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Dezembro - Centro Espírita Irmão Clarêncio

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Potências da Alma<br />

Instruções dos Espíritos no Pentateuco <strong>Espírita</strong><br />

O Dever<br />

O<br />

dever é a obrigação moral, diante<br />

de si mesmo em primeiro lugar,<br />

e, depois, dos outros. O dever é<br />

a lei da vida; ele se encontra nos mínimos<br />

detalhes e também nos atos mais elevados.<br />

Quero falar aqui apenas do dever moral, e<br />

não do que as profissões impõem.<br />

O dever é muito difícil de ser cumprido<br />

na ordem dos sentimentos, porque se encontra<br />

em antagonismo com as seduções<br />

do interesse e do coração. Suas vitórias não<br />

têm testemunhas e suas derrotas não têm<br />

repressão. O dever íntimo do homem depende<br />

do seu livre-arbítrio; o aguilhão (114)<br />

da consciência, esta guardiã da integridade<br />

de caráter, o adverte e o sustenta, mas frequentemente<br />

se mostra impotente diante<br />

dos falsos argumentos gerados pela paixão.<br />

O dever do coração, quando fielmente<br />

observado, eleva o homem; mas<br />

como determinar esse dever? Onde começa?<br />

Onde termina? O dever começa<br />

precisamente no ponto em que ameaçais<br />

a felicidade ou a tranquilidade do vosso<br />

próximo, e termina no limite que não desejaríeis<br />

ver transposto por ninguém em<br />

relação a vós mesmos.<br />

Deus criou todos os homens iguais para<br />

a dor; pequenos ou grandes, ignorantes ou<br />

instruídos, sofrem pelas mesmas causas,<br />

Clareando / Ano X / Edição 111 / <strong>Dezembro</strong> . 2012 - Pág . 10<br />

O Pensamento: o Espelho da Alma<br />

A<br />

mente é o espelho da vida em toda<br />

parte. Ergue-se na Terra para Deus,<br />

sob a égide do Cristo, à feição do diamante<br />

bruto, que, arrancado ao ventre obscuro<br />

do solo, avança, com a orientação do lapidário,<br />

para a magnificência da luz.<br />

Nos seres primitivos, aparece sob a ganga do<br />

instinto, nas almas humanas surge entre as ilusões<br />

que salteiam a inteligência, e revela-se nos<br />

Espíritos Aperfeiçoados por brilhante precioso<br />

a retratar a Glória Divina.<br />

Estudando-a de nossa posição espiritual, confinados<br />

que nos achamos entre a animalidade<br />

e a angelitude, somos impelidos a interpretála<br />

como sendo o campo de nossa consciência<br />

desperta, na faixa evolutiva em que o conhecimento<br />

adquirido nos permite operar.<br />

Definindo-a por espelho da vida, reconhecemos<br />

que o coração lhe é a face e que<br />

o cérebro é o centro de suas ondulações,<br />

gerando a força do pensamento que tudo<br />

move, criando e transformando, destruindo<br />

e refazendo para acrisolar e sublimar.<br />

Em todos os domínios do Universo vibra,<br />

pois, a influência recíproca.Tudo se desloca e<br />

renova sob os princípios de interdependência<br />

e repercussão.<br />

O reflexo esboça a emotividade. A emotividade<br />

plasma a ideia. A ideia determina a<br />

atitude e a palavra que comandam as ações.<br />

Em semelhantes manifestações alongam-se<br />

os fios geradores das causas de que nascem as<br />

circunstâncias, válvulas obliterativas ou alavancas<br />

libertadoras da existência.<br />

Ninguém pode ultrapassar de improviso os<br />

recursos da própria mente, muito além do<br />

círculo de trabalho em que estagia; contudo,<br />

assinalamos, todos nós, os reflexos uns dos<br />

para que cada um julgue judiciosamente<br />

o mal que pode fazer. O mesmo critério<br />

não existe em relação ao bem, infinitamente<br />

mais variado nas suas expressões.<br />

A igualdade diante da dor é uma sublime<br />

previsão de Deus, que deseja que seus filhos,<br />

instruídos pela experiência comum, não cometam<br />

o mal, alegando a ignorância dos<br />

seus efeitos.<br />

O dever é o resumo prático de todas as<br />

especulações morais; é uma bravura da<br />

alma que enfrenta as angústias da luta.<br />

É austero e dócil; pronto a dobrar-se às<br />

mais diversas complicações, permanece<br />

inflexível diante das suas tentações. O<br />

homem que cumpre o seu dever ama a<br />

Deus mais do que às criaturas, e ama as<br />

criaturas mais do que a si mesmo. Ele é,<br />

ao mesmo tempo, juiz e escravo na sua<br />

própria causa.<br />

O dever é o mais belo adorno da razão;<br />

ele nasce dela, como o filho nasce<br />

da sua mãe. O homem deve amar o dever,<br />

não porque ele o preserve dos males da<br />

vida, aos quais a humanidade não pode<br />

subtrair-se, mas porque ele dá à alma o<br />

vigor necessário ao seu desenvolvimento.<br />

O dever cresce e irradia, sob uma forma<br />

mais elevada, em cada uma das etapas<br />

superiores da humanidade. A obrigação<br />

outros, dentro da nossa relativa capacidade<br />

de assimilação.<br />

Ninguém permanece fora do movimento de<br />

permuta incessante. Respiramos no mundo das<br />

imagens que projetamos e recebemos. Por elas,<br />

estacionamos sob a fascinação dos elementos<br />

que provisoriamente nos escravizam e, através<br />

delas, incorporamos o influxo renovador dos<br />

poderes que nos induzem à purificação e ao<br />

progresso.<br />

O reflexo mental mora no alicerce da vida.<br />

Refletem-se as criaturas, reciprocamente, na<br />

Criação que reflete os objetivos do Criador.<br />

Fonte: Pensamento e Vida - Lição 1.<br />

Espírito: Emmanuel.<br />

Psicografia: Francisco Cândido Xavier.<br />

Editora FEB<br />

moral da criatura para com Deus jamais<br />

cessa; ela deve refletir as virtudes<br />

do Eterno, que não aceita um esboço<br />

imperfeito, porque deseja que a beleza<br />

de sua obra resplandeça diante dele.<br />

(Lázaro. Paris, 1863.)<br />

(114) Aguilhão: ponta de ferro, ferrão, colocada<br />

em uma das extremidades da aguilhada:<br />

vara comprida com que se instiga o boi, cravando-lhe<br />

o aguilhão, para fazê-lo caminhar<br />

na direção certa.O Espírito Lázaro, ao usar<br />

a expressão “o aguilhão da consciência”, nos<br />

mostra como somos ajudados todas as vezes<br />

em que, em nosso íntimo, ressoa uma voz<br />

dando-nos a ideia de resistir ao mal ou mostrando<br />

as nossas imperfeições. Nem sempre,<br />

porém, damos a essa voz, ou seja, à “picada<br />

do aguilhão consciencial”, a devida importância,<br />

esquecendo-nos de que a lei de Deus — o<br />

supremo código de conduta — está contida em<br />

nossa própria consciência, conforme os espíritos<br />

nos afirmam na questão 621.a de O Livro dos<br />

Espíritos. (N.T.)<br />

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec,<br />

Capítulo XVII, Item 7 – Editora Léon Denis.

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