duzentos mil curitibanos podem ficar sem o título de ... - Bem Paraná
duzentos mil curitibanos podem ficar sem o título de ... - Bem Paraná
duzentos mil curitibanos podem ficar sem o título de ... - Bem Paraná
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
4 BRASIL CURITIBA, SEXTA-FEIRA, 13 DE JANEIRO DE 2012<br />
política@jornaldoestado.com.br<br />
Ministro diz que <strong>de</strong>núncias<br />
TEM ORIGEM POLÍTICA<br />
Em <strong>de</strong>poimento ao Congresso Bezerra alega acusações visam atingir seu partido, o PSB<br />
O ministro da Integração<br />
Nacional, Fernando Bezerra,<br />
atribuiu ontem a sucessão <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>núncias contra ele a uma tentativa<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>negrir a imagem <strong>de</strong><br />
seu partido, o PSB. “(O que se<br />
preten<strong>de</strong> é) atacar a imagem do<br />
meu partido, que preserva valores<br />
<strong>de</strong> impessoalida<strong>de</strong>, probida<strong>de</strong><br />
e conduta ética”, criticou<br />
o ministro, durante a reunião<br />
da Comissão Representativa<br />
do Congresso que ocorre<br />
nesta quinta-feira no Senado.<br />
Bezerra voltou a negar que<br />
90% dos recursos do ministério<br />
<strong>de</strong>stinados a ações <strong>de</strong> prevenção<br />
a enchentes favoreceram<br />
o seu Estado, Pernambuco,<br />
conforme revelou reportagem<br />
do jornal O Estado <strong>de</strong> S.<br />
Paulo. O lí<strong>de</strong>r do PSDB, senador<br />
Álvaro Dias (PR), perguntou<br />
ao ministro se o direcionamento<br />
<strong>de</strong>sses recursos realmente<br />
seguiu orientação da presi-<br />
José Cruz/ABR<br />
Fernando Bezerra: “Querem atacar imagem do meu partido”<br />
<strong>de</strong>nte Dilma Rousseff. “A presi<strong>de</strong>nte<br />
estaria voltando as costas<br />
para os <strong>de</strong>mais Estados atingidos<br />
por calamida<strong>de</strong>s públicas?”,<br />
provocou o tucano. “Os<br />
DEFESA<br />
“Decisão sobre verbas foi técnica”<br />
Em <strong>de</strong>poimento na comissão<br />
representativa do Congresso<br />
Nacional, o ministro da Integração<br />
Nacional, Fernando<br />
Bezerra Coelho, afirmou ter<br />
sido “técnica” a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> repasse<br />
<strong>de</strong> recursos para prevenção<br />
a <strong>de</strong>sastres em Pernambuco.<br />
O Estado <strong>de</strong> S.Paulo mostrou<br />
que a pasta concentrou no<br />
Estado do ministro 90% dos recursos<br />
<strong>de</strong>stinados a essa área.<br />
“Quero afirmar que a <strong>de</strong>cisão<br />
tomada foi em avaliação técnica,<br />
<strong>de</strong> forma correta, a<strong>de</strong>quada<br />
para po<strong>de</strong>r remediar situação<br />
recorrente e que causou prejuízos<br />
bilionários”, afirmou o<br />
ministro.<br />
Para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a construção<br />
<strong>de</strong> barragens em Pernambuco,<br />
<strong>de</strong>stacou que o governo do Estado<br />
está entrando com meta<strong>de</strong><br />
dos recursos e que houve aprovação<br />
do Grupo Executivo do<br />
Programa <strong>de</strong> Aceleração do<br />
Crescimento (PAC).<br />
Bezerra <strong>de</strong>stacou números<br />
da <strong>de</strong>fesa civil para mostrar<br />
que outros Estados tam-<br />
bém receberam recursos da<br />
área. Usou para sustentar sua<br />
argumentação o volume empenhado,<br />
que é quando o governo<br />
autoriza fazer uma obra<br />
e não quando efetivamente<br />
entrega o recurso. Neste critério,<br />
dos R$ 218 <strong>mil</strong>hões <strong>de</strong>stinados<br />
à prevenção, foram<br />
direcionados R$ 98 <strong>mil</strong>hões<br />
para Pernambuco, R$ 40 <strong>mil</strong>hões<br />
para São Paulo, R$ 16<br />
<strong>mil</strong>hões para Espírito Santo e<br />
o restante para outras unida<strong>de</strong>s<br />
da fe<strong>de</strong>ração.<br />
mortos da região serrana do<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro, do litoral do<br />
<strong>Paraná</strong>, não sensibilizam o governo?”,<br />
acrescentou.<br />
O ministro não respon<strong>de</strong>u<br />
sobre Dilma. Apenas reafirmou<br />
que os R$ 98 <strong>mil</strong>hões empenhados<br />
em favor do Estado<br />
para construção <strong>de</strong> um sistema<br />
<strong>de</strong> barragens aten<strong>de</strong>u “<strong>de</strong>terminação<br />
legal”, porque somente<br />
Pernambuco teria apresentado<br />
projetos na forma da<br />
lei para receber a verba. Ele<br />
lembrou que o Ministério das<br />
Cida<strong>de</strong>s firmou um convênio<br />
no valor <strong>de</strong> R$ 330 <strong>mil</strong>hões<br />
com o Rio <strong>de</strong> Janeiro voltado<br />
a ações antienchentes - montante<br />
superior à verba <strong>de</strong>stinada<br />
a Pernambuco.<br />
Afirmou que foram recebidos<br />
3 <strong>mil</strong> projetos na área,<br />
mas que somente 34 foram consi<strong>de</strong>rados<br />
aptos a receber recursos,<br />
sendo que alguns <strong>de</strong>stes<br />
ainda não pu<strong>de</strong>ram ter dinheiro<br />
efetivamente liberados. Falou<br />
ainda em números totais <strong>de</strong><br />
empenho <strong>de</strong>ntro da Defesa Civil<br />
para dizer que o Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />
foi quem mais recebeu,<br />
com 20% dos recursos. Santa<br />
Catarina ficou com 17%, Pernambuco<br />
com 16% e São Paulo<br />
com 8%.<br />
CONSULTA<br />
Dilma faz<br />
reunião<br />
<strong>de</strong> três horas<br />
com Lula<br />
A poucas <strong>sem</strong>anas <strong>de</strong> realizar<br />
sua primeira reforma<br />
ministerial, a presi<strong>de</strong>nte Dilma<br />
Rousseff se reuniu por três<br />
horas com o ex-presi<strong>de</strong>nte<br />
Luiz Inácio Lula da Silva, na<br />
tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> ontem, no escritório<br />
da Presidência da República,<br />
em São Paulo. Segundo a assessoria<br />
<strong>de</strong> imprensa da Presidência,<br />
os dois almoçaram<br />
a sós. O ministro da Saú<strong>de</strong>,<br />
Alexandre Padilha, acompanhou<br />
Dilma no trajeto entre<br />
o Palácio dos Ban<strong>de</strong>irantes,<br />
on<strong>de</strong> ela participou <strong>de</strong> evento<br />
pela manhã, e o escritório,<br />
mas não participou do encontro.<br />
O conteúdo da conversa<br />
entre Dilma e Lula não foi<br />
divulgado.<br />
Pela manhã, a presi<strong>de</strong>nte<br />
Dilma participou <strong>de</strong> cerimônia<br />
no Palácio dos Ban<strong>de</strong>irantes<br />
<strong>de</strong> assinatura <strong>de</strong> termo <strong>de</strong><br />
cooperação para a construção<br />
<strong>de</strong> moradias populares no Estado.<br />
Ela <strong>de</strong>veria ter embarcado<br />
para Brasília às 16h30,<br />
<strong>de</strong> acordo com a agenda oficial.<br />
Mas Dilma <strong>de</strong>ixou o escritório<br />
da presidência perto<br />
das 17h10.<br />
Em várias das vezes em<br />
que Dilma esteve em São Paulo<br />
para compromissos oficiais,<br />
ela fez questão <strong>de</strong> se encontrar<br />
com Lula. Os encontros,<br />
no entanto, não aparecem<br />
na agenda oficial da Presidência,<br />
por serem consi<strong>de</strong>rados<br />
privados. A agenda <strong>de</strong><br />
hoje do ministro da Fazenda,<br />
Guido Mantega, previa que<br />
ele teria reuniões internas, no<br />
mesmo escritório da Presidência<br />
da República, em São Paulo,<br />
em que Dilma e Lula se<br />
encontraram. Segundo a Presidência,<br />
Mantega não participou<br />
da reunião.<br />
Inclui MUNDO<br />
MUNDO<br />
EUA con<strong>de</strong>nam<br />
ação <strong>de</strong> marines<br />
Estados Unidos — O secretário <strong>de</strong> Defesa dos Estados<br />
Unidos, Leon Panetta, consi<strong>de</strong>rou “absolutamente <strong>de</strong>sprezível”<br />
o ví<strong>de</strong>o que mostra quatro fuzileiros navais norte-americanos<br />
urinando sobre os corpos <strong>de</strong> combatentes<br />
do Taleban. Panetta telefonou para o presi<strong>de</strong>nte Hamid<br />
Karzai para dizer que consi<strong>de</strong>ra a conduta <strong>de</strong>plorável. Funcionários<br />
do Pentágono disseram que <strong>ficar</strong>am satisfeitos<br />
tanto com o comunicado do Taleban, <strong>de</strong> que o inci<strong>de</strong>nte<br />
não <strong>de</strong>ve prejudicar as conversações <strong>de</strong> paz, quanto com a<br />
reação <strong>de</strong> Karzai ao telefonema <strong>de</strong> Panetta. Funcionários<br />
da Defesa disseram que Karzai disse a Panetta que ele apreciou<br />
a ligação e que ficou animado com a forte e rápida<br />
reação dos Estados Unidos ao inci<strong>de</strong>nte.<br />
Desabrigados<br />
Haiti — As ruas da capital do Haiti, Porto Príncipe,<br />
amanheceram tranquilas ontem, data que marca o segundo<br />
aniversário do terremoto que <strong>de</strong>vastou o país. Mas atualmente<br />
mais <strong>de</strong> 500 <strong>mil</strong> pessoas ainda vivem em barracas<br />
improvisadas em 800 campos <strong>de</strong> refugiados espalhados<br />
pelo país. O aniversário do terremoto <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2010 é<br />
feriado nacional, razão pela qual não havia congestionamento<br />
nas avenidas principais da capital. O secretário-geral<br />
da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Kimoon,<br />
afirmou que o apoio global é “vital” para a reconstrução<br />
do Haiti. “O secretário-geral gostaria <strong>de</strong> homenagear<br />
as mais <strong>de</strong> 200 <strong>mil</strong> pessoas que morreram por causa<br />
do terremoto, <strong>de</strong>ntre elas 102 funcionários da ONU”, disse<br />
o escritório <strong>de</strong> Ban em comunicado. Ban pediu que a<br />
comunida<strong>de</strong> internacional faça pressão para o envio <strong>de</strong> ajuda<br />
ao país - o mais pobre das Américas - na medida em<br />
que ele luta para se reconstruir e encontrar moradia para<br />
centenas <strong>de</strong> <strong>mil</strong>hares <strong>de</strong> pessoas que ainda vivem em esquálidos<br />
acampamentos.<br />
Greve<br />
Nigéria — Uma greve nacional que paralisou a Nigéria<br />
e levou <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> <strong>mil</strong>hares <strong>de</strong> pessoas às ruas entrou<br />
em seu quarto dia ontem, com trabalhadores do setor <strong>de</strong><br />
petróleo ameaçando parar a produção. A greve e protestos<br />
no maior produtor <strong>de</strong> petróleo da África coloca o governo<br />
sob pressão, enquanto a administração busca parar os ataques<br />
atribuídos ao grupo islamista Boko Haram. O assassinato<br />
<strong>de</strong> cristãos pelo Boko Haram e retaliações cometidas<br />
contra os muçulmanos no sul do país geram temores<br />
<strong>de</strong> um conflito mais abrangente - alguns temem a possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> uma guerra civil na nação mais populosa do continente.<br />
Dois policiais foram mortos nesta quarta-feira<br />
quando uma multidão protestava na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Minna, no<br />
centro do país, o que levou autorida<strong>de</strong>s a <strong>de</strong>clararem um<br />
toque <strong>de</strong> recolher, enquanto homens armados atacaram uma<br />
<strong>de</strong>legacia na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Yola, a nor<strong>de</strong>ste.<br />
Investigação<br />
Líbano — A morte <strong>de</strong> um jornalista francês durante<br />
uma viagem patrocinada pelo governo sírio <strong>de</strong>u início a<br />
novos pedidos para uma investigação in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do violento<br />
conflito no país. O governo francês, grupos <strong>de</strong> direitos<br />
humanos e a oposição exigem um inquérito sobre a<br />
morte <strong>de</strong> Gilles Jacquier enquanto ele gravava uma manifestação<br />
pró-governo na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Homs, na quarta-feira.<br />
A Síria informou que vai investigar a morte <strong>de</strong> Jacquier<br />
em meio a acusações da oposição <strong>de</strong> que o regime “liquidou”<br />
os jornalistas para abafar a repressão <strong>de</strong> <strong>de</strong>z meses<br />
contra os dissi<strong>de</strong>ntes.<br />
Visita<br />
Áustria — Uma equipe <strong>de</strong> especialistas da Agência<br />
Internacional <strong>de</strong> Energia Atômica (AIEA), braço das Nações<br />
Unidas que monitora o uso da energia nuclear, visitará<br />
Teerã em 28 <strong>de</strong> janeiro, após diplomatas iranianos terem<br />
dito que o país está pronto a discutir as acusações <strong>de</strong><br />
que trabalhou secretamente durante anos em uma vertente<br />
bélica no seu programa nuclear, disseram diplomatas ontem.<br />
Durante mais <strong>de</strong> três anos, o Irã bloqueou as tentativas<br />
da AIEA <strong>de</strong> veri<strong>ficar</strong> as acusações levantadas pelas<br />
agências <strong>de</strong> inteligência dos Estados Unidos e <strong>de</strong> outros<br />
países <strong>de</strong> que o programa nuclear iraniano teria uma vertente<br />
bélica. O Irã continua a negar que seu programa nuclear<br />
tenha uma vertente <strong>mil</strong>itar e <strong>de</strong>verá manter essa posição<br />
durante a visita dos inspetores da AIEA a Teerã.<br />
Fi<strong>de</strong>l<br />
Cuba — Dois dos maiores críticos do governo dos<br />
Estados Unidos, o presi<strong>de</strong>nte do Irã Mahmoud Ahmadinejad<br />
e o ex-presi<strong>de</strong>nte cubano Fi<strong>de</strong>l Castro tiveram uma<br />
reunião <strong>de</strong> duas horas para discutir assuntos da política<br />
mundial Ahmadinejad <strong>de</strong>screveu Fi<strong>de</strong>l como “saudável” e<br />
“engajado” e <strong>de</strong>clarou que o Irã e Cuba são dois países<br />
aliados “lutando na mesma frente”. “Ver o comandante<br />
(Fi<strong>de</strong>l) saudável e em forma me <strong>de</strong>ixou muito feliz” disse<br />
Ahmadinejad no Aeroporto <strong>de</strong> Havana, ao lado do presi<strong>de</strong>nte<br />
cubano Raúl Castro, após a reunião com Fi<strong>de</strong>l.<br />
Turismo<br />
Paquistão — O presi<strong>de</strong>nte do Paquistão, Asif Ali Zardari,<br />
foi ontem para Dubai, afirmando que se trata <strong>de</strong> uma<br />
viagem particular <strong>de</strong> um dia. A viagem ocorre em meio ao<br />
aprofundamento da crise entre governo e exército. Os principais<br />
comandantes das Forças Armadas realizaram uma<br />
reunião, planejada há dias, no quartel-general em Rawalpindi<br />
ontem. Os <strong>mil</strong>itares negaram, contudo, que a crise<br />
política tenha sido discutida. “Foram discutidas as operações<br />
e as condições <strong>de</strong> segurança no país”, disse um oficial<br />
graduado, <strong>sem</strong> dar mais informações. A reunião foi comandada<br />
pelo general Ashfaq Pervez Kayani. Muitos analistas<br />
dizem que Kayani é contra um golpe <strong>de</strong> Estado, porque<br />
no momento os <strong>mil</strong>itares lutam contra a insurgência<br />
islamita, a economia está à beira da ruína.