TEXTO – VIVER EM SOCIEDADE Dalmo de Abreu Dallari A ...
TEXTO – VIVER EM SOCIEDADE Dalmo de Abreu Dallari A ...
TEXTO – VIVER EM SOCIEDADE Dalmo de Abreu Dallari A ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
O panorama da socieda<strong>de</strong> contemporânea sugere-nos incontáveis abordagens da<br />
ética. À medida que a mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> — ou a pós-mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> — avança, novas<br />
facetas surgem com a metamorfose do espírito humano e sua varieda<strong>de</strong> quase<br />
infinita <strong>de</strong> ações. Mas, falar sobre ética é como tratar da epopéia humana. Na<br />
verda<strong>de</strong>, está mais para odisséia, gênero que <strong>de</strong>screve navegações aci<strong>de</strong>ntadas,<br />
lutas e contratempos incessantes, embates <strong>de</strong> vida e morte, ilusões <strong>de</strong> falsos<br />
valores como cantos <strong>de</strong> sereias, assédios a pessoas e a proprieda<strong>de</strong>s, interesses<br />
contraditórios <strong>de</strong> classes dominantes figuradas pelos <strong>de</strong>uses, ora hostis ora<br />
favoráveis. As aventuras <strong>de</strong> Ulisses sintetizam e representam o confronto <strong>de</strong><br />
i<strong>de</strong>ais nobres e <strong>de</strong> paixões mesquinhas. Não obstante narram-se também feitos<br />
<strong>de</strong> abnegação, laços <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> entre as pessoas e suas terras, lances <strong>de</strong><br />
racionalida<strong>de</strong> e emoção, a perseverança na reconquista <strong>de</strong> valores essenciais. Os<br />
mitos clássicos são representações <strong>de</strong> vicissitu<strong>de</strong>s humanas e situações éticas<br />
reais.<br />
(Adaptado <strong>de</strong> José <strong>de</strong> Ávila Aguiar Coimbra, Fronteiras da<br />
Ética, São Paulo: Senac, 2002, págs.17 e 18)<br />
Em relação ao texto, assinale a opção correta.<br />
a) Em “sugere-nos”(l.2) o pronome enclítico exerce a mesma função sintática do<br />
“se” em “narram-se”(l.21).<br />
b) Ao se substituir “À medida que”(l. 3) por À medida em que, preservam-se as<br />
relações semânticas originais do período.<br />
c) A preposição “com”(l.5) está sendo empregada para conferir a idéia <strong>de</strong><br />
comparação entre “novas facetas”(l.5) e “metamorfose do espírito humano”(l.6).<br />
d) A expressão “Na verda<strong>de</strong>, está mais para odisséia”(l.9/10) e as informações<br />
que se suce<strong>de</strong>m permitem a inferência <strong>de</strong> que “epopéia”(l.8) não traria a noção <strong>de</strong><br />
dificulda<strong>de</strong>s, fracassos.<br />
e) O período permaneceria correto se a preposição na expressão “confronto <strong>de</strong><br />
i<strong>de</strong>ais”(l.19 e 20) fosse, sem outras alterações no período, substituída por entre.<br />
41 - “Como a natureza, é capaz <strong>de</strong> preservar os ganhos e erradicar os erros para<br />
continuar a existir.”; a forma EQUIVOCADA <strong>de</strong> reescrever-se esse mesmo<br />
segmento é:<br />
a) É capaz, como a natureza, <strong>de</strong> preservar os ganhos e erradicar os erros para<br />
continuar a existir;<br />
b) Como a natureza, para continuar a existir, é capaz <strong>de</strong> preservar os ganhos e<br />
erradicar os erros;<br />
c) Para continuar a existir, é capaz <strong>de</strong> preservar os ganhos e erradicar os erros,<br />
como a natureza;<br />
22