tinha 1 ano. Em Santarém, 67% tinham 2 anos e, no Alto Solimões, 48% tinham 3 anos de vi<strong>da</strong> (Figura 6). 24 Coleção Estu<strong>dos</strong> Estratégicos : Grandes Bagres Migradores Figura 6. Distribuição de i<strong>da</strong>de <strong>da</strong> doura<strong>da</strong>.
Implicações para o <strong>manejo</strong> Piramutabas jovens que não migram (menores de 20 cm) não foram captura<strong>da</strong>s pela <strong>pesca</strong> comercial artesanal. Entretanto, os 56% <strong>dos</strong> peixes com comprimento furcal entre 20 cm e 40 cm, que migram, estão sendo captura<strong>dos</strong> no Estuário, determinando a sobre<strong>pesca</strong> de crescimento. A <strong>pesca</strong> comercial atua mais sobre os peixes pré-adultos maiores que 40 cm nas cinco macrorregiões estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s, o que também provoca a sobre<strong>pesca</strong> de crescimento. Com esses resulta<strong>dos</strong>, pode-se considerar duas áreas a serem trata<strong>da</strong>s, de forma diferencia<strong>da</strong>, para o <strong>manejo</strong> e conservação: o Estuário do Amazonas e a região entre Santarém e Tabatinga. No Estuário, Santarém e Manaus, a <strong>pesca</strong> comercial está atuando com maior intensi<strong>da</strong>de na parcela <strong>da</strong> população <strong>da</strong>s doura<strong>da</strong>s jovens, que possuem a capaci<strong>da</strong>de de migrar, incluindo indivíduos entre 40 cm a 80 cm de comprimento furcal. Doura<strong>da</strong>s jovens não-migrantes (< 40 cm) foram registra<strong>da</strong>s no Estuário, Manaus e, em menor proporção, em Tefé. Embora os peixes adultos (> 80 cm) tenham sido registra<strong>dos</strong> em to<strong>da</strong>s as macrorregiões, em Tefé e no Alto Solimões eles são <strong>pesca</strong><strong>dos</strong> com mais freqüência. Portanto, três uni<strong>da</strong>des de <strong>manejo</strong> diferencia<strong>da</strong>s para a doura<strong>da</strong> são evidentes: Estuário, Santarém-Manaus e Tefé-Alto Solimões. A taxa de crescimento indica que a doura<strong>da</strong> cresce mais do que a piramutaba. A piramutaba pode alcançar até 110,5 cm, enquanto a doura<strong>da</strong> pode atingir até 132 cm de comprimento. Peixes com esse comprimento são freqüentes em Tabatinga (Figura 7 e 8). As piramutabas e as doura<strong>da</strong>s são captura<strong>da</strong>s pela <strong>pesca</strong> a partir de 2 anos de vi<strong>da</strong>. Nas macrorregiões do Estuário, Santarém e Manaus, um grande número de indivíduos de doura<strong>da</strong> já está sendo capturado pela <strong>pesca</strong> comercial, antes mesmo desses indivíduos iniciarem o seu ciclo reprodutivo. As mortali<strong>da</strong>des por <strong>pesca</strong> ideal <strong>da</strong> piramutaba e <strong>da</strong> doura<strong>da</strong> (F ótimo = de 0,30 ano -1 e 1 ano -1 ) sugerem que a primeira encontra-se em estado de sobre<strong>pesca</strong> de crescimento e a segun<strong>da</strong> está no limite de um estado estável de explotação (Tabela 1). Juan Carlos Alonso, Lilianne Esther Mergulhão Pirker 25
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