22.02.2013 Views

“Quem não aprende com os erros do passado, está condenado a repeti-los”

“Quem não aprende com os erros do passado, está condenado a repeti-los”

“Quem não aprende com os erros do passado, está condenado a repeti-los”

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Presidente<br />

essa nova estratégia, sugerin<strong>do</strong> que levaria ao incumprimento<br />

das condições.<br />

“O senhor deputa<strong>do</strong> tem de explicar ao país o que é<br />

que isso significa, significa gastar mais <strong>do</strong> la<strong>do</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>?<br />

Significa negociar um défice superior para gastar mais?<br />

Significa aliviar <strong>os</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong>?”, interrogou.<br />

“O que é isso de uma nova estratégia de consolidação,<br />

é <strong>não</strong> respeitar o que foi acorda<strong>do</strong>, é isso?”, acrescentou,<br />

sublinhan<strong>do</strong> que “o Governo tem conquista<strong>do</strong> o<br />

crédito e confiança suficientes para, junto d<strong>os</strong> parceir<strong>os</strong><br />

internacionais, rever metas quan<strong>do</strong> é razoável que elas<br />

sejam revistas”.<br />

“Sempre que isso voltar a acontecer <strong>não</strong> é pelo PS<br />

ter a vontade de que <strong>os</strong> númer<strong>os</strong> sejam diferentes que<br />

o Governo acertará a sua estratégia, o Governo corrigirá<br />

<strong>com</strong> <strong>os</strong> parceir<strong>os</strong> internacionais o que for importante<br />

para que as metas p<strong>os</strong>sam ser atingidas, mas fique a<br />

saber que continuam<strong>os</strong> a falar das mesmas metas que<br />

foram acordadas no início <strong>do</strong> programa”, vincou Pass<strong>os</strong>.<br />

Nuno Magalhães e CDS/PP: “O caminho<br />

é árduo, difícil, mas <strong>os</strong> portugueses têm<br />

cumpri<strong>do</strong> <strong>os</strong> <strong>com</strong>promiss<strong>os</strong> assumid<strong>os</strong>”<br />

Nuno Magalhães, <strong>do</strong> CDS, inicia a sua intervenção<br />

acusan<strong>do</strong> o PS de nada dizer quan<strong>do</strong> há boas notícias da<br />

Europa, referin<strong>do</strong>-se especificamente ao último Conselho<br />

Europeu. O deputa<strong>do</strong> considera que o acor<strong>do</strong> consegui<strong>do</strong><br />

para Portugal “é bom” e faz elogi<strong>os</strong> ao governo.<br />

Refere a “preocupação” em relação ao desemprego”,<br />

nomeadamente o jovem e de longa duração e as medidas<br />

já implementadas para a criação de emprego. “O<br />

caminho é árduo, difícil, mas <strong>os</strong> portugueses têm cumpri<strong>do</strong><br />

<strong>os</strong> <strong>com</strong>promiss<strong>os</strong> assumid<strong>os</strong> internacionalmente por<br />

outr<strong>os</strong>”, elogia, referin<strong>do</strong>, por exemplo, as seis avaliações<br />

p<strong>os</strong>itivas da troika e o regresso antecipa<strong>do</strong> ao merca<strong>do</strong>.<br />

Termina manifestan<strong>do</strong> o total de apoio <strong>do</strong> CDS.<br />

Pass<strong>os</strong> ia iniciar a resp<strong>os</strong>ta quan<strong>do</strong>, no público, se<br />

<strong>com</strong>eça a cantar “Grân<strong>do</strong>la, Vila Morena”. Assunção Esteves,<br />

presidente da AR, pediu às pessoas (<strong>do</strong> movimento<br />

‘Que se lixe a troika’) que se retirem. Enquanto isso, o<br />

primeiro-ministro aguarda que p<strong>os</strong>sa falar. foi retira<strong>do</strong><br />

da galeria pela polícia, sem incidentes.<br />

Pedro Pass<strong>os</strong> Coelho - que aguar<strong>do</strong>u em silêncio que<br />

a normalidade f<strong>os</strong>se rep<strong>os</strong>ta - <strong>com</strong>entou depois – e muito<br />

aplaudi<strong>do</strong> – que, “das formas <strong>com</strong>o <strong>os</strong> trabalh<strong>os</strong> podem<br />

ser interrompid<strong>os</strong>, esta parece a de mais bom g<strong>os</strong>to”.<br />

O líder parlamentar <strong>do</strong> CDS-PP, Nuno Magalhães,<br />

defendeu hoje que <strong>os</strong> fund<strong>os</strong> estruturais devem ser<br />

“aproveitad<strong>os</strong>” desde o início de 2014 e questionou o<br />

Primeiro-Ministro sobre a criação de mecanism<strong>os</strong> pelo<br />

Governo para que esse objectivo seja cumpri<strong>do</strong>.<br />

“De que forma o Governo e a administração pública<br />

estão a preparar <strong>os</strong> necessári<strong>os</strong> mecanism<strong>os</strong> para que<br />

p<strong>os</strong>sam<strong>os</strong> investir, desde o início de 2014, e, ao contrário<br />

de um passa<strong>do</strong> <strong>não</strong> tão longínquo <strong>com</strong>o alguns querem<br />

fazer lembrar, investir bem e nas áreas em que precisam<strong>os</strong>,<br />

em investimento produtivo, <strong>com</strong>o por exemplo,<br />

na agricultura, onde um euro de investimento público<br />

gera quatro ou cinco vezes mais valor de investimento<br />

priva<strong>do</strong>”, questionou Nuno Magalhães.<br />

“É por isso importante, a n<strong>os</strong>so ver, criar condições<br />

para aproveitarm<strong>os</strong> estes fund<strong>os</strong> desde o início de 2014”,<br />

insistiu.<br />

O CDS-PP dedicou parte <strong>do</strong> seu tempo no debate<br />

quinzenal a elogiar o papel <strong>do</strong> Governo na negociação<br />

“obviamente difícil” <strong>do</strong> orçamento plurianual da União,<br />

no último Conselho Europeu.<br />

Para <strong>os</strong> democratas-cristã<strong>os</strong>, “o acor<strong>do</strong> é bom para<br />

a Europa e é bom para Portugal”.<br />

“Nas rubricas da coesão, da <strong>com</strong>petitividade, daquela<br />

que pode criar emprego, e da agricultura, significa mais<br />

300 milhões de eur<strong>os</strong> daquilo que era prop<strong>os</strong>to por essa<br />

boa base de trabalho que era a prop<strong>os</strong>ta da <strong>com</strong>issão”,<br />

argumentou.<br />

“Beneficiám<strong>os</strong> também de um envelope adicional,<br />

nessa coesão, de mil milhões de eur<strong>os</strong> para manter e criar<br />

emprego, na agricultura recebem<strong>os</strong> isento de qualquer<br />

<strong>com</strong>participação <strong>do</strong> erário público um envelope adicional<br />

de 500 milhões de eur<strong>os</strong>, melhorám<strong>os</strong> as regras <strong>do</strong> cofinanciamento<br />

ao nível de 85% de fund<strong>os</strong> europeus e<br />

as condições de pré-financiamento e de pagamento a<strong>os</strong><br />

4<br />

agricultores”, acrescentou.<br />

Na resp<strong>os</strong>ta, o Primeiro-Ministro afirmou que “<strong>com</strong><br />

o conjunto d<strong>os</strong> critéri<strong>os</strong> de execução d<strong>os</strong> fund<strong>os</strong>” alcançad<strong>os</strong><br />

no acor<strong>do</strong>, deverão estar garantidas, à partida,<br />

“boas condições” para, “n<strong>os</strong> primeir<strong>os</strong> an<strong>os</strong>”, haver “um<br />

nível muito eleva<strong>do</strong> de execução <strong>do</strong> quadro orçamental”.<br />

“O que <strong>não</strong> aconteceu no anterior orçamento, em que<br />

n<strong>os</strong> primeir<strong>os</strong> três an<strong>os</strong> Portugal <strong>não</strong> tinha consegui<strong>do</strong><br />

executar nem 25% d<strong>os</strong> fund<strong>os</strong> previst<strong>os</strong>”, assinalou.<br />

Sobre o resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Conselho afirmou: “Apesar<br />

de tu<strong>do</strong>, preservám<strong>os</strong> o que era importante, quer no<br />

segun<strong>do</strong> pilar da Política Agrícola Comum, quer no que<br />

respeita ao fun<strong>do</strong> de coesão e às políticas de coesão. Conseguim<strong>os</strong>,<br />

no final <strong>do</strong> processo, ficar <strong>com</strong> uma situação<br />

melhor <strong>do</strong> que a que tinha si<strong>do</strong> apontada inicialmente<br />

pela Comissão Europeia”.<br />

Jerónimo Sousa e a velha cassette <strong>do</strong> PCP<br />

O secretário-geral <strong>do</strong> PCP pediu hoje a demissão<br />

<strong>do</strong> Governo e uma nova política para o país, no debate<br />

quinzenal, na Assembleia da República, em que o<br />

Primeiro-Ministro disse preferir apresentar resultad<strong>os</strong><br />

<strong>do</strong> que sucumbir às emoções.<br />

“O País já <strong>não</strong> consegue ouvir e suportar este Governo<br />

e esta maioria a dizer que o desemprego é um<br />

problema importante que o País tem de resolver. O país<br />

<strong>está</strong> farto de tanta hipocrisia. As previsões <strong>do</strong> Governo<br />

são pura fantasia. A principal e mais urgente medida é<br />

a demissão deste Governo, pon<strong>do</strong> final a esta política”,<br />

afirmou Jerónimo de Sousa.<br />

O líder <strong>com</strong>unista, que progn<strong>os</strong>ticou grande adesão<br />

às manifestações convocadas pela CGTP para sába<strong>do</strong> em<br />

24 cidades, terminou a primeira intervenção <strong>com</strong> um<br />

<strong>com</strong>entário à atitude de Pass<strong>os</strong> Coelho.<br />

“O seu antecessor [o socialista J<strong>os</strong>é Sócrates], nestes<br />

debates, também ria muito e acabou <strong>com</strong>o acabou. Pode<br />

ser que seja premonitório”, disse, depois de prever que<br />

“a manter-se esta política, isto vai acabar mal, muito<br />

mal” e que “a cada trimestre que passa se cava mais<br />

fun<strong>do</strong> a desgraça colectiva”.<br />

O líder <strong>do</strong> Governo e <strong>do</strong> PSD notou que o deputa<strong>do</strong><br />

<strong>com</strong>unista “deixa-se quase <strong>com</strong>over pela situação” e<br />

frisou saber que “o País precisa de ter uma ponta de<br />

esperança para <strong>não</strong> deixar as pessoas mergulhar no<br />

desespero, sem uma perspectiva de sair da situação”.<br />

“Não vejo nisso um defeito, <strong>não</strong> pense que é diferente.<br />

Também tenho essas emoções, mas ao Governo e ao<br />

primeiro-ministro <strong>não</strong> se pede só que tenham emoções,<br />

mas sim que apresentem resultad<strong>os</strong>. É importante o<br />

caminho que tem<strong>os</strong> vin<strong>do</strong> a trilhar, <strong>os</strong> sacrifíci<strong>os</strong> que<br />

tem<strong>os</strong> vin<strong>do</strong> a fazer”, disse Pass<strong>os</strong> Coelho.<br />

O Primeiro-Ministro sublinhou ainda que a situação<br />

é uma “consequência das políticas seguidas ao longo de<br />

an<strong>os</strong>”, de uma “opção política leviana, a <strong>não</strong> <strong>repeti</strong>r no<br />

futuro”, afirman<strong>do</strong> ser um erro histórico <strong>não</strong> o reconhecer.<br />

“O dever <strong>do</strong> Governo é reconhecer esse esforço. Não<br />

estam<strong>os</strong> hoje pior <strong>do</strong> que quan<strong>do</strong> <strong>com</strong>eçám<strong>os</strong>. A confian-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!