o manejo da pesca dos grandes bagres migradores - projeto pirada
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(i) o <strong>pesca</strong>dor ribeirinho residente na área rural, que utiliza seus próprios<br />
meios de produção (pequena embarcação, apetrechos de <strong>pesca</strong>) e mão-deobra<br />
familiar; (ii) o <strong>pesca</strong>dor citadino <strong>da</strong> capital, representado pelo barco<br />
pesqueiro que reúne um grupo de <strong>pesca</strong>dores com tarefas defini<strong>da</strong>s e<br />
remuneração, de acordo com a sua função, nas viagens de <strong>pesca</strong>; e (iii) o<br />
<strong>pesca</strong>dor citadino do interior do Pará, o qual pratica a captura em barcos<br />
pequenos ou bajaras, com uma equipe pequena de <strong>pesca</strong>dores, geralmente<br />
em torno de quatro pessoas.<br />
Na comercialização do <strong>pesca</strong>do, há uma complexa cadeia de agentes<br />
intermediários que operam entre os <strong>pesca</strong>dores e o consumidor final. Entre<br />
esses agentes, existem os atravessadores, como o barco-geleira, que atua na<br />
área rural comprando <strong>pesca</strong>do <strong>dos</strong> <strong>pesca</strong>dores ribeirinhos, e os caminhõesfrigoríficos,<br />
intermunicipais, que adquirem o produto <strong>dos</strong> <strong>pesca</strong>dores<br />
citadinos. To<strong>dos</strong> esses agentes vendem seus produtos ao “balanceiro”. Este<br />
último faz a distribuição do <strong>pesca</strong>do no mercado de Belém, no porto do<br />
Ver-o-Peso, tanto para atacadistas (frigoríficos locais, caminhões-frigoríficos<br />
de outros Esta<strong>dos</strong> e caminhões-frigoríficos que revendem o <strong>pesca</strong>do em outras<br />
ci<strong>da</strong>des brasileiras) quanto para varejistas (feirantes, supermerca<strong>dos</strong>,<br />
vendedores de bairros etc.). O “balanceiro” também participa no processo<br />
de captura na medi<strong>da</strong> em que financia, algumas vezes, as viagens de <strong>pesca</strong>.<br />
Setenta por cento <strong>dos</strong> balanceiros têm ligação direta com o processo de<br />
captura, seja como proprietários de barco ou como filhos de proprietários<br />
de barco. Como agentes de comercialização, recebem uma comissão de 5%<br />
a 6% pelos seus serviços.<br />
Tabela 4. Número total de <strong>pesca</strong>dores e número de <strong>pesca</strong>dores de<br />
<strong>bagres</strong>, por macrorregião.<br />
Macrorregião Estimativa do nº Estimativa do nº<br />
total de <strong>pesca</strong>dores de <strong>pesca</strong>dores de <strong>bagres</strong><br />
Estuário 11.779 5.657/1.855*<br />
Santarém 5.434 1.934<br />
Manaus 2.622 684<br />
Tefé 4.698 1.698<br />
Alto Solimões 1.751 1.725<br />
Total 26.284 11.698<br />
Fonte: Registros <strong>da</strong>s Colônias de Pescadores e pesquisa de campo, 2002.<br />
* Número de <strong>pesca</strong>dores de doura<strong>da</strong> e piramutaba, respectivamente.<br />
Valdenei de Melo Parente, Elizabeth Farias Vieira, Adriana Rosa Carvalho , Nídia Noemi Fabré<br />
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