins e criptomoedas” “Os bancos portugueses estão a investir imenso em tecnologia. É cada vez maior a fatia de orçamento para esta componente. Estamos a trabalhar este caminho. É obrigatório. Teremos a possibilidade de ter novas soluções, de ter muita inovação em cima deste espaço regulado, assim como de ter a moeda do banco central. Temos de estar preparados. Não há alternativa” “A banca é uma das indústrias mais inovadoras, mas o papel fiduciário de garantia de valor e de empréstimos manter-se-á com o projeto do euro digital. Há soluções nacionais muito boas, como o MBWay, mas a interoperabilidade europeia passa neste momento por soluções não europeias, de grandes grupos. Iniciativas como o euro digital combatem esta ideia e tentam equilibrar o cenário com uma solução europeia de pagamentos” “O euro digital é especial e confere uma inovação tecnológica: será dinheiro programável, utilizável em diferentes ambientes, como a distributed finance. Os bancos centrais têm medo de perder este comboio e de se poderem tornar redundantes, pelo que sentimos essa motivação para a mudança” “No futuro não haverá uma desintermediação total. Vamos assistir é a uma reconstituição do campo de jogo, onde os diferentes papéis serão desenvolvidos por atores distintos. Haverá mais trabalho a ser feito, o que significa que haverá mais participantes a entrar no sistema, mais atores a participar na distribuição do dinheiro e isso deverá criar inovação. É essa a ideia. Mas ainda não sabemos” “Mudar do dinheiro físico para o dinheiro digital não terá, por si, grandes implicações. Hoje, já gastamos apenas 10% do total em notas e moedas. O resto é digital. Uma das grandes motivações que vemos na Europa, em termos de bancos centrais, é sair do circuito das empresas de pagamentos norte -americanas, como a Mastercard ou a Visa, que são dominantes na Europa. O euro digital surge como uma forma de equilibrar esse poder, introduzindo alternativas de pagamentos”

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