06.04.2013 Views

As 100 melhores histórias da mitologia(pdf) - MiniWeb Educação

As 100 melhores histórias da mitologia(pdf) - MiniWeb Educação

As 100 melhores histórias da mitologia(pdf) - MiniWeb Educação

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Já no caminho as poderosas setas foram duelando com as línguas serpenteantes <strong>da</strong> víbora,<br />

e uma chuva delas caiu do alto, decepa<strong>da</strong>s pela veloci<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s setas. Em segui<strong>da</strong>, ca<strong>da</strong> qual<br />

tomando seu caminho foi buscar um alvo diferente: a primeira foi alojar-se no olho esquerdo <strong>da</strong><br />

víbora; a segun<strong>da</strong> penetrou em seu peito, ausente de escamas, enterrando-se em seu coração; e<br />

finalmente a terceira entrou-lhe pela boca adentro, tirando-lhe o hausto <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>. Como uma<br />

palmeira que tomba, a serpente Píton caiu, provocando um grande estrondo, que fez tremer a<br />

Terra durante oito dias.<br />

Apólo vencera. Tomando então sua lira — que Mercúrio lhe dera de presente -, ele<br />

entoou sua canção de vitória, abraçado à mãe e à irmã. Disse a elas, triunfante:<br />

— Aqui enterrarei a terrível serpente, e sobre seu túmulo erguerei um sagrado templo,<br />

além de um oráculo, que será em breve o mais famoso de todos.<br />

Era o oráculo de Delfos, local onde todo mortal iria son<strong>da</strong>r os irrevogáveis decretos <strong>da</strong>s<br />

Parcas, as deusas que presidem ao destino.<br />

MERCÚRIO, O DEUS DOS PÉS LIGEIROS<br />

A cena é lírica: Maia, uma <strong>da</strong>s belas ninfas do monte Cilene, está para<strong>da</strong> diante do berço.<br />

Observa com to<strong>da</strong> a ternura o seu filho Mercúrio, que está aparentemente adormecido, com o<br />

dedinho metido na boca.<br />

— Um digno filho de Júpiter! — diz baixinho a filha de Atlas. Enquanto observa o filho<br />

adormecido, relembra o dia em que, nos braços<br />

do pai dos deuses, concebeu o filho numa <strong>da</strong>s cavernas do monte Cilene. Júpiter havia<br />

feito descer dos céus uma grande tormenta para abafar os amorosos ruídos de sua união com a<br />

ardorosa ninfa. Agora, ali estava, diante dos seus olhos, o produto <strong>da</strong>quela inesquecível e<br />

tempestuosa noite de amor. Maia, na ponta dos pés, afasta-se do quarto, deixando o pequeno<br />

deus entregue aos cui<strong>da</strong>dos do Sono, que vela ao seu lado.<br />

Mas tão logo a mãe se afasta, uma minúscula pálpebra lentamente se abre. Mercúrio, com<br />

o rosto parcialmente oculto pelo cobertor, estu<strong>da</strong> o ambiente. Sim, o Sono, bem ao seu lado, está<br />

completamente adormecido.<br />

Afastando as cobertas, o pequenino deus, ain<strong>da</strong> deitado, faz deslizar uma de suas<br />

perninhas para fora do leito. Enquanto o Sono sonha e ressona, o pequeno pé tateia o chão, à<br />

procura de sua minúscula sandália: ah!, ali está!<br />

Deslizando o resto do corpo para fora do leito, o pequeno Mercúrio está pronto para<br />

protagonizar a primeira de suas façanhas. ''Uma façanha perfeitamente memorável!", pensa o<br />

deusinho, lá no seu tatibitati divino.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!