Gazeta - Brasil Imperial
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<strong>Gazeta</strong><br />
<strong>Imperial</strong><br />
A <strong>Gazeta</strong> <strong>Imperial</strong> é uma publicação do Instituto <strong>Brasil</strong> <strong>Imperial</strong>. Artigos,<br />
sugestões de reportagens, divulgação de eventos monárquicos e imagens<br />
podem ser enviados para brasilimperial@brasilimperial.com.br<br />
02<br />
Palavra do Presidente<br />
Afinal, o que<br />
perdemos ao<br />
tentar?<br />
Na Palavra do Presidente desta edição publicamos texto de Rodrigo Cavalcanti, professor de História, que vale uma boa reflexão de todos<br />
Saudações a todos os leitores.<br />
Venho desta feita colocar uma perguntinha<br />
incômoda para os senhores<br />
e senhoras preocupados com a situação<br />
de nosso país. Uma pergunta<br />
que, por mais que eu tenha pensado<br />
e refletido, não achei resposta justa<br />
e plausível. Nem mesmo alguma que<br />
por breve momento aquietasse o meu<br />
juízo. Vamos à pergunta, depois à explicação.<br />
Afinal, o que perdemos em tentar?<br />
Essa é minha pergunta a você leitor.<br />
E nunca eu quis tanto que alguém<br />
me enviasse e-mails com suas respostas.<br />
A indagação diz respeito à<br />
mudança de sistema de governo no<br />
<strong>Brasil</strong>. Sairíamos de uma República e<br />
entraríamos em uma Monarquia Parlamentar.<br />
Sabe aqueles argumentos do tipo:<br />
“Monarquia é retrocesso”, “Não vou<br />
ser mandado por um Rei”, “Por que<br />
sustentar uma Família Real que não<br />
faz nada?”, “O Rei é apenas uma figura<br />
decorativa”, “Prefiro uma democracia!”,<br />
etc, etc, etc? Pois bem, para<br />
quem é Monarquista, ou tem uma<br />
preocupação mínima em estudar o<br />
tema, sabe que são perguntas com respostas<br />
simples, mas que por algum<br />
motivo (meio óbvio) fogem do conhecimento<br />
da maioria das pessoas.<br />
Acreditem em mim quando eu digo: os<br />
argumentos republicanos são fracos e<br />
não se sustentam, ao menos não em<br />
uma república como a do <strong>Brasil</strong>.<br />
Eis os meus motivos para este quase<br />
apelo aparentemente repentino: Não<br />
aguento mais uma república decadente<br />
(se é que ainda há o que cair<br />
moralmente). Nossa história republicana<br />
é repleta de falhas e defeitos<br />
graves. A situação piora quando<br />
comparamos com o período em que<br />
o <strong>Brasil</strong> foi um Império (1822-1889).<br />
Alguns dados sobre a república:<br />
→ Começou ilegalmente com um<br />
Golpe Militar;<br />
→ O <strong>Brasil</strong> republicano já sofreu pelo<br />
menos cinco Golpes de Estado e um<br />
impeachment;<br />
→ Em todo o período republicano, eu<br />
disse TODO, nunca tivemos uma real<br />
estabilidade política duradoura;<br />
→ Temos um Chefe de Estado (representante<br />
maior da Nação) sempre<br />
comprometido ideologicamente com<br />
partidos políticos, além de não prestar<br />
contas com nenhum Parlamento<br />
ou superior;<br />
→ Sete Constituições (enquanto<br />
houve apenas uma no Império);<br />
→ Corrupção generalizada e IMPUNI-<br />
DADE pelo simples fato de não haver<br />
nenhum representante da sociedade<br />
comprometido com a ética.<br />
Enfim, há muitos problemas na<br />
república que poderíamos tentar consertar<br />
com uma Monarquia Parlamentar.<br />
Nossos parlamentares discutem<br />
plebiscitos ridículos como divisão de<br />
estados e desarmamento (este não é<br />
ridículo, mas o fato de querer repeti-<br />
lo em tão pouco tempo depois de<br />
uma decisão da sociedade, isto sim,<br />
é ridículo), mas não uma proposta de<br />
mudança de sistema! Sabem por que<br />
não há nenhuma proposta em relação<br />
a isso? Já imaginou até como seria interessante<br />
uma proposta de mudança<br />
no sistema com um novo plebiscito<br />
marcado para dez anos depois, para<br />
saber se a população quer voltar para<br />
o sistema republicano? Sabe por que<br />
não há? Porque toda a corja sabe que<br />
a república não voltaria, e tal qual à<br />
época de D. Pedro II, qualquer homem<br />
com nódoa política estava praticamente<br />
banido da vida pública.<br />
Nunca vivemos em época tão<br />
democrática quanto àquela, onde a<br />
disseminação do ideal republicano<br />
(contra o sistema vigente) era permitida,<br />
coisa que a república fez questão<br />
de apagar por praticamente 100<br />
anos. Só na Constituição de 1988 (última<br />
do nosso país e já considerada<br />
ultrapassada) a cláusula pétrea que<br />
calava, literalmente, os Monarquista,<br />
foi revogada. Entretanto, um século<br />
de doutrinação republicana foi suficiente<br />
para fazer parecer uma idiotice<br />
voltar ao sistema que funcionou adequadamente<br />
ao <strong>Brasil</strong>.<br />
Não ache que nós Monarquistas<br />
somos poucos. Não... Não somos!<br />
Estamos em muitos locais, mas precisamos<br />
do apoio de mais ainda. Precisamos<br />
estar próximos, ainda que<br />
distantes!<br />
Que fique claro que não encaro a mudança<br />
de sistema político do <strong>Brasil</strong><br />
Comendador Antonyo da Cruz<br />
Presidente do Instituto <strong>Brasil</strong> <strong>Imperial</strong><br />
presidente@brasilimperial.org.br<br />
como um passe de mágica onde todas<br />
as mazelas do nosso país serão<br />
solucionadas. Encaro como uma AL-<br />
TERNATIVA esperançosa para que<br />
possamos tentar ser um País respeitado<br />
e de vida mais justa para sua<br />
população, que como poucas vezes<br />
na História, tem a chance de ser realmente<br />
representada.<br />
Fica então a pergunta. Afinal, com<br />
a situação do <strong>Brasil</strong> republicano (e<br />
quem conhece História sabe que<br />
estou falando desde 1889), o que<br />
perdemos em apenas TENTAR outro<br />
modo de fazer o <strong>Brasil</strong> funcionar?<br />
Será que não vale a pena TENTAR?<br />
Você estaria disposto a disseminar<br />
essa ideia?<br />
Saudações Monárquicas.<br />
Comendador Antonyo da Cruz<br />
Presidente do Instituto <strong>Brasil</strong> <strong>Imperial</strong><br />
Alessandro Padin<br />
Editor e jornalista responsável<br />
alessandro_padin@uol.com.br