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Noções Básicas De Eletrocardiograma - EMV-FMB - Unesp

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<strong>Noções</strong> <strong>Básicas</strong> <strong>De</strong><br />

<strong>Eletrocardiograma</strong><br />

Curso de Cardiologia<br />

4ª Ano<br />

- Medicina UNESP -<br />

Dr. Ricardo M. Ferreira


O que é o eletrocardiograma ?<br />

Representação gráfica<br />

dos fenômenos elétricos<br />

desencadeados durante<br />

a atividade cardíaca.


Na+ Na+ Na+<br />

K+<br />

Bases eletrofisiológicas<br />

MIÓCITO ver animação<br />

Potencial de repouso<br />

mantido através de<br />

bombas iônicas da<br />

menbrana celular.<br />

Onda de despolarização


Fase 0: despolarização rápida<br />

(entrada Na+)<br />

Fase 1: repolarização precoce<br />

(inativação Na+ e saída K+)<br />

Fase 2: platô<br />

(entrada Ca+)<br />

Fase 3: repolarização final<br />

(saída K+)<br />

Fase 4: potencial de repouso<br />

(saída Na+ e entrada K+)<br />

Bases eletrofisiológicas


Miócitos com diferentes<br />

potenciais de ação.<br />

Propriedades especiais:<br />

automatismo, condução<br />

e contratilidade.<br />

Bases eletrofisiológicas<br />

automatismo<br />

condução<br />

contratilidade


Sistema de condução


Observar correlação dos<br />

componentes do sistema<br />

de condução com a<br />

anatomia cardíaca.<br />

Sistema de condução


<strong>De</strong>rivações do ECG<br />

<strong>De</strong>rivações do<br />

plano frontal<br />

(menbros).


<strong>De</strong>rivações do ECG<br />

Posição dos eletrodos no<br />

paciente.<br />

Correlação entre as<br />

derivações do plano<br />

frontal (Triângulo de<br />

Einthoven).


<strong>De</strong>rivações do plano<br />

horizontal (precordiais).<br />

<strong>De</strong>rivações do ECG


<strong>De</strong>rivações do ECG<br />

Posição dos eletrodos no<br />

paciente.<br />

<strong>De</strong>rivações do plano<br />

horizontal (precordiais).


Nomenclatura do ECG<br />

Onda P: despolarização atrial,<br />

QRS: despolarização ventricular,<br />

Onda T: repolarização ventricular,<br />

Onda U: potenciais tardios.


Nomenclatura do ECG<br />

Observar que quando a onda de despolarização se<br />

aproxima do eletrodo forma uma deflexão positiva (R) e<br />

quando se afasta uma deflexão negativa (q ou S).


Nomenclatura do ECG


<strong>De</strong>terminação do eixo<br />

Ritmo<br />

Freqüência cardíaca<br />

Intervalo PR<br />

Onda P<br />

Complexo QRS<br />

Segmento ST<br />

Onda T<br />

Intervalo QT<br />

Interpretação do ECG


<strong>De</strong>terminação do eixo<br />

Eixo normal localizado<br />

entre -30º e 90º.<br />

Eixo das derivações<br />

clássicas do plano<br />

frontal.


+60°<br />

<strong>De</strong>terminação do eixo


-150° = desviado à direita<br />

<strong>De</strong>terminação do eixo


<strong>De</strong>terminação do eixo<br />

-60° = Bloqueio divisional ântero-superior do ramo esquerdo


Entre 0° e +30°<br />

<strong>De</strong>terminação do eixo


-30°<br />

<strong>De</strong>terminação do eixo


<strong>De</strong>terminação do eixo<br />

Ritmo<br />

Freqüência cardíaca<br />

Intervalo PR<br />

Onda P<br />

Complexo QRS<br />

Segmento ST<br />

Onda T<br />

Intervalo QT<br />

Interpretação do ECG


itmo sinusal<br />

Ritmo cardíaco<br />

1.Observar eixo normal<br />

da onda P<br />

2.Observar correlação<br />

onda P x QRS (1:1)<br />

3.Observar regularidade<br />

do intervalo RR


Ritmo cardíaco<br />

ritmo atrial ectópico<br />

1.Observar eixo anormal da onda P.<br />

2.Observar intervalo PR curto.


1.Observar diferentes<br />

morfologias da onda P.<br />

2.Observar irregularidade<br />

do intervalo RR.<br />

Ritmo cardíaco<br />

Marcapasso atrial migratório


itmo juncional<br />

Ritmo cardíaco<br />

1.Observar ausência de<br />

onda P evidente.<br />

2.Observar regularidade<br />

do intervalo RR.<br />

3.Observar QRS estreito.


Fibrilação atrial<br />

Ritmo cardíaco<br />

1.Observar linha de base irregular<br />

(sem onda P organizada).<br />

2.Observar variabilidade do<br />

intervalo RR.


Ritmo cardíaco<br />

Flutter atrial<br />

1.Observar presença de<br />

ondas F.<br />

2.Observar regularidade<br />

do intervalo RR<br />

(bloqueio AV fixo)


Ritmo cardíaco<br />

Extra-sístoles supraventriculares<br />

1.Observar batimentos precoces.<br />

2.Observar morfologia mantida do QRS.<br />

3.Observar pausas compensatórias.


Escape ventricular<br />

Ritmo cardíaco<br />

Extra-sístoles ventriculares<br />

1.Observar batimentos precoces.<br />

2.Observar mudança de morfologia do QRS.<br />

3.Observar pausas compensatórias.<br />

1.Observar batimento tardio.<br />

2.Observar mudança de morfologia do QRS.


Ritmo cardíaco<br />

Extra-sístoles ventriculares<br />

(bigeminismo)


Rítmo Cardíaco<br />

Ritmo de Marcapasso<br />

1.Observar QRS alargado.<br />

2.Observar presença de<br />

espículas precedendo o<br />

QRS (estímulação artifícial).


<strong>De</strong>terminação do eixo<br />

Ritmo<br />

Freqüência cardíaca<br />

Intervalo PR<br />

Onda P<br />

Complexo QRS<br />

Segmento ST<br />

Onda T<br />

Intervalo QT<br />

Interpretação do ECG


FC = 1500 .<br />

intervalo RR<br />

Freqüência cardíaca


FC = 1500 = 42 bpm<br />

35<br />

Freqüência cardíaca<br />

Bradicardia sinusal


FC = 1500 = 214 bpm<br />

7<br />

Freqüência cardíaca<br />

30<br />

Ritmos com intervalo RR irregular:<br />

contar número de complexos QRS em<br />

um intervalo de 30 quadrados grandes<br />

do traçado (equivalente a 6 segundos)<br />

e multiplicar por 10.<br />

Exemplo: FC= 8 x10= 80bpm<br />

1 2 3 4 5 6 7 8


<strong>De</strong>terminação do eixo<br />

Ritmo<br />

Freqüência cardíaca<br />

Intervalo PR<br />

Onda P<br />

Complexo QRS<br />

Segmento ST<br />

Onda T<br />

Intervalo QT<br />

interpretação do ECG


Intervalo PR<br />

Duração Diagnóstico<br />

0,12s a 0,20s Condução AV normal<br />

> 0,20s BAV 1ªgrau<br />

< 0,12s Pré-excitação<br />

Pré excitação


Bloqueios AtrioVentriculares<br />

BAV 1ªgrau<br />

Observar alargamento mantido<br />

do intervalo PR e ausência de<br />

ondas P bloqueadas.


BAV 2ªgrau – mobitz I<br />

Observar ondas P bloqueadas<br />

sem alargamento prévio do<br />

intervalo PR.<br />

Bloqueios AtrioVentriculares<br />

Observar alargamento<br />

progressivo do intervalo PR e<br />

ondas P bloqueadas.<br />

BAV 2ªgrau – mobitz II


Bloqueios AtrioVentriculares<br />

Observar dissociação atrio-ventricular<br />

(ausência de sincronia entre os<br />

batimentos atriais e ventriculares).<br />

BAV 3ªgrau - BAVT


Bloqueios AtrioVentriculares<br />

BAV 2ªgrau – mobitz I


Bloqueios AtrioVentriculares<br />

BAV 2ªgrau – mobitz II


Bloqueios AtrioVentriculares<br />

BAV 3ªgrau - BAVT


1.Observar intervalo PR curto.<br />

2.Observar presença de ondas <strong>De</strong>lta.<br />

Pré-excitação


<strong>De</strong>terminação do eixo<br />

Ritmo<br />

Freqüência cardíaca<br />

Intervalo PR<br />

Onda P<br />

Complexo QRS<br />

Segmento ST<br />

Onda T<br />

Intervalo QT<br />

Interpretação do ECG


Onda P<br />

Parâmetro Diagnóstico<br />

Amplitude >0,25mV >0,25mV<br />

Sobrecarga atrial direita<br />

Duração >0,10s Sobrecarga atrial esquerda<br />

Amplitude e duração<br />

aumentadas<br />

Sobrecarga biatrial


Sobrecarga Atrial Esquerda


Sobrecarga Atrial Direita


<strong>De</strong>terminação do eixo<br />

Ritmo<br />

Freqüência cardíaca<br />

Intervalo PR<br />

Onda P<br />

Complexo QRS<br />

Segmento ST<br />

Onda T<br />

Intervalo QT<br />

Interpretação do ECG


Complexo QRS<br />

Parâmetro Normalidade<br />

Duração QRS 0,08 a 0,11s


Bloqueios de Ramo<br />

BRD<br />

BRE


Bloqueio <strong>De</strong> Ramo Esquerdo


Bloqueio de Ramo Direito


Bloqueio Incompleto de Ramo Direito<br />

Observar que a mudança de morfologia do QRS sem o<br />

aumento significativo da duração do mesmo (até 0,12s)<br />

caracteriza Bloqueio Incompleto de Ramo.


Sobrecargas Ventriculares


Sobrecarga Ventricular Esquerda


Sobrecarga Ventricular Esquerda


Sobrecarga Ventricular Esquerda


Sobrecarga Ventricular Direita


Sobrecarga Ventricular Direita


Sobrecarga Ventricular Direita


Observar baixa<br />

voltagem dos<br />

complexos QRS nas<br />

derivações dos<br />

menbros.<br />

Efeito Isolante


Correlação <strong>De</strong>rivações x Anatomia


Observar amputação de<br />

R de V1 a V3 com<br />

presença de ondas Q<br />

profundas em V1 e V2.<br />

Zonas Inativas<br />

Zona inativa ântero septal


Zonas Inativas<br />

Observar amputação de<br />

R em DII, DIII e aVF com<br />

presença de ondas Q.<br />

Zona inativa Inferior


<strong>De</strong>terminação do eixo<br />

Ritmo<br />

Freqüência cardíaca<br />

Intervalo PR<br />

Onda P<br />

Complexo QRS<br />

Segmento ST<br />

Onda T<br />

Intervalo QT<br />

Interpretação do ECG


normal<br />

Segmento ST


Isquemia Subendocárdica<br />

Observar<br />

infradesnivelamento do ST<br />

de V2 a V6.<br />

Observar<br />

normalização<br />

do ST após<br />

tto anti-isquêmico.


Sobrecarga Ventricular Esquerda<br />

Observar alteração do<br />

segmento ST de V5,V6, DI<br />

e aVL secundários a SVE.<br />

(padrão “strain”)


Isquemia Subendocárdica<br />

Isquemia Subendocárdica + SVE


Observar alterações<br />

difusas do ST<br />

causadas pelo uso<br />

do digital.<br />

Ação Digitálica


Infarto Agudo<br />

Observar supradesnível<br />

do ST em DII, DIII e aVF<br />

+ precordiais direitas.<br />

Infarto Agudo Inferior + VD


Observar supradesnível<br />

do ST de V1 a V4.<br />

Infarto Agudo<br />

Infarto Agudo ântero-septal


Infarto Agudo ínfero-latero-dorsal<br />

Infarto Agudo


Bloqueio de Ramo Esquerdo<br />

Observar que a presença de BRE provoca alterações difusas do<br />

ST (*dificultando o diagnóstico de isquemia pelo ECG).


Supradesnível do Segmento ST


Pericardite Aguda<br />

Observar alterações difusas do ST<br />

causadas pela inflamação do pericárdio.


<strong>De</strong>terminação do eixo<br />

Ritmo<br />

Freqüência cardíaca<br />

Intervalo PR<br />

Onda P<br />

Complexo QRS<br />

Segmento ST<br />

Onda T<br />

Intervalo QT<br />

Interpretação do ECG


Importante lembrar<br />

o padrão normal de<br />

onda T para<br />

reconhecer suas<br />

alterações.<br />

Onda T<br />

ECG normal


Observar inversão<br />

simétrica da onda T.<br />

Isquemia Subepicárdica


Isquemia Subepicárdica


Observar ondas T<br />

com amplitude<br />

aumentada.<br />

Hipercalemia


<strong>De</strong>terminação do eixo<br />

Ritmo<br />

Freqüência cardíaca<br />

Intervalo PR<br />

Onda P<br />

Complexo QRS<br />

Segmento ST<br />

Onda T<br />

Intervalo QT<br />

Interpretação do ECG


Intervalo QT<br />

Parâmetro Normalidade<br />

intervalo QT 0,34 a 0,44s


Intervalo QT


Hipocalcemia


“ Apesar pesar de todos os avanços tecnológicos da medicina<br />

acumulados ao longo do tempo, o eletrocardiograma,<br />

que completou 100 anos de existência, ainda é o<br />

primeiro exame complementar solicitado para avaliação<br />

cardiológica de um paciente.” paciente.<br />

Bibliografia:<br />

Bibliografia<br />

João Tranchesi - <strong>Eletrocardiograma</strong> Normal e Patológico (7ª Edição)<br />

Friedmann - Diagnóstico Diferencial no <strong>Eletrocardiograma</strong> (1ª Edição)<br />

Braunwald - Tratado de Doenças Cardiovasculares (7ª Edição)

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