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Revisao de Literatura - Tarley Araujo Barros.pdf - Qualittas

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. i<br />

TARLEY ARAUJO BARROS<br />

REVISÃO DE LITERATURA:<br />

ESTUDO COMPARATIVO DOS<br />

MÉTODOS DE OSTEOSSÍNTESE<br />

FEMORAIS<br />

CAMPINAS-SP<br />

2009


. ii<br />

TARLEY ARAUJO BARROS<br />

REVISÃO DE LITERATURA:<br />

ESTUDO COMPARATIVO DOS<br />

MÉTODOS DE OSTEOSSÍNTESE<br />

FEMORAIS<br />

CAMPINAS-SP<br />

2009<br />

Trabalho apresentado para o cumprimento <strong>de</strong><br />

Ativida<strong>de</strong>s referentes a conclusão do curso <strong>de</strong><br />

Especialização Latu sensu em Clinica Médica e Cirúrgica <strong>de</strong><br />

Pequenos Animais – UCB (<strong>Qualittas</strong>)


. iii<br />

SUMÁRIO<br />

Lista <strong>de</strong> figuras ............................................................................................ Iv<br />

Lista <strong>de</strong> tabelas ........................................................................................... V<br />

Revisão <strong>de</strong> literatura ................................................................................... 2<br />

1- Introdução ............................................................................................. 2<br />

2- Métodos <strong>de</strong> fixação <strong>de</strong> fraturas femorais ....................................... ....... 4<br />

2.1- Imobilização Temporária .................................................. .................. 4<br />

2.1.1- Bandagens <strong>de</strong> Coaptação .................. ............................................. 4<br />

2.1.2- Bandagens <strong>de</strong> Robert Jones ................................ ........................... 4<br />

2.2- Osteossíntese ...................................................................................... 5<br />

2.2.1- Pino Intramedular ............................................................................. 5<br />

2.2.2- Fixador Esqueletico Externo ............................................................ 9<br />

2.2.3 - Placa Óssea ................................................................................... 12<br />

2.2.4 - Haste Intramedular Bloqueada ..................................................... 15<br />

Comentários ............................................................................................. 18<br />

Conclusão ................................................................................................ 19<br />

Referências Bibliográficas ........................................................................ 20


. iv<br />

LISTA DE FIGURAS<br />

Figura 1 - Imagem esquemática ilustrando as forças fisiológicas <strong>de</strong> flexão, rotação e compressão<br />

que atuam diretamente ao osso<br />

Figura 2 - Imagem esquemática da reparação óssea. A) formação do hematoma. B) formação do<br />

tecido <strong>de</strong> granulação. C) formação do tecido conjuntivo. D) formação do tecido ósseo esponjoso.<br />

E) formação do tecido ósseo. E) remo<strong>de</strong>lação haversiana<br />

Figura 3 - Imagem fotográfica ilustrando a aplicação <strong>de</strong> uma bandagem do tipo Robert Jones 5<br />

Figura 4 - Imagens radiográficas ilustrando: A) escolha errada no diâmetro do pino com relação<br />

ao osso e com perda da redução e <strong>de</strong>formida<strong>de</strong> do implante. B) sepultamento incorreto do pino<br />

ao osso<br />

Figura 5 – Imagem esquemática dos pinos IM. A) Pino <strong>de</strong> Steinman com ponta em bizel. B) pino<br />

<strong>de</strong> Steinman com ponta em trocarte. C) pino <strong>de</strong> Schanz com ponta roscada e em trocarte<br />

Figura 6 – Imagem esquemática dos pinos <strong>de</strong> Rush 7<br />

Figura 7 – Imagem esquemática dos fios <strong>de</strong> Kirschner 7<br />

Figura 8 - Imagens ilustrando: A) Imagem radiográfica da fratura. B) Imagem fotográfica do<br />

tratamento da fratura com enxerto ósseo cortical. C) Imagem radiográfica pós operatória,<br />

visualizando o enxerto ósseo e o pino IM<br />

Figura 9 - Imagens fotográficas ilustrando: A) foco <strong>de</strong> fratura. B) passagem do pino IM. C)<br />

aposição dos fragmentos. D) uso <strong>de</strong> fios <strong>de</strong> cerclagem como adjuvante <strong>de</strong> pino IM<br />

Figura 10 – Imagens esquemáticas. A) fixador tipo I. B) fixador tipo II. C) fixador tipo III 10<br />

Figura 11 - Imagens ilustrando: A) Imagem radiográfica da fratura cominutiva no fêmur. B)<br />

Imagem fotográfica trans-operatória do fixador esquelético externo mo<strong>de</strong>lo “tie-in”<br />

Figura 12 - Imagem radiográfica <strong>de</strong> osteossíntese por placa óssea e parafusos 13<br />

Figura 13 - Imagens ilustrando: A) Imagem fotográfica <strong>de</strong> placa óssea com parafusos e enxerto<br />

ósseo. B) Imagem radiográfica pós-operatória da aplicação da placa óssea<br />

Figura 14 – Imagem fotográfica da Haste Intramedular Bloqueada 15<br />

Figura 15 - Imagens radiográficas ilustrando: A) Imagem pós-operatória <strong>de</strong> Haste Intramedular<br />

Bloqueada. B) Consolidação da fratura após quatro meses<br />

PAG.<br />

2<br />

3<br />

6<br />

6<br />

8<br />

9<br />

12<br />

14<br />

16


. v<br />

LISTA DE TABELAS<br />

PAG.<br />

Tabela 1 – Indicações para Redução Aberta e Fechada 11<br />

Tabela 2 - Remoção das Placas Ósseas 14<br />

Tabela 3 – Capacida<strong>de</strong> dos implantes em neutralizar as forças atuantes na fratura. 17


REVISÃO DE LITERATURA<br />

1- Introdução<br />

Fratura é a ruptura completa ou incompleta da continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um osso ou cartilagem<br />

acompanhada por vários graus <strong>de</strong> lesão dos tecidos moles circunvizinhos, incluindo-se o aporte<br />

sanguíneo, e com comprometimento da função do sistema locomotor (PIERMATTEI & FLO, 1999).<br />

As estatísticas indicam que fraturas <strong>de</strong> ossos longos são as <strong>de</strong> maior ocorrência. As fraturas<br />

femorais representam 45% das fraturas em ossos longos, 20 a 25% do total <strong>de</strong> fraturas que ocorrem em<br />

cães e gatos (JOHNSON, et al., 1998b; PIERMATTEI & FLO, 1999).<br />

A Associação para Estudo da Fixação Externa (AO/ASIF) <strong>de</strong>finiu que o tratamento para<br />

qualquer fratura po<strong>de</strong> ser resumido em quatro pontos principais: redução anatômica dos fragmentos da<br />

fratura, preservação do suprimento sanguíneo aos fragmentos ósseos e aos tecidos moles, fixação<br />

interna estável e movimentação prematura e indolor com carga total sobre o membro (DURALL et al.,<br />

1993; TILLSON, 1995)<br />

Existem vários métodos a serem utilizados para a reconstituição <strong>de</strong> uma fratura, nenhum <strong>de</strong>les<br />

é totalmente perfeito, todos eles tendo vantagens e <strong>de</strong>svantagens (DURALL et al., 1993;<br />

SOONTORNVIPART et al., 2003).<br />

A imobilização envolve a fixação dos fragmentos ósseos <strong>de</strong> modo que eles permaneçam<br />

imóveis em relação uns aos outros, durante o processo <strong>de</strong> consolidação. Os objetivos são: a<br />

estabilização dos fragmentos e a prevenção do <strong>de</strong>slocamento, angulação e rotação (PIERMATTEI &<br />

FLO, 1999).<br />

Segundo Egger (1998), <strong>de</strong>ve se levar em consi<strong>de</strong>ração as forças atuantes no local da fratura<br />

durante o processo <strong>de</strong> seleção do implante. Na ortopedia clínica é importante que se consi<strong>de</strong>re quatro<br />

forças básicas que são: flexão, rotação, compressão axial, cisalhamento e a aposição dos fragmentos<br />

(Figura 1).<br />

Figura 1 - Imagem esquemática ilustrando as forças fisiológicas <strong>de</strong> flexão, rotação e compressão que<br />

atuam diretamente ao osso.<br />

FONTE: FOSSUM, (2002)<br />

2


A força rotacional está presente em todas as fraturas e esta rotação no foco <strong>de</strong> fratura po<strong>de</strong><br />

causar os processos <strong>de</strong> união-retardada ou não-união, e resultar em <strong>de</strong>formida<strong>de</strong>s rotacionais do<br />

membro distalmente ao local fraturado. A força <strong>de</strong> flexão resulta numa aplicação <strong>de</strong> carga axial e<br />

excêntrica e/ou presença <strong>de</strong> <strong>de</strong>feito cortical no lado da compressão. A força <strong>de</strong> aposição dos fragmentos<br />

não é realmente uma força atuante, mas é importante a aposição dos fragmentos nas fraturas<br />

cominutivas, porque o contato anatômico entre as diversas corticais ajuda na tarefa dos implantes <strong>de</strong><br />

suportar as <strong>de</strong>mais forças no local fraturado (DE YOUNG, 1998).<br />

Um movimento ligeiro e in<strong>de</strong>tectável po<strong>de</strong> impedir o crescimento <strong>de</strong> pequenos vasos capilares<br />

através do local fraturado. Essa carência <strong>de</strong> revascularização explica a não-união em fraturas com<br />

redução anatômica e fixações aparentemente a<strong>de</strong>quadas (DE YOUNG, 1998; EGGER, 1998).<br />

A estabilização a<strong>de</strong>quada das fraturas pelos diferentes métodos <strong>de</strong> fixação é caracterizada<br />

pela formação do calo ósseo (JOHNSON, et al., 1998a; PIERMATTEI & FLO, 1999). Essa formação se<br />

dá pelo preenchimento do <strong>de</strong>feito por um hematoma, que é substituído por tecido <strong>de</strong> granulação. Depois<br />

forma-se tecido conjuntivo e a fibrocartilagem é mineralizada, formando tecido ósseo esponjoso e tecido<br />

ósseo. Ocorre então a remo<strong>de</strong>lação haversiana para eliminar o calo (FOSSUM, 2005) (Figura 2).<br />

Figura 2 – Imagem esquemática da reparação óssea. A) formação do hematoma. B) formação do tecido<br />

<strong>de</strong> granulação. C) formação do tecido conjuntivo. D) formação do tecido ósseo esponjoso. E) formação<br />

do tecido ósseo. E) remo<strong>de</strong>lação haversiana.<br />

FONTE: FOSSUM, (2005).<br />

A restauração do alinhamento <strong>de</strong> um membro fraturado po<strong>de</strong> ser feita <strong>de</strong> diversas formas como<br />

as reduções abertas, fechadas, abertas parcialmente com ou sem a manipulação dos fragmentos ósseos<br />

(“abra, mas não toque”) (ARON et al., 1995; FIELD & TÖRNKVIST, 2001).<br />

Antes <strong>de</strong> qualquer reconstituição cirúrgica <strong>de</strong> um osso fraturado, <strong>de</strong>ve-se analisar o aspecto<br />

radiográfico dos fragmentos (DE YOUNG, 1998; DUELAND et al., 1999).<br />

3


Os métodos <strong>de</strong> tratamento po<strong>de</strong>m ser classificados como imobilização do membro (bandagem<br />

<strong>de</strong> coaptação, bandagem <strong>de</strong> Robert Jones, tala <strong>de</strong> Robert Jones Modificada), osteossíntese (pinos<br />

intramedulares, fixador esquelético externo, placa óssea e parafusos, haste intramedular bloqueada) e<br />

auxiliares (fios <strong>de</strong> cerclagem, enxerto ósseo) (PIERMATTEI & FLO, 1999; FOSSUM, 2002).<br />

O objetivo <strong>de</strong>ste presente trabalho é apresentar os diferentes métodos <strong>de</strong> tratamento e suas<br />

vantagens e <strong>de</strong>svantagens na reconstituição <strong>de</strong> fraturas femorais.<br />

2- Métodos <strong>de</strong> Fixação <strong>de</strong> Fraturas Femorais<br />

2.1-Imobilização Temporária<br />

Indicada quando, por algum motivo, há um atraso na redução e fixação, evitando traumatismos<br />

adicionais e com intuito <strong>de</strong> dar mais conforto ao paciente. As talas temporárias externas <strong>de</strong>vem ser<br />

aplicadas e monitoradas com muito cuidado, para evitar pequenas complicações como e<strong>de</strong>ma do<br />

membro distal à tala <strong>de</strong>vido ao garroteamento, <strong>de</strong>slizamento da tala e abrasões cutâneas (PIERMATTEI<br />

& FLO, 1999; FOSSUM, 2002).<br />

2.1.1 - Bandagens <strong>de</strong> Coaptação<br />

Talas, gessos e bandagens são frequentemente chamadas <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> fixação por<br />

coaptação ou aproximação, que é realizada pela simples imobilização muscular ou força <strong>de</strong> compressão.<br />

Tal pressão <strong>de</strong>ve ser uniformemente distribuída para evitar-se a estase circulatória e tumefação<br />

(PIERMATTEI & FLO, 1999; FOSSUM, 2002).<br />

A vantagem dos aparatos moldáveis é que eles ajustam-se perfeitamente ao animal e <strong>de</strong>sta<br />

maneira causam menores problemas aos tecidos moles e são mais bem tolerados pelo paciente. A<br />

<strong>de</strong>svantagem dos atuais materiais como os <strong>de</strong> fibra <strong>de</strong> vidro com componente à base <strong>de</strong> resina, é que<br />

eles causam a maceração da pele e escaras <strong>de</strong> compressão, mas que diminuem sua ocorrência quando<br />

são aplicados materiais <strong>de</strong> acolchoamento apropriados, como o algodão (PIERMATTEI & FLO, 1999).<br />

2.1.2 – Bandagens <strong>de</strong> Robert Jones<br />

São as bandagens externas mais utilizadas antes ou após cirurgia ou imobilização do membro.<br />

A bandagem original <strong>de</strong> Robert Jones era aplicada ao membro sem muita compressão. As bandagens<br />

<strong>de</strong> Robert Jones modificadas utilizam menos algodão e uma armação metálica, mas ainda proporcionam<br />

compressão e ajudam a eliminar o espaço morto após a cirurgia (PIERMATTEI & FLO, 1999; FOSSUM,<br />

2002) (Figura 3).<br />

4


Figura 3 – Imagem fotográfica ilustrando a aplicação <strong>de</strong> uma bandagem do tipo Robert Jones.<br />

FONTE: FOSSUM, (2005).<br />

2.2 – Osteossíntese<br />

2.2.1 – Pino Intramedular<br />

Os pinos intramedulares (IM) são utilizados com mais freqüência para imobilizar fraturas <strong>de</strong><br />

ossos longos. A vantagem biomecânica <strong>de</strong> pinos IM é sua resistência às cargas <strong>de</strong> encurvamento. São<br />

razoavelmente mais baratos, fáceis <strong>de</strong> serem colocados e removidos e o equipamento requerido não é<br />

tão extenso (DURALL et al, 1993; LIDBETTER & GLYDE, 2000).<br />

As <strong>de</strong>svantagens mecânicas dos pinos IM compreen<strong>de</strong>m a má resistência às cargas axiais<br />

(compressivas) e rotacionais (HULSE & HYMAN, 1991). Decorrente <strong>de</strong>ssas <strong>de</strong>svantagens esses pinos<br />

<strong>de</strong>vem ser suplementados com outros implantes, como as placas ósseas superando as forças <strong>de</strong><br />

envergamento (LIDBETTER & GLYDE, 2000), os fios <strong>de</strong> cerclagem e o fixador externo, para aumentar o<br />

apoio rotacional e axial ou <strong>de</strong> cisalhamento. Complicações po<strong>de</strong>m ocorrer, como a escolha errada no<br />

diâmetro do pino com relação ao osso (Figura 4-A), que não promoveria nenhuma estabilida<strong>de</strong> ao foco<br />

<strong>de</strong> fratura e também lesão do nervo isquiático e lesão granulomatosa encapsulada <strong>de</strong>vido a repetitivos<br />

movimentos do pino na fossa trocantérica quando este não for sepultado corretamente (Figura 4-B)<br />

(DURALL et al, 1993; PIERMATTEI & FLO, 1999; LIDBETTER & GLYDE, 2000; FOSSUM, 2002).<br />

5


Figura 4 - Imagens radiográficas ilustrando: A) escolha errada no diâmetro do pino com relação ao osso<br />

e com perda da redução e <strong>de</strong>formida<strong>de</strong> do implante. B) sepultamento incorreto do pino ao osso.<br />

FONTE: Arquivo Pessoal, GIORDANO, P.P. (2006).<br />

Os pinos po<strong>de</strong>m ser aplicados pela técnica aberta ou fechada. O método fechado evita a<br />

exposição tecidual, sendo aplicável às fraturas estáveis dos ossos longos palpáveis. O método aberto<br />

oferece as vantagens da exposição direta e manipulação dos fragmentos ósseos, permitindo a aplicação<br />

<strong>de</strong> fixação auxiliar como o fio <strong>de</strong> cerclagem (DE YOUNG, 1998; PIERMATTEI & FLO, 1999).<br />

Os pinos IM <strong>de</strong> uso mais comum em medicina veterinária são os <strong>de</strong> Steinman. Estes existem<br />

em tamanhos variados e vêm com uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> ponta. Eles po<strong>de</strong>m ter uma ponta (uma<br />

extremida<strong>de</strong> com ponta e outra romba), ou dupla ponta. Os mo<strong>de</strong>los com pontas mais populares são as<br />

<strong>de</strong> trocarte e as <strong>de</strong> bisel. A ponta <strong>de</strong> bisel apresenta duas bordas cortantes (Figura 5-A), para o corte <strong>de</strong><br />

osso cortical <strong>de</strong>nso. A ponta <strong>de</strong> trocarte tem borda tripla <strong>de</strong> corte (Figura 5-B) e secciona facilmente o<br />

osso esponjoso. Os pinos IM po<strong>de</strong>m ainda serem lisos ou ter rosca próxima à ponta ou na porção<br />

intermediária. O pino <strong>de</strong> Schanz com ponta rosqueada (Figura 5-C), foi <strong>de</strong>senvolvido para aumentar o<br />

po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> preensão no osso esponjoso (DE YOUNG, 1998; FOSSUM, 2002).<br />

Figura 5 – Imagem esquemática dos pinos IM. A) Pino <strong>de</strong> Steinman com ponta em bisel. B) pino <strong>de</strong><br />

Steinman com ponta em trocarte. C) pino <strong>de</strong> Schanz com ponta roscada e em trocarte.<br />

FONTE: SLATTER (1998).<br />

6


Enquanto os pinos <strong>de</strong> Steinman atuam como hastes IM passivas que não exercem forças<br />

mecânicas no osso, os pinos <strong>de</strong> Rush são hastes IM dinâmicas, pois exercem forças compressivas<br />

contínuas em dois ou três pontos do osso <strong>de</strong>vido ao fato <strong>de</strong> serem envergadas antes <strong>de</strong> sua introdução<br />

em ossos retilíneos e inseridos retos em ossos curvos. Esta flexão é induzida introduzindo-se o pino em<br />

ângulo <strong>de</strong> aproximadamente 20º ao eixo axial do osso (PIERMATTEI & FLO, 1999) (Figura 6).<br />

Figura 6 – Imagem esquemática dos pinos <strong>de</strong> Rush implantados.<br />

FONTE: DE YOUNG, 1998.<br />

Os fios <strong>de</strong> Kirschner são pinos semelhantes aos pinos <strong>de</strong> Steinman, mas menores em diâmetro<br />

e são utilizados em animais jovens, cães <strong>de</strong> pequeno porte e gatos (PIERMATTEI & FLO, 1999;<br />

LIDBETTER & GLYDE, 2000) (Figura7).<br />

Figura 7 – Imagem esquemática dos fios <strong>de</strong> Kirschner.<br />

FONTE: DE YOUNG, 1998.<br />

Os pinos <strong>de</strong> Steinman sem qualquer fixação auxiliar, estão indicados em fraturas estáveis que<br />

não apresentam tendência para o encurtamento axial ou rotação e em animais esqueleticamente<br />

imaturos, especialmente filhotes <strong>de</strong> cães e gatos com menos <strong>de</strong> quatro meses <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> que po<strong>de</strong>rão ser<br />

tratadas com sucesso <strong>de</strong>vido à rápida formação do calo ósseo. Quando utilizados em combinação com<br />

fixações auxiliares (Figura 8), virtualmente todos os tipos <strong>de</strong> fraturas po<strong>de</strong>m ser manejados. A fixação<br />

por pinos <strong>de</strong> Steinman po<strong>de</strong> ser efetuada tanto por métodos abertos como por métodos fechados. A<br />

técnica fechada é restrita a fraturas simples, àquelas <strong>de</strong> origem recente e àquelas que po<strong>de</strong>m ser<br />

reduzidas facilmente com precisão (PIERMATTEI & FLO, 1999).<br />

7


A B C<br />

Figura 8 - Imagens ilustrando: A) Imagem radiográfica da fratura. B) Imagem fotográfica do tratamento<br />

da fratura com enxerto ósseo cortical. C) Imagem radiográfica pós-operatória, visualizando o enxerto<br />

ósseo e o pino intramedular.<br />

FONTE: Arquivo Pessoal, GIORDANO, P.P. (2006).<br />

O uso dos pinos <strong>de</strong> Rush para fraturas diafisárias em cães e gatos ainda não foi bem avaliado.<br />

A principal aplicação para estes pinos é nas fraturas proximais, distais e levemente oblíquas <strong>de</strong> cães e<br />

gatos <strong>de</strong> pequeno porte (LIDBETTER & GLYDE, 2000), on<strong>de</strong> a configuração <strong>de</strong> pinos duplos fornece<br />

boa estabilida<strong>de</strong>. Quando houver um componente intra-articular, os pinos <strong>de</strong> Rush po<strong>de</strong>m ser<br />

combinados com facilida<strong>de</strong> à fixação por parafusos compressivos (PIERMATTEI & FLO, 1999).<br />

Junto aos pinos intramedulares são usados como adjuvantes os fios <strong>de</strong> cerclagem ou<br />

hemicerclagem. Trata-se <strong>de</strong> um fio metálico flexível que passa ao redor da circunferência <strong>de</strong> um osso e é<br />

atado e apertado/torcido para fornecer compressão estática interfragmentar dos fragmentos ósseos<br />

(Figura 9). O fio metálico <strong>de</strong> cerclagem nunca é usado como método único <strong>de</strong> fixação em nenhum tipo<br />

<strong>de</strong> fratura diafisária (PIERMATTEI & FLO, 1999).<br />

8


Figura 9 - Imagens fotográficas ilustrando: A) foco <strong>de</strong> fratura. B) passagem do pino intramedular. C)<br />

aposição dos fragmentos. D) uso <strong>de</strong> fios <strong>de</strong> cerclagem como adjuvante <strong>de</strong> pino intramedular.<br />

FONTE: Arquivo Pessoal, GIORDANO, P.P. (2006).<br />

Segundo Piermattei (1999) o pequeno diâmetro <strong>de</strong> um fio metálico firmemente posicionado não<br />

irá perturbar o fluxo <strong>de</strong> sangue do canal medular para o periósteo. A chave na preservação do aporte<br />

sanguíneo é que os fios estejam firmes, uma vez que o fio metálico que se movimente po<strong>de</strong>rá romper a<br />

re<strong>de</strong> capilar periostal, <strong>de</strong>svascularizando o osso subjacente e prejudicando a formação do calo periostal<br />

(JOHNSON, et al., 1998a).<br />

A B<br />

C D<br />

Os fios são usados principalmente para fraturas longas oblíquas, em espiral e certas fraturas<br />

cominutivas. São utilizados intra-operatoriamente para auxiliar a fixar os segmentos das fraturas na<br />

posição reduzida, enquanto a fixação principal é aplicada (PIERMATTEI & FLO, 1999).<br />

2.2.2 – Fixador Esquelético Externo<br />

Foi na década <strong>de</strong> 70 que o fixador externo foi consolidado como uma das técnicas mais<br />

populares entre a vasta gama <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s disponíveis para reparar cirurgicamente uma fratura<br />

Des<strong>de</strong> então, e até agora, têm progredido no nível estrutural <strong>de</strong>senvolvendo mo<strong>de</strong>los a<strong>de</strong>quados para<br />

um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> problemas ortopédicos fornecendo condições para o processo <strong>de</strong> cicatrização da<br />

fratura (FONT et al., 1997; JOHNSON, et al., 1998a) (Figura 5).<br />

A fixação esquelética externa é o modo <strong>de</strong> estabilização <strong>de</strong> fraturas ou articulações por meio<br />

<strong>de</strong> pinos <strong>de</strong> fixação percutânea que penetram nas corticais ósseas internamente, e são conectados<br />

externamente <strong>de</strong> modo a formar uma estrutura externa. O dispositivo consiste <strong>de</strong> pinos e elementos <strong>de</strong><br />

conexão, que complementam a estrutura. Essa estrutura é particularmente útil nas fraturas expostas ou<br />

intensamente cominutivas com a circulação <strong>de</strong>ficiente (LIDBETTER & GLYDE, 2000), fraturas<br />

9


produzidas por projéteis <strong>de</strong> arma <strong>de</strong> fogo, uniões retardadas ou não-uniões e que necessitem <strong>de</strong> fixação<br />

prolongada (EGGER, 1998; PIERMATTEI & FLO, 1999).<br />

Os fixadores mais simples (tipo I) (Figura 10-A) consistem <strong>de</strong> pinos <strong>de</strong> fixação relativamente<br />

rígidos acoplados a barras <strong>de</strong> conexão longitudinais. Com técnicas <strong>de</strong> aplicação a<strong>de</strong>quadas, todos os<br />

pinos <strong>de</strong> fixação po<strong>de</strong>m ser acoplados a uma única barra <strong>de</strong> conexão, sendo que os pinos que ficam nas<br />

extremida<strong>de</strong>s do osso <strong>de</strong>vem ser inseridos em ângulo <strong>de</strong> 70º com o eixo longitudinal do osso para que<br />

haja uma rigi<strong>de</strong>z máxima. Esta conexão simples proporciona estabilida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quada para o tratamento<br />

da maioria das fraturas simples e relativamente estáveis em animais <strong>de</strong> pequeno porte (EGGER, 1998;<br />

PIERMATTEI & FLO, 1999).<br />

Barras <strong>de</strong> dupla conexão são frequentemente indicadas <strong>de</strong>vido à carga <strong>de</strong> peso imposta na<br />

maioria das fraturas. Em geral, o aparelho é bem tolerado pelo paciente, embora cães sejam algumas<br />

vezes relutantes em apoiar o peso do corpo sobre o membro, aparentemente <strong>de</strong>vido à penetração <strong>de</strong><br />

ambos os músculos quadríceps e o bíceps femoral. O fixador do tipo II (figura 10-B), é usado com pinos<br />

inteiros e meios pinos, são aplicáveis nas porções distais dos membros e estabilização <strong>de</strong> fraturas<br />

radiais e tibiais. O tipo III (Figura 10-C) tem a armação mais forte e mais cara, esta armação é utilizada<br />

somente em situações <strong>de</strong> extrema instabilida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> a consolidação lenta é prevista (JOHNSON, et<br />

al.,1998a; PIERMATTEI & FLO, 1999).<br />

Figura 10 – Imagens esquemáticas. A) fixador tipo I. B) fixador tipo II. C) fixador tipo III.<br />

FONTE: DE YOUNG, (1998).<br />

O aparelho po<strong>de</strong> ser aplicado com o foco <strong>de</strong> fratura fechado ou aberto. O método aberto é<br />

geralmente preferível porque a redução po<strong>de</strong> ser visualizada durante o procedimento <strong>de</strong> inserção. A<br />

massa muscular da coxa torna a redução fechada difícil na maioria dos animais (Tabela 1). O aparelho,<br />

por ser inserido na superfície lateral do fêmur e penetrar gran<strong>de</strong>s músculos, é vulnerável a traumatismos,<br />

a drenagem no trajeto do pino e a afrouxamento prematuro <strong>de</strong>ste. O uso no pós-operatório <strong>de</strong><br />

bandagens espessas para estabilizar os tecidos moles tem sido consi<strong>de</strong>rado como redutor do<br />

10


afrouxamento <strong>de</strong> pino <strong>de</strong>vido à movimentação muscular ao redor dos pinos (FONT et al., 1997;<br />

PIERMATTEI & FLO, 1999).<br />

TABELA 1 – Indicações para Redução Aberta e Fechada<br />

FONTE: FOSSUM, (2002).<br />

Segundo Egger (1998), alternativamente foram <strong>de</strong>senvolvidos “kits” comercializados para a<br />

criação <strong>de</strong> fixação externa por acrílico <strong>de</strong> metil-metacrilato e pinos que são comparáveis ao aparelho <strong>de</strong><br />

Kirschner que é o mais comumente usado na ortopedia veterinária.<br />

Fixadores circulares foram <strong>de</strong>senvolvidos por Ilizarov na década <strong>de</strong> 40 e utilizam fios <strong>de</strong><br />

Kirschner flexíveis em lugar dos pinos <strong>de</strong> fixação rígidos. Estes fios são direcionados através dos<br />

fragmentos ósseos em ângulos perpendiculares, e fixados sob tensão a anéis rígidos. Em seguida os<br />

anéis são conectados em conjunto por meio <strong>de</strong> três barras longitudinais ajustáveis. Além <strong>de</strong> fixação <strong>de</strong><br />

fraturas, estes dispositivos têm gran<strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> aplicação para alongamento e correção <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>formida<strong>de</strong>s dos membros (EGGER, 1998).<br />

O fixador externo “tie-in” (Figura 11) é um tipo <strong>de</strong> fixador externo associado a um pino IM, on<strong>de</strong><br />

este tem uma porção exteriorizada a qual é dobrada perpendicularmente ao eixo longitudinal do osso,<br />

ficando disposto <strong>de</strong> forma paralela aos outros pinos do fixador. Em seguida é colocada a resina <strong>de</strong> modo<br />

que os pinos se mantenham rígidos formando o fixador externo.<br />

11


Figura 11 - Imagens ilustrando: A) Imagem radiográfica da fratura cominutiva em fêmur. B) Imagem<br />

fotográfica trans-operatória do fixador esquelético externo mo<strong>de</strong>lo “tie-in”.<br />

FONTE: Arquivo Pessoal, GIORDANO, P.P. (2006).<br />

Quando o fixador externo é aplicado em fraturas femorais como método único <strong>de</strong> fixação, ele é<br />

usado primeiramente em cães <strong>de</strong> raças <strong>de</strong> pequeno porte e gatos jovens, que geralmente têm<br />

cicatrização mais rápida. Quando usado em outras fraturas femorais, e especialmente em cães, é melhor<br />

combinar o fixador externo com o pino IM. Quando acrescentado à fixação externa o pino IM, ajuda a<br />

aumentar a estabilida<strong>de</strong> por meio da redução da movimentação e rotação no foco <strong>de</strong> fratura e manter o<br />

comprimento. O fixador unilateral <strong>de</strong> dois pinos é usado para fraturas transversais e fraturas oblíquas<br />

curtas e um fixador <strong>de</strong> quatro ou seis pinos é usado para fraturas cominutivas. Po<strong>de</strong>-se também associar<br />

ao fixador externo a fios <strong>de</strong> cerclagem nas fraturas cominutivas para auxiliar e fixar os fragmentos<br />

ósseos (PIERMATTEI & FLO, 1999).<br />

A razão <strong>de</strong>sta combinação <strong>de</strong> métodos é que a presença <strong>de</strong> pino IM vai permitir que o fixador<br />

seja removido assim que o calo ósseo for radiograficamente visível, normalmente em 4 a 6 semanas. A<br />

remoção precoce permite apoio <strong>de</strong> peso sobre o membro, o que favorece a consolidação da fratura e<br />

minimiza as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> perda permanente <strong>de</strong> movimentação na articulação do joelho (JOHNSON,<br />

et al., 1998a; PIERMATTEI & FLO, 1999).<br />

A fixação externa é apenas tão efetiva quanto o contato do pino com o osso. Haja vista que o<br />

afrouxamento prematuro dos pinos <strong>de</strong> fixação e a osteomielite bacteriana constituem as causas mais<br />

comum <strong>de</strong> problemas pós-operatórios e mesmo <strong>de</strong> fracasso da fixação, é essencial a atenção ao tipo e à<br />

aplicação dos pinos, ao uso <strong>de</strong> antibióticos, bem como à assepsia (EGGER, 1998; SOONTORNVIPART<br />

et al., 2003).<br />

2.2.3 – Placa Óssea<br />

A B<br />

Um dos principais objetivos no tratamento das fraturas com placa óssea é o retorno precoce à<br />

total função do membro fraturado. As placas ósseas são i<strong>de</strong>ais no cumprimento <strong>de</strong>ste objetivo, pois<br />

possuem o potencial <strong>de</strong> restaurar a estabilida<strong>de</strong> rígida a um osso fraturado reconstituído, quando<br />

aplicadas <strong>de</strong> maneira a<strong>de</strong>quada (PIERMATTEI & FLO, 1999) (Figura 12).<br />

Pino IM<br />

12<br />

Pinos transcorticais


Figura 12 - Imagem radiográfica <strong>de</strong> osteossíntese por placa óssea e parafusos.<br />

FONTE: Arquivo Pessoal, GIORDANO, P.P. (2006).<br />

Uma placa óssea corretamente aplicada contrabalança as forças <strong>de</strong> flexão, rotacionais, <strong>de</strong><br />

cisalhamento e também promove a aposição dos fragmentos, porém há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> treinamento e<br />

equipamentos especiais, para que as placas ósseas possam ser aplicadas a<strong>de</strong>quadamente. Uma placa<br />

po<strong>de</strong> ser aplicada em qualquer fratura, quando existe suficiente extensão <strong>de</strong> osso <strong>de</strong> cada lado do local<br />

da fratura, permitindo que a placa seja fixada (DE YOUNG, 1998; LIDBETTER & GLYDE, 2000).<br />

As placas po<strong>de</strong>m ser dos tipos: compressivas, quando elas forem aplicadas <strong>de</strong> maneira que<br />

promovam compressão sobre a linha <strong>de</strong> fratura e os fragmentos ósseos; placas <strong>de</strong> neutralização, que<br />

são aplicadas na face <strong>de</strong> tensão do osso para neutralizar esta força e também as <strong>de</strong> flexão, <strong>de</strong><br />

compressão sobre a linha <strong>de</strong> fratura (PIERMATTEI & FLO, 1999); placa em ponte tem como principal<br />

função o escoramento <strong>de</strong> fragmentos ósseos, mantendo <strong>de</strong>sta forma o comprimento e o ângulo<br />

funcionais apropriados (JOHNSON et al., 1998b). Em seu estudo Johnson (1998b) concluiu que há uma<br />

diminuição no tempo <strong>de</strong> reconstrução da fratura com o uso <strong>de</strong> placas em ponte se comparada com<br />

outras placas ósseas.<br />

As placas ósseas são comercializadas em vários tamanhos e formas, para diferentes fraturas.<br />

A seleção baseia-se em muitos fatores, inclusive o porte do animal, osso envolvido, grau <strong>de</strong><br />

fragmentação, presença <strong>de</strong> fissuras e localização da fratura no interior do osso (DE YOUNG, 1998;<br />

LIDBETTER & GLYDE, 2000; FOSSUM, 2002).<br />

Há três tipos básicos <strong>de</strong> placas: reta, especial e angulada. As placas retas são utilizadas na<br />

diáfise, as placas especiais são empregadas na epífise e metáfise e as placas anguladas nas regiões<br />

proximal e distal do fêmur. As placas retas são as mais usadas na cirurgia veterinária porque po<strong>de</strong>m ser<br />

moldadas ao osso mais facilmente, sendo utilizadas na maioria das áreas ósseas (DE YOUNG, 1998).<br />

Existe ainda um tipo <strong>de</strong> placa com ganchos que é feita sob medida e é indicada para fraturas em região<br />

metafisária (LIDBETTER & GLYDE, 2000)<br />

Um auxiliar na utilização das placas é o enxerto ósseo que também po<strong>de</strong> ser utilizado junto a<br />

parafusos compressivos (Figura 13) e fios <strong>de</strong> cerclagem. Os enxertos ósseos po<strong>de</strong>m ser dos tipos:<br />

esponjoso, córtico-esponjoso e corticais. A utilização <strong>de</strong>stes tipos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vascularização ou <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> da fratura (PIERMATTEI & FLO, 1999).<br />

13


Figura 13 - Imagens ilustrando: A) Imagem fotográfica <strong>de</strong> placa óssea com parafusos e enxerto ósseo.<br />

B) Imagem radiográfica pós-operatória da aplicação da placa óssea.<br />

FONTE: Arquivo Pessoal, GIORDANO, P.P. (2006).<br />

Os enxertos ósseos esponjosos aceleram o processo <strong>de</strong> revascularização e formação do calo<br />

ósseo, porém não fornecem estabilida<strong>de</strong>, já o enxerto cortical fornece estabilida<strong>de</strong>, mas o processo <strong>de</strong><br />

revascularização é retardado (PIERMATTEI & FLO, 1999).<br />

As <strong>de</strong>svantagens das placas ósseas segundo Piermattei (1999), é que elas po<strong>de</strong>m funcionar<br />

como condutores térmicos provocando <strong>de</strong>sconforto ao animal. A extensa dissecção dos tecidos moles<br />

po<strong>de</strong> provocar osteoporose, principalmente nas regiões metafisárias, necrose vascular inicial na área <strong>de</strong><br />

contato <strong>de</strong> interface da placa (FIELD, 1997), impe<strong>de</strong> também a micro movimentação do foco <strong>de</strong> fratura<br />

que estimula a revascularização, interferência no crescimento nos ossos <strong>de</strong> animais jovens, necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> remoção na maioria dos casos (Tabela 2), o custo do implante e equipamento adicional, ampla<br />

exposição e tempo requerido para a operação (DURALL et al., 1993).<br />

Tabela 2 – Remoção das Placas Ósseas<br />

FONTE: PIERMATTEI & FLO, (1999).<br />

A<br />

B<br />

14


2.2.4 – Haste Intramedular Bloqueada<br />

A haste intramedular é <strong>de</strong> uso para pequenos animais e consiste <strong>de</strong> uma haste <strong>de</strong> aço<br />

inoxidável com dois orifícios proximais e dois distais, com diâmetro variável e uma guia <strong>de</strong> perfuração<br />

para a perfeita colocação dos parafusos (DURALL et al., 1993; ENDO et al., 1998; LIDBETTER &<br />

GLYDE, 2000) (Figura 14).<br />

Figura 14 – Imagem fotográfica da Haste Intramedular Bloqueada.<br />

FONTE: Arquivo Pessoal, GIORDANO, P.P. (2006).<br />

Em 1990 a haste começou a ser utilizada na medicina veterinária por Dueland nos Estados<br />

Unidos e Durall e Diaz na Espanha os quais <strong>de</strong>senvolveram protótipos da haste para aplicação clínica<br />

(DUELAND, 1999).<br />

Atualmente, para muitos ortopedistas a haste é o método <strong>de</strong> escolha para fraturas no terço<br />

médio do fêmur (PIERMATTEI & FLO, 1999). pois po<strong>de</strong> ser inserida em céu fechado, diminuindo o risco<br />

<strong>de</strong> infecção e preservando os tecidos moles no foco <strong>de</strong> fratura (MUIR et al., 1996; DUELAND et al.,<br />

1999).<br />

Segundo Fossum (2002), a haste bloqueada constitui um dos implantes mais populares para o<br />

travamento <strong>de</strong> fraturas na ortopedia humana. Nesta técnica, os parafusos são colocados através do osso<br />

e do pino. O número <strong>de</strong> parafusos travados no pino IM é variável.<br />

A haste bloqueada está limitada ao fêmur, tíbia e úmero <strong>de</strong> cães <strong>de</strong> raças <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte, pois<br />

é necessário um diâmetro mínimo <strong>de</strong> 6mm do canal medular. Quando a haste oferece ina<strong>de</strong>quado<br />

preenchimento intramedular no local da fratura po<strong>de</strong> ocorrer a não cicatrização da fratura e aumentar as<br />

chances <strong>de</strong> fracasso <strong>de</strong> fixação. Maximizando o preenchimento intramedular consegue-se uma fixação<br />

a<strong>de</strong>quada (Figura 15) (PIERMATTEI & FLO, 1999; FOSSUM, 2002; SUBER & BASINGER, 2002).<br />

A indicação do uso da haste são as fraturas diafisárias fechadas, ou seja, implantada sem<br />

exposição cirúrgica do local fraturado, abertas usando uma abordagem minimamente invasiva<br />

empregando a técnica “abra, mas não toque”, cominutivas, aumento ou diminuição no tamanho do osso<br />

e para fraturas no fêmur e úmero (MUIR et al., 1996; DUELAND et al., 1999; HORSTMAN & BEALE,<br />

2002).<br />

15


Figura 15 - Imagens radiográficas ilustrando: A) Imagem pós-operatória <strong>de</strong> Haste Intramedular<br />

Bloqueada. B) Consolidação da fratura após quatro meses.<br />

FONTE: Arquivo Pessoal, GIORDANO, P.P. (2006).<br />

As hastes po<strong>de</strong>m ser usadas em combinação com fixadores externos (BASINGER & SUBER,<br />

2002; BASINGER & SUBER, 2003), placas ósseas, enxertos corticais alógenos, pinos intramedulares<br />

(BASINGER & SUBER, 2002; SUBER & BASINGER, 2002), parafusos <strong>de</strong> bloqueio com fios <strong>de</strong><br />

cerclagem, parafusos <strong>de</strong> compressão ou fios <strong>de</strong> Kirschner (SUBER & BASINGER, 2003).<br />

A inserção da haste na cavida<strong>de</strong> medular po<strong>de</strong> ser feita <strong>de</strong> maneira normógrada pela fossa<br />

trocantérica e o bloqueio sendo feito pela aplicação <strong>de</strong> parafusos (DUELAND et al., 1999; LIDBETTER &<br />

GLYDE, 2000; McLAUGHLIN, 1999). Endo (1998) refere-se também a introdução da haste <strong>de</strong> maneira<br />

retrógrada a partir do foco <strong>de</strong> fratura.<br />

As hastes intramedulares por serem fixadas ao osso por parafusos, são eficientes em controlar<br />

todas as forças atuantes sobre o foco <strong>de</strong> fratura, a <strong>de</strong> flexão, rotação e compressão axial (Tabela 3)<br />

(MUIR et al., 1996; DUELAND et al., 1999; McLAUGHLIN, 1999; LIDBETTER & GLYDE, 2000). Por esta<br />

vantagem são consi<strong>de</strong>radas superiores aos pinos, às placas ósseas por evitarem maiores danos aos<br />

tecidos moles e aos fixadores externos não havendo a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> curativos diários nem injúria<br />

muscular. Outra gran<strong>de</strong> vantagem é que ela não precisa ser retirada após a consolidação óssea,<br />

evitando assim novos procedimentos cirúrgicos (MUIR et al., 1996; DUELAND et al., 1999; HORSTMAN<br />

& BEALE, 2002).<br />

Como complicações com o emprego da haste po<strong>de</strong>m ocorrer a não-união ou união retardada,<br />

quebra da haste ou dos parafusos, erros <strong>de</strong> bloqueio dos parafusos, infecções, pseudoartroses,<br />

contraturas do quadríceps e a fadiga dos parafusos, normalmente, estão associados ao uso <strong>de</strong> hastes<br />

<strong>de</strong> tamanho <strong>de</strong>sproporcional ao osso ou à colocação muito próxima ao foco <strong>de</strong> fratura (DUELAND et al.,<br />

1999; McLAUGHLIN, 1999). Complicações causadas pela inexperiência dos cirurgiões ten<strong>de</strong>m a diminuir<br />

com o aprendizado (DUELAND et al., 1999).<br />

A<br />

B<br />

16


Tabela 3 – Capacida<strong>de</strong> dos implantes em neutralizar as forças atuantes na linha <strong>de</strong> fratura.<br />

+, foi obtida a neutralização; -, neutralização não conseguida; (+), neutralização obtida, mas os<br />

implantes <strong>de</strong>vem ser protegidos por outro implante, para que seja minimizada a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> falha.<br />

FONTE: DE YOUNG, 1998.<br />

17


COMENTÁRIOS<br />

Atualmente a área <strong>de</strong> ortopedia vem crescendo cada vez mais e constitui um importante ramo da<br />

veterinária, sendo muito comum as afecções ósseas nas espécies domésticas. Os diferentes métodos<br />

possuem vantagens e <strong>de</strong>svantagens, cabendo ao cirurgião escolher qual será o melhor em cada<br />

situação.<br />

As bandagens po<strong>de</strong>m ser usadas antes e <strong>de</strong>pois do procedimento cirúrgico, evitando<br />

traumatismos adicionais e conforto ao paciente. As bandagens têm como principal vantagem,<br />

proporcionar compressão no membro e eliminar o espaço morto após a cirurgia, evitando <strong>de</strong>sta forma a<br />

formação <strong>de</strong> seroma e coágulos.<br />

O pino IM é o método <strong>de</strong> osteossíntese mais utilizado, sendo indicado para fraturas <strong>de</strong> ossos<br />

longos, po<strong>de</strong>ndo ele ser utilizado sozinho ou com auxiliares <strong>de</strong> fixação que vão resistir às cargas <strong>de</strong><br />

rotação e compressão, às quais o pino não é resistente. As utilizações do pino sem auxiliares <strong>de</strong> fixação<br />

são em fraturas estáveis que não apresentem a tendência ao encurtamento axial ou rotação, animais<br />

esqueleticamente imaturos, especialmente filhotes <strong>de</strong> cães e gatos com menos <strong>de</strong> quatro meses <strong>de</strong><br />

ida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vido à rápida formação do calo ósseo. Quando utilizado com fixação auxiliar, o pino po<strong>de</strong> ser<br />

usado para todos os tipos <strong>de</strong> fratura e em qualquer animal.<br />

Os pinos IM mais usados são os <strong>de</strong> Steinman, estes são lisos e po<strong>de</strong>m ter ponta em bisel,<br />

possuindo duas bordas cortantes, i<strong>de</strong>ais para osso cortical <strong>de</strong>nso ou ponta em trocarte, com borda tripla,<br />

i<strong>de</strong>al para osso esponjoso. Os pinos <strong>de</strong> Schanz foram <strong>de</strong>senvolvidos com a ponta roscada para<br />

aumentar o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> preensão no osso esponjoso. Os pinos <strong>de</strong> Rush exercem forças compressivas<br />

contínuas em dois ou três pontos do osso e sua principal utilização são em fraturas proximais, distais e<br />

levemente oblíquas <strong>de</strong> cães e gatos <strong>de</strong> pequeno porte. Os fios <strong>de</strong> Kirschner são semelhantes aos pinos<br />

<strong>de</strong> Steinman, mas em menor diâmetro, sua indicação é para animais jovens, cães <strong>de</strong> pequeno porte e<br />

gatos.<br />

O fixador externo é particularmente útil nas fraturas expostas ou imensamente cominutivas com<br />

a circulação <strong>de</strong>ficiente, fraturas produzidas por projéteis <strong>de</strong> arma <strong>de</strong> fogo e fraturas que necessitam <strong>de</strong><br />

fixação prolongada. Existem vários tipos, sendo alguns <strong>de</strong>les: tipo I, usado em fraturas simples e<br />

relativamente estáveis em animais <strong>de</strong> pequeno porte; tipo II é indicado para porções distais dos<br />

membros e estabilização <strong>de</strong> fraturas em rádio e tíbia; tipo III tem a armação mais forte sendo utilizado<br />

em situações <strong>de</strong> extrema instabilida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> a consolidação lenta é prevista; fixadores <strong>de</strong> Ilizarov, apesar<br />

<strong>de</strong> serem mais caros, po<strong>de</strong>m ser usados além <strong>de</strong> fixação <strong>de</strong> fraturas, como também para alongamento e<br />

correção <strong>de</strong> <strong>de</strong>formida<strong>de</strong>s dos membros; um outro tipo <strong>de</strong> fixador que vem sendo muito utilizado como<br />

alternativa aos <strong>de</strong> alto custo, é a fixação externa com acrílico <strong>de</strong> metil-metacrilato, esta resina substitui<br />

as barras <strong>de</strong> conexão que nos outros mo<strong>de</strong>los são <strong>de</strong> metal e mais caras, além <strong>de</strong> serem mais práticas<br />

<strong>de</strong> se moldarem; fixador “tie-in” que além dos pinos <strong>de</strong> fixação também tem em sua composição um pino<br />

IM que é associado ao fixador externo.<br />

18


Os fixadores externos quando usados como meio único <strong>de</strong> fixação <strong>de</strong>ve ser aplicado em cães <strong>de</strong><br />

pequeno porte e gatos jovens, que tem a cicatrização mais rápida. A gran<strong>de</strong> vantagem <strong>de</strong> se utilizar a<br />

fixação auxiliar junto ao fixador externo, como por exemplo, o pino IM, é que o fixador seja removido<br />

assim que o calo ósseo for radiograficamente visível, normalmente em quatro a seis semanas.<br />

A placa óssea tem como principal vantagem o retorno precoce à total função do membro<br />

fraturado e como principal <strong>de</strong>svantagem a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> remoção na maioria dos casos, além <strong>de</strong><br />

extensa dissecção dos tecidos moles, osteoporose, necrose vascular inicial na área <strong>de</strong> contato <strong>de</strong><br />

interface da placa e alto custo das placas e material necessário para a colocação do implante.<br />

A haste intramedular bloqueada está limitada ao fêmur, tíbia e úmero <strong>de</strong> cães <strong>de</strong> raças <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> porte, pois é necessário um diâmetro mínimo <strong>de</strong> 6 mm do canal medular. Suas indicações são as<br />

fraturas diafisárias, cominutivas, aumento ou diminuição no tamanho do osso e sua principal vantagem é<br />

que não precisa ser retirada após a consolidação óssea, evitando novos procedimentos cirúrgicos. Como<br />

complicações po<strong>de</strong>m ocorrer a quebra da haste, fadiga dos parafusos, contraturas do quadríceps, tudo<br />

associado ao uso <strong>de</strong> hastes <strong>de</strong> tamanho <strong>de</strong>sproporcional.<br />

CONCLUSÃO<br />

É importante saber os parâmetros corretos <strong>de</strong> cada método cirúrgico, para que se possa optar<br />

pelo melhor tratamento. Cada paciente apresenta um tipo e localização <strong>de</strong> fratura para o qual existe um<br />

melhor método <strong>de</strong> fixação a ser utilizado. A escolha do método <strong>de</strong>ve levar em consi<strong>de</strong>ração o po<strong>de</strong>r<br />

aquisitivo e a cooperação do proprietário, quanto ao pós operatório, ida<strong>de</strong> e temperamento do paciente.<br />

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