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Artes visuais - Enade

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Nome do(a) uno(a):__________________________________________Matrícula:____________<br />

Conhecimentos Específicos<br />

Questões de múltipla escolha: 1 a 27.<br />

Questões discursivas: 28 a 30.<br />

ARTES VISUAIS<br />

1) As representações compartilhadas pelos membros de uma sociedade são de fundamental importância<br />

para caracterizá-la, para darem conta do seu verdadeiro perfil e possibilitarem, ao mesmo tempo, por parte<br />

de seus integrantes, reconhecerem-se como participantes dela.<br />

Isso significa dizer que as visões que os homens e as mulheres portam sobre sua sociedade são formas<br />

através das quais ela permanece, para cada um individualmente e também para o conjunto. Trata-se da<br />

maneira pela qual a sociedade se representa diante de seus membros, criando significações que lhe são<br />

específicas. Os membros de uma dada sociedade tornam-se seres sociais através da incorporação dessas<br />

mesmas representações/significações. O processo de socialização, por meio do qual as internalizam<br />

permite-lhes tornarem-se humanos. Ao mesmo tempo, todas as instituições particulares da sociedade a que<br />

se referem também concretizam em si essas significações. (OLIVA-AUGUSTO, Maria Helena. O moderno e<br />

o contemporâneo: reflexões sobre os conceitos de indivíduo, tempo e morte. Tempo Social; Rev. Sociol.<br />

USP, S. Paulo, 6(1-2): 91-105, 1994 (editado em jun. 1995).<br />

Sobre o texto de Maria Helena Oliva-Augusto, é correto afirmar que<br />

a) a sociedade é estanque na medida em que os seres se colocam como seres individuais.<br />

b) o processo de socialização impede o homem de se tornar “humano”.<br />

c) as incorporações, enquanto representações/significações impedem o crescimento dos seres humanos.<br />

d) a visão que os homens têm de uma dada sociedade é mutável.<br />

e) as representações compartilhadas por seres de uma mesma sociedade é que permitem seu crescimento.<br />

2) Sobre a Abordagem Triangular para o ensino da arte, sistematizada por Ana Mae Barbosa a partir de<br />

experiências realizadas no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo no final dos anos<br />

1980 e amplamente difundida desde a década de 1990, é correto afirmar<br />

a) que a abordagem triangular propõe uma hierarquia na combinação de suas ações e seus conteúdos, ao<br />

privilegiar a história da arte européia.<br />

b) que as suas ações básicas – fazer, apreciar e contextualizar – atuam na construção do conhecimento<br />

em arte e não podem ser aplicadas a outras linguagens artísticas, como da dança e da música.<br />

c) que a abordagem triangular propõe uma articulação ‘pertinente, orgânica e significativa’ entre as ações<br />

do fazer artístico, do apreciar e do contextualizar.<br />

d) a abordagem triangular insere-se numa visão mais contemporânea de ensino da arte que valoriza à<br />

emoção em detrimento da cognição.<br />

e) a construção do conhecimento em arte acontece quando há a articulação entre o fazer, apreciar e<br />

contextualizar, ou seja, entre a informação, a experimentação e a codificação, respectivamente.


3) Considerando o grande avanço protagonizado pela arte grega na cultura antiga, ampliando as técnicas<br />

escultóricas e arquitetônicas herdadas da antiguidade oriental, assinale a alternativa correta em relação ao<br />

estilo clássico na escultura grega.<br />

a) Rigidez e frontalidade egípcia.<br />

b) Linhas corporais acentuadas a fim de exprimir situações psíquicas<br />

c) Realismo e expressividade exacerbados.<br />

d) Tentativa de ampliar o dinamismo.<br />

e) Movimento delicado e curvas sutis.<br />

4) Segundo Coutinho, a Abordagem Desenvolvimentista contribui para a definição das bases para a<br />

classificação do desenho infantil em estágios seqüenciais, entendendo que o desenho progride através de<br />

estágios comparáveis ao desenvolvimento da criança. Se imaginarmos nas imagens abaixo uma relação<br />

entre o desenvolvimento da criança e seu desenho através de aspetos como o domínio do gesto e a riqueza<br />

de detalhes, poderíamos estabelecer a seguinte seqüência nas representações <strong>visuais</strong> que se seguem:<br />

X Y<br />

W H Z<br />

a) X, Y, W, H e Z<br />

b) H, W, Z, X e Y<br />

c) Y, Z, X, W e H<br />

d) X, Z, Y, W e H<br />

e) W, X, Y, Z e H


5) Professor Pedro trabalha numa escola em que todos se dedicaram bastante no início do ano para<br />

organizar um planejamento coerente com seus ideais de uma escola de qualidade. Ele e os demais<br />

professores, junto com a equipe dirigente, articularam o trabalho de modo que o Projeto Pedagógico foi<br />

elaborado coletivamente com atenção especial à organização das ações para a aprendizagem dos alunos.<br />

Todos fizeram um excelente trabalho; no entanto, durante o Conselho de Classe do segundo bimestre,<br />

verificou-se que mais de 50% dos adolescentes não estavam aprendendo o suficiente em várias disciplinas.<br />

O Conselho de Classe, então, deliberou que os Planos de Ensino deveriam ser revistos e adequados para<br />

garantir a aprendizagem dos alunos.<br />

Considerando a situação narrada, o Conselho de Classe/Série agiu de modo<br />

a) inadequado, pois o currículo oficial e os cadernos que orientam o trabalho dos professores nas disciplinas<br />

não permitem ajustes.<br />

b) inadequado, pois não cabe ao Conselho a decisão de interferir na gestão do currículo.<br />

c) inadequado, pois deveria lançar mão de outros recursos para não prejudicar o desenvolvimento dos 50%<br />

dos alunos que tiveram desempenho suficiente.<br />

d) adequado, uma vez que ele é composto por professores que podem decidir com autonomia sobre o que<br />

e como ensinar, e em que momento rever suas decisões sobre o currículo.<br />

e) adequado, propondo o replanejamento para garantir as expectativas de aprendizagem de todos os<br />

alunos.<br />

6) Phillipe Perrenoud, no texto “Práticas pedagógicas: profissão docente e formação” argumenta que, por si<br />

só, a formação inicial não pode transformar a globalidade da profissão docente. Nessa perspectiva, ele<br />

apresenta uma série de constatações a respeito da profissão, tais como rotina, improvisação regulada,<br />

diferenças e transposição didática.<br />

Dentre as alternativas que se seguem, assinale a que explica a transposição didática.<br />

a) É a “gramática geradora de práticas”, que articula a consciência e a consciência, improvisações e<br />

regularidades.<br />

b) Fator de legitimidade junto aos pais e opinião pública (as profissões mais qualificadas assentam em<br />

saberes explícitos e em técnicas racionais).<br />

c) É a consciência de que nenhum professor pode gosta de ter consciência de seus truques para manipular<br />

os alunos.<br />

d) Significa fabricar “artesanalmente” os saberes, tornando-os ensináveis, exercitáveis e passíveis de<br />

avaliação no quadro de uma turma.<br />

e) Significa que qualquer metodologia que só se interesse por um sujeito epistêmico remete para um só a<br />

tarefa de enfrentar as diferenças.<br />

7) Observe a imagem a seguir.<br />

A imagem mostra claramente que<br />

“Larga esse gibi e olhe a obra de Arte, meu filho”


a) o público em geral não se interessa por Arte, pois são mais interessantes os gibis.<br />

b) as crianças não se entretêm nos museus e galerias, pois não entendem nada de Arte devido à<br />

dificuldade do professor em trabalhar cultura visual no ensino de Arte.<br />

c) a obra de Arte e o gibi, no qual a criança está entretida, possuem signos plásticos e origens<br />

intimamente relacionadas, porém, a leitura do texto verbal faz com que a imagem torne-se mais atraente e<br />

comunicativa.<br />

d) a obra de Arte e o Gibi do menino abordam questões semelhantes da História da Arte, Desenho,<br />

Gravura e da evolução tecnológica mundial, entretanto, a imagem evidencia que o público não consegue<br />

estabelecer relações rizomáticas com as várias áreas do conhecimento.<br />

e) o gibi não é abordado como Arte para o menino e, por isso, torna-se mais interessante.<br />

8) Para Walter Benjamin, citado por Lúcia Santaella (Arte & cultura: equívocos do elitismo), o cinema é a<br />

forma de arte que corresponde à vida cada vez mais perigosa, destinada ao homem de hoje. A necessidade<br />

de se submeter a efeitos de choque constitui uma adaptação do homem aos perigos que o ameaçam. O<br />

cinema equivale a modificações profundas no aparelho receptivo, aquelas mesmas que vivem atualmente,<br />

no curso da existência privada, o primeiro transeunte surgido numa rua de grande cidade e, no curso da<br />

história, qualquer cidadão de um Estado contemporâneo.<br />

Partindo de sua idéia sobre cinema e pensando sobre o ensino de arte, o que Walter Benjamin poderia ter<br />

dito sobre a TV e a internet se tivesse vivido para vê-los?<br />

a) Promovida por imperativos econômicos e políticos, estes meios facilitam a manipulação e a<br />

despolitização.<br />

b) Os meios de reprodução de linguagem não são apenas meios de consumo, mas são, simultaneamente,<br />

meios de produção.<br />

c) Voltadas para a ação e não para a contemplação, para o global e não para o regional, os novos meios<br />

levam à massificação.<br />

d) Alienação é o perigo maior destes novos meios, pois devora quaisquer outras alternativas de estímulo ao<br />

desenvolvimento de outras formas de produção e criação de linguagens e mensagens.<br />

e) O olhar se move sobre as telas e monitores de modo superficial, consumista e com muita rapidez, o que<br />

prejudica a contemplação de obras de arte.<br />

9)Observe as duas obras abaixo:<br />

a) DELACROIX, E. A Liberdade guiando b) DEGAS, E. Cena de Ballet. 1907(pastéis a óleo)<br />

o povo. 1830 (óleo sobre tela)<br />

Pensando na afirmação de que a Arte está intimamente atrelada à Política,<br />

a) as duas obras se popularizaram pelo sentido de vanguarda, pois ambas trazem rompimento de padrões e<br />

marcam o envolvimento dos artistas na criação de valores estéticos e conceituais para a Arte.<br />

b) os artistas construíram as suas obras, fazendo uma denúncia à sociedade da época sobre a organização<br />

política de suas respectivas épocas.<br />

c) a obra de Delacroix caracteriza um rompimento com os padrões de governo, colocando o símbolo<br />

feminino para quebrar paradigmas; a obra de Degas mostra a beleza da figura feminina perante uma<br />

sociedade discriminatória e machista.<br />

d) as duas obras estão intimamente relacionadas a questões políticas, pois são retratos fiéis da realidade.<br />

e) as duas obras mostram o quanto a afirmação não é verdadeira, pois nenhuma delas aborda questões<br />

políticas.


10) Ao trabalhar numa perspectiva intercultural ou multicultural, o educador possibilita ao seu grupo de<br />

alunos<br />

a) o reforço ao código hegemônico.<br />

b) a apropriação de diferentes códigos culturais.<br />

c) a criação de guetos culturais.<br />

d) a valorização apenas das culturas excluídas.<br />

e) a exclusão do código hegemônico.<br />

11) A arte não-figurativa é resultado do processo de des-naturalização da imagem ocorrida desde o<br />

romantismo e impressionismo, que se intensificou com o cubismo e futurismo. Levando em consideração<br />

esse processo, dentre as diversas tendências da arte não-figurativa, a intenção comum a todas elas é<br />

a) se aliar aos dadaístas na concepção de “anti-arte”<br />

b) criar novos suportes para a produção artística.<br />

c) pensar a imagem a partir dos padrões decorativos das culturas antigas.<br />

d) envolver o público a partir de uma concepção espiritualista da arte.<br />

e) a criação de uma nova situação para a imagem que se emancipasse da cultura renascentista e dos<br />

padrões de beleza greco-romanos.<br />

12) Quando Paul-Durand Ruel decidiu, em 1870, orientar a política de sua galeria de arte em Paris para<br />

promover a obra dos impressionistas, inaugurou simultaneamente uma concepção de arte e uma forma de<br />

comercializá-la, ambas afinadas com o universo social de onde surgiram, a cultura urbana e a vida<br />

moderna. Instituiu um novo modus operanti – o mercado de arte moderna –, distinto tanto do acadêmico<br />

que o precedeu, quanto das diversas modalidades de comércio de arte que se desenvolveram a partir do<br />

século XIX. Emerge um novo mundo da arte, evoluindo através de diferentes segmentos, pautados por<br />

critérios e políticas distintas, como o mercado de arte antiga, o mercado de gêneros, o mercado de retratos,<br />

entre outros. No decorrer do século XX, este processo de segmentação aprofundou-se, revelando-se cada<br />

vez mais complexo. Num ambiente atravessado por transformações constantes, os marchands de arte<br />

moderna caracterizam-se por sua associação com as novas visões de mundo, vendendo formas estéticas<br />

inovadoras. A escolha da posição influencia a direção das estratégias de mercado. O sistema moderno<br />

distingue-se do acadêmico anterior por configurar-se como um mercado de autores e não de obras.<br />

(BUENO, Maria Lúcia. O mercado de galerias e o comércio da arte moderna. Maio/agosto, 2005).<br />

A partir do trecho acima, o mercado de arte<br />

a) atua apenas com artistas de renome, cujas obras são reconhecidas mundialmente.<br />

b) gira o capital artístico e cultural partindo de trabalhos, ações e projetos inovadores por meio da atuação<br />

de marchands e artistas com propostas estéticas inéditas.<br />

c) atua apenas com artistas famosos, cujas obras ainda são inéditas.<br />

d) estrutura-se pelo trabalho direto entre marchands e artistas desconhecidos, selecionando trabalhos cuja<br />

concepção está associada a novas visões do mundo.<br />

e) fornece unicamente os meios necessários para a sobrevivência e continuidade da Arte Contemporânea.<br />

13) Segundo Ferraz e Fusari, “a Educação Através da Arte é um movimento educativo e cultural que busca<br />

a constituição de um ser humano completo, total, dentro dos moldes do pensamento idealista e<br />

democrático. Valorizando no ser humano os aspectos intelectuais, morais e estéticos, procura despertar sua<br />

consciência individual, harmonizada ao grupo social ao qual pertence.”<br />

A partir desta concepção, as ações de ensino-aprendizagem de arte na escola objetivariam<br />

a) o desenvolvimento artístico e estético do aluno, em ações que valorizam o seu processo criador e sua<br />

relação subjetiva com o mundo.<br />

b) a expressão individual do aluno, em ações baseadas na livre-expressão e espontaneidade.<br />

c) o conhecimento técnico como preparação para o trabalho, em ações baseadas no desenho técnico.<br />

d) o desenvolvimento e aprimoramento técnico e artístico do aluno, em ações baseadas em modelos da<br />

Arte, a partir de exercícios de cópia.<br />

e) o conhecimento teórico da arte, em ações baseadas no ensino da história da arte.


14) Com a fotografia, os artistas e a arte se liberam de um rito (representacionista) em busca das<br />

especificidades intrínsecas ao meio da arte como: a tinta, a luz e as linhas como elementos da arte, e não<br />

mais os temas clássicos que eram abordados pelas Belas <strong>Artes</strong> como: mitologia, natureza, religião, retratos<br />

etc. Sempre a maneira dela com seus cânones de representação e de eternização (SODRÉ, B. s/d). Com a<br />

fotografia criando e inventando possibilidades, além da função de registro e de todas as expressões<br />

artísticas, buscando ir além das certezas, a Arte passou a assumir novos conceitos e concepções. O mundo<br />

todo assumiu uma forma de manifestação frente ao cenário de intensas mudanças e revisões culturais,<br />

chamado Conceitualismo. Isso ocorreu<br />

a) na década de 20, com as inovações tecnológicas de guerra.<br />

b) na década de 40, com a II Guerra Mundial.<br />

c) na década de 50, com as mulheres buscando seus espaços e a tecnologia avançando inclusive para a<br />

Arte Expressionista.<br />

d) nos anos 60, enquanto o Brasil era colocado sob uma ditadura militar, países democráticos do Primeiro<br />

Mundo transformavam-se no que se chamou de “sociedade de abundância”.<br />

e) com a exposição da obra de Duchamp, na década de 30.<br />

15) “Poderíamos empregar a palavra ‘moderno’ de forma bastante vaga para significar ‘do presente’, ou o<br />

que é atual. Neste sentido informal, ela se refere ao que é contemporâneo e é definida por sua diferença<br />

em relação ao passado. Mas mesmo quando a usamos de um modo que nos parece neutro, descritivo, é<br />

bom ter em mente que só o fazemos seletivamente, para nos referirmos a alguns aspectos do presente em<br />

contraposição a outros que vemos como fora de moda ou tradicionais e de certa forma remanescentes do<br />

passado: ou seja, usamo-la para demarcar diferenças dentro do presente tanto quanto em relação ao<br />

passado. Quando aplicado à arte, o termo "moderno" pode designar um período da história (embora a<br />

questão de quando esse período começa esteja sujeita a interpretações diferentes), e pode ser usado para<br />

discriminar entre diversos tipos de arte produzidos nesse período. Na linguagem da crítica de arte, portanto,<br />

o termo também é usado seletivamente. ‘Arte moderna’ não significa necessariamente o mesmo que ‘arte<br />

do período moderno", pois nem toda a arte produzida nesse período é julgada "moderna" - considera-se que<br />

só certos tipos de arte fazem jus ao título.” (FRASCINA, Francis et alii. Modernidade e modernismo. Trad.<br />

Tomás Rosa Bueno, São Paulo: Cosac & Naify Edições Ltda., 1998, p. 07).<br />

Com base no texto, qual afirmativa é a correta acerca da palavra “moderno”?<br />

a) A palavra “moderno” nasceu no presente e se refere à obras que se constroem na atualidade.<br />

b) A palavra “moderno” refere-se somente ao que é contemporâneo.<br />

c) Quando usamos o termo “moderno”, usamos de forma seletiva em contraposição a outros termos.<br />

d) Quando usamos o termo aplicado à arte o termo moderno pode designar do presente.<br />

e) Moderno em relação à História é usado para separar a arte em termos de crítica negativa.<br />

16) “Sem o olhar fecundador do artista, a matéria é inerte e muda: apenas aquele olhar formativo desperta-a<br />

para a vida da arte. Os problemas técnicos não se impõem ao artista, mas é ele quem sabe fazê-los nascer<br />

da matéria que lhe foi entregue pela tradição; a técnica, de per si, só forma o artesão, mas é o artista quem<br />

sabe torná-la capaz de mostrar a arte; a matéria pode ser resistência, obstáculo, causa de malogro, e é o<br />

artista quem sabe fazer dela uma ocasião, um veículo, uma garantia de êxito”.<br />

Este pensamento de Luigi Pareyson, reflete-se no pensamento dos estudiosos contemporâneos do ensino<br />

de arte que afirmam<br />

I. a exploração dos materiais é uma ação pedagógica necessária.<br />

II. é necessário atribuir significados à matéria, pois ela também dá suporte à poética do artista.<br />

III. a técnica pode refletir o contexto sócio-históricocultural de quando foi utilizada, e sua compreensão<br />

facilita perceber o significado das rupturas.<br />

IV. conhecer o processo de criação do artista permite perceber não somente sua poética pessoal, suas<br />

temáticas, as influências estilísticas, mas também o modo como enfrentou a resistência das matérias que<br />

escolheu para trabalhar.<br />

É correto o que se afirma em<br />

a) III e IV, apenas.<br />

b) II e III, apenas.<br />

c) II, III e IV, apenas.<br />

d) I, III e IV, apenas.<br />

e) I, II, III e IV.


17) Sobre a recepção nas ambientações artísticas do tipo performances, happenings e instalações, é<br />

correto afirmar que o receptor está diante de obras que<br />

a) visam à contemplação ativa do olhar e a significação se dá unicamente em termos da visualidade.<br />

b) despertam o corpo do receptor e a produção da significação pode ser prejudicada pela falta de<br />

conhecimento sobre a poética pessoal do artista.<br />

c) visam a uma convocação multissensorial e a significação é produzida na apreensão sinestésica.<br />

d) provocam apreensão sinestésica no receptor e a construção da significação exige uma familiaridade com<br />

os códigos da linguagem.<br />

e) necessitam de uma mediação estética e a significação ocorre pela participação do público com perguntas<br />

sobre a temática da obra.<br />

18) “Ela envolve um tipo de conhecer, que é um apreender o mundo externo junto com o mundo interno, e<br />

ainda envolve, concomitantemente, um interpretar aquilo que está sendo apreendido. Tudo se passa ao<br />

mesmo tempo”. O texto de Fayga Ostrower refere-se a alguns aspectos da<br />

a) seletividade no processo criador.<br />

b) intuição.<br />

c) imaginação criativa.<br />

d) percepção.<br />

e) materialidade.<br />

19) Considere as premissas abaixo:<br />

I. Um objeto de pesquisa e estudo.<br />

II. Uma sequência de situações de aprendizagem.<br />

III. A utilização dos códigos da linguagem da arte.<br />

IV. O ato de desvelar/ampliar.<br />

Para as autoras Martins, Picosque e Guerra, são premissas para um processo de ensino-aprendizagem em<br />

arte, sob a ótica de projetos em ação, o contido em<br />

a) II, III e IV, apenas.<br />

b) I, II, III e IV.<br />

c) I e II, apenas.<br />

d) I, II e III, apenas.<br />

e) I e IV, apenas.<br />

20) A temática da abstração pertence ao século XX, trabalhada por vários artistas, como Kandinsky e<br />

Mondrian. Sobre a abstração é correto afirmar que<br />

a) nessa vertente da arte figurativa e o conteúdo expressivo estão na figura do apreciador, que deixa de ser<br />

expectador passivo e entra na obra a fim de dar-lhe um sentido.<br />

b) trata-se da "autonomia da forma", ou seja, trabalha com o conteúdo expressivo que existe em uma<br />

elaboração formal que não representa figuras.<br />

c) na abstração o artista faz o caminho contrário da evolução, ou seja, ele abandona a representação<br />

perfeita para simplificar cada vez mais até chegar na gênese da forma.<br />

d) a abstração sempre parte da observação dos elementos formais de um objeto real, como vemos na série<br />

"Árvores" de Mondrian e no "Quadrado Negro" de Malevitch.<br />

e) é uma prova de que as novas formas de visualidade no século XX permitem que o artista se expresse da<br />

maneira como lhe convier, mesmo que não haja sentido.


21) Azevedo (In: BARBOSA, 2002) propõe que o ensino de arte na educação especial se fundamente na<br />

idéia de multiculturalidade. Assinale a única alternativa coerente com as idéias do autor.<br />

a) O conceito de diferente é mais abrangente do que o conceito de especial, pois nele se incluem todas as<br />

minorias que vêm lutando por afirmar suas diferentes construções culturais.<br />

b) A integração entre a Psicologia, Neurologia e Antropologia possibilitam realizar diagnósticos<br />

aprofundados dos indivíduos, considerando sua saúde e também sua cultura.<br />

c) Enfatizar atividades lúdicas e recreativas possibilita que as crianças especiais acompanhem as crianças<br />

normais, portanto é uma das formas de valorizar a cultura da comunidade.<br />

d) A formação do professor de arte, além de abordar as quatro linguagens artísticas, deve também propiciar<br />

o conhecimento, o trabalho e integração dos alunos especiais.<br />

e) A "triagem cultural" mapeia os diversos interesses culturais dos alunos e suas possíveis deficiências,<br />

possibilitando trabalhar com a cultura em grupos, de maneira não excludente.<br />

22) O conjunto dos conteúdos de Arte deve estar articulado dentro do contexto de ensino e aprendizagem<br />

em três eixos norteadores: a produção, a fruição e a reflexão. Quais das sugestões das aulas abaixo<br />

exemplifica uma aplicação desta proposta?<br />

a) Aprendizagem dos conteúdos em fragmentos, interpretação dos clássicos e formalismo.<br />

b) Apreciação de obras de diferentes épocas, pesquisa sobre obras e artistas, criação e construção de<br />

formas plásticas.<br />

c) A elaboração de uma obra de arte e sua fruição na sociedade.<br />

d) Criação de formas plásticas a partir de experiências de exploração do aluno.<br />

e) Aulas organizadas em sequências conforme pesquisa de campo realizada pelos docentes a respeito do<br />

contexto dos alunos.<br />

23) Envolveu formas de protesto contra a guerra e contra a racionalidade da cultura - proclamando, por sua<br />

vez, o irracional e o acaso como caminhos para encontrar uma realidade humana mais autêntica. Ainda que<br />

tivesse propósito demolidor, suas novas possibilidades exerceram forte influência sobre o séc. XX. Assinale<br />

a alternativa que corresponde ao movimento artístico descrito acima.<br />

a) Guerra e paz de Picasso é uma das obras que melhor exemplifica o apelo ao irracional e ao acaso para<br />

protestar contra a guerra e a cultura que a criou.<br />

b) O romantismo provocou uma nova sensibilidade com suas colagens, fotomontagens, recombinações de<br />

materiais e objetos e os ready-mades.<br />

c) Com os ready-mades, o abstracionismo geométrico se converte em tema central na arte, a fim de<br />

combater a arte figurativa, racional.<br />

d) Duchamp distorce a figura e faz uso de cores violentas para mostrar seu desencanto diante de uma<br />

sociedade que não conseguiu evitar a guerra.<br />

e) A abstração é um elemento central das propostas dadaístas, que negam a realidade e provocam uma<br />

nova sensibilidade no apreciador.<br />

24) Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, a educação visual deve considerar a complexidade de<br />

uma proposta educacional que leve em conta<br />

a) as possibilidades e os modos dos alunos transformarem seus conhecimentos em arte, ou seja, o modo<br />

como aprendem, criam e se desenvolvem na área.<br />

b) oferecer uma possibilidade a mais de exercício profissional aos jovens do ensino fundamental e médio.<br />

c) principalmente a leitura de obras de artes, desta forma, possibilitanto o aluno a apreciar e reconhecer a<br />

importância da arte em outras épocas e culturas.<br />

d) a função de preparar mostras, considerando a arte como a possibilidade mais importante para a<br />

ampliação da cultura humana.<br />

e) a arte produzida nos dia de hoje, porque é o resultado de tudo que já foi feito até agora.


25) Segundo Mirian Celeste Martins (In: BARBOSA, 2002): "Trabalhos iguais não apresentam formas<br />

expressivas, mas tão-somente "fôrmas" repetitivas sem significado para quem as fez". Refletindo sobre isso,<br />

cabe ao professor elaborar propostas que possibilitem a seus aprendizes<br />

a) a compreensão do processo da arte como um campo subjetivo.<br />

b) uma consistente contextualização da História da Arte.<br />

c) o fazer artístico por meio de releituras.<br />

d) o estudo de estilos diversos para extrair inspiração.<br />

e) o fazer artístico como marca e poética pessoal.<br />

26) Segundo Hernandez (2000), a construção de um portfólio como instrumento de avaliação contínua<br />

prevê as etapas<br />

a) avaliação diagnóstica inicial; objetivos formulados pelo professor; regras e combinados sobre o trabalho<br />

ao longo do curso; avaliações escritas, trabalhos plásticos selecionados; fotografias dos alunos em<br />

processo.<br />

b) planejamento do professor e discussão de seus objetivos perante os alunos; estabelecimento de regras e<br />

combinados; divisão dos grupos de trabalho; pesquisa teórica sobre os temas, seleção dos trabalhos<br />

finalizados.<br />

c) o professor estabelece claramente os objetivos do portfólio no curso e qual será o seu formato (caixa,<br />

pasta, etc); realiza avaliação diagnóstica inicial; formativa e somativa.<br />

d) o professor explicita o propósito do portfólio no curso; estabelecem-se as finalidades de aprendizagem;<br />

integração de evidências e experiências; selecionam-se as fontes que compõe o portfólio; reflete-se sobre o<br />

que se aprende com a reordenação; conscientização de que o portfólio é propriedade do estudante.<br />

e) planejamento da trajetória artística do aluno, definição de metas, tendências, suportes e materiais. Ensino<br />

da metodologia de arquivamento dessa trajetória.<br />

27) Mirian Celeste Martins (In: BARBOSA, 2002) reflete sobre o papel do educador como mediador do<br />

conhecimento em arte na escola. Entre tantos pontos, a autora levanta um aspecto importante, explicando<br />

que<br />

a) a mediação sempre facilita o acesso dos alunos à arte, pois qualquer abordagem do professor será mais<br />

construtiva do que a sua ausência.<br />

b) a mediação, se não for bem desenvolvida, pode provocar o rebaixamento da sensibilidade e<br />

distanciamento da experiência estética e artística.<br />

c) o processo de mediação deve se iniciar e terminar em momentos precisos, determinados por etapas bem<br />

estabelecidas.<br />

d) envolve iniciativas, projetos interdisciplinares com outras áreas do conhecimento, com apoio dos PCNs.<br />

e) trata-se de um processo em que o educador, especialista da área, transmite a sua experiência para os<br />

alunos que estão se iniciando neste universo.


28) A partir do tema Cultura Visual, elabore um plano de aula contendo:<br />

a) justificativa<br />

b) objetivos<br />

c) metodologia<br />

d) avaliação<br />

29) Sobre o processo de reprodução em série:<br />

a) Explique o processo de reprodução em série e suas possibilidades no contexto artístico.<br />

b) Apresente duas opções de trabalho na escola.


30) Considere o pensamento estético do dadaísmo e responda ao que se segue.<br />

a) Explique o que buscavam os artistas por meio da anti-arte.<br />

b) Dê um exemplo referenciando a arte contemporânea.

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