13.04.2013 Views

Jornal - Junta de Freguesia de Marvila

Jornal - Junta de Freguesia de Marvila

Jornal - Junta de Freguesia de Marvila

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

<strong>Freguesia</strong> — em <strong>de</strong>staque<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

2<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

1234567<br />

Que balanço faz sobre as acções<br />

<strong>de</strong>senvolvidas pelo Centro junto da<br />

comunida<strong>de</strong> em que está inserida?<br />

Ao longo <strong>de</strong>stes anos, o Centro foi verificando<br />

quais eram as maiores necessida<strong>de</strong>s da<br />

comunida<strong>de</strong> para conseguir dar-lhe a melhor<br />

resposta. As características da população vãose<br />

alterando, e com elas também as suas<br />

necessida<strong>de</strong>s, o que obriga a instituição a<br />

adaptar-se continuamente às novas realida<strong>de</strong>s<br />

que vão surgindo.<br />

Actualmente, o Centro dispõe, para a<br />

população mais idosa, <strong>de</strong> um centro <strong>de</strong> dia e<br />

outro <strong>de</strong> convívio, e presta-lhe ainda apoio<br />

domiciliário. Temos igualmente as áreas<br />

infanto-juvenil, on<strong>de</strong> apoiamos 37 crianças em<br />

creche, 60 em jardim <strong>de</strong> infância e 35 em ATL,<br />

e ainda 35 jovens no Centro <strong>de</strong> Informação<br />

Juvenil.<br />

Que activida<strong>de</strong>s organizam para as<br />

camadas mais jovens?<br />

As activida<strong>de</strong>s são feitas <strong>de</strong> acordo com uma<br />

programação própria, <strong>de</strong>lineada no início <strong>de</strong><br />

cada ano lectivo. Como beneficiamos <strong>de</strong> diferentes<br />

valências, tentamos que ao longo do ano<br />

haja partilhas entre todos. Na área infantil,<br />

há coisas muito concretas; é um bocadinho o<br />

ex-líbris da instituição.<br />

Fazemos sempre uma festa <strong>de</strong> Natal em<br />

conjunto com as famílias das crianças, uma<br />

festa <strong>de</strong> Carnaval, que consiste num <strong>de</strong>sfile<br />

intergeracional organizado em conjunto com<br />

a população mais idosa e com outras<br />

instituições, e os Jogos da Primavera, por altura<br />

da Páscoa. A encerrar estas activida<strong>de</strong>s,<br />

organizamos uma Feira <strong>de</strong> Rua on<strong>de</strong> são<br />

expostos os trabalhos das crianças, para que<br />

a comunida<strong>de</strong> possa perceber como é que as<br />

crianças se vão <strong>de</strong>senvolvendo e a partir do<br />

quê ao longo do ano lectivo.<br />

E quanto à população mais idosa, que<br />

acções específicas são <strong>de</strong>senvolvidas?<br />

Os idosos têm activida<strong>de</strong>s mais <strong>de</strong> acordo<br />

com a sua ida<strong>de</strong>. Para além <strong>de</strong> jogos <strong>de</strong> mesa<br />

e visitas a museus, trabalham outras temáticas<br />

como, no caso do ano passado, recordar<br />

os reis e rainhas do nosso país. Este tema permitiu<br />

realizar outras activida<strong>de</strong>s paralelas<br />

junto dos mais novos, nomeadamente, recordar<br />

histórias antigas da sua infância ou recuperar<br />

jogos antigos e tradicionais. Foi muito<br />

interessante ver a dinâmica criada entre pessoas<br />

<strong>de</strong> diferentes ida<strong>de</strong>s a conviverem no<br />

mesmo espaço.<br />

Para lá <strong>de</strong>stas datas festivas, há no dia a<br />

dia uma relação mais íntima entre os mais<br />

jovens e os mais idosos?<br />

Ao longo do ano há o cuidado <strong>de</strong> fazer activida<strong>de</strong>s<br />

on<strong>de</strong> estes grupos possam interagir.<br />

Uma das coisas que também acaba por ser<br />

uma referência <strong>de</strong>sta instituição é uma colónia<br />

<strong>de</strong> férias que consiste em praia/campo,<br />

para que nem os idosos achem que as crianças<br />

são cansativas e barulhentas, nem que os<br />

mais jovens achem o idoso um “cota” muito<br />

chato.<br />

Julgo que ao longo dos anos se tem vindo a<br />

alterar a pouco e pouco a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> o idoso se<br />

ter tornado um estorvo. Penso que nesta comunida<strong>de</strong>,<br />

pelo menos, isso já não acontece<br />

com tanta intensida<strong>de</strong>. Vai acontecendo, mas<br />

compete-nos a nós, profissionais, diluir essa<br />

i<strong>de</strong>ia. E as instituições, principalmente as <strong>de</strong><br />

solidarieda<strong>de</strong> social, que na gran<strong>de</strong> maioria<br />

Ano IV - n.º 45 — Agosto <strong>de</strong> 2009<br />

Centro Social e Paroquial <strong>de</strong> São Maximiliano Kolbe à beira dos 25 anos<br />

Adaptação contínua às novas realida<strong>de</strong>s<br />

ENTREVISTA<br />

O Centro Social e Paroquial <strong>de</strong> São Maximiliano Kolbe tem prestado um valioso apoio à comunida<strong>de</strong><br />

marvilense nas situações mais complexas do dia a dia, para o qual também conta com o apoio da <strong>Junta</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Freguesia</strong>. Elsa Vicente, directora da instituição, explica as intervenções realizadas<br />

nos últimos 25 anos e as medidas que consi<strong>de</strong>ra mais urgentes para a freguesia<br />

A <strong>Junta</strong> <strong>de</strong> <strong>Freguesia</strong> e o Centro Paroquial assinaram um<br />

protocolo anual ao abrigo do estatuto <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong><br />

social, refere Elsa Vicente, a directora da instituição<br />

das vezes tem as respostas para estes grupos<br />

<strong>de</strong> pessoas, trabalham cada vez mais no sentido<br />

<strong>de</strong> ajudar a saber trabalhar em conjunto.<br />

Que apoio presta a <strong>Junta</strong> <strong>de</strong> <strong>Freguesia</strong> às<br />

vossas intervenções?<br />

A <strong>Junta</strong> <strong>de</strong> <strong>Freguesia</strong> e o Centro Paroquial assinaram<br />

há cerca <strong>de</strong> quatro anos um protocolo<br />

anual ao abrigo do estatuto <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong><br />

social. Esse acordo prevê o apoio financeiro a algumas<br />

activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cariz social organizadas por<br />

nós, suportadas por relatórios regulares sobre situações<br />

específicas.<br />

Outro dos apoios prestados pela <strong>Junta</strong> está na<br />

cedência do transporte para a <strong>de</strong>slocação ao exterior<br />

<strong>de</strong> pessoas que a nossa instituição apoia.<br />

Em outras activida<strong>de</strong>s organizadas por nós, existem<br />

apoios pontuais por parte da <strong>Junta</strong>, para além<br />

<strong>de</strong> outras instituições <strong>de</strong> cariz social. Neste caso<br />

específico, o Comité Português da UNICEF é o<br />

nosso principal suporte.<br />

Tendo em linha <strong>de</strong> conta a crise económica<br />

que o nosso país tem atravessado nos últimos<br />

anos, quais as carências que o Centro tem <strong>de</strong>tectado<br />

nesta comunida<strong>de</strong>?<br />

O <strong>de</strong>semprego é a situação mais flagrante,<br />

e isso nota-se mais junto dos pais das crianças<br />

que frequentam a instituição. Casais na faixa<br />

dos 30/40 anos, muitas vezes a trabalharem no<br />

mesmo emprego, e com as suas vidas perfeitamente<br />

organizadas, viram-se <strong>de</strong> um momento<br />

para o outro sem o seu posto <strong>de</strong> trabalho e sem<br />

qualquer rendimento. São os chamados novos<br />

pobres envergonhados, porque estas<br />

pessoas nem sequer pe<strong>de</strong>m auxílio, a<br />

não ser que <strong>de</strong> repente se vejam mesmo<br />

numa situação <strong>de</strong> carência alimentar.<br />

Acabamos por nos aperceber quando<br />

<strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> pagar a mensalida<strong>de</strong> do<br />

infantário dos seus filhos, e os chamamos<br />

para saber o que está a passar-se.<br />

É aí que confirmamos a nossa percepção,<br />

ao sabermos que a pessoa está<br />

<strong>de</strong>sempregada há quase um ano sem<br />

dizer nada ao Centro.<br />

Continua a manter o seu esquema<br />

<strong>de</strong> vida, a trazer a criança ao Centro<br />

<strong>de</strong> manhã e a vir buscá-la ao final da<br />

tar<strong>de</strong>, até quase a dizer que vem do<br />

trabalho, quando na verda<strong>de</strong> essa situação<br />

é irreal.<br />

Que suporte tem permitido a que<br />

essas pessoas tenham uma qualida<strong>de</strong><br />

mínima <strong>de</strong> vida?<br />

As carências nesta comunida<strong>de</strong><br />

são muitas, numa freguesia que<br />

também já é muito carenciada e on<strong>de</strong><br />

existem várias famílias <strong>de</strong>sestruturadas.<br />

No entanto, também há famílias<br />

bem organizadas ou que vivem em casa<br />

dos pais, que <strong>de</strong> alguma forma estavam<br />

a conseguir criar as condições<br />

para viverem <strong>de</strong> forma autónoma, e<br />

que <strong>de</strong> repente se viram impossibilitadas<br />

<strong>de</strong> o fazer.<br />

São estes jovens, na or<strong>de</strong>m dos 30/<br />

35 anos, que ainda estão a ser<br />

ajudados pelos pais, que têm reformas<br />

na or<strong>de</strong>m dos 300 euros, não mais do<br />

que isso. Se calhar, num núcleo <strong>de</strong><br />

50 pessoas, temos duas ou três que<br />

se <strong>de</strong>stacam pela positiva mas cuja<br />

reforma não vai além dos 500 a 550<br />

euros. Felizmente, esta população tem<br />

alguma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> vizinhança por viverem aqui<br />

pessoas há mais <strong>de</strong> 30 ou 40 anos.<br />

Claro que esta situação tem impedido ultrapassar<br />

o estigma <strong>de</strong> criminalida<strong>de</strong> e <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sumanização que muitos ainda persistem<br />

em colar a esta freguesia…<br />

A comunida<strong>de</strong> acaba por entreajudar-se<br />

graças a essas relações <strong>de</strong> vizinhança. Não<br />

significa que isso aconteça na sua totalida<strong>de</strong>,<br />

já que existem sempre as excepções,<br />

mas também não é aquela <strong>de</strong>sumanização<br />

que às vezes se preten<strong>de</strong> passar para fora.<br />

Acho que se criou quase que um cliché <strong>de</strong> que<br />

aqui é tudo muito mau.<br />

Faz-se também muito <strong>de</strong> bom. Há pessoas<br />

que aqui vivem com imenso potencial e existem<br />

inúmeras instituições a intervir <strong>de</strong> forma<br />

muito positiva.<br />

Era importante que alguém se voltasse para<br />

esta comunida<strong>de</strong> e visse o que é feito <strong>de</strong> bom<br />

aqui.<br />

A médio prazo , quais são as áreas que o<br />

Centro preten<strong>de</strong> reforçar com o seu apoio à<br />

comunida<strong>de</strong>?<br />

Para já, queremos manter a qualida<strong>de</strong><br />

que já atingimos, e fazer com que ela seja<br />

cada vez melhor na resposta aos utentes do<br />

Centro. Há mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos que está projectado<br />

a construção <strong>de</strong> um centro comunitário<br />

que pu<strong>de</strong>sse dar resposta, não só aos jovens<br />

mas também aos mais idosos, em mol<strong>de</strong>s<br />

diferentes do que actualmente existe.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!