Maio - Jornal Bombeiros de Portugal

Foto: Marques Valentim
Prémio Bombeiro de Mérito 2012
?
Foto: Marques Valentim
TRANSPORTE DE DOENTES
João Horta
foi o escolhido
Páginas 8 e 9
M AIO DE 2012 EDIÇÃO: 308 ANO: XXIX 1,25€ DIRECTOR: RUI RAMA DA SILVA
ABANDONAR OU VIA ALTERNATIVA
2000/2011 – Morreram 67 bombeiros em serviço
Páginas 4 e 5
CABECEIRENSES
Uma família ativa
INEM DECIF
Liga não aceita contraproposta arrancou com 33 mil ha. ardidos
Página 7 Página 12
Página 7
Páginas 16 e 17

2 MAIO 2012
Esperem pela pancada
assam-se os dias, e as asso-
Pciações de bombeiros continuam
confrontadas com um espectro
muito sombrio sobre o
seu futuro, caso tenham vencimento
as intenções do Ministé-
vamente
o modelo e os termos
de funcionamento do transporte
de doentes não urgentes.
Salvo casos pontuais de associações
que têm conseguido de
manter o mesmo número ou
até registado aumento de doentes
transportados, mas sem
que, à partida, essa situação
tenha futuro garantido.
No geral, para poderem continuar
a prestar o mesmo serviço
de transporte, as associações
estão prestes a somar, à
redução progressiva do número
de pedidos de transporte e à diminuição
da facturação com
esse serviço, a exigência incontornável
de participação em
concursos públicos e a concretização
de um processo de certi-
rantias
de futuro e com custos
acrescidos.
Dirão que é a lei do mercado,
através da qual querem transformar
os bombeiros, de parceiros
em prestadores, de
apoios reconhecidos em dispensáveis
ou acessórios. Mas eles
não querem ir por aí. Porque
não é para isso que existem.
São uma catadupa de situações
que, segundo alguns,
eram já esperadas e anunciadas
na lógica do cumprimento
de normas europeias, a que associaram
recentemente as disposições
acordadas com a “troika”,
desígnio que só pelo facto
de ser enunciado, só por si, faz
crer estarmos perante um imperativo
ao qual importa dar
m tempo de crise, o alerta lançado à cha-
Emada economia social, onde as instituições
particulares de solidariedade social e as associações
de bombeiros se inserem, é para a
ciamentos
públicos e as medidas que essa
quebra inevitavelmente aconselha. Como se os
dirigentes de umas e outras não soubessem de
sobejo como gerir as suas próprias instituições
depois de anos em que por sistema forneceram
sempre galinha gorda por pouco dinheiro.
Reduzir custos e aumentar receitas próprias
é uma receita conhecida e já sobejamente tentada,
também noutras ocasiões, já que esta
não é a primeira, nem será a última, que as
instituições e, em particular, os bombeiros enfrentam.
Lembre-se que, no passado remoto,
sociações
de bombeiros partiam delas a iniciativa
de peditórios para acorrer a outras tragé-
cumprimento sem delongas
nem contestação.
A somar a tudo isto, surge o
anúncio recente do governo espanhol
de restrições semelhantes
a introduzir em breve naquele
país no domínio dos serviços
de saúde e, em especial,
no acesso ao transporte de doentes
não urgentes.
nal,
em Portugal é como em Espanha
e noutros países europeus,
neste caso como alguns
técnicos do Ministério da Saúde
gostam tanto de invocar numa
tentativa forçada e, em minha
opinião intelectualmente desaconselhável,
de tentar comparar
o incomparável.
No caso espanhol, é sabido
que o transporte de doentes é
matéria de privados. Noutros
países europeus o panorama é o
mesmo. Logo, as restrições
existentes ou a criar nesses países
dirão apenas respeito a uma
estrita prestação de serviço com
contornos comerciais e cuja alteração
ou diminuição afectará a
actividade empresarial do sector
e, sempre, os doentes.
Em Espanha, como também
é sabido, salvo a situação crescente
mas ainda localizada de
voluntariado nos bombeiros a
emergir na Catalunha, a prestação
do socorro, nomeadamente
assegurada por bombeiros,
perante tal facto e tendo em
conta que os próprios bombeiros
espanhóis não prestam
qualquer tipo de serviço no domínio
do transporte de doentes
não urgentes, comparar o caso
português com o do país vizinho
é no mínimo disparatado.
Sendo a realidade portuguesa
diferente da restante era su-
posto ser tratada de modo diverso.
Aqui, desde logo, serão
prejudicados os doentes, mas
não só. Todos sabemos, e temos
abundado em alertas sucessivos,
sobre as implicações
que as alterações restritivas no
transporte de doentes já está a
ter e terá de forma crescente na
prestação do socorro. Iludir
esta questão, sem abordagens
sérias e consequentes das suas
implicações e até danos, como
a Liga dos Bombeiros Portugueses
tem reclamado, não é uma
forma séria de abordar o problema.
Os portugueses, governantes
e outros responsáveis deste
país, que esperem pela pancada.
Não foi por não terem sido
repetidamente avisados pelos
bombeiros. Quanto muito, foi
por terem descrido dos alertas
e da sinceridade e honestidade
com que foram feitos. Deitar
abaixo uma estrutura é fácil.
Difícil é repô-la. E, para o fazer,
conforme a Liga também tem
mantido, os custos serão muito
superiores aos necessários para
agora reduzir os danos já iden-
Vamos mudar de paradigma,
sem dúvida. E, só estaremos
contra, na medida em que essa
mudança possa afectar a sustentabilidade
das nossas associações
e dos serviços que prestamos
à sociedade. Por isso,
quem nos acusar de resistirmos
à mudança pela mudança que
pense duas vezes antes de o dizer.
Esperem pela pancada. Depois,
infelizmente, porque só
eles tentaram evitar a dita pancada
a todo o custo, só poderão
dar razão aos bombeiros.
Artigo escrito de acordo
JORNAL@LBP.PT
A receita é conhecida
dias muitas vezes fora do próprio território nacional.
A solidariedade, no passado como hoje,
está-lhes na massa do sangue e, por isso, reagir
a qualquer adversidade alheia ou própria é
já uma atitude normal e quase automática.
Tão automática como a tentativa, também conhecida
e antiga, de ultrapassar permanente-
funcionamento e à sua capacidade de resposta
em prol dos outros.
Muitas das atividades promovidas pelas associações
de bombeiros ao longo de décadas,
seja ginástica, natação, centros clínicos, surgiram
com a intenção de alargar a prestação de
cuidados à comunidade e também para obter
ais.
Essa situação não mudou muito nos dias
de hoje, não obstante se reconheça que, nos
últimos tempos, por imperativo legal e maior
Contra o experimentalismo,
estudar para bem decidir
estudo em geral, a busca
“O da verdade e da beleza
são domínios em que nos é con-
a vida”. Nesta frase de Albert
Einstein, físico que desenvolveu
a teoria da relatividade, encontro
muitas vezes a razão de ser
para o facto de não ser capaz
de passar um dia sem me interrogar
e procurar resposta para
as minhas interrogações. Não
concebo a vida sem estudo,
sem leitura, sem inquietação e
sem objectivos.
Entre os vários projectos que
tenho em mãos neste momento,
um deles tem a ver com o
balanço que importa fazer ao
Sistema de Protecção Civil que
temos, 5 anos depois de ter
sido publicado o corpo legislativo
que o regula. Este projecto
tem três fases que se articulam
entre si. A primeira compreende
um conjunto de entrevistas
com personalidades que estão
ou estiveram ligadas ao Sistema,
tanto nos serviços de tutela
(aos vários níveis), como nas
estruturas da Liga. A segunda
resultará na análise conclusiva
nalmente,
a terceira culminará
na realização de alguns debates,
para discussão das referidas
conclusões, debates aos
quais procurarei juntar parceiros.
Trata-se de um projecto de
intervenção cívica, sem qualquer
outra intenção que não
tudo,
sereno e independente,
sensibilidade, os autarcas passaram a apoiar
com maior expressão as suas associações de
bombeiros. Aliás, tem sido esse quadro de
apoios que tem ajudado a mitigar as sequelas
da crise, mesmo se com o andar que as coisas
levam no futuro próximo já nem isso possa
ajudar.
Tenhamos também a consciência de que a
redução de custos e a busca de novas receitas
zação
e no leque de serviços oferecidos pelos
bombeiros. Pensar de outro modo, à partida,
será prova de hipocrisia e até ignorância.
Por isso, os bombeiros não aceitarão de ânimo
leve a vontade expressa por outros, veja-
-se o Ministério da Saúde, para que eles assumam
o odioso sobre medidas e decisões que
não lhes dizem respeito e com as quais, já o
disseram por diversas vezes, não estão solidários.
da realidade actual do Sistema.
Naturalmente que não deixarei
de dar um particular enfoque
ao sector de Bombeiros,
primeiro pela indestrutível relação
que tenho com ele e depois
porque o considero, neste momento,
o elo mais frágil.
É sabido que estão anunciadas
novas alterações ao Siste-
Desconhece-se a amplitude
dessas alterações, embora algumas
intervenções públicas
fazem já antever que não iremos
assistir a nenhuma revolução.
Ainda bem. Porém há algumas
questões essenciais que,
no meu ponto de vista, deverão
ser resolvidas.
Uma das mais essenciais é
saber o que quer o Estado dos
corpos de bombeiros e das entidades
que os detêm.
sável
para que estas instituições
de utilidade pública administrativa
possam equacionar o
seu futuro, nos domínios da
missão, da organização e dos
recursos.
Todos sabemos que o Sistema
de Protecção Civil não se
esgota nos Bombeiros. Mas
também sabemos que eles são
a espinha dorsal deste sistema,
em especial nas consequências
práticas do princípio da subsidiariedade
consagrado na Lei
de Bases.
Nenhuma alteração estrutural
ou legislativa do Sistema
terá verdadeiramente êxito, se
ignorar as vulnerabilidades da
sua base e não encontrar soluções
consistentes para a sua
superação, a curto prazo.
São muitas as fórmulas que
podem ser adoptadas para atingir-se
este objectivo, umas
mais aconselháveis do que as
outras. Mas importa partir do
princípio de que as evidências
são muitas e que, no domínio
ros,
já não é possível melhorar,
deixando tudo na mesma.
colocado aos governantes e aos
responsáveis da nossa Liga é
uma vez por todas, que Bombeiros
o pais precisa, retirando
quências,
nomeadamente
quanto aos recursos orçamentais
afectos à opção que vier a
ser tomada.
Naturalmente que as entidades
detentoras dos corpos de
bombeiros (Câmaras Municipais
e Associações Humanitárias de
Bombeiros) terão sempre uma
palavra a dizer nas opções a tomar.
Esta é uma conquista de
que jamais deverão abdicar.
Mas cabe ao Governo a última
palavra, no quadro das suas
competências constitucionais,
nomeadamente em matéria de
política de Protecção Civil.
O que não parece mais admissível
é que, a pretexto seja
do que for, se adiem decisões
inadiáveis.
Artigo escrito de acordo
TAIPAS
Faleceu antigo
comandante
antigo comandante dos
O Bombeiros Voluntários
das Taipas, Francisco Manuel
Peixoto Pereira, faleceu recentemente
vítima de doença
súbita.
Francisco Pereira, subchefe
e antigo comandante do corpo
de bombeiros entre 2001 e 2006, encontrava-se
a trabalhar numa unidade fabril de Pevidém quando
foi vítima de paragem cardiorrespiratória. Apesar
do esforço dos Bombeiros de Riba D´Ave e da
tripulação da viatura médica de emergência
(VMER/INEM) acabaria por falecer.
Francisco Pereira ingressou nos Voluntários das
Taipas como aspirante em 1986. Ainda nesse ano
foi promovido a bombeiro de 3ª, em 89 a 2ª e em
90 a 1ª. Na progressão na carreira, foi promovido
a subchefe em 1998. Era detentor de um conjunto
apreciável de ações de formação e inclusive dispu-
mador.

MAIO 2012
E
Tempo de reagrupar forças
m linguagem bélica, há o tempo de preparar
o ataque, atacar e, por vezes, em plena
refrega, reagrupar as forças em presença
para realinhar o ataque, limpar armas ou mudar
a estratégia da ofensiva.
Os tempos que correm permitem-nos adotar
esta imagem, porventura eivada de belicosida-
complexidade e a gravidade dos problemas com
que os bombeiros se debatem e, por essa via, a
própria sociedade portuguesa.
O que está em causa é um modelo de organização
e de funcionamento próximo, feito perigar
por decisões já tomadas ou anunciadas para
breve.
De um modo geral, todos os serviços prestados
pelos bombeiros, sublinhe-se, há muito que
estão aquém do seu custo real, seja no trans-
porte de doentes, no socorro pré-hospitalar, no
salvamento e desencarceramento, no combate
diversos, na lavagem de estradas, entre muitos
outros. Em tudo o que fazemos, e fazemos
bem, temos outro valor acrescentado, ou seja,
fazemos tudo barato.
Ao longo do tempo, por razões diversas e perante
circunstâncias ditadas pelo momento, fomos
sempre claramente benevolentes perante
a sociedade e o Estado e, desse modo, fomos
vítimas dessa postura.
O debate que hoje se impõe na sociedade
portuguesa, em que cabe ao Estado um papel
que o próprio Estado e os portugueses pretendem
dos seus bombeiros voluntários. Não podemos
continuar a viver, com pretensas pro-
messas sol na eira e chuva no nabal e uma mão
até porque a crise atual também o exige, este
debate tem que ser feito e ser conclusivo. Já
passou o tempo tão português de empurrar os
problemas com a barriga acreditando que o
tempo, as circunstâncias e a própria sorte poderão
ditar soluções sem esforço de maior. A
questão é que, o Estado, de tanto empurrar os
problemas com a barriga, neste momento já a
tem encostada à parede sem margem de manobra
nem espaço para fuga. Hoje, a questão é
ser ou não ser, responder ou não responder, resolver
ou não resolver.
Até agora, posicionamo-nos sempre no sentido
de salvaguardar os nossos próprios problemas
e ajudar o Estado e a sociedade a contribuir
também para isso. Mas, hoje, por respon-
sabilidade alheia, a nossa margem de manobra
está mais reduzida ou até esgotada, como nunca
aconteceu na história dos bombeiros portugueses.
Por esse facto, assiste-nos o direito de
explicar o sucedido aos portugueses, sensibilizando-os
e responsabilizando-os na sua quota
parte para o assunto e, com voz clara e determinada
exigir ao Estado e aos nossos governantes
uma postura igualmente clara e determinada
sobre o assunto.
Mas, para que a nossa voz seja clara e determinada
importa que nos reorganizemos, nos reagrupemos
para, em uníssono, sem tração nem
confrontação “militar”, não abdiquemos do direito
e da obrigação de deixar claro que não
admitiremos qualquer manobra de diversão ou
traição na abordagem e no tratamento dos problemas.
3
Foto: BVFafe

4 MAIO 2012
Os acidentes rodoviários são uma das principais
causas de morte de bombeiros em serviço. Nos
últimos 11 anos, das 67 vítimas mortais
contabilizadas, 26 faleceram na sequência de
acidentes de viação, com viaturas de serviço. Este
ano, e pela primeira vez, a Diretiva Operacional
Nacional (DON 2) dá enfase ao tema da segurança
na condução de veículos. Em plena época crítica de
acidentes ocorridos no verão passado. Um morto e
três feridos marcaram pela negativa a história dos
números e os testemunhos dão que pensar.
Texto: Patrícia Cerdeira
ANO DATA DISTRITO CB OCORRÊNCIA
11-Jun Bragança Bombeiros Voluntários do Vimioso 1 Transporte de doentes
1
16-Jun Santarém Bombeiros Voluntários de Mação
1
Incêndio florestal
24-Jun Braga BV Celorico de Basto 1 Incêndio florestal
13-Jul Lisboa Bombeiros Voluntários de Colares
1
1
Incêndio florestal
30-Ago Setúbal BV Santo André 1 Lavagem de estrada
Total de falecidos 7
28-Jun Lisboa BV Agualva-Cacém 1 Incêndio em viatura
Total de falecidos 1
23-Ago Viseu BV Oliveira de Frades 1 Incêndio florestal
12-Set Porto Sapadores Gaia 1 Incêndio industrial
Total de falecidos 2
02-Ago Guarda BV Figueira de. Castelo Rodrigo 1 Incêndio florestal
13-Ago Portalegre BV Castelo Vide 1 Incêndio florestal
19-Ago Porto BV Valongo 1 Salvamento de 2 vítimas
22-Set Aveiro BV Albergaria-a-Velha 1 Despiste da ABTM contra pesado
Total de falecidos 4
27-Ago Lisboa BV Dafundo 1 Missão internacional
15-Dez Viseu BV Vila Nova de Paiva 1 Colisão com viatura ligeira
Total de falecidos 2
13-Jan Faro Municipais Faro 1 Treino (recuperador salvador)
23-Fev Coimbra Bombeiros Voluntários de Soure 1
1
Transporte de doentes.
1
28-Fev Coimbra
CBS Coimbra
1
1
Incêndio florestal
01-Mar Braga BV Guimarães 1 Incêndio urbano
15-Abr Porto BSB Porto 1 Serviço interno
07-Jul Porto BV Paço de Sousa 1 Incêndio florestal
12-Jul Coimbra BV Pampilhosa da Serra 1 Incêndio florestal
12-Ago Aveiro BV Oliveira Azeméis 1 Incêndio florestal
13-Ago Vila Real BV Santa Marta Penaguião 1 Incêndio florestal
15-Ago Bragança BV Mogadouro 1 Incêndio florestal
19-Ago Aveiro
BV Oliveira Azeméis
1
1
Incêndio florestal
04-Nov Coimbra Municiais Lousã 1 Incêndio florestal
Total de falecidos 16
01-Jan Setúbal BV Setúbal 1 Prevenção
15-Abr Lisboa BV Agualva-Cacém 1 Serviço interno
10-Jul Guarda BV Gonçalo 1 Incêndio florestal
12-Jul Aveiro BV Arrifana 1 Incêndio florestal
13-Ago Porto Bombeiros Voluntários do Porto 1 Incêndio florestal
29-Set Bragança BV Bragança 1 Acidente rodoviário
27-Nov Braga Bombeiros Voluntários do Braga 1 Acidente rodoviário
Total de falecidos 7
30-Jan Lisboa BV Camarate 1 Incêndio urbano
30-Abr Évora BV Mourão
1
1
Acidente rodoviário
06-Jun Viseu Bombeiros Voluntários do Cinfães 1 Acidente náutico
08-Ago Lisboa BV Azambuja 1 Acidente rodoviário
09-Ago Santarém Bombeiros Voluntários de Ourém 1 Incêndio industrial
09-Set Braga BV Guimarães 1 Incêndio industrial
18-Dez Santarém Municipais de Abrantes 1 Acidente rodoviário
Total de falecidos 8
27-Mar Portalegre BV Ponte de Sôr 1 Transporte de doentes
23-Jul Setúbal Bombeiros Voluntários de Sesimbra 1 Serviço interno
08-Set Leiria Bombeiros Voluntários de Benedita 1 Acidente rodoviário
Total de falecidos 3
14-Jun Porto BV Amarante 1
1
Acidente rodoviário
27-Set Braga
BV Esposende
1
1
Acidente rodoviário
Total de falecidos 4
Jan Vila Real Bombeiros Voluntários do Cerva 1 Socorro a vítima
20-Fev Madeira Municipais Funchal 1 Inundação/Enxurrada
Jul Aveiro Bombeiros Voluntários do Arrifana 1 Formação
01-Ago Lisboa BV Cabo Ruivo 1 Acidente rodoviário
10-Ago Leiria BV Alcobaça 1 Acidente rodoviário
2000
2001
2003 2002
2004
2011 2010 2009
2008 2007
2006
2005
BOMBEIROS FALECIDOS EM SERVIÇO (2000 a 2011)
03-Ago Aveiro BV Lourosa 1 Incêndio florestal
Nov Porto Batalhão Porto 1 Incêndio urbano
Total de falecidos 7
22-Fev Aveiro BV Lourosa 1 Incêndio florestal
26-Mai Setúbal BV Pinhal Novo 1 Acidente rodoviário
08-Jul Santarém Bombeiros Voluntários de Minde 1 Incêndio florestal
11-Jul Setúbal BV Grandola 1 Acidente rodoviário
29-Jul Aveiro BV Pampilhosa do Botão 1 Acidente rodoviário
14-Ago Aveiro BV Mealhada 1 Doença súbita
Total de falecidos 6
Total de bombeiros falecidos em serviço (2001 e 2011) 67
Q
uem anda no mundo dos
bombeiros conhece bem
o lema: ‘Para salvar é
preciso chegar’. A segurança de
quem se propõem salvar o próximo
é regra de ouro para quem
pretende chegar depressa para
socorrer. Infelizmente a regra já
foi quebrada vezes demais e os
números falam por si (ver quadro).
Na última década, o ano
de 2005 foi o mais mortífero na
história recente dos bombeiros
portugueses, com 16 vítima
mortais em teatros de operações
ou a caminhos destes. O
ano passado, morreram em
serviço seis bombeiros. O mais
novo tinha 22 anos, o mais velho
56, e há um dado comum
nestes dois casos. Ambos faleceram
na sequência de um despiste
a caminho de um serviço.
Ao longo dos anos, os acidentes
que envolvem bombeiros
chocam o país mas, mais grave,
destroem famílias e deixam as
associações a que pertencem
em estado de choque. A dor e o
trauma é a atenuada com o
tempo, mas a lembrança, essa
do coletivo.
O dia 29 de julho de 2011
nunca será esquecido nos Bombeiros
Voluntários da Pampilhosa
do Botão, no distrito de Aveiro.
Por volta das 10 da manhã,
a sirene ecoou na associação.
Era preciso reforçar o dispositivo
que combatia um incêndio
em Barcouço. A viatura lá saiu
com uma guarnição de quatro
elementos que, pouco tempo
depois, e na sequência de um
despiste acabavam vítimas de
um acidente de viação. “O cenário
era diferente. Desta vez o
carro acidentado era nosso, e
as vitimas éramos todos nós,
não só aqueles que tiveram sequelas
físicas e até a perda de
vida. Sequelas psicológicas que
sobre o porquê da missão que
cumprimos diariamente”, lembra
Ana Paula Ramos a comandante
dos voluntários da Pampilhosa.
E neste caso, como em
todos os que ganham estes
contornos, as vítimas passaram
de quatro, a um número bem
superior. Para além da morte do
jovem bombeiro de 28 anos,
Sérgio Ferreira, e dos três feridos,
todos jovens, o acidente
acabou por afetar para sempre
todos os bombeiros da casa,
para além dos familiares e amigos
mais próximos.
Um ano depois, a responsável
operacional garante que
cada um enfrentou a dor à sua
maneira e as reações são “muito
distintas”. À data do sucedido,
algumas “exteriorizaram as
emoções” e os “pensamentos”,
o que talvez tenha ajudado no
luto da catástrofe e da perda de
um colega. Outras “interiorizaram”
todo o turbilhão de senti-
mentos, ou porque a personalidade
as leva a terem esta atitude,
ou porque o lugar hierárquico
que ocupam dentro da
organização as levou a uma
postura de contenção perante
toda a situação. “Passado quase
um ano, a análise é a de que
quem “recalcou” e não “exteriorizou”
os sentimentos, está
numa situação permanente de
dor e recordação negativa de
perda. Essas pessoas, garante
a comandante, merecem “especial
atenção”. “São pessoas ativas
que amam a farda, que vivem
em situação de trauma,
mais atentos ao perigos e nunca
deixam de vir a um toque de
ENTRE 2000 E 2011 MORRERAM
Para salvar
sirene, ou entrar numa viatura
de fogo”. “A ajuda terapêutica
para superarem este trauma é
viverem o voluntariado”, mais
que nunca”, explica Ana Paula
Ramos para quem se avizinha
um verão quente, e propicio a
da,
com muito trabalho, com
consequências diretas na lembrança
dos homens e mulheres
que comanda: “Julgo que não
irá ser fácil, nomeadamente, a
utilização da viatura que veio
substituir a acidentada, por representar
uma perda e não um
ganho. Não será fácil quando a
não será fácil quando as cha-
madas forem para incêndio em
Barcouço, não será fácil passar
no local do acidente. Todas as
feridas passam com o tempo,
Segundo contou ao BP a responsável
operacional, no dia do
acidente toda a tripulação estava
munida do equipamento de
proteção individual, incluindo
capacete. O comando, garante
Ana Paula Ramos, sempre alertou
os seus elementos para o
facto de o “boné” não constituir
qualquer tipo de proteção. “Nenhum
dos nossos bombeiros
acidentados sofreu traumatismos
cranioencefálicos, mas os
cas
do acidente. Quando olhei
para o material que foi recolhido
do local do acidente para o
meu gabinete, lembro-me ter
pensado: se não levassem capacete
não estaria cá nenhum
para contar a história”, recorda
emocionada.
As questões da segurança individual
são levadas “muito a
sério” nos voluntários da Pampilhosa.
Segundo Ana Paula Ramos,
a segurança deverá ser um
conceito que todo o bombeiro
deverá ter em conta nas suas
missões. “O espírito de segurança
sempre esteve presente entre
nós, nomeadamente, em
matéria de acidentes rodoviários.
O quadro de comando tem
uma enorme preocupação em
promover ações de sensibilização
e informação neste campo,
e não hesitamos em repreender
os nossos bombeiros quando
existem falhas indesculpáveis.
Da parte do quadro ativo, sente-
-se que os elementos que conduzem
estão mais sensibilizados
relativamente a esta matéria.”,
conta a comandante para quem

MAIO 2012
67 BOMBEIROS EM SERVIÇO
é preciso chegar
os bombeiros “não são super-
-heróis”. A morte de um dos elementos
da associação, e todo o
impacto que a situação teve e
ainda têm, leva Ana Paulo Ramos
a deixar o alerta:
“Deixem de cultivar a imagem
de que os bombeiros são
sionais
no que fazemos. Pela
má experiencia que tive, relembro
que o equipamento de proteção
individual salvou a vida
aos meus três bombeiros. No
caso do Sérgio, a ausência de
cinto de segurança pode ter feito
a diferença. Aos meus colegas
comandantes, apelo para
que apostem na segurança
quando mandam carroçar um
ções
aos pneumáticos regularmente”,
conclui.
Todos os dias me lembro
desta tragédia
Telma Faria, era a condutora
do veículo acidentado no fatídico
dia 29 de julho. Em declarações
ao ‘BP’, a jovem bombeira
garante que as marcas mais dolorosas,
não são as físicas mas
sim as psicológicas, e essas vão
“As marcas físicas passam,
com mais uma cicatriz, mais
o problema é que não há medicamentos
ou tratamentos capazes
de fazer apagar aquele momento
trágico”, realça. Telma
Faria sublinha que ia “devagar”
e que não teve culpa direta no
acidente. Mesmo assim, os
pensamentos, as lembranças,
os porquês, ainda hoje “permanecem”.
Garante que não há
um só dia em que a tragédia
não lhe assalta o pensamento e
quase um ano volvido diz que
ainda não “consegue entrar”
num veículo ligeiro de combate
a incêndios, questionando mes-
mo se algum dia conseguirá faze-lo.
Atualmente já conduz
ambulâncias e assume-o com
tendo sido “um grande passo”.
Telma Faria lembra a “adrenalina
de chegar” e de deixar tudo
para trás ao toque da sirene.
Sente-se traída pelo destino,
porque os bombeiros são feitos
e preparados “para ajudar a
Aos colegas agradece tudo,
lembrando que se conseguiu
“continuar a viver a vida”, a eles
o deve. A eles, aos amigos e familiares
que a apoiaram quando
“mais precisou”. “Muito importante,
para mim, foi sentir também
o apoio dos familiares do
Sérgio que nunca me culparam
e que sempre me pediram para
continuar nos bombeiros, a fazer
aquilo que o Sérgio mais
gostava”, conta. A todos os
bombeiros Telma Faria pede
para que tenham em atenção
às “condições” das viaturas que
conduzem e a ”velocidade”, esperando
sinceramente que
“nunca ninguém passe por uma
situação destas”.
Comando foi decisivo
A partir do dia do acidente,
as palavras segurança e cuidado
“ganharam outro peso” e
começaram a ouvir-se “ainda
mais” na boca da comandante
dos voluntários da Pampilhosa,
conta a bombeira Marta Filipe
que dá ênfase à atitude do comando
que, garante, “sempre
fez do tema da segurança” um
dos assuntos mais presentes
no dia-a-dia do corpo de bombeiros.
“A partir dai, sempre
que ela sai para um teatro de
operações, e chegue primeiro
que a viatura de combate, nota-se
logo a preocupação dela
com a demora dessa viatura”,
conta. Apesar de já ter passado
quase um ano, o acidente
ara além das questões relacionadas com a segurança individu-
Pal na frente de fogo, a DON 2 destaca este ano, e pela primeira
vez, as regras de segurança a levar em conta em matéria de
condução de veículos.
Segundo o documento, “o sucesso de uma missão de socorro
depende de vários fatores associados à segurança das equipas.
portanto é importante chegar rápido mas sempre nas melhores
condições de segurança. Para tanto, é imprescindível a implementação
de um conjunto de regras de segurança associadas à
condução defensiva”:
– Prestar a máxima atenção
Tenha o máximo de atenção na condução e seja consciente.
– Não conduza debilitado
Se não se encontrar nas melhores condições para conduzir,
não o faça.
Utilize o cinto de segurança
ção
e proteção de um acidente automóvel.
ainda está muito presente nas
nossas memórias, garante a
bombeira Marta que conta as
horas que se sucederam ao dia
do trágico acidente:
“No dia do acidente, após
saber da notícia, vim logo para
o quartel para ajudar e apoiar
a operadora de central. Não
foi fácil o que vi quando cheguei.
A colega estava sozinha
e os telefones não paravam de
tocar. Estar sozinha e receber
uma chamada a informar que
uma viatura com colegas tinha
tido um acidente (quando minutos
antes estes tinham saído
dali todos bem) não é fácil
de assimilar. Vê-los a partir
la
todos os anos e que, por vezes,
resulta na morte de outros
camaradas de luta. Luta
essa que por vezes se transforma
em luto, e põe-nos a
pensar porquê? O que faço
aqui? Para quê lutar por uma
coisa que não é nossa e depois
acontecer estas tragédias?”.
Outro momento marcante,
conta Marta Filipe, foi o dia da
chegada ao quartel da do novo
VLCI que veio substituir o perdido
no acidente. “Foi algo que
mexeu muito connosco, algo
que reabriu a ferida e que
trouxe de volta a dor da perda.
Alguns passaram a associa-lo
ao que matou o nosso
Serginho e que magoou física
e psicologicamente os outros
colegas que iam com ele”.
Em jeito de alerta, Marta Filipe
pede aos colegas bombeiros
de todo o país que “não
facilitem.” “O ‘bichinho’ é
maior mas, a nossa vida, e os
nossos familiares são mais importantes”,
acrescenta.
Carina Seabra
homenageou o colega
com um texto
ces,
sem saber qual a missão,
vestes a farda, e embalado com
toda a emoção de adrenalina
que nos move, segues caminho,
mesmo sem saber que o desti-
voltas, penso que é por causa
dessas voltas, que a vontade
que te moveu até aqui, se
transforma em medo, transfor-
depende de um instante para
-
Regras de segurança na condução de veículos
– Conduza com precisão
Ao conduzir com precisão faça-o como recomendam os manuais
escolares e as suas falhas serão nulas.
– Mantenha uma visão ampla sobre a estrada
para os perigos que possam surgir.
– Conduza de uma forma previsível
– Sinalize sempre as suas intenções
Sempre que mude de direção ou execute alguma manobra,
sinalize-a.
– Evite as distrações
Esteja concentrado na condução.
– Mantenha a pressão dos pneus do seu veículo
O bom estado do veículo garante uma melhor condução. Tenha
atenção à componente mecânica do carro.
5
no
não era completar a missão
ao qual vieste quando a sirene
te chamou. O destino trocou-te
instante, foi para nós uma
quantidade imensa de instantes,
na busca incessante e desmedida
de uma esperança e de
um qualquer acreditar que não
-
não apareceste, porque ela
cemos
todos, estamos aqui,
mesmo com este turbilhão de
emoções que nos desfaz a mente,
a missão hoje é nossa, uma
homenagem, a quem voluntariamente
vestiu a farda para
salvar, e não foi salvo, e nem
– Reconheça as suas limitações físicas
pontos fracos.
– Tenha um bom período de descanso
O descanso é um dos maiores segredos para a boa condução.
– Faça mudanças de direção seguras
Quando mudar de direção olhe uma, duas ou três vezes para
– Não circule com objetos soltos ou desprendidos
Num acidente tudo o que não está preso, pode virar-se como
uma arma contra os seus ocupantes.
– Segurança na cabine
Regule e ajuste todos os dispositivos do veículo (bancos, espelhos,
volante, etc)
– Conduza com velocidade moderada
Em conformidade com as condições que afetam a condução
(veículo, estradas, meteorologia, etc.) Implemente a velocidade
adequada a cada situação

6 MAIO 2012
JAIME SOARES EM ENTREVISTA
“Não deixarei de ser polémico
quando a situação o impuser”
ou polémico e irreverente na minha forma de estar e de ser,
“Smas ela adapta-se sempre à realidade de cada momento e
não deixarei de ser mais irreverente ou mais polémico quando a
situação o impuser”, reconhece o presidente da Liga dos Bombeiros
Portugueses (LBP) em entrevista á revista “Gastronomias”.
“Não vou para uma guerra constante seja com quem for, mas
não deixarei de assumir essa posição efetivamente, como soldado
da paz que sou, fazer a guerra tanto quanto seja necessário para
manter a paz nos bombeiros portugueses, que é a mesma coisa
que dizer, colocar no máximo das suas potencialidades os bombeiros
portugueses ao serviço desta causa tão nobre”, precisa o comandante
Jaime Marta Soares na mesma entrevista.
dirigente sublinha que “terão sempre como base as melhores condições
de funcionamento das associações e corpos de bombeiros,
como principal agente de proteção civil em Portugal”.
“Manter um serviço de qualidade às pessoas” será o objetivo
fundamental dos bombeiros, segundo o comandante Marta Soares,
a salvaguardar através do diálogo com o Governo e com as Autarquias.
“Nos bombeiros é necessário abdicar de qualquer sentimento
partidário, seja qual for a sua ideologia política”, adianta o presidente
da LBP, sublinhando que “ sinto muito orgulho dos meus
antepassados, respeito-os e curvo-me respeitosamente pelo traba-
quando tenho convicções sobre o que importa defender para os
bombeiros portugueses”. E, segundo o comandante Marta Soares,
outra entidade pública ou privada, não tenho receio de o fazer”.
A propósito da sustentabilidade das associações de bombeiros,
como uma das principais preocupações da LBP, o seu presidente
evidencia que “as populações já não têm para ajudar como no passado,
os associados são cada vez menos, os mecenas já não existem,
os apoios dos poderes instituídos são cada vez mais diminutos,
o que evidencia um cenário muito instável para o futuro, com
mais fragilizadas”.
TIMOR
Diretor nacional
visitou a LBP
Diretor Nacional de Proteção Civil e Bombeiros de Timor,
O Domingos Pinto, visitou a Liga dos Bombeiros Portugueses
(LBP), onde foi recebido pelo presidente do conselho
executivo, comandante Jaime Marta Soares, e pelo vice-presidente
Rui Santos Silva.
Domingos Pinto encontrava-se acompanhado do seu assessor,
chefe Miguel Braga, e de Ana Martins, em representação
da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC). A
visita a Portugal prendeu-se com o desenvolvimento de relações
no âmbito da cooperação nas áreas de formação em
A ção
de áreas de atuação es-
bombeiros voluntários que atuam
em concelhos onde existem
possibilidade aos voluntários
de, consoante as circunstâncias
poderem também dirigir as
operações de socorro nestes
territórios. Estas foram duas
das conclusões do I Encontro de
Bombeiros Voluntários onde
realizou, no passado mês de
abril, na Casa da Baía, em Setúbal.
Os comandantes e dirigentes
presentes nesta ação promovida
pela Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários de
Setúbal, salientam, nas conclusões
que os seus corpos de
bombeiros atuam numa “realidade
distinta da que existe nos
restantes municípios portugueses,
nos quais os bombeiros voluntários
são a primeira e única
força de socorro, serviço que,
I ENCONTRO DE BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS ONDE EXISTEM PROFISSIONAIS
sustentabilidade das associações e cor-
A pos de bombeiros foi um dos temas
abordados no “Fórum Bombeiros do Algarve,
que futuro”, realizado no salão nobre da
Câmara Municipal de Faro e organizado
pela Federação de Bombeiros do Algarve.
A par da sustentabilidade, abordada em
termos globais, o fórum debateu ainda essa
temática e outras face às particularidades
regionais, analisou o futuro do voluntariado
e ainda a componente turismo e segurança.
O encontro contou com a participação do
presidente da Câmara de Faro, Macário
Correia, do vice-presidente da Liga dos
Bombeiros Portugueses, Rodeia Machado,
do presidente da Federação de Bombeiros
do Algarve, Teodósio Carrilho, do presiden-
ÓBIDOS
CB em seminário
convento de São Miguel das Gaeiras acolheu, no passado mês
O abril, um seminário “Segurança e Saúde no Trabalho em Serviço
de Águas e Águas Residuais”, iniciativa da “Águas do Oeste”, que
com a participação de diversas entidades, entre os quais, o comandante
do Corpo de Bombeiros de Óbidos, Sérgio Gomes.
Esta iniciativa inserida nas comemorações do Dia Nacional da
Prevenção e Segurança no Trabalho, permitiu realçar a estreita re-
periodicamente ações de formação e realizam exercícios e simulacros
nas instalações da “Águas do Oeste”.
Fotos: BVSetúbal
reconhecidamente, prestam
Nos municípios onde existem
luntários
regista-se uma situação
operacional que, “objectivamente”,
de acordo com o documento
de conclusões, “se traduz
numa subalternização dos
bombeiros voluntários que é,
absolutamente, desnecessária”.
Tal realidade, acrescentam os
bombeiros, tem a sua “principal
origem no actual quadro legal,
que confere o comando das
operações, sempre e em qualquer
circunstância, aos bombei-
-
sional
ou do voluntário que já
está no terreno”.
FARO
Os bombeiros voluntários
destes concelhos consideram
que esta imposição legal “cria,
no país, duas realidades distintas,
nas quais se reconhece a
uns capacidade e qualidade
para dirigir operações de socorro
e a outros se nega essas
mesmas qualidades. Trata-se
de uma dualidade incompreensível,
em especial porque a
formação ministrada a uns e a
outros é exactamente a mesma”.
Outra das conclusões da reunião
foi a de sugerir à Liga dos
Bombeiros Portugueses a criação
de um grupo de missão,
para tratar destas questões,
“que se possa constituir, no futuro,
como interlocutor destes
Futuro em debate
te do Turismo do Algarve, António Pina, e
ainda da docente universitária Maria de Belém
Martins.
los
bombeiros, segundo concluiu o encontro,
“ irão levar à redução drástica e a limites
inimagináveis das capacidades de resposta
operacional das associações e corpos
de bombeiros, causando um vazio na prestação
do socorro”. Nesse sentido, segundo
os participantes, assume maior preocupação
a multiplicidade de respostas a que os
bombeiros algarvios vão continuar a ser
chamados, seja no combate aos incêndios
meira
e segundas habitações, ao estabelecimentos
hoteleiros e de restauração, para
fazer face ao aumento exponencial de população,
em resposta aos riscos decorrentes
das praias, lagoas e barragens.
COIMBRA
corpos de bombeiros para estas
matérias junto do poder legislativo”.
O Governo, acrescentam os
bombeiros voluntários presentes,
deverá também “cumprir o
que está estabelecido na lei em
matéria de incentivos a conceder
nas situações onde já ocorreu
ou venha a ocorrer a constituição
de agrupamentos de corpos
de bombeiros”.
As conclusões deste fórum
vão agora ser entregues por
uma comissão nomeada no encontro,
em conjunto com o
Conselho Executivo da Liga, ao
Governo, através do Secretário
de Estado da Administração Interna.
Fazem parte desta comissão
as associações humanitárias
de bombeiros de Setúbal,
Santarém, Figueira da Foz,
Faro, Maceira, Carvalhos e Lisbonenses.
O próximo encontro deverá
realizar-se em Santarém, por
sugestão dos bombeiros voluntários
desta cidade.
Bombeiros presentes
em exposição de segurança
s Bombeiros Sapadores de Coimbra e os Voluntários de Brasfe-
Omes, Condeixa-a-Nova e Penacova marcaram presença na exposição
comemorativa do Dia Nacional da Prevenção e Segurança
no Trabalho que esteve patente, de 28 de abril a 5 de maio, no átrio
dos Hospitais da Universidade de Coimbra.
Neste certame os operacionais mostraram equipamentos e suportes
explicativos das ações de prevenção aos acidentes e no socorro
prestado em diferentes teatros de operações.
Esta ação de sensibilização para as normas de segurança na ha-
nários
do hospital, serviu também para os corpos de bombeiros
divulgarem suas atividades operacionais e associativas.
Sérgio Santos

MAIO 2012
C nanceira
de muitas associações
e corpos de bombeiros, na
sequência da redução “drástica”
do número de transporte de doentes
não urgentes realizados
pelos bombeiros, o setor coloca
a hipótese de abandonar de
uma vez por todas este tipo de
missão que, segundo Jaime
Marta Soares, presidente da
Liga dos Bombeiros Portugueses
(LBP), está a levar à “degradação”
e à “falência” das associações.
Segundo o dirigente, no
encontro de Fátima, “foi levantado
por alguns presidentes de
federação a necessidade de
abandonar por completo o
transporte de doentes não urgentes”,
uma vez que os concursos
públicos para a realização
deste serviço, previstos no
novo regime, e as condições do
novo regime constituem um
“rude golpe” na sustentabilidade
dos bombeiros. Ainda segundo
o presidente da LBP, os bombeiros
vão procurar “formas
quem
ao abandono”, mas o “colapso
é iminente” e toda a estrutura
poderá começar a “desmoronar”,
porque os bombeiros
não fazem só transportes.
BOMBEIROS ADMITEM ABANDONAR TRANSPORTE NÃO URGENTE
Empresa privada pode ser a solução
A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) admitiu que muitas das
corporações podem vir a abandonar o transporte não urgente de
doentes, e responsabilizou o Ministério da Saúde pelo “iminente
colapso” das associações de bombeiros.
O alerta foi deixado em Fátima, no passado dia 19 de maio, no
que teve como único ponto de agenda o novo regime de transporte
não urgente de doentes, publicado este mês.
Texto: Patrícia Cerdeira
O transporte não urgente de
doentes permitia que os bombeiros
tivessem “um fundo de
maneio, que “compensava alguns
equilíbrios”, e muito do
pessoal ligado ao setor da saúde
também atua noutras áreas,
nomeadamente no combate
brou
o presidente da Confederação.
“Isto é uma bola de neve
que, de um momento para outro,
pode fazer desmoronar
muitas das associações e corpos
de bombeiros”, sustentou
Jaime Soares. “Estamos muito
preocupados. Foi isso que manifestámos”.
Na reunião de Fátima, as federações
de bombeiros deram
“luz verde” à Liga para que esta
possa elaborar um “modelo de
empresa” que, em representação
dos bombeiros, se apresente
aos futuros concursos para
este tipo de missão.
LBP: “Portaria não serve
nem bombeiros nem
populações”
O encontro realizado em Fátima
aconteceu na mesma semana
em que foi publicada em Di-
ário da República a nova portaria
que regula o transporte não
urgente. O documento que entra
em vigor no próximo dia 1
lo
de transporte simples de doentes
(VTSD), destinado a doentes
não urgentes, cuja situação
clínica não faz prever a necessidade
de cuidados de saúde
durante o transporte, decisão
contestada desde o início pela
LBP. Segundo o diploma, o
transporte não urgente de doentes
vai passar a ser realizado
em VTSD e ambulâncias, mas o
recurso a este tipo de serviço
dico
assistente. O presidente da
LBP, Jaime Marta Soares, lamentou
a publicação da portaria,
considerando que é um
“rude golpe” para bombeiros e
utentes. “Isso não é transporte
de doentes, é meter os cidadãos
de qualquer maneira em
carros que se podem comprar
em qualquer concessionário. E
à chegada ao hospital, são levados
às cavalitas ou metidos
numa empilhadora? Não há
comparação possível com o serviço
de alta qualidade e especializado
prestado pelos bombeiros”,
argumentou. Jaime
Marta Soares considerou que,
com esta medida, o Governo
“economiza uns euros” mas sa-
que, nos últimos anos, manteve
com os bombeiros portugueses,
que foram investindo em equipamentos
e formação de recursos
humanos.
O Governo considera que,
INEM: ACORDO DE 2007 EM REVISÃO
LBP não aceita tarifário proposto
INEM paga apenas “30 a 40 por cento
O dos custos” que os bombeiros têm
com a emergência, denuncia a Liga dos
Bombeiros Portugueses, numa altura em
que está a ser renegociado o acordo de
entre o Instituto Nacional de Emergência
Médica (INEM) e os bombeiros, em matéria
de pré-hospitalar. Na opinião da Liga,
a contra proposta apresentada pelo INEM
“não é aceitável”. Segundo dados da Confederação,
a estrutura dos meios humanos
e materiais dos bombeiros efetua
77,9 por cento dos serviços de transporte
em ambulâncias e este serviço custa (incluindo
os valores de consumíveis gastos)
a verba de 17.009.023 euros, o que
INEM”.
Para além da atualização dos montantes
a pagar pelos serviços prestados pelos
bombeiros, a Liga quer ainda rever o
papel do INEM na formação dos bombei-
ros, a necessidade de cobertura das denominadas
‘zonas brancas’, ou seja os 72
concelhos que não têm postos PEM, no
fundo “pegar no acordo de 2007 e refundá-lo”,
referiu ao BP José Ferreira o dirigente
da LBP que tem vindo a negociar
com o Governo as diferentes matérias tuteladas
pela Saúde.
Enquanto decorrem as negociações, há
já várias associações e corpos de bombeiros
a admitir a devolução das ambulâncias
de emergência ao Instituto Nacional
de Emergência Médica (INEM) caso
não sejam atualizados os valores pagos
por cada socorro prestado. Uma proposta
nesse sentido foi já feita pelos bombeiros
do Algarve, mas a intenção poderá vir a
estender-se a outras zonas do País. Isso
mesmo foi admitido pelo vice-presidente
da Liga dos Bombeiros Portugueses, Rodeia
Machado. “Trata-se de uma proposta
da Federação dos Bombeiros do Algarve,
sobre a qual a Liga já se debruçou, mas
ainda não tomou qualquer decisão”, salientou
Rodeia Machado. O responsável
considerou, contudo, ser a situação “muito
preocupante”. Caso os montantes não
sejam revistos, não é de excluir que a posição
algarvia possa vira a ter eco mais a
norte. “Trata-se de um problema que
ameaça tornar-se insustentável a nível
nacional”, admitiu o vice-presidente da
Liga, que esclareceu serem 229 as ambulâncias
entregues pelo INEM aos corpos
de bombeiros nacionais. “Essas ambulâncias
custam ao INEM oito milhões de eu-
associações de bombeiros conseguirem
pagar às equipas, que trabalham 24 sobre
24 horas”, disse. Rodeia Machado revelou
ainda que, no Algarve, “devido à
situação económica, muito complicada,
terá de haver despedimento de pessoal
em várias associações”.
PC
face às características apontadas,
o VSTD tem associado “um
custo mais reduzido para o SNS
e também para os doentes que
com encargos, total ou parcialmente,
cobertos pelo SNS”.
Para Jaime Marta Soares “o que
vier a acontecer será responsabilidade
do Ministério da Saúde”,
defendendo que “os doentes
merecem outro tratamento”.
Despedimentos
continuam
O presidente da Federação
dos Bombeiros do Distrito de
Lisboa veio mais uma vez a
público alertar para o facto de
várias associações de bombeiros
estarem já a despedir funcionários
porque não conseguem
manter o serviço de
transporte de doentes. As várias
associações de bombeiros
do distrito de Lisboa estiveram
maio, em Vila Franca de Xira,
ceira
das várias corporações
Segundo o presidente, António
Carvalho, no primeiro trimestre
deste ano as associações
tiveram uma quebra de 40 por
cento de receitas face a 2011.
O responsável avançou que
essa quebra se deve à diminuição
do número de serviços de
transporte de doentes não urgentes
“que já não é sustentá-
7
que desde o início do ano o Ministério
da Saúde deliberou
uma redução dos valores pagos
às associações por este
serviço. “Várias associações
estão a começar a encostar os
carros e a despedir ou a reconduzir
funcionários para outro
tipo de atividades como o socorro.
Não há dinheiro para
sustentar este serviço. Tem
um custo muito acrescido em
relação às receitas”, disse. António
Carvalho adiantou que os
despedimentos ocorreram nos
concelhos de Cascais, Sintra,
Azambuja e Vila Franca de
Xira. “Trata-se de despedimentos
ou da não renovação de
contratos. As associações estão
a cortar no que menos está
a mexer com o socorro mas, a
curto prazo, isso vai ter impac-
António Carvalho lembrou
que as associações de bombeiros
do distrito de Lisboa rejeitam
o acordo assinado entre a
LBP e a tutela da Saúde e que
vão aguardar uma nova solução
para o serviço de transportes de
doentes que, se não for encontrada,
poderá levar as associa-
mente
o serviço.
Circular Normativa
manda cortar
nos transportes
O Ministério da Saúde continua
a impor às administrações
regionais de saúde, aos hospitais
e às unidades locais de
saúde, que “reduzam” e “reportem”
os custos com o
transporte de doentes não urgentes.
Numa Circulara Normativa,
enviada às diferentes
estruturas, no início do mês de
maio, e à qual o BP teve acesso,
a Administração Central do
Sistema de Saúde (ACSS), invoca
a revisão do Memorando
de Entendimento da Troika
para lembrar que os custos
com o transporte de doentes
não urgentes deve ser reduzido
em “um terço” no quarto
trimestre de 2012 face a período
homólogo de 2010. Segundo
a mesma circular, “os
custos com o transporte não
urgente de doentes deverão
ser reportados mensalmente,
até ao dia 20 de cada mês, em
formulário disponibilizado nos
serviços online”. No último
ponto do mesmo documento, a
ACSS exige a cada entidade do
Serviço Nacional de Saúde que
preencha um formulário mensal
com os seguintes dados:
“despesa reportada; natureza
do transportador; tipologia de
desvios e ações implementa-
da
e incrementar o controlo
que permita obter ganhos de

8 MAIO 2012
PRÉMIO BOMBEIRO
Coragem e competência
João Miguel Figueiredo Horta, bombeiro de 2.ª dos Municipais de
Tavira, foi o vencedor do Prémio Bombeiro de Mérito 2011,
galardão instituído pela Liga dos Bombeiros Portugueses, que
nesta última edição distinguiu a abnegação que aliada a
competências técnicas e operacionais permitiram, em condições
bastante adversas, salvar vidas na Praia da Terra Estreita.
Texto:
Fotos:
N
o próximo dia 27 de
maio, em Vila do Conde,
a Liga dos Bombeiros
Portuguesas, (LBP) no âmbito
das comemorações do Dia do
Bombeiros Português presta
justa homenagem ao jovem
João Miguel Horta, o operacional
dos Municipais de Tavira
que em dia de folga, não descansou
enquanto não cumpriu
o lema “Vida por Vida” e acabou
por ganhar um lugar galeria
dos heróis, mesmo que o
recuse, pois garante que fez o
que qualquer um faria no seu
lugar.
“Todos os dias, em todos os
corpos de bombeiros homens e
mulheres salvam vidas, por
isso mesmo este prémio não é
só meu, é nosso”, disse ao jornal
Bombeiros de Portugal (BP)
João Miguel Horta, pouco depois
de ter sido surpreendido
com a notícia que, assegura,
não contava receber, mas que
o enche de orgulho, embora
não esconda algum embaraço.
“Fiquei tão nervoso, quase
que perdi a voz e os movimentos…
Chamaram-me à central
para atender uma chamada…
do outro lado recebia os parabéns
do Presidente da Liga dos
Bombeiros Portugueses… nem
estava a perceber, confesso…
nem sei o que disse…” contou,
“sem palavras, sem reação”.
Horas depois, quando a notícia
se espalhou “choveram” telefonemas
de amigos e as felicitações
de muitas, muitas
pessoas nos blogues e nas redes
sociais.
“Nem sabia o que responder…”
disse.
Conforme o BP noticiou na
edição de Outubro do ano
passado, João Horta aproveitou
a folga para tentar recuperar
energia com uma caminhada
na praia, quando ao
aproximar-se da Terra Estreita
ava
para lá da zona de rebentação
e, se no momento não
deu muita atenção ao facto,
instantes depois percebeu, ou
como revelou “pressentiu”,
que o indivíduo estava em di-
da
pela agitação de uma mulher
que pedia ajuda a um outro
banhista, mas que de imediato
se lançou à água. João
Horta percebeu que aquelas
hesitações entrou em ação,
não sem antes informar o
quartel da ocorrência.
Um outro acidente grave no
mar impedia a deslocação
imediata dos meios necessários
para local, então o bombeiro
percebeu que não tinha
escolha, de imediato, acionou
um “plano B”. Munido do cinto
de uma bolsa que trazia consigo
conseguiu alcançar a banhista
puxa-la para terra. Depois
de uma breve troca de
palavras com a mulher recolheu
algumas informações importante
sobre o náufrago
que, entretanto, se afastava
cada vez mais da praia.
Antes de se lançar novamente
à água para terminar a
sua missão, o bombeiro contactou
o Centro de Orientação
de Doentes Urgentes (CODU)
Algarve e forneceu todos os
dados que poderiam ser úteis
para a operação de salvamento.
Embora acreditasse que
podia resgatar o homem, tinha
a obrigação que lhe ga-
sendo, ligou ainda para a concessão
da praia do Barril a pedir
o apoio da moto de água.
Enquanto João, em contra relógio
preparava como podia a
operação, um outro elemento
daquele grupo decidiu lançar-
-se à água para tentar salvar
o amigo. Mais uma vez, João
Horta não teve opção e precipitou-se
para junto dos dois
R to
apreciou as várias candidaturas, tendo
decidido ainda galardoar com menções honrosas,
o comandante Francisco Paiva, na qualidade
de dirigente associativo. O antigo comandante
dos Voluntários Torrejanos e tesoureiro
da Federação de Bombeiros do Distrito de Santarém
foi distinguido pelo trabalho desenvolvido
nos bombeiros durante mais de meio século
e como seu dirigente a partir de 1983.
homens, alcançou o mais de-
estava em condições de sair
da água pelos seus próprios
meios.
Um pequeno trator da concessão
de Tavira chegou, nesse
momento, ao areal garantido
o transporte da vítima em
estado crítico para o cais,
onde já se encontrava uma
embarcação e uma equipa
médica que prestaram socorro
ao turista que, posteriormente,
foi transportado ao hospital.
O BP esteve há dias em Tavira
onde foi recebida por João
Miguel Horta, Miguel Silva, o
comandante dos municipais
ombeiros de todo o País vão concentrar-se
B
maio) em Vila do Conde para participarem nas
comemorações do Dia do Bombeiro Português
e também nos Concursos Nacionais de Manobras.dio
Municipal de Póvoa de Varzim acolhe a cerimónia
de abertura dos Concursos de Manobras,
que conta com a presença do Secretário
Menções Honrosas
de Tavira e Jorge Botelho, o
presidente da câmara local e
também a Teodósio Carrilho,
presidente da Federação dos
Bombeiros do Algarve que se
deslocou ao quartel para felicitar
o bombeiro pelo corajoso
ato que há cerca de sete meses
permitiu salvar duas vidas,
mas, também, pelo merecido
prémio conquistado.
João Horta, igual a si próprio,
falou então do orgulho
pela distinção, mas sobretudo
nal,
como geriu a regaste do
casal de turistas. Na ocasião
voltou a sublinhar que fez
apenas “o que qualquer bombeiro
faria”.
O hoteleiro António (Tony) Muchaxo foi
também galardoado na qualidade de personalidade
empresarial pelo apoio logístico que dá
aos Bombeiros de Cascais há quase duas décadas
no âmbito da prevenção e socorro na
Praia do Guincho.
A Câmara Municipal de Almada viu também
reconhecido apoio substancial e permanente
às três associações de voluntários do concelho:
Cacilhas, Almada e Trafaria.
O jovem que domina tudo
ao que ao socorro diz respeito,
para além da atividade
miza
o blogue “safeplace52”,
empenha-se agora, como formador
externo da Escola Nacional
de Bombeiro, na área
combate a incêndios urbanos
e industriais, em preparar os
bombeiros algarvios, pois, sublinhou,
a formação “não se
pode cingir a TAS e desencarceramento”.
Sem papas na língua, acredita
que só a formação que
permite valorizar os bombeiros
enquanto pessoas pode
atenuar um certo mal-estar
que se vive nos quartéis.
Mais de mil bombeiros em Vila do Conde
de Estado Adjunto do Ministro da Administração
Interna, Juvenal Peneda.
No dia 27 as celebrações que decorrem na
Avenida do Brasil, presididas pelo Ministro da
Administração Interna, Miguel Macedo, incluem
a entrega do Prémio Bombeiro de Mérito
2011 e a Fénix de Honra à Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários de Vila
do Conde pela comemoração do seu centenário.

MAIO 2012
DE MÉRITO 2011
distinguem bombeiro de Tavira
“Se todos os dias nos tiram
alguma coisa, como podemos
continuar a dar?”, questionou.
Corroborando das palavras
e das apuradas teorias do operacional
João Horta, o comandante
Miguel Silva reforça a
importância da valorização
mas também do reconhecimento
da missão que cumprem
de forma exemplar. Nes-
se sentido, revela o enorme
orgulho que sentir ao saber
que um dos seus homens tinha
conquistado o título de
“Bombeiro de Mérito”, alegando
que estas distinções funcionam
como um estímulo para
todo o grupo.
Teodósio Carrilho mostrou-
-se bastante satisfeito “por um
homem da região” ser reconhecido
a nível nacional pela
“Quando não houver dinheiro
fechamos a porta”
ssumidamente indignado com a política do
AGoverno Jorge Botelho considera que “os
gravíssimas seríssimas, que podem vir a por
em causa a operacionalidade de todas corporações”.
Assim sendo, o autarca ciente que “perigo
espreita” foi obrigado a adiar investimentos
mas os nossos bombeiros sabem que os vencimentos
estão salvaguardados. Neste sentido,
podem trabalham com tranquilidade, muito
embora com múltiplas restrições. Ainda assim,
a operacionalidade não está em causa,
porque apostamos numa apertada e criteriosa
gestão”., refere Jorge Botelho
Neste momento, sublinha o presidente, “as
necessidades mais básicas estão supridas”,
sendo que ainda corre tramites uma candidatura
a fundos comunitários para aquisição de
equipamento de proteção individual, um investimento
que os municipais não descuram.
Todos os projetos menos urgentes e de maior
envergadura estão, por agora, congelados.
“Gostávamos de ter dinheiro para avançar
com a construção de um novo quartel e para
tais,
mas por agora temos mesmo que usar
com o que existe”, diz, revelando a necessidade
de adiar o ingresso de mais alguns operacionais,
que fazem falta no quartel, para responder
às solicitações da população.
“Isto é uma injustiça! O Governo dá dinheiro
a todos os bombeiros menos aos municipais,
não querem saber de nós para nada,
“coragem, pela abnegação e
pelo exemplo” que devem servir
de inspiração a todos os
bombeiros portugueses.
“Este é um homem que, de
mou.
O presidente da Câmara de
Tavira perentório considerou
que o prémio “foi merecido e,
por isso, tem imenso valor”..
Em declarações aos jornalis-
mas exigem resultados”, denuncia o autarca
que não esconde o incómodo de todas as autarquias
com corpos de bombeiros, que são
obrigados a suportar por inteiro os custos com
o socorro prestado às populações.
“O que se está apesar neste país é uma
pouca-vergonha! O governo ou a Autoridade
Nacional de Proteção Civil têm que perceber
que há moral ou comem todos”, alegando que
dos
os corpos de bombeiros da mesma forma.
Confrontado com o agravamento da situação
económica do País e os cortes orçamentais
a que os municípios estão sujeitos, Jorge
Botelho desabafa:
“Quando não houver dinheiro fechamos a
porta do quartel”!
ta Jorge Botelho falou da “surpresa
e da alegria” com a notícia
foi recebida em Tavira”.
“Sabíamos que João Miguel
Horta merecia integrar o grupo
que reúne os bombeiros
que praticam de atos valorosos
por todo Pais”, mas foi
“enorme satisfação” que a autarquia
e os municipais viram
Também na ótica do autar-
9
ca, estes galardões são importantes
dar força e ânimo e de
culdades
que são colocadas
todos os dias aos bombeiros
portugueses.

10 MAIO 2012
F
oi uma autêntica machadada
no pinhal interior norte.
Contabilizados estão 1800
hectares de área ardida num
dos maiores incêndios alguma
vez ocorrido no concelho, e o
maior até ao momento este ano
em território continental. Luís
Filipe Matias, vice-presidente
da autarquia de Penela, refere
em tom amargo que conta feitas,
“com base na matriz de
cálculo da Autoridade Florestal
Nacional”, os incêndios das localidades
de São João do Deserto
e da Tola, saldam-se em
“5 milhões e meio de euros em
prejuízos, valores diretamente
relacionados com a perda de
é a base da economia e representa
70 por cento da área total,
a câmara municipal aposta
ardidas. Como refere Luís Filipe
Matias, a autarquia está a chamar
as populações atingidas
pelos incêndios com o objetivo
de, em conjunto, se poder “estudar
a melhor alternativa” com
consumida pelos incêndios de
março.
“A melhor coisa que pode
palavras de João Ribeiro em
tom comprometido que explica
o porquê desta posição para
que não restem quaisquer mal
entendidos. Na opinião do responsável
da FLOPEN (Associa-
Liga dos Bombeiros Portu-
A gueses e o Grupo Sabseg
assinaram acordo estratégico
que lhes permite trabalhar em
conjunto em prol dos bombeiros
portugueses.
O Grupo Sabseg, especialista
na gestão e aconselhamento
de risco nas mais diversas áreas,
a nível nacional e internacional,
desde o corporate ao
CONCELHO DE PENELA FUSTIGADO PELO MAIOR INCÊNDIO DO ANO
Em dois dias arderam
5 milhões e meio de euros
Os habitantes do concelho de Penela, no
distrito de Coimbra, são obrigados a puxar
pela memória para recordarem um incêndio
com paralelo aos que ocorreram nos dias 28 e
29 de março. Num cenário de condições
meteorológicas extremas, todos foram poucos
para responder às centenas de pedidos de
socorro. Foram 48 horas de inferno e as
consequências do fogo estão bem presentes
ção de Produtores e Proprietários
Florestais do Concelho de
Penela) “Sempre que acontece
um grande incêndio, como
aquele que ocorreu aqui, a permeabilidade
à mudança é sempre
maior. Ou seja, perante cenários
como este, é sempre
mais fácil sensibilizar as populações
para tomarem novas atitudes”.
Nesse sentido, a FLOPEN está
já na “estrada” com uma campanha
de sensibilização junto
dos proprietários e agricultores.
“A ideia é ajudar quem vive da
mesmo tempo que se aposta
segura e amiga da natureza”,
conta João Ribeiro.
A eterna questão do ordena-
vez que a natureza enfrenta os
bombeiros. A dispersão dos
aglomerados populacionais ativos
do concelho foram na hora
do combate a grande prioridade
dos bombeiros e, como refere
António Lima, o segundo comandante
dos Voluntários de
para trás”, porque primeiro foi
preciso socorrer as populações
que se viram cercadas pelas
chamas. “Ao longo de dois dias
foi preciso defender cerca de
330 habitações dispersas”, lembra
António Lima que sublinha a
“complexidade” de uma operação
deste género.
Com 75 anos, António Si-
retalho com enfoque nas áreas
do Desporto, Transportes, Saú-
titucionais,
quer valorizar a
parceria no desenvolvimento
sustentável da Securifénix –
Sociedade de Mediação de Seguros
e Serviços, Lda., media-
beiros
Portugueses, que foi
criada – com o intuito alargar
mões, nascido e criado no concelho,
garante “nunca ter visto
nada assim”. “A nossa sorte foram
os nossos bombeiros de
Penela e os outros que vieram
em nosso auxílio, pois isto foi
uma grande tragédia. E agora
quem paga somos nós, os agricultores
que têm uma vida tão
difícil”, lembra emocionado.
Os incêndios do concelho de
Penela obrigaram à maior mobilização
de meios registada
este ano. Chegaram a estar no
terreno 500 combatentes.
Vieram de todo o distrito de
Coimbra e ainda tiveram de ser
pedidos reforços a Santarém
Castelo Branco Leiria. Apesar
do agradecimento a todos os
as soluções de Seguros para as
Associações/Corpos de Bombeiros.
A Liga dos Bombeiros Portugueses
e o Grupo SABSEG delinearam
estratégias de atuação
na promoção de mais e melhores
ofertas na área dos seguros,
de acordo com as necessi-
co,
na qual se especializaram.
SECURIFÉNIX
que foram em auxílio do seu
concelho, Luís Filipe Matias, o
responsável autárquico, não
poupa críticas à resposta “tardia”
da Autoridade Nacional de
Proteção Civil (ANPC).
“Não conseguimos entender
como é que perante um cenário
destes, os reforços só começaram
a chegar cerca de 1h20 minutos
depois. Na primeira hora
estivemos por nossa conta”, denuncia
o autarca que deixa o
desabafo:
“É com base em exemplos
como este que lamento que o
país não tenha um dispositivo
permanente com capacidade de
resposta adequada a cada cenário.
Já todos percebemos que
LBP assina acordo com Grupo Sabseg
Aliando o elevado conhecimento
que cada uma tem das
sector dos seguros com a capacidade
de distribuição, inovação
e desenvolvimento de
novas soluções, estão as parceiras
em condições de responder
a necessidades mais espe-
ciações
e corpos de bombeiros.
não há épocas para os incêndios
aparecerem”, refere.
Os incêndios de Penela contaram,
já no dia 29, com a ajuda
de três helicópteros pesados
Kamov. Luís Filipe Matias conta
que “chegaram tarde, mas chegaram,
através de uma cunha a
um membro do Governo”.
“Perguntei várias vezes porque
não eram direcionados para
aqui mais meios aéreos. A resposta
era sempre a mesma: es-
resolvi ligar ao antigo presidente
da câmara de Penela, Paulo
Júlio, que é hoje o atual secretário
de Estado da Administração
Pública. A verdade é que
funcionou pois uma hora após o
Uma nova etapa começa
agora na área dos seguros ligados
à Liga dos Bombeiros
Portugueses, uma vez que
além da evolução no padrão
de serviço dos seguros relacionados
com as Associações e
Corporações, vai ser possível
alargar e dinamizar também
os seguros e os seus benefícios
para todos os bombeiros,
contacto, vieram três meios pesados”,
revela.
As contas dos incêndios estão
feitas e a Câmara Municipal
de Penela espera agora que o
Ministério da Administração
(MAI) partilhe “parte do prejuízo”.
“Vou solicitar uma reunir ao
MAI pois há despesas pelas
quais julgo que devemos ser
ressarcidos. Estou a falar de refeições,
combustíveis pagos por
nós, e o prejuízo das três viaturas
dos voluntários de Penela
pero
que o Governo nos ajude
porque para prejuízo já basta, e
infelizmente é bem visível”,
conclui o vereador da autarquia
para a área da proteção civil.
dirigentes, sócios e simpatizantes
das Associações e Corporações
de Bombeiros, atra-
relançando desta forma o papel
da Liga Bombeiros Portugueses
e dos seus associados
enquanto instituições de interesse
publico para com as comunidades
onde estão inseridas.

MAIO 2012
O
secretário de Estado da
Administração Interna,
Filipe Lobo D’ Ávila, considera
que os bombeiros voluntários
têm de encontrar novas
fórmulas de organização, avançando
que o Governo está a tra-
nanciamento.
As novidades,
garante o governante, serão
bro,
terminada a época especial
Em declarações à agência
Lusa, Filipe Lobo D’Ávila disse
MAI PREPARA REORGANIZAÇÃO DO SETOR PARA OUTUBRO
Liga pede “vassourada” na ANPC
“Novas fórmulas de organização”. É esta a
aposta do Governo para o setor dos
bombeiros. O Ministério da Administração
Interna (MAI) garante que o voluntariado
nunca estará “em causa” mas, admite como
“incontornável” um processo de
“reorganização”. Na resposta, Jaime Marta
Soares, admite a necessidade de apostar na
“racionalização” de meios mas pede que
esta comece na estrutura da ANPC, com
uma “vassourada”.
Texto: Patrícia Cerdeira
que os bombeiros voluntários
“não estão em causa”, mas que
“é preciso encontrar novas fórmulas
de organização”. “Acho
que o caminho não é a extinção
do voluntariado, mas temos
que iniciar um processo de re-
-estruturação, que é incontornável
e tem que começar pelos
próprios interessados”, adiantou.
O secretário de Estado sublinhou
que na atual conjuntura
que o país vive “é incontornável”
a re-estruturação. “Temos
um mapa territorial que, do
ponto de vista dos corpos de
bombeiros, não corresponde ao
mapa de riscos em Portugal e,
na maior parte dos casos, encontra-se
desajustada da realidade
e da necessidade de resposta
que é preciso dar”, realçou.
A re-estruturação poderá
passar, segundo o governante,
pela aposta de forças e respostas
conjuntas, nomeadamente
corpos de bombeiros do mesmo
concelho ou concelho contíguos
terem, do ponto de vista operacional,
uma sinergia de meios
materiais e humanos. “É essa
dimensão de resposta conjunta
que é preciso que as associações
humanitárias possam vir a
ter no futuro. Não podemos ter
todo o tipo de viaturas permanentemente
atualizados, não
conseguimos ter quartéis dos
mais modernos em todas as associações
humanitárias. É impossível
investir da mesma forma
em todas os corpos de bombeiro”,
sustentou.
Nesse sentido, adiantou, o
processo de re-estruturação
passa também por um novo
tando
o Governo a trabalhar
com a Liga dos Bombeiros
Portugueses (LBP) e a Associação
Nacional de Municípios
Portugueses (ANMP). A cria-
nanciamento
dos bombeiros
deve ter em consideração os
riscos territoriais existentes
no país e a prestação do serviço
que é feito em cada local,
defendeu.
Admitindo que algo “tem de
ser feito”, e em jeito de resposta
às palavras de Filipe Lobo
D’Ávila, o presidente da Liga
dos Bombeiros Portugueses
começar por “desengordurar” e
dar “uma vassourada” na Autoridade
Nacional de Proteção Ci-
estrutura ultrapassada, burguesa
e elitista.
11
própria Liga avançou com medidas
de re-estruturação, nomea-
de incêndio em cada município
e adaptar os recursos materiais
e humanos à dimensão de cada
concelho, em função dessa avaliação.
“Queremos uma nova lei de
bombeiros, que não existe. Os
bombeiros são praticamente
trabalhadores do Estado gratuitamente
e isso tem de acabar, o
Estado se quer ter uma estrutura
tem de a pagar, tem a ajudar
a pagar”, defendeu o presidente
da Liga dos Bombeiros Portugueses
(LBP), incluindo neste
dirigente considerou que o Governo
devia começar por “desengordurar
a Autoridade, dar
uma vassourada na Autoridade,
pôr pessoas competentes”.
“Ela é que não tem sabido
preparar toda uma estratégia
que rentabilize todo este processo
das associações e dos
corpos de bombeiros e é essa
Jaime Soares.

12 MAIO 2012
A
té ao dia 30 de junho,
estão no terreno 6.271
homens, 1.577 veículos,
28 meios aéreos e 70 postos
de vigia. São estes os meios
pagos pelo Estado para garantir
a Fase Bravo do Dispositivo
Especial de Combate a Incêndios
Florestais (DECIF) 2012.
Dos vários agentes que estão
no terreno fazem parte bombeiros,
elementos da Força Especial
de Bombeiros (Canarinhos),
Grupo de Intervenção,
Proteção e Socorro (GIPS) e do
Serviço de Proteção da Natureza
e Ambiente (SEPNA) da
GNR, elementos da PSP, da Autoridade
Florestal Nacional e
do Instituto
de Conservação da Natureza
e Biodiversidade, além dos
operacionais da associação de
Numa nota tornada pública, na
véspera do arranque da Fase
Bravo, O Ministro da Administração
Interna lembrou que o
DECIF “complementa o efetivo
Fase Bravo arranca
com 33 mil hectares ardidos
Já começou a Fase “Bravo” de combate a
Ministro da Administração Interna dirigiu
Texto: Patrícia Cerdeira
do principal agente de Proteção
Civil em Portugal, os Bombeiros
Voluntários”.
De acordo com o DECIF, os
meios aéreos, da responsabilidade
da Empresa de Meios Aéreos
(EMA), vão aumentando
ao longo da Fase Bravo, começando
com sete até ao dia 31
de maio, aumentando para 24
até 15 de junho, chegando depois
aos 28. A época mais críti-
Fase Charlie, começa a 1 de julho,
prolongando-se até 30 de
setembro, e envolve 9.327
operacionais, 1.310 viaturas,
44 meios aéreos e 237 postos
de vigia.
A Fase Bravo começa com
mais incêndios e hectares de
período homólogo nos últimos
10 anos, existindo apenas registo
na Autoridade Florestal
Nacional (AFN) desde 2002.
O último resumo estatístico
provisório indica que entre 1
de janeiro e o dia 30 de abril se
registaram 10.160 ignições,
cerca de quatro vezes mais do
que no mesmo período de
2.830. O relatório da Autoridade
Florestal Nacional (AFN) refere
que os 10.160 incêndios
vereiro
(4.093) e março
(4.668). Os dados mostram
que em fevereiro e março re-
o dia 15 de maioMaio ini-
Ncia-se a Fase Bravo do Dispositivo
Especial de Combate a
Incêndios Florestais, que complementa
o efetivo do principal
agente de Proteção Civil em
Portugal, os Bombeiros Voluntários.
Neste ano de 2012, a fase
Bravo contará, até junho, com
o empenhamento de 6.242
operacionais e 1.449 veículos
pertencentes aos Corpos de
Bombeiros, à Guarda Nacional
Republicana, à Polícia de Segurança
Pública, à Força Especial
de Bombeiros, ao Instituto da
Conservação da Natureza e
restais
do que em agosto do
ano passado (3.982).
Segundo a AFN, os fogos
consumiram, nos primeiros
quatro meses do ano, 33.019
zes
mais do que no mesmo
período de 2011, em que a
área ardida se situava nos
6.406. Em março foram con-
sumidos 20.908 hectares de
maior percentagem de área
ardida registou-se nos distritos
de Braga e Bragança, enquanto
o maior número de fogos
foi registado no Porto e
em Viseu.
Nos primeiros três meses do
ano, a GNR deteve 75 pessoas
por suspeita de fogo posto em
Mensagem ao Dispositivo Especial
de Combate a Incêndios Florestais
apoiados por 7 meios aéreos
do Estado, e outros 21, contratados
para o efeito, num total
de 28 meios aéreos.
empenho porque, além do valor
da paisagem nacional, tem
ainda cerca de 11% do total
das exportações portuguesas,
3% do PIB, e um indiscutível
valor natural e cultural que se
traduz nas relações de proximidade
entre as populações
tais.
Na proteção de todo este
património, empenham-se todos
os agentes de proteção civil
acima referidos, enquadra-
dos na estrutura operacional
de Operações de Proteção e
Socorro, bem como as autarquias
enquanto autoridades
municipais de Proteção Civil.
A todos se transmite con-
ação, gratidão pelo empenho.
O Ministério da Administração
Interna através da ANPC
tem, em cada momento, procurado
tomar as medidas excecionais
adequadas com vista
a potenciar o dispositivo existente
garantindo respostas aos
riscos que enfrentamos. É com
esta atitude e metodologia que
continuaremos a disponibilizar
-
segundo dados do MAI.
O maior incêndio registado
até ao momento aconteceu no
concelho de Penela, distrito de
Coimbra. Arderam 1800 hectares
e os prejuízos estão contabilizados
em cerca de 5 milhões
e meio de euros (ver caixa).
gurem
necessários nesta missão
preponderante e de interesse
nacional.
Sabemos que o cidadão continua
a ser a chave para o sucesso
nesta operação difícil e
exigente e que o contributo de
todos na alteração de comportamentos
de risco constitui fator
decisivo na proteção do pa-
ta.
Portugal sem fogos depende
de todos!
O Ministro da Administração
Interna
Miguel Macedo

MAIO 2012
O
vasto programa comemorativo
do centenário dos Bombeiros
Voluntários de Pombal, que,
passado dia 20 de maio, começou manhã
cedo com o hastear das bandeiras
e terminou noite dentro com um jantar
que juntou no parque de viaturas do
voluntários de Pombal muitas dezenas
de convidados, teve como momento
mais alto a sessão solene presidida
pelo secretário de Estado da Administração
Interna, Filipe Lobo d’Ávila, e
que contou com a presença, entre
muitas individualidades, do Bispo de
Coimbra, Virgílio Antunes.
No decorrer da cerimónia, os Voluntários
de Pombal foram agraciados,
pelo ministério da Administração Interna,
com a medalha de mérito de
proteção e socorro, no grau ouro e distintivo
azul, cabendo a Filipe Lobo
d’Ávila a imposição da insígnia que, segundo
o governante, prova que o voluntariado
é “uma das maiores riquezas
do nosso sistema de proteção civil»,
tendo expressado “gratidão, reconhecimento
e de admiração a todos os
bombeiros de Pombal”.
Em dia de festa e de todas as homenagens,
por proposta da associação
centenária, a Liga dos Bombeiros Portuguesas
(LBP) distinguiu com a Fénix
de Honra a Câmara Municipal de Pombal,
o presidente da autarquia Narciso
Ferreira Mota e, ainda, a título póstumo,
Evangelista Nunes da Graça, um
antigo dirigente da instituição.
A LBP representada na cerimónia
por José Ferreira, membro do Conselho
Executivo, agraciou com o Crachá
de Ouro José Manuel Carrilho, presidente
da mesa da assembleia geral da
AHBVP e, a título póstumo, Francisco
Menezes Falcão, antigo dirigente e au-
mandante
do corpo de bombeiros, e o
comendador Manuel da Mota.
Na ocasião, foram ainda outorgadas
cerca de uma dezena de medalhas de
tas
personalidades que com empenho e
de forma abnegada emprestaram tempo,
saber e dedicação à associação.
Do extenso programa de um dia
beiros
mas também a gentes de Pombal,
destaque também para a tomada
de posse de Hugo Tiago Freire como
adjunto de comando, a cerimónia de
integração de 12 jovens no corpo ativo
e a promoção de oito operacionais à
categoria de subchefe, 11 a bombeiro
de 1.ª e 37 a bombeiro de 2.ª.
A vasta plateia pode ainda assistir
ao cerimonial que marcou a passagem
bombeiro Vítor Carvalho ao Quadro de
Honra, bem como à justa homenagem
tos,
que receberam da Liga dos Bombeiros
Portugueses a Medalha de Coragem
e Abnegação pelo salvamento arriscado
de um casal, no cumprimento
exemplar do lema “vida por vida” que
norteia os soldados da paz.
Na parada do quartel foram apresentadas
sete viaturas. Os bombeiros
de Pombal contam agora com duas novas
ambulâncias, um Veículo Ligeiro de
Combate a Incêndios Florestais, um
cial
e um Veículo de Comando de Operações
Tático e ainda com Ford V8 de
1937 e um jeep Willys, dos anos 40,
que depois de recuperados são coqueluches
da instituição.
tocolo
de geminação, as associações
de Ourém, Dafundo, Faial, Vila do Conde
e Carnaxide, receberam diplomas
união das congéneres que em 2012
assinalam cem anos de serviço à comunidade.
Durante todo o mês de maio foram
várias as ações que levaram os bombeiros
à cidade e que de alguma forma
chamaram as populações, ao quartel
nomeadamente uma exposição retrospetiva,
a apresentação de livro “100
anos ao serviço da comunidade” e uma
recriação que tendo como cenário o
centro de Pombal, no dia 14 de maio,
POMBAL
Festa grande no centenário
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários
de Pombal (AHBVP) está a comemorar o centenário
com várias iniciativas, das quais se destacam os
festejos do passado dia 20, quando a cidade se
engalanou e a comunidade se uniu para assinalar a
efeméride com pompa e circunstância.
Dias antes, a cidade foi palco de uma encenação que
deu a conhecer a longa e profícua história desta
instituição, uma iniciativa arrojada, inovadora que
não deixou ninguém indiferente e que, certamente,
serviu para reforçar os elos que unem população e
soldados da paz.
Texto:
Fotos:
Foto: Correio de Pombal
deu a conhecer factos marcantes da
ram,
muitas vezes, com a história do
concelho, do Pais e do mundo.
Durante toda uma tarde, centenas
de pessoas, naturais e visitantes, assistiram
aos variados quadros que retrataram
os idos de 1912 e os acontecimentos
que levaram à criação do
corpo de bombeiros, mas também o
ano de 1962 que assinala os 50 anos
dade.
Um incêndio serviu de mote para
aos três momentos desta mega encenação
que envolveu muitos meios e
conhecer desde os mais rudimentares
equipamentos ao que de mais moderno
na atualidade apetrecha este quartel
de bombeiros.
Dos baldes e das rudimentares carroças,
à primitiva motobomba, do ro-
blemática
“Graciete”, a belíssima viatura
que serviu a corpo de bombeiros
no início da década de 60, foram muitas
as relíquias que se exibiram no Largo
do Cardal para gáudio dos espetadores,
que aplaudiram com sentido entusiasmo
cada um dos quadros.
Foto: Correio de Pombal
Os cuidados impostos a uma encenação
desta natureza ditaram rigor na
linguagem, no comportamento de
cada um dos personagens e nos trajes,
nomeadamente no fardamento pelos
soldados da paz em cada uma das
épocas retratadas.
Nota ainda para elemento de “futuro”
introduzido nesta grande festa num
escola de infantes e cadetes, meia
centena de estagiários, e mais 30 músicos
e “majoretes” orientados por
Cristóvão Carvalho, sob a batuta do
maestro Paulo Branco.
Esta ação teve a assinatura do bombeiro
de 1.ª Bruno Martins, mentor do
projeto que contou desde o início com
o entusiasmo do comandante José
Costa e com o apoio do historiador
Nelson Pedrosa, quadro superior do
Arquivo Municipal de Pombal. Associaram-se
ainda à arrojada organização
ranchos folclóricos, grupos de teatro,
turais
e os escuteiros do município,
bem como a comunicação social local,
nomeadamente o Correio de Pombal, o
Noticias do Centro e a Rádio Cardeal.
Em declarações ao jornal Bombeiros
de Portugal (BP), que acompanhou o
13
evento, o comandante José Costa não
escondia satisfação, sublinhando o
empenho em apresentar algo de novo,
com o intuito de conferir inovação ao
programa institucional.
E de facto este foi um dos grandes
grama
festivo que envolveu e mobilizou
todos os bombeiros, uma família
grande que integra dirigentes, comando,
corpo ativo, e quadro de honra,
com particular destaque para um grupo
de veteranos, que embora já longe
dos teatros de operações, decidiram
reativaram um antigo agrupamento
musical da instituição e, corajosos,
abrilhantaram as comemorações do
centenário. Neste âmbito, importa
ainda dar merecido realce ao bombeiro
de 1.º do QH Carlos Francisco, que
integrou o corpo ativo de 1957 a
1983, mas continua a servir associação,
sendo o responsável pela recupe-
serviu os voluntários de Pombal vezes
sem conta na década de 30 do século
passado.
Num momento difícil para os bombeiros
de portugueses, em Pombal, o
voluntariado deu provas de enorme vitalidade.

14 MAIO 2012
PÓVOA DE VARZIM
Bombeiros
não recebem presidente da Câmara Municipal
O
s Bombeiros Voluntários da Póvoa de Var-
Ozim aguardam desde Novembro passado
a entrega das verbas que lhes são devidas no
âmbito das contrapartidas da concessão de
zona de jogo local.
O Turismo de Portugal, a entidade responsável
pela entrega, ainda não terá apontado
qualquer data para a entrega, nem terá justi-
Em 2011, os Voluntários da Póvoa de Varzim
receberam 40 mil euros e, nos últimos
anos, receberam sempre com atraso de quatro
meses.
A direção da instituição lamenta o sucedido,
que coincide com a crise vigente e outros
atrasos nos pagamentos, nomeadamente do
centro hospitalar local, a dever aos bombeiros
mais de 140 mil euros.
Associação Humanitária dos
A Bombeiros dos Voluntários de
Penacova, foi distinguida com o
“Prémio Município”.
O galardão que distingue os
bombeiros pela segurança que
garantem às provas desportivas
foi entregue pelo presidente da
câmara e pelo vencedor do passado,
António Marques, atleta paraolímpico,
na II Gala do Desporto.
Receberam o “Prémio Município”
o presidente da direção Paulo
Dias e comandante António Simões,
que contaram na plateia
com muitos bombeiros e dirigentes
da associação.
Câmara Municipal de Espo-
A sende continua a assegurar
voluntários do concelho, mantendo
o subsídio anual de 14
mil euros a cada uma das corporações,
concretamente à Associação
Humanitária de Bombeiros
Voluntários de Esposende
e à Benemérita Associação
dos Bombeiros Voluntários de
Fão.
Câmara Municipal de Barcelos aprovou por
A unanimidade a atribuição de subsídios às três
associações de bombeiros voluntários do concelho
no valor global de 105 mil euros.
São abrangidos por esse apoio, os voluntários
de Viatodos, Barcelos e Barcelinhos. A verba
destina-se a reforçar o trabalho desenvolvi-
de Estarreja, José Eduardo de
Matos, e o presidente da Associação
Humanitária dos Bombeiros Voluntários,
Marco Braga, assinaram,
pelo valor de 68 400 euros, um contrato
de aquisição de serviços, que
tem por objeto a prestação de serviços
no âmbito de diversas valências
da Proteção Civil Municipal,
atuais e as reduções progressivas
no orçamento municipal, a autarquia
não cortou neste setor, sinal
da importância que atribui à segurança
das populações e, nesse sentido
ao reforço da capacidade de
resposta dos bombeiros, que passa
também pelo investimento na formação
dos operacionais.
PENACOVA
Município distingue bombeiros
ESPOSENDE
Autarquia mantém apoios
nanceira
que o país atravessa,
aliada a um conjunto de alterações
na legislação que enquadram
a atividade da Proteção
Civil, tem afetado, de forma
de
destas associações, nomeadamente
no que se refere às
Para a Autarquia, “é imperioso
que essas alterações não se-
BARCELOS
jam, de alguma forma, limitativas
do excelente desempenho
que as corporações de bombeiros
de Esposende e de Fão têm
tido, ao longo dos anos, no serviço
que prestam às populações
do concelho, quer no socorro
aos acidentes de viação e transporte
de doentes, quer nos incêndios
ou outros episódios, daí
a atribuição dos referidos subsídios”.
Benefícios para três associações
do pelos bombeiros em prol das populações e
que o executivo municipal considera fundamental.
A autarquia decidiu também apoiar com 30 mil
tais
no âmbito do protocolo estabelecido com a
Associação Florestal do Cávado.
Na perspetiva de Marco Braga,
presidente da direção dos voluntá-
ESTARREJA
Associação Humanitária dos Bombeiros Vo-
A luntários de Santa Cruz das Flores, Lajes
das Flores, vai poder realizar as obras de remodelação
das suas instalações, nomeadamente,
a construção de uma camarata feminina bem
Câmara Municipal do Sabu-
A gal renovou com as duas
associações humanitárias de
bombeiros do concelho, Sabugal
e Soito, os protocolos que
Em contrapartida, a autarquia
solícita aos bombeiros um conjunto
de serviços a fornecer. Os
protocolos agora renovados inserem-se
no âmbito regulamento
municipal de apoio ao
associativismo concelhio, em
vigor desde o dia 19 de outubro
de 2011.
O apoio camarário cifra-se
em 80 mil euros para cada as-
município de Pampilhosa da
O Serra assinalou, no passado
dia 10 de abril, o feriado municipal,
com um programa que incluiu
uma homenagem aos
bombeiros locais.
Com uma formatura geral, o
corpo ativo dos voluntários de
Pampilhosa da Serra juntou-se
às comemorações nos paços do
concelho, tendo recebido algumas
das entidades que se associaram
à cerimónia, nomeadamente
o Secretário de Estado
da Administração Local e Reforma
Administrativa, Paulo Júlio,
o presidente da câmara municipal,
José Brito Dias e o vice-
-presidente Jorge Custódio.
Nesta ocasião, a autarquia
anunciou a renovação de apoios
aos soldados da paz para a
aquisição de equipamentos e
outras necessidades da associação,
no valor de 60 mil euros
rios, o contrato consubstancia um
apoio “importantíssimo para o so-
AÇORES
Governo Regional viabiliza obras
SABUGAL
Protocolos renovados
sociação, dividido em tranches
trimestrais de 20 mil euros.
Entre os apoios há ainda uma
verba de 30 mil euros destinada
a custear metade da despesa
com a criação das equipas de
intervenção permanente, protocoladas
com a Autoridade Nacional
de Proteção Civil.
Como contrapartida ao apoio
municipal as duas associações
bombeiros comprometem-se a
manter cada uma a respetiva
e a garantir o abastecimento de
água, através do seu transporte
em autotanque, às localidades
PAMPILHOSA DA SERRA
corro e emergência em Estarreja,
associado a um fundamental investimento
na formação das Equipas
de Intervenção Permanente
(EIP)” sublinhando ainda que “nos
dias de hoje é de extrema importância
termos bombeiros bem formados”.reja
acaba de dar as boas vindas a
10 jovens bombeiros “um grupo
promissor” que funciona como uma
“forte esperança de futuro”. Atualmente,
meia centena de voluntários
integra o corpo ativo desta associação
que, no entanto, espera
reforços, até porque, conforme garante
Marco Braga, “os jovens estão
a aderir”.
como uma intervenção generalizada de reabili-
Esse apoio foi decidido pelo Governo Regional
dos Acres na reunião realizada na Ilha das
Flores no princípio do mês.
do concelho que ainda não se
encontram servidas pela empresa
Águas do Zêzere e Coa
Os bombeiros terão ainda
que coordenar com a Autarquia
as ações de proteção civil que
sejam necessárias. Outro compromisso
protocolado é a limpeza
das linhas de água e de
espaços púbicos sempre que
para tal sejam solicitados pela
Câmara Municipal, nos termos
de uma calendarização preestabelecida
Os bombeiros terão também
concelho.
Câmara investe nos bombeiros
que, nesse mesmo dia, foram
entregues a João Alves, presi-
dente da direção, e ao comandante
Marco Alegre.
Sérgio Santos

16 MAIO 2012
Texto:
Fotos:
A
celebrar 65 anos a Associação
Humanitária dos
Bombeiros Cabeceirenses
soube renovar-se, adaptar-
-se às novas exigências, sendo
hoje uma instituição moderna
que tem como garantia maior o
capital humano.
Nos últimos meses, a Associação
Humanitária dos Bombeiros
Cabeceirenses tem investido
muito na comunicação
e, com persistência e alguma
insistência, já é um exemplo a
seguir pelas congéneres nacionais.
Uma equipa de reportagem
dos Bombeiros de Portugal
(BP) teve a oportunidade de,
durante dois dias, sentir o pulsar
da Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários Cabeceirenses,
uma instituição
que investe tudo na operacionalidade,
no socorro, no apoio
e na formação dos seus ele-
mentos mas, também, na das
populações que serve, não
descurando a comunicação e a
interação com o exterior.
Atualmente, os Cabeceirenses
publicam um boletim informativo,
dinamizam uma página
na internet, marcam presença
nas redes sociais e dispõem
de um programa
semanal na Rádio Voz de Basto.
Em todas estas frentes está
Susana Andrade, uma jovem
engenheira civil que reside em
Cabeceiras e trabalha no Porto,
que é há já mais de uma década
voluntária no corpo ativo e
que ainda tem tempo para escrever,
fotografar, entrevistar e
coordenar todos os meios de
divulgação das atividades da
associação.
Acompanha-a neste verdadeira
“roda-viva” Jorge Machado,
o presidente da direção da
associação, que é, também vi-
ce-presidente da Câmara Municipal
de Cabeceiras de Basto
e presidente da Fundação António
Joaquim Gomes da
Cunha, uma instituição particular
de solidariedade social
vocacionada para a população
Talvez porque vida fora dos
grandes centros corra mais devagar,
esta equipa não dá sinais
de cansaço, antes pelo
contrário. Projetos não faltam,
prontos para serem colocados
em marcha!
Junta-se a esta grupo o comandante
Duarte Ribeiro,
também ele um entusiasta do
trabalho, da ação e que defende
ter merecida visibilidade
para o exterior, pois só dessa
forma é possível dar a conhe-
BOMBEIROS CA
Uma família
cer o excelente desempenho
dos cerca 60 elementos do corpo
ativo.
jornalistas tiveram a oportunidade
de acompanhar uma formação
em Suporte Básico de
Vida destinada aos colaboradores
da Fundação António Joaquim
Gomes da Cunha, iniciativa,
dinamizada pelo grupo de
saúde, que a associação começa
a levar a muitas outras instituições
e empresas do concelho.
Este primeiro curso contou
com a participação de 12 formandos,
motivados e empe-
consideram muito importante
adquirirem este tipo de conhecimentos,
não só tendo em
conta as funções que desempenham
na fundação, mas
também no quotidiano.
“Esta iniciativa, superou todas
as nossas expectativas,
tanto nos resultados alcançados,
como no interesse que os
formandos demonstraram”,
sublinharam os formadores.
O quartel acolhia, na ocasião,
um exercício de formação em
Emergência Pré-hospitalar na
Área do Trauma, que envolveu
elementos dos Voluntários Cabeceirenses
e do Instituto Nacional
de Emergência Médica.
Em quatro bancas rotativas,
os formandos tiveram a oportunidade
treinar, entre outras
situações, o desencarceramento
e o resgate com técnicas de
salvamento em grande ângulo.
Este exercício visou, no essencial
agilizar o trabalho con-
atuação quando no terreno se
encontram várias equipas.
Nas diferentes bancas estiveram
formadores do INEM e
dos Cabeceirenses.
Numa outra vertente, porque
o projeto é ainda recente,
questão de dar a conhecer os
bastidores de “Quando a sirene
toca”, em antena na Rádio Voz
de Basto, todos os sábados e
domingos.
Esta “aventura” começou no
início deste ano e tem a assinatura
do Grupo de Comunicação
e Imagem dos Cabeceirenses
constituído por uma dezena
de dinâmicos elementos,

MAIO 2012
BECEIRENSES
muito ativa
entre eles o comandante e presidente
da direção.
No estúdio, onde semanalmente
é gravado o programa,
Susana Andrade e Jorge Machado
falaram-nos, com orgulho,
desta novíssima aposta. Contaram
que ao lerem o nosso jornal
foram confrontados com o
“espetacular trabalho dos Bombeiros
de Esmoriz”, um exemplo
na área da comunicação que,
aliás tem já muitos seguidores
nos bombeiros portugueses.
Não hesitaram e pediram ajuda
à equipa liderada pela enérgica
Preciosa Patacho e, em poucos
meses, o programa ganhava
espaço e posteriormente audiência
em 106 FM.
“Quando a sirene toca!”,
transmite semanalmente uma
entrevista, dá destaque às notícias
que marcaram a semana
da associação, faz o registo
das ocorrências e apresenta,
ainda, um bloco de conselhos
úteis, uma rubrica sobre a historia
da instituição, a agenda
da semana. Há ainda espaço
para o ouvinte e também para
o “Bombeiro Manel” que mensalmente,
pela voz do carismático
bombeiro Fernando Gomes
– o popular “Fernandel”, ganha
o estatuto de estrela da antena.
dias muitas foram as conver-
a paixão com esta grande família
serve a causa dos bombeiros.
Contrariando uma espécie
de estigma associado aos
soldados da paz, esta equipa
conta com uma elevadíssima
taxa de licenciados. Muitos
destes voluntários que servem
o “lema vida por vida” são médicos,
enfermeiros, engenheiros
e sociólogos, um capital
humano que se tem revelado
valiosíssimo para engrandecimento
desta instituição.
Não podemos de sublinhar o
trabalho desenvolvido pela direção,
nomeadamente pelo homem
que em 2006 aceitou rece-
beceirenses
e que o ano passado
foi distinguido como
“Bombeiro do Ano” um galardão
“caseiro”, mas com amplo signi-
meia
um operacional, mas que
desta feita foi entregue a um
“bombeiro sem farda”. Jorge
Machado é o exemplo de quem
escolheu servir porque não precisa
de se servir. Nos Cabecei-
orgulhar-se de ter as contas em
dia, não obstante os avultados
no quartel, na formação dos
bombeiros e na aquisição de
17
equipamento. Jorge Machado
procura apenas ser um voluntário
ativo, que dedica grande
parte da sua vida ao próximo,
ao bem estar da comunidade.

18 MAIO 2012
O
-
resta
e mato.
lata
que este tipo de ocorrência não é uma novidade
nesta época do ano, o invulgar é elevado
número de ocorrências.
“O tempo seco foi um fator decisivo, mas im-
das
não autorizadas que muito contribuíram
para estes números inusitados”, diz ao jornal
Alegria.
pelo aumento do desemprego, a necessidade le-
tura
de subsistência, o que implica limpeza de
terrenos pelo fogo”, acrescenta aquele responsável.
despiste de um veículo pe-
O sado de mercadorias no IC2
na zona de Trouxemil, em
Coimbra, obrigou à mobilização
de equipas de intervenção em
matérias perigosas.
Resultante do acidente a car-
tendo
algumas garrafas de
de operações a equipa de matérias
perigosas dos Sapadores
de Coimbra que efetuou a segurança
do perímetro e analisou o
conteúdo dos recipientes, veri-
vazios.
No local estiveram cerca de
Fogos de inverno são um inferno
COIMBRA
Despiste de pesado
mobiliza equipa especial
Bombeiros Sapadores de Coimbra,
dos voluntários de Brasfemes
e de Coimbra, uma ambulância
do INEM e equipas da
Guarda Nacional Republicana.
Sérgio Santos
mas “dor de cabeça” pois, os gastos são imensos
e não existe qualquer compensação.
e combustível, as despesas ascendem a 25 mil
euros, verba muito elevada para uma instituição
que verá reduzidos, entre 15 a 30 por cento, os
subsídios atribuídos pelo governo regional.
No momento a associação conta com 20 assalariados,
número considerado mínimo para asse-
Alegria salienta que a grande prioridade é ga-
-
Uma gestão controlada e a dedicação da direção
e do comando permitem que os bombeiros
o futuro vai causando muita apreensão.
quadro ativo 40 elementos e ainda uma dezena
de estagiários três dezenas de jovens na escola
de infantes e cadetes.
Rui Tomás
m incêndio numa
U -
e três feridos ligeiros.
-
consumiram todo o re-
bem como outros espaços
do apartamento.
O sinistro mobilizou
de 43 operacionais e 13
veículos dos corpos de
Odivelas, Caneças e
Amadora.
Sérgio Santos
Incêndio em habitação provoca um morto
recurso à autoescada foi a
O beiros
Municipais de Tavira para
o socorro e evacuação de um
cidadão estrangeiro acometido
de doença súbita da cobertura
de um prédio quando decorria a
procissão do Enterro no centro
da vila.
O primeiro alerta foi dado aos
bombeiros que transportavam
um dos andores inseridos na
procissão. Elementos de apoio
TAVIRA
Socorro aéreo durante procissão
ma colisão entre dois com-
U
junto da estação de Caxias provocou
33 feridos.
O incidente ocorreu no dia 2
de maio, quando uma das composições
não parou atempadamente,
tendo abalroado uma
outra que se encontrava parada
na estação.
Neste teatro de operações
estiveram presentes 89 operacionais
e 35 veículos dos bombeiros
de Algés, Barcarena,
Carnaxide, Dafundo, Linda-a-
-
cia
Municipal.
Sérgio Santos
ram-se
logo ao prédio onde se
encontrava o cidadão estrangeiro
que assistia ao cortejo.
realizado acionaram então o
seu corpo de bombeiros e os
meios do INEM.
As manobras de reanimação
e estabilização foram coroadas
de êxito restando apenas a necessidade
de proceder à evacu-
OEIRAS
Mais de 30 feridos em colisão
de acesso ao interior do edifício
vira
levaram os bombeiros a
decidir pela sua evacuação a
partir da cobertura do prédio
com recurso à sua autoescada.
Tratou-se de uma manobra delicada
tendo em conta inclusive
a realização contígua da procissão.
Concluída essa manobra a
SIV/INEM procedeu então ao
transporte do doente para o

MAIO 2012
m despiste de um veículo li-
Ugeiro para uma ravina na localidade
de Salemas, freguesia
-
O terreno irregular e uma ve-
evacuação das vítimas consideradas
graves, tendo mesmo
não veio a ser usado, face ao
esforço e técnicas empregues
no resgate por parte da equipa
-
apoiados por cinco veículos dos
Sérgio Santos
s Voluntários de Brasfemes
Oforam responsáveis pelo
dispositivo de segurança, nomeadamente
pelo plano de
emergência e socorro no jogo
-
-
Os cerca de 30 mil adeptos
contaram com a experiência e
devidamente apetrechados com
vários equipamentos de emergência
médica, nomeadamente
de vida e oxigénio e ainda uma
-
-
-
-
-
Ono passado dia 10 de maio,
ajudaram mais uma criança a
nascer, no interior de uma am-
A equipa de técnicos de
emergência, constituída pela
quando chegou ao local, deparou-se
com a grávida já em tra-
depois, a caminho Hospital
-
do todos os cuidados desta tripulação
que certamente não
esquecerá tão emotivo momen-
terior do estádio e outros cinco
Segundo Acácio Monteiro,
efetivo de intervenção imediata
visou garantir uma resposta cé-
rência
que se pudesse vir a ve-
-
Sérgio Santos
m prédio devoluto situado na
U
foi destruído por um forte incên-
dos meios de socorro, as chamas
ram
a uma intervenção “musculada”
para evitar que se propa-
-
-
equipas do Serviço Municipal de
-
Sérgio Santos
19

20 MAIO 2012
m simulacro de incêndio
Unuma viatura, num posto de
abastecimento de combustíveis
e armazém de botijas de gás
(Butano e Propano), na Rua de
Nevainhos – Quinchães, foi cenário
escolhido para o primeiro
de quatro grandes exercícios,
que as secções dos bombeiros
de Fafe vão efetuar ao longo do
ano.
“Para que tudo parecesse o
mais real possível, foi dado o
alerta à Central do Comando
Distrital de Operações de Socorro
(CDOS) de Braga. O risco
de explosão era eminente e já
havia a noticia que haveria uma
vítima”, explica fonte do corpo
de bombeiros.
Chegados ao local os operacionais
cumpriram o plano evacuando
os feridos e procederam
ao fecho da válvula de segurança
e ao arrefecimento do depósito
e das botijas de gás.
Este exercício foi acompanhado
pelo 2.º CODIS e por um
formador nesta área e supervisionado
por Filipe Lemos, adjunto
de comando dos bombei-
m incêndio no tanque de
Ucombustível de uma viatura
ligeira e suas consequências, foi
a situação encenada para testar
o plano de emergência interno
do Posto de Abastecimento de
Combustíveis da Galp na Avenida
dos Bombeiros Voluntários,
no Estoril.
O simulacro, que mobilizou
mais duas dezenas de operacionais
e 11 veículos, permitiu
avaliar a capacidade de resposta
e coordenação dos agentes
da proteção civil, tento envolvido
meios dos Bombeiros Voluntários
dos Estoris, Polícia de Segurança
Pública, Polícia Municipal
e do Serviço Municipal de
Proteção Civil.
No terreno foi necessário
evacuar um ferido e fazer face
ao risco de explosão, bem como
ordenar e orientar o trânsito
ros de Fafe. A ação contou com
o apoio da Guarda Nacional Republicana.
-
ESTORIL
Testado plano de emergência
naquela artéria do Estoril que
funciona como um dos principais
acessos à Autoestrada 5.
Para Pedro Lopes de Mendonça,
vereador da proteção Civil,
este foi mais um teste bem-sucedido
salientando que “é com
a rotina que se consegue obter
uma melhor preparação para
caso reais e este foi mais um
teste em que os meios funcio-
naram da melhor forma, permitindo
conferir tempos e rotinas”.
Segundo fonte da Galp Energia,
este exercício teve como
principal objetivo testar a capacidade
de resposta de meios internos
e externos em caso de
acidente, após a realização de
obras de remodelação daquela
complexo.
SÃO PEDRO DE MOEL
Simulacro no Farol do Penedo da Saudade
s Bombeiros Voluntários da Marinha Grande protagonizaram
Oum simulacro realizado, em parceria com a Capitania do Porto
da Nazaré, no Farol do Penedo da Saudade, em S. Pedro de Moel.
O simulacro teve como objetivo o treino e avaliação de desempenho
da equipa de salvamento de grande ângulo dos bombeiros
FAFE
Bombeiros testam operacionalidade
plicou
pormenorizadamente, os
procedimentos de segurança
nos depósitos e sistemas GPL,
Foto: CMCascais
em caso de acidente. No brie-
aspetos desta operação, para
que “no futuro os operacionais
Banco de Portugal realizou
O recentemente um exercício
de evacuação interno nas suas
instalações da Avenida Almirante
Reis, em Lisboa. Tratou-se de
testar o plano de emergência
do edifício. A nossa reportagem,
quando passava no local,
foi confrontada com a enorme
movimentação de pessoas. No
momento, conseguimos apurar
tratar-se de um exercício alargado
a todos os pisos e a todos
os funcionários presentes no
seguiram à risca as orientações
do próprio plano e da sua organização
para cada piso. Participaram
também os técnicos de
segurança internos bem como
dentes
que, inclusive, protagonizaram
a evacuação simulada
de um sinistrado.
no socorro e resgate a pessoas acidentadas na torre do farol, seja
devido a queda ou doença súbita.
O tempo de resposta foi reconhecido como muito positivo. Em
cerca de uma hora foi possível acionar os bombeiros pelo pessoal
do farol e concluir o resgate dos acidentados do cimo da torre.
e outros intervenientes estejam
mais preparados na resposta a
estas ocorrências”.
BANCO DE PORTUGAL
Exercício alargado
Foto: BVFafe
Esta ação envolveu cerca de
duas dezenas de bombeiros e
seis viaturas.
Foto: Marques Valentim
Foto: Marques Valentim

MAIO 2012
s bombeiros de S. João da
OMadeira promoveram, recentemente,
o I Challenger para
Bombeiros, iniciativa que teve
como objetivos “testar capaci-
AVEIRO
Seis em Brigadas de Incêndio
convite da Empresa CIRES,
A Companhia Industrial de
Resinas Sintéticas, em Estarreja,
os Bombeiros de Aveiro - Velhos
estiveram presentes nos
dias 10 e 11 de abril com seis
elementos a frequentar uma
formação em Brigadas de Incêndio
CIRES, ação que incidiu
em treino na utilização de ARI-
CAs, de fatos de proteção química,
no combate a incêndios
industriais, túnel de fumos,
controlo e eliminação de fugas
controlo de fugas de gases e líquidos em condutas enterradas, controlo de fugas e derrames de matérias
perigosas e resgate em altura de vítimas de acidentes industriais.
nvolvendo grande número de efetivos do dos
E
de formação que visam dotar os operacionais das
ferramentas que lhes permitirão melhorar competências.
Neste âmbito, no passado mês de abril, 29 ele-
nal,
nomeadamente a Equipa de Salvamento e
iniciativa que reuniu a seis melhores equipas ibéricas.
O quartel de Tavira acolheu ainda, recentemente,
o primeiro curso de combate a incêndios
urbanos e industriais da região algarvia, ação que
dades na execução de provas no
mais curto espaço de tempo,
bem como, promover aos presentes
um dia diferente em que
a camaradagem e o convívio fo-
TAVIRA
ram os predominantes”, conforme
informa o grupo de comunicação
e imagem da associação.
As provas englobaram escalada
ao 3.º andar com EPI e es-
casa mas também de Loulé, apoiados por formadores
da Escola Nacional de Bombeiros.
Nove bombeiros de Tavira estiveram também
na vertente da organização inicial de teatros de
plementar
no uso de equipamento e ferramentas
de material sapador.
Na Escola Nacional de Bombeiros em Sintra um
elemento dos Municipais de Tavira iniciou a sua
formação em Emergência Médica Pré-hospitalar
com o curso de Tripulante de Ambulância de Socorro,
aumentando assim a valência pessoal da
resposta daquele corpo de bombeiros nesta vertente
do Socorro.
João Horta/safeplace52.blogspot.com
cada de ganchos, montagem de
linha de 45m/m com motobom-
resgate de vítimas, rapel, entre
Escola Nacional de Bombei-
A ros (ENB) recebeu 24 bombeiros
militares do estado de
rem
o novo curso de salvamento
e desencarceramento ferro-
nhecimento
desta nova oferta
sionais
de três mil efetivos decidiram
organizar uma viagem a
Portugal para que os futuros
petências
para futuras responsabilidades
operacionais.
O governo brasileiro tem vindo
a investir no desenvolvimen-
considerado fundamental para
o crescimento do país, com a
ampliação e construção de diversas
linhas. Entre estas destaca-se
a Ferrovia Norte-Sul,
uma linha de 2760 quilómetros
Brasil passando pelo Estado de
Ferrovia Centro – Atlântica.
Para além destas linhas, acresce
ainda a possível implantação
de uma rede de metro em Goiânia,
a capital estadual.
A formação dos bombeiros
brasileiros foi precedida de um
tos
e protocolos técnicos de desencarceramento
e abordagem
a mesma linguagem e conheciam
os procedimentos, os formadores
da ENB iniciaram o
curso propriamente dito, desenvolvendo
os objetivos e con-
Participaram nesta atividade
Aveiro Novos, Oliveira do Bairro,
Vagos, Vale de Cambra e S.
João da Madeira.
ENB
A comitiva brasileira era
constituída por 24 elementos,
dos quais 20 eram cadetes, 3
tenentes (formadores) e o coro-
maior autoridade operacional
dos bombeiros do estado de
bastante positiva do curso.
“Fiquei muito satisfeito com a
exigência técnica dos exercícios
e dos métodos de trabalho. Es-
-
completamente nova para eles
com protocolos que represen-
para o seu desempenho operacional.
Acredito que esta partilha
de conhecimentos e experiências
adquiridas em realidades
pelo que espero formar futuramente
mais efetivos em parceria
com a ENB”, sublinhou o res-
Para o cadete Frederico
Guerra este primeiro contacto
com a intervenção em aciden-
21
Em jeito de balanço fonte da
organização salienta “a satisfação
dos participantes” que se
empenharam e deram o seu
melhor.
ência
enriquecedora.
“É uma formação extremamente
bem concebida a nível téc-
-
que permite uma melhor assimilação
dos conceitos abordados,
defendeu o formando, destacando
“a oportunidade de treinar
num ambiente real, atuando diretamente
numa carruagem traz
enormes vantagens no que toca
ao domínio dos materiais”.
falou sobre qualidade da formação,
da multidisciplinaridade da
equipa de formadores e da forma
como foi possível aplicara teoria à
Na sessão de entrega dos cer-
dar
com a excelência do curso.
Na ocasião, os tenentes dedicaram
palavras de grande apreço
aos formadores da ENB “que prepararam
previamente uma adaptação
à realidade brasileira”, um
-
exemplo.

22 MAIO 2012
Clube Português de Canicultura promoveu, recentemente, em
O Ortigosa, as Jornadas Ibéricas de Busca e Resgate, iniciativa
que serviu de palco à apresentação do regulamento para cães de
busca e salvamento da FCI/IRO.
O encontro serviu ainda para difundir técnicas de segurança e
exercícios que permitiram testar a articulação entre as brigadas
caninas e as equipas de resgate em escombros dos bombeiros.
rios
pontos do país e de Espanha, e as equipas de busca e resgate
em estruturas colapsadas (BREC) dos Bombeiros Municipais da Fi-
Sérgio Santos
ORTIGOSA
Jornadas Ibéricas de Busca e Resgate
ando continuidade ao programa de formação conjunta que jun-
D
volveu
em cinco bancas de trabalho permitindo aos formandos de
Dos sete corpos de bombeiros de Gaia, participaram nesta ação
e Crestuma, numa ação que envolveu 60 formandos.
-
rar
sobre o trabalho desenvolvido, tendo na ocasião elogiado a
iniciativa dos bombeiros de Gaia.
que garantiu a reparação pequenas avarias nos ARICAS bem como
o enchimento dos cilindros.
Para além do treino, este plano de formação conjunta tem como
ção
do espírito de camaradagem.
Este é um projeto experimental, que os promotores esperam
pela proteção civil encarem o futuro de forma diferente”.
“Da conjugação de esforços, do aproveitamento de sinergias e
D
-
de Fafe (EBECIF).
Durante a manhã os operacionais abriram faixas de contenção
com material sapador e outro apropriado para este tipo de traba-
Formação conjunta
FAFE
descomplexado, alterando status quo desajustado da atual realidade”,
defendem os bombeiros envolvidos nesta iniciativa.
dos
na formação.
Operacionais treinam combate
decorreu “sem contrariedades”.
vo
defendendo a mais valias destas iniciativas para a intervenção
ERICEIRA
om o objetivo de testar os meios de intervenção e as comuni-
C-
que integra os corpos de bombeiros da Ericeira, Mafra e Malveira.
Esta iniciativa contou com a colaboração da serviço de proteção
civil do município.
Comandante cessa funções
comandante do corpo
O de bombeiros da Asso-
José Miranda, deixou recentemente
aquelas fun-
“Durante os 18 anos
de comando esforcei-me
para contribuir o melhor
possível para o desempenho
da missão de maneira
com preocupação constan-
ria
que doutos comandantes
construíram ao longo
dos últimos seiscentos
anos”, referiu o comandante
José Miranda em
-
desempenho desta minha missão” referiu ainda o comandante José
O comandante José Miranda é presidente da Federação de Bombeiros
do Distrito do Porto.

MAIO 2012
A
-
-
para elementos de comando
dos corpos de bombeiros do
A visita, deve-se essencialmente
a proximidade relativa
como pelo facto desta estar inserida
no rio Tejo, rio este que
banha uma quantidade apreciável
de território do distrito de
elementos dos comandos dos
corpos de bombeiros, tiveram a
oportunidade de visitar as ins-
-
“Foi uma visita interessante,
em que todos tiveram um papel
Auditório Acácio Barreiros do Centro Cultural
O Olga Cadaval encheu, no passado dia 14 de
abril, para a cerimónia de entrega dos diplomas
-
Foram muitos os amigos, colegas e familiares
que compareceram para testemunhar a impor-
tagónicas,
por um lado estavam a ser formal-
com o atual impasse quanto ao futuro da Iniciati-
-
decimento
ao presidente da Câmara Municipal de
taram
a oportunidade “para demonstrar que a
jando
que estes diplomas funcionem como “pon-
-
muito ativo, devido a preocupa-
-
caso de, os bombeiros tem mui-
-
-
comandante Álvaro Ribeiro,
O ca
de Vila Real e membro do con-
-
-
vanus
2012 – Keeper of the
-
-
-
distrital, tendo sido acompanha-
-
ainda desenvolver mais eventos
nhecimento
e a melhoria da
operacionalidade que lhe está
adjacente, bem como e ainda, o
radagem
e de trabalho conjun-
-
contributo deste processo no prosseguimento de
-
de ser licenciado, foi um dos primeiros bombeiros
-
-
A terminar, o presidente da Câmara Municipal
apostar e acreditar nas escolhas feitas ao longo
Comandante distinguido em seminário
-
mandantes
de bombeiros ale-
uma investigadora universitária
-
-
-
apoiado pelo bombeiro de 2ª, Vi-
de uma garrafa de vinho com o
logotipo de Vila Real e de um
-
O acolheu, no passado dia 25
de abril, a cerimónia de jura-
-
- dois homens e seis mulheres
luntários
da Mealhada, teste-
-
bem como por familiares dos
breves palavras aos novos
bombeiros, para falar do empenho
e da disponibilidade dos jovens,
sublinhando que embora
“os objetivos a que se propuse-
pedido aos bombeiros “uma ati-
-
Terminou lembrando que
“acima de tudo e de todos está
s Bombeiros Voluntários de
O
novo comandante e segundo
comandante, cuja posse ocor-
tomou posse como comandan-
ocupava o posto de bombeiro
anos de idade, ocupava o posto
de posse decorreu no parque de
viaturas do quartel perante o
corpo ativo, dirigentes, elementos
do quadro de honra, autarcas
locais, familiares e amigos
dos empossados bem como diretores
e elementos de coman-
no uso da palavra, manifestou a
Maushake entregou-me duas
agulhetas de espuma para com-
tinadas
aos dois Corpos de Bom-
Álvaro Ribeiro, durante a sua
-
-
sas
do ramo e, já no regresso, em
Frankfurt, foi recebido pelo comandante
dos bombeiros daquela
cidade que lhe proporcionou uma
visita guiada a um dos seus quar-
diu,
ainda, aos operacionais
-
total disponibilidade para traba-
-
em geral e agradeceu o empenhamento
demonstrado pelos
elementos que mantiveram interinamente
o comando do cor-
-
23
elementos receberam o batismo
da ordem com o banho da praxe
Integram agora o contingente
dos voluntários da Mealhada
Marlene Filipa Correia de Olivei-
rolina
Madeira Rama, Joana
Rita Fernandes Rodrigues, Ana
Margarida Alves de Oliveira e
tónio Batista, depois de mani-
sados
lembrou a necessidade
de se concluir o quartel inaugu-
mil euros a verba necessária
-
-

24 MAIO 2012
Associação Humanitária dos
A Bombeiros Voluntários do
Sul e Sueste (Barreiro) assinou,
recentemente, um contrato de
âmbito do Quadro de Referência
Estratégico Nacional
(QREN), para aquisição de um
novo Veículo Urbano de Combate
a Incêndios (VUCI), que, segundo
fonte da instituição, “representará
uma melhoria muito
meios operacionais ao dispor do
corpo de bombeiros”. Esta viatura
vem substituir uma outra
com mais de 30 anos que acusa
“evidente desgaste e já é pouco
Esta candidatura aos fundos
características urbanas e industriais
da área de atuação dos
bombeiros do Sul e Sueste,
s ambulâncias do corpo de
ABombeiros Voluntários Espinhenses,
dispõem de um sistema
de som que permite levar
música à célula de transporte
das vítimas.
Este projeto de musicoterapia,
raro em Portugal, procura estudar
os efeitos da música na redução
da ansiedade e fomentar
a sensação de conforto durante
o transporte para o hospital.
Ao longo dos últimos anos,
parece ter sido comprovado impacto
positivo da música, nomeadamente
em doentes ventilados, nos cuidados
paliativos, nos tratamentos de quimioterapia
e também nas salas de espera das pediatrias.
Segundo os voluntários espinhenses “alguns
estudos provaram a semelhança dos efeitos música
aos dos sedativos”, nomeadamente na diminuição
dos níveis a ansiedade antes de uma cirurgia.
Assim sendo, a associação decidiu testar, em
BARREIRO
Associação assina contrato
quartel dos Bombeiros Vo-
O luntários de Vila Praia de
Âncora está a receber obras de
ampliação e remodelação, com
maior incidência nas áreas operacionais.
As necessidades do corpo de
bombeiros, levaram à realização
de melhoramentos que visam
consolidar e reforçar a segurança
da infraestrutura e garantir
aos soldados da paz de
melhores condições na prestação
de serviço.
Com estas alterações, a cave
do imóvel e o parque de viaturas
asseguram o parqueamento de todos os veículos.
Nesta área será instalado um tanque para
a lavagem de mangueiras e ainda uma arrecadação
para o material de combate a incêndios.
atendimento ao público, a central de comunicações,
salas de apoio balneários e instalações sanitárias.
Neste edifício de três pisos, o primeiro andar é
ocupado pelas camaratas do piquete de fogo e de
saúde, camarata feminina e ainda a sala de bom-
de continuar a responder ao
“mais alto nível” e com uma
“maior garantia de operacionalidade”
às ocorrências.
A aquisição do novo VUCI representa
um investimento de
cerca de 200 mil euros, sendo
que o montante máximo de
VILA PRAIA DE ÂNCORA
ESPINHO
conceder pelo Fundo de Coesão
é de aproximadamente 130 mil
euros. Nestas condições, caberá
à Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários do
Sul e Sueste garantir cerca de
30 por cento da verba, um
montante na ordem dos 55 mil
euros.
Melhoramentos para responder às necessidade
beiro, o refeitório e uma área de convívio. No
segundo piso, a direção da associação conta com
salas de reuniões e uma secretaria. Nesta área
funciona ainda um posto de enfermagem.
quartel dos Bombeiros Voluntários de Vila Praia
cento, sendo que os restantes 30 por cento foram
suportados pela Câmara Municipal de Caminha.
Sérgio Santos
Musicoterapia nas ambulâncias
100 pessoas, esta terapia, sendo que “é sempre
perguntado à vítima se está disponível para participar
no estudo e ouvir música e para responder
a um pequeno questionário.
O corpo de bombeiros Espinhenses pretende
assim, “uma vez mais, associar-se a condutas e a
projetos seguidos por entidades similares com
elevada experiência, para além de procurar prestar
o melhor serviço possível às populações”.
om objetivo de proporcionar
Cmelhores condições aos
operacionais, a Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários
de Caminha (AHBVC)
está a promover obras de re-
Não obstante a “derrapagem”
nos prazos de execução,
causada por uma interrupção
dos trabalhos, a empreitada encontra-se
agora em fase de
conclusão. Os voluntários de
Caminha podem, agora, orgu-
ciente,
com instalações que garantem
aos soldados da paz
melhores condições para a
prestação de socorro às populações.
A intervenção incluiu a bene-
guns
espaços operacionais, nomeadamente
da casa-escola
que se encontrava desativada,
e que agora volta a acolher as
CAMINHA
s Bombeiros Municipais de Coruche consegui-
O dispor de um novo quartel funcional e adequado
às missões que desempenham. O dia 25 de abril
último foi a data escolhida para a inauguração,
iniciando-se depois um processo de transferência
talação
da central de comunicações. Os bombei-
talações
existentes no centro da vila de Coruche.
A inauguração foi presidida pelo presidente da
Câmara Municipal de Coruche, Dionísio Mendes, e
contou com a presença de diversas entidades e
personalidades, nomeadamente, do vice-presidente
do conselho executivo da Liga dos Bombeiros
Portugueses (LBP), comandante Adelino Gomes,
e do presidente da Federação de Bombeiros
do Distrito de Santarém, Diamantino Duarte.
O quartel envolveu um investimento de um milhão
de euros, setenta por cento dos quais suportados
pelo Estado no âmbito do Quadro de Referência
Estratégico Nacional (QREN) e o restante
pela Autarquia.
vamos poder dar condições dignas aos bombeiros
que há anos têm reconhecidamente capacidade
melhores e equipamentos de topo.”
múltiplas formações realizadas
pelo corpo ativo. A ampliação
do edifício permitiu não só aumentar
as áreas operacionais,
mas também melhorar as camaratas
masculinas e femininas,
os balneários, instalações
sanitárias, espaços sociais e refeitórios.
A fachada do edifício
também foi revitalizada, ga-
CORUCHE
Municipais têm novo quartel
CASCAIS
nhando um aspeto mais moderno.
Com um custo total de
-
cento pelos fundos de coesão,
sendo que a verba restante saiu
dos cofres da Câmara Municipal
de Caminha.
Sérgio Santos
Portas da piscina abertas à população
piscina da Associação Humani-
A tária dos Bombeiros Voluntários
de Cascais está concluída e vai
ter as portas abertas no próximo
dia 9 de junho para que os associados
e a população em geral tenham
o primeiro contacto, segundo
o presidente da direção, “ com o
excelente resultado da parceria entre
a nossa associação e a Câmara
Municipal de Cascais”.
Para Rui Rama da Silva, “ trata-
-se da concretização de um sonho
muito antigo que, até em tempo de
crise, foi possível concretizar com
o apoio integral da Câmara, no âmbito do Pelouro do Desporto”.
A infraestrutura, que implicou um investimento de dois milhões de euros, vai ser inaugurada em 21
de julho, coincidindo com a comemoração do 126.º aniversário dos Voluntários de Cascais, e começará
a funcionar em pleno em setembro próximo.
Neste momento, a Associação tem já preenchido o quadro de professores e de colaboradores e con-
infraestrutura possa arrancar com perto de oitenta por cento da sua capacidade preenchida.

MAIO 2012
esde a Fundada a 7 de abril
Dde 1889, a Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários
de Coimbra, tem como
sede social o 1.º andar do n.º
27 da Praça Comércio, contudo
o quartel já percorrido várias
moradas e edifícios, permanecendo
o sonho de uma estrutura
que albergue não só as áreas
operacionais, mas também as
restantes valências da instituição.
Com grandes aspirações,
mas realistas, direção e comando,
batem-se, por agora, pela
existentes.
Nos primórdios, o corpo de
bombeiros instalou-se na Rua
Adelino Veiga, tento depois
ocupado outras instalações. Em
setembro de 1945 a instituição
recebe um terreno na Avenida
comemoração do 28.º ani-
A versário dos Bombeiros Voluntários
de Viatodos, Barcelos,
momentos, mas especialmente
pela atribuição do crachá de
ouro da Liga dos Bombeiros
Portugueses (LBP) e do colar de
mérito dos Bombeiros de Viatodos
ao comandante do Quadro
de Honra (QH) Joaquim João
Pereira.
As cerimónias foram presididas
pelo ministro da Administração
Interna, Miguel Macedo
e contaram com a presença de muitas entidades
e personalidades, nomeadamente, do vice-presidente
da LBP, Rui Silva, e do presidente da Federação
de Bombeiros do Distrito de Braga, Marinho
Gomes.
Na sua intervenção, o comandante em exercício
e antigo segundo comandante, José Ferreira
de Carvalho, fez um balanço detalhado do trabalho
realizado pelo corpo de bombeiros sublinhando
a importância do voluntariado nos bombeiros
com o facto de metade das horas semanais de
atividade estarem asseguradas precisamente
com voluntários. “Toda esta atividade, a que devemos
juntar as representações, as prevenções e
outros apoios à comunidade, exigem do corpo de
bombeiros um esforço e um empenhamento que
me permito nesta hora realçar e que muitas vezes
não é devidamente reconhecido por quem
tem responsabilidade no setor”, concluiu o mesmo
comandante.
O presidente da direção, Amadeu de Lemos,
fez questão de salientar o orgulho por possuírem
21.500 associados, número recorde em associações
de bombeiros, e fazendo o balanço das regalias
que lhes são oferecidas adiantou que “não
nos cansaremos de acrescentar todas as mais valias
que possam ir nesse sentido”.
O agora comandante do QH, Joaquim Pereira,
Fernão Magalhães, mas só em
1949 é colocada a primeira pedra
de um equipamento que foi
inaugurado a 15 de novembro
de 1953.
A necessidade de reforçar a
estrutura operacional está na
origem, em 1980, da criação da
secção de Ribeira de Frades e,
já 1996, a de Taveiro. A degradação
destes espaços, obrigaram
a repensar o futuro, que os
dirigentes consubstanciavam
“na construção de um novo
quartel num terreno de 9700
m2, situado entre a estrada de
Eiras e o Bairro de São Miguel.
A primeira pedra do complexo
foi colocada mas o sonho dos
voluntários acabou por não se
concretizar.
“Sejam a nossa alma e a
nossa força” é desta forma que
VIATODOS
o presidente da direção, João
Silva, lança um apelo à cidade
de Coimbra, para com o apoio
dos órgãos sociais da instituição,
seja possível resolver os
problemas da associação e
atual quartel.
Os bombeiros de Coimbra
chumbaram uma proposta de
construção de um novo quartel
fora do centro da cidade. O projeto
do município não agradou
ao presidente da direção João
Silva e ao comandante Fernando
Nobre, que alegam que deslocalização
“acabaria com o voluntariado”.
Por outro lado os responsáveis,
sublinham que as atuais
instalações se situam no centro
da cidade, com acessos facilitados,
a escassos minutos das zo-
Crachá para o antigo comandante
COIMBRA
“Sejam a nossa alma e a nossa força”
numa curta intervenção sublinhou que, nestes 30
anos, primeiro como bombeiro, depois como adjunto
de comando, posteriormente como segundo
comandante e nos últimos 19 anos como comandante,
sempre pautei a minha prestação
como bombeiro voluntário”, adiantando que “acabou
o serviço operacional mas não acabou a minha
vontade de servir”.
nas consideradas de risco,
como a baixa da cidade e a
zona alta, considerando que es-
do socorro.
Com 58 anos de existência o
quartel da Avenida Fernão Magalhães
apresenta visíveis de
degradação, nomeadamente
brechas na parede e no chão do
las
de formação, gabinetes de
comando e direção, camaratas
e balneários, espaços que, tam-
O “BP” foi conhecer o resultado
do árduo trabalho desenvolvido
pelos dirigentes e operacionais
após vários apelos lançados
às populações, autarquias
locais e empresas. Os
apoios não são muitos, mas
ainda sim permitiram remediar
algumas situações, nomadamente
a nível dos gabinetes e
salas de formação, embora não
seja possível resolver problemas
estruturais. O parque automóvel
que alberga as viaturas
“da primeira linha” já se encontra
a ceder e a “parada Rainha
Santa” é exígua para receber os
veículos, o que obriga a aparcá-
-los noutras zonas da cidade.
Em fase de construção está,
nas traseiras do quartel, um
“parque avançado para os veículos
de combate a incêndios
mais pesados”.
Embora existam muitos pro-
PINHAL NOVO
tomada de posse do novo comandante, a ho-
A menagem ao antigo dirigente Ismael Baltazar
e ao segundo comandante do Quadro de Honra
(QH) e o descerramento duma placa em memória
do bombeiro de 3º, Ricardo Gomes, falecido em
serviço, marcaram especialmente a sessão solene
comemorativa do 61.º aniversário da Associação
Humanitária de Bombeiros de Pinhal Novo,
Palmela.
Raul Prazeres é o novo comandante do corpo
de bombeiros dos Voluntários de Pinhal Novo. No
passado foi adjunto de comando e fez toda a carreira
de bombeiro naquela instituição. A sua nomeação
foi saudada pelas entidades presentes.
Idêntica saudação e agradecimento mereceu o
segundo comandante Joaquim Castro pelo desempenho
da função de comandante interino durante
cerca de um ano. Raul Prazeres recebeu o
estandarte da associação das mãos do segundo
comandada pelo adjunto de comando Luís Neto.
A meio da sessão solene procedeu-se ao descerramento
de um placa no parque de viaturas de
saúde em memória do bombeiro de 3.ª, Ricardo
Gomes, falecido em serviço em 26 de maio de
2011. A placa foi descerrada pelos seus pais. Seguiu-se
uma demonstração de várias valências
dos bombeiros e retomou-se a sessão solene.
Depois da entrega de 9 medalhas do quadro de
honra e de 11 assiduidade, três delas de 20 anos,
a vários elementos do corpo de bombeiros procedeu-se
então à atribuição do crachá de ouro da
Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) ao segundo
comandante do QH Francisco Marta e ao antigo
presidente da direção Ismael Baltazar.
Francisco Marta foi admitido como aspirante
em 1977 e passou por todos os postos até à categoria
de chefe, em 1989. Em 1990 desempenhou
a função de comandante interino e em 93
foi nomeado sucessivamente até 2009 data em
que passou ao QH. A entrega do crachá, a convite
do representante da LBP foi feita pelo comandante
Raul Prazeres.
25
ções
as verbas disponíveis e os
assegurar maior dignidade aos
espaços usados 87 bombeiros
que ali prestam serviço, designadamente
às camaratas, aos
balneários e à sala de bombeiro.des,
direção e comando não desistem
e continuam a lutar para
garantir todas as condições a
uma instituição com história e
com amplo e valioso trabalho
desenvolvido em prol da cidade
e do país.
Sérgio Santos
Novo comandante tomou posse
Foto: Abílio Neves
Foto: Abílio Neves
Ismael Baltazar foi também agraciado com o
crachá de ouro, prestando assim homenagem ao
antigo presidente dos Voluntários de Pinhal Novo,
o primeiro presidente da Federação dos Bombeiros
do Distrito de Setúbal e o dirigente da LBP,
particularmente associado à projeção internacional
dos nossos concursos de manobras.
A distinção foi-lhe aposta pela presidente da
Câmara Municipal de Pamela, Ana Teresa Vicente,
e pelo presidente da Reviver Mais, Lourenço Baptista.
A sessão solene contou também com as presenças
do presidente da Federação de Bombeiros
do Distrito de Setúbal, Eduardo Correia, do comandante
distrital de socorro, Dinis Jesus, dos
presidentes das juntas de freguesia de Pinhal
Novo e Pamela, do vice-presidente da Reviver
Mais, França de Sousa, e de muitos dirigentes e
elementos de comando das associações de bombeiros
do concelho e do distrito.
Seguiu-se um almoço confecionado por um
conjunto de amigos da Associação, (Carlos Marçal,
António Cacoete, Jorge Miranda e Raul Santos
Jorge), em que participaram quase meio milhar
de pessoas.

26 MAIO 2012
Associação Humanitária de Bom-
A beiros Voluntários de Camarate
comemorou, no dia 25 de abril o
75.º aniversário com uma cerimónia
repleta de momentos altos..
Uma formatura aprumada rumou
ao cemitério homenageando todos
os bombeiros e dirigentes já falecidos,
que, também, no decorrer da
sessão solene foram devidamente
recordados, nomeadamente em nos
Associação Humanitária dos
A Bombeiros Voluntários de
Alvaiázere (AHBVA) assinalou o
72.º aniversário, numa cerimónia
marcada pela condecoração
de José Tiago Guerreiro, com o
Crachá de Ouro da Liga dos
Bombeiros Portugueses, e de
Celestino Brás, com a Medalha
de Mérito Municipal.
“Hoje chegou o dia de agradecer
a um bombeiro sem farda,
pelos mais de 30 anos de
o representante da Liga dos
Bombeiros Portugueses (LBP)..
José Tiago Guerreiro, presidente
da assembleia-geral da
instituição, tomou a palavra
para recordar que há mais de
40 anos serva a associação”, revelando
ter sido “ com alguma
surpresa e emoção” que recebeu
a insígnia. Apesar de tudo o
que tem feito pela AHBVA, José
Tiago Guerreiro preferiu destacar
no seu discurso “o corpo ativo
disciplinado, motivado e
competente”, lembrando que os
bombeiros “tudo fazem sem
vários relatos históricos que serviram
para relembrar o empenho e
abnegação que caracterizam a ação
desta instituição.
Durante a sessão foram agraciados
os associados que há meio século
ou mais fazem questão e sentem
orgulho em apoiar a instituição.
Em dia de festa não foram esquecidos
os agradecimentos às autarquias,
mas também às empresas e à
CAMARATE
Bodas de diamante com homenagem ao corpo ativo
procura de notoriedade, mas
que no socorro a dar são sempre
os primeiros”.
Celestino Brás, capelão da
associação, também foi agraciado,
mas com a Medalha de
Mérito Municipal. O presidente
da Câmara Municipal de Alvaiázere
e presidente da direção
da AHBVA, Paulo Tito Morgado,
de Mérito Municipal até hoje
atribuída a alguém de Alvaiázere”
pelos “mais de 40 anos que
foi um homem que sempre, de
forma muito veemente e muito
bém
muito humilde, deu o corpo
ao manifesto, deu a cara e
tudo o que tinha por esta associação”.
Celestino Brás agradeceu a
distinção, salientando:
zer
e o que devia fazer era entregar-me
de alma e coração à
associação e a todas as causas
que sirvam para o progresso e
para o bem-estar desta freguesia
e deste concelho”.
s Bombeiros Voluntários de Pernes assinalaram o seu 35º ani-
Oversário com um vasto programa que inclui a entrada ao serviço
de uma nova viatura de comando obtida com o apoio da Autoridade
Nacional de Proteção Civil (ANPC).
Na oportunidade foi também referido o facto de decorreram nes-
população em geral, num gesto de
genuína gratidão que tomou maior
dimensão com a homenagem aos
homens e mulheres que, diariamente,
cumprem, na associação de Camarate
o lema “vida por vida”.
Na ocasião foram inaugurados e
batizados duas ambulâncias de socorro
e um veículo de comando e
apresentada uma antiga viatura recuperada
por Luís e José Rocha, in-
Nesta grande festa foram
igualmente distinguidos os
bombeiros com cinco anos de
serviço.
Nesta ocasião, o comandante
do corpo de bombeiros, Vítor
Joaquim, lembrou algumas das
defrontado, salientando que, só
durante os primeiros meses de
comparando com igual período
do ano passado”, acrescentando
que as condições climatéricas
fazem antever “um ano de
muito trabalho”.
“Os bombeiros hoje estão a
viver outra vez tempos muito
difíceis”, referiu José Ferreira,
do conselho executivo da LBP,
falando das questões climatéricas
como um problema que
“está na origem de despesas
excecionais”.
O representante da Autoridade
Nacional de Proteção Civil
(ANPC), Carlos Guerra, elogiou
os corpos de bombeiros do dis-
-
ALVAIÁZERE
sionalismo”.
Para fazer face às
adversas condições meteorológicas
e à sobrecarga de trabalho
ditada pelo aumento do nú-
esta entidade decidiu que “todo
o combustível gasto no comba-
ser suportado pela ANPC”.
“Não poderei deixar de manifestar
o meu receio referente
ao voluntariado”, referiu o comandante
Vítor Joaquim dos
voluntários de Alvaiázere,
adiantando que por enquanto a
corporação ainda não sente a
“escassez de meios humanos”.
Contudo, a atual conjuntura
que nem os bombeiros poupa,
pode condicionar o incentivo ao
voluntariado. O comandante falou
ainda no corte dos “poucos
longo destes anos”, nomeadamente
no que toca às taxas
moderadoras, concluindo que
“neste momento, os bombeiros
voluntários”.
vestimentos que asseguram a renovação
da frota e “garantem a
prestação de um serviço de qualidade
às populações”, conforme
nato
Alves.
Num gesto de reconhecimento
pela ação dos voluntários de Camarate,
marcaram prsenta nas bodas
de diamante da associação o presidente
da Câmara Municipal de Lou-
“Bombeiros sem farda” recebem condecorações
PERNES
Viatura de comando no aniversário
te momento as obras de ampliação do quartel, com um custo superior
a 400 mil euros, 120 mil dos quais caberá à Associação suportar
e o restante ao QREN.
Segundo foi salientado pelo presidente da Associação, não haveria
qualquer problema para assumir a parcela que lhe cabe na obra
O presidente da direção, Paulo
Tito Morgado, defendeu que
“esta casa foi fundada na chancela
do voluntariado e é assim
que deve continuar”, argumentando
que “o voluntariado é seguramente
também a pedra basilar
da formação, personalidade
e caráter dos nossos jovens, dos
infantes e dos cadetes aqui presentes”.
O representante da LBP lamentou
que aos bombeiros “muito
se exija e pouco se retribua” e
lembrou que estes “são os únicos
voluntários neste país que para
serem voluntários é lhes exigido
dar 270 horas por ano do seu
tempo, sob pena de passarem ao
quadro de reserva e deixarem de
ser bombeiros”.
Outro dos problemas que afeta
as associações de bombeiros
prende-se com o transporte de
doentes não urgentes, que
“constituía o fundo de tesouraria
das associações”, considerou
José Ferreira, adiantando que
“aquilo que se avizinha não é
res, Carlos Teixeira, o adjunto distrital
Francisco Miguel (ANPC); Rui Ferreira
vice-presidente da Federação
dos Bombeiros do Distrito de Lisboa
e representante da Liga dos Bombeiros
Portugueses; autarcas e elementos
das associações e corpos de
bombeiros de Loures, Sacavém e
Pontinha entre dezenas de populares
e amigos dos soldados da paz.
Sérgio Santos
bombeiros”. O novo modelo de
gestão aprovado pelo governo
recentemente “vem introduzir no
transporte de doentes não urgentes
um fator completamente
absurdo, que é veículos que possam
fazer tudo e mais alguma
coisa, possam também fazer
transporte de doentes”. No entanto,
para este responsável “isto
é o quebrar de toda uma tradição
de prestar um serviço de qualidades
aos doentes portugueses, ao
introduzir uma outra viatura de
transporte de doentes sem nos
dar garantia de qualidade”.
“A federação está atenta e
está a trabalhar para apresentar
respostas concretas para a Liga
dos Bombeiros Portugueses”, referiu
Mário Cerol, presidente da
Federação de Bombeiros do Distrito
de Leiria, que na sua intervenção
ainda elogiou o corpo ati-
de “extremamente bem comandado,
disciplinado e competente”.
Carina Gonçalves
caso já tivessem recebido os 600 mil euros que lhes são devidos
pelo Hospital e pela Câmara de Santarém.
Rosa e um concerto da Banda da GNR no pavilhão dos Voluntários
de Pernes.

MAIO 2012
Associação Humanitária de
A Bombeiros Voluntários do
Progresso Barcarenense comemorou,
no dia 21 de Abril, o
132.º aniversário.
O programa teve inicio com
formatura geral, ao que se seguiu
a romagem ao cemitério
em homenagem aos bombeiros
falecidos.
Esta festa teve como momento
alto a homenagem ao
chefe António Mendes, que há
51 anos serve os bombeiros
portugueses e constitui uma referência
para operacionais do
corpo de bombeiros.
A inauguração e batismo de
uma ambulância de socorro e
cerimónia da promoção de
bombeiros abrilhantaram as comemorações
que culminaram
com um almoço convívio que
juntou órgãos sociais, comando,
corpo ativo e familiares dos
bombeiros de Barcarena.
Sérgio Santos
BARCARENA
Promoções em dia de festa
Associação Humanitária dos
A Bombeiros Voluntários de
Fafe (AHBVF), assinalou, no
passado mês de abril, o 122.º
aniversário.
Cumpridas que foram as formalidades
e a visita aos cemitérios,
a formatura recebeu nos
paços do concelho, os convidados,
para a eucaristia celebrada
na Capela de Nossa Senhora de
Fátima, na Granja, pelo capelão
Peixoto Lopes e o padre Fernando
Araújo.
Depois da missa o capelão
procedeu à bênção de dois novos
veículos de transporte de
doentes, bem como de duas
viaturas que receberam profunda
intervenção, mercê do apoio
da Auto-Império e o trabalho do
bombeiro Hélder Pereira, que é
também funcionário da empresa.
Os festejos prosseguiram com a homenagem
aos voluntários que servem na instituição e a entrega
de crachás de ouro da Liga de Bombeiros
Portugueses, a cinco soldados da paz que completaram
trinta e cinco anos ao serviço da instituição.
O importante galardão distinguiu a ação
do bombeiro de 1.ª do QH, José Fernandes, do
chefe Luís Gonçalves, dos bombeiros de 1.ª Rogério
Ferreira e Amaro Santos, e do bombeiro de
3.ª, Bernardino Nogueira. Foram ainda entregues
medalhas de assiduidade a vários outros elementos
do corpo de bombeiros.
Outro dos momentos altos foi a promoção de
sete estagiários a bombeiros de 3.ª, um reforço
importante para o quartel de Fafe.
Na sessão solene marcaram presença de mui-
FAFE
Cinco crachás e sete reforços
tas individualidades dos bombeiros de todo o País
e também do presidente da Câmara Municipal de
Fafe, dos órgãos sociais e do comando da AHBVF.
Na sua intervenção o comandante José Matos
fez um apelo a “todos os bombeiros para que
continuem a ajudar e a dar de si”, porque a união
é que garante o “engrandecimento dos bombeiros
de Fafe”.
O presidente da direção, Pedro Frazão fez
questão de destacar o esforço da sua equipa na
recuperação do Dodge, o VUCI03, um veículo
americano de 1979 que avariou, tornando-se
muito difícil conseguir as peças para a sua reparação,
mas depois de muitos esforços o bólide já
o decurso da sessão solene
Ndas comemorações dos
seus 135 anos foram atribuídas
à Real Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários
de Vizela a Fénix de Honra
da Liga dos Bombeiros Portugueses
(LBP) e a Medalha de
Mérito de Proteção e Socorro,
Grau Ouro, do Ministério da
Administração Interna.
A Fénix de Honra, atribuída
pela LBP, é a sua segunda mais
confederação e, no caso, reconhece
a prática, ao longo de
mais de 100 anos, de serviços
altamente relevantes prestados
pelos Voluntários de Vizela,
de caráter altamente abrangente
e de inquestionável
e promoção de Causa dos
Bombeiros e de Proteção e Socorro.
As cerimónias foram presididas
pelo ministro da Administração
Interna, Miguel Macedo,
e contaram com a presença do
presidente da Câmara de Vizela,
Dinis Costa, do presidente
da LBP, comandante Jaime
Marta Soares, do comandante
nacional de operações da Autoridade
Nacional de Proteção
Civil (ANPC), Vaz Pinto, do presidente
da Federação de Bombeiros
do Distrito de Braga, comandante
Marinho Gomes, do
comandante distrital, Hercílio
ões,
o presidente da assembleia-geral,
general Cipriano
Alves, do presidente da dire-
VIZELA
Fénix no 135.º aniversário
ção, João Costa e do comandante
Paulo Oliveira.
Na sua intervenção, o presidente
da direção, João Costa,
lembrou que “o Estado seria
pouco inteligente, senhor ministro,
se deitasse fora este ativo
e esta força que tem de borla
e os substituísse por outros
que lhe custariam os olhos da
cara e mesmo até as migalhas
que ainda restam”.
27
O comandante Paulo Oliveira
lembrou igualmente que “urge
olhar de uma forma séria para o
setor dos bombeiros, que são a
maior força nacional em matéria
de proteção civil, com uma
história de mais de 600 anos”,
reforçando que “precisamos de
uma organização própria a nível
de região, por exemplo, para os
bombeiros, com uma hierarquia
própria”.

28 MAIO 2012
s Bombeiros Cabeceirenses cele-
Obraram no dia 22 de abril, o 63.º
aniversário, com programa que visou
fomentar o convívio entre todos os
elementos desta grande família.
As comemorações tiveram início
com o hastear das bandeiras e a romagem
ao cemitério, numa homenagem
sentida aos bombeiros, com e
sem farda, já falecidos.
Já em frente à Câmara Municipal, a
associação recebeu as entidades convidadas
que mais tarde também assistiram
à missa solene na qual os bombeiros
surpreenderam com a magistral
interpretação dos temas litúrgicos. O
padre Marcelino Esteves centrou a ho-
erca de centena e meia de
Csócios da Reviver Mais –
Associação dos Operacionais e
Dirigentes dos Bombeiros Portugueses,
em representação
de vários distritos do país, assinalaram
no passado dia 14
de abril o 10.º aniversário da
instituição.
Por razões de centralidade, a
cidade de Fátima foi o local escolhido
para a celebração da
efeméride, cujo programa incluiu
uma missa de sufrágio,
na Basílica Nova, pelos associados
e dirigentes falecidos,
seguida de almoço num com-
nal
do qual teve lugar uma
sessão evocativa, ponto alto
das comemorações. Na ocasião,
foram prestadas diferentes
homenagens, nomeadamente
a evocação nominal de
todos os sócios fundadores já
falecidos e a entrega formal de
diplomas de reconhecimento
aos sócios fundadores presentes.
O presidente da Câmara
Municipal de Ourém, Paulo
CABECEIRAS DE BASTO
Bombeiros celebraram 63.º aniversário
milia no espírito de voluntariado dos
bombeiros, numa celebração tocante
que muito emocionou a assembleia.
A sessão solene que se realizou no
salão do quartel, teve início com a entrega
de divisas a bombeiros de 3.ª,
de 2.ª e de 1.ª, ao que se seguiu a
intervenção de China Pereira, presidente
da assembleia geral da associação,
que deixou claro o seu grande
apreço pela associação e estima pelos
bombeiros, pelo trabalho prestado à
sociedade.
As palavras do comandante Duarte
Ribeiro, foram, mais uma vez de apoio
e orgulho. Falou dos mais de 100 in-
Fonseca, também ele ex-dirigente
dos Bombeiros Voluntários
de Ourém, fez questão de
comparecer no evento, sublinhando
a legitimidade das aspirações
de ordem social da
Reviver Mais e o mérito das
ações empreendidas até ao
momento, caso das várias
tentativas de sensibilização
das entidades competentes
para a necessidade da existência
de uma ou mais infraestruturas
que correspondam
à intenção do legislador quando
consagrou, no Estatuto So-
meses deste ano, para os quais foi
sempre possível mobilizar equipas
competentes, não obstante a escassez
de recursos humanos.
mandante
Manuel Martins Pereira, depois
de ter recordado outros tempos,
apelou aos mais novos para que se
empenhem na nobre causa de servir
os outros.
Também Jorge Machado, presidente
da direção dos cabeceirenses, falou do
passado e relembrou o grande incêndio
de 1951, no Mosteiro de S. Miguel
de Refojos, que terá sido determinante
para despertar os cabeceirenses
para a necessidade na criação do seu
cial do Bombeiro, o apoio à
Casa de Repouso do Bombeiro.
Congratulando-se com o facto
de o concelho de Ourém ter
sido escolhido para a realização
das comemorações, o edil
dispôs-se a concorrer com o
seu apoio no encontro de soluções
viáveis que possam levar
à concretização do mais ambicioso
objetivo da Reviver Mais:
a instalação da Casa do Bombeiro,
em edifício de raiz ou
Por sua vez, o presidente do
REVIVER MAIS
10 anos… e o sonho comanda a vida
CANEÇAS
conselho de administração
executivo, Lourenço Baptista,
referiu que a Reviver Mais está
a cumprir integralmente os desígnios
inerentes à sua qualidade
de Instituição Particular
de Solidariedade Social, na defesa
dos legítimos interesses
dos sócios e dos familiares, à
luz da dignidade humana, não
obstante a inexistência de condições
físicas próprias, que são
uma necessidade para a real
sociação
se destina.
“Tem sido a nossa principal
corpo de bombeiros. Mostrou-se ainda
preocupado com a apatia que se vive
nanceiras
que as associações de bombeiros
enfrentam.
Manifestou, no entanto a certeza de
que, “apesar de tudo, onde e quando
for necessário o socorro e o salvamento,
estarão os bombeiros”.
O presidente da Junta de Freguesia
o carinho pelos soldados da paz e entregou
a Jorge Machado um donativo
para a associação.
O presidente da Câmara Municipal
de Cabeceiras de Basto, Joaquim Barreto,
felicitou a instituição pelo de-
preocupação, através do Departamento
de Ação Social, recentemente
criado, assumir a
mais ampla disponibilidade
para acolher situações de carência
económica e social, a
coberto de protocolos de cooperação
com entidades ligadas
aos bombeiros, muito especialmente
a Liga dos Bombeiros
Portugueses, no âmbito do
Fundo de Proteção Social, e
com outras entidades de idên-
nadamente
as misericórdias”,
informou aquele responsável.
fanfarra da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ca-
A neças comemorou, no dia 13 de maio, o 18.º aniversário com um des-
Foram muitos os populares que se juntaram a esta festa e aplaudiram
da vila de Caneças, num espetáculo que terminou a apresentação das fanfarras
às entidades presentes entre elas o vereador da Câmara Municipal
de Odivelas, Mário Máximo Santos, o presidente da Junta de Freguesia de
Caneças, Armindo Fernandes; o presidente da direção da associação Domingos
Tomé e o comandante dos bombeiros de Caneças Manuel Varela.
Abrilhantaram este encontro os agrupamentos dos bombeiros de Agualva-Cacém,
Amora, Belas, Benavente, Bucelas, Caneças, Canha, Cascais,
Coja, Odivelas, Oliveira do Hospital, Olhão, Peniche, Pontinha, Queluz, São
Martinho do Porto e Tábua.
Sérgio Santos
sempenho e dedicação colocados em
todas as atividades e disse que os voluntários
Cabeceirenses podem contar
com a autarquia, nomeadamente a ní-
esse “apoio é muito pequenino para o
trabalho que fazem”.
Antes do encerramento da sessão
Vítor Eusébio, 2.º comandante dos voluntários
de Agualva-Cacém, ofereceu
ao presidente Jorge Machado, uma
placa evocativa do 63.º aniversário
dos cabeceirenses.
A festa culminou num almoço que
reuniu dezenas de convivas no parque
de viaturas do quartel dos bombeiros
de Cabeceiras de Basto.
Intervieram também, o presidente
da mesa da assembleia
geral, Madeira Grilo, o presi-
António Laranjeira, o presidente
da direção dos Bombeiros
Voluntários Lisbonenses Garcia
Correia, o presidente da NA-
BUL – Associação de Bombeiros
Ultramarinos, comandante
Manuel Correia, e o duplo representante
da Federação de
Bombeiros de Santarém e da
Liga dos Bombeiros Portugueses,
comandante Vítor Bertelo.
Para assinalar a passagem
do 10.º aniversário, a Reviver
Mais lançou um medalhão comemorativo,
que foi entregue
a várias personalidades, e
criou entretanto o site institucional
da associação, disponível
em www.revivermais.pt.
A jornada realizada em Fátima
contou com o apoio logístico
do delegado distrital, Carlos
Pinheiro, e ainda dos Bombeiros
Voluntários do Dafundo, de
Ovar e do Fundão, no transporte
de sócios das respetivas
áreas.

MAIO 2012
Associação Humanitária dos Bombeiros Vo-
A luntários das Taipas comemorou o 125º aniversário
com a inauguração de viaturas, a ampliação
das suas instalações e a atribuição de diversas
distinções, nomeadamente, da Fénix de
Honra da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP).
o dia 18 de maio, na Praça
Ndo Município, em Lisboa,
decorreram as cerimónias principais
alusivas ao 617.º aniversário
do Regimento de Sapadores
Bombeiros de Lisboa (RSB).
No momento decorreu, a imposição
de divisas, entrega de
machados e juramento de compromisso
de honra perante o
Estandarte Nacional dos novos
156 bombeiros sapadores. A
cerimónia foi presidida pelo
presidente da Câmara Municipal
de Lisboa, António Costa, e
contou com a participação do
comandante do RSB, coronel
Joaquim Pereira Leitão, do se-
Associação Humanitária dos
A Bombeiros Voluntários de
Ferreira do Zêzere assinalou, no
passado mês de abril, o 65.º
aniversário, “efeméride digna de
registo” mas que “o momento
difícil que se vive, localmente e
no País” obriga a comemorar
“de forma discreta, sem grandes
movimentações de convidados”,
conforme referiu na sessão solene,
Norberto Graça, o presidente
da direção da instituição.
As celebrações centrarem-se
na sentida homenagem aos
“homens e mulheres que abraçaram
esta causa, que tudo fazem,
sem procurar notoriedade,
sempre em prol do próximo
e sobre o lema Vida por Vida”.
cretário de Estado da Administração
Interna, Filipe Lobo
D’Ávila, os vereadores Manuel
Brito e Maria João Mendes, o
presidente do conselho executivo
da Liga dos Bombeiros Portugueses,
comandante Jaime
Marta Soares, do presidente da
Autoridade Nacional de Proteção
Civil, major - general Arnaldo
Cruz, do presidente da Associação
Nacional de Bombeiros
do presidente da Direção da Escola
Nacional de Bombeiros,
José Augusto Carvalho, entre
outros.
Na Praça do Município decor-
Durante a sessão solene direção
e comando distinguiram
cerca de três dezenas de operacionais.
Em dia de festa, Norberto
dades,
mas preferiu sublinhar
que apesar de todos os pesares
ARRAIOLOS
Assistência médica gratuita
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Arraiolos acor-
A dou com a médica Ana Margarida McCulloch, com consultório de Clínica
Geral em Lisboa, no sentido da prestação de assistência médica em
termos de consulta aos elementos da fanfarra, corpo ativo, comando e
órgãos sociais, gratuitamente, não englobando, no entanto familiares.
Como contrapartida, é cedido um gabinete, no quartel sede da Associação,
para a prestação de consultas de clínica geral privadas, pelo custo de
25,00.
Segundo fonte da Associação, “a celebração deste acordo tem também
mente
na prestação de apoio médico”.
O Ministério da Administração Interna (MAI)
concedeu também à instituição a medalha de mérito
proteção e socorro, grau ouro e distintivo azul.
Entre as distinções destaque-se, em particular,
a atribuição do crachá de ouro da LBP ao presidente
da direção, padre José das Neves Machado,
TAIPAS
Inaugurada ampliação das instalações
reu também a bênção de seis
novas viaturas de combate a incêndios.
No dia seguinte, 19 de maio,
RSB
Gabinete de Proteção Civil do Muni-
O cípio de Sátão com o apoio dos
Bombeiros Voluntários de Sátão e da
Guarda Nacional Republicana, pretende
criar uma mascote e respetivo nome,
de modo a desenvolver uma cultura de
proteção civil junto dos jovens, sendo
estes, um importante agente de mudança.
O objetivo geral da criação da masco-
e ao chefe Custódio da Cunha Gomes, e a medalha
de serviços distintos grau ouro ao vice-presidente
da direção, Alberto da Rocha Ribeiro.
A sessão solene comemorativa foi presidida
pelo secretário de Estado da Administração Interna,
Filipe Lobo d´Ávila. O presidente da LBP, co-
Comemorados 617 anos
não pode ser quebrado o com-
assumido com as populações.
O dirigente aproveitou a ocasião
para “deixar uma palavra
pública de sentida gratidão” ao
presidente da Câmara Municipal
de Ferreira do Zêzere, que
FERREIRA DO ZÊZERE
as comemorações prosseguiram
com a homenagem aos
bombeiros falecidos, incluindo
a colocação de uma coroa de
Em dia de festa, cerimónia discreta
“sempre se preocupou com a
instituição”.
“Atualmente recebamos mais
apoio do município do que da
Autoridade Nacional de Proteção
Civil”, referiu.
Na sua intervenção Norberto
Graça agradeceu o apoio de to-
Fotos: RSB
do comando, à Avenida D. Carlos
I, seguida de uma missa solene
em homenagem a todos
dos os associados e amigos da
gura
de Sérgio Melo, um benemérito
que entre muitas outras
ofertas custeou “o carroçamento
do veiculo de comunicações e
SATÃO
Mascote da proteção civil
Civil Municipal (com todos os seus
agentes) em campanhas de sensibilização
e educação a idades mais jovens,
para questões de prevenção e segurança.
Este concurso pretende ir de encontro
aos jovens com idades compreendidas
entre os 7 e 16 anos, aberto a todos
os alunos pertencentes ao Agrupamento
de Escolas de Sátão. As
propostas dos trabalhos deverão ser
entregues aos diretores de turma, até
29
mandante Jaime Marta Soares, o presidente da
Federação de Bombeiros do Distrito de Braga, comandante
Marinho Gomes, e o provedor da LBP,
Fernando Vilaça, estiveram também presentes,
entre os autarcas e muitos dirigentes e elementos
de comando das associações congéneres.
atuação da banda do RSB no
átrio da Igreja de Santos-o-Velho.
a antena de comunicações do
quartel”.
O dia terminou em festa, num
jantar convívio que juntou direção,
comando, bombeiros, familiares
e amigos da instituição.
às 17h. do dia 30 de março. Serão atribuídos
prémios aos criadores da mascote
e o nome, selecionados em primeiro
lugar e a todos os concorrentes admitidos.
Para mais informações os interessados
devem contactar o Gabinete de
Proteção Civil da Câmara Municipal de
Sátão através do número de telefone
232980000 e e-mail prociv@cm-satao.
pt.

30 MAIO 2012
ma vez mais a Juvebombei-
Uro do Distrito de Aveiro reuniu
a “família” em mais um jantar,
que desta feita se realizou
em Vale de Cambra, núcleo que
assumiu a organização do
evento.
Cerca de uma centena de
convivas viveram momentos
animados, puseram a conversa
em dia, os encontros são normalmente
de trabalho e dão espaço
à descontração.
O encontro que envolveu
inquenta e sete nadadores-salvadores em re-
Cpresentação de cinco associações disputaram
recentemente na Praia da Rocha, em Portimão, o
5.º Campeonato Nacional de Salvamento Aquático
Desportivo organizado pela Federação Portuguesa
de Nadadores-Salvadores.
Individualmente, nas provas de “corre nada
corre”, os vencedores masculino e feminino foram,
respectivamente, Rodrigo Costa e Susana
Mateus, no “salvamento com cinto” Rogério Tavares
e Marina Pedro, no “salvamento com prancha”
foram Rodrigo Costa e Susana Mateus, e “bandeiras
na praia” Paulo Varela e Anna Grinina.
AVEIRO
Juvebombeiro promove convívio
N
de Abril, os infantes e cadetes
dos Bombeiros de Espinho,
deslocou-se a Terras do
Bouro, Vilarinho das Furnas, S.
Bento da Porta Aberta, numa
iniciativa que visou não só o
contacto com a natureza e a
aventura, mas também o convívio
entre as crianças e jovens
e os monitores responsáveis
pela sua formação.
O grupo dos voluntários de
sada
de Juventude de Vilarinho
das Furnas, onde tiveram
muito trabalho do núcleo de
Vale de Câmara, realizou-se no
Restaurante Adega Soares onde
animado grupo foi recebido e
servido com enorme simpatia.
Marcaram presença no repasto
bombeiros de Castelo de
Paiva, Albergaria-a-Velha, Estarreja,
Espinhenses, São João
da Madeira, Oliveira de Azeméis
e Pampilhosa.
Antes das despedidas houve
muita diversão na cidade, nomeadamente
nos espaços no-
ESPINHO
Desporto fomenta convívio
junto
de atividades desportivas.
Em jeito de balanço, os par-
PORTIMÃO
turnos do momento: Chiclete e
Bar da Praça.
O próximo jantar convívio
será organizado pelo corpo de
bombeiros de Estarreja.
“Queremos ser um só para
melhor servir os outros” é o
lema da Juvebombeiro do Distrito
de Aveiro, que se concretiza
pela união e pela amizade
e estes encontros informais
são de facto importantes para
consolidar a ligação destes jovens.
ticipantes nesta ação falam de
diversão, mas também da
mais-valia das muitas experiências
vivenciadas.
Nadadores-salvadores disputaram
campeonato nacional
Colectivamente, o grande vencedor foi a associação
Resgate – Litoral Alentejano (271 pontos)
seguida da Búzios – Coruche (34 pontos), da AN-
SAlbufeira (27 pontos), da ANSABA – Portimão (8
pontos) e a Coral – Reguengos de Monsaraz (2
pontos).
A propósito, o presidente da Federação Portuguesa
de Nadadores-salvadores, Alexandre Tadeia,
salientou-nos o crescente interesse que estas
provas têm vindo a gerar entre os associados
a que acresce também a presença de muito público
na assistência ao desenrolar das sucessivas
ecorreu nos dias 4, 5 e 6 de
Dmaio, o V Acampamento da
Juvebombeiro do Distrito de
Bragança, organização que
marca a “estreia” de Pedro Santos,
o novo coordenador distrital,
na dinamização destas atividades.
O local escolhido foi o parque
de campismo de Vimioso que
acolheu cerca de quarenta jovens
bombeiros, oriundos de
vários quartéis.
Das várias atividades em que
o grupo se envolveu destaque
para a prova de orientação noturna
cumprida por equipas
constituídas por cinco elementos,
que percorrendo as ruas da
vila de Vimioso tiveram que su-
mente
montar uma linha de
mangueira, colocar corretamente
um aparelho respiratório,
executar uma técnica de
imobilização em trauma, entre
outros.
Já na despedida os jovens
bombeiros tiveram a oportunidade
de almoçar com o 2.º CO-
DIS de Bragança, bem como
com elementos do comando e
da direção da Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários
de Vimioso.
A Comissão Coordenadora
Distrital da Juvebombeiro e o
veis”
e fazem questão de agradecer “aos participantes e a todas as pessoas que apoiaram a realização
deste acampamento”.
s Bombeiros de Peniche marcaram presença no 1.º Passeio de Clássicos Villa Atouguia da Baleia,
Oiniciativa da Sociedade Filarmónica União 1.º de Dezembro, abrilhantada pela participação de cerca
de 90 bólides
Associaram-se o evento a Câmara Municipal de Peniche, Junta de Freguesia de Atouguia da Baleia,
Guarda Nacional Republicana, Polícia de Segurança Pública e rádio 102FM.
s voluntários de Fafe vence-
Oram o 1.º Encontro de Orientação
Pedestre, uma organização
da Secção Desportiva e Cultural
dos Bombeiros Famalicenses.
A equipa vitoriosa, composta
por Florbela Oliveira, Fátima Ri-
BRAGANÇA
Jovens acampam no Vimioso
PENICHE
Bombeiros nos clássicos
FAFE
Vitória em casa famalicense
beiro, Rósana Freitas, Fábio
Gonçalves e Fábio Freitas, percorreu
os 11 quilómetros da pro-
em 4h 42m 32s, à frente dos
bombeiros de Baião e de. Braga.
Registe-se que o Núcleo de
Fafe da Juvebombeiro, que há
seis anos dinamiza uma prova de
Orientação Pedestre, este ano
não a realizou porque o quartel
está em obras de remodelação.
Ainda assim, o saber acumulado
foi transmitido aos famalicenses
o que acabou por contribuir para
o êxito do evento.

MAIO 2012
1 de Junho
Bombeiros Voluntários de Paredes . ............128
Bombeiros Voluntários da Moita ................79
Bombeiros Voluntários de Lagares da Beira ........66
Bombeiros Voluntários de Penalva do Castelo ......63
2 de Junho
Bombeiros Voluntários de Pinhão ...............36
3 de Junho
Bombeiros Voluntários de Sousel ...............32
Bombeiros Voluntários de São Vicente e Porto Moniz .18
4 de Junho
Bombeiros Voluntários de Miranda do Douro . ......52
5 de Junho
Bombeiros Voluntários do Soito ................31
6 de Junho
Bombeiros Voluntários de São Pedro de Sintra. ....106
Bombeiros Voluntários de Almeirim .............63
7 de Junho
Bombeiros Voluntários de Chaves. ..............76
8 de Junho
Bombeiros Voluntários de Pataias. ..............34
10 de Junho
Bombeiros Voluntários da Arruda dos Vinhos ......123
Bombeiros Voluntários da Pontinha .............33
12 de Junho
Bombeiros Privativos das OGMA. ...............16
13 de Junho
Bombeiros Voluntários de São Martinho do Porto . . . 105
Bombeiros Voluntários da Lousada ..............82
14 de Junho
Bombeiros Voluntários de Minde ...............39
15 de Junho
Bombeiros Voluntários de Arrifana ..............85
16 de Junho
Bombeiros Voluntários de Entre-os-Rios . .........89
Bombeiros Voluntários de Peniche ..............83
ANIVERSÁRIOS
20 de Junho
Bombeiros Privativos Robinson ...............109
Bombeiros Voluntários de Ermesinde ............91
21 de Junho
Bombeiros Voluntários da Covilhã .............137
Bombeiros Voluntários da Amora . . . . . . . . . . . . . . .13
22 de Junho
Bombeiros Voluntários de Colares .............120
Bombeiros Voluntários do Barreiro ..............80
24 de Junho
Bombeiros Voluntários de Sintra ..............122
Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis .....106
Bombeiros Voluntários de Nelas ................92
Bombeiros Voluntários de Barcelinhos. ...........91
Bombeiros Voluntários de Viana do Alentejo .......30
25 de Junho
Bombeiros Voluntários da Trafaria ..............81
Bombeiros Voluntários de Terras do Bouro ........27
Bombeiros Voluntários de Fátima ................9
26 de Junho
Bombeiros Voluntários de Loures ..............125
Bombeiros Municipais de Loulé ................85
27 de Junho
Bombeiros Voluntários de Valença . .............93
Bombeiros Voluntários de Vila Viçosa . ...........75
28 de Junho
Bombeiros Voluntários de São Pedro da Cova ......34
29 de Junho
Bombeiros Voluntários de Odivelas. ............115
Bombeiros Voluntários Famalicenses ............85
Bombeiros Voluntários de Paços de Ferreira. .......81
Bombeiros Voluntários de Paços de Sousa. ........74
Bombeiros Voluntários de Vila Velha de Rodão. .....63
Fonte: Base de Dados LBP
em Maio de 1992
VILA REAL
Cruz Branca
arranca com
“Morcegos”
s Morcegos” é o título do
“Oboletim da Associação
Humanitária dos Bombeiros Voluntários
de Salvação Pública de
Vila Real – Cruz Branca cujo primeiro
número saiu no início do
ano. Trata-se de uma nova publicação
que importa salientar,
quer pela iniciativa em si mesma,
quer pelo próprio conteúdo
da primeira edição.
No editorial, o comandante
Álvaro Ribeiro, sintetiza bem a
iniciativa, que elogia, “com uma
atitude positiva e virada para o
futuro de um grupo de bombeiros
com espírito inovador”.
O presidente da direção, António
Graça, associou-se também
ao primeiro número com
uma mensagem em que elogia
o trabalho realizado, em especial,
tendo em conta os tempos
difíceis que se atravessa.
umprindo a tradição, os Bombeiros Cabecei-
Crenses receberam no quartel, a Visita Pascal.
A Páscoa cristã simboliza a morte e a ressurreição
de Jesus Cristo, assim como a união das famílias,
pelo que foi, num ambiente de união e de
alegria, que os voluntários de Cabeceiras de Basto
acolheram a cruz e o compasso pascal.
Receberam a comitiva liderada pelo Reverendo
Arcipreste Marcelino Esteves, elementos da direção,
do comando, bombeiros e seus familiares,
associados e ainda representantes da câmara
municipal e da Junta de Freguesia de Refojos,
bem como um elevado número de populares.
A cerimónia que teve como ponto alto o “beijar
ombeiros Voluntários do Sul e Sueste –
BBarreiro realizaram, neste mês de maio, a
segunda peregrinação a Fátima a pé
A caminhada que teve início no dia 7 contou
com a participação de cerca de 40 peregrinos.
No momento da partida, o grupo reunido no
É apenas uma questão
de cultura
31
iquei surpreso por
Fencontrar Marcos de
Água com uma vareta
listada de branco e
vermelho numa zona
residencial com casas
unifamiliares, típicas
dos americanos na cidade
de Newark
(EUA).
A minha curiosidade
levou-me a perguntar
o porquê da tal vareta.
De imediato esclareceram-me
que era a forma
de localizar os Marcos
de Água quando
estes estão cobertos
de neve.
Algumas lições poderão
ser retiradas. A
primeira é a grande
importância que as autoridades atribuem à segurança contra incêndios,
pela existência destas infraestruturas com pouco espaçamento
entre eles. A segunda pela preocupação em localiza-los com
facilidade, mesmo quando a neve os esconde. A terceira pelo seu
estado de conservação ser cuidado e por ultimo, o modelo do Marco
de Água ser o mesmo, numa cidade territorialmente extensa e
com uma população de 280 000 habitantes.
Não podemos deixar de referir que o planeamento urbano nesta
matéria é cuidado, as coimas são pesadas para o estacionamento
à frente dos Marcos de Água, a manutenção do equipamento é executada,
a preocupação em uniformizar o equipamento para facilitar
a sua utilização é patente e o vandalismo não deve ter expressão.
Contudo, sobre a questão da uniformização dos Marcos de Água, as
regras dos concursos de fornecimento devem com certeza ter em
conta a livre concorrência do mercado.
Funciona em tudo isto o superior interesse em proteger a população,
através do cultivo de regras e comportamentos que conduzem
a uma sociedade desenvolvida.
Álvaro Ribeiro
CABECEIRAS DE BASTO
Páscoa no quartel
BARREIRO
Bombeiros peregrinos
bombeiros, dos elementos do quadro ativo, e da
Banda Cabeceirense.
no quartel dos bombeiros, o grupo não escondia
a emoção, mas movido por uma fé inabalável,
acreditava que o espírito de entreajuda
bem característico da família dos bombeiros
de Portugal tornaria o caminho menos penoso.

32 MAIO 2012
s Bombeiros Voluntários de Caci-
Olhas e a Escola de Tecnologias Navais
da Armada (ETNA), no Alfeite, celebraram
um protocolo através do qual
os primeiros passam formalmente a
poder usufruir de formação nas instalações
da segunda.
Estas instalações são modulares, foram
sendo sucessivamente desenvolvidas
e atualizadas ao longo dos anos
e resultam da antiga Escola de Limita-
LOUVOR/REPREENSÃO
A todos
os bombeiros
que, apesar da crise em curso, redobraram
forças para assegurar mais um dispositivo
Ao Ministério
da Saúde
ção de Avarias da Armada, à época frequentemente
utilizada pelos bombeiros
quando ainda não existiam em Portugal
outras infraestruturas do género.
O protocolo teve como subscritores,
o capitão-de-mar-e-guerra Henriques
Gomes, em representação do chefe do
Estado Maior da Armada e enquanto
comandante da ETNA, o comandante
Clemente Mitra, presidente da direção,
e o comandante Miguel Silva dos Vo-
por ter solicitado à Liga dos Bombeiros Portugueses
um parecer sobre um diploma que,
CACILHAS
Protocolo entre bombeiros e Marinha
luntários de Cacilhas. Estiveram também
presente, o comando da Base Naval
de Lisboa, o vogal do conselho executivo
da Liga dos Bombeiros Portu-
assembleia-geral dos Bombeiros de
Cacilhas, Lourenço Batista, o presiden-
trito
de Setúbal, Eduardo Correia, o
coordenador do Serviço Municipal de
Proteção Civil de Almada, António Go-
utro dia a conversa aqui no quartel an-
Odava à volta da vassourada que continua
a não ser dada onde deve pelos vistos.
Eu até acho que anda tudo a pedir vassourada.
A vassoura permite limpar tudo à sua
frente e mesmo assim às vezes não é à primeira
e são precisas várias passagens com
po.
Há uns tempos também falei aqui da
vassourada. E entretanto nada aconteceu
mas espero que desta vez é que é.
O Governo prometeu que ia ajudar os
bombeiros. Alguém perguntou-me aqui
quartel, então por que não ajuda? Até parece
que estão a aproveitar-se das nossas
zia
um chefe aqui do nosso corpo de bombeiros.
Mas aqui na terra a canga é para os
bichos.
Eu não quero acreditar que o Governo
nem ele segue com a vassourada que anda
a fugir de dar.
dinho, e o adjunto de comando de Cacilhas,
Luís Sousa.
Para o comandante Miguel Silva, “ é
um imenso orgulho obter este protocolo
entre os Bombeiros de Cacilhas e a Marinha
de Guerra Portuguesa, pois servirá
para enriquecer os nossos conhecimentos,
numas instalações únicas no nosso
país”.
A assinatura do protocolo é o corolário
de um conjunto de esforços desenvolvi-
A Crónica
do bombeiro Manel
A história
da vassourada
Ainda outro dia numa associação aqui
do Norte um diretor dizia no aniversário
que um bom conversador é um bom ouvinte.
Eu até gostava de concordar mas
aquilo a que assistimos é ouvir muita
conversa e depois muito pouca atenção
quando é a vez dos bombeiros falar.
Dizem-me que lá para Carnaxide está
tudo amigo com o Governo. Os governantes
até podem querer mudar lá muita
coisa mas dizia-me outro dia um colega
bombeiro que cada vez vai ser
mais difícil, ou pelo menos parece isso.
Ele andou a estudar para doutor e sabe
muita coisa. O Governo chegou lá verde
e aprendeu muito com quem lá estava
mas não sei se percebeu tudo. E o desengordurar
de que se tem falado se
calhar vai ser só uma aparadela de gordura
como fazemos aqui ao presunto
antes de o cortar para o prato. Disseram-me
que as mudanças iam ser depois
do Dispositivo do ano passado mas
dos para o efeito desde 1998, primeiro
pelo comandante Mitra, então responsável
pelo corpo de bombeiros, pelo comandante
Godinho (2005-2010), que se
lhe seguiu e mais recentemente pelo comandante
Miguel Silva, a partir de 2010.
A concretização do protocolo ocorreu
no dia em que a Marinha procedeu à
de verão, momento que tivemos a oportunidade
de registar.
depois não sei o que se passou. Agora
oiço dizer o mesmo, ou seja, que a mu-
Estamos para ver. Verão, verão é para
nós que vamos andar outra vez no sufoco
do apaga fogos. Mudar e desengordurar
é ou não é. Não pode ser mais ou
menos. Os fogos também se apagam ou
apagar. Não pode é ser mais ou menos.
Connosco não dá. Decidam-se é a dar a
vassourada. O pó está a acumular-se e
as alergias continuam aí como temos
visto este ano. E isso no meio dos bombeiros
ainda é pior. O Governo ainda
não percebeu que para ganhar a con-
tantas coisas nos últimos tempos, no
mínimo tem que dar o exemplo. Amigos,
vamos a isso. De promessas está o
Inferno cheio.
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