TESE CARON-corrig. pos defesa- 08-12-10 -PDF.pdf - Universidade ...
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2.4 - Barreira interespécies<br />
A afinidade do vírus da influenza com diferentes espécies animais,<br />
também chamada de barreira interespécies, faculta aos diferentes subti<strong>pos</strong><br />
uma taxa de mutação dentro da espécie infectada, tanto maior quanto maior a<br />
densidade de indivíduos na população em questão, mas com pouca chance de<br />
adaptação a outra espécie sem a quebra desta barreira interespécie (Ito,<br />
2000a; Webster & Hulse, 2004). A restrição da circulação do vírus da influenza<br />
em determinadas espécies é dada, principalmente, pela afinidade de diferentes<br />
subti<strong>pos</strong> virais, por meio da hemaglutinina viral com os receptores encontrados<br />
nas células hospedeiras (Ito, 2000b). Nas células eucarióticas encontra-se em<br />
abundância na membrana plasmática, uma variada gama de glicoconjugados<br />
e, dentre os carboidratos presentes nos glicoconjugados de membrana<br />
destacam-se os ácidos siálicos, uma família de carboidratos complexos de<br />
nove carbonos, normalmente ligados a outros carboidratos por meio de<br />
ligações α-cetosídicas. Estes receptores de ácido siálico presentes em<br />
diferentes células ocorrem na natureza em cerca de 50 ti<strong>pos</strong>.<br />
Como componentes de glicoconjugados, os ácido siálicos são<br />
encontrados ligados a hexoses, como α(2,3) ou α(2,6) ou β-Gal e ligados a<br />
outros ácidos siálicos como α(2,8). Estes ácidos siálicos desempenham muitas<br />
funções fisiológicas no organismo, como mediadores de renovação celular,<br />
onde sua presença nos eritrócitos é determinante, além de ações na res<strong>pos</strong>ta<br />
inflamatória e imune (De Fatima et al., 2005). No entanto sua função como<br />
receptores celulares específicos do vírus da influenza é de grande importância<br />
na compreensão dos fatores envolvidos na disseminação da enfermidade,<br />
também no seu diagnóstico e controle.<br />
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