GEAP com você

Seu futuro Responsabilidade social
Mudanças
para a compra de
antibióticos
A
agência Nacional de vigilância Sanitária
(anvisa) estabeleceu, no dia 28 de
novembro, por meio da Resolução nº
44, as novas regras para a venda de antibióticos.
agora, a venda desse tipo de medicamento só
é possível mediante apresentação de receita
em duas vias. com isso, a primeira via fica retida
no estabelecimento de venda e a segunda,
deve ser devolvida ao paciente com carimbo de
comprovação de atendimento.
a emissão de receitas médicas também passou
por mudanças. Dependendo da especificação
do mecanismo de ação do antimicrobiano, as
receitas passaram a ter prazo de validade de
até 10 dias. Bulas e embalagens devem incluir a
seguinte frase: Venda sob prescrição médica – só
pode ser vendido com retenção da receita.
Farmácias e drogarias devem registrar todas
as vendas de antibióticos no Sistema Nacional de
Gerenciamento de produtos controlados (SNGpc)
ou no Livro de Registro do estabelecimento.
com essas novas medidas, a anvisa objetiva
reduzir a resistência bacteriana e promover o
uso racional de antibióticos. Segundo a médica
e analista de regulação da Geap, Laryssa Taira, as
mudanças são de extrema importância. “achei
a medida excelente, visto que os antibióticos
muitas vezes são utilizados de forma indevida”, diz.
ela acrescenta que, com o controle do acesso, “o
agravo da multirresistência bacteriana, que tem
dificultado o tratamento de infecções, será evitado”.
para Heloísa Gersgorin, médica, farmacêutica
e auditora de serviços assistenciais da Geap,
“é extremamente válida essa nova posição e
de grande lucro, a longo prazo, para toda a
população”. ela afirma que muitas pessoas não
sabem, mas existem bactérias super-resistentes
aos antibióticos. “esses medicamentos só devem
ser usados por pessoas que realmente precisam.
penso assim como profissional, mas também
como paciente”, enfatiza.
mas, e para os consumidores? Será que as
novas medidas ajudam ou atrapalham? De
acordo com a consumidora camila póvoa, esse
tipo de retenção é necessário e, ao mesmo
tempo, apresenta deficiências. “a automedicação
é algo muito perigoso, mas, como consumidora,
digo que isso pode até atrapalhar por causa da
burocracia. Tem pessoas que não podem esperar
por uma consulta pública, se já sabem o que
podiam tomar”, explica.
para evitar qualquer problema com a
saúde, devemos fazer uso de antibióticos com
orientações médicas.
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