1 FUNDAÇÃO VISCONDE DE CAIRU FACULDADE VISCONDE DE ...
1 FUNDAÇÃO VISCONDE DE CAIRU FACULDADE VISCONDE DE ...
1 FUNDAÇÃO VISCONDE DE CAIRU FACULDADE VISCONDE DE ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
<strong>FUNDAÇÃO</strong> <strong>VISCON<strong>DE</strong></strong> <strong>DE</strong> <strong>CAIRU</strong><br />
FACULDA<strong>DE</strong> <strong>VISCON<strong>DE</strong></strong> <strong>DE</strong> <strong>CAIRU</strong><br />
ADMINISTRAÇÃO COM HABILITAÇÃO EM ANALISES <strong>DE</strong><br />
SISTEMAS<br />
MARCOSUEL SILVA SOUSA<br />
CRIATIVIDA<strong>DE</strong>: Fator de Sucesso Empresarial e sua importância<br />
para o Administrador.<br />
Salvador<br />
2005<br />
1
<strong>FUNDAÇÃO</strong> <strong>VISCON<strong>DE</strong></strong> <strong>DE</strong> <strong>CAIRU</strong><br />
FACULDA<strong>DE</strong> <strong>VISCON<strong>DE</strong></strong> <strong>DE</strong> <strong>CAIRU</strong><br />
ADMINISTRAÇÃO COM HABILITAÇÃO EM ANALISES <strong>DE</strong><br />
SISTEMAS<br />
MARCOSUEL SILVA SOUSA<br />
CRIATIVIDA<strong>DE</strong>: Fator de Sucesso Empresarial e sua Importância<br />
para o Administrador.<br />
Monografia apresentada ao Curso de graduação em<br />
Administração de Empresas com Habilitação em<br />
Analises de Sistemas da Faculdade Visconde de<br />
Cairu, como requisito parcial para obtenção do grau<br />
de bacharelado em Administração de Empresas<br />
com Habilitação em Analises de Sistemas.<br />
Orientador: Prof. Frederico Borges.<br />
Salvador<br />
2005<br />
2
TERMO <strong>DE</strong> APROVAÇÃO<br />
MARCOSUEL SILVA SOUSA<br />
CRIATIVIDA<strong>DE</strong>: FATOR <strong>DE</strong> SUCESSO EMPRESARIAL E<br />
SUA IMPORTÂNCIA PARA O ADMINISTRADOR<br />
Monografia aprovada como requisito parcial para obtenção do grau em Bacharel em<br />
Administração com Habilitação em Análise de Sistemas, Faculdade Visconde de<br />
Cairu – FAVIC , pela seguinte banca examinadora:<br />
_______________________________________________________<br />
Prof. Frederico Borges<br />
MESTRE / Orientador<br />
_______________________________________________________<br />
Banca Examinadora 1<br />
_______________________________________________________<br />
Banca Examinadora 2<br />
Salvador, .... de ...................................... de ...............<br />
3
Dedico este trabalho aos meus pais, Elza e Messias, que com<br />
amor e simplicidade me ensinaram que o caminho do<br />
aprendizado é a melhor forma para romper as barreiras da vida<br />
e alcançar o sucesso de forma honesta e ética. Obrigado por<br />
existirem!<br />
4
AGRA<strong>DE</strong>CIMENTOS<br />
Primeiramente a Deus, por ter me dado a oportunidade da vida e com a ajuda do<br />
meu anjo da guarda guiar-me na existência.<br />
Um agradecimento especial a Daniela, meu grande amor, minha noiva,<br />
companheira, dedicada e autentica. Por tudo!.<br />
A minha irmã Elaine, simplesmente por existir.<br />
A toda minha família, sem esquecer se quer um. A sinergia dos pensamentos<br />
positivos direcionados a mim, também foram responsáveis pela minha mais nova<br />
conquista.<br />
Ao meu tio Domingos, um dos responsáveis pela minha formação escolar, seu<br />
direcionamento foi muito importante na minha vida.<br />
A toda Clínica Echoson, colegas de trabalho e médicos, em especial para Dra.<br />
Lucíola, pessoa a qual me deu incentivo acadêmico e a oportunidade de conciliar a<br />
faculdade com minhas atividades profissionais.<br />
Ao Profª. Selma Assis, pelo apoio e atenção.<br />
A todos os amigos que contribuíram com a minha conquista.<br />
5
“Todos desejam ser vitoriosos, mas poucos compreendem que a superação significa<br />
acreditar mais em si mesmo do que acreditar nos obstáculos.” (Luiz Alexandre S.<br />
Rossi)<br />
6
RESUMO<br />
Este trabalho monográfico procura destacar que diante do atual contexto<br />
mercadológico de intensa competitividade, a criatividade vem despertando notória<br />
importância, visto que as empresas necessitam estar em constante adaptação para<br />
fazer frente a concorrência, e a criatividade traz resultados inovadores, flexibilidade<br />
nas ações e soluções de problemas, por isso torna-se importante afastar o<br />
pensamento tradicionalista e centralizador de algumas empresas, desfazendo as<br />
barreiras que impedem o desenvolvimento da criatividade e estimulando um<br />
ambiente favorável para que ela possa ser desenvolvida. O perfil do administrador<br />
deve estar em constante sinergia com este novo cenário, para isso o potencial<br />
criativo individual e de seus liderados deve ser tratado como ferramenta que agrega<br />
valor importante ao conhecimento e ajuda de maneira destacável no<br />
desenvolvimento de suas atividades empresariais.<br />
.<br />
Palavras-chave: Criatividade, Competitividade, Administrador, Inovação<br />
7
ABSTRACT<br />
This monograph looks for to detach ahead that of the current context of intense<br />
competitiveness, the creativity comes note importance, since the companies need to<br />
be in constant adapt to make front the competition, and the creativity brings resulted<br />
innovative, flexibility in as and solution problems, therefore it becomes important to<br />
move away to the traditionalistic thought and centralized from some companies,<br />
undoing the barriers that hinder the development of the creativity and stimulating an<br />
environment so that it can be developed. The profile of the administrator must be in<br />
synergy constant with this new cenary, for this the individual creative potential and<br />
led its must be dealt with as tool that adds important value to the knowledge and aid<br />
in way destacable in the development of its enterprise activities.<br />
Keys Words: Creativity, Competitiveness, Management, Innovate<br />
8
LISTA <strong>DE</strong> FIGURAS<br />
Figura 1 – A estória do elefante. Uma sátira a empresa que não cria novas soluções.<br />
Figura 2 – Novas idéias, essencial para sobrevivência dos seus negócios.<br />
Figura 3 – Exercitando o Brainstorming.<br />
Figura 4 – Modelo para desenvolvimento da criatividade proposto por Alencar.<br />
Figura 5 – A interação do ciclo criativo e o ciclo operativo.<br />
9
LISTA <strong>DE</strong> QUADROS<br />
Quadro 1 – Criando espaços internos e externos, favoráveis a criatividade.<br />
Quadro 2 – Inovação como vantagem competitiva e/ou outros benefícios.<br />
Quadro 3 – Ingredientes da Criatividade.<br />
Quadro 4 – Fatores que estimulam a criatividade.<br />
Quadro 5 – Fatores que bloqueia a criatividade.<br />
Quadro 6 – Analise comparativa entre os administradores do passado e do presente.<br />
10
1. INTRODUÇÃO<br />
SUMÁRIO<br />
1.1 JUSTIFICATIVA<br />
12<br />
1.2 PROBLEMATIZAÇÃO 14<br />
1.3 OBJETIVO GERAL 14<br />
1.4 OBJETIVO ESPECÍFICO 15<br />
1.5 METODOLOGIA DA PESQUISA 15<br />
2. A CRIATIVIDA<strong>DE</strong> 17<br />
2.1 A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO CRIATIVO<br />
3. A IMPORTÂNCIA DA CRIATIVIDA<strong>DE</strong> NO AMBIENTE EMPRESARIAL 22<br />
3.1 CRIATIVIDA<strong>DE</strong> E INOVAÇÃO<br />
26<br />
3.1.2 INOVAÇÃO 27<br />
3.2 APLICANDO A CRIATIVIDA<strong>DE</strong> E GERANDO FLUXO <strong>DE</strong> INOVAÇÕES 29<br />
4. ESTÍMULOS E BARREIRAS AO USO DA CRIATIVIDA<strong>DE</strong> NAS<br />
EMPRESAS<br />
4.1 O AMBIENTE <strong>DE</strong> TRABALHO<br />
34<br />
4.2 ESTÍMULOS A CRIATIVIDA<strong>DE</strong> 36<br />
4.2.1 MÉTODOS <strong>DE</strong> ESTÍMULO A CRIATIVIDA<strong>DE</strong> 41<br />
4.3 BARREIRAS AO <strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO DA CRIATIVIDA<strong>DE</strong> 47<br />
5. A IMPORTÂNCIA DA CRITIVIDA<strong>DE</strong> PARA O ADMINISTRADOR <strong>DE</strong><br />
EMPRESAS<br />
6. CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES FINAIS 57<br />
7. REFERÊNCIAS 61<br />
8. ANEXOS 63<br />
11<br />
12<br />
19<br />
33<br />
52
1. INTRODUÇÃO<br />
1.1 JUSTIFICATIVA<br />
Estamos em uma época que se destaca a necessidade de sermos criativos, o que<br />
torna-se uma estratégia contra o mercado altamente competitivo, ou seja, que tanto<br />
a organização como cada um de seu Capital Humano seja capaz de fazer as idéias<br />
acontecerem.<br />
A capacidade de ser criativo não é visto hoje como dom de gênios ou<br />
estereotipamentes loucos, e sim como uma qualidade inevitável na busca de um<br />
profissional no mundo empresarial. O profissional que “investe” na sua capacidade<br />
criativa, alavanca a probabilidade das empresas se adaptarem as constantes<br />
mudanças que o mercado impõe de uma hora para outra, visto que as idéias<br />
criativas são inovadoras e buscam em sua essência suplantar as dificuldades.<br />
12<br />
Houve um tempo em que se pensava que a criatividade era um dom,<br />
uma questão do acaso ou uma inspiração divina. Hoje tudo isso<br />
mudou. A criatividade é uma habilidade que qualquer um pode<br />
aprender, praticar e usar. É um assunto tanto para administração<br />
executiva como para todos os departamentos de uma empresa.<br />
Usando a criatividade é possível economizar dinheiro, evitando a<br />
onerosa descontinuidade de idéias obsoletas. (<strong>DE</strong> BONO,1994)
Segundo Roberto Lima Netto (2004), no livro “A Criatividade do Rei”, o mundo<br />
começou o século 21 na era da inovação. A facilidade de transmitir informações<br />
gerou uma revolução mundial. Isso está colocando em risco os grandes<br />
conglomerados empresariais, aquelas que não tiverem agilidade necessária para<br />
sobreviver nesse novo ambiente. Quem não usar a criatividade não sobreviverá.<br />
13<br />
A competitividade ainda é uma virtude importante no mundo dos<br />
negócios, mas há muito tempo deixou de ser o único requisito<br />
indispensável àqueles que almejam o sucesso profissional.<br />
Pressionadas pelas exigências do mercado, as empresas procuram<br />
um tipo de executivo, gerentes ou vendedores capazes de fazer mais<br />
do que o “arroz-com-feijão” que seus cargos impõem. Procuram<br />
profissionais que tenham uma visão criativa nos negócios. (RAY &<br />
MYERS, 1996).<br />
A capacidade de criar é uma das competências mais requisitadas na atual<br />
conjuntura, pois permite que as empresas se diferenciem uma das outras,<br />
destacando-se e angariando a adesão de clientes e novos mercados. As empresas<br />
que adotarem em sua filosofia o estímulo ao processo criativo e entenderem a<br />
importância que este fator exerce no sucesso de seus empreendimentos, com<br />
certeza se manterão firmes dentro do mercado, e mais forte dentro desta “cadeia<br />
predatória”.<br />
O papel do administrador tona-se importantíssimo neste contexto de extrema<br />
competitividade, a qual levam as empresas criarem mecanismos flexíveis para<br />
resistir a pressão do mercado. O administrador tem que está preparado, criando<br />
novas soluções para resoluções dos problemas, agregando ao seu conhecimento à<br />
criatividade nos negócios, sabendo estimular a sua equipe, criando ambientes<br />
propícios a inovação e fazendo frente as barreiras que impedem o exercício do<br />
potencial criativo nas empresas.
1.2 PROBLEMATIZAÇÃO<br />
Muitas empresas não buscam valorizar o desenvolvimento do potencial criativo de<br />
seus funcionários ou simplesmente bloqueiam esta capacidade, criando barreiras ao<br />
estimulo deste fator. Dentro do contexto organizacional as empresas precisam criar<br />
um ambiente favorável, incentivando o trabalho em equipe e criando espaços para<br />
que as idéias sejam colocadas em práticas, esta rotina se torna um paradoxo no<br />
contexto de algumas organizações que não enxergam como capacidade competitiva<br />
o estimulo a criatividade no desenvolvimento de suas atividades.<br />
A estrutura centralizadora e tradicional de muitas organizações impende que o uso<br />
da criatividade faça da inovação uma arma contra as exigências do mercado, este<br />
pensamento “bitolador” é característico de empresas que estão fadadas ao<br />
insucesso, e isso reflete de maneira negativa no desenvolvimento profissional de<br />
seus funcionários.<br />
1.3 OBJETIVO GERAL<br />
Esta pesquisa se destina a buscar informações que mostrem a importância do<br />
desenvolvimento ao estímulo do processo criativo dentro das empresas, a qual<br />
pode-se repercutir como fator de sucesso nos seus negócios. E qual a importância<br />
do fator criatividade para o Administrador de Empresas.<br />
14
1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS<br />
Verificar se o estimulo a criatividade dentro das organizações é fator de sucesso nos<br />
negócios, e se existem métodos específicos ao estímulo da criatividade nas<br />
empresas.<br />
Levantar através de pesquisas bibliográficas por que as empresas com estruturas<br />
tradicionais e centralizadoras impedem o desenvolvimento do potencial criativo de<br />
seus funcionários.<br />
Levantar informações que mostrem a criatividade como geradora de inovações nos<br />
negócios empresariais.<br />
Indicar a importância da abordagem da criatividade para o desenvolvimento das<br />
atividades dos administradores de empresas no atual contexto de mercado.<br />
1.5 METODOLOGIA DA PESQUISA<br />
Considerando-se o critério de classificação de pesquisa proposto por Sylvia Vergara<br />
(1990), quanto aos fins, a pesquisa será exploratória por que, embora venha-se<br />
notando a evolução da importância do estimulo ao processo criativo dentro das<br />
organizações, analisarei os principais fatores de sucesso e quais fatores implicam no<br />
bloqueio ao uso da criatividade dentro dos processos organizacionais, e qual sua<br />
importância para o administrador de empresas.<br />
15
Quanto aos meios a pesquisa será bibliográfica, por que para fundamentação teórica<br />
e metodológica do trabalho, será realizada pesquisas sobre os seguintes assuntos:<br />
no capítulo 2 será abordado a Criatividade, destacando a sua evolução no processo<br />
organizacional; no capítulo 3 destaca-se a criatividade como um fator importante no<br />
ambiente empresarial, onde será levado em consideração, a capacidade que o uso<br />
da criatividade tem em desenvolver o progresso da empresa de forma positiva,<br />
interferindo em todos os níveis e sentidos da organização, fazer um paralelo entre<br />
criatividade e inovação, definindo inovação, e mostrar que a criatividade aplicada de<br />
maneira correta funciona como geradora de inovações nos negócios; no capítulo 4<br />
será destacado os principais fatores que estimulam o desenvolvimento da<br />
criatividade, abordando métodos de estímulos dentro do ambiente empresarial e<br />
também fatores que bloqueiam o desenvolvimento da criatividade junto as atividades<br />
empresariais e quais as suas conseqüências; no capítulo 5 será tratado da<br />
importância que o uso do potencial criativo tem para o administrador de empresas,<br />
destacando o novo perfil do administrador e seu posicionamento dentro de um<br />
contexto competitivo que exige flexibilidade e novas idéias para resolução de<br />
problemas.<br />
16
2. A CRIATIVIDA<strong>DE</strong><br />
As palavras centrais, relacionadas à criatividade, refere-se à ação, ao movimento, ao<br />
agir. Como por exemplo: Expressar-se; Processo; Evolução; Desenvolvimento;<br />
Flexibilidade; Fluidez; Originalidade; Elaboração. As idéias sobre criatividade variam<br />
de pessoa para pessoa e, quase sempre, seus conceitos se completam.<br />
Etimologicamente, as palavras criar e criatividade estão relacionados ao termo<br />
“greer” = fazer, produzir (grego) e ao tremo “crescere” = crescer (latim). A origem da<br />
palavra dá vida à idéia de criatividade e nos impulsiona a realizar, agir e fazer.<br />
17<br />
A Criatividade é um fenômeno complexo multifacetado que envolve<br />
uma interação dinâmica entre elementos relativos à pessoa, como<br />
característica de personalidade e habilidade de pensamento, e ao<br />
ambiente, como o clima psicológico, os valores e normas da cultura e<br />
as oportunidades para expressão de novas idéias. É um tema que<br />
vem atraindo a atenção de profissionais dos mais diversos setores,<br />
interessados no processo criativo e nos recursos que possibilitam<br />
uma maior expressão das fontes interiores de criação. Esse<br />
fenômeno vem sendo pesquisado, por exemplo, entre cientistas,<br />
executivos e artistas. É de interesse de disciplinas diversas, como<br />
Administração, Economia, Arquitetura, Engenharia, Filosofia,<br />
Matemática. Psicologia, entre muitas outras. (ALENCAR , 1996)<br />
Maria Rita Gramigna (2004), destaca em seu livro Lideres Inovadores que da<br />
invenção da roda à era da tecnologia, a dinâmica dos mercados resulta no<br />
estabelecimento de um clima de dúvidas e incertezas frente as mudanças e os
desafios do cotidiano. Observando a nossa volta, podemos perceber um quadro<br />
repleto de situações paradoxais, que, se bem administradas e tratadas com<br />
criatividade, poderão transformar o atual contexto em oportunidades.<br />
18<br />
Na micro, na pequena e na média empresas, ainda não tão<br />
fortemente estruturadas como a grande, o uso da criatividade se<br />
torna menos difícil. Essa é uma grande vantagem que o setor tem e<br />
deve aproveitar. A necessidade de criatividade e inovação<br />
transcende a empresa. Também na vida pessoal pode ser o<br />
diferencial entre o fracasso e o sucesso (Lima Netto, 2004).<br />
“A criatividade é a chave para se destacar do rebanho”, está afirmativa revela a força<br />
que o uso da criatividade impõe como diferencial no mercado competitivo. Segundo<br />
João Gabriel Lima (2003), escritor do artigo, no qual se destaca esta afirmativa, a<br />
criatividade é a extensão da inteligência. A escritora inglesa Margaret Boden, autora<br />
de um dos melhores livros sobre o tema, The Criative Mind (A Mente Criativa),<br />
diferencia inteligência de criatividade. A inteligência é a capacidade de armazenar e<br />
manejar adequadamente vasto volumes de dados. A criatividade seria o poder de<br />
síntese, ou seja, a faculdade de combinar esses dados para obter algo útil, por isso<br />
o estimulo ao uso da criatividade dentro das organizações se torna um fator de<br />
sucesso, aliado ao comprometimento de seus profissionais. Porém algumas<br />
empresas ainda não conhecem o poder que a criatividade bem aplicada e<br />
desenvolvida exerce sobre os negócios.<br />
O americano Hitendra Patel (2003), sócio do Monitor Group, consultoria estratégica<br />
ligada a Universidade Havard, aponta três traços de culturas empresariais que<br />
dificultam o uso da criatividade:<br />
A enorme burocracia para abrir novos negócios; O ambiente<br />
excessivamente hierarquizado nas grandes empresas, onde o<br />
profissional tem de passar por vários níveis antes de apresentar suas
19<br />
idéias. E o fato de não valorizarmos tanto os modelos de inovação e<br />
sucesso. (Patel, 2003)<br />
Segundo Porter (1999), o cenário atual mostra-se propício para avanços, porque ele<br />
acredita que as empresas devem buscar situações de pressão e de desafios para<br />
gerar ímpetos para a inovação. Para manter o dinamismo, as empresas devem<br />
demonstrar os resultados dos confrontos com os desafios em partes das normas<br />
organizacionais. Porter ressalta ainda a importância das empresas tratar seus<br />
funcionários como colaboradores e estimular suas habilidades criativas, dentro desta<br />
nova realidade competitiva.<br />
2.1 A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO CRIATIVO<br />
A criatividade vem despertando fascínio nos dias atuais nas organizações, embora a<br />
origem da inspiração sempre tenha sido alvo da curiosidade humana durante os<br />
séculos. Várias seriam as razões que poderiam ser listadas para explicar esse<br />
interesse crescente, que se nota nos dias atuais, por criatividade nas organizações e<br />
especialmente as condições que favorecem a sua expressão e desenvolvimento.<br />
A criatividade esteve presente em diversos momentos da história da administração.<br />
Cada Momento significativo pode ser chamado de “geração”. Os principais<br />
movimentos da criatividade através dos tempos segundo Gramigna (2004), foram:<br />
1ª Geração: Ênfase no pensamento Criativo<br />
Período: Décadas de 50 e 60<br />
Precursores: Guilford, Torrance, Alex Osborn, Sidney Parnes<br />
Principais Contribuições:<br />
Estudos sobre o pensamento convergente e divergente.
2ª Geração: Ênfase na resolução criativa de problemas<br />
20<br />
Período: Décadas de 70 e 80<br />
Precursores: Edward De Bono, Prince, Francisco Corvacho<br />
Principais Contribuições:<br />
Técnicas de Resoluções de Problemas<br />
Metodologia de Tomadas de Decisões Criativas<br />
Estudos e propostas de estratégias para desenvolver as habilidades<br />
criativas<br />
3ª Período: O Viver Criativo<br />
Período: Década de 80 em diante<br />
Precursores: Carol Pearson, David De Prado, John Kao e outros.<br />
Principais Contribuições:<br />
Reconhecimento dos fatores emocionais e afetivos no<br />
desenvolvimento da criatividade<br />
Visão da criatividade como uma atitude frente a vida<br />
Valorização de todas as formas de expressão a criatividade<br />
Fazendo a analise destas três gerações percebemos durante as décadas o conceito<br />
e a forma de abordagem da criatividade evolui do foco psicológico ao prático e ao<br />
mesmo tempo se fundamentam, valorizando todas as formas da criatividade.<br />
Estamos numa era de intensas mudanças, portanto se destaca a capacidade do ser<br />
humano estar sempre buscando se adequar as novas exigências que<br />
instintivamente a criatividade transpõe nas ações, o que reflete diretamente no<br />
ambiente organizacional.<br />
O mundo caminhou da simplicidade para a complexidade. Saímos da<br />
era das máquinas, quando as coisas eram simples. Solucionávamos<br />
os problemas dividindo-os em partes. As partes eram como peças de<br />
máquinas, cada uma com uma função. Quando „algo acontecia‟<br />
analisávamos com a nossa mente lógica e descobríamos que a<br />
causa „foi aquela parte‟. (FERNAN<strong>DE</strong>S, 1998)<br />
John Kao (1997) afirma que estamos na Era da Criatividade, segundo as<br />
observações abaixo:<br />
1. Porque é para lá que a tecnologia da informação deseja que<br />
caminhemos em seguida.
21<br />
2. Porque é a era do conhecimento. E em uma era que privilegia<br />
o conhecimento, a criatividade agrega valor ao conhecimento<br />
e o torna progressivamente mais útil.<br />
3. Porque cada vez mais, as empresas são obrigadas a<br />
reinventar rapidamente a si mesmas para crescer.<br />
4. Porque muitos trabalhadores sentem-se atualmente aptos a<br />
tarefas criativas e as pessoas talentosas têm uma mobilidade<br />
nunca antes vista.<br />
5. Devido a nova supremacia do projeto.<br />
6. Porque houve uma mudança no regime de mercado. Agora, o<br />
cliente é o chefe – escolhendo, exigindo e tão leal quanto lhe<br />
convém. O novo chefe faz apenas uma pergunta: o que<br />
pretende fazer por mim amanhã? Somente a criatividade é<br />
capaz de responder.<br />
7. Porque cada vez mais, a competição global trata<br />
implicitamente da capacidade de uma nação de mobilizar<br />
suas idéias, talentos e organizações criativas. Uma empresa<br />
que ignora o mapa global da criatividade está ignorando uma<br />
importante conjunto de considerações estratégicas.<br />
8. Porque a gerência esta transformando seu papel de<br />
transformadora em emancipadora – da criatividade. Essa é a<br />
nova mentalidade gerencial.<br />
Estas oito observações destacadas por Kao, abrangem todas as áreas que a<br />
Criatividade atinge e reflete de maneira direta, na forma como ela age nas mudanças<br />
ocorridas no mundo em todos os setores da sociedade e economia.
3. A IMPORTÂNCIA DA CRIATIVIDA<strong>DE</strong> NO AMBIENTE<br />
EMPRESARIAL<br />
22<br />
"É a criatividade que tira o profissional do sopão dos medíocres" - Francisco<br />
Brito, consultoria paulista BW.<br />
Em decorrência das constantes mudanças no mercado mundial, o interesse pelo uso<br />
da criatividade no ambiente empresarial tem grande importância na preparação de<br />
indivíduos para atuar de forma mais eficiente no cenário atual.<br />
A criatividade na empresa pode ser vista como uma das faces da<br />
capacidade empreendedora, já que esta também se baseia em<br />
iniciativas de conquista de espaços novos. O que se dá pelo<br />
desenvolvimento de uma atividade que não existia ou então pela<br />
conquista de terrenos de outros empreendedores, os concorrentes.<br />
Vista dessa forma, a criatividade se tornou realmente importante<br />
quando surgiu o mercado, em sua acepção atual, nesta era pósrevolução<br />
industrial. (PEDREBON, 1998)<br />
Muitas organizações vêm sofrendo um forte impacto no processo acelerado de<br />
mudanças, com a sua expansão e mesmo sobrevivência permanentemente<br />
colocadas em jogo pelas mudanças que estão a ocorrer no cenário internacional. É<br />
a globalização da economia trazendo novos concorrentes bem preparados, são os<br />
processos de comunicação modernos alterando radicalmente o comportamento dos<br />
consumidores, é a nova tecnologia transformando os processos de produção e<br />
comercialização, é o sistema financeiro sendo afetado por essa dinâmica. Tudo isso<br />
se processa com uma velocidade tal que estão forçando as empresas se reestruturar
em várias frentes. Uma delas é, por exemplo, o processo de decisão que tende a se<br />
descentralizar, tornando a estrutura organizacional mais horizontal.<br />
Cresce no dia-a-dia das organizações, o número de problemas novos que estão por<br />
exigir soluções imediatas e originais, que não podem aguardar morosas orientações<br />
dos processos tradicionais de administração. Para grande parte dessas demandas,<br />
não é possível estabelecer regras prévias, ficando o seu encaminhamento<br />
dependente da capacidade criativa de gerentes, engenheiros e especialistas<br />
diversos.<br />
Alencar (1996) explica que por essa razão, observa-se, no nível das organizações,<br />
que tem sido marcante e crescente o interesse por criatividade. No sentido de<br />
promover as inovações indispensáveis à sua sobrevivência e expansão, as<br />
organizações têm apelado pelo treinamento de criatividade de seus quadros, como<br />
forma de compensar a educação anticriativa que predomina hoje na maior parte das<br />
instituições de ensino, os processos de condicionamentos da sociedade e dos<br />
sistemas educacionais que levam os profissionais a maior parte dos profissionais a<br />
subestimar e a subtilizar os seus recursos criativos.<br />
Botelho (1991), exemplifica a importância da criatividade no ambiente organizacional<br />
mencionando a seguinte estória:<br />
23<br />
O filhote de elefante é impedido de fugir porque o dono do circo o<br />
acorrenta a uma estaca e, quando o bicho puxa a corrente, esta o<br />
machuca e ele, para evitar a dor, para. Quando o elefante cresce, é<br />
mantido preso a mesma estaca, mas poderia facilmente livrar-se dela<br />
como se fosse um palito de dente: lembra-se no entanto, da dor, e<br />
não o faz. Conclusão: a frágil estaca consegue manter preso um<br />
filhote de elefante de algumas toneladas tão eficazmente como<br />
quando ele era apenas um filhote. (BOTELHO, 1991)
Trazendo a estória do elefante para uma análise organizacional, percebe-se<br />
claramente que muitos dirigentes e empresas agem como o "elefante" são<br />
dependentes de fatos passados, de convenções e soluções ultrapassadas e ainda<br />
tomam decisões baseados no que funcionava a anos, exatamente como o elefante.<br />
Condicionamo-nos a velhas soluções e não saímos delas, pois é muito mais fácil<br />
repetir do que inovar.<br />
Figura 1.<br />
Fonte: Retirado do Livro, Do Gerente ao Líder, 1991.<br />
Uma das atividades mais cerceadas nas empresas é, sem dúvida nenhuma, a<br />
criatividade. “As empresas criativas crescem mais”, é o que afirma Botelho (1991),<br />
pois essas empresas têm uma maior capacidade de enfrentar tanto as mudanças,<br />
como turbulências e conflitos, criando novas situações, atendendo a necessidade do<br />
cliente com novas posturas, superando os seus concorrentes. Sem o bom uso da<br />
24
criatividade dentro da organização isso seria impossível!<br />
Figura 2.<br />
Fonte: Retirado do Livro, Do Gerente ao Líder, 1991.<br />
Para Mussak (2003), o tema criatividade vem recebendo mais atenção das pessoas<br />
e das empresas, por que passou a ser uma exigência pessoal e profissional. Esse<br />
autor apresenta três justificativas para a atual valorização da criatividade: a<br />
competitividade crescente, a rapidez das transformações e a valorização do<br />
empreendedorismo.<br />
Alencar (1996), destaca o perfil da organização criativa da seguinte forma:<br />
25<br />
C – Capacidade de adaptação em um mundo em rápida mudança<br />
marcado pela incerteza, competição crescentes turbulências.<br />
R – Respeito, no ambiente de trabalho, à dignidade e valor dos<br />
indivíduos.<br />
I – Intensa atividade de treinamento e aperfeiçoamento de seus<br />
quadros.<br />
A - Administração orientada para o futuro<br />
T – Tolerância e aceitação das diferenças e diversidade entre seus<br />
amigos<br />
I – Incorporação criativa de novos procedimentos, políticos e<br />
experiência<br />
V - Valorização das idéias inovadoras.<br />
A– Autonomia e flexibilidade presentes na estrutura organizacional.
Para que a organização tenha sucesso não basta ser competente e dedicada, pois,<br />
no mundo de hoje são muitas as que tem essas duas qualidades. Além delas é<br />
preciso ser criativo, esse item faz a diferença dentro do mercado.<br />
3.1 CRIATIVIDA<strong>DE</strong> E INOVAÇÃO<br />
Atualmente, a gestão empresarial em seus diferentes níveis – estratégico, tático e<br />
operacional – significa gerenciamento de mudanças; enfrentar alterações aceleradas<br />
de cenários; confrontar-se com ambigüidades das demandas e valores; garantir um<br />
sentido de direção em meio ao caos e à vulnerabilidade precisa ser repensada e<br />
reconstituída a fim de manter sua prosperidade.<br />
Tal realidade requer mudanças em produtos e serviços, métodos e processos,<br />
equipamentos e tecnologias, cultural organizacional, estrutura de cargos e salários e,<br />
sobretudo, no comportamento das pessoas. A criatividade é a base para essas<br />
mudanças, e o seu aspecto mais importante se chama inovação.<br />
Até pouco tempo, a criatividade era vista pelas empresas como algo intangível,<br />
destinado a poucos gurus. Algo reservado a artistas, pessoas incomuns e gênios,<br />
portanto, temos que saber que criatividade em demasia pode gerar muita<br />
“invencionice” – o que é diferente de inovação.<br />
26
3.1.2 INOVAÇÃO<br />
Pereira Filho (2005), destaca que os termos criatividade e inovação muitas vezes<br />
sejam considerados sinônimos, inovação tem sido mais utilizada em nível<br />
organizacional, e criatividade em relação a pessoas ou grupos. Portanto a<br />
criatividade do indivíduo seria o fator fundamental para a geração da inovação, de<br />
interesse da organização.<br />
O agir criativo quase sempre implica em inovação que ocorre quando algo é criado<br />
para melhorar um sistema. Diante destes aspectos fica claro observar que quando<br />
os espaços são criados para que a criatividade ressalte, a inovação se coloca<br />
disponível e pronta para ser trabalhada pelas organizações.<br />
Gramigna (2004), infere que a inovação poderá manifestar-se nas organizações em<br />
diversos contextos: na melhoria de processos, nas mudanças de layout, nas novas<br />
formas de abordar o cliente, na aquisição e manejo de tecnologias de vanguarda, na<br />
elaboração de novos produtos e/ou serviços, na proposição de uma logística mais<br />
ágil e assertiva ou uma forma própria e motivadora de liderança. A inovação<br />
acontece no meio empresarial quando uma idéia, um método, uma novidade ou um<br />
mecanismo novo é agregado ao contexto vigente, promovendo uma melhoria.<br />
A revista Exame, publicou em novembro de 2005, uma matéria sobre Inovação nos<br />
negócios e destacou as 6 características das empresas inovadoras:<br />
27<br />
Têm uma cultura que apóia a CRIATIVIDA<strong>DE</strong>: A inovação é<br />
encarada como estratégica. Todos estão comprometidos e contam<br />
com o apoio da alta direção para ousar.
28<br />
Entendem o mercado e o consumidor: Valem-se de pesquisas<br />
convencionais e não convencionais para extrair conhecimento sobre<br />
as motivações dos consumidores, o que lhes permite antecipar-se à<br />
concorrência.<br />
Mobilizam as equipes: Usando farta comunicação, conseguem<br />
mobilizar funcionários de diferentes áreas para gerar idéias que se<br />
transformam em novos e lucrativos negócios.<br />
Cultivam o clima de liberdade: Os funcionários podem expressar<br />
livremente suas opiniões a respeito de novos projetos. Em vez de<br />
punições, os erros geram aprendizados.<br />
Avaliam resultados: Estabelecem métricas claras tanto para avaliar<br />
o retorno financeiro das inovações como para recompensar os<br />
membros das equipes responsáveis por projetos bem-sucedidos.<br />
Derrubam muros: Algumas das empresas mais inovadoras<br />
estenderam seus processos de desenvolvimento de novos produtos<br />
também aos fornecedores.<br />
(BLECHER, 2005)<br />
As empresas que conseguem oferecer visões melhoradas de seus produtos e<br />
agregam valor ao que já existe tem maiores chances de dominar o mercado.<br />
Consideram os novos produtos/serviços como parte central de suas estratégias de<br />
negócio e não simplesmente um exercício complementar. Trabalham a criatividade,<br />
estão comprometidos com ela e investem maciçamente para se destacar dos<br />
concorrentes.<br />
Inovar tornou-se vital para empresas de qualquer porte e setor. [...]<br />
Empresas que não inovam selam uma sentença de morte. Mais<br />
cedo, ou mais tarde ela virá - e virá, muito provavelmente, provocada<br />
pela evolução e pelas inovações feitas por uma concorrência cada<br />
vez mais pulverizada e diversificada. (BLECHER, 2005)<br />
Gramigna (2004), destaca também um fator diferencial para o estímulo a inovação, o<br />
patrocínio das organizações as ações criativas que gerem inovações. Entendem-se<br />
por patrocínio o estímulo, disponibilidade de recursos, incentivo e apoio às atitudes<br />
inovadoras. As mentes criativas conseguem perceber que a inovação bem<br />
direcionada, por profissionais comprometidos com os negócios, certamente traz
como retorno a simpatia, a adesão do mercado e a visibilidade tão procurada pelas<br />
empresas.<br />
Segundo O´Keeffe (2001), para a empresa obter resultados inovadores, você precisa<br />
considerar seu know-how com uma mentalidade franca, aberta. Precisa pensar<br />
criativa e imaginativamente sobre como usá-lo para atingir uma mudança radical. É a<br />
fusão entre conhecimento e pensamento criativo, objetivando-se uma meta<br />
desbravadora, que produzirá resultados inovadores.<br />
3.2 APLICANDO A CRIATIVIDA<strong>DE</strong> E GERANDO FLUXO <strong>DE</strong> INOVAÇÕES<br />
O`Keeffe (2001) reforça que o uso da criatividade envolve o uso da imaginação,<br />
essa é a diferença fundamental. Destaca que para os negócios sejam prospectados<br />
de maneira eficiente, você deve sair um pouco do pensamento exclusivamente<br />
lógico e usar também a criatividade, precisa usar sua imaginação em função de<br />
idéias inovadoras. “Nossa memória nos diz como o mundo era. Nossos sentidos nos<br />
dizem como o mundo é. Nossa imaginação diz como o mundo poderá ser”.<br />
Usar apenas o pensamento lógico ao know-how que a empresa desenvolveu não<br />
dará melhores chances de obter resultado inovadores, visto que introduzir uma<br />
inovação no meio de maneiras de pensar antiquadas e limitadas resultará no status<br />
quo – e não em resultados inovadores.<br />
Sustentando as idéias de O´Keeffe, de desmistificação de atitudes tradicionalistas e<br />
eliminação da bitolação em volta do já conhecido, Gramigna define que as empresa<br />
29
devem criar espaços para o fluxo da inovação, que podem vir a ocupar dois<br />
ambientes dentro da dinâmica corporativa: os internos e os externos.<br />
Internamente, as melhorias se direcionam para os processos vigentes, podendo<br />
agregar valor, desde a forma como a empresa se comunica com seus empregados<br />
até o ambiente físico (layout).<br />
Externamente, a inovação se faz presente quando há melhorias nos produtos ou<br />
serviços e o cliente externo é o alvo.<br />
Espaços Internos Espaços Externos<br />
Períodos Sabáticos, afastamento permitido Criação da Figura do ouvidor<br />
dos funcionários para pensar e gerar novas<br />
idéias.<br />
Canais diretos entre empregado e direção Projetos sociais, que beneficiam a<br />
comunidade<br />
Eliminação das paredes internas do<br />
escritório, promovendo um layout aberto.<br />
Quadro 1.<br />
Fonte: Livro Líderes Inovadores, 2001.<br />
30<br />
Novas formas de abordar o cliente, variam<br />
do comércio eletrônico e promoções<br />
Pereira Filho (2005), também infere sobre como a empresa pode aplicar a<br />
criatividade e efetivá-las dentro das empresas, colocando novas idéias em práticas e<br />
realizando sua aplicação direta na resolução de problemas, isso pode ocorre de<br />
duas formas:<br />
INOVAÇÃO <strong>DE</strong> PROCESSOS – introdução de novas maneiras de ver as coisas.<br />
INOVAÇÃO <strong>DE</strong> PRODUTOS – produção de bens e prestação de serviços novos.
A aplicação da efetiva e uso da criatividade, gera um fluxo de inovações benéficas<br />
ao crescimento da empresa e resulta em vantagem, agregando valor a seus<br />
produtos e serviços e assegurando seu potencial empresarial. Uma inovação é<br />
considerada válida quando traz resultados positivos. De nada adianta inovar se não<br />
forem projetos benéficos para o indivíduos, grupo, organização ou sociedade.<br />
31<br />
[...] a introdução da inovação é sempre um processo intencional e<br />
tem em vista sempre um benefício. Esse benefício pode tanto se<br />
voltar para o indivíduo – visando, por exemplo, ao seu crescimento<br />
pessoal, satisfação no trabalho, coesão grupal, melhor comunicação<br />
interpessoal – como ter um caráter econômico. (ALENCAR, 1996)<br />
A aceitação da criatividade como fator diferencial na competitividade mercadológico,<br />
gera inovação, e esta inovação surge como fator de sucesso e agrega com isso<br />
outros benefícios ao desenvolvimento das empresas. Essa implementação depende<br />
da inter-relação e vinculo de processos e ferramentas organizacionais.<br />
Quadro 2.<br />
Fonte: Livro A Gerência da Criatividade, 1996.<br />
A inovação para ser rentável dentro de uma organização deve combinar eficiência e<br />
eficácia nos processos, conforme abordados no Quadro 2, e Gramigna (2004)<br />
ressalta que “o segredo é ser pioneiro e conseguir a aprovação do mercado.”
As empresas hoje têm que ativar a competência do uso da criatividade, este fator<br />
destaca-se de forma imprescindível no momento atual, quando as empresas<br />
precisam fazer a diferença.<br />
32
4. ESTÍMULOS E BARREIRAS AO USO DA CRIATIVIDA<strong>DE</strong> NAS<br />
EMPRESAS<br />
A abordagem do incentivo a criatividade no desenvolvimento dos processos<br />
organizacionais vem tomando uma curva ascendente e abrindo uma nova visão<br />
sobre o conceito do tema, essa visão vem se destacando pelo caráter profissional de<br />
seu conteúdo, enfocando a sua utilização como ferramenta de sucesso no progresso<br />
empresarial.<br />
Muitas empresas vêm buscando se aprimorar e conhecer mais os benefícios que o<br />
estimulo a criatividade trás para dentro das empresas, e outras permanecem presas<br />
e inatas a tomar o paradigma da inovação como “arma” para sobreviver ao mercado<br />
altamente competitivo e que exige das organizações e dos profissionais de hoje uma<br />
postura mais criativa e inovadora.<br />
As empresas que buscam criar um ambiente favorável ao estímulo a criatividade<br />
com certeza estarão concretizando, uma forma inteligente e competitiva de encarar<br />
as subidas e descidas do contexto mercadológico, tornando-se mais flexivas, de<br />
outro modo as empresas com pensamentos tradicionalistas e centralizadoras correm<br />
sérios riscos e estão fadadas ao insucesso.<br />
33
4.1 O AMBIENTE <strong>DE</strong> TRABALHO<br />
Diante dos novos aspectos sociais onde o homem, fica menos tempo em casa e<br />
mais no trabalho, é que as empresas devem pensar que as pessoas gostam de<br />
trabalhar num ambiente sem tensões que evite o desânimo e o esgotamento, e que<br />
mantenha a motivação de cada um com seu trabalho.<br />
34<br />
O ambiente de trabalho é de fundamental importância na vida do<br />
indivíduo no atual milênio, como conseqüência das atuais mudanças<br />
que estão ocorrendo na sociedade, esse local tende a assumir uma<br />
importância crescente na vida do indivíduo, constituindo-se como a<br />
comunidade primária para grande número de pessoas. Até poucas<br />
décadas atrás, como se sabe, a família, os vizinhos, a própria igreja<br />
desempenhavam papéis vitais como fontes de comunicação, apoio,<br />
apreço e bem-estar. Nos dias atuais, entretanto, é crescente o<br />
número de famílias incompletas, marcadas pelo divórcio, poucas<br />
pessoas vão a igreja com regularidade e, nas grandes cidades, o<br />
contato com vizinhos tende a ser extremamente reduzido, não sendo<br />
raro a pessoa morar em locais onde não tem sequer parente. Com<br />
essas mudanças, o local de trabalho passou a ter um significado<br />
especial, em que as necessidades de envolvimento apoio, apreço e<br />
reconhecimento social devem ser satisfeitas, havendo espaço para a<br />
pessoa crescer e amadurecer. (ALENCAR, 1996)<br />
Esses aspectos impostos de certa forma pela nova ordem e dinâmica mundial,<br />
destaca de maneira contundente a importância das empresas em criar uma<br />
ambiente propício ao homem desenvolver uma das suas maiores virtudes: Criar.<br />
Sabendo usar esse benefício em prol das organizações e consequentemente<br />
desenvolvimento de seus empregados.<br />
O contexto é paradoxal dentro de muitas empresas, a qual ainda não compreendem<br />
a criatividade do indivíduo como uma ferramenta de sucesso, porém, querem<br />
crescer e inovar, sem compreender que para isso a criatividade depende de um<br />
“terreno fértil” para ser desenvolvida e aplicada.
Pereira Filho (2005), destaca em seu livro Criatividade e Modelos Mentais, uma<br />
pesquisa realizada com 140 empresas brasileiras, publicada no jornal VALOR<br />
ECONÔMICO em julho de 2001, onde se procurava abordar o que fazia com que o<br />
profissional permanecesse em uma empresa, e a conclusão foi a seguinte:<br />
1º - 67% dos entrevistados destacavam o FATOR SALARIAL;<br />
35<br />
2º - 61 % dos entrevistados consideravam O AMBIENTE <strong>DE</strong><br />
TRABALHO;<br />
3º - 49% dos entrevistados atribuíam a IMAGEM DA EMPRESA;<br />
4º - 49% dos entrevistados atribuíam a REMUNERAÇÃO VARIÁVEL;<br />
5º - 47% dos entrevistados ao <strong>DE</strong>SAFIOS PROFISSIONAIS;<br />
O fator ambiente de trabalho só ficou abaixo do fator salarial, destacando ainda mais<br />
a importância do local de trabalho no bem estar e desenvolvimento das pessoas, o<br />
ambiente de trabalho é composto por sua infra estrutura física e técnica e,<br />
sobretudo, pelas pessoas que a utilizam. São as pessoas que fazem a diferença,<br />
que contribuem, ou não, para um ambiente saudável e desejado. Assim, cresce a<br />
importância das empresas hoje terem um pensamento voltado a tornar o ambiente<br />
de trabalho agradável e criativo.<br />
O ambiente organizacional é decisivo na motivação de seus<br />
funcionários, o que traz benefícios para empresa, estimulando a<br />
prática de inovações e cerceando a criatividade nas organizações e<br />
que necessitam ser rompidos por um clima de desafio, de abertura,<br />
de confiança e de estímulo a exploração de áreas completamente<br />
novas, sem os sentimentos de ameaça diante da perspectiva de um<br />
possível fracasso. (ALENCAR, 1996)
Hill e Amabile (1993) pesquisadores do centro de Liderança Criativa, dos Estados<br />
Unidos, que se destacam por uma série de trabalhos no ambiente de trabalho<br />
organizacional e seus efeitos na criatividade pessoal, destacam a seguinte idéia:<br />
36<br />
Se as pessoas percebem que estão trabalhando em um ambiente<br />
onde os objetivos dos projetos são claros, desafiadores e<br />
interessantes, onde têm autonomia em decidir como trabalham em<br />
direção a essas metas, onde as novas idéias são recebidas com<br />
encorajamento e entusiasmo, onde elas não são pressionadas com<br />
prazos impossíveis ou limitações de recursos, onde os outros estão<br />
dispostos a cooperar no alcance dos objetivos, onde os melhores<br />
esforços são reconhecidos, certamente trabalharão em níveis mais<br />
altos de motivação intrínseca e produzirão idéias criativas (p.425).<br />
Um ambiente organizacional criativo é aquele que valoriza o pontecial para a<br />
competência, responsabilidade e ação, indo de encontro com a prática presente em<br />
nossa sociedade de promover um constante desperdício de potencial criativo.<br />
4.2 ESTÍMULOS A CRIATIVIDA<strong>DE</strong><br />
Criar foi durante muito tempo uma exclusividade da área de marketing e produtos.<br />
Hoje este velho conceito esta sendo substituído por uma “onda” de valorização do<br />
pensamento criativo em todas as esferas das empresas. Porém, sem ter claro o<br />
verdadeiro valor implementar a criatividade dentro das empresas, muitas<br />
desenvolvem grandes e caros programas focados em criatividade, “estas empresas<br />
nem tinham uma estrutura formal para a análise das idéias. Além de frustar os<br />
funcionários, o programa não atingia o objetivo e as empresas acabavam achando<br />
que criatividade era um tema muito abstrato”, afirma Gregg Fraley (2005),<br />
conferencista internacional e especialista em liderança e criatividade, em seu artigo
“Muito mais do que uma boa idéia”, publicado na revista R&N – <strong>DE</strong>SENVOLVENDO<br />
PESSOAS (2005).<br />
Neste mesmo artigo ele exemplifica a Dow Química como exemplo de empresa que<br />
estimula a criatividade, buscando encontrar maneiras cada vez melhor de<br />
compartilhar conhecimento e transferir soluções para toda a empresa, eliminando<br />
barreiras, divisões e separações entre departamentos, negócios ou funções. Mais do<br />
que qualquer outro fator, a criatividade e a inovação determinarão a integração da<br />
empresa na sua visão, missão e objetivos. Ficar parado não é uma boa opção no<br />
ambiente competitivo e dinâmico do negócios de hoje isso significa que as empresas<br />
vão precisar se reinventar continuamente.<br />
Para Fraley (2005), para que resultados sejam atingidos com a implantação da<br />
criatividade deverão ser disseminados alguns conceitos simples dentro das<br />
empresas: Identifique o processo que você quer melhorar ou o problema que você quer<br />
resolver e descreva a oportunidade de melhoria que você busca;<br />
37<br />
Descreva passo a passo o processo identificado para entender o que<br />
está acontecendo;<br />
Descreva todas as possíveis causas deste problema;<br />
Desenvolva novas idéias e um plano de ação para as mudanças ou<br />
problema à resolver (aplicando nesta etapa técnicas de brainstorming<br />
e brainwriting);<br />
Implemente a solução<br />
Reflita e implemente mudanças necessárias com base no que foi<br />
aprendido.<br />
Segundo Pedrebon (1998), hoje tudo esta mudando no campo da criatividade<br />
empresarial. Ao lado do atual estímulo da necessidade, dois fatores básicos podem
tornar mais viável a difusão da criatividade na empresa, que ele destaca da seguinte<br />
forma:<br />
38<br />
Fator Equipe: Contar com uma equipe bem competente e motivada,<br />
em lugar de funcionários apenas aptos e poucos ligados com a<br />
excelência do trabalho.<br />
Fator Estrutura: Manter uma estrutura facilitadora e não repressora,<br />
que sempre foi a mais comum.<br />
Alencar (1996), desenvolveu uma "receita" para definir os fatores que favorecem e<br />
estimulam o uso da criatividade: Quais seriam os componentes fundamentais da<br />
criatividade? Se fôssemos propor uma fórmula ou uma receita da criatividade, como<br />
esta seria?<br />
Em um seminário sobre criatividade, Alencar solicitou aos participantes elaborar, de<br />
maneira lúdica e harmoniosa, receitas com ingredientes que consideram importantes<br />
para facilitar a expressão da criatividade. As respostas forma bastante pertinentes e<br />
originais, apontando especialmente aos indivíduos, embora outros relativos ao<br />
contexto social ou organizacional estivessem também presentes. Algumas das<br />
respostas obtidas são apresentadas no Quadro 3.<br />
Os diversos fatores que contribuem para o comportamento criativo têm sido<br />
examinados também por inúmeros autores, que apresentam distintas configurações,<br />
onde aspectos ligados ao indivíduo e ao meio sobressaem.
Quadro 3.<br />
Fonte: Livro A Gerência da Criatividade, 1996<br />
Bruno–Faria e Alencar (1995), destacam dentro de uma pesquisa feita com 25<br />
funcionários de diversas organizações, e diante da análise dos dados obtidos vários<br />
fatores foram considerados estímulos a criatividade pela amostra consultada,<br />
conforme Quadro 4.<br />
39
Quadro 4.<br />
Fonte: Livro A Gerência da Criatividade, 1996.<br />
Conforme a visão de Kao (1997) da organização criativa, até mesmo as empresas<br />
que talvez nunca tenham transformado a criatividade em prioridade podem saltar<br />
para o futuro, aprendendo a engajar a mente de seus funcionários, estimular sua<br />
imaginação, organizar seus processos e dando as pessoas a oportunidade de usar<br />
seus talentos e garantir sua lealdade. Kao enfatiza em uma frase simples seu<br />
pensamento em relação a importância que as empresas tem que dispor no estimulo<br />
a criatividade, “As opções são criar ou fracassar”.<br />
40
4.2.1 MÉTODOS <strong>DE</strong> ESTÍMULO A CRIATIVIDA<strong>DE</strong><br />
Durante vários estudos e abordagem do uso da criatividade nas empresas como<br />
forma de alavancar o seu sucesso, vários estudiosos interessados no assunto<br />
procuraram desenvolver métodos que facilitassem a inserção da criatividade no<br />
ambiente corporativo, usando técnicas e atividades grupais.<br />
Paulo Roberto Mota (1997) relaciona alguns métodos que podem ser utilizados para<br />
estimular a criatividade nas organizações. São eles:<br />
41<br />
ANÁLISE MORFOLÓGICA: Dividi-se o problema em duas ou mais<br />
categorias e, dentro de cada uma, identificam-se as alternativas<br />
possíveis. Procede-se e a análise comparando as alternativas, duas<br />
a duas, ou em associações maiores. Com a combinação das<br />
soluções parciais procura-se uma solução global. O desafio é<br />
conseguir soluções criativas depois das combinações de soluções.<br />
DIAGRAMA <strong>DE</strong> CAUSA E EFEITO: Realizar uma lista com o maior<br />
número de causas (remotas e imediatas) do problema. Em seguida,<br />
agrupar essas causa por temas específicos e verificar se existem<br />
algumas relações mais claras entre os grupos de causa e se variam<br />
independentemente. Estabelecer hipóteses sobre relações de causa<br />
e efeito; e usar essas hipótese p[ara uma discussão aberta sobre<br />
soluções e formas alternativa de ação.<br />
ANÁLISE DO CAMPO <strong>DE</strong> FORÇAS ATRAVÉS <strong>DE</strong> DIAGRAMAS:<br />
Descrever, de forma direta, clara e concisa, o problema. Descreva a<br />
situação como se fosse uma catástrofe e descreva a solução ideal.<br />
Em uma folha grande, Faça um quadro dividido em uma linha<br />
central, coloque como título do quadrante esquerdo a situação<br />
negativa e no quadrante direito a descrição positiva. A linha central<br />
representa a situação presente. Identifique fatores conducentes ao<br />
ideal, escreva-os ã direita e os fatores impeditivos serão escritos à<br />
esquerda. Visualizar as contraposições, ver as reais possibilidade s<br />
das ações proposta as e tentar mover a linha central na direção do<br />
futuro desejado (reforçar uma força negativa, enfraquecer uma força<br />
negativa ou adicionar uma nova força positiva).<br />
ANALOGIAS: Analogia é uma forma de comparação, ou o uso do<br />
pensamento metafórico para buscar associações com objetivos e<br />
situações,. Na comparação usam-se fatos paralelos: compara-se<br />
serviços, empresas e problemas para buscar uma solução. No<br />
pensamento metafórico compara-se situações os objetivos díspares.
42<br />
O mundo animal, vegetal e as adaptações já realizadas para<br />
alcançar o equilíbrio ecológico oferecem inumares idéias sobre<br />
soluções já encontradas. A analogia é uma forma de melhor<br />
compreender ou analisar um problema. Analogia não prova nada.<br />
MÉTODOS PIQUITOGRÁFICOS: Este método esta baseado na<br />
premissa de que gravuras, desenhos e pinturas provocam a mente.<br />
Consistem em apresentar gravuras as pessoas (aproximadamente 6)<br />
por meia hora e estimular um exercício preliminar individual de<br />
esforço analógico e de produção de idéias. Compartilha-se as<br />
conclusões individuais e provoca-se uma discussão confrontando as<br />
pessoas com as idéias abstratas, incentivando-as a encontrar uma<br />
solução apropriada para o problema.<br />
PROVOCAÇÕES AO MUNDO IMAGINATIVO: Manipulação da<br />
mente através de combinações entre mensagens recebidas do<br />
exterior e as que estão na mente de cada indivíduo. Há duas<br />
maneiras de realizar esta manipulação:<br />
A - Reforço ao pensamento positivo: imaginar uma versão positiva da<br />
realidade e deixar a mente escapar para o mundo imaginativo.<br />
Depois de desvaneio voltar a realidade com perspectiva positiva<br />
enriquecida como um desafio a criatividade e ã ação.<br />
B - Adição de novas idéias: deixar-se vulnerável ao novos hábitos e<br />
perspectiva. Praticar o inusitado, procura caminhos alternativos,<br />
modificar, adaptar, adaptar, adicionar, substituir, amizades novas e<br />
inverter novos usos.<br />
BRAINSTORMING - Este exercício tem como objetivo gerar um<br />
grande número de idéias e soluções acerca de um problema,<br />
evitando-se críticas e avaliações até o momento oportuno. Fazer um<br />
grupo com mais ou menos quinze pessoas e preferencialmente, um<br />
terço, dessas pessoas devem estar fora do problema do a ser<br />
resolvido. O ambiente deve ser agradável, livre, descontraído e<br />
alegre. A pessoa que irá liderar não deve ter autoridade hierárquica<br />
sobre os participantes. Inicia-se instruindo os participante que não<br />
haverá critica durante todo o exercício, a cerca de tudo que foi dito;<br />
quanto mais extremada a idéia, tanto melhor: deseja-se o maior<br />
número de idéias; o líder apresenta o problema de maneira clara e<br />
concisa sem insinuar qualquer solução. O grupo deve ser estimulado<br />
a dar idéias, até mesmo aquela aparentemente tolas. Estas idéias<br />
deverão ser anotadas em um lugar visível a todos os participantes,<br />
quanto o maior números de idéias melhor. Em seguida deve-se<br />
desenvolver critérios para associação, agrupamentos e eliminação<br />
da idéia. O objetivo final é alcançar soluções ou propostas criativas e<br />
aceitas por todos.<br />
BRAINWRITING - É uma variação do método anterior. Nesta<br />
dinâmica cada participante escreve individualmente, toda as suas<br />
idéias antes de serem compartilhadas comum grupo maior.
Figura 3.<br />
Fonte: Livro Líderes Inovadores, 2004. Exercitando o Brainstorming.<br />
Estes métodos delineiam formas para que as empresas possam desenvolver suas<br />
atividades com o incremento dos benefícios que a criatividade trás a organização, as<br />
formas podem ser variadas e fazem de tudo para valorizar as idéias e a capacidade<br />
inovadora das pessoas.<br />
Alencar (1996), aborda a análise de Talbot (1993), professor da Busness Scholl, da<br />
Universidade de Manchester, Ingalterra, ao analisar as condições necessárias para a<br />
estimular a criatividade, norteando seu método por 3 distintos componentes: O<br />
MOTIVO, OS MEIOS e a OPORTUNIDA<strong>DE</strong>. O motivo diz respeito ao desejo da<br />
pessoa de fazer uso de seu potencial para criar e de ir além das soluções possíveis<br />
para um problema. Os meios incluem conhecimento relevante a área e habilidades<br />
relativas à resolução criativa de problemas. O terceiro componente faz referência a<br />
Ter consciências das oportunidades: ser capaz de reconhecê-las, estar pronto para<br />
agarrá-las, ter consciência das pressões contra a criatividade, ser capaz de lhe dar<br />
com essas pressões e de promover oportunidades para a expressão da criatividade.<br />
Esse componente inclui ainda dispor de tempo e espaço, além de poder suficiente<br />
para exercer influência sobre os outros. Observa-se que os três componentes são<br />
43
considerados decisivos para que a criatividade possa ocorrer, e qualquer um deles<br />
tem reflexo imediato nos demais.<br />
Portanto se as empresas não oferecem a oportunidade necessária para que o<br />
funcionário desenvolva suas atividades, pode-se levar a perda de habilidades do<br />
indivíduo, prescrevendo níveis baixos de motivação nas atividades.<br />
O modelo para desenvolvimento da criatividade que fundamenta o trabalho de<br />
Alencar (1993), inclui cinco componentes. Ele foi desenvolvido com base em<br />
experiências coordenando seminários e workshops de criatividade para estudantes<br />
universitários, professores, gerentes e outros profissionais de áreas diversas. Inclui<br />
fatores como habilidade de pensamento, motivação e personalidade, além do clima<br />
psicológico percebido pelo indivíduo no seu ambiente de trabalho.<br />
Figura 4.<br />
Modelo para desenvolvimento da criatividade proposto por Alencar (1993).<br />
Pereira Filho (2005), destaca os métodos de Michael Michalko (1991), em seu livro<br />
THINKERTOYS, referente a como estimular a criatividade no cotidiano das<br />
empresas, suas opiniões são práticas e podem ser aliadas ao desenvolvimento das<br />
atividades empresarias, criando um ambiente propício ao surgimento de novas<br />
idéias, que podem ser aproveitadas e usadas no progresso da organização:<br />
44
45<br />
MELHORE TODOS OS DIAS : A empresa deve solicitar que um<br />
funcionário busque melhorar um aspecto do trabalho todos os dias,<br />
focando nas áreas sob seu controle. Ao final do dia, todos devem se<br />
reunir e perguntar o que fizeram de maneira diferente – ou melhor –<br />
do que no dia anterior.<br />
PENDURE UM EDITAL <strong>DE</strong> BRAINSTORMING : Coloque um quadro<br />
de aviso numa área central. Deve-se escrever um tema ou um<br />
problema numa cartolina, cole-a no centro do quadro e encoraje as<br />
pessoas a participarem com idéias.<br />
PROMOVA UMA LOTERIA <strong>DE</strong> IDÉIAS : A empresa deve distribuir<br />
um cartão numerado para cada pessoa que tiver uma idéia criativa.<br />
No fim do mês, a empresa deve compartilhar todas as idéias com<br />
sua equipe. Faça um sorteio e premie quem tiver o cartão sorteado.<br />
CRIE UM CATINHO DA CRIATIVIDA<strong>DE</strong> : Crie um local (de<br />
preferência uma sala) onde as pessoas possam ir para pensar<br />
criativamente. Coloque livros, vídeos e jogos que estimulem a<br />
criatividade. Algumas empresas chegam a decorar esse tipo de área<br />
com fotos de funcionários quando eram bebês, reforçando a idéia de<br />
que todos nascemos espontâneos e criativos.<br />
INSPIRE ATRAVÉS <strong>DE</strong> ÍCONES : As pessoas na empresa devem<br />
estimular seus funcionários a colocarem um objeto na mesa que<br />
representem sua interpretação sobre criatividade no trabalho. Por<br />
exemplo: uma bola de cristal para representar seu planejamento para<br />
o futuro, pilhas ou baterias novas para simbolizar energia criadora.<br />
ALMOCE COM PROPÓSITO : Devem ser encorajados almoços<br />
semanais, com, no máximo, cinco pessoas, para fazerem o<br />
brainstorming sobre criatividade nas empresas.<br />
USE AGENDAS <strong>DE</strong> IDÉIAS BRILHANTES : A empresa deve<br />
distribuir a todos uma agenda de “idéias brilhantes” e peçam que<br />
escrevam três idéias por dia, durante um mês, sobre como melhorar<br />
os trabalhos. No fim do meus, as empresas devem ser recolhidas e<br />
categorizadas as idéias. Discuta-a as idéias com o grupo.<br />
ORGANIZE A SEMANA DAS IDÉIAS ESTÚPIDAS: Estimular a idéia<br />
de que Ter idéias é divertido. Deve-se organizar a “Semana das<br />
Idéias Estúpidas” e promova um concurso.<br />
EXIJA INGRESSOS CRIATIVOS : Faça com que seja necessário<br />
trazer uma nova idéia para participar de qualquer reunião. A idéia<br />
deve focalizar algum aspecto do trabalho diário e como pode ser<br />
melhorado.<br />
PROCURE POR AJUDA EXTERNA : Essa é uma estratégia que a<br />
empresa pode usar da seguinte forma: convide pessoas de outros<br />
setores da empresa para as sessões de brainstorming, e perguntelhes<br />
como elas resolveriam o seu problema (isso também pode ser<br />
feito por clientes).
Michalko (1991), demonstra através dos seus métodos de estímulos que<br />
desenvolver a criatividade dentro do ambiente empresarial é mais fácil do que se<br />
imagina, e pode ser feito de forma descontraída, o que vai resultar em um clima de<br />
trabalho agradável e favorável ao desenvolvimento criativo de seus funcionários.<br />
A empresa que sabe avaliar e busca valorizar as idéias, deve unir o operativo ao<br />
criativo, ou seja, o ciclo operativo se concentra em um conjunto de atividades,<br />
buscando melhoras, agindo e mudando aquilo que acha-se necessário. O ciclo<br />
criativo, diferencia-se do patamar operacional, pois, busca-se pensar na resolução<br />
do problema de maneira radicalmente diferente, explorando, descobrindo,<br />
desenvolvendo novas idéias e validando-as.<br />
Figura 5.<br />
Fonte: Criatividade e Modelos Mentais, 2005.<br />
Quando a empresa busca unir métodos de desenvolvimento da criatividade (ciclo<br />
criativo) ao seu plano operacional (ciclo operacional) de negócio, temos um processo<br />
e um ciclo de interação sistêmico, que juntos contribuem de maneira eficiente ao<br />
desenvolvimento dos negócios de maneira inovadora.<br />
46
4.3 BARREIRAS AO <strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO DA CRIATIVIDA<strong>DE</strong><br />
Muitas empresas não buscam aliar no desenvolvimento de suas atividades fatores<br />
que estimulem a criatividade de seus funcionários, pelo contrario, eternizam-se em<br />
estruturas tradicionais e centralizadoras que não permitem que a criatividade flua<br />
como propulsora de idéias, e gerem novas soluções para seu empreendimento. A<br />
capacidade de criar fica estagnada em detrimento de fatores como produtividade<br />
mecanicista, a qual não exige do grupo de trabalho uma capacidade de idealizar<br />
soluções, já que tudo é muito cartesiano e direcionado.<br />
47<br />
[...] as empresas: mantêm milhões de pessoas num regime de baixo<br />
nível de idéias, utilizam só a sua capacidade executiva, fazendo com<br />
que se envolvam de tal maneira com a burocracia, que elas acabam<br />
perdendo a capacidade de inventar e se tornam outros robôs. [...] dos<br />
peões agrícolas passou-se aos metalúrgicos e agora é a vez dos<br />
digitais: de qualquer jeito permanece o incrível desperdício da<br />
inteligência humana, inteligência que merece ser medida não com<br />
base na quantidade de e-mail que envia, mas na qualidade das<br />
idéias produzidas, na capacidade de criar. E quanto mais uma<br />
organização é capaz de estabelecer um ambiente propício à<br />
criatividade, mais eficiente ela é. (<strong>DE</strong> MASI, 2000).<br />
Nesta citação De Masi (2000) relata um situação que lamentavelmente existem em<br />
muitas empresas. A desvalorização do potencial humano, onde as empresas<br />
procuram enxergar apenas o poder “movedor”, da força, que as pessoas tem, e<br />
esquecem o seu lado inovador e criativo, isso se delineia, dentre outros motivos,<br />
através de um fator cultural, centralizador, que vêm desde os tempos feudais,<br />
passando pela industria e agora na era digital na qual se busca o fazer a qualquer<br />
custo e de maneira automática e cartesiana. Esses fatores encontrados em muitas
empresas abortam a capacidade criativa que as empresas podem dispor para<br />
desenvolver de melhor forma as suas atividades.<br />
Gramigna (2004), destaca que dentre as barreiras que as organizações impõem ao<br />
uso da criatividade, muitas são responsáveis pelo sistema hierárquico rígido,<br />
presente em muitas empresas, bem como a dificuldade de enxergá-la como um<br />
sistema, também são fatores impeditivos à inovação e à criatividade. A<br />
inflexibilidade e o pouco espaço para tomadas de decisões desfavorecem a iniciativa<br />
e ousadia de correr riscos calculados.<br />
Os formatos organizacionais incluem fatores ligados ao grau de centralização de<br />
poder decisório, à filosofia e valores característicos da organização, à natureza do<br />
fluxo de informações, entre outros.<br />
Alencar (1996), destaca a pesquisa realizada por VanGundy (1987) onde ele analisa<br />
as diversas modalidades de barreiras à criatividade, e classificou-a em cinco<br />
grandes grupos, a saber: estruturais, sociais e políticas, processuais, de recursos,<br />
individuais e atitudinais.<br />
48<br />
BARREIRAS ESTRUTURAIS: referente a formalização, ou seja, o<br />
grau que a organização enfatiza o cumprimento de regras e<br />
procedimentos. A centralização tem sido também apontada também<br />
como um fator adverso a inovação. Ela diz respeito a extensão em<br />
que poder, autoridade e processo decisório se concentra no topo da<br />
hierarquia organizacional.<br />
Uma alta centralização tende, pois, a inibir a iniciação de inovações e<br />
circulação de novas idéias, uma vez que restringem o canal de<br />
comunicação e reduz a informação disponível.<br />
BARREIRAS SOCIAS E POLÍTICAS: dizem respeito às normas e<br />
influência de poder de dentro das organizações. É comum, em<br />
muitas empresas, a existência de normas que reforcem o<br />
conformismo, a relutância em comunicar idéias, o cultivo do medo<br />
generalizado da crítica. Uma ênfase exagerada do poder e
49<br />
diferenciação de status tende a afetar negativamente a introdução de<br />
inovação e limitar a expressão da criatividade pessoal.<br />
BARREIRAS PROCESSUAIS: referem-se a procedimentos e<br />
regulações que freqüentemente inibem a inovação.<br />
BARREIRAS <strong>DE</strong> RECURSOS: dizem respeito à carência de<br />
profissionais, tempo disponível, recursos financeiros e informações<br />
que possam subsidiar tanto a introdução da inovação quanto a sua<br />
implantação.<br />
BARREIRAS INDIVIDUAÍS, ATIDUDINAIS: características dos<br />
membros individuais da organização, embora possam ser também<br />
resultado do clima predominantemente no ambiente de trabalho.<br />
Algumas frases são comuns em empresas que ilustram esses fatores, conforme<br />
relacionados a seguir:<br />
Não vai funcionar em nossa empresa!<br />
É contra a política da nossa empresa.<br />
Você garante que vai dar certo?<br />
Não temos como colocá-la em prática.<br />
Não temos tempo.<br />
Tais comentários usualmente são feitos de uma forma automática e indiscriminada,<br />
como uma reação imediata a qualquer nova idéia apresentada, independente de sua<br />
qualidade e valor.<br />
Quando existem muitas restrições, normas, hierarquias rígidas, políticas,<br />
regulamentos, também se limita o fluxo de idéias instalando-se uma barreira a<br />
criatividade.<br />
Antônio Carlos Teixeira (2004), conferencista e consultor sobre Criatividade e<br />
Inovação, em seu artigo Criatividade de resultados, diz:
50<br />
[...] as pessoas não se sentem a vontade ou seguras para trazerem<br />
novas idéias. Neste ambientes empresariais, o chefe tem sempre<br />
razão, e o fluxo de idéias é somente de cima para baixo. Não há<br />
inovação. Algumas raras vezes em que idéias são pedidas os chefes<br />
falam primeiro. Aí as pessoas vão pré-julgar todas idéias que<br />
tiverem. O medo faz com que as pessoas segurem as suas línguas.<br />
(p.2)<br />
Muitas empresas ainda continuam operando basicamente para se manter ou para<br />
solucionar seus problemas. A complacência as impende de tornarem-se<br />
organizações criativas: se os resultados foram bons até agora, porque mudarmos a<br />
forma pela qual fazemos as coisas?<br />
Estes são os pensamentos das empresas que “vedam os olhos” para o efeito<br />
engrandecedor a criatividade trás para dentro das organizações, visto que , o mundo<br />
muda constantemente e apresenta novos desafios e ameaças e “os três elementos<br />
chave no futuro serão criatividade, competência e capital” (<strong>DE</strong> BONO, 1994).<br />
Assim como desenvolveu estudo sobre os fatores que estimulam a criatividade nas<br />
empresas, com 25 funcionários de empresas diferentes Bruno-Faria e Alencar<br />
(1995), aborda também quais fatores eles consideravam bloqueadores ao fator<br />
criatividade nas empresas, conforme descrito no Quadro 5.
Quadro 5.<br />
Fonte: A gerencia da Criatividade, 1996. Obstáculos à criatividade.<br />
51
5. A IMPORTÂNCIA DA CRIATIVIDA<strong>DE</strong> PARA O ADMINISTRADOR<br />
<strong>DE</strong> EMPRESAS.<br />
O estudo e o interesse pela criatividade vêm chamando a atenção de profissionais<br />
de diversas áreas. Esse novo comportamento denota-se devido a exigência do<br />
mercado por profissionais que apenas não saibam apertar o “botão” a que foi<br />
contratado, e tragam para as empresas idéias e soluções pensando nos processos<br />
organizacionais de uma forma holística.<br />
52<br />
O homem deve o seu sucesso à criatividade. Ninguém duvida de sua<br />
necessidade. Ela é muito útil nos bons momentos e essencial nos<br />
maus. Porém, como se pode conquistá-la? Nós sempre a<br />
admiramos, porém nos queixamos por ela ser tão ardilosa. Ela é<br />
vista como um dom mágico, uma centelha de inspiração divina, uma<br />
oportunidade que surge com as circunstâncias extraordinárias.<br />
Parece que não se pode fazer nada a respeito da criatividade, a não<br />
ser aguardá-la passivamente. De fato, ela em geral surge dessa<br />
maneira passiva – mas só porque nunca desenvolvemos o tipo de<br />
pensamento que a encoraja. (<strong>DE</strong> BONO, 1994)<br />
Os administradores devem estar inteiramente ligados e aliando o ciclo processual ao<br />
ciclo criativo, desenvolvendo e envolvendo as sua equipe num trabalho dinâmico e<br />
inovador. Quando a criatividade é vista como um dom de gênios, não há nada que<br />
possa ser feito a respeito, a não ser que você tenha a sorte de possuir esse dom.<br />
Porém todo mundo pode desenvolver esta habilidade, e principalmente os<br />
administradores que quanto mais se aprimorarem serão os mais criativos.
A criatividade é uma ferramenta indispensável hoje para qualquer presidente,<br />
executivo, administrador ou empresário e profissional de qualquer área. Daí a<br />
necessidade de o administrador e das Instituições de Ensino Superior abordarem<br />
este tema não apenas com cunho psicológico, mas também fundamentadas<br />
diretamente as atividades direcionadas a ações de desenvolvimento nos negócios.<br />
O estudo da criatividade “desbitotla” o administrador e o tira do cartesianismo para o<br />
pluralismo de possibilidades e sentidos na resolução de problemas e processos. O<br />
administrador criativo é sensível e agrega grande capacidade de liderança e<br />
confiança perante a seus subordinados. A abordagem dos métodos de<br />
implementação da criatividade na formação acadêmica do administrador, possibilita<br />
além de outras coisas, o administrador lidar de maneira dinâmica, lúdica e<br />
descontraída com sua equipe em detrimento de um bom resultado empresarial.<br />
Gramigna (2004), destaca que a abordagem da criatividade na formação dos líderes<br />
corporativos elimina a possibilidade de bloqueios socio-educativos, que inibem o<br />
incremento e aceitação do fator criativo nas empresas, os bloqueios socio-<br />
educativos são caracterizados por:<br />
53<br />
A dependência da autoridade, reflexo de uma cultura autocrática,<br />
interfere na ação espontânea e na iniciativa para enfrentar desafios;<br />
A dependência de outras opiniões, o estilo de pensamento<br />
reprodutivo e a tendência a fazer o que os outros fazem podem<br />
causar dificuldades na demonstração do potencial criativo; O<br />
desconhecimento de outros métodos e maneiras de expressão limita<br />
as pessoas a repetirem situações conhecidas; (p. 11)
O conhecimento da criatividade suplanta a necessidade que o mercado exige do<br />
profissional saber lidar com a inovação, sabendo identificar oportunidades e traçar<br />
linhas de ação, com agilidade, para aproveitamento da situação.<br />
54<br />
A criatividade organizacional irá constituir-se no vetor da<br />
Administração. Serão tão importantes para a Administração quanto é<br />
hoje considerado os processos administrativos de planejar,<br />
organizar, dirigir e controlar. Nossas escolas de Administração<br />
deverão desenvolver de forma crescente e consistente competências<br />
de longo prazo para preparar o Administrador polivalente /<br />
generalista / especialista / criativo, o cidadão socialmente<br />
responsável e o administrador político, comprometido com o bemestar<br />
coletivo. (LIMA, 2002)<br />
Isto porque, diante do modelo de especialização flexível e dos novos conceitos de<br />
produção, em que a divisão técnica do trabalho se tornou menos evidenciada, com a<br />
integração do trabalho direto e indireto e a integração entre produção e controle de<br />
qualidade, onde o trabalho em equipe passou a substituir o trabalho individualizado<br />
e as tarefas do posto de trabalho foram eclipsadas pelas funções polivalentes, o<br />
conteúdo e a qualidade do trabalho do Administrador modificaram-se.<br />
[...] os administradores estão sendo solicitados a criar novos<br />
ambientes de trabalho, que estimulem o surgimento da criatividade,<br />
levando ao desenvolvimento de novas idéias. O clima propulsor deve<br />
ser o de comunicação franca, autêntica e de livre circulação das<br />
idéias. (CHIAVENATO, 1999)<br />
O mercado de trabalho está passando por profundas transformações neste início de<br />
século. Cada vez mais profissionais, principalmente no nível executivo, estão se<br />
defrontando com novos desafios, tais como globalização, descentralização,<br />
downsizing e terceirização. As próprias noções de emprego e trabalho estão<br />
mudando. Nesse sentido, este administrador deverá ter bem claro em sua mente<br />
qual o papel do administrador nesta virada de século; que conhecimentos ele deve<br />
ter e reciclar para se preparar para esses novos desafios e as habilidades que lhe
serão exigidas, num ambiente tão tumultuado e competitivo.<br />
55<br />
Hoje, todos vêem as coisas acontecerem rapidamente e, assim como<br />
as empresas têm necessidade de se articular pragmaticamente com<br />
as alterações rápidas do mercado, dirigentes e líderes que se<br />
manterão no cenário de mudanças são os que as aceitam, as<br />
vivenciam sem revolta e, por fim, as promovem. (PEDREBON, 1998)<br />
As habilidades exigidas aos novos administradores de muito mudaram ao longo do<br />
tempo. Passaram da administração mecânica e dos processos para a administração<br />
além de racional, subjetiva.<br />
Difunde-se cada vez mais a consciência de que as atividades<br />
cerebrais predominam em relação às manuais, que as atividades<br />
virtuais prevalecem sobre as tangíveis. De fato, seja no horário de<br />
trabalho, seja durante o lazer, nós agimos sempre mais com a<br />
cabeça, em vez de usar a força física, como antes. ... e entre as<br />
atividades intelectuais, a mais apreciada é a criatividade, que é outro<br />
elemento distintivo, um outro valor central da sociedade pósindustrial.<br />
(MASI, 2000)<br />
A criatividade é usada pelos administradores como uma ferramenta muito útil para<br />
enfrentar os novos desafios do mercado, que exige flexibilidade e capacidade<br />
inovadora perante a competitividade.<br />
O administrador do presente precisa conhecer seu ambiente de trabalho, seu<br />
mercado e seus clientes, criando comportamentos alternativos. Essa visão das<br />
transformações e movimentos no meio ambiente é que poderá nortear as decisões<br />
estratégicas na empresa, para isso o uso do seu potencial criativo é decisivo para o<br />
sucesso da organização.
Solange Moreira D. Lima (2002), em seu artigo O perfil do administrador do<br />
presente, face as novas tecnologias da Informação, destaca a diferenciação do<br />
administrador do passado e do presente segundo Wick & Leon (1997), conforme o<br />
Quadro 6.<br />
OS ADMINISTRADORES DO PASSADO OS ADMINISTRADORES DO PRESENTE<br />
Aprendiam quando alguém lhe ensinavam Procuram deliberadamente aprender<br />
Achavam que o aprendizado ocorria somente na Reconhecem o poder do aprendizado decorrente da<br />
sala de aula<br />
experiência do trabalho<br />
Responsabilizavam o chefe pela carreira Sentem-se responsável pela sua própria carreira<br />
Não eram considerados responsáveis pelo próprio Assumem a responsabilidade pelo seu próprio<br />
desenvolvimento<br />
desenvolvimento<br />
Acreditavam que sua educação estava completa ou Encaram a educação como uma atividade<br />
só precisava de pequenas reciclagens<br />
permanente para a vida toda.<br />
Não percebiam a ligação entre o que aprendiam e Percebem como o aprendizado afeta os negócios<br />
os resultados profissionais<br />
Deixavam o aprendizado a cargo da instituição Decidem intencionalmente o que aprender.<br />
Quadro 6.<br />
Analise comparativa entre os administradores do passado e presente.<br />
Todos estes aspectos levantados mostram que o administrador esta inserido em um<br />
contexto que exige deste profissional uma adaptação as novas exigências, e que ele<br />
acompanhe e faça da sua carreira um eterno aprendizado, aliando a criatividade.<br />
visto que a criatividade pode se tornar um instrumento capaz de guiar todas as suas<br />
ações, trazendo de forma atuante para sua filosofia de trabalho.<br />
O administrador deve estar consciente dessas novas transformações, que um<br />
processo rápido e dinâmico que poderá transformá-lo no principal articulador de<br />
mudanças, o qual se usar o seu potencial criativo e estimular seus liderados para o<br />
mesmo terá uma carreira de sucesso e permanentemente inovadora.<br />
56
6. CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES FINAIS<br />
Todos os aspectos levantados neste trabalho mostram que a criatividade, vem<br />
ganhando destaque no cenário empresarial e sua importância se fundamenta como<br />
essencial ao novo perfil do administrador de empresas. Os mais de 25 autores<br />
abordados, entre artigos, publicações em revistas de grande credibilidade e livros de<br />
autores destacáveis no nível acadêmico e científico, demonstram a importância da<br />
Criatividade nos dias de hoje, onde o contexto mercadológico, representa uma<br />
cadeia predatória e de intensa competitividade.<br />
As empresas devem ser mais flexivas e direcionar seus negócios a inovação<br />
constante, para isso o estímulo a criatividade é vital. Eunice Alencar, umas das<br />
precursoras do incentivo ao desenvolvimento do potencial criativo nas empresas, e<br />
uma das autoras que direcionou os objetivos desta pesquisa, já tratava destes<br />
assuntos no início dos anos noventa, destacando a importância que a criatividade<br />
teria nos dias de hoje, com uma visão futurista, diante das novas facetas geradas<br />
pela globalização dentro da dinâmica dos negócios empresariais.<br />
A importância da criatividade no ambiente empresarial continua sendo comprovada<br />
ainda com maior ênfase no início do século 21, como se pode perceber no grande<br />
acervo bibliográfico disponível (verificar referências) sobre a fundamentação da<br />
57
criatividade como fator de sucesso empresarial destacados nesta pesquisa. Autores<br />
como Gramigna (2001), Pedrebon (1998), Domenico de Mais (2000) também<br />
defendem em suas literaturas a criatividade voltada aos negócios, como fator de<br />
sucesso profissional e pessoal.<br />
Destaca-se de maneira clara, que o estímulo ao processo criativo deve ser uma<br />
constante dentro do ambiente empresarial, pois, percebemos diante das novas<br />
transformações socioculturais, que o homem faz de seu trabalho a sua casa, onde<br />
passa maior parte do tempo. Por isso, as empresas devem desenvolver meios que<br />
valorizem o potencial criativo de seus colaboradores, assistindo as suas idéias e<br />
dando suporte necessário para que haja fluxo de inovação, fazendo com que as<br />
pessoas sejam reconhecidas dentro de todo o processo de desenvolvimento das<br />
atividades empresariais.<br />
Pode-se constatar a existência de métodos que estimulam o fator criativo nas<br />
organizações, desenvolvido por especialistas no assunto como Mota (1997), Alencar<br />
(1993) e Pereira Filho (2005), estes métodos podem ser aplicados de maneiras<br />
sistêmicas dentro das organizações, visando despertar o potencial criativo de seus<br />
funcionários, trazendo retorno inovadores a organização. Os métodos mais<br />
conhecidos e abordados pelos autores são Brainstorming e o Brainwriting, os quais<br />
buscam “extrair” a criatividade que as pessoas possuem, e que muitas não sabem,<br />
avaliando todo o tipo de idéia mencionada e valorizando como possível solução para<br />
um problema ou implemento para melhoria das atividades e/ou serviços.<br />
A existência de métodos de estímulos à criatividade, desmistifica a idéia de que a<br />
58
criatividade é um dom ou característica de artistas e atores, visto que podemos obter<br />
os “louros” do seu resultado se aplicada uma metodologia clara de estimulo ao seu<br />
desenvolvimento, cercada por estrutura e ambiente favorável.<br />
Mesmo com a competitividade batendo na porta, algumas empresas ainda<br />
continuam bitoladas aos modelos tradicionalistas, cartesianos as obediências<br />
hierárquicas que levam ao poder centralizador, e por conseqüência criando barreiras<br />
ao desenvolvimento da criatividade. Um dos objetivos desta pesquisa foi levantar<br />
dados que mostrassem que a estrutura centralizadora é a “inimiga número um” da<br />
criatividade, o que foi também de acordo ao pensamento de vários autores. A<br />
criatividade precisa de espaço e estímulo para ser aplicada, se trata de idéias que<br />
geram inovações, e inovações pressupõem riscos. Correr riscos, e está disposta a<br />
corrigir erros, é uma das características de empresas que buscam desenvolvimento,<br />
a inovação é dinâmica, e chegará a porta de todas as empresa a qualquer momento,<br />
independente do seguimento. Todos têm que está apto a também inovar, usando a<br />
sua melhor estratégia. Porém, como destacado de forma satírica por Botelho<br />
(1991), muitas empresas preferem permanecer como o elefante grande, presa a<br />
convenções passadas, sem coragem de agir. Estas tendem ao fracasso!<br />
Constatou-se também, dentro dos propósitos de investigação da pesquisa que<br />
Criatividade gera inovação, destacando e diferenciando criatividade e inovação, e<br />
que a inovação se bem aplicada e direcionada aos objetivos, metas e visão de<br />
negócio da organização geram resultados surpreendentes. Autores como Gramigna<br />
(2001) e Pereira Filho (2005), sustentam as idéias de Botelho (1991), o qual<br />
direcionam seu estudos em mostrar as empresas que é essencial a busca de novas<br />
59
saídas (inovar através do agir criativo), aliando os processos operativos aos<br />
processos criativos, para a sobrevivência do negócio.<br />
A pesquisa alcançou o propósito de levantar informações que busquem destacar a<br />
importância da criatividade para o administrador de empresas, visto que a nova<br />
dinâmica exige deste profissional muito mais do que entender dos pressupostos<br />
básicos da administração: planejar, organizar, dirigir e controlar. A criatividade está<br />
sendo valorizada como um novo vetor da administração, o qual o administrador<br />
deverá está consciente de sua importância, diante das novas exigências, conforme<br />
destacado por Chiavenato:<br />
60<br />
[...] os administradores estão sendo solicitados a criar novos<br />
ambientes de trabalho, que estimulem o surgimento da criatividade,<br />
levando ao desenvolvimento de novas idéias. O clima propulsor deve<br />
ser o de comunicação franca, autêntica e de livre circulação das<br />
idéias. (CHIAVENATO, 1999)<br />
Diante de toda a abordagem e pesquisa bibliográfica levantada, podemos concluir<br />
que a criatividade pode ser considerada fator de sucesso empresarial, visto que as<br />
novas tendências estruturais dentro das organizações estão procurando se adequar<br />
as novas regras do mercado, criando meios que possibilitem o fator criatividade de<br />
seus funcionários, gerando inovações favoráveis ao progresso de seus<br />
empreendimentos. E que o novo perfil do Administrador de empresas exige uma<br />
postura criativa aliada ao seu conhecimento, sabendo aplicá-la dentro das<br />
organizações.
7. REFERÊNCIAS<br />
ALENCAR, Eunice M. L. Soriano de. CRIATIVIDA<strong>DE</strong>. Brasília: Ed. Universidade de<br />
Brasília,1993.<br />
________, Eunice M. L. Soriano de. A Gerência da Criatividade. São Paulo:<br />
MARKRON Books, 1996.<br />
BOTELHO, Eduardo Ferreira. Do Gerente ao Líder. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1991.<br />
BLECHER, Nelson; INOVAÇÃO: Como transformar idéias em dinheiro. Revista<br />
EXAME. Ed. 856, n.23, a. 39, p. 23-28. São Paulo: Novembro, 2005.<br />
CERVO, Amado Luiz., BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia da Pesquisa<br />
Científica. 5.ed. Prentice Hall, 2002.<br />
CHAVENATO, I. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas<br />
organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999.<br />
<strong>DE</strong> BONO, Edward. O Pensamento Lateral na Administração. 1. ed. – São Paulo:<br />
Saraiva, 1994.<br />
<strong>DE</strong> MASI, Domenico. O ÓCIO CRIATIVO. 1. Ed. - Rio de Janeiro: Sextante, 2000.<br />
FERNAN<strong>DE</strong>S, Maury Cardoso. CRIATIVIDA<strong>DE</strong>: um guia prático – preparando-se<br />
as profissões do futuro. São Paulo: Futura, 1998.<br />
FRALEY, Gregg. MUITA MAIS DO QUE UMA BOA IDÉIA. Disponível<br />
em:>. Acesso<br />
em:24 Abr. 2005.<br />
GRAMIGNA, Maria Rita. Líderes Inovadores. São Paulo: M. Books do Brasil Editora<br />
Ltda., 2004.<br />
HAMPTON, David R. Administração: processos administrativos. São Paulo:<br />
MARKRON Books, 1990.<br />
HILL, K. G. & AMABILE, T. M. A social psychology perspective in creativity:<br />
Intrinsic motivation and creativity in the classroom and workplace. Norwood,<br />
N.J., Ablex, 1993.<br />
KAO, John J. Jamming: a arte e a disciplina da criatividade na empresa. Rio de<br />
Janeiro: Campus, 1997.<br />
LIMA, J. G. A idéia que mudou minha vida. Revista Veja. Ed. 1800, n.17, a. 36, p.<br />
91-97. São Paulo: Abril,2003.<br />
61
LIMA NETTO, Roberto Procópio de. A CRIATIVIDA<strong>DE</strong> DO REI: um método fácil<br />
para você se tornar criativo. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.<br />
LIMA, Solange Moreira Dias de. O perfil da administrador do presente, face as<br />
novas tecnologias da informação. Disponível em:<br />
http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos/O%20Perfil%20do%20administrador%2<br />
0no%20presente.htm. Acesso em: 23/10/2005.<br />
MUSSAK, E. Metacompetência: uma visão do trabalho e da realização pessoal.<br />
São Paulo: Editora Gente, 2003.<br />
O`KEEFFE, Jonh. Superando os Limites: Como torna-se eficaz e eficiente<br />
através da superação de seus próprios limites. São Paulo: MARKRON Books,<br />
2001.<br />
PARKER, Glenn M. Team Players & Team Work: A EQUIPE E SEUS<br />
INTEGRANTES. São Paulo: PIONEIRA, 1994.<br />
PEDREBON, José; CRIATIVIDA<strong>DE</strong>: abrindo o lado inovador da mente: um<br />
caminho para o exercício prático dessa potencialidade, esquecida ou reprimida<br />
quando deixamos de ser criança. 2ª Ed. São Paulo: Atlas, 1998.<br />
RAY, Michael; MYERS, Rochelle. CRIATIVIDA<strong>DE</strong> NOS NEGÓCIOS. Ed. Record.<br />
Rio de Janeiro, 1996.<br />
REIS, Liane Belz dos Reis; ESCU<strong>DE</strong>IRO, Eurides Lavoyer; Inovar através do<br />
"AGIR COMUNICATIVO". Disponível em:<br />
Acesso em:<br />
22/06/2005.<br />
ROSSI, Luiz Alexandre Solano. A Arte de Viver e Ser Feliz. Ed. Paulus, São Paulo<br />
– SP, 2005.<br />
SILVEIRA, Isabella Signorelli; ROCHA, Sílvia Renata Medina da; PEREIRA FILHO,<br />
Rodolfo Rodrigues. CRIATIVIDA<strong>DE</strong> E MO<strong>DE</strong>LOS MENTAIS – Rio de Janeiro:<br />
Qualitymark; PETROBRAS, 2005.<br />
SYLVIA, Constante Vergara. Projetos e relatórios de pesquisa em administração<br />
– São Paulo: Atlas, 2000.<br />
TEIXEIRA, Antônio Carlos Silva. Criatividade de Resultados. Disponível em:<br />
www.empregos.com.br. Acesso em: 02/04/2005.<br />
62
8. ANEXO<br />
63
TESTE A B C D<br />
1. Você se preocupa com o que os<br />
ouvintes estão pensando quando<br />
apresenta um projeto numa reunião de<br />
trabalho?<br />
2. Você fica com a sensação de que<br />
perdeu tempo quando, no final da<br />
reunião, não se chega a conclusão<br />
alguma?<br />
3. Quando está num bar conversando<br />
com os amigos e eles defendem pontos<br />
de vista divergentes dos seus, você fica<br />
calado para evitar polêmica?<br />
4. Você se sente incomodado quando seu<br />
chefe lhe pede que faça um trabalho fora<br />
de sua área ou especialidade?<br />
5. Antes de sair de férias, você faz um<br />
roteiro da viagem, para não perder<br />
nenhuma atração?<br />
6. Você toma cuidado para não assumir<br />
mais compromissos do que sua agenda<br />
comporta?<br />
7. Você se irrita quando recebe um cliente<br />
e descobre que ele não sabe exatamente<br />
o que quer?<br />
8. Quando participa de grupo de<br />
trabalho, você se exaspera se o foco e o<br />
objetivo não estão bem definidos?<br />
9. Em reuniões de trabalho você recorre a<br />
números para defender seus pontos de<br />
vista?<br />
10. Você se sente ofendido se convida um<br />
amigo para jantar em casa e ele se<br />
atrasa?<br />
11. Antes de entregar um relatório, você o<br />
revisa minuciosamente para ver se não<br />
esqueceu nenhum detalhe?<br />
12. Você ensaia exaustivamente o que vai<br />
64
falar antes de uma apresentação na<br />
empresa?<br />
PONTUAÇÃO<br />
TOTAL <strong>DE</strong> ALTERNATIVAS A) B) C) D)<br />
MULTIPLIQUE POR X1 X2 X3 X4 =<br />
SUBTOTAL + + +<br />
RESULTADO<br />
De 12 a 25 pontos – Você é organizado e dedicado. Gosta de<br />
aplicar o que aprendeu na faculdade e se sente desconfortável<br />
quando lhe apresentam um problema cuja solução não<br />
conhece de então. É visto como um bom executor de tarefas,<br />
mas alguém a quem falta um toque de ousadia.<br />
De 26 a 35 pontos – Diante de um problema, você não se<br />
contenta com os caminhos óbvios. Procura alternativas.<br />
Considera todas as possíveis soluções, mesmo as estapafúrdias,<br />
e escolhe com critério. Seus chefes raramente tomam decisões<br />
sem consulta-lo.<br />
De 36 a 48 pontos – Você tem muitas idéias o tempo todo. É<br />
visto como uma pessoa criativa. No trabalho, no entanto,<br />
algumas de suas idéias não são aplicáveis na prática. Tente ser<br />
mais objetivo.<br />
Teste elaborado por Tânia Casado, diretora do centro de carreira da Faculdade de Economia e Administração da<br />
Universidade de São Paulo.<br />
65