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Dezembro - Centro Espírita Irmão Clarêncio

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Biblioteca “ Antônio Vieira<br />

Mendes ”<br />

Associe-se à nossa biblioteca e tenha<br />

direito a empréstimos de livros<br />

gratuitamente.<br />

r Campanha<br />

Doe uma lata de leite em pó desnatado<br />

(não serve leite modificado) e<br />

colabore com o trabalho de assistência<br />

aos idosos da Obra Social Antônio<br />

de Aquino ( obra social do <strong>Centro</strong><br />

<strong>Espírita</strong> Léon Denis ).<br />

r Artesanato<br />

Dia - toda segunda-feira.<br />

Hora - 14:00<br />

Local - C.E.<strong>Irmão</strong> <strong>Clarêncio</strong>.<br />

r Visita aos idosos do “Abrigo<br />

Cristo Redentor”.<br />

Local - Av dos Democráticos, n° 1.090<br />

Bonsucesso.<br />

Dia - todo 1° domingo de cada mês.<br />

Hora - das 15:00 às 17:00<br />

r Visita aos enfermos nos<br />

hospitais.<br />

r Visita aos enfermos nos lares<br />

em vários dias e horários.<br />

r Confecção e distribuição de<br />

“quentinhas” aos irmãos em<br />

situação de rua .<br />

Dia: toda sexta-feira.<br />

Confecção - 13 :00 , no “<strong>Centro</strong> <strong>Espírita</strong><br />

<strong>Irmão</strong> <strong>Clarêncio</strong>”<br />

Distribuição - à noite.<br />

Para participar das Frentes de Trabalho<br />

acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se<br />

à Secretaria Administrativa do <strong>Centro</strong><br />

<strong>Espírita</strong> <strong>Irmão</strong> <strong>Clarêncio</strong> (21-3252.1437),<br />

para obter orientação.<br />

Boletim Informativo do <strong>Centro</strong> <strong>Espírita</strong> Irmao <strong>Clarêncio</strong><br />

Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220<br />

Fone : (21) 3252-1437<br />

www.irmaoclarencio.org.br<br />

Ano X - Edição 111 - <strong>Dezembro</strong> / 2012<br />

Editorial<br />

O Amor veio à Terra<br />

J esus<br />

pág.3<br />

pág.4<br />

pág.5<br />

pág.9<br />

pág.1 1<br />

é o maior fenômeno da História da Humanidade. Em apenas três anos<br />

de atividade missionária sua ascendência foi decisiva no desenvolvimento<br />

dos homens.<br />

A presença de Jesus entre nós teve como característica marcante o Am o r<br />

que Ele manifestou em todos os seus atos, consolando e acendendo a esperança de<br />

felicidade plena no coração dos homens.<br />

“Vinde a mim todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, porque eu<br />

vos aliviarei”. Com estas palavras convidou-nos a buscá-lO, oferecendo a recompensa<br />

do alívio para nossos sofrimentos.<br />

O mundo atravessa uma fase de incertezas, de insegurança e de violência.<br />

Jesus, nosso Mestre Maior representa o caminho, a verdade e a vida, vida em<br />

abundância, vida plena.<br />

Neste mês em que comemoramos o nascimento de Jesus na Terra, precisamos<br />

meditar nos Seus ensinamentos e aceitar Seu convite para trilhar um caminho<br />

novo que nos libertará do sofrimento, levando-nos à conquista da verdadeira felicidade.<br />

Que no Natal e em todos os dias de nossa existência, abriguemos Jesus em<br />

nosso coração e em nosso lar e Ele estará nos abençoando e nos ajudando a amarmo-nos<br />

uns aos outros, pois a Lei maior é: “amar Deus e o próximo, como nos<br />

amamos”.<br />

Fe l i z Na t a l !<br />

Nesta Edição :<br />

Mensagem do Plano Espiritual:<br />

José Jorge<br />

Artigo:<br />

Contaminações Fluídicas<br />

Instruções de Além-Túmulo:<br />

Um Antigo Lidador<br />

Especial: Jesus, o Conquistador<br />

Diferente<br />

Vida-Dádiva de Deus:<br />

Suicídio, Solução Ineficaz<br />

pág.12<br />

pág.13<br />

pág.1 5<br />

pág.16<br />

pág.17<br />

Semeando o Evangelho:<br />

Os Infortúnios Ocultos<br />

Artigo:<br />

Reforma Íntima<br />

Artigo:<br />

Terapêutica da Recuperação<br />

A Família na Visão <strong>Espírita</strong>:<br />

Os Deveres dos Pais<br />

Suplemento<br />

Infantojuvenil


Mensagem<br />

Que os nossos corações se encham<br />

da mais pura alegria por<br />

sermos daqueles que já fizemos<br />

as nossas escolhas em torno das tarefas<br />

que abraçamos na Casa <strong>Espírita</strong>.<br />

É importante, pois, sempre ressaltar,<br />

para todo aquele que se consagra às tarefas<br />

do bem sob a bandeira do Cristo e<br />

também da Doutrina <strong>Espírita</strong>, a necessidade<br />

da conscientização do seu papel<br />

na Casa <strong>Espírita</strong> como aquelas cartas<br />

vivas do Evangelho do Senhor.<br />

Portanto, que possamos todos nós, vós<br />

nas condições de espíritos encarnados,<br />

nós outros os chamados desencarnados,<br />

mas também tarefeiros na Seara do Cristo,<br />

também espíritos ainda num processo<br />

de crescimento, de evolução, com carências<br />

e necessidades múltiplas, mas que,<br />

através das tarefas no bem, vamos conseguindo<br />

todos diluir o mal que trazemos,<br />

eliminar as imperfeições e nos tornarmos<br />

cada vez mais identificados com o Evangelho<br />

do Senhor e com as lições preciosas<br />

nele contidas.<br />

Portanto, com todas as observações<br />

que ouvimos nesta manhã, estamos mais<br />

conscientizados do nosso papel nesta<br />

Casa <strong>Espírita</strong>, como em toda parte onde<br />

estivermos no contato com os nossos se-<br />

Sugestões Educativas de Marco Prisco<br />

Clareando / Ano X / Edição 111 / <strong>Dezembro</strong> . 2012 - Pág . 2<br />

“<strong>Espírita</strong>s, amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo.” (ESE cap. VI: 5).<br />

melhantes; afinal de contas, nem sempre<br />

a dor, a aflição, o desespero, a falta de esperança<br />

nas almas chegarão até esta Casa.<br />

Muitos de vocês serão, pois, os portavozes<br />

da mensagem do Cristo à luz do<br />

Espiritismo, onde estiverem e com quem<br />

estiverem, respeitando-lhes as limitações,<br />

as dificuldades de entendimento, o credo<br />

que abraçam nessa atual existência, mas,<br />

acima de tudo, irmãos e irmãs, trabalhadores<br />

desta Casa <strong>Espírita</strong>, que possamos<br />

sempre, além das palavras proferidas,<br />

cuidarmos muito bem dos exemplos que<br />

se devem dar, para justificar ao mundo a<br />

nossa real transformação moral, à luz do<br />

Evangelho do Senhor.<br />

Que todos se sintam envolvidos, abraçados,<br />

acolhidos pelos seus guias espirituais,<br />

pelos protetores, pelos amigos, por familiares<br />

que aqui estão presentes, trazendo<br />

para cada um de vocês as vibrações de carinho,<br />

do amor, da amizade plena em seus<br />

corações, na certeza de que eles creem firmemente<br />

que todos podem cada vez mais<br />

operar transformações e renovações em<br />

suas almas.<br />

Essa, pois, nesta manhã de estudo, é a<br />

palavra de estímulo que trazemos a cada<br />

um dos corações aqui reunidos, representando<br />

a palavra dos Benfeitores, dos<br />

Questões Medianímicas<br />

Diante de alguém com a mente em desalinho,<br />

você logo afirma: “é um médium”.<br />

Seja prudente. Perturbação psíquica não é<br />

síndrome de mediunidade.<br />

Examinando alguém em estado de obsessão,<br />

você prescreve: “necessita desenvolver a<br />

mediunidade”. Guarde cautela. Desenvolver<br />

mediunidade não significa elastecê-la, mas<br />

discipliná-la.<br />

Considerando os distúrbios emocionais<br />

da época, você exclama, exaltado: “todos são<br />

médiuns obsidiados”. Faça-se comedido. Sintetizar<br />

todas as misérias morais e mentais na<br />

mediunidade é o mesmo que amaldiçoá-la.<br />

Ouvindo uma pessoa narrar as próprias<br />

dificuldades, você é taxativo: “mediunidade<br />

manipulada por obsessores”. Adote a vigilância.<br />

Há obsidiados que são perseguidos em si mesmos<br />

pelas íntimas imperfeições.<br />

Ante qualquer infortúnio que lhe chega ao<br />

conhecimento, você elucida: “a mediunidade<br />

sem assistência é a causa-matriz”. Examine<br />

melhor a questão. Os efeitos de hoje nascem<br />

nas causas do passado.<br />

Perante um companheiro em sofrimento,<br />

você logo informa: “mediunidade com francas<br />

possibilidades”. Evite explicações apressadas.<br />

Sofrimento é débito em regime de resgate.<br />

Sim, somos todos médiuns, porque<br />

sempre estamos no meio... A mediunidade<br />

a que você se refere, que é encontrada<br />

na História em todas as épocas, e que nos<br />

deu as sublimes informações espiritistas,<br />

e faculdade abençoada que não pode ser<br />

Guias, dos Protetores Espirituais desta<br />

Casa <strong>Espírita</strong>.<br />

Como trabalhadora que fui do movimento<br />

espírita quando encarnada,<br />

sempre continuarei afirmando que as<br />

grandes alegrias e felicidades que obtive<br />

quando encarnada, foram nos momentos<br />

abençoados de contato com os guias e<br />

protetores espirituais, dos que me acompanhavam<br />

a existência, mas também<br />

daqueles que protegiam e amparavam<br />

uma Casa <strong>Espírita</strong>.<br />

Portanto, valorizem as tarefas, os trabalhos;<br />

estudem; aperfeiçoem-se cada vez<br />

mais no conhecimento desta Doutrina<br />

que é pura luz no caminho de todos.<br />

O nosso abraço a cada um dos médiuns<br />

aqui presentes, a todos os médiuns<br />

trabalhadores desta Casa, para que se<br />

sintam e tenham a certeza absoluta de<br />

que estão amparados, estão assistidos, estão<br />

sendo socorridos, também, em suas<br />

necessidades físicas e espirituais.<br />

Um abraço da irmã de sempre<br />

Yvo N N e Pe re i r a<br />

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium<br />

Joaquim Couto no CEIC em 30 de setembro<br />

de 2012 na manhã de estudos com os médiuns<br />

do CEIC)<br />

examinada num lapso de tempo entre um<br />

conceito e uma banalidade.<br />

Quando você se creia em frente a alguém<br />

com problemas psíquicos de natureza medianímica,<br />

não opine, invigilante; receite “O<br />

Livro dos Médiuns”, guia eficaz para quem<br />

deseja servir com segurança, construindo o<br />

próprio equilíbrio.Quando possível, restrinja<br />

opiniões vulgares em torno da mediunidade,<br />

se você deseja ajudar; para que a mordacidade<br />

e a zombaria não lhe aplaudam os conceitos<br />

sobre uma faculdade que possivelmente você<br />

não conhece com propriedade nem exatidão.<br />

Psicografia de Divaldo Pereira Franco, em<br />

19.3.1966, em Salvador-Bahia.<br />

Fonte: Revista <strong>Espírita</strong> Allan Kardec, Ano 11, nº 5.


Mensagem do Plano Espiritual<br />

Quando encarnado, muitas vezes<br />

fui convidado a falar em torno do<br />

tema relativo ao dia de Finados.<br />

É interessante que, mesmo na condição de<br />

encarnados, nós temos a ajuda do Espiritismo<br />

e de outras religiões, já que todas afirmam que<br />

a vida continua após a morte do corpo físico.<br />

Mas, quando me expressava em torno de tal<br />

tema, ficava eu pensando com os meus botões:<br />

como seria a percepção, a visão daquele<br />

que se desprendera do corpo físico pelo fenômeno<br />

chamado morte? Como seria, então,<br />

o estar desligado definitivamente do corpo e<br />

presenciar a vida com olhos do Espírito?<br />

Após a minha desencarnação passei por<br />

essa experiência muito interessante, inclusive<br />

pelas sensações que me causaram as primeiras<br />

impressões de não ser visto, de não ser<br />

percebido e de, segundo as concepções de alguns<br />

em relação a mim mesmo, afirmarem:<br />

será que efetivamente o José Jorge continua<br />

vivo, continua se expressando e falando daquela<br />

forma que fazia quando encarnado?<br />

Já não é a primeira vez — já que tenho<br />

tido a oportunidade de me manifestar através<br />

de médiuns — que venho dar o meu<br />

testemunho de que continuo mais ativo do<br />

que nunca. Os que me conheceram sabem<br />

bem disso: que continuo ativo, participante<br />

do Movimento <strong>Espírita</strong>, ao qual sou ligado<br />

pelos laços do coração, do amor que devoto<br />

ao Espiritismo e pelo qual também tenho<br />

eterna gratidão pelo muito que dele recebi e<br />

tenho recebido.<br />

E hoje, aqui externando-me através de outro<br />

cérebro, de outro instrumento, de outro<br />

corpo, venho reafirmar que a vida continua<br />

Clareando / Ano X / Edição 111 / <strong>Dezembro</strong> . 2012 - Pág . 3<br />

e que todos devem valorizar — e muito — a<br />

oportunidade de estarem encarnados, porque<br />

é através do instrumento que cada um tem<br />

que vocês estão, não só resgatando débitos,<br />

mas, também, semeando aquelas sementes<br />

— as melhores possíveis — para que possam<br />

colher no futuro bons frutos, frutos de qualidade<br />

superior.<br />

Por isso, as lições que vocês estão escutando<br />

hoje na Casa <strong>Espírita</strong> convidam cada um de<br />

vocês a refletirem se, de fato, estão valorizando<br />

a existência atual na carne; também convidam<br />

cada um de vocês a pensarem nessa questão da<br />

imortalidade da alma, pois, mais a frente, todos<br />

terão de passar por esse momento em que<br />

se verão desligados do corpo. Irão presenciar e<br />

ver com os olhos do Espírito a continuidade<br />

da vida que, em realidade, é uma só, porque o<br />

Espírito, estando encarnado ou desencarnado,<br />

continua sendo Espírito.<br />

Portanto, que nestas próximas horas, nesta<br />

data simbólica em que na Terra se procura relembrar<br />

e reverenciar a memória dos chamados<br />

mortos — que não estão mortos, estão mais<br />

vivos do que nunca — que vocês possam, ao<br />

lembrarem-se dos seus queridos, dos seus amigos<br />

que já partiram, buscar no balanço de suas<br />

lembranças e recordações o que vocês tiverem<br />

de melhor para oferecer a cada um deles.<br />

A lembrança mais positiva, mais agradável,<br />

a lembrança que não esteja envolta em<br />

mágoas e ressentimentos, para que possam,<br />

nesse processo do lembrar — de certa forma<br />

até nesses momentos — cultivar e exercitar o<br />

perdão com relação àqueles momentos infelizes<br />

que o irmão ou a irmã teve junto a cada<br />

um de vocês. Um dia, vocês também estarão<br />

nessa condição e, como será bom que, nesses<br />

Encontros <strong>Espírita</strong>s<br />

Em <strong>Dezembro</strong><br />

5° eN c o N t r o esPírita s o b re cr i s t o "o co N s o l a d o r"<br />

te m a - be m-av e N t u r a d o s os ma N s o s e Pa c í F i c o s<br />

dia-02/12/2012<br />

Ho r a - 8:30 à s 13:00<br />

8° eN c o N t r o esPírita s o b r e "o cé u e o iN F e r N o"<br />

te m a - a le i de ca u s a e eF e i t o: c o m o se li v r a r da<br />

c u l P a<br />

dia - 02/12/2012<br />

Ho r a - 8:30 à s 13:00<br />

loc a l : ce N t r o esPírita ir m ã o cl a r ê N c i o<br />

corações que aqui ficarem como encarnados,<br />

as lembranças, os pensamentos e os sentimentos<br />

sejam os melhores possíveis em cada<br />

um ou em relação a cada um de vocês!<br />

Portanto, a prece, o bom pensamento,<br />

a vibração positiva em relação a nós, os<br />

chamados desencarnados. Cada um desses<br />

pensamentos, dessas vibrações, quando<br />

chega até nós, é como se estivéssemos de<br />

certa forma fortalecendo os laços que nos<br />

unem uns aos outros dentro da vida.<br />

Portanto, que o Senhor nos abençoe nesta<br />

noite de estudos na Casa <strong>Espírita</strong>, aonde os conhecimentos<br />

vão chegando e, de certa forma,<br />

libertando-nos da ignorância multissecular para<br />

nos transformarmos, cada vez mais, em Espíritos<br />

esclarecidos, em Espíritos orientados para o<br />

bem, em Espíritos identificados com as leis de<br />

Deus e com as lições que Jesus nos trouxe.<br />

Muita paz.<br />

O abraço do amigo de sempre.<br />

Jo s é Jo r g e<br />

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Joaquim<br />

Couto no CEIC em 31 de outubro de 2012)<br />

em de z e m b r o<br />

cu l t o N o la r d o ir m ã o<br />

cl a r ê N c i o (ceic)<br />

dia: 09/12/12<br />

Ho r á r i o:16H


“A emissora da Fraternidade”<br />

Estrada do Dendê, nº 659<br />

Ilha do Governador<br />

Rio de Janeiro - RJ<br />

CEP: 21.920/000<br />

Fone: (21)3386.1400<br />

Visite o site e ouça a programação<br />

www.radioriodejaneiro.am.br<br />

Anuncie no<br />

Estamos aguardando você no<br />

<strong>Centro</strong> <strong>Espírita</strong> <strong>Irmão</strong> <strong>Clarêncio</strong><br />

Rua Begônia, 98 - Vila da Penha<br />

Encaminhe sua proposta de anúncio à<br />

sa N d r a go e s e el i a N a ag u i a r<br />

p<br />

Radio<br />

Rio de Janeiro<br />

1400 khz AM<br />

Clareando / Ano X / Edição 111 / <strong>Dezembro</strong> . 2012 - Pág . 4<br />

Artigo<br />

Ler e bom...<br />

Ler o que e bom,<br />

e melhor ainda !<br />

O CLE oferece ao sócio um Kit contendo :<br />

01 Livro <strong>Espírita</strong><br />

01 DVD de Palestras<br />

01 Edição da Revista de Estudos <strong>Espírita</strong>s ( publicação mensal do CELD)<br />

Custo do Kit : R$20,00<br />

"O livro é um amigo sincero, bem-vindo tanto nos dias felizes quanto nos dias ruins.<br />

Referimo-nos ao livro sério, útil, que instrui, consola, anima ..."<br />

(Léon Denis - Depois da Morte, Cap. LIII)<br />

Contaminações Fluídicas<br />

A<br />

mente viciada e enferma cria<br />

sintonia com energias e fluidos<br />

densos. Como a matéria mental<br />

flui de forma constante do próprio espírito,<br />

formam-se, dessa maneira, imagens que, a<br />

princípio, assemelham-se a relâmpagos<br />

fugazes na tela mental.<br />

À medida que o pensamento se repete<br />

e o sentimento o fortalece, a imagem<br />

mental torna-se cada vez mais densa,<br />

agregando em torno de si os fluidos pesados<br />

e grosseiros que estão na mesma<br />

faixa de sintonia.<br />

A permanência da mente invigilante na<br />

sombra do magnetismo inferior faz com<br />

sejam estruturadas formas fluídicas de<br />

larvas e vírus, bactérias e miasmas, que infestam<br />

as auras dos nossos companheiros<br />

encarnados.<br />

A ação desses parasitas reflete-se nos<br />

estados emocionais graves e delicados.<br />

O sistema nervoso, como via de ligação<br />

mente corpo, é bombardeado com fluidos<br />

mórbidos e mentalizações infelizes que se<br />

imantam ao longo da rede delicada de neurônios.<br />

Dessa forma, está estabelecido o<br />

desajuste dos centros de força. O fluido<br />

mórbido encontra livre acesso ao mundo<br />

orgânico, concentrando-se, por processo<br />

de sintonia magnética, no órgão mais<br />

sensível, gerando as enfermidades.<br />

Compreendendo o percurso do fluido<br />

deletério, das formas pensamentos ou<br />

Ter você como sócio será muito importante para nós.<br />

Aguardamos sua inscrição.<br />

Que Jesus nos ilumine e abençoe.<br />

das contaminações fluídicas, podem os<br />

meus irmãos entenderem a razão de<br />

insistirmos na elevação do padrão<br />

vibracional, o que se consegue através<br />

de posturas íntimas corretas, da manutenção<br />

de emoções sadias, da reforma<br />

interior e do otimismo.<br />

A saúde do corpo espiritual só é restabelecida<br />

plenamente com a vivência dos<br />

estados superiores da alma, do desenvolvimento<br />

de posturas íntimas e pensamentos<br />

equilibrados. A soma dos fatores mentais e<br />

emocionais de ordem superior determina o<br />

equilíbrio integral.<br />

O convite oportuno da Doutrina <strong>Espírita</strong><br />

é para que o homem desperte para<br />

uma visão mais ampla de si e do mundo<br />

que o envolve e no qual está inserido,<br />

num processo consciente de evolução.<br />

Trabalhando sob nova visão, mais ampla,<br />

mais espiritual, compreenderá a sua<br />

responsabilidade para consigo mesmo.<br />

Esse departamento para os valores internos,<br />

para a vida espiritual, abrirá um<br />

vasto campo de experiência e conhecimento<br />

ao espírito. A atuação da força<br />

mental, a realidade dos fluidos, a consciência<br />

de sua imortalidade desdobrará,<br />

ante a visão interna, novos panoramas,<br />

novos valores.<br />

Jo s e P H cl e b e r (1)<br />

(1) Espírito alemão, físico graduado, especializado<br />

em Viena, formado em Medicina na Austrália.<br />

Em 1942 foi cremado vivo juntamente com<br />

sua família judaica, por ter se negado a executar<br />

trabalhos que levariam à confecção da bomba<br />

atômica.<br />

Fonte: Além da Matéria (Uma Ponte Entre a<br />

Ciência e a Espiritualidade)<br />

Autor: Robson Pinheiro


Instruções de Além-Túmulo<br />

Encerrando as nossas atividades<br />

socorristas na reunião de 21 de<br />

outubro de 1954, fomos reconfortados<br />

com a visita do <strong>Irmão</strong> Ernesto Senra,<br />

antigo lidador dos arraiais espiritistas de<br />

Minas Gerais.<br />

Foi ele um dos fundadores do “<strong>Centro</strong><br />

<strong>Espírita</strong> Amor e Luz”, a primeira organização<br />

doutrinária de Pedro Leopoldo,<br />

instalada em 5 de fevereiro de 1903,<br />

emprestando, anos mais tarde, sua valiosa<br />

colaboração às casas espíritas de<br />

Belo Horizonte.<br />

Sua palavra de companheiro esclarecido<br />

e perspicaz denota grande conhecimento de<br />

nossa vida mental e de nossas necessidades<br />

doutrinárias, merecendo, por isso, a nossa<br />

justa atenção.<br />

Imaginai pequena bandeja de papel<br />

sobre um ímã. As partículas de ferro<br />

organizar-se-ão segundo as linhas de força<br />

do campo magnético por ele estabelecido.<br />

Mentalizemos as radiações gravitantes que<br />

arremessamos de nós, em torno do próprio<br />

veículo que nos exterioriza. Os órgãos vivos<br />

que o constituem reproduzir-lhes-ão o<br />

impulso e a natureza, inclinando-nos ao<br />

equilíbrio ou ao desequilíbrio, à saúde<br />

ou à enfermidade.<br />

Nossa mente pode ser comparada à vigorosa<br />

usina electromagnética de emissão e<br />

recepção e o nosso corpo espiritual, seja no<br />

círculo da carne ou em nosso presente estágio<br />

evolutivo fora dela, é um condensador<br />

em que os centros de força desempenham<br />

a função de baterias e em que os nervos servem<br />

por fios condutores, transmitindo-nos<br />

as emanações mentais e absorvendo-as, em<br />

primeira mão, de conformidade com a lei<br />

de correspondência ou de fluxo e refluxo.<br />

No exame de quaisquer perturbações<br />

é indispensável o serviço de autoanálise<br />

para conhecer a onda vibratória em que<br />

nos situamos, a fim de ponderar quanto<br />

aos elementos que estamos atraindo.<br />

Isso é de fundamental importância no<br />

estudo de nossas impressões orgânicas,<br />

porque, provocando os eflúvios mórbidos<br />

das entidades enfermas que se nos<br />

associam ao mundo psíquico, já estamos<br />

consumindo esses mesmos eflúvios, originariamente<br />

produzidos por nosso próprio<br />

pensamento, colocando-nos em ligação<br />

indesejável com os habitantes da sombra.<br />

Clareando / Ano X / Edição 111 / <strong>Dezembro</strong> . 2012 - Pág . 5<br />

Um Antigo Lidador<br />

Através de nossas radiações, favorecemos<br />

a eclosão ou o desenvolvimento de<br />

moléstias aflitivas, como sejam a neurastenia<br />

e a debilidade, a epilepsia e a<br />

loucura, a paralisia e a angina, a tuberculose<br />

e o câncer, sem nos reportarmos<br />

às doenças menores, catalogadas nos<br />

quadros da sintomatologia comum.<br />

Referimo-nos, porém, ao assunto, não<br />

para pesquisar os raios da treva, de cuja<br />

intimidade precisamos distância.<br />

Tangemos a questão, destacando o<br />

impositivo de trabalho para os nossos<br />

setores doutrinários, no campo do Espiritismo,<br />

de modo a cunharmos novos<br />

padrões para nossas atitudes e atividades,<br />

criando um estado de consciência individual<br />

e coletiva, em que preponderem<br />

a saúde e a harmonia, a compreensão e<br />

a tolerância, a bondade e o otimismo, o<br />

altruísmo e a fortaleza moral.<br />

A cada passo, somos defrontados por<br />

grupos de nossa Doutrina que mais se assemelham<br />

a muros de lamentação, repletos<br />

de petitórios e necessidades, quando possuímos<br />

em nosso movimento toda uma<br />

fonte de bênçãos renovadoras e dons<br />

divinos, à feição de ricos potenciais,<br />

mobilizáveis na concretização de nosso<br />

idealismo com Jesus.<br />

Compete-nos, dessa forma, acionar as<br />

energias ao nosso alcance para que a nossa<br />

tarefa não se converta em graciosa colheita<br />

de conforto particularista, mas sim numa<br />

campanha viva e ativa de valores educacionais,<br />

porquanto o Espiritismo envolve<br />

em si mesmo o mais vasto empreendimento<br />

de espiritualização até agora surgido<br />

no mundo.<br />

Valioso é o nosso patrimônio doutrinário.<br />

Mas, se o tesouro permanece<br />

aferrolhado no cofre das teorias inoperantes,<br />

em verdade perderemos no século<br />

oportunidade das mais preciosas, expressa<br />

no ensejo de nossa própria edificação ao sol<br />

do Cristianismo redivivo.<br />

Em nossa posição de associados de luta,<br />

encontramos também doutrinadores sempre<br />

ágeis na ministração do ensinamento,<br />

com imensa dificuldade de assimilá-los a si<br />

mesmos; companheiros que exaltam a paciência,<br />

conservando o coração à maneira<br />

dum poço de irascibilidade e de orgulho;<br />

irmãs que se reportam à humildade,<br />

transformando o lar que o Senhor lhes<br />

confia em trincheira de guerra contra os<br />

próprios familiares, e amigos que glorificam<br />

a lição do Mestre, salientando<br />

o impositivo da bondade e do perdão,<br />

com absoluta incapacidade de suportar<br />

os irmãos da retaguarda.<br />

Cabe-nos, assim, modelar recursos e<br />

iniciativas que aperfeiçoem não apenas<br />

os nossos corações, mas também nossas<br />

casas de trabalho, a se fundamentarem<br />

nas nossas próprias almas.<br />

Para esse fim, é indispensável a coragem<br />

de aceitar os princípios, incorporando-os<br />

à nossa existência.<br />

Os velhos homens do mar abandonaram<br />

a vela que lhes dificultava a navegação;<br />

entretanto, para atingir esse resultado,<br />

investigaram o vapor e dispuseram-se a<br />

receber-lhe os benefícios.<br />

As antigas cidades aboliram o serviço<br />

deficiente do gás, contudo, para isso,<br />

estudaram a eletricidade e adotaram a<br />

lâmpada.<br />

Reclamamos um Espiritismo, não somente<br />

sentido, crido e ensinado, mas<br />

substancialmente vivido, porque amanhã<br />

seremos congregados pela Vida<br />

Eterna e o trabalho na Vida Eterna brilhará<br />

nas mãos daqueles servidores que,<br />

desde agora, procurem realizar a sua<br />

própria renovação para o bem.<br />

Amigos, cremos não estar usando a<br />

palavra de maneira ociosa.<br />

Desejamos fazer em vossa companhia<br />

essa mesma cruzada em que empenhais o<br />

coração, de vez que nós outros, os vossos<br />

companheiros desencarnados, também somos<br />

caminheiros da libertação, decididos a<br />

estabelecer novos rumos em nós mesmos,<br />

a fim de que a nossa fé seja tanto aí, quanto<br />

aqui, trabalho vivo e santificante.<br />

er N e s t o se N r a<br />

Fonte: Instruções Psicofônicas, diversos Espíritos,<br />

psicografia de Francisco Cândido Xavier ,<br />

lição 33– Editora FEB.


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iN F o r m a t i v o do ceic<br />

Clareando / Ano X / Edição 111 / <strong>Dezembro</strong> . 2012 - Pág . 6<br />

Ka r d e c se m P r e<br />

Os Falsos Profetas e os Livros<br />

Jesus nos advertiu quanto ao perigo<br />

dos falsos profetas: “Guardai-vos<br />

dos falsos profetas que vêm ter convosco<br />

cobertos de peles de ovelha e que por dentro<br />

são lobos rapaces” (Mateus, 7:15).<br />

João também nos alerta: “Meus bemamados,<br />

não creiais em qualquer Espírito;<br />

experimentai se os Espíritos são de Deus,<br />

porquanto muitos falsos profetas se têm levantado<br />

no mundo.” (I João, 4:1).<br />

Allan Kardec escreve:<br />

“O Espiritismo revela outra categoria<br />

bem mais perigosa de falsos Cristos e de falsos<br />

profetas, que se encontram, não entre os<br />

homens, mas entre os desencarnados: a dos<br />

espíritos enganadores, hipócritas, orgulhosos e<br />

pseudossábios, que passaram da Terra para a<br />

erraticidade e tomam nomes venerados para,<br />

sob a máscara de que se cobrem, facilitarem<br />

a aceitação das mais singulares e absurdas<br />

ideias.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo,<br />

Cap. XXI, pág. 320, 106ª Edição,<br />

FEB.)<br />

Até alguns anos atrás, os espíritas<br />

estudiosos, especialmente os líderes<br />

do Movimento <strong>Espírita</strong>, fizeram um<br />

grande esforço no sentido de esclarecer<br />

os trabalhadores da Seara quanto<br />

aos inconvenientes de se orientarem<br />

pelos chamados guias, em virtude dos<br />

frequentes riscos de serem enganados<br />

pelos Espíritos mistificadores. Os resultados<br />

destes esclarecimentos foram<br />

positivos e puderam ser mais bem<br />

constatados depois que as Casas <strong>Espírita</strong>s<br />

implantaram programas de estudo.<br />

Nos últimos anos, porém, surgiram novas<br />

ameaças à pureza doutrinária. Desta<br />

vez os livros têm sido o instrumento usado<br />

pelos falsos profetas, principalmente<br />

os psicografados. Ao lado de tantos livros<br />

edificantes, têm surgido obras com falhas<br />

doutrinárias e outras que são verdadeiras<br />

mistificações.<br />

Alguns destes livros são fáceis de identificar,<br />

porque o seu conteúdo é pobre e<br />

cheio de erros; outros são bem mais difíceis,<br />

porque os seus autores espirituais<br />

são inteligentes e as falsas ideias aparecem<br />

mescladas com ensinamentos verdadeiros,<br />

que eles pesquisam e inserem nos seus livros<br />

para dar uma aparência de instrutivos.<br />

Estes livros são vendidos normalmente na<br />

maioria das livrarias espíritas, e sem qualquer<br />

critério.<br />

Várias pessoas têm cobrado medidas<br />

das entidades federativas do Movimento<br />

<strong>Espírita</strong> no sentido de impedir a circulação<br />

desses livros. Isto, entretanto,<br />

não é aceitável, porquanto não está de<br />

acordo com os princípios doutrinários.<br />

Uma relação de livros não recomendáveis<br />

refletiria espírito de intolerância,<br />

o que é incompatível com a liberdade<br />

que deve ser cultivada no Movimento<br />

<strong>Espírita</strong>.<br />

Algumas medidas, entretanto, podem<br />

ser postas em prática. Entre elas,<br />

destacamos duas:<br />

1ª) Estímulo ao estudo da Doutrina,<br />

através do estudo sistematizado, por parte<br />

de todas as Instituições <strong>Espírita</strong>s, para que<br />

os leitores tenham condições de discernir<br />

a verdade do erro.<br />

2ª) Exame, por parte das livrarias espíritas,<br />

das diversas obras, evitando colocar<br />

à venda as que contiverem falhas<br />

doutrinárias.<br />

Estas medidas poderiam reduzir<br />

bastante as consequências negativas<br />

dessas obras, sobretudo por parte dos<br />

iniciantes do Espiritismo, que não têm<br />

condições de selecionar os livros mais<br />

adequados para leitura.<br />

Se nenhuma medida for adotada, a<br />

Doutrina <strong>Espírita</strong> continuará intacta,<br />

mas o Movimento <strong>Espírita</strong> poderá ter<br />

alguns prejuízos, como aconteceu no<br />

período em que o guiismo era praticado<br />

com grande frequência.<br />

um b e r t o Fe r re i r a<br />

Fonte:Reformador,Setembro, 1993 – FEB.


Relendo a Revista <strong>Espírita</strong><br />

Está no Ar<br />

Pe r g u N t a: Quando alguma coisa é<br />

pressentida pelas massas, geralmente se<br />

diz que está no ar. Qual a origem desta<br />

expressão?<br />

resPosta: Sua origem, como a de<br />

uma porção de coisas de que não nos<br />

damos conta e que o Espiritismo vem<br />

explicar, está no sentimento íntimo e<br />

intuitivo da realidade. A expressão é<br />

mais verdadeira do que se pensa.<br />

Esse pressentimento geral à aproximação<br />

de algum acontecimento grave tem duas<br />

causas: a primeira vem das massas inumeráveis<br />

de Espíritos que incessantemente<br />

percorrem o espaço e que têm conhecimento<br />

das coisas que se preparam; em<br />

consequência de sua desmaterialização<br />

estão mais aptos a seguir o seu curso e<br />

lhe prever o desfecho.<br />

Esses Espíritos roçam incessantemente<br />

a Humanidade, comunicando-lhe os seus<br />

pensamentos pelas correntes fluídicas<br />

que ligam o mundo corporal ao mundo<br />

espiritual. Embora não os vejais, seus<br />

pensamentos vos chegam como o aroma<br />

das flores ocultas na folhagem e vós<br />

os assimilais sem perceber. O ar está literalmente<br />

rasgado por essas correntes<br />

fluídicas, que por toda parte semeiam<br />

a ideia, de tal sorte que a expressão está<br />

no ar não só é uma figura, mas positivamente<br />

verdadeira. Certos Espíritos<br />

são mais especialmente encarregados pela<br />

Providência de transmitir aos homens<br />

o pressentimento das coisas inevitáveis,<br />

com vistas a lhes dar um secreto aviso, e<br />

eles cumprem essa missão espalhando-se<br />

entre as criaturas. São como vozes íntimas,<br />

que retinem no seu foro interior.<br />

A segunda causa deste fenômeno está<br />

no desprendimento do Espírito encarnado<br />

Clareando / Ano X / Edição 111 / <strong>Dezembro</strong> . 2012 - Pág . 7<br />

Orientação Segura<br />

Se você deseja conhecer a Doutrina <strong>Espírita</strong> leia e estude primeiramente as Obras Básicas : O Livro<br />

dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.<br />

Em seguida, leia os Livros Clássicos da Literatura <strong>Espírita</strong>.<br />

Sugestão do mês:<br />

o esPiritismo e a s Fo r ç a s ra d i a N t e s<br />

Autor: Léon Denis<br />

ed i ç õ e s lé o N de N i s<br />

durante o repouso do corpo. Nesses momentos<br />

de liberdade ele se mistura aos<br />

Espíritos semelhantes, àqueles com os<br />

quais tem mais afinidade; penetra-se de<br />

seus pensamentos, vê o que não pode<br />

ver com os olhos do corpo, relata a sua<br />

intuição ao despertar, como de uma<br />

ideia que lhe é toda pessoal. Isto explica<br />

como a mesma ideia surge ao mesmo<br />

tempo em cem lugares diferentes e em<br />

milhares de cérebros.<br />

Como sabeis, certos indivíduos são mais<br />

aptos que outros para receber o influxo espiritual,<br />

quer pela comunicação direta dos<br />

Espíritos estranhos, quer pelo desprendimento<br />

mais fácil de seu próprio Espírito.<br />

Muitos gozam, em graus diversos, da segunda<br />

vista, ou visão espiritual, faculdade<br />

muito mais comum do que pensais, e que<br />

se revela de mil maneiras; outros conservam<br />

uma lembrança mais ou menos nítida<br />

do que viram nos momentos de emancipação<br />

da alma.<br />

Em consequência desta aptidão, têm noções<br />

mais precisas das coisas; não é neles<br />

um simples pressentimento vago, mas<br />

a intuição, e nalguns o conhecimento<br />

da própria coisa, cuja realização preveem<br />

e anunciam. Se lhes perguntasse<br />

como sabem, a maior parte não saberia<br />

explicar; uns diriam que uma voz interior<br />

lhes falou, outros que tiveram uma<br />

visão reveladora, e outros, enfim, que o<br />

sentem sem saber como. Nos tempos<br />

de ignorância, e aos olhos das pessoas<br />

supersticiosas, passam por adivinhos e<br />

feiticeiros, quando são apenas pessoas<br />

dotadas de mediunidade espontânea e<br />

inconsciente, faculdade inerente à natureza<br />

humana, e que nada tem de sobrenatural,<br />

mas que são incapazes de compreender<br />

os que nada admitem fora da matéria.<br />

Essa faculdade existiu em todos os tempos,<br />

mas é de notar que se desenvolve e se<br />

multiplica sob o império de circunstâncias<br />

que incrementam a atividade do espírito,<br />

nos momentos de crise e quando da aproximação<br />

dos grandes acontecimentos. As<br />

revoluções, as guerras, as perseguições<br />

de partidos e de seitas sempre fizeram<br />

nascer um grande número de videntes<br />

e inspirados, que foram qualificados de<br />

iluminados.<br />

dr. de m e u re<br />

ob s: As relações do mundo corporal<br />

com o mundo espiritual nada têm de<br />

surpreendente, considerando-se que<br />

esses dois mundos são formados dos<br />

mesmos elementos, isto é, dos mesmos<br />

indivíduos, que passam alternadamente<br />

de um ao outro. Tal qual é hoje entre<br />

os encarnados da Terra, será amanhã<br />

entre os desencarnados do espaço, e reciprocamente.<br />

O mundo dos Espíritos,<br />

portanto, não é um mundo à parte, é a<br />

própria Humanidade despojada de seu<br />

invólucro material, e que continua sua<br />

existência sob uma nova forma e com<br />

mais liberdade.<br />

As relações desses dois mundos, em contato<br />

incessante, fazem parte, pois, das leis<br />

naturais. A ignorância da lei que os rege foi<br />

a pedra de tropeço de todas as filosofias; é<br />

por falta de seu conhecimento que tantos<br />

problemas ficaram insolúveis. O Espiritismo,<br />

que é a ciência dessas relações, nos dá a<br />

única chave que os pode resolver. Graças a<br />

ele, quantas coisas já não são mistérios!<br />

(Paris, 13/05/1866 – Médium: Sr. Tail...)<br />

Fonte: Revista <strong>Espírita</strong>, Allan Kardec, Junho-1866.


Cursos no C.E.I.C.<br />

Dia: Terça-feira / 19:30 às 21:00<br />

A Família na visão <strong>Espírita</strong>.<br />

Obras de André Luiz (Nosso Lar / Ação<br />

e Reação).<br />

Obras de Yvonne Pereira (Devassando o<br />

Invisível / Recordações da Mediunidade).<br />

A vida de Yvonne A.Pereira<br />

COMP - Curso de Orientação Mediúnica<br />

e Passes.<br />

COTTE - Curso de Orientação para o<br />

Trabalho de Tratamento Espiritual.<br />

Dia: Quarta-feira / 17:30 às 19:00<br />

Esperanto.<br />

Grupo de Estudos Antônio de Aquino.<br />

Dia: Quinta-feira / 15:00 às 16:30<br />

O que é o Espiritismo.<br />

História do Espiritismo ( 2° Semestre)<br />

O Livro dos Espíritos.<br />

O Evangelho Segundo o Espiritismo.<br />

O Livro dos Médiuns.<br />

O Céu e o Inferno.<br />

A Gênese.<br />

Dia: Quinta-feira / 18:20 às 19:10<br />

Estudos para o trabalho de Atendimento<br />

Espiritual (1ª, 2ª e 3ª Semanas) Livro:<br />

Técnica de Passes).<br />

Aprofundamento das Obras Básicas (4ª<br />

e 5ª Semanas): O Livro dos Espíritos.<br />

Dia: Quinta-feira / 19:30 às 21:00<br />

O que é o Espiritismo.<br />

História do Espiritismo ( 2° Semestre)<br />

O Livro dos Espíritos.<br />

O Evangelho Segundo o Espiritismo.<br />

O Livro dos Médiuns.<br />

O Céu e o Inferno.<br />

A Gênese.<br />

Obras Póstumas.<br />

Obras de Léon Denis (Livro: O Problema<br />

do Ser e do Destino).<br />

Revista <strong>Espírita</strong>.<br />

Dia : Sábado / 16:00 às 17:30<br />

O que é o Espiritismo.<br />

História do Espiritismo( 2° Semestre)<br />

O Livro dos Espíritos.<br />

O Evangelho Segundo o Espiritismo.<br />

Atualização para médiuns da Casa (4°<br />

sábado do mês)<br />

O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3°<br />

sábados do mês)<br />

Anuncie no<br />

Clareando / Ano X / Edição 111 / <strong>Dezembro</strong> . 2012 - Pág . 8<br />

Espiritismo e Ecologia<br />

Ensinamentos de Aniceto:<br />

Amar a Terra<br />

O<br />

Senhor reserva acréscimos sublimes<br />

de valores evolutivos aos<br />

seres sacrificados. Não olvidará<br />

Ele a árvore útil, o animal exterminado,<br />

o ser humilde que se consumiu em<br />

benefício de outro ser!Cooperemos, por<br />

nossa vez, no despertar dos homens,<br />

nossos irmãos, relativamente ao nosso<br />

débito para com a Natureza maternal.<br />

Sempre, ao voltarmos à Crosta, envolvendo-nos<br />

em fluidos do círculo<br />

carnal, levamos muito longe a aquisição<br />

de nitrogênio. Convertemos em tragédia<br />

mundial o que poderia constituir a<br />

procura serena e edificante. Como sabemos,<br />

organismo algum poderá viver<br />

na Terra sem essa substância, e embora<br />

se locomova, no oceano de nitrogênio,<br />

respirando-o na média de mil litros por<br />

dia, não pode o homem, como nenhum<br />

ser vivo do planeta, apropriar-se do nitrogênio<br />

do ar.<br />

Por enquanto, não permite o Senhor<br />

a criação de células nos organismos viventes<br />

do nosso mundo, que procedam<br />

à absorção espontânea desse elemento de<br />

importância primordial na manutenção<br />

das vidas como acontece ao oxigênio comum.<br />

Somente as plantas, infatigáveis<br />

operárias do orbe, conseguem retirá-lo<br />

do solo, fixando-o para o entretenimento<br />

da vida noutros seres. Cada grão de trigo<br />

é uma bênção nitrogenada para sustento<br />

das criaturas; cada fruto da terra é uma<br />

bolsa de açúcar e albumina, repleta do<br />

nitrogênio indispensável ao equilíbrio<br />

orgânico dos seres vivos.<br />

Todas as indústrias agropecuárias não<br />

representam, na essência, senão a procura<br />

organizada e metódica do precioso elemento<br />

da vida. Se o homem conseguisse<br />

fixar dez gramas, aproximadamente, dos<br />

mil litros de nitrogênio que respira diariamente,<br />

a Crosta estaria transformada no<br />

paraíso verdadeiramente espiritual. Mas, se<br />

muito nos dá o Senhor, é razoável que exija<br />

a colaboração do nosso esforço na construção<br />

da nossa própria felicidade. Mesmo em<br />

"Nosso Lar", ainda estamos distantes da<br />

grande conquista do alimento espontâneo<br />

pelas forças atmosféricas, em caráter absoluto.<br />

E o homem, meus amigos, transforma<br />

a procura de nitrogênio em movimento de<br />

paixões desvairadas, ferindo e sendo ferido,<br />

ofendendo e sendo ofendido, escravizando<br />

e tornando-se cativo, segregado em densas<br />

trevas!<br />

Ajudemo-lo a compreender, para que<br />

se organize uma era nova. Auxiliemo-lo<br />

a amar a terra, antes de explorá-la no<br />

sentido inferior, a valer-se da cooperação<br />

dos animais, sem os recursos do<br />

extermínio!<br />

Nessa época, o matadouro será convertido<br />

em local de cooperação, onde o<br />

homem atenderá aos seres inferiores e<br />

onde estes atenderão as necessidades do<br />

homem, e as árvores úteis viverão em<br />

meio do respeito que lhes é devido.<br />

Nesse tempo sublime, a indústria<br />

glorificará o bem e, sentindo-nos o<br />

entendimento, a boa vontade e a veneração<br />

às leis divinas, permitir-nos-á<br />

o Senhor, pelo menos em parte, a solução<br />

do problema técnico de fixação do<br />

nitrogênio da atmosfera.<br />

Ensinemos aos nossos <strong>Irmão</strong>s que a<br />

vida não é um roubo incessante, em que<br />

a planta lesa o solo, o animal extermina<br />

a planta e o homem assassina o animal,<br />

mas um movimento de permuta divina,<br />

de cooperação generosa, que nunca<br />

perturbaremos sem grave dano a própria<br />

condição de criaturas responsáveis e evolutivas!<br />

Não condenemos! Auxiliemos<br />

sempre!<br />

Fonte: Os Mensageiros - Capítulo 42.<br />

Espírito: André Luiz.<br />

Psicografia:Francisco Cândido Xavier.<br />

Editora FEB.


Homenagem Especial<br />

Clareando / Ano X / Edição 111 / <strong>Dezembro</strong> . 2012 - Pág . 9<br />

Jesus, o Conquistador Diferente<br />

Os conquistadores aparecem no<br />

mundo, desde as recuadas eras da<br />

selvageria primitiva. E, há muitos<br />

séculos, postados sem soberbos carros de<br />

triunfo, exibem troféus sangrentos e abafam,<br />

com aplausos ruidosos, o cortejo de<br />

misérias e lágrimas que deixam à distância.<br />

Sorridentes e felizes, aceitam as ovações<br />

do povo e distribuem graças e honrarias,<br />

cobertos de insígnias e incensados<br />

pelas frases lisonjeiras da multidão. Vasta<br />

fileira de escritores congrega-se-lhes<br />

em torno, exaltando-lhes as vitórias<br />

no campo de batalha. Poemas épicos e<br />

biografias romanceadas surgem no caminho,<br />

glorificando-lhes a personalidade<br />

que se eleva, perante os homens falíveis,<br />

à dourada galeria dos semideuses.<br />

Todavia, mais longe, na paisagem<br />

escura, onde choram os vencidos, permanecem<br />

as sementeiras de dor que<br />

aguardarão os improvisados heróis na<br />

passagem implacável do tempo. Muitas<br />

vezes, contudo, não chegam a conduzir<br />

para o túmulo as medalhas que lhes<br />

brilham no peito dominador, porque<br />

a própria vida humana se incumbe de<br />

esclarecê-los, através das sombras da<br />

derrota, dos espinhos da enfermidade e<br />

das amargas lições da morte.<br />

Dario, filho de Histaspes, reis dos persas,<br />

após fixar o poderio dos seus exércitos, impôs<br />

terríveis sofrimentos à Índia, à Trácia e<br />

à Macedônia, conhecendo, em seguida, a<br />

amargura e a derrota, à frente dos gregos.<br />

Alexandre Magno, por tantos motivos<br />

e admirado na história do mundo, titulou-se<br />

generalíssimo dos helenos, em<br />

plena mocidade e, numa série de movimentos<br />

militares que o celebrizaram<br />

para sempre, infligiu inomináveis padecimentos<br />

aos lares gregos, egípcios e<br />

persas; todavia, apesar das glórias bélicas<br />

com que desafiava cidades e guerreiros,<br />

fazendo-se acompanhar de incêndios e<br />

morticínios, rendeu-se à doença que lhe<br />

imobilizou os ossos em Babilônia.<br />

Aníbal, o grande chefe cartaginês, espalhou<br />

o terror e a humilhação entre os<br />

romanos, em sucessivas ações heroicas<br />

que lhe imortalizaram o nome, na crônica<br />

militar do Planeta; contudo, em<br />

seguida à bajulação dos aduladores e<br />

à falsa concepção de poder, foi vencido<br />

por Cipião, transformando-se num<br />

foragido sem esperança, suicidando-se,<br />

por fim, num terrível complexo de vaidade<br />

e loucura.<br />

Júlio César, o famoso general que pretendia<br />

descender de Vênus e de Anquises,<br />

constitui um dos maiores expoentes do<br />

engenho humano; submeteu a Gália e<br />

desbaratou os adversários em combates<br />

brilhantes, governando Roma, na<br />

qualidade de magnífico triunfador; no<br />

entanto, quando mais se lhe dilatava a<br />

ambição, o punhal de Bruto, seu protegido<br />

e comensal, assassinou-o, sem<br />

comiseração, em pleno Senado.<br />

Napoleão Bonaparte, o imperador dos<br />

franceses, depois de exercer no mundo<br />

uma influência de que raros homens<br />

puderam dispor na Terra, morre, melancolicamente,<br />

numa ilha apagada, ao<br />

longo da vastidão do mar.<br />

Ainda hoje, os conquistadores modernos,<br />

depois dos aplausos de milhões<br />

de vozes, após a dominação em que se<br />

fazem sentir, magnânimos para os seus<br />

amigos e cruéis para os adversários, espalhando<br />

condecorações e sentenças<br />

condenatórias, caem ruidosamente dos<br />

pedestais de barro, convertendo-se em<br />

malfeitores comuns, a serem julgados<br />

pelas mesmas vozes que lhes cantavam<br />

louvores na véspera.<br />

Todos eles, dominadores e tiranos,<br />

passam no mundo, entre as púrpuras<br />

do poder, a caminho dos mistérios do<br />

sofrimento e dos desencantos da morte.<br />

Em verdade, sempre deixam algum<br />

bem no campo das relações humanas,<br />

pelas novas estradas abertas e pelas<br />

utilidades da civilização, cujo aparecimento<br />

aceleram; todavia, o progresso<br />

amaldiçoa-lhes a personalidade, porque<br />

as lágrimas das mães, os soluços dos lares<br />

desertos, as aflições da orfandade, a<br />

destruição dos campos e o horror da<br />

natureza ultrajada, acompanham-nos,<br />

por toda parte, destacando-os com<br />

execráveis sinais.<br />

Um só conquistador houve no mundo,<br />

diferente de todos pela singularidade de<br />

sua missão entre as criaturas. Não possuía<br />

legiões armadas, nem poderes políticos,<br />

nem mantos de gala. Nunca expediu ordens<br />

e soldados, nem traçou programas<br />

de dominação. Jamais humilhou e feriu.<br />

Cercou-se de cooperadores aos quais<br />

chamou “amigos”. Dignificou a vida<br />

familiar, recolheu crianças desamparadas,<br />

libertou os oprimidos, consolou os<br />

tristes e sofredores, curou cegos e paralíticos.<br />

E, por fim, em compensação aos<br />

seus trabalhos, levados a efeito com humildade<br />

e amor; aceitou acusações para<br />

que ninguém as sofresse; submeteu-se à<br />

prisão para que outros não experimentassem<br />

a angústia do cárcere; conheceu<br />

o abandono dos que amava; separou-se<br />

dos seus; recebeu, sem revolta, ironias<br />

e bofetadas; carregou a cruz em que foi<br />

imolado e na sua morte passou por ser<br />

a de um ladrão.<br />

Mas, desde a última vitória no madeiro,<br />

tecida em perdão e misericórdia,<br />

consolidou o seu infinito poder sobre as<br />

almas, e, desde esse dia, Jesus Cristo, o<br />

conquistador diferente, começou a estender<br />

o seu divino império no mundo,<br />

prosseguindo no serviço sublime da<br />

edificação espiritual, no Oriente e no<br />

Ocidente, no Norte e no Sul, nas mais<br />

variadas regiões do Planeta, erguendo<br />

uma Terra aperfeiçoada e feliz, que continua<br />

a ser construída, em bases de amor<br />

e concórdia, fraternidade e justiça, acima<br />

da sombria animalidade do egoísmo e<br />

das ruínas geladas da morte.<br />

Espírito: ir m ã o X.<br />

Fonte: Antologia Mediúnica do Natal.<br />

Psicografia: Francisco Cândido Xavier.


Potências da Alma<br />

Instruções dos Espíritos no Pentateuco <strong>Espírita</strong><br />

O Dever<br />

O<br />

dever é a obrigação moral, diante<br />

de si mesmo em primeiro lugar,<br />

e, depois, dos outros. O dever é<br />

a lei da vida; ele se encontra nos mínimos<br />

detalhes e também nos atos mais elevados.<br />

Quero falar aqui apenas do dever moral, e<br />

não do que as profissões impõem.<br />

O dever é muito difícil de ser cumprido<br />

na ordem dos sentimentos, porque se encontra<br />

em antagonismo com as seduções<br />

do interesse e do coração. Suas vitórias não<br />

têm testemunhas e suas derrotas não têm<br />

repressão. O dever íntimo do homem depende<br />

do seu livre-arbítrio; o aguilhão (114)<br />

da consciência, esta guardiã da integridade<br />

de caráter, o adverte e o sustenta, mas frequentemente<br />

se mostra impotente diante<br />

dos falsos argumentos gerados pela paixão.<br />

O dever do coração, quando fielmente<br />

observado, eleva o homem; mas<br />

como determinar esse dever? Onde começa?<br />

Onde termina? O dever começa<br />

precisamente no ponto em que ameaçais<br />

a felicidade ou a tranquilidade do vosso<br />

próximo, e termina no limite que não desejaríeis<br />

ver transposto por ninguém em<br />

relação a vós mesmos.<br />

Deus criou todos os homens iguais para<br />

a dor; pequenos ou grandes, ignorantes ou<br />

instruídos, sofrem pelas mesmas causas,<br />

Clareando / Ano X / Edição 111 / <strong>Dezembro</strong> . 2012 - Pág . 10<br />

O Pensamento: o Espelho da Alma<br />

A<br />

mente é o espelho da vida em toda<br />

parte. Ergue-se na Terra para Deus,<br />

sob a égide do Cristo, à feição do diamante<br />

bruto, que, arrancado ao ventre obscuro<br />

do solo, avança, com a orientação do lapidário,<br />

para a magnificência da luz.<br />

Nos seres primitivos, aparece sob a ganga do<br />

instinto, nas almas humanas surge entre as ilusões<br />

que salteiam a inteligência, e revela-se nos<br />

Espíritos Aperfeiçoados por brilhante precioso<br />

a retratar a Glória Divina.<br />

Estudando-a de nossa posição espiritual, confinados<br />

que nos achamos entre a animalidade<br />

e a angelitude, somos impelidos a interpretála<br />

como sendo o campo de nossa consciência<br />

desperta, na faixa evolutiva em que o conhecimento<br />

adquirido nos permite operar.<br />

Definindo-a por espelho da vida, reconhecemos<br />

que o coração lhe é a face e que<br />

o cérebro é o centro de suas ondulações,<br />

gerando a força do pensamento que tudo<br />

move, criando e transformando, destruindo<br />

e refazendo para acrisolar e sublimar.<br />

Em todos os domínios do Universo vibra,<br />

pois, a influência recíproca.Tudo se desloca e<br />

renova sob os princípios de interdependência<br />

e repercussão.<br />

O reflexo esboça a emotividade. A emotividade<br />

plasma a ideia. A ideia determina a<br />

atitude e a palavra que comandam as ações.<br />

Em semelhantes manifestações alongam-se<br />

os fios geradores das causas de que nascem as<br />

circunstâncias, válvulas obliterativas ou alavancas<br />

libertadoras da existência.<br />

Ninguém pode ultrapassar de improviso os<br />

recursos da própria mente, muito além do<br />

círculo de trabalho em que estagia; contudo,<br />

assinalamos, todos nós, os reflexos uns dos<br />

para que cada um julgue judiciosamente<br />

o mal que pode fazer. O mesmo critério<br />

não existe em relação ao bem, infinitamente<br />

mais variado nas suas expressões.<br />

A igualdade diante da dor é uma sublime<br />

previsão de Deus, que deseja que seus filhos,<br />

instruídos pela experiência comum, não cometam<br />

o mal, alegando a ignorância dos<br />

seus efeitos.<br />

O dever é o resumo prático de todas as<br />

especulações morais; é uma bravura da<br />

alma que enfrenta as angústias da luta.<br />

É austero e dócil; pronto a dobrar-se às<br />

mais diversas complicações, permanece<br />

inflexível diante das suas tentações. O<br />

homem que cumpre o seu dever ama a<br />

Deus mais do que às criaturas, e ama as<br />

criaturas mais do que a si mesmo. Ele é,<br />

ao mesmo tempo, juiz e escravo na sua<br />

própria causa.<br />

O dever é o mais belo adorno da razão;<br />

ele nasce dela, como o filho nasce<br />

da sua mãe. O homem deve amar o dever,<br />

não porque ele o preserve dos males da<br />

vida, aos quais a humanidade não pode<br />

subtrair-se, mas porque ele dá à alma o<br />

vigor necessário ao seu desenvolvimento.<br />

O dever cresce e irradia, sob uma forma<br />

mais elevada, em cada uma das etapas<br />

superiores da humanidade. A obrigação<br />

outros, dentro da nossa relativa capacidade<br />

de assimilação.<br />

Ninguém permanece fora do movimento de<br />

permuta incessante. Respiramos no mundo das<br />

imagens que projetamos e recebemos. Por elas,<br />

estacionamos sob a fascinação dos elementos<br />

que provisoriamente nos escravizam e, através<br />

delas, incorporamos o influxo renovador dos<br />

poderes que nos induzem à purificação e ao<br />

progresso.<br />

O reflexo mental mora no alicerce da vida.<br />

Refletem-se as criaturas, reciprocamente, na<br />

Criação que reflete os objetivos do Criador.<br />

Fonte: Pensamento e Vida - Lição 1.<br />

Espírito: Emmanuel.<br />

Psicografia: Francisco Cândido Xavier.<br />

Editora FEB<br />

moral da criatura para com Deus jamais<br />

cessa; ela deve refletir as virtudes<br />

do Eterno, que não aceita um esboço<br />

imperfeito, porque deseja que a beleza<br />

de sua obra resplandeça diante dele.<br />

(Lázaro. Paris, 1863.)<br />

(114) Aguilhão: ponta de ferro, ferrão, colocada<br />

em uma das extremidades da aguilhada:<br />

vara comprida com que se instiga o boi, cravando-lhe<br />

o aguilhão, para fazê-lo caminhar<br />

na direção certa.O Espírito Lázaro, ao usar<br />

a expressão “o aguilhão da consciência”, nos<br />

mostra como somos ajudados todas as vezes<br />

em que, em nosso íntimo, ressoa uma voz<br />

dando-nos a ideia de resistir ao mal ou mostrando<br />

as nossas imperfeições. Nem sempre,<br />

porém, damos a essa voz, ou seja, à “picada<br />

do aguilhão consciencial”, a devida importância,<br />

esquecendo-nos de que a lei de Deus — o<br />

supremo código de conduta — está contida em<br />

nossa própria consciência, conforme os espíritos<br />

nos afirmam na questão 621.a de O Livro dos<br />

Espíritos. (N.T.)<br />

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec,<br />

Capítulo XVII, Item 7 – Editora Léon Denis.


Vida - Dádiva de Deus<br />

o suicida d a sa m a r i t a N a<br />

No dia 7 de abril de 1858, pelas sete horas<br />

da noite, um homem de uns cinquenta<br />

anos, e vestido decentemente, apresentou-se<br />

no estabelecimento da Samaritana, em Paris,<br />

e pediu que lhe preparassem um banho. O<br />

funcionário que o atendeu, estranhando que<br />

após um espaço de duas horas aquele homem<br />

não o chamasse, decidiu entrar na sua cabine<br />

para ver se ele estava indisposto. Foi então testemunha<br />

de um horrível espetáculo: o infeliz<br />

havia cortado a garganta com uma navalha, e<br />

todo o seu sangue estava misturado à água da<br />

banheira. Não podendo ser descoberta a sua<br />

identidade, o cadáver foi levado para o necrotério.<br />

O espírito desse homem, evocado na Sociedade<br />

de Paris seis dias após sua morte, deu<br />

as respostas abaixo descritas.<br />

evo c a ç ã o<br />

1.Resposta do guia do médium: Esperai...<br />

ele está aí.<br />

2. Onde vos encontrais agora?<br />

R. Eu não sei... Dizei-me onde estou.<br />

3. Estais em uma assembleia de pessoas<br />

que se ocupam de estudos espíritas e que<br />

são benevolentes convosco.<br />

R. Dizei-me se vivo... Eu sufoco no caixão.<br />

4. Quem vos animou a vir até nós?<br />

R. Sinto-me aliviado.<br />

5. Que motivo vos levou a suicidar-vos?<br />

R. Eu estou morto?... não... eu habito meu<br />

corpo... não sabeis quanto sofro...Eu sufoco...<br />

Que uma piedosa mão tente me tirar a vida!<br />

Sua alma, embora separada do corpo, ainda<br />

se encontra inteiramente mergulhada no que<br />

poder-se-ia chamar turbilhão da matéria corporal;<br />

as ideias terrestres permanecem muito<br />

vivas; ele não se considera morto.<br />

6. Por que não deixastes nenhum indício<br />

que pudesse vos fazer reconhecer?<br />

R. Estou abandonado; fugi do sofrimento<br />

para encontrar a tortura.<br />

7. Tendes agora os mesmos motivos para<br />

continuar desconhecido?<br />

R. Sim, não coloqueis um ferro em brasa na<br />

ferida que sangra.<br />

8. Quereis nos dizer vosso nome, vossa<br />

idade, vossa profissão, vosso domicílio?<br />

R. Não... a tudo não.<br />

Clareando / Ano X / Edição 111 / <strong>Dezembro</strong> . 2012 - Pág . 11<br />

Suicídio — Solução Ineficaz<br />

“A calma e a resignação hauridas da maneira de considerar a vida terrestre e da confiança no futuro dão ao espírito uma serenidade<br />

que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo V, item 14).<br />

9. Tendes uma família, uma esposa, filhos?<br />

R. Estava abandonado, nenhum ser me<br />

amava.<br />

10. Que fizestes para não serdes amado<br />

por pessoa alguma?<br />

R. Quantos existem como eu... Um homem<br />

pode estar abandonado no meio da sua família,<br />

quando nenhum coração o ama.<br />

11. No momento de cometerdes vosso<br />

suicídio, não sentistes nenhuma hesitação?<br />

R. Eu desejava ardentemente a morte...<br />

Esperava o repouso.<br />

12. Como a ideia do futuro não fez com<br />

que renunciasses ao vosso projeto?<br />

R. Não acreditava mais no futuro; estava<br />

sem esperança. O futuro é a esperança.<br />

13. Que reflexões fizestes no momento<br />

em que sentistes a vida se acabar em vós?<br />

R. Não refleti, eu senti... mas minha vida não<br />

está extinta... minha alma está ligada ao meu<br />

corpo... Eu sinto os vermes que me roem.<br />

14. Que sentimento experimentastes no<br />

momento em que a morte se concretizou?<br />

R. Ela está concretizada?<br />

15. Foi doloroso o momento em que a<br />

vida se extinguia em vós?<br />

R. Menos doloroso que depois. Apenas o<br />

corpo sofreu.<br />

16. Ao Espírito São Luís: Que pretende o<br />

espírito dizendo que o momento da morte<br />

foi menos doloroso que depois?<br />

R. O espírito se descarregava de um fardo que<br />

o abatia; ele experimentava a volúpia da dor.<br />

17. Esse estado é sempre sequente ao<br />

suicídio?<br />

R. Sim, o espírito do suicida está ligado ao<br />

seu corpo até o termo da sua vida; a morte<br />

natural é o livramento da vida; o suicida a<br />

rompe inteiramente.<br />

18. Esse estado é o mesmo em toda a<br />

morte acidental independente da vontade,<br />

e que abrevia a duração natural da vida?<br />

R. Não... Que entendeis por suicídio? O espírito<br />

é culpado somente por suas obras.<br />

Essa dúvida da morte é muito comum entre<br />

as pessoas falecidas há pouco tempo, e principalmente<br />

entre aquelas que, durante sua vida,<br />

não elevaram sua alma acima da matéria.<br />

É um fenômeno esquisito à primeira vista,<br />

mas que se explica muito naturalmente. Se<br />

a uma pessoa, colocada em estado de sonambulismo<br />

pela primeira vez, perguntarmos se<br />

dorme, ela quase sempre responde que não,<br />

e sua resposta é lógica; a pessoa que interroga<br />

é que não faz bem a pergunta servindo-se<br />

de um termo impróprio. A ideia do sono, na<br />

nossa língua usual, está ligada à suspensão de<br />

todas as nossas faculdades sensitivas; ora, o sonâmbulo<br />

que pensa, que vê e que sente, que<br />

tem a consciência da sua liberdade moral, não<br />

se crê adormecido e, efetivamente, não dorme,<br />

na acepção comum do termo. É por isso que ele<br />

responde não, até que esteja familiarizado com<br />

essa nova maneira de entender o fato. O mesmo<br />

ocorre com o homem que acaba de morrer;<br />

para ele a morte era o aniquilamento do ser;<br />

ora, como o sonâmbulo, ele vê, ele sente, ele<br />

fala; portanto, para ele não houve morte, e é<br />

o que diz até que tenha adquirido a intuição<br />

do seu novo estado. Essa ilusão é sempre mais<br />

ou menos penosa, porque jamais é completa,<br />

e porque deixa o espírito em certa ansiedade.<br />

No exemplo acima, ela é um verdadeiro suplício<br />

pela sensação dos vermes roendo o corpo,<br />

e pela sua duração que deve ser aquela que<br />

teria tido a vida desse homem se ele não a tivesse<br />

abreviado. Esse estado é frequente entre os<br />

suicidas, mas ele não se apresenta sempre em<br />

condições idênticas; ele varia, principalmente<br />

em duração e em intensidade, segundo as<br />

circunstâncias agravantes ou atenuantes<br />

da falta. A sensação dos vermes e da decomposição<br />

do corpo não acontece apenas<br />

aos suicidas; ela é comum entre aqueles<br />

que viveram mais da vida material que<br />

da espiritual.<br />

Em princípio, não existe erro que não<br />

seja punido; mas não há uma regra uniforme<br />

e absoluta nos meios de punição.<br />

Fonte: O Céu e o Inferno, Allan Kardec, 2ª parte,<br />

Capítulo V- Editora Léon Denis.<br />

Agora o<br />

"<strong>Centro</strong> <strong>Espírita</strong> <strong>Irmão</strong><br />

<strong>Clarêncio</strong>"<br />

também está na web !!!<br />

Acesse e confira<br />

www.irmaoclarencio.org.br


Semeando o Evangelho de Jesus<br />

Notas Espirituais - Obras de André Luiz<br />

Clareando / Ano X / Edição 111 / <strong>Dezembro</strong> . 2012 - Pág . 12<br />

Os Infortúnios Ocultos<br />

N<br />

as grandes calamidades, a caridade<br />

se manifesta, e surgem<br />

generosos movimentos para<br />

reparar os desastres; porém, ao lado desses<br />

desastres gerais,existem milhares de<br />

desastres particulares que passam despercebidos,<br />

como o de pessoas em seus<br />

leitos de dor, sem se queixarem. São esses<br />

infortúnios discretos e ocultos, que a verdadeira<br />

generosidade sabe descobrir, sem<br />

esperar que venham procurar ajuda.<br />

Quem é essa mulher de ar distinto,<br />

com um traje simples, ainda que bem<br />

cuidado, seguida de uma jovem também<br />

vestida modestamente? Ela entra em<br />

uma casa de aparência miserável onde,<br />

sem dúvida, é conhecida porque, à porta,<br />

é saudada com respeito. Para onde vai?<br />

Sobe até a água-furtada; lá mora uma<br />

mãe de família, cercada de seus filhos pequenos;<br />

à sua chegada a alegria aparece<br />

em suas faces emagrecidas; é que ela vem<br />

acalmar todas as suas dores; traz o necessário,<br />

suavizado por doces e consoladoras<br />

palavras, que fazem com que a sua ajuda<br />

seja aceita sem causar vergonha, porque<br />

esses infortunados não são mendigos de<br />

profissão. O pai está no hospital, e, durante<br />

esse tempo, a mãe não pôde suprir<br />

as necessidades.<br />

Graças à distinta mulher, essas pobres<br />

crianças não sofrerão nem o frio nem a<br />

fome; irão à escola bem agasalhadas e o<br />

seio da mãe não irá secar para os filhos<br />

Concentração<br />

Muitos estudiosos do Espiritismo<br />

se preocupam com o problema<br />

da concentração, em trabalhos<br />

de natureza espiritual. Não são poucos os<br />

que estabelecem padrão ao aspecto exterior<br />

da pessoa concentrada, os que exigem<br />

determinada atitude corporal e os que<br />

esperam resultados rápidos nas atividades<br />

dessa ordem. Entretanto, quem diz concentrar,<br />

forçosamente se refere ao ato<br />

de congregar alguma coisa. Ora, se os<br />

amigos encarnados não tomam a sério<br />

as responsabilidades que lhes dizem<br />

respeito, fora dos recintos de prática<br />

espiritista, se, porventura, são cultores<br />

mais pequenos. Se, entre elas, uma ficar<br />

doente, nenhum cuidado material que<br />

seja preciso prestar-lhe irá repugná-la.<br />

Dali ela seguirá para o hospital,<br />

para levar ao pai algum consolo e<br />

tranquilizá-lo quanto à situação de<br />

sua família. Na esquina, uma carruagem<br />

a espera; verdadeiro armazém de<br />

tudo o que leva para os seus protegidos<br />

que, sucessivamente, visita. Não lhes<br />

pergunta nem sua crença, nem sua opinião,<br />

porque, para ela, todos os homens<br />

são irmãos e filhos de Deus. Terminada<br />

a sua visita àquela família, pensa: “Comecei<br />

bem o meu dia.”<br />

Qual é o seu nome? Onde mora? Ninguém<br />

o sabe; para os infelizes é um nome<br />

que nada revela, mas é um anjo consolador;<br />

e, à noite, uma sinfonia de bênçãos<br />

se eleva por ela até o Criador: católicos,<br />

judeus, protestantes; todos a bendizem.<br />

Por que usa um traje tão simples? É que<br />

ela não quer, com o seu luxo, agredir a<br />

miséria daquelas pessoas. Por que trouxe<br />

a filha em sua companhia? Para lhe ensinar<br />

como se deve praticar a beneficência.<br />

A menina também quer fazer a caridade,<br />

mas a mãe lhe diz: “O que podes dar,<br />

minha filha, se nada tens de teu? Se eu<br />

te entregar alguma coisa para que dês aos<br />

outros, qual será o teu mérito? Na verdade,<br />

eu é que farei a caridade, e tu terás o<br />

mérito. Isso não é justo. Quando vamos<br />

visitar os doentes, tu me ajudas a tratar<br />

da leviandade, da indiferença, do erro<br />

deliberado e incessante, da teimosia, da<br />

inobservância interna dos conselhos de<br />

perfeição cedidos a outrem, que poderão<br />

concentrar nos momentos fugazes de<br />

serviço espiritual? Boa concentração<br />

exige vida reta.<br />

Para que os nossos pensamentos se<br />

congreguem uns aos outros, fornecendo<br />

o potencial de nobre união para o bem,<br />

é indispensável o trabalho preparatório<br />

de atividades mental na meditação de<br />

ordem superior. A atitude íntima de relaxamento,<br />

ante as lições evangélicas recebidas,<br />

não pode conferir ao crente, ou<br />

deles, ora, cuidar de alguém é dar alguma<br />

coisa. Isso não te parece suficiente? Nada é<br />

mais simples; aprende a fazer obras úteis<br />

e poderás confeccionar roupas para essas<br />

criancinhas; dessa forma darás algo vindo<br />

de ti.” É assim que essa mãe, verdadeiramente<br />

cristã, prepara a sua filha para a<br />

prática das virtudes ensinadas pelo Cristo.<br />

Ela é espírita? O que isso importa?<br />

No seu meio, ela é a mulher do mundo,<br />

porque a sua posição assim exige; mas<br />

ignora-se o que ela faz, porque ela não<br />

quer outra aprovação senão a de Deus e a<br />

da sua consciência. No entanto, certo dia,<br />

uma circunstância imprevista conduziu<br />

até sua casa uma das suas protegidas que<br />

ali fora mostrar trabalhos manuais; reconhecendo<br />

sua benfeitora, quis abençoá-la:<br />

“Silêncio! Pede-lhe a dama, não o digas a<br />

ninguém!” Assim falava Jesus.<br />

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo,<br />

Allan Kardec, Capítulo XIII, Item 4 – Editora<br />

Léon Denis<br />

ao cooperador, a concentração de forças<br />

espirituais no serviço de elevação, tão só<br />

porque estes se entreguem, apenas por<br />

alguns minutos na semana, a pensamentos<br />

compulsórios de amor cristão.<br />

Como veem, o assunto é complexo e<br />

demanda longas considerações e ensinamentos.<br />

iN s t r u t o r aN i c e t o<br />

Fonte: Os Mensageiros, André Luiz, psicografia de<br />

Francisco Cândido Xavier, capítulo 47 – Editora FEB


Artigo<br />

Reforma Íntima<br />

Re F o r m a — conceito básico: Só<br />

se reforma algo que existe e que<br />

está defeituoso, impróprio, passível<br />

de melhoria, etc.<br />

Para uma reforma ideal, são indispensáveis:<br />

recursos, necessidade evidente,<br />

planejamento racional e competente<br />

execução.<br />

No caso dos Espíritos encarnados,<br />

como nós outros, convictos de sermos<br />

eternos; certos de que o objetivo último<br />

é a perfeição, cabe-nos o compromisso<br />

de promover modificações constantes<br />

e permanentes no modo de pensar,<br />

agir e de ser.<br />

É importante refletirmos sobre nós<br />

mesmos, a fim de descobrir quais as<br />

reformas prioritárias a serem consideradas,<br />

quais os recursos e capacidade de<br />

que dispomos e, se de fato há vontade,<br />

Artigo<br />

Clareando / Ano X / Edição 111 / <strong>Dezembro</strong> . 2012 - Pág . 13<br />

propósito e determinação suficientes<br />

para tais reformas.<br />

Oferecemos, como sugestão, o seguinte<br />

roteiro:<br />

Primeiro: reforma nos hábitos.<br />

Vencer os vícios: do fumo, da bebida,<br />

do jogo, do tóxico, da maledicência, da<br />

luxúria, da vadiagem, etc.<br />

Segundo: combate às paixões.<br />

Tentar, quanto possível, amenizar: o<br />

orgulho, o egoísmo, a vaidade, a presunção,<br />

o ódio, o rancor, a vingança, a<br />

prepotência, a ganância, a ambição, a<br />

maldade, a discriminação, etc.<br />

Terceiro: revisão do caráter.<br />

Análise do teor de honestidade e honradez;<br />

do grau de integridade e de fidelidade<br />

em relação aos compromissos assumidos;<br />

da capacidade de assumir os próprios atos,<br />

no exercício do livre-arbítrio.<br />

Quarto: reestrutura da personalidade.<br />

Combater: o medo, a insegurança, o<br />

pessimismo, a subserviência, a pusilanimidade,<br />

substituindo-os por coragem,<br />

autoconfiança, otimismo e dignidade.<br />

Quinto: reforma íntima.<br />

Esforço para conseguir ser: humilde,<br />

generoso, abnegado, confiante, desprendido<br />

e filantropo. Capacitar-se para a<br />

renúncia e para o amor às pessoas, aos<br />

animais, às plantas e à Natureza.<br />

Com essas conquistas já teremos razoáveis<br />

condições de: "Amar a Deus sobre todas<br />

as coisas e o próximo como a nós mesmos."<br />

maurício Fe r re i r a<br />

Fonte: Reformador /Agosto, 1993 / FEB.<br />

Socorro Espiritual e Estudo<br />

Um dos grandes benefícios que<br />

os <strong>Centro</strong>s <strong>Espírita</strong>s prestam à<br />

coletividade é o socorro quando<br />

alguém se vê às voltas com problemas de<br />

natureza espiritual. Sem dúvida, é trabalho<br />

nobre e está plenamente de acordo<br />

com as finalidades do Consolador.<br />

Os grupos que realizam essas tarefas<br />

merecem todo o incentivo, porquanto<br />

não se concebe Espiritismo sem amor, e<br />

o socorro espiritual é um tipo de caridade<br />

que não pode ser negligenciado.<br />

É importante que os <strong>Centro</strong>s <strong>Espírita</strong>s<br />

preparem equipes para desempenhar essas<br />

tarefas da melhor forma possível.<br />

Talvez por reconhecerem a importância<br />

do tratamento espiritual, muitos <strong>Centro</strong>s<br />

passam a realizar somente esse tipo de<br />

trabalho e os seus dirigentes se mostram<br />

bastante contentes por terem a casa<br />

sempre cheia.<br />

Não podemos esquecer, todavia, que<br />

os que recorrem ao socorro espiritual<br />

quase sempre estão interessados apenas<br />

na cura. Raros estão dispostos a se modificarem<br />

moralmente. E sabemos que<br />

a causa de todos os males da Humanidade<br />

está na imperfeição moral. Não há<br />

cura definitiva sem a reforma íntima.<br />

Promover essa reforma é a grande missão<br />

do Espiritismo. Isso não se consegue apenas<br />

com as reuniões de tratamento espiritual.<br />

São indispensáveis as de estudo metódico<br />

da Doutrina. Sem essas, podemos<br />

conseguir o alívio de grande número de<br />

sofredores, mas não estaremos dando ao<br />

homem condições de entender a Lei de<br />

Deus em espírito e verdade para poder<br />

praticá-la.<br />

Segundo em m a N u e l ("Roteiro"- F. C.<br />

Xavier, Ed. FEB), o Espiritismo é"chave<br />

de luz para os ensinamentos do Cristo" e<br />

"será, pois, indiscutivelmente, a força do<br />

Cristianismo em ação para reerguer a<br />

alma humana e sublimar a vida."<br />

Não basta, portanto, curar os enfermos,<br />

libertar os obsidiados e deixá-los sem o<br />

conhecimento da Verdade que liberta do<br />

ciclo de erros e resgates.<br />

O ideal é que o <strong>Centro</strong> <strong>Espírita</strong> acolha<br />

o sofredor, trabalhe pelo seu alívio e,<br />

depois lhe ofereça condições de estudar<br />

e praticar a Lei de Deus, que está no<br />

Evangelho e nos ensinamentos dos Espíritos.<br />

O trabalho da cura é importante, mas<br />

a reforma íntima das criaturas é a principal<br />

tarefa do Espiritismo.<br />

um b e r t o Fe r re i r a<br />

Fonte: Reformador – Janeiro, 1984.<br />

Convite<br />

Venha estudar conosco as obras de<br />

André Luiz<br />

Procure a Secretaria de Cursos<br />

para informações


À Luz do Espiritismo<br />

A Boa Morte<br />

eutanásia, palavra de origem grega, que<br />

A significa “morte serena” é, no entender<br />

de muitos, o abreviar os dias terrenos com<br />

o objetivo de fugir dos infortúnios e amarguras.<br />

Mas será que com essa prática o homem<br />

conseguirá se liberar da cruz de sua enfermidade?<br />

O Espírito São Luís, em “O Evangelho Segundo<br />

o Espiritismo”, afirma-nos categórico serem<br />

esses últimos momentos da vida orgânica de<br />

grande importância para o desencarnante,<br />

porquanto, nessa ocasião, poderá o Espírito<br />

Aprendendo com Balthazar<br />

Livre-Arbítrio<br />

Qual a maior fonte de luz que existe<br />

dentro do ser humano?<br />

re s P. : É a sua liberdade de escolha.<br />

Quem iniciou o processo de libertação<br />

das consciências?<br />

re s P. : Esse processo foi iniciado com<br />

o Cristo e teve continuidade com a<br />

Doutrina <strong>Espírita</strong>.<br />

De que forma a Doutrina <strong>Espírita</strong><br />

contribui para essa libertação?<br />

resP. : A Doutrina <strong>Espírita</strong> ensina que<br />

o homem tem o livre-arbítrio dos seus<br />

atos e que Deus dá a cada um a oportunidade<br />

de exercer esse livre-arbítrio, quando<br />

observa no ser o amadurecimento capaz<br />

Respingos Históricos<br />

Clareando / Ano X / Edição 111 / <strong>Dezembro</strong> . 2012 - Pág . 14<br />

recobrar a consciência, mudando a sua sintonia<br />

mental para melhor, no meditar sobre<br />

a agonia e sobre o futuro que se lhe avizinha,<br />

evitando dessa forma grande tempo<br />

de pensar em estâncias espirituais sombrias.<br />

Até porque o fluido vital, mantenedor da<br />

vida orgânica — o princípio vital —, precisa<br />

exaurir-se para tornar mais fácil o desfazer<br />

dos elos agregadores do Espírito (perispírito)<br />

ao corpo somático.<br />

A eutanásia, levando-se em conta o lado<br />

espiritual, nada mais é que uma forma de<br />

suicídio (ou homicídio) e sublevação contra<br />

de torná-lo realmente uma pessoa equilibrada<br />

e de bem.<br />

Alguns homens que proclamam<br />

a necessidade do livre-arbítrio têm na<br />

consciência o sentido de liberdade que<br />

já possuem. Assim pensando, esses homens<br />

agem e pensam conduzir outros<br />

homens dentro dos seus padrões mentais,<br />

esquecendo-se de convencer as criaturas e<br />

de lhes mostrar que elas mesmas devem<br />

evoluir, que elas mesmas devem pensar de<br />

modo elevado. Quem assim o faz acaba<br />

dominando. O que cabe a cada um de<br />

nós, espíritas, fazer onde e em que posição<br />

estivermos?<br />

as imutáveis leis do Universo, resultando<br />

invariavelmente em momentos de grande<br />

aflição no mundo espiritual (e mesmo em<br />

futuras reencarnações!), variáveis obviamente<br />

conforme a maior ou menor responsabilidade<br />

e intenção da parte daquele que efetua<br />

a travessia interdimensional.<br />

Fonte: Bioética - Uma Contribuição <strong>Espírita</strong><br />

Autor: Dr. Francisco Cajazeiras<br />

Editora EME.<br />

re s P. : Cabe-nos ensinar, mostrar, defender<br />

ideias e nunca impor.Cabe-nos<br />

cultivar o hábito de pensar, de refletir<br />

sobre as nossas palavras e de nossos atos,<br />

concluindo pela necessidade do equilíbrio.<br />

Façamos todo o bem que estiver<br />

ao alcance das nossas mãos, de modo<br />

harmonizado, de modo que as pessoas<br />

tenham que falar de nós coisas elevadas<br />

e positivas.<br />

Um dia daremos conta daquilo que não<br />

fizermos no bem ou daquilo que fizermos<br />

ofendendo o equilíbrio das coisas.<br />

Fonte: Pela Graça Infinita de Deus , Volume 1 , Lição<br />

13, psicografia de Altivo Carissimi Pamphiro, Editora<br />

Léon Denis.<br />

“Para compreender melhor algumas passagens dos Evangelhos, é necessário conhecer o valor de certas palavras, que neles são empregadas frequentemente e que<br />

caracterizam a situação da sociedade judaica e dos costumes naquela época. Essas palavras, não tendo mais, para nós, o mesmo sentido, muitas vezes foram<br />

mal interpretadas e, por isso mesmo, criaram muitas dúvidas. A compreensão do seu significado explica, além disso, o verdadeiro sentido de certas máximas<br />

que, à primeira vista, parecem estranhas.”<br />

Vejamos, então:<br />

sa d u c e u s<br />

Seita judia que se formou por volta de<br />

248 a.C.; assim nomeada devido a Sadoc,<br />

seu fundador. Os saduceus não acreditavam<br />

nem na imortalidade da alma, nem na<br />

ressurreição, nem nos bons e maus anjos.<br />

Entretanto, acreditavam em Deus, mas não<br />

esperavam nada após a morte, somente o<br />

serviam em vista de recompensas temporais<br />

que, segundo a crença que tinham, era ao<br />

que se limitava sua Providência. A satisfação<br />

dos sentidos era para eles o objetivo essencial<br />

da vida.<br />

Quanto às Escrituras, os saduceus se prendiam<br />

ao texto da antiga lei, não admitindo<br />

nem a tradição, nem nenhuma interpretação;<br />

colocavam as boas obras e a execução pura e<br />

simples da lei acima das práticas exteriores do<br />

culto. Eram, como podemos ver, os materialistas,<br />

os deístas (30) e os sensualistas daquela<br />

época. Essa seita era pouco numerosa, mas<br />

contava com personagens importantes, e se<br />

tornou um partido político constantemente<br />

oposto aos fariseus.<br />

(30)de í s t a: aquele que crê em Deus, mas<br />

não aceita religião nem culto. (N.T.)<br />

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan<br />

Kardec, Introdução III- Editora Léon Denis.


Artigo<br />

Clareando / Ano X / Edição 111 / <strong>Dezembro</strong> . 2012 - Pág . 15<br />

Terapêutica da Recuperação<br />

Não se descuidar da desobrigação criteriosa<br />

dos compromissos assumidos.<br />

Não perder de vista o ideal do aperfeiçoamento<br />

próprio.<br />

Não se furtar ao prazer de recordar os<br />

momentos verdadeiramente felizes, vividos<br />

de acordo com Suprema Vontade<br />

do Pai Celestial, sobretudo aqueles em<br />

que as provas de Sua Misericórdia se fizeram,<br />

por assim dizer, palpáveis.<br />

Não se poupar ao trabalho de servir<br />

e colaborar.<br />

Não desviar a atenção das paisagens<br />

e passagens da Vida que lhe façam bem<br />

ao espírito e contribuam para a sua edificação.<br />

Não se desinteressar da solução honrosa,<br />

pacífica e construtiva dos problemas do seu<br />

quadro de responsabilidade.<br />

Não permitir que a marcha do tempo<br />

se faça sem a sua participação no aproveitamento<br />

das horas.<br />

<br />

"Cultura e santificação representam forças inseparáveis da glória espiritual. A sabedoria e o amor são as duas asas dos<br />

anjos que alcançaram o Trono Divino, mas, em toda parte, quem ama segue à frente daquele que simplesmente sabe."<br />

(Lição 9 - O mensageiro do amor)<br />

"A virtude é sempre grande e venerável, mas não há de cristalizar-se à maneira de joia rara sem proveito. Se o amor<br />

cobre a multidão de pecados, o serviço santificante que nele se inspira pode dar aos pecadores convertidos ao bem a<br />

companhia dos anjos, antes que os justos ociosos possam desfrutrar o celeste convívio." (Lição 26 - O valor do serviço)<br />

"O trabalho no bem é o incentivo santo da perfeição. Através dele, a alma de um criminoso pode emergir para o Céu,<br />

à maneira do lírio que desabrocha para a Luz, de raízes ainda presas no charco ." (Lição 41 - O incentivo santo)<br />

"Amar, servindo, é venerar o Pai, acima de todas as coisas; e servir, amando, é amparar o próximo como a nós mesmos.<br />

Pautar-se por estas normas, em nosso movimento de redenção, é praticar toda a Lei." (Lição 45 - O imperativo da ação)<br />

Fonte: Jesus no Lar.<br />

Espírito : Neio Lúcio.<br />

Psicografia : Francisco Cândido Xavier.<br />

Não se atribuir direitos e privilégios<br />

além daqueles que decorrem do cumprimento<br />

dos seus deveres.<br />

Não dar às coisas importância maior<br />

do que elas têm.<br />

Não se sentir diminuído nem despeitado<br />

pelas vitórias alheias, quando as<br />

suas possibilidades de realizações estão<br />

situadas em outro plano de conquista.<br />

Não se retrair ante as atividades que<br />

lhe competem desenvolver, nem exceder-se<br />

no seu desempenho.<br />

Não ceder à ideia de derrota, nem alimentar<br />

convicção de vitória definitiva, sem<br />

admitir a necessidade de continuar lutando<br />

sempre, para vencer, mais e melhor.<br />

Não se traumatizar nem recuar diante<br />

dos ásperos testemunhos da jornada terrena,<br />

perdendo a oportunidade da crescer<br />

espiritualmente.<br />

Há uma terapêutica para a alma, que a recupera<br />

perante as leis divinas. Cabe a cada<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

criatura descobri-la por si mesma e aplicála,<br />

pelos próprios esforços, à sua natureza<br />

íntima, observando método e disciplina no<br />

seu uso.<br />

Ante a Medicina Celeste, não há casos<br />

perdidos, nem doentes incuráveis ou desenganados.<br />

Faz-se mister, porém, que os<br />

seus processos de cura sejam devidamente<br />

acatados e encontrem campo favorável às<br />

manifestações no recesso do ser.<br />

Que cada um se examine conscientemente<br />

e chegue a uma conclusão do que<br />

se faz necessário às melhoras de suas condições<br />

espirituais, para adquirir de uma vez<br />

por todas a saúde do espírito e empenharse<br />

no sentido de bem preservá-la ao longo<br />

do percurso da trajetória terrena.<br />

Passos lírio<br />

Fonte: Reformador, Maio, 1997, FEB.<br />

Gotas de Luz <br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Seleção de textos :<br />

Mário Sérgio de S. Esteves


Curso :<br />

A Família na Visão <strong>Espírita</strong><br />

Dia- todas as terças-feiras.<br />

Hora- 19:30.<br />

Local- <strong>Centro</strong> <strong>Espírita</strong> <strong>Irmão</strong> <strong>Clarêncio</strong>.<br />

es t u d o aberto a t o d o s o s iNteressados.<br />

<strong>Dezembro</strong>:<br />

Dia 04-Avaliação e Confraternização.<br />

“ Dedica uma das sete noites<br />

da semana ao Culto do<br />

Evangelho no Lar, a<br />

fim de que Jesus possa pernoitar<br />

em tua casa.”<br />

Reflexão<br />

Joanna de Ângelis<br />

Fonte : S.O.S. Família<br />

Médium: Divaldo Pereira Franco<br />

O Dom da Vida<br />

E disse Deus em seguida: façamos o homem à<br />

nossa semelhança (...). E criou Deus o homem<br />

à Sua imagem (...), e criou-os macho e fêmea.<br />

(Gênesis, I; 26, 27)<br />

E xistimos!<br />

A vida é o maior bem colocado<br />

em nós pelo Sopro Divino que<br />

anela pela nossa felicidade.<br />

Pensamos, queremos, realizamos<br />

e nos conduzimos diante da Eternidade,<br />

navegando nas águas infinitas<br />

do éter cósmico, segundo as normas<br />

imutáveis que nos impelem para o<br />

melhor, sugerindo-nos, a cada instante,<br />

o belo: a perfeição.<br />

Clareando / Ano X / Edição 111 / <strong>Dezembro</strong> . 2012 - Pág . 16<br />

A Família na Visão <strong>Espírita</strong><br />

Os Deveres dos Pais<br />

Plasma, na personalidade em delineamento<br />

do filhinho, os hábitos<br />

salutares.<br />

Diante dele, frágil de aparência, tem<br />

em mente que se trata de um Espírito<br />

comprometido com a retaguarda, que<br />

começa a experiência com dificuldades,<br />

e que muito depende de ti.<br />

Nem o excesso de severidade para com<br />

ele, nem o acúmulo de receios injustificados,<br />

em relação a ele, ou a exagerada<br />

soma de aflição por ele.<br />

Fala-lhe de Deus sem cessar e ilumina-lhe<br />

a consciência com a flama da fé rutilante,<br />

que lhe deve lucilar no íntimo como farol<br />

de bênçãos para todas as circunstâncias.<br />

Ensina-lhe a humildade ante a grandeza<br />

da vida e o respeito a todos, como valorização<br />

preciosa das concessões divinas.<br />

O que lhe não concedas por negligência,<br />

ele te cobrará depois...<br />

Se não dispões de maiores ou mais valiosos<br />

recursos para dar-lhe, ele saberá<br />

reconhecer e, por isso, mais te amará.<br />

Todavia, se olvidaste de ofertar-lhe<br />

o melhor ao teu alcance também ele<br />

compreenderá e, quiçá, reagirá de forma<br />

desagradável.<br />

Os pais educam para a sociedade,<br />

quanto para si mesmos.<br />

Examina a tua vida e dela retira as experiências<br />

com que possas brindar a tua prole.<br />

Nada seríamos — como nada somos —<br />

sem Aquele que dirige os destinos pelos<br />

passos empreendidos por nós mesmos.<br />

Viver é posicionar-se na rota das provas e<br />

das expiações, acumulando experiências e<br />

burilando o Espírito, fortalecendo os laços<br />

de amor e construindo elos de fraternidade,<br />

adquirindo responsabilidades e abrindo<br />

espaço para a maioridade espiritual.<br />

O Espírito, sim, este tem vida imortal!<br />

Mas para tornar-se apto ao exercício<br />

da cidadania na Pátria Espiritual,<br />

imprescindível é vivenciar e adquirir<br />

virtudes, desfazendo-se dos vícios e<br />

das imperfeições que caracterizam os<br />

primitivos albores da consciência.<br />

Tens conquistas pessoais, portanto já<br />

trilhaste o caminho da infância, da adolescência<br />

e sabes por si próprio discernir<br />

entre os erros e acertos dos teus educadores,<br />

identificando o que de melhor<br />

possuis para dar.<br />

Não te poupes esforços na educação<br />

dos filhos.<br />

Os pais assumem, desde antes do berço,<br />

com aqueles que receberão na condição de<br />

filhos compromissos e deveres que devem<br />

ser exercidos, desde que serão, também,<br />

por sua vez, meios de redenção pessoal<br />

perante a consciência individual e a Cósmica<br />

que rege os fenômenos da vida, nos<br />

quais todos estamos mergulhados..<br />

Jo a N N a d e ÂN g e l i s<br />

Fonte: S.O. S Família, psicografia de Divaldo<br />

Pereira Franco, Capítulo 14 (trecho).<br />

Valorizar a vida é dever de todos nós;<br />

é coerência e sabedoria.<br />

Fonte: Bioética: Uma Contribuição <strong>Espírita</strong>,<br />

Dr. Francisco Cajazeiras – Editora EME.<br />

Valorize a<br />

Vida!<br />

Diga n ã o à eutanásia, ao<br />

aborto e ao suicídio.<br />

"Deus é o Senhor de nossas Vidas"


Clareando / Ano X / Edição 111 / <strong>Dezembro</strong> . 2012 - Pág . 17<br />

M ã o s Un i d a s<br />

A<br />

família reunida em torno de uma mesa fazia o<br />

Evangelho no Lar.<br />

O tema da noite era a Caridade e, após a leitura<br />

do texto evangélico, cada um fez seu comentário. A pequena<br />

Sônia, de cinco anos, falou:<br />

— Papai, eu vi na televisão que o Natal está chegando e as<br />

lojas estão cheias de brinquedos!<br />

— Sim, minha filha. Mas essa é uma deturpação da ideia do<br />

Natal, que deveria ser dedicado a Jesus, cujo nascimento comemoramos<br />

no dia 25 de dezembro — esclareceu Antônio.<br />

Orlando, de oito anos, lembrou:<br />

— Além disso, tem muita gente que não pode comprar<br />

presentes. Vi outro dia no jornal que, em virtude de uma<br />

grande chuva numa região, muitas famílias perderam tudo e<br />

estão desabrigadas.<br />

A mãe, dona Clara, disse cheia de piedade:<br />

— Tem razão, meu filho. Ao lado dos felizes do mundo,<br />

também há muito sofrimento e dor que nos compete amenizar.<br />

Aqui mesmo, em nossa cidade, existem bairros muito<br />

pobres onde as pessoas não têm o que comer, e muito menos<br />

terão condições de pensar em comprar presentes no Natal.<br />

O mais velho, Ricardo, de 12 anos, que estava bastante<br />

pensativo, propôs:<br />

— A lição de hoje é sobre a Caridade, lembrando-nos de que<br />

precisamos dividir o que possuímos, ajudando os mais necessitados.<br />

Que tal se partíssemos para a ação, fazendo alguma coisa?<br />

Satisfeitos por ver que a semente do Evangelho germinava,<br />

os pais concordaram:<br />

— Muito bem lembrado, Ricardo. O que vocês sugerem?<br />

— Eu dou minhas roupas velhas e alguns brinquedos! — exclamou<br />

Soninha.<br />

— Eu também vou separar algumas roupas e brinquedos.<br />

Além disso, tenho sapatos e tênis que não me servem mais<br />

— disse Orlando.<br />

— Ótimo! — afirmou Ricardo que, por ser o mais velho,<br />

parecia o chefe da pequena equipe. — Mas isso não basta. É<br />

pouco. Precisamos pedir ajuda para todas as pessoas conhecidas:<br />

vizinhos, parentes, amigos, colegas de classe, professores.<br />

Os demais concordaram animados, batendo palmas.<br />

Das palavras passaram à ação e, em poucos dias, as doações<br />

começaram a chegar: eram gêneros alimentícios, roupas,<br />

Querido leitor<br />

Indicaremos mensalmente um bom livro doutrinário infantojuvenil,<br />

escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .<br />

Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?<br />

Dica do mês :<br />

É d i v e r t i d o "p re g A r p e ç A s" ?<br />

Autora: Cristiane Lenzi Beira.<br />

Editora Fráter<br />

calçados, brinquedos, remédios, livros e até alguns utensílios<br />

domésticos e móveis.<br />

Os pais levaram as crianças para conhecerem os bairros mais<br />

pobres da periferia e eles voltaram sensibilizados, chegando à<br />

conclusão de que precisavam de mais auxílio, pois a quantidade<br />

de necessitados era enorme.<br />

Ricardo foi à emissora de rádio local e transmitiram seu<br />

pedido de ajuda para a “ca m P a N H a mã o s uN i d a s”, como<br />

passaram a chamar, e a resposta não tardou.<br />

Choveram donativos de todos os lados, do campo e da cidade,<br />

dos bairros mais ricos e até dos pobres. Todos queriam colaborar.<br />

No dia de Natal, encerrando a “ca m P a N H a mã o s uN i d a s”,<br />

puseram tudo num caminhão e foram levar o resultado obtido<br />

para as famílias carentes.<br />

Uma grande quantidade de pessoas que haviam colaborado<br />

os acompanhou e todos estavam muito felizes. Cada um<br />

ajudou como pôde, até se vestindo de palhaço para distribuir<br />

balas e alegrar a criançada.<br />

Foi uma grande festa. No encerramento, Antônio fez uma prece,<br />

agradecendo a Deus em nome de todos, pelas bênçãos desse<br />

dia, no que foi acompanhado por uma multidão de pessoas de<br />

todos os credos religiosos.<br />

Todos retornaram para seus lares cheios de felicidade e bem-estar,<br />

especialmente a família de Antônio, pois não fosse o empenho das<br />

três crianças, não teriam este ano um Natal realmente diferente e<br />

dedicado a Jesus e aos menos afortunados.<br />

tia cé l i a (Célia Xavier de Camargo)<br />

Fonte: O Consolador / Revista Semanal de Divulgação <strong>Espírita</strong> / <strong>Dezembro</strong> - 2007<br />

(www.oconsolador.com.br)<br />

Aviso Importante<br />

Temos evangelização para<br />

crianças nos mesmos horários das<br />

Reuniões Públicas, e para jovens,<br />

nos horários das Reuniões Públicas<br />

Noturnas.

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