“Quem não aprende com os erros do passado, está condenado a repeti-los”
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Presidente<br />
essa nova estratégia, sugerin<strong>do</strong> que levaria ao incumprimento<br />
das condições.<br />
“O senhor deputa<strong>do</strong> tem de explicar ao país o que é<br />
que isso significa, significa gastar mais <strong>do</strong> la<strong>do</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>?<br />
Significa negociar um défice superior para gastar mais?<br />
Significa aliviar <strong>os</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong>?”, interrogou.<br />
“O que é isso de uma nova estratégia de consolidação,<br />
é <strong>não</strong> respeitar o que foi acorda<strong>do</strong>, é isso?”, acrescentou,<br />
sublinhan<strong>do</strong> que “o Governo tem conquista<strong>do</strong> o<br />
crédito e confiança suficientes para, junto d<strong>os</strong> parceir<strong>os</strong><br />
internacionais, rever metas quan<strong>do</strong> é razoável que elas<br />
sejam revistas”.<br />
“Sempre que isso voltar a acontecer <strong>não</strong> é pelo PS<br />
ter a vontade de que <strong>os</strong> númer<strong>os</strong> sejam diferentes que<br />
o Governo acertará a sua estratégia, o Governo corrigirá<br />
<strong>com</strong> <strong>os</strong> parceir<strong>os</strong> internacionais o que for importante<br />
para que as metas p<strong>os</strong>sam ser atingidas, mas fique a<br />
saber que continuam<strong>os</strong> a falar das mesmas metas que<br />
foram acordadas no início <strong>do</strong> programa”, vincou Pass<strong>os</strong>.<br />
Nuno Magalhães e CDS/PP: “O caminho<br />
é árduo, difícil, mas <strong>os</strong> portugueses têm<br />
cumpri<strong>do</strong> <strong>os</strong> <strong>com</strong>promiss<strong>os</strong> assumid<strong>os</strong>”<br />
Nuno Magalhães, <strong>do</strong> CDS, inicia a sua intervenção<br />
acusan<strong>do</strong> o PS de nada dizer quan<strong>do</strong> há boas notícias da<br />
Europa, referin<strong>do</strong>-se especificamente ao último Conselho<br />
Europeu. O deputa<strong>do</strong> considera que o acor<strong>do</strong> consegui<strong>do</strong><br />
para Portugal “é bom” e faz elogi<strong>os</strong> ao governo.<br />
Refere a “preocupação” em relação ao desemprego”,<br />
nomeadamente o jovem e de longa duração e as medidas<br />
já implementadas para a criação de emprego. “O<br />
caminho é árduo, difícil, mas <strong>os</strong> portugueses têm cumpri<strong>do</strong><br />
<strong>os</strong> <strong>com</strong>promiss<strong>os</strong> assumid<strong>os</strong> internacionalmente por<br />
outr<strong>os</strong>”, elogia, referin<strong>do</strong>, por exemplo, as seis avaliações<br />
p<strong>os</strong>itivas da troika e o regresso antecipa<strong>do</strong> ao merca<strong>do</strong>.<br />
Termina manifestan<strong>do</strong> o total de apoio <strong>do</strong> CDS.<br />
Pass<strong>os</strong> ia iniciar a resp<strong>os</strong>ta quan<strong>do</strong>, no público, se<br />
<strong>com</strong>eça a cantar “Grân<strong>do</strong>la, Vila Morena”. Assunção Esteves,<br />
presidente da AR, pediu às pessoas (<strong>do</strong> movimento<br />
‘Que se lixe a troika’) que se retirem. Enquanto isso, o<br />
primeiro-ministro aguarda que p<strong>os</strong>sa falar. foi retira<strong>do</strong><br />
da galeria pela polícia, sem incidentes.<br />
Pedro Pass<strong>os</strong> Coelho - que aguar<strong>do</strong>u em silêncio que<br />
a normalidade f<strong>os</strong>se rep<strong>os</strong>ta - <strong>com</strong>entou depois – e muito<br />
aplaudi<strong>do</strong> – que, “das formas <strong>com</strong>o <strong>os</strong> trabalh<strong>os</strong> podem<br />
ser interrompid<strong>os</strong>, esta parece a de mais bom g<strong>os</strong>to”.<br />
O líder parlamentar <strong>do</strong> CDS-PP, Nuno Magalhães,<br />
defendeu hoje que <strong>os</strong> fund<strong>os</strong> estruturais devem ser<br />
“aproveitad<strong>os</strong>” desde o início de 2014 e questionou o<br />
Primeiro-Ministro sobre a criação de mecanism<strong>os</strong> pelo<br />
Governo para que esse objectivo seja cumpri<strong>do</strong>.<br />
“De que forma o Governo e a administração pública<br />
estão a preparar <strong>os</strong> necessári<strong>os</strong> mecanism<strong>os</strong> para que<br />
p<strong>os</strong>sam<strong>os</strong> investir, desde o início de 2014, e, ao contrário<br />
de um passa<strong>do</strong> <strong>não</strong> tão longínquo <strong>com</strong>o alguns querem<br />
fazer lembrar, investir bem e nas áreas em que precisam<strong>os</strong>,<br />
em investimento produtivo, <strong>com</strong>o por exemplo,<br />
na agricultura, onde um euro de investimento público<br />
gera quatro ou cinco vezes mais valor de investimento<br />
priva<strong>do</strong>”, questionou Nuno Magalhães.<br />
“É por isso importante, a n<strong>os</strong>so ver, criar condições<br />
para aproveitarm<strong>os</strong> estes fund<strong>os</strong> desde o início de 2014”,<br />
insistiu.<br />
O CDS-PP dedicou parte <strong>do</strong> seu tempo no debate<br />
quinzenal a elogiar o papel <strong>do</strong> Governo na negociação<br />
“obviamente difícil” <strong>do</strong> orçamento plurianual da União,<br />
no último Conselho Europeu.<br />
Para <strong>os</strong> democratas-cristã<strong>os</strong>, “o acor<strong>do</strong> é bom para<br />
a Europa e é bom para Portugal”.<br />
“Nas rubricas da coesão, da <strong>com</strong>petitividade, daquela<br />
que pode criar emprego, e da agricultura, significa mais<br />
300 milhões de eur<strong>os</strong> daquilo que era prop<strong>os</strong>to por essa<br />
boa base de trabalho que era a prop<strong>os</strong>ta da <strong>com</strong>issão”,<br />
argumentou.<br />
“Beneficiám<strong>os</strong> também de um envelope adicional,<br />
nessa coesão, de mil milhões de eur<strong>os</strong> para manter e criar<br />
emprego, na agricultura recebem<strong>os</strong> isento de qualquer<br />
<strong>com</strong>participação <strong>do</strong> erário público um envelope adicional<br />
de 500 milhões de eur<strong>os</strong>, melhorám<strong>os</strong> as regras <strong>do</strong> cofinanciamento<br />
ao nível de 85% de fund<strong>os</strong> europeus e<br />
as condições de pré-financiamento e de pagamento a<strong>os</strong><br />
4<br />
agricultores”, acrescentou.<br />
Na resp<strong>os</strong>ta, o Primeiro-Ministro afirmou que “<strong>com</strong><br />
o conjunto d<strong>os</strong> critéri<strong>os</strong> de execução d<strong>os</strong> fund<strong>os</strong>” alcançad<strong>os</strong><br />
no acor<strong>do</strong>, deverão estar garantidas, à partida,<br />
“boas condições” para, “n<strong>os</strong> primeir<strong>os</strong> an<strong>os</strong>”, haver “um<br />
nível muito eleva<strong>do</strong> de execução <strong>do</strong> quadro orçamental”.<br />
“O que <strong>não</strong> aconteceu no anterior orçamento, em que<br />
n<strong>os</strong> primeir<strong>os</strong> três an<strong>os</strong> Portugal <strong>não</strong> tinha consegui<strong>do</strong><br />
executar nem 25% d<strong>os</strong> fund<strong>os</strong> previst<strong>os</strong>”, assinalou.<br />
Sobre o resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Conselho afirmou: “Apesar<br />
de tu<strong>do</strong>, preservám<strong>os</strong> o que era importante, quer no<br />
segun<strong>do</strong> pilar da Política Agrícola Comum, quer no que<br />
respeita ao fun<strong>do</strong> de coesão e às políticas de coesão. Conseguim<strong>os</strong>,<br />
no final <strong>do</strong> processo, ficar <strong>com</strong> uma situação<br />
melhor <strong>do</strong> que a que tinha si<strong>do</strong> apontada inicialmente<br />
pela Comissão Europeia”.<br />
Jerónimo Sousa e a velha cassette <strong>do</strong> PCP<br />
O secretário-geral <strong>do</strong> PCP pediu hoje a demissão<br />
<strong>do</strong> Governo e uma nova política para o país, no debate<br />
quinzenal, na Assembleia da República, em que o<br />
Primeiro-Ministro disse preferir apresentar resultad<strong>os</strong><br />
<strong>do</strong> que sucumbir às emoções.<br />
“O País já <strong>não</strong> consegue ouvir e suportar este Governo<br />
e esta maioria a dizer que o desemprego é um<br />
problema importante que o País tem de resolver. O país<br />
<strong>está</strong> farto de tanta hipocrisia. As previsões <strong>do</strong> Governo<br />
são pura fantasia. A principal e mais urgente medida é<br />
a demissão deste Governo, pon<strong>do</strong> final a esta política”,<br />
afirmou Jerónimo de Sousa.<br />
O líder <strong>com</strong>unista, que progn<strong>os</strong>ticou grande adesão<br />
às manifestações convocadas pela CGTP para sába<strong>do</strong> em<br />
24 cidades, terminou a primeira intervenção <strong>com</strong> um<br />
<strong>com</strong>entário à atitude de Pass<strong>os</strong> Coelho.<br />
“O seu antecessor [o socialista J<strong>os</strong>é Sócrates], nestes<br />
debates, também ria muito e acabou <strong>com</strong>o acabou. Pode<br />
ser que seja premonitório”, disse, depois de prever que<br />
“a manter-se esta política, isto vai acabar mal, muito<br />
mal” e que “a cada trimestre que passa se cava mais<br />
fun<strong>do</strong> a desgraça colectiva”.<br />
O líder <strong>do</strong> Governo e <strong>do</strong> PSD notou que o deputa<strong>do</strong><br />
<strong>com</strong>unista “deixa-se quase <strong>com</strong>over pela situação” e<br />
frisou saber que “o País precisa de ter uma ponta de<br />
esperança para <strong>não</strong> deixar as pessoas mergulhar no<br />
desespero, sem uma perspectiva de sair da situação”.<br />
“Não vejo nisso um defeito, <strong>não</strong> pense que é diferente.<br />
Também tenho essas emoções, mas ao Governo e ao<br />
primeiro-ministro <strong>não</strong> se pede só que tenham emoções,<br />
mas sim que apresentem resultad<strong>os</strong>. É importante o<br />
caminho que tem<strong>os</strong> vin<strong>do</strong> a trilhar, <strong>os</strong> sacrifíci<strong>os</strong> que<br />
tem<strong>os</strong> vin<strong>do</strong> a fazer”, disse Pass<strong>os</strong> Coelho.<br />
O Primeiro-Ministro sublinhou ainda que a situação<br />
é uma “consequência das políticas seguidas ao longo de<br />
an<strong>os</strong>”, de uma “opção política leviana, a <strong>não</strong> <strong>repeti</strong>r no<br />
futuro”, afirman<strong>do</strong> ser um erro histórico <strong>não</strong> o reconhecer.<br />
“O dever <strong>do</strong> Governo é reconhecer esse esforço. Não<br />
estam<strong>os</strong> hoje pior <strong>do</strong> que quan<strong>do</strong> <strong>com</strong>eçám<strong>os</strong>. A confian-