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A <strong>ARTE</strong> <strong>GREGA</strong>
Arte egípcia é ligada ao espírito.<br />
Arte grega é ligada à inteligência.
Artemis representada como<br />
“senhora dos animais”.<br />
A FORMAS ASTÍSTICAS<br />
Desde 1550 a.C. até 30 a.C. os gregos<br />
criaram variadas formas de artes, desde<br />
as mais simples até as verdadeiramente<br />
monumentais, assim como os templos,<br />
estátuas em tamanhos reais, etc.
As mais importantes formas artísticas:<br />
1. Escultura<br />
2. Cerâmica<br />
3. Arquitetura
A cronologia da História da Arte Grega é<br />
dividida em 4 períodos:<br />
1. Geométrico (IX a.C. e VIII a.C.)<br />
2. Arcaico (VII e VI a.C.)<br />
3. Clássico (V e IV a.C.)<br />
4. Helenístico (do século III ao I a.C.)
PERÍODO GEOMÉTRICO<br />
Restringiu-se a decoração de variados<br />
utensílios<br />
Material artístico escasso
PERÍODO ARCAICO<br />
Fase de Orientalização<br />
As cidades-estados que começavam a se<br />
formar naquela época, sofreram influência da<br />
Mesopotâmia e do Egito.
Pintura e Escultura no Período Arcaico<br />
A influência oriental, vinda principalmente<br />
através da importação de têxteis e em metal,<br />
começa a substituir o estilo geométrico do<br />
período anterior.<br />
Pinturas feitas sobre potes<br />
Corinto: principal centro de fabricação de<br />
potes e vasos.
Formas humanas começam a ser mais valorizadas<br />
Escultura monumental grega começou a surgir no<br />
Período Arcaico<br />
Os gregos inseriram seu próprio estilo<br />
Século VI a.C. ascensão de uma maior naturalismo
A arquitetura grega se desenvolveu durante<br />
o período Arcaico, paralelamente ao<br />
desenvolvimento das esculturas<br />
monumentais. No séc.V a.C., a arte jônica e<br />
a dórica se encontraram e se combinaram na<br />
Ática.
Guerreiro moribundo, figura do templo<br />
de Aphaia, Aegina, c 500-490 a.C.<br />
Zeus (ou Poseidon) de<br />
Artemisio (detalhe), c 460-450<br />
aC, alt. 209 cm., Museu<br />
Arqueológico Nacional, Atenas<br />
Lady de Auxerre, Koré,<br />
detalhe, c 640-630 aC
PERÍODO CLÁSSICO<br />
Houve o apogeu das artes gregas<br />
A arte grega no Período Clássico pode ser<br />
considerada uma das mais grandiosas de<br />
todos os tempos, sendo apenas superada<br />
pela arte do Período Helenístico
Pintura e Escultura do Período Clássico<br />
Foram basicamente o crescente interesse dos<br />
artistas na representação naturalista da figura<br />
humana e a utilização de formas idealizadas de<br />
homens e mulheres em movimento.<br />
Na escultura esses princípios podem ser<br />
observados com toda a nitidez: estátuas de homens<br />
e deuses em diferentes poses, atletas em pleno<br />
movimento e mulheres com vestes esvoaçantes,<br />
soltas ao vento, enfeitam templos e sepulturas.
A tríade eleusina: Deméter, Perséfone e Triptólemo.<br />
Relevo de mármore pentélico, Santuário de Deméter e<br />
Koré em Elêusis. Data: -440/-430. Atenas, National<br />
Archaeological Museum. Foto: "Marsyas", 2005.<br />
Miron, c 450 aC, Discobolos, cópia romana, alt.<br />
1555 cm, Museo Nazionale Romano, Roma
Procissão Pan-Atenaica (fig 130-134, seção XLII), c 438-432 aC<br />
Deusa correndo (Ártemis ou<br />
Hera). c 438-432 aC
PERÍODO HELENÍSTICO<br />
Monumentos e outras grandes obras de arte<br />
em espaços públicos ainda tinham lugar; o<br />
interesse dos cidadãos particulares pela arte,<br />
porém, criou um mercado novo e sem<br />
precedentes para a arte grega.
Embora calcados em modelos clássicos, os<br />
artistas helenísticos procuraram representar<br />
as emoções humanas e colocar traços cada<br />
vez mais realistas e menos idealizados em<br />
suas obras — chegando, às vezes, até a<br />
caricatura. Essas novas tendências são bem<br />
marcadas nas estátuas, relevos e grupos<br />
escultórios colossais; o interesse pelo nu<br />
feminino e pelos retratos aumentou<br />
consideravelmente.
Afrodite de Melos (Vênus<br />
de Milo), c 150-100 aC<br />
Vitória alada de Samotrácia, 190 aC,<br />
mármore, alt. 328 cm, encontrada na ilha<br />
de Rhodes, Louvre<br />
Hagesandros, Athenodoros e<br />
Polidoros de Rhodes, Laocoon e seus<br />
filhos, c 175-150 aC, mármore, alt 242<br />
cm, Museu Pio Clementino, Roma
AS ORDENS<br />
ARQUITETÔNICAS
As Ordens Arquitetônicas<br />
Os Gregos inventaram três modelos de criação arquitetônica,<br />
chamados ordens.<br />
As três ordens gregas são:<br />
Dórica<br />
Jônica<br />
Coríntia<br />
Cada ordem possuía elementos decorativos adequados a ela.<br />
Esses elementos decorativos eram baseados em formas e<br />
elementos da natureza, construído de forma racionalizada pela<br />
geometria, podendo ser executados em relevos, pintados em<br />
afresco ou coloridos com pequenas pedras formando o mosaico.
ORDEM DÓRICA<br />
Os mais importantes templos da antiga Grécia foram<br />
os da ordem dórica. Esses templos eram em geral<br />
baixos e maciços. As grossas colunas que lhes<br />
davam sustentação não dispunham de base, e o<br />
fuste tinha forma acanelada. O capitel, muito<br />
simples, terminava numa moldura convexa a um<br />
entablamento (sistema de cornijas) formado por<br />
uma arquitrave (parte inferior) e um friso de tríglifos<br />
(decoração acanelada) entreados por métopas.
Paternon<br />
Santuário de Afaya em Aegina.
A Ordem Dórica foi a primeira e a mais simples das ordens<br />
arquitetônicas. Produzia um aspecto robusto e representava a<br />
nobreza. O estilo Dórico vem em 1º lugar por representar os<br />
primeiros povos a dominar a Grécia.<br />
O Fuste ( parte principal da coluna), repousa diretamente sobre o<br />
embasamento;<br />
O Capitel (acabamento no alto da coluna), é simples;<br />
A arquitrave (parte que assenta sobre os capitéis) é larga, maciça, sem<br />
rebuscamentos.<br />
As colunas tem sulcos de cima a baixo (caneluras).<br />
No topo, o equino (peça redonda), para impedir a penetração de água das<br />
chuvas.<br />
Sobre o equino, o ábaco (peça plana), para distribuir por igual o peso da<br />
arquitrave e, sobre esta, apoiadas, as pontas das vigas de madeira do teto,<br />
esculpidas com três sulcos (tríglifo).<br />
As métopas são as peças decoradas ou simples para preencher o vão.<br />
Por final, a cornija (beiral do teto), decorado com peças de cerâmica ao<br />
longo das extremidades (acrotério).<br />
O equino junto com o ábaco recebe o nome de capitel.
As ordens arquitetônicas gregas dividem-se em três partes<br />
principais:<br />
o entablamento, a coluna e o embasamento
Ordem dórica<br />
Nas colunas, os materiais usados para as paredes,<br />
à princípio, era o adobe e para as colunas, a<br />
madeira. A partir do séc. VII a C. (período arcaico),<br />
foram substituídos pela pedra e pelo mármore.<br />
A Característica mais notável na forma dórica é a<br />
curvatura das linhas, que dão aparência de retas,<br />
mas na realidade apresentam uma pequena<br />
curvatura, eliminando a impressão de divergência<br />
das numerosas colunas.<br />
Entre os monumentos mais conservados na ordem<br />
dórica, destacamos o Partenon.
Os mais importantes templos da antiga Grécia foram os da<br />
ordem dórica
ORDEM JÔNICA<br />
Posterior à ordem dórica, a ordem jônica<br />
desenvolveu-se a partir do sec.V a.C. na região<br />
ocupada pelos Jônios a partir de 1700 a.C. na<br />
região de Atenas, atualmente compreendida pela<br />
Turquia.<br />
Em comparação com a ordem dórica, a divisão<br />
fundamental da fachada de um templo jônico era a<br />
mesma de um templo dórico.<br />
A plataforma, também escalonada, diferenciavase<br />
pelo estereóbato dotados de frisos rebaixados<br />
inferiores.
ORDEM JÔNICA<br />
O Capitel introduz<br />
também uma<br />
novidade: as volutas<br />
com elementos<br />
decorativos de<br />
inspiração orgânica<br />
(vegetais ou<br />
penteados das<br />
mulheres gregas).
Características da ordem Jônica:<br />
Menos definida do que a dórica.<br />
Recebe uma marcante influência oriental, com a<br />
adoção de motivos orgânicos no capitel das<br />
colunas.<br />
Colunas mais delgadas e mais graciosas.<br />
As colunas são também mais detalhadas que as<br />
dóricas, e recebem um novo elemento, a base,<br />
chamada de plinto.<br />
Receberam em suas colunas, o estriado com<br />
número maior de caneluras..<br />
Base tripla.<br />
Capitel em voluta.
ORDEM CORÍNTIA<br />
A Ordem Coríntia é uma ordem jônica, no sentido de<br />
uma maior valorização da ornamentação (final do<br />
séc.IV aC.)<br />
O nome relativo à Corinto, cidade rival econômica e<br />
cultural de Atenas, caracterizada pelo luxo e pelo<br />
alto padrão de vida de seus habitantes.<br />
A diferença mais marcante da ordem coríntia para a<br />
jônica é o capitel das colunas, muito mais elaborado.<br />
Tinha a forma básica de um sino invertido, adornado<br />
por folhas e brotos de acanto (planta da região).<br />
A altura das colunas correspondia a onze vezes o<br />
diâmetro, enquanto as jônicas tinham altura de nove<br />
vezes o diâmetro.
Características da Ordem Coríntia<br />
A ordem coríntia era imponente.<br />
Empregava maior verticalização.<br />
Sua decoração era mais numerosa e requintada,<br />
refletindo a suntuosidade.<br />
A beleza Clássica, é serena, calma, equilibrada e<br />
sem excessos.<br />
É voltada para a simplicidade, clareza,equilíbrio,<br />
ordem, harmonizando as formas e proporções.
Ordens Dórica, Jônica e Coríntia
Cariátides<br />
Dentro da ordem jônica,<br />
existiu uma variante no<br />
desenho das colunas, as<br />
chamadas cariátides, que<br />
eram colunas em forma de<br />
mulheres, em homenágem às<br />
jovens da região de Cária, na<br />
Grécia asiática, que foram<br />
escravizadas como parte de<br />
um acordo feito com os<br />
Persas.<br />
O templo de Erecteion, de<br />
estilo Jônico, apresenta uma<br />
tribuna anexa sustentada por<br />
cariátides.
TÉCNICAS<br />
CONSTRUTIVAS
Na construção de templos e edifícios<br />
públicos, os arquitetos gregos não usavam<br />
material aglutinante para unir as pedras de<br />
que se faziam as colunas:estas eram apenas<br />
superpostas, mas, apesar dos poucos meios<br />
disponíveis para o corte e polimento, se<br />
encaixavam com tal precisão que entre uma<br />
e outra não há como inserir uma agulha.<br />
Os gregos não usavam o arco. Por<br />
isso para produzirem efeito, dependiam dos<br />
fortes contrastes entre luz e sombra das<br />
superfícies horizontais e verticais.
Período Geométrico<br />
No período geométrico, as casas são<br />
de plano irregular e os templos têm planta<br />
de vários tamanhos:<br />
A: heraion de Argos, c. -680.<br />
B: templo de Apolo em Prínias, Creta, -625/600.<br />
C: segundo templo de Hera em Samos, c. -650.<br />
D: templo de Apolo em Thermon, c. -640.
Modelo de templo em terracota do<br />
heraion de Argos.<br />
O plano do heraion argivo representa,<br />
provavelmente, o mais antigo templo<br />
dedicado a Hera em Argos. Com exceção das<br />
duas colunas diante do pórtico, a planta se<br />
assemelha à de uma simples residência.
Desenho da reconstrução conjetural do<br />
primeiro templo de Hera akraia em Peracora,<br />
perto de Corinto.<br />
O templo de Hera<br />
é um templo períptero<br />
(cercado por uma<br />
fileira de colunas:o<br />
peristilo). O recinto<br />
onde ficava a estátua<br />
cultual, o naos, é bem<br />
alongado.
Os materiais de construção preferidos<br />
eram o tijolo cru e a madeira, com alguma<br />
utilização da pedra.<br />
A partir do séc. VI a.C. a utilização de<br />
pedra, sobretudo mármore, no templo<br />
tornou-se cada vez mais freqüente. Relevos<br />
escultóricos passaram a adornar as<br />
construções, com motivos florais e<br />
figurativos, como no templo de Prínias.
Relevos escultórios no templo de<br />
Frisos de guerreiros nus à cavalo,<br />
armados com escudo e lança.<br />
Prínias<br />
Figuras esculpidas<br />
preenchiam o frontão de<br />
cada extremidade da<br />
construção, evocava a<br />
história de um deus ou<br />
herói do lugar,<br />
apresentando cenas de<br />
ação.
Período Arcaico<br />
Os capitéis tornaram-se mais elegantes e<br />
a ação escultórica dos frontões passou a<br />
integrar-se melhor na estrutura arquitetônica.<br />
A cor foi amplamente utilizada para<br />
vivificar o ornamento em pedra.
O Templo<br />
O templo obedecia um plano em que se<br />
sucedem um pórtico de acesso, a câmara<br />
principal com a imagem da divindade e, com<br />
frequência, um aposento aos fundos.<br />
Uma colunata (peristilo) circunda o<br />
conjunto, coberto por um telhado reclinado.<br />
Duas filas de colunas dividem, as vezes, a<br />
cella numa nave central e duas alas laterais
Tipos de Templos<br />
Segundo número de colunas na fachada<br />
Tetrástilo: 4 colunas na fachada;<br />
Pentastilo: 5 colunas na fachada;<br />
Hexástilo: 6 colunas na fachada;<br />
Octastilo ou octostilo: 8 colunas na<br />
fachada;<br />
Decástilo: 10 colunas na fachada;<br />
Dodecástilo:12 colunas na fachada.
Segundo número de filas de colunas<br />
Monóptero: 1 fila de colunas;<br />
Díptero: 2 filas de colunas;<br />
Pseudodíptero: similar ao díptero, mas em<br />
que as 2 filas de colunas não envolvem todo<br />
o templo (por exemplo a fila de colunas<br />
interior está embebida nas paredes do<br />
naos.).
Segundo a distribuição de colunas<br />
Períptero: completamente rodeado de colunas.<br />
Pseudoperíptero: quando uma fila ou mais<br />
de colunas está embebida nas paredes do<br />
naos.<br />
Prostilo: o templo só tem colunas na fachada.<br />
Anfiprostilo: o templo apresenta colunas nas<br />
fachadas principal e posterior.
Período Clássico<br />
Toda a arquitetura clássica caracteriza-se<br />
por um senso absoluto de organicidade e<br />
equilíbrio, subordinando-se suas proporções<br />
à ordem matemática.
Período Helenístico<br />
Os pórticos multiplicaram-se e as<br />
residências são de proporções modestas,<br />
mas a partir do séc.III a.C. tornaram-se<br />
luxuosas, as peças são dispostas em torno<br />
de um pátio central com peristilo dórico, e<br />
decoração em pintura, estuque e mosaico.