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Bom dia, senhoras e senhores • É um grande prazer estar presente ...

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<strong>Bom</strong> <strong>dia</strong>, <strong>senhoras</strong> e <strong>senhores</strong><br />

<strong>É</strong> <strong>um</strong> <strong>grande</strong> <strong>prazer</strong> <strong>estar</strong> <strong>presente</strong> hoje na<br />

abertura de <strong>um</strong> dos maiores eventos de turismo<br />

das Américas.<br />

Partilho com vocês o entusiasmo – de quem<br />

encontra nos desafios a maior motivação para a<br />

vida – e também o orgulho de ser cidadão e<br />

ministro de <strong>um</strong> país que se fortalece na<br />

democracia e na força produtiva de seu<br />

empresariado e de seus trabalhadores.<br />

Sou basicamente <strong>um</strong> homem otimista, mas sem<br />

ufanismos. Olho para meu país e reconheço<br />

nele as qualidades que o transformaram em<br />

<strong>um</strong>a referência para o resto do mundo.<br />

O bom momento econômico do Brasil permitiu o<br />

surgimento de <strong>um</strong>a nova classe econômica, que<br />

agregou pelo menos mais 30 milhões de<br />

pessoas ao mercado cons<strong>um</strong>idor.<br />

Temos <strong>um</strong> turismo interno aquecido, que nos<br />

tem permitido sentir muito pouco dos efeitos das<br />

crises econômicas internacionais.<br />

Os mesmos brasileiros que viajam ao exterior<br />

enchem nossos aviões e lotam nossos hotéis.<br />

Agentes de viagens, operadores, hoteleiros,<br />

donos de pousadas, restaurantes e receptivo –<br />

todos têm trabalhado muito.


Os investidores estão, é claro, atentos a esse<br />

movimento.<br />

O setor de hotelaria no Brasil receberá<br />

investimentos de R$ 7,3 bilhões, com a abertura<br />

de 198 hotéis nos próximos três anos (os<br />

números são da consultoria BSH International).<br />

38% desses novos empreendimentos<br />

concentram-se na região Sudeste. E não são<br />

hotéis luxuosos, mas de categoria econômica.<br />

A minha região Nordeste atraiu 34% desses<br />

novos empreendimentos e tem a maior<br />

concentração de resorts.<br />

Os indicadores registrados pelo Ministério do<br />

Turismo entre janeiro e agosto deste ano<br />

mostram que em 2011 bateremos todos os<br />

recordes.<br />

A receita cambial turística nos primeiros meses<br />

foi de US$ 4,4 bilhões – 15,7% sobre o mesmo<br />

período de 2010. Devemos fechar o ano com<br />

US$ 6,7 bilhões de entrada de divisas.<br />

O desembarque de passageiros em voos<br />

nacionais somou, entre janeiro e agosto, 52<br />

milhões, ou quase 20% a mais do que no<br />

período em 2010. Nossa projeção indica que até<br />

dezembro vamos bater 78 milhões de<br />

desembarques domésticos.<br />

Por outro lado, a projeção para os<br />

desembarques internacionais em 2011 é de 8,9


milhões, sendo que 5,4 milhões será o número<br />

de turistas internacionais.<br />

Desde que fui honrado pelo convite da<br />

presidenta Dilma, tenho colocado minha<br />

experiência em gestão pública e planejamento a<br />

serviço do setor turístico e do país.<br />

Meu maior compromisso, firmado junto à<br />

presidenta, é fazer o desenvolvimento turístico<br />

contribuir efetivamente para que o Brasil avance<br />

na oferta de empregos, na geração de riquezas,<br />

na diminuição das desigualdades sociais e<br />

regionais e na valorização e apoio ao<br />

empresariado.<br />

Tenho também como dever fazer o Ministério do<br />

Turismo reforçar seu papel primor<strong>dia</strong>l de<br />

preparar o Brasil para receber estrangeiros e<br />

atender aos brasileiros que acompanharão os<br />

jogos da Copa do Mundo.<br />

Para isso, é preciso reposicionar a contribuição<br />

do ministério para a Copa e a contribuição da<br />

Copa para o desenvolvimento do país.<br />

Nossa missão é assegurar a qualidade da<br />

recepção aos turistas nacionais e internacionais,<br />

aproveitando o ensejo para fortalecer as<br />

estruturas, organizações e processos que<br />

contribuirão para o desenvolvimento sustentável<br />

do setor.<br />

Para alcançar os objetivos firmados, tenho a<br />

convicção de que é necessário vencer o medo


que acomete a maioria dos homens públicos,<br />

que é o de quebrar paradigmas.<br />

A falta de disposição para enfrentar resistências<br />

pode, eventualmente, minar o desejo de realizar<br />

mudanças.<br />

Muitas vezes, esse medo nos empurra para <strong>um</strong><br />

estado inercial, que nos impede de avaliar<br />

resultados, rever ações e estabelecer novos<br />

r<strong>um</strong>os, mesmo quando os percalços aparecem.<br />

Padre Antonio Vieira dizia que "Do sábio é<br />

próprio mudar o parecer".<br />

Pois quero reafirmar que o Ministério do<br />

Turismo está, sim, tomando novos caminhos,<br />

porque o compromisso da pasta com o Brasil é<br />

<strong>grande</strong>, complexo demais e não podemos<br />

perder tempo.<br />

Resolver a questão da qualificação profissional<br />

agora é optar pelo vigor que o turismo terá ou<br />

não no futuro.<br />

E não estou falando apenas de 2014 ou de<br />

2016. Estou falando sobre os anos que virão<br />

após os megaeventos, porque é lá que nossos<br />

olhos devem focar.<br />

2014 é “depois de amanhã”. 2016 está “na<br />

esquina”. Mas, e depois? Paramos por aí?


Convido os <strong>senhores</strong> a refletir comigo sobre o<br />

turismo que queremos construir no Brasil do<br />

futuro.<br />

Queremos <strong>um</strong> turismo inclusivo e de<br />

oportunidades para todos? Um receptivo<br />

profissionalizado? Queremos <strong>um</strong>a indústria que<br />

verdadeiramente explore de forma sustentável<br />

todo o potencial que o Brasil tem?<br />

Queremos o nosso setor forte, atraente,<br />

consolidado, que ajude a melhorar a qualidade<br />

de vida dos brasileiros? Desejamos construir <strong>um</strong><br />

Brasil competitivo e viável para os investidores?<br />

A minha resposta é sim, para todas essas<br />

considerações.<br />

Para isso, precisamos de gente qualificada<br />

trabalhando na linha de frente do atendimento<br />

aos turistas.<br />

Pensando nisso, busquei o apoio do Sistema S,<br />

do Ministério da Educação e de outras<br />

instituições com reconhecida experiência na<br />

qualificação profissional, visando mais<br />

eficiência, maior abrangência e otimização dos<br />

recursos públicos.<br />

A partir do mapeamento de todos os cursos de<br />

Turismo, Hotelaria e Letras do Brasil, quero<br />

estimular os estudantes beneficiados pelo<br />

Prouni a se capacitar para receber turistas<br />

estrangeiros em 2014.


No Ministério da Educação, já existem 80 mil<br />

vagas do Programa Nacional de Acesso ao<br />

Ensino Técnico e Emprego, o Pronatec, para<br />

profissionais do Turismo. Trabalharemos de<br />

forma articulada com a pasta para que todas<br />

essas vagas sejam preenchidas.<br />

Estou convicto de que, com essas mudanças,<br />

daremos mais transparência nas ações de<br />

qualificação do MTur.<br />

Como disse antes, os ventos da economia<br />

mun<strong>dia</strong>l estão mudando.<br />

O mercado doméstico se apresenta como <strong>um</strong>a<br />

alternativa importante frente às consequências<br />

da crise econômica que afeta os principais<br />

países emissores.<br />

O perfil dos turistas estrangeiros que vêm ao<br />

Brasil está mudando.<br />

A Pesquisa de Demanda Turística Internacional,<br />

que entrevistou 39 mil visitantes, em 2010,<br />

detectou que fluxo de europeus declinou em<br />

função da crise, enquanto a<strong>um</strong>entou ingresso<br />

de argentinos, chilenos, uruguaios e paraguaios.<br />

O público sul-americano – 2.384.186 turistas –<br />

se concentra nas regiões Sul e Sudeste.<br />

Então, nossa estratégia passa a ser dedicar<br />

maior atenção à promoção de novos roteiros<br />

para nossos vizinhos e incentivar que<br />

a<strong>um</strong>entem seus gastos no nosso país.


O estudo da demanda internacional mostrou<br />

também que as redes sociais e o boca-a-boca<br />

superam amigos e parentes como fonte de<br />

informações.<br />

Em 2010, a internet foi principal influência para<br />

31% dos turistas estrangeiros contra 28%, dos<br />

familiares e amigos.<br />

A publicidade e a divulgação institucional<br />

também perderam espaço para a comunicação<br />

informal e interpessoal.<br />

Essa é <strong>um</strong>a tendência irreversível, que vai se<br />

consolidar rapidamente ao longo dos próximos<br />

anos.<br />

O alerta está dado: frente a essa nova<br />

realidade, é imprescindível buscar formas<br />

inovadoras de divulgação.<br />

Gostaria de finalizar dizendo que seja na<br />

iniciativa privada ou no setor público, é<br />

necessário trabalhar com foco na inovação.<br />

<strong>É</strong> fundamental também <strong>estar</strong> muito atento às<br />

necessidades de mudança de r<strong>um</strong>o, às<br />

evoluções do mercado, às novas tendências e<br />

às circunstâncias que nos empurram para novos<br />

caminhos.<br />

Nós, do Ministério do Turismo estamos atentos.<br />

Eu desejo que todos tenham <strong>um</strong> bom trabalho e<br />

que esta Abav seja muito produtiva para todos.<br />

Muito obrigado,<br />

Gastão Vieira

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