Jornal da GLEG Junho - Grande Loja Maçônica do Estado de Goiás
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G<br />
REFLEXÃO<br />
O empurrão<br />
A águia empurrou gentilmente seus<br />
filhotes para a beira<strong>da</strong> <strong>do</strong> ninho.<br />
Seu coração se acelerou com emoções<br />
conflitantes, ao mesmo tempo em que<br />
sentiu a resistência <strong>do</strong>s filhotes a seus<br />
insistentes cutucões. Por que a emoção<br />
<strong>de</strong> voar tem que começar com o me<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
cair? - Pensou ela.<br />
O ninho estava coloca<strong>do</strong> bem no alto<br />
<strong>de</strong> um pico rochoso. Abaixo, somente o<br />
abismo e o ar para sustentar as asas <strong>do</strong>s<br />
filhotes. E se justamente agora isto não<br />
funcionar?<br />
Apesar <strong>do</strong> me<strong>do</strong>, a águia sabia que<br />
aquele era o momento. Sua missão<br />
estava prestes a se completar, restava<br />
ain<strong>da</strong> uma tarefa final o empurrão.<br />
A águia encheu-se <strong>de</strong> coragem.<br />
Enquanto os filhotes não <strong>de</strong>scobrirem<br />
suas asas não haverá propósito para a sua<br />
vi<strong>da</strong>.<br />
Enquanto eles não apren<strong>de</strong>rem a voar<br />
não compreen<strong>de</strong>rão o privilégio que é<br />
nascer águia. O empurrão era o melhor<br />
presente que ela podia oferecer-lhes. Era<br />
seu supremo ato <strong>de</strong> amor.<br />
Então, um a um, ela os precipitou para o<br />
abismo. E eles voaram!<br />
Às vezes, nas nossas vi<strong>da</strong>s, as<br />
circunstâncias fazem o papel <strong>de</strong> águia.<br />
São elas que nos empurram para o<br />
abismo. E quem sabe não são elas, as<br />
próprias circunstâncias, que nos fazem<br />
<strong>de</strong>scobrir que temos asas para voar.<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>da</strong><br />
GRANDE LOJA<br />
O mestre <strong>da</strong> paciência Coragem <strong>de</strong> experimentar<br />
Conta a len<strong>da</strong> que um velho sábio, ti<strong>do</strong><br />
como mestre <strong>da</strong> paciência, era capaz <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>rrotar qualquer adversário.<br />
Certa tar<strong>de</strong>, um homem conheci<strong>do</strong> por<br />
sua total falta <strong>de</strong> escrúpulos apareceu<br />
com a intenção <strong>de</strong> <strong>de</strong>safiar o mestre <strong>da</strong><br />
paciência. O velho aceitou o <strong>de</strong>safio e o<br />
homem começou a insultá-lo. Chegou a<br />
jogar algumas pedras em sua direção,<br />
cuspiu em sua direção e gritou to<strong>do</strong>s os<br />
tipos <strong>de</strong> insultos.<br />
Durante horas fez tu<strong>do</strong> para provocálo,<br />
mas o velho permaneceu impassível.<br />
No final <strong>da</strong> tar<strong>de</strong>, sentin<strong>do</strong>-se já exausto<br />
e humilha<strong>do</strong>, o homem se <strong>de</strong>u por<br />
venci<strong>do</strong> e retirou-se.<br />
Impressiona<strong>do</strong>s, os alunos<br />
perguntaram ao mestre como ele pu<strong>de</strong>ra<br />
suportar tanta indigni<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
O mestre perguntou:<br />
- Se alguém chega até você com um<br />
presente, e você não o aceitar, a quem<br />
pertence o presente?<br />
- A q uem tentou entregá-lo. Respon<strong>de</strong>u<br />
um <strong>do</strong>s discípulos.<br />
- O mesmo vale para a inveja, a raiva e<br />
os insultos. Quan<strong>do</strong> não aceitos,<br />
continuam pertencen<strong>do</strong> a quem os<br />
carregava consigo.<br />
A sua paz interior <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />
exclusivamente <strong>de</strong> você. As pessoas não<br />
po<strong>de</strong>m lhe tirar a calma... a não ser que<br />
você permita!!!<br />
13<br />
Um rei submeteu sua corte à prova para<br />
preencher um cargo importante. Um<br />
gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> homens po<strong>de</strong>rosos e<br />
sábios reuniu-se ao re<strong>do</strong>r <strong>do</strong> monarca.<br />
"Ó vós, sábios", disse o rei, "eu tenho<br />
um problema e quero ver qual <strong>de</strong> vós tem<br />
condições <strong>de</strong> resolvê-lo."<br />
Ele conduziu os homens a uma porta<br />
enorme, maior <strong>do</strong> que qualquer outra por<br />
eles já vista. O rei esclareceu:<br />
"Aqui ve<strong>de</strong>s a maior e mais pesa<strong>da</strong> porta<br />
<strong>de</strong> meu reino. Quem <strong>de</strong>ntre vós po<strong>de</strong><br />
abri-la? "Alguns <strong>do</strong>s cortesãos<br />
simplesmente balançaram a cabeça.<br />
Outros, conta<strong>do</strong>s entre os sábios,<br />
olharam a porta mais <strong>de</strong> perto, mas<br />
reconheceram não ter capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
fazê-lo. Ten<strong>do</strong> escuta<strong>do</strong> o parecer <strong>do</strong>s<br />
sábios, o restante <strong>da</strong> corte concor<strong>do</strong>u que<br />
o problema era difícil <strong>de</strong>mais para ser<br />
resolvi<strong>do</strong>. Somente um único vizir<br />
aproximou-se <strong>da</strong> porta. Ele examinou-a<br />
com os olhos e os <strong>de</strong><strong>do</strong>s, tentou movê-la<br />
<strong>de</strong> muitas maneiras e, finalmente, puxoua<br />
com força. E a porta abriu-se. Ela tinha<br />
esta<strong>do</strong> apenas encosta<strong>da</strong>, não<br />
completamente fecha<strong>da</strong>, e as únicas<br />
coisas necessárias para abri-la eram a<br />
disposição <strong>de</strong> reconhecer tal fato e a<br />
coragem <strong>de</strong> agir com audácia. O rei disse:<br />
"Tu receberás a posição na corte, pois<br />
não confias apenas naquilo que vês ou<br />
ouves; tu colocas em ação tuas próprias<br />
facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s e arriscas experimentar."