Maio - Jornal Bombeiros de Portugal

MAIO 2012
esde a Fundada a 7 de abril
Dde 1889, a Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários
de Coimbra, tem como
sede social o 1.º andar do n.º
27 da Praça Comércio, contudo
o quartel já percorrido várias
moradas e edifícios, permanecendo
o sonho de uma estrutura
que albergue não só as áreas
operacionais, mas também as
restantes valências da instituição.
Com grandes aspirações,
mas realistas, direção e comando,
batem-se, por agora, pela
existentes.
Nos primórdios, o corpo de
bombeiros instalou-se na Rua
Adelino Veiga, tento depois
ocupado outras instalações. Em
setembro de 1945 a instituição
recebe um terreno na Avenida
comemoração do 28.º ani-
A versário dos Bombeiros Voluntários
de Viatodos, Barcelos,
momentos, mas especialmente
pela atribuição do crachá de
ouro da Liga dos Bombeiros
Portugueses (LBP) e do colar de
mérito dos Bombeiros de Viatodos
ao comandante do Quadro
de Honra (QH) Joaquim João
Pereira.
As cerimónias foram presididas
pelo ministro da Administração
Interna, Miguel Macedo
e contaram com a presença de muitas entidades
e personalidades, nomeadamente, do vice-presidente
da LBP, Rui Silva, e do presidente da Federação
de Bombeiros do Distrito de Braga, Marinho
Gomes.
Na sua intervenção, o comandante em exercício
e antigo segundo comandante, José Ferreira
de Carvalho, fez um balanço detalhado do trabalho
realizado pelo corpo de bombeiros sublinhando
a importância do voluntariado nos bombeiros
com o facto de metade das horas semanais de
atividade estarem asseguradas precisamente
com voluntários. “Toda esta atividade, a que devemos
juntar as representações, as prevenções e
outros apoios à comunidade, exigem do corpo de
bombeiros um esforço e um empenhamento que
me permito nesta hora realçar e que muitas vezes
não é devidamente reconhecido por quem
tem responsabilidade no setor”, concluiu o mesmo
comandante.
O presidente da direção, Amadeu de Lemos,
fez questão de salientar o orgulho por possuírem
21.500 associados, número recorde em associações
de bombeiros, e fazendo o balanço das regalias
que lhes são oferecidas adiantou que “não
nos cansaremos de acrescentar todas as mais valias
que possam ir nesse sentido”.
O agora comandante do QH, Joaquim Pereira,
Fernão Magalhães, mas só em
1949 é colocada a primeira pedra
de um equipamento que foi
inaugurado a 15 de novembro
de 1953.
A necessidade de reforçar a
estrutura operacional está na
origem, em 1980, da criação da
secção de Ribeira de Frades e,
já 1996, a de Taveiro. A degradação
destes espaços, obrigaram
a repensar o futuro, que os
dirigentes consubstanciavam
“na construção de um novo
quartel num terreno de 9700
m2, situado entre a estrada de
Eiras e o Bairro de São Miguel.
A primeira pedra do complexo
foi colocada mas o sonho dos
voluntários acabou por não se
concretizar.
“Sejam a nossa alma e a
nossa força” é desta forma que
VIATODOS
o presidente da direção, João
Silva, lança um apelo à cidade
de Coimbra, para com o apoio
dos órgãos sociais da instituição,
seja possível resolver os
problemas da associação e
atual quartel.
Os bombeiros de Coimbra
chumbaram uma proposta de
construção de um novo quartel
fora do centro da cidade. O projeto
do município não agradou
ao presidente da direção João
Silva e ao comandante Fernando
Nobre, que alegam que deslocalização
“acabaria com o voluntariado”.
Por outro lado os responsáveis,
sublinham que as atuais
instalações se situam no centro
da cidade, com acessos facilitados,
a escassos minutos das zo-
Crachá para o antigo comandante
COIMBRA
“Sejam a nossa alma e a nossa força”
numa curta intervenção sublinhou que, nestes 30
anos, primeiro como bombeiro, depois como adjunto
de comando, posteriormente como segundo
comandante e nos últimos 19 anos como comandante,
sempre pautei a minha prestação
como bombeiro voluntário”, adiantando que “acabou
o serviço operacional mas não acabou a minha
vontade de servir”.
nas consideradas de risco,
como a baixa da cidade e a
zona alta, considerando que es-
do socorro.
Com 58 anos de existência o
quartel da Avenida Fernão Magalhães
apresenta visíveis de
degradação, nomeadamente
brechas na parede e no chão do
las
de formação, gabinetes de
comando e direção, camaratas
e balneários, espaços que, tam-
O “BP” foi conhecer o resultado
do árduo trabalho desenvolvido
pelos dirigentes e operacionais
após vários apelos lançados
às populações, autarquias
locais e empresas. Os
apoios não são muitos, mas
ainda sim permitiram remediar
algumas situações, nomadamente
a nível dos gabinetes e
salas de formação, embora não
seja possível resolver problemas
estruturais. O parque automóvel
que alberga as viaturas
“da primeira linha” já se encontra
a ceder e a “parada Rainha
Santa” é exígua para receber os
veículos, o que obriga a aparcá-
-los noutras zonas da cidade.
Em fase de construção está,
nas traseiras do quartel, um
“parque avançado para os veículos
de combate a incêndios
mais pesados”.
Embora existam muitos pro-
PINHAL NOVO
tomada de posse do novo comandante, a ho-
A menagem ao antigo dirigente Ismael Baltazar
e ao segundo comandante do Quadro de Honra
(QH) e o descerramento duma placa em memória
do bombeiro de 3º, Ricardo Gomes, falecido em
serviço, marcaram especialmente a sessão solene
comemorativa do 61.º aniversário da Associação
Humanitária de Bombeiros de Pinhal Novo,
Palmela.
Raul Prazeres é o novo comandante do corpo
de bombeiros dos Voluntários de Pinhal Novo. No
passado foi adjunto de comando e fez toda a carreira
de bombeiro naquela instituição. A sua nomeação
foi saudada pelas entidades presentes.
Idêntica saudação e agradecimento mereceu o
segundo comandante Joaquim Castro pelo desempenho
da função de comandante interino durante
cerca de um ano. Raul Prazeres recebeu o
estandarte da associação das mãos do segundo
comandada pelo adjunto de comando Luís Neto.
A meio da sessão solene procedeu-se ao descerramento
de um placa no parque de viaturas de
saúde em memória do bombeiro de 3.ª, Ricardo
Gomes, falecido em serviço em 26 de maio de
2011. A placa foi descerrada pelos seus pais. Seguiu-se
uma demonstração de várias valências
dos bombeiros e retomou-se a sessão solene.
Depois da entrega de 9 medalhas do quadro de
honra e de 11 assiduidade, três delas de 20 anos,
a vários elementos do corpo de bombeiros procedeu-se
então à atribuição do crachá de ouro da
Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) ao segundo
comandante do QH Francisco Marta e ao antigo
presidente da direção Ismael Baltazar.
Francisco Marta foi admitido como aspirante
em 1977 e passou por todos os postos até à categoria
de chefe, em 1989. Em 1990 desempenhou
a função de comandante interino e em 93
foi nomeado sucessivamente até 2009 data em
que passou ao QH. A entrega do crachá, a convite
do representante da LBP foi feita pelo comandante
Raul Prazeres.
25
ções
as verbas disponíveis e os
assegurar maior dignidade aos
espaços usados 87 bombeiros
que ali prestam serviço, designadamente
às camaratas, aos
balneários e à sala de bombeiro.des,
direção e comando não desistem
e continuam a lutar para
garantir todas as condições a
uma instituição com história e
com amplo e valioso trabalho
desenvolvido em prol da cidade
e do país.
Sérgio Santos
Novo comandante tomou posse
Foto: Abílio Neves
Foto: Abílio Neves
Ismael Baltazar foi também agraciado com o
crachá de ouro, prestando assim homenagem ao
antigo presidente dos Voluntários de Pinhal Novo,
o primeiro presidente da Federação dos Bombeiros
do Distrito de Setúbal e o dirigente da LBP,
particularmente associado à projeção internacional
dos nossos concursos de manobras.
A distinção foi-lhe aposta pela presidente da
Câmara Municipal de Pamela, Ana Teresa Vicente,
e pelo presidente da Reviver Mais, Lourenço Baptista.
A sessão solene contou também com as presenças
do presidente da Federação de Bombeiros
do Distrito de Setúbal, Eduardo Correia, do comandante
distrital de socorro, Dinis Jesus, dos
presidentes das juntas de freguesia de Pinhal
Novo e Pamela, do vice-presidente da Reviver
Mais, França de Sousa, e de muitos dirigentes e
elementos de comando das associações de bombeiros
do concelho e do distrito.
Seguiu-se um almoço confecionado por um
conjunto de amigos da Associação, (Carlos Marçal,
António Cacoete, Jorge Miranda e Raul Santos
Jorge), em que participaram quase meio milhar
de pessoas.