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Exercícios Obrigatórios De Gramática. 3º Ano Professor Ivan

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<strong>3º</strong> Concordância<br />

<strong>Exercícios</strong> <strong>Obrigatórios</strong> de <strong>Gramática</strong>.<br />

<strong>3º</strong> ano<br />

<strong>Professor</strong> <strong>Ivan</strong> Gomes de Oliveira<br />

1- Fuvest 2010<br />

Belo Horizonte, 28 de julho de 1942.<br />

Meu caro Mário,<br />

Estou te escrevendo rapidamente, se bem que haja muitíssima coisa que eu<br />

quero te falar (a respeito da Conferência, que acabei de ler agora). Vem-me<br />

uma vontade imensa de desabafar com você tudo o que ela me fez sentir. Mas<br />

é longo, não tenho o direito de tomar seu tempo e te chatear. Fernando<br />

Sabino.<br />

Neste trecho de uma carta de Fernando Sabino a Mário de Andrade, o<br />

emprego de linguagem informal é bem evidente em<br />

a) “se bem que haja”.<br />

b) “que acabei de ler agora”.<br />

c) “Vem-me uma vontade”.<br />

d) “tudo o que ela me fez sentir”.<br />

e) “tomar seu tempo e te chatear”.<br />

O problema da alternativa é apresentar pronomes com marcação de<br />

pessoas diferentes: seu e teu.<br />

2008 - A frase em que todos os vocábulos grifados estão corretamente<br />

empregados é:<br />

a) <strong>De</strong>scobriu-se, há instantes, a verdadeira razão por que a criança se<br />

recusava à freqüentar a escola.<br />

b) Não se sabe, de fato, porquê o engenheiro preferiu destruir o pátio a<br />

adaptá-lo às novas normas.<br />

c) Disse-nos, já a várias semanas, que explicaria o porque da decisão tomada<br />

às pressas naquela reunião.<br />

d) Chegava tarde, porque precisava percorrer a pé uma distância de dois à<br />

três quilômetros.<br />

e) Não prestou contas à associação de moradores, não compareceu à<br />

audiência e até hoje não disse por quê.<br />

2007‐ Quanto à concordância verbal, a frase inteiramente correta é:<br />

a) Cada um dos participantes, ao inscrever-se, deverão receber as orientações<br />

necessárias.<br />

b) Os que prometem ser justos, em geral, não conseguem sê-lo sem que se<br />

prejudiquem.<br />

c) Já deu dez horas e a entrega das medalhas ainda não foram feitas.<br />

d) O que se viam era apenas destroços, cadáveres e ruas completamente<br />

destruídas.<br />

e) <strong>De</strong>vem ter havido acordos espúrios entre prefeitos e vereadores daqueles<br />

municípios.


a) Na alternativa “a” “cada um” está no singular e concorda com o verbo “dever”<br />

no singular.<br />

b) Na alternativa “b” o verbo ‘ser’ retoma a ideia “ser justos” por meio do<br />

pronome oblíquo átono. Esta alternativa pode apresentar um problema, visto<br />

que o pronome “lo” pode expressar ‘ele’, ainda assim é marcada como a<br />

correta pelo vestibular.<br />

c) A entrega das medalhas ainda não foi, esta seria a forma correta.<br />

d) O que se viam eram apenas .....(escrita correta)<br />

e) deve ter havido acordos espúrios....(escrita correta)<br />

2006 - Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias,<br />

imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para<br />

entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes<br />

valor. Conhecer o frio para conhecer o calor. E o oposto. Sentir a distância e o<br />

desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para<br />

lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o<br />

mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos<br />

faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e<br />

simplesmente ir ver.<br />

Amyr Klink, Mar sem fim.<br />

Na frase “que nos faz professores e doutores do que não vimos”, o pronome<br />

sublinhado retoma a expressão antecedente<br />

a) “para lugares”.<br />

b) “o mundo”.<br />

c) “um homem”.<br />

d) “essa arrogância”.<br />

e) “como o imaginamos”.<br />

2005<br />

O filme Cazuza – O tempo não pára me deixou numa espécie de felicidade<br />

pensativa. Tento explicar por quê. Cazuza mordeu a vida com todos os dentes.<br />

A doença e a morte parecem ter-se vingado de sua paixão exagerada de viver.<br />

É impossível sair da sala de cinema sem se perguntar mais uma vez: o que<br />

vale mais, a preservação de nossas forças, que garantiria uma vida mais longa,<br />

ou a livre procura da máxima intensidade e variedade de experiências?<br />

Digo que a pergunta se apresenta “mais uma vez” porque a questão é hoje<br />

trivial e, ao mesmo tempo, persecutória. (...) Obedecemos a uma proliferação<br />

de regras que são ditadas pelos progressos da prevenção. Ninguém imagina


que comer banha, fumar, tomar pinga, transar sem camisinha e combinar, sei<br />

lá, nitratos com Viagra seja uma boa idéia. <strong>De</strong> fato não é. À primeira vista,<br />

parece lógico que concordemos sem hesitação sobre o seguinte: não há ou<br />

não deveria haver prazeres que valham um risco de vida ou, simplesmente,<br />

que valham o risco de encurtar a vida. <strong>De</strong> que adiantaria um prazer que, por<br />

assim dizer, cortasse o galho sobre o qual estou sentado? Os jovens têm uma<br />

razão básica para desconfiar de uma moral prudente e um pouco avara que<br />

sugere que escolhamos sempre os tempos suplementares. É que a morte lhes<br />

parece distante, uma coisa com a qual a gente se preocupará mais tarde, muito<br />

mais tarde. Mas sua vontade de caminhar na corda bamba e sem rede não é<br />

apenas a inconsciência de quem pode esquecer que “o tempo não pára”. É<br />

também (e talvez sobretudo) um questionamento que nos desafia: para<br />

disciplinar a experiência, será que temos outras razões que não sejam só a<br />

decisão de durar um pouco mais?<br />

(Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo)<br />

7- Considere as seguintes frases:<br />

I. O autor do texto assistiu ao filme sobre Cazuza.<br />

II. O filme provocou-lhe uma viva e complexa reação.<br />

III. Sua reação mereceu uma análise.<br />

O período em que as frases acima estão articuladas de modo correto e<br />

coerente é:<br />

a) Tendo assistido ao filme sobre Cazuza, este provocou o autor do texto numa<br />

reação tão viva e complexa que lhe mereceu uma análise.<br />

b) Mereceu uma análise, a viva e complexa reação, provocadas pelo filme que<br />

o autor do texto assistiu sobre Cazuza.<br />

c) A reação que provocou no autor do texto o filme sobre Cazuza foi tão<br />

viva e complexa que mereceu uma análise.<br />

d) Foi viva e complexa a reação, que aliás mereceu uma análise, provocado<br />

pelo filme sobre Cazuza, que o autor assistiu.<br />

e) O filme sobre Cazuza que foi assistido pelo autor provocou-lhe uma reação<br />

viva e complexa, que a sua análise foi merecida.<br />

08 Embora predomine no texto a linguagem formal, é possível identificar nele<br />

marcas de coloquialidade, como as expressões assinaladas em:<br />

a) “mordeu a vida” e “moral prudente e um pouco avara”.<br />

b) “sem se perguntar mais uma vez” e “não deveria haver prazeres”.<br />

c) “parece lógico” e “que não sejam só a decisão”.<br />

d) “e combinar, sei lá, nitratos” e “a gente se preocupa”.<br />

e) “que valham um risco de vida” e “(e talvez sobretudo) um<br />

questionamento”.<br />

GV 2009<br />

ENSINAMENTO<br />

Minha mãe achava estudo<br />

a coisa mais fina do mundo.


Não é.<br />

A coisa mais fina do mundo é o sentimento.<br />

Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,<br />

ela falou comigo:<br />

“Coitado, até essa hora no serviço pesado.”<br />

Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com água quente.<br />

Não me falou em amor.<br />

Essa palavra de luxo.<br />

PRADO, Adélia. Bagagem. 4ª ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1986, p.<br />

9- A expressão em negrito do trecho “Aquele dia de noite, o pai fazendo<br />

serão,/ela falou comigo:/‘Coitado, até essa hora no serviço pesado.’” foi usada<br />

de maneira singular.<br />

Explique essa singularidade e comente o efeito de sentido gerado no poema.<br />

Classifique sintaticamente a expressão destacada.<br />

A singularidade encontra-se na forma como o verbo falar é complementado.<br />

Quando funciona como transitivo indireto, esse verbo exige a preposição a:<br />

falou a mim.<br />

Quanto à singularidade, há um problema: a questão não deixa claro se espera<br />

uma resposta relacionada à estilística ou à noção de singular, oposição a<br />

plural.<br />

Assim, a singularidade estilística seria demonstrar o que para a mãe é<br />

importante: as coisas simples, as boas ações, isso sim é fino.<br />

A singularidade relacionada à singular é “comigo” funcionando como pronome<br />

preposicionado (1ª pessoa)<br />

Na construção apresentada pelo texto pode expressar ideia de namoro. Falou<br />

comigo, foi ter comigo = namorou comigo.<br />

Sintaticamente funciona como Adjunto adverbial de companhia. Na forma “falou<br />

comigo”, “comigo” está na modalidade informal, e representa o destinatário do<br />

verbo, objeto indireto. Ressalto que objeto indireto nessas circunstâncias é um<br />

equívoco por tratar-se da modalidade informal do verbo.<br />

GV 2008 administração<br />

13- “Se queres ser bom juiz, ouve o que cada um diz.”<br />

Esse provérbio popular vem enunciado na 2ª. pessoa do singular. Se o<br />

transferirmos para a forma de tratamento você, mais familiar a muitos paulistas,<br />

a solução que atende à norma culta será a apresentada na alternativa:<br />

A Se quiseres ser bom juiz, ouvi o que cada um diz.<br />

B Se quer ser bom juiz, ouça o que cada um diz.<br />

C Se quereis ser bons juízes, ouvi o que cada um diz.<br />

D Se queres ser bom juiz, ouça o que cada um diz.<br />

E Se quiser ser bom juiz, ouve o que cada um diz.<br />

GV‐ 13‐ Observe os períodos abaixo.<br />

A estatística mostra que nesta rodovia já ocorreram vários acidentes, causados<br />

por falha humana. Acreditamos que, depois do treinamento, existirão apenas<br />

alguns, causados por falha mecânica.


Nesses períodos, os verbos ocorrer e existir podem ser substituídos por outros.<br />

Assinale a alternativa abonada pela norma culta para efetuar essa substituição.<br />

A Houveram/haverão.<br />

B Houveram/haverá.<br />

C Houve/haverá.<br />

D Houve/terá.<br />

E Houveram/terão.<br />

PUC 2010<br />

Nossa pátria mãe gentil<br />

Intérprete: Beth Carvalho<br />

Composição: Vaguinho / Boneco<br />

Preserve a Amazônia, mãe gentil<br />

Com sua beleza sem igual<br />

Ela é o tesouro do Brasil<br />

Com suas riquezas naturais<br />

Estão vendendo nossa nação<br />

Estão entregando nosso quinhão<br />

A gente tem que gritar<br />

Não vamos nos acomodar<br />

Pois isso aqui é nossa terra<br />

Esses homens vão ter que entender<br />

Que isto aqui é o nosso Brasil<br />

Nosso chão, nossa vida, nossa pátria mãe gentil<br />

Isso um dia vai ter que mudar<br />

A justiça vai ter que acordar<br />

E a igualdade um dia vai raiar<br />

14. No texto acima, os versos “A gente tem que gritar / Não vamos nos<br />

acomodar”, há mistura de pessoas verbais: a gente (3ª pessoa do singular) e<br />

nós (1ª pessoa do plural). Trata-se de<br />

A) uma característica da linguagem coloquial e, considerando a situação<br />

comunicativa, não configura erro.<br />

B) um erro, pois, ainda que se trate de um samba, deve seguir o que prescreve<br />

a norma culta.<br />

C) um acerto, pois em sambas tem de haver essa mistura.<br />

D) uma característica da linguagem coloquial e, considerando a situação<br />

comunicativa, configura erro.<br />

E) uma característica da linguagem coloquial, cujo alto grau de formalidade<br />

está adequado para o contexto em que circula.<br />

08. Leia os versos de Carlos Drummond de Andrade.<br />

“Os amantes se amam cruelmente<br />

e com se amarem tanto não se vêem.<br />

Um se beija no outro, refletido.<br />

Dois amantes que são? Dois inimigos.”<br />

a) Reescreva os dois versos iniciais, passando-os para a primeira pessoa do plural.<br />

Nós nos amamos cruelmente


E com nos amarmos tanto não nos vemos<br />

b) Reescreva os dois últimos versos, substituindo Um por Eu.<br />

Eu me beijo no outro, refletido.<br />

Dois amantes que somos? Dois inimigos.<br />

20 Assinale a alternativa em que a concordância verbal NÃO ESTÁ DE<br />

ACORDO com o padrão culto da língua portuguesa.<br />

A A maioria dos litigantes não conhecia bem seus direitos.<br />

B Os táxis azuis é que deveriam ter sido vistoriados com mais cuidado.<br />

C Não tinham chegado ainda, mesmo decorridos dois meses, as cartas do<br />

viajante.<br />

D O golpe dos soldados mais antigos das duas tropas atingiram os adversários.<br />

E Não se conheciam as razões da contenda entre os dois grupos religiosos.<br />

Menos estrelada que as edições passadas,<br />

a quarta Festa Literária de Parati<br />

acontecerá na cidade histórica do litoral<br />

fluminense entre os dias 9 e 13 de agosto.<br />

O evento, que no passado já trouxe<br />

nomes do porte de Paul Auster, Martin<br />

Amis, Ian McEwan, Salman Rushdie e<br />

Margaret Atwood, entre outros, neste ano<br />

contará com poucas celebridades literárias<br />

internacionais.<br />

Haverá duas mesas dedicadas ao jornalismo<br />

literário que, assim como uma oficina<br />

para novos autores, serão patrocinadas<br />

pela revista “Piauí”, publicação que<br />

terá seu lançamento oficial no evento. O<br />

custo total do evento é de R$ 3,8 milhões,<br />

divididos entre patrocinadores. Quarenta<br />

por cento do valor é incentivado por<br />

meio da Lei Rouanet.<br />

(Folha de S.Paulo, 01.07.2006)<br />

GV- 2007. Na segunda linha do segundo parágrafo, a concordância do verbo ser (serão)<br />

tanto pode ser entendida como feita com o sujeito mesas dedicadas ao jornalismo<br />

literário como com um sujeito composto (mesas dedicadas ao jornalismo literário e<br />

uma oficina para novos autores).<br />

a) Como você redigiria corretamente a frase que contém o verbo ser, se o trecho<br />

oficina para novos autores fosse substituído por encontro para novos autores?<br />

a) Se o trecho “oficina para novos autores” fosse substituído por “encontro para novos<br />

autores”, a frase teria de ser assim redigida: “serão patrocinados pela revista “Piauí”;<br />

uma vez que a palavra encontro está no masculino, o particípio, obrigatoriamente,<br />

deverá concordar com ela.<br />

b) Como ficaria a redação da primeira frase do parágrafo (Haverá duas mesas<br />

dedicadas ao jornalismo literário), se o verbo haver fosse modificado pelo<br />

verbo auxiliar poder?


Com o verbo poder, a frase em questão ficaria: Poderá haver duas mesas dedicadas ao<br />

jornalismo literário.<br />

08. Na última frase do texto — Quarenta por cento do valor é incentivado por meio da<br />

Lei Rouanet. — o verbo ser encontra-se no singular.<br />

a) Esse verbo poderia estar também no plural? Por quê?<br />

R: Sim, pois quando se trata de expressões de porcentagem, ou o verbo concorda com o<br />

numeral, ou concorda com o substantivo especificador dessa expressão de porcentagem.<br />

b) Como ficaria a concordância se o sujeito fosse 1%?<br />

R: Não alteraria, permaneceria no singular, pois tanto o numeral quanto o<br />

substantivo especificador transmitem uma noção de singular.<br />

38 E<br />

Assinale a alternativa em que os trechos do texto, reescritos, apresentam<br />

emprego de pronomes bem como concordância (nominal e verbal) de acordo<br />

com a norma culta.<br />

a) Atividade é bom para os homens, que com ela se distrai da própria vida e<br />

desvia-se da visão assustadora de si mesmo.<br />

b) Lancem-se os homens no trabalho, para que não fiquem ociosos, pois<br />

bastam-lhes a ociosidade que lhes ensinam muitas coisas perniciosas.<br />

c) Certamente deve existir visões que colidem frontalmente com um dos<br />

esteios da sociedade; assim se fortaleceu obsessões laborais.<br />

d) Voltaire foi um dos grandes pensadores iluministas, que escreveu contra o<br />

governo e o clero franceses, o que acabaram por levá-Io à Bastilha.<br />

e) Houve muitos que defenderam o trabalho; não os acompanhou Paul<br />

Lafargue, em cuja obra encontram- se críticas à exploração humana.<br />

Resolução<br />

O verbo haver é impessoal e, por isso, deve ficar na terceira pessoa do<br />

singular; o pronome oblíquo os refere-se a muitos; o verbo acompanhar<br />

concorda com o sujeito Paul Lafargue; o pronome cujo indica posse (obra de<br />

Paul Lafargue) e o verbo encontrar, com o pronome apassivador se, concorda<br />

com o sujeito paciente plural “críticas à exploração humana”.<br />

O garimpeiro<br />

Lúcia tinha dezoito anos, seus cabelos eram da cor do jacarandá brunido, seus olhos<br />

também eram assim, castanhos bem escuros. Este tipo, que não é muito comum, dá uma<br />

graça e suavidade indefinível à fisionomia.<br />

Sua tez era o meio termo entre o alvo e o moreno, que é, a meu ver, a mais amável de<br />

todas as cores. Suas feições, ainda que não eram de irrepreensível regularidade, eram<br />

indicadas por linhas suaves e harmoniosas. Era bem feita, e de alta e garbosa estatura.<br />

Retirada na solidão da fazenda paterna, desde que saíra da escola, Lúcia crescera como<br />

o arbusto do deserto, desenvolvendo em plena liberdade todas as suas graças naturais, e<br />

conservando ao lado dos encantos da puberdade toda a singeleza e inocência<br />

da infância.<br />

Lúcia não tinha uma dessas cinturas tão estreitas que se possam abranger entre os dedos<br />

das mãos; mas era fina e flexível.


Suas mãos e pés não eram dessa pequenez e delicadeza hiperbólica, de que os<br />

romancistas fazem um dos principais méritos das suas heroínas; mas eram bem feitos e<br />

proporcionados.<br />

Lúcia não era uma dessas fadas de formas aéreas e vaporosas, uma sílfide ou uma<br />

bayadère*, dessas que fazem o encanto dos salões do luxo. Tomá-la-íeis antes por uma<br />

das companheiras de Diana a caçadora, de formas esbeltas, mas vigorosas, de singelo<br />

mas gracioso gesto.<br />

Todavia era dotada de certa elegância natural, e de uma delicadeza de sentimentos que<br />

não se esperaria encontrar em uma roceira.<br />

(*) Bayadère (francês): dançarina das Índias, dançarina de teatro.<br />

(Bernardo Guimarães. O garimpeiro - romance. Rio de Janeiro:<br />

B.L. Garnier Livreiro-Editor do Instituto, 1872, p. 14-16.)<br />

05. Pela concordância nominal, o adjetivo tem de ajustar sua flexão à do substantivo ou<br />

substantivos a que se refere. Considerando este fato, releia o fragmento de O<br />

Garimpeiro e explique a razão por que, no quarto parágrafo, os adjetivos “feitos” e<br />

“proporcionados” estão flexionados no plural e no masculino.<br />

R: São predicativos do sujeito. Tal sujeito é composto por palavras de gêneros<br />

diferentes, por isso, os adjetivos vão para o masculino plural.<br />

unifesp<br />

19. A frase que reproduz uma ideia do texto de maneira gramaticalmente correta é:<br />

(A) Em 1918, com a gripe espanhola, em Curitiba, ficou proibidas as aglomerações,<br />

inclusive o acompanhamento dos enterros e a frequência a templos religiosos.<br />

(B) Estimam-se que cerca de 50 milhões de pessoas no mundo tenham sido vítima da<br />

gripe espanhola no início do século.<br />

(C) Evidentemente cabem ao Poder Público a orientação e a publicação de normas,<br />

determinando que atitudes devem ser tomadas.<br />

(D) Não seria de se espantar se muitos jornais trouxessem a seguinte manchete: “Férias<br />

lota shoppings de Curitiba”.<br />

(E) Existe divergências entre os especialistas: uns dizem que a gripe A têm gravidade e<br />

letalidade parecidas com a da gripe sazonal, outros afirmam que a situação é mais grave.<br />

13. Se a frase – O quarentão é o amoroso refinado, capaz de sentir poesia onde o<br />

adolescente só vê o embaraçoso cotidiano ... – for para o plural e o termo sublinhado<br />

substituído por um sinônimo, obtém-se:<br />

Os quarentões são os amorosos refinados,<br />

(A) capazes de sentirem poesia onde os adolescentes só vem o confuso cotidiano ...<br />

(B) capaz de sentirem poesia onde os adolescentes só vêem o atribulado cotidiano ...<br />

(C) capazes de sentirem poesia onde os adolescentes só vêm o enganoso cotidiano ...<br />

(D) capaz de sentir poesia onde os adolescentes só vêm o encrencado cotidiano ...<br />

(E) capazes de sentir poesia onde os adolescentes só vêem o complicado cotidiano ...<br />

07. Eu faço tudo que você quiser, eu dou um jeito de arranjar trabalho,eu sustento o<br />

nenê, mas, por favor, me deixe ser mãe.<br />

Mantida a mesma forma de tratamento e supondo que a frase fosse proferida pelo<br />

homem, ela assumiria a seguinte forma:<br />

(A) Faças tudo que eu quero, dês um jeito de arranjar trabalho, sustentas o nenê, que eu<br />

te deixo ser mãe.


(B) Faz tudo que eu quero, dê um jeito de arranjar trabalho, sustenta o nenê, que eu lhe<br />

deixo ser mãe.<br />

(C) Faz tudo que eu quero, dá um jeito de arranjar trabalho, sustenta o nenê, que eu<br />

deixo você ser mãe.<br />

(D) Faça tudo que eu quero, dá um jeito de arranjar trabalho, sustente o nenê, que eu lhe<br />

deixo ser mãe.<br />

(E) Faça tudo que eu quero, dê um jeito de arranjar trabalho, sustente o nenê, que eu a<br />

deixo ser mãe.<br />

28. “João vem!<br />

E há de estar triste ou alegre...”<br />

Substituindo-se João por Eles, obtém-se:<br />

(A) Eles vem! E hão de estarem tristes ou alegres.<br />

(B) Eles vêem! E hão de estar triste ou alegre.<br />

(C) Eles vêm! E hão de estar triste ou alegre.<br />

(D) Eles vêm! E hão de estar tristes ou alegres.<br />

(E) Eles vem! E hão de estar tristes ou alegres.<br />

e<br />

15 - Considere as quatro afirmações seguintes.<br />

I. O pronome vossa (2ª pessoa do plural) é usado como forma de demonstrar<br />

respeito a alguém, sobretudo em posição superior.<br />

II. No primeiro quadrinho, a escrita correta seria por que e não porque.


III. A forma verbal possui, no segundo quadrinho, está incorreta, devendo ser<br />

substituída por possue.<br />

IV. A forma verbal têm, no último quadrinho, está correta, já que se refere aos<br />

dois interlocutores do Senhor.<br />

Estão corretas apenas as afirmações<br />

a) I e II.<br />

b) I e III.<br />

c) II e IV.<br />

d) I, II e III.<br />

e) I, II e IV.<br />

Resolução<br />

A única afirmação incorreta encontra-se no item III, porque nos verbos<br />

terminados em -uir, a desinência de terceira pessoa é -i, logo o correto é<br />

“possui”.<br />

fora de si<br />

eu fico louco<br />

eu fico fora de si<br />

eu fica assim<br />

eu fica fora de mim<br />

eu fico um pouco<br />

depois eu saio daqui<br />

eu vai embora<br />

eu fico fora de si<br />

eu fico oco<br />

eu fica bem assim<br />

eu fico sem ninguém em mim2<br />

b<br />

28 - Para construir a idéia de fora de si, o poeta vale-se<br />

a) do uso exagerado do pronome eu, associando-o ao interlocutor em 2ª<br />

pessoa do singular.<br />

b) de variações lingüísticas, sugerindo que ficar fora de si é transmutar-se<br />

também em outras pessoas gramaticais.<br />

c) da utilização de pronome indefinido – ninguém –, como forma de sugerir a<br />

idéia de imprecisão.<br />

d) de pronomes reflexivos que apontam para o próprio sujeito, numa atitude de<br />

olhar internamente.<br />

e) de estruturas paralelísticas que garantem a idéia de oco, embora o poeta se<br />

mostre centrado em si mesmo, independentemente dos outros.<br />

Resolução<br />

A idéia de estar “fora de si” é sugerida através de expedientes gramaticais,<br />

notadamente a concordância (melhor seria dizer “discordância”) entre primeira<br />

e terceira pessoas.<br />

INSTRUÇÃO: As questões 22 e 23 estão relacionadas ao seguinte anúncio de jornal:<br />

LOJA DE CALÇADOS<br />

FEMININO<br />

Vende-se 3 lojas bem montadas<br />

tradicionais, nos melhores Pontos<br />

da Cidade. Ótima Oportunidade!


F: (__) xxx-xxxxxx<br />

(O Estado de S.Paulo, 15.08.2002)<br />

22. <strong>De</strong> acordo com as normas gramaticais, particularmente no que se refere às regras de<br />

concordância, o título deste anúncio deveria ser<br />

(A) LOJAS DE CALÇADOS FEMININO, porque, na seqüência, o texto fala em “3<br />

lojas”.<br />

(B) LOJAS DE CALÇADOS FEMININOS, porque, na seqüência, o texto fala em “3<br />

lojas”.<br />

(C) LOJA DE CALÇADOS FEMININOS, porque o título não especifica as outras duas<br />

lojas “bem montadas” de calçados, implicitamente, masculinos.<br />

(D) LOJA FEMININA DE CALÇADOS, porque o título não se relaciona com o<br />

restante do anúncio.<br />

(E) LOJA DE CALÇADOS FEMININO, tal como aparece no anúncio, porque o<br />

vocábulo “FEMININO”<br />

apenas especifica o tipo de calçado comercializado pelas lojas à venda.<br />

23. No corpo do anúncio, a expressão Vende-se 3 lojas bem montadas<br />

(A) apresenta problema de concordância verbal. <strong>De</strong>veria ocorrer na forma Vendem-se<br />

porque se é índice de indeterminação do sujeito, e lojas é o sujeito paciente.<br />

(B) não apresenta problema de concordância verbal porque se é índice de<br />

indeterminação do sujeito, e lojas é o objeto direto.<br />

(C) apresenta problema de concordância verbal. <strong>De</strong>veria ocorrer na forma Vendem-se<br />

porque se é partícula apassivadora, e lojas é o sujeito paciente.<br />

(D) não apresenta problema de concordância verbal, porque se é partícula apassivadora,<br />

e lojas é o sujeito<br />

paciente.<br />

(E) apresenta problema de concordância verbal. <strong>De</strong>veria ocorrer na forma Vendem-se<br />

porque se é pronome reflexivo com função sintática de objeto indireto, e lojas é o objeto<br />

direto.

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