28.02.2013 Views

Cicatrização e avaliação de feridas: conhecendo para ... - EMV-FMB

Cicatrização e avaliação de feridas: conhecendo para ... - EMV-FMB

Cicatrização e avaliação de feridas: conhecendo para ... - EMV-FMB

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Cicatrização</strong> e <strong>avaliação</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>feridas</strong>: <strong>conhecendo</strong> <strong>para</strong><br />

tratar<br />

Enfª Mara Blanck<br />

Set/2007


Epi<strong>de</strong>rme - esta camada nos<br />

protege dos microorganismos<br />

e da água.<br />

Melanina - o pigmento que dá à<br />

pele uma coloração marrom.<br />

Terminações nervosas<br />

sensitivas.<br />

A <strong>de</strong>rme contém fibras<br />

quedão à pele flexibilida<strong>de</strong> e<br />

estabilida<strong>de</strong>.<br />

O QUE É PELE?<br />

Células mortas da pele<br />

permanecem sobre a superfície<br />

da <strong>de</strong>rme - Novas células da pele<br />

crescem constantemente<br />

Vasos sanguíneos<br />

Pêlo<br />

Glândula sudorí<strong>para</strong> - A<br />

transpiração é um líquido<br />

salgado que é priduzido<br />

<strong>para</strong> nos manter frios.<br />

Glândula Sebácea - o sebo<br />

ajuda a nos proteger da chuva<br />

e do frio.<br />

Músculo eretor - faz que o pêlo<br />

se arrepie quando sentimos<br />

frio ou medo.<br />

Folículo piloso.


PELE<br />

A PELE é a principal barreira <strong>de</strong> proteção do<br />

organismo, e tem como funções básicas impedir a<br />

perda excessiva <strong>de</strong> líquidos, proteger da ação <strong>de</strong><br />

agentes externos, (inclusive microbianos), manter a<br />

temperatura corpórea, sintetizar vitamina D com a<br />

exposição aos raios solares, agir como órgão do<br />

sentido e participar da termo-regulação.


É toda e qualquer lesão que impe<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho das funções básicas da<br />

pele.<br />

O QUE É UMA FERIDA?<br />

Perda da integrida<strong>de</strong> da pele, por<br />

rompimento <strong>de</strong> suas camadas<br />

intencional (cirurgia) ou aci<strong>de</strong>ntalmente<br />

(trauma).


�� Extrínsecos<br />

ERIDAS<br />

Incisões cirúrgicas, lesões aci<strong>de</strong>ntais<br />

�� Intrínsecos<br />

Fatores causais<br />

Produzidos por infecção, úlceras<br />

crônicas, diferença metabólica ou<br />

neoplásica


Fisiopatologia<br />

Ferida<br />

CICATRIZAÇÃO<br />

Qualquer <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong> da integrida<strong>de</strong> estrutural e/ou<br />

funcional da pele.


CICATRIZAÇÃO<br />

Fisiopatologia<br />

<strong>Cicatrização</strong><br />

É um processo altamente complexo,<br />

sistêmico, caracterizado por uma série <strong>de</strong><br />

eventos que tem por objetivo restaurar a ferida.


Fases<br />

CICATRIZAÇÃO<br />

�Resposta vascular<br />

�Resposta celular


FASES DA CICATRIZAÇÃO<br />

HEMOSTÁTICA<br />

-Plaquetas<br />

- Neutrófilos<br />

- TNFß (FatoresTumorais Necróticos)<br />

- IL1, IL6 (Insterleucinas)<br />

- PDGF (Fator <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong>rivado <strong>de</strong><br />

plaquetas)


HEMOSTASIA<br />

SUB-FASES SUB FASES DA<br />

CICATRIZAÇÃO<br />

Agregação <strong>de</strong> plaquetas e liberação <strong>de</strong><br />

Citocinas.


FASES DA CICATRIZAÇÃO<br />

INFLAMATÓRIA<br />

- Neutrófilos<br />

- Macrófagos<br />

- EGF (Fator <strong>de</strong><br />

crescimento Epidérmico)<br />

- IGF-1, IGF 1, IGF-2 IGF 2 (fatores<br />

<strong>de</strong> crescimento e <strong>de</strong>rivados<br />

<strong>de</strong> insulina)


SUB-FASES SUB FASES DA<br />

CICATRIZAÇÃO<br />

INFLAMATÓRIA<br />

1) Inflamatório (acumulação <strong>de</strong> neutrófilos)<br />

2) Inflamação tardia (monócitos, macrófagos<br />

e linfócitos)


FASES DE CICATRIZAÇÃO<br />

PROLIFERATIVA<br />

- Fibroblastos<br />

- Queratinócitos<br />

- Células endoteliais<br />

- Células epiteliais<br />

- FGF (Fator <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong>rivado <strong>de</strong><br />

fibroblastos)<br />

- TGFɑ ß (Fator <strong>de</strong> transformação do crescimento)<br />

- Complemento C5a


SUB-FASES SUB FASES DA<br />

CICATRIZAÇÃO<br />

PROLIFERATIVA<br />

- Formação <strong>de</strong> tecido <strong>de</strong> granulação (proliferação <strong>de</strong><br />

fibroblastos e células endoteliais)<br />

- Formação da matriz extra-celular (sínteses por<br />

parte dos fibroblastos e matriz extra-celular)<br />

- Repitelização (proliferação e migração dos<br />

queratinócitos)


FASES DA CICATRIZAÇÃO<br />

MATURAÇÃO/REMODELA<br />

MATURA ÃO/REMODELAÇÃO ÃO<br />

- Fibrócitos Fibr citos<br />

-EGF EGF (Fator <strong>de</strong> crescimento<br />

Epidérmico)<br />

Epid rmico)<br />

- IGF-1, IGF 1, IGF-2 IGF 2 (Fatores <strong>de</strong><br />

crescimentos <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong> insulina)<br />

- TGFɑ TGF ß (Fator transformador <strong>de</strong><br />

crescimento)


SUB-FASES SUB FASES DA<br />

CICATRIZAÇÃO<br />

MATURAÇÃO/REMODELAÇÃO<br />

Remo<strong>de</strong>lação (<strong>de</strong>gradação da matriz extracelular<br />

e re-or<strong>de</strong>namento do tecido<br />

conectivo).


O QUE É UMA FERIDA AGUDA?<br />

São aquelas lesões que po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>finidas<br />

como <strong>feridas</strong> <strong>de</strong> inicio repentino e <strong>de</strong> curta<br />

duração. Po<strong>de</strong>m ocorrer em pessoas <strong>de</strong> todas<br />

as ida<strong>de</strong>s e geralmente cicatrizam com<br />

facilida<strong>de</strong> e sem maiores complicações.<br />

Exemplos:<br />

Feridas cirúrgicas


O QUE É UMA FERIDA CRÔNICA?<br />

É aquela ferida <strong>de</strong> difícil<br />

resolução, envolvendo na maioria<br />

das vezes aspectos patológicos. É<br />

a lesão que se esten<strong>de</strong> por<br />

períodos prolongados e até por<br />

vários anos.


FORMAS DE CICATRIZAÇÃO<br />

�� Primeira Intenção<br />

(Fechamento Primário)<br />

�� Segunda Intenção<br />

(Fechamento Secundário)<br />

�� Primeira Intenção Retardada<br />

(Fechamento Retardado)


Fatores que interferem ou retardam o<br />

• Tabagismo;<br />

• Ida<strong>de</strong>;<br />

• Nutrição;<br />

processo <strong>de</strong> <strong>Cicatrização</strong><br />

Sistêmicos ou Locais<br />

Relacionados as condições gerais do cliente:<br />

• Doenças crônicas;<br />

• Terapia medicamentosa associada.


Fatores que interferem ou retardam<br />

o processo <strong>de</strong> <strong>Cicatrização</strong><br />

Relacionados as condições gerais do cliente:<br />

Tabagismo<br />

Baixa a concentração <strong>de</strong> O ² nos<br />

tecidos, o que leva a uma hipóxia<br />

tecidual, afetando a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cura<br />

das <strong>feridas</strong>, essa hipóxia perdura por<br />

meses após a interrupção do hábito <strong>de</strong><br />

fumar.


Fatores que interferem ou retardam<br />

o processo <strong>de</strong> <strong>Cicatrização</strong><br />

Ida<strong>de</strong><br />

Acontece o envelhecimento natural, com<br />

flaci<strong>de</strong>z da musculatura.<br />

A pele apresenta sinais <strong>de</strong> involução por volta dos<br />

40 anos, sendo mais evi<strong>de</strong>nte após 65 anos;<br />

Alterações estruturais numéricas e funcionais dos<br />

componentes das 3 camadas da pele;<br />

Redução no número e na luz dos vasos, tornando a<br />

pele mais fria;<br />

Atrofia das glândulas écrinas e apócrinas;<br />

Número <strong>de</strong> anticorpos diminui.


Fatores que interferem ou retardam<br />

o processo <strong>de</strong> <strong>Cicatrização</strong><br />

Nutrição<br />

IMC - <strong>para</strong> caracterizar a obesida<strong>de</strong> (dados<br />

antropométricos)<br />

• Controle <strong>de</strong> valores laboratoriais - hematócrito, albumina<br />

sérica, protéinas totais e fracionadas e a transferina sérica.<br />

• Vitaminas A - aumenta a suscetibilida<strong>de</strong> às infecções e<br />

compromete a estabilida<strong>de</strong> do colágeno.<br />

• Vitamina C - interfere na migração <strong>de</strong> macrófagos, na<br />

síntese <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong> complemento e imunoglobulina e altera<br />

a resposta imunológica.<br />

• Vitamina K - interfere na síntese dos fatores <strong>de</strong><br />

coagulação.<br />

• Zinco - retarda a cicatrização e po<strong>de</strong> levar o cliente à<br />

anorexia.


Fatores que interferem ou retardam<br />

• Hipertensão;<br />

• Diabetes melittus;<br />

• Hepatopatias;<br />

• Nefropatias;<br />

• Neoplasias;<br />

o processo <strong>de</strong> <strong>Cicatrização</strong><br />

Doenças crônicas:<br />

• Vasculopatias.


Fatores que interferem ou retardam<br />

• Corticói<strong>de</strong>s;<br />

o processo <strong>de</strong> <strong>Cicatrização</strong><br />

Terapia medicamentosa associada:<br />

• Agentes citotóxicos;<br />

• Ciclosporina;<br />

• Penicilina;<br />

• Calcitonina;<br />

• Drogas imunosupressoras po<strong>de</strong>m até impedir a<br />

cicatrização.


Fatores que interferem ou retardam<br />

o processo <strong>de</strong> <strong>Cicatrização</strong><br />

Relacionados diretamente com a ferida:<br />

• Pressão contínua;<br />

• E<strong>de</strong>ma;<br />

• Hematoma;<br />

• Infecção;<br />

• Corpo estranho;<br />

• Temperatura;<br />

• Local seco;<br />

• Tecido necrótico;<br />

• Cobertura ina<strong>de</strong>quada;<br />

• Irrigação com produto citotóxico e trauma.


AVALIAÇÃO DE FERIDAS<br />

A <strong>avaliação</strong> das <strong>feridas</strong> está intimamente<br />

ligada a fisiologia da cicatrização.<br />

A cicatrização é um processo complexo<br />

sistêmico, que exige do organismo a produção,<br />

ativação e inibição <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong><br />

componentes moleculares e celulares, que<br />

or<strong>de</strong>nados seqüencial e continuamente,<br />

proporcionam a restauração tissular.<br />

(MENEGHIN & VATTIMO, 2005)


AVALIAÇÃO DE FERIDAS<br />

A <strong>avaliação</strong> das <strong>feridas</strong> direciona o<br />

planejamento dos cuidados <strong>de</strong> enfermagem,<br />

implementa a terapia tópica, além <strong>de</strong><br />

proporcionar dados <strong>para</strong> monitorar a<br />

trajetória da cicatrização.<br />

Esta ferramenta possui dupla função:<br />

Avaliar e documentar <strong>de</strong> maneira<br />

sistematizada.


AVALIAÇÃO DE FERIDAS<br />

Para a obtenção <strong>de</strong> sucesso no tratamento <strong>de</strong><br />

<strong>feridas</strong>, é necessário saber:<br />

• Tipo <strong>de</strong> ferida;<br />

• Classificação do grau da lesão;<br />

• Aspecto do leito (pela cor - RYB);<br />

• Localização e posição;<br />

• Tipo <strong>de</strong> exsudato (Aspecto, quantida<strong>de</strong>, cor e<br />

odor);<br />

(Orosco e Martins, 2006)


AVALIAÇÃO DE FERIDAS<br />

• I<strong>de</strong>ntificação do agente etiológico;<br />

• Dor / Desconforto do paciente;<br />

• Alergias e a sensibilida<strong>de</strong> da pele;<br />

• Tratamento prévio;<br />

• Dimensão (CxLxP) e a condição da pele ao<br />

redor;<br />

• Estado nutricional.<br />

(Orosco e Martins, 2006)


AVALIAÇÃO DE FERIDAS<br />

Assim como <strong>de</strong>senvolver estratégia <strong>de</strong><br />

tratamento, através do conhecimento da<br />

ferida:<br />

� Há quanto tempo ela existe?<br />

� Tamanho (comprimento e largura)?<br />

� Profundida<strong>de</strong> (em cm)?<br />

� Presença <strong>de</strong> túnel e/ou fístula?<br />

� Presença <strong>de</strong> <strong>de</strong>scolamento?<br />

� Qual a localização?


� Características do exsudato (coloração,<br />

odor, quantida<strong>de</strong>);<br />

� Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sbridamento (De que<br />

tipo);<br />

AVALIAÇÃO DE FERIDAS<br />

� Se está infectada ou colonizada?<br />

� Qual o microrganismo presente?<br />

� Qual a fase do processo <strong>de</strong> cicatrização?<br />

� Como está a pele ao redor da lesão?


AVALIAÇÃO DA FERIDA<br />

Ao examinar uma ferida, <strong>de</strong>ve-se<br />

levar também em consi<strong>de</strong>ração as<br />

condições da pele ao redor e a borda da<br />

lesão.<br />

� E<strong>de</strong>ma;<br />

� Maceração;<br />

� Temperatura;<br />

� Ressecamento;<br />

� Alterações <strong>de</strong> cor;<br />

� Lesões adjacentes.


FATORES QUE INTERFEREM NA<br />

CICATRIZAÇÃO<br />

Fatores locais e sistêmicos po<strong>de</strong>m influenciar<br />

positiva ou negativamente no processo cicatricial.<br />

Fatores locais:<br />

� Tamanho;<br />

� Uso <strong>de</strong> tensoativos (sabões);<br />

� Uso <strong>de</strong> Anti-sépticos;<br />

� Coberturas ina<strong>de</strong>quadas;<br />

� Técnica incorreta na realização dos curativos;


� Presença <strong>de</strong> tecido <strong>de</strong>svitalizado /<br />

necrose;<br />

FATORES QUE INTERFEREM NA<br />

� Corpo estranho;<br />

� Pressão contínua;<br />

� Traumas;<br />

� Hematoma;<br />

CICATRIZAÇÃO<br />

� Ambiente seco no leito;<br />

� E<strong>de</strong>ma (interfere a oxigenação e nutrição);<br />

� Tensão na linha <strong>de</strong> sutura.


FATORES QUE INTERFEREM NA<br />

Fatores sistêmicos:<br />

CICATRIZAÇÃO<br />

� Má oxigenação e baixo suprimento <strong>de</strong> sangue;<br />

� Infecção;<br />

� Doenças metabólicas;<br />

� Desnutrição;<br />

� Deficiências <strong>de</strong> vitaminas;<br />

� Deficiência protéica;<br />

� Drogas citotóxicas;<br />

� Corticói<strong>de</strong>s e anti-inflamatórios;<br />

� Ida<strong>de</strong>.


MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA<br />

FERIDA<br />

• Mensuração (Dimensões);<br />

• Registro fotográfico;<br />

• Registro no prontuário (Evolução da<br />

cicatrização);<br />

• Avaliação semanal ou sempre que ocorrer<br />

alguma mudança.<br />

• Utilizar a escala <strong>de</strong> BRADEN<br />

semanalmente ou sempre que necessário<br />

(pac. c/risco mo<strong>de</strong>rado e severo).


AVALIAÇÃO DA FERIDA<br />

PELA DIMENSÃO<br />

• Avaliar o comprimento, largura,<br />

circunferência e profundida<strong>de</strong> da lesão.<br />

• I<strong>de</strong>al: Que as medidas sejam realizadas<br />

sempre pela mesma pessoa, o paciente<br />

na mesma posição, <strong>para</strong> maior<br />

fi<strong>de</strong>dignida<strong>de</strong>.<br />

• Registro fotográfico.


AVALIAÇÃO DA FERIDA<br />

TAMANHO<br />

1- Usar uma régua <strong>para</strong> medir em cm, o<br />

maior comprimento e a maior largura da<br />

superfície da ferida; multiplicar altura x<br />

largura = cm2<br />

2- Decalque: Usar placa <strong>de</strong> acetato, marcar<br />

o contorno da ferida com caneta própria,<br />

transferir o <strong>de</strong>senho <strong>para</strong> um papel<br />

centimetrado- <strong>para</strong> cada cruzamento das<br />

linhas, consi<strong>de</strong>re 1cm 2.


AVALIAÇÃO DA FERIDA<br />

LOCALIZAÇÃO<br />

Descrever o local anatômico on<strong>de</strong> se<br />

localiza a úlcera.<br />

Ex. Região Sacra; Trocanteriana D ou<br />

E; Glúteo D ou E , etc.


AVALIAÇÃO DA FERIDA<br />

PROFUNDIDADE<br />

É <strong>de</strong>terminada pelo estadiamento (estágios<br />

III e IV), e po<strong>de</strong> ser a ferida utilizando um<br />

swab ou cotonete. Esta técnica serve<br />

também, <strong>para</strong> <strong>de</strong>terminar a profundida<strong>de</strong> dos<br />

túneis.<br />

Em algumas úlceras é possível injetar soro<br />

fisiológico, em seguida aspirar com uma<br />

seringa, e o resultado se dá em cm3.


AVALIAÇÃO DA FERIDA<br />

BORDOS<br />

� Indistinto ou irregular;<br />

� Regular;<br />

� A<strong>de</strong>rido;<br />

� Não a<strong>de</strong>rido;<br />

� Espesso/grosso;<br />

� Friável;<br />

� Com cicatriz fibrótica.


�Fria �Fria<br />

�Seca �Seca<br />

�Fina �Fina<br />

AVALIAÇÃO DA FERIDA<br />

PELE AO REDOR<br />

�Descamativa<br />

�Descamativa<br />

�Hiperpigmentada<br />

�Hiperpigmentada<br />

�Dermatites<br />

�Dermatites


AVALIAÇÃO DA LESÃO<br />

DESCOLAMENTO / TÚNEL<br />

Avaliar se há ou não <strong>de</strong>scolamento ou túnel,<br />

inserir um swab ou cotonete estéril sob a<br />

borda da ferida; introduzi-lo tão<br />

profundamente quanto possível, levantar a<br />

ponta do aplicador <strong>de</strong> forma que possa ser<br />

visualizada ou sentida na superfície da pele;<br />

marcar com uma caneta e medir a distância<br />

entre a borda da ferida e a marca na pele,<br />

utilizando uma régua.


CARACTERÍSTICAS CARACTER STICAS DOS TECIDOS<br />

� Vitalizado;<br />

� Desvitalizado;<br />

� Necrose;<br />

� Esfacelo;<br />

� Escara.


CARACTERÍSTICAS CARACTER STICAS DOS TECIDOS<br />

Vitalizado<br />

São tecidos<br />

vascularizados, <strong>de</strong><br />

cor viva, clara e<br />

brilhante, sensíveis à<br />

dor.


CARACTERÍSTICAS CARACTER STICAS DOS TECIDOS<br />

Desvitalizado<br />

Caracterizam-se pela<br />

falta <strong>de</strong><br />

vascularização,<br />

insensibilida<strong>de</strong> à dor,<br />

coloração escura e com<br />

odor.


NECROSE<br />

Termo utilizado <strong>para</strong> caracterizar<br />

camadas em forma <strong>de</strong> crostas ou<br />

capas <strong>de</strong> tecidos <strong>de</strong> consistência<br />

dura e seca, coloração preta,<br />

cinza ou marrom, a<strong>de</strong>rida à<br />

superfície da ferida.


NECROSE DE LIQUEFAÇÃO<br />

OU ESFACELO<br />

Tecido necrosado, consistência <strong>de</strong>lgada, mucói<strong>de</strong>,<br />

macia e <strong>de</strong> coloração amarela ou cinza. Formado por<br />

bactérias, fibrina, elastina, colágeno, leucócitos,<br />

fragmentos celulares, exsudato .<br />

Po<strong>de</strong>m estar firmes ou frouxamente a<strong>de</strong>ridos no<br />

leito e nas bordas da ferida.


NECROSE DE COAGULAÇÃO<br />

(ESCARA)<br />

Processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>snaturação das proteínas, consistência dura,<br />

seca e coriácea, po<strong>de</strong>ndo ser macia <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do grau <strong>de</strong><br />

hidratação. Coloração cinza, marrom ou preta e firme<br />

a<strong>de</strong>rência no leito ou bordos da ferida.


MACERADO<br />

Tecido esbranquiçado nos bordos da lesão, pregas<br />

cutâneas e fístulas, está relacionado ao excesso <strong>de</strong><br />

umida<strong>de</strong> local.


Ocorre <strong>de</strong>vido à permeabilida<strong>de</strong> da pare<strong>de</strong><br />

vascular, e é constituído <strong>de</strong>:<br />

• Fibrinogênio e fibrina<br />

• Tromboplastina<br />

••Plaquetas Plaquetas<br />

Classificado em:<br />

EXSUDATO<br />

Seroso Sanguinolento Purulento


EXSUDATO<br />

Material fluido, composto por células ou<br />

<strong>de</strong>bris celulares que escapam <strong>de</strong> um vaso<br />

sanguíneo e se <strong>de</strong>positam nos tecidos ou<br />

nas superfícies teciduais, como resultado<br />

do processo inflamatório.<br />

Caracterizado por alto conteúdo <strong>de</strong><br />

proteína, células e materiais sólidos.


EXSUDATO SEROSO<br />

Plasmático, transparente, aquoso e está presente<br />

normalmente em lesões limpas


CARACTERÍSTICAS DO<br />

Depen<strong>de</strong> do pigmento específico <strong>de</strong><br />

algumas bactérias:<br />

� Esbranquiçadas<br />

� Amareladas<br />

� Avermelhadas<br />

� Esver<strong>de</strong>adas<br />

� Achocolatadas<br />

EXSUDATO<br />

Quanto à coloração


TRANSUDATO<br />

Substância altamente fluida que passa<br />

através dos vasos, baixíssimo conteúdo <strong>de</strong><br />

proteínas, células e <strong>de</strong>rivados celulares.


AVALIAÇÃO DA LESÃO<br />

REGISTRO FOTOGRÁFICO


REGISTRO DA EVOLUÇÃO<br />

NO PRONTUÁRIO<br />

Registrar <strong>de</strong> forma clara e precisa, todo o<br />

procedimento realizado, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

material utilizado, mas principalmente as<br />

características da lesão (<strong>para</strong> dar subsídios<br />

aos outros profissionais).<br />

Registrar o número <strong>de</strong> trocas realizadas,<br />

sempre que houver necessida<strong>de</strong>.


SISTEMA DE AVALIAÇÃO<br />

POR CORES - RYB<br />

Sistema Red, Yellow, Black


SISTEMA DE AVALIAÇÃO POR<br />

É a forma <strong>de</strong> <strong>avaliação</strong> das <strong>feridas</strong>, através<br />

do CONCEITO DAS TRÊS CORES. Deve<br />

ser usado <strong>para</strong> avaliar <strong>feridas</strong> abertas, <strong>de</strong><br />

acordo com as características da lesão<br />

quanto a cicatrização e aos possíveis fatores<br />

que estejam interferindo no processo<br />

cicatricial.<br />

CORES - RYB


PRINCÍPIOS DO SISTEMA RYB<br />

PROTEGER A VERMELHA<br />

LIMPAR A AMARELA<br />

DESBRIDAR A PRETA


RED<br />

COR VIVA, SEM ODOR, LIMPA E<br />

BRILHANTE.<br />

É PRÓPRIO DO TECIDO DE<br />

GRANULAÇÃO<br />

Objetivos: Proteger e limpar sem traumas;<br />

Obliterar espaço morto / Cobrir/isolar


VERMELHO VIVO,<br />

LIMPO<br />

VERMELHO VERMELHO PROFUNDO,<br />

PROFUNDO,<br />

COM COM APARÊNCIA APARÊNCIA FRIÁVEL FRIÁVEL<br />

VERMELHO VERMELHO OPACO, OPACO,<br />

CINZA CINZA<br />

GRANULAÇÃO<br />

SAUDÁVEL<br />

PROCESSO<br />

INFECCIOSO<br />

RETARDO DA<br />

CICATRIZAÇÃO


VERMELHO PROFUNDO<br />

Aparência friável, indicativo <strong>de</strong> processo<br />

infeccioso em andamento


VERMELHO Opaco/Cinza<br />

Reduzida ou retardo da granulação


YELLOW<br />

Aspecto Aspecto <strong>de</strong>svitalizado, <strong>de</strong>svitalizado, com<br />

com<br />

exsudato exsudato <strong>de</strong>nso <strong>de</strong> cor variável;<br />

Secreção Secreção purulenta, purulenta, material<br />

material<br />

fibrótico fibrótico e e <strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação<br />

<strong>de</strong>gradação<br />

celular.<br />

celular.<br />

Objetivo:<br />

Limpeza eficiente (soro fisiológico)<br />

Desbridar


AMARELO<br />

FORTE<br />

AMARELO<br />

AVERMELHADO<br />

AMARELO<br />

CINZENTO<br />

MATERIAL FIBRÓTICO<br />

E DE DEGRADAÇÃO<br />

CELULAR<br />

MATERIAL FIBRÓTICO<br />

E DE DEGRADAÇÃO<br />

CELULAR<br />

MATERIAL FIBRÓTICO<br />

E DE DEGRADAÇÃO<br />

CELULAR


AMARELO FORTE<br />

Gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> material fibrótico e<br />

componentes <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação celular


AMARELO AVERMELHADO<br />

Tecido <strong>de</strong> <strong>de</strong> granulação e e tecido fibrótico no no leito leito da da<br />

ferida


BLACK<br />

Tecido necrótico (preto,<br />

cinza ou marron);<br />

Presença <strong>de</strong> exsudato<br />

purulento, material<br />

fibrótico e <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>gradação celular.<br />

Objetivo:<br />

Desbridamento instrumental ou cirúrgico


TECIDO NEGRO,<br />

SECO, COM<br />

APARÊNCIA<br />

OFUSCADA<br />

TECIDO NECRÓTICO<br />

ESCARA<br />

TECIDO CINZENTO, ESCURO,<br />

COM APARÊNCIA, ÚMIDA


PRETA<br />

Presença <strong>de</strong> tecido necrótico e gangrenas<br />

secas.


PRIORIDADES DAS CORES<br />

TRATE INICIALMENTE A COR PRETA<br />

DEPOIS A AMARELA<br />

E FINALMENTE A VERMELHA!!!


AVALIAÇÃO DE LESÕES<br />

FOTO<br />

Sempre que uma LESÃO for fotografada, é<br />

necessário ter as seguintes informações: nome do<br />

paciente (iniciais), ida<strong>de</strong>, sexo, a data, o nome do<br />

produto em uso e o tempo <strong>de</strong> tratamento.


APRESENTAÇÃO DE<br />

PRODUTOS


AQUASEPT (Polihexanida<br />

( Polihexanida 0,1%)<br />

- Irriga, <strong>de</strong>scontamina e<br />

mantem as condições<br />

corretas <strong>para</strong> a cicatrização<br />

- Retira <strong>de</strong> forma indolor as<br />

camadas <strong>de</strong> fibrina<br />

- Elimina o mau cheiro<br />

- Especialmente indicado <strong>para</strong><br />

suspeita <strong>de</strong> colonização<br />

critica ou infecção


SULFADIZINA DE PRATA<br />

Composição:<br />

Sulfadiazina <strong>de</strong> prata micronizada e nitrato <strong>de</strong> cerium<br />

Mecanismo <strong>de</strong> ação:<br />

• Ação antimicrobiana ( reage<br />

com o DNA da bactéria,<br />

impedindo a proliferação <strong>de</strong><br />

bactérias)<br />

• Pacientes com queimadura: ação<br />

imunomoduladora


COLAGENASE<br />

Composição:<br />

Colagenase clostridropeptidase A e enzimas proteolíticas


PAPAÍNA<br />

Composição:<br />

Enzimas proteolíticas e peroxidases( papaina e quimiopapaína A e B) do<br />

látex do mamoeiro ( Carica Papaya)


PAPAÍNA<br />

Indicação das concentrações:<br />

0,5% - <strong>feridas</strong> em fase <strong>de</strong> granulação<br />

2 a 4% - <strong>feridas</strong> exsudativas e/ou infectadas<br />

6 a 10% - <strong>feridas</strong> com presença <strong>de</strong> tecido necrótico<br />

Nome comercial: Apresentação em forma <strong>de</strong> gel, pó e pomadas ou In<br />

natura


Modo <strong>de</strong> usar:<br />

CARVÃO ATIVADO<br />

Lavar a ferida com SF 0,9%;<br />

Secar a pele ao redor;<br />

Aplicar o carvão sobre a ferida;<br />

Ocluir com compressa ou gaze.


ALGINATO DE CÁLCIO<br />

� Fabricado a partir <strong>de</strong> alginato <strong>de</strong> cálcio(<br />

<strong>de</strong>rivado <strong>de</strong> algas marinhas marrons )<br />

� Fibras embebidas em íons <strong>de</strong> cálcio e sódio, em<br />

concentrações variáveis.


Composição:<br />

Espuma <strong>de</strong> poliuretano<br />

HIDROPOLÍMERO<br />

Revestido por almofada <strong>de</strong> espuma <strong>de</strong> hidropolímero <strong>de</strong> alta<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>.


Composição:<br />

HIDROGEL<br />

Água, carboximetilcelulose , propileno glicol e óxido <strong>de</strong> poliuretano<br />

A água e a glicerina são seus componentes primários


Composição:<br />

HIDROCOLÓIDE<br />

Gelatina, pectina, carboximetilcelusose sódica(interna).


ÁCIDO GRAXO ESSENCIAL<br />

Composição:<br />

• óleo vegetal composto <strong>de</strong> ácido linoleico, ácido<br />

caprílico, ácido cáprico, vit. A e lecitina <strong>de</strong> soja<br />

Mecanismo <strong>de</strong> ação:<br />

• Quimiotaxia <strong>de</strong> leucócitos ( atração);<br />

• Facilita a entrada <strong>de</strong> fatores do crescimento;<br />

• Estimula o <strong>de</strong>sbridamento autolítico;<br />

• Acelera o processo <strong>de</strong> cicatrização.


Obrigada por sua<br />

atenção!


Home-page<br />

Home page: : www.sobenfee.org.br<br />

Mail: Mail:<br />

sobenfee@sobenfee.org.br<br />

Tel: (21) 2259-6232<br />

2259 6232<br />

Contatos

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!